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A publicação detalha a metodologia do programa Garagem Digital, criado em 2001 para promover a inclusão digital de jovens e de suas comunidades e tem como objetivo permitir que outras entidades, empresas e educadores conheçam a experiência e a utilizem como referência em outras iniciativas de inclusão digital em todo Brasil.
Citation preview
com vista para o mundoGaragem Digital
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Digital
9 788588 060333
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com vista para o mundoInclusão dIgItal com jovens e comunIdades
Garagem Digital
são paulo, 2008
Conselheiro Honorário: Fernando Henrique Cardoso
Conselho de AdministraçãoPresidente: Synésio Batista Da Costa
Vice-Presidente: Carlos Antonio Tilkian
Secretária: Regina Helena Scripilliti Velloso
Membros: Albert Alcouloumbre Júnior, Antônio Carlos Ronca, Antonio
Delfim Netto, Beatriz Sverner, Bento José Gonçalves Alcoforado,
Boris Tabacof, Daniel Trevisan, David John Currer Morley, Eduardo
José Bernini, Fernando Machado Terni, João Nagano Júnior, José
Carlos Grubisich, José Eduardo Planas PañeLla, José Roberto
Nicolau, Lourival Kiçula, Maria Ignês R. de Souza Bierrenbach,
Nelson Fazenda, Oscar Pilnik, Paulo Saab, Roberto Oliveira de Lima,
Therezinha Fram e Vitor Gonçalo Seravalli.
Conselho Fiscal
Membros: Audir Queixa Giovanni, Charles Kapaz, Geraldo Zinato, João Carlos
Ebert, Márcio Ponzini e Mauro Antonio Ré.
Conselho Consultivo
Presidente: Jorge Broide
Vice-Presidente: Miriam Debieux Rosa
Membros: Antônio Carlos Gomes Da Costa, Araceli Martins Elman, Dalmo de
Abreu Dallari, Edda Bomtempo, Geraldo Di Giovanni, Isa Guará,
João Benedicto de Azevedo Marques, Lélio Bentes Corrêa, Leoberto
Narciso Brancher, Lídia Izecson de Carvalho, Magnólia Gripp Bastos,
Mara Cardeal, Maria Cecília C. Aranha Lima, Maria Cecília Ziliotto,
Maria De Lourdes Trassi Teixeira, Maria Machado Malta Campos,
Marlova Jovchelovitch Noleto, Melanie Farkas, Munir Cury, Norma
Jorge Kyriakos, Oris de Oliveira, Percival Caropreso, Rachel Gevertz,
Rosa Lúcia Moyses, Rubens Naves, Silvia Gomara Daffre, Tatiana
Belinky e Vital DidoNet.
Secretaria Executiva
Gerente de Desenvolvimento de Programas: Denise Maria Cesario
Gerente de Desenvolvimento Institucional: Victor Alcântara da Graça
Equipe: Hellen Ferreira Barbosa, Marina Pereira de Oliveira Abdala, Moacir
Merlucci, Renato Alves, Tatiana de Jesus Pardo e Tatiana M. Viana
da Silva.
Assessoria de Marketing
Coordenadora: Sílvia Troncon Rosa
Equipe: Ana Aparecida Frabetti Valim Alberti, Bárbara Letícia de Souza,
Cristiane Rodrigues, Felipe Martins Dantas Pereira, Fernanda Pereira
Bochembuzo, Hélio José Perazzolo, Ivone Aparecida da Silva,
Jacqueline Rezende Queiroz, Kátia Gama do Nascimento, Marina
Biagioli Manoel, Milene de Oliveira Sousa Silva, Pablo Finotti, Tatiana
Cristina Molini, Tatiana Rodrigues.
Direito à Educação
Coordenadoras: Maria do Carmo Krehan e Roseni Reigota
Equipe: Adelaide Jóia, Amélia Isabeth Bampi Paines, Arlete Felício Graciano
Fernandes, Gregório dos Reis Filho, Hérica Aires do Prado, Leandro
Montalvão de Souza, Nelma dos Santos Silva, Priscila Silva dos Santos
e Renata Sanches Martinelli.
Esta publicação é o resultado da sistematização da experiência do programa Garagem
Digital, iniciativa desenvolvida pela Fundação Abrinq em parceria com a HP Brasil.
Coordenação do Programa Garagem Digital
Roseni Reigota
Equipe do Programa Garagem Digital
Arlete Graciano Fernandes e Hérica Aires do Prado
Sistematização
Patrícia Monteiro Lacerda
Texto
Patrícia Monteiro Lacerda e Renata Lopes Costa Prado
Leitura Crítica
Renata Lopes Costa Prado
Edição
Immaculada Lopez Prieto
Revisão de Texto
Lucas Puntel Carrasco
Fotografia
Christian Unger
Coordenação de Produção
Heloisa Vasconcellos
Projeto Gráfico e Finalização
Urbania
Impressão
Gráfica Burti
Participação
Patrocinador Master
HP Brasil – Juarez Zortea e Tarsila Arnone
Parceiros Institucionais
CPA – Centro De Profissionalização do Adolescente e Instituto Centec/Secretaria de Ciência
e Tecnologia do Estado do Ceará.
Agente Disseminador No Ceará
Ticiana Goncalves Mariano Vieira
Garagem Digital de Beberibe
Davi Garcia Bezerra, Eder Torres Lima, Francisco Antônio Rocha Macêdo, Francisco Everton
da Silva Castro, Karulina Gomes dos Anjos, Marcos Antônio Gama Nogueira, Mary Ann Weyn
Quinderé e Valdeci Sousa Lima.
Garagem Digital de São Gonçalo do Amarante
Abimael de Sousa Alves, Erivelma Alves de França, José Carneiro Hurbano,
José Werbet Souza Matos, Kelly Cristina Barroso dos Santos e Maria Luiza S. Cavalcante.
Garagem Digital de Limoeiro do Norte
Diego Max Chaves Almeida, Izaltina PereIra Calixto Nogueira, Jucineudo Sombra,
Manoel Marisergio Alves de Oliveira, Maria da Conceição Pinheiro Gadelha Coelho, Maria
das Graças Nunes Nogueira e Odenir Fernandes dos Santos.
Entrevistas
Adelson Rodrigues da Silva, Antônio Elder Sampaio Nunes, Arlete Graciano Fernandes,
Carlos Ribeiro, Dimas Moura, Edinalva Aparecida de Moura dos Santos, Flariston Francisco
da Silva, Francisco Antônio Rocha Macedo, Herica Aires do Prado, Juarez Zortea, Luiz
Novaes, Maria da Conceição Pinheiro Gadelha Coelho, Maria Luzia Siqueira Cavalcante,
Milton Mandel, Renata Lopes Costa Prado, Roseni Reigota, Tarsila Arnone, Ticiana Goncalves
Mariano Vieira, Antônio Amaury Oriá, Vanda Mendes Ribeiro, Jovens e Educadores das
Garagens Digitais de Beberibe, São Gonçalo do Amarante e Limoeiro do Norte.
Expediente
Educação, trabalho e Inclusão Digital de Jovens
A Fundação Abrinq compreende que, na sociedade contemporânea, o cam-
po da educação demanda necessidades de formação para o uso das Tec-
nologias da Informação e Comunicação (TICs), consideradas ferramentas indis-
pensáveis para o acesso à informação e ao processo de construção de conheci-
mentos, bem como para a inserção do jovem no mundo do trabalho.
Com base nesses pressupostos, consolidou a metodologia do Programa
Garagem Digital (PGD), em parceria com a HP Brasil, cuja experiência encontra-
se sistematizada nesta publicação. A intenção é de disseminar metodologias e
apoiar políticas públicas de inclusão digital que assegurem o acesso de jovens
às TICs e o desenvolvimento de suas comunidades por meio da implementação
de Garagens Digitais.
Equipada com computadores de última geração, impressoras, softwares, câ-
mera digital e de vídeo e conexão à Internet, uma Garagem Digital estimula a
inclusão digital, seja por meio da formação de jovens, no acesso livre monitorado
ou na mobilização comunitária.
No que concerne especificamente à formação dos jovens, propõe que as TICs
favoreçam o desenvolvimento de suas habilidades gerais e específicas utilizando
metodologias que possibilitam a construção de novos conhecimentos, que res-
peitem as diversidades regionais e socioeconômicas.
Os jovens que passam pela formação usufruem de um processo educacional
pautado na pedagogia de projetos, com um currículo estruturado que integra
cinco áreas de conhecimento: Administração e Marketing, Arte e Design, Lin-
guagem e Comunicação, Ciências Sociais e as Tecnologias da Informação e da
Comunicação.
No decorrer do processo, os jovens vivenciam atividades de mobilização
comunitária com vistas ao exercício do protagonismo juvenil e ao desenvolvi-
mento local, e participam da construção de produtos na Web significativos para
a comunidade onde vivem, contemplando os ativos e as demandas de sua rea-
lidade local.
QQWEQWEQWEEQApresentação
4
QWQWEQWEQWEQApresentação
5
Também participam do acesso livre – como voluntários ou usuários – destina-
do também a seus familiares, ex-alunos, grupos de liderança comunitária, profes-
sores das escolas do entorno, entre outros.
Com o acompanhamento de monitores capacitados (geralmente jovens ex-
alunos) os usuários recebem apoio a suas pesquisas, produção de textos, uso de
serviços de utilidade pública eletrônicos, aprendizagens básicas para o uso do
computador, entre outras alternativas para incluírem-se digitalmente.
Dessa forma, o atendimento aos jovens é ampliado para suas redes de perten-
cimento, quaisquer que sejam elas.
As avaliações do Programa identificam importantes avanços: os jovens apre-
sentaram satisfatório desenvolvimento de competências pessoais, sociais, cogni-
tivas e produtivas, além de aprenderem a usar os diversos recursos básicos tec-
nológicos, os softwares necessários à construção de um site e a superarem difi-
culdades em relação a ciências sociais, administração e marketing, arte e design,
linguagem e comunicação.
As ações que as organizações sociais desenvolvem junto aos jovens ocorrem
sob a coordenação técnica da Fundação Abrinq, cujas principais atribuições são:
conduzir o processo de formação dos educadores – presencial e à distância; mo-
nitorar as ações desenvolvidas pelas organizações onde as Garagens Digitais são
implementadas; avaliar de forma participativa todas as etapas do programa; sis-
tematizar documentos referentes a metodologias de formação dos educadores e
dos jovens; proceder diagnósticos e definir estratégias de disseminação.
Assim, essa sistematização aponta os principais conceitos com os quais o Pro-
grama Garagem Digital desenvolveu suas ações e o modo de fazê-lo acontecer
nos diversos contextos por onde traçou seu percurso. Que a experiência possa
inspirar outras iniciativas.
Boa leitura!
Sumário
Introdução >> 8
Uma espiada na Garagem >> 12
A juventude brasileira e suas relações com a
educação, o trabalho e as novas tecnologias
da informação e da comunicação >> 16
1. Juventude(s) >> 182. A Juventude brAsileirA e seu contexto >> 20 os Jovens e A educAção >> 21 os Jovens e o trAbAlho >> 23 os Jovens e As tics >> 243. Juventude, educAção e inclusão digitAl:
umA síntese dAs concepções do progrAmA >> 28
Nasce o programa garagem digital >> 321. contribuição pArA As políticAs públicAs >> 342. proJeto piloto >> 373. AcertAndo o rumo >> 394. conquistA dos pArceiros >> 43
Percurso de uma garagem digital >> 481.construção dA pArceriA >> 502. elAborAção dos proJetos >> 533. montAgem do espAço >> 554. montAgem dA equipe >> 575. FormAção dos educAdores >> 596. FormAção dos Jovens >> 657. eixos orientAdores >> 71 eixo 1: FormAção dos Jovens >> 75 eixo 2: mobilizAção comunitáriA >> 848. monitorAmento e AvAliAção >> 90
Avaliando para o futuro >> 94
Caixa de ferramentas >> 110
1. mAtriz de AvAliAção do proJeto de umA gArAgem digitAl >> 1122. exemplo de resumo do proJeto de umA gArAgem digitAl >> 1123. exemplo de cronogrAmA do proJeto de umA gArAgem digitAl >> 1134. exemplo de plAno de comunicAção pArA Fins de monitorAmento >> 1145. modelo de diAgnóstico do espAço pArA implementAção de umA gArAgem digitAl >> 1146. temAs e conteúdos dA FormAção iniciAl dos educAdores >> 1157. modelo de plAno de AulA >> 1158. modelo de plAneJAmento mAcro >> 1169. instrumentAl de AvAliAção dA FormAção iniciAl >> 11710. modelo de cAdAstro dos Jovens pArA FormAção >> 11811. instrumentAl de AvAliAção do Jovem pelo educAdor – mArco zero >> 11912. modelo de relAtório quAntitAtivo >> 12413. temAs e conteúdos dA FormAção dos Jovens >> 12714. plAno de Ação de sustentAbilidAde >> 129
Referências >> 130
Créditos >> 132
QQWEQWEQWEEQApresentação
8
QWQWEQWEQWEQApresentação
9
Introdução
vvvQWEQWEQWE10
Introdução
O que lhe vem à mente quando você ouve a palavra garagem? Se você ima-
gina um lugar mal-iluminado, com manchas de óleo pelo chão e paredes
arranhadas está muito longe da realidade que temos a apresentar. Neste relato,
que sistematiza as aprendizagens de um programa social voltado para a juventu-
de, a palavra garagem se associa a um espaço de construção de sonhos, projetos
e ações. Em vez de becos-sem-saída, múltiplas janelas se abrem para o mundo,
mas sem perder os pés do território. Vejamos do que se trata.
Em 1939, dois jovens se uniram numa garagem em Palo Alto na Califórnia,
EUA, para pesquisar e desenvolver produtos eletrônicos. Esses jovens eram Bill
Hewlett and Dave Packard, que mais tarde fundariam a HP. O sucesso daquele
empreendimento foi de tal monta que hoje, para todo o Vale do Silício, aquela
garagem é um símbolo de inovação e espírito empreendedor.
Em 2001, executivos da HP Brasil e da Fundação Abrinq, conversando sobre
formas de enfrentar a exclusão social (agravada pela exclusão digital) que atinge
jovens brasileiros, evocaram a imagem da garagem de Palo Alto. Esta se firmou
então como inspiração articuladora de ações concretas que, fiéis ao espírito de
criação, inovação e realização daquela primeira garagem, pudessem apontar
novos caminhos de inclusão social para jovens de baixa renda. Nascia assim o
Programa Garagem Digital (PGD), também em uma garagem, configurando-se
como um espaço formativo, de produção cultural e acesso às tecnologias da in-
formação e da comunicação (TICs).
Esta sistematização tem como objetivo apresentar o Programa Garagem
Digital e compartilhar as principais aprendizagens ocorridas ao longo de seus
seis anos de vida. Podemos afirmar que o hábito de sistematizar está no DNA do
programa, apontado como necessidade pelos seus idealizadores já nos seus es-
boços iniciais. É graças a essa cultura do registro e à paixão que movem as várias
pessoas que já passaram ou estão passando pelo Programa, que este trabalho se
tornou possível.
O processo de sistematização se deu através de pesquisa documental, visi-
tas in loco e entrevistas ocorridas tanto em São Paulo quanto no Ceará. Foram
A criação do Garagem Digital levou
meses e foi um processo que envolveu
muitas pessoas e muitas interações.
Nós buscávamos um projeto que trou-
xesse uma contribuição. Queríamos
deixar claro desde o início que a tec-
nologia deveria entrar como um meio e
não um fim em si mesmo. Isso excluía,
por exemplo, adotarmos simplesmente
dar cursos de informática. Na época, o
conceito de inclusão digital, creio, ainda
não era moda, portanto também não foi
isso que nos motivou. Sempre destaca-
mos que o ponto principal do projeto era
ser uma forma de ajudar os jovens a se
inserirem no mercado de trabalho, com
auto-confiança e auto-estima. Era essa
a busca principal.
Carlos Ribeiro - HP Brasil,
um dos idealizadores do Programa
EQWEQWEQWEQWIntrodução
11
ouvidos1 educadores, monitores, jovens participantes e ex-participantes, coorde-
nadores de Garagens Digitais, equipe técnica da Fundação Abrinq, profissionais
da HP, além de outras pessoas que contribuem ou contribuíram para a construção
do Programa.
A iniciativa não surgiu como está hoje – na verdade o Programa continua em
pleno movimento. Nesta sistematização vamos priorizar a descrição e análise do
Programa tal como ele está estruturado, apontando aqui e ali os elementos que
tiveram origem nas fases anteriores, incluindo o projeto piloto.
O texto começa com uma breve apresentação do Programa. Na seqüência,
traçamos um contexto da situação dos jovens brasileiros e do desafio da inclusão
digital como cenário do surgimento do Programa. Apresentamos então o histó-
rico do seu desenvolvimento e seus principais marcos teóricos. Considerando a
experiência acumulada, descrevemos os passos de implementação de uma Gara-
gem Digital, detalhamos seu projeto educacional e apresentamos alguns dados
avaliativos. No final, disponibilizamos uma Caixa de Ferramentas, reproduzindo fi-
chas, modelos de planilha de avaliação e outros instrumentos que podem facilitar
a compreensão e disseminação desta metodologia.
Esperamos que, assim como a garagem Californiana, as Garagens Digitais de
São Paulo e do Ceará, estados onde o programa foi implantado, também possam
servir de inspiração para outras iniciativas voltadas para jovens ávidos de conheci-
mento e oportunidades, diariamente confrontados com a injustiça social.
1 As entrevistas foram realizadas pessoalmente, por telefone e também por correio eletrônico.
Depoimentos
Ferramentas
Ao longo do texto aparecem alguns ícones que dão destaque para:
Aprendizagens do caminho
Conceitos e citações
QWEQWEQWEQWEUma espiada na garagem
12
QWEQWEQWEQWEQUma espiada na garagem
13
Uma espiada na Garagem
QWEQWEQWEQWE14
Uma espiada na garagem
Antes de decifrar os caminhos e aprendizagens do Programa Garagem Digital,
vale uma apresentação inicial desta experiência. O Programa é uma iniciativa de res-
ponsabilidade compartilhada entre a HP Brasil e a Fundação Abrinq. Iniciado em
2001, com um projeto-piloto na cidade de São Paulo, o Programa implementou 11
Garagens Digitais tanto na capital paulista como em cidades do interior cearense.
As Garagens – criadas em parceira com organizações locais – são espaços de
aprendizagem e inclusão digital, com computadores ligados à Internet. Nelas,
acontecem várias atividades em dois principais eixos de atuação: Formação de
Jovens e Mobilização Comunitária.
Apesar de poderem funcionar de maneira diferente, as Garagens seguem, em
geral, uma rotina parecida. De segunda à quinta-feira, durante o dia, cada unidade
abriga duas turmas com jovens – uma de manhã e outra à tarde. Em média, cada
turma é atendida por quatro horas, contando as atividades pedagógicas e o inter-
valo em que é oferecida uma refeição.
Nem todas as atividades de formação dos jovens acontecem dentro da Ga-
ragem. Além da projeção de filmes, palestras em outros espaços das próprias
organizações, são organizadas saídas culturais, visitas externas a outros locais e
organizações, integrações com outros grupos juvenis e ainda atividades de con-
vivência comunitária. Às sextas-feiras os educadores fazem o trabalho interno de
planejamento e integração dos trabalhos.
A maioria dos jovens atendidos é estudante do Ensino Médio com alguma
defasagem série/idade2, na faixa etária de 18 a 20 anos e com renda familiar entre
1 a 2 salários mínimos. Significa que o Programa está voltado principalmente para
estudantes de baixa renda que alcançaram o ensino médio numa trajetória esco-
lar com alguns acidentes3.
2 Numa trajetória escolar sem evasão nem repetência, a idade esperada para entrada no Ensino Médio é entre 15 e 16 anos e de saída, entre 17 e 18 anos.
3 Jovens que interromperam os estudos dentro da faixa de escolaridade do programa são estimulados a participar e a retomar os seus estudos.
O Garagem Digital mudou totalmen-
te a minha vida. Hoje com certeza me
sinto uma pessoa mais incluída da so-
ciedade, tanto na parte da informática,
quanto na comunicação. Com todo o
conhecimento que adquiri, consigo me
relacionar melhor com as pessoas.
Rafaela Moreira de Lima
– jovem, Ceará
QWEQWEQWEQWEQUma espiada na garagem
15
No Eixo Mobilização Comunitária, as Garagens costumam oferecer à popu-
lação do seu entorno acesso livre à Internet e cursos básicos, além de organizar
feiras, rodas de discussão e outros tipos de evento.
Para fazer acontecer esse dia-a-dia, o Programa vem desenvolvendo um rico
acervo de ferramentas de gestão, formação e avaliação, apostando na formação in-
tensa e permanente das equipes. Até 2007, 148 educadores foram formados nas
concepções e princípios do Programa. O que possibilitou que 1.503 jovens tivessem
a oportunidade de desenvolver as competências e as habilidades almejadas pelo
Programa e que 1.975 pessoas fossem atendidas em cursos básicos. Para além dos
números, os depoimentos no decorrer destas páginas indicam como as Garagens
abrem novas janelas na vida desses jovens e suas comunidades.
O meu relacionamento com a socie-
dade mudou bastante depois que come-
cei a fazer parte do Garagem. Na escola
não tenho mais vergonha de responder
uma pergunta que algum professor me
faz, nem de expressar minha opinião.
Na minha família acontece o mesmo.
Antes eu tinha vergonha deles, agora
brinco mais e sinto que sou mais feliz.
Cristiano Silva da Costa
– jovem, Ceará
Escolaridade
24% - Ensino médio completo
60% - Ensino médio incompleto
3% - Ensino fundamental completo
13% - Ensino fundamental incompleto
Idade
19% - 21 anos ou mais
52% - 18 a 20 anos
29% - 15 a 17 anos
Renda familiar
15% - Menos de 1 salário mínimo
40% - 1 salário mínimo
34% - De 1 a 2 salários mínimos
9% - De 2 a 4 salários mínimos
1% - De 4 a 6 salários mínimos
1% - De 6 a 10 salários mínimos
Perfil do jovem participante
Números do programa
1.503 jovens formados
11 Garagens implementadas
148 educadores formados
20.063 acessos livres
1.975 pessoas atendidas em cursos básicos
QWEQWEQWEQWEUma espiada na garagem
16
QWEQWEQWEQWEQUma espiada na garagem
17
A juventude brasileira e suas relações com a educação, trabalho e as novas tecnologias da informação e da comunicação
QWEQWEQWEQWE18
A juventude brasileira e suas relações com a educação, o trabalho e as novas tecnologias da informação e da comunicação
Neste capítulo, serão apresentadas as concepções que vêm norteando o de-
senvolvimento do Programa Garagem Digital, considerando que a defini-
ção dos objetivos, a elaboração de suas estratégias, a formação da equipe e todas
as demais escolhas feitas ao longo de seu desenvolvimento estão fortemente re-
lacionadas à compreensão que se tem da realidade que ele se propõe a intervir e
da natureza das transformações que pretende atingir.
1. Juventude(s)
As concepções modernas de juventude costumam associar-se a diversos este-
reótipos. Os jovens são vistos como rebeldes, fortes, bonitos, agressivos, impacien-
tes, impetuosos, empreendedores etc. Características positivas e negativas são
associadas à juventude como se fossem inerentes a uma determinada faixa etária,
como se fizessem parte de uma etapa natural do desenvolvimento humano. Nes-
se movimento, os jovens são percebidos fora do contexto de sua história de vida
e a juventude entendida sem ter como pano de fundo as atuais condições sociais
e a história das gerações passadas.
Um jovem, por ser jovem, pode ser taxado de rebelde ou ter seu processo de
participação desvalorizado. Singer (2005), considera que estereótipos como este,
muitas vezes, orientam as ações de instituições que fazem parte do cotidiano dos
jovens e afirma:
Os mesmos estereótipos que constro-
em um imaginário social de valorização
da juventude são aqueles que a impe-
dem de uma participação social plena.
(CONJUVE, 2006, p. 5)
“Neste mundo, ensina-se nas escolas e nas igrejas (com raras e
honrosas exceções) que é natural que os jovens obedeçam aos mais
velhos, não só porque estes têm poder, mas porque têm experiência,
sabedoria, ao passo que aqueles são impetuosos, impacientes, inexpe-
rientes e, coitados, muito ignorantes.” (SINGER, 2005, p. 29)
QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações
19
Considerando que concepções determinam ações e definem projetos, pode-
mos imaginar que pressupondo o jovem como rebelde ou agressivo, um projeto
se estruture para contê-lo ou para ocupar seu tempo livre. Se, por outro lado, a
ênfase é na inexperiência do jovem ou este é visto como tendo pouco a contribuir,
o projeto não verá sentido em abrir espaço para a participação juvenil.
Projetos assim estruturados custam dinheiro (muitas vezes, público), gastam
tempo dos profissionais e dos jovens e, imaginando beneficiar quem deles faz
parte, acabam formando, por exemplo, cidadãos com dificuldades de participação
social em um sistema democrático.
É, portanto, fundamental questionar os estereótipos e preconceitos ligados à
juventude, buscando deixar para trás as visões simplificadoras dessa população.
Conforme a UNESCO (2004), as juventudes são muitas!
Também central nas concepções modernas, a idéia da juventude como fase de
passagem para a vida adulta pressupõe a dedicação ao estudo e uma suspensão
da inserção dos jovens em âmbitos importantes da vida social, como o trabalho,
as obrigações familiares e econômicas. Conforme identificam Venture e Abramo
(2000), sob essa perspectiva, durante muito tempo, considerou-se “condição juve-
nil” condições sociais associadas quase exclusivamente a jovens das classes média
e alta. Concordamos com os autores quando afirmam que tais concepções são
insuficientes para se fazer diagnósticos ou considerações sobre os jovens no Brasil
de hoje, já que a maioria não tem condições de se abster de obrigações e compro-
missos, econômicas e familiares.
QWEQWEQWEQWEA juventude brasileira e suas relações
20
Se, por um lado, a juventude não pode ser definida como naturalmente “re-
belde”, “impaciente”, “revolucionária” etc e, por outro, caracterizá-la como fase de
passagem é também insuficiente, falar em juventude significa o quê?
Segundo o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), órgão que congrega
representantes do poder público e da sociedade civil, a juventude é uma condição
social que tem uma faixa etária como parâmetro. Os jovens, por sua vez, devem ser
vistos como sujeitos de direitos e não como problemáticos ou “únicos protagonis-
tas da mudança” (CONJUVE, 2006, p. 5).
Considerando que a juventude não se resume a uma etapa biológica da vida, mas,
como afirma Guimarães (2005, p. 153), caracteriza-se por uma “relação entre idade
social e idade biológica”, o corte etário definido como compondo a categoria “jovem”
pode variar, por exemplo, de acordo com a cultura e com o campo – trabalho, educação,
saúde etc. Assim, enquanto a Organização das Nações Unidas (UNESCO, 2005) compre-
ende como jovens o segmento entre os 15 e os 24 anos, o Conjuve (2006) inclui em sua
definição os “jovens adultos”, ampliando o parâmetro de idade para os 29 anos.
O Programa Garagem Digital é dirigido aos adolescentes e jovens na faixa etária
entre 14 e 24 anos.
2. A juventude brasileira e seu contexto
No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD,
2007), 26,4% da população têm entre 15 e 29 anos. São cerca de 50,2 milhões os
jovens brasileiros. Conforme afirma a Unesco (2004), uma população juvenil tão
ampla pode ser vista tanto como oportunidade quanto como desafio.
As realidades dessa população são muitas e são desiguais. No que diz respeito
à renda, a mesma pesquisa mostra que 30,4% dos jovens na faixa etária de 15 a
29 anos poderiam ser considerados pobres porque viviam em famílias com renda
domiciliar per capita de até meio salário mínimo; 53,8% pertenciam ao extrato in-
termediário com renda domiciliar per capita entre 0,5 e 2 salários mínimos; apenas
15,8% viviam em famílias com renda superior a 2 salários mínimos.
Ao longo da história do Brasil, as políticas públicas voltadas a essa população
foram marcadas pela falta de constância, dependendo muito de conjunturas es-
pecificamente favoráveis (UNESCO, 2004).
A juventude brasileira é fruto da
sociedade brasileira e, em tempos de
globalização e rápidas mudanças tec-
nológicas, deve ter condições, oportu-
nidades e responsabilidades específi-
cas na construção de um país justo e
próspero. (CONJUVE, 2006, p. 7)
QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações
21
Somente em 2005, teve início a estruturação de uma política de Estado voltada
para esse segmento da população, com a criação da Secretaria Nacional de Juventu-
de e do Conselho Nacional da Juventude, cuja implantação foi fruto de reivindicação
de variados movimentos juvenis, organizações da sociedade civil, iniciativas do Po-
der Legislativo e do Governo Federal, como também de experiências pioneiras de
implantação de Secretarias Estaduais e Municipais de Juventude.
Ações como estas são fundamentais, pois há nessa área muito o que fazer e
muito para mudar!
Uma pesquisa quantitativa realizada pela Fundação Perseu Abramo, em 2000,
nas nove regiões metropolitanas do país junto à população entre 15 a 24 anos
concluiu que as principais mudanças desejadas pelos jovens são acabar com a
violência, com a miséria, com a desigualdade e melhorar as condições de trabalho
e emprego (VENTURE; ABRAMO, 2000).
2.1. Os jovens e a educação
Conforme afirma Sposito (1993), sob a perspectiva da escola, o processo de
socialização do jovem brasileiro tem se caracterizado por relações marcadas por
tensão e descontinuidade.
Apesar do significativo crescimento do acesso à escola entre os jovens brasi-
leiros – acentuado especialmente na década de 1990 (SPOSITO, 2005) –, os últimos
dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD, 2007), mostram que
a universalização do acesso ao ensino médio continua sendo um desafio para o
país. A taxa de escolarização da faixa etária correspondente a este nível de ensino,
15 a 17 anos, caiu 0,9% de 2005 para 2006 e, atualmente, está na casa dos 82,1%.
O quadro é ainda mais sério quando se considera que, entre os matriculados, 48%
apresenta defasagem idade/série, a taxa de reprovação é de 11,5% e a de evasão,
de 15,3% (MEC/INEP, 2006; PNAD, 2007).
Além disso, a oferta de uma educação de qualidade, que é outro fator impres-
cindível para se pensar na qualidade de vida dos jovens, ainda está longe de ser
uma realidade nas escolas públicas (e privadas).
Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) mostram que a mé-
dia de aproveitamento dos alunos nas provas objetivas, que avaliam português e
QWEQWEQWEQWEA juventude brasileira e suas relações
22
matemática, foi de 36,9%, em 2006 (MEC/INEP, 2006). Mais baixo do que os 39,4%,
em 2005 (MEC/INEP, 2005). Já na redação, a média caiu de 55,96% para 52,08%
(MEC/INEP, 2005, 2006). Em 2007, 82,1% de 15 a 17 anos freqüentavam a escola,
mas apenas 48% cursavam pelo menos o ensino médio, que corresponde ao nível
adequado a essa faixa etária (PNAD, 2007). Nesse mesmo ano a média nacional de
desempenho foi de 51,52 pontos na parte objetiva e de 55,99 na de redação – a
escala vai de 0 a 100.
Mesmo diante deste quadro, a escolaridade continua tendo um enorme poder
discriminador sobre as oportunidades de trabalho tanto no que diz respeito à empre-
gabilidade, quanto às possibilidades salariais (UNESCO, 2003; GUIMARÃES, 2005).
Apesar disso, mesmo considerando que a atual geração de jovens é mais es-
colarizada do que as gerações passadas, o acesso à escola é fator muito menos de-
terminante de acesso ao emprego do que foi no passado. Nesse sentido, Sposito
(1993, p. 165) afirma:
A primeira expressão dessa incongruência ocorre no desencontro entre
as esperanças construídas pelas famílias em torno do valor da escola e as
aspirações juvenis, produzidas em um ambiente não mais colorido pela
crença nos benefícios imediatos da instrução para a ascensão social e me-
lhoria das condições de vida, tão importantes para a geração anterior.
Tal desencontro entre a escola e o acesso ao trabalho, no entanto, não pode de
forma alguma ser explicado apenas no âmbito da dinâmica educacional.
QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações
23
2.2. Os jovens e o trabalho
A atual juventude brasileira nasceu em tempos de crise social (SINGER, 2005).
Conforme nos lembra Guimarães (2005) se, para os jovens das décadas de 1950,
1960 e 1970, a passagem (para os que tinham acesso) da escola ou da universida-
de para o emprego se dava, na maior parte dos casos, de forma imediata, nas últi-
mas décadas, essa “passagem pré-programada” deu lugar ao “dever de inserir-se4”.
Além da insatisfatória criação de novos postos de trabalho, deixou de haver uma
correspondência entre os níveis e gradações do sistema educacional e os níveis
e gradações do sistema de classificação de qualificações do sistema de emprego
(GUIMARÃES, 2005).
Além disso, a autora chama também a atenção para as características demo-
gráficas de nosso tempo: o ressurgimento da “onda jovem” no final dos anos 1990
coincide com a onda dos que têm por volta dos 50 anos – outro segmento vulne-
rável ao desemprego e a insegurança no mercado de trabalho –, o que traz impac-
tos significativos para a composição da População Economicamente Ativa – PEA e
para a estrutura do mercado de trabalho (GUIMARÃES, 2005).
Neste contexto, quase 2/5 dos jovens brasileiros estão desempregados e os
postos de trabalho ocupados por eles, na maior parte das vezes, localizam-se nos
segmentos de baixa produtividade e se caracterizam pela alta precariedade (PO-
CHMANN, 2000).
São 3,5 milhões de jovens com idades entre 16 e 24 anos – cerca de 45% da
força de trabalho nacional – desempregados no país (OIT, 2004). Mas este quadro
não se restringe ao Brasil. Segundo estimativas da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), mundialmente, uma em cada cinco pessoas com idade entre 15
e 24 anos está desempregada, ou seja, 88 milhões de jovens, o que representa
mais de 40% do total de desempregados. Destes, 85% encontra-se em países em
desenvolvimento. E as perspectivas de melhoria não são animadoras, já que é es-
perada a entrada de 660 milhões de jovens no mercado de trabalho nos próximos
dez anos (OIT, 2004).
4 Segundo a autora, a categoria “inserção no mercado de trabalho” nem se colocava como uma categoria social e historicamente pertinente, dado que a transição da escola para o trabalho era feita naturalmente (GUIMARÃES, 2005).
QWEQWEQWEQWEA juventude brasileira e suas relações
24
Conforme apontam os resultados da pesquisa do Projeto Juventude, mesmo
com toda essa incerteza e instabilidade, o trabalho para os jovens não perde o
seu significado, mas os significados são novos e diversos (GUIMARÃES, 2005). Uma
possível interpretação sobre a percepção juvenil da importância do trabalho é
que, embora com situações ocupacionais imprevisíveis e precárias, o trabalho é
uma matriz importante na produção de percepções, comportamentos e atitudes,
assumindo basicamente três sentidos: a) um valor, b) uma necessidade e c) um
direito (GUIMARÃES, 2005).
Em outras palavras, além de se configurar como necessidade, o trabalho também
é condição para ter acesso ao lazer e ganhar autonomia (VENTURE; ABRAMO, 2000).
2.3. Os jovens e as TICs
Como se pode perceber, as demandas por transformações das condições de
vida do jovem brasileiro são muitas. Dizem respeito ao reconhecimento social de
sua condição como sujeito de direitos, livre de estereótipos; à construção de polí-
ticas de acesso à cultura e ao esporte; a universalização do direito à educação de
qualidade; e ao direito ao trabalho decente.
Passando transversalmente e transformando boa parte dessas dimensões da vida
contemporânea, estão as novas tecnologias da informação e da comunicação (TICs).
Conforme afirma o Conjuve (2006), as TICs podem aumentar as possibilidades
de vivência da condição juvenil. O seu acesso deve, portanto, ser cada vez mais
ampliado, buscando oferecer aos jovens de hoje cada vez mais alternativas para
lidar com sua própria formação educacional, as necessidades de trabalho e sua
relação com o conhecimento e a cultura (CONJUVE, 2006). Também enfática na
sustentação da importância da relação juventude e TICs, é a Declaração de Princí-
pios da Cúpula da Sociedade da Informação, afirmando que:
Antes de entrar no Garagem Digital,
eu tinha certeza de que era incapaz de
entrar no mercado de trabalho. Tudo
isso por medo, insegurança de como
me comportar numa entrevista ou
mesmo no trabalho. Hoje eu vou bus-
car no mercado de trabalho um bom
emprego.
Claudenira de Freitas Moura
– jovem, Ceará
Os jovens constituem a força de trabalho do futuro, estão na vanguarda das novas
tecnologias da informação e comunicação e são, também, os primeiros que as adota-
ram. Em conseqüência, devem ser facultados como estudantes, criadores, contribuin-
tes, empresários e formuladores de decisões (ONU, 2003).
QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações
25
Assim, é fundamental que a agenda de políticas e ações voltadas para a juven-
tude priorize a inclusão digital. Caso contrário, o aumento das desigualdades nos
âmbitos da participação social, da cultura, do trabalho e da educação será inevitá-
vel, pois a presença das TICs na sociedade contemporânea é enorme, é crescente
e, como já foi dito, produz significativos impactos nas demais esferas da vida.
Em relação às implicações no cotidiano, as TICs poderão permitir maior trans-
parência no planejamento e nas transações, aumentando a possibilidade de con-
trole pelo (e do) cidadão. Deverá também haver um amplo desenvolvimento da
educação a distância, da telemedicina e do teletrabalho (UNESCO, 2004).
São muitas as oportunidades e também muitos os riscos, já que, apesar de
muitos alardearem a possibilidade das TICs na construção de um mundo menos
desigual, essa possibilidade não é, de forma alguma, inerente às tecnologias (as-
sim como o inverso também não é verdadeiro). Elas, como quaisquer ferramentas,
podem ser usadas em direções bastante diversas. Podem contribuir para aumen-
tar ou para diminuir desigualdades.
Somente 24% da população brasileira possuem computador. Com relação ao
acesso à Internet o índice cai para 17% de domicílios equipados com computador
conectados à rede. Os resultados são da Pesquisa sobre o Uso Domiciliar das Tec-
nologias de Informação e Comunicação – a chamada TIC Domicílios – realizada em
2007 pelo instituto Ipsos Opinion, a pedido do Comitê Gestor da Internet (CGI).
A pesquisa apontou ainda que 59% da população nunca utilizaram a Internet.
O principal motivo declarado que leva o brasileiro a não usar a rede é a falta de
habilidade (55%), considerando que a posse do equipamento não é pré-requisito
QWEQWEQWEQWEA juventude brasileira e suas relações
26
para o uso. As regiões Norte e Nordeste do país são as que apresentam os meno-
res índices em relação às outras regiões, no que diz respeito a proporção de domi-
cílios com computador e acesso à Internet. E os principais motivos são: preço do
equipamento (com 78% das menções) e custo elevado do acesso (com 58% das
menções). Com isso, os centros públicos de acesso às TICs vêm ganhando espaço
e contribuindo diretamente para a democratização do acesso a esses recursos,
sendo que a grande maioria de seus freqüentadores é formada por jovens entre
16 a 24 anos (59%).
Diante desse contexto, um projeto de ampliação das oportunidades de aqui-
sição e fortalecimento de aprendizagens referentes ao uso das TICs com foco em
adolescentes e jovens se justifica.
Brecha Digital ou Abismo Digital –Expressões usadas para identificar
a desigualdade de acesso aos recursos e oportunidades oferecidos pe-
las tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs ou TICs).
www.oppi.org.br/apc-aa-infoinclusao/infoinclusao/glossario
QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações
27
Outra pesquisa, realizada nas comunidades de baixa renda do município do Rio
de Janeiro, concluiu que há uma limitação do tempo disponível para acesso às TICs
e que a qualidade do acesso do usuário de baixa renda é insuficiente (SORJ, GUEDES,
2005). Para esses pesquisadores, a qualidade do acesso e o seu potencial de utiliza-
ção dependem da capacidade de leitura e interpretação da informação pelo usuá-
rio. Nesse sentido, eles concluem que não é possível universalizar o acesso às TICs
enquanto outros bens sociais não forem universalizados (SORJ, GUEDES, 2005). Mais
uma vez considerando o papel das TICs nas demais dimensões sociais, talvez seja
possível dizer também que a universalização dos outros bens sociais, na sociedade
contemporânea, também não é mais possível sem a democratização delas.
No Garagem, apresentamos semi-
nários, criamos folders, capas de CD,
currículos, além de termos dicas de
como se comportar em uma entrevista
de trabalho. A cada dia, aprendíamos
que a informática não é tudo, mas que
hoje informática é algo essencial.
Helenice da Cunha Almeida
– jovem, São Paulo
Assim, o Programa Garagem Digital considera inclusão digital a denominação
dada, genericamente, aos esforços de fazer com que pessoas das mais diversas
condições socioeconômicas tenham acesso aos meios de informação e comuni-
cação existentes e recebam formação que favoreça a produção de conhecimentos
utilizando as tecnologias em prol da melhoria de suas vidas e da sociedade. Isso
significa dizer que é necessário mais que o simples acesso ou democratização da
informática para incluírem-se social e digitalmente. É preciso garantir que as tec-
nologias facilitem a busca de conhecimentos, a geração de renda, o divertimento
e o convívio público de forma geral.
Deve-se ter como perspectiva que o uso dos computadores em rede contribua
para gerar renda, facilite o acesso aos serviços públicos, integre o cidadão à esfera
pública e, de um modo mais amplo, melhore a qualidade de vida das pessoas.
Os jovens saem daqui se vendo como
produtores e não apenas consumidores
do que está disponível na rede.
Adelson Rodrigues da Silva
– educador, São Paulo
QWEQWEQWEQWEA juventude brasileira e suas relações
28
3. Juventude, educação e inclusão digital: uma
síntese das concepções do Programa
Diante dessas considerações, o Programa Garagem Digital sintetiza sua visão
de juventude, educação e inclusão digital conforme as seguintes premissas:
Juventude
A juventude é uma condição social que,
para o Programa Garagem Digital, tem como
parâmetro a faixa-etária de 14 a 24 anos.
Jovens são sujeitos de direitos.
A participação juvenil é importante para
a construção do presente e do futuro da
sociedade.
QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações
29
Educação
A educação realiza-se dentro e fora da escola e é de
responsabilidade do Estado e de toda a sociedade5.
A educação é diferenciada, já que as necessidades
básicas de aprendizagens dos diferentes grupos e culturas
são diferentes.
É importante ter como perspectiva da educação de jovens
a articulação entre formação e experimentação.
Uma educação de qualidade é fundamental para
potencializar o uso das TICs.
Por si só, a educação não gera postos de trabalho.
Estimular o espírito empreendedor não é suficiente para
mudar a realidade do jovem no mercado de trabalho.
Para tanto, é necessário que haja também intervenções
governamentais na estrutura do mercado e do trabalho.
O ser humano é produto e produtor de um processo social,
histórico, político e cultural.
A educação é um processo de construção e produção de
conhecimentos significativos.
Deve-se estimular o processo democrático como
possibilidade e necessidade, dando condições à interação
social viabilizadora de uma sociedade composta por
membros diferentes entre si e tornando realidade o
convívio pacífico numa sociedade pluralista.
5 Os dois primeiros itens desta parte são inspirados na Declaração mundial sobre educação para todos (ou Declaração de Jomtien), da ONU, 1990.
QWEQWEQWEQWEA juventude brasileira e suas relações
30
O diálogo é um dos principais instrumentos desse
sistema, sendo que este requer a capacidade
de ouvir o outro e de se fazer entender. Pede
descentralização, para então possibilitar a
aprendizagem e a negociação como um importante
recurso na busca de soluções de problemas.
A pedagogia precisa traduzir a crença de que o
conhecimento é construído e, para construí-lo,
faz-se necessário o contato íntimo com o objeto
de aprendizagem com dinamismo, investigação,
ousadia, possibilitando a transgressão do que está
estruturado para novos estágios na dimensão social,
intelectual e emocional.
Inclusão Digital
O acesso à informação e o direito à comunicação
são direitos inalienáveis do ser humano e, portanto,
devem ser respeitados, garantidos e promovidos
pelo Estado Brasileiro.
O processo de inclusão digital deve ser entendido
como acesso universal ao uso das tecnologias
da informação e comunicação e como usufruto
universal dos benefícios trazidos por essas
tecnologias.
As ações de inclusão digital devem ser realizadas
no âmbito local, buscando-se a articulação
das políticas públicas de inclusão digital entre
os governos federal, estadual e municipal,
como executores e indutores, priorizando
pequenos municípios e aqueles com índices de
desenvolvimento humano mais baixo.
QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações
31
É preciso estabelecer papéis e pontos de integração
das ações dos diversos atores, governo, empresas
e sociedade civil (comunidade, universidades e
organizações não-governamentais) com interesses
convergentes.
É preciso ter em vista que há diversidade de usos e de
relevância da inclusão digital para os usuários.
A Internet é um tema social, não apenas técnico ou
comercial6.
É necessário estimular a igualdade na possibilidade de
acesso, o uso com sentido e a apropriação social da
Internet.
O conceito de abismo digital deve ser abordado de forma
coletiva, e não individual.
A Internet pode reforçar os processos de
desenvolvimento humano já existentes.
A Internet oferece informação, não conhecimento.
É, portanto, dentro desta perspectiva que se insere o objetivo geral
do Programa Garagem Digital: Promover a inclusão digital de forma a
contribuir com o processo educacional de jovens e o desenvolvimento
de suas comunidades.
6 Os cinco últimos aspectos levantados no quadro tomaram como referência os pressupostos sintetizados pela Comunidade Virtual Mística (2002).
QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital
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QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital
33
Nasce o Programa Garagem Digital
QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital
34
Nasce o Programa Garagem Digital
Esse programa nasce pautado por pressupostos que direcionam seu percurso
e que são aqui sistematizados.
Essa breve apresentação objetiva facilitar o entendimento do programa em
suas linhas gerais, relatando como ocorreu a organização das idéias iniciais e a
elaboração teórica e prática, inserindo o leitor numa posterior imersão em suas
metodologias específicas.
1. Contribuição para as políticas públicas
O Programa Garagem Digital nasceu em meio a um cenário nacional com altos
índices de exclusão digital, principalmente para os jovens provenientes de famí-
lias de baixa renda, que vivem o paradoxo de nascerem numa época de grandes
avanços tecnológicos e não terem possibilidades de acesso a eles. A leitura que se
tinha é que a abordagem de boa parte dos programas para jovens, até então, esta-
va focada na distribuição de computadores e cursos de iniciação à informática.
Ciente da importância do tema, o governo federal implementa algumas inicia-
tivas de inclusão digital, como Casa Brasil, Governo Eletrônico, Serviço de Atendi-
mento ao Cidadão, Telecentros de Informação e Negócios e Programa Nacional de
Informática na Educação, entre outras. Estados e municípios também têm implan-
tado seus programas próprios, com foco sobretudo na construção de telecentros.
Casa Brasil é um projeto do Governo Federal que tem como principal objetivo re-
duzir a desigualdade social em regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH), levando para esses locais um espaço que privilegia a formação e a capacitação
em tecnologia aliada à cultura, arte, entretenimento e participação popular, com forte
apoio à produção cultural local. O projeto permite que a comunidade se aproprie da
sua unidade e participe das decisões locais via conselho gestor.
QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital
35
O GESAC – Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão, do Governo
Federal, tem como meta disponibilizar acesso à Internet e mais um conjunto de outros
serviços de inclusão digital a comunidades excluídas do acesso e dos serviços vincula-
dos à rede mundial de computadores.
O Programa Nacional de Informática na Educação – ProInfo - é um programa
educacional criado pelo Ministério da Educação para promover o uso pedagógico da
informática na rede pública de ensino fundamental e médio. É desenvolvido pela
Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infra-
Estrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Esta-
duais e Municipais.
O Programa Garagem Digital, apostando na visão de que a inclusão digital
deve apontar para a transformação social, nasceu com o propósito de experimen-
tar novas metodologias no processo de formação de jovens utilizando as TICs no
desenvolvimento de habilidades e de produção de conhecimentos. A opção es-
tratégica do Programa Garagem Digital foi de centrar seus esforços na construção
de uma metodologia de ensino e aprendizagem consistente, tendo a tecnologia
como meio.
Favorecendo o desenvolvimento do protagonismo e do empreendedorismo,
visa também construir referências metodológicas para a implementação de polí-
ticas públicas de inclusão digital, dirigida a esse público, em consonância com um
contexto social onde jovens não têm tido acesso a oportunidades qualitativas de
desenvolvimento e inclusão.
Duas premissas embasavam esta opção:
As políticas públicas de inclusão digital precisam ir além do acesso,
avançando na direção da apropriação social (ver quadro).
As políticas de inclusão digital precisam estar associadas aos sistemas
públicos de ensino, o que significa repensar a didática tradicional.
QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital
36
Continuum DA INCLUSÃO DIGITAL
Acesso eqüitativo
Uso com sentido
Apropriação social
A possibilidade de que todas as pessoas tenham acesso aos benefícios das TICs.
Fazem parte desta categoria tanto o acesso à tecnologia como o desenvolvimen-
to das capacidades técnicas para possibilitar um uso efetivo das potencialidades
que elas oferecem. As barreiras para o acesso eqüitativo não são somente as
técnicas e os custos, mas também educativas, lingüísticas e culturais.
Ações que promovam o uso relacionado às necessidades dos diferentes grupos
sociais e a busca de alternativas para resolvê-las utilizando as TICs.
Quando estas ferramentas adquirem um significado no cotidiano dos grupos so-
ciais e se constituem em instrumentos para a geração de novos conhecimentos
que permitam transformar as realidades nas quais estão inseridos.
Fonte: Comunidad Virtual Mística: Trabalhando a Internet com uma visão social, setembro de 2002.
QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital
37
2. Projeto Piloto
Sem desconsiderar que ações inclusivas eficazes precisam lidar com proble-
mas estruturais, em 2001 o Programa teve início com a implementação de um
projeto piloto que pudesse contribuir com respostas concretas na direção da
apropriação social das TICs, ainda que em escala restrita. Uma vez alcançado tal
objetivo, o Programa Garagem Digital poderia fornecer referenciais técnicos e me-
todológicos viáveis para o desenho de políticas de caráter mais abrangente.
Na formulação do piloto, cada parceiro aportou um capital específico. A HP
doou equipamentos, investiu financeiramente e partilhou decisões estratégicas
com a Fundação Abrinq. Esta, por sua vez, assumiu a coordenação com a respon-
sabilidade pelo seu monitoramento, avaliação e disseminação.
Os dois parceiros convidaram ainda, para compartilhar desse desafio, a Asso-
ciação Cidade Escola Aprendiz7, cujo projeto Oficina de Sites foi reconhecido como
uma referência importante na área de educação e tecnologia, para contribuir com
conhecimentos técnicos na concepção pedagógica da proposta. Através de muita
conversa e debate, o projeto foi tomando forma, mas faltava o mais importante: os
jovens. Decidiu-se procurar por um parceiro que já trabalhasse com inclusão social
juvenil. O convite foi feito à Associação Meninos do Morumbi, uma organização so-
cial reconhecida, sobretudo, pelo seu trabalho artístico musical junto a jovens.
Unir universos e lógicas tão diferentes foi um processo muito rico8. Foi nesta época
que o Programa estruturou seu primeiro currículo, construiu papéis, afirmou princípios
e formou os primeiros jovens. Desde então, aprimorou essa experiência e consolidou
metodologias voltadas à inclusão digital de jovens e suas comunidades.
7 Sediada na região Oeste da cidade de São Paulo Site: www.aprendiz.org.br8 Em 2002, o Programa ganhou o prêmio “Conscience Award International”, da SAI – Social
Accountability, na categoria “Parceiros Inovadores”.
QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital
38
Linha do tempo
2001/ Formatação do Programa Garagem Digital – HP Brasil/Fundação Abrinq com parceria da Cidade Escola Aprendiz.
/ Implementada a primeira Garagem Digital em caráter de Projeto Piloto – Associação Meninos do Morumbi (SP).
2002/ Avaliação Externa do Projeto Piloto pelo Instituto Fonte e Christophorus.
/ Vencedor do prêmio “Conscience Award International 2002”, da SAI – Social Accountability, na categoria “Par-
ceiros Inovadores”.
2003/ Permanência da Garagem Digital: Associação Meninos do Morumbi (SP).
/ Implementação da Garagem Digital do CPA (SP).
2004/ Permanência da Garagem Digital do CPA (SP).
/ Estabelecida parceria com o Governo do Estado do Ceará e Instituto Centec: três Garagens
Digitais são implementadas nos municípios de Beberibe, São Gonçalo do Amarante e Limo-
eiro do Norte (CE).
/ Novas estratégias foram incorporadas ao Programa: Rede de Oportunidades, Acesso Livre e
Rodas de Inclusão Digital.
/ Premiado pela IT Midia e Info Exame.
2005/ Permanência da Garagem Digital do CPA (SP).
/ Permanência das três Garagens Digitais no Ceará.
/ 1º lugar do Prêmio Telemar de Inclusão Digital na categoria ONG região Norte/ Nordeste.
2006/ Permanência das três Garagens Digitais no Ceará (agora de forma autônoma e sustentável).
/ Permanência da Garagem Digital do CPA (SP) (agora de forma autônoma e sustentável).
2007/ Permanência das três Garagens Digitais no Ceará.
/ Permanência da Garagem Digital do CPA (SP).
/ Implementação de seis novas Garagens Digitais no Ceará, nos municípios de Aracati, Ara-
coiaba, Barbalha, Eusébio, Itaiçaba e Quixeramobim.
2008/ Permanência das nove Garagens Digitais no Ceará.
/ Permanência da Garagem Digital do CPA (SP).
/ Publicação da Sistematização do Programa.
QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital
39
3. Acertando o rumo
Desde o início, o desafio do Programa Garagem Digital era implementar um
projeto com uma proposta que fosse inovadora, para tanto estabeleceu-se diver-
sos espaços de avaliação e reflexão da sua prática. Com isso, no decorrer do per-
curso procurou transformar dificuldades em aprendizagens.
Mais nem sempre é melhor
Aprendizagens:O Programa nasce com alta qualidade em termos de espaço, tecnologia e equipe profis-
sional, mas também com alto custo, o que dificultou sua manutenção e sustentabilidade a
longo prazo nos moldes inicialmente definidos.
Aprendizagem 1: Como, por um lado, os recursos são sempre limitados frente as demandas sociais e, por ou-
tro lado, não é possível desenvolver ações que sejam efetivamente transformadoras se a qua-
lidade não for a prioridade, é necessário que projetos sociais busquem otimizar seus recursos,
abrindo suas portas no maior número de períodos possíveis, compartilhando suas conquistas
com a comunidade e buscando estar sempre articulado com as políticas públicas.
A estrutura criada para gerir o Programa tinha várias instâncias: conselho estratégico, conse-
lho consultivo, diretoria, equipe técnica e liderança do núcleo de formação de equipes. Embora
o aporte de conhecimentos trazidos pelos vários atores tenha sido importante, as decisões e
ações eram pouco ágeis e havia dificuldade em sintonizar as visões e as tomadas de decisões
devido ao complexo fluxo de informações.
Aprendizagem 2: É necessário muito cuidado na formatação da estrutura de gestão. Para que ela seja efi-
ciente, é melhor que ela seja constituída por poucas instâncias e que o planejamento de seu
cotidiano leve em conta a rotina e os prazos do projeto.
QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital
40
O tempo de formação de cada turma de 300 horas em 10 meses era longo e concorria
com outras demandas dos participantes – especialmente demandas por trabalho – o que
contribuía para a evasão dos jovens que foi significativa nas primeiras turmas (26,7%).
Aprendizagem 3: É necessário ouvir os jovens desde o início, por exemplo, por meio de entrevistas,
grupos e conversas informais que garantam a convergência entre as expectativas dos
jovens e a proposta do projeto. Nesse caso, ouvindo os jovens, pudemos perceber que
tal convergência se daria com a concentração da carga horária total em cinco meses
de projeto.
Na estrutura do Programa, além dos educadores e monitores, havia psicólogo e pro-
fessor de português. Esse modelo gerava espaços paralelos ao processo educativo inte-
gral, em vez de serem incluídos como conteúdos e temas para aprendizagem coletiva.
Aprendizagem 4: O processo de aprendizagem dos jovens ocorre de forma mais efetiva quando as
equipes são constituídas por profissionais com visão global de processo educativo,
denominados educadores, trabalhando de forma integrada os conteúdos do currículo.
QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital
41
Desde o desenvolvimento do projeto piloto, o Programa viveu um processo di-
nâmico de transformações contínuas tendo, inclusive, seus objetivos revistos e al-
terados ao longo dos anos. No primeiro momento objetivava “construir referências
para a implementação de políticas públicas/programas que assegurem o acesso de
jovens à tecnologia da informação, a partir de uma atitude protagônica e empreen-
dedora diante da vida”. A partir das reflexões sobre o que se dispunha a executar e
influenciar, redefine seus objetivos a fim de alinhá-los com a perspectiva de “promo-
ver a inclusão digital de forma a contribuir com o processo educacional de jovens e
o desenvolvimento de suas comunidades”.
A diferença na redação do objetivo inicial e atual sinaliza uma profunda mudan-
ça na sua ação. Se num primeiro momento a construção da metodologia vinha em
primeiro plano, no segundo (quando esta já estava sendo consolidada) a ênfase pas-
sou a ser o desenvolvimento educacional do jovem em estreita relação com sua co-
munidade, alinhando o conceito de inclusão digital e inclusão social – resultado que
se espera atingir em todos os contextos onde sua metodologia for disseminada.
Podemos dizer que esta visão mais contextualizada do jovem e da inclusão
digital articulada com as necessidades locais foi o “pulo do gato” que fez com que
o Programa Garagem Digital ganhasse maior consistência e coerência.
No Garagem, ganhei consciência
que a minha vida não gira só em torno
de mim mesma, ela gira em torno de
outros fatores e um deles é você po-
der ajudar aqueles que não tiveram a
chance que você teve.
Erivelma Alves de França
– monitora, Ceará
A preocupação com a mobilização comunitária já estava sinalizada na concep-
ção de inclusão digital e social assumida pelo Programa, mas ela foi efetivamente
incorporada sob a influência da segunda organização social que abrigou uma Ga-
ragem Digital: o Centro de Profissionalização de Adolescentes Padre Bello (CPA).
Alguns profissionais foram chamados durante este percurso, como Carlos
Afonso, Fernando Dolabela, Helena Abramo e Frankling Coelho e contribuíram
com a socialização de saberes que auxiliaram os envolvidos na construção de me-
todologias e referenciais teóricos.
Com a ajuda de Carlos Afonso – um dos precursores e mais ativos profissionais
da internet no Brasil –, desencadeou-se a reflexão sobre as políticas públicas de
inclusão digital e conceitos relativos à universalização do acesso às tecnologias
da informação e comunicação – TICs.
Fernando Dolabela introduz conceitos relativos ao empreendedorismo e ofe-
rece metodologias de trabalho por meio da “pedagogia empreendedora” em di-
versos contextos educacionais.
QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital
42
Ele apresenta o conceito de empreendedorismo, de forma a conjugar questões
econômicas e sociais em prol do desenvolvimento social e do combate à pobreza,
como alternativa de geração de renda. Assim, foi possível avanços nas discussões
sobre empreendedorismo aplicado ao currículo do Programa Garagem Digital.
Helena Abramo, socióloga, pesquisadora em questões relacionadas à juventu-
de, promoveu debates sobre característica da juventude brasileira; suas diversida-
des, representações e necessidades específicas, ao mesmo tempo em que contri-
buiu com as análises relativas às políticas públicas de, para e com a juventude.
Ela traz para o debate as dimensões da educação, do trabalho e da cultura
caminhando conjuntamente com questões que caracterizam a juventude.
Com Franklin Coelho discute-se o uso das tecnologias da informação e da
comunicação para o desenvolvimento local e a importância desse tema frente a
ações voltadas à mobilização comunitária. Ele traz a experiência do projeto “Piraí
Digital”9, um projeto de política pública de inclusão digital no município de Piraí,
Rio de Janeiro, que apresenta conceitos, metodologias e desafios semelhantes aos
enfrentados pelo Programa Garagem Digital.
Esse processo foi relevante para consolidação da filosofia do Programa, pois
ajudou a validar as opções temáticas em conformidade com as novas demandas
do mercado de trabalho e a compreensão de políticas públicas de juventude, tra-
balho, inclusão digital e educação.
Com base nas interlocuções e pesquisas realizadas, foi sendo construída uma
proposta que articulasse, ao processo de inclusão digital, ações voltadas ao em-
preendedorismo, ao protagonismo juvenil, ao trabalho colaborativo e ao desen-
volvimento de capacidades para a identificação de demandas e oportunidades de
atuação, priorizando a articulação comunitária.
Considerando a educação um processo de desenvolvimento e o jovem, prota-
gonista de sua história, o currículo serve como ferramenta de orientação da práti-
ca para a formação de jovens mais empreendedores e mais capazes de participa-
rem do mercado de trabalho, bem como de contribuírem para as transformações
sociais que desejarem.
9 Site: www.piraidigital.com.br/
QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital
43
Assim, os marcos referenciais – nas dimensões da juventude, da educação, da
formação profissional, da cultura, da mobilização social e da inclusão digital – pau-
tam o projeto educacional e concretizam-se na vida dos jovens.
Na Fundação Abrinq, o Programa Garagem Digital foi concebido e gerido
como uma instância de formação por meio de ações sócio-educacionais, ou seja,
trabalhos de significativa importância na complementaridade das aprendizagens
proporcionadas pela educação formal. Por meio desse conceito entende-se que
a família, a escola e os recursos da comunidade são elementos que, integrados,
qualificam a educação integral de crianças, adolescentes e jovens.
O bom do Garagem é que ele não é
só mais um curso. Ele é um despertar
para olhar em volta e ver sua impor-
tância dentro da sociedade.
Abimael de Sousa Alves
– monitor, Ceará
4. Conquista dos parceiros
Foram implantadas 11 Garagens Digitais, orientadas pelos pressupostos do
Programa. A primeira delas, em 2001, nasce na Associação Meninos do Morumbi10.
Como uma das intenções do Programa era a sua disseminação, nesse mesmo ano
foi indicada outra organização em São Paulo, essa participante do Programa Nossas
Crianças da Fundação Abrinq11 para implantar outra garagem.
10 Na Associação Meninos do Morumbi, o projeto se estendeu por 2 anos, tendo sido finalizado em 2003.
11 O Programa Nossas Crianças mobiliza e articula recursos técnicos e financeiros da socie-dade civil, que possibilitem um atendimento de qualidade a crianças e adolescentes em organizações sociais.
QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital
44
A seleção ocorreu por meio de um processo onde 3 organizações foram indi-
cadas pela coordenação daquele programa, a equipe do Programa Garagem Digi-
tal as convidou para participar do processo seletivo, realizou visitas diagnósticas,
orientou a elaboração de projetos e, com base nessas informações, os parceiros
estratégicos – Fundação Abrinq e HP – indicaram o Centro de Profissionalização
de Adolescentes – CPA. Tal indicação se deu, principalmente, em função de a mes-
ma já desenvolver projetos de formação e capacitação de jovens em situação de
vulnerabilidade social e com uma cultura ativa de participação comunitária. Com
isso, em 2003, o Programa ampliou sua área de abrangência, implementando uma
nova garagem no Centro de Profissionalização de Adolescentes Padre Bello (CPA),
situado na zona leste de São Paulo.
A prática de avaliação permanente do processo, somada a ações que ocorriam
naquele contexto, apontou para a necessidade de ampliação do Projeto Educacio-
nal, de forma a estruturar ações de Mobilização Comunitária, que tornou-se um
novo eixo de atuação do Programa.
Nesse sentido, em 2004, novas estratégias foram incorporadas como: a Rede
de Oportunidades, com o papel de servir de ponte entre os jovens participantes
dos Projetos e novas oportunidades; o Acesso Livre, visando ofertar o espaço e os
recursos das Garagens Digitais para a comunidade e as Rodas de Inclusão Digital,
tendo como objetivo a articulação de organizações sociais, representantes do po-
der público e da iniciativa privada do entorno para discussões sobre as perspecti-
vas de inclusão digital em prol do desenvolvimento local.
Não adianta ter um espaço de tec-
nologia que seja um oásis no meio do
deserto. Ele tem que funcionar como
um oásis às avessas, ou seja, tornar
o entorno menos árido e não sugar a
sua energia.
Flariston Francisco da Silva –
coordenador da Garagem CPA
QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital
45
Também em 2004 foi firmada uma parceria com o Instituto Centro de Ensino
Tecnológico (CENTEC)12, situado no estado do Ceará, que tem como missão pro-
mover a educação e a tecnologia por meio do ensino, da pesquisa, da inovação e
da extensão, em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Esta-
do do Ceará. Através de convênios firmados, principalmente, com a Secretaria de
Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará e governos municipais, o CENTEC monta
Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs), onde ministra cursos técnicos e também
de ensino superior em dezenas de cidades cearenses. O CENTEC indicou alguns
municípios onde compreendia que a implementação de uma Garagem Digital
pudesse potencializar as ações que já vinham desenvolvendo por meio dos Cen-
tros Vocacionais Tecnológicos – CVTs. A equipe da Fundação Abrinq fez a análise
diagnóstica e, priorizando critérios como a demanda da região por inclusão digital
e a articulação da organização com o poder público local, selecionou os três muni-
cípios que naquele primeiro momento receberiam as Garagens Digitais:
12 Site: www.centec.org.br
Limoeiro do Norte, localizada no interior do es-
tado do Ceará, apesar de ser considerado um mu-
nicípio com potencial propício ao desenvolvimento,
sofre com a ausência de projetos sociais. Tem uma
população estimada em mais de 50 mil habitantes.
Modelo de Diagnóstico do espaço para
implementação de uma Garagem Digital
>> Ver ferramenta 5
QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital
46
São Gonçalo do Amarante possui 35.608 habitan-
tes, situa-se a 60 km de Fortaleza e é conhecida,
principalmente, por possuir belas praias e um signi-
ficativo Complexo Industrial e Portuário.
Beberibe é um município de 43.000 habitantes, com voca-
ção natural para o setor turístico. Tem uma participação ativa
no desenvolvimento sociocultural dos jovens e atua especifica-
mente com Capacitação Tecnológica e busca de oportunidades
de inserção no mercado de trabalho. Participam de alguns pro-
jetos de referência no Estado e em âmbito nacional.
QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital
47
Em 2007, mais seis Garagens foram implantadas seguindo as mesmas diretri-
zes, por meio de uma gestão autônoma e sustentável, nas cidades de: Aracati, Ara-
coiaba, Barbalha, Eusébio, Itaiçaba e Quixeramobim. Para tanto, o CENTEC – que
recebe os equipamentos da HP e todo o aporte técnico da Fundação Abrinq – es-
tabelece parceria com o poder público municipal que apóia com a manutenção
do espaço físico, profissionais para compor as equipes de educadores, material
pedagógico e de consumo, entre outros itens.
Antes do Garagem Digital, a freqüência de alunos nos Cen-
tros de Vocação Tecnológica era intermitente. Temos cursos
de curta duração, além de cursos itinerantes pelos distritos
ou até em outros municípios da área, o que aparentava um
certo vazio nas dependências do Centro. Hoje com o Progra-
ma, turmas manhã e tarde, com carga horária de 300 horas,
proporcionando maior tempo de convivência entre alunos e
educadores, o Centro tornou-se mais dinâmico.
Antônio Amaury Oriá Fernandes
– Diretor Presidente CENTEC de 2000 a 2007
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
48
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
49
Percurso de umaGaragem Digital
QWEQWEQWEQWE50
Percurso de umaGaragem Digital
As Garagens Digitais, implementadas pelo Programa Garagem Digital, partem
de uma estrutura e de valores comuns a todas elas, embora apresentem pecu-
liaridades próprias do contexto local. Compreende-se que essa forma de construir,
com um planejamento geral, desde o espaço físico até a proposta pedagógica, pode
inspirar outros projetos de inclusão digital, ainda que não necessariamente uma ga-
ragem digital. O texto abaixo tem a intenção de explicitar como a experiência veio
construindo um núcleo metodológico e conceitual importante para o desenvolvi-
mento da prática proposta pelo Programa em cada um dos espaços de atuação.
1. Construção da parceria
Para uma Garagem Digital ser instalada em algum lugar, é preciso que seja
firmado um acordo entre os Parceiros Estratégicos e Parceiros Locais.
Vale explicitar o que está compreendido em cada nomenclatura:
Parceiro Estratégico – Parceiros que fornecem recursos e zelam
pela metodologia do Programa (HP Brasil e Fundação Abrinq).
Parceiro Local – Tão importante quanto o Estratégico, é a organi-
zação social que se responsabiliza por desenvolver as ações destinadas à
Garagem Digital em determinada localidade. Ele garante a disseminação
das concepções e metodologias do Programa, realizando a articulação e
apropriação local.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
51
O contrato de parceria normalmente é de um ano, renovável anualmente, e
tem a perspectiva de autonomia progressiva entre os parceiros locais.
No primeiro ano, quando as Garagens Digitais estão sendo implantadas, há
uma intervenção mais direta dos parceiros estratégicos, maior proximidade da
equipe técnica, assim como aporte maior de recursos financeiros.
A partir do segundo ano, os parceiros locais passam a se responsabilizar pelo
custeio dos profissionais e pela manutenção das ações da Garagem. Experimentam,
então, um novo modelo de formação, avaliação e monitoramento, no qual a maior
parte dos contatos com a equipe técnica da Fundação Abrinq é feita à distância.
No terceiro ano, quando os parceiros locais já acumularam experiência, eles
passam a atuar como agentes de disseminação das concepções e metodologias
constituídas no âmbito do Programa. Apoiando a implementação e fortalecimen-
to de novas Garagens Digitais que poderão surgir, mediante renovação contratual
com os parceiros estratégicos.
CPA (SP)
CENTEC (CE)
O que o Programa tem aprendido
com o parceiro local
Focar no desenvolvimento comunitá-
rio e ver o jovem e a sua formação
dentro deste contexto.
Articular parcerias com o poder públi-
co, organizações privadas e do tercei-
ro setor na construção de uma rede
de Garagens Digitais.
O que o parceiro local tem
aprendido com o Programa
Trabalhar de forma mais estruturada,
planejada e monitorada.
Pensar a formação tecnológica numa vi-
são mais dinâmica e ampla, valorizando
a construção de vínculos sociais.
Intercâmbio de experiências
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
52
Aprendizagens quanto ao desenvolvimento das parcerias:
É importante discernir os pontos que garantem a qualidade do Programa (e que,
portanto, não podem ser abandonados) daqueles que precisam ser modificados para
que o Programa se adapte às características regionais e à cultura do parceiro local.
Neste equilíbrio, o Programa incorpora influências da experiência dos parceiros e vai
se reinventando sem se descaracterizar.
Um grande desafio enfrentado nas parcerias firmadas com as cidades do interior do
Ceará foi a baixa qualidade do serviço de acesso à Internet. Em alguns desses casos,
a solução encontrada foi buscar apoio tecnológico junto à Prefeitura.
A articulação com o poder público e a base comunitária são duas características
importantes para os parceiros locais caracterizarem-se como parceiros disseminadores
das concepções e metodologias do Programa.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
53
2. Elaboração de projetos
Uma vez negociada a base da parceria, a equipe técnica do Programa na Fun-
dação Abrinq orienta o parceiro local a preparar um Projeto de uma Garagem Di-
gital. O processo de elaboração do projeto vai além da explicitação dos objetivos
e do planejamento geral da prática, ele contribui para o alinhamento conceitual
entre os profissionais e para a gestão e acompanhamento das ações que promo-
verão o alcance dos objetivos propostos.
Em seguida, a prática e as ações de monitoramento e avaliação dos projetos, in
loco e à distância são estruturadas em processo de formação dos educadores pela
equipe técnica do Programa. Ao longo do processo de formação dos educadores
e monitoramento dos projetos em execução, alguns instrumentos foram consoli-
dados em parceria com as equipes das Garagens Digitais. Hoje, o projeto de uma
Garagem Digital é estruturado por meio de um roteiro que contém:
Composição da Equipe (nome dos membros da equipe, e-mail e te-
lefones para contato e nome da função): onde é possível acompa-
nhar o perfil da equipe que participa do projeto.
Matriz de Avaliação: onde os objetivos, resultados e meios de veri-
ficação são detalhados.
Resumo do Projeto: onde é apresentado de forma sucinta as linhas
gerais do projeto, por exemplo, os dias em que ocorre, horários,
datas previstas para encontros e planejamentos etc.
Cronograma do Projeto.
Planejamento Macro: dá origem aos planos de aula e apresenta
uma visão global dos conteúdos a serem ministrados ao longo do
projeto a partir do currículo do Programa.
Plano de Comunicação: fluxo de relatórios e de troca de informa-
ções entre a equipe do projeto e a equipe técnica da Fundação
Abrinq, para fins de monitoramento e avaliação do Projeto.
Plano de sustentabilidade: no plano a equipe identifica ativos da
comunidade local e propõe formas de mobilizá-los, para que a sus-
tentabilidade do espaço possa ser assegurada em suas 4 dimen-
sões, são elas: econômica, sociocultural, política e tecnológica.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
54
É importante atentar para essa distinção de nomenclatura:
Matriz de avaliação do Projeto de uma
Garagem Digital
>> Ferramenta 1
Programa Garagem Digital é macro e aporta pressupostos co-
muns a todas as Garagens.
Projeto de uma Garagem Digital é o detalhamento de como
os princípios e metodologias são postos em prática em um local específico,
levando em consideração aspectos particulares do contexto.
Exemplo de Resumo do Projeto de
uma Garagem Digital
>> Ferramenta 2
Exemplo de Cronograma do Projeto de
uma Garagem Digital
>> Ferramenta 3
Modelo de Planejamento Macro
>> Ferramenta 8
Exemplo de Plano de Comunicação para
fins de monitoramento
>> Ferramenta 4
Plano de ação de sustentabilidade
>> Ferramenta 14
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
55
3. Montagem do espaço
O projeto arquitetônico e a estrutura didático-pedagógica adotados pelo Pro-
grama Garagem Digital procuram refletir a concepção de “espaço que educa”13.
Afinal, a aprendizagem humana não se dá sem os sentidos. Os ambientes podem
ser estimulantes ou deprimentes, alegres ou soturnos, limpos ou sujos. As paredes
não falam, mas registram os rastros do que acontece naquele espaço.
Assim sendo, o espaço físico atua como um importante elemento facilitador
do desenvolvimento de propostas pedagógicas, procurando contemplar as se-
guintes diretrizes:
Ambiente de trabalho flexível que possibilite o rearranjo dos
móveis conforme a atividade prevista.
Ambiente dinâmico, que propicie o trabalho em equipe, a
socialização, a interação e a autonomia dos jovens.
Acessibilidade do material.
Claridade.
Facilidade de manutenção.
Estética.
Para aplicar esses conceitos, são criadas soluções arquitetônicas que consi-
deram tanto o conforto dos participantes como a implementação da proposta
pedagógica participativa:
Instalação de bancadas fixas no perímetro da sala: as bancadas fixas servem de suporte para os computadores e impresso-
ras, bem como para a alocação de pastas de arquivo. São organizadas
de forma a possibilitar a realização de tarefas coletivas (em duplas ou
subgrupos) na mesma máquina, sem incomodar os trabalhos paralelos
dos demais integrantes.
Mesas volantes no centro da sala: propiciam mobilidade ao
espaço, permitindo que ele seja rearranjado conforme as diferentes ativi-
dades coletivas e individuais, tais como rodas de discussões, trabalhos em
pequenos grupos, atividades individuais de redação e leitura, bem como
reuniões pedagógicas com a equipe de educadores e coordenação.
13 Essa concepção teve influência do trabalho realizado pela Cidade Escola Aprendiz. A es-truturação do Projeto Arquitetônico das Garagens foi feita pela arquiteta Lúcia N. Ham-burguer.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
56
Fixação de escaninhos para guardar materiais: ser-
vem para colocar materiais particulares dos jovens, educadores e visitan-
tes (mochilas, bolsas, livros, cadernos etc.) para que as mesas de trabalho
não fiquem ocupadas com outros objetos além dos necessários para o de-
senvolvimento das atividades pedagógicas. Também contribui para desen-
volver a capacidade de organização e o respeito aos objetos dos colegas.
Equipamentos, softwares e recursos materiais, compatíveis com as necessidades do mercado: além dos computadores e softwares, outros equipamentos desempenham
um papel importante no processo de ensino-aprendizagem, tais como má-
quina fotográfica digital e convencional, filmadoras digitais, aparelho de
som, data show etc.
Hardware: servidores - um computador HP Workstation x4000 (processador Intel
Xeon 1.8 GHz, memória de 512 Mb e HD de 80 Gb) e dois computadores HP Netserver
lc2000r (processador Pentium III 1 GHz, memória de 256 Mb e 5 HDs de 18 Gb). Para
uso dos jovens, o projeto disponibiliza computadores (na proporção de 2 jovens para
um) com as seguintes características – HP Vectra VL 400 (processador Pentium III 1
GHz, memória de 256 Mb e HD de 20 Gb), duas impressoras HP Laserjet 4550 e um
scanner Scanjet HP 4400c.
Softwares: Microsoft Windows e Office (Word, Excel e PowerPoint) e Pacote Ma-
cromedia (Dreamweaver, Flash e Fireworks) ou softwares similares em versão livre.
Materiais de leitura: Jornais e revistas, revistas da área de informática, dicionários
das línguas portuguesa e inglesa, de livros de interesse, incluindo os relacionados a
questões de juventude e cidadania.
Materiais de apoio: colas, tesouras, cartolinas, fitas adesivas, papel sulfite e
pautado, cadernos, pastas de elástico, canetas esferográficas, lápis de cor, giz de cera,
barbantes, pincéis atômicos, fitas K7, fitas de vídeo, papel kraft, canetas hidrocor,
pincéis e tintas coloridas, clips, grampeadores, grampos, réguas e estiletes.
Check-List
Embora a estrutura seja a mesma, cada Garagem tem uma identidade
própria, em sintonia e respeito com a organização que a abriga, a cidade e o bairro
onde está situada e com as pessoas que por ela circulam. A versatilidade do espa-
ço inspira a criação de aulas em formatos variados (dinâmicas, vídeo-aulas, traba-
lhos em grupo etc.) que surpreendem e motivam alunos que estão acostumados
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
57
com uma educação formal, em que as aulas têm quase sempre o mesmo formato
e a mesma dinâmica.
4. Montagem da equipe
O processo de composição da equipe é iniciado tão logo o local de imple-
mentação de uma Garagem é definido. O Programa parte do pressuposto de que
todos os profissionais envolvidos são educadores que possuem funções distintas
com atribuições e graus de responsabilidades específicos.
Para a seleção e composição desta equipe específica de implementação dos Pro-
jetos, a equipe técnica da Fundação Abrinq fornece a descrição detalhada de cada
cargo e o perfil de equipe que se responsabilizará pela condução de todo o processo:
CARGO
COORDENADOR
DA GARAGEM
EDUCADOR DE GRUPO
EDUCADOR EM WEB
MONITOR DE GRUPO
MONITOR COMUNITÁRIO
FUNÇÃO
Coordenar o projeto junto aos educadores, administrando seu desenvolvimento como
um todo, prezando pelo alcance dos objetivos propostos e resultados esperados. Es-
tabelecer interface com a coordenação do Programa na Fundação Abrinq para tomada
de decisões compartilhadas e produção de dados avaliativos.
Articular o processo de formação dos jovens com base na proposta pedagógica do
Programa.
Articular o processo de formação dos jovens com base na proposta pedagógica do Pro-
grama, visando o pleno desenvolvimento dos conteúdos de Tecnologias da Informação
e da Comunicação – TICs.
Apoiar os educadores no desenvolvimento do processo de formação dos jovens.
Desenvolver ações voltadas ao atendimento à comunidade, de acordo com o projeto
educacional e em parceria com a equipe de educadores.
A partir desse referencial, o próprio parceiro local desenvolve o processo de
seleção, conforme metodologia e procedimentos próprios. Portanto, há de se es-
perar diferenças. Na equipe da Garagem Digital em São Paulo, por exemplo, o edu-
cador de grupo também é educador web. No Ceará, o CENTEC optou pela perma-
nência de educador de grupo e educador web, como profissionais distintos que
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
58
Aprendizagens quanto à montagem da equipe:
atuam de forma integrada. Além disso, devido ao maior número de garagens e a
distância em relação à equipe técnica da Fundação Abrinq, no Ceará o programa
contou com o agente disseminador. Indicado pelo CENTEC, este profissional, em
conjunto com o coordenador da Garagem, tem como função a mediação entre a
coordenação e equipe técnica do Programa na Fundação Abrinq e a equipe de
implementação dos projetos em cada uma das Garagens.
Em especial, a equipe responsável por conduzir a formação de jovens das Ga-
ragens Digitais possui um perfil multidisciplinar e, preferencialmente, tem vínculos
preestabelecidos na comunidade em que irá atuar. Essa afinidade prévia com a co-
munidade garante conhecimento da realidade local e facilita o estabelecimento de
relações com os jovens que ali vivem. Também é importante que a equipe já tenha
trabalhado anteriormente com educação de jovens e projetos sociais, além de ter
afinidade e interesse pelas TICs, afinal este é um programa de Inclusão Digital.
Participar do Projeto Garagem Digital foi e continua sendo uma grande oportunidade que aproveitei da
melhor maneira possível.
Quando me inscrevi para participar da seleção que iria definir quem seriam os jovens beneficiados, acre-
ditava ser a oportunidade que estava faltando. Ao ser escolhido, recebi a chance de participar do PGD, e
assim ter acesso a um mundo de novas informações e vivências que iriam colaborar com minha vida.
O PGD é diferente. É um programa que busca não apenas oferecer aos participantes acesso às tecnologias,
mas ensinar como utilizá-las de maneira proveitosa para nossas vidas.
Ao concluir o módulo de formação, as mudanças eram evidentes. Antes era uma pessoa tímida, com di-
ficuldades até para conversar. Hoje, depois da colaboração que recebi, me sinto capaz para enfrentar os
desafios que serão colocados no decorrer de minha vida.
Como se não bastasse ter sido beneficiado como aluno, recebi também a oportunidade de colaborar com
outros jovens, uma vez que fui convidado para fazer parte da equipe, atuando na função de monitor de gru-
po. Essa sem dúvida tem sido uma experiência muito boa. Tenho tido a oportunidade de colocar em prática
e em benefício de outras pessoas todo o conhecimento que adquiri durante o módulo de formação.
O Garagem Digital foi um momento importante, que ficará marcado como o começo de uma nova fase.
Odenir Fernandes dos Santos – monitor, Ceará
Permitir que ex-alunos tenham a oportunidade e a experiência de serem
monitores, e até mesmo educadores, estimula os jovens e faz com que ve-
jam o próprio Programa como uma oportunidade de iniciação profissional.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
59
5. Formação dos educadores
Depois de definida a equipe, inicia-se o processo de formação de educadores.
A metodologia da formação é participativa e prevê o envolvimento da equipe
desde a construção dos conteúdos a serem abordados, incorporando sugestões e
expectativas dos educadores por meio do levantamento prévio aos encontros.
A seguir apresentamos a formação inicial e a formação continuada dos
educadores.
Formação inicial de educadores
A cada nova equipe constituída, seja nas Garagens já instaladas seja nas que
estão iniciando, é realizado um evento de formação inicial. A dinâmica das forma-
ções é permanentemente revista e reestruturada de acordo com as necessidades
dos educadores em formação. A experiência dos educadores que já participaram
dos processos anteriores também é uma importante fonte de aprimoramento
metodológico. Por vezes, os educadores mais experientes apóiam a equipe da
Fundação Abrinq no processo de formação dos novos.
A formação acontece no ambiente indicado pela organização parceira local,
podendo ser o próprio ambiente da Garagem Digital ou outro que possua uma
sala com cadeiras móveis e computadores conectados à Internet. Também é inte-
ressante contar com máquina fotográfica digital para registrar o processo e outros
equipamentos como data show, vídeo e TV. O uso desses equipamentos é uma
estratégia de desenvolvimento dos conteúdos da formação de educadores, pois
eles são elementos importantes na didática de formação dos jovens.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
60
A carga horária para desenvolvimento destes conteúdos é flexível e pode va-
riar, de acordo com o grau de apropriação do programa pela equipe de profis-
sionais responsáveis pelas ações da Garagem Digital. Por exemplo, se a equipe
já participou de algum projeto de uma Garagem Digital, os conteúdos básicos já
foram apropriados e eles serão revistos e aprofundados, redimensionando a carga
horária para algo em torno de 40 horas. No caso de equipes que estão iniciando a
implementação, considera-se que a carga horária seja de no mínimo 64 horas, para
garantir maior conhecimento e aprofundamento dos conteúdos trabalhados.
A formação inicial dos educadores dialoga com a proposta educacional do
PGD e preza por uma postura construtivista.
Pretende-se oferecer ferramentas e subsídios teóricos que instrumentalizem os
educadores para a construção do processo de ensino aprendizagem com os jovens.
Os educadores são estimulados a refletir sobre os principais conceitos que
norteiam o programa, ao mesmo tempo em que elaboram subsídios operacionais
e estruturais para suas práticas específicas e para a execução do projeto. Alguns
temas prioritários nesse processo formativo são, por exemplo:
Planos de aula – quando, divididos em subgrupos, os educadores elaboram
seus planos e apresentam para o grupo todo, permitindo um intercâmbio de idéias
que contribuem para o aperfeiçoamento e consolidação do planejamento macro de
cada Garagem Digital.
Projeto educacional – norteado pelos pressupostos do programa, o proje-
to educacional deve ser contextualizado de acordo com as especificidades de cada
Garagem Digital e município onde está localizada. Assim, o grupo de educadores é
chamado a refletir sobre os conceitos que permeiam o projeto educacional, ao mesmo
tempo em que produzem uma síntese com seus principais pontos, onde destacam-
se: currículo como instrumento de referência; integralidade dos conteúdos; intenção
pedagógica voltada ao desenvolvimento humano; possibilidade do ingresso do jovem
ao mundo do trabalho; despertar do espírito empreendedor; relação entre sociedade,
juventude e trabalho, entre outros;
Formação de jovens e mobilização comunitária, eixos do programa – enfatizam-se os principais conceitos e características referentes a
processos de divulgação e seleção, estrutura de funcionamento, princípios metodoló-
gicos, construtivismo e interdisciplinaridade, compreensão de inclusão social e con-
cepção de juventude, banco de dados e processo de avaliação, bem como perfil dos
jovens atendidos;
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
61
Na minha primeira formação no Garagem eu fiquei atordoada. Eu dizia: “eu queria ao
menos entender...” Eles falavam em Piaget, em Vigotsky, um monte de nomes. No fim, eu
e minha amiga nos olhamos e falamos: “Vamos fazer o quê? Cadê a apostila? Cadê o livro
didático?” E a técnica de São Paulo falava que a gente tinha que construir junto. Nós quería-
mos coisas mais concretas. Só depois que a gente descobriu a liberdade de trabalhar dentro
dessa metodologia é que a gente entendeu a proposta da formação.
Maria Luiza Siqueira Cavalcante
– Coordenadora do Centro de Vocação Tecnológica de São Gonçalo do Amarante
Temas e conteúdos da formação inicial dos educadores
>> Ferramenta 6
Formação continuada de educadores
Sabemos que formação é algo para o resto da vida. Além de estimulante, o
estudo contínuo dá segurança aos educadores e transforma sua relação com o
saber e com a profissão através do compromisso com seu auto-desenvolvimento.
Isso é importante, pois a proposta pedagógica do Programa mexe na configura-
ção mais tradicional de professor-aluno, onde um ensina e o outro aprende. As
relações no ambiente de uma Garagem são mais informais e simétricas, exigindo
habilidades de negociação e construção conjunta de conhecimento.
Uma equipe bem formada é um patrimônio importante que favorece a auto-
nomia e a sustentabilidade14 do parceiro local, com o intuito de prezar também
pela visão de futuro das Garagens Digitais. É na formação continuada que os edu-
cadores esclarecem suas dúvidas quanto à sua prática pedagógica junto aos jo-
vens e aos demais públicos do programa, aprofundando seus conhecimentos em
temas específicos. É também uma oportunidade de promover a reflexão contínua
da teoria na prática do Programa Garagem Digital.
14 O programa alimenta uma concepção ampla de sustentabilidade, que envolve questões econômicas, sociais e culturais, políticas e tecnológicas e que precisam ser observadas durante o desenvolvimento do projeto e na perspectiva de continuidade das ações.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
62
A formação continuada está inserida nas ações de monitoramento das Ga-
ragens e acontece de forma presencial e à distância, sob a responsabilidade da
equipe técnica. Os temas dos encontros são levantados previamente e devem dia-
logar com a proposta e com o momento em que se encontra o projeto específico
da Garagem. Levantados os temas a ser abordados, a equipe técnica em São Paulo
se encarrega de criar estratégias de desenvolvimento dos conteúdos através de
pesquisa, planejamento do encontro e seleção de material de apoio.
O desenvolvimento do encontro é registrado e socializado entre todos os par-
ticipantes por meio digital. Assim, ao término do projeto, é possível recuperar a
memória do processo e avaliá-lo através da sua sistematização. A fim de facilitar
esse processo, as equipes contam com ferramentas de comunicação à distância.
Durante a formação de educadores, os conteúdos são trabalhados de forma
contextualizada entre a prática dos projetos das Garagens Digitais e as concep-
ções do Programa, alguns conteúdos merecem destaque por serem permanente-
mente revistos no decorrer da formação, por exemplo:
Papel do educador; que pode ser trabalhado com o levantamento junto aos
profissionais de características que eles avaliam como importantes para um bom edu-
cador. Depois do levantamento, o grupo elege as características principais e busca-se
refletir, conjuntamente, sobre como tais características se articulam com os pressu-
postos do programa.
Currículo e abordagem curricular; as áreas de conhecimento do currí-
culo do Programa e concepções teóricas sobre suas possíveis abordagens, tais como
Construtivismo e Interdisciplinaridade.
Pedagogia de Projetos; metodologia proposta para o desenvolvimento do
currículo do Programa.
Planejamento macro com base no currículo e no tempo pre-visto para o projeto, com indicação de possíveis produtos a serem construí-
dos através dos recursos disponíveis;
Avaliação Formativa; conceito de avaliação na perspectiva da avaliação con-
tínua e democrática.
Modelo de Plano de Aula
>> Ferramenta 7
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
63
Acompanhamento à distância
Paralela à formação continuada presencial, acontece a formação continuada à
distância. Os recursos utilizados envolvem o uso de e-mail, telefone e sistema de
comunicação on-line. Cabe à equipe técnica do Programa motivar e animar este
recurso na cultura de capacitação dos educadores, dando vida e sentido a ele no
decorrer do processo de aprendizagem.
Alguns benefícios proporcionados pelas ferramentas de comunicação à dis-
tância são indicados:
Integração entre as equipes de todos os projetos.
Compartilhamento de experiência entre os projetos e as equipes.
Sistema gratuito.
Otimização do tempo.
Redução de custo do Programa.
Contato prévio com conteúdos da formação continuada.
Rotina de estudos e planejamento
Além da formação acompanhada pela equipe técnica da Fundação Abrinq,
está previsto um espaço regular de auto-desenvolvimento da equipe de educado-
res e monitores. Um dia por semana é reservado para o trabalho interno dedicado
ao estudo e pesquisa para subsidiar o planejamento das ações. Ali os educadores
conversam sobre o desenvolvimento de cada jovem, afinam suas estratégias pe-
dagógicas, detalham o planejamento das aulas, organizam as atividades e vivên-
cias comunitárias, organizam as atividades e eventos voltados à mobilização local
e com isso integram suas ações e as áreas temáticas do projeto educacional.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
64
Avaliação da formação
O processo de formação dos educadores é avaliado de duas formas:
Durante a formação – por meio de avaliações orais ou dinâmicas específicas
que priorizam a participação de todos e permite adequação e aprimoramento de
alguns aspectos ali levantados.
Ao término da formação – através de um questionário que concentra os as-
pectos gerais e específicos do período, tais como: estrutura física, material de
apoio, pauta proposta, dinâmicas utilizadas, carga horária/dia, carga horária total,
grupo – entrosamento, integração e participação, aprendizagens adquiridas, con-
teúdos desenvolvidos etc.
Aprendizagem quanto à formação da equipe:
Uma experiência bem-sucedida é o deslocamento de educadores experientes de
uma Garagem já estruturada para aquelas que estão em fase de implantação. A parti-
cipação destes atores durante a formação, além de facilitar a apropriação da metodo-
logia, ajuda na integração das Garagens e das equipes em rede.
A formação inicial deve ocorrer mesmo com equipes que já passaram pelo processo
formativo em outra oportunidade, porque a produção de novos conhecimentos, bem
como o intercâmbio de idéias, qualifica o desenvolvimento do novo projeto.
O perfil dos participantes deve ser levantado para aumentar as chances de atingir
todas as expectativas.
A pauta da formação deve ser constantemente reformulada e valorizar o conheci-
mento e a experiência acumulada das equipes ao longo dos anos no Programa.
Socializar com os participantes a sistematização do processo de formação inicial
estimula o desenvolvimento da co-responsabilidade além de desencadear o processo
de formação continuada na medida em que o registro aponta conteúdos que devem
ser retomados (por não terem se esgotados naquela ocasião) e outros que devem ser
abordados posteriormente (por terem sido despertados durante a formação).
Instrumental de Avaliação da
Formação Inicial
>> Ferramenta 9
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
65
6. Formação dos jovens
A proposta objetiva motivar e oferecer condições aos jovens para o uso oti-
mizado das TICs e o desenvolvimento da capacidade de tolerância; capacidade
de mediar conflitos; capacidade de mobilização social; senso de responsabilidade;
percepção do individual, do coletivo e de suas inter-relações; capacidade de tra-
balhar em grupo; planejar, executar e avaliar um trabalho; capacidade de acessar e
contextualizar as informações; competência e autonomia no uso de novas tecno-
logias de comunicação e informação; competências no uso de diferentes lingua-
gens (língua portuguesa, música, design, vídeo, foto, rádio, jornal); competências
que favoreçam a entrada e permanência no mundo do trabalho.
A criação de oportunidades para que os jovens ampliem o universo cul-
tural através de visitas a museus, exposições culturais, empresas, ONGs, entre ou-
tras, foi sendo incorporado e organizado ao longo do processo de formação.
Pedagogia de Projetos – A organização do currículo deve ser feita por
projetos de trabalho, com atuação conjunta de alunos e professores. As
diferentes fases e atividades que compõem um projeto ajudam os estu-
dantes a desenvolver a consciência sobre o próprio processo de aprendi-
zagem (...) É bom e é necessário que os estudantes tenham aulas exposi-
tivas, participem de seminários, trabalhem em grupos e individualmente,
ou seja, estudem em diferentes situações. (Hernandez 2002)
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
66
Seleção dos jovens
Uma vez constituída e formada a equipe de educadores, é hora de selecionar
os jovens que participarão do processo de formação. O número de vagas varia de
acordo com o número de computadores disponíveis, mas geralmente são de 20 a
30 jovens por turma, na proporção de dois jovens por computador.
A demanda por programas de inclusão digital é muito grande. Em geral são
mais de quatro candidatos para cada vaga disponibilizada. Em alguns municípios,
mais de 300 pessoas disputaram as 40 vagas existentes. Os gestores e educadores
que fazem a seleção contam que este é um momento difícil do processo, já que
têm que deixar de fora pessoas num Programa que visa a inclusão social.
Para balizar esta seleção, foram estabelecidos critérios que ajudam a priorizar
o público de acordo com a possibilidade de maior impacto da sua ação. De acor-
do com o contexto de onde a Garagem Digital está implantada, a parceira pode
agregar novos critérios de seleção a fim de torná-lo mais adequado as demandas
locais e ao mesmo tempo respeitando aqueles instituídos pelo Programa.
Critérios de seleção dos jovens
Idade entre 14 e 24 anos.
Jovens que estejam cursando entre a 7ª sé-
rie e o último ano do Ensino Médio ou que
já o tenham concluído. Prioridade para es-
tudantes de escolas públicas.
Baixa renda familiar per capita: aproxima-
damente meio salário mínimo, podendo so-
frer adaptações de acordo com as caracte-
rísticas próprias do contexto sócio econômi-
co e institucional onde será desenvolvido.
Morador da comunidade local ou próxima à
Garagem Digital.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
67
Procedimentos de seleção de jovens
Para a seleção dos jovens é sugerido ao parceiro local três momentos: preen-
chimento de formulários, entrevista individual e palestras. Estes procedimentos, a
seguir detalhados, têm a finalidade de garantir uma escolha transparente e cuida-
dosa dos participantes.
1 - Preenchimento dos formulários de interesse dos jovens em participar da Garagem - A parceira local deve prever e organizar
os aspectos administrativos que nortearão esta ação, como criação de formulário
de inscrição e estratégias de divulgação do Programa na comunidade. Podem ser
produzidos folders e cartazes, a serem espalhados em escolas, instituições, es-
tabelecimentos comerciais, entre outros. A abrangência da divulgação deve estar
condicionada a uma análise da demanda. Os ex-alunos costumam ser bons divul-
gadores junto a seus colegas.
2 - Entrevista Individual - O objetivo maior da entrevista é diagnosticar o
real interesse do jovem em participar da Garagem Digital. Com esse interesse mi-
nimamente identificado, é possível precisar se o Programa fará ou não diferença e
terá impacto na sua vida. Alguns jovens conseguiram entrar após três ou quatro
tentativas e essa perseverança foi levada em consideração no processo de seleção.
3 - Palestra com os jovens e seus familiares - Esta palestra cos-
tuma acontecer com os jovens pré-selecionados e seus familiares. Seu principal
objetivo é esclarecer dúvidas e apresentar o espaço da Garagem a eles. Depois
dessa apresentação, os jovens terão a oportunidade de decidir se querem ou não
participar e as famílias saberão que tipo de suporte deverão dar aos seus filhos.
Modelo de Cadastro dos Jovens
para Formação
>> Ferramenta 10
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
68
Aprendizagem quanto à seleção dos jovens:
É preciso envolver as famílias no “acordo pedagógico” que se faz com os jovens, es-
pecialmente com os mais novos – ainda na adolescência - para que estes sejam apoia-
dos a permanecerem até o final do processo de formação, pois é comum que jovens
nessa faixa etária sejam pressionados a trabalhar e conseqüentemente interrompam
os estudos e processos formativos.
É preciso identificar o real interesse dos jovens em participar, explicitando a res-
ponsabilidade e o compromisso de ocupar uma vaga tão disputada. Recomenda-se
um olhar especial para os jovens que já atuam nas suas comunidades ou que revelam
grande interesse nessa direção.
É preciso identificar o real interesse dos jovens em relação às TICs, pois geralmente
aqueles que não se interessam não têm o aproveitamento desejável, por vezes aban-
donando ou concluindo com poucos resultados e perspectivas futuras.
Recomenda-se priorizar jovens que não estão sendo atendidos por outros projetos
sociais para não haver sobreposição de atendimentos sobre o mesmo público.
Durante o processo de seleção dos jovens, é importante que o Programa seja am-
plamente divulgado às comunidades e escolas vizinhas. Assim, jovens de diferentes
lugares terão a oportunidade de inscrever-se. Centralizar a seleção em um determina-
do local é uma opção excludente e incoerente com os pressupostos do Programa.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
69
Montagem das turmas
O processo de montagem das turmas deve ser feito pelos educadores com o
apoio do coordenador da Garagem, que irá garantir alinhamento entre as deci-
sões tomadas. Os cuidados tomados nesta etapa são:
A proporção é de um microcomputador para cada dois jo-
vens. O trabalho em duplas promove a cooperação e a construção coletiva
do saber e dos produtos. Como as Garagens Digitais têm 15 ou 10 computadores, as
turmas têm no máximo 30 a 20 jovens respectivamente. A escolha das duplas é feita
a partir da segunda semana do curso, quando os jovens já se conheceram um pouco.
Os jovens apontam suas afinidades e os educadores também orientam as escolhas. É
possível mudar de parceiro, mas isso não é o mais comum.
Prever equilíbrio entre gênero, faixa etária, e escolaridade. A sala deve envolver um número equilibrado de homens e mulheres. As fichas de
inscrição devem ser analisadas e cruzadas de modo que revelem o número exato de
jovens de cada idade, ajudando a criar meios de equilibrar as turmas com pessoas de
faixas etárias próximas.
Considerar o grau de conhecimento que os jovens já pos-suem. Para participar da Garagem não há pré-requisito de conhecimento. A análise
das fichas de inscrição sinaliza quantos jovens já possuem conhecimentos em infor-
mática ou quantos já tiveram contato com as TICs. Aqueles que têm conhecimentos
avançados em TICs provavelmente vão aproveitar a oportunidade, porém com menor
impacto que os jovens que possuem poucos conhecimentos na área da tecnologia.
Na montagem das turmas o nível de conhecimento geral deve ser levado em conta
visando alcançar um equilíbrio.
Partindo de conceitos como os da Zona Proximal de Desenvolvimento, segun-
do o qual para que a aprendizagem aconteça o conteúdo a ser desenvolvido deve
ser ao mesmo tempo desafiante e possível, os alunos são agrupados de forma que
não haja uma distância muito grande entre os níveis de desenvolvimento em re-
lação aos conhecimentos, e também para facilitar a construção coletiva de novos
saberes. Ao trabalhar com a elaboração de projetos e a produção de produtos co-
letivos (sites, feiras etc.) é importante montar turmas pensando na complementa-
ridade dos saberes, aproveitando a diversidade de conhecimento dos jovens sem
perseguir um ideal ilusório de homogeneização.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
70
Formulado por Vigotsky15, o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal refe-
re-se ao caminho que o indivíduo vai percorrer para desenvolver funções que estão
em processo de amadurecimento e que se tornarão funções consolidadas, estabele-
cidas no seu nível de desenvolvimento real. A zona de desenvolvimento proximal é,
pois, um domínio psicológico em constante transformação; aquilo que uma criança
é capaz de fazer com a ajuda de alguém hoje, ela conseguirá fazer sozinha amanhã.
(Oliveira, 1995)
Desenvolvimento do projeto educacional
O projeto educativo do Programa Garagem Digital tem como premissa contri-
buir para a formação de jovens, assegurando-lhes o acesso às novas tecnologias
e aos bens culturais, facilitando sua inserção na vida social produtiva e a conquis-
ta da autonomia intelectual. Compreendendo as novas tecnologias da informa-
ção e da comunicação como facilitadoras do processo de aprendizagem, ele se
concretiza por meio de um currículo que integra conteúdos de cinco áreas de
conhecimento, de eixos metodológicos norteadores da prática pedagógica e de
estratégias de participação comunitária.
Assim, esta parte do texto está organizada da seguinte forma: inicialmente,
apresentaremos conteúdos do eixo 1 do programa, relativos ao currículo e proces-
so formativo dos jovens e na seqüência o eixo 2, mobilização comunitária onde o
foco do trabalho está no atendimento comunitário, mas também na interface que
esse estabelece com o processo formativo dos jovens.
15 Lev Semionovitch Vygotsky foi um psicólogo bielo-russo, descoberto nos meios acadêmicos ocidentais depois da sua morte, causada por tuberculose, aos 37 anos. Pensador impor-tante, foi pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais (e condições de vida). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: <http://www.wikipedia.org.br/wiki/vygotsky>. Acesso em: 21 set. 2008.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
71
Uma mudança significativa definiu tudo o que vivi e ainda estou vivendo no PGD.
Sempre fui um aluno calado em sala de aula, em outras palavras, bastante tímido, e
sentia que isso me atrapalhava. Foi quando no segundo semestre de 2004 surgiu uma
grande oportunidade em minha vida, um novo curso na cidade. Fiquei muito entu-
siasmado e curioso, muitas pessoas concorreram às 40 vagas oferecidas, fui um dos
privilegiados que conseguiram entrar no curso. Durante quatro meses posso dizer que
fiz novos amigos e na verdade formei uma grande família, a partir desse curso comecei
a ver a vida de um jeito diferente. No decorrer do curso conseguia expressar minhas
idéias com clareza, objetividade e sem receio do que as outras pessoas poderiam pen-
sar sobre minha opinião. Ao final do curso senti muita saudade de todos os amigos e
professores que tinham me ajudado tanto a crescer como cidadão.
Jucineudo Sombra
– monitor, Ceará
Eixo 1: Formação de Jovens
(áreas temáticas)
1. Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs)
2. Ciências Sociais
3. Administração e Marketing
4. Arte e Design
5. Linguagem e Comunicação
Eixo 2: Mobilização Comunitária
(linhas de ação)
1. Acesso Livre
2. Rodas de Inclusão Digital
3. Rede de Oportunidades
4. Integração e Fortalecimento institucional
7. EIXOS ORIENTADORES
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
72
As intenções do Programa buscam proporcionar aos jovens e pessoas da co-
munidade que participam de suas atividades, vivências voltadas para o desen-
volvimento da sociabilidade, comunicação, organização, fortalecimento da cida-
dania, entre outras. Pretende fazer isso de modo participativo e prazeroso que
propicie oportunidades de pensar, interagir e descobrir meios de apropriação de
novos conhecimentos e despertar para suas potencialidades. Assim, as pessoas
são estimuladas a construir projetos individuais e coletivos que possam melhorar
a qualidade de suas vidas e de suas comunidades.
Na escola onde eu dava aula vinha tudo pronto, eu e o livro.
No Garagem, eu descobri que liberdade para o aluno significa
liberdade de criação para o professor.
Maria da Graças Nunes Nogueira
– educadora, Ceará
É bom lembrar que o processo de aprendizagem que utiliza as TICs envolve os
elementos de qualquer outro processo de aprendizagem: julgamento, senso crítico,
pensamento hipotético e dedutivo, faculdades de observação e de pesquisa, imagi-
nação, capacidade de memorizar e classificar, leitura e a análise de textos e de ima-
gens, representação de redes, procedimentos e estratégias de comunicação.
O desafio é sempre sair da abstração dos conceitos e aterrissar nas práticas
cotidianas. Este movimento delicado de não perder princípios filosóficos de vista,
mas também não ficar pairando acima da realidade requer estudo, persistência e
muita análise da própria prática.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
73
Pressupostos:
Entender o ser humano como produto e como produtor de um processo
social, histórico, político e cultural.
Ter clareza da concepção de educação, como um processo de constru-
ção e produção de conhecimentos significativos.
Pensar num processo democrático como possibilidade e necessidade,
dando condições à interação social viabilizadora de uma sociedade
composta por membros diferentes entre si e tornando realidade o con-
vívio pacífico numa sociedade pluralista.
Conceber o diálogo como um dos principais instrumentos desse siste-
ma, sendo que este requer a capacidade de ouvir o outro e de se fazer
entender. Pede descentralização, para então possibilitar a aprendiza-
gem e a negociação como um importante recurso na busca de solu-
ções de problemas.
Construir uma pedagogia que traduza a crença de que o conhecimento
é construído e, para construí-lo, faz-se necessário o contato íntimo
com o objeto de aprendizagem com dinamismo, investigação, ousadia,
possibilitando a transgressão do que está estruturado para novos es-
tágios na dimensão social, intelectual e emocional.
Estar pautado em projeto curricular, mostrando seus objetivos, estraté-
gias, áreas de conhecimento e principais conteúdos selecionados.
Definir grandes eixos metodológicos norteadores da prática pedagógica.
Ter o caminho metodológico como facilitador na construção do plane-
jamento das atividades voltadas à aprendizagem dos conteúdos se-
lecionados, buscando assegurar uma relação clara entre conteúdos,
áreas de conhecimentos, objetivos e a principal estratégia de ensino-
aprendizagem do projeto curricular.
Ter indicadores de avaliação das aprendizagens dos jovens e utilizá-
los continuamente.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
74
Currículo
Um dos pontos fortes do Programa Garagem Digital é a estruturação clara
de um currículo pensado a partir das exigências que os jovens enfrentam para se
incluírem no mundo do trabalho e para participarem em suas comunidades. Para
chegar à formatação atual, o currículo sofreu inúmeras transformações e contou
com a dedicação e experiência de vários profissionais.
Nas primeiras versões do currículo do Programa,
as TICs estavam no centro, aos poucos fomos inte-
grando os temas de forma que eles sejam comple-
mentares e não adendos da formação tecnológica.
Arlete Felício Graciano Fernandes
(técnica do Programa)
A equipe técnica do Programa foi observando na experiência que estava
em curso o que fazia sentido para os jovens e para os educadores. Em paralelo,
convidaram alguns profissionais para aprofundar algumas discussões e validar
decisões. Foi dessa maneira que os quatro pilares do Relatório Delors - aprender
a conviver, aprender a ser, aprender a conhecer e aprender a fazer - foram sendo
incorporados como princípios transversais, e o Programa foi redefinindo seus
Eixos orientadores, conteúdos e linhas de ação.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
75
EIXO 1: FORMAÇÃO DOS JOVENS
Havia um jovem na turma que não respeitava a opinião dos outros, não se
concentrava nas atividades e atrapalhava o grupo com conversas paralelas. Não
gostava de fazer apresentações, não deixava que o fotografassem e muito menos
filmassem. O desafio era grande, mas senti que poderia reverter esta situação,
pois ele tinha um grande respeito por mim. Comecei a trabalhar lado a lado com
ele, como se fosse meu monitor. Solicitava sempre a sua ajuda, fui explorando seu
potencial de participação, aceitação e comunicação. Em menos de 30 dias, o mes-
mo respeito que ele sentia por mim, foi estendido aos colegas e ele acabou sendo
o mestre de cerimonial no evento do lançamento do site. Depois do Programa, ele
foi selecionado pela Caixa Econômica Federal onde está estagiando. Tudo isto foi
possível, trabalhamos com uma Pedagogia de Projetos voltada para o protagonis-
mo juvenil. É muito emocionante ver a mudança que o Programa proporciona.
Izaltina Pereira Calixto Nogueira
– educadora, Ceará
O Programa escolheu atuar por meio de cinco áreas de conhecimento: Tecno-
logia da Informação e Comunicação; Linguagem e Comunicação; Arte e Design;
Ciências Sociais e Administração e Marketing.
A definição de que essas áreas comporiam o currículo passou por um pro-
cesso de reflexão que partiu da experiência piloto, onde, apesar de não haver um
currículo definido, já existia a intenção de que as tecnologias da informação e co-
municação devessem ser um meio, uma ferramenta, e não um fim.
A experiência piloto de montar um portal exigiu a integração de diversos conteú-
dos que auxiliaram na identificação das áreas e, portanto iriam compor o currículo.
Também os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)16 foram analisados, na
perspectiva de se compreender como ocorreria o diálogo entre os conteúdos da
educação formal e aqueles trabalhados no âmbito do Programa.
Pensando que além dos conteúdos curriculares também era necessário intro-
duzir temas que agregassem ao processo formativo dos jovens questões relativas
a valores e atitudes, a equipe introduziu em suas reflexões e elaborações teóricas
conhecimentos advindos dos temas transversais.
16 Para mais informações sobre os temas transversais do ensino básico, ver http://www.fnde.gov.br/home/pcn/
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
76
Temas e conteúdos da Formação dos Jovens
– Ferramenta 13
Temas transversais / PCNs
Assim, o programa partiu do pressuposto que essas áreas de conhecimento,
trabalhadas de forma integrada, dão conta das demandas formativas que o Pro-
grama se dispõe a trabalhar. Além disso, também entende-se que os educadores de-
vam integrar os temas transversais propostos nos PCNs para a Educação Básica: Ética,
Pluralidade Cultural, Sexualidade, Trabalho e Consumo, Saúde e Meio Ambiente.
Além disso, os PCNs dialogam com a metodologia do PGD na medida em
que incentivam a elaboração de projetos e trabalhos práticos junto a outras
instituições, entendendo a importância da relação entre organizações sociais,
escola e comunidade.
Os Temas Transversais surgem para traduzir a diversidade de questões importantes,
urgentes e presentes na sociedade brasileira. Entende-se que o compromisso com a
construção da cidadania relaciona-se com uma prática educacional voltada para a
“compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida
pessoal e coletiva e a afirmação do princípio da participação política”.
Nessa perspectiva é que foram incorporadas como Temas Transversais as questões da
Ética, da Pluralidade Cultural, do Meio Ambiente, da Saúde, da Orientação Sexual e do
Trabalho e Consumo.
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77
Currículo
Elaboração de projetos e produtos
A Pedagogia de Projetos é a metodologia escolhida para favorecer o processo
de aprendizagem, garantindo a organização e abordagem dos conteúdos de for-
ma concreta e transferível para os outros contextos de vida dos jovens. A proposta
é que o educador abandone o papel de “transmissor de conteúdos” para se trans-
formar num pesquisador e o educando, por sua vez, deixe de ser visto como re-
ceptor passivo e passe a ser reconhecido como sujeito do processo. É importante
entender que não há um método a seguir, mas uma série de condições a respeitar.
O primeiro passo é definir um assunto de interesse dos jovens e articulá-lo aos te-
mas do currículo e a partir daí construir conjuntamente um projeto. A curiosidade
aqui é ponto de partida.
Ciências Sociais
Contextualizar o impacto das TICs na
relação entre sociedade contemporânea,
juventude e trabalho.
Usar de forma otimizada e crítica as TICs
para a viabilização dos projetos pessoais
profissionais dos jovens.
Tecnologias da Informação
e Comunicação
Ampliar a capacidade de ler, interpretar e
criar diferentes tipos de textos/discursos.
Linguagem e Comunicação
Planejar, implementar e gerenciar de
forma empreendedora, os projetos de
ordem pessoal, profissional e social.
Administração e Marketing
Criar produtos com recursos básicos
da linguagem da comunicação.
Arte e Design
Temas Transversais
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78
A gente sempre ouvia falar da tal Pe-
dagogia de Projetos e achávamos que
fazíamos isso. Depois do Programa,
deu para perceber a importância de ter
um fio da meada concreto (no caso é
a construção dos produtos) que con-
segue ao mesmo tempo dar direção e
integrar os conteúdos curriculares.
Adelson Rodrigues da Silva
– educador, São Paulo
Embora não seja uma novidade, a Pedagogia de Projetos está sendo revisitada
e está presente em várias experiências educacionais bem sucedidas voltadas para
jovens. O Programa Garagem Digital realiza a Pedagogia de Projetos na estrutura-
ção de processos e produtos individuais e coletivos em cada turma. Os produtos
priorizam a aprendizagem significativa dos jovens que elegem mensalmente um
projeto a ser desenvolvido, sempre com o uso dos recursos tecnológicos disponi-
bilizados no espaço da Garagem, como: jornais comunitários, feiras de tecnologia,
seminários, currículo, boletins, páginas pessoais e websites. O desenvolvimento
dos projetos permite o acompanhamento da aprendizagem dos jovens.
Exemplos dos sites produzidos pelos jovens das Garagens Digitais17
http://www.prainhadocantoverde.com.br - website do Projeto de
Turismo Comunitário da Prainha do Canto Verde de Beberibe/CE.
http://www.nitquixere.centec.org.br/ - website do Núcleo de Infor-
mação Tecnológica de Quixeré/CE.
http://www.sgaprojetossociais.centec.org.br/ - este website
apresenta os projetos sociais existentes no município de São Gonçalo do Amarante/CE.
http://www.nitlimoeiro.centec.org.br/dca/ - website do Fórum
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
http://www.aracatiterradosbonsventos.centec.org.br/index.htm - website do Núcleo de Informação Tecnológica de Limoeiro do Norte/CE.
http://www.bibliotecapublicalnce.centec.org.br/ - website da
Biblioteca Pública Municipal Dr. João Eduardo Neto de Limoeiro do Norte/CE.
http://www.somdascarnaubeiras.org.br/ - website da Associação
Carnaubeira de Arte-Educação de Russas/CE.
17 Sites em funcionamento em novembro de 2008.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
79
Criando produtos concretos o jovem desenvolve habilidades, constrói conhe-
cimento de forma prática, pode avaliar suas produções, perceber suas diferentes
potencialidades e as dos outros. Isso costuma reforçar em cada um a percepção de
que é capaz de construir uma história própria na relação com os outros.
Aprendizagens quanto à construção dos produtos (sites):
No caso do Ceará, que forma duas turmas a cada semestre, foi detectada a escassez
de demandas por novos sites. A alternativa foi a criação de sites mais pontuais e tem-
porários, como de feiras, eventos e exposições além da criação de sites de organizações
sociais locais sem recursos disponíveis para este fim.
O planejamento do tempo requerido para o desenvolvimento e lançamento do site deve
ocorrer de forma a garantir que seja suficiente e equilibrado no percurso da formação.
É preciso prever recursos no orçamento e um plano de ação local para atualização e
manutenção dos sites construídos para que se mantenham no ar.
O impacto das aprendizagens nos projetos profissionais dos jovens formados pelo
Programa foi um fator marcante. Alguns jovens se juntaram em cooperativas ou peque-
nos empreendimentos para a produção comercial de sites e geração de renda.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
80
Técnicas didáticas
Um dia típico na Garagem começa com uma roda ini-
cial, na qual a turma retoma o encontro passado. A roda
também é uma importante estratégia de integração entre
jovens e educadores e uma forma de conhecer um pouco
mais sobre as suas realidades de vida. Estes momentos,
muitas vezes, ajudam a trazer à tona os projetos e temáticas
que serão posteriormente trabalhados na Garagem. É por
meio da roda que também ocorrem resoluções de confli-
tos, apresentação de talentos entre os jovens como: músi-
cos, poetas e grafiteiros e aquecimento para as atividades
do dia. Começa então o desenvolvimento da atividade pla-
nejada para aquele dia. Estas atividades são desenvolvidas
por meio de várias estratégias (ver Box pág. XX). O produto
das atividades do dia, que pode ter sido construído em gru-
po, em duplas ou mesmo individualmente, é apresentado
para a turma. Para terminar, organiza-se uma roda final: momento de conclusão,
avaliação e planejamento das próximas atividades.
Ao longo do Programa, os educadores foram criando um repertório de ativi-
dades, dinâmicas, identificando recursos que possam ajudar no planejamento e
desenvolvimento das atividades, como sites, jornais, livros artigos etc., no intuito
de ampliar o acervo teórico e temático junto aos jovens.
Há outros exemplos de projetos desenvolvidos pelos jo-
vens participantes do Programa, como a Campanha Social
PGD Solidário: O Dia do “Upgrade” - Mudar para melhor.
A Campanha arrecadou 42 cestas básicas e 72 kit’s de
roupas que posteriormente foram distribuídos para morado-
res de distritos do município com alto grau de vulnerabilida-
de. Além disso, a campanha proporcionou que 80 pessoas
participassem de palestras com temas voltados à cidadania
e que 40 CPF’s e 34 certidões de nascimento fossem emiti-
das. Na mesma ocasião, 36 pessoas tiveram a oportunidade
de cortar o cabelo!
No total, 358 pessoas foram beneficiadas diretamente
pela Campanha. Isso só foi possível graças ao esforço da
equipe de jovens e educadores e o engajamento da comuni-
dade local e parceiros.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
81
O Programa não adota um material didático único, portanto vale socializar
essas pesquisas e construções geradas no processo de planejamento dos educa-
dores. Assim, à medida que enriquecem e fortalecem suas próprias ações podem
também permitir a troca de recursos, estratégias e abordagens utilizadas no de-
senvolvimento das atividades. Através de contatos individuais, nos encontros de
formação e monitoramento, nas comunicações virtuais, nas reuniões semanais e
nos diversos espaços construídos pelos diversos atores do Programa, as práticas
vão se fortalecendo e se tornando um saber construído pelo próprio grupo.
Estratégias usadas
Jogos e simulações;
Dramatizações;
Dinâmicas e estudo de caso;
Discussões em pequenos grupos e plenárias;
Construção do conhecimento coletivo;
Debates e palestras;
Desenvolvimento e implementação de pequenos projetos;
Planejamento, execução e avaliação de atividades externas e vivências comunitárias;
Oficinas e/ou intercâmbios com especialistas ligados as temáticas tratadas;
Visitas monitoradas em outros contextos pertinentes ao processo;
Participação ativa em eventos em geral.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
82
Aprendizagens quanto à formação:
Para que o universo cultural seja ampliado, o Programa propõe que ocorram visitas
culturais durante o período de formação dos jovens. No Ceará, experimentou-se reunir
jovens de três municípios num grande evento em Fortaleza e posteriormente um outro
na praia. A iniciativa deu certo e foi instituída como “Encontros de integração dos jovens
das Garagens Digitais do Ceará”. Nestas ocasiões, os educadores promovem dinâmicas de
integração entre as equipes, os jovens trocam contatos e fortalecem seus laços.
Com o objetivo de conhecer melhor a realidade vivida por cada jovem, a equipe do
Programa organiza visitas as suas casas e famílias. Esta ação reforça os vínculos entre
os jovens, seus familiares e o Programa. Os familiares têm a oportunidade de conhecer
melhor os educadores e tirar dúvidas com relação ao desenvolvimento do Programa en-
quanto que os jovens sentem-se mais valorizados e com a auto-estima fortalecida.
O desenvolvimento do projeto político-pedagógico do Programa e o acompanhamento
dos jovens devem contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar formada por, no mí-
nimo, um coordenador, um educador e dois monitores (sendo um responsável pelas ações
voltadas à comunidade). Às sextas-feiras, esta equipe avalia e planeja o desenvolvimento
das próximas ações de forma participativa e considerando o desenvolvimento individual
e coletivo das turmas.
Outra estratégia importante ao desenvolvimento dos jovens são as vivências comunitá-
rias. As vivências comunitárias se traduzem como excelentes formas de integração entre
as ações de formação dos jovens e de mobilização comunitária, e não devem se limitar a
vivências nas ações já promovidas pelo Programa tais como acesso livre e cursos básicos
de informática. Embora as vivências nestas ações sejam significativas e relevantes, caso
um jovem se interesse em participar de ações ligadas a sua comunidade e realidade local
ele deve ser estimulado, pois, o propósito maior é o desenvolvimento de seu protagonis-
mo por meio de sua participação social.
Uma outra discussão importante que deve ser promovida junto aos jovens é sobre a
sustentabilidade dos projetos construídos ao longo do desenvolvimento do Programa.
Sobretudo, os projetos que envolvem produtos web, pois, correm o risco de rapidamente
tornarem-se obsoletos na medida em que as turmas de jovens são renovadas. Estes
questionamentos podem promover uma melhor sensibilização e co-responsabilidade dos
jovens no que diz respeito à construção dos produtos. Ou seja, não basta construí-los é
necessário também ser pró-ativo e propositivo no que diz respeito à sua manutenção e
sustentabilidade. Elementos ligados ao desenvolvimento da criticidade, criatividade, pro-
tagonismo e empreendedorismo juvenil.
O encerramento da formação de jovens no Programa é marcado pela realização de um
evento onde participam as famílias dos jovens, amigos, parentes e a comunidade local.
Nos eventos de encerramento, os projetos e produtos desenvolvidos pelos jovens ao lon-
go do Programa são apresentados, além disso, eventos artísticos, musicais e teatrais da
comunidade ou de outras organizações locais também se apresentam e contribuem para
fazer desse dia uma festa muito esperado por todos os jovens!
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
83
O Programa não trabalha com sistema de notas individuais. O retorno sobre o
desempenho dos participantes acontece cotidianamente entre os colegas e por
parte dos monitores e educadores. Não ocorrendo o julgamento de desempenho
através de provas, a confiança entre educador e jovem tende a crescer e a res-
ponsabilidade pelo auto-desenvolvimento passa a ser a tônica do processo. Os
instrumentos avaliativos, orientados pela Matriz de Avaliação, têm função de rever
o que ocorreu e planejar os próximos passos.
O Programa disponibiliza para seus participantes um certificado de partici-
pação que ajuda a compor um currículo formal e reforça junto aos jovens a im-
portância de terem documentos comprobatórios das suas experiências na hora
de se apresentar para uma vaga de emprego ou outra oportunidade, na busca de
construção de seus projetos profissionais.
Para receber o certificado de conclusão do curso, os jovens precisam ter fre-
qüência mínima de 75% da carga horária total.
Os projetos das Garagens Digitais são encerrados por meio de um evento
onde são apresentados aos familiares e comunidade em geral todos os projetos
desenvolvidos pelos jovens ao longo das 300h de formação na Garagem.
A formatura das turmas costuma reunir professores, amigos e familiares que
juntos vão conhecer o que os jovens produziram e celebrar suas conquistas. Os
eventos são filmados e guardados como registros preciosos de uma etapa impor-
tante da formação dos jovens.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
84
EIXO 2: MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA
Em 2003, a partir do reconhecimento dos impactos significativos da experiên-
cia da Garagem Digital no CPA (Centro de Profissionalização de Adolescentes), o
Programa passou a se preocupar em articular o processo de formação dos jovens
com a participação em suas comunidades, como veremos adiante. Para ter coe-
rência com a proposta de contextualizar a ação junto aos jovens e desenvolver
neles uma responsabilidade comunitária, surgiram alguns questionamentos: por
que não abrir o acesso livre a outras pessoas da comunidade já que as máqui-
nas estavam disponíveis e não eram utilizadas, por exemplo, no período da noite?
Como articular os produtos feitos pelos jovens no processo de formação com as
demandas legítimas da comunidade? Como aproveitar o conhecimento acumu-
lado sobre Inclusão Digital para aumentar a consciência desse direito junto à po-
pulação do entorno?
Essas e outras questões foram configurando o segundo Eixo do Programa
Garagem Digital: “Mobilização Comunitária”, que tem como objetivo favorecer o
acesso da comunidade para a utilização das TICs como instrumento de desenvol-
vimento local, organização social, entretenimento e produção cultural.
Aos poucos, as atividades deste eixo foram sendo desenhadas e hoje estão
estruturadas em quatro principais linhas de ação: Acesso Livre; Rodas de Inclusão
Digital, seminários e outros eventos; Rede de Oportunidades; Integração e Forta-
lecimento Institucional.
Além disso, as linhas de ação do eixo 2 são iniciativas intencionalmente plane-
jadas para que a vivência comunitária dos jovens ocorra em contextos convergen-
tes ao processo formativo.
A. Acesso Livre
O Acesso Livre é uma ação intencional do Programa Garagem Digital e ocorre
em todas as Garagens Digitais, em períodos em que não haja formação de jovens
ou no contraturno da formação. Seu objetivo é disponibilizar acesso às tecnologias
e aos recursos e benefícios à comunidade, por intermédio de facilitadores capacita-
dos e envolvidos com a Garagem e, com isso, fortalecer o espaço e a apropriação do
mesmo, como referência de inclusão digital e de sustentabilidade das ações.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
85
Funciona como um telecentro – um espaço de acesso público e gratuito às tec-
nologias da informação e da comunicação. O atendimento é direcionado a públicos
como: jovens ex-participantes do programa, funcionários da organização, professo-
res da rede pública e privada, familiares dos jovens e comunidade em geral.
Esses facilitadores são chamados monitores comunitários, eles são capacitados
para iniciar as pessoas no conhecimento das TICs e esclarecer dúvidas, também
devem ser conhecedores da realidade local de forma a contribuir efetivamente
para que os indivíduos daquela comunidade possam usufruir conscientemente os
recursos e benefícios que as TICs são capazes de proporcionar.
Assim, a Garagem Digital passa a ser também um espaço de uso público, se-
meador de propostas e planos de ação e intervenção comunitária e de desen-
volvimento de autonomia, identidade, inserção social e capacidade de produção
dos indivíduos. Esse espaço também é significativo para o desenvolvimento do
protagonismo juvenil por meio de vivências comunitárias experimentadas pelos
jovens participantes do projeto no momento em que atuam – voluntariamente -
como monitores no Acesso Livre.
Estrutura
A coordenação da garagem digital deve prever um horário exclusivo para o de-
senvolvimento do trabalho de atendimento gratuito à comunidade através do acesso
livre. O acesso livre costuma promover num curto espaço de tempo, o envolvimento
da comunidade local e aumenta as possibilidades do parceiro local se constituir num
pólo germinador de novas idéias e proposições voltadas para o uso social da Inclusão
Digital. O acesso aos sábados e em período noturno favorece a participação de algu-
mas pessoas que não poderiam freqüentá-lo durante a semana.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
86
Critérios de funcionamento
O primeiro passo para o acesso livre é cadastrar os usuários. A partir daí obser-
vam-se as seguintes condições:
01 pessoa por micro - para garantir a privacidade do acesso, o que não
descarta a possibilidade dessa pessoa trazer um acompanhante.
Acesso de 45 a 60 minutos, podendo ser prorrogado se não houver fila
de espera
Estabelecimento de regras para impressão de documentos. Exemplos:
comprovante de pagamento, documentos, projetos, trabalhos escolares,
currículos.
Observar normas de conduta que garantam o respeito e a convivência
harmoniosa entre os interessados.
B. Rodas de Inclusão Digital, seminários e outros eventos
A prática da mobilização comunitária está pautada na articulação, enfatizando
a busca de novas parcerias, a construção de novos projetos e novos paradigmas
educacionais e de inclusão digital e social. Estamos falando de articulação com as
escolas do entorno, outras organizações sociais e o poder público local – estraté-
gia essencial para disseminação e apropriação das concepções e metodologias
do Programa.
Aprendizagens quanto à organização do Acesso Livre:
O espaço do acesso livre foi reivindicado pelos próprios jovens do módulo de formação que sentiam falta de poderem utilizar os
computadores para experimentações de interesse pessoal, e mesmo para reforçar os conhecimentos adquiridos no processo de
formação, já que a maioria não tem acesso fácil ao computador fora dali.
O acesso livre não precisa ter necessariamente uma direção programática, mas, a fim de beneficiar um maior número de
usuários, criam-se alternativas de “acesso livre dirigido” como: minicursos voltados a grupos específicos: idosos, jovens em liber-
dade assistida, técnicos de hospitais locais, professores, entre outros.
Algumas ações que se iniciaram no acesso comunitário ganharam vida própria como os projetos onde os jovens da Garagem
ensinam grupos de professores a utilizar as TICs na sua vida profissional. Assim, algumas escolas que tinham computadores, mas
não tinham monitores, passaram a contar com a ajuda voluntária de alguns participantes e ex-participantes das Garagens para
dinamizar seus laboratórios de informática.
Este é um espaço onde os participantes das Garagens têm oportunidade de fazer seus primeiros “estágios” como monitores
comunitários. Esta prática é acompanhada e compõe a carga horária destinada ao processo formativo.
Para todos os acessos tem-se um sistema de monitoramento e controle de informações, servindo de fonte do processo de ava-
liação desta estratégia na comunidade.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
87
A idéia é que diferentes segmentos da sociedade possam articular projetos e
ações que visem à garantia de acesso as novas tecnologias e a ampliação das con-
dições para que as TICs possam ser utilizadas pela população, em especial, pelos
jovens, como ferramentas para a realização de projetos, individuais e coletivos.
São promovidas: palestras, seminários, Rodas de Inclusão Digital, que funcio-
nam como fóruns de discussão, elaboração e implementação de propostas de in-
clusão digital, voltados para a comunidade do entorno.
Para se ter efetividade e contextualização temática, é importante que esses
espaços contemplem um levantamento prévio das principais demandas da co-
munidade relacionadas à tecnologia, a fim de que sejam base de planejamento e
pauta das discussões locais. Mais do que pensar uma metodologia, é fundamental
verificar o desenvolvimento do processo, onde a comunidade passa a ter uma par-
ticipação mais ativa no projeto.
Os atores envolvidos nestes espaços são desde a equipe de educadores das
respectivas Garagens, os jovens participantes da formação, especialistas que pos-
sam contribuir com as temáticas abordadas, as lideranças locais, representantes
do poder público e do empresariado, entre outros.
A periodicidade desses eventos ocorre em sintonia com as demais ações da
Garagem e a disponibilidade dos atores envolvidos. Preferencialmente, devem ser
organizados mecanismos de debates, socialização e compartilhamento do pro-
cesso presencialmente e à distância.
Aprendizagem quanto à mobilização local:
Uma questão que ficou evidente é que a sensibilidade para o problema da exclusão digital é muito diferente numa
cidade grande do Sudeste e em pequenas cidades do Nordeste. Enquanto em São Paulo havia interesse pelo tema, no
Ceará, as Rodas não funcionaram bem, uma vez que a comunidade não tinha uma percepção da inclusão digital como
uma necessidade. Parecia ser um problema importado, que não lhes dizia respeito, afinal, as premências ali eram outras.
Uma saída encontrada foi utilizar o formato das Rodas, ou seja, encontros abertos também para discussão e encaminha-
mento de temas específicos, tratando de outros temas de interesse local, como transporte, trabalho etc. Dessa forma, o
espaço de participação era instalado e ocupado e, no decorrer das discussões, sempre que oportuno, os animadores das
Rodas contavam como a tecnologia digital podia ajudar na conquista destes direitos.
Outra mudança foi em relação à periodicidade dos encontros, em vez de serem mensais como em São Paulo, passam
a ser semestrais, caracterizando-se num grande encontro que envolve todos os atores locais interessados. Assim, houve
maior participação dos atores mobilizados.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
88
C. Rede de Oportunidades
O Garagem não promete emprego,
mas promete oportunidade de vida, que
faz a gente ter mais chance na hora de
disputar um emprego.
Diego Max Chaves Almeida
– monitor, Ceará
A preocupação com o “pós-garagem” era uma constante nas reflexões das
equipes e dos parceiros estratégicos do Programa. Surgiu então a idéia de mon-
tar uma Rede de Oportunidades aproveitando os contatos da Fundação Abrinq e
da HP com empresas e com o poder público. Pretendia-se promover o encontro
entre jovens participantes das Garagens e empresas e organizações que lhes pu-
dessem ofertar oportunidades diversas de trabalho e formação complementar.
Assim, em 2003 nasce a Rede de Oportunidades, com o objetivo de mobilizar
empresas, organizações sociais e a comunidade e rede local de pertencimento
dos jovens que participam do Programa Garagem Digital, para que lhes propor-
cionem oportunidades de educação, ampliação do universo cultural, emprego
e geração de renda. Vinculando o ingresso no mundo do trabalho à sua educa-
ção profissional, escolar e seus próprios projetos de vida, gera, ao mesmo tempo,
oportunidades de uma ação social efetiva por parte de empresas, organizações
sociais e indivíduos, que queiram contribuir com a construção da cidadania e
inclusão de jovens e de adolescentes.
Uma das constatações do Programa é a escassez de oportunidades formais
de trabalho para jovens. Em muitos locais as únicas oportunidades que aparecem
são trabalhos sem vínculo formal, sem remuneração e sem preocupação com a
formação do jovem que está iniciando sua vida profissional.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
89
De toda maneira, o Programa orienta as organizações e empresas a observa-
rem as leis de aprendizagem e voluntariado de forma a respeitar os direitos dos
cidadãos e, com isso, darem um passo na direção da responsabilidade social.
Outro desafio é conjugar, numa cidade grande como São Paulo, por exem-
plo, as oportunidades e a viabilidade de deslocamento dos jovens, para poder
aproveitá-las. Assim, para que o encontro aconteça, é recomendável prospectar
empresas que atuem próximas do local onde a Garagem está implantada.
Redes sociais promoção do desenvol-
vimento social nas atuais condições da
sociedade globalizada e informatizada
requer, necessariamente, uma mudança
de paradigma de ação: ações pontuais
e isoladas precisam dar lugar a redes
horizontais de cooperação, que possi-
bilitem maior intercâmbio e eficácia na
implementação de projetos e políticas
públicas na área social. Antes mesmo de
inspirar políticas sociais mais abrangen-
tes, a noção de rede possibilita o ques-
tionamento de uma certa rigidez implíci-
ta no conceito de entidade social. (Fábio
Ribas, 2003)
D. Integração e fortalecimento institucional
Esta última linha de ação propõe formas de disseminar, aos demais projetos e
cursos ligados às organizações onde as Garagens funcionam, o uso das TICs como
ferramenta educacional que propicie construção de conhecimento e atividade
criativa, partindo do pressuposto que cada educador pode ser um potencial mul-
tiplicador de aprendizagens.
Também enfatiza a importância da Garagem Digital ser incorporada à
dinâmica institucional e integrada a outras práticas educativas desenvolvidas pela
parceria local. Assim, o Programa pretende atuar como formador de educadores e
facilitador do processo de fortalecimento das organizações parceiras. Em especial,
se propõe a capacitar os educadores para uma nova prática pedagógica, em que
se reconheçam como mediadores do processo de aquisição de conhecimento e
de desenvolvimento da criatividade de seus alunos.
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
90
8. Monitoramento e avaliação
O Programa Garagem Digital almeja construir referências metodológicas para a
implementação de políticas públicas de inclusão digital dirigida a jovens. Assim sendo,
é de fundamental importância que sua experiência seja avaliada e que as aprendiza-
gens sejam sistematizadas, constituindo-se enquanto conhecimento útil ao aprimo-
ramento do Programa e a novas iniciativas.
Também é igualmente importante para os parceiros locais avaliarem quanto o
projeto impacta na vida dos jovens além de participarem das avaliações do programa
como um todo.
A busca é por uma avaliação que articule diagnóstico e processo de intervenção.
E ela se dá em dois níveis:
Nível do Programa: são avaliados os resultados referentes aos objetivos
específicos do Programa. As análises dos dados desta avaliação servem de subsídio
para aprimoramentos no escopo do próprio Programa, definição de rumos para a dis-
seminação e para a elaboração de outras iniciativas. Esta avaliação é coordenada pela
equipe técnica da Fundação Abrinq com participação dos diversos atores envolvidos.
Nível do Projeto: em cada uma das Garagens, a cada novo projeto, as orga-
nizações sociais parceiras são responsáveis pela avaliação das ações que desenvol-
vem, contando com o apoio da equipe técnica, desde a elaboração até a revisão do
que ocorreu. Para isso o instrumento Matriz de Avaliação é fundamental.
Matriz de avaliação do Projeto de
uma Garagem Digital
>> Ferramenta 1
A avaliação e o monitoramento são preocupações permanentes no decorrer
de cada Projeto de uma Garagem Digital. O quadro abaixo apresenta as avaliações
desenvolvidas durante os projetos das Garagens Digitais.
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
91
Avaliação das aprendizagens
A avaliação das aprendizagens é feita ao início e ao final do curso, para que haja
um balizador das aprendizagens específicas proporcionadas pelo Programa nas
áreas curriculares. Ela envolve todos os jovens participantes nas áreas de Ciências
Sociais, Arte e Design, Administração e Marketing, Linguagem e Comunicação e
TICs. Cada área conta com um instrumental próprio. Com exceção das TICs, todos os
resultados ligados às demais áreas devem ser analisados pelo educador e contabili-
zados em sua totalidade por turma. Somente em TICs a análise é individual, a partir
de teste prático realizado com todos os jovens participantes, por envolver conheci-
mentos específicos e se tratar de um programa com foco na inclusão digital.
Ao longo do curso, são realizados vários exercícios de auto-avaliação e feedback
das ações dos jovens. Eles também avaliam os diversos aspectos do Programa.
Tipo de Avaliação
Marco Zero
(início dos projetos)
Formativa
ou monitoramento
(Durante a execu-
ção dos projetos)
Somativa ou
de resultados
(Ao término
dos projetos)
Avaliação dos Projetos das Garagens Digitais
Encontros presenciais de monitoramento com as equi-
pes das Garagens Digitais e comunicação contínua à
distância.
Tem como base e referência a Matriz Avaliativa.
Relatórios mensais quantitativos e trimestrais qualitativos.
Encontro presencial de avaliação com as equipes dos
projetos das Garagens Digitais e entrega de relatório
final de avaliação.
Tem como base e referência a Matriz Avaliativa.
Avaliação das aprendizagens
(na perspectiva dos jovens, educadores
e gestores dos projetos)
Inserção de dados de perfil dos jovens.
Avaliações via Sistema PGD das aprendizagens dos jovens
nas 05 áreas de conhecimento: TICs, Ciências Sociais, Lin-
guagem e Comunicação, Arte e Design e Administração e
Marketing.
Avaliações - no meio do desenvolvimento dos projetos
- via Sistema PGD:
Avaliação do Programa na perspectiva dos jovens;
Avaliação do Programa na perspectiva dos educadores;
Avaliação do Programa na perspectiva dos gestores.
Avaliações - no final do desenvolvimento dos projetos
- via Sistema PGD:
Avaliação do Programa na perspectiva dos jovens;
Avaliação do Programa na perspectiva dos educadores;
Avaliação do Programa na perspectiva dos gestores;
Avaliações finais das aprendizagens adquiridas pelos
jovens nas 05 áreas de conhecimento: TICs, Adminis-
tração e Marketing, Arte e Design, Ciências Sociais e
Linguagem e Comunicação.
Instrumental de avaliação do jovem pelo
educador - Marco Zero
– Ferramenta 11
QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital
92
Monitoramento dos projetos
O monitoramento é um processo de avaliação formativa, que inclui o acom-
panhamento contínuo das atividades e a reflexão constante sobre a dinâmica do
processo e as relações da equipe com o público-alvo.
A avaliação formativa gera informações úteis para o aprimoramento do proje-
to ainda durante seu processo de implementação ou mesmo no decorrer de seu
desenvolvimento. Refere-se, portanto, ao processo de execução do projeto, ser-
vindo para otimizar seu funcionamento e fomentar o processo reflexivo sobre as
ações efetivadas. No Programa Garagem Digital, o monitoramento das Garagens
é coordenado pela equipe técnica com o apoio direto das equipes de educadores
locais. A principal base da avaliação formativa é a matriz avaliativa dos projetos, e
os resultados esperados deste processo são:
Propiciar o pleno desenvolvimento das ações propostas pelo Programa.
Garantir coerência entre o desenvolvimento dos projetos e os pressupos-
tos e objetivos do Programa.
Promover por meio de reflexões e intervenções técnico-pedagógicas o
fortalecimento das Garagens Digitais rumo a sua sustentabilidade.
A experiência tem reforçado que, no primeiro ano de implementação das Garagens,
os encontros de monitoramento necessitam ser mensais, pois é um momento funda-
mental para a consolidação da metodologia educacional. No segundo ano, quando a
equipe de educadores já tem maior domínio das diretrizes do Programa, já pode contar
com encontros bimestrais com foco na gestão do projeto. A partir do terceiro ano os en-
contros tornam-se mais esporádicos respeitando a experiência acumulada do parceiro
local e da equipe de educadores. Essa estratégia de distanciamento também é impor-
tante para que a Garagem incorpore as especificidades do contexto local.
1ª edição dos Projetos
Monitoramento presencial
mensal (foco educacional
e metodológico)
2ª edição dos Projetos
Monitoramento
presencial bimestral
(foco gestão)
6ª edição dos Projetos
Monitoramento presencial:
foco sustentabilidade
3ª e 4ª edição dos Projetos
Monitoramento à distância:
Gestão Autônoma
5ª edição dos Projetos
Monitoramento à
distância: Gestão
Autônoma
Processo de monitoramento e avaliação dos projetos das GDs
2004 2005 2006 2007 2008
QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital
93
A realização do monitoramento é consolidada com o apoio das seguintes
ferramentas:
Instrumental de registro dos encontros de monitoramento
Preenchido pela equipe técnica na ocasião dos encontros de monitora-
mento, subsidia a avaliação do processo e a tomada de decisões em
relação a ajustes necessários e permite que outros profissionais com
atribuições de gestão, tenham acesso às informações.
Instrumentais de avaliação do Programa pelos diferentes atores envolvi-
dos (jovens, educadores e gestores)
Preenchido pelos respectivos atores no meio e no final de cada Projeto
e é alimentado por meio do sistema do Programa que se encontra no site
da Fundação Abrinq.
Relatórios qualitativos e periódicos das Atividades
Concentra as ações desenvolvidas no período por cada uma das Gara-
gens e é encaminhado trimestralmente à coordenação do Programa Gara-
gem Digital, conforme disposto no contrato de parceria vigente.
Relatórios quantitativos mensais das Atividades
É enviado mensalmente e traz dados quantitativos, coletados durante o
período de referência, sobre as ações de formação de jovens e de mobi-
lização comunitária.
Os dados são analisados, e os pontos fortes e frágeis do projeto são diagnosti-
cados. Alguns encaminhamentos são feitos imediatamente, enquanto outros exi-
gem intervenções posteriores como nos momentos de formação continuada ou
em reuniões específicas para este fim.
Vale ressaltar que os encontros de monitoramento presenciais e à distância
são também momentos de formação continuada das equipes, já que são feitos de
intervenções técnico-pedagógicas que garantirão o desenvolvimento do projeto
em consonância com os pressupostos e objetivos do Programa como um todo.
Nesses momentos, também são socializadas as ações específicas de cada Gara-
gem, com o propósito de disseminar boas experiências e aprendizagens.
QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro
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QWEQWEQWEQWEQAvaliando para o futuro
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Avaliando para o futuro
QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro
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Avaliando para o Futuro
O cuidado permanente em avaliar as ações do Programa, bem como moni-
torar o desenvolvimento de cada uma das Garagens Digitais, busca não só
perceber os resultados, mas encontrar caminhos de aprimoramento da proposta.
Os dados a seguir apontam reflexões importantes para o futuro da experiência.
Participação dos jovens
Tabela 1 – Adesão dos jovens – 2002 a 2007
Módulo de Formação de Jovens
Ano Organização Vagas Disponibilizadas Jovens Formados Evasão % Evasão Formação por ano
2002 Associação Meninos 120 88 32 27% 88 do Morumbi (SP)
2003
Associação Meninos 120 107 13 11% 211 do Morumbi (SP)
CPA (SP) 120 104 16 13%
2004
CPA (SP) 90 73 17 19%
184 Beberibe (CE) 40 38 2 5%
Limoeiro do Norte (CE) 40 34 6 15%
São Gonçalo 40 39 1 3% do Amarante (CE)
2005
CPA (SP) 60 47 13 22%
163 Beberibe (CE) 40 39 1 3%
Limeiro do Norte (CE) 40 38 2 5%
São Gonçalo 40 39 1 3% do Amarante (CE)
2006
Beberibe (CE) 80 78 2 3%
235 Limoeiro do Norte (CE) 80 80 0 0%
São Gonçalo 81 77 4 5% do Amarante (CE)
2007
CPA (SP) 30 28 2 7%
622
Aracati (CE) 80 74 6 8%
Aracoiaba (CE) 80 76 4 5%
Barbalha (CE) 80 61 19 24%
Beberibe (CE) 80 79 1 1%
Limoeiro do Norte (CE) 80 78 2 3%
Quixeramobim (CE) 80 76 4 5%
São Gonçalo 80 77 3 4% do Amarante (CE)
Itaiçaba (CE) 40 38 5 13%
Eusébio (CE) 40 35 7 18%
Total 1661 1503 158 10% 1503
QWEQWEQWEQWEQAvaliando para o futuro
97
A tabela acima mostra que a taxa de evasão vem caindo ano a ano. No ano de
2006 no Ceará de 241 jovens inscritos no Programa houve apenas 06 evasões e,
em 2007 no CPA – onde até 2005 a média de evasões girava em torno de 20% –
passou para 7%: apenas dois jovens abandonaram o programa – um por motivo
de mudança e outro por necessidade de trabalho.
Processo de aprendizagens
Temos explorado muito o lado da
descoberta pessoal. Usamos um site de
teste vocacional com os jovens, o que
possibilitou eles terem uma visão de
suas potencialidades e fraquezas. A par-
tir deste momento estamos trabalhando
de forma a incentivar os jovens a for-
talecerem suas qualidades e tentarem
minimizar seus pontos fracos.
Mary Ann Weyne Quinderé
– educadora, Ceará (Beberibe)
A partir do que foi apontado na avaliação externa do projeto piloto, decidiu-
se adotar uma medida de “marco zero” para identificar o nível de conhecimento
que os jovens têm, quando chegam à Garagem, relativo às cinco áreas temáticas
do currículo. Este processo acontece nas duas primeiras semanas e é realizado de
maneira tranqüila, pois os jovens sabem que já estão selecionados e que não há
pré-requisito em termos de conhecimento para participar do Programa.
Ao final do curso os instrumentos de avaliação são reaplicados para verificar o
conhecimento que o Programa conseguiu agregar efetivamente. Esta avaliação não
tem o poder de “reprovar”. Assim como a Matriz de Avaliação, os outros instrumentos
avaliativos têm função de rever o que ocorreu e planejar os próximos passos.
A coleta de dados referentes às aprendizagens adquiridas em âmbito do
Programa Garagem Digital é realizada de maneira sistemática por meio de ins-
trumentais que se complementam. Nas tabelas abaixo é possível visualizar esse
processo. Os dados referem-se ao período consolidado das dez Garagens em fun-
cionamento (nove no Ceará e uma em São Paulo) entre 2005 e 2007.
Tabela 2: Aprendizagem dos jovens – Marco Zero e Marco Final – 2005 a 2007
Áreas de Conhecimento Insatisfatório Satisfatório Muito satisfatório
Inicio Final Queda Inicio Final Aumento Inicio Final Aumento
Ciências Sociais 43% 8% 35% 39% 57% 18% 17% 35% 18%
Linguagem e Comunicação 50% 13% 37% 43% 64% 21% 7% 23% 16%
Arte e Design 49% 8% 41% 34% 63% 29% 17% 28% 11%
Administração e Marketing 43% 9% 34% 41% 59% 18% 16% 32% 16%
Não Realiza Realiza com dificuldade Realiza com facilidade
TIC's 63% 7% 56% 14% 12% -2% 23% 81% 58%
Fonte: Monitoramento do Programa: Consolidação das avaliações referentes às áreas de conhecimento.
QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro
98
A análise comparativa entre marco zero e final permite constatar que, de ma-
neira geral, os objetivos relacionados ao módulo de formação foram atingidos. Em
todas as áreas, os jovens partiram de índices baixos de conhecimento e apresenta-
ram avanços significativos no período em que participaram do Programa. Entre o
marco zero e o marco final, houve inversões entre os índices insatisfatório e muito
satisfatório nas cinco áreas avaliadas. E, em todos os casos, a soma dos índices
finais Satisfatório e Muito Satisfatório ultrapassam 80%.
Nas turmas havia jovens que nunca
tinham ligado um computador e que até
ficaram constrangidos na hora da ava-
liação inicial, pois não conseguiam fazer
nada. Hoje eles estão confiantes e nas
avaliações semanais vemos a alegria que
demonstram em saber manusear a má-
quina. Conseguem realizar os trabalhos
que solicitamos. Claro que tinha aqueles
que já vinham com uma bagagem de
conhecimento. Foi feito um nivelamento
de modo que os que sabiam mais pudes-
sem ajudar os que sabiam menos.
Manoel Marisergio Alves de Oliveira
– educador, Ceará
Os instrumentais de Ciências Sociais contêm questões abertas básicas sobre
participação social, transformações advindas dos avanços tecnológicos e desen-
volvimento local. Estes mesmos instrumentais, por terem questões escritas, ser-
vem também de base para as avaliações na área de linguagem e comunicação,
além disso, as habilidades voltadas à comunicação oral são avaliadas continua-
mente por meio do processo de elaboração dos projetos pelos jovens. As áreas de
Arte e Design e Administração e Marketing são avaliadas a partir de dois peque-
nos projetos individuais: o do início da formação é a criação de uma capa de CD e
o do final da formação é o plano de divulgação do produto final (os sites).
Para a avaliação das aprendizagens dos jovens na área de Tecnologias da In-
formação e Comunicação (TICs) são aplicados junto aos jovens testes práticos
sobre habilidades em TICs tais como: criar pastas; realizar pesquisas refinadas de
imagens, textos e sons na internet; salvar arquivos e documentos no disco rígido
do computador e/ou CD; fazer download de som; copiar textos; editar textos; in-
serir figuras em documentos; transferir documentos para outras áreas de trabalho;
inserir pano de fundo; escrever em bloco de notas, procurar caminhos de arquivos
e enviar e-mails com anexos etc.
QWEQWEQWEQWEQAvaliando para o futuro
99
A avaliação evidencia que a maioria dos jovens que entra no Programa tem
pouca familiaridade com o computador (alguns não tinham contato algum) e, ao
final do processo, 93% deles conseguiam realizar as tarefas propostas, sendo que
83% conseguiram realizar com facilidade.
O olhar dos jovens
Para ser coerente com o conceito de protagonismo juvenil, o Programa Ga-
ragem Digital coloca os jovens não apenas na posição de quem vai ser avaliado,
mas também de avaliadores do Programa. Eles opinam sobre a estrutura física,
a metodologia e até sobre os processos de avaliação adotados pelo programa
como veremos nas tabelas a seguir:
Eu não queria mais saber dos estu-
dos, não pensava mais no futuro, achava
que a vida era só diversão, foi então que
meus amigos me falaram do Programa
Garagem Digital. Me inscrevi, fui sele-
cionada e minha vida mudou quando
eu comecei a fazer o curso. Voltei a me
interessar pelos estudos, mudei de com-
portamento com a família e não me cha-
mam mais de chata, ou mesmo de igno-
rante. Depois que comecei o curso estou
falando o português corretamente, não
sabia nem mesmo ligar o computador e
hoje navego na Internet.
Maria Lívia Lima de Araújo
– jovem, Ceará
Tabela 4: Estrutura física avaliada pelos jovens
Aspectos avaliados Insatisfatório Satisfatório Muito satisfatório
Número de computadores 21% 73% 6% Número de impressoras 28% 65% 6% Softwares utilizados 3% 69% 28% Conexão com a Web 20% 56% 24% Qualidade dos móveis 3% 65% 32% Disposição dos móveis 2% 69% 29% Tamanho da sala do Garagem 6% 57% 37% Luminosidade da sala 0% 49% 51% Barulhos externos 5% 58% 37% Barulhos internos 7% 73% 20%
Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avaliação da GD segundo os jovens.
QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro
100
A estrutura física é avaliada majoritariamente como satisfatória em todos os
itens. Quanto ao número de computadores, a ocorrência de 21% de respostas in-
satisfatório indica que alguns jovens dizem que gostariam que o número de com-
putadores permitisse o uso individual, porém são informados da importância de
trabalhar em duplas e em alguns momentos em grupo, como parte da proposta
formativa e que podem freqüentar o acesso livre para as opções de uso de forma
individualizada. A equipe técnica e os educadores das Garagens Digitais avaliam
que o uso do computador em duplas é uma metodologia que tem facilitado as
trocas no processo de aprendizagem.
A qualidade da conexão à Internet revela as dificuldades encontradas prin-
cipalmente em cidades do interior do Ceará e os problemas de barulho externo
captam a percepção negativa de São Paulo.
Diante dessas percepções, confirma-se a decisão do programa de que uma Ga-
ragem Digital deva caracterizar-se como espaço pedagógico de aprendizagem.
Tabela 5: Estratégias de aprendizagem avaliadas pelos jovens
Aspectos avaliados Insatisfatório Satisfatório Muito Satisfatório
Dinâmicas de grupo 3% 51% 46%Oficinas 11% 56% 33%Visitas técnicas e culturais a outras locais 25% 50% 25%Visitas recebidas 17% 63% 20%Uso dos recursos disponíveis 4% 45% 52%Rodas de discussão no início e término das aulas 5% 62% 33%Participação em outras atividades da organização 14% 72% 14%
Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avaliação da GD segundo os jovens.
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101
Também as estratégias metodológicas são em geral avaliadas como satisfató-
rias e muito satisfatórias. O item visitas técnicas e culturais a outros locais foi o que
teve maior índice de respostas insatisfatório. Podemos levantar a hipótese de que
estas visitas não ocorreram com a freqüência esperada pelos jovens.
Essas avaliações reafirmam a proposta pedagógica que privilegia a integração
de conteúdos e de metodologias diversificadas.
Tabela 6: O processo de avaliação do Programa na perspectiva dos jovens - média 2004/2007
Insatisfatório Satisfatório Muito Satisfatório
Oportunidades para expressar sua opinião 2% 52% 46%Avaliações consideradas 3% 70% 27%Oportunidades de se auto-avaliar 3% 57% 41%Abertura dos participantes para a avaliação 5% 63% 32%Atenção da equipe para a aprendizagem e desenvolvimento 3% 51% 46%Avaliação despertava interesse 1% 49% 50%
Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avaliação da GD segundo os jovens.
A tabela 6 indica também que os jovens entram na Garagem Digital com um
nível de expectativa altamente positiva em relação aos elementos do Programa,
incluindo suas formas de avaliação. Grande parte dessa expectativa foi confirma-
da no final do processo ficando próxima daquilo que era esperado no início.
O Garagem me ensinou a trabalhar
em grupo, ser participativo e não ter
medo de falar em público, isso tudo tem
me ajudado muito, principalmente na
escola. Hoje em dia eu consigo dar mi-
nha opinião sem medo.
Leandro Farias Raimundo
– jovem, São Paulo
Uma possível leitura do conjunto dos itens avaliados pelos jovens é que, com
o desenvolvimento do espírito crítico, sua exigência aumenta e eles passam a ser
mais rigorosos com eles mesmos e também com os diversos aspectos do Progra-
ma, o que aponta para um bom nível de maturidade. Seja como for, percebe-se
que os jovens gostam de se identificar no espaço público como participantes ou
ex-participantes do Programa. Por exemplo, no Ceará, costumam usar a camiseta
do Programa em eventos abertos na sua cidade.
QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro
102
Conforme já foi dito, a formação dos jovens no Programa Garagem Digital
elegeu como base metodológica a Pedagogia de Projetos que se torna palpável
através da construção de um produto final elaborado coletivamente pelos jo-
vens de cada turma. Uma das aprendizagens desta estratégia é que, para que ela
contribua com o desenvolvimento dos jovens, é importante que a “excelência
do produto” não se sobreponha ao processo de sua elaboração. É importante
também que os jovens sintam-se reconhecidos no produto final, sintam-se sur-
preendidos com o que são capazes de fazer. Por isso, ao final da formação, os
jovens são convidados a avaliar tanto o processo de construção do produto como
os resultados alcançados conforme vemos nas tabelas 7 e 8, respectivamente.
Podemos dizer que os jovens ficaram bastante satisfeitos tanto com o proces-
so quanto com o produto que elaboraram. A leitura destes gráficos se relaciona
com o orgulho com que os jovens apresentam seus produtos nos ritos de encer-
ramento da formação e ou nas feiras de tecnologia. Os conteúdos relacionados
ao tema e à eficiência foram os itens melhor avaliados em relação ao produto
final indicando que o processo de pesquisa e construção de conhecimento foram
pontos fortes do produto final.
Tabela 7: Produto final avaliado pelos jovens - média 2004/2007
Insatisfatório Satisfatório Muito Satisfatório
Eficiência 1% 71% 28% Design 4% 67% 30% Conteúdos relacionados ao tema do produto 1% 60% 39% Qualidade dos textos 3% 63% 35%
Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avalia-ção da GD segundo os jovens.
Tabela 8: Elaboração do produto final avaliada pelos jovens - média 2004/2007
Insatisfatório Satisfatório Muito Satisfatório
Escolha do produto final levando em conta o interesse dos jovens 3% 60% 37%Relevância do produto para a comunidade 8% 64% 27%Integração entre as equipes de jovens 2% 58% 40%Acompanhamento dos educadores e monitores 0% 40% 60%Tempo reservado para a elaboração do produto 5% 91% 4%
Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avaliação da GD segundo os jovens.
QWEQWEQWEQWEQAvaliando para o futuro
103
Com relação ao processo, a ação dos educadores e monitores é destacada
como muito satisfatória. O tempo reservado para a elaboração do produto final, por
exemplo, o site, ainda pode ser melhorado para que seja plenamente satisfatório.
Olhar dos profissionais
Assim como os jovens avaliam e são avaliados, a equipe de profissionais envol-
vidos no Programa também revê seus planos e verifica, periodicamente, o alcance
dos objetivos pretendidos. As tabelas 9 e 10 captam a percepção dos profissionais
sobre as atividades de disseminação das aprendizagens na organização parceira
e sobre as atividades voltadas para a mobilização comunitária.
Tabela 9: Disseminação das aprendizagens avaliada pelas equipes - média 2004/2007
Insatisfatório Satisfatório Muito Satisfatório
Quantidade de atividades desenvolvidas pela equipe do Garagem Digital para multiplicar aprendizagens junto aos outros profissionais da organização
13% 79% 8%
Qualidade de atividades desenvolvidas pela equipe do Garagem Digital para multiplicar aprendizagens junto aos outros profissionais da organização
16% 75% 8%
Utilização do espaço da Garagem Digital por outras ações da organização 11% 69% 20%
Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avaliação da GD segun-do os educadores.
Apesar dos relatos de que o Programa Garagem Digital dinamiza o espaço
institucional e amplia horizontes educacionais, a equipe de educadores avalia
que ainda existe espaço para melhorar quantitativa e qualitativamente a multi-
plicação das aprendizagens dentro da própria organização.
Considerando que o programa se dispõe a trabalhar com o conceito de in-
clusão digital com perspectivas de inclusão social e que, para tanto, objetiva tam-
bém contribuir com a mudança de paradigmas junto aos profissionais que atuam
com essa temática, as equipes são incentivadas a discutirem com outros profis-
sionais das organizações onde atuam, formas de incorporarem tais conceitos nas
suas práticas cotidianas. Entende-se que o processo de disseminação deva contar
também com essa estratégia.
QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro
104
Com relação às ações de mobilização comunitária, os educadores avaliam que
o envolvimento das escolas e de outras organizações sociais do entorno e as ar-
ticulações com o poder público local foram as que cumpriram satisfatoriamente
seu propósito.
Tabela 10: Mobilização comunitária avaliada pelas equipes - média 2004/2007
Insatisfatório Satisfatório Muito Satisfatório
Articulações com o poder público local 30% 70% 0% Envolvimento das escolas nas ações do GD 17% 70% 13% Envolvimento de outras organizações sociais do entorno nas ações do GD 30% 67% 3% Mobilização para a Rede de Oportunidades 61% 34% 5% Organização das Rodas de ID 44% 53% 3%
Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avaliação da GD segundo os educadores.
Na comunidade
Vale observar o percurso de apropriação das propostas de mobilização co-
munitária desenvolvidas pelos parceiros locais. O Acesso Livre, por exemplo, sur-
ge como uma proposta de espaço aberto e gratuito de inclusão digital. Mas, aos
poucos, foi se tornando uma ação de “acesso direcionado”, passando a ser enca-
minhado a finalidades específicas de construção de conhecimentos, busca de
oportunidades e acesso a serviços públicos disponibilizados na rede, como: apoio
QWEQWEQWEQWEQAvaliando para o futuro
105
na elaboração da declaração de imposto de renda, elaboração de currículo, entre
outros. Tornando-se assim um espaço de exercício da cidadania.
O acesso dirigido também se destinou ao desenvolvimento de Cursos Básicos
de Informática orientados a públicos específicos tais como idosos, professores de
escolas públicas, familiares dos jovens, entre outros. Dessa forma a Garagem se
constitui num ponto de encontro intergeracional, respeitando e adequando-se ao
processo de aquisição de conhecimentos relacionados ao uso das tecnologias de
acordo com as especificidades, interesses e realidade de cada público.
Além do Acesso Livre, as organizações parceiras são incentivadas a desenvol-
ver novas estratégias de responsabilidade comunitária. O CPA iniciou uma ação
significativa nesse sentido: as Feiras de Tecnologia para o Desenvolvimento Lo-
cal Integrado e Sustentável – Juventude e Empreendedorismo, onde os diversos
atores sociais da região são chamados a conhecer as ações da Garagem Digital
e discutir conceitos correlatos que possam contribuir com o desenvolvimento
regional. Assim, participam representantes do poder público, organizações
não-governamentais, movimentos juvenis, empresariado local, entre tantos
outros que, articulados, podem desencadear estratégicas significativas ao desen-
volvimento daquele lugar, cujas características reforçam a condição de vulnerabi-
lidade socioeconômica de grande parte da população.
As Feiras de Tecnologia envolveram um amplo processo de articulação
no processo de construção do Plano Setorial de Qualificação do Ministério do Tra-
balho e Emprego para Zona Leste de São Paulo, contribuindo para qualificar a
região na construção dos projetos juvenis de empreendedorismo social. Também
impulsionaram a articulação de um Fórum Juvenil do CPA em consonância com o
Fórum Juvenil da Zona Leste e a participação no Conselho Gestor do Centro Edu-
cacional Unificado de São Mateus e no Fórum de Entidades de Defesa da Criança
e do Adolescente de São Mateus; participação em seminários sobre juventude,
educação e trabalho; entre outras.
No Ceará, além de cursos básicos, ocorrem iniciativas de inclusão digital, vol-
tadas ao desenvolvimento comunitário. Foi organizado, por exemplo, o seminário
“As novas tendências do turismo e suas tecnologias”, do qual participaram pessoas
da comunidade e representantes de organizações sociais e de órgãos públicos.
QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro
106
Além destes eventos, as Garagens Digitais e seus equipamentos passaram a ser
usados por profissionais das escolas e de órgãos municipais; foram realizadas
oficinas de informática à comunidade; visitas nas escolas para articular com seus
dirigentes sugestões para o uso dos laboratórios de informática e divulgação da
metodologia usada no Programa; cursos básicos e avançados destinados a alunos
do ensino médio e a profissionais da área de educação; entre outras.
E depois?
Desde sua origem, o Programa vem se debruçando na construção de uma me-
todologia de encaminhamento, acompanhamento e mobilização de oportunidades
a jovens, para que eles possam continuar recebendo apoio no processo de inserção
na vida adulta e profissional. A Rede de Oportunidades foi a estratégia desenhada
para sensibilizar atores e estimular a oferta de diferentes oportunidades aos ex-
participantes das Garagens. Tais oportunidades não se limitariam ao mercado de
trabalho, podendo envolver também formação complementar, apoio ao empreen-
dedorismo e geração de renda, oficinas temáticas e culturais, entre outras.
As oportunidades geradas por meio de articulações da Fundação Abrinq
e/ou HP Brasil são as que corresponderam melhor a essas necessidades, como é
o caso do Programa Mentoring da HP que atende anualmente 25 jovens ex-par-
ticipantes da Garagem Digital do CPA. Realizado também na cidade de Campinas
(SP), o Mentoring oferece um acompanhamento individualizado por profissionais
voluntários da HP Brasil, visando melhorar a confiança e a auto-estima dos jovens
para empreenderem seus projetos profissionais.
Outro exemplo é o Projeto Semeando Tecnologia, uma parceria entre Funda-
ção Abrinq e International Youth Fundacion, com financiamento da Travelport e
apoio da HP, celebrada em 2007, que envolveu 20 ex-participantes, também do
CPA. Estes jovens desenvolvem ações específicas com o objetivo de potencializar
o uso de laboratórios de informática de escolas e organizações comunitárias da
região, possibilitando a educadores e gestores a experimentação de um novo pa-
radigma em relação aos usos da tecnologia no processo educacional.
No Ceará, há indícios de que o Programa Garagem Digital foi percebido por al-
guns contratadores como um programa que qualifica os jovens de forma diferen-
QWEQWEQWEQWEQAvaliando para o futuro
107
ciada. Há relatos de que é crescente a demanda de indicação de ex-participantes
das Garagens, para trabalhos variados. É significativo o esforço das equipes e das
comunidades em dar respostas a essas questões, ainda que os resultados efetivos
estejam aquém das necessidades de inserção profissional dos jovens, por motivos
inerentes à alta demanda e pouca oferta de oportunidades.
Disseminando a experiência
O Programa Garagem Digital já nasceu com a perspectiva de disseminação, o
que fez com que mudanças de rota acontecessem no decorrer do caminho, com
o desenvolvimento de novas estratégias de atuação. Por exemplo, a implementa-
ção de algumas Garagens Digitais como referências para a disseminação. Também
foram firmadas parcerias com organizações articuladas em rede, a fim de que se
constituam como pólos disseminadores, como é o caso do Instituto Centec que tem
unidades e ações voltadas à qualificação profissional em quatro dezenas de municí-
pios cearenses, dos quais o programa implementou garagens digitais em nove, com
o objetivo de que sua metodologia e conceitos sejam disseminados para os demais.
Da mesma forma, espera-se que o poder público contribua para ampliação e disse-
minação dos seus conceitos e metodologias nos espaços educacionais.
As avaliações mostraram que a disse-
minação por meio da réplica significaria
muito pouco diante da complexidade dos
problemas que o programa se dispõe a
enfrentar. Também o alto custo inviabili-
zava a tomar o Programa como modelo
a ser repetido em outros lugares. Por
conta disso estamos construindo um ca-
minho de alternativas de disseminação
das concepções e metodologias do Pro-
grama, sem que necessariamente quem
venha a adotá-lo tenha que replicar todo
o modelo. No entanto, essa construção
tem sido muito cuidadosa, para que a
qualidade do que foi concebido e conso-
lidado não fique comprometida.
Roseni Reigota
- coordenadora do Programa
QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro
108
As avaliações do Programa identificaram avanços na construção de uma me-
todologia de formação de jovens com base nas tecnologias da informação e co-
municação articuladas a aprendizagens básicas que construam uma visão de uso
social dos conhecimentos. O envolvimento comunitário é parte fundamental no
desenvolvimento desse processo. Considerando que a mobilização social é algo
que se constrói a partir do envolvimento de diferentes atores de uma comuni-
dade, que têm uma dinâmica própria, o entorno deve ser mapeado para que as
ações sejam contextualizadas.
Algumas ações revelaram-se essenciais para que a consistência do Programa
se firmasse. Entre elas: a formação contínua de equipes de educadores, o moni-
toramento e avaliação das ações implementadas e a participação em fóruns de
proposição de políticas públicas de inclusão digital e juventude.
Também é essencial trabalhar em grupo, lidar com as diferenças e conflitos,
mediar os desafios; socializar conhecimentos, experiências e pontos de vista; apro-
ximar-se das escolas públicas, telecentros públicos, organizações da sociedade ci-
vil e poder público. Estes exemplos confirmam que a disseminação do Programa
deve partir da consolidação das relações de parceria e das práticas compartilha-
das entre os mais diversos atores sociais, tendo em vista que ele pretende adquirir
experiências que o torne apto a ser incorporado por políticas públicas, em espe-
cial, na área educacional.
”As políticas de universalização do
acesso à Internet nos países em de-
senvolvimento serão uma quimera se
não estiverem associadas a outras po-
líticas sociais, em particular as da for-
mação escolar.”
Sorj e Guedes, 1995, p. 103
QWEQWEQWEQWEQAvaliando para o futuro
109
Há várias iniciativas governamentais e não governamentais que propõem o
uso das TICs no processo educacional. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (INEP 2006) avaliou que, no Brasil, existiam mais ou menos 40 mil es-
colas com algum tipo de equipamento de informática. Mas o Brasil tem aproxima-
damente 200 mil escolas de ensino fundamental e médio; municipais e estaduais,
portanto ainda há que se fazer um investimento maior.
Para a UNESCO (2004), o processo de construção da Sociedade da Informa-
ção desenvolver-se-á à medida que as tecnologias forem utilizadas para promo-
ver maior participação dos cidadãos na vida democrática. No campo educacional
tais tecnologias são um complemento das técnicas pedagógicas tradicionais, para
permitir que os sistemas educacionais possam adaptar-se às diferentes necessida-
des de aprendizagem e de formação das sociedades.
Uma pesquisa conduzida pela UNESCO (2004) com alunos e professores do en-
sino médio mostra que existe interesse dos educadores a respeito do uso de com-
putadores e, em especial, da Internet para apoiar suas atividades. Iniciativas de Inclu-
são Digital precisam ser universalizadas e incorporadas às políticas educacionais em
geral e principalmente às políticas públicas destinadas à juventude, onde se agrega
ao processo de formação elementos de inserção no mundo do trabalho. Também é
necessário que sejam condizentes com as condições concretas das comunidades a
serem integradas e estimuladas à apropriação desses recursos.
Certamente, a experiência de formação de jovens num ambiente de educação
não-formal tem características distintas daquela vivida pela educação formal. Isso
significa que fazer uma transposição das práticas de um lugar para outro requer
cuidado e atenção às especificidades. No entanto, como diz Vera Candau (2001,
p. 68) é preciso “reinventar a escola”, reconhecendo que a escola no século XXI
deve questionar a rigidez com que se reveste, em geral, a organização e a dinâmica
pedagógica escolares. É no sentido dessa reinvenção que o Programa Garagem
Digital pode contribuir com o sistema escolar.
São muitos os caminhos, e desejamos que a publicação destas práticas, apren-
dizagens e reflexões possam inspirar essa construção.
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