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 GEN É É T TIC A A B A AC C T TE R RI A AN A A INTRODUÇÃO O DNA existe como uma hélice de fita dupla, mantidas pelo pareamento de bases nitrogenadas específicas (AT; CG). - A seqüência de bases codifica a informação genética; - A estrutura complementar do DNA permite a duplicação precisa do DNA durante a divisão celular. Gene é um segmento de DNA que codifica um produto funcional    a proteína. A seqüência de um gene é transcrita para produzir uma molécula específica de RNA, o RNAm. A informação do RNAm, então, é traduzida em uma seqüência específica de aminoácidos que formam uma proteína. Genótipo: informação genética do organismo; A célula bacteriana é a menor entidade viva auto-sustentável governada por informações genéticas. O  Mycoplasma é a bactéria com menor genoma. Tamanho do genoma: vírus < bactéria < célula eucariótica Fluxo da informação genética ELEMENTOS CELULARES ENVOLVIDOS NA GENÉTICA BACTERIANA Bactérias: possuem só um cromossomo não possuem: membrana nuclear, aparelho mitótico, histonas e íntrons. Nucleóide ou cromossomo bacteriano: DNA. Contem todas informações necessárias para a sobrevivência da célula e é capaz de autoduplicação. Seus genes podem ser transferidos associados a plasmídios, transposons e bacteriófagos. O cromossomo bacteriano é enrolado, espiralado e compactado. DNA extra-cromossomal o Plasmídios  Moléculas extracromossomais circulares de DNA encontradas em muitas espécies bacterianas.  Podem ser removidos das células sob condições de

Genética bacteriana

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Genes de las bacterias.

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  • GGEENNTTIICCAA BBAACCTTEERRIIAANNAA

    INTRODUO

    O DNA existe como uma hlice de fita dupla,

    mantidas pelo pareamento de bases nitrogenadas

    especficas (AT; CG).

    - A seqncia de bases codifica a

    informao gentica;

    - A estrutura complementar do DNA permite

    a duplicao precisa do DNA durante a

    diviso celular.

    Gene um segmento de DNA que codifica um

    produto funcional a protena. A seqncia de um gene transcrita para produzir uma molcula

    especfica de RNA, o RNAm. A informao do RNAm,

    ento, traduzida em uma seqncia especfica de

    aminocidos que formam uma protena.

    Gentipo: informao gentica do organismo;

    A clula bacteriana a menor entidade viva

    auto-sustentvel governada por informaes

    genticas.

    O Mycoplasma a bactria com menor

    genoma.

    Tamanho do genoma: vrus < bactria < clula

    eucaritica

    Fluxo da informao gentica

    ELEMENTOS CELULARES ENVOLVIDOS NA GENTICA BACTERIANA

    Bactrias: possuem s um cromossomo

    no possuem: membrana nuclear, aparelho mittico, histonas e ntrons.

    Nucleide ou cromossomo bacteriano: DNA. Contem

    todas informaes necessrias para a sobrevivncia da

    clula e capaz de autoduplicao. Seus genes podem

    ser transferidos associados a plasmdios, transposons e

    bacterifagos. O cromossomo bacteriano enrolado,

    espiralado e compactado.

    DNA extra-cromossomal

    o Plasmdios

    Molculas extracromossomais circulares de DNA encontradas em muitas espcies bacterianas.

    Podem ser removidos das clulas sob condies de

  • estresse;

    Conferem vantagens seletivas; A replicao pode ocorrer

    durante a replicao

    bacteriana ou na conjugao;

    Tipos de plasmdios: - Plasmdio de tipo sexual: so

    importantes para a transferncia

    de plasmdios a uma clula

    receptora. So capazes de se

    integrar no cromossomo.

    - Plasmdios R: conferem

    resistncia a antibiticos.

    Possuem o determinante de

    resistncia e o fator de

    transferncia de resistncia RTF.

    Ex. Staphylococcus aureus.

    - Plasmdios Col ou

    bacteriocinognicos: plasmdios

    capazes de produzir inibidores

    de crescimento de outras

    bactrias. Ex. Escherichia coli e Pseudomonas.

    - Plasmdios virulentos: favorecem a infeco em mamferos.

    - Plasmdios de degradao: codificam enzimas degradativas. Ex.

    Pseudomonas;

    o Transposons

    - Segmentos de DNA mveis dentro do

    cromossomo;

    - Codificam caracteres no essenciais,

    no autoduplicam;

    - Transferem-se ligados a plasmdios e

    cromossomos podendo carrear genes

    prprios e cromossmicos;

    - Contm informao para a prpria

    transposio;

    - Podem causar mutaes;

    - Contm genes de resistncia a

    antimicrobianos

    - Transposases: enzimas que permitem a

    transposio

    o Integrons

    - Segmentos de DNA fita dupla;

    - Capturam genes de resistncia a drogas do citoplasma;

    Pili ou fimbria sexual: apndice relacionado com a troca de material gentico

    durante a conjugao bacteriana.

  • Mesossomo: parecem estar ligados ao material nuclear da clula, estando

    envolvidos na replicao de DNA e na diviso celular.

    Ribossomos: compostos de RNAr (60%) e protenas (40%). Cerca de 80% dos

    ribossomos esto na forma de polirribossomos.

    ORGANIZAO E REGULAO DO GENOMA BACTERIANO

    A regulao da sntese protica no nvel gentico eficiente em termos

    energticos, pois as protenas so sintetizadas somente quando necessrio.

    As enzimas constitutivas produzem em uma velocidade fixa. Ex. enzimas da

    gliclise.

    Para esses mecanismos reguladores genticos, o controle dirigido sntese de

    RNAm.

    Represso

    - Controla a sntese de uma ou mais enzimas;

    - Quando as clulas so expostas a um produto final especfico, a sntese das

    enzimas relacionadas aquele produto diminui.

    Induo

    - Na presena de certas substncias qumicas, as clulas sintetizam mais enzimas;

    Ex. lactose presente E. coli produz -galactosidase degrada lactose;

    Operon:

    - Grupo de genes estruturais regulados coordenadamente com funes

    metablicas relacionadas e os stios promotor e operador que controlam sua

    transcrio;

  • - Stio Operador permite que a RNA polimerase transcreva ou no a seqncia de

    genes (controle da transcrio)

    - Cada operon corresponde a uma via metablica.

    - Os operons podem ser induzidos ou reprimidos.

    - No modelo de operon pra um sistema indutvel, um gene regulador codifica a

    protena repressora;

    - Quando o indutor est ausente, o repressor liga-se ao operador e no h sntese

    de RNAm.

    - Quando o indutor est presente, liga-se ao repressor, de modo que ele no pode

    se ligar ao operador, portanto, o RNAm produzido e a sntese da enzima induzida.

    - Em sistemas repressveis, o repressor requer um co-repressor, de modo a ligar-se ao

    stio operador, portanto, o co-repressor controla a sntese da enzima.

    Ex. Operon-LAC (Operon da Lactose)

    VARIABILIDADE GENTICA EM BACTRIAS

    As bactrias no tm reproduo sexual no mesmo sentido que os eucariontes.

    Assim, as bactrias no possuem:

    - Alternncia de geraes;

    - Gametas;

    - Meiose;

    As bactrias apresentam dois mecanismos de variabilidade gentica, a

    mutao ou a recombinao, a qual pode se dar por transformao, conjugao ou

    transduo.

  • Mutao: Alteraes na seqncia de nucleotdeos podendo modificar o

    produto. So irreversveis.

    o Ocorre durante a replicao do cromossomo bacteriano;

    o Podem ser neutras, desvantajosas ou benficas;

    o Processo vertical;

    o Ocorrem ao acaso e, portanto podem aparecer bactrias com resistncia a

    um antibitico sem ter entrado em contato com este;

    o As mutaes podem ser:

    Puntiformes: resultado de substituies em pares de bases envolvendo apenas um ou alguns poucos nucleotdeos.

    Por insero: adio/ incorporao de uma ou mais bases Por deleo: perda de uma ou mais bases

    Recombinao: processo de variabilidade gentica que envolve material

    gentico exgeno.

    o Processo horizontal;

    o Ocorre durante os processos de conjugao, transformao ou transduo.

    o Transformao: transferncia de um pedao de DNA de uma clula morta

    para uma clula viva

    Em 1928, Griffith descobriu um Streptococcus pneumoniae sem cpsula, sendo

    que as colnias lisas eram aquelas de bactrias encapsuladas e as colnias rugosas

    eram de bactrias sem cpsula.

  • Etapas da transformao:

    Libertao do DNA do doador para o meio A clula receptora deve estar competente e pode liberar fator de competncia para clulas prximas;

    A autolisina expe a membrana s protenas de ligao de DNA e endonucleases;

    Adeso do DNA a uma clula receptora competente

    Clivagem do DNA pelas endonucleases;

    Clivagem por exonucleases quebra das pontes de

    hidrognio

    Forma-se complexo eclipse: fita de DNA + protena

    protetora Passagem do complexo eclipse pela membrana

    plasmtica;

    DNA receptor + DNA doador busca de locais de homologia; Fita simples doadora une-se a fita homloga receptora. A transformao natural ocorre apenas em alguns gneros de bactrias, como

    por exemplo, Azobacter, Bacillus, Streptococcus neisseria e Thermus.

  • o Transduo: Incorporao de DNA de outra clula bacteriana tendo como

    vetor um bacterifago ou fago.

    No processo de formao de novas partculas virais, pode ser incorporado

    algum DNA do cromossomo da clula hospedeira. Quando estes vrus infectam

    novas clulas, a clula receptora pode adquirir nova informao gentica.

    - Fago virulento: fago que leva a clula ao ciclo ltico (causa infeces);

    - Fago transdutor: fago com genoma da clula bacteriana incorporado (no

    causa infeco, pois s o capsdeo dele; ele apenas transfere gene de uma

    clula para outra clula); Etapas da transduo

    Infeco fgica; Sntese de novos fagos; Lise bacteriana e libertao de novos fagos; Produo e libertao de fagos defectivos; Fagos defectivos injetam o DNA em novas clulas; Recombinao;

    A transduo pode ser:

    - Generalizada: requer a ocorrncia de um ciclo ltico, onde eventualmente pode

    haver o empacotamento de fragmentos de DNA da clula hospedeira, gerando

    partculas denominadas partculas transdutoras, que correspondem ao capsdeo viral

    contendo em seu interior DNA bacteriano.

    A freqncia com que um determinado gene transferido baixa uma vez que

    cada partcula transdutora leva apenas um determinado fragmento de DNA (1 em

    103 ou 108 clulas recebem um determinado gene).

  • Especializada: O exemplo mais bem conhecido e primeiramente descoberto foi a transferncia de genes que codificam produtos envolvidos na degradao de

    galactose pelo fago de E. coli.

    A etapa inicial no processo corresponde infeco e lisogenizao do fago,

    que ocorre em stios especficos do genoma. Neste caso, a integrao do fago ocorre

    adjacente ao conjunto de genes envolvidos na utilizao de galactose. Pela ao de

    algum indutor (ex: UV) h a separao do fago do genoma (integrao reversa), que

    normalmente ocorre perfeitamente. Entretanto, em alguns casos, essa separao

    defeituosa, promovendo a remoo de genes bacterianos e deixando parte do

    genoma viral na clula. Essas partculas podem ser de dois tipos: aquelas que

    carregam genes gal e outras que carregam genes bio. Aquelas partculas levando

    genes gal so denominadas dgal (defectivas, contendo o gene gal), porque so

    incapazes de formar partculas virais maduras. Quando estas partculas infectam novas

    clulas, juntamente com fagos normais, pode haver a transferncia de genes gal, a

    partir da infeco e lisogenizao dos dois fagos.

    o Conjugao: Processo de transferncia de DNA de uma bactria para

    outra, envolvendo o contato entre duas clulas.

  • A conjugao mediada por um plasmdio, (fragmento circular de DNA, com

    capacidade para a auto-replicao), designado fator F.

    Nas bactrias Gram negativas, o plasmdio transporta genes que codificam a

    sntese de pili sexuais, isto , projees da clula doadora que entram em contacto

    com a receptora.

    Quando a clula porta um plasmdio de natureza F denominada F+,

    doadora, enquanto clulas desprovidas de tais plasmdios so denominadas F-,

    receptoras.

    A conjugao requer o contato direto entre clulas geralmente de tipos

    sexuais opostos (F+/ F-). As clulas F+ so as doadoras e transmitem o plasmdio F s

    clulas receptoras, F-.

    A capacidade conjugativa est associada presena de genes localizados

    em um operon denominado tra que conferem caractersticas envolvidas na

    conjugao como a sntese do pilus F, responsvel pelo reconhecimento e contato

    entre as clulas e a transferncia do DNA plasmidial.

    Uma das cadeias de DNA do plasmdio transferida da clula F+ para a clula

    F-.

    Na clula doadora, F+, o plasmdio replicado durante a transferncia de uma

    das cadeias de DNA, no receptor a cadeia complementar tambm depois

    sintetizada.

    Aps a transferncia a clula receptora passa a ser do tipo F+.

    Em algumas clulas que transportam o fator F, este se integra no cromossomo

    bacteriano, convertendo a clula F+ numa clula do tipo Hfr (Alta freqncia de

    recombinao).

    Quando a conjugao ocorre entre uma clula Hfr e uma clula F-, o

    cromossomo da clula Hfr (com o seu prprio Fator F integrado), replica-se e inicia-se

    a transferncia de uma das cadeias do cromossomo para a clula receptora.

    Contudo no ocorre a transferncia completa do cromossomo, j que os pili

    so frgeis e ocorre a sua quebra. transferida apenas uma parte do cromossomo

    bacteriano, pelo que a clula receptora permanece F-.

    Quando integrados, esses plasmdios podem mobilizar a transferncia de genes

    cromossomais tambm.

    A conjugao pode ser de dois tipos: entre clulas F+ e F-, resultando em duas

    clulas F+ e entre clulas Hfr e F-, resultando em uma clula Hfr e outra F-.

    Nos dois processos, acredita-se que o mecanismo provvel de transferncia do

    DNA seja pelo circulo rolante, onde apenas uma das fitas transferida, sendo a fita

    complementar sintetizada pela clula receptora.