Gênero, Violência e Poder na Prática Musical das Mulheres Rappers do Morro da Caixa d’Água, Florianópolis, SC

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A partir da perspectiva etnomusicológica, esta comunicação trata da temática das relações de gênero entre rappers do movimento hip-hop. O universo pesquisado limitou-se ao morro da Caixa d’Água, uma das comunidades afro-descendentes mais tradicionais da cidade de Florianópolis (SC). Através de relatos e observações procuramos analisar as formas como as mulheres atuam no hip-hop e o discurso que produzem em suas composições musicais. Verificou-se que suas composições produzem narrativas musicais bastante específicas, marcadas por peculiaridades femininas. As mulheres se articulam no movimento no sentido de estabelecer novas relações de poder, caracterizando sua atuação como uma prática de resistência e incorporação ideológica específica do gênero feminino.

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  • Gnero, Violncia e Poder na Prtica Musical das Mulheres Rappers do Morro da Caixa dgua, Florianpolis, SC.

    Rodrigo Cantos Savelli Gomes Universidade do Estado de Santa Catarina

    [email protected] Palavras-Chave

    Msica e relaes de gnero, mulheres na msica, relaes de gnero e hip-hop

    RESUMO A partir da perspectiva etnomusicolgica, esta comunicao trata da temtica das relaes de gnero entre rappers do movimento hip-hop. O universo pesquisado limitou-se ao morro da Caixa dgua, uma das comunidades afro-descendentes mais tradicionais da cidade de Florianpolis (SC). Atravs de relatos e observaes procuramos analisar as formas como as mulheres atuam no hip-hop e o discurso que produzem em suas composies musicais. Verificou-se que suas composies produzem narrativas musicais bastante especficas, marcadas por peculiaridades femininas. As mulheres se articulam no movimento no sentido de estabelecer novas relaes de poder, caracterizando sua atuao como uma prtica de resistncia e incorporao ideolgica especfica do gnero feminino. ABSTRACT: This communication is an ethnomusicological approach to gender relations and the rap and hip-hop movement in the city of Florianopolis, in Santa Catarina, Brazil. The universe of the research is the slum so-called "Morro da Caixa dgua", one of the most tradictional Afro-Brazilians comunities from Florianpolis. Through native narratives and comments, we try to analyze the many forms of women agency in the local hip-hop movement and the discourses of its songs. We conclude that women articulate themselves to establish new power relations, this action being a practice of female resistance and ideological incorporation. Their songs produce very specific musical narratives marked by females peculiarities. Keywords: gender relations and music; women in music; gender and hip-hop.

    I. INTRODUO Esta investigao1 tem como objetivo refletir sobre como se

    estabelecem as relaes de gnero entres rappers 2 do movimento hip-hop, procurando perceber em que medida a atuao das mulheres tm gerado a contestao (ou afirmao) e a transformao (ou estagnao) das determinaes de gnero ali vigentes. A perspectiva metodolgica empregada nesta investigao est fundamentada nas correntes antropolgicas e musicolgicas (LHNING, 1991; KERMAN, 1987; LUCAS, 1995; NETTL, 2005), tendo como ferramenta principal as tcnicas etnogrficas (SEEGER, 1992) na coleta de dados. Os dados empricos foram coletados por meio de observaes, entrevistas e conversas informais, tendo como recorte territorial o Morro da Caixa dgua, conhecido

    1 Este trabalho traz resultados de Pesquisa de Iniciao Cientfica, sob orientao de Maria Ignez Cruz Mello e Accio T. C. Piedade, e Trabalho de Concluso de Curso orientado por urea Demaria Silva. 2 Entenda-se por rappers como os musicistas cantam e compe as

    msicas do movimento hip-hop.

    tambm como comunidade do Mont Serrat3, em Florianpolis, e temporal os anos de 2007 e 2008.

    II. O HIP-HOP EM FLORIANPOLIS O hip-hop uma manifestao que surgiu nos Estados

    Unidos nos anos 1970, resultado das tradies musicais de origem negra deste pas, recebendo influncias principalmente do, blues, soul e o gospel (HERSCHMANN, 2000). Espalhou-se rapidamente por diversos pases do hemisfrio ocidental, em especial em localidades onde h uma forte presena de ncleos afro-descendentes. O Brasil, o segundo pas com maior populao negra do mundo, ficando apenas atrs da Nigria, rapidamente absorveu esta manifestao cultural, passando a produzir um hip-hop tipicamente nacional j nos anos 1980 (HERSCHMANN, 2000).

    De acordo com Zeni (2004) os bailes blacks, animados por msica soul e funk, j eram comuns nas principais metrpoles brasileiras desde os anos 1970, especialmente em So Paulo e no Rio de Janeiro. Ou seja, o ambiente propcio para a difuso do hip-hop em solo nacional j estava estabelecido, tratando-se apenas de uma questo de confluncia com os estilos ento presentes, o que aconteceria na dcada seguinte.

    Mais do que um gnero musical, o hip-hop consiste numa expresso cultural bastante complexa, contendo diversos elementos os quais formam o chamado movimento hip-hop, entre os principais podemos destacar: o break, (dana/coreografia); o grafite (pintura/artes plsticas); o rap (msica e poesia), e a produo dos DJs, responsveis pela criao dos acompanhamentos (ou bases) instrumentais. 4 Contudo, no Brasil o termo hip-hop acabou se tornando sinnimo de rap, ou seja, na maior parte das vezes falar em hip-hop referir-se msica desta manifestao. Isto se deve hegemonia do rap sobre as outras expresses, as quais apresentam uma escassa presena no movimento hip-hop nacional. De acordo com Herschmann (2000, p. 201), nos EUA o rap tambm goza de hegemonia no mundo do hip-hop, mas h uma diferena no peso que tem o break e o grafite na

    3 O Morro da Caixa dgua est localizado em uma das encostas do

    Morro da Cruz, no centro da cidade de Florianpolis. considerada uma das comunidades afro-descendentes mais tradicionais da cidade. Constitui-se em uma das tantas regies empobrecidas que luta contra a pobreza, discriminao racial e social.

    4 Alm destes, podemos destacamos como elementos caractersticos do movimento hip-hop os trajes tpicos (bons, roupas largas, correntes grandes penduradas no pescoo), o linguajar prprio (grias) e o discurso politizado (HERSCHMANN, 2000, p. 190).

  • cultura desta nao em comparao com a baixa popularidade que alcanaram no Brasil.

    No Morro da Caixa dgua observou-se que a msica, ou seja, o rap, tambm se sobrepe sobre as demais manifestaes artsticas do chamado movimento hip-hop. Em nenhuma ocasio foi possvel presenciar manifestaes de break e grafite, o que no significa dizer que no estejam presentes de algum modo. Sandra Regina Ado (2006) que realizou um estudo sobre como a cultura hip-hop aparece na escola pblica5 desta comunidade, constatou que o break s se fez presente na escola quando houve uma oficina de dana, atravs de um projeto financiado pelo governo do Estado. Na troca de governo, com a mudana partidria, o projeto acabou sendo abandonado e a dana deixou de existir neste espao. O grafite foi revelado rapidamente pela autora por meio de uma fotografia ao descrever um dos ambientes da escola: O auditrio amplo [...] e na parede se v a cultura hip hop expressa em grafite, trabalho feito pelos adolescentes da escola (ADO, 2006, p. 33).

    No que se refere msica, desde o surgimento do hip-hop nos Estados Unidos, o tema principal das composies dos rappers tem recado sobre a discriminao, violncia e opresso sofrida pela raa negra. Ao chegar ao Brasil, essa caracterstica permaneceu, havendo uma continuidade e um refinamento no trato dessa[s] quest[es], que vai da postura agressiva e de enfrentamento [...], at uma atitude mais afirmativa, de orgulho de ser negro (ZENI, 2004, p. 232). De modo geral, grande parte da produo musical do movimento est consagrada a desenvolver a conscincia poltica, a honra, os impulsos revolucionrios. (...) Outros raps funcionam como fbulas morais de rua propondo histrias preventivas e conselhos prticos sobre problemas criminais, drogas e higiene sexual (SCHUSTERMAN apud GONALVES, 2003, p. 297). Alm do mais, os rappers recuperam a histria, produzem memrias, com linguagem, identidade e filosofia de vida renovados. Produzem uma crtica social elaborada e contextualizada onde reclamam seu pertencimento sociedade e reivindicam direitos (GONALVES, 2003, p. 297).

    De acordo com ngela M. Souza (1998) que fez uma etnografia do hip-hop em Florianpolis esta manifestao chega primeiramente a So Paulo, espalhando-se pelas grandes cidades brasileiras, inclusive Florianpolis, [onde] chega no final dos anos 80 (SOUZA, 2006b, p. 53). Apesar do movimento hip-hop possuir algumas caractersticas globais, por onde passa adquire profundos vnculos com a realidade local, passando a interagir diretamente com os problemas sociais da localidade (HERSCHMANN, 2000). De acordo com Souza (2006b), a violncia emerge como uma das principais temticas presentes nas msicas compostas pelos grupos de hip-hop da cidade de Florianpolis.

    [...] entre os rappers de Florianpolis possvel perceber que em suas letras de msica alguns assuntos sobressaem, entre eles a discusso sobre a violncia e o que a circunda. A forma como o movimento hip-hop se manifesta, atravs de suas letras de msica, do vesturio, da performance em palco, das grias, faz referncia constante a um cenrio que envolve a violncia. A violncia tema

    5 Escola Bsica Estadual Lcia Livramento Mayvorne.

    recorrente e ganha ares performticos, a nfase que o ato ganha, parece ser uma forma importante de dar visibilidade a uma existncia. A riqueza de detalhes na construo da narrativa deixa esta violncia mais real (op. cit, p. 55-56).

    Na comunidade aqui pesquisada, a violncia tambm surge como uma das principais questes presentes nas letras de compositores de rap, conforme pode ser percebido neste trecho do refro de uma das msicas mais conhecidas da produo local, msica do grupo RDC6.

    Morro da Caixa periferia,

    a gente era feliz e no sabia. Antigamente era alegria,

    agora tiroteio e correria. clique para ouvir

    Embora o tema violncia esteja presente nas composies

    de rappers no s de Florianpolis, mas de diversas partes do mundo, percebe-se nas msicas a referncia realidade local, caracterstica marcante do hip-hop, conforme apontado anteriormente. Neste caso, a msica do grupo RDC remete a um passado mais tranqilo no morro e a um presente de insegurana e medo. Em entrevista, um dos integrantes do movimento hip-hop da comunidade expressa o que o inspira a compor suas msicas:

    No sei, assim, nos baseamos nos fatos que acontecem na comunidade. Quando acontece de

    matar algum ali embaixo a ns fazemos um pouco em cima dessas coisas, comeamos a

    escrever.7

    III. AS MULHERES NO HIP-HOP Esta mesma violncia permeia a composio das mulheres

    rappers deste morro. Uma das compositoras entrevistada descreve em uma das suas msicas uma violncia sexual sofrida por uma menina adolescente dentro comunidade.

    Desta vez uma situao que me deixou revoltada,

    uma menina menor virgem que foi estuprada. E a lei que lei essa que no ta fazendo nada,

    fatos reais, no hipocrisia. Chega-se a ponto de sair do local em que cresceu com sua

    famlia. [...] Denncia, BO, foi tudo registrado,

    mas ainda continuam na ativa e livre os safados que no sabem viver como seres humanos.

    clique para ouvir

    6 O grupo RDC composto por Rajam, Diego, Carlos e Choquito.

    um dos grupos de hip-hop de maior projeo do Morro da Caixa, apresentando-se em diversos eventos dentro e fora da comunidade. Algumas de suas msicas so bastante conhecidas pelos moradores, como por exemplo, esta selecionada, conhecida inclusive entre aqueles que no simpatizam com o movimento.

    7 Entrevista concedida a Sandra Regina Ado (2006, p. 81). A identidade foi preservada pela pesquisadora.

  • Novamente, percebe-se que, embora a temtica violncia permanea, os problemas e conflitos locais que tomam destaque na msica. Percebe-se, com isso, que o hip-hop aparece como uma forma de discutir os problemas prticos enfrentados pelos moradores e moradoras desta localidade no seu dia-a-dia.

    Bruna, Clarice, Iasmim e Camila so algumas das mulheres que cantam hip-hop nesta comunidade8. Fazem participaes especiais com outros rappers, como por exemplo, com o grupo Movimento Negro Perifrico9, tambm da comunidade, e com o grupo feminino Declnio do Sistema10.

    Contudo, a participao feminina no hip-hop ainda pouco comum, conforme destacou Herschmann (2000) ao pesquisar este fenmeno na cena carioca e paulista. Segundo o autor

    [...] a mulher no mundo do hip-hop carioca ou paulista ocupa um papel secundrio, apesar de nenhum de seus membros admitir isso nas vrias entrevistas realizadas. Alm de enfrentarem um machismo velado, que se expressa no uso freqente da expresso vadia nas msicas e discursos, elas enfrentam o pouco espao que existe para que artistas do sexo feminino seja cantora, danarina ou grafiteira possam se manifestar. Ao contrrio das mulheres no funk, as do hip-hop no podem usar explicitamente o erotismo como estratgia para subverter esse universo predominantemente masculino. Nenhuma delas usa roupas provocantes, com medo justamente de serem estigmatizadas por isso. Sua indumentria lembra as roupas pesadas e largas dos homens. Sua estratgia fazer uso da palavra, em um discurso que se aproxima muito do feminista tradicional. Respondem ao discurso dos homens com mais discurso, ou melhor, diante da verborragia masculina, produzem mais verborragias (op. cit, p. 204).

    Santos (2008) ao referir-se ao break, mas no exclusivamente, aponta que O hip-hop, nos dias de hoje, narrado como um terreno masculino no cenrio da dana: msica, roupas, acessrios, movimentos coreogrficos, acrobacias e cores utilizadas por esses danarinos apontam para um lugar ocupado/produzido pelo homem. A mulher, neste espao, ocupa uma posio coadjuvante e auxiliar. O mesmo foi constatado por Ado (2006) que associou apario de meninas em sua pesquisa ao fato delas participarem de um projeto vinculado escola da regio, e no por estarem engajadas ao movimento.

    Discordando daqueles que colocam a participao feminina no hip-hop como coadjuvante e auxiliar, verificou-se nesta investigao que as mulheres que atuam como rappers produzem narrativas musicais bastante especficas, com peculiaridades prprias do gnero feminino (SOUZA, 2008).

    8 Em entrevista, Bruna e Clarice indicaram no conhecer nenhuma

    outra mulher na comunidade fazendo hip-hop. 9 Atualmente, o grupo Movimento Negro Perifrico composto

    apenas por Djavan, Bruna e Clarice, todos moradores da comunidade.

    10 Segundo a informante Jussara Lima, o grupo Declnio do Sistema tem sua origem vinculada ao Morro da Caixa dgua, quando fazia seus ensaios na sede da UNEGRO, a qual fixava-se nas proximidades da tradicional Escola de Samba Embaixada Copa Lord.

    Esse fenmeno foi constatado em pesquisas anteriores (GOMES e MELLO 2007; GOMES, 2008) e tambm por diversas autoras que analisaram a participao feminina neste movimento (SOUZA, 2006; LIMA, 2005; MATSUNAGA, 2006). De acordo com estes estudos, as mulheres que atuam no hip-hop se posicionam de acordo com sua condio de gnero. Segundo as autoras, as mulheres se colocam no Movimento Hip Hop no sentido de provocar uma reflexo sobre sua condio de gnero, [...] criticando fortemente a forma como vrios rappers (homens) referem-se s mulheres de forma pejorativa e objetificante (SOUZA, 2006a). Os raps femininos promovem a importncia da mulher, o desenvolvimento de sua auto-estima questionando a posio estereotipada de que so sexualmente submissas (LIMA, 2005, p. 64). A tentativa de reverter este quadro [da supremacia masculina] est presente, principalmente, no discurso das mulheres que fazem parte do movimento e reivindicam para si outras representaes (MATSUNAGA, 2006, p. 183).

    Assim, apesar de ainda formarem minoria, as mulheres, em especial mulheres negras, esto encontrando no hip-hop um significativo espao para fomentar discusses sobre as causas femininas, promovendo atravs das letras das canes a conscientizao das mulheres sobre temas como aborto, cuidado com o corpo, uso de anticoncepcionais, entre outras questes que integram o universo feminino. A msica, ou seja, o rap, surge tambm como um locus para a divulgao dos seus direitos civis, como por exemplo, licena maternidade, aposentadoria para donas de casa e domsticas, denncia violncia contra mulheres, etc.

    Jussara Lima, umas das integrantes de um grupo feminino de hip-hop de Florianpolis e ex-moradora do Morro da Caixa dgua, confirma este dado ao revelar como sua produo musical reflete uma forma feminina de retratar a realidade.

    A gente luta por ns mulheres, a gente mostra a

    realidade das mulheres [...] e essa realidade os rapazes no mostram. Nossas msicas giram em

    torno da causa feminina, sempre da causa feminina. Temos at um CD que fala de sade,

    tudo da causa feminina, de aborto, sobre o corpo, tudo isso.11

    Bruna, moradora da comunidade, ao ser questionada sobre

    os temas que aborda em suas composies destaca que sua principal temtica circunda o universo da mulher.

    [...] da mulher, o mundo da mulher. Essa

    violncia que existe por a. A mulher precisa ser respeitada, sobre aborto, discriminao, o

    preconceito que existe sobre a mulher mesmo.12

    IV. CONSIDERAES FINAIS Verificou-se nesta investigao que as relaes de gnero no

    interior desta cultura musical no se apresentam de forma

    11 Jussara Pereira Lima, Entrevista concedida em 19/04/2007. 12 Bruna Luzzi Vir, entrevista concedida em 04/10/2008.

  • esttica, mas sim em constante processo de reformulao. Por trs dos depoimentos, das prticas polticas, sociais e artsticas constatou-se que as mulheres rappers se articulam no sentido de estabelecer novas relaes de poder no movimento, caracterizando sua atuao como uma prtica de resistncia e incorporao ideolgica especfica do gnero feminino. Sua produo musical revela um discurso prprio, uma realidade que os rapazes no mostram 13 , portanto, um diferencial marcado pelas determinaes de gnero.

    A crescente participao das mulheres no meio musical precisa ser acompanhada tambm de uma crescente visibilidade nos estudos acadmicos sobre a produo feminina, o que ainda continua sendo pouco pesquisado no Brasil, apesar da reestruturao e conquista de diversos espaos por parte do contingente feminino.

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    13 Jussara Pereira Lima, Entrevista concedida em 19/04/2007.

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