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Garagem Digital com Vista para o Mundo

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A publicação detalha a metodologia do programa Garagem Digital, criado em 2001 para promover a inclusão digital de jovens e de suas comunidades e tem como objetivo permitir que outras entidades, empresas e educadores conheçam a experiência e a utilizem como referência em outras iniciativas de inclusão digital em todo Brasil.

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Page 1: Garagem Digital com Vista para o Mundo

com vista para o mundoGaragem Digital

G ragemcom vista para o mundoINCLUSÃO DIGITAL COM JOVENS E COMUNIDADESC US O D G CCO JO S CO U D D SINCLUSÃO DIGITAL CCOM JOVENS E COMUNIDADESINCLUSÃO DIGITAL CCOM JOVENS E C

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Page 2: Garagem Digital com Vista para o Mundo

com vista para o mundoInclusão dIgItal com jovens e comunIdades

Garagem Digital

são paulo, 2008

Page 3: Garagem Digital com Vista para o Mundo

Conselheiro Honorário: Fernando Henrique Cardoso

Conselho de AdministraçãoPresidente: Synésio Batista Da Costa

Vice-Presidente: Carlos Antonio Tilkian

Secretária: Regina Helena Scripilliti Velloso

Membros: Albert Alcouloumbre Júnior, Antônio Carlos Ronca, Antonio

Delfim Netto, Beatriz Sverner, Bento José Gonçalves Alcoforado,

Boris Tabacof, Daniel Trevisan, David John Currer Morley, Eduardo

José Bernini, Fernando Machado Terni, João Nagano Júnior, José

Carlos Grubisich, José Eduardo Planas PañeLla, José Roberto

Nicolau, Lourival Kiçula, Maria Ignês R. de Souza Bierrenbach,

Nelson Fazenda, Oscar Pilnik, Paulo Saab, Roberto Oliveira de Lima,

Therezinha Fram e Vitor Gonçalo Seravalli.

Conselho Fiscal

Membros: Audir Queixa Giovanni, Charles Kapaz, Geraldo Zinato, João Carlos

Ebert, Márcio Ponzini e Mauro Antonio Ré.

Conselho Consultivo

Presidente: Jorge Broide

Vice-Presidente: Miriam Debieux Rosa

Membros: Antônio Carlos Gomes Da Costa, Araceli Martins Elman, Dalmo de

Abreu Dallari, Edda Bomtempo, Geraldo Di Giovanni, Isa Guará,

João Benedicto de Azevedo Marques, Lélio Bentes Corrêa, Leoberto

Narciso Brancher, Lídia Izecson de Carvalho, Magnólia Gripp Bastos,

Mara Cardeal, Maria Cecília C. Aranha Lima, Maria Cecília Ziliotto,

Maria De Lourdes Trassi Teixeira, Maria Machado Malta Campos,

Marlova Jovchelovitch Noleto, Melanie Farkas, Munir Cury, Norma

Jorge Kyriakos, Oris de Oliveira, Percival Caropreso, Rachel Gevertz,

Rosa Lúcia Moyses, Rubens Naves, Silvia Gomara Daffre, Tatiana

Belinky e Vital DidoNet.

Secretaria Executiva

Gerente de Desenvolvimento de Programas: Denise Maria Cesario

Gerente de Desenvolvimento Institucional: Victor Alcântara da Graça

Equipe: Hellen Ferreira Barbosa, Marina Pereira de Oliveira Abdala, Moacir

Merlucci, Renato Alves, Tatiana de Jesus Pardo e Tatiana M. Viana

da Silva.

Assessoria de Marketing

Coordenadora: Sílvia Troncon Rosa

Equipe: Ana Aparecida Frabetti Valim Alberti, Bárbara Letícia de Souza,

Cristiane Rodrigues, Felipe Martins Dantas Pereira, Fernanda Pereira

Bochembuzo, Hélio José Perazzolo, Ivone Aparecida da Silva,

Jacqueline Rezende Queiroz, Kátia Gama do Nascimento, Marina

Biagioli Manoel, Milene de Oliveira Sousa Silva, Pablo Finotti, Tatiana

Cristina Molini, Tatiana Rodrigues.

Direito à Educação

Coordenadoras: Maria do Carmo Krehan e Roseni Reigota

Equipe: Adelaide Jóia, Amélia Isabeth Bampi Paines, Arlete Felício Graciano

Fernandes, Gregório dos Reis Filho, Hérica Aires do Prado, Leandro

Montalvão de Souza, Nelma dos Santos Silva, Priscila Silva dos Santos

e Renata Sanches Martinelli.

Esta publicação é o resultado da sistematização da experiência do programa Garagem

Digital, iniciativa desenvolvida pela Fundação Abrinq em parceria com a HP Brasil.

Coordenação do Programa Garagem Digital

Roseni Reigota

Equipe do Programa Garagem Digital

Arlete Graciano Fernandes e Hérica Aires do Prado

Sistematização

Patrícia Monteiro Lacerda

Texto

Patrícia Monteiro Lacerda e Renata Lopes Costa Prado

Leitura Crítica

Renata Lopes Costa Prado

Edição

Immaculada Lopez Prieto

Revisão de Texto

Lucas Puntel Carrasco

Fotografia

Christian Unger

Coordenação de Produção

Heloisa Vasconcellos

Projeto Gráfico e Finalização

Urbania

Impressão

Gráfica Burti

Participação

Patrocinador Master

HP Brasil – Juarez Zortea e Tarsila Arnone

Parceiros Institucionais

CPA – Centro De Profissionalização do Adolescente e Instituto Centec/Secretaria de Ciência

e Tecnologia do Estado do Ceará.

Agente Disseminador No Ceará

Ticiana Goncalves Mariano Vieira

Garagem Digital de Beberibe

Davi Garcia Bezerra, Eder Torres Lima, Francisco Antônio Rocha Macêdo, Francisco Everton

da Silva Castro, Karulina Gomes dos Anjos, Marcos Antônio Gama Nogueira, Mary Ann Weyn

Quinderé e Valdeci Sousa Lima.

Garagem Digital de São Gonçalo do Amarante

Abimael de Sousa Alves, Erivelma Alves de França, José Carneiro Hurbano,

José Werbet Souza Matos, Kelly Cristina Barroso dos Santos e Maria Luiza S. Cavalcante.

Garagem Digital de Limoeiro do Norte

Diego Max Chaves Almeida, Izaltina PereIra Calixto Nogueira, Jucineudo Sombra,

Manoel Marisergio Alves de Oliveira, Maria da Conceição Pinheiro Gadelha Coelho, Maria

das Graças Nunes Nogueira e Odenir Fernandes dos Santos.

Entrevistas

Adelson Rodrigues da Silva, Antônio Elder Sampaio Nunes, Arlete Graciano Fernandes,

Carlos Ribeiro, Dimas Moura, Edinalva Aparecida de Moura dos Santos, Flariston Francisco

da Silva, Francisco Antônio Rocha Macedo, Herica Aires do Prado, Juarez Zortea, Luiz

Novaes, Maria da Conceição Pinheiro Gadelha Coelho, Maria Luzia Siqueira Cavalcante,

Milton Mandel, Renata Lopes Costa Prado, Roseni Reigota, Tarsila Arnone, Ticiana Goncalves

Mariano Vieira, Antônio Amaury Oriá, Vanda Mendes Ribeiro, Jovens e Educadores das

Garagens Digitais de Beberibe, São Gonçalo do Amarante e Limoeiro do Norte.

Expediente

Page 4: Garagem Digital com Vista para o Mundo

Educação, trabalho e Inclusão Digital de Jovens

A Fundação Abrinq compreende que, na sociedade contemporânea, o cam-

po da educação demanda necessidades de formação para o uso das Tec-

nologias da Informação e Comunicação (TICs), consideradas ferramentas indis-

pensáveis para o acesso à informação e ao processo de construção de conheci-

mentos, bem como para a inserção do jovem no mundo do trabalho.

Com base nesses pressupostos, consolidou a metodologia do Programa

Garagem Digital (PGD), em parceria com a HP Brasil, cuja experiência encontra-

se sistematizada nesta publicação. A intenção é de disseminar metodologias e

apoiar políticas públicas de inclusão digital que assegurem o acesso de jovens

às TICs e o desenvolvimento de suas comunidades por meio da implementação

de Garagens Digitais.

Equipada com computadores de última geração, impressoras, softwares, câ-

mera digital e de vídeo e conexão à Internet, uma Garagem Digital estimula a

inclusão digital, seja por meio da formação de jovens, no acesso livre monitorado

ou na mobilização comunitária.

No que concerne especificamente à formação dos jovens, propõe que as TICs

favoreçam o desenvolvimento de suas habilidades gerais e específicas utilizando

metodologias que possibilitam a construção de novos conhecimentos, que res-

peitem as diversidades regionais e socioeconômicas.

Os jovens que passam pela formação usufruem de um processo educacional

pautado na pedagogia de projetos, com um currículo estruturado que integra

cinco áreas de conhecimento: Administração e Marketing, Arte e Design, Lin-

guagem e Comunicação, Ciências Sociais e as Tecnologias da Informação e da

Comunicação.

No decorrer do processo, os jovens vivenciam atividades de mobilização

comunitária com vistas ao exercício do protagonismo juvenil e ao desenvolvi-

mento local, e participam da construção de produtos na Web significativos para

a comunidade onde vivem, contemplando os ativos e as demandas de sua rea-

lidade local.

Page 5: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QQWEQWEQWEEQApresentação

4

Page 6: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWQWEQWEQWEQApresentação

5

Também participam do acesso livre – como voluntários ou usuários – destina-

do também a seus familiares, ex-alunos, grupos de liderança comunitária, profes-

sores das escolas do entorno, entre outros.

Com o acompanhamento de monitores capacitados (geralmente jovens ex-

alunos) os usuários recebem apoio a suas pesquisas, produção de textos, uso de

serviços de utilidade pública eletrônicos, aprendizagens básicas para o uso do

computador, entre outras alternativas para incluírem-se digitalmente.

Dessa forma, o atendimento aos jovens é ampliado para suas redes de perten-

cimento, quaisquer que sejam elas.

As avaliações do Programa identificam importantes avanços: os jovens apre-

sentaram satisfatório desenvolvimento de competências pessoais, sociais, cogni-

tivas e produtivas, além de aprenderem a usar os diversos recursos básicos tec-

nológicos, os softwares necessários à construção de um site e a superarem difi-

culdades em relação a ciências sociais, administração e marketing, arte e design,

linguagem e comunicação.

As ações que as organizações sociais desenvolvem junto aos jovens ocorrem

sob a coordenação técnica da Fundação Abrinq, cujas principais atribuições são:

conduzir o processo de formação dos educadores – presencial e à distância; mo-

nitorar as ações desenvolvidas pelas organizações onde as Garagens Digitais são

implementadas; avaliar de forma participativa todas as etapas do programa; sis-

tematizar documentos referentes a metodologias de formação dos educadores e

dos jovens; proceder diagnósticos e definir estratégias de disseminação.

Assim, essa sistematização aponta os principais conceitos com os quais o Pro-

grama Garagem Digital desenvolveu suas ações e o modo de fazê-lo acontecer

nos diversos contextos por onde traçou seu percurso. Que a experiência possa

inspirar outras iniciativas.

Boa leitura!

Page 7: Garagem Digital com Vista para o Mundo

Sumário

Introdução >> 8

Uma espiada na Garagem >> 12

A juventude brasileira e suas relações com a

educação, o trabalho e as novas tecnologias

da informação e da comunicação >> 16

1. Juventude(s) >> 182. A Juventude brAsileirA e seu contexto >> 20 os Jovens e A educAção >> 21 os Jovens e o trAbAlho >> 23 os Jovens e As tics >> 243. Juventude, educAção e inclusão digitAl:

umA síntese dAs concepções do progrAmA >> 28

Nasce o programa garagem digital >> 321. contribuição pArA As políticAs públicAs >> 342. proJeto piloto >> 373. AcertAndo o rumo >> 394. conquistA dos pArceiros >> 43

Page 8: Garagem Digital com Vista para o Mundo

Percurso de uma garagem digital >> 481.construção dA pArceriA >> 502. elAborAção dos proJetos >> 533. montAgem do espAço >> 554. montAgem dA equipe >> 575. FormAção dos educAdores >> 596. FormAção dos Jovens >> 657. eixos orientAdores >> 71 eixo 1: FormAção dos Jovens >> 75 eixo 2: mobilizAção comunitáriA >> 848. monitorAmento e AvAliAção >> 90

Avaliando para o futuro >> 94

Caixa de ferramentas >> 110

1. mAtriz de AvAliAção do proJeto de umA gArAgem digitAl >> 1122. exemplo de resumo do proJeto de umA gArAgem digitAl >> 1123. exemplo de cronogrAmA do proJeto de umA gArAgem digitAl >> 1134. exemplo de plAno de comunicAção pArA Fins de monitorAmento >> 1145. modelo de diAgnóstico do espAço pArA implementAção de umA gArAgem digitAl >> 1146. temAs e conteúdos dA FormAção iniciAl dos educAdores >> 1157. modelo de plAno de AulA >> 1158. modelo de plAneJAmento mAcro >> 1169. instrumentAl de AvAliAção dA FormAção iniciAl >> 11710. modelo de cAdAstro dos Jovens pArA FormAção >> 11811. instrumentAl de AvAliAção do Jovem pelo educAdor – mArco zero >> 11912. modelo de relAtório quAntitAtivo >> 12413. temAs e conteúdos dA FormAção dos Jovens >> 12714. plAno de Ação de sustentAbilidAde >> 129

Referências >> 130

Créditos >> 132

Page 9: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QQWEQWEQWEEQApresentação

8

Page 10: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWQWEQWEQWEQApresentação

9

Introdução

Page 11: Garagem Digital com Vista para o Mundo

vvvQWEQWEQWE10

Introdução

O que lhe vem à mente quando você ouve a palavra garagem? Se você ima-

gina um lugar mal-iluminado, com manchas de óleo pelo chão e paredes

arranhadas está muito longe da realidade que temos a apresentar. Neste relato,

que sistematiza as aprendizagens de um programa social voltado para a juventu-

de, a palavra garagem se associa a um espaço de construção de sonhos, projetos

e ações. Em vez de becos-sem-saída, múltiplas janelas se abrem para o mundo,

mas sem perder os pés do território. Vejamos do que se trata.

Em 1939, dois jovens se uniram numa garagem em Palo Alto na Califórnia,

EUA, para pesquisar e desenvolver produtos eletrônicos. Esses jovens eram Bill

Hewlett and Dave Packard, que mais tarde fundariam a HP. O sucesso daquele

empreendimento foi de tal monta que hoje, para todo o Vale do Silício, aquela

garagem é um símbolo de inovação e espírito empreendedor.

Em 2001, executivos da HP Brasil e da Fundação Abrinq, conversando sobre

formas de enfrentar a exclusão social (agravada pela exclusão digital) que atinge

jovens brasileiros, evocaram a imagem da garagem de Palo Alto. Esta se firmou

então como inspiração articuladora de ações concretas que, fiéis ao espírito de

criação, inovação e realização daquela primeira garagem, pudessem apontar

novos caminhos de inclusão social para jovens de baixa renda. Nascia assim o

Programa Garagem Digital (PGD), também em uma garagem, configurando-se

como um espaço formativo, de produção cultural e acesso às tecnologias da in-

formação e da comunicação (TICs).

Esta sistematização tem como objetivo apresentar o Programa Garagem

Digital e compartilhar as principais aprendizagens ocorridas ao longo de seus

seis anos de vida. Podemos afirmar que o hábito de sistematizar está no DNA do

programa, apontado como necessidade pelos seus idealizadores já nos seus es-

boços iniciais. É graças a essa cultura do registro e à paixão que movem as várias

pessoas que já passaram ou estão passando pelo Programa, que este trabalho se

tornou possível.

O processo de sistematização se deu através de pesquisa documental, visi-

tas in loco e entrevistas ocorridas tanto em São Paulo quanto no Ceará. Foram

A criação do Garagem Digital levou

meses e foi um processo que envolveu

muitas pessoas e muitas interações.

Nós buscávamos um projeto que trou-

xesse uma contribuição. Queríamos

deixar claro desde o início que a tec-

nologia deveria entrar como um meio e

não um fim em si mesmo. Isso excluía,

por exemplo, adotarmos simplesmente

dar cursos de informática. Na época, o

conceito de inclusão digital, creio, ainda

não era moda, portanto também não foi

isso que nos motivou. Sempre destaca-

mos que o ponto principal do projeto era

ser uma forma de ajudar os jovens a se

inserirem no mercado de trabalho, com

auto-confiança e auto-estima. Era essa

a busca principal.

Carlos Ribeiro - HP Brasil,

um dos idealizadores do Programa

Page 12: Garagem Digital com Vista para o Mundo

EQWEQWEQWEQWIntrodução

11

ouvidos1 educadores, monitores, jovens participantes e ex-participantes, coorde-

nadores de Garagens Digitais, equipe técnica da Fundação Abrinq, profissionais

da HP, além de outras pessoas que contribuem ou contribuíram para a construção

do Programa.

A iniciativa não surgiu como está hoje – na verdade o Programa continua em

pleno movimento. Nesta sistematização vamos priorizar a descrição e análise do

Programa tal como ele está estruturado, apontando aqui e ali os elementos que

tiveram origem nas fases anteriores, incluindo o projeto piloto.

O texto começa com uma breve apresentação do Programa. Na seqüência,

traçamos um contexto da situação dos jovens brasileiros e do desafio da inclusão

digital como cenário do surgimento do Programa. Apresentamos então o histó-

rico do seu desenvolvimento e seus principais marcos teóricos. Considerando a

experiência acumulada, descrevemos os passos de implementação de uma Gara-

gem Digital, detalhamos seu projeto educacional e apresentamos alguns dados

avaliativos. No final, disponibilizamos uma Caixa de Ferramentas, reproduzindo fi-

chas, modelos de planilha de avaliação e outros instrumentos que podem facilitar

a compreensão e disseminação desta metodologia.

Esperamos que, assim como a garagem Californiana, as Garagens Digitais de

São Paulo e do Ceará, estados onde o programa foi implantado, também possam

servir de inspiração para outras iniciativas voltadas para jovens ávidos de conheci-

mento e oportunidades, diariamente confrontados com a injustiça social.

1 As entrevistas foram realizadas pessoalmente, por telefone e também por correio eletrônico.

Depoimentos

Ferramentas

Ao longo do texto aparecem alguns ícones que dão destaque para:

Aprendizagens do caminho

Conceitos e citações

Page 13: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEUma espiada na garagem

12

Page 14: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQUma espiada na garagem

13

Uma espiada na Garagem

Page 15: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWE14

Uma espiada na garagem

Antes de decifrar os caminhos e aprendizagens do Programa Garagem Digital,

vale uma apresentação inicial desta experiência. O Programa é uma iniciativa de res-

ponsabilidade compartilhada entre a HP Brasil e a Fundação Abrinq. Iniciado em

2001, com um projeto-piloto na cidade de São Paulo, o Programa implementou 11

Garagens Digitais tanto na capital paulista como em cidades do interior cearense.

As Garagens – criadas em parceira com organizações locais – são espaços de

aprendizagem e inclusão digital, com computadores ligados à Internet. Nelas,

acontecem várias atividades em dois principais eixos de atuação: Formação de

Jovens e Mobilização Comunitária.

Apesar de poderem funcionar de maneira diferente, as Garagens seguem, em

geral, uma rotina parecida. De segunda à quinta-feira, durante o dia, cada unidade

abriga duas turmas com jovens – uma de manhã e outra à tarde. Em média, cada

turma é atendida por quatro horas, contando as atividades pedagógicas e o inter-

valo em que é oferecida uma refeição.

Nem todas as atividades de formação dos jovens acontecem dentro da Ga-

ragem. Além da projeção de filmes, palestras em outros espaços das próprias

organizações, são organizadas saídas culturais, visitas externas a outros locais e

organizações, integrações com outros grupos juvenis e ainda atividades de con-

vivência comunitária. Às sextas-feiras os educadores fazem o trabalho interno de

planejamento e integração dos trabalhos.

A maioria dos jovens atendidos é estudante do Ensino Médio com alguma

defasagem série/idade2, na faixa etária de 18 a 20 anos e com renda familiar entre

1 a 2 salários mínimos. Significa que o Programa está voltado principalmente para

estudantes de baixa renda que alcançaram o ensino médio numa trajetória esco-

lar com alguns acidentes3.

2 Numa trajetória escolar sem evasão nem repetência, a idade esperada para entrada no Ensino Médio é entre 15 e 16 anos e de saída, entre 17 e 18 anos.

3 Jovens que interromperam os estudos dentro da faixa de escolaridade do programa são estimulados a participar e a retomar os seus estudos.

O Garagem Digital mudou totalmen-

te a minha vida. Hoje com certeza me

sinto uma pessoa mais incluída da so-

ciedade, tanto na parte da informática,

quanto na comunicação. Com todo o

conhecimento que adquiri, consigo me

relacionar melhor com as pessoas.

Rafaela Moreira de Lima

– jovem, Ceará

Page 16: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQUma espiada na garagem

15

No Eixo Mobilização Comunitária, as Garagens costumam oferecer à popu-

lação do seu entorno acesso livre à Internet e cursos básicos, além de organizar

feiras, rodas de discussão e outros tipos de evento.

Para fazer acontecer esse dia-a-dia, o Programa vem desenvolvendo um rico

acervo de ferramentas de gestão, formação e avaliação, apostando na formação in-

tensa e permanente das equipes. Até 2007, 148 educadores foram formados nas

concepções e princípios do Programa. O que possibilitou que 1.503 jovens tivessem

a oportunidade de desenvolver as competências e as habilidades almejadas pelo

Programa e que 1.975 pessoas fossem atendidas em cursos básicos. Para além dos

números, os depoimentos no decorrer destas páginas indicam como as Garagens

abrem novas janelas na vida desses jovens e suas comunidades.

O meu relacionamento com a socie-

dade mudou bastante depois que come-

cei a fazer parte do Garagem. Na escola

não tenho mais vergonha de responder

uma pergunta que algum professor me

faz, nem de expressar minha opinião.

Na minha família acontece o mesmo.

Antes eu tinha vergonha deles, agora

brinco mais e sinto que sou mais feliz.

Cristiano Silva da Costa

– jovem, Ceará

Escolaridade

24% - Ensino médio completo

60% - Ensino médio incompleto

3% - Ensino fundamental completo

13% - Ensino fundamental incompleto

Idade

19% - 21 anos ou mais

52% - 18 a 20 anos

29% - 15 a 17 anos

Renda familiar

15% - Menos de 1 salário mínimo

40% - 1 salário mínimo

34% - De 1 a 2 salários mínimos

9% - De 2 a 4 salários mínimos

1% - De 4 a 6 salários mínimos

1% - De 6 a 10 salários mínimos

Perfil do jovem participante

Números do programa

1.503 jovens formados

11 Garagens implementadas

148 educadores formados

20.063 acessos livres

1.975 pessoas atendidas em cursos básicos

Page 17: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEUma espiada na garagem

16

Page 18: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQUma espiada na garagem

17

A juventude brasileira e suas relações com a educação, trabalho e as novas tecnologias da informação e da comunicação

Page 19: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWE18

A juventude brasileira e suas relações com a educação, o trabalho e as novas tecnologias da informação e da comunicação

Neste capítulo, serão apresentadas as concepções que vêm norteando o de-

senvolvimento do Programa Garagem Digital, considerando que a defini-

ção dos objetivos, a elaboração de suas estratégias, a formação da equipe e todas

as demais escolhas feitas ao longo de seu desenvolvimento estão fortemente re-

lacionadas à compreensão que se tem da realidade que ele se propõe a intervir e

da natureza das transformações que pretende atingir.

1. Juventude(s)

As concepções modernas de juventude costumam associar-se a diversos este-

reótipos. Os jovens são vistos como rebeldes, fortes, bonitos, agressivos, impacien-

tes, impetuosos, empreendedores etc. Características positivas e negativas são

associadas à juventude como se fossem inerentes a uma determinada faixa etária,

como se fizessem parte de uma etapa natural do desenvolvimento humano. Nes-

se movimento, os jovens são percebidos fora do contexto de sua história de vida

e a juventude entendida sem ter como pano de fundo as atuais condições sociais

e a história das gerações passadas.

Um jovem, por ser jovem, pode ser taxado de rebelde ou ter seu processo de

participação desvalorizado. Singer (2005), considera que estereótipos como este,

muitas vezes, orientam as ações de instituições que fazem parte do cotidiano dos

jovens e afirma:

Os mesmos estereótipos que constro-

em um imaginário social de valorização

da juventude são aqueles que a impe-

dem de uma participação social plena.

(CONJUVE, 2006, p. 5)

“Neste mundo, ensina-se nas escolas e nas igrejas (com raras e

honrosas exceções) que é natural que os jovens obedeçam aos mais

velhos, não só porque estes têm poder, mas porque têm experiência,

sabedoria, ao passo que aqueles são impetuosos, impacientes, inexpe-

rientes e, coitados, muito ignorantes.” (SINGER, 2005, p. 29)

Page 20: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações

19

Considerando que concepções determinam ações e definem projetos, pode-

mos imaginar que pressupondo o jovem como rebelde ou agressivo, um projeto

se estruture para contê-lo ou para ocupar seu tempo livre. Se, por outro lado, a

ênfase é na inexperiência do jovem ou este é visto como tendo pouco a contribuir,

o projeto não verá sentido em abrir espaço para a participação juvenil.

Projetos assim estruturados custam dinheiro (muitas vezes, público), gastam

tempo dos profissionais e dos jovens e, imaginando beneficiar quem deles faz

parte, acabam formando, por exemplo, cidadãos com dificuldades de participação

social em um sistema democrático.

É, portanto, fundamental questionar os estereótipos e preconceitos ligados à

juventude, buscando deixar para trás as visões simplificadoras dessa população.

Conforme a UNESCO (2004), as juventudes são muitas!

Também central nas concepções modernas, a idéia da juventude como fase de

passagem para a vida adulta pressupõe a dedicação ao estudo e uma suspensão

da inserção dos jovens em âmbitos importantes da vida social, como o trabalho,

as obrigações familiares e econômicas. Conforme identificam Venture e Abramo

(2000), sob essa perspectiva, durante muito tempo, considerou-se “condição juve-

nil” condições sociais associadas quase exclusivamente a jovens das classes média

e alta. Concordamos com os autores quando afirmam que tais concepções são

insuficientes para se fazer diagnósticos ou considerações sobre os jovens no Brasil

de hoje, já que a maioria não tem condições de se abster de obrigações e compro-

missos, econômicas e familiares.

Page 21: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEA juventude brasileira e suas relações

20

Se, por um lado, a juventude não pode ser definida como naturalmente “re-

belde”, “impaciente”, “revolucionária” etc e, por outro, caracterizá-la como fase de

passagem é também insuficiente, falar em juventude significa o quê?

Segundo o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), órgão que congrega

representantes do poder público e da sociedade civil, a juventude é uma condição

social que tem uma faixa etária como parâmetro. Os jovens, por sua vez, devem ser

vistos como sujeitos de direitos e não como problemáticos ou “únicos protagonis-

tas da mudança” (CONJUVE, 2006, p. 5).

Considerando que a juventude não se resume a uma etapa biológica da vida, mas,

como afirma Guimarães (2005, p. 153), caracteriza-se por uma “relação entre idade

social e idade biológica”, o corte etário definido como compondo a categoria “jovem”

pode variar, por exemplo, de acordo com a cultura e com o campo – trabalho, educação,

saúde etc. Assim, enquanto a Organização das Nações Unidas (UNESCO, 2005) compre-

ende como jovens o segmento entre os 15 e os 24 anos, o Conjuve (2006) inclui em sua

definição os “jovens adultos”, ampliando o parâmetro de idade para os 29 anos.

O Programa Garagem Digital é dirigido aos adolescentes e jovens na faixa etária

entre 14 e 24 anos.

2. A juventude brasileira e seu contexto

No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD,

2007), 26,4% da população têm entre 15 e 29 anos. São cerca de 50,2 milhões os

jovens brasileiros. Conforme afirma a Unesco (2004), uma população juvenil tão

ampla pode ser vista tanto como oportunidade quanto como desafio.

As realidades dessa população são muitas e são desiguais. No que diz respeito

à renda, a mesma pesquisa mostra que 30,4% dos jovens na faixa etária de 15 a

29 anos poderiam ser considerados pobres porque viviam em famílias com renda

domiciliar per capita de até meio salário mínimo; 53,8% pertenciam ao extrato in-

termediário com renda domiciliar per capita entre 0,5 e 2 salários mínimos; apenas

15,8% viviam em famílias com renda superior a 2 salários mínimos.

Ao longo da história do Brasil, as políticas públicas voltadas a essa população

foram marcadas pela falta de constância, dependendo muito de conjunturas es-

pecificamente favoráveis (UNESCO, 2004).

A juventude brasileira é fruto da

sociedade brasileira e, em tempos de

globalização e rápidas mudanças tec-

nológicas, deve ter condições, oportu-

nidades e responsabilidades específi-

cas na construção de um país justo e

próspero. (CONJUVE, 2006, p. 7)

Page 22: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações

21

Somente em 2005, teve início a estruturação de uma política de Estado voltada

para esse segmento da população, com a criação da Secretaria Nacional de Juventu-

de e do Conselho Nacional da Juventude, cuja implantação foi fruto de reivindicação

de variados movimentos juvenis, organizações da sociedade civil, iniciativas do Po-

der Legislativo e do Governo Federal, como também de experiências pioneiras de

implantação de Secretarias Estaduais e Municipais de Juventude.

Ações como estas são fundamentais, pois há nessa área muito o que fazer e

muito para mudar!

Uma pesquisa quantitativa realizada pela Fundação Perseu Abramo, em 2000,

nas nove regiões metropolitanas do país junto à população entre 15 a 24 anos

concluiu que as principais mudanças desejadas pelos jovens são acabar com a

violência, com a miséria, com a desigualdade e melhorar as condições de trabalho

e emprego (VENTURE; ABRAMO, 2000).

2.1. Os jovens e a educação

Conforme afirma Sposito (1993), sob a perspectiva da escola, o processo de

socialização do jovem brasileiro tem se caracterizado por relações marcadas por

tensão e descontinuidade.

Apesar do significativo crescimento do acesso à escola entre os jovens brasi-

leiros – acentuado especialmente na década de 1990 (SPOSITO, 2005) –, os últimos

dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD, 2007), mostram que

a universalização do acesso ao ensino médio continua sendo um desafio para o

país. A taxa de escolarização da faixa etária correspondente a este nível de ensino,

15 a 17 anos, caiu 0,9% de 2005 para 2006 e, atualmente, está na casa dos 82,1%.

O quadro é ainda mais sério quando se considera que, entre os matriculados, 48%

apresenta defasagem idade/série, a taxa de reprovação é de 11,5% e a de evasão,

de 15,3% (MEC/INEP, 2006; PNAD, 2007).

Além disso, a oferta de uma educação de qualidade, que é outro fator impres-

cindível para se pensar na qualidade de vida dos jovens, ainda está longe de ser

uma realidade nas escolas públicas (e privadas).

Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) mostram que a mé-

dia de aproveitamento dos alunos nas provas objetivas, que avaliam português e

Page 23: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEA juventude brasileira e suas relações

22

matemática, foi de 36,9%, em 2006 (MEC/INEP, 2006). Mais baixo do que os 39,4%,

em 2005 (MEC/INEP, 2005). Já na redação, a média caiu de 55,96% para 52,08%

(MEC/INEP, 2005, 2006). Em 2007, 82,1% de 15 a 17 anos freqüentavam a escola,

mas apenas 48% cursavam pelo menos o ensino médio, que corresponde ao nível

adequado a essa faixa etária (PNAD, 2007). Nesse mesmo ano a média nacional de

desempenho foi de 51,52 pontos na parte objetiva e de 55,99 na de redação – a

escala vai de 0 a 100.

Mesmo diante deste quadro, a escolaridade continua tendo um enorme poder

discriminador sobre as oportunidades de trabalho tanto no que diz respeito à empre-

gabilidade, quanto às possibilidades salariais (UNESCO, 2003; GUIMARÃES, 2005).

Apesar disso, mesmo considerando que a atual geração de jovens é mais es-

colarizada do que as gerações passadas, o acesso à escola é fator muito menos de-

terminante de acesso ao emprego do que foi no passado. Nesse sentido, Sposito

(1993, p. 165) afirma:

A primeira expressão dessa incongruência ocorre no desencontro entre

as esperanças construídas pelas famílias em torno do valor da escola e as

aspirações juvenis, produzidas em um ambiente não mais colorido pela

crença nos benefícios imediatos da instrução para a ascensão social e me-

lhoria das condições de vida, tão importantes para a geração anterior.

Tal desencontro entre a escola e o acesso ao trabalho, no entanto, não pode de

forma alguma ser explicado apenas no âmbito da dinâmica educacional.

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QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações

23

2.2. Os jovens e o trabalho

A atual juventude brasileira nasceu em tempos de crise social (SINGER, 2005).

Conforme nos lembra Guimarães (2005) se, para os jovens das décadas de 1950,

1960 e 1970, a passagem (para os que tinham acesso) da escola ou da universida-

de para o emprego se dava, na maior parte dos casos, de forma imediata, nas últi-

mas décadas, essa “passagem pré-programada” deu lugar ao “dever de inserir-se4”.

Além da insatisfatória criação de novos postos de trabalho, deixou de haver uma

correspondência entre os níveis e gradações do sistema educacional e os níveis

e gradações do sistema de classificação de qualificações do sistema de emprego

(GUIMARÃES, 2005).

Além disso, a autora chama também a atenção para as características demo-

gráficas de nosso tempo: o ressurgimento da “onda jovem” no final dos anos 1990

coincide com a onda dos que têm por volta dos 50 anos – outro segmento vulne-

rável ao desemprego e a insegurança no mercado de trabalho –, o que traz impac-

tos significativos para a composição da População Economicamente Ativa – PEA e

para a estrutura do mercado de trabalho (GUIMARÃES, 2005).

Neste contexto, quase 2/5 dos jovens brasileiros estão desempregados e os

postos de trabalho ocupados por eles, na maior parte das vezes, localizam-se nos

segmentos de baixa produtividade e se caracterizam pela alta precariedade (PO-

CHMANN, 2000).

São 3,5 milhões de jovens com idades entre 16 e 24 anos – cerca de 45% da

força de trabalho nacional – desempregados no país (OIT, 2004). Mas este quadro

não se restringe ao Brasil. Segundo estimativas da Organização Internacional do

Trabalho (OIT), mundialmente, uma em cada cinco pessoas com idade entre 15

e 24 anos está desempregada, ou seja, 88 milhões de jovens, o que representa

mais de 40% do total de desempregados. Destes, 85% encontra-se em países em

desenvolvimento. E as perspectivas de melhoria não são animadoras, já que é es-

perada a entrada de 660 milhões de jovens no mercado de trabalho nos próximos

dez anos (OIT, 2004).

4 Segundo a autora, a categoria “inserção no mercado de trabalho” nem se colocava como uma categoria social e historicamente pertinente, dado que a transição da escola para o trabalho era feita naturalmente (GUIMARÃES, 2005).

Page 25: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEA juventude brasileira e suas relações

24

Conforme apontam os resultados da pesquisa do Projeto Juventude, mesmo

com toda essa incerteza e instabilidade, o trabalho para os jovens não perde o

seu significado, mas os significados são novos e diversos (GUIMARÃES, 2005). Uma

possível interpretação sobre a percepção juvenil da importância do trabalho é

que, embora com situações ocupacionais imprevisíveis e precárias, o trabalho é

uma matriz importante na produção de percepções, comportamentos e atitudes,

assumindo basicamente três sentidos: a) um valor, b) uma necessidade e c) um

direito (GUIMARÃES, 2005).

Em outras palavras, além de se configurar como necessidade, o trabalho também

é condição para ter acesso ao lazer e ganhar autonomia (VENTURE; ABRAMO, 2000).

2.3. Os jovens e as TICs

Como se pode perceber, as demandas por transformações das condições de

vida do jovem brasileiro são muitas. Dizem respeito ao reconhecimento social de

sua condição como sujeito de direitos, livre de estereótipos; à construção de polí-

ticas de acesso à cultura e ao esporte; a universalização do direito à educação de

qualidade; e ao direito ao trabalho decente.

Passando transversalmente e transformando boa parte dessas dimensões da vida

contemporânea, estão as novas tecnologias da informação e da comunicação (TICs).

Conforme afirma o Conjuve (2006), as TICs podem aumentar as possibilidades

de vivência da condição juvenil. O seu acesso deve, portanto, ser cada vez mais

ampliado, buscando oferecer aos jovens de hoje cada vez mais alternativas para

lidar com sua própria formação educacional, as necessidades de trabalho e sua

relação com o conhecimento e a cultura (CONJUVE, 2006). Também enfática na

sustentação da importância da relação juventude e TICs, é a Declaração de Princí-

pios da Cúpula da Sociedade da Informação, afirmando que:

Antes de entrar no Garagem Digital,

eu tinha certeza de que era incapaz de

entrar no mercado de trabalho. Tudo

isso por medo, insegurança de como

me comportar numa entrevista ou

mesmo no trabalho. Hoje eu vou bus-

car no mercado de trabalho um bom

emprego.

Claudenira de Freitas Moura

– jovem, Ceará

Os jovens constituem a força de trabalho do futuro, estão na vanguarda das novas

tecnologias da informação e comunicação e são, também, os primeiros que as adota-

ram. Em conseqüência, devem ser facultados como estudantes, criadores, contribuin-

tes, empresários e formuladores de decisões (ONU, 2003).

Page 26: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações

25

Assim, é fundamental que a agenda de políticas e ações voltadas para a juven-

tude priorize a inclusão digital. Caso contrário, o aumento das desigualdades nos

âmbitos da participação social, da cultura, do trabalho e da educação será inevitá-

vel, pois a presença das TICs na sociedade contemporânea é enorme, é crescente

e, como já foi dito, produz significativos impactos nas demais esferas da vida.

Em relação às implicações no cotidiano, as TICs poderão permitir maior trans-

parência no planejamento e nas transações, aumentando a possibilidade de con-

trole pelo (e do) cidadão. Deverá também haver um amplo desenvolvimento da

educação a distância, da telemedicina e do teletrabalho (UNESCO, 2004).

São muitas as oportunidades e também muitos os riscos, já que, apesar de

muitos alardearem a possibilidade das TICs na construção de um mundo menos

desigual, essa possibilidade não é, de forma alguma, inerente às tecnologias (as-

sim como o inverso também não é verdadeiro). Elas, como quaisquer ferramentas,

podem ser usadas em direções bastante diversas. Podem contribuir para aumen-

tar ou para diminuir desigualdades.

Somente 24% da população brasileira possuem computador. Com relação ao

acesso à Internet o índice cai para 17% de domicílios equipados com computador

conectados à rede. Os resultados são da Pesquisa sobre o Uso Domiciliar das Tec-

nologias de Informação e Comunicação – a chamada TIC Domicílios – realizada em

2007 pelo instituto Ipsos Opinion, a pedido do Comitê Gestor da Internet (CGI).

A pesquisa apontou ainda que 59% da população nunca utilizaram a Internet.

O principal motivo declarado que leva o brasileiro a não usar a rede é a falta de

habilidade (55%), considerando que a posse do equipamento não é pré-requisito

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QWEQWEQWEQWEA juventude brasileira e suas relações

26

para o uso. As regiões Norte e Nordeste do país são as que apresentam os meno-

res índices em relação às outras regiões, no que diz respeito a proporção de domi-

cílios com computador e acesso à Internet. E os principais motivos são: preço do

equipamento (com 78% das menções) e custo elevado do acesso (com 58% das

menções). Com isso, os centros públicos de acesso às TICs vêm ganhando espaço

e contribuindo diretamente para a democratização do acesso a esses recursos,

sendo que a grande maioria de seus freqüentadores é formada por jovens entre

16 a 24 anos (59%).

Diante desse contexto, um projeto de ampliação das oportunidades de aqui-

sição e fortalecimento de aprendizagens referentes ao uso das TICs com foco em

adolescentes e jovens se justifica.

Brecha Digital ou Abismo Digital –Expressões usadas para identificar

a desigualdade de acesso aos recursos e oportunidades oferecidos pe-

las tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs ou TICs).

www.oppi.org.br/apc-aa-infoinclusao/infoinclusao/glossario

Page 28: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações

27

Outra pesquisa, realizada nas comunidades de baixa renda do município do Rio

de Janeiro, concluiu que há uma limitação do tempo disponível para acesso às TICs

e que a qualidade do acesso do usuário de baixa renda é insuficiente (SORJ, GUEDES,

2005). Para esses pesquisadores, a qualidade do acesso e o seu potencial de utiliza-

ção dependem da capacidade de leitura e interpretação da informação pelo usuá-

rio. Nesse sentido, eles concluem que não é possível universalizar o acesso às TICs

enquanto outros bens sociais não forem universalizados (SORJ, GUEDES, 2005). Mais

uma vez considerando o papel das TICs nas demais dimensões sociais, talvez seja

possível dizer também que a universalização dos outros bens sociais, na sociedade

contemporânea, também não é mais possível sem a democratização delas.

No Garagem, apresentamos semi-

nários, criamos folders, capas de CD,

currículos, além de termos dicas de

como se comportar em uma entrevista

de trabalho. A cada dia, aprendíamos

que a informática não é tudo, mas que

hoje informática é algo essencial.

Helenice da Cunha Almeida

– jovem, São Paulo

Assim, o Programa Garagem Digital considera inclusão digital a denominação

dada, genericamente, aos esforços de fazer com que pessoas das mais diversas

condições socioeconômicas tenham acesso aos meios de informação e comuni-

cação existentes e recebam formação que favoreça a produção de conhecimentos

utilizando as tecnologias em prol da melhoria de suas vidas e da sociedade. Isso

significa dizer que é necessário mais que o simples acesso ou democratização da

informática para incluírem-se social e digitalmente. É preciso garantir que as tec-

nologias facilitem a busca de conhecimentos, a geração de renda, o divertimento

e o convívio público de forma geral.

Deve-se ter como perspectiva que o uso dos computadores em rede contribua

para gerar renda, facilite o acesso aos serviços públicos, integre o cidadão à esfera

pública e, de um modo mais amplo, melhore a qualidade de vida das pessoas.

Os jovens saem daqui se vendo como

produtores e não apenas consumidores

do que está disponível na rede.

Adelson Rodrigues da Silva

– educador, São Paulo

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QWEQWEQWEQWEA juventude brasileira e suas relações

28

3. Juventude, educação e inclusão digital: uma

síntese das concepções do Programa

Diante dessas considerações, o Programa Garagem Digital sintetiza sua visão

de juventude, educação e inclusão digital conforme as seguintes premissas:

Juventude

A juventude é uma condição social que,

para o Programa Garagem Digital, tem como

parâmetro a faixa-etária de 14 a 24 anos.

Jovens são sujeitos de direitos.

A participação juvenil é importante para

a construção do presente e do futuro da

sociedade.

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QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações

29

Educação

A educação realiza-se dentro e fora da escola e é de

responsabilidade do Estado e de toda a sociedade5.

A educação é diferenciada, já que as necessidades

básicas de aprendizagens dos diferentes grupos e culturas

são diferentes.

É importante ter como perspectiva da educação de jovens

a articulação entre formação e experimentação.

Uma educação de qualidade é fundamental para

potencializar o uso das TICs.

Por si só, a educação não gera postos de trabalho.

Estimular o espírito empreendedor não é suficiente para

mudar a realidade do jovem no mercado de trabalho.

Para tanto, é necessário que haja também intervenções

governamentais na estrutura do mercado e do trabalho.

O ser humano é produto e produtor de um processo social,

histórico, político e cultural.

A educação é um processo de construção e produção de

conhecimentos significativos.

Deve-se estimular o processo democrático como

possibilidade e necessidade, dando condições à interação

social viabilizadora de uma sociedade composta por

membros diferentes entre si e tornando realidade o

convívio pacífico numa sociedade pluralista.

5 Os dois primeiros itens desta parte são inspirados na Declaração mundial sobre educação para todos (ou Declaração de Jomtien), da ONU, 1990.

Page 31: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEA juventude brasileira e suas relações

30

O diálogo é um dos principais instrumentos desse

sistema, sendo que este requer a capacidade

de ouvir o outro e de se fazer entender. Pede

descentralização, para então possibilitar a

aprendizagem e a negociação como um importante

recurso na busca de soluções de problemas.

A pedagogia precisa traduzir a crença de que o

conhecimento é construído e, para construí-lo,

faz-se necessário o contato íntimo com o objeto

de aprendizagem com dinamismo, investigação,

ousadia, possibilitando a transgressão do que está

estruturado para novos estágios na dimensão social,

intelectual e emocional.

Inclusão Digital

O acesso à informação e o direito à comunicação

são direitos inalienáveis do ser humano e, portanto,

devem ser respeitados, garantidos e promovidos

pelo Estado Brasileiro.

O processo de inclusão digital deve ser entendido

como acesso universal ao uso das tecnologias

da informação e comunicação e como usufruto

universal dos benefícios trazidos por essas

tecnologias.

As ações de inclusão digital devem ser realizadas

no âmbito local, buscando-se a articulação

das políticas públicas de inclusão digital entre

os governos federal, estadual e municipal,

como executores e indutores, priorizando

pequenos municípios e aqueles com índices de

desenvolvimento humano mais baixo.

Page 32: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQA juventude brasileira e suas relações

31

É preciso estabelecer papéis e pontos de integração

das ações dos diversos atores, governo, empresas

e sociedade civil (comunidade, universidades e

organizações não-governamentais) com interesses

convergentes.

É preciso ter em vista que há diversidade de usos e de

relevância da inclusão digital para os usuários.

A Internet é um tema social, não apenas técnico ou

comercial6.

É necessário estimular a igualdade na possibilidade de

acesso, o uso com sentido e a apropriação social da

Internet.

O conceito de abismo digital deve ser abordado de forma

coletiva, e não individual.

A Internet pode reforçar os processos de

desenvolvimento humano já existentes.

A Internet oferece informação, não conhecimento.

É, portanto, dentro desta perspectiva que se insere o objetivo geral

do Programa Garagem Digital: Promover a inclusão digital de forma a

contribuir com o processo educacional de jovens e o desenvolvimento

de suas comunidades.

6 Os cinco últimos aspectos levantados no quadro tomaram como referência os pressupostos sintetizados pela Comunidade Virtual Mística (2002).

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QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital

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QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital

33

Nasce o Programa Garagem Digital

Page 35: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital

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Nasce o Programa Garagem Digital

Esse programa nasce pautado por pressupostos que direcionam seu percurso

e que são aqui sistematizados.

Essa breve apresentação objetiva facilitar o entendimento do programa em

suas linhas gerais, relatando como ocorreu a organização das idéias iniciais e a

elaboração teórica e prática, inserindo o leitor numa posterior imersão em suas

metodologias específicas.

1. Contribuição para as políticas públicas

O Programa Garagem Digital nasceu em meio a um cenário nacional com altos

índices de exclusão digital, principalmente para os jovens provenientes de famí-

lias de baixa renda, que vivem o paradoxo de nascerem numa época de grandes

avanços tecnológicos e não terem possibilidades de acesso a eles. A leitura que se

tinha é que a abordagem de boa parte dos programas para jovens, até então, esta-

va focada na distribuição de computadores e cursos de iniciação à informática.

Ciente da importância do tema, o governo federal implementa algumas inicia-

tivas de inclusão digital, como Casa Brasil, Governo Eletrônico, Serviço de Atendi-

mento ao Cidadão, Telecentros de Informação e Negócios e Programa Nacional de

Informática na Educação, entre outras. Estados e municípios também têm implan-

tado seus programas próprios, com foco sobretudo na construção de telecentros.

Casa Brasil é um projeto do Governo Federal que tem como principal objetivo re-

duzir a desigualdade social em regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano

(IDH), levando para esses locais um espaço que privilegia a formação e a capacitação

em tecnologia aliada à cultura, arte, entretenimento e participação popular, com forte

apoio à produção cultural local. O projeto permite que a comunidade se aproprie da

sua unidade e participe das decisões locais via conselho gestor.

Page 36: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital

35

O GESAC – Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão, do Governo

Federal, tem como meta disponibilizar acesso à Internet e mais um conjunto de outros

serviços de inclusão digital a comunidades excluídas do acesso e dos serviços vincula-

dos à rede mundial de computadores.

O Programa Nacional de Informática na Educação – ProInfo - é um programa

educacional criado pelo Ministério da Educação para promover o uso pedagógico da

informática na rede pública de ensino fundamental e médio. É desenvolvido pela

Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infra-

Estrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Esta-

duais e Municipais.

O Programa Garagem Digital, apostando na visão de que a inclusão digital

deve apontar para a transformação social, nasceu com o propósito de experimen-

tar novas metodologias no processo de formação de jovens utilizando as TICs no

desenvolvimento de habilidades e de produção de conhecimentos. A opção es-

tratégica do Programa Garagem Digital foi de centrar seus esforços na construção

de uma metodologia de ensino e aprendizagem consistente, tendo a tecnologia

como meio.

Favorecendo o desenvolvimento do protagonismo e do empreendedorismo,

visa também construir referências metodológicas para a implementação de polí-

ticas públicas de inclusão digital, dirigida a esse público, em consonância com um

contexto social onde jovens não têm tido acesso a oportunidades qualitativas de

desenvolvimento e inclusão.

Duas premissas embasavam esta opção:

As políticas públicas de inclusão digital precisam ir além do acesso,

avançando na direção da apropriação social (ver quadro).

As políticas de inclusão digital precisam estar associadas aos sistemas

públicos de ensino, o que significa repensar a didática tradicional.

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QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital

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Continuum DA INCLUSÃO DIGITAL

Acesso eqüitativo

Uso com sentido

Apropriação social

A possibilidade de que todas as pessoas tenham acesso aos benefícios das TICs.

Fazem parte desta categoria tanto o acesso à tecnologia como o desenvolvimen-

to das capacidades técnicas para possibilitar um uso efetivo das potencialidades

que elas oferecem. As barreiras para o acesso eqüitativo não são somente as

técnicas e os custos, mas também educativas, lingüísticas e culturais.

Ações que promovam o uso relacionado às necessidades dos diferentes grupos

sociais e a busca de alternativas para resolvê-las utilizando as TICs.

Quando estas ferramentas adquirem um significado no cotidiano dos grupos so-

ciais e se constituem em instrumentos para a geração de novos conhecimentos

que permitam transformar as realidades nas quais estão inseridos.

Fonte: Comunidad Virtual Mística: Trabalhando a Internet com uma visão social, setembro de 2002.

Page 38: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital

37

2. Projeto Piloto

Sem desconsiderar que ações inclusivas eficazes precisam lidar com proble-

mas estruturais, em 2001 o Programa teve início com a implementação de um

projeto piloto que pudesse contribuir com respostas concretas na direção da

apropriação social das TICs, ainda que em escala restrita. Uma vez alcançado tal

objetivo, o Programa Garagem Digital poderia fornecer referenciais técnicos e me-

todológicos viáveis para o desenho de políticas de caráter mais abrangente.

Na formulação do piloto, cada parceiro aportou um capital específico. A HP

doou equipamentos, investiu financeiramente e partilhou decisões estratégicas

com a Fundação Abrinq. Esta, por sua vez, assumiu a coordenação com a respon-

sabilidade pelo seu monitoramento, avaliação e disseminação.

Os dois parceiros convidaram ainda, para compartilhar desse desafio, a Asso-

ciação Cidade Escola Aprendiz7, cujo projeto Oficina de Sites foi reconhecido como

uma referência importante na área de educação e tecnologia, para contribuir com

conhecimentos técnicos na concepção pedagógica da proposta. Através de muita

conversa e debate, o projeto foi tomando forma, mas faltava o mais importante: os

jovens. Decidiu-se procurar por um parceiro que já trabalhasse com inclusão social

juvenil. O convite foi feito à Associação Meninos do Morumbi, uma organização so-

cial reconhecida, sobretudo, pelo seu trabalho artístico musical junto a jovens.

Unir universos e lógicas tão diferentes foi um processo muito rico8. Foi nesta época

que o Programa estruturou seu primeiro currículo, construiu papéis, afirmou princípios

e formou os primeiros jovens. Desde então, aprimorou essa experiência e consolidou

metodologias voltadas à inclusão digital de jovens e suas comunidades.

7 Sediada na região Oeste da cidade de São Paulo Site: www.aprendiz.org.br8 Em 2002, o Programa ganhou o prêmio “Conscience Award International”, da SAI – Social

Accountability, na categoria “Parceiros Inovadores”.

Page 39: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital

38

Linha do tempo

2001/ Formatação do Programa Garagem Digital – HP Brasil/Fundação Abrinq com parceria da Cidade Escola Aprendiz.

/ Implementada a primeira Garagem Digital em caráter de Projeto Piloto – Associação Meninos do Morumbi (SP).

2002/ Avaliação Externa do Projeto Piloto pelo Instituto Fonte e Christophorus.

/ Vencedor do prêmio “Conscience Award International 2002”, da SAI – Social Accountability, na categoria “Par-

ceiros Inovadores”.

2003/ Permanência da Garagem Digital: Associação Meninos do Morumbi (SP).

/ Implementação da Garagem Digital do CPA (SP).

2004/ Permanência da Garagem Digital do CPA (SP).

/ Estabelecida parceria com o Governo do Estado do Ceará e Instituto Centec: três Garagens

Digitais são implementadas nos municípios de Beberibe, São Gonçalo do Amarante e Limo-

eiro do Norte (CE).

/ Novas estratégias foram incorporadas ao Programa: Rede de Oportunidades, Acesso Livre e

Rodas de Inclusão Digital.

/ Premiado pela IT Midia e Info Exame.

2005/ Permanência da Garagem Digital do CPA (SP).

/ Permanência das três Garagens Digitais no Ceará.

/ 1º lugar do Prêmio Telemar de Inclusão Digital na categoria ONG região Norte/ Nordeste.

2006/ Permanência das três Garagens Digitais no Ceará (agora de forma autônoma e sustentável).

/ Permanência da Garagem Digital do CPA (SP) (agora de forma autônoma e sustentável).

2007/ Permanência das três Garagens Digitais no Ceará.

/ Permanência da Garagem Digital do CPA (SP).

/ Implementação de seis novas Garagens Digitais no Ceará, nos municípios de Aracati, Ara-

coiaba, Barbalha, Eusébio, Itaiçaba e Quixeramobim.

2008/ Permanência das nove Garagens Digitais no Ceará.

/ Permanência da Garagem Digital do CPA (SP).

/ Publicação da Sistematização do Programa.

Page 40: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital

39

3. Acertando o rumo

Desde o início, o desafio do Programa Garagem Digital era implementar um

projeto com uma proposta que fosse inovadora, para tanto estabeleceu-se diver-

sos espaços de avaliação e reflexão da sua prática. Com isso, no decorrer do per-

curso procurou transformar dificuldades em aprendizagens.

Mais nem sempre é melhor

Aprendizagens:O Programa nasce com alta qualidade em termos de espaço, tecnologia e equipe profis-

sional, mas também com alto custo, o que dificultou sua manutenção e sustentabilidade a

longo prazo nos moldes inicialmente definidos.

Aprendizagem 1: Como, por um lado, os recursos são sempre limitados frente as demandas sociais e, por ou-

tro lado, não é possível desenvolver ações que sejam efetivamente transformadoras se a qua-

lidade não for a prioridade, é necessário que projetos sociais busquem otimizar seus recursos,

abrindo suas portas no maior número de períodos possíveis, compartilhando suas conquistas

com a comunidade e buscando estar sempre articulado com as políticas públicas.

A estrutura criada para gerir o Programa tinha várias instâncias: conselho estratégico, conse-

lho consultivo, diretoria, equipe técnica e liderança do núcleo de formação de equipes. Embora

o aporte de conhecimentos trazidos pelos vários atores tenha sido importante, as decisões e

ações eram pouco ágeis e havia dificuldade em sintonizar as visões e as tomadas de decisões

devido ao complexo fluxo de informações.

Aprendizagem 2: É necessário muito cuidado na formatação da estrutura de gestão. Para que ela seja efi-

ciente, é melhor que ela seja constituída por poucas instâncias e que o planejamento de seu

cotidiano leve em conta a rotina e os prazos do projeto.

Page 41: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital

40

O tempo de formação de cada turma de 300 horas em 10 meses era longo e concorria

com outras demandas dos participantes – especialmente demandas por trabalho – o que

contribuía para a evasão dos jovens que foi significativa nas primeiras turmas (26,7%).

Aprendizagem 3: É necessário ouvir os jovens desde o início, por exemplo, por meio de entrevistas,

grupos e conversas informais que garantam a convergência entre as expectativas dos

jovens e a proposta do projeto. Nesse caso, ouvindo os jovens, pudemos perceber que

tal convergência se daria com a concentração da carga horária total em cinco meses

de projeto.

Na estrutura do Programa, além dos educadores e monitores, havia psicólogo e pro-

fessor de português. Esse modelo gerava espaços paralelos ao processo educativo inte-

gral, em vez de serem incluídos como conteúdos e temas para aprendizagem coletiva.

Aprendizagem 4: O processo de aprendizagem dos jovens ocorre de forma mais efetiva quando as

equipes são constituídas por profissionais com visão global de processo educativo,

denominados educadores, trabalhando de forma integrada os conteúdos do currículo.

Page 42: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital

41

Desde o desenvolvimento do projeto piloto, o Programa viveu um processo di-

nâmico de transformações contínuas tendo, inclusive, seus objetivos revistos e al-

terados ao longo dos anos. No primeiro momento objetivava “construir referências

para a implementação de políticas públicas/programas que assegurem o acesso de

jovens à tecnologia da informação, a partir de uma atitude protagônica e empreen-

dedora diante da vida”. A partir das reflexões sobre o que se dispunha a executar e

influenciar, redefine seus objetivos a fim de alinhá-los com a perspectiva de “promo-

ver a inclusão digital de forma a contribuir com o processo educacional de jovens e

o desenvolvimento de suas comunidades”.

A diferença na redação do objetivo inicial e atual sinaliza uma profunda mudan-

ça na sua ação. Se num primeiro momento a construção da metodologia vinha em

primeiro plano, no segundo (quando esta já estava sendo consolidada) a ênfase pas-

sou a ser o desenvolvimento educacional do jovem em estreita relação com sua co-

munidade, alinhando o conceito de inclusão digital e inclusão social – resultado que

se espera atingir em todos os contextos onde sua metodologia for disseminada.

Podemos dizer que esta visão mais contextualizada do jovem e da inclusão

digital articulada com as necessidades locais foi o “pulo do gato” que fez com que

o Programa Garagem Digital ganhasse maior consistência e coerência.

No Garagem, ganhei consciência

que a minha vida não gira só em torno

de mim mesma, ela gira em torno de

outros fatores e um deles é você po-

der ajudar aqueles que não tiveram a

chance que você teve.

Erivelma Alves de França

– monitora, Ceará

A preocupação com a mobilização comunitária já estava sinalizada na concep-

ção de inclusão digital e social assumida pelo Programa, mas ela foi efetivamente

incorporada sob a influência da segunda organização social que abrigou uma Ga-

ragem Digital: o Centro de Profissionalização de Adolescentes Padre Bello (CPA).

Alguns profissionais foram chamados durante este percurso, como Carlos

Afonso, Fernando Dolabela, Helena Abramo e Frankling Coelho e contribuíram

com a socialização de saberes que auxiliaram os envolvidos na construção de me-

todologias e referenciais teóricos.

Com a ajuda de Carlos Afonso – um dos precursores e mais ativos profissionais

da internet no Brasil –, desencadeou-se a reflexão sobre as políticas públicas de

inclusão digital e conceitos relativos à universalização do acesso às tecnologias

da informação e comunicação – TICs.

Fernando Dolabela introduz conceitos relativos ao empreendedorismo e ofe-

rece metodologias de trabalho por meio da “pedagogia empreendedora” em di-

versos contextos educacionais.

Page 43: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital

42

Ele apresenta o conceito de empreendedorismo, de forma a conjugar questões

econômicas e sociais em prol do desenvolvimento social e do combate à pobreza,

como alternativa de geração de renda. Assim, foi possível avanços nas discussões

sobre empreendedorismo aplicado ao currículo do Programa Garagem Digital.

Helena Abramo, socióloga, pesquisadora em questões relacionadas à juventu-

de, promoveu debates sobre característica da juventude brasileira; suas diversida-

des, representações e necessidades específicas, ao mesmo tempo em que contri-

buiu com as análises relativas às políticas públicas de, para e com a juventude.

Ela traz para o debate as dimensões da educação, do trabalho e da cultura

caminhando conjuntamente com questões que caracterizam a juventude.

Com Franklin Coelho discute-se o uso das tecnologias da informação e da

comunicação para o desenvolvimento local e a importância desse tema frente a

ações voltadas à mobilização comunitária. Ele traz a experiência do projeto “Piraí

Digital”9, um projeto de política pública de inclusão digital no município de Piraí,

Rio de Janeiro, que apresenta conceitos, metodologias e desafios semelhantes aos

enfrentados pelo Programa Garagem Digital.

Esse processo foi relevante para consolidação da filosofia do Programa, pois

ajudou a validar as opções temáticas em conformidade com as novas demandas

do mercado de trabalho e a compreensão de políticas públicas de juventude, tra-

balho, inclusão digital e educação.

Com base nas interlocuções e pesquisas realizadas, foi sendo construída uma

proposta que articulasse, ao processo de inclusão digital, ações voltadas ao em-

preendedorismo, ao protagonismo juvenil, ao trabalho colaborativo e ao desen-

volvimento de capacidades para a identificação de demandas e oportunidades de

atuação, priorizando a articulação comunitária.

Considerando a educação um processo de desenvolvimento e o jovem, prota-

gonista de sua história, o currículo serve como ferramenta de orientação da práti-

ca para a formação de jovens mais empreendedores e mais capazes de participa-

rem do mercado de trabalho, bem como de contribuírem para as transformações

sociais que desejarem.

9 Site: www.piraidigital.com.br/

Page 44: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital

43

Assim, os marcos referenciais – nas dimensões da juventude, da educação, da

formação profissional, da cultura, da mobilização social e da inclusão digital – pau-

tam o projeto educacional e concretizam-se na vida dos jovens.

Na Fundação Abrinq, o Programa Garagem Digital foi concebido e gerido

como uma instância de formação por meio de ações sócio-educacionais, ou seja,

trabalhos de significativa importância na complementaridade das aprendizagens

proporcionadas pela educação formal. Por meio desse conceito entende-se que

a família, a escola e os recursos da comunidade são elementos que, integrados,

qualificam a educação integral de crianças, adolescentes e jovens.

O bom do Garagem é que ele não é

só mais um curso. Ele é um despertar

para olhar em volta e ver sua impor-

tância dentro da sociedade.

Abimael de Sousa Alves

– monitor, Ceará

4. Conquista dos parceiros

Foram implantadas 11 Garagens Digitais, orientadas pelos pressupostos do

Programa. A primeira delas, em 2001, nasce na Associação Meninos do Morumbi10.

Como uma das intenções do Programa era a sua disseminação, nesse mesmo ano

foi indicada outra organização em São Paulo, essa participante do Programa Nossas

Crianças da Fundação Abrinq11 para implantar outra garagem.

10 Na Associação Meninos do Morumbi, o projeto se estendeu por 2 anos, tendo sido finalizado em 2003.

11 O Programa Nossas Crianças mobiliza e articula recursos técnicos e financeiros da socie-dade civil, que possibilitem um atendimento de qualidade a crianças e adolescentes em organizações sociais.

Page 45: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital

44

A seleção ocorreu por meio de um processo onde 3 organizações foram indi-

cadas pela coordenação daquele programa, a equipe do Programa Garagem Digi-

tal as convidou para participar do processo seletivo, realizou visitas diagnósticas,

orientou a elaboração de projetos e, com base nessas informações, os parceiros

estratégicos – Fundação Abrinq e HP – indicaram o Centro de Profissionalização

de Adolescentes – CPA. Tal indicação se deu, principalmente, em função de a mes-

ma já desenvolver projetos de formação e capacitação de jovens em situação de

vulnerabilidade social e com uma cultura ativa de participação comunitária. Com

isso, em 2003, o Programa ampliou sua área de abrangência, implementando uma

nova garagem no Centro de Profissionalização de Adolescentes Padre Bello (CPA),

situado na zona leste de São Paulo.

A prática de avaliação permanente do processo, somada a ações que ocorriam

naquele contexto, apontou para a necessidade de ampliação do Projeto Educacio-

nal, de forma a estruturar ações de Mobilização Comunitária, que tornou-se um

novo eixo de atuação do Programa.

Nesse sentido, em 2004, novas estratégias foram incorporadas como: a Rede

de Oportunidades, com o papel de servir de ponte entre os jovens participantes

dos Projetos e novas oportunidades; o Acesso Livre, visando ofertar o espaço e os

recursos das Garagens Digitais para a comunidade e as Rodas de Inclusão Digital,

tendo como objetivo a articulação de organizações sociais, representantes do po-

der público e da iniciativa privada do entorno para discussões sobre as perspecti-

vas de inclusão digital em prol do desenvolvimento local.

Não adianta ter um espaço de tec-

nologia que seja um oásis no meio do

deserto. Ele tem que funcionar como

um oásis às avessas, ou seja, tornar

o entorno menos árido e não sugar a

sua energia.

Flariston Francisco da Silva –

coordenador da Garagem CPA

Page 46: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital

45

Também em 2004 foi firmada uma parceria com o Instituto Centro de Ensino

Tecnológico (CENTEC)12, situado no estado do Ceará, que tem como missão pro-

mover a educação e a tecnologia por meio do ensino, da pesquisa, da inovação e

da extensão, em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Esta-

do do Ceará. Através de convênios firmados, principalmente, com a Secretaria de

Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará e governos municipais, o CENTEC monta

Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs), onde ministra cursos técnicos e também

de ensino superior em dezenas de cidades cearenses. O CENTEC indicou alguns

municípios onde compreendia que a implementação de uma Garagem Digital

pudesse potencializar as ações que já vinham desenvolvendo por meio dos Cen-

tros Vocacionais Tecnológicos – CVTs. A equipe da Fundação Abrinq fez a análise

diagnóstica e, priorizando critérios como a demanda da região por inclusão digital

e a articulação da organização com o poder público local, selecionou os três muni-

cípios que naquele primeiro momento receberiam as Garagens Digitais:

12 Site: www.centec.org.br

Limoeiro do Norte, localizada no interior do es-

tado do Ceará, apesar de ser considerado um mu-

nicípio com potencial propício ao desenvolvimento,

sofre com a ausência de projetos sociais. Tem uma

população estimada em mais de 50 mil habitantes.

Modelo de Diagnóstico do espaço para

implementação de uma Garagem Digital

>> Ver ferramenta 5

Page 47: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWENasce o programa Garagem Digital

46

São Gonçalo do Amarante possui 35.608 habitan-

tes, situa-se a 60 km de Fortaleza e é conhecida,

principalmente, por possuir belas praias e um signi-

ficativo Complexo Industrial e Portuário.

Beberibe é um município de 43.000 habitantes, com voca-

ção natural para o setor turístico. Tem uma participação ativa

no desenvolvimento sociocultural dos jovens e atua especifica-

mente com Capacitação Tecnológica e busca de oportunidades

de inserção no mercado de trabalho. Participam de alguns pro-

jetos de referência no Estado e em âmbito nacional.

Page 48: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQNasce o programa Garagem Digital

47

Em 2007, mais seis Garagens foram implantadas seguindo as mesmas diretri-

zes, por meio de uma gestão autônoma e sustentável, nas cidades de: Aracati, Ara-

coiaba, Barbalha, Eusébio, Itaiçaba e Quixeramobim. Para tanto, o CENTEC – que

recebe os equipamentos da HP e todo o aporte técnico da Fundação Abrinq – es-

tabelece parceria com o poder público municipal que apóia com a manutenção

do espaço físico, profissionais para compor as equipes de educadores, material

pedagógico e de consumo, entre outros itens.

Antes do Garagem Digital, a freqüência de alunos nos Cen-

tros de Vocação Tecnológica era intermitente. Temos cursos

de curta duração, além de cursos itinerantes pelos distritos

ou até em outros municípios da área, o que aparentava um

certo vazio nas dependências do Centro. Hoje com o Progra-

ma, turmas manhã e tarde, com carga horária de 300 horas,

proporcionando maior tempo de convivência entre alunos e

educadores, o Centro tornou-se mais dinâmico.

Antônio Amaury Oriá Fernandes

– Diretor Presidente CENTEC de 2000 a 2007

Page 49: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

48

Page 50: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

49

Percurso de umaGaragem Digital

Page 51: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWE50

Percurso de umaGaragem Digital

As Garagens Digitais, implementadas pelo Programa Garagem Digital, partem

de uma estrutura e de valores comuns a todas elas, embora apresentem pecu-

liaridades próprias do contexto local. Compreende-se que essa forma de construir,

com um planejamento geral, desde o espaço físico até a proposta pedagógica, pode

inspirar outros projetos de inclusão digital, ainda que não necessariamente uma ga-

ragem digital. O texto abaixo tem a intenção de explicitar como a experiência veio

construindo um núcleo metodológico e conceitual importante para o desenvolvi-

mento da prática proposta pelo Programa em cada um dos espaços de atuação.

1. Construção da parceria

Para uma Garagem Digital ser instalada em algum lugar, é preciso que seja

firmado um acordo entre os Parceiros Estratégicos e Parceiros Locais.

Vale explicitar o que está compreendido em cada nomenclatura:

Parceiro Estratégico – Parceiros que fornecem recursos e zelam

pela metodologia do Programa (HP Brasil e Fundação Abrinq).

Parceiro Local – Tão importante quanto o Estratégico, é a organi-

zação social que se responsabiliza por desenvolver as ações destinadas à

Garagem Digital em determinada localidade. Ele garante a disseminação

das concepções e metodologias do Programa, realizando a articulação e

apropriação local.

Page 52: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

51

O contrato de parceria normalmente é de um ano, renovável anualmente, e

tem a perspectiva de autonomia progressiva entre os parceiros locais.

No primeiro ano, quando as Garagens Digitais estão sendo implantadas, há

uma intervenção mais direta dos parceiros estratégicos, maior proximidade da

equipe técnica, assim como aporte maior de recursos financeiros.

A partir do segundo ano, os parceiros locais passam a se responsabilizar pelo

custeio dos profissionais e pela manutenção das ações da Garagem. Experimentam,

então, um novo modelo de formação, avaliação e monitoramento, no qual a maior

parte dos contatos com a equipe técnica da Fundação Abrinq é feita à distância.

No terceiro ano, quando os parceiros locais já acumularam experiência, eles

passam a atuar como agentes de disseminação das concepções e metodologias

constituídas no âmbito do Programa. Apoiando a implementação e fortalecimen-

to de novas Garagens Digitais que poderão surgir, mediante renovação contratual

com os parceiros estratégicos.

CPA (SP)

CENTEC (CE)

O que o Programa tem aprendido

com o parceiro local

Focar no desenvolvimento comunitá-

rio e ver o jovem e a sua formação

dentro deste contexto.

Articular parcerias com o poder públi-

co, organizações privadas e do tercei-

ro setor na construção de uma rede

de Garagens Digitais.

O que o parceiro local tem

aprendido com o Programa

Trabalhar de forma mais estruturada,

planejada e monitorada.

Pensar a formação tecnológica numa vi-

são mais dinâmica e ampla, valorizando

a construção de vínculos sociais.

Intercâmbio de experiências

Page 53: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

52

Aprendizagens quanto ao desenvolvimento das parcerias:

É importante discernir os pontos que garantem a qualidade do Programa (e que,

portanto, não podem ser abandonados) daqueles que precisam ser modificados para

que o Programa se adapte às características regionais e à cultura do parceiro local.

Neste equilíbrio, o Programa incorpora influências da experiência dos parceiros e vai

se reinventando sem se descaracterizar.

Um grande desafio enfrentado nas parcerias firmadas com as cidades do interior do

Ceará foi a baixa qualidade do serviço de acesso à Internet. Em alguns desses casos,

a solução encontrada foi buscar apoio tecnológico junto à Prefeitura.

A articulação com o poder público e a base comunitária são duas características

importantes para os parceiros locais caracterizarem-se como parceiros disseminadores

das concepções e metodologias do Programa.

Page 54: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

53

2. Elaboração de projetos

Uma vez negociada a base da parceria, a equipe técnica do Programa na Fun-

dação Abrinq orienta o parceiro local a preparar um Projeto de uma Garagem Di-

gital. O processo de elaboração do projeto vai além da explicitação dos objetivos

e do planejamento geral da prática, ele contribui para o alinhamento conceitual

entre os profissionais e para a gestão e acompanhamento das ações que promo-

verão o alcance dos objetivos propostos.

Em seguida, a prática e as ações de monitoramento e avaliação dos projetos, in

loco e à distância são estruturadas em processo de formação dos educadores pela

equipe técnica do Programa. Ao longo do processo de formação dos educadores

e monitoramento dos projetos em execução, alguns instrumentos foram consoli-

dados em parceria com as equipes das Garagens Digitais. Hoje, o projeto de uma

Garagem Digital é estruturado por meio de um roteiro que contém:

Composição da Equipe (nome dos membros da equipe, e-mail e te-

lefones para contato e nome da função): onde é possível acompa-

nhar o perfil da equipe que participa do projeto.

Matriz de Avaliação: onde os objetivos, resultados e meios de veri-

ficação são detalhados.

Resumo do Projeto: onde é apresentado de forma sucinta as linhas

gerais do projeto, por exemplo, os dias em que ocorre, horários,

datas previstas para encontros e planejamentos etc.

Cronograma do Projeto.

Planejamento Macro: dá origem aos planos de aula e apresenta

uma visão global dos conteúdos a serem ministrados ao longo do

projeto a partir do currículo do Programa.

Plano de Comunicação: fluxo de relatórios e de troca de informa-

ções entre a equipe do projeto e a equipe técnica da Fundação

Abrinq, para fins de monitoramento e avaliação do Projeto.

Plano de sustentabilidade: no plano a equipe identifica ativos da

comunidade local e propõe formas de mobilizá-los, para que a sus-

tentabilidade do espaço possa ser assegurada em suas 4 dimen-

sões, são elas: econômica, sociocultural, política e tecnológica.

Page 55: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

54

É importante atentar para essa distinção de nomenclatura:

Matriz de avaliação do Projeto de uma

Garagem Digital

>> Ferramenta 1

Programa Garagem Digital é macro e aporta pressupostos co-

muns a todas as Garagens.

Projeto de uma Garagem Digital é o detalhamento de como

os princípios e metodologias são postos em prática em um local específico,

levando em consideração aspectos particulares do contexto.

Exemplo de Resumo do Projeto de

uma Garagem Digital

>> Ferramenta 2

Exemplo de Cronograma do Projeto de

uma Garagem Digital

>> Ferramenta 3

Modelo de Planejamento Macro

>> Ferramenta 8

Exemplo de Plano de Comunicação para

fins de monitoramento

>> Ferramenta 4

Plano de ação de sustentabilidade

>> Ferramenta 14

Page 56: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

55

3. Montagem do espaço

O projeto arquitetônico e a estrutura didático-pedagógica adotados pelo Pro-

grama Garagem Digital procuram refletir a concepção de “espaço que educa”13.

Afinal, a aprendizagem humana não se dá sem os sentidos. Os ambientes podem

ser estimulantes ou deprimentes, alegres ou soturnos, limpos ou sujos. As paredes

não falam, mas registram os rastros do que acontece naquele espaço.

Assim sendo, o espaço físico atua como um importante elemento facilitador

do desenvolvimento de propostas pedagógicas, procurando contemplar as se-

guintes diretrizes:

Ambiente de trabalho flexível que possibilite o rearranjo dos

móveis conforme a atividade prevista.

Ambiente dinâmico, que propicie o trabalho em equipe, a

socialização, a interação e a autonomia dos jovens.

Acessibilidade do material.

Claridade.

Facilidade de manutenção.

Estética.

Para aplicar esses conceitos, são criadas soluções arquitetônicas que consi-

deram tanto o conforto dos participantes como a implementação da proposta

pedagógica participativa:

Instalação de bancadas fixas no perímetro da sala: as bancadas fixas servem de suporte para os computadores e impresso-

ras, bem como para a alocação de pastas de arquivo. São organizadas

de forma a possibilitar a realização de tarefas coletivas (em duplas ou

subgrupos) na mesma máquina, sem incomodar os trabalhos paralelos

dos demais integrantes.

Mesas volantes no centro da sala: propiciam mobilidade ao

espaço, permitindo que ele seja rearranjado conforme as diferentes ativi-

dades coletivas e individuais, tais como rodas de discussões, trabalhos em

pequenos grupos, atividades individuais de redação e leitura, bem como

reuniões pedagógicas com a equipe de educadores e coordenação.

13 Essa concepção teve influência do trabalho realizado pela Cidade Escola Aprendiz. A es-truturação do Projeto Arquitetônico das Garagens foi feita pela arquiteta Lúcia N. Ham-burguer.

Page 57: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

56

Fixação de escaninhos para guardar materiais: ser-

vem para colocar materiais particulares dos jovens, educadores e visitan-

tes (mochilas, bolsas, livros, cadernos etc.) para que as mesas de trabalho

não fiquem ocupadas com outros objetos além dos necessários para o de-

senvolvimento das atividades pedagógicas. Também contribui para desen-

volver a capacidade de organização e o respeito aos objetos dos colegas.

Equipamentos, softwares e recursos materiais, compatíveis com as necessidades do mercado: além dos computadores e softwares, outros equipamentos desempenham

um papel importante no processo de ensino-aprendizagem, tais como má-

quina fotográfica digital e convencional, filmadoras digitais, aparelho de

som, data show etc.

Hardware: servidores - um computador HP Workstation x4000 (processador Intel

Xeon 1.8 GHz, memória de 512 Mb e HD de 80 Gb) e dois computadores HP Netserver

lc2000r (processador Pentium III 1 GHz, memória de 256 Mb e 5 HDs de 18 Gb). Para

uso dos jovens, o projeto disponibiliza computadores (na proporção de 2 jovens para

um) com as seguintes características – HP Vectra VL 400 (processador Pentium III 1

GHz, memória de 256 Mb e HD de 20 Gb), duas impressoras HP Laserjet 4550 e um

scanner Scanjet HP 4400c.

Softwares: Microsoft Windows e Office (Word, Excel e PowerPoint) e Pacote Ma-

cromedia (Dreamweaver, Flash e Fireworks) ou softwares similares em versão livre.

Materiais de leitura: Jornais e revistas, revistas da área de informática, dicionários

das línguas portuguesa e inglesa, de livros de interesse, incluindo os relacionados a

questões de juventude e cidadania.

Materiais de apoio: colas, tesouras, cartolinas, fitas adesivas, papel sulfite e

pautado, cadernos, pastas de elástico, canetas esferográficas, lápis de cor, giz de cera,

barbantes, pincéis atômicos, fitas K7, fitas de vídeo, papel kraft, canetas hidrocor,

pincéis e tintas coloridas, clips, grampeadores, grampos, réguas e estiletes.

Check-List

Embora a estrutura seja a mesma, cada Garagem tem uma identidade

própria, em sintonia e respeito com a organização que a abriga, a cidade e o bairro

onde está situada e com as pessoas que por ela circulam. A versatilidade do espa-

ço inspira a criação de aulas em formatos variados (dinâmicas, vídeo-aulas, traba-

lhos em grupo etc.) que surpreendem e motivam alunos que estão acostumados

Page 58: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

57

com uma educação formal, em que as aulas têm quase sempre o mesmo formato

e a mesma dinâmica.

4. Montagem da equipe

O processo de composição da equipe é iniciado tão logo o local de imple-

mentação de uma Garagem é definido. O Programa parte do pressuposto de que

todos os profissionais envolvidos são educadores que possuem funções distintas

com atribuições e graus de responsabilidades específicos.

Para a seleção e composição desta equipe específica de implementação dos Pro-

jetos, a equipe técnica da Fundação Abrinq fornece a descrição detalhada de cada

cargo e o perfil de equipe que se responsabilizará pela condução de todo o processo:

CARGO

COORDENADOR

DA GARAGEM

EDUCADOR DE GRUPO

EDUCADOR EM WEB

MONITOR DE GRUPO

MONITOR COMUNITÁRIO

FUNÇÃO

Coordenar o projeto junto aos educadores, administrando seu desenvolvimento como

um todo, prezando pelo alcance dos objetivos propostos e resultados esperados. Es-

tabelecer interface com a coordenação do Programa na Fundação Abrinq para tomada

de decisões compartilhadas e produção de dados avaliativos.

Articular o processo de formação dos jovens com base na proposta pedagógica do

Programa.

Articular o processo de formação dos jovens com base na proposta pedagógica do Pro-

grama, visando o pleno desenvolvimento dos conteúdos de Tecnologias da Informação

e da Comunicação – TICs.

Apoiar os educadores no desenvolvimento do processo de formação dos jovens.

Desenvolver ações voltadas ao atendimento à comunidade, de acordo com o projeto

educacional e em parceria com a equipe de educadores.

A partir desse referencial, o próprio parceiro local desenvolve o processo de

seleção, conforme metodologia e procedimentos próprios. Portanto, há de se es-

perar diferenças. Na equipe da Garagem Digital em São Paulo, por exemplo, o edu-

cador de grupo também é educador web. No Ceará, o CENTEC optou pela perma-

nência de educador de grupo e educador web, como profissionais distintos que

Page 59: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

58

Aprendizagens quanto à montagem da equipe:

atuam de forma integrada. Além disso, devido ao maior número de garagens e a

distância em relação à equipe técnica da Fundação Abrinq, no Ceará o programa

contou com o agente disseminador. Indicado pelo CENTEC, este profissional, em

conjunto com o coordenador da Garagem, tem como função a mediação entre a

coordenação e equipe técnica do Programa na Fundação Abrinq e a equipe de

implementação dos projetos em cada uma das Garagens.

Em especial, a equipe responsável por conduzir a formação de jovens das Ga-

ragens Digitais possui um perfil multidisciplinar e, preferencialmente, tem vínculos

preestabelecidos na comunidade em que irá atuar. Essa afinidade prévia com a co-

munidade garante conhecimento da realidade local e facilita o estabelecimento de

relações com os jovens que ali vivem. Também é importante que a equipe já tenha

trabalhado anteriormente com educação de jovens e projetos sociais, além de ter

afinidade e interesse pelas TICs, afinal este é um programa de Inclusão Digital.

Participar do Projeto Garagem Digital foi e continua sendo uma grande oportunidade que aproveitei da

melhor maneira possível.

Quando me inscrevi para participar da seleção que iria definir quem seriam os jovens beneficiados, acre-

ditava ser a oportunidade que estava faltando. Ao ser escolhido, recebi a chance de participar do PGD, e

assim ter acesso a um mundo de novas informações e vivências que iriam colaborar com minha vida.

O PGD é diferente. É um programa que busca não apenas oferecer aos participantes acesso às tecnologias,

mas ensinar como utilizá-las de maneira proveitosa para nossas vidas.

Ao concluir o módulo de formação, as mudanças eram evidentes. Antes era uma pessoa tímida, com di-

ficuldades até para conversar. Hoje, depois da colaboração que recebi, me sinto capaz para enfrentar os

desafios que serão colocados no decorrer de minha vida.

Como se não bastasse ter sido beneficiado como aluno, recebi também a oportunidade de colaborar com

outros jovens, uma vez que fui convidado para fazer parte da equipe, atuando na função de monitor de gru-

po. Essa sem dúvida tem sido uma experiência muito boa. Tenho tido a oportunidade de colocar em prática

e em benefício de outras pessoas todo o conhecimento que adquiri durante o módulo de formação.

O Garagem Digital foi um momento importante, que ficará marcado como o começo de uma nova fase.

Odenir Fernandes dos Santos – monitor, Ceará

Permitir que ex-alunos tenham a oportunidade e a experiência de serem

monitores, e até mesmo educadores, estimula os jovens e faz com que ve-

jam o próprio Programa como uma oportunidade de iniciação profissional.

Page 60: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

59

5. Formação dos educadores

Depois de definida a equipe, inicia-se o processo de formação de educadores.

A metodologia da formação é participativa e prevê o envolvimento da equipe

desde a construção dos conteúdos a serem abordados, incorporando sugestões e

expectativas dos educadores por meio do levantamento prévio aos encontros.

A seguir apresentamos a formação inicial e a formação continuada dos

educadores.

Formação inicial de educadores

A cada nova equipe constituída, seja nas Garagens já instaladas seja nas que

estão iniciando, é realizado um evento de formação inicial. A dinâmica das forma-

ções é permanentemente revista e reestruturada de acordo com as necessidades

dos educadores em formação. A experiência dos educadores que já participaram

dos processos anteriores também é uma importante fonte de aprimoramento

metodológico. Por vezes, os educadores mais experientes apóiam a equipe da

Fundação Abrinq no processo de formação dos novos.

A formação acontece no ambiente indicado pela organização parceira local,

podendo ser o próprio ambiente da Garagem Digital ou outro que possua uma

sala com cadeiras móveis e computadores conectados à Internet. Também é inte-

ressante contar com máquina fotográfica digital para registrar o processo e outros

equipamentos como data show, vídeo e TV. O uso desses equipamentos é uma

estratégia de desenvolvimento dos conteúdos da formação de educadores, pois

eles são elementos importantes na didática de formação dos jovens.

Page 61: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

60

A carga horária para desenvolvimento destes conteúdos é flexível e pode va-

riar, de acordo com o grau de apropriação do programa pela equipe de profis-

sionais responsáveis pelas ações da Garagem Digital. Por exemplo, se a equipe

já participou de algum projeto de uma Garagem Digital, os conteúdos básicos já

foram apropriados e eles serão revistos e aprofundados, redimensionando a carga

horária para algo em torno de 40 horas. No caso de equipes que estão iniciando a

implementação, considera-se que a carga horária seja de no mínimo 64 horas, para

garantir maior conhecimento e aprofundamento dos conteúdos trabalhados.

A formação inicial dos educadores dialoga com a proposta educacional do

PGD e preza por uma postura construtivista.

Pretende-se oferecer ferramentas e subsídios teóricos que instrumentalizem os

educadores para a construção do processo de ensino aprendizagem com os jovens.

Os educadores são estimulados a refletir sobre os principais conceitos que

norteiam o programa, ao mesmo tempo em que elaboram subsídios operacionais

e estruturais para suas práticas específicas e para a execução do projeto. Alguns

temas prioritários nesse processo formativo são, por exemplo:

Planos de aula – quando, divididos em subgrupos, os educadores elaboram

seus planos e apresentam para o grupo todo, permitindo um intercâmbio de idéias

que contribuem para o aperfeiçoamento e consolidação do planejamento macro de

cada Garagem Digital.

Projeto educacional – norteado pelos pressupostos do programa, o proje-

to educacional deve ser contextualizado de acordo com as especificidades de cada

Garagem Digital e município onde está localizada. Assim, o grupo de educadores é

chamado a refletir sobre os conceitos que permeiam o projeto educacional, ao mesmo

tempo em que produzem uma síntese com seus principais pontos, onde destacam-

se: currículo como instrumento de referência; integralidade dos conteúdos; intenção

pedagógica voltada ao desenvolvimento humano; possibilidade do ingresso do jovem

ao mundo do trabalho; despertar do espírito empreendedor; relação entre sociedade,

juventude e trabalho, entre outros;

Formação de jovens e mobilização comunitária, eixos do programa – enfatizam-se os principais conceitos e características referentes a

processos de divulgação e seleção, estrutura de funcionamento, princípios metodoló-

gicos, construtivismo e interdisciplinaridade, compreensão de inclusão social e con-

cepção de juventude, banco de dados e processo de avaliação, bem como perfil dos

jovens atendidos;

Page 62: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

61

Na minha primeira formação no Garagem eu fiquei atordoada. Eu dizia: “eu queria ao

menos entender...” Eles falavam em Piaget, em Vigotsky, um monte de nomes. No fim, eu

e minha amiga nos olhamos e falamos: “Vamos fazer o quê? Cadê a apostila? Cadê o livro

didático?” E a técnica de São Paulo falava que a gente tinha que construir junto. Nós quería-

mos coisas mais concretas. Só depois que a gente descobriu a liberdade de trabalhar dentro

dessa metodologia é que a gente entendeu a proposta da formação.

Maria Luiza Siqueira Cavalcante

– Coordenadora do Centro de Vocação Tecnológica de São Gonçalo do Amarante

Temas e conteúdos da formação inicial dos educadores

>> Ferramenta 6

Formação continuada de educadores

Sabemos que formação é algo para o resto da vida. Além de estimulante, o

estudo contínuo dá segurança aos educadores e transforma sua relação com o

saber e com a profissão através do compromisso com seu auto-desenvolvimento.

Isso é importante, pois a proposta pedagógica do Programa mexe na configura-

ção mais tradicional de professor-aluno, onde um ensina e o outro aprende. As

relações no ambiente de uma Garagem são mais informais e simétricas, exigindo

habilidades de negociação e construção conjunta de conhecimento.

Uma equipe bem formada é um patrimônio importante que favorece a auto-

nomia e a sustentabilidade14 do parceiro local, com o intuito de prezar também

pela visão de futuro das Garagens Digitais. É na formação continuada que os edu-

cadores esclarecem suas dúvidas quanto à sua prática pedagógica junto aos jo-

vens e aos demais públicos do programa, aprofundando seus conhecimentos em

temas específicos. É também uma oportunidade de promover a reflexão contínua

da teoria na prática do Programa Garagem Digital.

14 O programa alimenta uma concepção ampla de sustentabilidade, que envolve questões econômicas, sociais e culturais, políticas e tecnológicas e que precisam ser observadas durante o desenvolvimento do projeto e na perspectiva de continuidade das ações.

Page 63: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

62

A formação continuada está inserida nas ações de monitoramento das Ga-

ragens e acontece de forma presencial e à distância, sob a responsabilidade da

equipe técnica. Os temas dos encontros são levantados previamente e devem dia-

logar com a proposta e com o momento em que se encontra o projeto específico

da Garagem. Levantados os temas a ser abordados, a equipe técnica em São Paulo

se encarrega de criar estratégias de desenvolvimento dos conteúdos através de

pesquisa, planejamento do encontro e seleção de material de apoio.

O desenvolvimento do encontro é registrado e socializado entre todos os par-

ticipantes por meio digital. Assim, ao término do projeto, é possível recuperar a

memória do processo e avaliá-lo através da sua sistematização. A fim de facilitar

esse processo, as equipes contam com ferramentas de comunicação à distância.

Durante a formação de educadores, os conteúdos são trabalhados de forma

contextualizada entre a prática dos projetos das Garagens Digitais e as concep-

ções do Programa, alguns conteúdos merecem destaque por serem permanente-

mente revistos no decorrer da formação, por exemplo:

Papel do educador; que pode ser trabalhado com o levantamento junto aos

profissionais de características que eles avaliam como importantes para um bom edu-

cador. Depois do levantamento, o grupo elege as características principais e busca-se

refletir, conjuntamente, sobre como tais características se articulam com os pressu-

postos do programa.

Currículo e abordagem curricular; as áreas de conhecimento do currí-

culo do Programa e concepções teóricas sobre suas possíveis abordagens, tais como

Construtivismo e Interdisciplinaridade.

Pedagogia de Projetos; metodologia proposta para o desenvolvimento do

currículo do Programa.

Planejamento macro com base no currículo e no tempo pre-visto para o projeto, com indicação de possíveis produtos a serem construí-

dos através dos recursos disponíveis;

Avaliação Formativa; conceito de avaliação na perspectiva da avaliação con-

tínua e democrática.

Modelo de Plano de Aula

>> Ferramenta 7

Page 64: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

63

Acompanhamento à distância

Paralela à formação continuada presencial, acontece a formação continuada à

distância. Os recursos utilizados envolvem o uso de e-mail, telefone e sistema de

comunicação on-line. Cabe à equipe técnica do Programa motivar e animar este

recurso na cultura de capacitação dos educadores, dando vida e sentido a ele no

decorrer do processo de aprendizagem.

Alguns benefícios proporcionados pelas ferramentas de comunicação à dis-

tância são indicados:

Integração entre as equipes de todos os projetos.

Compartilhamento de experiência entre os projetos e as equipes.

Sistema gratuito.

Otimização do tempo.

Redução de custo do Programa.

Contato prévio com conteúdos da formação continuada.

Rotina de estudos e planejamento

Além da formação acompanhada pela equipe técnica da Fundação Abrinq,

está previsto um espaço regular de auto-desenvolvimento da equipe de educado-

res e monitores. Um dia por semana é reservado para o trabalho interno dedicado

ao estudo e pesquisa para subsidiar o planejamento das ações. Ali os educadores

conversam sobre o desenvolvimento de cada jovem, afinam suas estratégias pe-

dagógicas, detalham o planejamento das aulas, organizam as atividades e vivên-

cias comunitárias, organizam as atividades e eventos voltados à mobilização local

e com isso integram suas ações e as áreas temáticas do projeto educacional.

Page 65: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

64

Avaliação da formação

O processo de formação dos educadores é avaliado de duas formas:

Durante a formação – por meio de avaliações orais ou dinâmicas específicas

que priorizam a participação de todos e permite adequação e aprimoramento de

alguns aspectos ali levantados.

Ao término da formação – através de um questionário que concentra os as-

pectos gerais e específicos do período, tais como: estrutura física, material de

apoio, pauta proposta, dinâmicas utilizadas, carga horária/dia, carga horária total,

grupo – entrosamento, integração e participação, aprendizagens adquiridas, con-

teúdos desenvolvidos etc.

Aprendizagem quanto à formação da equipe:

Uma experiência bem-sucedida é o deslocamento de educadores experientes de

uma Garagem já estruturada para aquelas que estão em fase de implantação. A parti-

cipação destes atores durante a formação, além de facilitar a apropriação da metodo-

logia, ajuda na integração das Garagens e das equipes em rede.

A formação inicial deve ocorrer mesmo com equipes que já passaram pelo processo

formativo em outra oportunidade, porque a produção de novos conhecimentos, bem

como o intercâmbio de idéias, qualifica o desenvolvimento do novo projeto.

O perfil dos participantes deve ser levantado para aumentar as chances de atingir

todas as expectativas.

A pauta da formação deve ser constantemente reformulada e valorizar o conheci-

mento e a experiência acumulada das equipes ao longo dos anos no Programa.

Socializar com os participantes a sistematização do processo de formação inicial

estimula o desenvolvimento da co-responsabilidade além de desencadear o processo

de formação continuada na medida em que o registro aponta conteúdos que devem

ser retomados (por não terem se esgotados naquela ocasião) e outros que devem ser

abordados posteriormente (por terem sido despertados durante a formação).

Instrumental de Avaliação da

Formação Inicial

>> Ferramenta 9

Page 66: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

65

6. Formação dos jovens

A proposta objetiva motivar e oferecer condições aos jovens para o uso oti-

mizado das TICs e o desenvolvimento da capacidade de tolerância; capacidade

de mediar conflitos; capacidade de mobilização social; senso de responsabilidade;

percepção do individual, do coletivo e de suas inter-relações; capacidade de tra-

balhar em grupo; planejar, executar e avaliar um trabalho; capacidade de acessar e

contextualizar as informações; competência e autonomia no uso de novas tecno-

logias de comunicação e informação; competências no uso de diferentes lingua-

gens (língua portuguesa, música, design, vídeo, foto, rádio, jornal); competências

que favoreçam a entrada e permanência no mundo do trabalho.

A criação de oportunidades para que os jovens ampliem o universo cul-

tural através de visitas a museus, exposições culturais, empresas, ONGs, entre ou-

tras, foi sendo incorporado e organizado ao longo do processo de formação.

Pedagogia de Projetos – A organização do currículo deve ser feita por

projetos de trabalho, com atuação conjunta de alunos e professores. As

diferentes fases e atividades que compõem um projeto ajudam os estu-

dantes a desenvolver a consciência sobre o próprio processo de aprendi-

zagem (...) É bom e é necessário que os estudantes tenham aulas exposi-

tivas, participem de seminários, trabalhem em grupos e individualmente,

ou seja, estudem em diferentes situações. (Hernandez 2002)

Page 67: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

66

Seleção dos jovens

Uma vez constituída e formada a equipe de educadores, é hora de selecionar

os jovens que participarão do processo de formação. O número de vagas varia de

acordo com o número de computadores disponíveis, mas geralmente são de 20 a

30 jovens por turma, na proporção de dois jovens por computador.

A demanda por programas de inclusão digital é muito grande. Em geral são

mais de quatro candidatos para cada vaga disponibilizada. Em alguns municípios,

mais de 300 pessoas disputaram as 40 vagas existentes. Os gestores e educadores

que fazem a seleção contam que este é um momento difícil do processo, já que

têm que deixar de fora pessoas num Programa que visa a inclusão social.

Para balizar esta seleção, foram estabelecidos critérios que ajudam a priorizar

o público de acordo com a possibilidade de maior impacto da sua ação. De acor-

do com o contexto de onde a Garagem Digital está implantada, a parceira pode

agregar novos critérios de seleção a fim de torná-lo mais adequado as demandas

locais e ao mesmo tempo respeitando aqueles instituídos pelo Programa.

Critérios de seleção dos jovens

Idade entre 14 e 24 anos.

Jovens que estejam cursando entre a 7ª sé-

rie e o último ano do Ensino Médio ou que

já o tenham concluído. Prioridade para es-

tudantes de escolas públicas.

Baixa renda familiar per capita: aproxima-

damente meio salário mínimo, podendo so-

frer adaptações de acordo com as caracte-

rísticas próprias do contexto sócio econômi-

co e institucional onde será desenvolvido.

Morador da comunidade local ou próxima à

Garagem Digital.

Page 68: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

67

Procedimentos de seleção de jovens

Para a seleção dos jovens é sugerido ao parceiro local três momentos: preen-

chimento de formulários, entrevista individual e palestras. Estes procedimentos, a

seguir detalhados, têm a finalidade de garantir uma escolha transparente e cuida-

dosa dos participantes.

1 - Preenchimento dos formulários de interesse dos jovens em participar da Garagem - A parceira local deve prever e organizar

os aspectos administrativos que nortearão esta ação, como criação de formulário

de inscrição e estratégias de divulgação do Programa na comunidade. Podem ser

produzidos folders e cartazes, a serem espalhados em escolas, instituições, es-

tabelecimentos comerciais, entre outros. A abrangência da divulgação deve estar

condicionada a uma análise da demanda. Os ex-alunos costumam ser bons divul-

gadores junto a seus colegas.

2 - Entrevista Individual - O objetivo maior da entrevista é diagnosticar o

real interesse do jovem em participar da Garagem Digital. Com esse interesse mi-

nimamente identificado, é possível precisar se o Programa fará ou não diferença e

terá impacto na sua vida. Alguns jovens conseguiram entrar após três ou quatro

tentativas e essa perseverança foi levada em consideração no processo de seleção.

3 - Palestra com os jovens e seus familiares - Esta palestra cos-

tuma acontecer com os jovens pré-selecionados e seus familiares. Seu principal

objetivo é esclarecer dúvidas e apresentar o espaço da Garagem a eles. Depois

dessa apresentação, os jovens terão a oportunidade de decidir se querem ou não

participar e as famílias saberão que tipo de suporte deverão dar aos seus filhos.

Modelo de Cadastro dos Jovens

para Formação

>> Ferramenta 10

Page 69: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

68

Aprendizagem quanto à seleção dos jovens:

É preciso envolver as famílias no “acordo pedagógico” que se faz com os jovens, es-

pecialmente com os mais novos – ainda na adolescência - para que estes sejam apoia-

dos a permanecerem até o final do processo de formação, pois é comum que jovens

nessa faixa etária sejam pressionados a trabalhar e conseqüentemente interrompam

os estudos e processos formativos.

É preciso identificar o real interesse dos jovens em participar, explicitando a res-

ponsabilidade e o compromisso de ocupar uma vaga tão disputada. Recomenda-se

um olhar especial para os jovens que já atuam nas suas comunidades ou que revelam

grande interesse nessa direção.

É preciso identificar o real interesse dos jovens em relação às TICs, pois geralmente

aqueles que não se interessam não têm o aproveitamento desejável, por vezes aban-

donando ou concluindo com poucos resultados e perspectivas futuras.

Recomenda-se priorizar jovens que não estão sendo atendidos por outros projetos

sociais para não haver sobreposição de atendimentos sobre o mesmo público.

Durante o processo de seleção dos jovens, é importante que o Programa seja am-

plamente divulgado às comunidades e escolas vizinhas. Assim, jovens de diferentes

lugares terão a oportunidade de inscrever-se. Centralizar a seleção em um determina-

do local é uma opção excludente e incoerente com os pressupostos do Programa.

Page 70: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

69

Montagem das turmas

O processo de montagem das turmas deve ser feito pelos educadores com o

apoio do coordenador da Garagem, que irá garantir alinhamento entre as deci-

sões tomadas. Os cuidados tomados nesta etapa são:

A proporção é de um microcomputador para cada dois jo-

vens. O trabalho em duplas promove a cooperação e a construção coletiva

do saber e dos produtos. Como as Garagens Digitais têm 15 ou 10 computadores, as

turmas têm no máximo 30 a 20 jovens respectivamente. A escolha das duplas é feita

a partir da segunda semana do curso, quando os jovens já se conheceram um pouco.

Os jovens apontam suas afinidades e os educadores também orientam as escolhas. É

possível mudar de parceiro, mas isso não é o mais comum.

Prever equilíbrio entre gênero, faixa etária, e escolaridade. A sala deve envolver um número equilibrado de homens e mulheres. As fichas de

inscrição devem ser analisadas e cruzadas de modo que revelem o número exato de

jovens de cada idade, ajudando a criar meios de equilibrar as turmas com pessoas de

faixas etárias próximas.

Considerar o grau de conhecimento que os jovens já pos-suem. Para participar da Garagem não há pré-requisito de conhecimento. A análise

das fichas de inscrição sinaliza quantos jovens já possuem conhecimentos em infor-

mática ou quantos já tiveram contato com as TICs. Aqueles que têm conhecimentos

avançados em TICs provavelmente vão aproveitar a oportunidade, porém com menor

impacto que os jovens que possuem poucos conhecimentos na área da tecnologia.

Na montagem das turmas o nível de conhecimento geral deve ser levado em conta

visando alcançar um equilíbrio.

Partindo de conceitos como os da Zona Proximal de Desenvolvimento, segun-

do o qual para que a aprendizagem aconteça o conteúdo a ser desenvolvido deve

ser ao mesmo tempo desafiante e possível, os alunos são agrupados de forma que

não haja uma distância muito grande entre os níveis de desenvolvimento em re-

lação aos conhecimentos, e também para facilitar a construção coletiva de novos

saberes. Ao trabalhar com a elaboração de projetos e a produção de produtos co-

letivos (sites, feiras etc.) é importante montar turmas pensando na complementa-

ridade dos saberes, aproveitando a diversidade de conhecimento dos jovens sem

perseguir um ideal ilusório de homogeneização.

Page 71: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

70

Formulado por Vigotsky15, o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal refe-

re-se ao caminho que o indivíduo vai percorrer para desenvolver funções que estão

em processo de amadurecimento e que se tornarão funções consolidadas, estabele-

cidas no seu nível de desenvolvimento real. A zona de desenvolvimento proximal é,

pois, um domínio psicológico em constante transformação; aquilo que uma criança

é capaz de fazer com a ajuda de alguém hoje, ela conseguirá fazer sozinha amanhã.

(Oliveira, 1995)

Desenvolvimento do projeto educacional

O projeto educativo do Programa Garagem Digital tem como premissa contri-

buir para a formação de jovens, assegurando-lhes o acesso às novas tecnologias

e aos bens culturais, facilitando sua inserção na vida social produtiva e a conquis-

ta da autonomia intelectual. Compreendendo as novas tecnologias da informa-

ção e da comunicação como facilitadoras do processo de aprendizagem, ele se

concretiza por meio de um currículo que integra conteúdos de cinco áreas de

conhecimento, de eixos metodológicos norteadores da prática pedagógica e de

estratégias de participação comunitária.

Assim, esta parte do texto está organizada da seguinte forma: inicialmente,

apresentaremos conteúdos do eixo 1 do programa, relativos ao currículo e proces-

so formativo dos jovens e na seqüência o eixo 2, mobilização comunitária onde o

foco do trabalho está no atendimento comunitário, mas também na interface que

esse estabelece com o processo formativo dos jovens.

15 Lev Semionovitch Vygotsky foi um psicólogo bielo-russo, descoberto nos meios acadêmicos ocidentais depois da sua morte, causada por tuberculose, aos 37 anos. Pensador impor-tante, foi pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais (e condições de vida). Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: <http://www.wikipedia.org.br/wiki/vygotsky>. Acesso em: 21 set. 2008.

Page 72: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

71

Uma mudança significativa definiu tudo o que vivi e ainda estou vivendo no PGD.

Sempre fui um aluno calado em sala de aula, em outras palavras, bastante tímido, e

sentia que isso me atrapalhava. Foi quando no segundo semestre de 2004 surgiu uma

grande oportunidade em minha vida, um novo curso na cidade. Fiquei muito entu-

siasmado e curioso, muitas pessoas concorreram às 40 vagas oferecidas, fui um dos

privilegiados que conseguiram entrar no curso. Durante quatro meses posso dizer que

fiz novos amigos e na verdade formei uma grande família, a partir desse curso comecei

a ver a vida de um jeito diferente. No decorrer do curso conseguia expressar minhas

idéias com clareza, objetividade e sem receio do que as outras pessoas poderiam pen-

sar sobre minha opinião. Ao final do curso senti muita saudade de todos os amigos e

professores que tinham me ajudado tanto a crescer como cidadão.

Jucineudo Sombra

– monitor, Ceará

Eixo 1: Formação de Jovens

(áreas temáticas)

1. Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs)

2. Ciências Sociais

3. Administração e Marketing

4. Arte e Design

5. Linguagem e Comunicação

Eixo 2: Mobilização Comunitária

(linhas de ação)

1. Acesso Livre

2. Rodas de Inclusão Digital

3. Rede de Oportunidades

4. Integração e Fortalecimento institucional

7. EIXOS ORIENTADORES

Page 73: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

72

As intenções do Programa buscam proporcionar aos jovens e pessoas da co-

munidade que participam de suas atividades, vivências voltadas para o desen-

volvimento da sociabilidade, comunicação, organização, fortalecimento da cida-

dania, entre outras. Pretende fazer isso de modo participativo e prazeroso que

propicie oportunidades de pensar, interagir e descobrir meios de apropriação de

novos conhecimentos e despertar para suas potencialidades. Assim, as pessoas

são estimuladas a construir projetos individuais e coletivos que possam melhorar

a qualidade de suas vidas e de suas comunidades.

Na escola onde eu dava aula vinha tudo pronto, eu e o livro.

No Garagem, eu descobri que liberdade para o aluno significa

liberdade de criação para o professor.

Maria da Graças Nunes Nogueira

– educadora, Ceará

É bom lembrar que o processo de aprendizagem que utiliza as TICs envolve os

elementos de qualquer outro processo de aprendizagem: julgamento, senso crítico,

pensamento hipotético e dedutivo, faculdades de observação e de pesquisa, imagi-

nação, capacidade de memorizar e classificar, leitura e a análise de textos e de ima-

gens, representação de redes, procedimentos e estratégias de comunicação.

O desafio é sempre sair da abstração dos conceitos e aterrissar nas práticas

cotidianas. Este movimento delicado de não perder princípios filosóficos de vista,

mas também não ficar pairando acima da realidade requer estudo, persistência e

muita análise da própria prática.

Page 74: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

73

Pressupostos:

Entender o ser humano como produto e como produtor de um processo

social, histórico, político e cultural.

Ter clareza da concepção de educação, como um processo de constru-

ção e produção de conhecimentos significativos.

Pensar num processo democrático como possibilidade e necessidade,

dando condições à interação social viabilizadora de uma sociedade

composta por membros diferentes entre si e tornando realidade o con-

vívio pacífico numa sociedade pluralista.

Conceber o diálogo como um dos principais instrumentos desse siste-

ma, sendo que este requer a capacidade de ouvir o outro e de se fazer

entender. Pede descentralização, para então possibilitar a aprendiza-

gem e a negociação como um importante recurso na busca de solu-

ções de problemas.

Construir uma pedagogia que traduza a crença de que o conhecimento

é construído e, para construí-lo, faz-se necessário o contato íntimo

com o objeto de aprendizagem com dinamismo, investigação, ousadia,

possibilitando a transgressão do que está estruturado para novos es-

tágios na dimensão social, intelectual e emocional.

Estar pautado em projeto curricular, mostrando seus objetivos, estraté-

gias, áreas de conhecimento e principais conteúdos selecionados.

Definir grandes eixos metodológicos norteadores da prática pedagógica.

Ter o caminho metodológico como facilitador na construção do plane-

jamento das atividades voltadas à aprendizagem dos conteúdos se-

lecionados, buscando assegurar uma relação clara entre conteúdos,

áreas de conhecimentos, objetivos e a principal estratégia de ensino-

aprendizagem do projeto curricular.

Ter indicadores de avaliação das aprendizagens dos jovens e utilizá-

los continuamente.

Page 75: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

74

Currículo

Um dos pontos fortes do Programa Garagem Digital é a estruturação clara

de um currículo pensado a partir das exigências que os jovens enfrentam para se

incluírem no mundo do trabalho e para participarem em suas comunidades. Para

chegar à formatação atual, o currículo sofreu inúmeras transformações e contou

com a dedicação e experiência de vários profissionais.

Nas primeiras versões do currículo do Programa,

as TICs estavam no centro, aos poucos fomos inte-

grando os temas de forma que eles sejam comple-

mentares e não adendos da formação tecnológica.

Arlete Felício Graciano Fernandes

(técnica do Programa)

A equipe técnica do Programa foi observando na experiência que estava

em curso o que fazia sentido para os jovens e para os educadores. Em paralelo,

convidaram alguns profissionais para aprofundar algumas discussões e validar

decisões. Foi dessa maneira que os quatro pilares do Relatório Delors - aprender

a conviver, aprender a ser, aprender a conhecer e aprender a fazer - foram sendo

incorporados como princípios transversais, e o Programa foi redefinindo seus

Eixos orientadores, conteúdos e linhas de ação.

Page 76: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

75

EIXO 1: FORMAÇÃO DOS JOVENS

Havia um jovem na turma que não respeitava a opinião dos outros, não se

concentrava nas atividades e atrapalhava o grupo com conversas paralelas. Não

gostava de fazer apresentações, não deixava que o fotografassem e muito menos

filmassem. O desafio era grande, mas senti que poderia reverter esta situação,

pois ele tinha um grande respeito por mim. Comecei a trabalhar lado a lado com

ele, como se fosse meu monitor. Solicitava sempre a sua ajuda, fui explorando seu

potencial de participação, aceitação e comunicação. Em menos de 30 dias, o mes-

mo respeito que ele sentia por mim, foi estendido aos colegas e ele acabou sendo

o mestre de cerimonial no evento do lançamento do site. Depois do Programa, ele

foi selecionado pela Caixa Econômica Federal onde está estagiando. Tudo isto foi

possível, trabalhamos com uma Pedagogia de Projetos voltada para o protagonis-

mo juvenil. É muito emocionante ver a mudança que o Programa proporciona.

Izaltina Pereira Calixto Nogueira

– educadora, Ceará

O Programa escolheu atuar por meio de cinco áreas de conhecimento: Tecno-

logia da Informação e Comunicação; Linguagem e Comunicação; Arte e Design;

Ciências Sociais e Administração e Marketing.

A definição de que essas áreas comporiam o currículo passou por um pro-

cesso de reflexão que partiu da experiência piloto, onde, apesar de não haver um

currículo definido, já existia a intenção de que as tecnologias da informação e co-

municação devessem ser um meio, uma ferramenta, e não um fim.

A experiência piloto de montar um portal exigiu a integração de diversos conteú-

dos que auxiliaram na identificação das áreas e, portanto iriam compor o currículo.

Também os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)16 foram analisados, na

perspectiva de se compreender como ocorreria o diálogo entre os conteúdos da

educação formal e aqueles trabalhados no âmbito do Programa.

Pensando que além dos conteúdos curriculares também era necessário intro-

duzir temas que agregassem ao processo formativo dos jovens questões relativas

a valores e atitudes, a equipe introduziu em suas reflexões e elaborações teóricas

conhecimentos advindos dos temas transversais.

16 Para mais informações sobre os temas transversais do ensino básico, ver http://www.fnde.gov.br/home/pcn/

Page 77: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

76

Temas e conteúdos da Formação dos Jovens

– Ferramenta 13

Temas transversais / PCNs

Assim, o programa partiu do pressuposto que essas áreas de conhecimento,

trabalhadas de forma integrada, dão conta das demandas formativas que o Pro-

grama se dispõe a trabalhar. Além disso, também entende-se que os educadores de-

vam integrar os temas transversais propostos nos PCNs para a Educação Básica: Ética,

Pluralidade Cultural, Sexualidade, Trabalho e Consumo, Saúde e Meio Ambiente.

Além disso, os PCNs dialogam com a metodologia do PGD na medida em

que incentivam a elaboração de projetos e trabalhos práticos junto a outras

instituições, entendendo a importância da relação entre organizações sociais,

escola e comunidade.

Os Temas Transversais surgem para traduzir a diversidade de questões importantes,

urgentes e presentes na sociedade brasileira. Entende-se que o compromisso com a

construção da cidadania relaciona-se com uma prática educacional voltada para a

“compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em relação à vida

pessoal e coletiva e a afirmação do princípio da participação política”.

Nessa perspectiva é que foram incorporadas como Temas Transversais as questões da

Ética, da Pluralidade Cultural, do Meio Ambiente, da Saúde, da Orientação Sexual e do

Trabalho e Consumo.

Page 78: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

77

Currículo

Elaboração de projetos e produtos

A Pedagogia de Projetos é a metodologia escolhida para favorecer o processo

de aprendizagem, garantindo a organização e abordagem dos conteúdos de for-

ma concreta e transferível para os outros contextos de vida dos jovens. A proposta

é que o educador abandone o papel de “transmissor de conteúdos” para se trans-

formar num pesquisador e o educando, por sua vez, deixe de ser visto como re-

ceptor passivo e passe a ser reconhecido como sujeito do processo. É importante

entender que não há um método a seguir, mas uma série de condições a respeitar.

O primeiro passo é definir um assunto de interesse dos jovens e articulá-lo aos te-

mas do currículo e a partir daí construir conjuntamente um projeto. A curiosidade

aqui é ponto de partida.

Ciências Sociais

Contextualizar o impacto das TICs na

relação entre sociedade contemporânea,

juventude e trabalho.

Usar de forma otimizada e crítica as TICs

para a viabilização dos projetos pessoais

profissionais dos jovens.

Tecnologias da Informação

e Comunicação

Ampliar a capacidade de ler, interpretar e

criar diferentes tipos de textos/discursos.

Linguagem e Comunicação

Planejar, implementar e gerenciar de

forma empreendedora, os projetos de

ordem pessoal, profissional e social.

Administração e Marketing

Criar produtos com recursos básicos

da linguagem da comunicação.

Arte e Design

Temas Transversais

Page 79: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

78

A gente sempre ouvia falar da tal Pe-

dagogia de Projetos e achávamos que

fazíamos isso. Depois do Programa,

deu para perceber a importância de ter

um fio da meada concreto (no caso é

a construção dos produtos) que con-

segue ao mesmo tempo dar direção e

integrar os conteúdos curriculares.

Adelson Rodrigues da Silva

– educador, São Paulo

Embora não seja uma novidade, a Pedagogia de Projetos está sendo revisitada

e está presente em várias experiências educacionais bem sucedidas voltadas para

jovens. O Programa Garagem Digital realiza a Pedagogia de Projetos na estrutura-

ção de processos e produtos individuais e coletivos em cada turma. Os produtos

priorizam a aprendizagem significativa dos jovens que elegem mensalmente um

projeto a ser desenvolvido, sempre com o uso dos recursos tecnológicos disponi-

bilizados no espaço da Garagem, como: jornais comunitários, feiras de tecnologia,

seminários, currículo, boletins, páginas pessoais e websites. O desenvolvimento

dos projetos permite o acompanhamento da aprendizagem dos jovens.

Exemplos dos sites produzidos pelos jovens das Garagens Digitais17

http://www.prainhadocantoverde.com.br - website do Projeto de

Turismo Comunitário da Prainha do Canto Verde de Beberibe/CE.

http://www.nitquixere.centec.org.br/ - website do Núcleo de Infor-

mação Tecnológica de Quixeré/CE.

http://www.sgaprojetossociais.centec.org.br/ - este website

apresenta os projetos sociais existentes no município de São Gonçalo do Amarante/CE.

http://www.nitlimoeiro.centec.org.br/dca/ - website do Fórum

Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

http://www.aracatiterradosbonsventos.centec.org.br/index.htm - website do Núcleo de Informação Tecnológica de Limoeiro do Norte/CE.

http://www.bibliotecapublicalnce.centec.org.br/ - website da

Biblioteca Pública Municipal Dr. João Eduardo Neto de Limoeiro do Norte/CE.

http://www.somdascarnaubeiras.org.br/ - website da Associação

Carnaubeira de Arte-Educação de Russas/CE.

17 Sites em funcionamento em novembro de 2008.

Page 80: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

79

Criando produtos concretos o jovem desenvolve habilidades, constrói conhe-

cimento de forma prática, pode avaliar suas produções, perceber suas diferentes

potencialidades e as dos outros. Isso costuma reforçar em cada um a percepção de

que é capaz de construir uma história própria na relação com os outros.

Aprendizagens quanto à construção dos produtos (sites):

No caso do Ceará, que forma duas turmas a cada semestre, foi detectada a escassez

de demandas por novos sites. A alternativa foi a criação de sites mais pontuais e tem-

porários, como de feiras, eventos e exposições além da criação de sites de organizações

sociais locais sem recursos disponíveis para este fim.

O planejamento do tempo requerido para o desenvolvimento e lançamento do site deve

ocorrer de forma a garantir que seja suficiente e equilibrado no percurso da formação.

É preciso prever recursos no orçamento e um plano de ação local para atualização e

manutenção dos sites construídos para que se mantenham no ar.

O impacto das aprendizagens nos projetos profissionais dos jovens formados pelo

Programa foi um fator marcante. Alguns jovens se juntaram em cooperativas ou peque-

nos empreendimentos para a produção comercial de sites e geração de renda.

Page 81: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

80

Técnicas didáticas

Um dia típico na Garagem começa com uma roda ini-

cial, na qual a turma retoma o encontro passado. A roda

também é uma importante estratégia de integração entre

jovens e educadores e uma forma de conhecer um pouco

mais sobre as suas realidades de vida. Estes momentos,

muitas vezes, ajudam a trazer à tona os projetos e temáticas

que serão posteriormente trabalhados na Garagem. É por

meio da roda que também ocorrem resoluções de confli-

tos, apresentação de talentos entre os jovens como: músi-

cos, poetas e grafiteiros e aquecimento para as atividades

do dia. Começa então o desenvolvimento da atividade pla-

nejada para aquele dia. Estas atividades são desenvolvidas

por meio de várias estratégias (ver Box pág. XX). O produto

das atividades do dia, que pode ter sido construído em gru-

po, em duplas ou mesmo individualmente, é apresentado

para a turma. Para terminar, organiza-se uma roda final: momento de conclusão,

avaliação e planejamento das próximas atividades.

Ao longo do Programa, os educadores foram criando um repertório de ativi-

dades, dinâmicas, identificando recursos que possam ajudar no planejamento e

desenvolvimento das atividades, como sites, jornais, livros artigos etc., no intuito

de ampliar o acervo teórico e temático junto aos jovens.

Há outros exemplos de projetos desenvolvidos pelos jo-

vens participantes do Programa, como a Campanha Social

PGD Solidário: O Dia do “Upgrade” - Mudar para melhor.

A Campanha arrecadou 42 cestas básicas e 72 kit’s de

roupas que posteriormente foram distribuídos para morado-

res de distritos do município com alto grau de vulnerabilida-

de. Além disso, a campanha proporcionou que 80 pessoas

participassem de palestras com temas voltados à cidadania

e que 40 CPF’s e 34 certidões de nascimento fossem emiti-

das. Na mesma ocasião, 36 pessoas tiveram a oportunidade

de cortar o cabelo!

No total, 358 pessoas foram beneficiadas diretamente

pela Campanha. Isso só foi possível graças ao esforço da

equipe de jovens e educadores e o engajamento da comuni-

dade local e parceiros.

Page 82: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

81

O Programa não adota um material didático único, portanto vale socializar

essas pesquisas e construções geradas no processo de planejamento dos educa-

dores. Assim, à medida que enriquecem e fortalecem suas próprias ações podem

também permitir a troca de recursos, estratégias e abordagens utilizadas no de-

senvolvimento das atividades. Através de contatos individuais, nos encontros de

formação e monitoramento, nas comunicações virtuais, nas reuniões semanais e

nos diversos espaços construídos pelos diversos atores do Programa, as práticas

vão se fortalecendo e se tornando um saber construído pelo próprio grupo.

Estratégias usadas

Jogos e simulações;

Dramatizações;

Dinâmicas e estudo de caso;

Discussões em pequenos grupos e plenárias;

Construção do conhecimento coletivo;

Debates e palestras;

Desenvolvimento e implementação de pequenos projetos;

Planejamento, execução e avaliação de atividades externas e vivências comunitárias;

Oficinas e/ou intercâmbios com especialistas ligados as temáticas tratadas;

Visitas monitoradas em outros contextos pertinentes ao processo;

Participação ativa em eventos em geral.

Page 83: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

82

Aprendizagens quanto à formação:

Para que o universo cultural seja ampliado, o Programa propõe que ocorram visitas

culturais durante o período de formação dos jovens. No Ceará, experimentou-se reunir

jovens de três municípios num grande evento em Fortaleza e posteriormente um outro

na praia. A iniciativa deu certo e foi instituída como “Encontros de integração dos jovens

das Garagens Digitais do Ceará”. Nestas ocasiões, os educadores promovem dinâmicas de

integração entre as equipes, os jovens trocam contatos e fortalecem seus laços.

Com o objetivo de conhecer melhor a realidade vivida por cada jovem, a equipe do

Programa organiza visitas as suas casas e famílias. Esta ação reforça os vínculos entre

os jovens, seus familiares e o Programa. Os familiares têm a oportunidade de conhecer

melhor os educadores e tirar dúvidas com relação ao desenvolvimento do Programa en-

quanto que os jovens sentem-se mais valorizados e com a auto-estima fortalecida.

O desenvolvimento do projeto político-pedagógico do Programa e o acompanhamento

dos jovens devem contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar formada por, no mí-

nimo, um coordenador, um educador e dois monitores (sendo um responsável pelas ações

voltadas à comunidade). Às sextas-feiras, esta equipe avalia e planeja o desenvolvimento

das próximas ações de forma participativa e considerando o desenvolvimento individual

e coletivo das turmas.

Outra estratégia importante ao desenvolvimento dos jovens são as vivências comunitá-

rias. As vivências comunitárias se traduzem como excelentes formas de integração entre

as ações de formação dos jovens e de mobilização comunitária, e não devem se limitar a

vivências nas ações já promovidas pelo Programa tais como acesso livre e cursos básicos

de informática. Embora as vivências nestas ações sejam significativas e relevantes, caso

um jovem se interesse em participar de ações ligadas a sua comunidade e realidade local

ele deve ser estimulado, pois, o propósito maior é o desenvolvimento de seu protagonis-

mo por meio de sua participação social.

Uma outra discussão importante que deve ser promovida junto aos jovens é sobre a

sustentabilidade dos projetos construídos ao longo do desenvolvimento do Programa.

Sobretudo, os projetos que envolvem produtos web, pois, correm o risco de rapidamente

tornarem-se obsoletos na medida em que as turmas de jovens são renovadas. Estes

questionamentos podem promover uma melhor sensibilização e co-responsabilidade dos

jovens no que diz respeito à construção dos produtos. Ou seja, não basta construí-los é

necessário também ser pró-ativo e propositivo no que diz respeito à sua manutenção e

sustentabilidade. Elementos ligados ao desenvolvimento da criticidade, criatividade, pro-

tagonismo e empreendedorismo juvenil.

O encerramento da formação de jovens no Programa é marcado pela realização de um

evento onde participam as famílias dos jovens, amigos, parentes e a comunidade local.

Nos eventos de encerramento, os projetos e produtos desenvolvidos pelos jovens ao lon-

go do Programa são apresentados, além disso, eventos artísticos, musicais e teatrais da

comunidade ou de outras organizações locais também se apresentam e contribuem para

fazer desse dia uma festa muito esperado por todos os jovens!

Page 84: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

83

O Programa não trabalha com sistema de notas individuais. O retorno sobre o

desempenho dos participantes acontece cotidianamente entre os colegas e por

parte dos monitores e educadores. Não ocorrendo o julgamento de desempenho

através de provas, a confiança entre educador e jovem tende a crescer e a res-

ponsabilidade pelo auto-desenvolvimento passa a ser a tônica do processo. Os

instrumentos avaliativos, orientados pela Matriz de Avaliação, têm função de rever

o que ocorreu e planejar os próximos passos.

O Programa disponibiliza para seus participantes um certificado de partici-

pação que ajuda a compor um currículo formal e reforça junto aos jovens a im-

portância de terem documentos comprobatórios das suas experiências na hora

de se apresentar para uma vaga de emprego ou outra oportunidade, na busca de

construção de seus projetos profissionais.

Para receber o certificado de conclusão do curso, os jovens precisam ter fre-

qüência mínima de 75% da carga horária total.

Os projetos das Garagens Digitais são encerrados por meio de um evento

onde são apresentados aos familiares e comunidade em geral todos os projetos

desenvolvidos pelos jovens ao longo das 300h de formação na Garagem.

A formatura das turmas costuma reunir professores, amigos e familiares que

juntos vão conhecer o que os jovens produziram e celebrar suas conquistas. Os

eventos são filmados e guardados como registros preciosos de uma etapa impor-

tante da formação dos jovens.

Page 85: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

84

EIXO 2: MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA

Em 2003, a partir do reconhecimento dos impactos significativos da experiên-

cia da Garagem Digital no CPA (Centro de Profissionalização de Adolescentes), o

Programa passou a se preocupar em articular o processo de formação dos jovens

com a participação em suas comunidades, como veremos adiante. Para ter coe-

rência com a proposta de contextualizar a ação junto aos jovens e desenvolver

neles uma responsabilidade comunitária, surgiram alguns questionamentos: por

que não abrir o acesso livre a outras pessoas da comunidade já que as máqui-

nas estavam disponíveis e não eram utilizadas, por exemplo, no período da noite?

Como articular os produtos feitos pelos jovens no processo de formação com as

demandas legítimas da comunidade? Como aproveitar o conhecimento acumu-

lado sobre Inclusão Digital para aumentar a consciência desse direito junto à po-

pulação do entorno?

Essas e outras questões foram configurando o segundo Eixo do Programa

Garagem Digital: “Mobilização Comunitária”, que tem como objetivo favorecer o

acesso da comunidade para a utilização das TICs como instrumento de desenvol-

vimento local, organização social, entretenimento e produção cultural.

Aos poucos, as atividades deste eixo foram sendo desenhadas e hoje estão

estruturadas em quatro principais linhas de ação: Acesso Livre; Rodas de Inclusão

Digital, seminários e outros eventos; Rede de Oportunidades; Integração e Forta-

lecimento Institucional.

Além disso, as linhas de ação do eixo 2 são iniciativas intencionalmente plane-

jadas para que a vivência comunitária dos jovens ocorra em contextos convergen-

tes ao processo formativo.

A. Acesso Livre

O Acesso Livre é uma ação intencional do Programa Garagem Digital e ocorre

em todas as Garagens Digitais, em períodos em que não haja formação de jovens

ou no contraturno da formação. Seu objetivo é disponibilizar acesso às tecnologias

e aos recursos e benefícios à comunidade, por intermédio de facilitadores capacita-

dos e envolvidos com a Garagem e, com isso, fortalecer o espaço e a apropriação do

mesmo, como referência de inclusão digital e de sustentabilidade das ações.

Page 86: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

85

Funciona como um telecentro – um espaço de acesso público e gratuito às tec-

nologias da informação e da comunicação. O atendimento é direcionado a públicos

como: jovens ex-participantes do programa, funcionários da organização, professo-

res da rede pública e privada, familiares dos jovens e comunidade em geral.

Esses facilitadores são chamados monitores comunitários, eles são capacitados

para iniciar as pessoas no conhecimento das TICs e esclarecer dúvidas, também

devem ser conhecedores da realidade local de forma a contribuir efetivamente

para que os indivíduos daquela comunidade possam usufruir conscientemente os

recursos e benefícios que as TICs são capazes de proporcionar.

Assim, a Garagem Digital passa a ser também um espaço de uso público, se-

meador de propostas e planos de ação e intervenção comunitária e de desen-

volvimento de autonomia, identidade, inserção social e capacidade de produção

dos indivíduos. Esse espaço também é significativo para o desenvolvimento do

protagonismo juvenil por meio de vivências comunitárias experimentadas pelos

jovens participantes do projeto no momento em que atuam – voluntariamente -

como monitores no Acesso Livre.

Estrutura

A coordenação da garagem digital deve prever um horário exclusivo para o de-

senvolvimento do trabalho de atendimento gratuito à comunidade através do acesso

livre. O acesso livre costuma promover num curto espaço de tempo, o envolvimento

da comunidade local e aumenta as possibilidades do parceiro local se constituir num

pólo germinador de novas idéias e proposições voltadas para o uso social da Inclusão

Digital. O acesso aos sábados e em período noturno favorece a participação de algu-

mas pessoas que não poderiam freqüentá-lo durante a semana.

Page 87: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

86

Critérios de funcionamento

O primeiro passo para o acesso livre é cadastrar os usuários. A partir daí obser-

vam-se as seguintes condições:

01 pessoa por micro - para garantir a privacidade do acesso, o que não

descarta a possibilidade dessa pessoa trazer um acompanhante.

Acesso de 45 a 60 minutos, podendo ser prorrogado se não houver fila

de espera

Estabelecimento de regras para impressão de documentos. Exemplos:

comprovante de pagamento, documentos, projetos, trabalhos escolares,

currículos.

Observar normas de conduta que garantam o respeito e a convivência

harmoniosa entre os interessados.

B. Rodas de Inclusão Digital, seminários e outros eventos

A prática da mobilização comunitária está pautada na articulação, enfatizando

a busca de novas parcerias, a construção de novos projetos e novos paradigmas

educacionais e de inclusão digital e social. Estamos falando de articulação com as

escolas do entorno, outras organizações sociais e o poder público local – estraté-

gia essencial para disseminação e apropriação das concepções e metodologias

do Programa.

Aprendizagens quanto à organização do Acesso Livre:

O espaço do acesso livre foi reivindicado pelos próprios jovens do módulo de formação que sentiam falta de poderem utilizar os

computadores para experimentações de interesse pessoal, e mesmo para reforçar os conhecimentos adquiridos no processo de

formação, já que a maioria não tem acesso fácil ao computador fora dali.

O acesso livre não precisa ter necessariamente uma direção programática, mas, a fim de beneficiar um maior número de

usuários, criam-se alternativas de “acesso livre dirigido” como: minicursos voltados a grupos específicos: idosos, jovens em liber-

dade assistida, técnicos de hospitais locais, professores, entre outros.

Algumas ações que se iniciaram no acesso comunitário ganharam vida própria como os projetos onde os jovens da Garagem

ensinam grupos de professores a utilizar as TICs na sua vida profissional. Assim, algumas escolas que tinham computadores, mas

não tinham monitores, passaram a contar com a ajuda voluntária de alguns participantes e ex-participantes das Garagens para

dinamizar seus laboratórios de informática.

Este é um espaço onde os participantes das Garagens têm oportunidade de fazer seus primeiros “estágios” como monitores

comunitários. Esta prática é acompanhada e compõe a carga horária destinada ao processo formativo.

Para todos os acessos tem-se um sistema de monitoramento e controle de informações, servindo de fonte do processo de ava-

liação desta estratégia na comunidade.

Page 88: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

87

A idéia é que diferentes segmentos da sociedade possam articular projetos e

ações que visem à garantia de acesso as novas tecnologias e a ampliação das con-

dições para que as TICs possam ser utilizadas pela população, em especial, pelos

jovens, como ferramentas para a realização de projetos, individuais e coletivos.

São promovidas: palestras, seminários, Rodas de Inclusão Digital, que funcio-

nam como fóruns de discussão, elaboração e implementação de propostas de in-

clusão digital, voltados para a comunidade do entorno.

Para se ter efetividade e contextualização temática, é importante que esses

espaços contemplem um levantamento prévio das principais demandas da co-

munidade relacionadas à tecnologia, a fim de que sejam base de planejamento e

pauta das discussões locais. Mais do que pensar uma metodologia, é fundamental

verificar o desenvolvimento do processo, onde a comunidade passa a ter uma par-

ticipação mais ativa no projeto.

Os atores envolvidos nestes espaços são desde a equipe de educadores das

respectivas Garagens, os jovens participantes da formação, especialistas que pos-

sam contribuir com as temáticas abordadas, as lideranças locais, representantes

do poder público e do empresariado, entre outros.

A periodicidade desses eventos ocorre em sintonia com as demais ações da

Garagem e a disponibilidade dos atores envolvidos. Preferencialmente, devem ser

organizados mecanismos de debates, socialização e compartilhamento do pro-

cesso presencialmente e à distância.

Aprendizagem quanto à mobilização local:

Uma questão que ficou evidente é que a sensibilidade para o problema da exclusão digital é muito diferente numa

cidade grande do Sudeste e em pequenas cidades do Nordeste. Enquanto em São Paulo havia interesse pelo tema, no

Ceará, as Rodas não funcionaram bem, uma vez que a comunidade não tinha uma percepção da inclusão digital como

uma necessidade. Parecia ser um problema importado, que não lhes dizia respeito, afinal, as premências ali eram outras.

Uma saída encontrada foi utilizar o formato das Rodas, ou seja, encontros abertos também para discussão e encaminha-

mento de temas específicos, tratando de outros temas de interesse local, como transporte, trabalho etc. Dessa forma, o

espaço de participação era instalado e ocupado e, no decorrer das discussões, sempre que oportuno, os animadores das

Rodas contavam como a tecnologia digital podia ajudar na conquista destes direitos.

Outra mudança foi em relação à periodicidade dos encontros, em vez de serem mensais como em São Paulo, passam

a ser semestrais, caracterizando-se num grande encontro que envolve todos os atores locais interessados. Assim, houve

maior participação dos atores mobilizados.

Page 89: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

88

C. Rede de Oportunidades

O Garagem não promete emprego,

mas promete oportunidade de vida, que

faz a gente ter mais chance na hora de

disputar um emprego.

Diego Max Chaves Almeida

– monitor, Ceará

A preocupação com o “pós-garagem” era uma constante nas reflexões das

equipes e dos parceiros estratégicos do Programa. Surgiu então a idéia de mon-

tar uma Rede de Oportunidades aproveitando os contatos da Fundação Abrinq e

da HP com empresas e com o poder público. Pretendia-se promover o encontro

entre jovens participantes das Garagens e empresas e organizações que lhes pu-

dessem ofertar oportunidades diversas de trabalho e formação complementar.

Assim, em 2003 nasce a Rede de Oportunidades, com o objetivo de mobilizar

empresas, organizações sociais e a comunidade e rede local de pertencimento

dos jovens que participam do Programa Garagem Digital, para que lhes propor-

cionem oportunidades de educação, ampliação do universo cultural, emprego

e geração de renda. Vinculando o ingresso no mundo do trabalho à sua educa-

ção profissional, escolar e seus próprios projetos de vida, gera, ao mesmo tempo,

oportunidades de uma ação social efetiva por parte de empresas, organizações

sociais e indivíduos, que queiram contribuir com a construção da cidadania e

inclusão de jovens e de adolescentes.

Uma das constatações do Programa é a escassez de oportunidades formais

de trabalho para jovens. Em muitos locais as únicas oportunidades que aparecem

são trabalhos sem vínculo formal, sem remuneração e sem preocupação com a

formação do jovem que está iniciando sua vida profissional.

Page 90: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

89

De toda maneira, o Programa orienta as organizações e empresas a observa-

rem as leis de aprendizagem e voluntariado de forma a respeitar os direitos dos

cidadãos e, com isso, darem um passo na direção da responsabilidade social.

Outro desafio é conjugar, numa cidade grande como São Paulo, por exem-

plo, as oportunidades e a viabilidade de deslocamento dos jovens, para poder

aproveitá-las. Assim, para que o encontro aconteça, é recomendável prospectar

empresas que atuem próximas do local onde a Garagem está implantada.

Redes sociais promoção do desenvol-

vimento social nas atuais condições da

sociedade globalizada e informatizada

requer, necessariamente, uma mudança

de paradigma de ação: ações pontuais

e isoladas precisam dar lugar a redes

horizontais de cooperação, que possi-

bilitem maior intercâmbio e eficácia na

implementação de projetos e políticas

públicas na área social. Antes mesmo de

inspirar políticas sociais mais abrangen-

tes, a noção de rede possibilita o ques-

tionamento de uma certa rigidez implíci-

ta no conceito de entidade social. (Fábio

Ribas, 2003)

D. Integração e fortalecimento institucional

Esta última linha de ação propõe formas de disseminar, aos demais projetos e

cursos ligados às organizações onde as Garagens funcionam, o uso das TICs como

ferramenta educacional que propicie construção de conhecimento e atividade

criativa, partindo do pressuposto que cada educador pode ser um potencial mul-

tiplicador de aprendizagens.

Também enfatiza a importância da Garagem Digital ser incorporada à

dinâmica institucional e integrada a outras práticas educativas desenvolvidas pela

parceria local. Assim, o Programa pretende atuar como formador de educadores e

facilitador do processo de fortalecimento das organizações parceiras. Em especial,

se propõe a capacitar os educadores para uma nova prática pedagógica, em que

se reconheçam como mediadores do processo de aquisição de conhecimento e

de desenvolvimento da criatividade de seus alunos.

Page 91: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

90

8. Monitoramento e avaliação

O Programa Garagem Digital almeja construir referências metodológicas para a

implementação de políticas públicas de inclusão digital dirigida a jovens. Assim sendo,

é de fundamental importância que sua experiência seja avaliada e que as aprendiza-

gens sejam sistematizadas, constituindo-se enquanto conhecimento útil ao aprimo-

ramento do Programa e a novas iniciativas.

Também é igualmente importante para os parceiros locais avaliarem quanto o

projeto impacta na vida dos jovens além de participarem das avaliações do programa

como um todo.

A busca é por uma avaliação que articule diagnóstico e processo de intervenção.

E ela se dá em dois níveis:

Nível do Programa: são avaliados os resultados referentes aos objetivos

específicos do Programa. As análises dos dados desta avaliação servem de subsídio

para aprimoramentos no escopo do próprio Programa, definição de rumos para a dis-

seminação e para a elaboração de outras iniciativas. Esta avaliação é coordenada pela

equipe técnica da Fundação Abrinq com participação dos diversos atores envolvidos.

Nível do Projeto: em cada uma das Garagens, a cada novo projeto, as orga-

nizações sociais parceiras são responsáveis pela avaliação das ações que desenvol-

vem, contando com o apoio da equipe técnica, desde a elaboração até a revisão do

que ocorreu. Para isso o instrumento Matriz de Avaliação é fundamental.

Matriz de avaliação do Projeto de

uma Garagem Digital

>> Ferramenta 1

A avaliação e o monitoramento são preocupações permanentes no decorrer

de cada Projeto de uma Garagem Digital. O quadro abaixo apresenta as avaliações

desenvolvidas durante os projetos das Garagens Digitais.

Page 92: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

91

Avaliação das aprendizagens

A avaliação das aprendizagens é feita ao início e ao final do curso, para que haja

um balizador das aprendizagens específicas proporcionadas pelo Programa nas

áreas curriculares. Ela envolve todos os jovens participantes nas áreas de Ciências

Sociais, Arte e Design, Administração e Marketing, Linguagem e Comunicação e

TICs. Cada área conta com um instrumental próprio. Com exceção das TICs, todos os

resultados ligados às demais áreas devem ser analisados pelo educador e contabili-

zados em sua totalidade por turma. Somente em TICs a análise é individual, a partir

de teste prático realizado com todos os jovens participantes, por envolver conheci-

mentos específicos e se tratar de um programa com foco na inclusão digital.

Ao longo do curso, são realizados vários exercícios de auto-avaliação e feedback

das ações dos jovens. Eles também avaliam os diversos aspectos do Programa.

Tipo de Avaliação

Marco Zero

(início dos projetos)

Formativa

ou monitoramento

(Durante a execu-

ção dos projetos)

Somativa ou

de resultados

(Ao término

dos projetos)

Avaliação dos Projetos das Garagens Digitais

Encontros presenciais de monitoramento com as equi-

pes das Garagens Digitais e comunicação contínua à

distância.

Tem como base e referência a Matriz Avaliativa.

Relatórios mensais quantitativos e trimestrais qualitativos.

Encontro presencial de avaliação com as equipes dos

projetos das Garagens Digitais e entrega de relatório

final de avaliação.

Tem como base e referência a Matriz Avaliativa.

Avaliação das aprendizagens

(na perspectiva dos jovens, educadores

e gestores dos projetos)

Inserção de dados de perfil dos jovens.

Avaliações via Sistema PGD das aprendizagens dos jovens

nas 05 áreas de conhecimento: TICs, Ciências Sociais, Lin-

guagem e Comunicação, Arte e Design e Administração e

Marketing.

Avaliações - no meio do desenvolvimento dos projetos

- via Sistema PGD:

Avaliação do Programa na perspectiva dos jovens;

Avaliação do Programa na perspectiva dos educadores;

Avaliação do Programa na perspectiva dos gestores.

Avaliações - no final do desenvolvimento dos projetos

- via Sistema PGD:

Avaliação do Programa na perspectiva dos jovens;

Avaliação do Programa na perspectiva dos educadores;

Avaliação do Programa na perspectiva dos gestores;

Avaliações finais das aprendizagens adquiridas pelos

jovens nas 05 áreas de conhecimento: TICs, Adminis-

tração e Marketing, Arte e Design, Ciências Sociais e

Linguagem e Comunicação.

Instrumental de avaliação do jovem pelo

educador - Marco Zero

– Ferramenta 11

Page 93: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEPercurso de uma Garagem Digital

92

Monitoramento dos projetos

O monitoramento é um processo de avaliação formativa, que inclui o acom-

panhamento contínuo das atividades e a reflexão constante sobre a dinâmica do

processo e as relações da equipe com o público-alvo.

A avaliação formativa gera informações úteis para o aprimoramento do proje-

to ainda durante seu processo de implementação ou mesmo no decorrer de seu

desenvolvimento. Refere-se, portanto, ao processo de execução do projeto, ser-

vindo para otimizar seu funcionamento e fomentar o processo reflexivo sobre as

ações efetivadas. No Programa Garagem Digital, o monitoramento das Garagens

é coordenado pela equipe técnica com o apoio direto das equipes de educadores

locais. A principal base da avaliação formativa é a matriz avaliativa dos projetos, e

os resultados esperados deste processo são:

Propiciar o pleno desenvolvimento das ações propostas pelo Programa.

Garantir coerência entre o desenvolvimento dos projetos e os pressupos-

tos e objetivos do Programa.

Promover por meio de reflexões e intervenções técnico-pedagógicas o

fortalecimento das Garagens Digitais rumo a sua sustentabilidade.

A experiência tem reforçado que, no primeiro ano de implementação das Garagens,

os encontros de monitoramento necessitam ser mensais, pois é um momento funda-

mental para a consolidação da metodologia educacional. No segundo ano, quando a

equipe de educadores já tem maior domínio das diretrizes do Programa, já pode contar

com encontros bimestrais com foco na gestão do projeto. A partir do terceiro ano os en-

contros tornam-se mais esporádicos respeitando a experiência acumulada do parceiro

local e da equipe de educadores. Essa estratégia de distanciamento também é impor-

tante para que a Garagem incorpore as especificidades do contexto local.

1ª edição dos Projetos

Monitoramento presencial

mensal (foco educacional

e metodológico)

2ª edição dos Projetos

Monitoramento

presencial bimestral

(foco gestão)

6ª edição dos Projetos

Monitoramento presencial:

foco sustentabilidade

3ª e 4ª edição dos Projetos

Monitoramento à distância:

Gestão Autônoma

5ª edição dos Projetos

Monitoramento à

distância: Gestão

Autônoma

Processo de monitoramento e avaliação dos projetos das GDs

2004 2005 2006 2007 2008

Page 94: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQPercurso de uma Garagem Digital

93

A realização do monitoramento é consolidada com o apoio das seguintes

ferramentas:

Instrumental de registro dos encontros de monitoramento

Preenchido pela equipe técnica na ocasião dos encontros de monitora-

mento, subsidia a avaliação do processo e a tomada de decisões em

relação a ajustes necessários e permite que outros profissionais com

atribuições de gestão, tenham acesso às informações.

Instrumentais de avaliação do Programa pelos diferentes atores envolvi-

dos (jovens, educadores e gestores)

Preenchido pelos respectivos atores no meio e no final de cada Projeto

e é alimentado por meio do sistema do Programa que se encontra no site

da Fundação Abrinq.

Relatórios qualitativos e periódicos das Atividades

Concentra as ações desenvolvidas no período por cada uma das Gara-

gens e é encaminhado trimestralmente à coordenação do Programa Gara-

gem Digital, conforme disposto no contrato de parceria vigente.

Relatórios quantitativos mensais das Atividades

É enviado mensalmente e traz dados quantitativos, coletados durante o

período de referência, sobre as ações de formação de jovens e de mobi-

lização comunitária.

Os dados são analisados, e os pontos fortes e frágeis do projeto são diagnosti-

cados. Alguns encaminhamentos são feitos imediatamente, enquanto outros exi-

gem intervenções posteriores como nos momentos de formação continuada ou

em reuniões específicas para este fim.

Vale ressaltar que os encontros de monitoramento presenciais e à distância

são também momentos de formação continuada das equipes, já que são feitos de

intervenções técnico-pedagógicas que garantirão o desenvolvimento do projeto

em consonância com os pressupostos e objetivos do Programa como um todo.

Nesses momentos, também são socializadas as ações específicas de cada Gara-

gem, com o propósito de disseminar boas experiências e aprendizagens.

Page 95: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro

94

Page 96: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQAvaliando para o futuro

95

Avaliando para o futuro

Page 97: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro

96

Avaliando para o Futuro

O cuidado permanente em avaliar as ações do Programa, bem como moni-

torar o desenvolvimento de cada uma das Garagens Digitais, busca não só

perceber os resultados, mas encontrar caminhos de aprimoramento da proposta.

Os dados a seguir apontam reflexões importantes para o futuro da experiência.

Participação dos jovens

Tabela 1 – Adesão dos jovens – 2002 a 2007

Módulo de Formação de Jovens

Ano Organização Vagas Disponibilizadas Jovens Formados Evasão % Evasão Formação por ano

2002 Associação Meninos 120 88 32 27% 88 do Morumbi (SP)

2003

Associação Meninos 120 107 13 11% 211 do Morumbi (SP)

CPA (SP) 120 104 16 13%

2004

CPA (SP) 90 73 17 19%

184 Beberibe (CE) 40 38 2 5%

Limoeiro do Norte (CE) 40 34 6 15%

São Gonçalo 40 39 1 3% do Amarante (CE)

2005

CPA (SP) 60 47 13 22%

163 Beberibe (CE) 40 39 1 3%

Limeiro do Norte (CE) 40 38 2 5%

São Gonçalo 40 39 1 3% do Amarante (CE)

2006

Beberibe (CE) 80 78 2 3%

235 Limoeiro do Norte (CE) 80 80 0 0%

São Gonçalo 81 77 4 5% do Amarante (CE)

2007

CPA (SP) 30 28 2 7%

622

Aracati (CE) 80 74 6 8%

Aracoiaba (CE) 80 76 4 5%

Barbalha (CE) 80 61 19 24%

Beberibe (CE) 80 79 1 1%

Limoeiro do Norte (CE) 80 78 2 3%

Quixeramobim (CE) 80 76 4 5%

São Gonçalo 80 77 3 4% do Amarante (CE)

Itaiçaba (CE) 40 38 5 13%

Eusébio (CE) 40 35 7 18%

Total 1661 1503 158 10% 1503

Page 98: Garagem Digital com Vista para o Mundo

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97

A tabela acima mostra que a taxa de evasão vem caindo ano a ano. No ano de

2006 no Ceará de 241 jovens inscritos no Programa houve apenas 06 evasões e,

em 2007 no CPA – onde até 2005 a média de evasões girava em torno de 20% –

passou para 7%: apenas dois jovens abandonaram o programa – um por motivo

de mudança e outro por necessidade de trabalho.

Processo de aprendizagens

Temos explorado muito o lado da

descoberta pessoal. Usamos um site de

teste vocacional com os jovens, o que

possibilitou eles terem uma visão de

suas potencialidades e fraquezas. A par-

tir deste momento estamos trabalhando

de forma a incentivar os jovens a for-

talecerem suas qualidades e tentarem

minimizar seus pontos fracos.

Mary Ann Weyne Quinderé

– educadora, Ceará (Beberibe)

A partir do que foi apontado na avaliação externa do projeto piloto, decidiu-

se adotar uma medida de “marco zero” para identificar o nível de conhecimento

que os jovens têm, quando chegam à Garagem, relativo às cinco áreas temáticas

do currículo. Este processo acontece nas duas primeiras semanas e é realizado de

maneira tranqüila, pois os jovens sabem que já estão selecionados e que não há

pré-requisito em termos de conhecimento para participar do Programa.

Ao final do curso os instrumentos de avaliação são reaplicados para verificar o

conhecimento que o Programa conseguiu agregar efetivamente. Esta avaliação não

tem o poder de “reprovar”. Assim como a Matriz de Avaliação, os outros instrumentos

avaliativos têm função de rever o que ocorreu e planejar os próximos passos.

A coleta de dados referentes às aprendizagens adquiridas em âmbito do

Programa Garagem Digital é realizada de maneira sistemática por meio de ins-

trumentais que se complementam. Nas tabelas abaixo é possível visualizar esse

processo. Os dados referem-se ao período consolidado das dez Garagens em fun-

cionamento (nove no Ceará e uma em São Paulo) entre 2005 e 2007.

Tabela 2: Aprendizagem dos jovens – Marco Zero e Marco Final – 2005 a 2007

Áreas de Conhecimento Insatisfatório Satisfatório Muito satisfatório

Inicio Final Queda Inicio Final Aumento Inicio Final Aumento

Ciências Sociais 43% 8% 35% 39% 57% 18% 17% 35% 18%

Linguagem e Comunicação 50% 13% 37% 43% 64% 21% 7% 23% 16%

Arte e Design 49% 8% 41% 34% 63% 29% 17% 28% 11%

Administração e Marketing 43% 9% 34% 41% 59% 18% 16% 32% 16%

Não Realiza Realiza com dificuldade Realiza com facilidade

TIC's 63% 7% 56% 14% 12% -2% 23% 81% 58%

Fonte: Monitoramento do Programa: Consolidação das avaliações referentes às áreas de conhecimento.

Page 99: Garagem Digital com Vista para o Mundo

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98

A análise comparativa entre marco zero e final permite constatar que, de ma-

neira geral, os objetivos relacionados ao módulo de formação foram atingidos. Em

todas as áreas, os jovens partiram de índices baixos de conhecimento e apresenta-

ram avanços significativos no período em que participaram do Programa. Entre o

marco zero e o marco final, houve inversões entre os índices insatisfatório e muito

satisfatório nas cinco áreas avaliadas. E, em todos os casos, a soma dos índices

finais Satisfatório e Muito Satisfatório ultrapassam 80%.

Nas turmas havia jovens que nunca

tinham ligado um computador e que até

ficaram constrangidos na hora da ava-

liação inicial, pois não conseguiam fazer

nada. Hoje eles estão confiantes e nas

avaliações semanais vemos a alegria que

demonstram em saber manusear a má-

quina. Conseguem realizar os trabalhos

que solicitamos. Claro que tinha aqueles

que já vinham com uma bagagem de

conhecimento. Foi feito um nivelamento

de modo que os que sabiam mais pudes-

sem ajudar os que sabiam menos.

Manoel Marisergio Alves de Oliveira

– educador, Ceará

Os instrumentais de Ciências Sociais contêm questões abertas básicas sobre

participação social, transformações advindas dos avanços tecnológicos e desen-

volvimento local. Estes mesmos instrumentais, por terem questões escritas, ser-

vem também de base para as avaliações na área de linguagem e comunicação,

além disso, as habilidades voltadas à comunicação oral são avaliadas continua-

mente por meio do processo de elaboração dos projetos pelos jovens. As áreas de

Arte e Design e Administração e Marketing são avaliadas a partir de dois peque-

nos projetos individuais: o do início da formação é a criação de uma capa de CD e

o do final da formação é o plano de divulgação do produto final (os sites).

Para a avaliação das aprendizagens dos jovens na área de Tecnologias da In-

formação e Comunicação (TICs) são aplicados junto aos jovens testes práticos

sobre habilidades em TICs tais como: criar pastas; realizar pesquisas refinadas de

imagens, textos e sons na internet; salvar arquivos e documentos no disco rígido

do computador e/ou CD; fazer download de som; copiar textos; editar textos; in-

serir figuras em documentos; transferir documentos para outras áreas de trabalho;

inserir pano de fundo; escrever em bloco de notas, procurar caminhos de arquivos

e enviar e-mails com anexos etc.

Page 100: Garagem Digital com Vista para o Mundo

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99

A avaliação evidencia que a maioria dos jovens que entra no Programa tem

pouca familiaridade com o computador (alguns não tinham contato algum) e, ao

final do processo, 93% deles conseguiam realizar as tarefas propostas, sendo que

83% conseguiram realizar com facilidade.

O olhar dos jovens

Para ser coerente com o conceito de protagonismo juvenil, o Programa Ga-

ragem Digital coloca os jovens não apenas na posição de quem vai ser avaliado,

mas também de avaliadores do Programa. Eles opinam sobre a estrutura física,

a metodologia e até sobre os processos de avaliação adotados pelo programa

como veremos nas tabelas a seguir:

Eu não queria mais saber dos estu-

dos, não pensava mais no futuro, achava

que a vida era só diversão, foi então que

meus amigos me falaram do Programa

Garagem Digital. Me inscrevi, fui sele-

cionada e minha vida mudou quando

eu comecei a fazer o curso. Voltei a me

interessar pelos estudos, mudei de com-

portamento com a família e não me cha-

mam mais de chata, ou mesmo de igno-

rante. Depois que comecei o curso estou

falando o português corretamente, não

sabia nem mesmo ligar o computador e

hoje navego na Internet.

Maria Lívia Lima de Araújo

– jovem, Ceará

Tabela 4: Estrutura física avaliada pelos jovens

Aspectos avaliados Insatisfatório Satisfatório Muito satisfatório

Número de computadores 21% 73% 6% Número de impressoras 28% 65% 6% Softwares utilizados 3% 69% 28% Conexão com a Web 20% 56% 24% Qualidade dos móveis 3% 65% 32% Disposição dos móveis 2% 69% 29% Tamanho da sala do Garagem 6% 57% 37% Luminosidade da sala 0% 49% 51% Barulhos externos 5% 58% 37% Barulhos internos 7% 73% 20%

Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avaliação da GD segundo os jovens.

Page 101: Garagem Digital com Vista para o Mundo

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100

A estrutura física é avaliada majoritariamente como satisfatória em todos os

itens. Quanto ao número de computadores, a ocorrência de 21% de respostas in-

satisfatório indica que alguns jovens dizem que gostariam que o número de com-

putadores permitisse o uso individual, porém são informados da importância de

trabalhar em duplas e em alguns momentos em grupo, como parte da proposta

formativa e que podem freqüentar o acesso livre para as opções de uso de forma

individualizada. A equipe técnica e os educadores das Garagens Digitais avaliam

que o uso do computador em duplas é uma metodologia que tem facilitado as

trocas no processo de aprendizagem.

A qualidade da conexão à Internet revela as dificuldades encontradas prin-

cipalmente em cidades do interior do Ceará e os problemas de barulho externo

captam a percepção negativa de São Paulo.

Diante dessas percepções, confirma-se a decisão do programa de que uma Ga-

ragem Digital deva caracterizar-se como espaço pedagógico de aprendizagem.

Tabela 5: Estratégias de aprendizagem avaliadas pelos jovens

Aspectos avaliados Insatisfatório Satisfatório Muito Satisfatório

Dinâmicas de grupo 3% 51% 46%Oficinas 11% 56% 33%Visitas técnicas e culturais a outras locais 25% 50% 25%Visitas recebidas 17% 63% 20%Uso dos recursos disponíveis 4% 45% 52%Rodas de discussão no início e término das aulas 5% 62% 33%Participação em outras atividades da organização 14% 72% 14%

Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avaliação da GD segundo os jovens.

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101

Também as estratégias metodológicas são em geral avaliadas como satisfató-

rias e muito satisfatórias. O item visitas técnicas e culturais a outros locais foi o que

teve maior índice de respostas insatisfatório. Podemos levantar a hipótese de que

estas visitas não ocorreram com a freqüência esperada pelos jovens.

Essas avaliações reafirmam a proposta pedagógica que privilegia a integração

de conteúdos e de metodologias diversificadas.

Tabela 6: O processo de avaliação do Programa na perspectiva dos jovens - média 2004/2007

Insatisfatório Satisfatório Muito Satisfatório

Oportunidades para expressar sua opinião 2% 52% 46%Avaliações consideradas 3% 70% 27%Oportunidades de se auto-avaliar 3% 57% 41%Abertura dos participantes para a avaliação 5% 63% 32%Atenção da equipe para a aprendizagem e desenvolvimento 3% 51% 46%Avaliação despertava interesse 1% 49% 50%

Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avaliação da GD segundo os jovens.

A tabela 6 indica também que os jovens entram na Garagem Digital com um

nível de expectativa altamente positiva em relação aos elementos do Programa,

incluindo suas formas de avaliação. Grande parte dessa expectativa foi confirma-

da no final do processo ficando próxima daquilo que era esperado no início.

O Garagem me ensinou a trabalhar

em grupo, ser participativo e não ter

medo de falar em público, isso tudo tem

me ajudado muito, principalmente na

escola. Hoje em dia eu consigo dar mi-

nha opinião sem medo.

Leandro Farias Raimundo

– jovem, São Paulo

Uma possível leitura do conjunto dos itens avaliados pelos jovens é que, com

o desenvolvimento do espírito crítico, sua exigência aumenta e eles passam a ser

mais rigorosos com eles mesmos e também com os diversos aspectos do Progra-

ma, o que aponta para um bom nível de maturidade. Seja como for, percebe-se

que os jovens gostam de se identificar no espaço público como participantes ou

ex-participantes do Programa. Por exemplo, no Ceará, costumam usar a camiseta

do Programa em eventos abertos na sua cidade.

Page 103: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro

102

Conforme já foi dito, a formação dos jovens no Programa Garagem Digital

elegeu como base metodológica a Pedagogia de Projetos que se torna palpável

através da construção de um produto final elaborado coletivamente pelos jo-

vens de cada turma. Uma das aprendizagens desta estratégia é que, para que ela

contribua com o desenvolvimento dos jovens, é importante que a “excelência

do produto” não se sobreponha ao processo de sua elaboração. É importante

também que os jovens sintam-se reconhecidos no produto final, sintam-se sur-

preendidos com o que são capazes de fazer. Por isso, ao final da formação, os

jovens são convidados a avaliar tanto o processo de construção do produto como

os resultados alcançados conforme vemos nas tabelas 7 e 8, respectivamente.

Podemos dizer que os jovens ficaram bastante satisfeitos tanto com o proces-

so quanto com o produto que elaboraram. A leitura destes gráficos se relaciona

com o orgulho com que os jovens apresentam seus produtos nos ritos de encer-

ramento da formação e ou nas feiras de tecnologia. Os conteúdos relacionados

ao tema e à eficiência foram os itens melhor avaliados em relação ao produto

final indicando que o processo de pesquisa e construção de conhecimento foram

pontos fortes do produto final.

Tabela 7: Produto final avaliado pelos jovens - média 2004/2007

Insatisfatório Satisfatório Muito Satisfatório

Eficiência 1% 71% 28% Design 4% 67% 30% Conteúdos relacionados ao tema do produto 1% 60% 39% Qualidade dos textos 3% 63% 35%

Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avalia-ção da GD segundo os jovens.

Tabela 8: Elaboração do produto final avaliada pelos jovens - média 2004/2007

Insatisfatório Satisfatório Muito Satisfatório

Escolha do produto final levando em conta o interesse dos jovens 3% 60% 37%Relevância do produto para a comunidade 8% 64% 27%Integração entre as equipes de jovens 2% 58% 40%Acompanhamento dos educadores e monitores 0% 40% 60%Tempo reservado para a elaboração do produto 5% 91% 4%

Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avaliação da GD segundo os jovens.

Page 104: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQAvaliando para o futuro

103

Com relação ao processo, a ação dos educadores e monitores é destacada

como muito satisfatória. O tempo reservado para a elaboração do produto final, por

exemplo, o site, ainda pode ser melhorado para que seja plenamente satisfatório.

Olhar dos profissionais

Assim como os jovens avaliam e são avaliados, a equipe de profissionais envol-

vidos no Programa também revê seus planos e verifica, periodicamente, o alcance

dos objetivos pretendidos. As tabelas 9 e 10 captam a percepção dos profissionais

sobre as atividades de disseminação das aprendizagens na organização parceira

e sobre as atividades voltadas para a mobilização comunitária.

Tabela 9: Disseminação das aprendizagens avaliada pelas equipes - média 2004/2007

Insatisfatório Satisfatório Muito Satisfatório

Quantidade de atividades desenvolvidas pela equipe do Garagem Digital para multiplicar aprendizagens junto aos outros profissionais da organização

13% 79% 8%

Qualidade de atividades desenvolvidas pela equipe do Garagem Digital para multiplicar aprendizagens junto aos outros profissionais da organização

16% 75% 8%

Utilização do espaço da Garagem Digital por outras ações da organização 11% 69% 20%

Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avaliação da GD segun-do os educadores.

Apesar dos relatos de que o Programa Garagem Digital dinamiza o espaço

institucional e amplia horizontes educacionais, a equipe de educadores avalia

que ainda existe espaço para melhorar quantitativa e qualitativamente a multi-

plicação das aprendizagens dentro da própria organização.

Considerando que o programa se dispõe a trabalhar com o conceito de in-

clusão digital com perspectivas de inclusão social e que, para tanto, objetiva tam-

bém contribuir com a mudança de paradigmas junto aos profissionais que atuam

com essa temática, as equipes são incentivadas a discutirem com outros profis-

sionais das organizações onde atuam, formas de incorporarem tais conceitos nas

suas práticas cotidianas. Entende-se que o processo de disseminação deva contar

também com essa estratégia.

Page 105: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro

104

Com relação às ações de mobilização comunitária, os educadores avaliam que

o envolvimento das escolas e de outras organizações sociais do entorno e as ar-

ticulações com o poder público local foram as que cumpriram satisfatoriamente

seu propósito.

Tabela 10: Mobilização comunitária avaliada pelas equipes - média 2004/2007

Insatisfatório Satisfatório Muito Satisfatório

Articulações com o poder público local 30% 70% 0% Envolvimento das escolas nas ações do GD 17% 70% 13% Envolvimento de outras organizações sociais do entorno nas ações do GD 30% 67% 3% Mobilização para a Rede de Oportunidades 61% 34% 5% Organização das Rodas de ID 44% 53% 3%

Fonte: Monitoramento do Programa (média do período de 2004 a 2007): Avaliação da GD segundo os educadores.

Na comunidade

Vale observar o percurso de apropriação das propostas de mobilização co-

munitária desenvolvidas pelos parceiros locais. O Acesso Livre, por exemplo, sur-

ge como uma proposta de espaço aberto e gratuito de inclusão digital. Mas, aos

poucos, foi se tornando uma ação de “acesso direcionado”, passando a ser enca-

minhado a finalidades específicas de construção de conhecimentos, busca de

oportunidades e acesso a serviços públicos disponibilizados na rede, como: apoio

Page 106: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQAvaliando para o futuro

105

na elaboração da declaração de imposto de renda, elaboração de currículo, entre

outros. Tornando-se assim um espaço de exercício da cidadania.

O acesso dirigido também se destinou ao desenvolvimento de Cursos Básicos

de Informática orientados a públicos específicos tais como idosos, professores de

escolas públicas, familiares dos jovens, entre outros. Dessa forma a Garagem se

constitui num ponto de encontro intergeracional, respeitando e adequando-se ao

processo de aquisição de conhecimentos relacionados ao uso das tecnologias de

acordo com as especificidades, interesses e realidade de cada público.

Além do Acesso Livre, as organizações parceiras são incentivadas a desenvol-

ver novas estratégias de responsabilidade comunitária. O CPA iniciou uma ação

significativa nesse sentido: as Feiras de Tecnologia para o Desenvolvimento Lo-

cal Integrado e Sustentável – Juventude e Empreendedorismo, onde os diversos

atores sociais da região são chamados a conhecer as ações da Garagem Digital

e discutir conceitos correlatos que possam contribuir com o desenvolvimento

regional. Assim, participam representantes do poder público, organizações

não-governamentais, movimentos juvenis, empresariado local, entre tantos

outros que, articulados, podem desencadear estratégicas significativas ao desen-

volvimento daquele lugar, cujas características reforçam a condição de vulnerabi-

lidade socioeconômica de grande parte da população.

As Feiras de Tecnologia envolveram um amplo processo de articulação

no processo de construção do Plano Setorial de Qualificação do Ministério do Tra-

balho e Emprego para Zona Leste de São Paulo, contribuindo para qualificar a

região na construção dos projetos juvenis de empreendedorismo social. Também

impulsionaram a articulação de um Fórum Juvenil do CPA em consonância com o

Fórum Juvenil da Zona Leste e a participação no Conselho Gestor do Centro Edu-

cacional Unificado de São Mateus e no Fórum de Entidades de Defesa da Criança

e do Adolescente de São Mateus; participação em seminários sobre juventude,

educação e trabalho; entre outras.

No Ceará, além de cursos básicos, ocorrem iniciativas de inclusão digital, vol-

tadas ao desenvolvimento comunitário. Foi organizado, por exemplo, o seminário

“As novas tendências do turismo e suas tecnologias”, do qual participaram pessoas

da comunidade e representantes de organizações sociais e de órgãos públicos.

Page 107: Garagem Digital com Vista para o Mundo

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106

Além destes eventos, as Garagens Digitais e seus equipamentos passaram a ser

usados por profissionais das escolas e de órgãos municipais; foram realizadas

oficinas de informática à comunidade; visitas nas escolas para articular com seus

dirigentes sugestões para o uso dos laboratórios de informática e divulgação da

metodologia usada no Programa; cursos básicos e avançados destinados a alunos

do ensino médio e a profissionais da área de educação; entre outras.

E depois?

Desde sua origem, o Programa vem se debruçando na construção de uma me-

todologia de encaminhamento, acompanhamento e mobilização de oportunidades

a jovens, para que eles possam continuar recebendo apoio no processo de inserção

na vida adulta e profissional. A Rede de Oportunidades foi a estratégia desenhada

para sensibilizar atores e estimular a oferta de diferentes oportunidades aos ex-

participantes das Garagens. Tais oportunidades não se limitariam ao mercado de

trabalho, podendo envolver também formação complementar, apoio ao empreen-

dedorismo e geração de renda, oficinas temáticas e culturais, entre outras.

As oportunidades geradas por meio de articulações da Fundação Abrinq

e/ou HP Brasil são as que corresponderam melhor a essas necessidades, como é

o caso do Programa Mentoring da HP que atende anualmente 25 jovens ex-par-

ticipantes da Garagem Digital do CPA. Realizado também na cidade de Campinas

(SP), o Mentoring oferece um acompanhamento individualizado por profissionais

voluntários da HP Brasil, visando melhorar a confiança e a auto-estima dos jovens

para empreenderem seus projetos profissionais.

Outro exemplo é o Projeto Semeando Tecnologia, uma parceria entre Funda-

ção Abrinq e International Youth Fundacion, com financiamento da Travelport e

apoio da HP, celebrada em 2007, que envolveu 20 ex-participantes, também do

CPA. Estes jovens desenvolvem ações específicas com o objetivo de potencializar

o uso de laboratórios de informática de escolas e organizações comunitárias da

região, possibilitando a educadores e gestores a experimentação de um novo pa-

radigma em relação aos usos da tecnologia no processo educacional.

No Ceará, há indícios de que o Programa Garagem Digital foi percebido por al-

guns contratadores como um programa que qualifica os jovens de forma diferen-

Page 108: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQAvaliando para o futuro

107

ciada. Há relatos de que é crescente a demanda de indicação de ex-participantes

das Garagens, para trabalhos variados. É significativo o esforço das equipes e das

comunidades em dar respostas a essas questões, ainda que os resultados efetivos

estejam aquém das necessidades de inserção profissional dos jovens, por motivos

inerentes à alta demanda e pouca oferta de oportunidades.

Disseminando a experiência

O Programa Garagem Digital já nasceu com a perspectiva de disseminação, o

que fez com que mudanças de rota acontecessem no decorrer do caminho, com

o desenvolvimento de novas estratégias de atuação. Por exemplo, a implementa-

ção de algumas Garagens Digitais como referências para a disseminação. Também

foram firmadas parcerias com organizações articuladas em rede, a fim de que se

constituam como pólos disseminadores, como é o caso do Instituto Centec que tem

unidades e ações voltadas à qualificação profissional em quatro dezenas de municí-

pios cearenses, dos quais o programa implementou garagens digitais em nove, com

o objetivo de que sua metodologia e conceitos sejam disseminados para os demais.

Da mesma forma, espera-se que o poder público contribua para ampliação e disse-

minação dos seus conceitos e metodologias nos espaços educacionais.

As avaliações mostraram que a disse-

minação por meio da réplica significaria

muito pouco diante da complexidade dos

problemas que o programa se dispõe a

enfrentar. Também o alto custo inviabili-

zava a tomar o Programa como modelo

a ser repetido em outros lugares. Por

conta disso estamos construindo um ca-

minho de alternativas de disseminação

das concepções e metodologias do Pro-

grama, sem que necessariamente quem

venha a adotá-lo tenha que replicar todo

o modelo. No entanto, essa construção

tem sido muito cuidadosa, para que a

qualidade do que foi concebido e conso-

lidado não fique comprometida.

Roseni Reigota

- coordenadora do Programa

Page 109: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEAvaliando para o futuro

108

As avaliações do Programa identificaram avanços na construção de uma me-

todologia de formação de jovens com base nas tecnologias da informação e co-

municação articuladas a aprendizagens básicas que construam uma visão de uso

social dos conhecimentos. O envolvimento comunitário é parte fundamental no

desenvolvimento desse processo. Considerando que a mobilização social é algo

que se constrói a partir do envolvimento de diferentes atores de uma comuni-

dade, que têm uma dinâmica própria, o entorno deve ser mapeado para que as

ações sejam contextualizadas.

Algumas ações revelaram-se essenciais para que a consistência do Programa

se firmasse. Entre elas: a formação contínua de equipes de educadores, o moni-

toramento e avaliação das ações implementadas e a participação em fóruns de

proposição de políticas públicas de inclusão digital e juventude.

Também é essencial trabalhar em grupo, lidar com as diferenças e conflitos,

mediar os desafios; socializar conhecimentos, experiências e pontos de vista; apro-

ximar-se das escolas públicas, telecentros públicos, organizações da sociedade ci-

vil e poder público. Estes exemplos confirmam que a disseminação do Programa

deve partir da consolidação das relações de parceria e das práticas compartilha-

das entre os mais diversos atores sociais, tendo em vista que ele pretende adquirir

experiências que o torne apto a ser incorporado por políticas públicas, em espe-

cial, na área educacional.

”As políticas de universalização do

acesso à Internet nos países em de-

senvolvimento serão uma quimera se

não estiverem associadas a outras po-

líticas sociais, em particular as da for-

mação escolar.”

Sorj e Guedes, 1995, p. 103

Page 110: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQAvaliando para o futuro

109

Há várias iniciativas governamentais e não governamentais que propõem o

uso das TICs no processo educacional. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais (INEP 2006) avaliou que, no Brasil, existiam mais ou menos 40 mil es-

colas com algum tipo de equipamento de informática. Mas o Brasil tem aproxima-

damente 200 mil escolas de ensino fundamental e médio; municipais e estaduais,

portanto ainda há que se fazer um investimento maior.

Para a UNESCO (2004), o processo de construção da Sociedade da Informa-

ção desenvolver-se-á à medida que as tecnologias forem utilizadas para promo-

ver maior participação dos cidadãos na vida democrática. No campo educacional

tais tecnologias são um complemento das técnicas pedagógicas tradicionais, para

permitir que os sistemas educacionais possam adaptar-se às diferentes necessida-

des de aprendizagem e de formação das sociedades.

Uma pesquisa conduzida pela UNESCO (2004) com alunos e professores do en-

sino médio mostra que existe interesse dos educadores a respeito do uso de com-

putadores e, em especial, da Internet para apoiar suas atividades. Iniciativas de Inclu-

são Digital precisam ser universalizadas e incorporadas às políticas educacionais em

geral e principalmente às políticas públicas destinadas à juventude, onde se agrega

ao processo de formação elementos de inserção no mundo do trabalho. Também é

necessário que sejam condizentes com as condições concretas das comunidades a

serem integradas e estimuladas à apropriação desses recursos.

Certamente, a experiência de formação de jovens num ambiente de educação

não-formal tem características distintas daquela vivida pela educação formal. Isso

significa que fazer uma transposição das práticas de um lugar para outro requer

cuidado e atenção às especificidades. No entanto, como diz Vera Candau (2001,

p. 68) é preciso “reinventar a escola”, reconhecendo que a escola no século XXI

deve questionar a rigidez com que se reveste, em geral, a organização e a dinâmica

pedagógica escolares. É no sentido dessa reinvenção que o Programa Garagem

Digital pode contribuir com o sistema escolar.

São muitos os caminhos, e desejamos que a publicação destas práticas, apren-

dizagens e reflexões possam inspirar essa construção.

Page 111: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEC

aixa

de

Ferr

amen

tas

110

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QWEQWEQWEQWEQ111

Cai

xa d

e Fe

rram

enta

s

Caixa de Ferramentas

Page 113: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEC

aixa

de

Ferr

amen

tas

112

Ferr

amen

ta 1

– M

atri

z de

ava

liaçã

o do

Pro

jeto

de

uma

Gar

agem

Dig

ital

É o

qu

e p

rete

nd

emo

s al

can

-ça

r co

m o

pro

jeto

e o

qu

e ir

á d

irec

ion

ar n

oss

as a

ções

.Po

dem

os

ter

vári

os

ob

jeti

-vo

s, m

as o

idea

l é q

ue

não

se

ja u

m n

úm

ero

exc

essi

vo

(em

méd

ia d

e 4

a 5)

Ob

jeti

vos

Esp

ecífi

cos

Resu

ltad

os

Os

resu

ltad

os

são

as

tran

sfo

rmaç

ões

qu

e p

rete

nd

emo

s ve

r re

al-

izad

as a

s as

açõ

es.

Pod

e o

corr

er u

m o

u

mai

s re

sult

ado

s p

revi

s-to

s p

ara

cad

a o

bje

tivo

d

ecla

rad

o.

Ind

icad

ores

Mei

os d

e Ve

rifi

caçã

oPe

ríod

o

Ind

icam

o q

ue m

edir

e ob

serv

ar p

ara

com

pro

var q

ue o

s re

sulta

dos

fora

m a

ting

idos

Bo

ns

ind

icad

ore

s p

reci

sam

ter

:R

epre

sen

tati

vid

ade

– É

alg

o s

ign

ifica

tivo

par

a o

resu

ltad

o a

valia

do.

Ob

jeti

vid

ade

– É

alg

o q

ue

dep

end

e o

men

os

po

ssív

el d

a an

ális

e su

bje

tiva

de

qu

em a

valia

. Um

exe

mp

lo fr

eqü

ente

de

ind

icad

or

sub

jeti

vo é

a

amp

liaçã

o d

a au

to-e

stim

a d

os

jove

ns,

qu

e m

uit

o d

ifici

lmen

te

alg

uém

co

nse

gu

e m

edir.

..A

cess

ibili

dad

e –

É al

go

qu

e se

ja d

e fá

cil a

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o p

ara

qu

em a

valia

. Um

dad

o p

os-

síve

l de

ser

ob

tid

o.

Alg

un

s re

sult

ado

s p

reci

sarã

o d

e m

ais

de

um

ind

icad

or

par

a ve

rific

ar s

e fo

ram

ou

n

ão a

lcan

çad

os.

É p

oss

ível

tam

bém

qu

e al

gu

m re

sult

ado

est

eja

des

crit

o d

e fo

rma

qu

e a

sua

veri

ficaç

ão s

eja

faci

lmen

te re

aliz

ada,

dis

pen

san

do

ind

icad

ore

s.

É a

form

a el

eita

pel

o a

valia

do

r p

ara

ter

aces

so a

os

dad

os

nec

essá

rio

s p

ara

a ve

rific

ação

d

os

resu

ltad

os

atin

gid

os,

con

-si

der

and

o o

s in

dic

ado

res.

Alg

un

s d

os

mei

os

de

veri

fi-ca

ção

mai

s fr

eqü

ente

s sã

o:

qu

esti

on

ário

s, re

un

iões

de

aval

iaçã

o, e

ntr

evis

ta, a

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ise

de

um

pro

du

to e

tc.

É n

eces

sári

o q

ue

o p

erío

do

em

q

ue

os

mei

os

de

veri

ficaç

ão

fore

m a

plic

ado

s se

jam

defi

nid

os

pre

viam

ente

, p

ara

qu

e es

teja

m c

om

-p

atív

eis

com

o

pla

nej

amen

to

das

açõ

es.

Ferr

amen

ta 2

– E

xem

plo

de R

esum

o do

Pro

jeto

de

uma

Gar

agem

Dig

ital

Proj

eto

da

Gar

agem

Dig

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Res

um

o d

o P

roje

to

Mód

ulo

de

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ação

de

Jove

ns

mer

o d

e jo

ven

s a

sere

m a

ten

did

os:

Dia

s e

ho

rári

os

das

tu

rmas

:

Prev

isão

de

dat

a p

ara

iníc

io d

a fo

rmaç

ão d

os

jove

ns:

Prev

isão

de

dat

a p

ara

térm

ino

da

form

ação

do

s jo

ven

s:

Esti

mat

iva

de

carg

a h

orá

ria

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gid

a p

elo

s jo

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s fo

rmad

os:

Mob

iliz

ação

Com

unit

ária

– A

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o Li

vre

Dia

s e

ho

rári

os

par

a at

end

imen

to a

co

mu

nid

ade:

Mob

iliz

ação

Com

unit

ária

– C

urso

s Bá

sico

s d

e In

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átic

a

mer

o e

stim

ado

de

curs

os

a se

rem

des

envo

lvi-

do

s d

ura

nte

a e

xecu

ção

do

pro

jeto

:

Car

ga

ho

rári

a to

tal p

revi

sta

par

a ca

da

curs

o:

Dia

s e

ho

rári

os

de

aten

dim

ento

:

Púb

lico

-alv

o a

ser

ati

ng

ido

:

Mob

iliz

ação

Com

unit

ária

– R

ede

de

Op

ortu

nid

ades

Des

criç

ão d

a aç

ão:

Peri

od

icid

ade:

Mob

iliz

ação

Com

unit

ária

– O

utra

s es

trat

égia

s

Des

criç

ão d

a aç

ão:

Peri

od

icid

ade:

Page 114: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQ113

Cai

xa d

e Fe

rram

enta

s

Cron

ogra

ma

Dia

do

mês

T

ota

l de

aula

s

no

mês

Mes

es

1 2

3 4

5 6

7 8

9 10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

Julh

o

S D

S D

S D

S D

S D

Ag

ost

o

S D

S D

S D

S D

Sete

mb

ro

S

D

F

S

D

S

D

S

D

S

Ou

tub

ro

D

S

D

F

S

D

S

D

S

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No

vem

bro

F

S D

S D

F

S D

S D

Dez

emb

ro

S

D

S

D

ATI

VID

AD

ES –

Leg

end

a

FER

RA

ME

NTA

3 –

Exe

mpl

o de

Cro

nogra

ma

do P

roje

to d

e um

a G

arag

em D

igit

al

S S

ábad

o

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Do

min

go

F F

eria

do

Exem

plo

de

ativ

idad

es

Form

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inic

ial

Sele

ção

jove

ns

Iníc

io a

ção

co

m jo

ven

s e

com

un

idad

e

Reu

niã

o s

eman

al d

e eq

uip

e

Page 115: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEC

aixa

de

Ferr

amen

tas

114

FER

RA

ME

NTA

4 –

Exe

mpl

o de

P

lano

de

Com

unic

ação

par

a fi

ns

de m

onit

oram

ento

FER

RA

ME

NTA

5 –

Mod

elo

de d

iagn

ósti

co d

o es

paço

pa

ra im

plem

enta

ção

de u

ma

Gar

agem

Dig

ital

Prin

cip

ais

obse

rvaç

ões

1.1.

( )

insa

tisf

ató

rio

(

) s

atis

fató

rio

(

) co

m p

ote

nci

al1.

2. D

escr

ição

:

2.1.

( )

insa

tisf

ató

rio

(

) s

atis

fató

rio

(

) co

m p

ote

nci

al2.

2. D

escr

ição

:

3.1.

( )

insa

tisf

ató

rio

(

) s

atis

fató

rio

(

) co

m p

ote

nci

alD

escr

ição

:

4.1.

( )

insa

tisf

ató

rio

(

) s

atis

fató

rio

(

) co

m p

ote

nci

alD

escr

ição

:

5.1.

( )

insa

tisf

ató

rio

(

) s

atis

fató

rio

(

) co

m p

ote

nci

alD

escr

ição

:

6.1.

( )

insa

tisf

ató

rio

(

) s

atis

fató

rio

(

) co

m p

ote

nci

al6.

2. D

escr

ição

:

7.1.

( )

insa

tisf

ató

rio

(

) s

atis

fató

rio

(

) co

m p

ote

nci

alD

escr

ição

:

8.1.

( )

insa

tisf

ató

rio

(

) s

atis

fató

rio

(

) co

m p

ote

nci

al8.

2. D

escr

ição

:

9.1.

( )

insa

tisf

ató

rio

(

) s

atis

fató

rio

(

) co

m p

ote

nci

alD

escr

ição

:

10.1

. (

) in

sati

sfat

óri

o

( )

sat

isfa

tóri

o (

) c

om

po

ten

cial

Des

criç

ão:

Tem

po

de

fun

cio

nam

ento

Púb

lico

ben

efici

ado

Ati

vid

ades

des

envo

lvid

as

Esp

aço

físi

co

Envo

lvim

ento

co

mu

nit

ário

Art

icu

laçõ

es e

par

ceri

as

Pro

cess

o d

e av

alia

ção

Equ

ipe

pro

fissi

on

al (c

om

po

siçã

o e

inte

gra

ção

)

Pote

nci

al d

e d

isse

min

ação

Mo

tiva

ção

pel

o P

GD

Asp

ecto

Org

aniz

ação

:

D

ata:

Conta

to:

Res

ponsá

vel pel

o d

iagnóst

ico:

Out

ras

obse

rvaç

ões:

Proj

eto

da

Gar

agem

Dig

ital

Mo

nit

ora

men

to d

o P

roje

to

Form

ato

Rel

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sq

ual

itat

ivo

s

Rel

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rio

sq

uan

tita

tivo

s

Dat

a

Ref

erên

cia

Púb

lico

Page 116: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQ115

Cai

xa d

e Fe

rram

enta

s

FER

RA

ME

NTA

6 –

Tem

as e

con

teúd

os d

a fo

rmaç

ão ini

cial

dos

edu

cado

res

FER

RA

ME

NTA

7 –

Mod

elo

de P

lano

de

Aul

a

Cont

eúd

os e

spec

ífico

s

Fala

s in

stit

uci

on

ais

do

s p

arce

iro

s en

volv

ido

sA

pre

sen

taçã

o d

os

par

tici

pan

tes

Leva

nta

men

to d

e ex

pec

tati

vas

Ap

rese

nta

ção

da

pau

ta d

a Fo

rmaç

ão In

icia

l

Incl

usã

o D

igit

alC

om

un

idad

eJu

ven

tud

eEd

uca

ção

Eixo

1: F

orm

ação

de

Jove

ns

Eixo

2: M

ob

iliza

ção

Co

mu

nit

ária

Com

pet

ênci

as q

ue o

pro

gra

ma

bus

ca d

esen

volv

er n

o jo

vem

Uso

ped

agó

gic

o d

as T

ICs

Cu

rríc

ulo

Did

átic

a e

Estr

atég

ias

de

ensi

no

Inte

rdis

cip

linar

idad

ePe

dag

og

ia d

e Pr

oje

tos

Pro

cess

o d

e av

alia

ção

Ap

rese

nta

ção

do

s so

ftw

ares

usa

do

s n

o P

rog

ram

a e

suas

p

rin

cip

ais

fun

ções

Co

mp

osi

ção

da

equ

ipe

de

pro

fissi

on

ais

da

gar

agem

D

igit

al e

atr

ibu

içõ

es d

e ca

da

fun

ção.

Estr

utu

ra, p

roce

dim

ento

s p

ress

up

ost

os

e m

anu

ten

ção

Pro

jeto

da

Gar

agem

Dig

ital

Det

alh

amen

to d

o p

roje

to e

spec

ífico

da

Gar

agem

Dig

ital

Rel

ató

rio

de

ativ

idad

esC

on

stru

ção

da

Mat

riz

de

Ava

liaçã

o d

o P

roje

to d

a G

D

Plan

ejam

ento

e p

lan

o d

e au

laR

egis

tro

Ava

liaçã

o d

a fo

rmaç

ão in

icia

lA

pre

sen

taçã

o d

a p

rop

ost

a d

e fo

rmaç

ão c

on

tin

uad

a

Ab

ertu

ra o

ficia

l da

Form

ação

Co

nce

ito

s

Eixo

s ed

uca

cio

nai

s PG

D

Pro

jeto

ed

uca

cio

nal

Atr

ibu

içõ

es d

a eq

uip

e

Red

e d

e O

po

rtu

nid

ade

Pro

jeto

da

Gar

agem

Dig

ital

Plan

ejam

ento

Ence

rram

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Cont

eúd

oD

ata:

___

/___

/___

Tu

rma:

____

___

Mês

: ___

____

____

____

__ P

rod

uto

Fin

al: _

____

____

____

____

____

____

__

Au

la n

º: __

___

de

aula

s d

isp

on

ívei

s p

ara

con

clu

são

do

Pro

jeto

: ___

____

Edu

cad

or

de

gru

po

/ Ed

uca

do

r Web

/ M

on

ito

r: __

____

____

____

____

____

____

____

Ob

jeti

vo d

o(s)

enc

ontr

o(s)

Ati

vid

ades

pro

pos

tas

e d

esen

volv

imen

to

(com

o se

rão

atin

gid

os o

s ob

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vos

pro

pos

tos

acim

a)

Mat

eria

is n

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sári

os

* A

o fi

nal

de

cad

a au

la é

imp

ort

ante

rev

er o

pla

nej

amen

to e

refl

etir

se

esta

mo

s n

o

cam

inh

o c

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, ava

liar

o p

roce

sso

(o q

ue

deu

cer

to, o

qu

e n

ão d

eu) e

red

irec

ion

ar

as p

róxi

mas

açõ

es.

Page 117: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEC

aixa

de

Ferr

amen

tas

116

FER

RA

ME

NTA

8 –

Mod

elo

de P

lane

jam

ento

Mac

ro

Gar

agem

Dig

ital

de:

Dat

a de

elab

ora

ção:

Perí

odo

(mês

)N

º d

e au

las

dis

pon

ívei

sCi

ênci

as S

ocia

isA

dm

inis

traç

ão e

Mar

keti

ngA

rte

e D

esig

nLi

ngua

gem

e C

omun

icaç

ãoTI

CsPr

odut

o(s)

Fina

l(is

)Es

trat

égia

s a

sere

m u

tili

zad

asÁ

reas

de

Conh

ecim

ento

: rec

orte

s a

sere

m t

rab

alh

ados

no

per

íod

o

Page 118: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQ117

Cai

xa d

e Fe

rram

enta

s

FER

RA

ME

NTA

9 –

Ins

trum

enta

l de

Ava

liaçã

o da

For

maç

ão Ini

cial

Período:

Nom

e (o

pci

onal

):

Ele

ja s

eu g

rau d

e sa

tisf

ação

quan

to a

o a

lcan

ce d

as s

uas

exp

ecta

tiva

s no p

roce

sso d

a Fo

rmaç

ão I

nic

ial.

Asp

ecto

s G

erai

sRu

imRe

gula

rBo

mM

uito

bom

Estr

utu

ra fí

sica

Car

ga

ho

rári

a d

ia

Car

ga

ho

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a to

tal d

a fo

rmaç

ão

Dis

trib

uiç

ão d

os

con

teú

do

s e

ativ

idad

es a

o lo

ng

o d

o d

ia

Mat

eria

l de

apo

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isp

on

ibili

zad

o a

os

edu

cad

ore

s

Co

nte

úd

os

abo

rdad

os

Estr

atég

ias

e m

eto

do

log

ias

uti

lizad

as

Co

nd

uçã

o e

co

ord

enaç

ão d

a Fu

nd

ação

Ab

rin

q

Gru

po

– e

ntr

osa

men

to, i

nte

gra

ção

e p

arti

cip

ação

Ap

ren

diz

agen

s ad

qu

irid

as

Ad

equ

ação

e re

levâ

nci

a d

os

tem

as à

s n

eces

sid

ades

da

equ

ipe

Valo

riza

ção

da

exp

eriê

nci

a tr

azid

a p

ela

equ

ipe

e d

o c

on

text

o lo

cal d

ura

nte

o p

roce

sso

de

form

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Din

âmic

as u

tiliz

adas

Com

entá

rios

adic

ionai

s:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Res

ponda

as q

ues

tões

abai

xo d

e ac

ord

o c

om

a s

ua

vivê

nci

a no p

roce

sso d

e Fo

rmaç

ão

Inic

ial ju

stifi

cando s

ua

resp

ost

a.

Na

sua

opin

ião a

Form

ação

Inic

ial m

inis

trad

a pel

a Fu

ndaç

ão A

brinq foi su

fici

ente

par

a o

iníc

io d

o d

esen

volv

imen

to d

o s

eu t

rabal

ho junto

à G

arag

em D

igital

?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Quai

s sã

o o

s te

mas

ou c

onte

údos

que

você

gost

aria

que

foss

em m

ais

bem

tra

bal

had

os

dura

nte

a F

orm

ação

?

________________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Com

entá

rios

adic

ionai

s.

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

__________________________________________

Page 119: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEC

aixa

de

Ferr

amen

tas

118

No

me

com

ple

to:

Dat

a d

e n

asci

men

to: _

____

/___

__/_

____

_

Id

ade:

Co

r/ R

aça:

(

)bra

nca

(

)neg

ra

(

)par

da

( )

am

arel

a (

)in

díg

ena

Sexo

: (

) fe

min

ino

( )

mas

culin

o

No

me

do

pai

:

Ocu

paç

ão:

No

me

da

mãe

:

O

cup

ação

:

Ren

da

do

mic

iliar

:

No

me

do

resp

on

sáve

l:

Rel

ação

co

m o

res

po

nsá

vel:

mer

o d

e p

esso

as q

ue

resi

dem

co

m o

jove

m:

End

ereç

o:

Co

mp

lem

ento

:

Bai

rro

:

CEP

:

Cid

ade/

Est

ado

:

Tel.:

C

el.:

Tel.

Rec

ado

:

Rec

ado

co

m:

E-m

ail:

FER

RA

ME

NTA

10–

Mod

elo

de C

adas

tro

dos

Jove

ns p

ara

Form

ação

Esco

lari

dad

e:

rie:

Esco

la:

Perí

od

o e

m q

ue

estu

da:

( ) M

anh

ã

( ) T

ard

e

(

) N

oit

eC

on

clu

ído

em

:

Cu

rso

su

per

ior:

Esp

ecifi

caçõ

es d

o c

urs

o:

Perí

od

o e

m q

ue

estu

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( ) M

anh

ã

( ) T

ard

e

( ) N

oit

e

Ou

tro

s cu

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s:

Enti

dad

e /

Esco

la:

Co

ncl

uíd

o:

( ) S

im

( ) N

ãoIn

ício

T

érm

ino

:

Ou

tro

s cu

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s:

Enti

dad

e /

Esco

la:

Co

ncl

uíd

o:

(

) S

im

( )

Não

Iníc

io:

Tér

min

o:

Áre

as d

e in

tere

sse:

Hab

ilid

ades

:

No

me

da

org

aniz

ação

:

An

o e

m q

ue

par

tici

po

u d

a G

arag

em D

igit

al:

Tu

rma:

Page 120: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQ119

Cai

xa d

e Fe

rram

enta

s

Nom

e: _

_______________________________________________________

Turm

a: _

______________________________________________________

Ava

liador:

_____________________________________________________

Dat

a de

aplic

ação

do q

ues

tionár

io:

___/_

__/_

__

FER

RA

ME

NTA

11

– In

stru

men

tal de

ava

liaçã

o do

jove

m p

elo

educ

ador

– M

arco

Zer

o

Ava

liaç

ão d

as a

pre

ndiz

agen

s na

s Te

cnol

ogia

s d

a In

form

ação

e C

omun

icaç

ão

Ro

teir

o d

e o

bse

rvaç

ão d

as a

tivi

dad

es

(a s

er p

reen

chid

o p

elo

ed

uca

do

r)

1. C

riar

um

a p

asta

co

m o

seu

no

me

no

lug

ar in

dic

ado

pel

o e

du

cad

or.

(O e

du

cad

or

forn

ece

par

a o

jove

m u

m c

amin

ho

na

red

e q

ue

leve

a u

ma

pas

ta já

co

m a

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mas

ou

tras

pas

tas

e ar

qu

ivo

s q

uai

squ

er g

rava

do

s.)

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

2. P

rocu

rar

na

Inte

rnet

a im

agem

de

um

an

imal

.

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

3. S

alva

r n

o l

ug

ar i

nd

icad

o p

elo

ed

uca

do

r, d

entr

o d

a p

asta

qu

e vo

cê c

rio

u, a

im

agem

do

an

imal

. Dar

a e

sse

arq

uiv

o o

no

me

de

BIC

HO

.

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

4. E

nco

ntr

ar n

a In

tern

et u

m s

ite

de

son

s.

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

5. F

azer

o d

ow

nlo

ad d

e al

gu

m a

rqu

ivo

de

som

(w

ave,

mid

i etc

.) n

o c

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ho

forn

ecid

o p

elo

ed

uca

do

r o

nd

e se

en

con

tra

sua

pas

ta.

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

6. P

esq

uis

ar n

a In

tern

et u

m t

exto

so

bre

pre

serv

ação

am

bie

nta

l, u

tiliz

and

o u

m s

ite

de

bu

sca.

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

7. C

op

iar

no

Mic

roso

ft W

ord

o t

exto

en

con

trad

o e

sal

vá-l

o n

a su

a p

asta

co

m o

no

me

TEX

TO.

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

8. E

dit

ar o

arq

uiv

o T

EXTO

, mu

dan

do

a fo

nte

, o t

aman

ho

e a

co

r d

a le

tra.

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

9. I

nse

rir

a fig

ura

do

an

imal

(ar

qu

ivo

BIC

HO

) n

o in

ício

do

tex

to s

ob

re p

rese

rvaç

ão a

mb

ien

tal

e fe

char

o d

ocu

men

to.

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

10.

Envi

ar o

do

cum

ento

TEX

TO q

ue

você

cri

ou

par

a a

Áre

a d

e Tr

abal

ho.

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

10.

Na

área

de

trab

alh

o, in

serir

com

o p

lan

o d

e fu

nd

o o

anim

al q

ue v

ocê

enco

ntro

u n

a In

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et.

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

Page 121: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEC

aixa

de

Ferr

amen

tas

120

12.A

bri

r o

Blo

co d

e N

ota

s d

o W

ind

ow

s e

escr

ever

um

co

men

tári

o c

om

no

mín

imo

2 li

nh

as

sob

re a

s at

ivid

ades

qu

e vo

cê d

esen

volv

eu h

oje

.N

ão r

ealiz

a

Rea

liza

com

difi

culd

ade

R

ealiz

a co

m fa

cilid

ade

Ob

serv

açõ

es:

13. S

alva

r es

te c

om

entá

rio

na

sua

pas

ta c

om

o C

OM

ENTA

RIO

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

14.

En

viar

um

e-m

ail p

ara

(e-m

ail d

o e

du

cad

or

web

da

org

aniz

ação

) co

m e

ste

com

entá

rio

an

exad

o.

Não

real

iza

R

ealiz

a co

m d

ificu

ldad

e

Rea

liza

com

faci

lidad

e

Ob

serv

açõ

es:

Dia

gnós

tico

de

apre

ndiz

agen

s d

e A

dm

inis

traç

ão e

Mar

keti

ng e

Art

e e

Des

ign

Um

fam

oso

sico

po

pu

lar

bra

sile

iro

pro

cura

idéi

as in

ova

do

ras

par

a o

tra

bal

ho

art

ísti

co d

a ca

pa

de

seu

mai

s n

ovo

CD

, qu

e te

m c

om

o t

ema:

Meu

mu

nd

o v

erd

e.

A s

ua

turm

a e

você

fo

ram

as

pes

soas

tal

ento

sas

apo

nta

das

pel

a g

rava

do

ra d

o m

úsi

co p

ara

esb

oça

r a

cria

ção

e a

rte

des

ta c

apa,

qu

e m

arca

rá c

om

to

da

cert

eza

um

gra

nd

e su

cess

o n

a M

PB. O

sico

pre

cisa

de

pel

o m

eno

s 1

esb

oço

de

cad

a jo

vem

, e v

ocê

s te

rão

3 d

ias

par

a cr

iar

e en

treg

ar a

o s

eu e

du

cad

or e

ste

trab

alh

o. É

imp

ort

ante

lem

brá

-lo

s q

ue

os

trab

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os

só s

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ac

eito

s se

en

treg

ues

to

do

s n

o m

esm

o p

razo

. Par

a is

so, s

erá

dis

po

nib

iliza

do,

no

s p

róxi

mo

s 3

dia

s, 30

min

. da

aula

par

a ex

ecu

ção

des

ta p

raze

rosa

tar

efa,

ass

im v

ocê

s te

rão

a o

po

rtu

nid

ade

de

uti

lizar

to

do

o p

ote

nci

al a

rtís

tico

qu

e p

oss

uem

, so

mad

o a

os

recu

rso

s té

cnic

o-p

edag

óg

i-co

s q

ue

a G

arag

em D

igit

al o

fere

ce.

Seg

uem

alg

um

as in

form

açõ

es im

po

rtan

tes

par

a ex

ecu

ção

da

tare

fa:

Pro

jeto

art

ísti

co –

“Meu

mu

nd

o v

erd

e”

sico

: Lú

cio

An

dra

de

Car

acte

ríst

ica

mu

sica

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úsi

ca P

op

ula

r B

rasi

leir

a

Co

mp

osi

tor

e ca

nto

r d

e su

cess

os

com

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bal

ou

meu

bem

e N

inar

co

m v

ocê

, o m

úsi

co e

stá

em s

eu te

rcei

ro C

D. A

té o

mo

men

to to

das

as

tira

gen

s tê

m s

ido

aci

ma

de

100.

000

cóp

ias

e tê

m

reve

lad

o m

arg

ens

imp

ress

ion

ante

s d

e ve

nd

a, c

heg

and

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lhe

ren

der

um

dis

co d

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uro

.

Alg

um

as o

rien

taçõ

es im

po

rtan

tes

par

a cr

iaçã

o d

a ca

pa

de

seu

ter

ceir

o C

D:

Car

acte

ríst

icas

de

suas

sica

s: N

este

ter

ceir

o t

rab

alh

o o

ob

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vo é

fala

r u

m p

ou

co s

ob

re a

im

po

rtân

cia

do

mei

o a

mb

ien

te n

as n

oss

as v

idas

e r

elaç

ões

hu

man

as. A

pri

nci

pal

sica

de

trab

alh

o é

: Meu

mu

nd

o v

erd

e, o

nd

e é

can

tad

o o

am

or e

a g

rati

dão

do

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mp

osi

tor e

can

tor p

or

um

Ipê

amar

elo

on

de

ele

con

hec

eu s

ua

amad

a.

Car

acte

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icas

do

can

tor

e co

mp

osi

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Sen

síve

l, o

usa

do

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olê

mic

o. E

stas

são

as

três

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ac-

terí

stic

as m

ais

mar

can

tes

de

Lúci

o A

nd

rad

e. F

amo

so p

or

suas

man

ifest

açõ

es p

úb

licas

sem

pre

en

volv

idas

em

su

a in

qu

esti

on

ável

sim

pat

ia e

est

ilo ím

par

, e s

uas

crí

tica

s co

ntr

a o

cen

ário

atu

al

de

gu

erra

s e

vio

lên

cia

no

Bra

sil e

no

mu

nd

o.

Des

afio

pro

po

sto

: Cri

ar u

ma

cap

a d

e C

D q

ue

trad

uza

o e

stilo

do

can

tor e

as

cara

cter

ísti

cas

de

seu

mai

s n

ovo

tra

bal

ho,

co

ntr

ibu

ind

o p

ara

qu

e as

ven

das

do

s C

Ds

de

Lúci

o A

nd

rad

e se

jam

al

avan

cad

as.

É im

po

rtan

te le

mb

rar

qu

e a

apre

sen

taçã

o d

o p

rod

uto

, in

clu

ind

o o

co

nju

nto

de

info

rmaç

ões

co

nti

das

na

cap

a, im

agen

s u

sad

as, c

ore

s, ilu

stra

ções

e té

cnic

as a

do

tad

as p

ara

o d

esig

n g

ráfic

o

seja

m c

apaz

es d

e at

rair

um

clie

nte

e a

té a

jud

á-lo

a d

ecid

ir s

e el

e co

mp

ra o

u n

ão o

CD

.

Pre

mis

sa: C

riat

ivid

ade

e es

pír

ito

em

pre

end

edo

r!A

ten

ção,

não

é e

xig

ido

o u

so d

o c

om

pu

tad

or

par

a es

ta t

aref

a. S

inta

-se

à vo

nta

de

par

a cr

iar

sua

pro

po

sta

po

r o

utr

os

mei

os

e re

curs

os

qu

e p

od

em p

ote

nci

aliz

ar s

eu t

rab

alh

o, a

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and

o-o

a

con

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ista

r Lú

cio

An

dra

de

com

o o

seu

mai

s n

ovo

clie

nte

.

Mão

s à

ob

ra e

bo

m t

rab

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o!

Ava

liaç

ão d

as a

pre

ndiz

agen

s: A

dm

inis

traç

ão/M

arke

ting

e A

rte/

Des

ign

– In

stru

men

tal d

e ap

oio

ao e

duc

ador

Nom

e:

Org

aniz

ação

:

Turm

a:

Dat

a:

Educa

dor:

Ori

enta

ções

so

bre

a u

tiliz

ação

des

te in

stru

men

tal:

Ap

ós

o jo

vem

cri

ar e

en

treg

ar a

ati

vid

ade

pro

po

sta,

Cap

a d

o C

D, o

ed

uca

do

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ever

á an

alis

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p

rod

uto

a p

arti

r d

as o

rien

taçõ

es a

bai

xo.

Ap

ós e

ssa

anál

ise,

esc

olh

erá

a al

tern

ativ

a q

ue m

elh

or re

pre

sent

e o

nív

el d

e co

nh

ecim

ento

do

jo-

vem

sob

re c

ada

item

e d

ever

á so

mar

as

resp

osta

s sa

tisfa

tória

s, in

satis

fató

rias

e m

uito

sat

isfa

tória

s d

e ca

da

que

stio

nár

io e

reg

istr

ar o

resu

ltad

o fin

al p

or in

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édio

do

sist

ema

gar

agem

dig

ital.

O

ob

jeti

vo é

id

enti

ficar

o q

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os

jove

ns

já s

abem

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bre

os

con

teú

do

s d

e A

dm

inis

traç

ão e

M

arke

tin

g e

Art

e e

Des

ign

pro

po

sto

s n

o c

urr

ícu

lo, p

ara

entã

o c

riar

est

raté

gia

s d

idát

icas

par

a ex

pan

dir

seu

s co

nh

ecim

ento

s n

as á

reas

dia

gn

ost

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as. P

ort

anto

, é m

uit

o im

po

rtan

te p

rese

r-va

r o

s q

ues

tio

nár

ios

ind

ivid

uai

s, p

ois

ele

s o

fere

cem

info

rmaç

ões

de

cad

a jo

vem

e n

ort

eiam

o

Page 122: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQ121

Cai

xa d

e Fe

rram

enta

s

pla

nej

amen

to d

as a

ula

s ru

mo

à d

eman

da

e ao

rit

mo

da

turm

a.

Co

m a

Cap

a d

o C

D p

rop

ost

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elo

jove

m e

m m

ãos,

anal

ise

os

seg

uin

tes

asp

ecto

s:

Art

e e

Des

ign

:A

spec

to in

vest

igad

o: O

Sen

tid

o d

os

elem

ento

s d

e u

ma

imag

em.

Foi e

ntr

egu

e ao

s jo

ven

s u

ma

ori

enta

ção

e p

rop

ost

a d

e at

ivid

ade

de

elab

ora

ção

de

um

a ca

pa

de

CD

par

a u

m fa

mo

so c

anto

r. C

on

sid

eran

do

os

elem

ento

s d

e u

ma

imag

em c

om

o t

ran

smis

-so

res

de

um

a m

ensa

gem

, an

alis

e a

arte

foca

nd

o o

s se

gu

inte

s as

pec

tos:

As

figu

ras

usa

das

na

arte

da

cap

a d

o C

D, i

ncl

uin

do

as

core

s, fo

rmas

, co

mp

osi

ção,

luze

s, so

m-

bra

s e

mo

vim

ento

s, re

flete

m o

est

ilo m

usi

cal,

cara

cter

ísti

cas

do

dis

co e

do

can

tor/

co

mp

osi

-to

r? O

u s

eja,

as

figu

ras

elei

tas

par

a a

cap

a d

o C

D d

escr

evem

bem

as

info

rmaç

ões

ofe

reci

das

n

o t

exto

en

treg

ue

aos

jove

ns?

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

vem

nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( )

Mu

ito

Sat

isfa

tóri

oO

bse

rvaç

ões

(co

m q

ue

bas

e vo

cê c

heg

ou

a e

sta

resp

ost

a):

Asp

ecto

inve

stig

ado

: Tip

olo

gia

s: u

tiliz

ação

de

íco

nes

par

a re

pre

sen

taçã

o d

e co

nte

úd

os

e p

rod

uto

s.A

letr

a e

técn

ica

uti

lizad

a p

ara

tran

smit

ir u

ma

det

erm

inad

a m

ensa

gem

atr

avés

da

ling

uag

em

escr

ita

faze

m ju

s ao

est

ilo m

usi

cal e

car

acte

ríst

icas

do

dis

co d

o c

anto

r/ c

om

po

sito

r? O

u s

eja,

as

fras

es d

isp

ost

as n

a ca

pa

do

CD

est

ão c

oer

ente

s co

m a

s in

form

açõ

es e

nco

ntr

adas

no

tex

to

entr

egu

e ao

s jo

ven

s?

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

vem

nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( )

Mu

ito

Sat

isfa

tóri

oO

bse

rvaç

ões

(co

m q

ue

bas

e vo

cê c

heg

ou

a e

sta

resp

ost

a):

Asp

ecto

inve

stig

ado

: Uso

esp

ecífi

co d

as f

on

tes

par

a va

lidar

a t

ran

smis

são

de

men

sag

ens

div

ersa

s (f

old

ers,

car

taze

s, lo

go

tip

os,

pro

pag

and

as e

m g

eral

).N

esse

cas

o a

fo

nte

qu

e va

lidar

ia a

tra

nsm

issã

o d

a m

ensa

gem

foi d

eter

min

ada

qu

e er

a a

Cap

a d

o C

D, n

o e

nta

nto

, val

e an

alis

ar s

e o

s jo

ven

s se

pre

ocu

par

am e

m li

mit

ar o

esp

aço

da

arte

, já

qu

e es

tam

os

trab

alh

and

o c

om

a id

éia

de

um

a ca

pa

de

CD

. E v

erifi

car s

e, c

om

as

info

rmaç

ões

q

ue

os

jove

ns

po

ssu

íam

até

o m

om

ento

, fo

ram

uti

lizad

as a

s té

cnic

as m

ais

adeq

uad

as c

om

o:

des

enh

o, p

rog

ram

a d

e co

mp

uta

do

r, fe

rram

enta

s co

mp

uta

cio

nai

s es

pec

ífica

s e

dem

ais

recu

r-so

s q

ue

os

jove

ns

tin

ham

em

mão

s n

o e

spaç

o d

a G

arag

em D

igit

al. O

u s

eja,

ele

so

ub

e ex

plo

rar

seu

co

nh

ecim

ento

e o

s re

curs

os

dis

po

nív

eis?

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

vem

nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( )

Mu

ito

Sat

isfa

tóri

oO

bse

rvaç

ões

(co

m q

ue

bas

e vo

cê c

heg

ou

a e

sta

resp

ost

a):

Asp

ecto

in

vest

igad

o: T

écn

icas

de

elab

ora

ção

de

layo

ut

e in

terf

aces

: co

rrel

ação

en

tre

a im

agem

e a

ad

equ

ação

no

s p

rod

uto

s d

eco

rren

tes

(pág

inas

na

Inte

rnet

, do

cum

ento

s im

-p

ress

os,

fo

rmas

geo

mét

rica

s); h

arm

on

ia d

as i

mag

ens

– d

isp

osi

ção

das

im

agen

s p

arci

ais

den

tro

de

um

to

do

, rec

on

hec

imen

to d

as m

ensa

gen

s –

sub

limin

ar, i

mp

lícit

a e

exp

lícit

a.

É im

po

rtan

te a

nal

isar

se,

par

a u

ma

cap

a d

e C

D, a

s in

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açõ

es o

fere

cid

as e

stão

ad

equ

adas

e

são

su

ficie

nte

s? T

em m

uit

a in

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ação

ag

lom

erad

a d

ificu

ltan

do

a c

om

pre

ensã

o e

dec

od

ifica

-çã

o d

a m

ensa

gem

pel

o re

cep

tor?

As

info

rmaç

ões

est

ão le

gív

eis,

clar

as e

ob

jeti

vas?

O e

feit

o d

a d

isp

osi

ção

das

fig

ura

s, lin

gu

agem

, co

res

e fo

rmas

favo

rece

o e

nte

nd

imen

to d

a m

ensa

gem

?

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

vem

nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( )

Mu

ito

Sat

isfa

tóri

oO

bse

rvaç

ões

(co

m q

ue

bas

e vo

cê c

heg

ou

a e

sta

resp

ost

a):

Ad

min

istr

ação

e M

arke

tin

gA

spec

to In

vest

igad

o: C

apac

idad

e d

e in

vest

igar

e d

iag

no

stic

ar a

s n

eces

sid

ades

e c

arac

te-

ríst

icas

de

um

pro

du

to.

Os j

oven

s se

pre

ocup

aram

em

ent

end

er p

len

amen

te o

inte

ress

e d

o m

úsic

o? S

olic

itara

m e

m a

lgum

m

omen

to a

inte

rven

ção

de

um d

os e

duc

ador

es p

ara

ajud

á-lo

a c

omp

reen

der

mel

hor

a a

tivid

ade

pro

pos

ta?

Usa

ram

de

estr

atég

ias

de

pes

qui

sa e

inve

stig

ação

par

a ex

ecut

ar a

tare

fa, c

omo

pro

cura

r im

agen

s n

a In

tern

et o

u at

é m

esm

o d

esen

har

as

imag

ens?

Ou

seja

, os

jove

ns

pro

cura

ram

ent

end

er

mel

hor

a e

xpec

tativ

a d

o cl

ient

e q

uant

o ao

pro

dut

o so

licita

do,

bus

can

do

aten

dê-

la?

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

vem

nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( )

Mu

ito

Sat

isfa

tóri

oO

bse

rvaç

ões

(co

m q

ue

bas

e vo

cê c

heg

ou

a e

sta

resp

ost

a):

Asp

ecto

Inve

stig

ado

: Pla

nej

ar e

org

aniz

ar p

rop

ost

as e

idéi

as q

ue

rep

rese

nte

m e

pro

jete

m o

s p

rod

uto

s a

sere

m c

on

stru

ído

s –

Ex: F

luxo

gra

ma,

cro

no

gra

ma,

org

ano

gra

ma,

grá

fico

s et

c.O

s jo

ven

s, an

tes

de

exec

utar

em a

tar

efa,

fize

ram

alg

um t

ipo

de

pla

nej

amen

to, p

lan

o d

e aç

ão, r

as-

cun

ho,

est

udo,

ant

es d

e d

efin

ir o

que

faria

m, c

omo

faria

m e

de

que

form

a fa

riam

, ou

par

tiram

log

o

par

a a

pro

duç

ão?

Eles

se

pre

ocup

aram

, por

exe

mp

lo, e

m o

lhar

alg

uma

cap

a d

e C

D re

al p

ara

refle

tir

sob

re s

ua p

rod

ução

?

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

vem

nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( )

Mu

ito

Sat

isfa

tóri

oO

bse

rvaç

ões

(co

m q

ue

bas

e vo

cê c

heg

ou

a e

sta

resp

ost

a):

Asp

ecto

In

vest

igad

o: D

esen

volv

er a

cap

acid

ade

de

pro

po

r aç

ões

, pla

nej

amen

to e

tap

as,

tare

fas,

pap

éis

e p

roce

dim

ento

s d

entr

o d

e p

razo

s e

met

as p

ré-e

stab

elec

ido

s, e

lab

ora

ção

e

imp

lem

enta

ção

de

pro

jeto

s em

ger

al.

Os

jove

ns

tin

ham

um

a m

eta

pré

-est

abel

ecid

a d

e 30

min

uto

s p

or d

ia d

istr

ibu

ído

s em

3 d

ias

par

a ex

ecu

tar a

tar

efa,

a m

eta

foi c

um

pri

da?

To

do

s o

s jo

ven

s en

treg

aram

a t

aref

a ao

mes

mo

tem

po

? El

es q

ues

tio

nar

am o

tem

po

? Te

nta

ram

neg

oci

ar u

m te

mp

o m

aio

r par

a a

exec

uçã

o d

a ta

refa

?

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

vem

nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( )

Mu

ito

Sat

isfa

tóri

oO

bse

rvaç

ões

(co

m q

ue

bas

e vo

cê c

heg

ou

a e

sta

resp

ost

a):

Asp

ecto

Inve

stig

ado

: Des

envo

lver

hab

ilid

ade

e co

mp

etên

cias

de

arg

um

enta

ção

, neg

oci

a-çã

o, a

pre

sen

taçã

o d

e p

rod

uto

s e

pro

po

stas

. O

s jo

ven

s co

mp

arti

lhar

am e

ntr

e si

o re

sult

ado

fin

al d

e se

us

pro

du

tos?

Ele

s d

iscu

tira

m e

ntr

e

Page 123: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEC

aixa

de

Ferr

amen

tas

122

si?

Art

icu

lara

m-s

e d

e al

gu

ma

form

a, c

on

vers

aram

so

bre

a t

aref

a, t

enta

ram

ren

ego

ciar

pra

zos,

tro

cara

m e

xper

iên

cias

?A

tare

fa g

ero

u im

pac

to n

a sa

la, r

evel

and

o e

ntu

sias

mo

e m

oti

vaçã

o d

os

jove

ns

em e

xecu

tá-la

?

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

vem

nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( )

Mu

ito

Sat

isfa

tóri

oO

bse

rvaç

ões

(co

m q

ue

bas

e vo

cê c

heg

ou

a e

sta

resp

ost

a):

Dia

gnós

tico

de

apre

ndiz

agen

s d

os jo

vens

em

Ciê

ncia

s So

ciai

s N

om

e:

Org

aniz

ação

:

Turm

a:

Dat

a:

Educa

dor:

Qu

ais

são

os

imp

acto

s e/

ou

tra

nsf

orm

açõ

es q

ue

as t

ecn

olo

gia

s d

a in

form

ação

e d

a co

mu

-n

icaç

ão (

TIC

s) t

êm t

razi

do

par

a o

mu

nd

o d

e h

oje

?

O q

ue

dif

eren

cia

um

so

ftw

are

livre

de

um

so

ftw

are

pro

pri

etár

io?

Vo

cê a

cha

imp

ort

ante

a p

arti

cip

ação

do

s jo

ven

s em

esp

aço

s d

e d

efin

ição

e

imp

lem

enta

ção

de

po

lític

as p

úb

licas

? Po

r q

uê?

Den

tre

as a

lter

nat

ivas

ab

aixo

, esc

olh

a ap

enas

du

as q

ue,

em

su

a o

pin

ião

, rep

rese

nta

m o

s m

aio

res

des

afio

s co

loca

do

s p

ara

o d

esen

volv

imen

to s

oci

al:

( )

A u

tiliz

ação

das

Tec

no

log

ias

da

Info

rmaç

ão e

Co

mu

nic

ação

en

qu

anto

fer

ram

enta

s p

ara

a p

rom

oçã

o d

o a

cess

o e

da

con

stru

ção

de

con

hec

imen

to e

ntr

e to

das

as

pes

soas

.(

) M

aio

r ên

fase

em

açõ

es q

ue

asse

gu

rem

co

nti

nu

amen

te o

ace

sso

a c

esta

s b

ásic

as p

ara

a p

op

ula

ção

de

bai

xa re

nd

a.(

) A

cen

tral

izaç

ão d

as d

efin

içõ

es d

e p

olít

icas

blic

as.

( )

A c

onst

ruçã

o d

e re

des

: pes

soas

, soc

ied

ade

civi

l org

aniz

ada

e se

tore

s d

os g

over

nos

defi

nin

do

ca

da

vez

mai

s em

con

junt

o os

cam

inh

os a

ser

em tr

ilhad

os e

atu

and

o ta

mb

ém e

m p

arce

ria.

Den

tre

as a

lter

nat

ivas

ab

aixo

, ass

inal

e p

elo

men

os

du

as q

ue

você

ava

lia p

oss

uir

nes

te

mo

men

to d

e su

a vi

da:

(

) So

u o

rgan

izad

o e

m m

inh

as d

eman

das

, co

nse

gu

ind

o a

dm

inis

trar

bem

o t

emp

o e

os

com

-p

rom

isso

s em

ger

al

( )

Qua

ndo

tenh

o ta

refa

s par

a de

senv

olve

r, fico

per

dido

e p

reci

so m

uito

que

os o

utro

s me

orie

ntem

.(

) Es

tou

en

gaj

ado

em

mo

vim

ento

s ju

ven

is e

m g

eral

– e

sco

las,

grê

mio

s, ev

ento

s et

c.

( )

Não

go

sto

mu

ito

de

par

tici

par

de

ativ

idad

es c

om

un

itár

ias

nem

de

mo

vim

ento

s ju

ven

is.

( )

Co

nsi

go

me

apre

sen

tar

de

form

a sa

tisf

ató

ria

em u

ma

entr

evis

ta o

u r

eun

ião,

fal

and

o c

om

tr

anq

üili

dad

e so

bre

min

has

car

acte

ríst

icas

, nec

essi

dad

es e

ob

jeti

vos

de

vid

a.

( )

Sem

pre

qu

e te

nh

o q

ue

fala

r so

bre

mim

, en

con

tro

mu

itas

difi

culd

ades

e n

ão s

ei o

qu

e d

izer

o

u m

esm

o v

alo

riza

r.

Ava

liaç

ão d

as a

pre

ndiz

agen

s d

os jo

vens

em

Ciê

ncia

s So

ciai

s –

Inst

rum

enta

l de

apoi

o ao

ed

ucad

orN

om

e:

Org

aniz

ação

:

Turm

a:

Dat

a:O

rien

taçõ

es s

ob

re a

uti

lizaç

ão d

este

inst

rum

enta

l:A

s o

jove

m r

esp

on

der

às

qu

estõ

es d

a fic

ha

“Qu

estõ

es d

e C

iên

cias

So

ciai

s”, o

ed

uca

do

r d

e-ve

rá a

nal

isar

se

os

elem

ento

s el

enca

do

s p

ara

aval

iaçã

o e

nco

ntr

am-s

e n

a re

spo

sta

escr

ita

pel

o

jove

m. A

s es

sa a

nál

ise,

esc

olh

erá

a al

tern

ativ

a q

ue

mel

ho

r re

pre

sen

te o

nív

el d

e co

nh

eci-

men

to d

o jo

vem

so

bre

cad

a it

em.

Qu

ais

são

os

imp

acto

s e/

ou

tra

nsf

orm

açõ

es q

ue

as t

ecn

olo

gia

s d

a in

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ação

e d

a co

mu

ni-

caçã

o (

TIC

s) t

êm t

razi

do

par

a o

mu

nd

o d

e h

oje

:

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

vem

nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( ) M

uit

o S

atis

fató

rio

Insa

tisf

ató

rio

: a re

spo

sta

do

jove

m a

pre

sen

ta a

té 3

do

s el

emen

tos

abai

xo.

Sati

sfat

óri

o: a

resp

ost

a d

o jo

vem

ap

rese

nta

de

3 a

6 d

os

elem

ento

s ab

aixo

.M

uit

o S

atis

fató

rio

: a re

spo

sta

do

jove

m a

pre

sen

ta m

ais

de

6 d

os

elem

ento

s ab

aixo

.

Elem

ento

s q

ue

dev

em a

par

ecer

na

resp

ost

a d

o jo

vem

par

a av

alia

ção

de

Ciê

nci

as S

oci

ais:

- exi

gên

cia

de

pro

fissi

onai

s m

ais

qua

lifica

dos

, com

cap

acid

ade

par

a to

mar

dec

isõe

s e

reso

lver

p

rob

lem

as.

- pra

ticam

ente

tod

as a

s p

rofis

sões

de

hoj

e ut

iliza

m a

s TIC

s.- v

alor

izaç

ão d

o co

nh

ecim

ento

.- m

udan

ça d

a p

rod

ução

em

mas

sa p

ara

a p

rod

ução

en

xuta

.- a

umen

to d

o n

úmer

o d

e in

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açõe

s ve

icul

adas

.- a

umen

to d

a ve

loci

dad

e d

e co

mun

icaç

ão.

- am

plia

ção

do

aces

so a

info

rmaç

ões.

- exi

gên

cia

de

pes

soas

mai

s cr

ítica

s e

cap

azes

de

par

ticip

arem

das

ativ

idad

es d

a so

cied

ade.

Elem

ento

s q

ue

dev

em a

par

ecer

na

resp

ost

a d

o j

ove

m p

ara

aval

iaçã

o d

e Li

ng

uag

em e

Co

-m

un

icaç

ão:

- coe

rên

cia

(tex

to c

om s

entid

o, te

xto

lóg

ico,

nex

o en

tre

os c

once

itos)

.- c

oesã

o (u

so c

orre

to d

a lin

güí

stic

a).

- cum

pre

a fu

nção

info

rmac

iona

l e c

omun

icat

iva

(tex

to a

pre

sent

a p

reci

são,

cla

reza

, ord

enaç

ão).

O q

ue

dife

ren

cia

um

so

ftw

are

livre

de

um

so

ftw

are

pro

pri

etár

io?

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

vem

nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( ) M

uit

o S

atis

fató

rio

Insa

tisf

ató

rio

: a re

spo

sta

do

jove

m n

ão a

pre

sen

ta o

s el

emen

tos

abai

xo.

Sati

sfat

óri

o: a

resp

ost

a d

o jo

vem

ap

rese

nta

um

do

s el

emen

tos

abai

xo.

Mu

ito

Sat

isfa

tóri

o: a

resp

ost

a d

o jo

vem

ap

rese

nta

to

do

s o

s el

emen

tos

abai

xo.

Page 124: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQ123

Cai

xa d

e Fe

rram

enta

s

Elem

ento

s q

ue

dev

em a

par

ecer

na

resp

ost

a d

o jo

vem

par

a av

alia

ção

de

Ciê

nci

as S

oci

ais:

- O s

oftw

are

livre

tra

z a

pos

sib

ilid

ade

de

o us

uário

(co

nh

eced

or d

e p

rog

ram

ação

) es

crev

er,

ente

nd

er e

mod

ifica

r o c

ódig

o-fo

nte.

- Sof

twar

e p

rop

rietá

rio n

eces

sita

de

auto

rizaç

ão d

o fa

bric

ante

par

a ut

iliza

ção.

Elem

ento

s q

ue

dev

em a

par

ecer

na

resp

ost

a d

o jo

vem

par

a av

alia

ção

de

Lin

gu

agem

e C

om

u-

nic

ação

:- c

oerê

nci

a (t

exto

com

sen

tido,

text

o ló

gic

o, n

exo

entr

e os

con

ceito

s).

- coe

são

(uso

cor

reto

da

ling

üíst

ica)

.- c

ump

re a

funç

ão in

form

acio

nal e

com

unic

ativ

a (t

exto

ap

rese

nta

pre

cisã

o, c

lare

za, o

rden

ação

).

Você

ach

a im

po

rtan

te a

par

tici

paç

ão d

os

jove

ns

em e

spaç

os

de

defi

niç

ão e

de

imp

lem

enta

-çã

o d

e p

olít

icas

blic

as?

Por

qu

ê?

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

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nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( )

Sati

sfat

óri

o

(

) M

uit

o S

atis

fató

rio

Insa

tisf

ató

rio

: a re

spo

sta

do

jove

m n

ão a

pre

sen

ta o

s el

emen

tos

abai

xo.

Sati

sfat

óri

o: a

res

po

sta

do

jove

m a

pre

sen

ta u

m d

os

elem

ento

s ab

aixo

.M

uit

o S

atis

fató

rio

: a re

spo

sta

do

jove

m a

pre

sen

ta t

od

os

os

elem

ento

s ab

aixo

.

Elem

ento

s q

ue

dev

em a

par

ecer

na

resp

ost

a d

o jo

vem

par

a av

alia

ção

de

Ciê

nci

as S

oci

ais:

- Esp

era-

se q

ue a

resp

osta

do

jove

m s

eja

pos

itiva

.- A

s p

olíti

cas

púb

licas

dev

em s

er d

efin

idas

leva

nd

o em

con

ta a

s ex

pec

tativ

as e

nec

essi

dad

es

dos

vár

ios

seg

men

tos

da

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edad

e, e

ntre

ele

s a

juve

ntud

e.- H

á ex

pec

tativ

as e

nec

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dad

es c

arac

terís

ticos

da

juve

ntud

e.

Elem

ento

s q

ue

dev

em a

par

ecer

na

resp

ost

a d

o jo

vem

par

a av

alia

ção

de

Lin

gu

agem

e C

om

u-

nic

ação

:- c

oerê

nci

a (t

exto

com

sen

tido,

text

o ló

gic

o, n

exo

entr

e os

con

ceito

s).

- coe

são

(uso

cor

reto

da

ling

üíst

ica)

.- c

ump

re a

funç

ão in

form

acio

nal e

com

unic

ativ

a (t

exto

ap

rese

nta

pre

cisã

o, c

lare

za, o

rden

ação

).

Den

tre

as a

lter

nat

ivas

ab

aixo

, esc

olh

a ap

enas

du

as q

ue,

em

su

a o

pin

ião,

rep

rese

nta

m o

s m

aio

-re

s d

esafi

os

colo

cad

os

par

a o

des

envo

lvim

ento

so

cial

:

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

vem

nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

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rio

( ) M

uit

o S

atis

fató

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Insa

tisf

ató

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: o jo

vem

não

esc

olh

eu a

s al

tern

ativ

as a

ou

d.

Sati

sfat

óri

o: o

jove

m e

sco

lheu

a o

u d

.M

uit

o S

atis

fató

rio

: o jo

vem

esc

olh

eu a

s re

spo

stas

a e

d.

Esp

era-

se q

ue

o jo

vem

esc

olh

a as

resp

ost

as a

) e d

).(

) A

util

izaç

ão d

as T

ecn

olog

ias

da

Info

rmaç

ão e

Com

unic

ação

en

qua

nto

ferr

amen

tas

par

a a

pro

moç

ão d

o ac

esso

e d

a co

nst

ruçã

o d

e co

nh

ecim

ento

ent

re to

das

as

pes

soas

.(

) M

aior

ên

fase

em

açõ

es q

ue a

sseg

urem

con

tinua

men

te o

ace

sso

a ce

stas

bás

icas

par

a a

pop

ulaç

ão d

e b

aixa

ren

da.

( )

A c

entr

aliz

ação

das

defi

niç

ões

de

pol

ítica

s p

úblic

as.

( )

A c

onst

ruçã

o d

e re

des

: pes

soas

, soc

ied

ade

civi

l org

aniz

ada

e se

tore

s d

os g

over

nos

defi

-n

ind

o ca

da

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mai

s em

con

junt

o os

cam

inh

os a

ser

em tr

ilhad

os e

atu

and

o ta

mb

ém e

m

par

ceria

.

Den

tre

as a

ltern

ativ

as a

bai

xo, a

ssin

ale

pel

o m

enos

dua

s q

ue v

ocê

aval

ia p

ossu

ir n

este

mom

ento

:

Nív

el d

e co

nh

ecim

ento

ap

rese

nta

do

pel

o jo

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nes

ta q

ues

tão

:(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( ) M

uit

o S

atis

fató

rio

Insa

tisf

ató

rio

: o jo

vem

não

esc

olh

eu a

s al

tern

ativ

as a

, c

ou

e.

Sati

sfat

óri

o: o

jove

m e

sco

lheu

a a

lter

nat

iva

a o

u c

ou

e ,

mai

s q

ual

qu

er o

utr

a.

Mu

ito

Sat

isfa

tóri

o: o

jove

m e

scol

heu

com

o re

spos

ta p

elo

men

os d

uas

das

alte

rnat

ivas

a, c

ou

e.

( )

Sou

org

aniz

ado

em m

inh

as d

eman

das

, con

seg

uin

do

adm

inis

trar

bem

o te

mp

o e

os c

om-

pro

mis

sos

em g

eral

(

) Q

uan

do

ten

ho

tare

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par

a d

esen

volv

er, fi

co p

erd

ido

e p

reci

so m

uito

que

os

outr

os m

e or

ient

em.

( )

Esto

u en

gaj

ado

em m

ovim

ento

s ju

ven

is e

m g

eral

– e

scol

as, g

rêm

ios,

even

tos

etc.

(

) N

ão g

osto

mui

to d

e p

artic

ipar

de

ativ

idad

es c

omun

itária

s n

em d

e m

ovim

ento

s ju

ven

is.

( )

Con

sig

o m

e ap

rese

ntar

de

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a sa

tisfa

tória

em

um

a en

trev

ista

ou

reun

ião,

fala

nd

o co

m

tran

qüi

lidad

e so

bre

min

has

car

acte

rístic

as, n

eces

sid

ades

e o

bje

tivos

de

vid

a.

( )

Sem

pre

que

ten

ho

que

fala

r sob

re m

im, e

nco

ntro

mui

tas

difi

culd

ades

e n

ão s

ei o

que

diz

er

ou m

esm

o va

loriz

ar.

Aval

iaçã

o da

s ap

rend

izag

ens

dos

jove

ns e

m L

ingu

agem

e C

omun

icaç

ão –

Inst

rum

en-

tal d

e ap

oio

ao e

duca

dor r

espo

ndid

o co

m b

ase

no in

stru

men

tal d

e Ci

ênci

as S

ocia

isN

om

e:O

rgan

izaç

ão:

Turm

a:D

ata:

Educa

dor:

Ori

enta

ções

so

bre

a u

tiliz

ação

des

te in

stru

men

tal:

Ap

ós

o jo

vem

res

po

nd

er à

s q

ues

tões

da

fich

a “Q

ues

tões

de

Ciê

nci

as S

oci

ais”,

o e

du

cad

or

de-

verá

an

alis

ar a

s re

spo

stas

ab

erta

s, av

alia

nd

o o

nív

el d

e co

erên

cia,

de

coes

ão e

de

fun

ção

info

r-m

acio

nal

e c

om

un

icat

iva

apre

sen

tad

a n

o c

on

jun

to d

os

text

os.

Elem

ento

s p

ara

aval

iaçã

o d

e Li

ng

uag

em e

Co

mu

nic

ação

:

Co

erên

cia

(ap

rese

nta

um

text

o c

om

sen

tid

o, d

emo

nst

ra ló

gic

a n

a o

rgan

izaç

ão d

o p

ensa

men

-to

, ap

rese

nta

nex

o e

ntr

e o

s co

nce

ito

s p

rese

nte

s n

o t

exto

)(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( ) M

uit

o S

atis

fató

rio

Co

esão

(é a

rep

rese

nta

ção

lin

ísti

ca d

a co

erên

cia,

on

de

o jo

vem

uti

liza

corr

etam

ente

os

me-

can

ism

os

gra

mat

icai

s e

lexi

cais

par

a co

mu

nic

ar o

seu

pen

sam

ento

)(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( ) M

uit

o S

atis

fató

rio

Fun

ção

info

rmac

ion

al e

co

mu

nic

ativ

a (o

tex

to a

pre

sen

ta p

reci

são,

cla

reza

e o

rden

ação

)(

) In

sati

sfat

óri

o

( ) S

atis

fató

rio

( ) M

uit

o S

atis

fató

rio

Page 125: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEC

aixa

de

Ferr

amen

tas

124

FER

RA

ME

NTA

12

– M

odel

o de

Rel

atór

io Q

uant

itat

ivo

Mód

ulo

de

Form

ação

dos

Jov

ens

1. D

ados

esp

ecífi

cos:

D

ado

s es

pec

ífico

s d

o m

ês

A

go

sto

Turm

a 1

Tu

rma

2 To

tal

N

úm

ero

de

jove

ns

aten

did

os

0

N

úm

ero

de

jove

ns

qu

e

aban

do

nar

am o

cu

rso

0

N

úm

ero

de

no

vas

mat

rícu

las

ef

etu

adas

no

mês

de

ago

sto

em

dec

orr

ênci

a d

e ab

and

on

o d

e cu

rso.

0

Ace

sso

Livr

e

Dad

os G

erai

s:

1. D

escr

ever

os

pri

nci

pai

s m

oti

vos

do

ab

and

on

o

do

cu

rso

:

2. O

bse

rvaç

ões

:

• Co

nsi

der

amo

s ab

and

on

o q

uan

do

o a

lun

o d

eixa

de

freq

üen

tar

o m

ód

ulo

de

form

ação

an

tes

do

tér

min

o d

a

carg

a h

orá

ria

pro

po

sta

inic

ialm

ente

.

Mar

ço

Perí

od

o d

e h

ora

s

Tem

po

To

tal d

e

dis

po

nib

iliza

das

no

dia

d

isp

on

ibili

zad

o e

m

no

mês

(e

x.: 1

9h à

s 20

h)

ho

ras

(ex.

: 1) d

ias

2ª fe

ira

1

0

3ª fe

ira

2

0

4ª fe

ira

2

0

5ª fe

ira

2

0

6ª fe

ira

2

0

Sáb

ado

2 0

mer

o m

áxim

o d

e p

esso

as a

ten

did

as n

o m

ês

0

Pote

nci

al

máx

imo

de

aten

dim

ento

Dad

os E

spec

ífico

s:

Ace

sso

Liv

re

Mar

ço

Pote

nci

al m

áxim

o d

e at

end

imen

to

0

mer

o d

e n

ovo

s u

suár

ios

cad

astr

ado

s n

o m

ês

mer

o t

ota

l de

aten

dim

ento

s n

o m

ês

Ori

gem

das

pes

soas

N

° de

Pess

oas

Fun

cio

nár

ios

da

Org

aniz

ação

Ate

nd

ido

s em

ou

tro

s p

roje

tos

da

org

aniz

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Ex-a

lun

os

do

GD

Lid

eran

ças

com

un

itár

ias

Pro

fess

ore

s o

u e

du

cad

ore

s d

e Es

cola

s vi

zin

has

Co

mu

nid

ade

Loca

l*

N/D

Tota

l

0

*

Con

sid

erar

com

unid

ade

loca

l a d

o en

torn

o g

eog

ráfic

o d

e at

end

i-m

ento

da

org

aniz

ação

par

ceira

técn

ica

ond

e a

Gar

agem

est

á in

serid

a.

1. D

escr

ever

os

pri

nci

pai

s

inte

ress

es p

elo

ace

sso

livr

e:

1-

2-

3-

4-

5 -

6-

7-

8-

9-

10-

2. O

bse

rvaç

ões

:

Page 126: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQ125

Cai

xa d

e Fe

rram

enta

s

Curs

os B

ásic

os -

Dad

os G

erai

s:

Cur

sos

Bási

cos

1. O

corr

e em

qu

ais

dia

s e

ho

rári

os?

2. C

arg

a h

orá

ria

pre

vist

a

Dad

os E

spec

ífico

s:

Cu

rso

s B

ásic

os

Mar

ço

mer

o d

e tu

rmas

inic

iad

as n

o m

ês

To

tal d

e p

esso

as a

ten

did

as n

o m

ês

Ab

and

on

o d

o c

urs

o

mer

o d

e p

esso

as n

a lis

ta d

e es

per

a

1. D

escr

ever

os

pri

nci

pai

s m

oti

vos

de

aban

do

no

do

cu

rso

:

2. E

xist

e u

m p

úb

lico

esp

ecífi

co s

end

o a

ten

did

o?

Qu

al?

Ex.:

Cu

rso

bás

ico

exc

lusi

vo p

ara

Lid

eran

ças

Co

mu

nit

ária

s.

3. O

bse

rvaç

ões

:

Estr

atég

ias

de

Mob

iliz

ação

Com

unit

ária

Des

crev

a as

açõ

es (r

od

as, r

eun

iões

tem

átic

as, s

emin

ário

s, o

ficin

as, e

ntr

e o

utr

as -

incl

uin

do

dat

a

da

exec

uçã

o e

ob

jeti

vo):

No

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r as

org

aniz

açõ

es q

ue

fora

m a

rtic

ula

das

par

a p

arti

cip

arem

de

cad

a u

ma

das

açõ

es a

cim

a:

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

No

mea

r as

pes

soas

e re

spec

tiva

s o

rgan

izaç

ões

pre

sen

tes

em c

ada

um

a

das

açõ

es d

e m

ob

iliza

ção

:

N

om

es d

as p

esso

as p

rese

nte

s

Org

aniz

ação

qu

e re

pre

sen

ta

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

1. O

bse

rvaç

ões

:

Page 127: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEC

aixa

de

Ferr

amen

tas

126

Dad

os G

erai

s e

esp

ecífi

cos:

Red

e d

e O

por

tuni

dad

es

Red

e d

e O

po

rtu

nid

ades

N

º d

e jo

ven

s p

arti

cip

ante

s N

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-alu

no

s To

tal

d

o m

ód

ulo

de

form

ação

d

o p

roje

to a

nte

rio

r

de

jove

ns

cad

astr

ado

s 0

0 0

na

Red

e d

e O

po

rtu

nid

ades

Tota

l de

jove

ns

ben

efici

ado

s 0

0 0

po

r o

po

rtu

nid

ades

no

mês

1. D

iscr

imin

ar a

s o

rgan

izaç

ões

cad

astr

adas

na

Red

e d

e O

po

rtu

nid

ades

du

ran

te o

mês

:

No

me

da

org

aniz

ação

Ram

o d

e at

ivid

ade

1

2

3

4

5

*Em

pre

sas,

ON

Gs,

enti

dad

es d

e en

sin

o e

dem

ais

org

aniz

açõ

es o

fert

ante

s d

e o

po

rtu

nid

ades

n

o m

ês –

não

rep

etir

as

cad

astr

adas

an

teri

orm

ente

.

2. D

escr

ever

as

op

ort

un

idad

es (d

e fo

rmaç

ão o

u t

rab

alh

o) e

no

mea

r as

org

aniz

açõ

es o

u e

m-

pre

sas

qu

e o

fert

aram

Op

ort

un

idad

es

Tip

o d

e O

rgan

izaç

ão O

fert

ante

O

rgan

izaç

ão já

cad

astr

ada?

V

íncu

lo*

Si

m

Não

en

cam

inh

ada

FAD

C

1

2

3

4

5

3. D

iscr

imin

ar o

s n

om

es d

os

jove

ns

qu

e in

icia

ram

um

a n

ova

op

ort

un

idad

e n

o m

ês:

No

me

do

Jo

vem

No

me

da

Org

aniz

ação

/em

pre

sa

Tip

o d

e ví

ncu

lo*

Ofe

rtan

te

1

2

3

4

5

*Nu

mer

ar o

vín

culo

de

aco

rdo

co

m a

leg

end

a ab

aixo

:

1- B

ols

a d

e Es

tud

os

2- E

stág

io

3- A

po

io a

o E

mp

reen

ded

ori

smo

4- E

mp

reg

o (C

LT)

5- G

eraç

ão d

e re

nd

a

6- C

urs

o

7- O

utr

os:

Des

crev

er

4. C

on

sid

eraç

ões

rele

van

tes

ou

just

ifica

tiva

s:

Page 128: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEQ127

Cai

xa d

e Fe

rram

enta

s

Ciên

cias

soc

iais

Ob

jeti

vos

esp

ecífi

cos:

Co

nte

xtu

aliz

ar a

rel

ação

en

tre

soci

edad

e co

nte

mp

orâ

nea

, ju

ven

tud

e e

trab

alh

o, e

nfa

ti-

zan

do

as

tran

sfo

rmaç

ões

ad

vin

das

das

no

vas

tecn

olo

gia

s d

a in

form

ação

e c

om

un

icaç

ão

e d

o p

rota

go

nis

mo

e e

mp

reen

ded

ori

smo

juve

nil.

1. A

ch

amad

a Te

rcei

ra R

evo

luçã

o T

ecn

oló

gic

a: in

terf

ace

com

a á

rea

de

Tecn

olo

gia

da

In-

form

ação

e d

a C

om

un

icaç

ão.

- A e

volu

ção

his

tóri

ca d

as t

ecn

olo

gia

s n

a so

cied

ade.

- O q

ue

é te

cno

log

ia.

- His

tóri

a d

a in

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átic

a.- O

imp

acto

nas

rel

açõ

es s

oci

ais

a p

arti

r d

a u

tiliz

ação

da

tecn

olo

gia

da

info

rmaç

ão

e co

mu

nic

ação

.- R

elaç

ões

de

po

der

no

uso

das

TIC

s: s

oft

war

e liv

re e

pro

pri

etár

io.

2. O

jove

m e

o m

und

o d

o tr

abal

ho:

inte

rfac

e co

m a

áre

a d

e A

dm

inis

traç

ão e

Mar

ketin

g.- A

evo

luçã

o h

istó

rica

do

tra

bal

ho.

- O s

enti

do

do

tra

bal

ho

hu

man

o e

o im

pac

to n

as r

elaç

ões

so

ciai

s.- A

s n

ova

s h

abili

dad

es e

co

mp

etên

cias

exi

gid

as n

o m

un

do

do

tra

bal

ho

– t

rab

alh

ar

em g

rup

o, in

icia

tiva

, lid

eran

ça, p

lan

ejam

ento

etc

.- R

elaç

ão e

ntr

e tr

abal

ho

e e

mp

reg

o (e

mp

reg

abili

dad

e e

trab

alh

abili

dad

e).

- O q

ue

é p

roje

to p

rofis

sio

nal

: co

nce

itu

ação

e e

nte

nd

imen

to d

a im

po

rtân

cia

de

um

p

lan

ejam

ento

par

a a

vid

a.- T

ipo

s d

e tr

abal

ho

e a

lter

nat

ivas

de

ger

ação

de

ren

da

– le

gis

laçõ

es e

Dir

eito

s in

div

i-d

uai

s e

cole

tivo

s, n

oçõ

es b

ásic

as d

e d

iver

sas

form

as d

e g

eraç

ão d

e re

nd

a.

3. P

arti

cip

ação

so

cial

do

s jo

ven

s: in

terf

ace

com

a á

rea

de

Ad

min

istr

ação

e M

arke

tin

g- P

rota

go

nis

mo

e e

mp

reen

ded

ori

smo

juve

nil:

co

nce

itu

ação

, tip

os

de

emp

reen

ded

o-

rism

o e

su

as d

ifere

nça

s n

o m

erca

do,

pre

mis

sas

do

ser

em

pre

end

edo

r. - D

esen

volv

imen

to d

e ca

pac

idad

es d

e co

mu

nic

ação

e e

xpre

ssão

em

ati

vid

ades

co

-le

tiva

s. - D

esen

volv

imen

to d

e h

abili

dad

es d

e p

arti

cip

ação

e o

rgan

izaç

ão e

m e

ven

tos

so-

ciai

s lig

ado

s a

com

un

idad

e e

juve

ntu

de,

de

form

a p

lan

ejad

a e

com

mec

anis

mo

s d

e av

alia

ção.

- A

evo

luçã

o e

co

nte

xtu

aliz

ação

da

com

un

idad

e lo

cal.

- O q

ue

é d

esen

volv

imen

to lo

cal.

Tecn

olog

ia d

a in

form

ação

e c

omun

icaç

ão

Ob

jeti

vos

esp

ecífi

cos:

Usa

r d

e fo

rma

oti

miz

ada

e cr

ític

a as

TIC

s p

ara

a co

nst

ruçã

o d

e co

nh

ecim

ento

s e

a fa

cili-

taçã

o n

o p

roce

sso

de

inse

rção

no

mu

nd

o d

o t

rab

alh

o.

1. O

fu

nci

on

amen

to d

o c

om

pu

tad

or:

Os

com

po

nen

tes

de

um

co

mp

uta

do

r, co

nce

ito

de

un

idad

e ce

ntr

al e

per

iféri

cos

(imp

ress

ora

, sca

nn

er, e

stab

iliza

do

r, ca

ixas

de

som

, ad

apta

do

res,

no

-bre

ak,

tecl

ado,

dri

ver,

gab

inet

e, t

orr

e, s

up

ort

e d

e m

on

ito

r, m

ou

se p

ad, d

isp

osi

tivo

s d

e en

trad

a e

saíd

a (c

abo

s d

e co

nex

ão: r

ede,

imp

ress

ora

, tec

lad

o, m

ou

se, C

PU, o

utr

os)

.- E

lem

ento

s d

e u

m s

iste

ma

de

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rmát

ica

(har

dw

are,

so

ftw

are,

usu

ário

).- C

uid

ado

s co

m o

s eq

uip

amen

tos.

- In

terf

ace

bas

ead

a em

íco

nes

.- G

eren

ciam

ento

de

arq

uiv

os.

- No

ções

das

ferr

amen

tas

de

aju

da.

- Evo

luçã

o d

a in

form

átic

a.

2. U

tiliz

ação

de

equ

ipam

ento

s te

cno

lóg

ico

s d

iver

sos

con

form

e d

eman

das

do

s p

roje

tos

do

s jo

ven

s:

Dat

ash

ow

, tel

a d

e p

roje

ção,

máq

uin

a fo

tog

ráfic

a d

igit

al, fi

lmad

ora

, mic

rofo

ne,

gra

vad

ore

s et

c.

3. S

iste

ma

Op

erac

ion

al-

Tip

os

dife

ren

tes

de

sist

emas

op

erac

ion

ais

(pla

tafo

rmas

livr

es e

pro

pri

etár

ias)

e s

uas

pri

nci

-p

ais

fun

ções

.

4. E

dit

or

de

text

o

- Pro

du

ção,

form

ataç

ão e

org

aniz

ação

de

text

os.

- Bar

ras

de

ferr

amen

tas

e su

as p

rin

cip

ais

fun

ções

. - O

rgan

izaç

ão e

man

ipu

laçã

o d

e ar

qu

ivo

s: A

bri

r, Ed

itar

, Co

nfig

ura

r, Sa

lvar

, Ren

om

ear,

Imp

rim

ir,

Excl

uir,

co

nsu

ltar

tam

anh

o e

car

acte

ríst

icas

, mu

dar

de

lug

ar, a

nex

ar, l

oca

lizar

etc

.

5. S

oft

war

es re

leva

nte

s p

ara

a co

nst

ruçã

o d

e u

m p

rod

uto

a p

arti

r d

as T

ICs:

- En

ten

dim

ento

e u

tiliz

ação

das

ferr

amen

tas

bás

icas

do

s se

gu

inte

s so

ftw

ares

e r

ecu

rso

s: W

in-

do

ws,

Wo

rd, E

xcel

l, Po

wer

po

int,

Lin

gu

agem

HTM

L, P

ho

tosh

op

, Fir

ewo

rks,

Flas

h, D

ream

wea

-ve

r: en

ten

der

a f

un

cio

nal

idad

e, c

on

stru

ir u

m p

rod

uto

, ed

itar

, arm

azen

ar e

ger

enci

ar d

ado

s e

pro

du

tos,

Uti

lizar

ferr

amen

tas

de

aju

da

– tu

tori

al, e

xplo

rar

form

as d

ifere

nte

s d

e u

sar

cad

a so

ftw

are

– p

or

íco

nes

, men

u e

ata

lho.

6. O

s re

curs

os

da

Inte

rnet

: in

terf

ace

com

a ár

ea d

e C

iên

cias

So

ciai

s- P

rim

eiro

asp

ecto

: mai

s co

nce

itu

al e

so

cial

: O s

enti

do

da

inte

rnet

co

mo

am

plia

ção

da

leit

ura

d

e m

un

do

e d

e ac

esso

a o

utr

os

un

iver

sos

cult

ura

is e

so

ciai

s, o

im

pac

to e

fu

nci

on

alid

ade

da

com

un

icaç

ão v

irtu

al n

a so

cied

ade,

ben

efíc

ios

e p

rati

cid

ade

do

s se

rviç

os

pre

stad

os

pel

a In

tern

et, a

inte

rati

vid

ade

com

o v

eícu

lo d

e ap

ren

diz

agem

, exe

rcíc

io d

a ci

dad

ania

po

r m

eio

d

a In

tern

et.

- Seg

un

do

asp

ecto

: Usu

ário

: cri

ação

e u

tiliz

ação

de

e-m

ail,

pes

qu

isas

vir

tuai

s, cr

iar

e ac

essa

r d

isco

vir

tual

, bu

scas

esp

ecífi

cas,

cria

r e

ben

efici

ar-s

e d

os

serv

iço

s vi

rtu

ais,

par

tici

paç

ão e

m

chat

s, fó

run

s et

c.- T

erce

iro a

spec

to: e

stru

tura

e fu

nci

onam

ento

da

Inte

rnet

: con

ceito

de

pro

ved

or, d

omín

io, t

ipos

de

con

exão

.

FER

RA

ME

NTA

13

– Te

mas

e c

onte

údos

da

Form

ação

dos

Jove

ns

Page 129: Garagem Digital com Vista para o Mundo

QWEQWEQWEQWEC

aixa

de

Ferr

amen

tas

128

Ad

min

istr

ação

e m

arke

ting

Ob

jeti

vos

esp

ecífi

cos:

Plan

ejar

, org

aniz

ar, e

xecu

tar

e g

eren

ciar

pro

jeto

s d

e o

rdem

pes

soal

, pro

fissi

on

al e

so

cial

, p

or m

eio

do

des

envo

lvim

ento

de

hab

ilid

ades

e c

om

pet

ênci

as li

gad

as a

o m

arke

tin

g p

es-

soal

e a

o e

spír

ito

em

pre

end

edo

r.

1. O

jove

m e

seu

pro

jeto

pro

fissi

on

al: i

nte

rfac

e co

m a

áre

a d

e C

iên

cias

So

ciai

s. - O

qu

e é

um

pro

jeto

.- F

un

ções

de

um

pla

nej

amen

to p

rofis

sio

nal

.- P

rem

issa

s e

ori

enta

ções

so

bre

os

recu

rso

s d

e au

to a

pre

sen

taçã

o: c

urr

ícu

lo, p

ágin

a p

esso

al, p

ort

ifólio

etc

.- P

lan

ejam

ento

e e

lab

ora

ção

mo

nit

ora

da

de

pro

du

tos

ligad

os

a su

a tr

ajet

óri

a d

e vi

da

e su

as b

usc

as p

rofis

sio

nai

s –

pág

ina

pes

soal

, ela

bo

raçã

o d

e cu

rríc

ulo

pro

fissi

on

al.

- No

ções

de

mar

keti

ng

– p

esso

al e

so

cial

.

2. H

abili

dad

e d

e p

lan

ejam

ento

e a

uto

ges

tão

- Des

envo

lver

a c

apac

idad

e d

e p

rop

or

açõ

es, p

lan

ejan

do

eta

pas

, tar

efas

, pap

éis

e p

roce

dim

ento

s d

entr

o d

e p

razo

s e

met

as p

ré-e

stab

elec

ido

s –

Elab

ora

ção

e im

ple

-m

enta

ção

de

pro

jeto

s em

ger

al e

den

tro

do

s d

emai

s ei

xos

do

pro

gra

ma.

- Pla

nej

ar e

org

aniz

ar p

rop

ost

as e

idéi

as q

ue

rep

rese

nte

m e

pro

jete

m o

s p

rod

uto

s a

sere

m c

on

stru

ído

s- D

esen

volv

er h

abili

dad

es e

co

mp

etên

cias

de

arg

um

enta

ção,

neg

oci

ação

, ap

rese

n-

taçã

o d

e p

rod

uto

s e

pro

po

stas

.

3. T

rab

alh

o e

Ati

tud

e Em

pre

end

edo

ra: i

nte

rfac

e co

m a

áre

a d

e C

iên

cias

So

ciai

s - D

iscu

ssão

so

bre

a e

con

om

ia d

o t

rab

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