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Gazeta Imperial de Julho de 2010
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D.Antonio: O PNDH-3 é um golpe anti-cristão e anti-família
Instituto Brasil Imperial vai participar de desfilecívico no Ipiranga, berço da Independência do Brasil
Pág.5
No último dia 9 de julho representantes do
Instituto Brasil Imperial (IBI), um dos principais
alicerces do movimento monárquico no País,
estiveram no Flat Olavo Bilac, em Taubaté, com
objetivo de implantar um núcleo da entidade na
cidade. O presidente do IBI, Comendador Antonyo
da Cruz, esteve presente e falou sobre o
movimento para todos os convidados
Pág.4
Pág.3
Novo site do IBI permite o cadastroe recadastro de associados
Pág.4
O site é democrático e está
aberto a colaborações, tais
como artigos e notícias. O
objetivo é estabelecer o
espaço na internet como um
ponto de encontro daqueles
que compartilham os
mesmos ideais e queiram
fortalecer o movimento
monárquico em todo o País.
Em seu blog, jornalista Reinaldo Azevedo defende o Estado de Direito
Pág.6
Polícia política de Hugo Chávez prendeAlejandro Peña Esclusa ilegalmente
Pág.8
Inicialmente queremos parabenizá-lo e agradecer sua participação no IBI
- Instituto Brasil Imperial. Como tem sido amplamente divulgado, o IBI
está crescendo substancialmente e passando por uma grande
reformulação, o que pode ser comprovado através das edições da Nova
Gazeta Imperial, que é enviada por via eletrônica. Nossa Organização
Não Governamental objetiva "'Valorizar os bons costumes do ser humano
em geral e do povo brasileiro em particular; defender a conservação do
patrimônio histórico, cultural e artístico do Brasil; resgatar a história e
cultura do Império, além de difundir e promover ações/atividades
educativas, sociais, culturais e científicas; bem como propagar a memória
Imperial e o regime Monárquico Constitucional Parlamentar”.
Para continuarmos nesta caminhada, que a cada dia soma uma vitória, é
preciso da participação daqueles que têm interesse em resgatar a
verdadeira história do País. Cadastre-se, colabore e participe das ações e
eventos do Instituto Brasil Imperial. Nós já consolidamos a nossa
estratégia que é a de partir para ação. Vamos aos municípios e a todos os
espaços que nós proporcionam a oportunidade de expor nossas ideias.
O momento do País é delicado. Não só as instituições democráticas
correm perigo com as constantes violências ao Estado de Direito feitas
por este governo, como também a memória é atacada, escondendo-se
cada vez mais a verdadeira história do Brasil. É hora de agir e o Instituto
Brasil Imperial coloca-se como o veículo para que você tenha voz e
participe da construção de um País justo e que respeite as leis, a moral e
a índole do povo. Não podemos deixar que implantem no Brasil um
regime de influência soviética e cubana, que cerceie a liberdade de
opinião, a liberdade religiosa, a liberdade da propriedade, bem diferente
do espírito solidário do brasileiro
Escreva-nos aguardamos você, anote nosso e-mail:
presidê[email protected], visite nosso
site e faça sua inscrição:
www.brasilimperial.org.br
Saudações Monarquistas!
O Instituto BrasilImperial precisa da sua ajuda para ir em frente!Prezados Monarquistas,
Ano XV Número 177www.brasilimperial.org.br
A Gazeta Imperial é uma publicação do
Instituto Brasil Imperial. Artigos, sugestões de
reportagens, divulgação de eventos
monárquicos e imagens podem ser enviados
para [email protected]
No dia 29 de julho de 1846 nascia a Princesa
Dona Isabel, a Redentora. O IBI enaltece o
exemplo desse símbolo da força feminina no
Brasil que ainda não teve exemplo igual
Princesa Dona Isabel
Primeira reunião do InstitutoBrasil Imperial é um sucesso
Para o presidente do IBI, comendador Antonyo da Cruz,
a cidade está em uma região estratégica para o
movimento monárquico, pois tem um valor histórico
muito grande e fica no eixo Rio- São Paulo
No ú l t imo d i a 9 de j u l ho
representantes do Instituto Brasil
Imperial (IBI), um dos principais
alicerces do movimento monárquico
no País, estiveram no Flat Olavo
Bilac, em Taubaté, com objetivo
implantar um núcleo da entidade na
cidade. O presidente do IBI,
Comendador Antonyo da Cruz,
esteve presente e falou sobre o
m o v i m e n t o pa r a t o d o s o s
convidados. “O IBI tem o objetivo de
levar à comunidade o resgate da
história do período imperial
brasileiro, promovendo a cultura e a
defesa do patrimônio histórico, bem
como o de despertar no cidadão o
sentimento cívico de amor pela
Nação. Por anos, o movimento
Da redação do IBI monárquico f icou restrito a
algumas reuniões e muito conversa
em comunidades na internet. É
chegada a hora de sairmos do
discurso e partirmos para a ação”,
ressaltou.
Resgate histórico Para Antonyo
da Cruz, Taubaté é uma região
estratégica, pois tem um valor
histórico muito grande e está
dentro do eixo Rio- São Paulo. O
objetivo do Movimento é trazer de
volta para a sociedade os valores
culturais e sociais que, por alguns
motivos, foram se perdendo.
Também participaram do encontro
o s c o o r d e n a d o r e s d e
Desenvolvimento do IBI Conde
Danilo Garcia de Andrade e Jean
Tamazato, que organizou a reunião
O Comendador acredita que toda a
Instituto Brasil Imperial realizaencontro para iniciar novo núcleo municipal em Taubaté
O presidente do IBI, Comendador Antonyo da Cruz, entre os
coordenadores de Desenvolvimento do IBI Conde Danilo Garcia de
Andrade e Jean Tamazato, que organizou a reunião em Taubaté
população do Brasil precisa saber da
verdadeira história do País. “Existe
uma história que não nos foi
contada, é preciso saber as
verdadeiras origens. A cultura do
país está sendo perdida, a nossa
moeda precisa retornar ao padrão
do período imperial quando era a
primeira do mundo, mais valorizada
que a libra esterlina”, afirma. O
presidente do IBI falou, ainda, sobre
o site www.brasilimperial.org.br, que
está atualizado e com as edições
completas da Gazeta Imperial.
IBI promoverá concurso de desenho para homenagear Joaquim Nabuco
O Instituto Brasil Imperial (IBI)
promoverá o concurso de desenho “
O Ano do Centenário da Morte do
Escritor Joaquim Nabuco, 2010” –
1ª Edição, com a finalidade de
estimular os alunos do ensino
fundamental do 6º ao 9º ano e médio
a desenvolverem a percepção
histórica e cultural do Brasil. O
concurso é dirigido aos alunos do
ensino fundamental do 6º ao 9º ano e
médio regularmente matriculados
em escolas públicas e particulares
do município de Taubaté, onde o
instituto está formando um núcleo. O
tema do desenho versará sobre a
vida e obra do pensador, escritor,
diplomata, jornalista e abolicionista
Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de
Araújo. Acompanhe as novidades no
site do IBI. “Faremos ações como
essa em outros municípios. O
objetivo é enaltecer personagens
que dignificaram a nossa história no
período do Brasil Império”, destacou
o presidente do IBI, comendador
Antonyo da Cruz.
Novo site do IBI já conta comespaço para cadastro e recadastro de associados“Convoco todos a participarem do IBI! O País vive
um momento delicado politicamente e é preciso que
nós, monarquistas e admiradores da democracia e
Estado de Direito, marquemos nossa posição", frisou
o presidente do IBI, comendador Antonyo da Cruz
A internet é, atualmente, um
i n s t r u m e n t o v i t a l p a r a o
fortalecimento do movimento
monárquico no País. Ciente disso, o
Instituto Brasil Imperial (IBI)
r e f o r m u l o u o s e u p o r t a l
w w w. g a z e ta i m p e r i a l . o r g . b r,
mesclando informações históricas
com atualidades. “É importante que
os monarqu is tas tenham o
conhecimento da história do Brasil,
mas também devem discutir os
temas a tua is ” , des tacou o
presidente do IBI, comendador
Antonyo da Cruz.
Da Redação do IBI
O objetivo é estabelecer o espaço na internet como um ponto de
encontro daqueles que compartilham os mesmos ideais e queiram
fortalecer o movimento monárquico em todo o País.
Um dos destaques do novo site é a
possibil idade de, com mais
facilidade e agilidade, as pessoas
que queiram participar do IBI
possam fazer o seu cadastro. É
possíve l , também, que os
associados mais antigos façam um
recadastro, atualizando dados.
"Convoco todos a participarem do
IBI! O País vive um momento
delicado politicamente e é preciso
q u e n ó s , m o n a r q u i s ta s e
admiradores da democracia e
Estado de Direito, marquemos
nossa posição", frisou.
Artigos e notícias O presidente do
IBI afirma que o site é democrático
e está aberto a colaborações, tais
como artigos e notícias. O objetivo é
estabelecer o espaço na internet
como um ponto de encontro
daqueles que compartilham os
mesmos ideais e queiram fortalecer
o movimento monárquico em todo o
País.
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A COPLAN é uma empresa de consultoria empresarial principalmente nas áreas de adminstracao, financas e planejamento estratégico, utilizando a experiência de seu titular que já ocupou cargos executivos em empresas de grande porte, estando portanto, em condições de transferir a seus clientes essa experiência.
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IBI vai participar do Desfile Cívico em homenagem ao Bairro do Ipiranga, em SPUm dos grandes responsáveis por essa vitória foi
Guilherme Teodoro Mendes, um das figuras mais
respeitadas do bairro e Coordenador de
Desenvolvimento do IBI. Evento vai acontecer
no dia 12 de setembro, a partir das 8h30 horas
O Instituto Brasil Imperial (IBI) vai
participar do Desfile Cívico em
comemoração aos 426 anos do
Bairro do Ipiranga, berço da
Independência do Brasil. Bandeiras
históricas como tema , com
acompanhamento de banda, vão
participar do evento, que acontece
12 de setembro, com início às 8h30,
no Parque da Independência
localizado na Avenida Nazaré.
"É uma conquista para o IBI. Nada
mais simbólico do que enaltecer a
independência do Brasil e o início do
nosso Império no bairro onde tudo
começou. Tenho certeza que esse é
o começo de outros projetos que
Da Redação do IBI faremos no local, que tem tudo
relacionado a Monarquia", afirmou
o presidente do Instituto Brasil
Imperial, comendador Antonyo da
Cruz.
Um dos grandes responsáveis por
essa vitória foi Guilherme Teodoro
Mendes, um das figuras mais
respe i tadas do Ip i ranga e
coordenador de Desenvolvimento
do IBI .Ele é, inclusive, um dos que
mais lutam para que o desfile oficial
de 7 de setembro volte a ser
realizado no Monumento do
Ipiranga.Essa briga, segundo
Guilherme, continua.
"Eu quero lutar para que no ano que
vem o desfile oficial de 7 de
setembro ocorra no Monumento do
Ipiranga e conto com o Instituto
Brasil Imperial para brigar por isso.
O evento foi transferido para o
Anhembi, que não tem nenhuma
relação com a história do País",
destacou. Merece destaque,
também, Antonio Jorge Mansur,
grande incentivador do IBI junto à
associação comercial do bairro do
ipiranga
Guilherme: "Eu quero lutar para que no ano que vem o desfile oficial
de 7 de setembro ocorra no Monumento do Ipiranga e conto com o
IBI para brigar por isso. O evento foi transferido para o Anhembi, que
não tem nenhuma relação com a história do País"
Mundo RealPor Danilo Garcia de Andrade, Guardião de Bobadela
1) Dom Antônio de Orleans e Bragança recebeu no dia 24 de junho de 2010 a Ordem de Malta em cerimônia no Rio de Janeiro, celebrando juntamente seus natálicios de 60 anos. Estavam presentes membros da Família Imperial, membros do clero e amigos monarquistas.
2) Princesa e herdeira do trono da Suécia, Victoria casou-se sábado dia 19 de junho de 2010 com seu ex-professor de ginástica, Daniel Westling. A Princesa é filha da Rainha Sílvia Renate Sommerlath, que por sua vez é a mais nova dos três irmãos e filha do empresário alemão Walther Sommerlath, que se tornou presidente da subsidiária brasileira da metalúrgica sueca Uddeholm, e de sua esposa, Alice Soares de Toledo, uma brasileira de origem portuguesa e espanhola.
3) Rei Juan Carlos da Espanha recuperou-se muito bem da cirúrgia para retirada de nódulo benigno do pulmão direito no dia 08 de maio de 2010. O Rei está bem disposto e já retomou suas atividades como Chefe de Estado. A Rainha da Espanha, Dona Sofía, assistiu ao jogo na África do Sul ente Espanha e Alemanha.
4) Duque de Bragança, participa de eventos ligados a Fundação Dom Maunuel II, para arrecadar fundos a causa monárquica
Reinaldo Azevedo: O “Estado de Bem-Estar Democrático!” É o nome de nossa causa!Responsável por um dos blogs de análise política mais acessados do País, o jornalista Reinaldo Azevedo, um dos
mais corajosos críticos do atual governo, lança um manifesto em defesa da democracia no País
Responsável por um dos blogs de
análise política mais acessados do
País, o jornalista Reinaldo Azevedo,
um dos mais corajosos críticos do
atual governo, lança um manifesto
em defesa da democracia no Paí
intitulado “Uma carta aos leitores.
Lanço hoje uma luta e volto a ser um
militante: minha causa, agora, é o
´Estado do bem-estar democrático”.
O endereço é ht tp: / /veja.
abril.com.br/blog/reinaldo/.Veja o artigo na íntegra:
“Leitores do Tio Rei,
não sou do tipo que, invejando a
saúde dos jovens, o colágeno de
sua pele, cantarola: “Esses moços/
pobres moços/ ah, se soubessem o
que eu sei”… Aos 48, ainda não
tenho idade pra isso, embora não
me fizesse mal nenhum ter agora 25
— de preferência, sabendo o que eu
sei, hehe. Brincadeirinha à parte,
idade ou juventude indicam, sem
dúvida, mais experiência ou menos,
mas não necessariamente mais
repertório ou menos. Os livros
existem também para que nos
preservemos de certos enganos,
sem que precisemos passar por
eles.P o r q u e e s s a c o n v e r s a ?
Compadecem-me um tantinho os
jovens jornalistas e candidatos a
tanto, ainda nas universidades.
Refiro-me a dois grupos em
particular:1) aos que “sabem”, porque
bastante lidos, e tiveram ou têm de
suportar a patrulha bucéfala em
Da Redação do IBI seus cursos, submetidos à
g l o s s o l a l i a i d e o l ó g i c a
esquerdopata de professores que
transformam as salas de aula em
verdadeiras madraçais partidárias;2) aos que se deixaram seduzir,
muitas vezes sem nem perceber,
pelo “outro mundo possível”, sem
se dar conta de que “o outro mundo
possível” só foi “impossível” até
agora porque, a partir de certo
estágio, a civilização resiste ao
horror — o que não quer dizer que
não possa cair nele, como
provaram os fascismos europeus
d o s é c u l o p a s s a d o e o
bolchevismo.Como sabem, sou bastante crítico
da imprensa, mas não para
controlá-la e esmagá-la, como
Dilma deixou claro querer no
programa que rubricou, mas não
tragou. Reconheço que a coisa é
realmente complicada para os
moços. Como se livrar daquela
c r a c a q u e s e g r u d o u a o
pensamento, a lhes dizer que sua
tarefa não é relatar o que vêem e o
que apuram, segundo a regra da
ordem democrática, mas promover
“justiça social”, como se a dita-cuja
fosse um conceito universal ou
natural, feito a Lei da Gravidade, e
não es t i vesse e la p rópr ia
submetida a crivos ideológicos?
Como é que essa “meninada” vai
entender que essa tal “justiça
social” é parte de um discurso
organizado de quem tem um
projeto bem mais amplo do que
simplesmente promover a
“igualdade”?É difícil! A questão lhes é proposta,
desde a mais tenra idade — e eu
tenho filhas, lembram-se? —, como
uma imposição moral, de sorte que a
agenda ideológica fica diluída numa
conve rsa pas tosa sob re a
igualdade, a maldade das elites, o
egoísmo… Em que momento
esses jovens entraram em
contato com o pensamento que
assegura, porque isto é história,
que é a democracia a grande
promotora da justiça social, e não
a justiça social a promotora da
democracia? Resposta: nunca!Os exemplos estão aí: nos países
em que o discurso da justiça social
se tornou o redutor do debate
público, prosperaram e prosperam
as ditaduras; naqueles em que a
ordem democrática é tornada
questão inegociável, não se
admitindo práticas que a solapem,
caminha-se progressivamente para
a redução das condições que geram
as desigualdades, restando a cada
indivíduo arbitrar sobre o seu
destino, porque este segue sendo o
único horizonte que dignifica a vida
humana: a escolha.Os dirigentes que transformaram a
“justiça social” no objeto último de
sua luta caminharam, sem
exceção, para a ditadura — e pouco
importa saber se seus propósitos
eram originalmente bons. Os que
f izeram da democracia seu
horizonte inegociável tornaram o
mundo mais tolerante; produziram a
igualdade das leis para que os
homens, livres para escolher,
pudessem ser desiguais.Sei, no entanto, que há uma espécie
de “conspiração da bondade” contra
os fundamentos da democracia.
Militâncias particularistas — de
gênero, de cor de pele, do meio
ambiente, até de categorias
profissionais — tomaram o lugar
antes ocupado pela velha “luta de
classes” e pretendem, a partir de
sua visão muito particular de mundo,
construir um saber de abrangência
supostamente universal. Levadas a
efeito todas as suas propostas,
seríamos, sem dúvida, menos livres
porque teríamos de obedecer aos
“superintendentes” das causas.Os jovens se deixam seduzir muitas
vezes não porque sejam bobos, mas
porque pretendem ser justos;
ignoram que certas “causas”, se
bem-suced idas , so lapa r iam
justamente o regime de liberdades
que lhes permite a manifestação, a
organização, o protesto. Esse
ímpeto, no mais das vezes, é
manipulado por grupos ideológicos
— no caso do Brasil, por um partido
político em particular: o PT. Partido
que, diga-se, em muitos aspectos,
não poderia ser mais “da ordem” do
que é; no que concerne à
democracia, continua a ser da
d e s o r d e m — d e s o r d e n a a
democracia.
Imprensa e bem-estar democráticoPenso naquele programa que Dilma
enviou ao TSE, depois substituído
por outro, não menos deletério no
que respeita à imprensa. A sede de
controlar a “mídia” foi reiterada
depois, de modo um tanto oblíquo,
numa entrevista concedida pelo
presidente do partido.Na oposição, os petistas exaltavam
a liberdade de imprensa; no
governo, passaram a lastimá-la. Na
oposição, contavam com o
trabalho da imprensa para chegar
ao poder; no governo, querem
silenciá-la para continuar no
poder. A liberdade, pois, que lhes foi
tão útil para a conquista de um
objetivo passou a ser um empecilho
para a conquista do outro.O “controle da mídia” é uma dessas
causas vendidas aos jovens. Nós
conhecemos uma das respostas do
PT à imprensa que o partido
considera “pouco afeita (sic) à
qualidade, ao pluralismo e ao
debate democrático”: a malograda
TV Pública, cuja mensagem se
propaga numa vasta e milionária
solidão, falando para ninguém. O
governo e o partido, nesse
particular, não têm conseguido nem
mesmo ser doutrinários. O leitor, o
telespectador, o ouvinte e o
internauta repudiam a imprensa
chapa-branca, o jornalismo a soldo,
feito sob mando do estado, do
governo ou de um partido.O PT dos vários programas tem,
na verdade, um programa só:
substituir a sociedade pelo
part ido , daí as re i teradas
tentativas de controlar a imprensa.
O jornalismo digno desse nome,
que não se confunde com os
esbirros a soldo, investiga o poder,
questiona os poderosos, fala em
defesa dos direitos protegidos pela
Constituição. E é alvo permanente
dos que preferem se esgueirar nas
sombras, atuando à margem da lei.
E n q u a n t o e x t r e m i s m o s
homicidas lutavam para provar a
moralidade superior de suas
r e s p e c t i v a s d i ta d u r a s , a
imprensa brasileira encarnava a
firme, paciente e continuada
defesa da democracia e do
estado de direito. E tem de
continuar livre. Porque quero
continuar a criticá-la!A imprensa, como destacou a Carta
ao Leitor da VEJA, na semana
passada, não tem lições a receber
de quem não compreende o valor
universal da democracia e pretende
subordiná-la aos interesses de um
partido e de grupos de pressão que,
sob o pretexto de representar a
diversidade, falam em nome de seus
próprios preconceitos.A liberdade de imprensa não é uma
concessão que governos generosos
ou compassivos fazem à sociedade.
Ao contrário: os governos é que são
uma concessão dos cidadãos à
necessidade de um ordenamento
jurídico que garanta as liberdades
individuais. Elegemos governos
para que eles assegurem os nossos
direitos, não para que os cassem.Os autoritários transformam o
estado e o governo numa finalidade.
Para os democratas, eles são meios
que asseguram as liberdades
individuais e públicas. A imprensa é
o pilar do bem-estar democrático,
sem o qual a meta do bem-estar
s o c i a l é p r o m e s s a v ã d e
embusteiros.Paro (talvez…) uns dias para
descansar, mas já estou cheio de
ânimo para o retorno. Todos dizem
querer o bem-estar social, e essa
luta, sem dúvida, já está muito bem
representada e tem mui tos
militantes. Saio um pouquinho e
volto para a causa para a qual os
c o n v o c o : O B E M - E S T A R
DEMOCRÁTICO, pouco importa
quem vença as eleições. Não
permitiremos que façam a nós, em
nome de seus princípios, o que
jamais faríamos a eles, em nome
dos nossos.
O “ E s ta d o d e B e m - E s ta r
Democrático!” É o nome de nossa
causa!
Os defensores da democracianão devem aceitar a prisão de Alejandro Peña Esclusa pelapolícia política de Hugo Chávez
O presidente das organizaçõs
UnoAmérica e Fuerza Solidária,
Alejandro Peña Esclusa, foi preso no
dia 12 de julho pela polícia política do
ditador venezuelano Hugo Chávez.
Ele é mantido recluso baseado em
falsas denúncias sem provas. A mais
nova agressão a democracia feita
pelo amigo do nosso presidente Lula
não deve passar despercebida. É
preciso espalhar aos quatro cantos
do mundo que há um grande
movimento capitaneado pelo Foro
de São Paulo para implantar
regimes de exceção no continente
sulamericano. Do cárcere, Peña
Esclusa escreveu a carta abaixo,
traduzida por Graça Salgueiro e
publicada no site Mídia sem
Máscara:
"Desde há dois anos tenho esperado
meu encarceramento, devido ao
trabalho tão efetivo que venho
realizando contra o Senhor Chávez
e seus aliados do Foro de São Paulo.
Nos próximos dias e semanas, se irá
divulgando o alcance de tal trabalho.
Amigos e conhecidos, e inclusive
meus companheiros de UnoAmérica
em todo o continente, insistiram
comigo em que devia sair da
Venezuela e trabalhar desde fora.
"No exterior você poderá ser mais
útil à causa; na prisão estará
anulado", me diziam.
Entretanto, eu lhes respondia: "A
Venezuela necessita de líderes
dispostos a se sacrificar por sua
pátria. Há tanto desencanto, tanto
d e s c r é d i t o , q u e d e v e m o s
proporcionar ao país dirigentes que
dêem testemunho de seu amor
pela Venezuela. É a única forma de
levantar o moral do povo", disse-
lhes.
Ta m b é m r e i t e r e i a m e u s
companheiros que esta luta não é
só política, senão primordialmente
espiritual. Um modelo materialista e
ateu não se vence com receitas
políticas, senão com valores e
p r i nc íp ios t r anscenden tes ,
encarnados em líderes que, com
seu exemplo, infundam otimismo e
esperança.
Foi João Paulo II quem derrotou o
comunismo na Polônia e não a
atuação pol í t ica, embora a
colaboração do Solidarnost tenha
sido fundamental. Aqui aproveito
para ressaltar que Fuerza Solidaria,
a organização que presido, é
inspirada naquela mesma luta, daí
seu nome.
Pelo que foi dito anteriormente, meu
encarceramento não só poderia
contribuir para a libertação da
Venezuela das garras do Castro-
c o m u n i s m o , s e n ã o q u e
paradoxalmente, também me ajuda
a libertar-me a mim mesmo.
Sinto que minha vida cobra um
significado especial porque não vivo
para meu próprio benefício, senão
para uma causa que é superior a
mim.
Se com o cárcere meus adversários
p e n s a v a m e m m e m a n t e r
p r i s i o n e i r o , c o n s e g u i r a m
justamente o contrário: libertaram
s e n t i m e n t o s e e m o ç õ e s
indescritíveis, daquelas que inflam o
coração de amor pela pátria.
Aos meus queridos compatriotas
lhes reitero:
Não tenham medo! Ânimo, tenham
esperança!
Alejandro Peña Esclusa
Desde o Irmão Cárcere
Caracas, 17 de julho de 2010."
A mais nova agressão a democracia feita pelo amigo do nosso presidente Lula não deve passar
despercebida. É preciso espalhar aos quatro cantos do mundo que há um grande movimento capitaneado pelo
Foro de São Paulo para implantar regimes de exceção no continente sulamericano
Da Redação do IBI
Em carta, Peña Esclusa alerta candidato José Serra sobre os perigos da ligação PT-Chávez-Farc
O prisioneiro político Alejandro Peña
Esclusa dá uma alerta a José Serra,
relembrando atitudes de Lula que
confirmam a aliança PT-Farc. O
tema vem sendo silenciado pela
grande parte da imprensa, que
insiste em não revelar os interesses
dos membros do Foro de São Paulo
em sepultar a democracia na
América do Sul. O texto foi
publicado no site Mídia sem
Máscara, com tradução de Graça
Salgueiro:
Senhor,
Dr. José Serra
Candidato à Presidência
O prisioneiro político Alejandro Peña Esclusa dá uma alerta a José Serra, relembrando atitudes de Lula
que confirmam a aliança PT-Farc. O tema vem sendo silenciado pela grande parte da imprensa, que insiste em não
revelar os interesses dos membros do Foro de São Paulo em sepultar a democracia na América do Sul
Da Redação do IBI
República Federativa do Brasil.
Tenho o prazer de dirigir-me ao
senhor, na oportunidade de
respaldar plenamente suas
recentes declarações públicas a
respeito dos vínculos do Partido
dos Trabalhadores (PT) e de Hugo
Chávez com as FARC.
O PT é o fundador e principal
promotor do Foro de São Paulo
(FSP), organização à qual
pertencem as FARC desde o
primeiro dia de sua criação, em
julho de 1990, enquanto que
Chávez inscreveu-se cinco anos
mais tarde, em maio de 1995.
Embora o Secretário Geral do Foro
de São Paulo, Valter Pomar, se
empenhe em negá-lo, lhe asseguro
q u e a s FA R C c o n t i n u a m
pertencendo ao FSP até o dia de
hoje. Sobre isso, há abundantes
provas públicas.
Desejo chamar sua atenção sobre
as declarações dadas pelo
presidente Lula, líder máximo do PT,
no passado 29 de abril de 2009, nas
q u a i s p r o p ô s à s F A R C
transformarem-se em partido
político e participar em eleições,
evitando dizer que se trata de um
grupo terrorista que assassina,
seqüestra, extorque e trafica
drogas. Esta posição só é explicável
pela afinidade ideológica que existe
entre o PT e as FARC.
Quanto a Chávez, o senhor tem
razão quando afirma que "até as
árvores sabem" de seus nexos com
as FARC. O próprio Chávez os
tornou públicos quando pediu um
minuto de silêncio pela morte de
"Raúl Reyes", e ao permitir a
presença na Venezuela de estátuas
de Manuel Marulanda "Tirofijo".
A s d e n ú n c i a s d o g o v e r n o
colombiano na recente Sessão
Extraordinária da OEA, sobre a
presença de acampamentos das
FARC na Venezuela, só vieram
reconfirmar o que "até as árvores" já
sabiam.
Desde 1995 venho denunciando os
vínculos de Chávez com a guerrilha
colombiana. O acusei penalmente
por isso e apresentei provas sobre o
tema em cenários internacionais,
inclusive no Brasil.
Queria convidá-lo a aprofundar seus
conhecimentos sobre o Foro de São
Paulo. Estou certo de que lhe será
de grande utilidade não só em sua
campanha, mas na segurança e
defesa de sua pátria.
Despeço-me desejando-lhe o
melhor dos êxitos em seus projetos.
Muito atenciosamente,
Alejandro Peña Esclusa
Presidente de UnoAmérica
Autor do livro "O Foro de São Paulo,
uma ameaça continental"
Prisioneiro político
Projeto recupera Rota Imperial São Pedro de Alcântara entre Minas Gerais e Espírito Santo
O Instituto Rota Imperial foi
constituído para desenvolver o
turismo e a economia dos 31
municípios abrangidos pelo projeto
Rota Imperial entre Minas Gerais e
Espírito Santo.
A exemplo do que acontece em
Minas Gerais, com a Estrada Real,
essa entidade gerencia todas as
etapas do resgate histórico e o
desenvolvimento turíst ico da
Estrada São Pedro D’Alcântara.
O objetivo é promover a economia
das diversas cadeias produtivas das
regiões abrangidas pela Rota
Imperial, por meio de projetos que
envolvam os municípios e a
A exemplo do que acontece em Minas Gerais, com a
Estrada Real, essa entidade gerencia todas as etapas
do resgate histórico e o desenvolvimento turístico da
Estrada São Pedro de Alcântara. O objetivo é promover
a economia das diversas cadeias produtivas das
regiões abrangidas pela Rota Imperial
Da Redação do IBI promoção de ações para o
aumento do fluxo turístico.
Com o apoio do Ministério do
Turismo, o Sistema Findes é o
responsável pela gestão do
Instituto Rota Imperial e atua, em
conjunto com outras entidades, em
parcer ia com os governos
estaduais do Espírito Santo e de
Minas Gerais.
Veja a seguir texto de João
E u r í p e d e s F r a n k l i n L e a l ,
paleógrafo e historiador da
Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (UNIRIO), sobre a
história da rota:
“No in íc io da co lon ização
portuguesa no Brasil, quando da
criação do sistema administrativo
d e n o m i n a d o C a p i t a n i a s
Hereditárias, em 1534, foi doada a
Vasco Fernandes Coutinho uma
área que, em 1535, tornou-se a
Capitania do Espírito Santo. Seu
território abrangia inicialmente uma
enorme área que englobava, além
do atual Espírito Santo, boa parte de
Minas Gerais e parte de Goiás, pois
seu limite se dava pelo meridiano de
Tordesilhas. Foi dentro deste
território, então percorrido no século
XVII por bandeirantes paulistas,
ávidos por ouro, prata e pedras
preciosas, que um deles, Antônio
Rodrigues Arzão, em 1692, nas
cabeceiras do rio Casca, na então
falada e pouco conhecida Casa do
Casca, descobriu, oficialmente, o
o u r o t ã o p r o c u r a d o p e l o s
bandeirantes.
Foi a partir deste evento que
materialmente se concretizou o ciclo
do ouro no Brasil, mudando
radicalmente a economia e a política
co lon ia l . Es te ou ro , en tão
descoberto na região do rio Casca,
foi levado à vila mais próxima, a Vila
de Vitória, sede da Capitania do
Espírito Santo. Eram três oitavas de
ouro que foram apresentadas ao
capitão-mor João de Velasco
Molina e aos oficiais da Câmara de
Vitória. Deste ouro, ofertado como
prova da descoberta, fez-se dois
anéis: um para o descobridor Arzão
e outro para o Capitão- Mor do
Espírito Santo.
Este ouro encontrado não foi
realmente o primeiro a ser
encontrado no Brasil, pois em
outras regiões brasileiras o metal já
havia sido detectado, mas sempre
em proporções pequenas. O que
ele representa é o início da maior
corrida ao metal, com sucesso, na
história recente do homem e que,
por cerca de um século, mudou
radicalmente a colônia do Brasil.
F a c e a i s t o , a p o l í t i c a
governamental do Reino de
Portugal procurou se adaptar à
nova realidade regulamentando a
exploração do ouro, evitando ao
máximo seu descaminho ou seu
contrabando e agindo de forma a
controlar a produção, a cobrança de
tributos e a entrada e saída de
pessoas das Minas Gerais.
Foi criada a Capitania de São Paulo
e Minas Gerais logo depois de
desmembrada em duas. Boa parte
desse território pertenceu à
Capitania do Espírito Santo, que
ficou restrita a uma faixa de terra à
beira mar.
Com a explosiva produção de ouro
já nas primeiras décadas do século
XVIII, o governo Português,
consciente de que quantos mais
c a m i n h o s h o u v e s s e , m a i s
contrabando haveria, delimitou o
uso de apenas uma estrada de
acesso às minas. Primeiramente,
partindo do Porto de Parati, no Rio
de Janeiro, o Caminho Velho da
Estrada Real, em direção a Ouro
Preto foi a rota permitida. Depois foi
complementada pelo Caminho
Novo, que partia diretamente da
cidade do Rio de Janeiro para as
Minas Gerais.
Foi proibido qualquer outro acesso
às Minas e, principalmente, partindo
do vizinho Espírito Santo, que se
tornou, em expressão da época, a
“defesa natural das Minas Gerais”.
Era vedado qualquer contato. Era
proibida qualquer entrada.
E o Espírito Santo, com sua floresta,
seus indígenas não muito amistosos
e as dificuldades impostas pela
natureza, cumpriu, em parte, seu
papel.
Hoje, entretanto, sabemos que
muitos bandeirantes, muitos
aventureiros, muitos mineiros
cruzaram o território do Espírito
Santo no século XVIII, onde
mineraram ouro, especialmente na
região do vale do rio Jucu, Castelo,
Pardo e Itapemirim. Este ouro, por
ser de mineração proibida, foi
totalmente contrabandeado, não
pagando impostos ao governo de
Portugal. Um dos mais famosos
mineradores foi Pedro Bueno
Cacunda que, com seu grupo,
explorou o ouro de Castelo de 1705
a 1735, centrado no Arraial de
Santana, quando abandonou a
região. Outros mineradores
percorriam a região, exploravam o
ouro e muitos relatavam constantes
ataques de índios puris, sendo
famoso o grande ataque de 1771
que, com vitória indígena, retirou da
região, do rio e da serra do Castelo,
boa parte dos aventureiros.
Entretanto é bom lembrar que, se
no lado do Espírito Santo era
proibida abertura de estradas, no
lado mineiro isto não acontecia e
mapas de Minas Gerais, da
segunda metade do século XVIII, já
mostravam caminhos em direção
ao Espírito Santo, seja via vale do
rio Doce, seja em direção à região
mineira do rio Casca e do rio
Manhuaçu.
Mas, ao findar do século XVIII, a
mineração de ouro em Minas
Gerais estava já decadente e o
governo português procurava
buscar alternativas de riquezas na
região. No século XIX, o Espírito
Santo foi brindado por uma
seqüência de governantes que
primaram pela boa qualidade de
atuação. Eram eles: Antônio Pires
Pontes (1800 – 1804), Manoel
Vieira Tovar (1804 – 1811),
Francisco Alberto Rubim (1812 –
1819) e Baltazar de Vasconcelos
(1819 – 1822). Todos foram figuras
i lustres, de ótima formação
intelectual e amigos pessoais da
administração central, ressaltando
principalmente Francisco Alberto
Rubim que, entusiasmado com as
qualidades do território do cento e
do sul do Espírito Santo, procurou
promover seu desenvolvimento.
Mas a idéia de uma ligação regular
entre Espírito Santo e Minas Gerais
já estava presente no governo de
Antônio Pires Pontes, que via no rio
Doce o caminho ideal e chegou a
anunciar sua abertura à navegação
em 1802. Em 1811, foi sugerido ao
Ministro do Príncipe Regente D.
João, Conde de Barca, que a “nova
estrada que de Minas Gerais se
dirige pela Serra dos Arripiados e
que segundo dizem, vai até a
Capitania do Espírito Santo por
esse rio de Santa Maria se
efetuasse, seria esta comunicação
de maior vantagem que a
navegação do rio Doce”. Foi nesse
contexto que o Príncipe Regente D.
João emitiu uma Instrução Real, em
11 de abril de 1814, que gerou ofício
de mesma data ordenando a
construção de uma Estrada Real
ligando Vitória, no Espírito Santo, a
Ouro Preto, em Minas Gerais.
Era governador do Espírito Santo
Francisco Alberto Rubim, amigo
pessoal do Ministro Conde de Barca,
principal político da Corte do Rio de
Janeiro. Nesta mesma data foi
encarregado da abertura da estrada
denominada de São Pedro de
Alcântara o Tenente Coronel
Ingnácio Pereira Duarte Carneiro.
Sua tarefa seria de abrir uma estrada
a partir do Porto de Cachoeiro de
Santa Maria. Em 23 de maio de 1815
foram dadas as novas instruções ao
encarregado da obra da estrada,
estabelecendo o fornecimento de
soldados e índios, a criação de
quartéis de proteção na estrada de
três em três léguas com três
homens, armas, ferramentas e
mantimentos.
Finalmente, em 28 de agosto de
1816, o Tenente Coronel Ignácio
Pereira Duarte Carneiro comunicou
oficialmente ao Governador do
Espírito Santo, Francisco Alberto
Rubim, a conclusão da Estrada Real
ligando a Capitania de Minas Gerais
com oito quartéis de proteção no
Espírito Santo e que o encontro do
grupo mineiro se deu próximo às
margens do rio Pardo.
De imediato, em 04 de dezembro de
1816, D. João VI assinou a Carta
Régia destinada ao Governo do
Espírito Santo na qual ordenou a
promoção da comunicação entre
Espírito Santo e Minas Gerais, a
abertura de outras estradas
c o m p l e m e n t a r e s s e m p r e
guarnecidas de tropas, que se
examinasse o uso dos rios para
navegação, que por dez anos
fossem isentas de impostos as
mercadorias que aí transitassem,
assim como dos produtos aí
cultivados. Ordenou ainda que se
promovesse a lavra do ouro nas
minas do Castelo e arredores, que
anualmente fossem levados ao Rei
os progressos da região, que se
promovesse a pacificação dos
ind ígenas t ra tando-os com
brandura, mas aos hostis que
fossem radicalmente castigados.
E m 1 8 1 8 , a e s t r a d a f o i
minuciosamente medida, trecho a
trecho, descrevendo-os de tal
forma que este documento foi
básico para na atualidade se
identificar seu itinerário. A medição,
desde Cachoeiro do Rio Santa
Maria até Ouro Preto, totalizou 71
léguas e ¾. Entretanto, assim que a
estrada passou a ser usada houve
constantes reclamações dos
mineiros quanto ao porto de
chegada no rio Santa Maria situado
ao fundo da Baía de Vitória, devido
haver necessidade de percorrer
todo um longo trecho sobre canoas,
descendo o rio para se chegar ao
Porto de Vitória. Em conseqüência,
viabilizou-se um novo ramal em
1817, que se dirigia, através da
povoação de Viana, ao Porto Velho
de Itacibá, em Cariacica, onde
havia a travessia para a cidade de
Vitória.
Este caminho novo sobrepujou,
mas não anulou o antigo ramal. Os
quartéis espaçados pela estrada
foram algumas vezes modificados
de l oca l i zação ou mesmo
desativados defini t ivamente.
Inicialmente eram eles: Cachoeiro
do Rio Santa Maria (depósito geral),
Bragança, Pinhel, Serpa, Ourém,
Barcelos, Vila Viçosa, Monforte,
Souzel, Chavez, Santa Cruz e Vila
Príncipe, todos nomes de cidades
de Portugal, sendo pouco depois
criados os de Borba e o de Melgaço.
O Quartel de Borba ficava na
Fazenda pertencente ao construtor
da estrada, Ignácio Pereira Duarte
Carneiro.
As distâncias eram em léguas: de
Vitória a Viana, quatro léguas; de
Viana a Borba, duas; de Borba a
Barcelos, doze; de Barcelos a Vila
Viçosa, três; de Vila Viçosa a
Monforte, cinco; de Monforte a
Souzel, três; de Souzel ao rio Pardo
(Chavez), quatro; do rio Pardo ao rio
José Pedro (Príncipe), sete; do rio
José Pedro ao Manhuaçu, três; do
Manhuaçu ao rio Matipó, duas; do
rio Matipó a Cachoeira Torta, duas;
de Cachoeira Torta ao Quartel do
Casca, três; do Quartel do casca a
Ponte Nova, seis; de Ponte Nova a
Furquim, sete; do Furquim a S.
Caetano, duas; de S. Caetano a S.
Sebastião, duas; de S. Sebastião a
Ouro Preto; duas ou a Mariana, uma
légua.
Evidente que, uma vez concluída
em 1816, a estrada teve seu uso
imediato, mas é escassa a
documentação de transeuntes e
mercadorias. Entretanto, tem-se
comprovação da chegada em 22 de
junho de 1820 de uma primeira
boiada vinda de Minas Gerais pela
também denominada Estrada do
Rub im. Mas parece que o
empreendimento não deu os
resultados financeiros esperados,
apesar das manifestações de
surpresa e mesmo de júbilo pelo
fato. Também usou de parte da
estrada, a principal e mais conhecida
expedição de mineiros, ao sul do
Espírito Santo, com o objetivo de
localizar boas terras para aberturas
de fazendas. Foi a expedição
chefiada por Manoel Esteves Lima,
em 1820, que atravessou do sul do
Espírito Santo até a Vila de
Itapemirim e que retornou a Minas
Gerais após se apossar de terras
que deram origem a boa parte das
futuras vilas. A busca de boas terras
n o E s p í r i t o S a n t o f o i u m
empreendimento constante de
famílias mineiras que acabaram aí
se instalando e mantendo um
constante fluxo de idas e vindas
entre Minas Gerais e Espírito Santo.
Mas o Espírito Santo, após a
independência do Brasil, foi
penalizado com governos fracos,
instáveis e irresponsáveis que
contribuíram para uma constante
decadênc ia econômica que
perdurou até o início do segundo
Império. Esta decadência refletiu no
uso da Imperial Estrada São Pedro
de Alcântara que entrou em
processo de abandono com
fechamento de quartéis que a
protegiam e destruição natural de
seu leito. Esta situação se agravou a
partir de 1828, fazendo com que as
condições de tráfego fossem quase
uma impossibilidade conforme ofício
de 7 de janeiro de 1831 do
Presidente a Província do Espírito
Santo. Interessantíssimo observar
que, se o trecho Imperial da Estrada
São Pedro de Alcântara no Espírito
Santo estava nesta precária
situação, o trecho em território de
Minas Gerais encontrava-se em
pleno uso e com crescente
movimento. Em função disto, em
1833, o Tenente Coronel Ignácio
Pereira Duarte Carneiro propôs sua
limpeza e reabilitação o que foi feito
com mão de obra de indígenas de
Nova Almeida e alemães originários
de Bremen que haviam chegado à
região.
A estrada ganhou novo alento, mas
faltavam maiores motivações
econômicas e recursos para sua
manutenção. Se ela tinha uso
constante desde Ouro Preto até o
Caparaó, a partir daí até a região de
Viana ou Santa Maria, o movimento
e r a e s c a s s o , f r u t o d o
empobrecimento de Vitória e do
Espírito Santo. Na década de 1830,
houve um florescimento da busca
do ouro na região do rio Pardo e do
rio Castelo, mas sem maiores
conseqüências a não ser da
movimentação de mineradores.
Importantíssimo para a vida da
estrada foi o estabelecimento do
Aldeamento Imperial Afonsino em
1845, onde hoje é Conceição do
Cas te lo . O a ldeamento de
indígenas era uma política que há
muito se propunha para minorar os
choques com puris e botocudos que
viviam na região de quase toda a
estrada. Responsável por esta
polí t ica, o futuro Barão de
Itapemirim, João Marcelino da Silva
Lima reuniu-se com o vice-
presidente da Província de Minas
Gerais, Quintiliano José da Silva, na
vila do Quartel do Príncipe, em
1845. Neste encontro, estabeleceu-
se a criação do Aldeamento Imperial
Alfonsino que foi gerido inicialmente
pelo engenheiro Teodorico Wilnes.
Nessa época, foi criado um ramal da
estrada São Pedro de Alcântara que
partia do Aldeamento Imperial
Alfonsino para o sul, seguindo pelo
vale do rio Castelo à margem sul do
rio Itapemirim até a Vila de
Itapemirim. Também nesta altura foi
criado outro ramal da estrada, que
partia do Quartel de Santa Cruz em
direção a Alegre. Era a expansão
lateral da Estrada do Rubim ou São
Pedro de Alcântara.
Mas no início da década de 1850,
novamente surgiu a reclamação de
que a estrada estava intransitável
no lado do Espírito Santo e era o
próprio governo de Minas Gerais
que reclamava, pois era de seu
interesse a manutenção da
comunicação com Vitória. Um
documento de 14 de setembro de
1857 mostra a preocupação dos
Governos de Minas Gerais e
Espírito Santo no sentido de se
manter as comunicações entre as
províncias e lamenta as más
condições das estradas, inclusive
da São Pedro de Alcântara ou
Estrada do Rubim. Para buscar
uma solução, o governo de Minas
Gerais já enviara seu engenheiro H.
Dumont que emitiu, em 1855, um
laudo sobre a situação das
referidas estradas e as dividiu em
itens. No primeiro item, falou do
trecho entre Ouro Preto e Abre
Campo; no segundo, sobre Abre
Campo e o Príncipe, na divisa do
Espírito Santo; no terceiro, tratou da
estrada entre o Príncipe e Santa
Cruz com sua bifurcação para
Vitória; na quarta, apreciou o ramal
que se abriu de Santa Cruz para
Alegre e Cachoeiro; no sexto item,
detalhou o trecho entre Santa Cruz
e Vitória, com referencias maiores
sobre o rio Pardo, Aldeamento
Alfonsino, Castelo e o rio Jucu.
Dispôs sobre a boa qualidade do
porto de Vitória, que seria uma
alternativa ao porto do Rio de
Janeiro para interesses da
Província de Minas Gerais. E
concluiu ser muito interessante que
se transformasse em boa estrada o
percurso que tem um bom clima.
Falou da estrada pelo rio Doce,
onde há terrenos planos e ótimas
madeiras, mas que o clima era
“pestilento”. Portanto, com este
laudo, Minas Gerais e Espírito
Santo passaram a ter um maior e
rigoroso interesse na manutenção e
melhorias da Estrada São Pedro de
Alcântara, que nada mais era que
uma Rota Imperial da Estrada Real.
O relatório do Engenehiro H.
Dumont foi complementado por
considerações de 10 de setembro
de 1857, que comparou as outras
possíveis ligações entre as duas
províncias. Tratou da possível
Estrada de Santa Tereza, via rio
Doce, da estrada pelo Mucuri e da
que, saindo de Ouro Preto, passava
por Carangola e chegava até a Vila
de Itapemirim. Tudo isto tratado,
deu-se prioridade à Imperial
Estrada São Pedro de Alcântara.
Com o incremento da chegada de
colonos europeus (alemães,
austríacos, italianos, espanhóis e
outros) ao Espírito Santo, foi a
e s t r a d a u s a d a p a r a o s
assentamentos de colônias como
Santa Leopoldina, Viana, Santa
Isabel e Castelo garantindo seu uso
c o n s t a n t e e i n t e r m i t e n t e
exatamente no percurso onde até
então era mais exíguo.
D. Pedro II, em sua visita ao Espírito
Santo em 1860, usou de parte da
estrada na visita que fez às colônias
de Santa Isabel e Viana e elogiou
sua qualidade no seu infalível e
temido diário.
As famílias que vieram de Minas
Gerais (Mariana, Ponte Nova, Rio
Casca, Cachoeira Torta e Abre
Campo) para estabelecer fazendas
n o s u l d o E s p í r i t o S a n t o
continuaram a usar a rota da
estrada em suas idas e vindas. Os
espírito-santenses que estudavam
no colégio do Caraça e em Ouro
Preto, como os irmãos Fernando,
Bernardino e Jerônimo Monteiro, ou
o republicano Bernardo Horta, na
d é c a d a d e 1 8 8 0 , f o r a m
permanentes usuários, conforme
documentação pertinente.
A estrada prestou excelentes
serviços às duas províncias até o
início da República quando, no fim
do século XIX e princípio do século
XX, houve a expansão ferroviária,
especialmente da Estrada de Ferro
Leopoldina, que suplantou a velha
Estrada do Rubim. Hoje, a Rota
Imperial da Estrada Real, ou
Estrada São Pedro de Alcântara, é
acompanhada de forma quase
paralela pela Rodovia Federal
BR262, desde Vitória até Minas
Gerais, em Rio Casca e, a partir daí,
por Rodovia Estadual até Ouro
Preto. Entretanto, seu roteiro ou
percurso praticamente havia caído
no esquecimento e se perdido.
Finalizando a exposição, creio ser
interessante explicar o conceito de
E s t r a d a R e a l e r e f l e x õ e s
complementares. Era denominada,
na época do Brasil Colônia, Estrada
Real aquela cuja construção havia
sido determinada por ordem do Rei
e seu custo a cargo de seu tesouro.
Não foram muitas as estradas reais
e a aqui tratada foi possivelmente
uma das últimas, senão a última, no
Governo de D. João VI. Ela foi
denominada de Estrada Real São
Pedro de Alcântara em homenagem
ao Santo protetor da família real
portuguesa e, com a independência
brasileira e instalação do Império,
passou a ser Estrada Imperial São
Pedro de Alcântara. Uma estrada
real era construída para atender
regiões com seus viajantes,
moradores e tropeiros e possuía
uma largura média de quinze
palmos, cerca de três metros. No
caso específico da estrada São
Pedro de Alcântara, chama a
atenção o fato de usar sempre um
percurso no alto das montanhas,
principalmente desde a região das
cabeceiras do rio Casca em Minas
Gerais até o litoral do Espírito Santo.
A explicação que se percebe, nas
entrelinhas dos documentos, é que
a estrada teve este traçado por
seguir as serras de nascentes de
rios e pela suposição, na época, que
nos terrenos baixos havia pântanos
e charcos, onde “miasmas”
provocavam doenças. Portanto, o
ato de evitar obras custosas e
difíceis, como pontes, e a busca de
ares saudáveis, gerou uma rota
extremamente montanhosa da
nossa estrada.
Os quarté is ex istentes nos
primórdios da estrada eram
construções pequenas, de pedra e
madeira, para abrigar os vigilantes e
conservadores da via, que tinham a
obrigação de protegê-la contra
ataques dos bandoleiros e de
indígenas, conservar seu leito a
atender aos passantes em suas
necessidades. Alguns quartéis
tiveram existência curta, enquanto
outros marcaram com seus nomes a
região ou deram origem às vilas e
cidade. Eram eles espaçados, uns
dos outros, por cerca de três léguas,
hoje cerca de 20 km, o que
costumava representar a jornada de
um dia de viagem.Os municípios
cruzados pela Rota Imperial da
Estrada Real, ou em sua área de
influência, são: Cariacica, Castelo,
Conceição do Castelo, Domingos
Martins, Ibatiba, Ibitirama, Irupi,
I ú n a , M u n i z F r e i r e , S a n ta
Leopoldina, Santa Maria de Jetibá,
Venda Nova do Imigrante, Viana e
Vitória, no Espírito Santo. Em Minas
Gerais são: Abre Campo, Acaiaca,
Alto Jequitibá, Barra Longa,
Caparaó, Jequeri, Luisburgo,
Manhumirim, Mariana, Martins
Soares, Matipó, Oratórios, Ouro
Preto, Pedra Bonita, Ponte Nova,
Santa Margarida e São João do
Manhuaçu totalizando trinta e um
municípios, sendo quatorze no
Espírito Santo e dezessete em
Minas Gerais.
A Rota Imperial da Estrada Real, ou
Estrada São Pedro de Alcântara, ou
Estrada do Rubim perfaz, com seus
ramais (via Viana e via Santa
Leopoldina) um total de quinhentos e
setenta e cinco quilômetros de
aventuras, belezas, dificuldades,
riquezas, esperanças e sonhos”.