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ALISSON CARDOSO RODRIGUES DA CRUZ FUNGOS CONIDIAIS DO BIOMA CAATINGA NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO FEIRA DE SANTANA BAHIA 2008

FUNGOS CONIDIAIS DO BIOMA CAATINGA NO SEMI-ÁRIDO … · Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido brasileiro. I. espécies do ... Capitulo 4. Conidial fungi from semi-arid

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ALISSON CARDOSO RODRIGUES DA CRUZ

FUNGOS CONIDIAIS DO BIOMA CAATINGA

NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO

FEIRA DE SANTANA – BAHIA

2008

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA

FUNGOS CONIDIAIS DO BIOMA CAATINGA

NO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO

ALISSON CARDOSO RODRIGUES DA CRUZ

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Botânica da Universidade

Estadual de Feira de Santana como parte dos

requisitos para a obtenção do título de Mestre

em Ciências – Botânica.

ORIENTADOR: PROF. DR. LUÍS FERNANDO PASCHOLATI GUSMÃO (UEFS)

FEIRA DE SANTANA – BA

2008

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BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. José Carmine Dianese

Prof. Dr. José Luiz Bezerra

Prof. Dr. Luís Fernando Pascholati Gusmão

Orientador e Presidente da Banca

FEIRA DE SANTANA – BA

2008

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Dedico esse trabalho

à minha mãe, Maria Cardoso,

que nos dá exemplo

de alegria e felicidade todos os dias

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais, Deuzinha e Garé que sempre me incentivaram a lutar

pelos meus sonhos e ainda hoje me dão todo o suporte para alcançá-los;

Ao meu irmão Gabriel, que a cada dia me ensina uma maneira mais leve e

descontraída de viver a vida.

Ao meu amor, Agda, que sempre está ao meu lado, obrigado pelos anos de

maravilhosa convivência. Obrigado pelo apoio nos momentos finais;

Ao meu orientador, Luís Gusmão que sempre ensina tanto sua arte em escrever

artigos quanto à simplicidade no conviver com as pessoas;

Aos colegas do Laboratório de Micologia, Flávia Barbosa, Marcos Marques, Jorge

Luis que há anos vêm me suportando. Obrigado pelo envio de bibliografias e

especialmente a Flávia por escanear pacientemente os desenhos dessa dissertação

enquanto eu estava em Salvador;

À Patrícia, Silvana, Carol, Tiago, Mateus e Tasciano, pelos momentos

descontraídos no laboratório;

À Hermerson Cassiano, pelas estórias criativas contadas com muita descontração,

deixando claro que pesquisadores não precisam ser sérios. Obrigado por mostrar as

diferenças hilárias do português falado no Ceará, além dos conselhos ao longo da

realização dessa pesquisa;

À Sheila Leão e a Venício Moraes pelas brincadeiras e pelas missões bibliográficas

que desempenhavam com gentileza. Valeu Jack!

Ao prof. Alessandro Rapini pela ajuda em alguns problemas taxonômicos,

solucionados até no dia de Natal;

Ao prof. Rafael Castañeda pelo envio de artigos que faltavam em nosso acervo e

pela ajuda na identificação de algumas espécies, mostrando a simplicidade e simpatia de

um dos principais especialistas em fungos conidiais do mundo;

Agradeço às pesquisadoras do Estado de São Paulo, Rosely Piccolo Grandi e

Priscila Silva por estarem sempre dispostas a ajudar com o envio de artigos;

A Emília Valente pelas conversas descontraídas no LAMIC, e por me ajudar com

revisão da dissertação.

Agradeço a Maria das Graças pela confecção dos mapas dos municípios de coleta,

muito obrigado mesmo. Desculpe-me pelos transtornos.

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Agradeço ao meu sogro e a minha sogra, Guarim Rocha e Vera Lúcia pela

hospitalidade e pelos momentos descontraídos em Bom Jesus da Lapa;

A Universidade Estadual de Feira de Santana, especialmente ao Laboratório de

Micologia que forneceu a infra-estrutura necessária ao desenvolvimento deste projeto;

Ao Programa de Pós-graduação em Botânica pelo apoio fundamental para a

participação do Congreso Nacional de Botânica;

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico pela bolsa

concedida e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia pelo apoio financeiro

ao projeto de mestrado;

Ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Semi-árido que através do

Ministério de Ciência e Tecnologia forneceu o suporte logístico para a realização das

expedições a campo;

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS.........................................................................................................x

LISTA DE TABELAS.......................................................................................................xii

1. INTRODUÇÃO GERAL...............................................................................................01

1.1. Fungos conidiais: caracterização e classificação...........................................................01

1.2. O estudo dos fungos conidiais na serapilheira no Brasil...............................................02

1.3 Vegetação e Clima..........................................................................................................05

1.4. Áreas de estudo.............................................................................................................07

1.4.1. Buíque/Vale do Ipojuca (PE)......................................................................... 07

1.4.2. Raso da Catarina (BA)....................................................................................07

1.4.3. Médio do São Francisco (BA)........................................................................07

1.4.4. Serra das Confusões (PI)................................................................................07

1.4.5. Senhor do Bonfim (BA)..................................................................................08

1.4.6. Seridó/Borborema (PB e RN).........................................................................08

1.5. A coleta do material botânico e dos fungos conidiais associados.................................11

1.6. Identificação dos fungos................................................................................................11

1.7. Ilustração.......................................................................................................................12

1.8. Referências Bibliográficas............................................................................................12

Capítulo 1. Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido brasileiro. I. espécies do

folhedo..................................................................................................................................19

Resumo..........................................................................................................................20

Abstract..........................................................................................................................20

Introdução.....................................................................................................................21

Materiais e métodos.......................................................................................................22

Resultados e discussão..................................................................................................22

Referências bibliográficas.............................................................................................45

Capítulo 2. Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido brasileiro. II. Espécies

lignícolas..............................................................................................................................53

Resumo.................................................................................................................................54

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Abstract..........................................................................................................................54

Introdução.....................................................................................................................55

Materiais e métodos.......................................................................................................55

Resultados e discussão...................................................................................................56

Referências bibliográficas.............................................................................................74

Capítulo 3. Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido brasileiro. III. Espécies

helicospóricas.......................................................................................................................82

Resumo..........................................................................................................................83

Abstract..........................................................................................................................83

Introdução.....................................................................................................................84

Materiais e métodos.......................................................................................................85

Resultados e discussão...................................................................................................86

Referências bibliográficas.............................................................................................94

Capitulo 4. Conidial fungi from semi-arid Caatinga biome of Brazil. New and interesting

Dictyochaeta species............................................................................................................98

Abstract..........................................................................................................................99

Introduction....................................................................................................................99

Materials and Methods………………………………………………………………100

Taxonomic part………………………………………………………………………100

Literature Cited………………………………………………………………………105

Capítulo 5. Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil.

Subramaniomyces pulcher sp. nov. and notes on Sporidesmium

circinophorum…………………….…........................................................................…...107

Abstract.................................................................................................................108

Introduction..........................................................................................................108

Materials and Methods………………………………………………………….109

Taxonomy……………………………………………………………………….109

Literature Cited…………………………………………………………………114

Capítulo 6. Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. Diplococcium

verruculosum sp. nov. and Lobatopedis longistriatum sp. nov………..…………………116

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Abstract.................................................................................................................117

Introduction..........................................................................................................117

Materials and Methods………………………………………………………….118

Taxonomy……………………………………………………………………….118

Literature Cited…………………………………………………………………122

CONCLUSÕES GERAIS………………………………………………………………123

RESUMO..........................................................................................................................124

ABSTRACT......................................................................................................................125

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LISTA DE FIGURAS

INTRODUÇÃO GERAL

FIGURA 1. Mapa com a localização das áreas de estudo (em vermelho)..........................09

FIGURAS 2-6. Áreas de estudo..........................................................................................10

FIGURA 2. Buíque...............................................................................................10

FIGURA 3. Raso da Catarina................................................................................10

FIGURA 4. Médio São Francisco.........................................................................10

FIGURA 5. Parque Nacional Serra das Confusões...............................................10

FIGURA 6. Senhor do Bonfim.............................................................................10

FIGURA 7. Seridó/Borborema.............................................................................10

CAPÍTULO 1

FIGURAS 1-2. Dicyma vesiculifera Piroz..........................................................................27

FIGURAS 3-4. Falcocladium sphaeropedunculatum Crous & Alfenas.............................27

FIGURAS 5-6. Fusariella concinna (Syd.) S. Hughes.......................................................27

FIGURAS 7-8. Fusariella obstipa (Pollack) S. Hughes……………………………..…...27

FIGURAS 9-10. Heliocephala zimbabweensis Decock, V. Robert & Masuka…..………27

FIGURAS 11-12. Myrmecridium schulzeri var. schulzeri (Sacc.) Arzanlou, W. Gams &

Crous....................................................................................................................................35

FIGURAS 13-14. Phaeostalagmus tenuissimus (Corda) W. Gams....................................35

FIGURAS 15-16. Pseudodictyosporium wauense Matsush................................................35

FIGURAS 17-18. Repetophragma inflatum (Berk. & Ravenel) W.P. Wu.........................35

FIGURAS 19-20. Sporidesmium verrucisporum M.B. Ellis...............................................35

FIGURAS 21-22. Sporidesmiella claviformis P.M. Kira………………………..………..35

CAPÍTULO 2

FIGURAS 1-2. Acrophragmis coronata Kiffer et Reisinger..............................................62

FIGURAS 3-4. Bactrodesmium linderi (J.L. Crane & Shearer) M.E. Palm & E.L.

Stewart..................................................................................................................................62

FIGURAS 5-6. Dactylaria cazorlii Mercado, Gené & Guarro...........................................62

FIGURAS 7-8. Ellisembia bambusae (M.B. Ellis) W.P. Wu ……………….………..….62

FIGURAS 9-10. Gonytrichum mirabile Hol.-Jech.........................................………….…62

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FIGURAS 11-12. Paraceratocladium bacilliformis Calduch, Stchigel, Gene et

Guarro...................................................................................................................................62

FIGURA 13. Piricauda cochinensis (Subram.) M.B. Ellis.................................................69

FIGURAS 14-15. Sporoschisma saccardoi E.W. Mason & S. Hughes............................. 69

FIGURAS 16-17. Stachylidium bicolor var. bicolor Link................................................. 69

FIGURAS 18-19. Taeniolella alta (Ehrenb.) S. Hughes.................................................... 69

FIGURAS 20-22. Thozetella queenslandica Paulus, P.Gadek & K.D. Hyde ..…..……... 69

FIGURAS 23-24. Uberispora tropicalis Bhat & W.B. Kendr........................................... 69

FIGURAS 25-26. Vanakripa parva Bhat, W.B. Kendr. & Nag Raj.................................. 69

CAPÍTULO 3

FIGURAS 1-2. Helicosporium aureum (Corda) Linder......................................................93

FIGURAS 3-4. Helicosporium gracile (Morgan) Linder....................................................93

FIGURAS 5-6. Helicosporium griseum Berk. & M.A. Curtis............................................93

FIGURAS 7-8. Helicosporium panacheum R.T. Moore ……….........……..………….....93

FIGURAS 9-10. Helicosporium pannosum (Berk. & M.A. Curtis) R.T. Moore..………..93

FIGURAS 11-12. Helicosporium virescens (Pers.) Sivan..................................................93

FIGURAS 13-14. Moorella speciosa P.Rag. Rao & D. Rao…….…………………….....93

CAPÍTULO 4

FIGURAS 1-4. Dictyochaeta caatingensis A.C. Cruz, & Gusmão anam. sp. nov...........101

FIGURAS 5-8. Dictyochaeta caatingensis A.C. Cruz, & Gusmão anam. sp. nov...........102

FIGURAS 9-10. Dictyochaeta britannica (M.B. Ellis) Whitton, McKenzie & K.D.

Hyde…..………………………………………………………………………………….105

FIGURAS 11-12. Dictyochaeta obesispora (S. Hughes & W.B. Kendr.) Whitton,

McKenzie & K.D. Hyde……………………………………...……………………….….105

FIGURAS 13-14. Dictyochaeta triseptata (Matsush.) R.F. Castañeda...........………… 105

CAPÍTULO 5

FIGURAS 1-6. Subramaniomyces pulcher A.C.R. Cruz, Gusmão & R.F. Castañeda.....110

FIGURAS 7-10. Subramaniomyces fusisaprophyticus (Matsush.) P.M. Kirk..................112

FIGURAS 9-14. Sporidesmium circinophorum Matsush................……………….……113

CAPÍTULO 6

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FIGURAS 1-4. Diplococcium verruculosum A.C. Cruz, Gusmão & R.F. Castañeda......119

FIGURAS 5-12. Lobatopedis longistriatum A.C. Cruz, Gusmão, S.M. Leão & R.F.

Castañeda............................................................................................................................120

LISTA DE TABELAS

CAPÍTULO 4

TABELA 1. Tabela comparativa entre as espécies de Dictyochaeta................................101

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INTRODUÇÃO GERAL

1.1. Fungos conidiais: caracterização e classificação

Ao longo do tempo, a designação dos fungos conidiais, variou entre Fungos

imperfeitos, Deuteromycetes, Deuteromycotina, Conyomycetes, Fungos Mitospóricos,

Fungos Conidiais e Fungos anamorfos (Gusmão et al. 2006).

Os fungos conidiais representam à fase assexual de membros dos Filos Ascomycota

e Basidiomycota. A fase assexual (anamórfica) e a fase sexual (teleomórfica)

freqüentemente se desenvolvem em momentos e substratos diferentes, e na maioria dos

casos cada fase tem sido coletada com total ignorância da existência da outra (Kendrick

1992). Por isso o Código de Nomenclatura Botânica tem como legal o uso de dois

binômios para as expressões do genoma fúngico (Greuter et al. 2003).

A classificação dos fungos conidiais mais importante do século XIX foi proposta

por Saccardo (1886) em sua obra Sylloge Fungorum IV. Para este autor os fungos

conidiais estariam relacionados através de caracteres como: (1) cor, septação e forma dos

conídios; (2) padrão de agregação dos conidióforos ou ausência desses; (3) produção, ou

não, de conídios em estruturas fechadas.

No século XX, foram publicadas novas propostas de classificação que enfatizavam

os diferentes eventos de ontogenia do conídio, tratando os caracteres propostos por

Saccardo com importância secundária (Mercado-Sierra 1984). A proposta de Hughes

(1953) foi classificar os conídios, enfatizando principalmente o tipo de crescimento da

célula conidiogênica, a ontogenia conidial e a posição da zona de crescimento do

conidióforo, agrupando-os em oito seções e duas subseções. Barron (1968) propõe uma

classificação que eleva as duas subseções IA e IB propostas por Hughes (1953) ao nível de

seção e divide a seção III em dois grupos (aleuriósporos e anelósporos).

Os conceitos e a terminologia empregados na taxonomia dos fungos conidiais foi

padronizada na reunião realizada em Kananaskis, Canadá (Kendrick 1971). Ellis (1971) foi

o primeiro a fazer uso destes termos, enfatizando a célula que produz o conídio, ou seja, a

ontogenia, ao invés do tipo de conídio formado por esta célula. Esse mesmo autor

introduziu os termos holoblástico e enteroblástico para a participação das paredes das

células conidiogênicas na formação do conídio. A proposta de Ellis (1971), ainda é a mais

utilizada atualmente.

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Mesmo com as propostas de classificação com ênfase na conidiogênese, nenhuma

se mostrou capaz de esclarecer as relações filogenéticas dos fungos conidiais. Isso fica

evidenciado quando um único gênero de fungo conidial, (ex. Acremonium Link) apresenta

relação com cerca de 30 gêneros com fase teleomorfa ou sexual estabelecida (Kendrick &

DiCosmo 1979).

Atualmente os estudos filogenéticos dos fungos conidiais estão em fase inicial,

principalmente quando se compara ao elevado número de espécies descritas. Um estudo de

Sporidesmium sensu lato forneceu fortes evidências que os gêneros que compõe esse

complexo são parafiléticos (Shenoy et al. 2006). Tsui & Berbee (2006) revelaram que os

fungos helicospóricos evoluíram convergentemente a partir de seis linhagens de

Ascomycota, sugerindo que a forma helicoidal dos conídios pode representar uma

adaptação a ambientes aquáticos. Os estudos filogenéticos também confirmaram

classificações tradicionais, como em Fusarium Link onde as seções morfológicas foram

apoiadas por altos valores de ‘bootstrap’ (Guadet et al. 1989 apud Bruns et al. 1991).

Como conseqüência, nenhuma categoria taxonômica supra genérica é aceita para os

fungos conidiais, com exceção das classes artificiais, Hyphomycetes, Coelomycetes e

Agonomycetes. Entretanto, a identificação baseada em caracteres morfológicos ainda é a

mais utilizada.

1.2. O estudo dos fungos conidiais na serapilheira no Brasil

No Brasil, o estudo dos fungos conidiais iniciaram na década de 50, com A.C.

Batista e seus colaboradores, trabalhando no Instituto de Micologia da Universidade de

Recife, onde coletaram fungos em 24 estados brasileiros, resultando em quase 350 novos

gêneros e um número ainda superior de novas espécies para a ciência, todas associadas a

mais de 120 famílias de plantas, a 20 gêneros de animais e a sete gêneros de protistas

(Silva & Minter 1995). Porém poucos fungos foram associados a materiais vegetais em

decomposição, destaca-se Batista et al. (1960a;b), Batista et al. (1965), Batista et al.

(1967).

Posteriormente Sutton & Hodges Jr. (1975a;b; 1976a;b;c; 1977; 1978) pesquisando

o folhedo de Eucalyptus spp, produziram uma série de artigos e adicionaram cerca de 20

novas espécies para ciência, além de novos gêneros de fungos conidiais, entre eles estão,

Pappimyces B. Sutton & Hodges, Umbellidion B. Sutton & Hodges e Zopheromyces B.

Sutton & Hodges. Também na década de 70, Sutton (1975; 1977) descreveu dois novos

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gêneros, Fuscophialis B. Sutton e Satchmopsis B. Sutton (Coelomycetes), além da espécie

Sporidesmiella cuneiformis (B. Sutton) P.M. Kirk (como Endophramia cuneiformis B.

Sutton).

Maia (1983) observou a sucessão de fungos na decomposição do folhedo de Hortia

arborea Engl., Licania octandra (Hoffmgg. ex R. & S.) Kuntze e L. kunthiana Hook F. em

uma área de mata atlântica de Pernambuco.

Na mesma década, os fungos conidiais da mata atlântica dos Estados do Paraná e

São Paulo começaram a ser investigados. Grandi et al. (1995) analisaram o folhedo de

Cedrela fissilis Vell., referindo quatro novas ocorrências para o Brasil. A partir da análise

desse folhedo espécies do gênero Gyrothrix Piroz., do grupo Beltrania Penz. e fungos em

conidiomas também foram publicados (Grandi & Gusmão 1995; Gusmão & Grandi 1996,

1997). Em Alchornea triplinervia (Spreng.) Müell. Arg. Grandi & Attili (1996) registraram

16 espécies, duas novas referências para o Brasil e Grandi (1998) referiu 19

Hyphomycetes. Trabalhos pontuais foram realizados em Euterpe edulis Mart., onde foram

encontrados 26 táxons (Grandi 1999) e em Tibouchina pulchra Cogn. com registro de 22

espécies (Grandi & Gusmão, 2002b). Em Miconia cabussu Hoehne Gusmão et al. (2001)

registraram 55 espécies de Hyphomycetes, descrevendo 14 novas ocorrências para o Brasil

e propondo uma nova espécie para a ciência (Gusmão et al. 2000), além do estudo de

Cylindrocladium Morgan (Gusmão 2001) e Subulispora Tubaki (Grandi & Gusmão

2002a). Neste período Grandi & Gusmão (2001) ampliaram a distribuição geográfica de

Virgatospora echinofibrosa Finley a primeira espécie dessa série de estudos em São Paulo

que foi coletada decompondo um substrato lignificado.

Recentemente em São Paulo, Grandi & Silva (2003; 2006) investigaram o folhedo

de Caesalpinia echinata Lam. e relataram nove novas ocorrências para o Brasil. Grandi

(2004) pesquisou a serapilheira em Cubatão, apresentando novas referências para o

município. Schoenlein-Crusius et al. (2006), investigando microfungos, isolaram 125

espécies fungos conidiais, sendo oito reportados pela primeira vez para o Brasil. Silva

(2007) analisando o folhedo de Caesalpinia echinata proveniente de áreas com e sem

impacto de poluição, coletou 33 espécies e relatou Chlamydopsis proliferans Hol.-Jech. &

R.F. Castañeda, Sporidesmium flagelliforme Matsush. e Uberispora heteroseptata

R.F.Castañeda, Guarro & Cano como novas ocorrências para o Brasil.

No sudeste do país pesquisadores estrangeiros adicionaram novas ocorrências e

novas espécies para a ciência (Castañeda et al. 2001, 2003, 2007; Calduch et al. 2002).

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Os estudos dos fungos conidiais foram retomados na Bahia, entretanto poucos

foram destinados à região litorânea do Estado onde Gusmão & Barbosa (2003) referiram

pela primeira vez para o país, Paraceratocladium polysetosum Castañeda e relataram a

conidiogênese polifialídica para o táxon.

Os estudos dos fungos conidiais no semi-árido brasileiro intensificaram-se a partir

de Gusmão (2004) que identificou 73 espécies de fungos anamórficos para a vegetação de

campos rupestres da Bahia, sendo 22 espécies novas citações para o país e uma inédita para

a ciência (Gusmão & Grandi 2001). Alguns trabalhos trataram especificamente de alguns

gêneros, como Speiropsis Tubaki, Hemibeltrania Piroz. e Curvularia Boedijn (Barbosa &

Gusmão 2005; Gusmão & Barbosa 2005; Gusmão et al. 2005a). Gusmão et al. (2005b) em

pesquisa com microfungos na Chapada Diamantina identificaram 57 espécies de fungos

conidiais.

Uma compilação dos fungos conidiais foi realizada por Gusmão et al. (2006)

reunindo todas as espécies registradas até aquele momento para o semi-árido brasileiro.

Estes chegaram à conclusão que o conhecimento desses fungos ainda é bastante restrito,

registrando 407 espécies de fungos conidiais, distribuídas em 176 gêneros. O Estado com

maior número de espécies foi Pernambuco, com 178 (44%), seguido pela Bahia, com 146

(36%), Paraíba, com 82 (20%). Nos demais estados da região há registros de menos de 15

espécies. Entretanto esses dados não correspondem exclusivamente aos fungos conidiais

que decompõem a serapilheira, incluindo-se fungos que se nutrem a partir de outros

substratos como solo, folhas vivas, entre outros.

Recentemente, em pesquisas no semi-árido, Castañeda-Ruiz et al. (2006),

descreveram duas novas espécies de Brachydesmiella G. Arnaud ex S. Hughes, além de

apresentarem duas combinações e novas ocorrências de Hyphomycetes para o país.

Marques et al. (2007), descreveram Cubasina microspora M.F.O. Marques,

Gusmão & R.F. Castañeda e incluiram novos registros para a América do Sul. Barbosa et

al. (2007) propõem Deightoniella rugosa F.R. Barbosa, Gusmão & R.F. Castañeda e

Diplocladiella cornitumida F.R. Barbosa, Gusmão & R.F. Castañeda, além de novas

ocorrências para o neotrópico. Cruz et al. (2007a; b) descrevem três novas espécies sobre

folhas em decomposição.

Os estudos vêm demonstrando que a região do semi-árido brasileiro é propicia aos

estudos dos fungos conidiais associados à serapilheira, o que evidencia a necessidade de

intensificar o esforço amostral em busca de novas descobertas.

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1.3 Vegetação e Clima

Nas áreas secas do neotrópico existem diversos tipos de florestas (Pennington

2000). As florestas tropicais sazonalmente secas ocorrem quando a pluviosidade é menor

do que 1600 mm/ano, com pelo menos cinco a seis meses recebendo menos do que 100

mm. Estas florestas estão distribuídas em solos férteis, e são formadas essencialmente por

árvores, sem o estrato gramíneo, xeromórfico e tolerante ao fogo, um importante

componente do cerrado (Pennington 2000).

Atualmente as florestas secas estão distribuídas de forma disjunta, desde áreas

abaixo do trópico de capricórnio a regiões ao norte do trópico de câncer (Pennington

2000). As maiores áreas dessas florestas na América do Sul estão localizadas no nordeste

do Brasil, a caatinga, em duas áreas definidas por Prado & Gibbs (1993), misiones e o

núcleo Piedmont, e na costa caribenha da Colômbia e Venezuela. Outras áreas, menores e

mais isoladas estão distribuídas pela América do Sul, América Central, Caribe, alcançando

até o estado de Sonora no México e a Flórida (Pennington et al. 2006).

A Caatinga representa a maior e a mais isolada floresta seca da América do Sul

(Queiroz 2006). Ela está inserida na região do semi-árido brasileiro, marcado pelas

irregularidades pluviométricas e pelas baixas precipitações (Velloso et al. 2002). Essa

região apresenta um regime climático do tipo Bsh, conforme a classificação de Koppen

(Nimer 1989), semelhante a outras áreas tropicais semi-áridas do globo. Apesar de suas

condições severas, o bioma Caatinga apresenta uma surpreendente diversidade de

ambientes, proporcionados por um mosaico de tipos vegetacionais, em geral caducifólia,

xerófila e, por vezes, espinhosa, variando com o mosaico de solos e a disponibilidade de

água (Velloso et al. 2002).

Velloso et al. (2002) através da análise de processos bióticos e abióticos sugeriram

a existência de oito grandes subdivisões na biodiversidade no bioma Caatinga, a saber: (1)

Ecorregião do Complexo de Campo Maior, (2) Ecorregião do Complexo Ibiapaba-Araripe;

(3) Ecorregião da Depressão Sertaneja Setentrional; (4) Ecorregião do Planalto da

Borborema; (5) Ecorregião da Depressão Sertaneja Meridional; (6) Ecorregião das Dunas

do São Francisco; (7) Ecorregião do Complexo da Chapada Diamantina; (8) Ecorregião do

Raso da Catarina. Além da definição das fronteiras, estes estabeleceram o estado de

preservação e o numero de unidades de conservação em cada Ecorregião.

O Ministério do Meio Ambiente (2002) foi incentivado por iniciativas

internacionais e nacionais, como a apresentada por Velloso et al. (2002), a definir áreas

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prioritárias para a conservação em todos os biomas brasileiros. Para o bioma Caatinga a

avaliação resultou na identificação de 82 áreas, entre elas estão 27 áreas de extrema

importância biológica.

A partir da identificação destas áreas, o Programa de Pesquisa em Biodiversidade

do Semi-árido (PPBio) definiu seis áreas de extrema importância biológica para iniciar os

estudos no bioma Caatinga (MCT 2005), são elas: (1) Buíque/Vale do Ipojuca

(Pernambuco)–Ecorregião Planalto do Borborema; (2) Médio São Francisco (Bahia)–

Ecorregião Dunas do São Francisco; (3) Raso da Catarina (Bahia)–Ecorregião Raso da

Catarina; (4) Senhor do Bonfim (Bahia)–Ecorregião Depressão Sertaneja Setentrional; (5)

Seridó (Paraíba e Rio Grande do Norte)–Ecorregião Depressão Sertaneja Meridional; (6)

Serra das Confusões (Piauí)–Ecorregião Complexo Ibiapaba-Araripe (Fig. 1). Essas áreas

estão incluídas em seis das oito Ecorregiões propostas por Velloso et al (2002).

No Brasil poucas vezes os fungos foram incluídos em projetos de inventários da

biota, principalmente porque permanece a idéia “Tudo está em todo lugar”, de que

bactérias, e por extensão os outros microrganismos, são cosmopolitas (Staley & Gosink,

1999 apud Manfio 2005), não justificando propostas de conservação. Afirmação que não

se aplica para áreas intensamente estudadas, onde líquens e macrofungos já mostraram ser

de grande valor para propostas de conservação (Hawksworth 1991; Arnolds 1991).

Zak (1993 apud Parungao et al. 2002) estudando a diversidade fúngica em

ecossistemas áridos e semi-áridos comenta que poucos estudos foram realizados nesse tipo

de habitat, mas que sua diversidade pode ser igual ou superior comparada a ambientes

úmidos. Segundo esse autor o baixo potencial hídrico do solo é inapropriado ao

crescimento de bactérias, sendo que a cadeia alimentar em sistemas áridos seria

primariamente baseado nos fungos, que podem se especializar ocupando os nichos antes

ocupados pelas bactérias.

Com o avanço nas pesquisas em biodiversidade no bioma Caatinga este se revela

portador de uma biota singular. E sob a influência do clima semi-árido, com altas

temperaturas e umidade sazonal, os fungos conidiais podem apresentar uma alta riqueza de

espécies. Para se testar essa hipótese é relevante o estudo nestas áreas de extrema

importância biológica do semi-árido brasileiro, especialmente envolvendo a realização de

inventários micológicos.

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1.4. Áreas de estudo

1.4.1. Buíque/Vale do Ipojuca (PE) – Área 23. (Fig. 2).

A região apresenta como tipo vegetacional mais expressivo a caatinga arbustiva-

arbórea, mas diferentes fitofisionomias de caatinga e florestas estacionais podem ser

encontradas. É relatada a presença de espécies de plantas endêmicas à caatinga como: Giba

glaziori (O. Kuntze) K. Schum (Bombacaceae) e Oxandra reticulata Mart. (Armonaceae),

Dyckia limae L.B. Sm. (Bromeliaceae) (Silva et al. 2003). Gusmão et al. (2006) registrou

Colletotrichum gloeosporioides (Penz.) Penz. & Sacc. no município de Buíque.

1.4.2. Raso da Catarina (BA) – Área 29. (Fig. 3).

A região é caracterizada por apresentar caatinga sobre areia e relevo plano

(tabuleiro) com vegetação predominantemente arbustiva densa. Apresenta aves ameaçadas

de extinção e espécies vegetais endêmicas da Caatinga, com distribuição restrita, como

Calliandra aeschynomoides Benth (Leguminosae) (Silva et al. 2003). Melo & Andrade

(2007) coletaram sete espécies de Boraginaceae A. Juss., distribuídas em três gêneros na

região.

1.4.3. Médio do São Francisco (BA) – Área 41. (Fig. 4).

A vegetação é formada por dunas, caatinga arbustiva, brejos, matas de galeria,

cerrado de altitude e carnaubais. A região representa a área de maior grau de endemismos

da Caatinga. Existem, pelo menos, 12 espécies e um gênero de plantas endêmico. A fauna

de répteis local é caracterizada por quatro gêneros endêmicos de lagartos e pelo menos 24

espécies endêmicas de lagartos, serpentes e cobra-de-duas-cabeças (Silva et al. 2003).

Rocha et al. (2004) em um estudo no município de Barra identificaram 86 espécies

distribuídas em 37 famílias de angiospermas.

1.4.4. Serra das Confusões (PI) – Área 37. (Fig. 5).

Os tipos vegetacionais da região são: a caatinga arbórea, arbustiva, mata seca e

cerrado. Apresenta uma área de contato caatinga, cerrado e mata seca possuindo um alto

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potencial biológico para aves e demais grupos zoológicos. Presença já registrada de

espécies de felinos ameaçados de extinção. É uma região de baixa densidade demográfica e

está em bom estado de conservação da vegetação (Silva et al. 2003).

1.4.5. Senhor do Bonfim (BA) – Área 40. (Fig. 6).

A região de Senhor do Bonfim destaca-se pelos endemismos de plantas, a espécie

Mcvalghia bahiana, exclusiva desta região, além das espécies Senna martiana (Benth.)

H.S.Irwin & Barneby, Chloroleucon extortum Barneby & J.W.Grimes, Rhamnidium molle

Reissek (Silva et al. 2003). Castañeda-Ruiz et al. (2006) registraram oito espécies de

fungos conidiais, sendo duas novas espécies para a ciência.

1.4.6. Seridó/Borborema (PB e RN) – Área 17. (Fig. 7).

Apresenta como hábitat mais expressivo, a caatinga arbustiva aberta. A caatinga

arbustiva é pobre em espécies vegetais, mas possui uma associação única no domínio da

caatinga no Seridó. Na região encontra-se espécies relictuais de lagartos e espécies de aves

endêmicas, ameaçadas de extinção e é sítio de reprodução da avoante (Silva et al. 2003).

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Fig. 01. Mapa com a localização das áreas de estudo (em vermelho) (MCT 2005).

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Figuras 2-6 – Áreas de estudo. 2. Região de Buíque/Vale do Ipojuca (município de

Buíque-PE); 3. Raso da Catarina (município de Paulo Afonso-BA); 4. Região do Médio

São Francisco (município de Pilão Arcado-BA); 5. Parque Nacional Serra das Confusões

(município de Caracol-PI); 6. Região de Senhor do Bonfim (município de Senhor do

Bonfim-BA); 7.Região de Seridó/Borborema (município Serra Negra do Norte-RN).

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1.5. A coleta do material botânico e dos fungos conidiais associados

Foi realizada uma expedição a cada uma das áreas de estudo no período de agosto

de 2006 a fevereiro de 2007, onde cinco amostras compostas contendo os restos vegetais

(folhas, cascas e galhos, etc...) foram coletados e acondicionados em sacos de papel tipo

Kraft, sendo transportadas ao laboratório. Após essa etapa, os restos vegetais foram

colocados em escorredores tipo domestico e depositados sobre bandejas (50x30x9cm),

onde a circulação da água era mantida constante por uma hora. A torneira era aberta de

modo que o jato d’água não incidisse diretamente sobre os restos vegetais, para isso, a

bandeja era mantida inclinada em um ângulo de aproximadamente 45º, sendo a água

eliminada mediante escorrimento. Após esse processo os restos vegetais foram colocados

sobre papel filtro por cerca de 20 minutos (tempo de secagem do material), e

acondicionados em câmaras-úmidas (placa de petri + papel toalha). As câmaras-úmidas

foram acondicionadas em uma caixa de isopor (170l) sobre um suporte ao fundo do

recipiente, cujas paredes e tampa foi recoberta por papel-toalha umedecido. Foi adicionado

ao isopor cerca de 500ml de água contendo três a cinco gotas de glicerina. A caixa era

aberta periodicamente por cerca de 15 minutos para circulação de ar e borrifamento com

água para manter a umidade. Após 72 horas o material incubado era observado sobre

estereomicroscópio e revisado periodicamente até completar 20 dias (modificado de

Castañeda-Ruiz 2005).

Os fungos conidiais foram coletados com auxílio de agulhas de ponta fina

(tipo insulina) e colocados em meio de montagem permanente com resina PVL (álcool

polivinílico + lactofenol) (Trappe & Schenck 1982). As lâminas e material vegetal seco

foram depositados no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS).

1.6. Identificação dos fungos

A identificação foi efetuada a partir da descrição das características das estruturas

de reprodução ao microscópio óptico. Com auxilio da ocular micrométrica foram

realizadas medidas das estruturas de caráter taxonômico. Foram utilizados tanto livros

básicos (Ellis 1971, 1976) como bibliografia espécifica para os gêneros.

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1.7. Ilustração

Para a ilustração por fotografia em microscopia óptica foi utilizada uma máquina

fotográfica digital, Canon powershot G5, acoplada ao microscópio. O desenho foi uma

representação obtida através da câmara-clara acoplada ao microscópio óptico.

1.8. Referências Bibliográficas

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CAPITULO 1

Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido

brasileiro. I. espécies do folhedo

Artigo a ser submetido para publicação na Acta Botanica Brasilica

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Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido brasileiro. I. Espécies do

folhedo

Alisson Cardoso Rodrigues da Cruz 1,2 e Luís Fernando Pascholati Gusmão 1

RESUMO – (Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido brasileiro. I. Espécies do

folhedo). Um inventário dos fungos conidiais foi realizado em seis áreas de extrema

importância biológica do bioma Caatinga. Foram identificadas 72 espécies, Heliocephala

zimbabweensis é reportada pela segunda vez para a ciência, Sporidesmium verrucisporum e

Sporidesmiella claviformis são novas ocorrências para o continente americano, Dicyma

vesiculifera, Fusariella concinna, F. obstipa, Phaeostalagmus tenuissimus são novas

ocorrências para a América do Sul. Falcocladium sphaeropedunculatum, Myrmecridium

schulzeri var. schulzeri, Pseudodictyosporium wauense, Repetophragma inflatum são

novas ocorrências para a região semi-árida brasileira. As espécies citadas são descritas,

ilustradas e comentadas. Uma lista de todas as demais espécies encontradas também é

apresentada.

Palavras-chave – Fungos anamórficos, taxonomia, folhedo.

ABSTRACT – (Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. Fallen leaves

species). An inventory of the conidial fungi was carried out in six areas of extreme

biological importance within the Caatinga biome. Seventy-two species were identified,

Heliocephala zimbabweensis was found for the second time for science, Sporidesmium

verrucisporum and Sporidesmiella claviformis are new records for the American continent,

Dicyma vesiculifera, Fusariella concinna, F. obstipa, Phaeostalagmus tenuissimus are new

records for South America; Falcocladium sphaeropedunculatum, Myrmecridium schulzeri

var. schulzeri, Pseudodictyosporium wauense and Repetophragma inflatum are new

records for the Brazilian semi-arid region. The species above mentioned are described,

illustrated and commented. A list for all others species is present too.

Key words – Anamorphic fungi, taxonomy, fallen leaves.

1 Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório

de Micologia (LAMIC), Caixa Postal 252, 44031-460, Feira de Santana, BA, Brasil

([email protected]). 2 Autor para correspondência: [email protected].

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Introdução

O clima semi-árido submete suas paisagens a condições climáticas extremas, como

altas temperaturas médias anuais (26-28ºC) e, sobretudo, a baixas precipitações (300-

1000mm/ano), irregulares e concentradas em 3 a 6 meses por ano (Prado 2003; Sampaio

1995). A vegetação dominante é a Caatinga, um bioma formado por um mosaico de

florestas secas e vegetação arbustiva, com enclaves de florestas úmidas montanas e de

cerrados (Tabarelli & Silva 2003).

A deciduidade das folhas é comum na Caatinga (Sampaio 1995) e os fungos têm

um importante papel na ciclagem desses nutrientes, particularmente os fungos conidiais,

que estão entre os principais decompositores do folhedo (Dix & Webster 1995).

Os fungos conidiais representam os fungos cuja reprodução se dá assexuadamente,

tendo como unidade de dispersão os conídios (Grandi 1998a). Este grupo apresenta

diversas denominações como Fungos imperfeitos, Deuteromycetes, Deuteromycotina,

Conyomycetes, Fungos Mitospóricos, e fungos anamorfos (Gusmão et al. 2006). O grupo

pode ser dividido em três classes artificiais, os Hyphomycetes, Coelomycetes e

Agonomycetes (Kirk et al. 2001).

Os estudos dos fungos conidiais que atuam na decomposição de folhas no Brasil

foram iniciados por Sutton & Hodges Jr. (1975a;b; 1976a;b;c; 1977; 1978) e Sutton (1975;

1977) que descreveram a partir do folhedo de Eucalyptus spp. novas espécies e novas

referências para o Brasil. No Estado de Pernambuco, Maia (1983) estudou a sucessão de

fungos em três espécies vegetais. A partir dos anos 90 alguns os estudos foram realizados

no estado do Paraná e São Paulo (Grandi et al. 1995; Grandi & Gusmão 1995; 2002a;

2002b; Grandi & Attili 1996; Gusmão & Grandi 1996; 1997; Grandi 1998b; 1999; Gusmão

et al. 2000; Gusmão 2001). No sudeste investigações resultaram em novas espécies

(Castañeda et al. 2001; Calduch et al. 2002).

Recentemente em São Paulo, Grandi & Silva (2003; 2006) e Grandi (2004)

relataram novas ocorrências para o Brasil. O folhedo submerso foi investigado por

Schoenlein-Crusius & Milanez (1990) e os estudos estão sumarizados em Schoenlein-

Crusius & Grandi (2003). Schoenlein-Crusius et al. (2006), isolaram 125 espécies fungos

conidiais, sendo oito reportados pela primeira vez para o Brasil. Silva (2007) coletou 33

espécies e relatou três novas ocorrências para o país.

No semi-árido brasileiro os fungos conidiais foram compilados por Gusmão et al.

(2006) e estes salientaram que o conhecimento desses fungos na região ainda é bastante

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restrito. Foram catalogadas 407 espécies, distribuídas em 176 gêneros. O estado com maior

número de espécies foi Pernambuco (178), seguido pela Bahia (146) e Paraíba (82).

Recentemente, em pesquisas no semi-árido, Castañeda-Ruiz et al. (2006), Marques

et al. (2007), Barbosa et al. (2007) e Cruz et al. (2007a; 2007b) descreveram sete novas

espécies para a ciência, além de novas referências para o neotrópico, para a América do

Sul e Brasil.

O estudo dos fungos conidiais no semi-árido mostrou-se promissor. O objetivo

desse trabalho foi inventariar os fungos conidiais que atuam na decomposição de folhas em

áreas de extrema importância biológica, além de descrever e ilustrar as novas ocorrências

para o continente americano, América do Sul e para o semi-árido brasileiro.

Materiais e métodos

No período de agosto de 2006 a fevereiro 2007 foram realizadas coletas da

serapilheira em cada uma das seis áreas de extrema importância biológica do bioma

Caatinga (MMA 2002). As seis áreas estão distribuídas nos seguintes estados, Bahia: (1)

Região do Médio São Francisco (Pilão Arcado); (2) Raso da Catarina (Jeremoabo e Paulo

Afonso), (3) Região de Senhor do Bonfim (Campo Formoso e Senhor do Bonfim);

Pernambuco: (4) Região de Buíque/Vale do Ipojuca (Buíque); Piauí: (5) Parque Nacional

Serra das Confusões (Caracol); Rio Grande do Norte: (6) Região de Seridó/Borborema

(Serra Negra do Norte).

As amostras de folhas foram submetidas à técnica de lavagem descrita por

Castañeda-Ruiz (2005). As câmaras-úmidas foram mantidas a temperatura ambiente e

observadas no período de 20 dias. As estruturas reprodutivas dos fungos conidiais foram

coletadas com auxílio de agulhas de ponta fina e colocados em meio de montagem

permanente com resina PVL (álcool polivinílico + lactofenol). As lâminas foram

depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS).

Resultados e discussão

Foram identificadas 72 espécies associadas às folhas no semi-árido, dessas 11 são

novas ocorrências e são descritas e ilustradas. Comentários e informações sobre a

distribuição geográfica dessas espécies são incluídos.

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Dicyma vesiculifera Piroz., Mycol. Pap. 129: 12. 1972. Fig. 1-2

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, eretos, retos ou flexuosos, septados,

ramificados, lisos, castanhos, 175-265 × 3-3,5 µm; células em forma de bastão hialina, 9-

16,5 × 1,5-2,5 µm, vesículas apicais subglobosas, hialinas, 3,5-6 µm diâm. Ramificações

retas, septadas, lisas, castanho-claras, 31,5-70,5 × 1,5-2,5 µm. Células conidiogênicas

holoblásticas, monoblásticas, laterais, em grupos de 2-6 possicionadas em verticilos,

simpodiais, cilíndricas, denticuladas, lisas, hialinas, 6-9,5 × 1-2 µm. Conídios solitários,

secessões esquizolíticas, 0-septados, elípticos, simples, secos, lisos, hialinos, 4-5 × 1,5-2,5

µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, 7/III/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

130981).

Distribuição geográfica: Cuba (Castañeda-Ruiz 1986), Tanzânia (Pirozynski 1972), Nepal

(Stalpers 2007).

São reconhecidas 12 espécies para o gênero (Arx 1982; Guarro & Calvo 1983). No

material examinado os conídios apresentam-se menores que os descritos por Pirozynski

(1972) e Castañeda-Ruiz (1986). Dicyma vesiculifera assemelha-se a D. ampullifera

Boulanger e D. funiculosa Guarro & Calvo (Guaro & Calvo 1983) pela presença de

vesículas. D. ampullifera difere pelos conídios verruculosos e D. funiculosa pela presença

de vesículas menores presentes em conidióforos com ramificações restritas ao ápice.

Dicyma Boulanger tem sua fase teleomórfica associada ao gênero Ascotricha Berk.

(Xylariaceae, Ascomycota). Arx (1982) estudando os gêneros Basifimbria Subram. &

Lodha, Gonytrichella Emoto & Tubaki, Hansfordia S. Hughes e Puciola de Bertoldi

propôs a sinonimização destes com Dicyma. No entanto, mesmo após os estudos de Arx

(1982) pesquisadores continuam a adicionar espécies em Hansfordia, como H. catalonica

Mercado, Gené & Guarro (Gené et al. 2000).

Falcocladium sphaeropedunculatum Crous & Alfenas, S. Afr. J. Bot. 63(5): 287. 1997.

Fig. 3-4

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Conidióforos macronemáticos, mononemáticos ou sinemáticos, eretos, retos ou flexuosos,

septados, simples ou ramificados, lisos, subhialinos a hialinos, 15-90 × 2,5-3 µm; estipes

originados na primeira ramificação ou em verticilo nas métulas, aseptados, simples, lisos,

38,5-105 × 1,5-3 µm; vesículas apicais subglobosas, hialinas, 4,5-7,5 × 3-5 µm; métulas

em grupos de 2-3, aseptadas, cilíndricas a cuneiformes, hialinas, 6,5-9 × 3-4,5 µm. Células

conidiogênicas enteroblásticas, fialídicas, terminais, em grupos de 2-5, possicionadas em

verticilo na métula, determinadas, lageniformes, colaretes curvos, lisas, hialinas, 13-17 ×

2-3 µm. Conídios solitários, secessões esquizolíticas, 0-septados, falcados, raramente com

apêndice basal, simples, em mucilagem, lisos, hialinos, 12,5-15 × 0,9-1,2 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, Morro do Machado, 20/II/2007,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 130982).

Distribuição geográfica: Brasil (Crous et al. 1997).

O gênero apresenta quatro espécies, F. multivesiculatum S.F. Silveira, Alfenas,

Crous & M.J. Wingf. (Crous et al. 1994), F. sphaeropedunculatum (Crous et al. 1997), F.

thailandicum Crous & Himaman (Crous et al. 2007), F. turbinatum Somrithipol, Sudhom,

Tippawan & E.B.G. Jones (Somrithipol et al. 2007). Os conídios do material examinado

raramente apresentam apêndice basal e são mais estreitos quando comparados à espécie-

tipo (Crous et al. 1997). Falcocladium multivesiculatum e F. thailandicum são as espécies

mais próximas de F. sphaeropedunculatum podendo ser diferenciadas pela forma

elipsoidal da vesícula e maior comprimento do conídio, respectivamente. Crous et al.

(2007) realizaram a análise filogenética de F. multivesiculatum, F. sphaeropedunculatum e

F. thailandicum através da região ITS (Internal Transcribed Spacer) confirmando a

legitimidade das três espécies, o provável polifiletismo do gênero, e o alinhamento com

membros de Hypocreales (Ascomycota).

Fusariella concinna (Syd.) S. Hughes, Mycol. Pap. 28: 8. 1949. Fig. 5-6

Bas.: Clasterosporium concinnum Syd., Ann. Mycol., Berl. 1933.

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, eretos, retos ou flexuosos, septados,

simples ou ramificados, lisos, subhialinos, 40,5-67,5 × 2,5-4 µm. Células conidiogênicas

enteroblásticas, fialídicas, terminais, integradas, determinadas, cilíndricas, lisas,

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subhialinas. Conídios em cadeia, secessões esquizolíticas, 3-septados, cilíndrico-

fusiformes, ápices curvos, simples, secos, lisos, oliva-claros, 16,5-21 × 3-4,2 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, 6/III/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

130983); Pernambuco: Buíque, 17/VIII/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 130984).

Distribuição geográfica: Argélia (Stalpers 2007), Índia (Hughes 1949; Ellis 1971), Taiwan

(Matsushima 1980) e Panamá (Goos 1997).

Segundo Hughes (1949) o gênero tem como espécie-tipo Fusariella atrovirens

Sacc. proposta em 1884 e não Fusariella atrovirens (Berk.) Sacc. (Saccardo 1886), sendo

esta última um homônimo tardio da espécie tipo. Hughes (1949) reforça o uso de

Fusariella atrovirens Sacc. devido a uma grande variação na dimensão dos conídios de

Fusariella atrovirens (Berk.) Sacc.

O gênero Fusariella Sacc. possui 14 espécies (Hughes 1949, Ellis 1971, 1976,

Matsushima 1985, 1993). As espécies são encontradas no solo, parasitando folhas e em

material vegetal em decomposição. Entre as espécies que apresentam células

conidiogênicas lisas F. concinna é diferenciada pelos conídios oliva-claros com a presença

de ápice curvo. As características do espécime estudado estão de acordo com as descrições

apresentadas por Hughes (1949), Ellis (1971), Matsushima (1980) e Goos (1997).

Fusariella obstipa (Pollack) S. Hughes, Mycol. Pap. 28: 9. 1949. Fig. 7-8

Bas.: Dendryphium obstipum Pollack, Mycologia 39: 617. 1947.

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, eretos, retos ou flexuosos, septados,

simples ou ramificados, lisos, subhialinos, 40,5-100,5 × 3-4,5 µm. Células conidiogênicas

enteroblásticas, fialídicas, terminais, integradas, determinadas, cilíndricas, lisas,

subhialinas. Conídios em cadeia, secessões esquizolíticas, 3-septados, curvos, cilíndrico-

fusiformes, simples, secos, lisos, olivaceos, 13-18 × 4,5-7,5 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, 31/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

130985); 28/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 130986).

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Distribuição geográfica: Argélia (Stalpers 2007), Cuba, Índia (Matsushima 1987), Estados

Unidos da América (Hughes 1949), França, Nova Caledônia, Zâmbia (Ellis 1971), Uganda

(Matsushima 1981).

F. obstipa apresenta uma ampla distribuição geográfica, entretanto é a primeira vez

que é encontrada na América do Sul. Fusariella atrovirens e F. bizzozeriana (Sacc.) S.

Hughes assemelham-se a F. obstipa, contudo apresentam células conidiogênicas

verruculosas e conídios com maior comprimento, respectivamente. As dimensões dos

caracteres taxonômicos estão incluídas dentro dos limites da variação morfológica da

espécie (Ellis 1971, Hughes 1949, Matsushima 1981, 1987). Além de F. concinna e F.

obstipa já foram encontradas no Brasil F. atrovirens (Cruz et al. 2007) e F. hughesii

Chab.-Frydm. (Castañeda-Ruiz et al. 2003).

Heliocephala zimbabweensis Decock, V. Robert & Masuka, Mycologia 90: 333. Fig. 9-10

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, eretos, retos, septados, simples, lisos,

castanhos, 180-320 × 2-6 µm. Células conidiogênicas holoblásticas, monoblásticas,

terminais, evidentes, determinadas, ampuliformes, lisas, castanho-claras, 3,5-4,5 × 1,5-2,5

µm. Conídios solitários, secessões esquizolíticas, 2-septados, elipsóide-rostrados, simples,

secos, lisos, castanho-claros, 12-114 × 3-4,5 µm; rostros retos 4,5-102 × 0,8-2 µm, ápices

podem originar células conidiogênicas secundárias.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 23/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 118030).

Distribuição geográfica: Zimbábue (Decock et al. 1998).

O gênero é constituido por três espécies (Kumaresan & Srinivasan 2002).

Heliocephala zimbabweensis pode ser diferenciada de H. natarajanii Kumaresan & M.

Sriniv. e H. proliferans V. Rao, K.A. Reddy & de Hoog (Rao et al. 1984) pela presença de

rostro curvo e conídio liso, respectivamente. O comprimento do conidióforo do material

examinado pode alcançar dimensão superior à do conidióforo do espécime-tipo (Decock et

al. 1998).

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Figuras 1-10. 1-2. Dicyma vesiculifera Piroz. 1. Conidióforo. 2. Conídios. 3-4. Falcocladium sphaeropedunculatum Crous & Alfenas. 3. Conidióforo. 4. Conídios. 5-6. Fusariella concinna (Syd.) S. Hughes. 5. Conidióforo. 6. Conídios. 7-8. Fusariella obstipa (Pollack) S. Hughes. 7. Conidióforo. 8. Conídios. 9-10. Heliocephala zimbabweensis Decock, V. Robert & Masuka. 9. Conidióforo. 10. Conídios.

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Hyphomycetes: 165. 1976.

Rhinotrichum multisporum Doguet, Rev. Mycol., Suppl. Colon. 17: 78. 1953 (nom.

inval. Art. 36) [non Acrotheca multispora (Preuss) Sacc., Syll. Fung. 4:277. 1886].

Acladium multisporum (Doguet) Bat. & Oliveira, Anais XIII Congr. Soc. bot. Brasil:

347. 1964. [1962].

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, eretos, retos ou flexousos, septados,

simples, lisos, castanho nas bases, subhialino nos ápices, 165-275 × 4,5-5 µm. Células

conidiogênicas holoblásticas, monoblásticas, terminais e intercalares, ocasionalmente

laterais, simpodiais, cilíndricas, denticuladas, lisas, castanho-claras a subhialinas. Conídios

solitários, secessões esquizolíticas, 0-septados, elipsóides a obovais, bases truncadas,

simples, secos, lisos, hialinos, 5,5-14 × 3,5-5 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, 2/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

131002).

Distribuição geográfica: África do Sul, Austrália, Canadá, Holanda, Suíça, Papua-Nova

Guiné, Zaire (Arzanlou et al. 2007), Antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas

(como Pleurothecium acutum, Farr et al. 2007), China, Estados Unidos da América (como

Ramichloridium schulzeri var. schulzeri, Farr et al. 2007), Cuba (como R. schulzeri var.

schulzeri, Mercado-Sierra et al. 1998), Inglaterra (como P. acutum, Ellis 1976), Taiwan

(como R. schulzeri var. schulzeri, Matsushima 1987).

O gênero Myrmecridium Arzanlou, W. Gams & Crous foi eregido recentemente a

partir da filogenia molecular das espécies de Ramichloridium Stahel ex de Hoog (Arzanlou

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et al. 2007). Esse estudo sugeriu a existência de um clado formado por R. schulzeri e suas

variedades (Incertae sedis, Sordariomycetes) e outro clado incluindo a espécie-tipo, R.

apiculatum (J.H. Mill., Giddens & A.A. Foster) de Hoog (Mycosphaerellaceae,

Dothideomycetes). A célula conidiogênica nos espécimes brasileiros apresentam

dentículos retângulares, produzidos no ápice ou de modo intercalar, diferente dos

espécimes descritos por Arzanlou et al. (2007) e Matsushima (1975) que apresentam

dentículos triangulares produzidos lateralmente. Os conídios do material examinado

apresentaram uma maior variação nas dimensões e na forma. Batista & Oliveira (1964)

descrevem Acladium multisporum no Brasil, a partir da combinação Rhinotrichum

multisporum, entretanto essa última é considerada nome inválido (Art. 36, Greuter et al.

2003), como conseqüência A. multisporum torna-se um nomem nudum. Apesar disso

aceitamos a ocorrência da espécie no Brasil.

Phaeostalagmus tenuissimus (Corda) W. Gams, Stud. Mycol. 13: 93. 1976. Fig. 13-14

Bas.: Verticillium tenuissimum Corda, Icon. fung. (Prague) 1: 20.1837.

Sin.: Verticillium apicale Berk. & Broome, Ann. Mag. nat. Hist., Ser. 2. 7: 101. 1851.

Verticicladium apicale (Berk. & Broome) Sacc., Syll. fung. (Abellini) 4: 328. 1886.

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, retos ou flexuosos, septados, simples,

lisos, castanhos, 80-130 × 3-6 µm. Células conidiogênicas enteroblásticas, fialídicas,

laterais e terminais, evidentes, determinadas, lageniformes, lisas, subhialinas, 8-13 × 1,5-3

µm. Conídios solitários, secessões esquizolíticas, 0-septados, elípticos, simples, em

mucilagem, lisos, hialinos, 2-3 × 1-1,5 µm.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 24/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 130988).

Distribuição geográfica: Canadá (como Verticillium tenuissimum Corda, Sutton 1973),

China (Tang et al. 2005), Escócia (Kirk & Spooner 1984), Estados Unidos da América,

Índia (Farr et al. 2007), Holanda, República Tcheca (Gams & Holobová-Jechova 1976),

Inglaterra (como Verticillium tenuissimum Corda, Hughes 1951), Polônia (Chlebicki &

Chmiel 2006), Tailândia (Lumyong et al. 2003).

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O gênero Phaeostalagmus W. Gams foi proposto a partir da combinação de duas

espécies de Verticillium Nees, V. cyclosporus (Grove) E.W. Mason & S. Hughes e V.

tenuissimum Corda (Gams & Holobová-Jechová 1976). Sete espécies estão incluídas em

Phaeostalagmus, mas até o momento nenhuma espécie foi coletada no Brasil.

Phaeostalagmus tenuissimus assemelha-se a P. rossicus B. Sutton & Mel’nik (Sutton &

Mel’nik 1992) e a P. peregrinus Minter & Hol.-Jech. (Minter & Holubová-Jechová 1981)

pelas células conidiogênicas em verticilos simples. P. rossicus apresenta células

conidiogênicas maiores e conídios cilíndricos e P. peregrinus possui conídios maiores com

base trucada. Phaeostalagmus sp. foi associado recentemente a Chaetosphaeria

phaeostalacta Réblová através da cultura dos ascósporos (Reblová 2004).

Pseudodictyosporium wauense Matsush., in Kabayasi et al., Bull. natn. Sci. Mus., Tokyo

14(3): 473. 1971. Fig. 15-16.

Sin.: Kamatia indica V.G. Rao & Subhedar, Trans. Br. mycol. Soc. 66(3): 541. 1976.

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, retos ou flexuosos, septados, ramificados,

lisos, castanhos na base, castanho-claros nos ápice, 56-106,5 × 1,5-4,5 µm. Células

conidiogênicas enteroblásticas, tréticas, terminais, integradas, determinadas, cilíndricas,

lisas, castanho-claras. Conídios solitários, secessões esquizolíticas, muriformes, palmados,

simples, secos, lisos, castanho-claros, 16-18 × 10,5-13,5 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, distrito Carrapichel,

21/IX/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 130990).

Distribuição geográfica: Brasil (Grandi & Silva 2003), Costa do Marfim (Rambelli et al.

2004), Cuba (Castañeda-Ruíz 1985), Espanha, Holanda, Porto Rico, Taiwan (Stalpers

2007), Itália (Lunghini & Quadraccia 1991), Japão (Matsushima 1975), Papua-Nova Guiné

(Matsushima 1971), Peru (Matsushima 1993), Venezuela (Castañeda-Ruíz et al. 2003).

Pseudodictyosporium Matsush. é um gênero monotípico descrito originalmente em

folha em decomposição de Musa paradisiaca L. (Matasushima 1971). As características do

espécime estudado estão de acordo com as descrições de Matsushima (1971,1975) e

Grandi & Silva (2003). Tsui et al. (2006) confirmaram a sinonímia entre Kamatia indica e

P. wauense proposta por Kirk et al. (2001) através da filogenia molecular. Tsui et al.

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(2006) também indicaram que a diferença entre a região ITS de P. wauense e

Cheiromoniliophora elegans Tzean & J.L. Chen não seria suficiente para manter

Cheiromoniliophora como um gênero distinto. Tsui et al. (2006) sugere que

Dictyosporium Corda e os gêneros mencionados pertencem à Massarinaceae

(Ascomycota).

Repetophragma inflatum (Berk. & Ravenel) W.P. Wu, in Wu & Zhuang, Fung. Divers.

Res. Ser. 15: 109, 2005. Fig. 17-18

Bas.: Helminthosporium inflatum Berk. & Ravenel, Grevillea 3: 104. 1875.

Sin.: Helminthosporium subfuscum Berk. & M.A. Curtis, Grevillea 3: 104. 1875.

Helminthosporium tiara Berk. & Ravenel, Grevillea 3(no. 27): 104. 1875.

Helminthosporium episphaericum Cooke & Peck, Rep. N.Y. St. Mus. nat. Hist. 29:

52. 1878.

Helminthosporium collabendum Cooke, Grevillea 17: 67. 1889.

Clasterosporium herculeum Ellis, Proc. Acad. nat. Sci. Philad.: 92. 1891.

Clasterosporium sigmoideum Ellis & Everh., Bull. Torrey bot. Club 24: 472. 1897.

Sporidesmium inflatum (Berk. & Ravenel) M.B. Ellis, Mycol. Pap. 70: 70. 1958.

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, retos ou flexuosos, septados, simples,

lisos, castanhos, ápices castanho-claros, 137,5-405 × 6-7 µm. Células conidiogênicas

holoblásticas, monoblásticas, terminais, integradas, com proliferações percurrentes,

cilíndricas, lisas, castanho-claras. Conídios solitários, secessões esquizolíticas, 4-5-

septados, sigmóides, simples, secos, lisos, células basais trapezóides, castanho-claras, 6-7,5

µm larg., 2ª e 3ª células cilíndrico-trucadas, castanhas, 4ª células trapezóides alongadas,

castanho-claras, células apicais subuladas, subhialinas a castanho-claras, 76,5-85,5 × 13,5-

16,5 µm.

Material examinado: BRASIL. Piauí: Caracol, 5/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

130991).

Distribuição geográfica: Brasil (Grandi & Silva 2006), China, Inglaterra (Wu & Zhuang

2005), Cuba (Mercado-Sierra 1984), Estados Unidos da América, Serra Leoa (Ellis 1958),

Guiné, Uganda (Ellis 1971), Índia (Farr et al. 2007), Japão (Matsushima 1975), Papua-

Nova Guiné (Matsushima 1971), Peru (Matsushima 1993), Taiwan (Matsushima 1980).

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O gênero Repetophragma foi proposto por Subramanian (1992) para acomodar

espécies de Sporidesmium Link que apresentavam conídios euseptados com células

conidiogênicas com proliferação percurrente. Atualmente o gênero apresenta 15 espécies

descritas (Wu & Zhuang 2005). Sporidesmium longiphorum R.F. Castañeda & W.B.

Kendr. é a espécie que mais se assemelha a R. inflatum, no entanto, pode ser diferenciado

pela presença de células centrais castanhas, transversalmente estriadas. O espécime

coletado no semi-árido apresentou conidióforos maiores quando comparado aos descritos

por Wu & Zhuang (2005) e Ellis (1958). A primeira citação da espécie para o Brasil foi

feita por Grandi & Silva (2006) ainda sob o nome de Sporidesmium. Recentemente

Castañeda et al. (2006) propuseram a combinação de duas espécies para o gênero,

Repetophragma fasciatum (R.F. Castañeda) R.F. Castañeda, Gusmão & Saikawa e

Repetophragma filiferum (Piroz.) R.F. Castañeda, Gusmão & Heredia, a partir de

Endophragmiella fasciata (R. F. Castañeda) R. F. Castañeda e Sporidesmium filiferum

Piroz., respectivamente.

.

Sporidesmium verrucisporum M.B. Ellis, Mycol. Pap. 70: 57. 1958. Fig. 19-20

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, retos ou flexuosos, septados, simples,

lisos, castanho-escuros, 46,5-165 × 3-5,5 µm. Células conidiogênicas holoblásticas,

monoblásticas, terminais, integradas, com proliferações percurrentes ou doliformes,

cilíndricas, lisas, castanho-escuras. Conídios solitários, secessões esquizolíticas, 6-8-

septados, obpiriformes, subulados, retos ou levemente curvos, simples, secos, células da

base castanho-escuras, verrucosos, células apicais lisas, castanho a castanho-claras, 49,5-

85 × 6-10,5; base 2-3,5 µm larg.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, 29/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

130992).

Distribuição geográfica: China (Zhou et al. 2001), Nova Zelândia (Farr et al. 2007), Serra

Leoa (Ellis 1958).

Sporidesmium é um gênero cosmopolita com cerca de 60 espécies (Cai et al. 2006).

É caracterizado pelos conídios euseptados produzidos em células conidiogênicas sem

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proliferação ou apresentando proliferação lageniforme ou doliforme (Wu & Zhuang 2005).

Apesar dos conídios mais estreitos e 6-8-septados, as características apresentadas pelo

espécime estudado enquadram-se em S. verrucisporum (Ellis 1958). Sporidesmium

flagellatum (S. Hughes) M.B. Ellis e S. tropicale M.B. Ellis apresentam conídios

verruculosos, podendo ser diferenciados pela presença de rostro e pelas maiores

dimensões, respectivamente. Shenoy et al. (2006) analisaram filogeneticamente a

subunidade maior do DNA ribossomal e a segunda subunidade maior da RNA polimerase

II e forneceram fortes evidências que os gêneros que compõe Sporidesmium “sensu lato”

são parafiléticos e estão posicionados entre as duas maiores classes de Ascomycota,

Dothideomycetes e Sordariomycetes.

Sporidesmiella claviformis P.M. Kirk, Trans. Br. mycol. Soc. 79(3): 479. 1982. Fig. 21-22

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, retos ou flexuosos, septados, simples,

lisos, castanho-escuros, ápices castanho-claros, 162-249 × 4,5-5,5 µm. Células

conidiogênicas holoblásticas, monoblásticas, terminais, integradas, com proliferações

percurrentes anelídicas, cilíndricas, lisas, castanhas. Conídios solitários, secessões

esquizolíticas, 2-pseudoseptados, obovais, bases truncadas ou afiladas, simples, secos,

subhialinos, 20,5-24 × 9-10,5 µm; bases 0,5-4 larg. µm.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 28/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 130993).

Distribuição geográfica: China (Wu & Zhuang 2005), Malásia (Kuthubutheen & Nawawi

1993), Reino Unido (Kirk 1982).

Sporidesmiella claviformis é a espécie-tipo do gênero Sporidesmiella P.M. Kirk que

apresenta 24 espécies e duas variedades (Wu & Zhuang 2005, Yanna et al. 2001). O

material examinado apresentou conídios com maiores dimensões do que os referidos por

Wu & Zhuang (2005), Kuthubutheen & Nawawi (1993) e Kirk (1982). A base do conídio

afilada é uma novidade para a espécie. S. caribensis R.F. Castañeda possui conídios 2-

pseudoseptados, castanho-claros a castanhos na margem. Três espécies foram coletadas no

Brasil, S. hyalosperma var. hyalosperma (Corda) P.M. Kirk (Grandi 1990), Sporidesmiella

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parva (M.B. Ellis) P.M. Kirk (Barbosa et al. 2007) e Sporidesmiella vignalensis W.B.

Kendr. & R.F. Castañeda (Marques et al. 2007).

Lista com as demais espécies encontradas

Acrogenospora sphaerocephala (Berk. & Broome) M.B. Ellis, Dematiaceous

Hyphomycetes (Kew): 114. 1971.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, sobre folha em

decomposição de Palmae, 30/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129304).

Alternaria alternata (Fr.) Keissl., Beih. Bot. Zbl., Abt. 1 29(2): 434. 1912.

Material examinado: BRASIL. Piauí: Caracol, 28/XI/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129289); Rio Grande do Norte: Serra Negra do Norte, 26/X/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129290).

Atrosetaphiale flagelliformis Matsush., Matsush. Mycol. Mem. 8: 14 (1995)

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, 30/I/2007, A.C.R.

Cruz s.n. (HUEFS 129291); Pilão Arcado, Barra do Iu, 27/II/2007, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129292); Piauí: Caracol, 07/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129293).

Beltrania rhombica Penz., Michelia 2(no. 8): 474. 1882.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Campo Formoso, Mata da Esterzinha, 05/X/2006,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129297); Paulo Afonso, 16/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129294); Paulo Afonso, 28/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129295); Pilão Arcado,

Quirino, 19/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129296); Pernambuco: Buíque,

23/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129298); Buíque, sobre folha em decomposição

05/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129299); Piauí: Caracol, 24/XI/2006, A.C.R. Cruz

s.n. (HUEFS 129300); Caracol, 27/XI/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129301); Caracol,

06/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129302); Rio Grande do Norte: Serra Negra do

Norte, 25/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129303).

Beltraniella portoricensis (F. Stevens) Piroz. & S. D. Patil, Can. J. Bot. 48:575. 1970.

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Figuras 11-22. 11-12. Myrmecridium schulzeri var. schulzeri (Sacc.) Arzanlou, W. Gams & Crous. 11. Conidióforo. 12. Conídios. 13-14. Phaeostalagmus tenuissimus (Corda) W. Gams. 13. Conidióforo. 14. Conídios. 15-16. Pseudodictyosporium wauense Matsush. 15. Conidióforo. 16. Conídios. 17-18. Repetophragma inflatum (Berk. & Ravenel) W.P. Wu. 17. Conidióforo. 18. Conídios. 19-20. Sporidesmium verrucisporum M.B. Ellis. 19. Conidióforo. 20. Conídios. 21-22. Sporidesmiella claviformis P.M. Kirk. 21. Conidióforo. 22. Conídios.

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Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, 30/I/2007, A.C.R.

Cruz s.n. (HUEFS 129305); Pernambuco: Buíque, 23/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129306).

Beltraniopsis ramosa R.F. Castañeda, Revta Jardín bot. Nac., Univ. Habana 6(1): 53.

1985.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, 28/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129308).

Bipolaris sorokiniana (Sacc.) Shoemaker, Can. J. Bot. 37(5): 884. 1959.

Material examinado: BRASIL. Piauí: Caracol, 24/XI/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129330).

Chaetopsina fulva Rambelli, Diagn. IV 3: 5. 1956.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, 18/I/2007, A.C.R.

Cruz s.n. (HUEFS 129311); Senhor do Bonfim, Serra da Maravilha, 19/IX/2006, A.C.R.

Cruz s.n. (HUEFS 129312).

Circinotrichum papakurae S. Hughes & Piroz., N.Z. Jl Bot. 9(1): 40. 1971.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, 19/X/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129316).

Curvularia eragrostidis (Henn.) J.A. Mey., Publ. Inst. nat. Étude agron. Congo belge, Sér.

sci. 75: 183. 1959.

Material examinado: BRASIL. Piauí: Caracol, 21/XI/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129321); Caracol, 23/XI/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129322); Rio Grande do Norte:

Serra Negra do Norte, 26/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129323).

Curvularia lunata (Wakker) Boedijn, Bull. Jard. Bot. Buitenz, 3 Sér. 13(1): 127. 1933.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Norte: Serra Negra do Norte, 13/XI/2006,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129324); Serra Negra do Norte, 14/XI/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129325).

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37

Dictyochaeta britannica (M.B. Ellis) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde, Fungal Diversity

4: 137. 2000.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, 31/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129376).

Dictyochaeta novae-guineensis (Matsush.) A.I. Romero, Boln Soc. argent. Bot. 22: 76.

1983.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha, 5/X/2006,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129366); Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha, 18/X/2006,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129367); Pernambuco: Buíque, 31/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129368), Buíque, 8/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129369).

Dictyochaeta pluriguttulata Kuthub. & Nawawi, Mycol. Res. 95: 1212. 1991.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 18/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129372).

Dictyochaeta simplex (S. Hughes & W.B. Kendr.) Hol.-Jech., Folia geobot. phytotax. 19:

434. 1984.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 28/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129363), Buíque, 8/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129364).

Dictyochaeta triseptata (Matsush.) R.F. Castañeda, Fungi Cubenses: 8. 1986.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129374).

Dicyma pulvinata (Berk. & M.A. Curtis) Arx, Gen. Fungi Sporul. Cult., Edn 3 (Vaduz):

316. 1981.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, sobre folha em decomposição de

Mauritia flexuosa L., 22/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129327).

Dischloridium laeense (Matsush.) B. Sutton, Kavaka 4: 47. 1977.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, 18/I/2007, A.C.R.

Cruz s.n. (HUEFS 129328).

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Drechslera halodes (Drechsler) Subram. & B.L. Jain, Curr. Sci. 35: 354. 1966.

Material examinado: BRASIL. Rio Grande do Norte: Serra Negra do Norte, 26/XI/2006,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129329).

Ellisembia brachypus (Ellis & Everh.) Subram., Proc. Indian natn Sci. Acad., Part B. Biol.

Sci. 58: 183. 1992.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 25/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129334).

Epicoccum nigrum Link, Magazin Ges. naturf. Freunde, Berlin 7: 32. 1815.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, 18/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129331).

Gonytrichum chlamydosporium var. chlamydosporium G.L. Barron & G.C. Bhatt,

Mycopath. Mycol. appl. 32: 126. 1967.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 17/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129335); Buíque, sobre folha em decomposição 18/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129336); Buíque, sobre folha em decomposição 21/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129337).

Gonytrichum macrocladum (Sacc.) S. Hughes, Trans. Br. mycol. Soc. 34: 565. 1951.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 23/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129339); Buíque, 26/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129340).

Gyrothrix microsperma (Höhn.) Piroz., Mycol. Pap. 84: 14. 1962.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, 29/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129341); Pilão Arcado, Quirino, 2/III/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129343);

Pernambuco: Buíque, 31/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129345).

Helicosporium griseum Berk. & M.A. Curtis, Grevillea 3: 51. 1874.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 21/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129353).

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Helicosporium virescens (Pers.) Sivan., Bitunicate Ascomycetes and their Anamorphs:

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Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 11/X/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129359).

Idriella lunata P.E. Nelson & S. Wilh., Mycologia 48(4): 550. 1956.

Material examinado: BRASIL. Piauí: Caracol, 9/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129378).

Idriella ramosa Matsush., Bull. Natn. Sc. Mus., Tokio 14(3):466. 1971.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, Serra da Maravilha,

25/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129382).

Idriella setiformis R.F. Castañeda & G.R.W. Arnold. Revta. Jardín Bot. Nac., Univ.

Habana 6: 50. 1985.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, 31/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129379); Senhor do Bonfim, 19/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129380); Senhor do

Bonfim, fazenda Passaginha, 18/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129381).

Janetia mangiferae S. Hughes & Cavalc., Can. J. Bot. 61(8): 2224. 1983.

Material examinado: Brasil. Piauí: Caracol, 23/XI/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129394).

Kionochaeta ramifera (Matsush.) P.M. Kirk & B. Sutton, Trans. Br. mycol. Soc. 85(4):

715. 1986.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, Serra da Maravilha, 11/X/2006,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129383).

Memnoniella echinata (Rivolta) Galloway, Trans. Br. mycol. Soc. 18(2): 165 (1933)

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, 30/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129384); Pilão Arcado, 8/III/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129385); Piauí: Caracol,

6/XII/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129387); Rio Grande do Norte: Serra Negra do

Norte, 14/XI/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129388).

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40

Menisporopsis theobromae S. Hughes, Mycol. Pap. 48: 59. 1952.

Material exainado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, sobre fruto em

decomposição, 18/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129389); Senhor do Bonfim,

29/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129390); Pernambuco: Buíque, 21/VIII/2006,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129392); Buíque, 17/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129393).

Myrothecium gramineum Lib., Pl. Crypt., Arduennae: 380. 1837.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, 28/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129399); Paulo Afonso, 1/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129400).

Myrothecium leucotrichum (Peck) M.C. Tulloch, Mycol. Pap. 130: 12. 1972.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, 31/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129395); Pilão Arcado, 6/III/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129396); Pernambuco:

Buíque, 26/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129397); Piauí: Caracol, 5/XII/2006,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129398).

Myrothecium roridum Tode ex Fr., Fung. mecklenb. sel. (Lüneburg) 1: 25. 1790.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 23/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129401); Piauí: Caracol, 1/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129402);

Caracol, 15/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129403); Rio Grande do Norte: Serra

Negra do Norte, 14/XI/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129404).

Myrothecium verrucaria (Alb. & Schwein.) Ditmar ex Fr.: 7 (1813) [1817].

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, Barra do Iu, 26/II/2007, A.C.R. Cruz

s.n. (HUEFS 129406); Piauí: Caracol, 14/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129407);

Caracol, 7/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129408).

Neojohnstonia minima Gusmão & Grandi, Mycotaxon 80: 98. 2001.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, 26/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129409).

Nigrospora sphaerica (Sacc.) E.W. Mason, Trans. Br. mycol. Soc. 12: 158. 1927.

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Material examinado: BRASIL. Piauí: Caracol, 27/XI/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129410); Caracol, sobre folha em decomposição 4/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129411); Caracol, 12/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129412).

Periconia cookei E.W. Mason & M.B. Ellis, Mycol. Pap. 56: 72. 1953.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, 2/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129414); Senhor do Bonfim, 19/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129415);

Pernambuco: Buíque, 8/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129416); Piauí: Caracol,

27/XI/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129417); Caracol, sobre folha em decomposição

11/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129419).

Periconia hispidula (Pers.) E.W. Mason & M.B. Ellis, Mycol. Pap. 56: 112. 1953.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, sobre folha de Eriocaulaceae em

decomposição, 17/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 125352); Pilão Arcado, sobre folha

de Eriocaulaceae 26/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 125353), Piauí: Caracol,

4/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 125355); Caracol, 13/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129418).

Phaeoisaria clematidis (Fuckel) S. Hughes, Can. J. Bot. 36: 794. 1958.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 26/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129420).

Pithomyces chartarum (Berk. & M.A. Curtis) M.B. Ellis, Mycol. Pap. 76: 13. 1960.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, 31/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129421); Paulo Afonso, 28/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129423); Pilão Arcado,

Quirino, 21/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129424); Piauí: Caracol, 4/XII/2006,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129425); Caracol, 1/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129426).

Repetophragma filiferum (Piroz.) R.F. Castañeda, Gusmão & Heredia, Mycotaxon

95:269. 2006.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 23/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129431); Buíque, 1/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129432).

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Spegazzinia tessarthra (Berk. & M.A. Curtis) Sacc., Syll. fung. (Abellini) 4: 758. 1886.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 8/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129433); Piauí: Caracol, 4/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129434);

Caracol, 6/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129435); Caracol, 14/XII/2006, A.C.R.

Cruz s.n. (HUEFS 129436).

Speiropsis scopiformis Kuthub. & Nawawi, Trans. Br. mycol. Soc. 89(4): 584. 1987.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Campo Formoso, Mata da Esterzinha, 5/X/2006,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129437); Senhor do Bonfim, Distrito de Carrapichel, 9/X/2006,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129439).

Sporidesmiella hyalosperma var. hyalosperma (Corda) P.M. Kirk, Trans. Br. mycol. Soc.

79(3): 481. 1982.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 21/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129443).

Stachybotrys nephrospora Hansf., Proc. Linn. Soc. London 155: 45. 1943 [1942-43].

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, 28/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129443); Pilão Arcado, morro do Machado, 7/III/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129444);

Senhor do Bonfim, Distrito de Carrapichel, 10/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129445);

Senhor do Bonfim, Serra da Maravilha, 10/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129446);

Pernambuco: Buíque, 24/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129447); Piauí: Caracol,

28/XI/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129448); Rio Grande do Norte: Serra Negra do

Norte, 26/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129449); Serra Negra do Norte, 27/X/2006,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129450).

Stachybotrys globosa P.C. Misra & S.K. Srivast., Trans. Br. mycol. Soc. 78(3): 556. 1982.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, 7/III/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

125380);

Stachybotrys parvispora S. Hughes, Mycol. Pap. 48: 74. 1952.

Material examinado: BRASIL. Piauí: Caracol, 9/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129461).

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43

Tetraploa aristata Berk. & Broome, Ann. Mag. nat. Hist., Ser. 2 5: 459. 1850.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, 2/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129462).

Thozetella cristata Piroz. & Hodges, Can. J. Bot. 51(1): 168. 1973.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Campo Formoso, 5/X/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129463); Pilão Arcado, Morro do Machado, 7/III/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129464); Pernambuco: Buíque, 17/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129465); Buíque,

21/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129466); Piauí: Caracol, 11/XII/2006, A.C.R.

Cruz s.n. (HUEFS 129467).

Thozetella cubensis R.F. Castañeda & G.R.W. Arnold, Revta Jardín bot. Nac., Univ.

Habana 6(1): 51. 1985.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, 21/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129468); Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha, 4/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129469); Senhor do Bonfim, 18/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129470).

Torula herbarum (Pers.) Link, Magazin Ges. naturf. Freunde, Berlin 3(1-2): 19. 1809.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, 2/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129471); Pernambuco: Buíque, 21/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129473); Buíque,

6/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129474); Buíque, 8/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129475).

Uberispora heteroseptata R.F. Castañeda, Guarro & Cano, Mycotaxon 59: 461. 1996.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, 28/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 125356).

Vermiculariopsiella immersa (Desm.) Bender, Mycologia 24: 412. 1932.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, 30/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129476); Paulo Afonso, 16/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129477).

Verticicladium trifidum Preuss, Linnaea 24. 1851.

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44

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, Morro do Machado, 20/II/2007,

A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129479); Piauí: Caracol, 1/XII/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129480).

Wiesneriomyces laurinus (Tassi) P.M. Kirk, Trans. Br. mycol. Soc. 82(4):7248. 1984.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, Quirino, 2/III/2007, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129481); Pilão Arcado, Morro do Machado, 7/III/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129482); Senhor do Bonfim, Distrito de Carrapichel, 9/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

129483); Senhor do Bonfim, 20/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129484);

Pernambuco: Buíque, 8/XI/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129485); Piauí: Caracol,

11/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129486).

Zygosporium gibbum (Sacc., M. Rousseau & E. Bommer) S. Hughes, Can. J. Bot. 36: 825.

1958.

Material examinado: BRASIL. Piauí: Caracol, 5/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS

130975).

Zygosporium masonii S. Hughes, Mycol. Pap. 44: 15. 1951.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, Brejinho, 1/III/2007, A.C.R. Cruz

s.n. (HUEFS 129487); Pilão Arcado, Morro do Machado, 21/III/2007, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129488).

Agradecimentos

Os autores agradecem ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Semi-árido

pelo suporte financeiro (PPBio semi-árido/Ministério da Ciência e Tecnologia) e aos Drs.

Rafael Castañeda-Ruiz, David W. Minter, Gregorio Delgado, Josep Guarro, Acelino

Alfenas, Uwe Braun, Carlos Inácio, Sayanh Somrithipol, Eric Mckenzie, Antonio

Hernández-Gutiérrez, as Dras. Marizeth Groenewald, Rosely Piccolo-Grandi, Barbara

Paulus, Astrid Ferrer e Msc. Priscila Silva, pela generosidade no envio de literatura. O

primeiro autor agradece ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) pela bolsa concedida, à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da

Bahia pelo apoio financeiro (Proc. APR071/2007) e ao Programa de Pós-graduação em

Botânica (PPGBot/UEFS).

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CAPITULO 2

Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido

brasileiro. II. Espécies lignícolas

Artigo a ser submetido para publicação na Acta Botanica Brasílica

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Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido brasileiro. II. Espécies

lignícolas

Alisson Cardoso Rodrigues da Cruz 1,2 e Luís Fernando Pascholati Gusmão 1

RESUMO – (Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido brasileiro. II. Espécies

lignícolas). Um inventário dos fungos conidiais foi realizado em seis áreas de extrema

importância biológica do bioma Caatinga. Foram identificadas 46 espécies, Dactylaria

cazorlii, Thozetella queenslandica, Vanakripa parva são descritas pela segunda vez para a

ciência, Ellisembia bambusae, Gonytrichum mirabile, Uberispora tropicalis são novas

ocorrências para o continente americano, Acrophragmis coronata, Bactrodesmium linderi,

Piricauda cochinensis, Taeniolella alta são novas ocorrências para a América do Sul,

Sporoschisma saccardoi, Stachylidium bicolor var. bicolor são novas ocorrências para o

Brasil e Paraceratocladium bacilliformis é uma nova ocorrência para o semi-árido

brasileiro. As novas ocorrências são descritas, ilustradas e comentadas. Uma lista com as

demais espécies encontradas é incluída.

Palavras-chave – Fungos anamórficos, taxonomia, serapilheira.

ABSTRACT – (Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. II.

Lignicolous species). An inventory of the conidial fungi was carried through in six areas of

extreme biological importance of Caatinga biome. Forty six species were identified,

Dactylaria cazorlii, Thozetella queenslandica, Vanakripa parva are described the second

time for science, Ellisembia bambusae, Gonytrichum mirabile, Uberispora tropicalis are

new records for American continent, Acrophragmis coronata, Bactrodesmium linderi,

Piricauda cochinensis, Taeniolella alta are new records for South America, Sporoschisma

saccardoi, Stachylidium bicolor var. bicolor are new records for Brasil and

Paraceratocladium bacilliformis is a new record for the brazilian semi-arid region. The

new records are described, illustrated and commented. A list with the others species found

is included.

Key words – Anamorphic fungi, taxonomy, leaf litter.

1 Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de Ciências Biológicas,

Laboratório de Micologia (LAMIC), Caixa Postal 252, 44031-460, Feira de Santana, BA,

Brasil ([email protected]). 2 Autor para correspondência: [email protected].

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Introdução

A região semi-árida corresponde à cerca de 60% do nordeste brasileiro (CNRBC

2004). A região é marcada pelo déficit hídrico, originado tanto pelas baixas precipitações

anuais (300-1000mm/ano), irregulares e concentradas (3-6 meses), quanto pela

evapotranspiração potencial elevada (1500-2000mm/ano), estas juntamente com as altas

temperaturas, determinam à fisionomia da região (Prado 2003).

Estudos recentes no bioma Caatinga têm revelado uma biota diversa, comparada às

outras florestas tropicais secas da América do Sul (Queiroz 2006; Giulietti et al. 2002;

Rodrigues 2003; Rosa et al. 2003). Porém, apenas 1% da sua área está sob a proteção

integral em unidades de conservação, sendo considerado o bioma brasileiro mais

vulnerável e um dos menos estudados quanto a sua biodiversidade (Leal et al. 2005). O

Ministério do Meio Ambiente (2002) indicou 82 áreas prioritárias para a conservação, das

quais 27 foram classificadas como de extrema importância biológica.

Os fungos conidiais lignícolas produzem suas estruturas reprodutivas em substratos

como madeira e córtex (Godeas & Arambarri 2007). Mundialmente, os estudos deste

grupo, apesar de dispersos, vêm revelando novos gêneros e espécies (Goos 1970;

Holubová-Jechová 1984, Nawawi & Kuthubutheen 1989). No Brasil, o estudo dos fungos

lignicolas é pouco explorado. Alguns autores investigaram substratos lignificados, mas um

número reduzido de fungos conidiais foram encontrados, entre os trabalhos, destaca-se

Batista et al. (1960a;b), Batista et al. (1965), Batista et al. (1967), Grandi & Gusmão

(2001), Calduch et al. (2002) e Castañeda-Ruiz et al. (2003a).

Recentemente para a região semi-árida, Castañeda-Ruiz et al. (2006), Marques et

al. (2007) e Barbosa et al. (2007) descreveram novas espécies e adicionaram novas

ocorrências de fungos conidiais lignícolas para o Brasil e para o Neotrópico.

O objetivo desse trabalho foi descrever e ilustrar as novas ocorrências de fungos

conidiais lignícolas encontradas em áreas de extrema importância biológica no semi-árido

brasileiro.

Materiais e métodos

No período de agosto de 2006 a fevereiro 2007 foram realizadas coletas da

serapilheira em cada uma das seis áreas de extrema importância biológica do bioma

Caatinga (MMA 2002). As seis áreas estão distribuídas nos seguintes estados, Bahia: (1)

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Região do Médio São Francisco (Pilão Arcado); (2) Raso da Catarina (Jeremoabo e Paulo

Afonso), (3) Região de Senhor do Bonfim (Campo Formoso e Senhor do Bonfim);

Pernambuco: (4) Região de Buíque/Vale do Ipojuca (Buíque); Piauí: (5) Parque Nacional

Serra das Confusões (Caracol); Rio Grande do Norte: (6) Região de Seridó/Borborema

(Serra Negra do Norte).

As amostras de galhos, cascas e frutos foram submetidas à técnica de lavagem

descrita por Castañeda-Ruiz (2005). As câmaras-úmidas foram mantidas a temperatura

ambiente e observadas no período de 20 dias. As estruturas reprodutivas dos fungos

conidiais foram coletadas com auxílio de agulhas de ponta fina e colocados em meio de

montagem permanente com resina PVL (álcool polivinílico + lactofenol). As lâminas

foram depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS).

Resultados e discussão

Foram identificadas 46 espécies associadas a galhos, cascas e frutos no semi-árido,

dessas 13 são novas ocorrências e são descritas e ilustradas. Comentários e informações

sobre a distribuição geográfica dessas espécies são incluídos.

Acrophragmis coronata Kiffer et Reisinger, Revue Ecol. & Biol. Sol 7: 16. 1970. Fig. 1-2

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, eretos, retos ou flexuosos, septados,

simples, lisos, castanho-escuros, ápices castanho-claros, 67-271 × 4-6 µm. Células

conidiogênicas monoblásticas, terminais, proliferações percurrentes, lisas, castanho-claras.

Conídios solitários, secessões rexolíticas, 2-septados, elípticos, células centrais mais largas

com um anel com 6-9 protuberâncias hemisféricas, secos, lisos, células basais e apicais

castanho-claras, células centrais castanho-escuras, 12-13,5 × 9-10 µm; células basais 3-3,5

µm larg.; apêndices flexuosos raramente presentes nas células apicais, unicelulares,

simples, hialinos, 4-18 × 1,5-4 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha, sobre

galho em decomposição, 3/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 130976).

Distribuição geográfica: China (Wu & Zhuang 2005), Congo (Kiffer & Reisinger 1970,

Ellis 1976), Cuba (Mercado-Sierra & Mena-Portales 1986).

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O gênero Acrophragmis é caracterizado pela presença de conídios com um anel

com pequenas protuberâncias, célula central mais larga e mais escura, (Wu & Zhuang

2005). Os conidióforos do material examinado alcançaram as maiores dimensões já

relatadas para a espécie (Kiffer & Reisinger 1970; Ellis 1976; Mercado-Sierra & Mena-

Portales 1986; Wu & Zhuang 2005). Além de A. coronata, A. canadensis S. Hughes

(Hughes 1979) e A. reisingeri V.G. Rao & A.P. Reddy (Rao & Reddy 1978) compõem o

gênero, sendo A. coronata a única a apresentar conídios 2-septados com protuberâncias

hemisféricas. Acrophragmis laevispora Gamundí & Aramb. (Gamundí et al. 1979) é

descrita com conídios tréticos e sem protuberâncias, sendo considerada sinônimo de

Endophragmiella lignicola S. Hughes (Castañeda et al. 1997).

Bactrodesmium linderi (J.L. Crane & Shearer) M.E. Palm & E.L. Stewart, Mycotaxon 15:

319. 1982. Fig. 3-4

Bas.: Trichocladium linderi J.L. Crane & Shearer, Mycologia 70(4): 866. 1978.

Conidióforos micronemáticos, esporodoquiais, flexuosos, septados, simples, lisos, hialinos.

Células conidiogênicas monoblásticas, terminais, lisas, hialinas. Conídios solitários, com

secessões rexolíticas, 1-septados, raros 2-septados, obpiriformes, simples, lisos, células

basais castanhas ou hialinas, células apicais castanho-escuras a negras, em mucilagem,

lisos, 21-27 × 16-23 µm; células basais 1,5-4,5 × 4,5-8 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, Barra do Iu, sobre casca em

decomposição, 15/II/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 130977); Pilão Arcado, Barra do Iu,

sobre casca em decomposição, 18/II/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 130978); Pilão

Arcado, Brejinho, sobre galho em decomposição, 14/II/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS

130979).

Distribuição geográfica: Austrália (Hyde & Goh 1998), China (Farr et al. 2007), Estados

Unidos da América (Crane & Shearer 1978).

Bactrodesmium Cooke apresenta atualmente cerca de 40 espécies (Markovskaja

2006). O gênero esporodoquial é heterogêneo e inclui espécies com conídios

pseudoseptados, como B. rahnii M.B. Ellis (Ellis 1976) ou euseptados com ou sem a

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presença de bandas negras nos septos. Raramente são verrucosos, como B. palmicola

Mercado, Heredia & J. Mena (Mercado-Sierra et al. 1995). As dimensões dos conídios do

espécime brasileiro estão de acordo com as apresentadas por Crane & Shearer (1978) e

Palm & Stewaet (1982). Bactrodesmium atrum M.B. Ellis, B. globosum Hol.-Jech. e B.

palmicola são similares a B. linderi pela presença da célula apical castanha-escura a negra,

mas diferenciam-se pelo maior número de septos, maiores dimensões e verrucosidade nos

conídios, respectivamente. Um ponto controverso no gênero é o tipo de secessão do

conídio, sendo referidas tanto espécies esquizolíticas como rexolíticas. Zucconi &

Lunghini (1997) examinaram a espécie-tipo do gênero e determinaram a sua condição

esquizolítica, sugerindo a revisão das espécies rexolíticas.

Dactylaria cazorlii Mercado, Gené & Guarro, Mycol. Res. 104: 1404. 2000. Fig. 5-6

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, eretos, retos ou flexuosos, septados,

simples, lisos, castanhos, 30-58,5 × 3-3,5 µm; bases geralmente arredondadas 4,5-7 µm.

Células conidiogênicas holoblásticas, poliblásticas, terminais, simpodiais, cilíndricas,

denticuladas, lisas, castanho-claras a subhialinas. Conídios solitários, secessões

esquizolíticas, 2-5-septados, elipsóides, subclavados, levemente curvos, simples, secos,

lisos, hialinos, 10,5-26 × 3-4,5 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, IBAMA, sobre casca em

decomposição, 30/VIII/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 130980).

Distribuição geográfica: Espanha (Gené et al. 2000).

O gênero Dactylaria Sacc. é composto atualmente por 94 espécies destacando-se a

revisão de de Hoog (1985) (41 espécies), e as compilações de Goh & Hyde (1997) (37

espécies) e Paulus et al. (2003) (14 espécies). Dactylaria crinospora (G.F. Atk.) U. Braun

& Crous, apresenta conídios 1-4 septados (Crous & Braun 2003), D. leptospermi J.A.

Cooper (Cooper 2005) e D. plovercovensis Goh & K.D. Hyde apresentam conídios 3-

septados, diferindo, portanto de D. carzorlli. Dactylaria crinospora difere pela forma

(cilíndrico-filiforme a subfusifome) e pelas maiores dimensões dos conídios. O material

brasileiro possui conidióforos menores quando comparado ao espécime-tipo (Gené et al.

2000).

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Ellisembia bambusae (M.B. Ellis) W.P. Wu, Wu & Zhuang, Fung. Divers. Res. Ser. 15:

109, 2005. Fig. 7-8

Bas.: Sporidesmium bambusae M.B. Ellis, Mycol. Pap. 103: 43. 1965.

Sin.: Imimyces bambusae (M.B. Ellis) A. Hern. Gut. & B. Sutton, Mycol. Res. 101(2): 203.

1997.

Imicles bambusae (M.B. Ellis) Shoemaker & Hambl., Can. J. Bot. 79(5): 598. 2001.

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, retos ou flexuosos, septados, simples,

lisos, castanho-escuros, 35-77,5 × 4,5-7,5 µm. Células conidiogênicas holoblásticas,

monoblásticas, terminais, integradas, determinadas ou raramente com proliferações

percurrentes doliformes, cilíndricas a lageniformes, lisas, castanho-escuras. Conídios

solitários, secessões esquizolíticas, 8-12-septados, obclavados, bases truncadas, retos ou

curvos, simples, secos, células da base castanhas, células medianas castanho-claras, células

apicais subhialinas, 72,5-90 × 10-12,5 µm; base 3,5-5,5 µm larg.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, Brejinho, sobre casca em

decomposição, 14/II/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 131003).

Distribuição geográfica: China (Wu & Zhuang 2005), Índia, Serra Leoa, Taiwan

(Hernández-Gutiérrez & Sutton 1997).

O gênero Ellisembia Subram. foi proposto a partir de Sporidesmium Link e abriga

espécies que possuem conídios pseudoseptados, com células conidiogênicas determinadas

ou com proliferação percurrente lageniforme a doliforme (Subramanian 1992). O espécime

estudado apresentou a maioria das células conidiogênicas com crescimento determinado.

Quando apresentou proliferações percurrente na célula conidiogênica não se observou

diferenças na coloração em relação às demais células do conidióforo, como descrito em

Hernández-Gutiérrez & Sutton (1997). Apesar de mais estreitos, os conídios do material

examinado estão mais relacionados aos descritos por Hernández-Gutiérrez & Sutton (1997)

do que os apresentados por Wu & Zhuang (2005) que descreveram E. bambusae com

apêndice filiforme aseptado envolto por uma bainha mucilaginosa.

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Gonytrichum mirabile Hol.-Jech., Gams & Holubová-Jechová, Stud. Mycol. 13: 84. 1976.

Fig. 9-10

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, eretos, flexuosos, ápices helicoidais,

septados, irregularmente ramificados, lisos, castanhos, 225-325 × 3-3,5 µm. Ramificações

flexuosas, ápices helicoidais ou curvas, septadas, lisas, castanhas, 78,5-255 × 3-5 µm.

Células conidiogênicas enteroblásticas, fialídicas, laterais, solitárias ou em grupos de 2-3,

evidentes, determinadas, lageniformes, lisas, castanho-claras, 5-11,5 × 2,5-5 µm. Conídios

solitários, secessões esquizolíticas, 0-septados, elípticos, simples, em mucilagem, lisos,

hialinos, 2-3 × 1-2 µm.

Material examinado: BRASIL: Bahia. Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha, sobre

casca em decomposição, 20/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 130987).

Distribuição geográfica: República Tcheca (Gams & Holobová-Jechová 1976).

Gonytrichum Nees ex Wallr. é caracterizado por possuir conidióforos castanhos,

simples ou ramificados, com extremidades estéreis, apresentando um colar de células onde

são produzidas as fiálides, conídios hialinos, 0-septados, envoltos em mucilagem (Hughes

1951a; Gams & Holobová-Jechová 1976). Atualmente seis espécies e cinco variedades são

aceitas no gênero (Saccardo 1886; Hughes 1951a; Hughes 1958; Barron & Bhatt 1967;

Gams & Holobová-Jechová 1976; Holubová-Jechová 1982). Gonytrichum mirable

apresenta conidióforos ramificados e é a única espécie que não produz fiálides associada a

um colar no conidióforo. Os conídios se apresentam menores que os descritos por Gams &

Holobová-Jechová (1976). A espécie foi coletada apenas na sua localidade-tipo, sendo este

o segundo registro da espécie para a ciência.

Paraceratocladium bacilliformis Calduch, Stchigel, Gene et Guarro, Mycologia 94: 1074.

2002. Fig. 11-12

Setas eretas, retas ou flexuosas, septadas, simples, acerosas, lisas, castanho-escuras, 140-

261 × 3,5-6 µm. Conidióforos micronemáticos, mononemáticos, prostrados nas setas,

flexuosos, septados, simples, lisos, subhialinos, 1-2 µm larg. Células conidiogênicas

enteroblásticas, fialídicas, laterais e terminais, evidentes, determinadas, lageniformes, lisas,

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subhialinas, 4-11 × 2,4-3,6 µm. Conídios solitários, secessões esquizolíticas, 0-septados,

baciliformes ou cilíndrico-alantóides, simples, em mucilagem, lisos, hialinos, 3-4,5 × 0,5-1

µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, sobre casca em decomposição,

19/I/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 118031).

Distribuição geográfica: Brasil (Calduch et al. 2002).

Paraceratocladium R.F. Castañeda possui seis espécies descritas que ocorrem desde

serapilheira submersa, como P. malaysianum Goh & K.D. Hyde (Goh & Hyde 2000) a

restos vegetais no solo, como P. polysetosum R.F. Castañeda (Castañeda-Ruiz 1987), tanto

decompondo folhas, P. triseptata Dulym., W. Wu & Peerally (Dulymamode et al. 1998),

como sobre substratos lignificados, P. bacilliformis (Calduch et al. 2002). As células

conidiogênicas dos espécimes coletados são maiores em comprimento quando comparadas

às descritas no espécime-tipo (Calduch et al. 2002). Paraceratocladium bacilliformis

apresenta setas simples e difere das demais espécies pelos conídios unicelulares

baciliformes. Além de P. bacilliformis, foram coletadas no Brasil, P. polysetosum (Gusmão

& Barbosa 2003) e P. silvestre R.F. Castañeda (Cruz et al. 2007).

Piricauda cochinensis (Subram.) M.B. Ellis, More Dematiaceous Hyphomycetes (Kew):

367. 1976. Fig. 13

Bas.: Petrakia cochinensis Subram., Sydowia 1: 15. 1957.

Conidióforos micronemáticos, mononemáticos, prostrados, flexuosos, septados, simples,

lisos, castanhos, 2,5 -3 µm larg. Conídios solitários, multiseptados, piriformes, simples,

secos, bases frequentemente verrucosas, castanho-escuros, 42-76,5 × 40,5-70,5 µm, com 3-

9 apêndices eretos, retos ou flexuosos, septados, simples, lisos, castanhos a castanho-claros

nos ápices, 10-118,5 × 3,5-7,5 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Campo Formoso, sobre espata de Syagrus coronata

(Mart.) Becc. em decomposição, 1/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 130989).

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Figuras 1-12. 1-2. Acrophragmis coronata Kiffer et Reisinger. 1. Conidióforo. 2. Conídios. 3-4. Bactrodesmium linderi (J.L. Crane & Shearer) M.E. Palm & E.L. Stewart. 3. Conídios. 4. Conidióforo e conídios. 5-6. Dactylaria cazorlii Mercado, Gené & Guarro. 5. Conidióforo. 6. Conídios. 7-8. Ellisembia bambusae (M.B. Ellis) W.P. Wu. 7. Conidióforo. 8. Conídios. 9-10. Gonytrichum mirabile Hol.-Jech. 9. Conidióforo. 10. Conídios. 11-12. Paraceratocladium bacilliformis Calduch, Stchigel, Gene et Guarro. 11. Conidióforo. 12. Conídios.

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Distribuição geográfica: Cuba (Mercado-Sierra et al. 1997), Etiópia (Bhat & Sutton 1985),

Índia (Ellis 1976), Japão (Nakagiri & Ito 1995), China, Malásia, Ilhas Seicheles (Farr et al.

2007), México (Heredia-Abarca et al. 1997).

Ellis (1971) inclui neste no gênero fungos com conidióforos semi-macronemáticos

que apresentavam conídios tréticos, multiseptados, frequentemente apendiculados.

Segundo Mercado-Sierra et al. (2005) o gênero é composto por oito espécies e uma

variedade. Piricauda longispora Mercado, Gené & Guarro é a espécie mais próxima de P.

cochinensis, podendo ser diferenciada pelo conídio fusiforme ou cilíndrico. O espécime-

tipo de P. cochinensis foi coletado decompondo espata de palmeira e esta espécie parece

estar fortemente associada a restos vegetais da família Palmae (Ellis 1976; Holubová-

Jechová & Mercado-Sierra 1989; Nakagiri & Ito 1995; Heredia-Abarca et al. 1997). No

Brasil, foram coletadas P. anacardii Bat. & C. Ram, P. paraguayensis var. paraguayensis

(Speg.) R.T. Moore e P. paraguayensis var. echinulata Bat. & H. Maia, dessas apenas a

segunda espécie foi considerada por Mercado-Sierra et al. (2005).

Sporoschisma saccardoi E.W. Mason & S. Hughes, Hughes, Mycol. Pap. 31: 20. 1949.

Fig. 14-15

Hifas capitadas retas ou flexuosas, septadas, lisas, castanhas, 114-207 × 6-7,5 µm, ápices

arredondados 7,5-11,5 µm larg. Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, associados

a uma ou duas hifas capitadas, eretos, retos ou flexuosos, septados, simples, lisos,

castanho-escuros, 204-270 × 8,5-11,5 µm; ventres 13,5-16,5 µm larg. Células

conidiogênicas enteroblásticas fialídicas, terminais, integradas, castanho-escuras. Conídios

em cadeia, secessões esquizolíticas, 5-septados, geralmente conscritos nos septos, células

centrais mais longas em relação às células das extremidades, cilíndricos, simples, secos,

lisos, células centrais castanho-escuras, células das extremidades castanho-claras 37,5-46,5

× 10-12 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, sobre casca em decomposição,

12/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 130994).

Distribuição geográfica: África do Sul, Brunei, China, Malásia (Goh et al. 1997), Austrália

(Matsushima 1989), Antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Índia (Farr et al.

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2007), Canadá (Stalpers 2007), Estados Unidos da América (Raja et al. 2007), Gana

(Hughes 1952), México (Heredia-Abarca et al. 2004), Itália (Nag Raj & Kendrick 1975),

Tailândia (Lumyong et al. 2003), Taiwan (Matsushima 1980), Venezuela (Castañeda-Ruiz

et al. 2003b).

O gênero Sporoschisma Berk. & Br. apresenta sete espécies descritas (Goh et al.

1997). As dimensões do espécime estudado corroboram com a descrição apresentada por

Goh et al. (1997), exceto pela menor largura do ventre da célula conidiogênica.

Sporoschisma nigroseptatum D. Rao & R. Rao possui conídios 5-septados, entretanto, as

mensurações dos conidióforos e conídios a diferenciam de S. saccardoi (Rao & Rao 1964;

Goh et al. 1997).

Stachylidium bicolor var. bicolor Link, Mag. Ges. Naturf. Fr. Berlin 3: 15. 1809. Fig. 16-

17

Sin.: Stachylidium bicolor Link ex Fr. Systema mycologicum 3: 391. 1832.

Botrytis bicolor (Link) Pers., Mycologia europaea 1: 37. 1822.

Acremonium bicolor (Link ex Fr.) Bon., Handbuch der allgeeinen Mykologie. 92.

1851.

Dematium verticillatum Hoffm., Deutschlands Flora oder Botanisches Taschenbuch

3: 2. 1795.

Acrostalagmus olivaceus Corda, Icon. fung. 2: 15. 1838.

Stachylidium olivaceum (Corda) Sacc., Syll. fung. 4: 332. 1886.

Stachylidium fuscum Cooke & Ellis, Grevillea 8: 12. 1879.

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, retos ou flexuosos, septados, ramificados,

verruculosos, castanhos, ápices castanho-claros, 135-225 × 2,5-4,5 µm. Ramificações

retas, septadas, dispostas simpodialmente ou em verticilos, verruculosas, castanho-claras,

24-39 × 3-4 µm. Células conidiogênicas enteroblásticas, fialídicas, laterais e terminais,

verticiladas, evidentes, determinadas, cilíndricas, verrucolosas, castanho-claras, 11,5-19,5

× 2-4 µm. Conídios solitários, secessões esquizolíticas, 0-septados, elípticos, com uma

cicatriz basal, simples, em mucilagem olivácea, subhialinos, 3,5-6 × 1,5-2,5 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, sobre fruto em decomposição,

2/III/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 130995).

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Distribuição geográfica: Belize (Morris 1978), Canadá, China, Ilhas Seicheles, Papua-

Nova Guiné (Farr et al. 2007), Costa do Marfim (Rambelli et al. 2004), Costa Rica (Morris

1972), Cuba (Mercado-Sierra 1984), Espanha, Nepal, Turquia, (Stalpers 2007), Estados

Unidos da América (como S. fuscum, Hughes 1951a), Hungria (Révay 1998), Inglaterra,

Gana, Malásia, Serra Leoa (Hughes 1951a), Japão (Matsushima 1975), México (Heredia-

Abarca et al. 2004), Nova Zelândia (Hughes 1978), Reino Unido (Ellis et al. 1950),

República Tcheca (como S. olivaceum, Hughes 1951a), Tailândia (Lumyong et al. 2003),

Taiwan (Matsushima 1980), Uganda (Hansford 1943), Venezuela (Castañeda-Ruiz et al.

2003b).

Stachylidium Link foi proposto em 1809 para acomodar duas espécies, S. terrestre

Link e S. bicolor Link. O gênero é facilmente reconhecido pelas células conidiogênicas

monofiálidicas verticiladas, com colarete inconspícuo. Os conidióforos e células

conidiogênicas verruculosos não foram reportados por Hughes (1951a), mas Mercado-

Sierra et al. (1997) relatam que essa condição foi rara no material cubano. Stachylidium

bicolor var. bicolor pode ser diferenciada de S. bicolor var. caespitosum Hol.-Jech. pelos

conidióforos comumente agrupados e pelos conídios cilíndricos (Mercado-Sierra et al.

1997). Stachylidium griseum Berl. é a única espécie coletada no Brasil (Luna & Neto

1971).

Taeniolella alta (Ehrenb.) S. Hughes, Can. J. Bot. 36: 817. 1958. Fig. 18-19

Bas.: Hormiscium altum Ehrenb., Sylv. mycol. berol. (Berlin): 10, 22. 1817

Sin.: Torula alta (Ehrenb.) Pers., Mycol. Europ., 1: 22. 1822.

Taeniola alta (Ehrenb.) Bon., Handb.: 36. Stuttgart. 1851.

Torula alnea Peck, Rep. N.Y. St. Mus. nat. Hist. 25: 89. 1873.

Septonema dichaenoides Peck & Cooke, in Peck, Rep. N.Y. St. Mus. nat. Hist. 30:

53. 1878.

Septonema nitidum P. Karst., Meddn Soc. Fauna Flora fenn. 16: 44. 1888.

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, retos ou flexuosos, septados, simples,

lisos, castanho-escuros a avermelhados, 22,5-75 × 8-15,5 µm. Células conidiogênicas

holoblásticas, monoblásticas, terminais, integradas, determinadas, cilíndricas, lisas,

castanho-escuras. Conídios em cadeia, secessões esquizolíticas, 2-6-septados, geralmente

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3-septados, elíptico-truncados, retos ou levemente curvos, simples, secos, células basais e

apicais castanhas, células medianas castanho-escuras, 17,5-42,5 × 7,5-12,5 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, sobre casca em decomposição,

16/II/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 130996).

Distribuição geográfica: Antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (Farr et al.

2007), Bielorrússia (Yurchenko 2001), França, Suíça (Stalpers 2007), Hungria (Révay

1985), Estados Unidos da América, Canadá (Hughes 1980).

O gênero Taeniolella S. Hughes possui conidióforos geralmente curtos, simples ou

ramificados na base, com célula conidiogênica holoblástica, produzindo conídios em

cadeia, lisos ou verrucosos, uni a multiseptados. Taeniolella alta apresenta conídios com

mais de 10 µm de larg. como T. breviuscula (Berk. & M.A. Curtis) S. Hughes, T. exilis (P.

Karst.) S. Hughes e T. rudis (Sacc.) S. Hughes. Entretanto T. breviuscula difere por possuir

septos transversais e longitudinais, T. exilis possui conídios 1-3 septados de parede grossa

e T. rudis apresenta conídios 5-8 septados (Ellis 1971, 1976).

Thozetella queenslandica Paulus, P.Gadek & K.D. Hyde, Mycologia 96: 1081. 2004. Fig.

20-22

Esporodóquios dispersos, superficiais, sésseis, massas de conídios brancas a castanho-

claras envolvendo os conidióforos. Conidióforos macronemáticos, densamente agrupados,

reto ou flexuosos, septados, ramificados, lisos, subhialinos a castanho-claros, 75-89,5 × 2-3

µm. Células conidiogênicas enteroblásticas monofialídicas, terminais, integradas,

determinadas, cilíndricas, lisas, subhialinas, 10-22 × 2-3 μm; microarestas uncinadas,

ápices verrucosos, 17-27 × 2,5-4 μm. Conídios solitários, 0-septados, lunados, simples,

lisos, em mucilagem, hialinos, 11-14 × 1-2 μm; sétulas filiformes nas extremidades, 4-6,5

μm comp.

Material examinado: BRASIL. Pernambuco: Buíque, sobre galho em decomposição,

28/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 130997).

Distribuição geográfica: Austrália (Paulus et al. 2004).

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Thozetella Kuntze apresenta atualmente 14 espécies (Paulus et al. 2004, Allegrucci

et al. 2004), que são caracterizadas pela presença de uma estrutura estéril, a microaresta,

que é produzida e liberada juntamente com os conídios. O conidioma em esporodóquio e

as microarestas uncinadas com ápice verrucoso foram determinantes para a identificação

do espécime. Thozetella havanensis R.F. Castañeda e T. buxifolia Allegr., Cazau, Cabello

& Aramb. são as espécies mais próximas, no entanto diferem por apresentar conidioma

sinematoso e microaresta sigmóide, além de conídios com maiores dimensões.

Uberispora tropicalis Bhat & W.B. Kendr., Mycotaxon 49: 73. 1993. Fig. 23-24

Conidióforos macronemáticos, mononemáticos, retos ou flexuosos, septados, simples,

lisos, castanho-claros, 105-162,5 × 4,5-6,5 µm. Células conidiogênicas holoblásticas,

monoblásticas, terminais, integradas, proliferações percurrentes, cilíndricas, lisas,

castanho-claras. Conídios solitários, secessões esquizolíticas, 3-septados, simples, secos,

15-16,5 µm diâm.; células basais castanho-claras, 4,5-6 × 7,5-9 µm, células satélites

castanho-claras, 3-4,5 × 7,5-9 µm, células centrais castanho-escuras.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha, sobre

casca em decomposição, 20/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 130998).

Distribuição geográfica: Coréia do Sul (Mel'nik & Shin 2005), Índia (Bhat & Kendrick

1993).

Uberispora Piroz. & Hodges possui três espécies descritas, U. heteroseptata R.F.

Castañeda, Guarro & Cano, U. simplex (Ichinoe) Piroz. & Hodges e U. tropicalis. Os

principais caracteres para distinção entre as espécies é a forma, a posição e septação das

células satélites dos conídios. Os conídios ora estudados apresentam a célula basal e as

células satélites mais largas do que os espécimes descritos por Bhat & Kendrick (1993) e

Mel'nik & Shin (2005). Uberispora tropicalis difere de U. simplex pela presença de células

satélites obtusas e pela ausência de células apicais. Uberispora heteroseptata difere das

demais espécies do gênero, por apresentar células satélites frequentemente septadas.

Vanakripa parva Bhat, W.B. Kendr. & Nag Raj, Mycotaxon 49: 77. 1993. Fig. 25-26

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Conidiomas esporodoquiais, punctiformes, dispersos. Conidióforos e células

conidiogênicas não observados. Células de separação vermiformes, cilíndricas, lisas,

hialinas, 10-55 × 4,5-6,5 µm. Conídios solitários, secessões rexolíticas, 0-septados,

simples, elípticos a subglobosos, obovóides, secos, lisos, castanho-escuros, 15-18,5 × 9-

15,5 µm.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, sobre casca em decomposição,

14/II/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 130999).

Distribuição geográfica: Índia (Bhat & Kendrick 1993).

O gênero Vanakripa Bhat, W.B. Kendr. & Nag Raj foi proposto por Bhat &

Kendrick (1993) com duas espécies, V. gigaspora Bhat, W.B. Kendr. & Nag Raj e V.

parva. Recentemente, três espécies foram acrescidas, V. ellipsoidea K.M. Tsui, Goh &

K.D. Hyde (Tsui et al. 2003), V. minutiellipsoidea Pinnoi (Pinnoi et al. 2003) e V. fasciata

R.F. Castañeda, M. Stadler & Decock (Castañeda-Ruiz et al. 2005). Entre as espécies do

gênero, V. parva é a única que apresenta conídios com dimensões reduzidas. O material

examinado apresenta conídios maiores que os descritos por Bhat & Kendrick (1993),

entretanto as demais características do táxon possibilitam o enquadramento em V. parva.

Trata-se do segundo registro da espécie para a ciência.

Lista com as demais espécies encontradas

Cacumisporium sigmoideum Mercado & R.F. Castañeda, Acta Botánica Cubana 50: 1.

1987.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Campo Formoso, Mata da Esterzinha, sobre galho

em decomposição, 19/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129310); Senhor do Bonfim,

fazenda Passaginha, sobre fruto em decomposição, 02/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS

129309).

Chalara alabamensis Morgan-Jones & E.G. Ingram, Mycotaxon 4(2): 489. 1976.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, sobre casca em

decomposição, 18/I/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129313).

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Figuras 13-26. 13. Piricauda cochinensis (Subram.) M.B. Ellis. 13. Conídios. 14-15. Sporoschisma saccardoi E.W. Mason & S. Hughes. 14. Conidióforo. 15. Conídios. 16-17. Stachylidium bicolor var. bicolor Link. 16. Conidióforo. 17. Conídios. 18-19. Taeniolella alta (Ehrenb.) S. Hughes. 18. Conidióforo. 19. Conídios. 20-22. Thozetella queenslandica Paulus, P.Gadek & K.D. Hyde. 20. Detalhe das células conidiogênicas. 21. Microarestas. 22. Conídios. 23-24. Uberispora tropicalis Bhat & W.B. Kendr. 23. Conidióforo. 24. Conídios. 25-26. Vanakripa parva Bhat, W.B. Kendr. & Nag Raj. 25. Aspecto geral. 26. Conídios e células de separação.

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Chloridium virescens var. virescens (Pers.) Gams & Hol.-Jech., Stud. Mycol. 13: 17.

1976.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, sobre casca em decomposição,

06/III/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129314); Senhor do Bonfim, Serra da Maravilha,

sobre galho em decomposição, 12/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129315).

Cryptophiale kakombensis Piroz., Can. J. Bot. 46: 1124. 1968.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, sobre casca em

decomposição, 18/I/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129318).

Dictyochaeta britannica (M.B. Ellis) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde, Fungal Diversity

4: 137. 2000.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, sobre casca em

decomposição, 17/I/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129375).

Dictyochaeta fertilis (S. Hughes & W.B. Kendr.) Hol.-Jech., Folia geobot. phytotax. 19:

426. 1984.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, sobre fruto em decomposição,

28/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129370); Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha,

sobre fruto em decomposição, 4/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129371).

Dictyochaeta novae-guineensis (Matsush.) A.I. Romero, Boln Soc. argent. Bot. 22: 76.

1983.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Campo Formoso, Mata da Esterzinha, sobre casca

em decomposição, 4/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129365).

Dictyochaeta obesispora (S. Hughes & W.B. Kendr.) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde,

Fungal Diversity 4: 145. 2000.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, Serra da Maravilha, sobre casca

em decomposição, 11/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129373).

Dictyochaeta simplex (S. Hughes & W.B. Kendr.) Hol.-Jech., Folia geobot. phytotax. 19:

434. 1984.

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Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, sobre fruto em decomposição,

28/I/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129362).

Ellisembia adscendens (Berk.) Subram., Proc. Indian natn Sci. Acad., Part B. Biol. Sci.

58: 183. 1992.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Campo Formoso, Mata da Esterzinha, sobre casca

em decomposição, 12/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129332); Senhor do Bonfim, sobre

galho em decomposição, 19/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129333).

Gonytrichum chlamydosporium var. chlamydosporium G.L. Barron & G.C. Bhatt,

Mycopath. Mycol. appl. 32: 126. 1967.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, sobre casca em decomposição,

14/II/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129332); Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha,

sobre casca em decomposição, 20/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129333); Senhor do

Bonfim, fazenda Passaginha, sobre fruto em decomposição, 04/X/2006, A.C.R. Cruz s.n

(HUEFS 129334); Pernambuco: Buíque, sobre galho em decomposição, 17/VIII/2006,

A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129338).

Gyrothrix microsperma (Höhn.) Piroz., Mycol. Pap. 84: 14. 1962.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, próximo a casa 3, sobre fruto em

decomposição, 1/II/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129342); Senhor do Bonfim, fazenda

Passaginha, sobre fruto em decomposição, 27/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129344).

Helicosporium aureum (Corda) Linder, Ann. Mo. bot. Gdn 16: 279. 1929.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, sobre casca em decomposição,

16/II/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129346); Senhor do Bonfim, Distrito de Carrapichel,

sobre galho em decomposição, 9/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129347).

Helicosporium gracile (Morgan) Linder, Ann. Mo. bot. Gdn 16: 281. 1929.

Material examinado BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, Serra da Maravilha, sobre galho

em decomposição, 25/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129360).

Helicosporium griseum Berk. & M.A. Curtis, Grevillea 3: 51. 1874.

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72

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, sobre fruto em decomposição,

18/I/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129350); Senhor do Bonfim, sobre fruto em

decomposição, 28/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129351); Senhor do Bonfim, sobre

galho em decomposição, 28/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129352).

Helicosporium panacheum R.T. Moore, Mycologia 46: 92, 1954.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, sobre casca em

decomposição, 16/I/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129348); Senhor do Bonfim, fazenda

Passaginha, sobre casca em decomposição, 5/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129349).

Helicosporium pannosum (Berk. & M.A. Curtis) R.T. Moore, Mycologia 49: 582. 1957.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha, sobre fruto

em decomposição, 5/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129354).

Helicosporium virescens (Pers.) Sivan., Bitunicate Ascomycetes and their Anamorphs:

591-592. 1984.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Campo Formoso, Mata da Esterzinha, sobre galho

em decomposição, 19/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129355); Jeremoabo, sobre casca

em decomposição, 17/I/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129356); Senhor do Bonfim,

Distrito de Carrapichel, sobre espata de Syagrus coronata (Mart.) Becc. em decomposição,

9/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129357); Senhor do Bonfim, Serra da Maravilha, sobre

casca em decomposição, 11/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129358).

Memnoniella echinata (Rivolta) Galloway, Trans. Br. mycol. Soc. 18(2): 165 (1933)

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, Barra do Iu, sobre fruto em

decomposição, 6/III/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129386).

Menisporopsis theobromae S. Hughes, Mycol. Pap. 48: 59. 1952.

Material exainado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, sobre fruto em

decomposição, 18/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129389).

Moorella speciosa P.Rag. Rao & D. Rao, Mycopathologia 22: 52. 1964.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, Barra do Iu, sobre casca em

decomposição, 14/II/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129361).

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Myrmecridium schulzeri var. schulzeri (Sacc.) Arzanlou, W. Gams & Crous, in Arzanlou,

Groenewald, Gams, Braun, Shin & Crous, Stud. Mycol. 58: 84. 2007.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, sobre casca em

decomposição, 18/I/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 131001).

Myrothecium verrucaria (Alb. & Schwein.) Ditmar ex Fr.: 7 (1813) [1817].

Material examinado BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, sobre semente em decomposição,

28/I/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129405).

Periconia cookei E.W. Mason & M.B. Ellis, Mycol. Pap. 56: 72. 1953.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, sobre fruto em decomposição,

14/I/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129413).

Periconia hispidula (Pers.) E.W. Mason & M.B. Ellis, Mycol. Pap. 56: 112. 1953.

Material examinado: BRASIL. Piauí: Caracol, sobre fruto em decomposição,

12/XII/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 125354).

Pithomyces chartarum (Berk. & M.A. Curtis) M.B. Ellis, Mycol. Pap. 76: 13. 1960.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Paulo Afonso, sobre fruto em decomposição,

14/I/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129422).

Pleurothecium recurvatum (Morgan) Höhn., Zentbl. Bakt. Parasitkde, Abt. II 60:26. 1923.

Material examinado: BRASIL, Bahia: Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha, sobre

casca em decomposição, 2/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129427).

Pseudobotrytis terrestris (Timonin) Subram., Proc. Indian Acad. Sci. Sect. B. 43: 277.

1956.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha, sobre

casca em decomposição, 20/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129428).

Repetophragma filiferum (Piroz.) R.F. Castañeda, Gusmão & Heredia, Mycotaxon

95:269. 2006.

Page 86: FUNGOS CONIDIAIS DO BIOMA CAATINGA NO SEMI-ÁRIDO … · Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido brasileiro. I. espécies do ... Capitulo 4. Conidial fungi from semi-arid

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Material examinado: BRASIL. Bahia: Campo Formoso, Mata da Esterzinha, sobre espata

de Syagrus coronata (Mart.) Becc. em decomposição, 5/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS

129429); Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha, sobre galho em decomposição,

4/X/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129430).

Stachybotrys globosa P.C. Misra & S.K. Srivast., Trans. Br. mycol. Soc. 78(3): 556. 1982.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, Barra do Iu, sobre fruto em

decomposição, 8/III/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 125381).

Torula herbarum (Pers.) Link, Magazin Ges. naturf. Freunde, Berlin 3(1-2): 19. 1809.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, sobre fruto em decomposição,

28/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129472).

Vermiculariopsiella immersa (Desm.) Bender, Mycologia 24: 412. 1932.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, sobre pecíolo de Mauritia flexuosa

L. em decomposição, 20/II/2007, A.C.R. Cruz s.n (HUEFS 129478).

Agradecimentos

Os autores agradecem ao Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Semi-árido

pelo suporte financeiro (PPBio semi-árido/Ministério da Ciência e Tecnologia) e aos Drs.

Rafael F. Castañeda-Ruiz, David W. Minter, Gregorio Delgado, Josep Guarro, Acelino

Alfenas, Uwe Braun, Carlos Inácio, Sayanh Somrithipol, Eric Mckenzie, Antonio

Hernández-Gutiérrez, as Dras. Marizeth Groenewald, Rosely Piccolo-Grandi, Barbara

Paulus, Astrid Ferrer e Msc. Priscila Silva, pela generosidade no envio de literatura. O

primeiro autor agradece ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) pela bolsa concedida, à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da

Bahia pelo apoio financeiro (Proc. APR071/2007) e ao Programa de Pós-graduação em

Botânica (PPGBot/UEFS).

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CAPITULO 3

Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido

brasileiro. III. Espécies helicospóricas

Artigo a ser submetido para publicação na Acta Botanica Brasilica

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Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido brasileiro. III.

Espécies helicospóricas

Alisson Cardoso Rodrigues da Cruz 1,2 e Luís Fernando Pascholati Gusmão 1

RESUMO – (Fungos conidiais do bioma Caatinga no semi-árido brasileiro. III. Espécies

helicospóricas). Sete espécies de fungos helicospóricos foram encontradas no bioma

Caatinga e são descritas, ilustradas e comentadas. As espécies são novas ocorrências para o

continente americano (Moorella speciosa); América do Sul (Helicosporium aureum, H.

gracile e H. panacheum); Brasil (H. virescens) e bioma Caatinga (Helicosporium griseum

e H. pannosum).

Palavras-chave – Fungo anamórfico, Helicosporium, Moorella, taxonomia.

ABSTRACT – (Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil. III.

Helicosporous species). Seven species of helicosporous fungi founded in the Caatinga

Biome were described, ilustrated and commented. The species are new records for

American Continent (Moorella speciosa); South America (Helicosporium aureum, H.

gracile and H. panacheum); Brazil (Helicosporium virescens); and Caatinga Biome

(Helicosporium griseum and H. pannosum).

Key words – Anamorphic fungi, Helicosporium, Moorella, taxonomy.

1 Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de Ciências Biológicas,

Laboratório de Micologia (LAMIC), Caixa Postal 252, 44031-460, Feira de Santana, BA,

Brasil ([email protected]). 2 Autor para correspondência: [email protected].

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Introdução

Os fungos helicospóricos possuem os conídios helicoidais ou espiralados

(Mercado-Sierra 1982), variando morfologicamente quanto à cor, tamanho, espessura do

filamento, além de outras características como o número de espirais e a presença de

filamentos higroscópicos (Zhao et al. 2007). A maioria das espécies apresenta ontogenia

conidial holoblástica (Goos 1987).

Os fungos helicospóricos são sapróbios, decompondo a serapilheira em contato

com o solo, no entanto existem gêneros com representantes fitopatogênicos, e apenas uma

única espécie parasita de animal (Goos 1987). Podem viver em ambientes aquáticos ou

terrestres, sendo considerados fungos aero-aquáticos, encontrados comumente em lagoas e

corpos d’água com correnteza fraca, esporulando apenas em contato com o ar (Webster &

Descals, 1981).

Saccardo (1886) reconheceu a tribo Helicosporae como uma entidade taxonômica,

incluindo 33 espécies em quatro gêneros. Linder (1929) iniciou o estudo das relações entre

a fase peritecial e seus estágios conidiais, e forneceu descrições de 72 espécies conhecidas

à época. Moore (1954; 1955; 1957), Pirozynski (1972) e Matsushima (1971; 1975)

adicionaram várias espécies ao grupo. Na década de 80, destacam-se os estudos de

Mercado-Sierra (1982) que reportou 10 espécies para Cuba e Goos (1985; 1986; 1989) que

revisou os gêneros Helicomyces Link, Helicoma Corda e Helicosporium Nees. Neste

período os fungos helicospóricos representavam 165 espécies incluídas em 43 gêneros

(Goos 1987). Recentemente, Arias et al. (2000) relataram cinco novos registros para o

México. Zhao et al. (2007) revisaram a literatura do grupo e relataram a existência de 71

espécies na China, sendo nove inéditas para a ciência. Os fungos helicospóricos acomodam

atualmente cerca de 240 espécies distribuídas em 47 gêneros (Zhao et al. 2007).

Recentemente estudos filogenéticos estão esclarecendo as relações entre os fungos

helicospóricos e a sua conexão anamorfo-teleomorfo. Tsui et al. (2006) analisaram

espécies de Helicomyces, Helicoma e Helicosporium a partir de regiões do DNA

ribossomal e verificaram que todas estavam relacionadas as espécies do gênero Tubeufia

Penz. & Sacc. sensu Barr (Tubeufiaceae, Ascomycota), porém nenhum dos gêneros

apresentaram-se monofiléticos. Neste estudo, a correlação entre os clados e a maioria dos

caracteres morfológicos foi negativa, mas sugeriram que a coloração do conídio e as

diferenças na célula conidiogênica poderiam ser possíveis indicadoras das relações

filogenéticas. Tsui & Berbee (2006) confirmaram e ampliaram o polifiletismo dos gêneros

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supracitados com Helicodendron Peyronel e Helicoön Morgan, e sugeriram que a forma

convergente dos conídios é uma possível adaptação à dispersão em ambientes aquáticos.

Os fungos helicospóricos ainda são pouco estudados no Brasil. Espécimes de

Helicoma sp. (Samuels & Müller 1978) e Helicomyces sp. (Samuels et al. 1978) foram

encontradas em associação com sua fase sexual, Helicosporium sp. foi isolado da água e do

solo na região amazônica (Silva 2002 apud Schoenlein-Crusius & Grandi 2003). Até o

momento cinco espécies foram reportadas para o país, Helicominopsis jambosae Bat., J.L.

Bezerra & Peres (Batista et al. 1962), Helicosporium griseum (Stalpers 2007), H.

pannosum (Sivanesan 1984), Hiospira jambosae Bat., J.L. Bezerra & Peres (Batista et al.

1964) e Xenosporium berkeleyi (M.A. Curtis) Piroz. (como Xenosporella berkeleyi (M.A.

Curtis) Linder (Mendes et al. 1998).

Este estudo teve como objetivo inventariar os fungos helicospóricos associados à

serapilheira, visando o aumento do conhecimento sobre a diversidade fúngica do semi-

árido brasileiro.

Material e métodos

O clima semi-árido abrange aproximadamente 858.000 km2 e representa cerca de

60% do nordeste brasileiro (CNRBC 2004). É caracterizado por altas temperaturas (26-

28ºC) e baixas precipitações (300-1000 mm/ano), concentradas em 3-6 meses e anos sem

chuvas são comuns (Sampaio 1995). O bioma Caatinga domina a paisagem, geralmente

formada por pequenas árvores e arbustos. A vegetação da Caatinga é o maior núcleo das

florestas tropicais sazonalmente secas no neotrópico (Pennigton et al. 2006).

No período de agosto de 2006 a fevereiro 2007 foram realizadas coletas da

serapilheira em cada uma das seis áreas de extrema importância biológica do bioma

Caatinga (MMA 2002). As seis áreas estão distribuídas nos seguintes estados, Bahia: (1)

Região do Médio São Francisco (Pilão Arcado); (2) Raso da Catarina (Jeremoabo e Paulo

Afonso), (3) Região de Senhor do Bonfim (Campo Formoso e Senhor do Bonfim);

Pernambuco: (4) Região de Buíque/Vale do Ipojuca (Buíque); Piauí: (5) Parque Nacional

Serra das Confusões (Caracol); Rio Grande do Norte: (6) Região de Seridó/Borborema

(Serra Negra do Norte).

As amostras da serapilheira (folhas, galhos, cascas, frutos) foram submetidas à

técnica de lavagem descrita por Castañeda-Ruiz (2005). As câmaras-úmidas foram

mantidas a temperatura ambiente e observadas no período de 20 dias. As estruturas

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86

reprodutivas dos fungos helicospóricos foram coletadas com auxílio de agulhas de ponta

fina e colocados em meio de montagem permanente com resina PVL (álcool polivinílico +

lactofenol). As lâminas foram depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Feira

de Santana (HUEFS).

Resultados e discussão

Helicosporium aureum (Corda) Linder, Ann. Mo. bot. Gdn 16: 279. 1929. Fig. 1-2

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Sin.: Sphaeria scopula Cooke & Peck., Ann. Rep. Ney York State Mus. 32: 51. 1880.

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Tubeufia scopula (Cooke & Peck) M.E. Barr, Mycotaxon 12(1): 164. 1980.

Acanthostigmina scopula (Cooke & Peck) J.L. Crane, Shearer & M.E. Barr, Can. J.

Bot. 76(4): 606. 1998.

Colônias pilosas, amarelas, efusas no substrato. Conidióforos macronemáticos,

mononemáticos, retos a flexuosos, septados, simples, lisos, castanhos a castanho-claros nos

ápices, 147-255 × 4-5,5 µm; bases 6-9 µm. Células conidiogênicas poliblásticas, laterais,

evidentes, simpodiais, lageniformes, denticuladas, lisas, castanho-claras, 4,5-13,5 × 2,5-3,5

µm. Conídios solitários, secessões esquizolíticas, 9-20-septados, cocleados, raramente

planados, simples, secos, lisos, hialinos, 10,5-15µm diâm.; largura dos filamentos 1-1,65

µm, enrolados 2¼-4 vezes.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, sobre casca em decomposição,

16/II/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129346); Senhor do Bonfim, Distrito de Carrapichel,

sobre galho em decomposição, 9/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129347).

Distribuição geográfica: África do Sul, República Tcheca (Stalpers 2007), Antiga União

das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Paquistão (Farr et al. 2007), Austrália, Nova

Zelândia (como Tubeufia scopula, Farr et al. 2007), Áustria (como Acanthostigma

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scopulum, Farr et al. 2007), Belize (Morris 1978), China (Zhao et al. 2007), Estados

Unidos da América, Japão, Panamá (Goos 1989).

Helicosporium aureum assemelha-se a H. decumbens Linder, H. guianense Linder

e H. hiospiroides B.S. Reddy, D. Rao & G.V. Rao pela presença de células conidiogênicas

poliblásticas e evidentes. Helicosporium decumbens e H. hiospiroides diferem por possuir

menor e maior diâmetro do conídio, respectivamente. Helicosporium guianense é

caracterizada pelas células conidiogênicas que usualmente se desenvolvem em

ramificações. O espécime examinado apresenta conidióforos sem ramificações apicais

corroborando com as descrições de Linder (1929), Goos (1989) e Zhao et al. (2007).

Helicosporium gracile (Morgan) Linder Ann. Missouri Bot. Gard. 16: 281, 1929. Fig. 3-4

Bas.: Helicomyces gracilis Morgan, J. Cincin. Soc. Nat. Hist. 15: 40, 1892.

Colônias pulverulentas, brancas, efusas no substrato. Conidióforos macronemáticos,

mononemáticos, retos ou flexuosos, simples ou ocasionalmente ramificados próximo à

base, lisos, castanhos, 32,5-155 × 3-7,5 µm; vesículas apicais, presentes ou ausentes,

globosas, castanho-claras a hialinas, 7,5-19,5 × 6-8,3 µm. Ramificações quando presentes,

lisas, castanhas a castanha-claras, 10-35 (-80) × 3-6 µm. Células conidiogênicas

holoblásticas surgindo dos micélios prostados, dos conidióforos ou das ramificações,

terminais, intercalares, integradas, cilíndricas, dentículos geralmente agrupados sob o

septo, lisas, castanhas a castanha-claras. Conídios solitários, secessões esquizolíticas, 10-

15-septados, planados a cocleados, simples, secos, lisos, hialinos, 11-18 µm diâm.; largura

dos filamentos 1-1,5 µm, enrolados 2-3½ vezes.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, Serra da Maravilha, sobre galho

em decomposição, 25/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129360).

Distribuição geográfica: África (Goos 1989), China (Zhao et al. 2007), Estados Unidos da

América (Linder 1929).

Helicosporium guianense Linder é a espécie mais próxima de H. gracile

diferenciando-se pelas ramificações consistentes ao logo do conidióforo (Zhao et al. 2007).

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O espécime examinado difere em relação a todos os espécimes descritos, pela presença de

vesículas no ápice dos conidióforos e pela coloração branca dos conídios na colônia.

Helicosporium griseum Berk. & M.A. Curtis, Grevillea 3: 51. 1874. [non H. griseum

(Bon.) Sacc. 1886]. Fig. 5-6

Bas.: Helicosporium lumbricoides Sacc., Michelia 1: 86. 1877.

Sin.: Helicosporium leptosporum Sacc., emend. Matruchot, Rech. Devel Quel. Mucid. 5-

37. 1892.

Helicosporium cinereum Peck, N.Y. State Bot. Rep. 33: 28. 1880.

Helicomyces cinereus (Peck) Morgan, Cincin. Soc. Nat. Hist. J. 15: 41. 1892.

Colônias aveludadas, róseo-claras, agrupadas no substrato. Conidióforos macronemáticos,

mononemáticos, flexuosos, septados, ramificados, lisos, castanho-claros, 159-390 × 3-5

µm. Células conidiogênicas holoblásticas, intercalares próximo ao septo, integradas,

determinadas, cilíndricas, denticuladas, lisas, castanho-claras. Conídios solitários,

secessões esquizolíticas, 15-25-septados, planados, raramente cocleados, simples, secos,

lisos, hialinos, 11,5-15 µm diâm.; largura dos filamentos 1-1,5 µm, enrolados 3½-4 vezes.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, sobre fruto em decomposição,

18/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129350); Senhor do Bonfim, sobre fruto em

decomposição, 28/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129351); Senhor do Bonfim, sobre

galho em decomposição, 28/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129352); Pernambuco:

Buíque, sobre folha em decomposição, 21/VIII/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129353).

Distribuição geográfica: África do Sul, Alemanha, Bélgica, Canadá, Estados Unidos da

América, Japão, Nova Guiné, Panamá, Taiwan (Goos 1989), Antiga União das Repúblicas

Socialistas Soviéticas (Farr et al. 2007), Austrália (Paulus et al. 2006), Brasil (Stalpers

2007), China (Zhao et al. 2007), Costa Rica (Mercado-Sierra et al. 1997), Cuba (Delgado-

Rodrígues et al. 2002), Hungria (Révay 1998), México (Heredia et al. 1995), Nova

Zelândia (Cooper 2005), República Tcheca (Tsui et al. 2006).

Helicosporium griseum é caracterizado pelos conidióforos muito ramificados,

freqüentemente anastomosados. O diâmetro dos conídios apresenta-se menor que os

observados por Linder (1929), Goos (1989) e Mercado-Sierra (1984), mas está de acordo

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com as dimensões apresentadas por Zhao et al. (2007). Helicosporium lumbricopsis Linder

assemelha-se a H. griseum, diferenciando-se pelo filamento mais largo e conídios com

maior diâmetro, além de conidióforos mais robustos (Linder 1929; Zhao et al. 2007). Esta

espécie foi coletada no Brasil sob o nome H. griseum (Bonord.) Sacc. (Stalpers 2007), mas

segundo R.F. Castañeda (comunicação pessoal) esse material apresenta colônias

aveludadas e conidióforos anastomosados, representando um espécime de H. griseum

Berk. & M.A. Curtis.

Helicosporium panacheum R.T. Moore, Mycologia 46: 92, 1954. Fig. 7-8

Colônias pulverulentas, brancas, efusas no substrato. Conidióforos macronemáticos,

mononemáticos, retos ou flexuosos, septados, simples ou ramificados, lisos, castanhos a

castanho-claros, 36-135 × 3-4,5 µm. Células conidiogênicas holoblásticas, terminais,

laterais, integradas, determinadas, cilíndricas, denticuladas, lisas, subhialinas a hialinas.

Conídios solitários, secessões esquizolíticas, multiseptados, planados a cocleados, simples,

secos, lisos, hialinos, 12-16,2 µm diâm.; largura dos filamentos 1-1,5 µm, enrolados 2-3½

vezes.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Jeremoabo, Mata das Pororocas, sobre casca em

decomposição, 16/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129348); Senhor do Bonfim, fazenda

Passaginha, sobre casca em decomposição, 5/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129349).

Distribuição geográfica: Canadá (Goos 1989), China (Zhao et al. 2007), Estados Unidos da

América (Moore 1954), Japão (Stalpers 2007), México (Arias et al. 2000), Taiwan (Chang

2001).

Os espécimes coletados apresentam conídios menores em comparação com a

descrição do espécime-tipo (Moore 1954), mas exibem as características típicas da espécie

como, conidióforos ramificados e hialinos no ápice e massa de conídios branca. Zhao et al.

(2007) descrevem espécimes com características semelhantes aos aqui descritos, diferindo

por apresentar conidióforos mais claros.

Helicosporium pannosum (Berk. & M.A. Curtis) R.T. Moore, Mycologia 49: 582. 1957.

Fig. 9-10

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Bas.: Drepanospora pannosa Berk. & M.A. Curtis, [como 'Drepanispora'], Grevillea 3:

105. 1875.

Sin.: Helicosporium elinorae Linder, Ann. Missouri Bot. Gard. 16: 289. 1929.

Helicosporium nematosporum Linder, Ann. Missouri Bot. Gard. 16: 288-289. 1929.

Helicosporium serpentinum Linder, Ann. Missouri Bot. Gard. 16: 288. 1929.

Helicosporium linderi R.T. Moore, Mycologia 46: 90. 1954.

Helicosporium gigasporum K.M. Tsui, Goh, K.D. Hyde & Hodgkiss, Mycologia 93:

392. 2001.

Tel.: Thaxteriella helicoma (W. Phillips & Plowr.) J.L. Crane, Shearer & M.E. Barr, Can.

J. Bot. 76(4): 610. 1998.

Sin.: Lasiosphaeria helicoma (W. Phillips & Plowr.) Sacc., Syll. Fun.. 2: 192. 1883.

Sphaeria helicoma W. Phillips & Plowr., Grevillea 6: 26. 1877.

Tubeufia rugosa C. Booth, Mycol. Pap. 94: 13. 1964.

Tubeufia helicoma (W. Phillips & Plowr.) Piroz., Mycol. Pap. 129: 30. 1972.

Colônias pilosas, castanhas, efusas no substrato. Conidióforos macronemáticos,

mononemáticos, retos ou flexuosos, septados, simples, lisos, castanhos na base, a hialino

nos ápices, 94-216 × 6-7,5 µm. Células conidiogênicas holoblásticas, laterais, integradas,

determinadas, cilíndricas, denticuladas, lisas, castanhas. Conídios solitários, secessões

esquizolíticas, 25-50-septados, cocleados, raramente planados, simples, secos, lisos,

amarelados, 34,5-45 µm diâm.; largura dos filamentos 3-4,5 µm, enrolados 1½-4 vezes.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Senhor do Bonfim, fazenda Passaginha, sobre fruto

em decomposição, 5/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129354).

Distribuição geográfica: Austrália, Nova Zelândia (como Tubeufia helicoma, Hughes

1978), Brasil, Tanzânia (Sivanesan 1984), Chile, Inglaterra (como Tubeufia helicoma, Barr

1980), China (como H. gigasporum, Tsui et al. 2001), Cuba (como Drepanospora

pannosa, Delgado-Rodríguez et al. 2002), Guiana (como H. nematosporum, Linder 1929),

Estados Unidos da América (como H. linderi, Linder 1929), Haiti, Ilhas Seicheles, Sri

Lanka (como Drepanospora pannosa, Farr et al. 2007), Japão (Matsushima 1975), Papua

Nova Guiné (Stalpers 2007), Suriname (como H. elinorae, Linder 1929), Tailândia (como

H. gigasporum, Pinruan et al. 2007).

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Helicosporium pannosum está entre as espécies do gênero que apresentam os

filamentos do conídio mais largos. Os conídios do material examinado são lisos, ao

contrário dos espécimes observados por Goos (1989). Helicosporium pannosum

assemelha-se a H. hongkongense K.M. Tsui, Goh, K.D. Hyde & Hodgkiss (Tsui et al.

2001) pela presença de conidióforos simples, mas são diferenciados pelos conídios

relativamente menores (Zhao et al. 2007).

Helicosporium virescens (Pers.) Sivan. Bitunicate Ascomycetes and their Anamorphs

(Vaduz): 591. 1984. Fig. 11-12

Bas.: Dematium virescens Persoon, Römers Neues Mag. Bot. 1: 121. 1794.

Sin.: Helicosporium vegetum Nees, Syst. Pilze Schawämme: 68. 1817.

Helicotrichum vegetum (Nees) Wallr., Fl. Crypt. German. 2: 161.1833.

Helicomyces vegetus (Ness) Corda, Icon. Fung. 1: 9. 1837

Helicomyces vegetus (Nees) Pound & Clem., Minn. Geol. Nat. Hist. Surv. 9: 659.

1896.

Helicotrichum pulvinatum Nees & T.F.L. Ness, Nova Acta Acad. Caes. Leop. 9: 246.

1818.

Helicosporium olivaceum Peck, Rep. N.Y. State Mus. 27: 102. 1875.

Helicosporium neesii R.T. Moore, Mycologia 49: 582. 1957.

Tel.: Tubeufia cerea (Berk. & M.A. Curtis) Höhn., Sber. Akad. Wiss. Wien, Math.-naturw.

Kl., Abt. 1 128: 562. 1919.

Sin.: Ver Barr (1980).

Colônias pilosas, amarelas, efusas no substrato. Conidióforos macronemáticos,

mononemáticos, retos ou flexuosos, septados, simples, lisos, castanhos, ápices castanho-

claros, 125-375 × 3-6 µm. Células conidiogênicas holoblásticas, laterais, integradas,

determinadas, cilíndricas, denticuladas, lisas, castanhas. Conídios solitários, secessões

esquizolíticas, multiseptados, cocleados, raramente planados, simples, secos, lisos,

hialinos, 7,5-13 µm diâm.; largura dos filamentos 0,75-1,2 µm, enrolados 2-3½ voltas.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Campo Formoso, Mata da Esterzinha, sobre galho

em decomposição, 19/IX/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129355); Jeremoabo, sobre casca

em decomposição, 17/I/2007, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129356); Senhor do Bonfim,

Distrito de Carrapichel, sobre espata de Syagrus coronata (Mart.) Becc. em decomposição,

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9/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129357); Senhor do Bonfim, Serra da Maravilha,

sobre casca em decomposição, 11/X/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129358);

Pernambuco: Buíque, sobre folha em decomposição, 11/X/2006, A.C.R. Cruz s.n.

(HUEFS 129359).

Distribuição geográfica: Alemanha, Áustria, França, Inglaterra (como H. vegetum, Linder

1929), Bélgica (como Tubeufia cerea, Barr 1980), Bielorrússia (Yurchenko 2001), Índia

(como Tubeufia cerea, Sivanesan 1984), Canadá, Estados Unidos da América, Guiana,

Holanda (Goos 1989), China (Zhao et al. 2007), Costa Rica (Mercado-Sierra et al. 1997),

Cuba (Mercado-Sierra et al. 1998), Hungría (como H. vegetum, Révay 1998), Lituânia,

Polônia, Reino Unido (como Tubeufia cerea, Farr et al. 2007), México (Heredia et al.

1995), Tailândia (como H. vegetum, Tsui et al. 2006).

As características dos espécimes estão inseridas dentro da variação morfológica da

espécie (Goos 1989; Zhao et al. 2007). A espécie em questão se diferencia de H. aureum

pela presença de células conidiogênicas integradas e de H. murinum Goos por apresentar

conidióforos menores com dentículos pequenos. Esta espécie é referida pela primeira vez

para o Brasil.

Moorella speciosa P.Rag. Rao & D. Rao, Mycopathologia 22: 52. 1964. Fig. 13-14

Colônias pilosas, castanho-escuros, efusas no substrato. Conidióforos macronemáticos,

mononemáticos, eretos, retos, septados, ramificados, verrucosos, castanho-escuros, 186-

300 × 6-6,5 µm. Células conidiogênicas holoblásticas, terminais, laterais, integradas,

denticuladas, lisas, castanhas a castanho-claras, 9-43,5 × 4,5-9 µm. Conídios solitários,

secessões esquizolíticas, 4-6-septados, circinados, simples, secos, lisos, castanho-claros a

subhialinos, 9-12 µm diâm.; largura dos filamentos 2,5-3,5 µm, enrolados 1½ vez.

Material examinado: BRASIL. Bahia: Pilão Arcado, sobre casca em decomposição,

14/II/2006, A.C.R. Cruz s.n. (HUEFS 129361).

Distribuição geográfica: China (Zhao et al. 2007), Índia (Sutton 1973) e Paquistão (Ellis

1976).

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Figuras 1-14. 1-2. Helicosporium aureum (Corda) Linder 1. Conidióforo. 2. Conídios. 3-4. Helicosporium gracile (Morgan) Linder. 3. Conidióforo. 4. Conídios. 5-6. Helicosporium griseum Berk. & M.A. Curtis. 5. Conidióforo. 6. Conídios. 7-8. Helicosporium panacheum R.T. Moore. 7. Conidióforo. 8. Conídios. 9-10. Helicosporium pannosum (Berk. & M.A. Curtis) R.T. Moore. 9. Conidióforo. 10. Conídios. 11-12. Helicosporium virescens (Pers.) Sivan. 11. Conidióforo. 12. Conídios. 13-14. Moorella speciosa P.Rag. Rao & D. Rao. 13. Conidióforo. 14. Conídios.

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As características do material examinado não diferiram das descritas por Sutton

(1973), Ellis (1976) e Zhao et al. (2007), a não ser pelos conidióforos verrucosos e pela

menor largura do filamento nos conídios. Moorella speciosa e M. monocephala Matsush.

compõem o gênero, mas a segunda espécie apresenta células conidiogênicas restritas ao

ápice do conidióforo. Sivanesan et al. (1976) estabeleceram a associação entre M. speciosa

e a sua fase sexual, Thaxteriellopsis lignicola Sivan., Panwar & S.J. Kaur atualmente

Chaetosphaerulina lignicola (Panwar & S.J. Kaur) J.L. Crane, Shearer & M.E. Barr

(Tubeufiaceae, Ascomycota). A espécie em questão foi referenciada apenas em países do

sudeste asiático e este é o primeiro registro para o continente americano.

Agradecimentos

O primeiro autor agradece ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) pela bolsa concedida, à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da

Bahia (FAPESB) pelo apoio financeiro (Proc. APR071/2007) e ao Programa de Pós-

graduação em Botânica (PPGBot/UEFS). Os autores agradecem ao Programa de Pesquisa

em Biodiversidade do Semi-árido pelo suporte financeiro (PPBio semi-árido/Ministério da

Ciência e Tecnologia) e aos Drs. Rafael Castañeda-Ruiz, Carlos Inácio, Antonio

Hernández-Gutiérrez, pela generosidade no envio de literatura.

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CAPÍTULO 4

Conidial fungi from semi-arid Caatinga biome of Brazil.

New and interesting Dictyochaeta species

Artigo submetido para publicação na Mycotaxon

RESUMO

Fungos conidiais no bioma Caatinga do semi-árido brasileiro.

Nova e interessantes espécies de Dictyochaeta

Durante o inventário dos fungos conidiais da serapilheira em seis áreas de extrema

importância biológica do bioma Caatinga uma nova espécie de Dictyochaeta foi

encontrada. Dictyochaeta caatingensis é distinguida pelos conídios 3-septados, uni ou

bisetulados. D. obesispora é reportada pela segunda vez para a ciência, D. britannica é um

novo registro para o continente americano e D. triseptata é um novo registro para o Brasil.

D. fertilis, D. novae-guineensis, D. pluriguttulata e D. simplex também foram foram

encontradas. Dictyochaeta caatingensis e os novos registros para a região semi-árida

brasileira são descritos, ilustrados e comentados. Uma chave para as espécies de

Dictyochaeta encontradas no Brasil também foi incluída.

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MYCOTAXON Mycotaxon Styles 2 Revised, February, 2007

Conidial fungi from semi-arid Caatinga biome of Brazil.

New and interesting Dictyochaeta species.

AL I S S O N CAR D O S O RO DR I G U E S D A CR U Z [email protected]

Departamento de Ciências Biológicas,Laboratório de Micologia Universidade Estadual de Feira de Santana

BR116 KM03, 44031-460, Feira de Santana, BA, Brazil

LUÍS FERNANDO PASCHOLATI GUSMÃO [email protected]

Departamento de Ciências Biológicas,Laboratório de Micologia Universidade Estadual de Feira de Santana

BR116 KM03, 44031-460, Feira de Santana, BA, Brazil.

Abstract – During the inventory of the conidial fungi from leaf litter in six areas of extreme biological importance of Caatinga biome some species of Dictyochaeta were found. Dictyochaeta caatingensis sp. nov. is distinguished by presence of setae, monoblastic or rare polyblastic conidiogenous cells and 3-septate conidia with reduced setulae at each end. D. obesispora is reported for the second time to world, D. britannica and D. triseptata are new records for the neotropica and Brazil, respectively. D. fertilis, D. novae-guineensis, D. pluriguttulata, D. simplex were found too. Key words – litter fungi, systematic, semi-arid fungi, hyphomycetes

Introduction The genus Dictyochaeta was proposed by Spegazzini in 1923, with the D. fuegiana as the type-species. However, the generic name remained without use until a redescription of this species by Gamundi et al. (1977). In this period, was erected the genus Codinaea Maire, with characteristics very closed to Dictyochaeta Speg. Since the rediscovery of D. fuegiana Speg., most authors have used the name Dictyocheta preferably to Codinaea, and all species of this genus have been transferred to Dictyochaeta or Dictyochaetopsis Aramb. & Cabello (Whitton et al. 2000). The characters of higher taxonomic value are: presence or absence of the septum and setula at conidia, presence or absent of setae fertile or sterile (Kuthubutheen & Nawawi 1991b). Recently, two species have been described, D. multifimbriata R. Kirschner Chee & J. Chen, with conidia reniformes, 0-septate and D. curvispora L. Cai, McKenzie & KD Hyde, with curved without setulae conidia (Kirschner & Chen 2002; Cai et al. 2004). The genus is composed by approximately 75 species. For Brazil six species were collected, D. eucalypti (Sutton & B. Hodges) Aramb. & Cabello, D. septata (Sutton & B. Hodges) Whitton, McKenzie & KD Hyde, D. simplex (S. Hughes & WB Kendr.) Hol.-Jech. (as Codinaea, Sutton & Hodges 1975), D. fertilis (S. Hughes & WB Kendr.) Hol.-Jech. (Grandi 1990), D. novae-guineensis (Matsush.) A.I Romero (Grandi 1998) and D. pluriguttulata Kuthub. & Nawawi (Barbosa et al. 2007).

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Materials and Methods

Samples of litter plant material were placed in separate paper bags and taken to the laboratory, then incubated in Petri dishes, in moist chambers at 25º C, in plastic containers (170 l capacity) with 200 ml of sterile water plus 2 ml of glycerol, and examined at regular intervals for the presence of microfungi. Mounts were prepared in polyvinyl alcohol-glycerol (8.0 g in 100 ml of water, plus 5 ml of glycerol) and measurements made at a magnification of × 1000.

Taxonomic part

Dictyochaeta caatingensis A.C. Cruz, & Gusmão anam. sp. nov. MYCOBANK #: MB Fig. 1-8

Coloniae effusae, brunneae. Mycelium plurumque in substrato immersum. Hyphae septate, ramosae, laeviae, brunneae. Setae solitariae vel 1-2 fasciculatae, erectae, rectae vel flexuosae, 9-15 septatae, laeves, subulatae, basin versus atrobrunneae, apicem versus brunneae vel pallide brunneae, 160-295 × 4.5-6 µm, ad basim dilatata 7.5-9.5 µm latae. Conidiophora solitaria vel 2-5 fasciculata, macronematosa, mononematosa, erecta, recta vel flexuosa, 1-4 septata, simplicia, laevia, basin versus pallide brunnea, apicem versus subhialina, 37-89 × 3.5-6 µm. Cellulae conidiogenae monophialidicae, raro polyphialidicae, in conidiophoris incorporatae, determinatae, raro cum proliferationibus sympodialis, cylindricae, pallide brunneae versus hyalinae, 12-48 × 3.5-6 µm. Conidia 3-septata, falcata vel allantoidea, laevia, hyalina, in massam mucosum, 27-35.5 × 3.3-5.5 µm; plerumque utrinque setulis simplitibus, 0.5-2.5 µm longis praedita. Etymology: caatingensis, in reference to the Caatinga biome.

Colony effuse, brown. Mycelia immerse in substrate. Hypha septate, branched, smooth, brown. Setae solitary or grouped 2-3, erect, straight or flexuous, 9-15-septate, smooth, subulate, brown to pale brown, 160-295 × 4.5-6 µm; rounded base 7.5-9.5 µm. Conidiophore solitary or grouped 2-5, macronematous, mononematous, straight or flexuous, 1-4-septate, simples, smooth, brown to subhyaline at apex, 37-89 × 3.5-6 µm. Conidiogenous cells monophialidic or rare polyphialidic, determinate, rare simpodial, integrated, cylindric, pale brown to hyaline, 12-48 × 3.5-6 µm; collarette, 1-3 × 1-2 µm. Conidia 3-septate, falcate to allantoid, smooth, hyaline, in slimy mass, 27-35.5 × 3.3-5.5 µm; with a simple, single setula 0.5-2.5 µm long at each end.

Matrix: BRAZIL. BAHIA: Senhor do Bonfim, Carrapichel district, on decaying spathe of Palmae, 21.IX.2006, coll. ACR Cruz. HOLOTYPE: HUEFS 129377.

D. matsushimae (Hewings JL & Crane) Whitton, McKenzie & KD Hyde is the only species that have conidia 3-septate and sterile setae associated to the conidiophore. The conidia measurement are minor in length (20-27 μm) and have a greater setulae at each end (5.5-7.8 μm) when compared with D. caatingensis. D. macrospora Kuthub. & Nawawi (Kuthubutheen & Nawawi 1991a) and D. triseptata (Matsush.) RF Castañeda (Castañeda-Ruiz 1986) are similar to the proposed new species, but differs by conidiophores consistently polyphialidic and the greatest lengths of conidia and setulae in both species. The material examined can be easily separated from related Dictyochaeta species (Table 1) and therefore it is described as a new species.

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25 µ

m

25 µ

m

1 2 3

4

Figs. 1-4. Dictyochaeta caatingensis. 1-3. Setae and conidiophores. 4. Conidia. From Holotype (HUEFS 129377).

Table 1. Synoptic table to comparation of Dictyochaeta species.

Conidia Species Setae Conidiogenesis No.

septa Size (µm)

Setulae (µm)

D. brevisetula Present polyphialidic 1-3 21.0-24.5 × 3.0-3.7

1.4-2.7

D. dimorpha Absent monophialidic polyphialidic

0 3

10-18 × 1-2 22-28 × 7-8

absent 5-6

D. macrospora Absent polyphialidic 3 38-47 × 5-7 22-30

D. septata Present polyphialidic 1-3 (14.5) 17-23 × 2 5.5-10

D. matsushimae Present polyphialidic 3 (1-2) 20-27 × 3.3-5.4 5.5-7.8

D. triseptata Absent polyphialidic 3 21-30 × 6-7.5 3-6

D. variabilis Absent monophialidic 1-3 30-40 × 4.5-5.7 17-23

D. caatingensis Present monophialidic polyphialidic 3 27-35,5 × 3,3-5,5 0,5-2,5

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25 µ

m

5µm

20 µ

m

10 µ

m

5 7 8

6

Figs. 5-8. Dictyochaeta caatingensis. 5. Setae and conidiophore. 6.

Conidia. 7-8. Conidiophores. Dictyochaeta britannica (M.B. Ellis) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde, Fungal Diversity 4: 137. 2000. Fig. 9-10 Bas.: Codinaea britannica M.B. Ellis, More Dematiaceous Hyphomycetes: 472. 1976. Sin.: Menispora britannica (M.B. Ellis) P.M. Kirk, Mycotaxon 23: 334, 1985. Setae solitary, erect, straight or flexuous, septate, subulate, smooth, brown to subhyaline, 60-345 × 3-6 µm; apex acerose to rounded. Conidiophore macronematosous, mononematosous, solitary or in groups of 2-5 at the base of setae, straight or flexuous, septate, simples, smooth, brown to pale brown, 49.5-79.5 × 3-4.5 µm. Conidiogenous cells

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monophialidic or polyphialidic, integrated, sympodial proliferation, conspicuous collarette, pale brown. Conidia solitary, 0-septate, lunate, simples, smooth, mucilaginous, hyaline, 12.5-19 × 1-2.5 µm; setulae filiform on each end, 7-10.5 µm. Material examined: BRAZIL. BAHIA: Jeremoabo, “Mata das Pororocas”, on decaying bark, 17/I/2007, coll. ACR Cruz (HUEFS 129375); Paulo Afonso, on dead leaves of unidentified dicotyledonous, 31/I/2007, coll. ACR Cruz (HUEFS 129376). Known distribution: United Kingdown, Kenia (Ellis 1976, Kirk 1985). Dictyochaeta britannica is similar to D. australensis (B. Sutton) Whitton, McKenzie & KD Hyde, but differs by the increased width of conidia and by the presence of radially basal cell at the bases of setae. The dimensions of conidia are consistent with the descriptions given by Ellis (1976) and Kirk (1985), however, the setule have of the specimen examined is greater than the material studied by Kirk (1985). D. britannica is being referred for the first time for the Neotropic. Dictyochaeta obesispora (S. Hughes & W.B. Kendr.) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde, Fungal Diversity 4: 145. 2000. Fig. 11-12 Bas.: Codinaea obesispora S. Hughes & W.B. Kendr., N.Z. Jl Bot. 6: 351. 1968. Synnema straight or flexuous, septate, simples, dark brown, subhyaline apex, 300-980 × 10.5-15 µm. Conidiophore densely grouped, septate, branched at apex, smooth, dark brown. Conidiogenous cells enteroblastic, monophialidic, terminal, integrate, determinate, pale brown to hyaline, inconspicuous collarette. Conidia solitary, 0-septate, lunate, simples, smooth, in slimy mass, hyaline, 12-15.5 × 3.5-5.5 μm; setulae filiform at each end, 1.2-1.8 μm. Material examined: BRAZIL. BAHIA: Senhor do Bonfim, “Serra da Maravilha”, on decaying bark, 11/X/2006, coll. ACR Cruz (HUEFS 129373). Known distribution: New Zealand (Hughes & Kendrick 1968). Only two species of Dictyochaeta showing conidiophores organized on synnemata, D. obesispora and D. dendroidea Kuthub. The first one has synnemata formed by up to 45 conidiophores and the last one up to 25 conidiophores; the conidia of D. dendroidea are smaller than D. obesispora (Kuthubutheen 1987). The measurement of conidia and setulae for the examined material are reduced when compared with the type material description. Hughes (1968) referring the presence of polyblastic conidiogenous cells, however, in the Brazilian material only monoblastic cells was observed. This discrepancy will be probable related with the difference of the age of material. Dictyochaeta triseptata (Matsush.) R.F. Castañeda, Fungi Cubenses, 8. 1986. Bas.: Codinaea triseptata Matsush., Matsush. Mycol. Mem. 2: 4. 1981. Fig. 13-14 Conidiophore macronematous, mononematous, aggregated, rare solitary, flexuous, smooth, dark brown to pale brown at apex, 175-272 × 4.5-9 µm. Conidiogenous cells enteroblastic, polyphialidic, integrated, percurrent and sympodial proliferation, pale brown, conspicuous collarette. Conidia solitary, 3-septate, elliptic to lunate, simples, smooth, in slimy mass, hyaline, 18-25.5 × 4.5-7 µm; setulae filiform at each end, 6-9 µm. Material examined: BRAZIL. BAHIA: Jeremoabo, “Mata das Pororocas”, on dead leaves of unidentified dicotyledonous, 18/I/2007, coll. ACR Cruz (HUEFS 129374).

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Known distribution: Cuba (Castañeda-Ruiz 1986), Micronesia (Matsushima 1981), Guiana (Cannon & Simmons 2002) and Malaysia (Herb. IMI on-line). Dictyochaeta triseptata is closely to D. dimorpha (Toyaz. & Udagawa) Whitton, McKenzie & K.D. Hyde and D. macrospora Kuthub. & Nawawi. D. triseptata was differentiated for above mentioned species by dimorphic conidiophores and conidia, and the bigger measurement of conidia and setulae, respectively (Kuthubutheen & Nawawi 1991b). The material examined have the conidia smaller than observed by Castañeda-Ruiz (1986), however, it is comparable with observations realized by Matsushima (1981). Other species found on semi-arid region Dictyochaeta fertilis (S. Hughes & W.B. Kendr.) Hol.-Jech., Folia geobot. phytotax. 19: 426. 1984. Material examined: BRAZIL. BAHIA: Senhor do Bonfim, on decaying fruit, 28/IX/2006, coll. ACR Cruz (HUEFS 129370); Senhor do Bonfim, on decaying fruit, 4/X/2006, coll. ACR Cruz (HUEFS 129371). Dictyochaeta novae-guineensis (Matsush.) A.I. Romero, Boln Soc. argent. Bot. 22: 76. 1983. Material examined: BRASIL. BAHIA: Campo Formoso, on decaying bark, 4/X/2006, coll. ACR Cruz (HUEFS 129365); Senhor do Bonfim, on dead leaves of unidentified dicotyledonous, 5/X/2006, coll. ACR Cruz (HUEFS 129366); Senhor do Bonfim, on dead leaves of unidentified dicotyledonous, 18/X/2006, coll. ACR Cruz (HUEFS 129367); PERNAMBUCO: Buíque, on dead leaves of unidentified dicotyledonous, 31/VIII/2006, coll. ACR Cruz (HUEFS 129368); Buíque, on dead leaves of unidentified dicotyledonous, 8/IX/2006, coll. ACR Cruz (HUEFS 129369). Dictyochaeta pluriguttulata Kuthub. & Nawawi, Mycol. Res. 95: 1212. 1991. Material examined: BRAZIL. PERNAMBUCO: Buíque, on dead leaves of unidentified dicotyledonous, 18/VIII/2006, coll. ACR Cruz (HUEFS 129372). Dictyochaeta simplex (S. Hughes & W.B. Kendr.) Hol.-Jech., Folia geobot. phytotax. 19: 434. 1984. Material examined: BRASIL. BAHIA: Paulo Afonso, on decaying fruit, 28/I/2007, coll. ACR Cruz (HUEFS 129362); PERNAMBUCO: Buíque, on dead leaves of unidentified dicotyledonous, 28/VIII/2006, coll. ACR Cruz (HUEFS 129363); Buíque, on dead leaves of unidentified dicotyledonous, 8/IX/2006, coll. ACR Cruz (HUEFS 129364).

Key to Dictyochaeta species collected in Brazil 1a. Conidiophores synnematous...........................................................................................D. obesipora 1b. Conidiophores mononematous..........................................................................................................2 2a(1b). Conidia non-septate.....................................................................................................................3 2b. Conidia septate...................................................................................................................................6 3a(2a). Setae present................................................................................................................................4 3b. Setae absent........................................................................................................................D. simplex 4a(3a). Setae fertile.....................................................................................................................D. fertilis 4b. Setae sterile........................................................................................................................................5 5a(4b). Conidia pluriguttulate, setulae inconspicuous....................................................D. pluriguttulata 5b. Conidia non-guttulate, setulae conspicuous...................................................................D. britannica 6a(2b). Conidia 1-septate.........................................................................................................................7 6b. Conidia 3-septate...............................................................................................................................8 6c. Conidia 1-3 septate..............................................................................................................D. septata 7a(6a). Setae present................................................................................................D. novae-guineensis 7b. Setae absent......................................................................................................................D. eucalypti 8a(6b). Setae present.........................................................................................................D. caatingensis 8b. Setae absent.....................................................................................................................D. triseptata

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Acknowledgements We are deeply indebted to Prof. Marc Stadler (Washington State University) and Dr D.W. Minter (CABI) for kindly reviewing the manuscript and for many suggestions that greatly improved it. Part of the support for this work came from the Program of Research of Biodiversity in the Brazilian Semi-arid (PPBIO Semi-arid/Ministry of Technology and Science). The authors LFP Gusmão and ACR Cruz thank the CNPq and “Programa de Pós-graduação em Botânica – PPGBot/UEFS”. ACR Cruz extends thanks to FAPESB (Proc. APR071/2007).

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Figs. 9-10.Dictyochaeta britannica. 9. Setae and conidiophores. 10. Conidia. 11-12. Dictyochaeta obesispora, 11. Synnema. 12. Conidia. 13-14. Dictyochaeta triseptata. 13. Conidiophores. 14. Conidia.

30µm

10µm

20µm

25µm

75µm

25µm

9

10 12

11 13

14

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Mycotaxon MSWord Template and Styles Sheet 2007—

106

Castañeda–Ruiz RF. 1986. Fungi Cubenses. Havana, Instituto de Investigaciones Fundamentales em Agricultura

Tropical “Alejandro de Humboldt”. Ellis MB. 1976. More Dematiaceous Hyphomycetes. Kew, Commonwealt Mycological Institute, UK. Gamundi IJ, Arambarri AM, Giaiotti A. 1977. Microflora de la hojarasca de Nothofagus dombeyi. Darwiniana 21: 81–

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(Horticultural). Revista Brasileira de Biologia 50: 123–132. Grandi RAP. 1998. Hyphomycetes decompositores do folhedo de Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.

Hoehnea 25: 133–148. Hughes SJ, Kendrick WB. 1968. New Zealand Fungi. 12. Menispora, Codinaea, Menisporopsis. New Zeal. J. Bot. 6:

323–375. Kirk PM. 1985. New or interesting microfungi XIV. Dematiaceous Hyphomycetes from Mt. Kenya. Mycotaxon 23:

305–352. Kirschner R, Chen CJ. 2002. Dictyochaeta multifimbriata, a new species from Taiwan. Mycol. Progr. 1: 287–289. Kuthubutheen AJ. 1987. A new synnematous Dictyochaeta from Malaysia. Trans. Br. Mycol. Soc. 89: 411–414. Kuthubutheen AJ, Nawawi A. 1991. Key to Dictyochaeta and Codinaea species. Mycol. Res. 95: 1224–1229. Sutton BC, Hodges CS Jr. 1975. Eucalyptus microfungi: Codinaea and Zanclospora species from Brazil. Nova

Hedwigia 26: 517–525. Whitton SR, McKenzie EHC, Hyde KD. 2000. Dictyochaeta and Dictyochaetopsis species from the Pandanaceae.

Fungal Diversity 4: 133–158. Kuthubutheen AJ, Nawawi A. 1991. Dictyochaeta macrospora sp. nov.: a litter-inhabiting hyphomycete from

Malaysia. Mycol. Res. 95: 248–250. Matsushima T. 1981. Matsushima Mycological Memoirs n. 2. Published by the author, Kobe.

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CAPÍTULO 5

Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil.

Subramaniomyces pulcher sp. nov. and notes on

Sporidesmium circinophorum

Artigo publicado na revista Mycotaxon

RESUMO

Fungos conidiais no bioma Caatinga do semi-árido brasileiro.

Subramaniomyces pulcher sp. nov. e uma nota sobre

Sporidesmium circinophorum

Neste artigo é descrito Subramaniomyces pulcher como uma nova espécie para a

ciência. Esta espécie pode ser distinguida das demais espécies do gênero pela forma

fusiforme a limoniforme e pela coloração castanha ou castanho-escura dos conídios basais

e intercalares. Esse gênero é caracterizado por apresentar conidióforos mononematosos

simples, com célula conidiogênica integrada e denticulada. A característica mais

importante do gênero é a disposição em cadeia dos seus conídios. Apenas duas espécies

tinham sido descritas em Subramaniomyces, S. fusisaprophyticus e S. simplex.

Sporidesmium circinophorum também é descrito no artigo, essa espécie possui conídios

apresentando um rostro longo e uma novidade apresentada no artigo é a presença da célula

apical com produção de um sinanamorfo com características de Selenosporella, esse

sinanamorfo produz conídios reduzidos, 0-septados. Além dessas espécies,

Subramaniomyces fusisaprophyticus, também é descrita no artigo e as diferenças entre ela

e S. pulcher foram apresentadas.

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October–December 2007Volume 102, pp. 25–32

MYCOTAXON

Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil.Subramaniomyces pulcher sp. nov.

and notes on Sporidesmium circinophorum

Alisson Cardoso Rodrigues Da Cruz

[email protected] de Ciências Biológicas, Laboratório de Micologia

Universidade Estadual de Feira de Santana BR116 KM03, 44031-460, Feira de Santana, BA, Brazil

Luís Fernando Pascholati Gusmão

[email protected] de Ciências Biológicas, Laboratório de Micologia

Universidade Estadual de Feira de Santana BR116 KM03, 44031-460, Feira de Santana, BA, Brazil.

Rafael F. Castañeda Ruíz

[email protected] de Investigaciones Fundamentales en Agricultura Tropical ‘Alejandro de Humboldt’

Calle 1 Esq. 2, Santiago de Las Vegas, C. Habana, Cuba, C.P. 17200

Abstract — During an investigation of microfungi on dead plant material in a semi-aridregion of northeast Brazil, two interesting fungi were collected that are herein described and illustrated. Subramaniomyces pulcher, distinguished by catenulate, broad fusiform to limoniform, brown to dark brown basal and intercalary conidia and acerose, hyaline apical conidia, is proposed as a new species. The Selenosporella-like synanamorph of Sporidesmium circinophorum, which arises from the apical or subapical cell of the

conidial rostrum, is also reported.

Key words — anamorphic fungi, hyphomycetes, leaf litter, systematics

Introduction The Brazilian semi-arid zone, known as the Caatinga biome, was described in detail by Velloso et al. (2002) and Giulietti et al. (2006). This zone, located almost exclusively in the northeast of the country, is an expanse of dry lands that stretches between 3–17° S and 35–45° W, covers almost 8 % of the territory of Brazil, occupying an area approximately 900 000 km2. The climate of northeast

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26 ... Cruz, Gusmão & Castañeda Ruiz Brazil is one of the most complex systems in the world, with an annual rainfall up to 2000 mm along the coast and only 300–500 mm in the semi-arid zone.

During a mycological survey of conidial fungi from the semi-arid region in Bahia and Pernambuco States, a conspicuous fungus clearly related to the genus Subramaniomyces was collected. This genus was proposed by Varghese & Rao (1980) to accommodate their new species, S. indicus, and Hemibeltrania navicularis. Kirk (1982), who considered that Ramularia fusisaprophytica (Matsushima 1971) provided an earlier name, proposed S. fusisaprophytica with S. navicularis and S. indicus as synonyms. Castañeda (1985) described S. ventricosus but later (Castañeda & Kendrick 1990) reassigned his species as Lauriomyces ventricosus (R.F. Castañeda) R.F. Castañeda & W.B. Kendr., leaving Subramaniomyces with two accepted species, S. fusisaprophyticus and S. simplex U. Braun & C.F. Hill (Braun & Hill 2002). Below S. pulcher is proposed as a new third species for Subramaniomyces.

Sporidesmium circinophorum Matsush. is also described and illustrated.

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Materials and methods

Samples of plant litter collected in separate paper bags were taken to thelaboratory where each was incubated at 25º C in Petri dishes within 50 L plastic moist chambers containing 200 ml sterile water and 2 ml glycerol. The plant material was screened at regular intervals for microfungi. Mounts were prepared in polyvinyl alcohol-glycerol (8 g per 100 ml H20, plus 5 ml glycerol). Measurements made under oil at a magnification of ×1000.

Taxonomy

Subramaniomyces pulcher A.C.R. Cruz, Gusmão & R.F. Castañeda anam. sp. nov.MycoBank #: MB 510881 Figs 1–6

Coloniae in substrato naturali effusae, caespitosae, griseo-brunneae. Mycelium plerumquein substrato inmersum. Hyphae septatae, ramosae, 1.5–2.0 µm diam., pallide brunneae vel brunneae, laeviae. Conidiophora macronematosa, mononematosa, 1- ad 8-septata, simplicia, erecta, recta vel flexuosa, ad basim lobulata, 4–7 µm crassa, infra brunnea, dilute brunnea vel subhyalina ad apicem, laevia, 24–90 × 2.5–5 µm. Cellulae conidiogenae polyblasticae, cum proliferationibus sympodialibus, interdum monoblasticae, determinatae, denticulatae, cylindricae vel subulatae, pallide brunneae vel subhyalinae, 8–28 × 2.5–4.0 µm. Ramoconidia holoblastica, navicularia, unicellularia, hyalina, laevia, sicca, 15–21 × 3–5 µm. Conidia blastocatenulata, unicellularia, laevia, sicca, dimorpha, diverse pigmentifera; conidia (conidiis apicalibus exclusa) late fusiformia ad limoniformia, 11–15 × 4.5–6.0 µm, brunnea vel atrobrunnea; conidia apicalia late acerosa, incolorata, 20–28 × 3.0–5.5 µm. Teleomorphosis ignota. Etymology: Latin, pulcher, meaning beautiful.

Colonies on the natural substratum effuse, caespitose, gray-brown. Mycelium superficial and immersed. Hyphae septate, branched, 1.5–2.0 µm, pale brown

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110

Subramaniomyces pulcher, from Brazil’s Caatinga ... 27

Figs. 1-6. Subramaniomyces pulcher, from holotype (HUEFS120863). Fig. 1. Conidiophore. Fig. 2. Conidiogenous cell and denticle. Figs. 3-6. Intercalary and terminal conidia.

Scale is indicated by bars.

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28 ... Cruz, Gusmão & Castañeda Ruiz to brown, smooth. Conidiophores macronematous, mononematous or densely grouped, simple, 1- to 8-septate, erect, straight or flexuous, basal cell 4–7 µm wide, radially lobed, brown below, pale brown to subhyaline towards the apex, smooth, 24–90 × 2.5–5 µm. Conidiogenous cells polyblastic, sympodially proliferating, sometimes monoblastic, denticulate, determinate, integrated, cylindrical to subulate, smooth, subhyaline to pale brown, 8–28 × 2.5–4.0 µm. Ramoconidia holoblastic, mostly navicular, aseptate, smooth, dry, colorless, 15–21 × 3–5 µm. Conidia blastocatenulate, aseptate, smooth-walled, dry, dimorphic, variously pigmented, all conidia (except the apical conidia) are broadly fusiform to limoniform, brown to dark brown, 11–15 × 4.5–6.0 µm; apical conidia are broadly acerose, colorless 20–28 × 3.0–5.4 µm. Teleomorph unknown.

TYPUS: BRAZIL. Pernambuco, Buíque, on an unidentified rotten leaf, 25.VIII.2006, coll. A.C.R. da Cruz. HOLOTYPE: HUEFS120863.

Comments: The genus Subramaniomyces was introduced by Varghese & Rao (1980) for species with fusiform unicellular conidia in long branched chains. Kirk (1982) amended the original description based on S. fusisaprophyticus, noting as a conspicuous character that the terminal conidia are morphologically distinct from the basal and intercalary. With respect to conidial morphology in Subramaniomyces, S. pulcher resembles only S. fusisaprophyticus. That species, however, differs in having basal and intercalary conidia that are fusiform, 15–20× 2.5–3.5 µm, and subhyaline and terminal conidia that are acerose to narrowly navicular, 25–35 × 2.5–3.0 µm, and brown to dark brown (Kirk 1983, Bhat & Sutton 1985, Cooper 2005).

Subramaniomyces fusisaprophyticus (Matsush.) P.M. Kirk, Trans. Br. Mycol. Soc. 78(1): 71. 1982. ≡ Ramularia fusisaprophytica Matsush., Microfungi of the Solomon Islands

and Papua-New Guinea (Osaka): 48. 1971. = Hemibeltrania navicularis B. Sutton, Kavaka 4: 43. 1977 (1976).

Figs. 7–10

≡ Subramaniomyces navicularis (B. Sutton) Varghese & V.G. Rao, Kavaka 7: 85. 1980.= Subramaniomyces indicus Varghese & V.G. Rao, Kavaka 7: 83. 1980 (1979).

Colonies on the natural substratum caespitose to velvety, hyphophyllous, gray. Conidiophores macronematous, mononematous, erect, simple or branched, septate, smooth, radially lobed at the base, brown, up to 45 µm tall, 5–7 µm wide at the base. Conidiogenous cells polyblastic, terminal, sympodially proliferating, denticulate. Conidia fusiform, blastocatenate, truncate at each end, 13–20 × 3–5 µm, smooth, dimorphic, differently pigmented, all basal and intercalary conidia subhyaline, terminal conidia navicular, brown.

Specimen examined: CUBA. Mantanzas: Mantanzas, Sierra de Bibanasi, on dead leaf of Diospyros crassivervis (Ebenaceae), 9.IV.1991, coll. R.F. Castaneda, INIFATC91/122.

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Subramaniomyces pulcher, from Brazil’s Caatinga ... 29

Figs. 7-10. Subramaniomyces fusisaprophyticus, from INIFAT C91/122. Intercalary and terminal conidia. Scale is indicated by bars.

Sporidesmium circinophorum Matsush., Icon. microfung. Matsush. lect. (Kobe): 136 (1975) Figs. 11–14

Colonies on the natural substrate, effuse, conspicuously hairy, amphigenous, black. Mycelium mostly immersed. Hyphae septate, branched, smooth, brown. Conidiophores mononematous, macronematous, simple, 0- to 5-septate, erect, straight or curved, brown to dark brown, 20–63 × 6–9 µm, sometimes

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30 ... Cruz, Gusmão & Castañeda Ruiz

Figs. 11-14. Sporidesmium circinophorum, from (HUEFS120862). Figs. 11-13. Details of conidiophores, conidiogenous cells and Selenosporella-like synanamorph developing at the apical cell of the conidia. Fig. 14. Conidia. Scale is indicated by bars.

reduced to conidiogenous cells. Conidiogenous cells monoblastic, integrated, terminal, determinate, subulate, pale brown to brown, 9–19 × 3–7 µm. Conidia holoblastic, solitary, narrowly obclavate, 15- to 30-septate, rarely 6-septate, acrogenous, mostly longi-rostrate (rostrum cylindrical, brown, multi-septate,

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114

Subramaniomyces pulcher, from Brazil’s Caatinga ... 31

69–234 × 3.0–4.5 µm); obconically truncate at the base, smooth-walled, with basal and suprabasal cells pale brown, remaining 3 to 5 cells dark brown and black at the septa, 60–273 × 9–12 µm (rostrum included). Synanamorph Selenosporella-like, sometimes arising from the apical or subapical cells of the conidial rostrum, with polyblastic, inconspicuously denticulate, cylindrical to subulate, slightly inflated at the apex, sympodial, indeterminate or determinate, pale brown to subhyaline, more less verticillate conidiogenous cells, 6.5–12.5 × 2–3 µm. Conidia fusiform, solitary, aseptate, smooth-walled, hyaline, 3.5–5.5 × 0.5 µm.

Specimen examined: BRAZIL. Bahia: Senhor do Bonfim, on unidentified leaf, 05.X.2006, coll. A.C.R. da Cruz., HUEFS120862.

Comments: Sporidesmium circinophorum was described from pure culture on potato sucrose agar (Matsushima 1975). Although the conidia are morphological similar to the specimen described above, there are some new characters observed in this fungus from nature: 1) the basal cell and sometimes supra-basal cell are brown, not dark brown to black as are the other 3-4 succeeding cells; 2) a Selenosporella-like synanamorph sometimes arises from the apical cell.

Acknowledgements We are deeply indebted to Prof. Lori M. Carris (Washington State University), Dr. Paul M. Kirk (CABI), and Prof. U. Braun (Martin-Luther-Universität) for kindly reviewing the manuscript and for many suggestions that greatly improved it. We thank Ciencia y Tecnología para el Desarrollo (CYTED RED-XII.J) and the Cuban Ministry of Agriculture for facilities. Part of the support for this work came from the Program of Research of Biodiversity in the Brazilian Semi-arid (PPBIO Semi-arid/Ministry of Technology and Science). The author ACR Cruz thanks the CNPq, FAPESB (Proc. APR071/2007) and “Programa de Pós-graduação em Botânica – PPGBot/UEFS”. The author RFCR thanks Drs. David W. Minter, Pedro Crous, Uwe Braun, Ludmila Marvanová, Cony Decock, Jerry A. Cooper, Rosa M. Arias, Josep Guarro, Walter Gams, Antonio Hernández-Gutiérrez, Carlos Inacio and Josep Cano for their generous and valuable assistance with literature not available in our library.

Literature cited Braun U, Hill CF. 2002. Some new micromycetes from New Zealand. Mycol. Progr. 1: 19–30. Bhat DJ, Sutton BC. 1985. New and interesting hyphomycetes from Ethiopia. Trans. Br. Mycol. Soc.

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115 115

32 ... Cruz, Gusmão & Castañeda Ruiz 32 ... Cruz, Gusmão & Castañeda Ruiz Cooper JA. 2005. New Zealand hyphomycete fungi: additional records, new species and notes on

interesting collections. New Zeal. J. Bot. 43: 323–349. ooper JA. 2005. New Zealand hyphomycete fungi: additional records, new species and notes on

interesting collections. New Zeal. J. Bot. 43: 323–349. Giulietti AM, Harley RM, Queiroz LP, Rapini A. 2006. To set the scene. In: Giulietti AM, Queiroz LP,

Rapini A (Eds). Towards greater knowledge of the Brazilian semi-arid biodiversity. Ministério da Ciência e Tecnologia. Brasília.

Giulietti AM, Harley RM, Queiroz LP, Rapini A. 2006. To set the scene. In: Giulietti AM, Queiroz LP, Rapini A (Eds). Towards greater knowledge of the Brazilian semi-arid biodiversity. Ministério da Ciência e Tecnologia. Brasília.

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Kirk PM. 1983. New and interesting microfungi X. Hyphomycetes on Laurus nobilis leaf. Mycotaxon Kirk PM. 1983. New and interesting microfungi X. Hyphomycetes on Laurus nobilis leaf. Mycotaxon

C

18: 259–298. 18: 259–298. Matsushima T. 1971. Microfungi of the Solomon Islands and Papua-New Guinea. Published by the

author, Kobe. Matsushima T. 1971. Microfungi of the Solomon Islands and Papua-New Guinea. Published by the

author, Kobe. Matsushima T. 1975. Icones Microfungorum a Matsushima Lectorum. Published by the author,

Kobe. Matsushima T. 1975. Icones Microfungorum a Matsushima Lectorum. Published by the author,

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Caatinga. Associação de plantas do Nordeste, Instituto de Conservação Ambiental, The Nature Conservancy do Brasil. Recife.

Velloso AL, Sampaio EVSB, Pareyn FCC (Eds). 2002. Ecorregiões propostas para o Bioma Caatinga. Associação de plantas do Nordeste, Instituto de Conservação Ambiental, The Nature Conservancy do Brasil. Recife.

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116

CAPÍTULO 6

Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil.

Diplococcium verruculosum sp. nov. and Lobatopedis

longistriatum sp. nov.

Artigo publicado na revista Mycotaxon

RESUMO

Fungos conidiais no bioma Caatinga do semi-árido brasileiro.

Diplococcium verruculosum sp. nov. e Lobatopedis longistriatum sp. nov.

Neste artigo são descritas e ilustradas duas novas espécies de fungos conidiais,

Diplococcium verruculosum e Lobatopedis longistriatum. O gênero Diplococcium é

caracterizado por apresentar conídios tréticos em cadeias curtas. A nova espécie possui

conídios castanho-claros, 1-4 septados e verruculosos. Apenas uma espécie do gênero

possuía conídios ornamentados, sendo diferenciada da nova espécie por apresentar apenas

conídios 1-septados. No artigo outras espécies são diferenciadas de D. verruculosum.

Lobatopedis longistriatum é caracterizado pelos conídios vermiformes, uncinados, com

estrias longitudinais, característica que o diferencia de qualquer outra espécie do gênero. O

gênero apresenta conidióforos micro a semi-macronematoso e apenas três espécies tinham

sido descritas em Lobatopedis. Comentários sobre a diferença entre L. longistriatum e a

espécie mais próxima são incluídos.

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117

October–December 2007Volume 102, pp. 33–38

MYCOTAXON

Conidial fungi from the semi-arid Caatinga biome of Brazil.Diplococcium verruculosum sp. nov.

and Lobatopedis longistriatum sp. nov.

Alisson Cardoso Rodrigues Da Cruz [email protected]

Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Micologia Universidade Estadual de Feira de Santana

BR116 KM03, 44031-460, Feira de Santana, BA, Brazil

Luís Fernando Pascholati Gusmão [email protected]

Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Micologia Universidade Estadual de Feira de Santana

BR116 KM03, 44031-460, Feira de Santana, BA, Brazil

Sheila Miranda Leão-Ferreira [email protected]

Departamento de Ciências Biológicas, Laboratório de Micologia Universidade Estadual de Feira de Santana

BR116 KM03, 44031-460, Feira de Santana, BA, Brazil

Rafael F. Castañeda Ruíz [email protected]

Instituto de Investigaciones Fundamentales en Agricultura Tropical ‘Alejandro de Humboldt’ Calle 1 Esq. 2, Santiago de Las Vegas, C. Habana, Cuba, C.P. 17200

Abstract — During investigation of microfungi on dead plant material in a semi-arid region of northeast Brazil, two interesting fungi were collected and are herein described and illustrated. Diplococccium verruculosum is distinguished by catenulate, oblong to cylindrical, 1- to 4-septate, verruculose, pale brown conidia and Lobatopedis longistriatum is characterized by vermiform, uncinate, striate, 16- to 31-septate, brownto dark brown conidia; both are proposed as new species.

Key words — anamorphic fungi, hyphomycetes, leaf litter, systematics

Introduction

The Brazilian semi-arid zone, called the Caatinga biome, is located almost exclusively in the northeast of the country. This is an expanse of dry lands which stretches between 3–17ºS and 35–45ºW, covers almost 8% of the territory of

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118 34 ... Cruz et al. Brazil, and occupies an area approximately 900,000 km2. The climate of northeast Brazil is one of the most complex systems in the world, with an annual rainfall up to 2000 mm along the coast and only 300–500 mm in the semi-arid zone (Giulietti et al. 2006). During a mycological survey of conidial fungi from the semi-arid region in Bahia and Pernambuco states two conspicuous fungi were collected that are clearly related to the genera Diplococcium and Lobatopedis; these collections are described herein as new taxa.

Materials and methods

Samples of plant litter collected in separate paper bags were taken to the laboratory where each was incubated at 25º C in Petri dishes within 50 L plastic moist chambers containing 200 ml sterile water and 2 ml glycerol. The plant material was screened at regular intervals for microfungi. Mounts were prepared in polyvinyl alcohol-glycerol (8 g per 100 ml H20, plus 5 ml glycerol), and measurements were made at a magnification of × 1000. The fungi were isolated from single conidia captured under a stereo microscope, immediately transferred to Petri dishes on oat meal agar, and incubated at 25° C under alternating cycles of 12 h of daylight and darkness.

Taxonomy

Diplococcium verruculosum A.C. Cruz, Gusmão & R.F. Castañeda, anam. sp. nov.MycoBank MB510999 Figs. 1–4

Coloniae in substrato naturali effusae, velutinae, amphigenae, brunneae. Mycelium partimsuperficiale et partim in substrato inmersum. Hyphae septatae, ramosae, laeves, brunneae. Conidiophora macronematosa, mononematosa, erecta, recta, cylindrica, usque ad 25-septata, simplicia, brunnea vel pallide brunnea, circa apicem verruculosa, cetero laevia, 93–215 × 4–5 µm. Cellulae conidiogenae mono- et polytreticae, terminales et intercalares, cylindricae, pallide brunneae, plerumque verruculosae interdum laeves, in conidiophoris incorporatae. Conidia breviter blastocatenulata, oblonga usque ad cylíndrica, 1- ad 4-septata, dilute brunnea, verruculosa, sicca, 9–25 × 4.5–6.0 µm. Teleomorphosis ignota. Etymology: Latin, verruculosus, referring to the small wart-like projections covering the outer wall of the conidia.

Colonies on the natural substratum effuse, velvety, amphigenous, brown. Mycelium superficial and immersed. Hyphae septate, branched, smooth, brown. Conidiophores macronematous, mononematous, densely grouped, simple, up to 25-septate, erect, straight or flexuous, cylindrical, rounded at the apex, brown to pale brown, below smooth, but 2-4-cells apical and subapical verruculose, 93–215 × 4–5 µm. Conidiogenous cells mono- and polytretic, determinate, integrated, cylindrical, terminal and intercalary, pale brown, mostly verruculose, sometimes smooth. Conidia short blastocatenulate, oblong to cylindrical, 1- to 4-septate, pale brown, verruculose, dry, 9–25 × 4.5–6.0 µm. Teleomorph unknown.

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119

New Diplococcium & Lobatopedis spp. (Brazil) ... 35

Figs. 1-4. Diplococcium verruculosum (From HUEFS120872). 1-3. Aspects of conidiophores, coniogenous cells and conidia. 4. Conidia. Scale indicated by bars.

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120

36 ... Cruz et al.

Figs. 5-12. Lobatopedis longistriatum (From HUEFS120870). 5-7. Aspects of conidiogenous cells and conidia. 8-10. Details of conidia production and rexolytic secession. 11. Detail of longitudinally striate conidia. 12. Conidia. Scale indicated by bars.

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121

New Diplococcium & Lobatopedis spp. (Brazil) ... 37

TYPUS: BRAZIL. Bahia: Senhor do Bonfim, on unidentified rotten leaf, 11.X.2006,coll. A.C.R. da Cruz. HOLOTYPE: HUEFS120872.

Comments: The genus Diplococcium Grove is distinguished by polytretic conidiogenous cells that produce conidia in short acropetal, branched or unbranched chains. Most of the described species were included in a treatment and key by Goh & Hyde (1998). Two other species described are D. atrovelutinum U. Braun et al. (Braun et al. 1996) and D. hughesii C.J.K. Wang

& B. Sutton (Wang & Sutton 1998). Only D. asperum Piroz. (Pirozynski 1972) is similar in ornamentation to D. verruculosum, but the former has 1-septate, ellipsoid to obclavate conidia. Diplococcium stoveri (M.B. Ellis) R.C. Sinclair et al. (Sinclair et al. 1985) and D. varieseptatum Goh & K.D. Hyde (Goh & Hyde 1998) superficially resemble D. verruculosum, but D. stoveri has conidia that are cylindrical to obclavate, 1- to 7-septate, slightly constricted at the septa, brown, smooth, 14–33 × 6–9 µm; D. varieseptatum has conidia that are cylindrical to ellipsoid, (1–)2–3(–5)–septate, brown, dark at the septa, smooth, (11–) 19–42(–60) × (5–)7–11(–15) µm. Both species can be easily separated from D. verruculosum.

Lobatopedis longistriatum A.C. Cruz, Gusmão, S.M. Leão & R.F. Castañeda, anam. sp. nov.

MycoBank MB510998 Figs. 5–12Ad omnibus speciebus Lobatopedis differt quod habet conidia solitaria, acrogena,vermiformia, uncinata, 16- ad 31-septata, longitudinaliter striata, brunnea usque ad atrobrunnea, laevia, 95–188 × 6.5–8.0 µm. Etymology: Latin, longistriatus-, referring to the longitudinal parallel striae covering the outer wall of the conidia.

Colonies on the natural substratum effuse, amphigenous, dark brown to black. Mycelium superficial and immersed. Hyphae septate, branched, brown, 2–3 µm diam., smooth. Conidiophores macronematous, mononematous, densely complex, grouped or solitary, simple or irregularly branched, arising from superficial and immersed hyphae, erect to recumbent, straight or flexuous to slightly curved, brown below, very pale brown to subhyaline towards the apex, smooth, 19–33 × 3.5–4 µm. Conidiogenous cells monoblastic, determinate, integrated, terminal, lageniform to cylindrical or subulate, smooth, subhyaline to hyaline, 3–6 × 3–5 µm. Conidia holoblastic, solitary, acrogenous, vermiform, uncinate, 16- to 31-septate, striate with striae longitudinally parallel, brown to dark brown, dry, 95–188 × 6.5–8.0 µm; with a marginal frill 0.6–6.0 µm long produced by rhexolytic conidial secession. Teleomorph unknown.

TYPUS: BRAZIL. Pernambuco, Buíque, on unidentified rotten leaf, 16.VIII.2006, coll. A.C.R. da Cruz. HOLOTYPE: HUEFS120870.

Culture from the holotype: Colonies on oat meal agar extract, attaining 20–25 cm after 13 days at 25°C, floccose, dark olivaceous. Reverse black to blackish green. Hyphae thick walled, septate, brown, 2–3 µm diam, smooth. Conidia

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122 122

38 ... Cruz et al. 38 ... Cruz et al. solitary, acrogenous, vermiform, uncinate to semi-circular, longitudinally striate, dark brown, 166–238× 6–8 µm, with marginal frill 2–7 µm long. olitary, acrogenous, vermiform, uncinate to semi-circular, longitudinally

striate, dark brown, 166–238× 6–8 µm, with marginal frill 2–7 µm long. Culture deposited: CCMB 295. Culture deposited: CCMB 295.

s

Comments: The genus Lobatopedis was introduced by Kirk (1979) for a single species, L. foliicola. Subsequently two other species were described, L. elegans P.M. Kirk (Kirk 1982) and L. variabilis B. Sutton (Sutton 1993). The morphology of conidiophores and conidiogenous cells of L. longistriatum is very close to of conidiophores and conidiogenous cells of L. longistriatum is very close to L. variabilis, but the latter species has conidia solitary or catenate, ellipsoid L. variabilis, but the latter species has conidia solitary or catenate, ellipsoid

Comments: The genus Lobatopedis was introduced by Kirk (1979) for a single species, L. foliicola. Subsequently two other species were described, L. elegans P.M. Kirk (Kirk 1982) and L. variabilis B. Sutton (Sutton 1993). The morphology

to fusiform, 2- to 9-septate, verruculose, brown, 11–25 × 6–8 µm and can be differentiated easily from L. longistriatum.

AcknowledgementsAcknowledgements We are deeply indebted to Prof. Lori M. Carris (Washington State University) and Dr D. W. Minter (CABI) for kindly reviewing the manuscript and for many suggestions that greatly improved it. We thank Ciencia y Tecnología para el Desarrollo (CYTED RED-XII.J) and the Cuban Ministry of Agriculture for facilities. Part of the support for this work came from the Program of Research of Biodiversity in the Brazilian Semi-arid (PPBIO Semi-arid/Ministry of Technology and Science). The author RFCR thanks Drs. Marc Stadler, David W. Minter, Josep Guarro, Ludmila Marvanová, Cony Decock, Paul M. Kirk, Kevin Hyde, Walter Gams, Pedro Crous, Jerry A. Cooper, Uwe Braun, Carlos Inácio, Antonio Hernández-Gutiérrez, Rosa M. Arias, and Josep Cano for theirgenerous and valuable assistance with literature not available in our library. The authors LFP Gusmão, SM Leão-Ferreira and ACR Cruz thank the CNPq and “Programa de Pós-graduação em Botânica – PPGBot/UEFS”. ACR Cruz extends thanks to FAPESB (Proc. APR071/2007).

We are deeply indebted to Prof. Lori M. Carris (Washington State University) and Dr D. W. Minter (CABI) for kindly reviewing the manuscript and for many suggestions that greatly improved it. We thank Ciencia y Tecnología para el Desarrollo (CYTED RED-XII.J) and the Cuban Ministry of Agriculture for facilities. Part of the support for this work came from the Program of Research of Biodiversity in the Brazilian Semi-arid (PPBIO Semi-arid/Ministry of Technology and Science). The author RFCR thanks Drs. Marc Stadler, David W. Minter, Josep Guarro, Ludmila Marvanová, Cony Decock, Paul M. Kirk, Kevin Hyde, Walter Gams, Pedro Crous, Jerry A. Cooper, Uwe Braun, Carlos Inácio, Antonio Hernández-Gutiérrez, Rosa M. Arias, and Josep Cano for theirgenerous and valuable assistance with literature not available in our library. The authors LFP Gusmão, SM Leão-Ferreira and ACR Cruz thank the CNPq and “Programa de Pós-graduação em Botânica – PPGBot/UEFS”. ACR Cruz extends thanks to FAPESB (Proc. APR071/2007).

Literature cited Braun U, Hosagoudar VB, Abraham TK. 1996. Diplococcium atrovelutinum sp. nov. from India. Braun U, Hosagoudar VB, Abraham TK. 1996. Diplococcium atrovelutinum sp. nov. from India.

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Rapini A. (Eds). Towards greater knowledge of the Brazilian semi-arid biodiversity. Ministério da Ciência e Tecnologia. Brasília

Giulietti AM, Harley RM, Queiroz LP, Rapini A. 2006. To set the scene. In: Giulietti AM, Queiroz LP, Rapini A. (Eds). Towards greater knowledge of the Brazilian semi-arid biodiversity. Ministério da Ciência e Tecnologia. Brasília

Goh TK, Hyde KD. 1998. A synopsis of and a key to Diplococcium species, based on the literature, with a description of a new species. Fungal Diversity 1: 65–83.

Goh TK, Hyde KD. 1998. A synopsis of and a key to Diplococcium species, based on the literature, with a description of a new species. Fungal Diversity 1: 65–83.

Kirk PM. 1979. A new dematiaceous hyphomycete from leaf litter. Trans. Br. Mycol. Soc. 73: Kirk PM. 1979. A new dematiaceous hyphomycete from leaf litter. Trans. Br. Mycol. Soc. 73: 75–79. 75–79.

Kirk PM. 1982. New or interesting microfungi VII. Two new hyphomycetes from Pericopsis angolensis. Mycologia 74: 872–876.

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Pirozynski KA. 1972. Microfungi of Tanzania. Mycol. Pap. 129: 1–65. Pirozynski KA. 1972. Microfungi of Tanzania. Mycol. Pap. 129: 1–65. Sinclair RC, Eicker A, Bhat DJ. 1985. Branching in Spadicoides. Trans. Br. Mycol. Soc. 85: Sinclair RC, Eicker A, Bhat DJ. 1985. Branching in Spadicoides. Trans. Br. Mycol. Soc. 85:

to fusiform, 2- to 9-septate, verruculose, brown, 11–25 × 6–8 µm and can be differentiated easily from L. longistriatum.

Literature cited

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Can. J. Bot. 76: 1608–1613. Can. J. Bot. 76: 1608–1613.

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123

CONCLUSÕES GERAIS

103 espécies de fungos conidiais estão associadas à decomposição da

serapilheira em seis áreas do semi-àrido brasileiro;

39 espécies são novas ocorrências, estão subdivididas em seis grupos:

• Novas espécies para a ciência: Dictyochaeta caatingensis, Diplococcium

verruculosum, Lobatopedis longistriatum e Subramaniomyces pulcher;

• Segunda citação para a ciência: Dactylaria cazorlii, Dictyochaeta

obesispora, Heliocephala zimbabweensis, Sporidesmium circinophorum,

Thozetella queenslandica, Vanakripa parva;

• Novos registros para o continente americano: sete espécies;

• Novas ocorrências para a América do Sul: 11 espécies;

• Espécies inéditas para o Brasil: quatro espécies;

• Novos registros para a região semi-árida: sete espécies;

Senhor do Bonfim foi a área com maior número de espécies (41) e maior

número de ocorrências de fungos conidiais (55), e a área do Serisó/Borborema

foi a que apresentou menor número de espécies (8) e menor número de

ocorrências (10);

As folhas abrigam o maior número de fungos conidiais, porém os substratos

mais lignificados apresentam o maior número de novas ocorrências;

As áreas designadas pelo Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Semi-

árido são, em geral, boas para o estudo de fungos conidiais associados a

decomposição da serapilheira;

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124

FUNGOS CONIDIAIS DO BIOMA CAATINGA NO

SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO

Alisson Cardoso Rodrigues da Cruz

RESUMO

Os fungos conidiais representam à fase assexual dos Filos Ascomycota e

Basidiomycota. Visando aumentar o conhecimento da biodiversidade no semi-árido

brasileiro foi realizado um estudo dos fungos conidiais associados à serapilheira em seis

áreas de extrema importância biológica. Expedições foram realizadas no período de agosto

de 2006 a fevereiro 2007 para a coleta da serapilheira em áreas distribuídas nos estados da

Bahia, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. A serapilheira, composta de folhas,

galhos, cascas e frutos em decomposição, foi submetida à técnica de lavagem em água

corrente sendo mantidas em câmaras-úmidas por 20 dias. Lâminas permanentes foram

confeccionadas e depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana.

Foram encontradas 103 espécies de fungos conidiais. A primeira seção é dedicada aos

fungos conidiais do folhedo, onde foram encontradas 72 espécies, sendo 11 novos registros

para o continente americano, América do Sul e semi-àrido; A segunda seção foi dedicada

aos fungos conidiais lignícolas, foram encontradas 46 espécies, com 13 novos registros

para o continente americano, América do Sul, Brasil e semi-àrido. Os fungos conidiais

helicospóricos foram tratados na terceira seção desse estudo, oito espécies foram

encontradas, sendo novos registros para o continente americano, América do Sul, Brasil e

semi-àrido; A quarta seção descreve uma nova espécie de Dictyochaeta para a ciência,

juntamente com outros três para o continente americano e Brasil, uma chave para as

espécies do gênero coletadas no Brasil é incluída. Na quinta seção são apresentados dois

artigos com três novas espécies para ciência e uma nota sobre Sporidesmium

circinophorum Matsush. No total 39 espécies são novos registros e a região de Senhor do

Bonfim foi a área com um maior número de espécies.

Palavras-chave: Hyphomycetes, serapilheira, taxonomia.

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125

CONIDIAL FUNGI FROM SEMI-ARID CAATINGA

BIOME OF BRAZIL

Alisson Cardoso Rodrigues da Cruz

ABSTRACT

Conidial fungi represent the assexual stage of the Phyla Ascomycota and

Basidiomycota. Aiming to increase the knowledge of biodiversity of the Brazilian semi-

arid, a study of the conidial fungi from the leaf litter in six areas of extreme biological

importance was carried through. Trips were made during the period of August of 2006 to

February 2007 for the collection of the leaf litter in areas distributed in the states of Bahia,

Pernambuco, Piauí and Rio Grande do Norte. The leaf litter was processed by the

technique of washing in current water and incubation in moist chamber by 20 days.

Permanent slides had been prepared and deposited in the Universidade Estadual de Feira

de Santana Herbarium. 103 species of conidial fungi have been found. The first section is

dedicated to the conidial fungi on fallen leaves, where 72 species were found, with 11 new

records to American continent, South America and semi-arid; the second section was

dedicated to the lignicolous conidial fungi, with 46 species, of which 13 were new records

to American continent, South America, Brazil and semi-arid. The helicosporous fungi were

treated in the third section of this study, eight species have been found which are new

records to American continent, South America, Brazil and semi-arid. In the fourth section,

a new species of Dictyochaeta is described, together with other new records to American

continent and Brazil; a key for all collected in Brazil is given too. In the fifth and last

section two articles with three new species for science and a note on Sporidesmium

circinophorum are presented. In total, 39 species are new records and the region of Senhor

do Bonfim was the area with a bigger number of species.

Palavras-chave: Hyphomycetes, leaf litter, semi-arid, taxonomy.

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ANEXOS

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Tabela 1. Espécies de fungos conidiais encontrados nas áreas estudadas (região de Buíque/Vale do Ipojuca, Raso da Catarina, região do Médio São Francisco, Parque

Nacional Serra das Confusões, região de Senhor do Bonfim e a região de Seridó/Borborema), com os respectivos dados do tipo de substrato no qual foram encontrados.

Substratos: Fs – Folhas, Ga – Galhos, Ca – Cascas, Es – Espata, Pp – Pecíolo de Palmae e Fr – Fruto.

Áreas de Coleta/Substrato

Buíque/ Vale do Ipojuca Raso da Catarina Médio São Francisco Parque Nacional Serra das

Confussões Senhor do Bonfim Seridó/Borborema Espécie

Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr

Total de Ocorrências da

espécie

Acrogenospora sphaerocephala 1 1

Acrophragmis coronata 1 1

Alternaria alternata 1 1 2

Atrosetaphiale flagelliformis 1 1 1 3

Bactrodesmium linderi 2 2 4

Beltrania rhombica 1 2 1 3 1 1 9

Beltraniella portoricensis 1 1 2

Beltraniopsis ramosa 1 1

Bipolaris sorokiniana 1 1

Cacumisporium sigmoideum 1 1 2

Chaetopsina fulva 1 1 2

Chalara alabamensis 1 1 Chloridium virescens var. virescens 1 1 2

Circinotrichum papakurae 1 1

Cryptophiale kakombensis 1 1

Curvularia eragrostidis 2 1 3

Curvularia lunata 2 2

Dactylaria cazorlii 1 1

Dictyochaeta britannica 1 1 2

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Áreas de Coleta/Substrato

Buíque/ Vale do Ipojuca Raso da Catarina Médio São Francisco Parque Nacional Serra das

Confussões Senhor do Bonfim Seridó/Borborema Espécie

Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr

Total de Ocorrências da

espécie

Dictyochaeta fertilis 1

Dictyochaeta novae-guineensis 2 2 1 5

Dictyochaeta obesispora 1 1

Dictyochaeta pluriguttulata 1 1

Dictyochaeta simplex 2 1 3

Dictyochaeta triseptata 1 1

Dictyochaeta caatingensis sp. nov. 1 1

Dicyma pulvinata 1 1

Dicyma vesiculifera 1 1

Diplococcium verruculosum 1 1

Dischloridium laeense 1 1

Drechslera halodes 1 1

Ellisembia adscendens 1 1 2

Ellisembia bambusae 1 1

Ellisembia brachypus 1 1

Epicoccum nigrum 1 1 Falcocladium sphaeropedunculatum 1 1

Fusariella concinna 1 1 2

Fusariella obstipa 2 2

Gonytrichum chlamydosporium var. chlamydosporium 3 1 1 1 1 7

Gonytrichum macrocladum 2 2

Gonytrichum mirabile 1 1

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Áreas de Coleta/Substrato

Buíque/ Vale do Ipojuca Raso da Catarina Médio São Francisco Parque Nacional Serra das

Confussões Senhor do Bonfim Seridó/Borborema Espécie

Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr

Total de Ocorrências da

espécie

Gyrothrix microsperma 1 1 1 1 1 5

Helicosporium aureum 1 1 2

Helicosporium gracile 1 1

Helicosporium griseum 1 1 1 1 4

Helicosporium panacheum 1 1 2

Helicosporium pannosum 1 1

Helicosporium virescens 1 1 1 1 1 5

Heliocephala zimbabweensi 1 1

Idriella lunata 1 1

Idriella ramosa 1 1

Idriella setiformis 1 2 3

Janetia mangiferae 1 1

Kionochaeta ramifera 1 1

Lobatopedis longistriatum 1 1

Memnoniella echinata 1 1 1 1 1 5

Menisporopsis theobromae 2 1 1 1 5

Moorella speciosa 1 1 Myrmecridium schuzeri var. schuzeri 1 1 2

Myrothecium gramineum 2 2

Myrothecium leucotrichum 1 1 1 1 4

Myrothecium roridum 1 2 1 4

Myrothecium verrucaria* 1 2 3

Neojohnstonia minima 1 1

Nigrospora spherica 3 3

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Áreas de Coleta/Substrato

Buíque/ Vale do Ipojuca Raso da Catarina Médio São Francisco Parque Nacional Serra das

Confussões Senhor do Bonfim Seridó/Borborema Espécie

Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr

Total de Ocorrências da

espécie

Paraceratocladium bacilliformis 1 1

Periconia cookei 1 1 1 2 1 6

Periconia hispidula 2 2 1 5

Phaeoisaria clematidis 1 1

Phaeostalagmus tenuissimus 1 1

Piricauda cochinensis 1 1

Pithomyces chartarum 2 1 1 2 6

Pleurothecium recurvatum 1 1

Pseudobotrytis terrestris 1 1

Pseudodictyosporium wauense 1 1

Repetophragma filiferum 2 1 1 4

Repetophragma inflatum 1 1

Spegazzinia tessarthra 1 3 4

Speiropsis scopiformis 2 2

Sporidesmiella claviformis 1 1

Sporidesmiella hyalosperma var. hyalosperma 1 1

Sporidesmium circinophorum 1 1

Sporidesmium verrucisporum 1 1

Sporoschisma saccardoi 1 1

Stachybotrys globosa 1 1 2

Stachybotrys nephrospora 1 1 1 1 2 2 8

Stachybotrys parvispora 1 1

Stachylidium bicolor var. bicolor 1 1

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Áreas de Coleta/Substrato

Buíque/ Vale do Ipojuca Raso da Catarina Médio São Francisco Parque Nacional Serra das

Confussões Senhor do Bonfim Seridó/Borborema Espécie

Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr Fo Ga Ca Es Pp Fr

Total de Ocorrências da

espécie

Subramaniomyces pulcher 1 1

Taeniolella alta 1 1

Tetraploa aristata 1 1

Thozetella cristata 2 1 1 1 5

Thozetella cubensis 1 2 3

Thozetella queenslandica 1 1

Torula herbarium 3 1 1 5

Uberispora heteroseptata 1 1

Uberispora tropicalis 1 1

Vanakripa parva 1 1

Vermiculariopsiella immersa 2 1 3

Verticicladium trifidum 1 1 2

Wiesneriomyces laurinus 1 2 1 2 6

Zygosporium gibbum 1 1

Zygosporium masonii 2 2

Total de Ocorrências/Substrato 41 2 0 0 0 0 28 0 8 0 0 6 23 2 9 0 1 3 35 0 0 0 0 1 24 9 11 4 0 7 10 0 0 0 0 0 Total de Ocorrências/Área 43 42 38 36 55 10 224

* Espécime coletado também sobre semente

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ACTA BOTANICA BRASILICA

1. A Acta Botanica Brasilica publica artigos originais em todas as áreas da Botânica, básica ou aplicada, em

Português, Espanhol ou Inglês. Os trabalhos deverão ser motivados por uma pergunta central que denote a

originalidade e o potencial interesse da pesquisa, de acordo com o amplo espectro de leitores nacionais e

internacionais da Revista, inserindo-se no debate teórico de sua área.

2. Os artigos devem ser concisos, em quatro vias, com até 25 laudas, seqüencialmente numeradas,

incluindo ilustrações e tabelas (usar fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço entre linhas 1,5; imprimir

em papel tamanho A4, margens ajustadas em 1,5 cm). A critério da Corpo Editorial, mediante entendimentos

prévios, artigos mais extensos poderão ser aceitos, sendo o excedente custeado pelo(s) autor(es).

3. Palavras em latim no título ou no texto, como por exemplo: in vivo, in vitro, in loco, et

al. devem estar em itálico.

4. O título deve ser escrito em caixa alta e baixa, centralizado, e deve ser citado da mesma maneira no

Resumo e Abstract da mesma maneira que o título do trabalho. Se no título houver nome específico, este

deve vir acompanhado dos nomes dos autores do táxon, assim como do grupo taxonômico do material tratado

(ex.: Gesneriaceae, Hepaticae, etc.).

5. O(s) nome(s) do(s) autor(es) deve(m) ser escrito(s) em caixa alta e baixa, todos em seguida, com números

sobrescritos que indicarão, em rodapé, a filiação Institucional e/ou fonte financiadora do trabalho (bolsas,

auxílios etc.). Créditos de financiamentos devem vir em Agradecimentos, assim como vinculações do artigo

a programas de pesquisa mais amplos, e não no rodapé. Autores devem fornecer os endereços completos,

evitando abreviações, elegendo apenas um deles como Autor para correspondência. Se desejarem, todos os

autores poderão fornecer e-mail.

6. A estrutura do trabalho deve, sempre que possível, obedecer à seguinte seqüência:

- RESUMO e ABSTRACT (em caixa alta e negrito) - texto corrido, sem referências bibliográficas, em um

único parágrafo e com cerca de 200 palavras. Deve ser precedido pelo título do artigo em Português, entre

parênteses. Ao final do resumo, citar até cinco palavras-chave à escolha do autor, em ordem de importância.

A mesma regra se aplica ao Abstract em Inglês ou Resumen em Espanhol.

- Introdução (em caixa alta e baixa, negrito, deslocado para a esquerda): deve conter uma visão clara e

concisa de: a) conhecimentos atuais no campo específico do assunto tratado; b) problemas científicos que

levou(aram) o(s) autor(es) a desenvolver o trabalho; c) objetivos.

- Material e métodos (em caixa alta e baixa, negrito, deslocado para a esquerda): deve conter descrições

breves, suficientes à repetição do trabalho; técnicas já publicadas devem ser apenas citadas e não descritas.

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Indicar o nome da(s) espécie(s) completo, inclusive como autor. Mapas - podem ser incluídos se forem de

extrema relevância e devem apresentar qualidade adequada para impressão. Todo e qualquer comentário de

um procedimento utilizado para a análise de dados em Resultados deve, obrigatoriamente, estar descrito no

item Material e métodos.

- Resultados e discussão (em caixa alta e baixa, negrito, deslocado para a esquerda): podem conter tabelas e

figuras (gráficos, fotografias, desenhos, mapas e pranchas) estritamente necessárias à compreensão do texto.

Dependendo da estrutura do trabalho, resultados e discussão poderão ser apresentados em um mesmo item ou

em itens separados.

As figuras devem ser todas numeradas seqüencialmente, com algarismos arábicos, colocados no lado inferior

direito; as escalas, sempre que possível, devem se situar à esquerda da figura. As tabelas devem ser

seqüencialmente numeradas, em arábico com numeração independente das figuras. Tanto as figuras como as

tabelas devem ser apresentadas em folhas separadas (uma para cada figura e/ou tabela) ao final do texto

(originais e 3 cópias). Para garantir a boa qualidade de impressão, as figuras não devem ultrapassar duas

vezes a área útil da revista que é de 17,5 × 23,5 cm. Tabelas - Nomes das espécies dos táxons devem ser

mencionados acompanhados dos respectivos autores. Devem constar na legenda informações da área de

estudo ou do grupo taxonômico. Itens da tabela, que estejam abreviados, devem ter suas explicações na

legenda.

As ilustrações devem respeitar a área útil da revista, devendo ser inseridas em coluna simples ou dupla, sem

prejuízo da qualidade gráfica. Devem ser apresentadas em tinta nanquim, sobre papel vegetal ou cartolina ou

em versão eletrônica, gravadas em .TIF, com resolução de pelo menos 300 dpi (ideal em 600 dpi). Para

pranchas ou fotografias – usar números arábicos, do lado direito das figuras ou fotos. Para gráficos - usar

letras maiúsculas do lado direito.

As fotografias devem estar em papel brilhante e em branco e preto. Fotografias coloridas poderão ser

aceitas a critério da Corpo Editorial, que deverá ser previamente consultada, e se o(s) autor(es)

arcar(em) com os custos de impressão.

As figuras e as tabelas devem ser referidas no texto em caixa alta e baixa, de forma abreviada e sem plural

(Fig. e Tab.). Todas as figuras e tabelas apresentadas devem, obrigatoriamente, ter chamada no texto.

Legendas de pranchas necessitam conter nomes dos táxons com respectivos autores. Todos os nomes dos

gêneros precisam estar por extenso nas figuras e tabelas. Gráficos - enviar os arquivos em Excel. Se não

estiverem em Excel, enviar cópia em papel, com boa qualidade, para reprodução.

As siglas e abreviaturas, quando utilizadas pela primeira vez, devem ser precedidas do seu significado por

extenso. Ex.: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV).

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Usar unidades de medida de modo abreviado (Ex.: 11 cm; 2,4 μm), o número separado da unidade, com

exceção de percentagem (Ex.: 90%).

Escrever por extenso os números de um a dez (não os maiores), a menos que seja medida. Ex.: quatro

árvores; 6,0 mm; 1,0 4,0 mm;125 exsicatas.

Em trabalhos taxonômicos o material botânico examinado deve ser selecionado de maneira a citarem-se

apenas aqueles representativos do táxon em questão e na seguinte ordem: PAÍS. Estado: Município, data,

fenologia, coletor(es) número do(s) coletor(es) (sigla doHerbário).

Ex.: BRASIL. São Paulo: Santo André, 3/XI/1997, fl. fr., Milanez 435 (SP).

No caso de mais de três coletores, citar o primeiro seguido de et al. Ex.: Silva et al. (atentar para o que deve

ser grafado em CAIXA ALTA, Caixa Alta e Baixa, caixa baixa, negrito, itálico).

Chaves de identificação devem ser, preferencialmente, indentadas. Nomes de autores de táxons não devem

aparecer. Os táxons da chave, se tratados no texto, devem ser numerados seguindo a ordem alfabética. Ex.:

1. Plantas terrestres

2. Folhas orbiculares, mais de 10 cm diâm.

................................................ 2. S. orbicularis

2. Folhas sagitadas, menos de 8 cm compr.

.................................................. 4. S. sagittalis

1. Plantas aquáticas

3. Flores brancas .............................. 1. S. albicans

3. Flores vermelhas ......................... 3. S. purpúrea

O tratamento taxonômico no texto deve reservar o itálico e o negrito simultâneos apenas para os nomes de

táxons válidos. Basiônimo e sinonímia aparecem apenas em itálico.

Autores de nomes científicos devem ser citados de forma abreviada, de acordo com índice

taxonômico do grupo em pauta (Brummit & Powell 1992 para Fanerógamas). Ex.:

1. Sepulveda albicans L., Sp. pl. 2: 25. 1753.

Pertencia albicans Sw., Fl. bras. 4: 37, t. 23, f. 5. 1870.

Fig. 1-12

Subdivisões dentro de Material e métodos ou de Resultados e/ou discussão devem ser escritas em caixa alta e

baixa, seguida de um traço e o texto segue a mesma linha. Ex.: Área de estudo - localiza se...

Resultados e discussão devem estar incluídos em conclusões.

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- Agradecimentos (em caixa alta e baixa, negrito, deslocado para a esquerda): devem ser sucintos; nomes de

pessoas e Instituições devem ser por extenso, explicitando o porquê dos agradecimentos.

- Referências bibliográficas

- Ao longo do texto: seguir esquema autor, data. Ex.:

Silva (1997), Silva & Santos (1997), Silva et al. (1997) ou Silva (1993; 1995), Santos (1995; 1997) ou (Silva

1975; Santos 1996; Oliveira 1997).

- Ao final do artigo: em caixa alta e baixa, deslocado para a esquerda; seguir ordem alfabética e cronológica

de autor(es); nomes dos periódicos e títulos de livros devem ser grafados por extenso e em negrito.

Exemplos:

Santos, J. 1995. Estudos anatômicos em Juncaceae. Pp. 5-22. In: Anais do XXVIII Congresso Nacional de

Botânica. Aracaju 1992. São Paulo, HUCITEC Ed. v.I.

Santos, J.; Silva, A. & Oliveira, B. 1995. Notas palinológicas. Amaranthaceae. Hoehnea 33(2): 38-45.

Silva, A. & Santos, J. 1997. Rubiaceae. Pp. 27-55. In: F.C. Hoehne (ed.). Flora Brasilica. São Paulo,

Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo.

Para maiores detalhes consulte os últimos fascículos recentes da Revista, ou os links da mesma na

internet: www.botanica.org.br. ou ainda artigos on line por intermédio de www.scielo.br/abb.

Não serão aceitas Referências bibliográficas de monografias de conclusão de curso de graduação, de

citações resumos simples de Congressos, Simpósios, Workshops e assemelhados. Citações de Dissertações e

Teses devem ser evitadas ao máximo; se necessário, citar no corpo do texto. Ex.: J. Santos, dados não

publicados ou J. Santos, comunicação pessoal.

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MYCOTAXON Instructions to Authors

MYCOTAXON is an international mycological journal devoted to research on the taxonomy and nomenclature of fungi. Publication is open to everyone. Authors are responsible for preparing camera-ready computer files or hard copy and obtaining and documenting peer reviews of the manuscript made by experts in the field prior to submission. Authors must prepare concise, well-formatted, error-free copy that accurately conveys the author’s ideas with an economy of space. The Editor-in-Chief receives camera-ready computer files and/or hard copy of the final manuscript accompanied by a cover letter and complete documentation of the peer reviews. No page charges are incurred for papers with 64 or fewer pages and one or fewer photographic halftone plates per 10 pages.

THESE INSTRUCTIONS WERE UPDATED OCTOBER 2003. OVERVIEW

I. Determining what is suitable for publication in Mycotaxon II. Preparing the first draft III. Preparing camera-ready illustrations IV. Obtaining peer reviews and revising reviewed manuscripts V. Avoiding automatic manuscript rejection VI. Submission process: required pre-submission review & final submission VII. Obtaining reprints and/or PDF files of the published paper VIII. Final author checklist

I. DETERMINING WHAT IS SUITABLE FOR PUBLICATION IN MYCOTAXON Mycotaxon is restricted to papers on the taxonomy and nomenclature of fungi. We intend this broadly to include monographic works, reviews of taxonomic groups and/or taxonomic criteria, arguments dealing with specific nomenclatural problems, proceedings of symposia on taxonomic or nomenclatural matters, and well-documented floras. Papers that deal with other mycological disciplines (cytology, ecology, genetics, physiology, etc.) should be submitted to another journal unless their primary focus is taxonomic. Prospective authors are encouraged to send a draft to the Editor-in-Chief for consultation regarding suitability of their manuscripts for publication in the journal. Articles may be of any length. A maximum of 64 pages per sole/senior author is permitted free of charge during any one year. ($18US per page will be charged for each page in excess of 64 pages). Similarly, authors are granted one halftone photographic plate for every 10 manuscript pages, so that 11-20 pages qualify for 2 halftone plates, 21-30 pages qualify for 3 halftone plates, and so on. Authors who wish to publish papers with halftones in excess of this allowance will be charged $18US per extra plate. A plate may contain one or more images but is always accompanied by only one legend. Line drawings are not considered half-tone images and are counted as regular pages in assessing page charges. ABOUT CHECKLISTS: Until 2003, Mycotaxon published annotated regional checklists of fungi. These often provided the first comprehensive records of fungi from under-explored areas. Because web-based documents offer a searchable interface and permit rapid integration of new information, the editorial board has now decided that such checklists are better presented online. Beginning in 2004, Mycotaxon will no longer publish regional fungal inventories in their entirety. Instead, the editorial office asks that authors post checklists on the Internet and submit to Mycotaxon short (1-4 page) papers summarizing taxa, range and distributions, habitats, and/or references covered and listing URLs to the checklist sites. Mycotaxon will post links to the websites summarized in such papers on a special checklists webpage on <www.mycotaxon.com/authors/weblists.html>. Mycotaxon will also post PDF files of checklists formatted by authors who do not maintain their own websites.

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Checklist authors are strongly encouraged to cite references used to identify the taxa in their research. Checklists and summaries, which will follow the same editorial procedures as regular manuscripts, should be submitted together to the Mycotaxon Editor-in-Chief after peer review. After receiving editorial approval, authors wishing to post their checklists on the Mycotaxon website should contact the Business manager <[email protected]> who will supervise placing the PDF files on the webpage and assess a one-time fee of $25. There will be an additional $10 charge for each revision posted on our website with each new version prominently displaying its most recent revision date.

II. PREPARING THE FIRST DRAFT

Articles may be written in either English or French. Authors submitting copy in English should apply a uniform spelling and grammatical convention (American or British) throughout a manuscript. Precise adherence to all formatting rules (see below) is required. Papers should be prepared for publication prior to peer review. Authors are urged to prepare and submit computer-generated manuscripts using word-processing applications (MSWord®, Corel WordPerfect®). Mycotaxon also encourages use of publishing applications (Adobe Pagemaker®, Quark Express®) where authors can easily combine text with illustrations in one document. Sheridan Press, now responsible for printing Mycotaxon, provides a PDF booklet <http://www.mycotaxon.com/DigiArt_WP.pdf> that fully explains how to prepare illustrations for use in documents sent for printing. Web-users may also submit up to 3 digital TIFF files to “Digital Expert” <http://dx.sheridan.com/> for diagnosis of potential problems prior to submission. Although peer-reviewers must review both text and illustrations, figures need not be integrated into a draft manuscript until after peer-review. Use of standard word-processing applications during this initial phase may be necessary; authors planning to use PDF files, Pagemaker®, or other expensive publishing applications should inquire as to the availability of a computer program to peer-reviewers before preparing reviewer copy. Authors are requested not to submit PDF files to the editorial office, however, as the Editor must place the Mycotaxon header on the title page before sending the fully formatted manuscript to Sheridan Press. Hard-copy submissions are permitted, but authors should be aware that manuscript processing for hard copy is longer than for computer-formatted copy. Mycotaxon no longer will reduce over-sized manuscripts. Authors are now required to prepare text at the same size as it will appear in the final copy, that is, at 100% or full-scale. Authors are also strongly urged to format all illustration materials (including graphs, photographs, and line drawings) at 100%.

FINAL COPY MUST CONFORM TO THE FOLLOWING SPECIFICATIONS

A. Page dimensions and margins Margins should be set so as to produce an 11 cm x 17.5 cm print area on the Mycotaxon-sized 15.2 x 22.8 cm [6” x 9”] page. Extra space must be allowed at the top of the first (title) page to permit the Editor to insert the Mycotaxon header prior to publication. When setting up a page in a word-processing application, computer users should enter a custom size of 15.2 x 22.8 cm and then set the following margins:

Top margin, Page 1 (Title Page) —> 4 cm Top margin, Pages 2 and following—> 2.3 cm Side margins —> 2.1 cm Bottom margin —> 3.0 cm

B. Font faces, sizes, and styles Standard elements of an article are the title, author address information, abstract, keywords, main text, figure legends, acknowledgements, and literature cited. A choice of two serif fonts — Times, Times New Roman (TNR) — and two sans serif fonts — Helvetica, Arial — is offered. (Authors wishing to use other fonts should check with the Editor before formatting their manuscripts.) Except for occasional line breaks

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between sections, all text is to be single-spaced. Text formatted with the leading font set one point higher than the text font is permitted; text formatted with 1 1/2 spaces between lines is not acceptable.

SECTION FONT FONT SIZE FONT STYLE

Main Title Helvetica/Arial 11–12 pt Bold & Bold Italic

Authors Helvetica/Arial1 10–11 pt Regular or

LARGE & SMALL CAPS

Author Address Times/TNR 9–10 pt Plain or Italic

Abstract & Keywords2 Times/TNR 7–8 pt Plain (Italic for Latin Names)

Subheadings Helvetica/Arial1 10 pt Bold

Main Text Times/TNR 9–10 pt Plain

Subordinated Text3 Times/TNR 7–8 pt Plain (Italic for Latin

Names) 1Optional: Author and Subheadings in Times/TNR 2Abstract & Keywords paragraphs should be narrower, indented ~5mm from each margin. 3Subordinated text includes Latin diagnoses, Specimens examined, Figure legends,

Acknowledgments, References cited. C. Main title The main title should be centered on the line and placed in bold face (preferably Helvetica 12-point font) with Latin scientific names in bold italics. Latin names of supra-generic taxa may be either in bold or bold italic. No longer format titles in upper case: use instead “sentence case” in which only the first word and proper nouns are capitalized. Titles should be concise, yet informative enough to interest readers. Authors should include names of significant taxa but not the names of authorities (author citations). (Titles containing author citations will be automatically rejected and returned for reformatting unless the author justifies why an authority is necessary to the title in the cover letter.) List the name of a genus in full only once, but otherwise avoid abbreviations. Use arabic, rather than roman, numerals. Never end a title with a period, unless the final word is an abbreviation (e.g., “sp. nov.”). A sample of a properly formatted title follows:

Studies in Agaricales 3: Phaeocollybia phaeogaleroides and P. rifflipes, new western North American species

D. Author address information List names (with all necessary diacritical markings) and mailing addresses for all authors. E-mail addresses (in lower case and without diacritical markings) are required for the senior or corresponding author and recommended for junior authors. E. Abstract An abstract is required for all articles. Compose a paragraph (or sentence or two for 1-4 page papers) that summarizes the paper and is meaningful when read alone and apart from the remainder of the paper. Include all new taxa, new combinations, and conclusions. Always prepare one abstract in English. For longer articles, one or two additional abstracts in other languages may be added. Abstracts should be informative but brief, usually no more than 15 printed lines long. Omit author citations unless necessary to differentiate homonyms. Abstracts that do not meet these criteria will be returned to the authors for correction. F. Keywords Authors are encouraged to insert a heading for keywords followed by a list of up to 5 such keywords for use by abstracting services. Do not repeat terms already used in the title or abstract. Separate keywords or keyword phrases by commas, and do not capitalize keywords unless the word or phrase is a proper noun. End this section without a period.

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G. Main text Briefly introduce your subject, citing significant background literature. Document your own observations concisely and stress new discoveries Comply with the current International Code of Botanical Nomenclature when describing new taxa or proposing new combinations. To minimize confusion when discussing generic epithets beginning with the same initial letter, we strongly recommend that you abbreviate one using the first two letters of the epithet throughout the paper (e.g., C. for Cantharellus and Cr. for Craterellus). Names of authorities should appear only once, in a separate table or in the text near where the names are first mentioned or (if new) formally proposed. For authorities of taxa use the abbreviations cited by IPNI in the International Plant Names Index <www.ipni.org/ipni/query_author.html>, the Harvard University Herbaria database <brimsa.huh.harvard.edu/cms-wb/botanist_index.html>, or CABI’s Index Fungorum <www.indexfungorum.org/Names/Names.asp>. Authors of Plant Names by Brummit & Powell (1992) and Authors of Fungal Names by Kirk & Amsell (1992) may also be consulted. For acceptable herbarium & collections acronyms, consult Index Herbariorum (Holmgren et al. 1990) <www.nybg.org/bsci/ih/searchih.html>. Authors describing new taxa are expected to cite relevant acronyms and registration numbers to facilitate retrieval of the material/data by readers and to deposit (i) type specimens in an official, public herbarium, (ii) ex-type strains in a public culture collection, and/or (iii) sequence data in GenBank. H. Literature cited Include all references cited in the text, ensuring that all references in the “Literature Cited” section are also found in the main text. Standardize abbreviations of journal and other periodical titles. See BPH (Botanico-Periodico-Huntianum, Lawrence & al. eds., 1968), BPH/S (Botanico-Periodico-Huntianum/Supplementum Bridson ed., 1991), TL2 (Taxonomic Literature, Stafleu & Cowan, 1976-1988), and the Supplements to Taxonomic Literature (Stafleu & Mennenga, 1992-1995) for recommended abbreviations. Authors are required to single-space entries (that is, do not separate citations by a blank line) and to follow a consistent citation style throughout. Placing references in 7-8 pt font and using hanging indents is strongly advised. Recommended as a space-saving measure are (i) replacing given names (surnames) by initials, (ii) eliminating periods after initials, (iii) universally placing last names before initials, and (iv) using commas only to separate listed authors (no “&” or “and”).

EXAMPLES Kirk PM, Cannon PF, David JC, Stalpers JA. 2001. Ainsworth & Bisby’s Dictionary of the

Fungi. CAB International, Surrey UK. Senior AA, Junior BB. 1997. Title with Latin name here. Mycotaxon 56: 254-272. (See

sample manuscript <www.mycotaxon.com/authors/sampleMS.pdf> (or <www.mycotaxon.com/authors/sampleMS.rtf>) for further suggestions.)

III. PREPARING CAMERA-READY ILLUSTRATIONS

A. Illustration size and placement All articles published in Mycotaxon begin on an odd-numbered (right-hand) page, so plan size and placement of illustrations within the text accordingly. When possible, insert an illustration within or facing the page of text where the illustration is first mentioned (preferably on a right-hand page). Submit illustrations at the same sizes that they will appear in the final publication. (Authors who cannot reduce their illustrations to publication size should contact the Editor-in-Chief for advice or permission to submit oversized copy.) Also group figures to facilitate species comparisons and keep page numbers to a minimum. Place figure legend/s on the same page as (preferred) or on the page facing the illustration. B. Line drawings may be submitted as digital images imported from scanned originals or as reduced copies of original artwork. Drawings that have been produced digitally using vector information can be submitted as 600dpi or 1200dpi EPS postscript files, which describe a single page and thus contain any combination of text, graphics, and images.

1. Hard copy Because line drawings convey only black and white information, they are reproduced by the same process as the main text, enabling drawings and text to be printed

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together. Carefully place line drawings onto existing text pages with captions printed directly below or to the side of each drawing. With care, authors generally can reduce oversized drawings using the reduction feature on photocopiers without decreasing image quality and assemble an attractive arrangement from the cut & paste illustrations and captions. 2. Digital files Authors equipped with computer scanners and applications such as Adobe Photoshop® & Pagemaker® and QuarkXpress® can speedily convert line drawings to 300dpi TIFF or .jpg files for insertion directly into the document. Adjustments to the image — including insertion of scales, numbers, and arrows — are easily handled in such applications. See guidelines for preparation of digital photographs (C2 below) for further suggestions.

C. Black and white photographs Mycotaxon prints only black & white photographs, but authors may submit color hard copy photos if necessary. Both black & white and color film-based (non-digital) photographs have a “continuous tone” requiring transformation into a separate halftone image before they can be printed in a magazine or on a computer printer. A halftone image consists of many variously sized and spaced dots, which are easily seen using a hand lens. Black & white halftones consist only of black dots, but all color halftones contain different sized dots of several colors (usually three plus black) spaced to achieve the desired color balance. Authors using digital or computer-generated images must not print such images themselves as “print-ready hard copy” but instead submit high-resolution TIFF computer files with their documents to the Editor. The TIFF files must be formatted in black & white to allow the press to format the photographs properly before printing. When grouping photographs into plates, authors should ensure that the contrast among individual photographs is not too great before converting the plate to a TIFF file. Mycotaxon will accept photographs or plates that are shorter than page height, but the plates generally should span the full-page width of 11 cm.

1. Hard copy photographs When submitting hard copy (or electronic text + illustration hard copy) photographs or plates made by combining photographs, mount each plate onto a separate sheet of heavy white paper or matte board, allowing sufficient margins around the photograph for editorial markings and printer's directions. Write the (senior) author’s name on the reverse of each plate, and place no text except for necessary numbering or lettering, arrows, and other annotations on the halftone plate faces. Print figure legends and other text separately as part of the main text. Sheridan Press will insert the finished photographic halftone plates into the appropriate camera-ready text page(s). Whenever a plate fills an entire page and leaves no room for a caption, place the legend at the bottom of the text page facing the plate, separating the caption from the main text by a thin line. Do not border or edge photographs and plates with a line. 2. Digital files Authors who submit digital photographs may insert all illustrations and figures into the document utilizing options provided by a publishing application such as Pagemaker or QuarkXpress, and a software program such as Adobe Photoshop® will allow preparation of digital photographic TIFF files. (Low-resolution files — such as jpgs or bitmaps —are not suitable for print publication of half-tone photographs.) Configure TIFF image files by selecting a black and white setting and typing in dimensions that match the exact final printed size when printed at 300-600 dpi (dots per inch). Label each TIFF file with the (senior) author's name and plate number (e.g., name_pl#.tif) and mark the location of each on the appropriate blank manuscript areas (e.g., TIFF plate #). When using a publishing application such as Adobe Pagemaker®, you must submit both your TIFF files and the copy-ready document file. Before formatting your document, please check with the Editor-in-Chief to verify that the Mycotaxon press recognizes your publication program.

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IV. OBTAINING PEER REVIEWS AND REVISING REVIEWED MANUSCRIPTS

Mycotaxon is unusual among scientific journals in that it is the responsibility of the authors to obtain peer reviews of their papers before submitting the manuscript. Send a copy of your fully formatted manuscript to two scientists in your field of study but outside your home institution for critical comment. If you are uncertain whom to approach for review of a manuscript, you are encouraged to send a summary or draft to the Editor-in-Chief, who will then suggest several researchers in the appropriate field. It is your responsibility to provide each peer reviewer with the 2001 Reviewer's Guidelines for Mycotaxon Articles (Mycotaxon 78: 539-540) or advise the reviewer that they can be downloaded from the journal's website. It is also your responsibility to provide each reviewer with all figures (photographs, line-drawings, graphs, tables, etc.) and formatted text. You are expected to revise the manuscript in response to reviewer comments before final submission and to address discrepancies in your cover letter should you disagree with a reviewer. Be prepared to revise your pages when reviewer suggestions alter original page endings. Double check that changes have not resulted in any “widows” or “orphans” (single lines at the top or bottom of a page). Peer reviewer comments and cover letters must accompany manuscripts submitted to the Editor-in-Chief, who will acknowledge all peer reviewers in the closing pages of each volume.

V. AVOIDING AUTOMATIC REJECTION OF A MANUSCRIPT

In our ongoing effort to improve the professional appearance of the journal we are enforcing the following criteria that may result in automatic rejection of submitted manuscripts. Automatically rejected papers may be resubmitted after authors reformat the papers to meet these criteria. The points below must be carefully followed to ensure that your paper is not rejected on formatting grounds: A. Employ single-spacing throughout the paper: Camera-ready documents must be single-spaced throughout. Main text formatted with 1 1/2 spaces between lines will be rejected. Text formatted with the line spacing set one point higher than the selected text font is acceptable and will provide sufficient separation between text lines of text (In MSWord®, this paragraph formatting is achieved by selecting the “exactly” option and typing in a font size one point higher than the text font size — e.g., “exactly 11pt” for text formatted in 10pt font.) Single blank lines may be used to separate paragraphs but should not be used to separate entries in the literature-cited section. A typical full text page should contain 40–48 lines; pages with subordinated text sections formatted to 7- or 8-point fonts will contain more. B. Select the proper font faces and sizes: Format titles in sentence case in Helvetica or Arial [optionally Times or Times New Roman (TNR)] 11– or 12–point bold font, placing Latin scientific names in bold italics. Stand-alone section headers should be in Helvetica or Arial (Times/TNR again optional) 10- or 11–point boldface font. Main Text must be in Times/TNR 9- or 10–point fonts. Mycotaxon recommends Times/TNR 7- or 8–point font for subordinated materials (abstract, Latin diagnoses, specimens examined, figure legends, acknowledgments, and literature cited). Use of other fonts and sizes without prior editorial approval is reason for automatic rejection. C. Select the proper font style: Titles no longer are to be formatted in upper case; authors are required to place titles in “sentence case”, in which only first word and proper nouns are capitalized. Use bold for names of all new taxa of all ranks at the point in the text where they are formally described. Latin names of taxa at generic rank and below should otherwise be in italics. Names of taxa above generic rank may be formatted in either italic or normal typeface at the author’s discretion. Occasional use of bold face for subheadings within the text or for names of taxa within keys may be pleasing. You can also occasionally emphasize text using UPPERCASE or LARGE AND SMALL CAPS. (See the sample

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manuscript <www.mycotaxon.com/authors/sampleMS.pdf> (or <www.mycotaxon.com/ authors/sampleMS.rtf>for examples of font styles in technical descriptions and specimens examined.) D. Never use underlining: Although underlining is an easy option when using a computer, never underline when preparing camera-ready manuscripts. Underlining, which makes text difficult to read in single-spaced formatted documents, is never used in printed publications. To achieve emphasis use italic, bold, or (exceptionally) bold italic typeface. Please be aware that some word-processing applications (such as MSWord®) are set to format email addresses or website URLs automatically in hyperlink format, which usually produces the address in underlined, often blue underlined, font. Such formatting is not acceptable for Mycotaxon. To ensure that such hyperlinks do not appear in the final paper, authors should turn off the automatic hyperlink feature before generating their manuscript. (Macintosh users can turn off this feature by (i) selecting “AutoCorrect” on the Tools menu, (ii) clicking on the “AutoFormat As You Type” tab, (iii) under “Replace As You Type”, remove the check from the “Internet paths with Hyperlink” check box by selecting (clicking on) the check box. Consult your computer manuals for guidance on other platforms or in other applications.) E. Headings must not occur alone as the bottom line of a page: Prevent “orphan” headings by arranging them so that there are at least two lines below a heading on the bottom of a page whenever possible. Also do not end any heading with a period. F. Prevent punctuation problems: Commas, periods, and other punctuation should be in the same font style as the words immediately preceding them. Thus commas following italicized words should also be in italics, in bold when the preceding words are in bold, and in bold italic when the immediately preceding words are in bold italic. The ONLY exception is with paired marks (parentheses, square brackets, quotation marks, single quotation marks), where the closing mark takes the same font style as the preceding open mark. With the exception of the sanctioning colon (e.g., Fr. : Fr.), no spaces should come between a punctuation mark and the text preceding it. Likewise, no space should come between an initial paired mark, such as an open parenthesis, and the following text. Only one space should separate sentences following a period in computer formatted manuscripts. G. The micron symbol: µ can be generated in most computer text fonts by using special keystrokes (e.g., “option+m” on a Macintosh or “insert symbol” on a PC). Do not import a micron mark from a font different from the one you are using (such as Greek). PC-users who must select µ from “Symbols” should place the symbol in the same-sized font as the surrounding text. H. Learn the difference between a hyphen, an en-dash and an em-dash. A hyphen will break at a line end and should be used whenever the author needs to hyphenate a word manually to ensure well-populated lines in justified text. An en dash (generated on Macintosh computers with “option+dash”) is a longer hyphen that does not break at a line end and is frequently used for minus signs in mathematical notation or for “to” in such constructions as “8–10”. (In the latter case, an en dash prevents the “8-” from occurring on one line and the “10” on the next.) No spaces should come between an en dash and the elements it connects. An em dash (“shift+option+dash” on Macintosh computers) is the longest and — generally — is reserved to set aside parenthetical observations. The three look like this: hyphen: -, en-dash: –, and em-dash: —. On a PC the keystrokes are different, but the concept is the same. I. Do not print headers or page numbers on the camera-ready copy. You may wish to use author names, page number headers, and line numbers during the pre-submission peer review process. Remember to remove all headers, footers and line numbers before submitting final computer-formatted copy. On submitted hard copy, add the senior author’s name and page numbers using a soft pencil on the back (top left) of each page.

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J. Make a final check for spelling and grammatical errors. It is the responsibility of the author to proofread the manuscript for spelling, typographic, and grammatical errors. Ask someone fluent in English (or French) to proofread the paper if you are not. Special attention should be given to Latin diagnoses: authors are encouraged to keep these short by citing only key characters separating a proposed taxon from similar taxa, and shorter diagnoses are likely to contain fewer errors than more elaborate and complicated descriptions. Two common spelling errors are (i) mistakes in the author’s own name and address and (ii) spelling names of taxa one way in the text and another way in an illustration caption. K. Print camera-ready manuscript. Hard-copy submissions should be centered within an invisible 11 x 17.5 cm “frame” on US standard letter (8.5” x 11”) or A4 paper. Document settings usually can be customized in computer-generated files within the application. In the MSWord® print set-up menu, for example, authors would enter “15.2 cm x 22.8 cm” (6 in. x 9 in.) into the “custom” size box and then set margins at 4.0 cm (top, title page), 2.3 cm (top, all other pages), 2.1 cm (side), and 3.0 cm (bottom).

VI. SUBMISSION PROCESS (Post peer-review)

A. Send pre-submission materials to the Editor-in-Chief: Pre-approval of title, abstracts, and keywords by the Mycotaxon Editor-in-Chief is required and of an entire computerized manuscript strongly encouraged. Before submitting a final manuscript, E-mail the above three required features as a formatted attachment to <[email protected]>, and include “For Mycotaxon pre-approval” in the subject header. This will help diagnose problems in the text that historically have most often resulted in automatic rejection. B. Double-check grammar, spelling, and overall formatting We strongly suggest that you use your word-processing program's grammar and spelling checker if it has one. C. Submit manuscripts and supporting documents After pre-approval of the title, abstracts, and keywords by the Editor-in-Chief, the author may formally submit the manuscript and supporting documents.

The manuscript consists of (i) computer-generated camera-ready files on CDs (formatted for both Macintosh and

PC), zip disks (Macintosh formatted), or PC formatted floppies; (ii) original camera-ready hard copy with illustrations, printed only on one side of the

paper and with author’s name and page numbers on the back top left of each text page and with name and plate number on the back of each illustration; and

(iii) a photocopy of the camera-ready text hard copy for the Index Editor (no illustrations needed)

The manuscript must be accompanied by the following supporting documents: (iv) a cover letter with the following information:

a. title of the article, b. number of pages, c. the senior and/or corresponding author's mailing address d. e-mail addresses and/or fax numbers for all authors e. placement of accents or diacritical marks associated with names of the

authors f. names, institutional affiliations, and E-mail addresses of the peer reviewers, g. an explanation of why any reviewer comments were not accepted, h. a statement indicating a willingness to pay the excess page or plate charges

(to be paid after acceptance but prior to publication), (v) complete copies of peer review comments (vi) all peer reviewer Check Lists < www.mycotaxon.com/authors/reviewers.html>

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(vii) (optional) a self-addressed envelope, stamped or, for foreign authors, with sufficient International Reply Coupons, to cover the cost of returning the plate(s).

D. Retain back-up copies. Keeping a dated, print-ready computer file and/or photocopies of all materials you send to the Editor will minimize resubmission time should the manuscript go astray during the submission process. Also, remember that authors are asked to submit two hard copies of the final manuscript to the Editor. For those submitting only hard copy, one copy must be the original camera-ready copy on which the Editor will insert the Mycotaxon header and page numbers. The second, to be used by the Index Editor, may be a simple photocopy. Consult the Author’s Checklist below as a final check of the readiness of the manuscript. And finally, pack the manuscript securely for the mails.

English Language Manuscripts and accompanying documents should be sent to: Dr Lorelei L Norvell Mycotaxon Editor-in-Chief Pacific Northwest Mycology Service 6720 NW Skyline Boulevard Portland, OR 97229-1309 USA

French Language Manuscripts and accompanying documents should be sent to: Prof Grégoire L Hennebert Mycotaxon French Language Editor 32 Rue de l'Élevage B-1340 Ottignes-LLN, BELGIUM

We look forward to processing your manuscript promptly. You will normally receive an email from the Editor-in-Chief within 2 weeks after receipt of the manuscript. That letter will provide the permanent Mycotaxon accession number for your manuscript and inform you whether your manuscript is provisionally accepted or has been rejected on technical grounds (and why). The Editor-in-Chief reserves the right to reject papers of questionable taxonomic merit or those that otherwise do not meet the Mycotaxon requirements with respect to subject matter or presentation. The Editor-in-Chief will send you formal acceptance and final journal pagination (or provide reasons for rejecting re-submitted manuscripts) at a later date.

VII. OBTAINING REPRINTS AND/OR PDF FILES OF THE PUBLISHED PAPER

Mycotaxon no longer provides free offprints but does send one copy of the printed paper to the corresponding author immediately after publication to use in xerographic production of reprints. You may purchase reprints and/or PDF files as soon as your article is accepted. Our posted price list <www.mycotaxon.com/authors/reprints.html> shows costs for 100 (or more) reprints as well as for PDF files for printing copies using a computer printer or for placing on the author’s own website for downloading by others. Alternatively, a local printer can make high quality reprints from the printed copy sent to the corresponding author. Mycotaxon also no longer returns original text or provides photo offset negatives used in printing. We will, however, return original photographs and line drawings to authors who include in their submission packet a self-addressed envelope, stamped or (for foreign authors), with sufficient International Reply Coupons to cover the cost of returning the plate(s).

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VIII. FINAL AUTHOR CHECKLIST

Remember that the author is both designer and printer of the paper and that the Editor cannot change submitted text.

• PAGE FORMAT (very important) ⎯ Fonts, font size, and font styles all conform to Mycotaxon standards as set forth

in the author guidelines under Preparing the First Draft. ⎯ All text is at 100% (full-scale) for a page size of 11 x 17.5 cm with margins set

at 4.0 cm (top, title page), 2.3 cm (top, all other pages), 2.1 cm (side), and 3.0 cm (bottom).

⎯ NO headers or page numbers appear in computer-submitted print-ready files or printed on camera-ready manuscript pages. (All such notations should be kept far away from the text and added to the backs of printed hard-copy pages using a soft pencil.)

• TITLE ⎯ is printed in Helvetica or Arial 12–point font in Bold sentence-case with Latin

names in bold italics; ⎯ is centered on the page and starts at the prescribed distance 4.0 cm from the top

of page 1.

• SINGLE-SPACING ⎯ is used throughout text of article. At most, a single blank line may be inserted

between sections or paragraphs. (Use hanging indents, not blank lines, to separate references in the literature cited section.)

• AUTHOR CITATIONS ⎯ have been checked against a standard citation index

• LITERATURE CITED ⎯ has been checked again to ensure all citations are consistent and follow the same

style.

• ALL ILLUSTRATIONS ⎯ are scaled to fit the final page or you have received editorial permission to send

unreduced plates to the Editorial office.

• PHOTOGRAPHS OR COMPOSITE PHOTOGRAPHIC PLATES ⎯ fill the entire width of the page (except where text or legend takes part of the

width), ⎯ are mounted separately from the text on heavy paper or board in hard-copy

submissions with ample margins for editor’s and printer’s marks, ⎯ captions are printed within the text, not on the photographic plate, and ⎯ when in digital form are submitted according to our instructions.

• FORMAT ⎯ was checked again (to assure yourself that your paper will not be rejected on

formatting grounds).

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• DATED HARD COPY AND COMPUTER FILES OF THE FINAL MANUSCRIPT ⎯ were saved for yourself.

• SECURELY PACKED SUBMISSION PACKAGE includes ⎯ cover letter, ⎯ electronic copy of final manuscript on CD or zip-disk, ⎯ camera-ready copy, ⎯ hard-copy of final, camera-ready manuscript for Index Editor, ⎯ reviewer cover letters (from at least two peer reviewers) with comments and

checklist, and ⎯ is being mailed to the appropriate language editor.

STILL HAVE QUESTIONS?

Contact the Editor-in-Chief: Lorelei L Norvell Pacific Northwest Mycology Service 6720 NW Skyline Boulevard Portland, OR 97229-1309 USA E-mail: [email protected] Fax: +503.297.3296

NOTE: Please remember to use “Mycotaxon” AND manuscript/checklist or some other unique identifier in the subject line of an E-mail to differentiate your message from “spam”.

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R check FAQ on our website at < www.mycotaxon.com>