Geneagrafia Dos Mellos e Historico de Crateus - Parte 1

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Geneagrafia Dos Mellos e Historico de Crateus - Parte 1Autor: Ismar de Melo Torres

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    37097Biblioteca Central - UVA

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    ISMAR DE MELO TORRES

    GENEAGRAFIADOS

    MELLOSE

    HISTORICODE

    CRATHEUS

    2: EdicaoRevista e Ampliada

    : - - - -

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    ISMAR DE MELO TORRES

    Cap. I

    HISTORICO

    DECRATHEUS

    l u n h o 1996

    Bipl i ..tecaCerttr2f - iJ V A

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    APRESENTA~AOTERRA E GENTE DO VALE DE CRATHEUS

    Com particu lar interesse ,examinei os originas desta obra, a primeiraque Ismar de Melo Torres publica e onde se revela pesquisador de categoria, nodesvendar a.terra e a gente do vale de Crateus.

    Comefeito, na primeira partedeste alentado trabalho, 0 leitorencontrara abalizadas inforrnacoes acerca do tradic ional vale, desde a sua pre-h ist6ria ate fatos mais recentes de sua cronica, Porquanto , porem, se trata de urnestudo abrangente, acham-se aqui registrados, tambem, curiosos informes arespeito do norte do Brasil, como, por exemplo,a formacao dos primeiros micleoshuman os, 0 surgir da evangelizacao entre os aut6ctones ou primitivos habitantes. do solo, 0 dominio, por eles, do litoral maranhense, as origens de nomes deacidentes geograficos, noticias sobre os aldeamentos jesufticos, notadamente notrato situado ent re a Ibiapaba e 0 Rio Tocantins.ibem como sobre 0 povoamentodo Piauf, (territ6rio a que pertenceu, por muito tempo, 0 sertao de Crateus), com aconcessao de sesmaria. Neste tocante, aflora a atuacao admiravel de tres pioneiros,legftimos desbravadores dos sertoes de dentro. Domingos Jorge Velho, DomingosAfonso Mafrense :e Francisco Dias de A vi la , t rio indomito responsavel pelainstalacao de extensas e prime vas fazendas nos mesmos sertoes de dentro. E e bernverdade que 0 Autor destaca a inconfundfvel ac;;aocivilizadora de Mafrense emincultas terras piauienses, fundando, no Seculo XVII, no sui e no centro daquelagleba, dezenas de fazendas de gados, curra is de vacaria , capelas e arraia is que,evidentemente, com 0defluir do tempo, se transformaram em vilas e freguesias, e,posteriormente, em florescentes cidades.

    Por igual, ressal ta e le a colonizacao do Ceara, onde a criacao de gadosse tornara a principal atividade, ao lado de uma incip ien te agricu ltura, rest rita itproducao do necessario para a subsistencia.

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    E consideravel, no volum e, a transcncao d e d ocu me nto s p rim arie s,b as e s ob re a q ua l s e a ss en ta (. al'~ \; ,a ~a :e J:) rs fG P t6 a ':\i nc lu siv e a lg un s r ef er en te s aanexacao d o a nt ig o territorio do outrora P rin cip e Im pe ria l, d ep ois Cratetis, aoC ea ra, c om a * V r ~ ;g);'is~gt.~:gq:9aQtQ;o::riN'i!Voo ::rn {:~:: l 3 1 , \ , , 'Saliente-se, o utro ssim , a relevancia d os d ad os fisicgraficos, estansucosHl'1;Jf1wpHa?q?iiPe,!9,&utSW,;~9;i lft@geJl!,e,ifEtX~I~,'J;!~:GI ?~V~+Jl '~fIl1!g~m . 1 9 Q ;PfWil:),s-\~;."i:x.r911.rs:y;:n~?5 1 \ . W Q S ~ \ I , ~ . I ( ~ < ; t c ;~ ! f ! il i : f! ) ( sI f l ,U~Jflp,ag'hd9ng,~;.~,t~ql\ ;~YH;J.: lJ~) ';~g9liq?Q;r ':~:; :"~;~; '~~.f~~~~;i~~i~~~~~t~;f~~~~~~\~~~:~~~4~d~i~]1h.f~b:; t~~.~.~~Q;i .~~l; ,~,~~~)[~W~li"It}i!nP9Jtflr:lt~~i.yli~IiI:1yntR,(pa.ri}1);~./:,)~)nL

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    Isrnar de Melo Torres

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    Antonio Elbano Cambraiae

    Maria Marta Bezerra Cambraia(Colaboradores da 2 Edicao deste Livro)

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    AOSCOLABORADORES

    Dra.Dr.Dr.Sra.Dr.

    AGRADECIMENTOS:minha esposa e filhos: Elda da Silva MelloIsrnarth Elton da Silva Melo

    Ismith Thelmo da Silva Melo1\ minha mae Joana Jandira Torres de Melomae.por afeicao Antonia Gomes Batista

    QUANTO A SEGUNDA EDI

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    APELO DO AUTOR

    Caro Parente,A elaboracao de uma obra como esta, sobretudo com grande limitar;: .ao

    de recursos, e uma tarefa dificil, que somente se leva a cabo com muitoamor.Reconhecendo as omissoes, erros , imprecisoes e falhas que mesmo aedicao revisada contem, e objetivando sana-los no futuro, apelo a cadaurn dos que manusearem esta obra, a gentileza de , em vez de som~ntecriticar, providenciar a elaboracao de folhas de. correcoes,suplementacoes, atualizacoes, etc., datilografadas ou em letra de forma,encaminhando-as para 0 autor a Rua Vicente Linhares n. 1001 apto.1200 Aldeota - Fortaleza-Cf CEP: 60135270

    1 3 . que , armazenado em computador, 0 livro podera sergradativamente corr igido e atualizado, permitindo, dent~o _de algu.mtempo, sua nova reedicao escoimando das falhas e onussoe~ atuais,acompanhando tambem, as ocorrencias futuras (mortes, nascimentos,casamentos, etc.).Conto com a dedieada colaboracao de todos e de cada urn.

    oAutor

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    A ORIGEM E OS PRIMEIROS HABITANTES DE CRATHEUSE valido que se conheca 0 hist6rico que antecede a origem da cidade de

    Crateus, E a que se segue aqui e pais urn ret rospecto de nossa remota hist6ria .As Ant ilhas quer dizer; "At lan-Ti lhas" (as pequenas At lant idas) , Mil

    IitIlOS antes de Cristo, essas ilhas eram 0 lugar onde hoje esta 0 Mar das Carafbas ehavia ainda urn grande pedaco de terra firme, chamado Caraiba (is to e , terra dosaras ou Caris) . Nesta Terra e nas Ilhas em redor viviam naquela epoca as sete

    tl'ibos da nacao Tupi, que foram refugiadas da desmoranada Atlantida.,hamavam-se Caris , e eram ligados aos povos Caries, do Mar Medi terraneo . Os~acerdotes deram-lhes 0 nome Tupi, que signi fica FILHO de TUPA.o pais CARAIBAS, teve a mesma sorte que aATLANTIDA. Todos os"'~OS desl igava-se em pedacos ate que desapareceu in te iramente, afundando aoIl ia r. OS TUPIS salvaram-se em pequenos botes, remanclo para 0 Continente, ondeI x C ; i hoje a republica da Venezuela. 0 nome da Capital Caracas prencle-se pois aI~S.\origem. OS FENfcIOS, que conheciam as Ilhas da America Central , levaram11K Tupis em seus navios para 0 Norte do Brasil.

    Varnhagem, Visconde de Porto Seguro, confirma na sua Hist6ria11m ileira que essa tradicao a respeito da ernigracao dos CARIS- TUPIS, da("II'~I(bapara 0 Norte . do Cont inente Sul-Americano, v ive ainda entre 0 povond(gena da Venezuela. 0 padre Antonio Vieira, 0 grande apostolo dos indfgenasI "Ilsileiros, assevera em cliversos pontos de seus livros, que os Tupinambas, comoII r abajaras, contararn-lhe que os povos Tupis emigraram para 0 Norte do Brasil,I !lo mar, vindos dum pafs que nao existia mais. Os Tabajaras d iz iam-se 0 PovoIIUI H antigo do Brasil, e que conservou sempre as suas primeiras sedes ent re 0 tio11111'1II1(bae a Serra da Ibiapaba. 0 rio Parnaiba, ate 1662, nao tinha seu nomeII nnldo, quando 0 varao Domingos Jorge Velho 0 batizou de Parnaiba, sencloI nome da Vila de Santana do Parnaiba Ribeirinha do Tiete, onde nasceu 0I t i I ,l ldo de Sao Paulo. 0 Rio Parnaiba nasce de 2 olhos-dagua ao pe da serra daluhutlnga de onde tarnbem nasceram os rios Sao Francisco e Tocantins. 0I IIrnarb a desagua no Atlantico por urn semidelta de 5 bocas: Barra da Tutoia, do(l I' I' (t l' l:t to ,do Caju, das Canarias e do Iguacu. Os Tupis, que emigraram maisIlIliI pela Bafa de Sao Marcos e f ixaram seu centro na Ilha TUPAON, hoje Sao111(,Maranhao, tornaram-se menos estimados pelos TABAJARAS,l It ) '1 '1 UARES e CARIRIS , TUPI-NAMBAs, quer dizer - Homens da legftimaIII~II ' l'upi , Tupiniquins e Tupinambarana, quer dizer - Tupis de segunda classe ,lillllllllp, Tupi-Guarani era 0 Guerreiro Tupi.As palavras Iba, Yba, Hyba, Uba, Huba e Huva signi ficam "Terra Boa1 1 1 1 i"l'uLa Boa"; Huba e Hyba tarnbem significam "0 trabalho pesado deI 'ILitLlra".Ouro e i tayuba (pedra amarela); Prata e Itai tinga (pedra branca); Ferro

    I 1 1 1 1 I 1 1 1 f t ( p e d r a preta); Aco e Ita-Ite (pedra dupla); Estanho e Ita-Jyca; Churnbo eIhl M I I 1 I )cca; Cobre e Ita-Iquiza; Ouro, falsa rnistura Amarela , e Ita-Yubarana;

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    Cristais, Diamantes e outras pedras preciosas foram chamadas Ita-Beraba eItatiberaba.No norte do Brasil a cidade mais antiga da regiao e Tut6ia. 0 nomeantigo foi provavelmente Tur-Troia (Tur a metr6pole dos Fenicios, e Troia, 0centro her6ico da resistencia contra os invasores Gregos).Os Fenicios fundaram mais duas cidades com 0 nome Tur ou Turo umano Rio Grande do Norte , hoje Touros, e uma na Bahia, hoje TORRE.No segundo milenio formou-se uma "Lingua Geral" que foi falada,desde a Asia Menor ate a America Centra l, e e chamada de "Pelasgos Tupi" . Essalfngua os antigos brasileiros chamaram "nhenhen-catu". 0 Hebraico e muito maisnovo; quando Moises apareceu com seu povo em Canaa nao trazia ainda umalingua organizada. Os tijolos com os dez mandamentos, recebeu Moises daCaldeia e foram escritos na lingua Babilonica.Onfroy Thoron conclui que os Judeus fundaram nas regioes do AltoAmazonas algumas Colonias onde negociavam. Solimoes tern sua origem no nomedo Rei Salomao, cuja forma popular era sempre "Solimao".A Relig iao Tupi apareceu no Norte do Brasil , s imul taneamente , com osFenfcios. Tupi e 0 nome coletivo de todos que adoram Tupa como Deus supremo,signif icando a palavra "filho ou crente de Tupa'', ramo da lfnguasumerica,formada e falada pela Ordem dos Magos,. na Caldeia, desde os tempos do ReiUrgana, Milenios antes de Cristo.o grande mimero de emigrantes, porern, saiu dos pafses Caries, inclusiveIonia. Os emigrantes de Ion denominaram 0 l itoral maranhense que mostra, comsuas centenas de ilhas e peninsulas, semelhanca com 0 l itoral da Ionia asiatica. OsPot i-Jaras , que mudou para Pot i-Garas e Pot i-Guaras, t iraram seu nome de Pot i,que significa na Lingua Palasga urn rio pequeno, afluente dum rio grande. Nasregioes do Caries existem muitos rios de nome Poti, no Grego mudou a palavraem Pot-amos. Mesopotania e a zona entre os dois POTI: Eufrates e Tigre. 0territ6rio alem do Rio Pot i era ocupado pelos Pot i-Guares; Emigrantes Pelasgo-Carios, que se domicil iaram ao lado do Rio Poti , chamaram-se Pot iguares, i sto e ,senhores do Poti, ou papa-camarao. Eles estenderam suas sedes nos seculosseguintes para 0 leste, estabelecendo-se na Costa do Rio Grande do Norte, para 0Sudoeste ate Pernambuco.Ate 1622 nenhum sudi to portugues tinha pedido uma sesmaria ou data deterras na parte setentrional do Pi auf, quer dizer, no ter rit6r io entre 0 Poti e 0l itoral . No mesmo ana ja possufam os jesui tas, no Norte do Brasil, ent re Ibiapabae 0 rio Tocantins, do Para, 40 estacoes de evangelizacao para os indfgenas. AIbiapaba foi considerada ate meados do seculo XVIII como uma' provinciaseparada, com urn "governador dos fndios", ficando sob jurisdicao dePernambuco, depois do Ceara ou do Maranhao. Em 1662,os jesuftas tinham naIbiapaba e no Norte do Piaui 12 aldeamentos de indigenas, todos de Tupis . Entao ,naquele ana nao podia ser avaliada a populacao piauiense , en tre 0 l itoral e 0 rioPot i, e nenhum portugues. Pelo menos 15.000 indigenas ja t inham aldeamentocom capslas cat6licas. Cern anosdepois, 1762, realizou-se 0 primeiro arrolamentoda populacao da capitania.2 0

    . Em 1662 foi iniciado 0 povoamento do Sui doPiauf, como "hinterland"(I u Pernarr:buco , com cartas de sesmaria despachadas pelo governador geral oup 1.0capl~ao-mor de Pernambuco. Apa.receram os tres afamados varoes DomingosJorge Velho, Domingos Afonso Mafrense e 0 capi tao-rnor Francisco Dias deVila. 0 primeiro chegou de Sao Paulo, dum lugar pequeno chamado Vila de

    Hnntana do Parafba , r ibeir inha do Tiete, com 5 homens brancos e sua familia e 25Illurgenas adul tos . No espaco de 1662 a 1687, fundou Dominzos Jorze Velho noI 'CM entre os rios Poti e Caninde, 50 fazendas de Gado Vacu~; em 1662 a 1663

    [ornadeou com seus sequi tos pela regiao do Rio Camaroes, mais tarde Piranha:I uindo para Parafba. Em 1687 foi chamado pelo Governador de PernambucoP il'tt auxiliar os portugueses na Guerra dos Palmares. Par tiu ele de Pianc6 de sua

    I ' I I Y I n da " Ac au a" com todo oseu povo. Foram os brancos e 1.300 indfgenasnrmados com arcos; os brancos foram os membros da familia de Jorge Velho e de'IIA auxiliares portugueses; estes levaram tarnbem suas mulheres e criancas, cercaII 8~ ao todo. Os 1300 indfgenas eram s6 homens, que haviam deixado suaslillUntaS no aldeamento das fazendas, cruzaram as terras pernambucanasIIII~oionandono sertao da.Bahia. D. Pedro de Almeida, nao havendo esperanca d~"llblugar os negro~, negociou 0 sertanejo paulista, Domingos Jorge Velho, mestre-ii i 'U1rtpode urn regimento. 0 ajuste foi celebrado a 3 de marco do 1687 elunualizado pela Corte a 7 de abril de 1693. Quando em 1695 0 regimento do

    tl"!~-de-Camporecebeu ordem de marcha para Porto Calvo, ficou durante trest l l l l l N para derrotar 0 poder quase secular dos negros dos Palmares. Domingos1 1 1 1 ' Velho cont1 l1 .uoua ~acifica

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    o capitao-rnor Francisco Dias de Avila chegou de Pernambuco em 1674,com 40 potiguares e com a perrnissao de povoar as ten-as situadas na regiao doRio Gurgueia onde ja existia tres grandes aldeias da tribo dos Guegues,Entretanto em relacoes pacff icas com essas tribos, fundou mais outros arraiais,com populacao indfgena nas fazendas que organizou.

    Da parte do Maranhao ernigraram para 0 Pi auf, de 1670 a 1821, nomaximo mil portugueses adultos. Isso fica provado pela lista das cartas desesmaria e das da tas de terra , despachadas pelos governos do Para, Maranhao ePi auf, cujo mimero foi inferior a 600. Alem disso, foram despachados doMaranhao para 0 Piaui , depois da declaracao da independencia da capitania, 300"degredados" portugueses dos quais a maior parte recebeu datas de terra dogoverno do Piauf. Aqui se deve considerar que a metade de todos os por tuguesesque migraram para 0 Piauf chegaram solteiros e casaram aqui com filhas deportugueses , cujo mimero era muito reduzido, ou com filhas indfgenas . Por issochegaram diversas ca rtas regias e portaria s do governo de Sao Luiz decla randoque 0 portugues que casasse com uma "india" nao perderia qualquer dos seusdireitos como stidito do rei de Portugal.

    Arrolamento geral da populacao da capitania do Piauf, realizado em1762, deu 7 freguesias com 536 fazendas registradas e uma populacao de 8.102! ivres (quer dizer , por tugueses e indigenas), e 4.644 escravos de raca afr icana. Afregues ia de Oeiras t inha 270 famflias com 1.130 almas, das quais eram 665 livrese 465 escravos. Alem dis so, pertenceram a Oeiras a aldeia de Jaicos, com 354indfgenas Guegues , e a aldeia de Sao Jose de Sende, com 337 indfgenas Acaroas .Foi 0 primeiro governador da capit ania independen te Joao Pere ira Caldas, urnhomem ocupadiss imo, que organizou todos os ramos administrativos, inclusiveurn regimento de cavalaria com 10 companhias, cada uma com 60 prac ;as. Seutrabalho principal foi a liquidacao dos bens seqiiestrados dos jesuftas, quepossufam, pelo testamento de Domingos Mafrense, 35 grandes fazendasregistradas, cuja area total pode ser ca1culada em 100.000 quilornetros quadrados.o governador obteve bons resul tados, mas, para fazer uma estatfsti ca exata dapopulacao, faltavam ainda os elementos necessaries.

    Os interesses municipais e particulares opunham-se a urn recenseamento.o imposto das fazendas era pago confo rme 0 mimero de gado, por isso, cadaproprietario dirninuia a quantidade de reses e 0 mimero do seu pessoal. Osindfgenas foram contados como "livres", conforme a Lei de Dom Jose 1.No seculo XVIII moravam ainda no Ter ritorio do Piau! algumas t ribosdos povos indfgenas brasileiros descendentes dos Tupis, diferenciados porapel idos de honra e acatamento, de desprezo, e od ic, e modo de viver. Tabajaras(indio caseiro, representa alguem que aceitou Aldeamento), Potiguares, Guegues,e Goiajares, outras tribos menores: os Tremembes ou 0 vagabundo aplica-se a umatribo nomade (errante), Jenipapos, Carates Caratiusmirim, habitantes dascabeceiras do Itaim-Acu, e outros.

    Fim do seculo XVII estava todo 0 Ceara devassado. Os Indios em,mimero reduzido em aldeias e outros vivendo ao lade dos Colonos .

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    Na formacao dos Arraiais e Vila, comecava a his toria das secas no Ceara,p r efeito da inexistencia de chuvas, r ios perenes e reservatorios compatfveis comII dernanda, por isso toda cultura dos campos e fei ta no Nordeste exclusivamenteHI) perfodo das chuvas, e nas passagem do Equinocio (marco),

    A criacao de gada era a principal ocupacao dos habitantes, a agr iculturaduzia-se a producao dos generos de consumo local (subsistencia),

    "Os padres nunca pouparam seus esforcos para nao deixar de serrunstrutda uma pequena capel a em cada arraial, onde eles orzanizavam festasI' l igiosas uma ou duas vezes por ano. Nessas ocasioes mandavarn seus adeptosnnra as aldeias e tribos independentes , convidando-os para ass is ti rem as fes tasI' utnindo 0 povo e: organizando tarnbem urn pequeno mercado (feiras). O~vlHitantes e comerciantes ambulantes apareciam com mercadorias, que eramV I ndidas em troca dos produtos dos indfgenas. Os compradores de gadoIII (~nizavam comboios e, em pouco tempo, estabeleceu-se urn comercio regular.A SlID nasceram, no Ceara e no Piauf , centenas de povoacoes , vilas e cidades."

    (Texto do livro "Antiga Historia do Brasil", de Lydwig Schwennhagen)Os documentos transcritos pelo Padre Mizuel Couto mostram a

    I I I i l izacao das fazendas da margem do Poti, com distancia, tendo seu pontoulclal na Serra da Joaninha, que forma a cabeceira do Riacho Itaim-Acu,

    tI , il uando no Rio Poti, proximo a Cratetis:DOCUMENTO N.o 65

    Descricao do sertao do Piauf remet ido ao Fre i Dom Franc isco de LimaII po Ie Pernambuco: "De todas estas as terras sao senhores: Domingos AfonsoI~II 0 Leonor Pereira Marinho, as par tes de meyas, tem nelas algumas fazendas

    ii , 'IlOOS, p agando-lhe 10 reis de foro por cada sitio, Nas cabeceiras desses, i i i i ' l l S , correm suas serras de Nascente a poente, e por traz delas se achao osI fl).' que seguem com diversas ver tentes. RIO ITAIA

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    A setima, se chamava SAM-LAzARO, esta nela JOSEPH Ribeiro deCastro com duas Tapuyas, dista da que se segue tres leguas.A oitava se chamava de SAM-PEDRO, esta nela Domingos deCARYALHO com duas Tapuyas, dista da que se segue tres leguas.A Nona se chamava COSME, esta nela MANOEL RIBEIRO, com duasTapuyas e e a ul tima do rio.Riacho do cais que corre do sui para 0 norte, entra no ITAIM-A

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    qu~ S.S. e~ nome de S.M. ajustou com o.s procuradores ~m 0 mez de marco d~dito anna que S.M. que Deus guarde confirmou por Alva~'a seu, :_omo tudo se veregistrado na Secretaria deste Governo ... .. nos quaes artigos estao especlf~cadasestas palavras, que as sesmarias que pretendem nos nos dos Camaroes, eParnahyba, as prometeu dar 0 Sf. Governador, ~ssim e da manerra que asquizerem como com effei to logo Ihas concedeu 0 dito Sr. Governador em nomede S.M., ern fe e seguranca do que Ihe mandou S.S. passar e ass inou uma c1areza,dizendo nella que lh'a nao mandou passar naquela ocasiao por estar 0 Proved or daFazenda Real f6ra desta pra~a doente para the passar sua car ta de sesmana, e paraque constasse sempre do tempo em que the conc~dia, que foi no mesmo anna emque se celebrou e concluiu-se 0 dito pacto, que fOJa ~ de mar~o de 1887, (1687) 0qual pape l de seguranca deixou 0 dito sargento-mor na mao do Secretano doConselho diretor , para prova e fundamento do requerimento que das ditas terrasell e fez a S.M., este Senhor foi se rvido conceder-Ihes assrm e de ordenar a V~S.Ihes mande passar sua car ta de sesmaria com as mesmas clausulas Aedeclaracoesque se especifica na dit a ordem pelo que pedem a V.S. faca merce mandar-Ihespassar a dita carta de sesmaria des de as nascentes do dito no Potingh, ouCamaroes, ate onde se mette naquelle da Parnahyba, com tres leguas de largura deuma a outra banda delle, e da sua barra, que aquelle da Parnahyba abaixo namesma largura da barra de ca, declarando-se tambern na dita cart a d~ Ihes pode~prejudicar 0 terel la sido passada agora e nao no di to tempo pelas razoes que aquise ale gam e por elles terem andado ocupados no se~vi

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    do Ceara sobre a resolucao tomada para que a aldeia dos indios da serra deIbiapaba se desanexasse daquela capitania do Ceara e se unisse it do Piaui, e queda execucao deIa se podem seguir grandes e irreparaveis danos, assim ao realservice como a conservacao da mesma aldeia e defensa da capitania de Ceara peladesconsolacao em que eles indios se acham com a referida mudanca, de cujaalteracao pode nascer e desampararem a sua aldeia, ausentando-se para 0 sertao,em grande di stancia, e se r conveniente evi tar-se tantos danos; pareceu a el -re iordenar,por a te ou resolucao desta mesma data, em consul ta do seu ConselhoUltramarino, "que a dita aldeia f ique como dantesno domfnio desse governo dePernambuco e capitao-mor do Ceara, e que se suspendam por ora as ordens parase unir ao Maranhao. Com declaracao que sendo necessaries alguns indios para aguerra do Maranhao da mesma aldeia se deem prontamente, como por variasordens tenho determinado, de que se vos avisa para terdes entendido a resolucaoque foi servido tomar nesta materi a; vos ordeno e faca is registrar nas camaras aque tocar e que se publique na mesma aldeia" .

    Em 24 de outubro de 1721, Garcia de Avila Pereira, da Casa da Torre,compra urn extenso Vale do Crateus, com area de 180 quilometros decomprimento por 120 km de largura, pela quant ia de 4.000 cruzados. A posse Ihefoi conferida pelo Ouvidor de Oeiras, na Fazenda Lagoa das Almas, a margem doRiacho do Gado que desagua no Rio Poti ao sudoeste da Vila de Piranha, localonde hoje se ergue a cidade de Cra tei is. A esc ritura t razia a chancela do Ouvidorde Oeiras, sede entao da vas ta Capitania do Piauf . Propriedade era tao imensa quenao poderia perdurar por longos anos . D. Luiza Coelho da Rocha Passos , Baiana,descendente da celebre Casa da Torre, adquire posse para fazenda de criar . Anosdepois chega Joao Ribeiro Lima, administrador de D. Luiza que instalou aFazendo denominada de Piranha, em homenagem a sua terra natal em Alagoas, noVale do Sao Francisco. Trouxe consigo uma imagem do Born Jesus Sr. doBonfim, a mando da lat ifundiar ia . A imagem veio trazida por populares ape. JoaoRibeiro fez erguer uma capelinha "Ab ovo", sob invocacao de Born Jesus Sr. doBonfim, nome do padroeiro de Irapuar, onde fora erguida a capela. Com 0decorrer do tempo, ou seja, 1770, fora erguida a primeira Igre ja de Crateus quepassou a ter como padroeiro 0 S1'.do Bomfim, eliminando por tanto 0 Born Jesus ..Irapuar, Sant iago, Sobradinho e Born Jesus, nomes que vinham nas cartas dosfamiliares para os Missionar ies Capuchinhos, todos esses lugares per tenciam asterras da Casa Torres, no Piaui , hoje Ceara. Estas terras estendiam-se da Serra daJoaninha ate 0 munic ipio de Tambori l. Terras estas cortadas pelo Rio Poty, quecorre em di recao de leste a oeste , formando diversos pecos ate encont rar 0 RioParna iba. No curso do Poty, pe las cordi lhei ras da Ibiapaba, surpreende a todoaquele que a par tir do alto chega. A serra esta aberta para dar passagem ao rio , istoa 54 quilometros de Crateus.Na serra da Ibiapaba com altitude de 750m nostalhados onde passa 0 Poty (coincidentemente a a lti tude onde encontra-se afazenda Sao Jose, municipio do Ipu, onde Manoel de Mello Falcao domicilia-seno Ceara no seculo XVIII ), a passagem da cachoeira tern 250m de altitude. Seconstruir uma barragem sobre esta cachoeira que f ica abaixo da Vila de Ibiapaba,a represa vai alem de Crateus.28

    , , Os riachos Gameleira, Tres Irrnaos, Born Sucesso, de Dentro e Correntes'01 mam 0 Rl~cho Italln-~c;u que tern como atluente 0 RiachoPatos.'" . Os riachos Cunu, Soares e Jucas, formam 0 Riacho Jua com a iun ao do

    , ,~cho Contas, formam 0 Riacho do Meio. Riacho do Meio pela esquenia eC;Itaim_r ;u pe la dIreIt.a se encontraram e formam 0 Rio Poty que d IIi lido fl ' corre e este a oestecomo a uentes no Estado do Ceara, pelo lado direito: Riacho do T _'(h'oea Grande, RIO Ja toba , Riacho do Mato, do Melo e Cachoeira Pelo o~r~oI Nqller?~: Riacho Capitao Pequeno, onde esta construfdo 0 Arude RIa. 0lloqueirao e Besouro. :< ea ejo,

    OR' P10 oty, em 1879, deu uma das suas maiores enchentes seu lei to nao,"pOI'Cando a va~ao quebrou-se ao lado direito, antes da Villa Prin~ipe ImperialIIImando urn leito secundario ainda em formacao chamado de R C .'til mbocand R' d T '10 arnerroj . 0 no 10 0 ourao na a ltura do Bai rro das Cajas com esta ruptura1lllIIOu-seuma Ilha, hoje chamada Cidade Nova. '

    ti l I' . ,E~ 21 de maio de 1726, provo dir igida ao governador e capitao-generalI ar n uco pelo Conselho Ul tramarino, de terminando que em vista da

    1 1 1 1 1 1 1 de 10 de julho de 1725 sobre a ordem da remessa de indios da serra s~:III Jl jHlha para ajudarem a g,uer_racontra os indios sublevados do MaranhaoI: III I n ta nd o q ue - se os tars Indios deixassem a sua aldeia, 9S que infestavam oI hili! a Parnaiba, vendo-a desamparada a iriam assolar e se perderia or seII Ifll: J~l os seus defe,nsores ~m.outras expedicoes muito' fora do seu dis~ri to eI1 1 1 1 ,Nuspendesse a safda dos Indios da serra da Ibiapaba para 0 Mara h _

    I sm outubro. d~ 1736, Ordem Regia, da qual consta que 0 Go:r~~dor doI III ,I, rrungos Simoes Jordao, representa 0 governo da metr6pole contra, : 1 ' II n ,0 do go_ver~ador d.o Maranhao, que queria se apossar do Distrito deI II ' 1 I l J I I I N , onde nao tinha jurisdicao. Cumpre observar pore _. h _II I I I I ' m, que nao tin a razao, I I 1 1 1 1 unento a gum a representarao do zovernador do CearaI II I d '. :< b 0 eara, porquanto 0'" I I () .0 Distrito _e~ qu~stao pertencia ao Piauf, e portanto cabia ao

    1 1 1 1 IIIHdOI do Maranhao jurisdicao sobre 0 mesmo.Lm 20 d~ a~r~1.de 1740, Car ta do padre Manuel de Matos, vis itador dasllil III do Ceara, dirigida a el-rei de Portuzal na qual di . M' _III I . . b , IZIa que a issao da

    I; 1 ' , ' , " 1 I I , ' , I'll iii ~ars Importante do Brasi l, pelas conquis tas fei tas na capitania no" I 1ll'IHIgUae no estado do Maranhao. 'H i l l 2 de fevereiro de 1745. - Capitulo de visita no Poti elo adre

    , I 1 1 1 1 I I ' I ) Rodrigues Fontes, visitador-geral, no qual ordena ao ~iaari~ daIf"'III II II , N o s s a Senhora do Desterro do Poti, hoje Marvao, 0 segui~te~ _ "ItemI I 1111I l t i lito reverendo cura des ta fregues ia que todos os anos no t1'1 I til (JllI'i iii a rebeira dos C rateus va ou mande sob pena d emp_o edmqueII hi It dC" e suspensao 0 seu

    l ' I '& t o~ ocos, urn sacerdote de inteligencia, que ai proteste aoIII rill 'III'Uc ia f reguesia da Acaraii ' ou ao coadjutor, que esta em cima da dita

    "' "," IIIl V r tentes , que emanam da dita serra para 0 rio Poti sao pertencentesI. I lip HI ( do Maranhao por ,ordem de S M quando f ~ id d". . ., 01 Servt 0 man ar

    III iapuarna do bispado de Pernambuco, para este dito bispado do" 1 1 1 1 " 1 1 1 1 1 1 )

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    Maranhao, 0 que S. Exa. Revma. representou ao dito senhor no ana proximopassado, do que espera resoluc;ao a seu favor. . .'Em 24 de agosto de 1745. - Representac;ao do ouvidor da capitania doPiaui, Dr. Manuel Pinheiro, sobre per tencer a serra dos Cocos ao Ceara ou. 10Piaui, Com relacao a posse desse territorio, que compreendia nao .so a refendaserra, como tambem todo 0 vasto distrito de Crateus, se dirigiu a el-rei 0governador do Maranhao, Joao de Abreu Castelo Branco, por carta de 11 dejaneiro de 1746. . "Aquela representacao foi sem diivida dirigida 10 governo da metro pole,porquanto em 20 de fevereiro de 1747 foi escr ita uma carta_regia ao refendogovernador do Maranhao, para que informasse a representacao do ouvidor doPiaui no tocante ao assunto de jurisdicao sobre os moradores da serra dos Cocos.Em 2 7 do mesmo mes dirigiu-se tambem 0 governo da rnet ropole a dom Marcosde Noronha, governador de Pernambuco, que, sem duvida,. ~espondeuimediatamente , sendo, portan to , a sua carta de 24 de janeiro de 1749 dirigida a ~l-rei _sobre ajurisdicao a que pertencem os moradores da serra dos ~oc~s, ~escntaem virtude de nova ordem de informacao sobre 0 assunto , porque nao e cnvel quelevasse tanto tempo sem resposta a carta de 1747. .Por c.R. de 22 de junho de 1750 foi ainda mandado ouvrr 0 conde deAtouguia' sobre a questao . .A respeito dessa pendencia existe um relat6rio apresentado pelo ouvidordo Ceara em 11 de setembro de 1748, acompanhado de oi to documentos, ent re osquais a Carta Regia de 31 de outubro de 1721.Afinal, foi a questao decidida em favor do Piaui, em face dos seusincontestados direitos, por um ato do soberano cuja data se 'ignora. " .o territ6rio em lit ig io constava de uma zona importante e vast issima,onde se constitufram depois os do is municipios do Principe Imperial etndependsncia, de que esteve de posse 0 Piau! ate 1880, q~ando foi a~exado ~oCeara recebendo em compensacao 0 pequeno termo da esten l e paupernma Vilada Amarracao ,que tem apenas a vantagem de ser situada no l itora! , com sofrfvelporto. E foi isso a unica vantagem que teve 0 Piaui. . _Sesmarias concedidas nesse ana pelo governador e capi tao-general doEstado: sitio Sao Joao, na ribeira do Longa, a Manuel Carvalho da Cunha, em 30de agosto; sitio Brejo do Lucas, a Jose da Cunha Lustosa, em 4 de outubro; afazenda Rio Fundo, no sertao de Paranagua, a Antonio Nunes Rebelo, em 5daquele riles; uma data no riacho Arani, rio Parnaiba, a Manuel Jose Vieira deAssuncao, em 9 de novembro; e no dia 29 de dezembro, a f .azend~ Juazeiro, naribeira do Itaim, a Domingos Fernandes; 0 sitio Cercado, no nacho da Corrent~, aPedro de Oliveira Freitas; 0 sitio Poco das Almas, nas cahece iras do Piaui, aFrancisco Xavier de Macedo, a fazenda Santo Antonio no rio Parnaiba, a InaciaPerei ra de Macedo; e a fazenda Piripi ri , no rio Parnaiba , a Inacia Marinho de Sa.I Luis Pedro Peregrina de Carvalho de Meneses e Ataide, decirno conde de Atouguia. Foi vice- rei doB ra sil de 1749 a 1755.2 Ho je ci dade e mun ic ip io do Piaui , no l it ora l, com 0 nome de Luis Correia.

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    Em 24 de agosto de 1764 - Retine-se a camara do senado da vila de(, I lnpo Maior, sob a presidencia do desembargador e ouvidor-geral e corregedor" I I iomarca Lufs Jose Duarte , a fim de t ra tar do novo padrao de medidas mandadoINLlIbclecerno Estado , e para fixar 0 preco dos generos e taxa dos offciosIlll lnicos, sendo acordado 0seguinte:

    Generos, aves e animais - Farinha de mandioca, vendida na vila, a 160I I I H a quarta, e nas rocas a 120; milho, arroz e feijao, a 150; vaca grande e gorda,II I $500, e sendo inferior a 1 $280; boi grande e gordo a 1 $920, e boiote al ~ l ( j ( ) O ; gal inhas, grandes e gordas, a 240, frangas enfeitadas' a 160, frangos a 60,1 1 1 1 vlla e, fora, a 40, e frangas mais pequenas a 120; leitao a 480 e leitoaa 300

    ? 'I'IIU de roda grande", a 800, e perua a 400; ovos a quatro por um vintern ' ; patos a100 paras a 200; carneiro au bode grande e gordo, que nao se vendesse por maisill MO , e ovelha e cabra por mais de 400; sabao a 60 reis a .l ib ra"; aguardente , urn1 1 1 1 1 0 la dest ilada por 600 reis , sendo 0 f rasco grande; algodao em rama, 160 al li li ll ( ll "; fio fino a 320 a libra, eo grosso a 240.

    Taxa do offcio de fer reiro - Por calcar um machado com duas voltas de111,11,. patacas"; que nao levem mais por fazer um freio de que 0 preco de 800 reis ,1111pllr d esporas, 800; facao de t rabalho, 800; faca de rasto 8, 1 $ 280.

    Taxa do oficio de carpinteiro - Que nao se pague mais a um mestre deI I lI pl nl ' 11 '0 ,por dia . que 0 preco de 400 reis; a um oficial, 320; por uma porta com1 1 1 1 1 1 1 1 , I H , cando a mestre a madeira, 3 $200, e dando 0 dono a madei ra , 2$000;1 , 11 1 i I II J rande, dando 0mestre a madeira, 1$550, e nao dando a madeira 1$000;

    Per urn carro com todos as aparelhos, fei tos a custa do mestre, 20$000; e1 1 1 1 1 1 1 u d o , 18$000.'I'axa de aluguel de escravos - Que um escravo nao se podera alugar por""II~it 160 reis por dia para 0service de enxada e machado.

    ' t'axa dos alfaiates - Que nao podera levar mais 0 mestre de alfaiate par, I I I urn v stido de seu feitio, sendo de veludo ou de seda, que 5$000, e de outra1 1 11 1 11 1 11 I l 'l lalidade, 3$200; feitio de urn timao" de seda 2$000, e de outra qualquer'Ii II, ( 1 1 1 1 ; de uma saia de pano de loja, 640, e de outra qualquer cousa, 300; de

    IIlIhl I 1l1~1\ d pane de loja, 400, e de algodao, 160; e de uma vestia, sendo dasI t 11111 I I I ,I) ,0 , e das outras, 640.'I 'n R dos sapateiros - Feitio de um par de botas dando 0 mestre tudo,

    ' 1 1 1 , tl md o 0 dono os aviamentos, 1$600; de urn par de sapatos, dando 0III III II nvlamentos, 800, e por urn par de chinelas, urn cruzado.

    I 1 11 11 \ 1 1 1 II Ilvll l ' I I l u l t u (a f ranga) , cacarejando como sinal de que se aproxima a primeira postura .II I Ii 1 1 1 11 1 1 1 ( ) 'Ill f orma com a cauda uma espec ie de l e q u e .

    I , 1 '1 11 11 1 '1 11 1'\ 1 p on dia a 2 0 re is .W i l l III 1 1 1 1 1 1 1 l l P S O correspondente a 4S19,5g. 0 mesmo que arratel.

    1 1 1 ' 1 1 1 1 1 1 II_I ! I I I I I I r i l l tlcstiluyiio da a g u a r d e n t e .1 1 1 I 1 , 1 1 1 i 1 1 1 1 I l i l n J q l l ( l l n ' l . 0 alqueire valia 13,Slitros.I 1 ,,11 111 11Iii j ll 'u l' u, V a li a 3 2 0 r ei s.1 1 1 1 1 1 J ' 1 I 1 1 1 1 1 1 1 1 1 , I I { i n(JUtO b r i r caminho do mat o. No Nordes te s ed iz de a r r a s t o .tI"I 1 1 1 1 1 I 1 1 1 1 1 1 l Idll, 31

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    d . / . al l (10)Taxa dos pedreiros - Que 0 mestre pe reiro vencera 0 mesmo jornpor dia. que 0 arbitrado aos carpinteiros. .

    A estas deliberacoes seguem-se varies acordaos, sobre os seguintesassuntos: multas por infracao de abuso sobre os precos e salaries taxados, afericaode pesos e medidas , proibicao do uso de offcio mecanico sem a compet~nte .cartade exame e rezimento respectivo, multas e l icencas; fur to de peias de arumais , derocas, assuntos tendentes a salubr idade publica, cerca, currais , vaqueiros , etc.. /

    Em 30 de dezembro de 1765. - 0 ouvidor Dr. Jose Luis Duarte Freire daconta ao governador da capit ania, em offcio desta data, da incumbencia que Ihefora cometida e i r a vi la Marvao sindicar dos fatos que se deram na mesma vilacom relacao aos seus ! imites terri toriais com a vizinha capitania do Ceara, 0 quedeu motivo a repetidas e serias quest6es entre os dois povos. Pro~o~ou es~asindicancia 0 seguinte offcio, que a respeito de semelhantes fatos , dir igiu 0 JUIZordinario da vila de Marvao ao governador da capitania; . . .

    "Na presenca de V. S. ponho 0 las timoso estado em que se a~ha a r ibeirado Crateus, pela falta que experimenta de nao haver ~a mesma ribeira quemencontre as disposicoes volunta rias de uns moradores mtrusos, que na mesmaribeira se tern metido e estao metendo, com frfvolo pretexto de que pertencemaquelas moradias a comarca do Ceara Grande, dando para esse f im posse das ditasterras e sft ios ao paroco da mat riz de Sao Goncalo da serra dos C~cos, que de!deo ana de 1760 tern tornado desta capitania para aquela mais de vmte povoacoes,nao sedando por contentes, em tomarem aquelas que mais per to lhes f icam, senaoainda dentro da mesma ribeira; este presente ana veio 0 paroco de Sao Goncalo ~fazenda chamada Sao Joaquim, que e dentro da ribeira; nestes termos V. S. obrarao que for servido. /

    "A este respeito tambem acho ser conveniente narra r a V. S. q~~ cousa ea serra dos Cocos; porque esta se descobriu no ana de 1704 pelo capitao PauloAfonso do Monte, e depois a povoou 0 capitao Francisco Pinheiro, e a vendeu aManuel Correia Barbosa, e este a Joao da Costa Lima, 0 qual a conservou sempre,sendo administrada pelas justicas desta comarca trinta e oito anos, tanto notemporal como no espiritua l, e sobre 0 que respeita a serr~ tern. de largo ecomprido mais de quarenta Ieguas, e todas estas vertem para 0 no Poti , e este parao Parnaiba; tern mais de dois mil fogos, e sendo a serra vertente do no Pori,parece-me que deve ser administrada pelas jus ticas des ta capitania, e na~ pela doCeara; que a posse em que estao vivendo e uma usurpas;ao.de terra do distrito deV.S. e que sera facil conseguir-se, pondo-se lajust icas anuais, ou ao menos algunsmeses do ano; e na falta desta urn capitao maior ou regente, que evite semelhantesabsurdos, que se cometem, pois a maior parte destes moradores sao facinor~~o~ deoutros distritos.- Marvao, 28 de junho de 1765. - Manuel Goncalves de Araujo".o oficio do ouvidor, dando conta ao governador da ordenada sindicancia,e do teor seguinte: .

    "Pela carta de oftcio junta, me encarregou V.S. que exarrunasse anarracao da conta do juiz ordinario da vila de Marvao, na parte em que trata da

    I P ag ar nc nt o d e c ad a dia de trabalho. Salario,2

    II urpacao que as just if icas seculares da capitania do Ceara Grande iam pondo notil (ri to desta de Sao Jose do Piauf, fazendo que muitos moradores da ribeira de(illileds se sujei tassem as suas jur isdis;6es, negando obediencia a este governo.(l id na-me mais V.S. que tirasse mais urn sumario de tes temunhas nesta materia eqr u com ele, e com as mais noticias que alcanc;asse, desse 0 meu informe, e q~eJlltiV sse de rernedio, que me fosse possfvel, para cortar desordens taoI" \juciJciais."

    "Procedi ao dito sumario, perguntando as testemunhas; e por elas consta1 1 1 1 vcrcm-se introduzido varias pessoas nas te rras da fazenda Santo Antonio eI II'()(, , sita s no cont inente da sobredita ribeira desta capi tania , situando seusI I d l ) nas rnesrnas terras, e que nao se sujeit avam a juri sdicao desta capit ania,

    1 1 1 1 1 I I .cndo a do Ceara, de cujo distri to t inham passado, dizendo que as sobreditas"III1N ram do mesmo distrito, e que com este pretexto nao pagavam os dfzimosIII ('on tratadores desta capitania, os quais cobravam sempre os das ditas fazendas.I III inpitania, tern os seus limites na serra dos Cocos, pel a qual se separa do

    , 1 1 11 , 0 que e proprio, por ser urn di re ito assentado, que os limi tes das cidades,1 1 1 1 1 1 ItINpadose das provfncias freqiientemente se distinguem com os montes, rios e" " " I t .ousas notaveis. Quanto a jur isdicao ecles iast ica, tarnbem consta que esta

    I '~I~ utara ainda nas pessoas que tinham seu domicflio no cume da serra dos( 1 11 11 , que no ana de 1747 perdera 0 paroco que entao era da freguesia deN il ~II " nhora do Desterro de Marvao a posse, por causa de ser preso naqueleII I it) IIIIl cxecucao das ordens do prelado de Pernambuco, desist indo da posse emI" ' I lnva, por temer a vexacao que padecia, 0 qual paroco era 0 padre Jose' ' ' 1 ' ' N 1 '( ,1 ' I ra. Tarnbem me consta que 0 visitador 0 reverendo padre FranciscoI l i d i I II. ' ontes, vis itando a dita fregues ia, ordenou que fossem todos os anos osI 1 1 1 1 1 1 d 'la protestar ao da freguesia de Sao Goncalo que a esta nao tocavam os1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 , , ' da refer ida serra dos Cocos , mas s im a de Nossa Senhora do DesterroI ~IIIIVlJ; cuja deterrninacao existe no livro de visi tas, onde a vi ... "

    Ji m 28 de abril de 1766. - 0 governador do Ceara, Antonio Jose1 I 1 1 1 1 n l l O l30rges da Fonseca, dirige 0 seguinte offcio ao comandante da freguesia, I J II liON Cocos, sobre pertencer ao Piauf 0 Iugar Crateus:

    "Vossa Mcree se abstenha de alistar, e chamar para 0 service militarIII II sla de Sao Goncalo da serra dos Cocos, de que Vossa Merce e1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 I O S moradores de Crateus , de que trata a car ta do senhor governador

    III III d Piauf da copia inclusa; porque constando do documento a ela1 1 1 1 1 ill 'III tambern rnando copia, que os ditos moradores nao pertencem aII . I I , II II H tU capitania, nao deve Vossa Mcree em abuso dela concorrer , para a" I Ii I 1 "1 W in e devida obediencia, que deve pres tar as milfcias do seu distri to ," " 'I 1 '1 11 obrigas;ao do cargo, que ocupa, Ihe incumbe instruir nela osI , d'll ' do S Ll comando. Mas antes para que nao falte a refer ida obediencia,I 1 1 1 1 , dl11'11ossa Merce com as tropas, que Ihe sao subordinadas, todo 01 1 , 1 '1 '1 1 I ' l l ' 1 1 cessar ios para a referida execucao das ordens que a este respeito

    1 1 1 1 1 1 1 1 II dlto senhor governador do Piauf, observando-as tao pontualmente,, , 1 1 1 1 1 I assasse, da mesma sorte que Ihe tendo dete rminado para todas

    I lt l l I II I II , ' Il l' POl' ele forem recomendadas . Deus guarde a Vossa Merce. Vila33

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    da Fortaleza de Nossa Senhora da Assuncao, 28 de abril de 1766 anos. - AntonioJose Vitoriano Borges da Fonseca.

    Em 1791, foi remetido ao governo da capit ania a seguinte Nota sobre osminerais que se acham na capitania do Piauf: "Na ribeira de Cratetis, termo da vilade Marvao I,ha muita variedade de pedras, ent re as quais aparece 0 Ima, ou pedrade cevar, mas tern pouca vi rtude magneti ca a da superffcie da terra, que e a que seexperimentou. Ha tambem minerio de ferr02. No rio I taim ha inf inidade de pedras,entre elas a de que se faz 0 esmeril 3. Ha tambem pedras de varias cores, comoroxa, azul e branca, mas pequenas. No lugar chamado Cadoz, termo da vila deCampo Maior, ha mina de chumbo de boa qua lidade, que fundido da 50%. Nestemesmo termo, no lugar por nome Colomin-Quara, h a pedra-ume 4, e caparrosa' ' nolugar Cabeca de Boi. Consta tambem haver antimonic".

    Aires do Casal, tratando da mineralogia do Piaui, na sua CorografiaBrasflica, diz que ha - minerai s de pra ta, ferro, chumbo, caparrosa, pedra-ume,salitre 6 , sal-gema, magneto, talco, pedra de amolar, almagre, gesso tabatinga 7e abundancia de pedra calcaria 8

    Nesse ana a arrecadacao do imposto do diz imo do gada vacum foi de rei s24:050$000, do municipio de Oeiras; de 8:350$000, do de Jerumenha; de 12:545$000, do de Valenca; de 7:450 $ 000, do de Parnagua ; de 12:050 $000 do deMarvao, e de 25 :250$000, do de Campo Maior.

    Em 14 de setembro de 1792. - Fernando Antonio de Noronha toma posseno cargo de governador e capitao-general das capitanias do Maranhao e Piauf . Foieste governador quem primeiro aventou a ideia da mudanca da capital do Piaui , deOeiras para as margens do rio Parnaiba, chegando mesmo a propo-Ia ao rei aoparti r de Lisboa para 0 Maranhao, como se ve de urn oficio do governador doPiauf Dom Joao de Amorim Pereira dir igido ao governador daquela capitania em5 de marco de 1799, que nes ta data mencionamos.

    Nesse ana lavrou no Pi auf uma grande sec a, que causou imensosprejufzos a lavoura e a criacao do gada e apos, por t res longos anos, foi seguida degrandes inundacoes, cujos danos foram tambern consideraveis.

    Esta ca lamidade da seca , que cornecou no Ceara em 1791, se estendeuate Pernambuco, e a cujos horrores fugiu a populacao dos centros de lavoura ecriacao abandonando os seus lares e fazendas. Foi contudo menos terrivel noPi auf; e no Maranhao, para onde se refugiou toda aquela populacao,principal mente a indigena, acudindo entao 0 Piauf a essa calamidade - rompendomesmo pelos sertoes desertos, e indo levar carne aos portos de mar, onde asI Hoje Cas te lo do Piaui ,2 Anton io F re ir e a fi rmou que s ao impo rt ant is simas as j az id as do P ia ui .3 Mis tu ra d e a lumina e 6x ido de fe rro.4 A lume. Ha grande quant id ade em todo 0 Estado.5 Hi caparrosa das tres variedades no Piaui . Minas em Parna iba, Campo Maior, no rio Piracuruca,nos munic fp ios de Pirip ir i, Cas te lo , Sao Joao do Piaui , Parnagua.

    6 Minas inesgotaveis.7 Existe em quase todos os munic fp ios.8 Em quase todos os munic fp ios do Estado. OBSERVA

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    durante cerca de vinte anos. Pertencia a freguesia de Santana de Independencia aobispado do Maranhao, do qual fazia parte 0 territ6rio da Provincia do Piaui.

    Em princfpios de 1857 os habitantes da povoacao de Pelo Sinalreclamavam a situacao inferior de dependentes da vila do Principe Imperial, 0 quelhes obstava 0 desenvolvimento , exigindo a urgente criacao do municfpio. Suareivindicacao mereceu acolhida e, em Oeiras , Capi ta l da Provincia do Piaui , a 24de.julho do mesmo ana foi expedido 0 Decreto n." 436, criando 0municfpio, comsede no antigo povoado de Pelo Sinal , e levado a categoria de vila com territ6riodesmembrado do municfpio do Principe Imperial e a denominacao deIndependencia, sendo instalado al. de marco de 1858.Por Lei Geral n." 3.012, datada de 22 de outubro de 1880, 0 territ6rio domunicfpio foi desanexado do Piauf e incorporado aProvincia do Ceara.

    A Lei estadual n." 107, de 20 de setembro de 1893, suprimiu 0municipio,restaurando-o a Lei n." 294, de 7 de agosto de 1896. Sua reinstalacao ocorreu a 16de novembro do mesmo ano.o Decreto estadual n." 193, de 20 de maio de 1931, extinguiu var iesmunicfpios do Ceara, dentre eles 0 de Independencia, que pela 2: vez perdia suaautonomia, reconquistando-a somente a 4 de dezembro de 1933, pelo Decreto n."1156, do Interventor Roberto Carneiro de Mendonca, figurando na divisaoadministrat iva daquele ana com os dist ritos de Independencia, Novo Oriente,Santa Quiteria e Vertentes.No anexo ao Decreto-Lei estadual n." 169, de 31 de marco de 1938, quealterou a divisao territorial de 1936-1937, e criado 0 distrito de Born Principio, emIndependencia.o Decreto-Lei n." 448, de 20 de dezembro de 1938, que dispos sobre adivisao territorial a vigorar no quinquenio 1939-1943, alterou a denominacao dodistrito de Santa Quiteria, que passou a denominar-se Coutinho. Tambem 0Decreto-Lei estadual n." 1114, de 30 de dezembro de 1943, que fixou a divisaoterritorial para 0 perfodo 1944-1948, altera outras denominacoes, figurando 0municfpio nesse quinquenio com os distr itos de Independencia, Coutinho,Ematuba (ex-Bom Princfpio), Iapi (ex-Vertente) e Novo Oriente, mant idos pelaLei n." 1153, de 22 de novembro de 1951.o termo judiciario de Independencia, suprimido em 1893 e restauradotres anos depois, foi provido de juiz togado em 1917 (Lei n." l.434, de 25 desetembro), mas a Lei n." 2.160, de 15 de setembro de 1924, ext inguiu esse cargo .Em 1938, 0 termo, que sempre fora dependente da comarca de Crateiis, passou ajurisdicao de Taua. Sobrevindo a promulgacao da Constituicao do Estado, a 23 dejunho de 1947, que promoveu a comarcas os termos providos dejuizes municipais(art. 22, do Ato das Disposicoes Constitucionais Transi t6rias), 0 termo deIndependencia, desmembrado de Taua, transformou-se em comarca de primeiraentrancia, situacao confirmada pela Lei n." 213, de 9 de junho de 1948.

    Nas eleicoes real izadas a 3 de outubro de 1954, foram eleitos: Prefei to -Mario Souto Pimentel. Vereadores: Antonio Narcfsio Vieira, Expedito Cardosoda Silva, Gumercindo Soares Mota, Joaquim Augusto Bezerra, Joao Francisco de

    36

    L ic rda, Jose de Sousa Gulim, Jose Mozart Lourei ro, Manuel Sobrinho e Pedro( ' r va lc a n te de Macedo.

    ALTITUDE - Atinge 350 metros a altitude, na sede municipal.CLIMA - Salubre e seco. A temperatura osci la de 17 a 36 graus. 0perfodo normal de inverno vai de janeiro a abril .AREA - Totaliza 5.635 km-, tendo sido 0 maior municipio do Estado do" , , ' a , antes do desmembramento dos distr itos de Novo Oriente e Vila Coutinho

    (lilual Quiterian6polis).ACIDENTES GEOGRAFICOS - 0 solo do municipio se apresenta

    jlllIl'O acidentado, embora cortado por varios rios, dentre os quais se destacam 0ill) M io e Itaim. Em relevo, salientam-se as serras da lbiapaba, Joaninha,

    Guaribas, Mucuna, Pipocas, Calogi, Aniceto e Bargado, todas nas regioesI ilt l ( ro fes.RIQUEZAS NATURAlS - As riquezas minerais sao representadas por

    1 1 1 1 1 1 ' 1 )a r g i l a ) , rutilo e jazidas calcarias. Oiticicas e matas para extracao de madeira11111I 'onstru

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    LOCALIZAC;Ao - Totalmente inclufdo no Polfgono das Secas, 0municfpio situa-se na Zona Fisiografica do Ser tao do Sudoeste. 0 terr it6rio seestende pelos afamados sertoes do Crateus, propfcios a criacao de gado, no valedo rio Poti , abrangendo parte da Serra Grande, nos !imites com 0 Estado do Piaui.Limita, ainda, com os municfpios de Crateiis, Tamboril, Boa Viagem, PedraBranca e Taua . A cidade dista da Capital , em linha reta , 269 quilometros e possuias seguintes coordenadas geograficas: 5"23'40" de latitude Sui e 4019'03" delongitude W. Gr.

    Posicao do Municfp io em relacao ao Estado e sua Capi ta l. :

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    Igreja Matriz de Crateus

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    Igreja de Sao Vicente de Paulo

    Quadra de Esportes CAlC - Crateus

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    VIGA.RIOS E PA.ROCOS INDEPENDENTES1, Vigario - 1853-1873 - Padre Antonio Ricardo Cavalcante de

    I l I u , ! 1 1 rque - Natural de Pernambuco, foi quem inaugurou a freguesia. Era1 1 1 1 1 1 IIcolado.20 Vigario - 1873-1891 - Padre Jose de Araujo Galvao.i Vigario - Padre Jose Rufino Soares Valamira - Filho de ManoelII III, lnares e Maria Soares da Conceicao. Foi vigario de 1892-1893.

    Paroco - 1894-1896 - Padre Macario de Arruda - Filho de VicenteI III do Vale e Hercula Bezerra de Arruda (Herculana Bezerra de Arruda),

    I I I I 1 1 1 1 s f tio Olho -d'Agua Grande no municipio de Ipueiras , em 18 de outubroIHII,!. Matriculou-se no Seminario de Fortaleza em 1884; iniciou os estudos

    II I r] 1 1 'm Olinda em 1890 e ai o r d e n o u - s e em 1894. Exerceu por algunsI I II l'un90es de coadjutor de Campo Grande e ainda em abril de, 1894 foiI, IIHII!iO paroco encomendado de Independencia, cargo que exerceu ate 1896,

    I 1 11 11 1 I'll U:ansferido para Santa Qui teria e dai para Coite, Trairi e Campo1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 o uno Ipu.

    ." I a l' co - 1897-1909 - Padre Afonso Gouveia - Ordenou-se emII ,I i III II 10de abril de 1896. Regeu a freguesia como paroco encomendado.

    II" 11I'OC - 1902-1904 - Padre Francisco Carlos de Morais - Natural deII 1 1 1 1 1 1 1d Manoel Carlos de Morais e Josefa Rol im de Morais , ordenou-se aII 1 I 1 1 W l I l i w o de 1899. Foi paroco de Saboeiro, e dai transferido para

    I I" lu i 1 1 1 ' 1 1 1 , nde paroquiou desde 20 de abril de 1902 ate 1904; tendo falecidoI lit I II II de agosto de 1904. Sao seus irmaos 0 Padre Manoel Carlos deII I 1 11 1 1 1 1 ' ( I~t'ljmundoRolim de Morais.

    I" I' 1'0 -1904-1905 - Padre Emil io Lei te Alvares Cabral - Nasceu em1 1 1 1 II Ido Estado a 9 de marco de 1881 e ordenou-se a 30 de novembro111 vl u do coadjutor da freguesia de Sao Mateus; foi paroco de

    1Ii1til II, professor dos colegios de Caninde, Santo Estevao e Sao Jose do1'1111111 ti , ssare e professor do Serninario de Crato. Faleceu nessa cidade.

    l'IIUI'O 1906-1911 - Padre Nelson Terceiro de Farias - Filho de JoseIii 1III II Maria Terceiro de Farias, nasceu em Santa Quiteria em 1882 e1 1 1 . 1 1 1 1 1 1 1 1 I om Joaquim Jose Vieira em 1905. Foi coadjutor das freguesias

    I " 1 I'IH o i l , dcpois paroco de Independencia, cargo que exerceu duranteI .IIIill nnos, transferindo-se para Morada Nova.I , I 11 1 It ) 1 12-1913 - Padre J oviniano Barreto - Natural de Taua,II! 1 1 1 1 1 1 1 d 1889, e foi ordenado em Forta leza por Dom Antonio Xisto

    II ill Ikl'i mbro de 1911. Filho de Roberto Barreto e Cristina de1 1 1 1 1 1 1

    1 ' 11 1 1 1 1 ( ) I 13-1916 - Padre Manoel Carlos de Morais, f ilhoI ~'illlil 1 ( 'u r l ) s de Morais e Josefa Rol im de Morais, foi ordenado porII 1,111 lv I 1 mes a 30 de novembro de 1912.

    I(22-.1928 - Padre Francisco Fel ipe Fontenele - Filho deCandida Lidia Fontenele, nasceu em Vicosa e foiom Jose Tupinamba da Frota a 15 de abril de 1922.

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    15 de azosto de 1922; sendoeado paroco de Independencia, tomou pos~e a bom b d 1928 para Ipueiras. .transferido a 31 de dezem ro e dr EJ" . Nczueira Mota _ Filho de Francisco12Paroco-1932-Pa re lC1Q U_ d 1931. . M t ordenou-se a 30 de malO e .de Souza Mota e Ana Noguelr~ ,.? acieSobral. Provisionado a 31 de dezembro deFOi professor no Seminario 6 de i i ro de 1932 e ai permanecetIt mou posse a e Jane931 paroco de sua terra na a, 0 C h' de JesusN . Mota da ompan ia .ainda. Irmao do Padre Nelson . o gueira d ' a paroquia tern sido administradaAlern dos parocos acima icerdot os, consta do arquivo do assentotemporariamente pelos seguintes sacer otes, como

    de batismo: , " G I- foi coadjutor da freguesia, de marco dePadre Jose de AraUJO a mad mo paroco encomendado em1872 a agosto de 1873, tendo toma 0 posse cosetembro de 1873. . .a' '0 de Taua encarregado daPadre Alexandre Ferreira Ba~et~89~lb;~lla segunda vez, de janeiro deparoquia desde junho de 1892 a marco e ,1896 a janeiro de 1897.. . uando vigario de Crateus estevePadre Miguel Xavier de Morais, q

    . d 1901 a marco de 1902.encarregado desde m~lO e "ao de coadjutor dejaneiro de 1903Padre Joaquirn Rosa, ocupou O.C~I:"d Crateiis regeu-a de julho de 1905a marco do dito ano; e sendo vigano be. d 1916 a novembro de 1918.906 1 zunda vez de setem 10 e 'da outubro de 1 e pe a se d d do paroco de Crateus, regeu-a ePadre Jose J uvencio de An ra e, sensetembro de 1916 a nove~br? d~ 1 9 ~ r . a quando paroco de Tambori l regeu-aPadre Manoel Vitorino e rveira, da vez de janeiro de 1929 ade Novembro de 1918 a agosto de 1922; e a segundezembro de 1931. . 1820 _ 0 navio corsario Oriente Invencfvel, que

    Em 6 de julho de I is de uma vez tiveram de se moverinfestava as costas do Norte, e c.ontra 0 pqua r: aI transpoe a Barra do Meio e. - da vila da arnaIua,as forcas de guarmcao , f de fazer aguada e no dia 8 tomaf d 20 homens com 0 rm '._desembarca uma orya e .. Para aprisiona a sua tripulacao A ue de Lisboa la para 0, .urn bergantim portugues, q . ilh d Poldros em frente a refenda barra.9 h os deixa na I a os, . . .composta de 1 omens e I'A cia 0 aovemador da capitarua

    A as teve oao clen 0 .De todas estas ocorrenci '1 d Pa .nafba e deu as providencias. - d dante da VIa a Ipor comumcacao 0 coman a's respeito e de tudo deu contast aquele porto em m I ,ecessarias - para se man erao ministro do ultramar em 23 de agosto. d povcacao do territorio date ana 0 comeco e " '.Rernonta-se a es . f como ponto vantajoso para 0d I escadores at se ixaram,Arnarracao, quan 0 a guns p . d todo da zuerra dos Balaios tomou. . d t .:a e mals tar e no pen 0exercfcio da sua In us lie to de desembarque das tropas. quanta se tornou 0 pon . _alzum desenvolvimento, por " mesmo tempo de comumcacaoo . Itosos na prOVinCia, e ao ,. d .que vinham bater os re;o . . I d Rio de Janeiro, por intermedio oscom as provincias Iimft rofes e a ~aplt a 0

    te que ai ancoravam.navios de guerra e transpor do com 0 andar dos tempos tevc' d la ao que aumentanEsse nueleo e popu Y'. it d no litoral em uma pontaos foros de par6quia e depois os de vila, esta Sl u a 0 ,42

    itll'n,ada pelo rio Igaracu, que se dilata para Oeste, pelo grande igarape igualmenteI'/lLunado Igaracu, que Ihe fica ao SuI, e pelo canal do Funil, que se estende para()'ste Leste; em terreno arenoso, e em parte alagado pela mare.o porto da Amarrac;ao e born e vasto, e, se bern que a sua barra nao se jaIlllli(o funda, admite contudo embarcayoes que demandam ate 15palmos, podendo

    I mcontrar ate vinte nas mares grandes. Em tempos de ventos fortes 0 marIlpl' senta-se bastante cavado.A barra do Parnaiba, informa 0 inspetor da al~ndega a presidencis em

    ,,((do de 16 de agosto de 1841, vulgarmente chamada .de Igaracu e que himuitoI "II va abandonado, .foi, por ocasiao da guerra dos rebeldes do Maranhaonnvmncnte freqi.ientada pela navegayao, e se tern observado nela grande1 1 1 1 Ill

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    Nesse ana os principais generos de comercio no Piauf tinh~m estesprecos: ca rne , libra , 35 re is, arroz 80; touc inho 16~; bolachas 480; acucar 320:farinha, quarta, 320; sa l 1 $920; mi lho, 320, e fe ijao, 480; vmagre, frasco, 640,azeite 640; vinho 960; e leite 80. ~. , . .o Administrador Geral dos Correios Marcos Antonio Bncio publica umEdi tal em 24 de fevere iro de 1821, fazendo saber que nos dias 3 a 19 de cada messaira um correio da Vila de Fortaleza, para 0 Piauf, passando pelas Vilas deMonte-Mar, 0 novo, Campo Maior , Sao Joao do Principe, povoacao das Plr~nhas,vila s de Marvao, Valenca e c idade de Oeiras, pag. 186, Rev. Inst. do Ceara, ana1921. Em 22 de janeiro de 1823 - A junta do governo proc1ama .aos pov~s deCrateus e Marvao por ouvir, com bastante magoa, que homens perdld,os,pel]urose facciosos pretendiam arras ta-los ao criminoso par tido .da Independencia, e quenao se deixassem iludir e arrastar 0 principio do cnme e da desgraca compromessas vas de uma felicidade que jamais podia verificar-se, ou quan.do mesmose ver if icasse far ia na his toria do mundo a sua vergonha e da sua postendade.

    "VO~nao tendes proporcoes para a independencia, diz a proclarnacao:faltam-vos agricultura, artes, ciencias, manufaturas, comercio, dinheiro, esobretudo exercito e rnarinha."

    "Ponde os olhos na vila da Parnaiba: nao vistes em que tempo se lan~oupor terra 0 mal fundado ediffc io da indep~~denc.ia? E pensai s que hao de ficarimpunidos os seus autores? Nao os vedes jafugidos de sua.s casas, ausentes desuas mulheres e ternos fi lhos? E que nao ficara a f 0 seu cas tigo? Que outra sor teesperais se seguirdes 0 seu criminoso exemplo?" . . ."Habitantes de Crateiis e Marvao! Uni-vos em sentimentos aos marspovos da vossa provincia; de ixai flutuar as provincias do Sui no mar imenso dediscordias e sangue, que nelas comeca a verter-se, como just~ castigo de. suasdesventuras e vos viveis sossegados em vossas casas, na feliz companhia devossas esposas e vossos fi lhos; nao procure is por vossas maos os trabalhos ,e osperigos em que vos ides meter, seguindo um partido que 0 geral da provinciadetesta e protesta perseguir-vos." .

    "Nao alegueis depois que 0 governo nao vos aVlSOU,que ele bem. clarovos fala. Que mais amizade vos tern os povos do Ceara? ~les vee~ no pengo, equerem ver se por cima de vos se poem a salvo. Conhece i-os, evita i-os, e salva i-os e1esse salvem como puderem, porern nao a custa de vossos bens e de vossasvidas".

    Em 11 de janeiro de 1823 - 0General Pedro Lab~tut, comandante - c~efedo Exercito Independente em operacao na Bahia, de Jacobina-Pe, remete a Oel:a~-Pi . a portaria que da ciente a.Proclamacao do Rio de Janei ro, em anexo um O~ICIOdo General convidando 0 Piauf a coadjuvar esses votos gerais do Brasil, aproclamacao da Independencia nacional. A junta do Governo re:ponde que aProvincia mantem-se f iel a Metr6pole. 0 Governo. da a rmada e comunicadoimediatamente pela junta do Governo, 0 contingente de Marvao, ~ b~ixa.portariadeterminando aos comandantes do Riachao, Ribeira do I taim, Canmde, Ribeira do

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    IIIIU( e Valenca, partlclpassem por mensageiro urgente a marcha de tropas1 1 , 1 tlnadas da provincia.Em 24 de janeiro de 1823 - Retine-se a junta do governo ternporario do

    t \ 1 1 1 ' 0 , Comassistencia do juiz de fora, camara, corpo eclesiastico, civil e rnilitar, eII ulve:

    Que se SOcorresse 0 Piaui, porem que se escrevesse a junta provis6ria deI1 1 m B e ao major Joaquim Jose da Cunha Fidie, pedindo as causas do seuI" II ) der.., . _ , \...Que marchassem tropas ja na direcao dos . tres pontos pnncipais do Crato1 1 1 1 1 ' 1 1 0 iras, de Inhamuns e Cra tei is para Campo Maior, e de Vila Nova, VilaV I~o ' a , obral e Granja, para a Parnaiba.

    Que no caso de legft imo impedimento do Senhor Governador das armas ,II v ria confiar a maior parte do comando ao Senhor deputado Antonio

    III/L II'l, a quem tocar ia a direcao de urn dos pontos.Que as despesas da expedicao deviam correr por conta do Piaui , a cujos

    1 I l I I i I i I I I ) C ( : S se fazia 0 beneffcio, devendo a forca do Cariri ir 0 quanta antes para1 1 1 1 \ 1 1 1 1 1 ' a ins talacao do governo provis6rio e obs tar que 0 dinheiro de Oeiras fosse1 ' 1 1 1 1 1 I, Maranhao.

    ue os voluntarios dessa expedicao, que fossem a sua cus ta, ter iamtI , J l I I I J)I'cferencia para os ernpregos, sendo olhados como benemeritos.Neste mesmo dia convocou a junta do governo uma sessao extraordinaria

    1 '" 11 11 11 1(1 C nsulta em conselho, e na hora aprazada abr iu-se a sessa, achando-se" P III( 0 juiz de fora, pela lei, membros da camara da vila de Fortaleza," ' 1 ' 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 p la junta da fazenda , corpos eclesiastico, mil ita r e c ivil , da mesmallu, I II 1)1'01'65 Senhor deputado Xavier Sobreira 0 seguinte:

    Io Que a vista dos acontecimentos da vila da Parnaiba do Piauf eI '1IIhd~' H 1 0 juiz de fora da mesma, e de varies emigrantes, por causa 'do1 I " 1 1 1 1 1 1 1 1 lncsperado ataque .do governador das armas Joao Jose da Cunha Fidie1 1 1 1 1 1 1 1 I) brasileiros, seus irrnaos, que ali proclamavam a independencia e""lilt Iflll~o polftica debaixo da alta protecao de S.M.I., 0 nosso defensor

    I IJ" lilli, c l via consultar 0 voto geral dos c idadaos de todas as classes sobre aII I tlli' II d tropas contra os rebeldes daquela provincia, que intencionam

    III", III II mldos de um povo, que ansioso suspi ra pela libe rdade, e sacudir 0I" ,I t 1 1 1 1 1 1 1 .Iltg do despot ismo e arbit rariedade, que no Brasil tive rarn comecoIII, It M IlI I 1 ( ) antiga descoberta, que VV.SS., inflamados daquele zelo patri6tico1 ' 1 , 1111 II IIi~n a todos os brasileiros, deem 0 seu voto, t endo em vista negoc io deI m l' l l I l l l l t l l h ' ,

    / \ 1 ' 1 1 1 ' ' ' 'U 0 padre mestre frei Alexandre da Purificacao e disse que os" V II 'I I l S corporacoes da Vi la Vicosa e Vila d'E l-Rei , Sobral e Granja,i l l 1 "1 )1 11 t rem marchar para 0 Piauf e l iber tar seus irrnaos opr imidos;

    t I 1111111, I (tl~1 feu por isso que os f izesse marchar ou os demitisse dos postos., II (II rl t ropa do Carir i e Inhamuns se reunisse com Crateus , Marvao eI II II ' l i l t Illd cia provincia de Oeiras, obstaram a crueldade, e ~ aI I' u d III I I I , " 'onhecendo S.M.I. imperador do Brasi ~ g$lb'\U~ l 1 r w a ~" Ijllllllllll' ixtravio dos cofres. S\I0~~, ~o

    ,:;.- 11~ 45 ~~ aibliQteca s ;~ b-Central ~ UVA ~

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    3 - Que esta junta do go verno mandasse ao JUiZ ordinario procederasperamente contra aqueles que nao seguissem e defendessem a causa do.Brasil.

    4 - Que fique tropa em Vila Nova, para defender a seguranca indiv idualdos ameacados pelos opostos.

    5- Que este governo mandasse f ixar edital f irmado, arbitrando penas aosrebeldes e amotinadores, e aqueles que se subtrafrem a tao gloriosa expedicao.

    6 - Que as despesas desta expedicao deveriam correr po r conta do cofrede Oeiras, pelas circunstancias desta provfncia,

    Requisicao fei ta pelo padre frei Alexandre da Purif icacao, por par te dosemigrados da provfncia do Piaui, e a rogos do Exmo. deputado Manuel PachecoPimentel, camara e povos.o Sr. deputado Xavier Sobreira disse:

    1 - Que era de voto de marcharem tropas em socorro dos habi tantes daParnafba e Campo Maior ; porern que escrevesse antes a junta provisoria de Oeirase ao governador Cunha Fidie, pedindo as causas do seu procedimento e umain tel igencia do seu modo de pensa r sobre a causa do Brasi l, protestando logo a S.M. 1. por todas as desgracas e ruinas, a que deram causa suas erradas op inioesdesenvolvidas por meio de urn sistema tao opress ivo como contrar io a l iberdadepolitica de todo 0 Brasil.

    2 - Que as tropas deviam ja marchar na direcao dos tres pontosprincipais daquela provincia, a saber, do Cariri para Oeiras, dos Inhamuns eCrateiis para Campo Maior, e de Vila Nova Del-Rei, Vicosa e Granja para aParnafba, 3 - Que 0 Exmo. Sr. deputado Bezerra devia ser 0 chefe de um dospontos indicados, e que do seu bern merecido conceito se dever ia confiar a maiorparte do comando, no caso de legftimo impedimento do Sr. Governador dasarmas.

    4 - Que 0 cofre de Oeiras dever ia concorrer para as despesas da mesmaexpedicao, por se dir igir esta unicamente a bem fazer ao todo dos seus habitantes,devendo a expedicao do Carir i adiantar-se, nao so para auxil iar a ins talacao de urngoverno temporario da confidencia dos povos, como para obstar qualquer extravioou transporte do numerar io existente no cofre para 0 Maranhao, e evitar, por estemeio, que se subtra ia aquela porcao de nossos inimigos com uma soma que pode edeve despender-se em service da patria.

    5 - Que todos os indivfduos, que se oferecerem voluntaries, e a sua cus tapara esta expedicao, tenham preferencia nas propostas e empregos a que aspirem,sendo olhados como benerneritos da patria, .o que, ouvido, foi por todos geralmente apoiado, e requereram que secumprisse a risca este parecer, pOI'ser 0 de todos os cidadaos em geral .

    Deu 0 Sr. presidente por terminada a sessao, ass inando-se todos os queestavam presentes.

    Compareceram ao conselho 73 pessoas , que ass inaram a competente ata,cujo teor fica transcrito.. "Em 10 de fevereiro de 1823 - 0 governo provisorio, dirigindo nesta dataurn offcio ao capit ao Manuel Carlos da Silva Saldanha, que the comunicara a sua46

    1IIIIIlia do Exu, em Pernambuco, com destino ao Piaui, com tropas sob 0 seuIlililando em auxflio dos patriotas piauienses que lutavam pela sua independencia,1llIl'lui: "Dirigimos portanto a V.S. nossos afetuosos cumprimentos,I I ntlficandc-lhe que com gosto aqui 0 esperamos e a toda a tropa do seuu n u n n do para .nos ajudar a colaborar na defesa desta provfncia, o.nde-V.S.I II olltl 'ara aquele apreco e estima que the e devido".

    Para ir ao encontro de Saldanha, que marchava pela r ibeira do I taim, bernI1 ! l 1 1 t ) n o s chefes de umas tropas do. Cra to, que se encaminhavam em divi soesI I t l u tn s pelas ribei ras do Riachao e das Guaribas, mandou a junta do governo urnIII I l idoos cumprimentar em seu nome, e entregar-Ihes uma portaria identica a de1ill I mes, dirigida ao alferes Manuel de Abranches Pais.

    ern 1 de marco de 1823 - Chega a Valenca 0 Coronel Joao Araujo,IIllIdll~,in 10tropas cearenses dos Inhamuns, constantes de 300 pracas de cavalaria,I1 1 1 11 1 1 m terce apenas, convenientemente armados, uma companhia de Infantaria, eII IIIIHI~ordenancas de Cratetis, e marchou depois para acampar com sua gente em

    I 1 I 11 1 j) (1 Maier, por deliberacao dajunta.o pa triota piauiense Leonardo. de Carva lho Castelo. Branco, alfe res'I 1lIIIl'iO da divisao auxil iadora do Piaui, e aleivosamente preso pelo capitao JoseIII II II C rreia, comandante do porto militar da Reparticao, Apresentando-se

    , II 1IIII'Iul maranhense a Leonardo de Carvalho, dizendo-se afeicoado a causa do1 1 1 , 1 II , ouvidou-o a passar 0 Parnaiba eo prendeu na ocasiao em que dist ribufa a1 1 1 1 1 " 1 1 'IHma9ao dirigida aos piauienses, datada de 24 de janei ro, do quartel de

    1 ' 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ' 1 1 .'I'r ins rnit ida logo para a capital do Maranhao esta noticia, ali foi recebida

    lit! 1 1 1 1 1 1 1 1 1 do dia 7, com grande alegria do governo daquela provincia e maiorII tlllI~1I d s seus satelites., (11c 0 fato escreve 0 seguinte Vieira da Silva:IiA dcspeito de todo 0 movimento de tropas para guarnecerem as

    h"flil IIIN, da proximidade em que se achava 0 major Joao Jose da Cunha Fidie,1'1111 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 \ independencia em Campo Maior e Piracuruca, 0 chefe independenteI 'III II1111I arvalho Castelo . Branco. afastou-se a explorar 0 ponto por onde, Ih!, _~I I utrar na provincia do Maranhao, e, nes te proposito , dir igiu-se ao portoII,Ipili I It 0, distrito do Brejo, a fim de chamar as armas e ao seu partido,'lilt ,,~ jlIIVO', procurando seduzir 0 capitao Jose Antonio Correia, que, devotado

    , III 'I 1 1 1 1 ) , ( fez prender. Foi este chefe remetido logo para a cap ita l, com maisI I I 1 11 11 11 11 1. III 0 acompanhavam e que na mesma ocasiao haviam sido presos,w i l l I Illd Idos guarda do tenente de cavalar ia franca Joao Jose Alves de Sousa,

    I I I 1 1 1 1 pi 1 1 1 1 ( . ) , obteve a patente de capitao".()IIIUld< assim se praticava com os brasileiros que pugnavam pela

    , I I" J i l l UIIIIl I sua patria, recomendava 0 comandante geral das CarnaubeirasII ,III lit Illtxfli as famflias emigradas da vila da Parnafba para 0 seu distrito,I" I II I n il ccsse serem constitucionais , remetendo debaixo de prisao para aI I ' J II I I i l l ons suspeitas de afetas a independencia.

    I III () 2 de marco de 1823 - Aclamacao da independencia na vila de1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

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    Em 05 de marco de 1823 - 0 deputado pelo Piaui, Domingos daConceicao Ie, em sessao das cortes de Lisboa, urn offcio dirigido ao Dr. FranciscoZuzarte Mendes Barreto, ouvidor-geral da provincia, pela camara de Jerumenha,ja consignado na data de 20 de novembro de 1922, a seguinte pet icao que algunshabitantes da vila da Parnaiba enviaram a camara da mesma vi la , descrevendo asua situacao e pedindo providencia contra 0 exaltamento dos facciosos:

    "Ilustrfssimos senhores do senado. 0 povo da Parnaiba , a inda mesmo emtempos sublevados gozou sempre da maior tranquilidade e boa.inteligencia entresi; porem hoje nao sucede assim, senhores; acha-se dividido, e na maior agitacao;nao ha seguranca publ ica; os insul tos , as ameacas crescem cada dia a proporcaoque vai faltando 0 respeito e 0 temor. As autoridades, espectadoras desta alteracaode cousas, tem-se mostrado insensfveis e 0 povo desconfiado. Para quandoguardam elas as providencias que devem manter 0 sossego publico? Sera talvezpara quando romper a anarquia ? Entao sera tarde de certo; entao so as pontas dasbaionetas decidirao a questao; 0 massacre sera 0 resultado. Joaquim Timoteo deBrito, so contra quem se dirigem nossas siiplicas, e quem tern semeado a divisao ea discordia nesta v ila ; e le foi 0 autor dos pasquins, que apareceram no dia 24 dejunho deste ano, que foram reconhecidos pelo geral conhecimento de let ras , portacitas confissoes certificadas, sobre que nenhumas providencias se deram. Desdeentao para ca l ivre do crime, i sento do temor tern suas ousadias progredido de talmaneira que, desafiando a execracao publica, ha sido bern marcado com 0 ferretede revolucionario e anticonstitucional, epfteto que Ihe tern adquirido suas facanhascriminosas, chegando a ponto de ameacar com forca armada, cujo comando tern;procedimentos estes tao dignos de atencao, como das mais prontas providencias,No tempo em que os piratas infestaram a costa, sempre 0 lugar das pecas foidentro do quartel ; hoje porem se acham assestadas na frente dele, emboscadas nasruas. Que quer isto dizer, senhores? Sera 0 quartel porventura a fortaleza de Diu, ea vila as barracas do exercito de el-rei de Cambaia. Ah! Senhores, e necessarioata lhar os males que tanto nos ameacam; e necessario afastar para longe a.causadeles, porque assim 0 exige 0 sossego publico, a justa razao da nossa causa 0pede. A mesma tropa se acha dividida por efei to do genic revolucionario do seucomandante; aqueles que nao tern podido moldar a sua feicao, hao sido vftirnas desuas crueldades; no dia 23 do corrente foram degradados sem conhecimento decausa dois ou tres inferiores de carater firme, caluniados pelo seu pr6priocomandante, e pelo seu partido, dando-se mais atencao as cahinias que as justasrazoes que tais vftimas alegam; no quartel se acha urn inferior presoincornunicavel; quem ordenaria tal prisao? Estaremos .a inda debaixo do juga de ferro do despot ismo, ou a lei nao e igual para todos? Eisaqui, senhores, eis aqui os atendfveis motivos que nos obrigam a implorar aretirada daquele oficial com a maior brevidade possfvel; e que seu lugar sejasubstitufdo por oficia l de confianca, que tenha esposa e filhos, e que tenha bens,penhores, que afiancam a opiniao publica: a estada de urn homem revolucionario eanticonstitucional, e sem diivida perniciosa e a safda dele e menor service ao povodesta vila, que mesmo a nacao. E 0 ,que suplicam e esperam ser atendidos.48

    sm 10 de marco de 1823 - Portaria da junta do go verno do Ceara,1 i l i l l ' I I I l I I d o que 0 Sargento-Mor Joao Nepomuceno fosse a bordo do cuterM I I I I 1 1 1 1 0 Primeiro e tomasse conta do mantimento, armamento e mais apetrechostil II rra destinados ao Sargento-mor e Joao de Andrade Pessoa, encarregado da1 ' 1 1 1 1 1 1 I i ' o expedicao auxiliadora do Piauf, e seguisse para 0 lugar da Amarracao.j,1 1 1 1 1 1 'com 0 mesmo Sargento-mor e fazer-lhe entrega dos referidos artigos, e1 1 1 I I I quem obraria de comum acordo na expedicao da Parnaiba destinada a atacarIIi ll i'ollf'idente Cunha Fidie. Esta deliberacao dogoverno foi ditada em virtude deII Ijll 'i y i1 o da comissao militar de Vila Vicosa e Vila Nova.

    ern 20 de marco de 1823 - Decreto das Cortes de Lisboa autoriza ao11 1 1 1 1 1 '1 ' executive a vender trinta e seis fazendas de gado vacum e cavalar,III II I necn te a fazenda nacional , se achar necessario a Provfncia, resguardando a1 I1 1 1 1( 1[ \ Tranqueira que se destina a implantacao de urn Hospital na cidade deI It 1 1 1 1 ,(.jUC deu infcio em 1846 e concluido em 31 de marco de 1849, que todas as

    1 1 1 1 1 1 1 , Iicassem sob inspecao e administracao da Camara Municipal.onforme portaria da Provincia de 18 de julho de 1829, em cumprimento

    I II d IS de outubro de 1827. 0 Decreto de 15 de novembro do mesmo ano, eII lillI'l do Conselho Administrat ivo, criando quatro cadeiras de primeiras" 1 1 1 1 I I I Piranhas, Marvao, Parnaiba e Piracuruca, com vencimentos de 200$0001 1 1 1 1 1 1 ,

    No ano 1831 a populacao de Prfncipe Imperia l, era de 6.729 habitantes ,1 1 1 1 1 1 1 ' .407 no distr ito da Vila, 782 em Pelo Sinal , e 533 na capela de Irapua. Aosill [u lhc de 1832, Decreto da regencia Dom Pedro II era menor, 0 ImperioI d V l ! ob a regencia permanente de Francisco de Lima e Silva, Jose da CostaII I IIlhll e Joao Braul io Muniz do Imperio, sancionando e mandando executar a

    I, "IIIIt to da Assernbleia Geral Legislat iva , tomada sobre outra do Conselho1 1 1 1 1 1 1 1111rovincia do Piauf, em 30 de janeiro de 1830, que erigiu em vila e emI "l il ' 11 1 1 1 '. algumas povoacoes da mesma provfncia , como consta dos seguintesI I l l p l l :

    ~ - E igualmente erecta a notavel povoacao de Piranhas, em Vila de1'lIlIi Ip ! Imperial, e freguesia de Born-Jesus do Bomfim, ficando desmembrada da

    1 1 1 1 ii, Ma rvao , toda a ribeira de Cratetis, a qual formou a nova paroquia.Hm 25 de agosto de 1832 - 0 conego Antonio Fernandes da Silveira,

    " 1"lflulo-goral pela provincia de Sergipe, e ex-secretario do Piaui, apresenta emIlll till Camara urn projeto, concluindo: "Servira de linha divisoria entre alitH 'III' " do Piau! e do Ceara a serra da Ibiapaba, ate a costa do mar, e pel a parte,III 1 1 1 1 1 1 1 1 om a provfncia do Maranhao, 0 rio Parnaiba pelo braco que forma aI I i H l i I d ll 'Iutoia.

    A flmara resolveu ouvir os conselhos gerais das duas provfncias sobre 0I 1 11 1 11 1. G quanta ao Piaui, mandou 0 respectivo conselho ouvir as

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 IpHlldades de Marvao, Principe Imperial, Piracuruca, Parnaiba e Jaicos, no'I'll h u n v J' nde demora, de sorte que somente em 25 de junho de 1835 foi que aI IIIIi II ill provincial se dirigiu sobre 0 assunto a camara dos deputados,1 1 1 1 1 I I l i l i d D lela adocao do projeto, descendo a particularidades sobre as

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    respectivas Iinhas divisorias. Essa representacao da Assembleia do Piauf chegou aCamara ja no fim da legislatura, e portanto nao teve andame~to.. . ,

    Por de libe racao do Conselho do Governo, em sessao do dia 26 de julhode 1833, diz Pereira da Costa, foi criada a comarca de Marvao compreendendo 0termo da mesma vila e as do Poti, atual municipio de Teresina, e PrincipeImperial, hoje Crateiis (CE).

    Essa comarca foi extinta por duas vezes, sendo a primeira pelo Decre ton." 2, de 28 de dezembro de 1899 e, a ultima, pel a Lei n. " 85, de 12 de junho de1896, tendo sido restaurada respectivamente pel a Resolucao n." 8, de 2 de julho de1890 e Lei n. " 930, de 2 de julho de 1918.

    , Em 1833 foram rea lizadas as eleicoes da Camara Municipal de Princ ipeImperial, para a qual foram eleitos vereadores Joao Ribeiro e ~elo. (pres idente) ,Jeronimo de Sousa Lima, Joao de Barros Chaves, Goncalo Correia LIma, BaltazarPereira dos Reis, Joao Ribeiro de Melo e Joaquim Domingues Moreira, quejuramentados e empossados inauguraram ~ peri~do legislativ~ e_m 11 .dnovembro daquele ano, instalando-se na ocasiao a VIla. Data da cnacao da vil a,igualmente, a criacao da freguesia do Senhor do Bonfim, fazendo parte doBispado do Maranhao. Esta foi inaugurada, canonicamente, aos 4 de outub:o d1834, tomando posse seu primeiro vigario, 0 padre Francisco Serafim de ASSIS,1 1 ( 1capela que serve de Matriz, edificada desde 1792. 0 patrimonio .da nova paroquiaconstitufa-se de meia Iegua de terra por urn e outro lade do no, doado por .Lufza Coelho da Rocha Passos. A comarca, criada pela Lei piauiense n." 30 de 2de agosto de 1836, compreendia os termos judiciaries de Principe Imperial,Marvao e Pamagua,

    A comissao de estat fst ica em sessao na Assembleia Provinc ial de I cIjulho de 1835, apresenta seu parecer sobre os Iimites da provincia, com os doCeara e Maranhao, ent ra em discussao 0 Parecer quando 0 Deputado MiranduOsorio oferece uma emend a dizendo que as Provfncias do Ceara e Piauf tinhamcomo linha divisoria 0 limite da Serra da Ibiapaba, compreendendo toda a vertentdo Rio Poti, e da tromba da mesma Serra, pe lo Rio Timonha ate a sua foz na cost IIdo Mar;ao norte do Maranhao, 0 Rio Parnaiba, pelo brace que dele nasc u,denominado de Pocoes, que forma a Barra da Tutoia e com todas as ilhas que nc lhouver.

    Aprovado 0 Parecer e a emenda e remetida a Assembleia GeniiLegislativa.Quatro anos depois, no dia 14 de agosto de 1839, foi apresentado H IISenado do Imperio 0 projeto de Lei , abaixo transcr ito, criando a provincia d ICariri Novo:Artigo 1 Fica criada uma nova provincia que se denominara provincia dnCarir i Novo, cuja Capital sera a Vila do Crato .

    . Artigo 2 E sta provincia se formara:Paragrafo: 4 e do Municipio de Piranhas da Provincia do Piauf.Dados tirados do Livro Eferner ides do Carir i, pag. 126.Em dezembro de 1843, Principe Imperial t inha 1425 fogos .

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    as PARTIDOS POLITICOS NO CEARA:Antes os par tidos polit icos apenas f iguravam como significado detim, turbulencia, Com a Revolta de Pernambuco, foi proclamada a \_

    1'111111II nasciam os primei ros part idos polit icos em 1817, Republicanos e. 1 1 H I, Mais ta rde surgem os Const ituc ionai s, Pat riotas, Imperia lista s outil 1 11 1" 11 ,

    I 'l ldr Goncalo Ignacio Loyola Albuquerque Melo, realista, de 1817, que1 1 1 1 1 1 1 1 1 011' LI erguer a voz contra 0 Imperador, fazendo a Camara deIII I1I1I1I1I1J1111ecla rar em 9 de janei ro de 1824, decaida a Dinastia de Braganca,

    I III I de abril de 1824, publi cou-se na Capital 0 Diario do Governo doII pJimoiro Jornal que viu a luz no Ceara. No auge de sua publicacao os

    1 1 1 1 1 1 1 t 1 1 11 ' Y a m em uma fase nova: Os Patriotas tornar-se-iam decisivamenteI"hll Itllt) '; S Corcundos Imperialistas , (pag. 117-178 de Antologia de Joao, I Ihl )

    IllIdl' rancisco Ferreira Santiago, paroco em Principe Imperial e chefelUll It dl! Pll l't ido Conservador (marreta), na sua lideranca teve ver tiginoso

    I II U 1 11 11 I I suas bases polit icas .Recebia apoio do Presidente do Piauf SenhorIIIIt I I 'l It il ' iH CO Piertte.

    I III J H 4 S , chegava do Maranhao Padre Ignacio Ribeiro de Melo (nascidoI I I I11(' 01- rdenado, nomeado coadjutor da freguesia de Principe Imperial.1 1 1 1 1 II I II mllya do Partido Polit ico Libera l, em decadenc ia por pressao dosItlill~ 'rulr Ignacio Ribeiro de Mello , homem rico de familia tradicional doI 1 1 ' 1 1 1 I IIIIi para conquista e reorganizacao de urn partido crescendo

    . . 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 I I I a popular idade do Padre. Entao 0 Partido Conservador resolveu""'~'-~III II Pnd" Ia ra que ele saisse do Pleito. Mesmo assim venceu 0pleito de

    1 " II tI 1849 com uma grande maioria. Os animos polit icos dos que seI t . . " 1 1 1 1 l'ld,' fi cavam cada dia mais tensos, com muitos c rimes de parte a1'llIhl III io viajara para Pianco-PB, para entrar em entendimento com 0

    1 I I I '\}lIt"ava ali e t inha s ido recem-norneado para Principe Imperial,, II ~I II P I' cesso que Ihe levar ia a Jur i Popular por confl itos polit icos .1 11 1 i ll i 1\ da do Padre para Piancd-Plf, os inimigos polit icos seguiram as1 " ' " ' 1 1 1 1 1 1 dil' encontro com 0 Juiz. No dia 20 de agosto de 1849, nao'I 1 '1 11 ,1 1 11 1 'j passar pela cidade de Sousa-Ph, na fazenda Pedregulho 0I "1111111"" nsinou-Ihe urn desvio pelo lei to do Riachao, Quando estava noI 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 ' J ' " S Passagens, a 3 km de Sousa , pa rou sob uma Oi tic ica para

    It , Jlhllt ido a bala com seus auxi lia res e seu irmao. Foram mortos._Imlll I lIlI" !II Mello e 0 vaqueiro Jose Passarinho. 0 menor Jose de Barto ,III 1 1 1 1dll do Padre, nao chegou a falecer. Toda esta chacina foi a mando1 1 '1 1 i f I ( 'antiago, que recebeu os pistoleiros em Pelo Sinal, comI II III,'illal, hoje municipio de Independencia).

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    "CEARENSE" - Fortaleza, 2'1de fevereiro de 1849(Art igo de autor ia do Padre Imido Ribe iro de Mello, no jornal "Cea rense")"Se eu fosse Sf. Analytico, esse homem mao e perverso, 0 que seria doSeo estimado e analphabeto vigario S. Tiago , que tendo planejado a morte de doisirrnaos meos e de dois sobrinhos, sedusido urn pobre rapas e de boa conduta , paramatar outro mea mana levado 0 effeito a derro ta e desgraca de minha famflia, e 0lu to eterno ent re nos. a inda hoje conta admiravel v itoria a par do Analytico e seosconsorcios! !

    Mas ah! para que eu fui falar em tao horroroso nome trasendo-rne alernbranca as lagrimas que mais ele vinte orphaos derramam pel la i rremediavelperda de seos paes, os gemidos de inconsolaveis viuvas e finalmente aexasperacao de 11 irmaos, q' no pelego amargo de suas infelicidades soffremmudos e quedos a guerra do monstro que gordo e auafado, e de conscienciasocegada os ataca dia e noite l ! mas que tarde ou cedo senti ra os effeitos dos malesque ha causado. Sim monstro, prepara-te que em tempo oportuno, Deos te faraconhecer exemplarmente , que osangue que por tua insinuacao se ha derramado,tern brad ado e ferido ao pr6prio Ceo. Nao seria pois milhor que 0 Analfticoappelidasse com 0 vi i epitheto de faccinora a quem obra similhantemente , e nao aquem pelos meios judiciaes tern procurado a punicao dos assassinos de seosmanos, despresando a reprovada mane i ra de vinganca particular que a pol-a empratica evitaria que os monstros saos e salvos passeiassem em face dos offendidose com escarneo da jurtica'L'O que se deve pois julgar do Analitico tendogravemente offendido-me com a infamamente e dolorosa injuria, que me Iancousem rasao, si nao e que urn caluniador maligno e indigno mesmo de ser filho deminha provincia? E quem sabe . .. se 0 sera? Responda quem 0 conhece. Masapesar de tudo, pedoo-o na conviccao de que esquecera 0 mea nome, e 0 deixarade rascunhar nas paginas de sua folhinha, lembrando-se mesmo de que nada maisdesejo, que viver isempto de certas enrrendadas, mas quaes s6 urn Analitico podelucrar.

    Vamos aos factos das contas. Fui chamado como sabe 0 Analytico para'prestar contas das administrac6es de disimos que estiverao a mea cargo, nasribeiras de Carateiis e Marvao pelo inspector da adrninistracao provincial, ao qualresponde officialmente que os livros para lancamento das fazendas, e seosrendimentos, nao se achavao com a escripturacao ainda em dia pelos mot ivos queao mesmo inspectc expidi, fal tando assinagtura de alguns fazendei ros, dicto detestimunhas e mesmo algum lancamento, mas 0 que se me ordenou novamente?Pergunte 0 das Ana . .. Se ao mesmo inspector, que lavrado como e, Ihe dara averdade! Ordenas-se-me que entregasse os livros na administracao, fosse qualfosse 0 seo estado; assin 0 fiz, e desgostoso pela violencia abadonei as contas quea revelia forao tomadas, resultando contra mim urn aleance, no qual tambern naodesejaria falhar, para nao me recordar dos nomes de indivfduos que praticaramcomigo injusticas, que com horror toda provincia foi testimunha; aumentando-seas contas de proposito, por isso de calculo carregando-se em receita variasfazendas da comprehencao da frequencia de Valenca cobradas e arrecadadas pelo52

    II n nte-coronel Candido Martins, que honra ela seja dada isto, mesmo confessou eII I N ser devedor e nao eu, alterando-se 0 preco dos gados por que forao vendidoil l ur n a dois mil reis em cada cabeca negando-se a porcentagem daquellaslil /'~'ndas, que avancadas nao farao cobradas por mim como administrador, mas'III! cllas, conforme as instrucoes que se me confiou, me cabia a referida1 ' 1 1 1 " ntagem e outras cousas que tudo pella imprensa ja se publicou: requeri aI1 I I I n d a de todos os erros e prejufzo grave, que contra muis existia na l iquidacao.I , In s contas , fui indeferido e sendo executado, marchei dos feitos da fazendaI I I 1 I 1 embargo, que foram despresados e nao apellandomeu procurador, como IheI umpr la , tive de passar pello preju izo de mais de sete contas de reis,

    . A vista do expedido, e que precisamente deve ser sabido pello Analytico,II IIl1nc este se atreveu a recomendar a vigilancia da presidencia? S6 se e para1 I 1 1 1 1 l d \I' riscar das contas e fazer-me abono da irnportancia dos disimos dashill n las, que 0 tenente-coronel Candido arrecadou; diminuir 0 aumento que seil , II xintra mim, de urn a do is mil reis em cabeca, despensar-me dos juros,"Iljll lias quantias equivalentes a uma grande porcao de gados, que no comeco daIII uh a adrninistracao fui obrigado a encontrar por ordem da presidencia, cabecalitII 1'llhc9acom os fazendeiros pelo que haviao suprido as forcas legais em 1839 aIHIf) que se contou contra mim, como se fosse dinheiro retardado em minhalilt '1; , finalmente obrigar-me a pagar 0 que justamente devo;se esta e a intencao1 1 ' 1 nnlytico, com maior gosto Ihe pedoo a offensa , que sem justica me irrugou,1 " II 1111)e na verdade houve algumas faltas nos livros da minha administracao,Iii "I por elias responsavel quem dellas, sendo informado, nao asjulgou precisas1 1 1 1 1 1 1 "I rcsentacao de contas.Adrnira-se muito 0 empenho desse vigario em pedir uma certidao, queIliI ,It ('(.lIU ella informar-me lamento que esse miseravel seja tao tolo, e as' 1 I l d l l i l l d s uma a de malvado, sem lembrar-se que ate 0 presente nao tenho em1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 vida facto algum do qual me envergonha, preciso coragem de Ihe por aIIII '1 1 I I mostra, e de Ihe lembrar a testamentaria da finada D. Simiana, a falta de1 " ' " 1 1 1 1 1 1 1 1 , de decima da heranca desta testamentaria , 0 dinhei ro recebido da1 1 1 1 "'IHI'I'a compra de pagamentos desta matriz, que indignamente rege, 0 dinheiroIn II Ii rphaos do finado Pedro Jose da Silva e out ras cousas que bern deve ter

    III I i mbrnnca , porque nem dellas tirado a precisa vantagem, mas despresando-as,II II (jll rcndo Ihe sa-cudir a batina com que custuma encobrir suas accoes,

    1 1 11 J lI II por que dellas nao me importa em attencao a graves offensas que me ternI 1111 I I ' II I precisao meditacao mais seria, 0 deixarei por hora, certo de que so 0H li lV I 110 me obrigaria a escrever 0 nome de tal vigario no presente comunicado,

    1 1 1 1 1 I p O l ' certo em meu conceito e ente mais dispresivel e ridfculo de nossosI IIq ll

    Pn l ta somente responder sobre facto dos oi tenta processos, e 0 farei emhid I u r l u VI'lIS. Nao sendo conhecido 0 Analtytico neste termo, di fficil seria Ihe' 1 1 1 1 1 1 1 culpa em processo, e nao havendo em que igualmente se empregasse os

    " II litH processes, ainda mesmo se dando urn processo a cada urn de seos1 1 1 1 " ,1 1 I I , n 0 passaria seo mimero a mais de meia duzia, inclusive 0 estouteado

    I 111",53

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    Esta respondido 0 Sr. redactor do Analytico, ao qual rogo nao confietanto no tal vigario que nada tern de va