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FUV – limites Teorema do Confronto, Limites Laterais, Limites Infinitos Rodrigo Hausen v. 2015-2-9 1/18

FUV limites - Teorema do Confronto, Limites Laterais ...compscinet.org/hausen/courses/fuv/aulas/aula03/aula03.pdf · Definiçãodelimite Dadosumafunçãorealf ∶R → R enúmerosreaisa

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FUV – limitesTeorema do Confronto, Limites Laterais, Limites Infinitos

Rodrigo Hausen

v. 2015-2-9 1/18

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Definição de limite

Dados uma função real f ∶ R→ R e números reais a e L, dizemosque

limx→a

f (x) = L,

se para todo número real ε > 0, existe algum número real δ > 0 talque a implicação abaixo é válida

0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ ∣f (x) − L∣ < ε

v. 2015-2-9 2/18

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Regras algébricas dos limites

Teorema. Sejam f ,g funções tais que limx→a

f (x) = L elimx→a

f (x) = M. Então:

● limx→a

(f (x) + g(x)) = L +M

● limx→a

(f (x) ⋅ g(x)) = L ⋅M

● Se M ≠ 0, limx→a

f (x)g(x)

=LM

● limx→a

(f (x))n= Ln

● Se n é ímpar, limx→a

n√

f (x) = n√L

● Se n é par e M ≥ 0, limx→a

n√

f (x) = n√L

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Teorema do Confronto

Demonstre que limx→0

x2sen(1x) = 0.

Tentando pela regra do produto: limx→0

x2= 0, mas lim

x→0sen(

1x) = ???

Vamos fazer um gráfico para tentar estimar limx→0

x2sen (1/x). Vejaque o gráfico de x2sen (1/x) está “ensanduichado” entre osgráficos de x2 e de −x2, e que lim

x→0x2

= limx→0

−x2= 0. Será que disto

podemos concluir que limx→0

x2sen(1x) = 0? Felizmente, temos um

teorema para isto!

Teorema do confronto. (ou do sanduíche) Sejam f ,g ,h funçõestais que ambas as propriedades abaixo são válidas:

para todox ∈ I ∖ {a} onde I é um intervalo aberto que contém a:

(1) f (x) ≤ g(x) ≤ h(x) e (2) limx→a

f (x) = limx→a

h(x) = L

ENTÃO, limx→a

g(x) = L.

v. 2015-2-9 4/18

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Teorema do Confronto

Demonstre que limx→0

x2sen(1x) = 0.

Tentando pela regra do produto: limx→0

x2= 0,

mas limx→0

sen(1x) = ???

Vamos fazer um gráfico para tentar estimar limx→0

x2sen (1/x). Vejaque o gráfico de x2sen (1/x) está “ensanduichado” entre osgráficos de x2 e de −x2, e que lim

x→0x2

= limx→0

−x2= 0. Será que disto

podemos concluir que limx→0

x2sen(1x) = 0? Felizmente, temos um

teorema para isto!

Teorema do confronto. (ou do sanduíche) Sejam f ,g ,h funçõestais que ambas as propriedades abaixo são válidas:

para todox ∈ I ∖ {a} onde I é um intervalo aberto que contém a:

(1) f (x) ≤ g(x) ≤ h(x) e (2) limx→a

f (x) = limx→a

h(x) = L

ENTÃO, limx→a

g(x) = L.

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Teorema do Confronto

Demonstre que limx→0

x2sen(1x) = 0.

Tentando pela regra do produto: limx→0

x2= 0, mas lim

x→0sen(

1x) = ???

Vamos fazer um gráfico para tentar estimar limx→0

x2sen (1/x). Vejaque o gráfico de x2sen (1/x) está “ensanduichado” entre osgráficos de x2 e de −x2, e que lim

x→0x2

= limx→0

−x2= 0. Será que disto

podemos concluir que limx→0

x2sen(1x) = 0? Felizmente, temos um

teorema para isto!

Teorema do confronto. (ou do sanduíche) Sejam f ,g ,h funçõestais que ambas as propriedades abaixo são válidas:

para todox ∈ I ∖ {a} onde I é um intervalo aberto que contém a:

(1) f (x) ≤ g(x) ≤ h(x) e (2) limx→a

f (x) = limx→a

h(x) = L

ENTÃO, limx→a

g(x) = L.

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Teorema do Confronto

Demonstre que limx→0

x2sen(1x) = 0.

Tentando pela regra do produto: limx→0

x2= 0, mas lim

x→0sen(

1x) = ???

Vamos fazer um gráfico para tentar estimar limx→0

x2sen (1/x).

Vejaque o gráfico de x2sen (1/x) está “ensanduichado” entre osgráficos de x2 e de −x2, e que lim

x→0x2

= limx→0

−x2= 0. Será que disto

podemos concluir que limx→0

x2sen(1x) = 0? Felizmente, temos um

teorema para isto!

Teorema do confronto. (ou do sanduíche) Sejam f ,g ,h funçõestais que ambas as propriedades abaixo são válidas:

para todox ∈ I ∖ {a} onde I é um intervalo aberto que contém a:

(1) f (x) ≤ g(x) ≤ h(x) e (2) limx→a

f (x) = limx→a

h(x) = L

ENTÃO, limx→a

g(x) = L.

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Teorema do Confronto

Demonstre que limx→0

x2sen(1x) = 0.

Tentando pela regra do produto: limx→0

x2= 0, mas lim

x→0sen(

1x) = ???

Vamos fazer um gráfico para tentar estimar limx→0

x2sen (1/x). Vejaque o gráfico de x2sen (1/x) está “ensanduichado” entre osgráficos de x2 e de −x2,

e que limx→0

x2= lim

x→0−x2

= 0. Será que disto

podemos concluir que limx→0

x2sen(1x) = 0? Felizmente, temos um

teorema para isto!

Teorema do confronto. (ou do sanduíche) Sejam f ,g ,h funçõestais que ambas as propriedades abaixo são válidas:

para todox ∈ I ∖ {a} onde I é um intervalo aberto que contém a:

(1) f (x) ≤ g(x) ≤ h(x) e (2) limx→a

f (x) = limx→a

h(x) = L

ENTÃO, limx→a

g(x) = L.

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Teorema do Confronto

Demonstre que limx→0

x2sen(1x) = 0.

Tentando pela regra do produto: limx→0

x2= 0, mas lim

x→0sen(

1x) = ???

Vamos fazer um gráfico para tentar estimar limx→0

x2sen (1/x). Vejaque o gráfico de x2sen (1/x) está “ensanduichado” entre osgráficos de x2 e de −x2, e que lim

x→0x2

= limx→0

−x2= 0.

Será que disto

podemos concluir que limx→0

x2sen(1x) = 0? Felizmente, temos um

teorema para isto!

Teorema do confronto. (ou do sanduíche) Sejam f ,g ,h funçõestais que ambas as propriedades abaixo são válidas:

para todox ∈ I ∖ {a} onde I é um intervalo aberto que contém a:

(1) f (x) ≤ g(x) ≤ h(x) e (2) limx→a

f (x) = limx→a

h(x) = L

ENTÃO, limx→a

g(x) = L.

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Teorema do Confronto

Demonstre que limx→0

x2sen(1x) = 0.

Tentando pela regra do produto: limx→0

x2= 0, mas lim

x→0sen(

1x) = ???

Vamos fazer um gráfico para tentar estimar limx→0

x2sen (1/x). Vejaque o gráfico de x2sen (1/x) está “ensanduichado” entre osgráficos de x2 e de −x2, e que lim

x→0x2

= limx→0

−x2= 0. Será que disto

podemos concluir que limx→0

x2sen(1x) = 0?

Felizmente, temos umteorema para isto!

Teorema do confronto. (ou do sanduíche) Sejam f ,g ,h funçõestais que ambas as propriedades abaixo são válidas:

para todox ∈ I ∖ {a} onde I é um intervalo aberto que contém a:

(1) f (x) ≤ g(x) ≤ h(x) e (2) limx→a

f (x) = limx→a

h(x) = L

ENTÃO, limx→a

g(x) = L.

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Teorema do Confronto

Demonstre que limx→0

x2sen(1x) = 0.

Tentando pela regra do produto: limx→0

x2= 0, mas lim

x→0sen(

1x) = ???

Vamos fazer um gráfico para tentar estimar limx→0

x2sen (1/x). Vejaque o gráfico de x2sen (1/x) está “ensanduichado” entre osgráficos de x2 e de −x2, e que lim

x→0x2

= limx→0

−x2= 0. Será que disto

podemos concluir que limx→0

x2sen(1x) = 0? Felizmente, temos um

teorema para isto!

Teorema do confronto. (ou do sanduíche) Sejam f ,g ,h funçõestais que ambas as propriedades abaixo são válidas:

para todox ∈ I ∖ {a} onde I é um intervalo aberto que contém a:

(1) f (x) ≤ g(x) ≤ h(x) e (2) limx→a

f (x) = limx→a

h(x) = L

ENTÃO, limx→a

g(x) = L.

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Teorema do Confronto

Demonstre que limx→0

x2sen(1x) = 0.

Tentando pela regra do produto: limx→0

x2= 0, mas lim

x→0sen(

1x) = ???

Vamos fazer um gráfico para tentar estimar limx→0

x2sen (1/x). Vejaque o gráfico de x2sen (1/x) está “ensanduichado” entre osgráficos de x2 e de −x2, e que lim

x→0x2

= limx→0

−x2= 0. Será que disto

podemos concluir que limx→0

x2sen(1x) = 0? Felizmente, temos um

teorema para isto!

Teorema do confronto. (ou do sanduíche) Sejam f ,g ,h funçõestais que ambas as propriedades abaixo são válidas:

para todox ∈ I ∖ {a} onde I é um intervalo aberto que contém a:

(1) f (x) ≤ g(x) ≤ h(x) e (2) limx→a

f (x) = limx→a

h(x) = L

ENTÃO, limx→a

g(x) = L.v. 2015-2-9 4/18

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Teorema do Confronto

Demonstre que limx→0

x2sen(1x) = 0.

Tentando pela regra do produto: limx→0

x2= 0, mas lim

x→0sen(

1x) = ???

Vamos fazer um gráfico para tentar estimar limx→0

x2sen (1/x). Vejaque o gráfico de x2sen (1/x) está “ensanduichado” entre osgráficos de x2 e de −x2, e que lim

x→0x2

= limx→0

−x2= 0. Será que disto

podemos concluir que limx→0

x2sen(1x) = 0? Felizmente, temos um

teorema para isto!

Teorema do confronto. (ou do sanduíche) Sejam f ,g ,h funçõestais que ambas as propriedades abaixo são válidas para todox ∈ I ∖ {a} onde I é um intervalo aberto que contém a:(1) f (x) ≤ g(x) ≤ h(x) e (2) lim

x→af (x) = lim

x→ah(x) = L

ENTÃO, limx→a

g(x) = L.v. 2015-2-9 4/18

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Teorema do Confronto: limite fundamentalTeorema. lim

x→0sen (x) = 0

Demonstração. Veja que, para −π/2 < x < π/2, é verdade que−∣x ∣ < sen (x) < ∣x ∣ (argumento geométrico na lousa). Comolimx→0

∣x ∣ = 0 e limx→0

−∣x ∣ = 0, então limx→0

sen (x) = 0. ∎

Para casa:1) use o Teorema do Confronto para demonstrar quelimx→0

cos (x) = 1

2) usando a definição de limite, demonstre que se limx→0

f (x + a) = Lentão lim

x→af (x) = L.

3) demonstre que limx→a

sen (x) = sen (a), e limx→a

cos (x) = cos (a).Dica para problema 3: use o limite fundamentalrecém-demonstrado, identidades trigonométricas e as propriedadesdemonstradas em (1) e (2).

v. 2015-2-9 5/18

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Teorema do Confronto: limite fundamentalTeorema. lim

x→0sen (x) = 0

Demonstração. Veja que, para −π/2 < x < π/2, é verdade que−∣x ∣ < sen (x) < ∣x ∣ (argumento geométrico na lousa).

Comolimx→0

∣x ∣ = 0 e limx→0

−∣x ∣ = 0, então limx→0

sen (x) = 0. ∎

Para casa:1) use o Teorema do Confronto para demonstrar quelimx→0

cos (x) = 1

2) usando a definição de limite, demonstre que se limx→0

f (x + a) = Lentão lim

x→af (x) = L.

3) demonstre que limx→a

sen (x) = sen (a), e limx→a

cos (x) = cos (a).Dica para problema 3: use o limite fundamentalrecém-demonstrado, identidades trigonométricas e as propriedadesdemonstradas em (1) e (2).

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Teorema do Confronto: limite fundamentalTeorema. lim

x→0sen (x) = 0

Demonstração. Veja que, para −π/2 < x < π/2, é verdade que−∣x ∣ < sen (x) < ∣x ∣ (argumento geométrico na lousa). Comolimx→0

∣x ∣ = 0 e limx→0

−∣x ∣ = 0, então limx→0

sen (x) = 0. ∎

Para casa:1) use o Teorema do Confronto para demonstrar quelimx→0

cos (x) = 1

2) usando a definição de limite, demonstre que se limx→0

f (x + a) = Lentão lim

x→af (x) = L.

3) demonstre que limx→a

sen (x) = sen (a), e limx→a

cos (x) = cos (a).Dica para problema 3: use o limite fundamentalrecém-demonstrado, identidades trigonométricas e as propriedadesdemonstradas em (1) e (2).

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Teorema do Confronto: limite fundamentalTeorema. lim

x→0sen (x) = 0

Demonstração. Veja que, para −π/2 < x < π/2, é verdade que−∣x ∣ < sen (x) < ∣x ∣ (argumento geométrico na lousa). Comolimx→0

∣x ∣ = 0 e limx→0

−∣x ∣ = 0, então limx→0

sen (x) = 0. ∎

Para casa:1) use o Teorema do Confronto para demonstrar quelimx→0

cos (x) = 1

2) usando a definição de limite, demonstre que se limx→0

f (x + a) = Lentão lim

x→af (x) = L.

3) demonstre que limx→a

sen (x) = sen (a), e limx→a

cos (x) = cos (a).Dica para problema 3: use o limite fundamentalrecém-demonstrado, identidades trigonométricas e as propriedadesdemonstradas em (1) e (2).

v. 2015-2-9 5/18

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Teorema do Confronto: limite fundamental

Teorema. limx→0

sen (x)x

= 1

Demonstração. Por comparação de áreas no círculotrigonométrico, veja que cos (x) < sen (x)

x< 1 (na lousa). Note

que limx→0

cos (x) = 1 e que limx→0

1 = 1, logo pelo Teorema do

Confronto temos que limx→0

sen (x)x

= 1. ∎

Agora, podemos adotar limx→0

sen (x)x

= 1 como um limitefundamental.

v. 2015-2-9 6/18

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Teorema do Confronto: limite fundamental

Teorema. limx→0

sen (x)x

= 1

Demonstração. Por comparação de áreas no círculotrigonométrico, veja que cos (x) < sen (x)

x< 1 (na lousa).

Noteque lim

x→0cos (x) = 1 e que lim

x→01 = 1, logo pelo Teorema do

Confronto temos que limx→0

sen (x)x

= 1. ∎

Agora, podemos adotar limx→0

sen (x)x

= 1 como um limitefundamental.

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Teorema do Confronto: limite fundamental

Teorema. limx→0

sen (x)x

= 1

Demonstração. Por comparação de áreas no círculotrigonométrico, veja que cos (x) < sen (x)

x< 1 (na lousa). Note

que limx→0

cos (x) = 1 e que limx→0

1 = 1, logo pelo Teorema do

Confronto temos que limx→0

sen (x)x

= 1. ∎

Agora, podemos adotar limx→0

sen (x)x

= 1 como um limitefundamental.

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Teorema do Confronto: limite fundamental

Teorema. limx→0

sen (x)x

= 1

Demonstração. Por comparação de áreas no círculotrigonométrico, veja que cos (x) < sen (x)

x< 1 (na lousa). Note

que limx→0

cos (x) = 1 e que limx→0

1 = 1, logo pelo Teorema do

Confronto temos que limx→0

sen (x)x

= 1. ∎

Agora, podemos adotar limx→0

sen (x)x

= 1 como um limitefundamental.

v. 2015-2-9 6/18

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Limites laterais

Já vimos, por exemplo, que limx→1

⌊x⌋ nãoexiste, pois a função piso não se aproximade um valor único à medida que x tendea um número inteiro.

-3

-2

-1

0

1

2

3

-3 -2 -1 0 1 2 3

Porém, note que se x tende a 1 pela esquerda (ou seja, parax < 1), o valor de ⌊x⌋ tende a 0.Por outro lado, se tende a 1 peladireita, o valor de ⌊x⌋ tende a 1.

● valor de f (x) para x tendendo a a pela esquerda: limx→a−

f (x)

● valor de f (x) para x tendendo a a pela direita: limx→a+

f (x)

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Limites laterais

Já vimos, por exemplo, que limx→1

⌊x⌋ nãoexiste, pois a função piso não se aproximade um valor único à medida que x tendea um número inteiro.

-3

-2

-1

0

1

2

3

-3 -2 -1 0 1 2 3

Porém, note que se x tende a 1 pela esquerda (ou seja, parax < 1), o valor de ⌊x⌋ tende a 0.

Por outro lado, se tende a 1 peladireita, o valor de ⌊x⌋ tende a 1.

● valor de f (x) para x tendendo a a pela esquerda: limx→a−

f (x)

● valor de f (x) para x tendendo a a pela direita: limx→a+

f (x)

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Limites laterais

Já vimos, por exemplo, que limx→1

⌊x⌋ nãoexiste, pois a função piso não se aproximade um valor único à medida que x tendea um número inteiro.

-3

-2

-1

0

1

2

3

-3 -2 -1 0 1 2 3

Porém, note que se x tende a 1 pela esquerda (ou seja, parax < 1), o valor de ⌊x⌋ tende a 0.Por outro lado, se tende a 1 peladireita, o valor de ⌊x⌋ tende a 1.

● valor de f (x) para x tendendo a a pela esquerda: limx→a−

f (x)

● valor de f (x) para x tendendo a a pela direita: limx→a+

f (x)

v. 2015-2-9 7/18

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Limites laterais

Já vimos, por exemplo, que limx→1

⌊x⌋ nãoexiste, pois a função piso não se aproximade um valor único à medida que x tendea um número inteiro.

-3

-2

-1

0

1

2

3

-3 -2 -1 0 1 2 3

Porém, note que se x tende a 1 pela esquerda (ou seja, parax < 1), o valor de ⌊x⌋ tende a 0.Por outro lado, se tende a 1 peladireita, o valor de ⌊x⌋ tende a 1.

● valor de f (x) para x tendendo a a pela esquerda: limx→a−

f (x)

● valor de f (x) para x tendendo a a pela direita: limx→a+

f (x)

v. 2015-2-9 7/18

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Limites laterais

Já vimos, por exemplo, que limx→1

⌊x⌋ nãoexiste, pois a função piso não se aproximade um valor único à medida que x tendea um número inteiro.

-3

-2

-1

0

1

2

3

-3 -2 -1 0 1 2 3

Porém, note que se x tende a 1 pela esquerda (ou seja, parax < 1), o valor de ⌊x⌋ tende a 0.Por outro lado, se tende a 1 peladireita, o valor de ⌊x⌋ tende a 1.

● valor de f (x) para x tendendo a a pela esquerda: limx→a−

f (x)

● valor de f (x) para x tendendo a a pela direita: limx→a+

f (x)

v. 2015-2-9 7/18

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Limites laterais: definição

Dados f função real e a,L números reais. . .

Limite pela esquerda: . . . dizemos que limx→a−

f (x) = L se, paratodo ε > 0, existe δ > 0 tal que 0 < a − x < δ ⇒ ∣f (x) − L∣ < ε

(note, pelo antecedente da implicação, que x < a)

Limite pela direita: . . . dizemos que limx→a+

f (x) = L se, para todoε > 0, existe δ > 0 tal que 0 < x − a < δ ⇒ ∣f (x) − L∣ < ε

(note, pelo antecedente da implicação, que x > a)

Para os limites laterais também valem as regras algébricas e oTeorema do Confronto.

v. 2015-2-9 8/18

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Limites laterais: definição

Dados f função real e a,L números reais. . .

Limite pela esquerda: . . . dizemos que limx→a−

f (x) = L se, paratodo ε > 0, existe δ > 0 tal que 0 < a − x < δ ⇒ ∣f (x) − L∣ < ε

(note, pelo antecedente da implicação, que x < a)

Limite pela direita: . . . dizemos que limx→a+

f (x) = L se, para todoε > 0, existe δ > 0 tal que 0 < x − a < δ ⇒ ∣f (x) − L∣ < ε

(note, pelo antecedente da implicação, que x > a)

Para os limites laterais também valem as regras algébricas e oTeorema do Confronto.

v. 2015-2-9 8/18

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Limites laterais: definição

Dados f função real e a,L números reais. . .

Limite pela esquerda: . . . dizemos que limx→a−

f (x) = L se, paratodo ε > 0, existe δ > 0 tal que 0 < a − x < δ ⇒ ∣f (x) − L∣ < ε

(note, pelo antecedente da implicação, que x < a)

Limite pela direita: . . . dizemos que limx→a+

f (x) = L se, para todoε > 0, existe δ > 0 tal que 0 < x − a < δ ⇒ ∣f (x) − L∣ < ε

(note, pelo antecedente da implicação, que x > a)

Para os limites laterais também valem as regras algébricas e oTeorema do Confronto.

v. 2015-2-9 8/18

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Limites laterais: exemplo

Exemplo. Determine limx→0+

x∣x ∣

e limx→0−

x∣x ∣

.

Solução. Note que, para x > 0 temos que ∣x ∣ = x , logolim

x→0+x∣x ∣

= limx→0+

xx= lim

x→0+1 = 1.

Para x < 0 temos que ∣x ∣ = −x , logolim

x→0−x∣x ∣

= limx→0−

x−x

= limx→0−

−1 = − 1. ∎

Veja que limx→0

x∣x ∣

não existe! Aliás, podemos mostrar que. . .

Teorema. Se limx→a

f (x) existe, então limx→a+

f (x) = limx→a−

f (x).

Contrapositiva: se limx→a+

f (x) ≠ limx→a−

f (x), então limx→a

f (x) não existe.

v. 2015-2-9 9/18

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Limites laterais: exemplo

Exemplo. Determine limx→0+

x∣x ∣

e limx→0−

x∣x ∣

.

Solução. Note que, para x > 0 temos que ∣x ∣ = x , logolim

x→0+x∣x ∣

=

limx→0+

xx= lim

x→0+1 = 1.

Para x < 0 temos que ∣x ∣ = −x , logolim

x→0−x∣x ∣

= limx→0−

x−x

= limx→0−

−1 = − 1. ∎

Veja que limx→0

x∣x ∣

não existe! Aliás, podemos mostrar que. . .

Teorema. Se limx→a

f (x) existe, então limx→a+

f (x) = limx→a−

f (x).

Contrapositiva: se limx→a+

f (x) ≠ limx→a−

f (x), então limx→a

f (x) não existe.

v. 2015-2-9 9/18

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Limites laterais: exemplo

Exemplo. Determine limx→0+

x∣x ∣

e limx→0−

x∣x ∣

.

Solução. Note que, para x > 0 temos que ∣x ∣ = x , logolim

x→0+x∣x ∣

= limx→0+

xx=

limx→0+

1 = 1.

Para x < 0 temos que ∣x ∣ = −x , logolim

x→0−x∣x ∣

= limx→0−

x−x

= limx→0−

−1 = − 1. ∎

Veja que limx→0

x∣x ∣

não existe! Aliás, podemos mostrar que. . .

Teorema. Se limx→a

f (x) existe, então limx→a+

f (x) = limx→a−

f (x).

Contrapositiva: se limx→a+

f (x) ≠ limx→a−

f (x), então limx→a

f (x) não existe.

v. 2015-2-9 9/18

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Limites laterais: exemplo

Exemplo. Determine limx→0+

x∣x ∣

e limx→0−

x∣x ∣

.

Solução. Note que, para x > 0 temos que ∣x ∣ = x , logolim

x→0+x∣x ∣

= limx→0+

xx= lim

x→0+1 =

1.

Para x < 0 temos que ∣x ∣ = −x , logolim

x→0−x∣x ∣

= limx→0−

x−x

= limx→0−

−1 = − 1. ∎

Veja que limx→0

x∣x ∣

não existe! Aliás, podemos mostrar que. . .

Teorema. Se limx→a

f (x) existe, então limx→a+

f (x) = limx→a−

f (x).

Contrapositiva: se limx→a+

f (x) ≠ limx→a−

f (x), então limx→a

f (x) não existe.

v. 2015-2-9 9/18

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Limites laterais: exemplo

Exemplo. Determine limx→0+

x∣x ∣

e limx→0−

x∣x ∣

.

Solução. Note que, para x > 0 temos que ∣x ∣ = x , logolim

x→0+x∣x ∣

= limx→0+

xx= lim

x→0+1 = 1.

Para x < 0 temos que ∣x ∣ = −x , logolim

x→0−x∣x ∣

= limx→0−

x−x

= limx→0−

−1 = − 1. ∎

Veja que limx→0

x∣x ∣

não existe! Aliás, podemos mostrar que. . .

Teorema. Se limx→a

f (x) existe, então limx→a+

f (x) = limx→a−

f (x).

Contrapositiva: se limx→a+

f (x) ≠ limx→a−

f (x), então limx→a

f (x) não existe.

v. 2015-2-9 9/18

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Limites laterais: exemplo

Exemplo. Determine limx→0+

x∣x ∣

e limx→0−

x∣x ∣

.

Solução. Note que, para x > 0 temos que ∣x ∣ = x , logolim

x→0+x∣x ∣

= limx→0+

xx= lim

x→0+1 = 1.

Para x < 0 temos que ∣x ∣ = −x , logolim

x→0−x∣x ∣

=

limx→0−

x−x

= limx→0−

−1 = − 1. ∎

Veja que limx→0

x∣x ∣

não existe! Aliás, podemos mostrar que. . .

Teorema. Se limx→a

f (x) existe, então limx→a+

f (x) = limx→a−

f (x).

Contrapositiva: se limx→a+

f (x) ≠ limx→a−

f (x), então limx→a

f (x) não existe.

v. 2015-2-9 9/18

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Limites laterais: exemplo

Exemplo. Determine limx→0+

x∣x ∣

e limx→0−

x∣x ∣

.

Solução. Note que, para x > 0 temos que ∣x ∣ = x , logolim

x→0+x∣x ∣

= limx→0+

xx= lim

x→0+1 = 1.

Para x < 0 temos que ∣x ∣ = −x , logolim

x→0−x∣x ∣

= limx→0−

x−x

=

limx→0−

−1 = − 1. ∎

Veja que limx→0

x∣x ∣

não existe! Aliás, podemos mostrar que. . .

Teorema. Se limx→a

f (x) existe, então limx→a+

f (x) = limx→a−

f (x).

Contrapositiva: se limx→a+

f (x) ≠ limx→a−

f (x), então limx→a

f (x) não existe.

v. 2015-2-9 9/18

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Limites laterais: exemplo

Exemplo. Determine limx→0+

x∣x ∣

e limx→0−

x∣x ∣

.

Solução. Note que, para x > 0 temos que ∣x ∣ = x , logolim

x→0+x∣x ∣

= limx→0+

xx= lim

x→0+1 = 1.

Para x < 0 temos que ∣x ∣ = −x , logolim

x→0−x∣x ∣

= limx→0−

x−x

= limx→0−

−1 =

− 1. ∎

Veja que limx→0

x∣x ∣

não existe! Aliás, podemos mostrar que. . .

Teorema. Se limx→a

f (x) existe, então limx→a+

f (x) = limx→a−

f (x).

Contrapositiva: se limx→a+

f (x) ≠ limx→a−

f (x), então limx→a

f (x) não existe.

v. 2015-2-9 9/18

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Limites laterais: exemplo

Exemplo. Determine limx→0+

x∣x ∣

e limx→0−

x∣x ∣

.

Solução. Note que, para x > 0 temos que ∣x ∣ = x , logolim

x→0+x∣x ∣

= limx→0+

xx= lim

x→0+1 = 1.

Para x < 0 temos que ∣x ∣ = −x , logolim

x→0−x∣x ∣

= limx→0−

x−x

= limx→0−

−1 = − 1. ∎

Veja que limx→0

x∣x ∣

não existe! Aliás, podemos mostrar que. . .

Teorema. Se limx→a

f (x) existe, então limx→a+

f (x) = limx→a−

f (x).

Contrapositiva: se limx→a+

f (x) ≠ limx→a−

f (x), então limx→a

f (x) não existe.

v. 2015-2-9 9/18

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Limites laterais: exemplo

Exemplo. Determine limx→0+

x∣x ∣

e limx→0−

x∣x ∣

.

Solução. Note que, para x > 0 temos que ∣x ∣ = x , logolim

x→0+x∣x ∣

= limx→0+

xx= lim

x→0+1 = 1.

Para x < 0 temos que ∣x ∣ = −x , logolim

x→0−x∣x ∣

= limx→0−

x−x

= limx→0−

−1 = − 1. ∎

Veja que limx→0

x∣x ∣

não existe!

Aliás, podemos mostrar que. . .

Teorema. Se limx→a

f (x) existe, então limx→a+

f (x) = limx→a−

f (x).

Contrapositiva: se limx→a+

f (x) ≠ limx→a−

f (x), então limx→a

f (x) não existe.

v. 2015-2-9 9/18

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Limites laterais: exemplo

Exemplo. Determine limx→0+

x∣x ∣

e limx→0−

x∣x ∣

.

Solução. Note que, para x > 0 temos que ∣x ∣ = x , logolim

x→0+x∣x ∣

= limx→0+

xx= lim

x→0+1 = 1.

Para x < 0 temos que ∣x ∣ = −x , logolim

x→0−x∣x ∣

= limx→0−

x−x

= limx→0−

−1 = − 1. ∎

Veja que limx→0

x∣x ∣

não existe! Aliás, podemos mostrar que. . .

Teorema. Se limx→a

f (x) existe, então limx→a+

f (x) = limx→a−

f (x).

Contrapositiva: se limx→a+

f (x) ≠ limx→a−

f (x), então limx→a

f (x) não existe.

v. 2015-2-9 9/18

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Limites laterais: exemplo

Exemplo. Determine limx→0+

x∣x ∣

e limx→0−

x∣x ∣

.

Solução. Note que, para x > 0 temos que ∣x ∣ = x , logolim

x→0+x∣x ∣

= limx→0+

xx= lim

x→0+1 = 1.

Para x < 0 temos que ∣x ∣ = −x , logolim

x→0−x∣x ∣

= limx→0−

x−x

= limx→0−

−1 = − 1. ∎

Veja que limx→0

x∣x ∣

não existe! Aliás, podemos mostrar que. . .

Teorema. Se limx→a

f (x) existe, então limx→a+

f (x) = limx→a−

f (x).

Contrapositiva: se limx→a+

f (x) ≠ limx→a−

f (x), então limx→a

f (x) não existe.

v. 2015-2-9 9/18

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Limites infinitos

Veja que limx→0

1x

e que limx→0

1x2 não existem, pois, à medida que x se

aproxima de 0, nenhuma das funções se aproxima de um valor realúnico.

-3

-2

-1

1

2

3

-3 -2 -1 0 1 2 3

1x2

1x

Note, porém, que os comportamentos de ambas são ligeiramentediferentes em torno de 0.

v. 2015-2-9 10/18

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Limites infinitos

Veja que limx→0

1x

e que limx→0

1x2 não existem, pois, à medida que x se

aproxima de 0, nenhuma das funções se aproxima de um valor realúnico.

-3

-2

-1

1

2

3

-3 -2 -1 0 1 2 3

x

Note, porém, que os comportamentos de ambas são ligeiramentediferentes em torno de 0.

v. 2015-2-9 10/18

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Limites infinitos

Veja que limx→0

1x

e que limx→0

1x2 não existem, pois, à medida que x se

aproxima de 0, nenhuma das funções se aproxima de um valor realúnico.

-3

-2

-1

1

2

3

-3 -2 -1 0 1 2 3

x

Note, porém, que os comportamentos de ambas são ligeiramentediferentes em torno de 0.

v. 2015-2-9 10/18

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Limites infinitos

Veja que limx→0

1x

e que limx→0

1x2 não existem, pois, à medida que x se

aproxima de 0, nenhuma das funções se aproxima de um valor realúnico.

-3

-2

-1

1

2

3

-3 -2 -1 0 1 2 3

1x2

1x

Note, porém, que os comportamentos de ambas são ligeiramentediferentes em torno de 0.

v. 2015-2-9 10/18

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Limites infinitosIntuitivamente, dizemos que lim

x→af (x) = +∞ se, à medida que x

tende para a (não importa de que forma!), o valor de f (x) assumevalores cada vez maiores, sem restrição.

-3

-2

-1

1

2

3

-3 -2 -1 0 1 2 3

x

limx→0

1x2 = +∞

v. 2015-2-9 11/18

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Limites infinitos

Definição. Dizemos que limx→a

f (x) = +∞ se, para todo M > 0,existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ f (x) > M

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→0

1x2 = +∞

Demonstração. Dado M > 0 qualquer, queremos que 1x2 > M, ou

seja, x2<

1M , logo ∣x ∣ < 1

M. Portanto, dado M > 0, escolha

δ = 1√

Me assim teremos que

0 < ∣x − 0∣ < δ ⇒ 1x2 > M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= +∞

Sobre o limite limx→0

1x

só podemos afirmar que é indefinido!

v. 2015-2-9 12/18

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Limites infinitos

Definição. Dizemos que limx→a

f (x) = +∞ se, para todo M > 0,existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ f (x) > M

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→0

1x2 = +∞

Demonstração. Dado M > 0 qualquer, queremos que 1x2 > M, ou

seja, x2<

1M , logo ∣x ∣ < 1

M. Portanto, dado M > 0, escolha

δ = 1√

Me assim teremos que

0 < ∣x − 0∣ < δ ⇒ 1x2 > M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= +∞

Sobre o limite limx→0

1x

só podemos afirmar que é indefinido!

v. 2015-2-9 12/18

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Limites infinitos

Definição. Dizemos que limx→a

f (x) = +∞ se, para todo M > 0,existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ f (x) > M

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→0

1x2 = +∞

Demonstração. Dado M > 0 qualquer, queremos que 1x2 > M,

ouseja, x2

<1M , logo ∣x ∣ < 1

M. Portanto, dado M > 0, escolha

δ = 1√

Me assim teremos que

0 < ∣x − 0∣ < δ ⇒ 1x2 > M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= +∞

Sobre o limite limx→0

1x

só podemos afirmar que é indefinido!

v. 2015-2-9 12/18

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Limites infinitos

Definição. Dizemos que limx→a

f (x) = +∞ se, para todo M > 0,existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ f (x) > M

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→0

1x2 = +∞

Demonstração. Dado M > 0 qualquer, queremos que 1x2 > M, ou

seja, x2<

1M , logo ∣x ∣ < 1

M.

Portanto, dado M > 0, escolhaδ = 1

Me assim teremos que

0 < ∣x − 0∣ < δ ⇒ 1x2 > M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= +∞

Sobre o limite limx→0

1x

só podemos afirmar que é indefinido!

v. 2015-2-9 12/18

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Limites infinitos

Definição. Dizemos que limx→a

f (x) = +∞ se, para todo M > 0,existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ f (x) > M

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→0

1x2 = +∞

Demonstração. Dado M > 0 qualquer, queremos que 1x2 > M, ou

seja, x2<

1M , logo ∣x ∣ < 1

M. Portanto, dado M > 0, escolha

δ = 1√

Me assim teremos que

0 < ∣x − 0∣ < δ ⇒ 1x2 > M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= +∞

Sobre o limite limx→0

1x

só podemos afirmar que é indefinido!

v. 2015-2-9 12/18

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Limites infinitos

Definição. Dizemos que limx→a

f (x) = +∞ se, para todo M > 0,existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ f (x) > M

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→0

1x2 = +∞

Demonstração. Dado M > 0 qualquer, queremos que 1x2 > M, ou

seja, x2<

1M , logo ∣x ∣ < 1

M. Portanto, dado M > 0, escolha

δ = 1√

Me assim teremos que

0 < ∣x − 0∣ < δ ⇒ 1x2 > M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= +∞

Sobre o limite limx→0

1x

só podemos afirmar que é indefinido!

v. 2015-2-9 12/18

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Limites infinitosSe o valor de f (x) assume valores cada vez menores, semrestrição, à medida que x se aproxima de a, dizemos que f (x)tende a −∞.

Definição. Dizemos que limx→a

f (x) = −∞ se, para todo M < 0,existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ f (x) < M

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→1

12x − 1 − x2 = −∞

v. 2015-2-9 13/18

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Limites infinitosSe o valor de f (x) assume valores cada vez menores, semrestrição, à medida que x se aproxima de a, dizemos que f (x)tende a −∞.

Definição. Dizemos que limx→a

f (x) = −∞ se, para todo M < 0,existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ f (x) < M

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→1

12x − 1 − x2 = −∞

v. 2015-2-9 13/18

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Limites infinitosSe o valor de f (x) assume valores cada vez menores, semrestrição, à medida que x se aproxima de a, dizemos que f (x)tende a −∞.

Definição. Dizemos que limx→a

f (x) = −∞ se, para todo M < 0,existe δ > 0 tal que 0 < ∣x − a∣ < δ ⇒ f (x) < M

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→1

12x − 1 − x2 = −∞

v. 2015-2-9 13/18

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Limites infinitos

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→1

12x − 1 − x2 = −∞

Demonstração. Dado M < 0 qualquer, queremos que 12x−1−x2 < M,

ou seja, que 1−(x−1)2 < M, logo 1

−M > (x − 1)2 (ao dividir por M, olado da desigualde se altera pois M < 0), portanto ∣x − 1∣ < 1

−M.

Assim, dado M < 0, escolha δ = 1√

−M. Deste modo,

0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ 12x − 1 − x2 < M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= −∞

v. 2015-2-9 14/18

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Limites infinitos

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→1

12x − 1 − x2 = −∞

Demonstração. Dado M < 0 qualquer, queremos que 12x−1−x2 < M,

ou seja, que 1−(x−1)2 < M, logo 1

−M > (x − 1)2 (ao dividir por M, olado da desigualde se altera pois M < 0), portanto ∣x − 1∣ < 1

−M.

Assim, dado M < 0, escolha δ = 1√

−M. Deste modo,

0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ 12x − 1 − x2 < M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= −∞

v. 2015-2-9 14/18

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Limites infinitos

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→1

12x − 1 − x2 = −∞

Demonstração. Dado M < 0 qualquer, queremos que 12x−1−x2 < M,

ou seja, que 1−(x−1)2 < M,

logo 1−M > (x − 1)2 (ao dividir por M, o

lado da desigualde se altera pois M < 0), portanto ∣x − 1∣ < 1√

−M.

Assim, dado M < 0, escolha δ = 1√

−M. Deste modo,

0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ 12x − 1 − x2 < M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= −∞

v. 2015-2-9 14/18

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Limites infinitos

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→1

12x − 1 − x2 = −∞

Demonstração. Dado M < 0 qualquer, queremos que 12x−1−x2 < M,

ou seja, que 1−(x−1)2 < M, logo 1

−M > (x − 1)2 (ao dividir por M, olado da desigualde se altera pois M < 0),

portanto ∣x − 1∣ < 1√

−M.

Assim, dado M < 0, escolha δ = 1√

−M. Deste modo,

0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ 12x − 1 − x2 < M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= −∞

v. 2015-2-9 14/18

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Limites infinitos

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→1

12x − 1 − x2 = −∞

Demonstração. Dado M < 0 qualquer, queremos que 12x−1−x2 < M,

ou seja, que 1−(x−1)2 < M, logo 1

−M > (x − 1)2 (ao dividir por M, olado da desigualde se altera pois M < 0), portanto ∣x − 1∣ < 1

−M.

Assim, dado M < 0, escolha δ = 1√

−M. Deste modo,

0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ 12x − 1 − x2 < M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= −∞

v. 2015-2-9 14/18

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Limites infinitos

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→1

12x − 1 − x2 = −∞

Demonstração. Dado M < 0 qualquer, queremos que 12x−1−x2 < M,

ou seja, que 1−(x−1)2 < M, logo 1

−M > (x − 1)2 (ao dividir por M, olado da desigualde se altera pois M < 0), portanto ∣x − 1∣ < 1

−M.

Assim, dado M < 0, escolha δ = 1√

−M. Deste modo,

0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ 12x − 1 − x2 < M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= −∞

v. 2015-2-9 14/18

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Limites infinitos

Exemplo. Demonstre formalmente que limx→1

12x − 1 − x2 = −∞

Demonstração. Dado M < 0 qualquer, queremos que 12x−1−x2 < M,

ou seja, que 1−(x−1)2 < M, logo 1

−M > (x − 1)2 (ao dividir por M, olado da desigualde se altera pois M < 0), portanto ∣x − 1∣ < 1

−M.

Assim, dado M < 0, escolha δ = 1√

−M. Deste modo,

0 < ∣x − 1∣ < δ ⇒ 12x − 1 − x2 < M ∎

Para casa: demonstre que é falso afirmar que limx→0

1x= −∞

v. 2015-2-9 14/18

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Limites laterais infinitos

Note que não podemos afirmar que limx→0

1x

é +∞ nem −∞

-3

-2

-1

1

2

3

-3 -2 -1 0 1 2 3

x

Porém, note que o valor de 1/x cresce arbitrariamente à medidaque x se aproxima de 0 pela direita, e decresce arbitrariamente àmedida que x se aproxima de 0 pela esquerda.

v. 2015-2-9 15/18

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Limites laterais infinitosDados a,b, c,d números reais e f ,g ,h, j funções reais. . .● (limite +∞ pela direita) . . . dizemos que lim

x→a+f (x) = +∞ se para

todo M > 0 existe δ > 0 tal que0 < x − a < δ ⇒ f (x) > M

● (limite +∞ pela esquerda) . . . dizemos que limx→a−

f (x) = +∞ separa todo M > 0 existe δ > 0 tal que

0 < a − x < δ ⇒ f (x) > M● (limite −∞ pela direita) . . . dizemos que lim

x→a+f (x) = −∞ se para

todo M < 0 existe δ > 0 tal que0 < x − a < δ ⇒ f (x) < M

● (limite −∞ pela esquerda) . . . dizemos que limx→a−

f (x) = −∞ separa todo M < 0 existe δ > 0 tal que

0 < a − x < δ ⇒ f (x) < M

v. 2015-2-9 16/18

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Limites laterais infinitosDados a,b, c,d números reais e f ,g ,h, j funções reais. . .● (limite +∞ pela direita) . . . dizemos que lim

x→a+f (x) = +∞ se para

todo M > 0 existe δ > 0 tal que0 < x − a < δ ⇒ f (x) > M

● (limite +∞ pela esquerda) . . . dizemos que limx→a−

f (x) = +∞ separa todo M > 0 existe δ > 0 tal que

0 < a − x < δ ⇒ f (x) > M

● (limite −∞ pela direita) . . . dizemos que limx→a+

f (x) = −∞ se paratodo M < 0 existe δ > 0 tal que

0 < x − a < δ ⇒ f (x) < M● (limite −∞ pela esquerda) . . . dizemos que lim

x→a−f (x) = −∞ se

para todo M < 0 existe δ > 0 tal que0 < a − x < δ ⇒ f (x) < M

v. 2015-2-9 16/18

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Limites laterais infinitosDados a,b, c,d números reais e f ,g ,h, j funções reais. . .● (limite +∞ pela direita) . . . dizemos que lim

x→a+f (x) = +∞ se para

todo M > 0 existe δ > 0 tal que0 < x − a < δ ⇒ f (x) > M

● (limite +∞ pela esquerda) . . . dizemos que limx→a−

f (x) = +∞ separa todo M > 0 existe δ > 0 tal que

0 < a − x < δ ⇒ f (x) > M● (limite −∞ pela direita) . . . dizemos que lim

x→a+f (x) = −∞ se para

todo M < 0 existe δ > 0 tal que0 < x − a < δ ⇒ f (x) < M

● (limite −∞ pela esquerda) . . . dizemos que limx→a−

f (x) = −∞ separa todo M < 0 existe δ > 0 tal que

0 < a − x < δ ⇒ f (x) < M

v. 2015-2-9 16/18

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Limites laterais infinitosDados a,b, c,d números reais e f ,g ,h, j funções reais. . .● (limite +∞ pela direita) . . . dizemos que lim

x→a+f (x) = +∞ se para

todo M > 0 existe δ > 0 tal que0 < x − a < δ ⇒ f (x) > M

● (limite +∞ pela esquerda) . . . dizemos que limx→a−

f (x) = +∞ separa todo M > 0 existe δ > 0 tal que

0 < a − x < δ ⇒ f (x) > M● (limite −∞ pela direita) . . . dizemos que lim

x→a+f (x) = −∞ se para

todo M < 0 existe δ > 0 tal que0 < x − a < δ ⇒ f (x) < M

● (limite −∞ pela esquerda) . . . dizemos que limx→a−

f (x) = −∞ separa todo M < 0 existe δ > 0 tal que

0 < a − x < δ ⇒ f (x) < Mv. 2015-2-9 16/18

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Limites laterais infinitos

Veja que limx→0+

1x= +∞ e que lim

x→0−1x= −∞.

-3

-2

-1

1

2

3

-3 -2 -1 0 1 2 3

x

Para casa: demonstre formalmente (usando a definição).

v. 2015-2-9 17/18

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Para casa

Stewart: Seções 2.2, 2.3, 2.4.Exercícios 1 a 6 e de 8 a 12 da Lista 1.

v. 2015-2-9 18/18