Gerenciamento da Manutenção

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Arquivo sobre gerenciamento da Manutenção

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPRITO SANTO CENTRO TECNOLGICO

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA PROJETO DE GRADUAO

    GERENCIAMENTO DE GRANDES PARADAS DE USINA PARA MANUTENO

    VINCIUS DALAPCULA BRAVIM

    VITRIA ES 2005

  • VINCIUS DALAPCULA BRAVIM

    GERENCIAMENTO DE GRANDES PARADAS DE USINA PAPA MANUTENO

    Parte manuscrita do Projeto de Graduao do aluno Vincius Dalapcula Bravim, apresentado ao Departamento de Engenharia Eltrica do Centro Tecnolgico da Universidade Federal do Esprito Santo, para obteno do grau de Engenheiro Eletricista.

    VITRIA ES 2005

  • VINCIUS DALAPCULA BRAVIM

    GERENCIAMENTO DE GRANDES PARADAS DE MANUTENO

    COMISSO EXAMINADORA: __________________________________ Prof. Dr. Jos Denti Filho Orientador __________________________________ Prof. Dr. Wilson Correia Pinto de Arago Filho Examinador __________________________________ Eng. Eletricista Ceciliano Barcelos Netto, PMP Examinador

    Vitria ES 26 de dezembro de 2005

  • DEDICATRIA

    mame, papai e Andria, meus exemplos.

  • AGRADECIMENTOS

    Aos meus pais que contriburam enormemente pelo meu sucesso.

    Ao professor Jos Denti Filho, pela orientao dada e por encarar este desafio.

    Ao meu amigo e mestre Paulo de Tarso, com quem muito aprendi. um exemplo

    de profissional e pessoa, e por quem tenho enorme admirao.

    Ao amigo Ceciliano pelo apoio dado nesse projeto, e pelas oportunidades

    propiciadas.

    Aos meus amigos de trabalho, pela fora.

    As empresas Time-Now Engenharia e a Companhia Vale do Rio Doce pelas

    informaes cedidas e utilizadas neste projeto.

  • EPGRAFE

    Parada emoo a cada minuto, a

    cada hora, a cada dia, novidades,

    servios que aparecem, servios

    previstos que no precisam mais ser

    executados, mudanas de cenrios,

    imprevistos e novos planejamentos;

    parada tem vida, um ser vivente.

    Giampaolo Donato

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Nmero planejado de funcionrios envolvidos durante a execuo da

    Parada. ................................................................................................................................ 16

    Figura 2 - Nmero planejado de funcionrios das empresas envolvidas durante a

    parada.................................................................................................................................. 16

    Figura 3 - Grupos de Processos com seus relacionamentos (PMBOK 2000). ....... 17

    Figura 4 Viso macro do processo de Iniciao (PMBOK 2000). .......................... 18

    Figura 5 Relacionamento entre os processos de Planejamento (PMBOK 2000).19

    Figura 6 Fluxograma de Atividades de Gesto de Grandes Paradas (CVRD). ... 21

    Figura 7 Calendrio de Paradas (Netto et al, 2005, CVRD). .................................. 22

    Figura 8 Estrutura Analtica de Projeto (PMBOK 2000; Keelling, 2002; Netto et al,

    2005). ................................................................................................................................... 23

    Figura 9 Fluxograma de Processos de Pelotizao (CVRD). ................................. 24

    Figura 10 - Troca do rolo fixo da prensa de rolos e manuteno do ventilador. ..... 26

    Figura 11 - Manuteno no refratrio do forno e do espessador. ............................. 26

    Figura 12 Manuteno na correia transportadora e no moinho de bolas. ............ 27

    Figura 13 Cronograma Macro das atividades............................................................ 27

    Figura 14 Cronograma detalhado do equipamento 2P0.......................................... 29

    Figura 15 PRO de manuteno eltrica da correia transportadora. ................... 30

    Figura 16 Estrutura Organizacional de Execuo da Parada (Netto et al, 2005).

    .............................................................................................................................................. 34

    Figura 17 Fluxograma de Atividades - Oramentao, Suprimento e Custos

    (Filho et al, 2003) ............................................................................................................... 35

    Figura 18 ndice de Desempenho da Parada (Equipe de Parada de Usina -

    CVRD) ................................................................................................................................. 37

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 Exemplo de um Project charter (Netto et al, 2005).............................. 20

    Tabela 2 Exemplo de um Dicionrio da EAP...................................................... 25

    Tabela 3 Estimativa dos custos (Netto et al, 2005). ........................................... 31

    Tabela 4 Matriz de Comunicao (Keeling, 2002).............................................. 33

    Tabela 5 Avaliao de Riscos (Netto et al, 2005)............................................... 36

  • LISTA DE SIGLAS

    CPM Critical Path Method (Mdodo do Caminho Crtico)

    CPT Com perda de tempo

    CVRD Companhia Vale do Rio Doce

    EAP Estrutura Analtica de Projeto

    EPU Equipe de Parada de Usina

    H-h Homem-Hora

    OS Ordem de Servio

    PG Parada Grande de Manuteno

    PMBOK 2000 Project Management Book of Knowledge 2000

    PMI Project Management Institute

    PP Parada Pequena de Manuteno

    PRO Procedimento de Execuo

    SISMAN Sistema de Manuteno

  • SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS............................................................................................... 7

    LISTA DE TABELAS .............................................................................................. 8

    LISTA DE SIGLAS.................................................................................................. 9

    1 - Introduo ...................................................................................................... 12

    2 Justificativa.................................................................................................... 13

    3 Objetivo .......................................................................................................... 14

    4 Um pouco sobre o PMBOK 2000 do PMI ..................................................... 15

    4.1 - Conceito de Projeto ................................................................................... 15

    4.2 - Os Grupos de Processos........................................................................... 17

    4.3 - Iniciao e Planejamento........................................................................... 18

    5 - Iniciao.......................................................................................................... 20

    5.1 Termo de Abertura de Projeto (Project Charter) ....................................... 20

    6 Planejamento ................................................................................................. 21

    6.1 Declarao de Escopo.............................................................................. 21

    6.2 Estrutura Analtica de Projeto (EAP)......................................................... 22

    6.3 Dicionrio da EAP..................................................................................... 25

    6.4 - Estimativa de Durao e Seqenciamento das Atividades........................ 27

    6.4.1 Detalhamento dos Servios ............................................................... 28

    6.4.2 Servios Eltricos............................................................................... 29

    6.5 Estimativa de Custos ................................................................................ 31

    6.6 Planejamento das Comunicaes ............................................................ 32

    6.7 Planejamento Organizacional ................................................................... 34

  • 6.8 Planejamento das Aquisies................................................................... 35

    6.9 Planejamento de Resposta aos Riscos .................................................... 36

    6.10 Plano de Gerenciamento da Qualidade.................................................. 37

    7 - Concluses..................................................................................................... 39

    ANEXO A .............................................................................................................. 40

    REFERNCIAS..................................................................................................... 44

  • 12

    1 - Introduo

    O cenrio atual do mercado mostra a alta competitividade entre as

    empresas, as quais trabalham com seus processos produtivos em regime contnuo

    de reduo de custo e buscando sempre aumentar o lucro dos acionistas. Nesse

    contexto, uma parada de produo para manuteno dos equipamentos e

    instalaes impacta diretamente no volume da produo e, ao mesmo tempo,

    necessria para garantir a disponibilidade operacional da planta industrial no ritmo

    de produo esperado.

    A fim de atender a essas necessidades, buscam-se atualmente

    procedimentos que permitam a realizao da parada de produo para a

    manuteno em reduzidos intervalos de tempo, com o menor custo possvel,

    otimizando os recursos a serem utilizados, e com garantia de eficcia e qualidade

    dos servios executados dentro dos prazos planejados.

  • 13

    2 Justificativa

    A engenharia atua em diversas reas do mercado. Servios de construo,

    montagem industrial, desenvolvimento de equipamentos e novas tecnologias,

    elaborao de projetos e a respectiva implantao. Outro setor de atuao da

    engenharia o de gerenciamento de empreendimentos, que abrange fiscalizao,

    planejamento, controle e gerenciamento de projetos, contexto no qual este projeto

    de graduao est inserido e foco de sua abordagem.

  • 14

    3 Objetivo

    O objetivo deste trabalho apresentar o gerenciamento de uma Parada de

    Produo para a manuteno, a fim de garantir os resultados esperados.

    Ser utilizado, para tal propsito, os conhecimentos de gerenciamento de projetos

    descritos no PMBOK2000 (Project Management Book of Knowledge) do PMI

    (Project Management Institute), instituto que rene as principais prticas adotadas

    em gerenciamento de projetos no mundo.

    O trabalho consiste no estudo de caso de um conjunto de servios

    eletromecnicos que foram realizados dentro da parada de produo para a

    manuteno da Usina II de pelotizao da CVRD, pertencente ao Complexo de

    Tubaro (Vitria, ES), ocorrida em 04/07/2005 00:00 hora a 15/07/2005 20:00

    horas num total de 212 horas corridas.

  • 15

    4 Um pouco sobre o PMBOK 2000 do PMI

    O PMBOK rene as melhores prticas do mundo para gerenciamento de

    projetos. um guia de referncia do PMI, na sua verso 2000, propondo a

    conduo dos projetos por meio de cinco (5) grupos de processos: iniciao,

    planejamento, execuo, controle e encerramento, abrangendo nove (9) reas de

    conhecimento: integrao, tempo, escopo, custo, recursos humanos,

    comunicaes, qualidade, aquisies e risco. estruturado e organizado em 39

    processos inter-relacionados de forma lgica.

    4.1 - Conceito de Projeto

    Segundo o PMBOK 2000, projeto um empreendimento temporrio com o

    objetivo de criar um produto ou servio nico. Temporrio significa que cada

    projeto possui incio e fim bem definidos. nico significa que de alguma forma o

    produto ou o servio gerado de alguma forma diferente de todos os outros

    produtos ou servios anteriormente realizados. Desta forma, o evento parada de

    usina ou fbrica pode ser considerado como um projeto, j que cada parada

    possui seus tempos de incio e fim especficos, e os servios executados possuem

    caractersticas diferentes.

    Uma caracterstica tambm importante de um projeto a sua elaborao

    progressiva. a caracterstica do projeto que integra os conceitos de nico e

    temporrio. Como o produto de cada projeto nico, as caractersticas que so

    peculiares devem ser elaboradas progressivamente, pois medida que o

    planejamento da parada evolui a percepo dos produtos da parada so

    aprimorados. E essa elaborao vem a partir da prvia definio do escopo, o qual

    define todo o trabalho e somente o trabalho necessrio a ser realizado durante a

    parada.

    Parada de usina um projeto de planejamento e controle intensos, pois os

    servios planejados durante 4 meses so executados em 10 a 12 dias. Os

    servios so planejados e controlados na unidade de tempo hora.

  • 16

    Nas figuras 1 e 2 encontram-se informaes sobre o nmero de

    funcionrios envolvidos ao longo da parada e o nmero de funcionrio das

    empresas envolvidas em uma parada de produo, representando a dimenso do

    evento.

    914

    1997 1953 1927

    1341 1372

    1155

    584

    1554

    19931962

    0

    400

    800

    1200

    1600

    2000

    Tempo (dias)

    Nm

    ero

    de fu

    ncio

    nrio

    s

    Programado 914 1554 1962 1993 1997 1953 1927 1341 1372 1155 584

    4/jul 5/jul 6/jul 7/jul 8/jul 9/jul 10/jul 11/jul 12/jul 13/jul 14/jul

    Figura 1 Nmero planejado de funcionrios envolvidos durante a execuo da Parada.

    262240

    10589

    74 72 70 62 5842 42 40 37 33

    22 21 19 18

    230

    390

    250

    0

    100

    200

    300

    400

    VESU

    VIUS

    ENGE

    MAN

    ARAT

    EC

    CEGE

    LEC

    ISOTA

    L

    IMETA

    MECT

    10-B

    PLEN

    A

    ARAT

    EC GA

    ECP

    NR12

    META

    LURG

    ICA CA

    RAPIN

    A JMDC

    SCHE

    NCK

    NM EN

    GCT

    10-A

    BLB0

    2MIS

    TA MMI

    NI11

    AQUA

    MEC

    OUTR

    OS

    Empresas

    Nm

    ero

    de fu

    ncio

    nri

    os d

    as e

    mpr

    esas

    Figura 2 - Nmero planejado de funcionrios das empresas envolvidas durante a parada.

  • 17

    4.2 - Os Grupos de Processos

    O PMBOK2000 organiza seus processos de gerenciamento em cinco

    grupos (figura 3):

    Figura 3 - Grupos de Processos com seus relacionamentos (PMBOK 2000).

    Processos de iniciao formalizam e autorizam o incio do projeto, por meio do termo de abertura do projeto, no qual o gerente do projeto

    designado;

    Processos de planejamento definem e detalham o escopo do projeto e o produto do projeto. Sero definidos os objetivos do projeto e as respectivas

    alternativas de ao para que se alcancem os resultados esperados neste

    grupo, onde so desenvolvidos os cronogramas. Servir como linha de

    base (estabelecimento das metas do projeto) para execuo das atividades;

    Processos de execuo coordenam pessoas e recursos envolvidos para executar os servios previstos na linha de base do projeto;

    Processos de controle monitoram as atividades a serem executadas para que o projeto atinja o seu objetivo, identificando os desvios e promovendo

  • 18

    aes corretivas para realinhar o projeto sua linha de base. atravs

    desse processo que pode ocorrer o possvel replanejamento de atividades

    do projeto, que ocorre, de fato, apenas se a mudana de escopo impacta

    efetivamente nos objetivos do projeto;

    Processos de encerramento Formalizam o encerramento do projeto, bem como dos contratos e o encerramento administrativo. Um produto

    importante desse processo o documento Lies Aprendidas. Nele so

    documentados os pontos positivos e as dificuldades encontradas no

    projeto, para servir de base para outros projetos.

    4.3 - Iniciao e Planejamento

    A partir dos processos de iniciao e planejamento descritos pelo PMBOK

    2000, faz-se o planejamento dos servios eletromecnicos da Parada da Usina II,

    em abordagem.

    Figura 4 Viso macro do processo de Iniciao (PMBOK 2000).

    A figura 4 representa o nico processo da iniciao, relacionado ao escopo,

    enquanto que a figura 5 exibe a maior complexidade dos processos envolvidos no

    planejamento, relacionando todas as nove reas de conhecimento descritas pelo

    PMBOK2000. importante ressaltar que ambos os processos de iniciao e

    planejamento so fundamentais, independente do nmero de processos que cada

    um envolve.

  • 19

    Figura 5 Relacionamento entre os processos de Planejamento (PMBOK 2000).

  • 20

    5 - Iniciao

    5.1 Termo de Abertura de Projeto (Project Charter)

    Trata-se de um documento que formaliza o incio do projeto. a certido de

    nascimento do projeto. Informa os principais objetivos e identifica o gerente do

    projeto, que ter autoridade para alocar os recursos para a realizao do projeto.

    Termo de Abertura de Projeto

    Nome do Projeto: Parada da Usina 2 de Pelotizao - CVRD

    Objetivo: Realizar os servios eletromecnicos dos equipamentos e

    instalaes da usina.

    Resultados esperados:

    Realizao dos servios dentro dos prazos e custos acordados,

    sem acidentes CPT (com perda de tempo).

    - Utilizar mo-de-obra especializada, preferencialmente

    regional;

    - Os servios executados durante a parada tero regime 24 h;

    - Realizar treinamento em segurana para todos os envolvidos;

    Premissas:

    - Atender normas de segurana e meio ambiente.

    Restries: - Prazo de execuo dos servios em at 212h; - Custo real entre -5% e +10% de R$10.000.000,00;

    - Respeitar o interstcio entre jornadas de trabalho de 11h por

    turno.

    Elaborado por:

    Aprovado por: Data:

    Gerente de Projeto

    Tabela 1 Exemplo de um Project charter (Netto et al, 2005).

  • 21

    6 Planejamento

    Com o objetivo de padronizar os procedimentos pertinentes ao processo de

    gesto de paradas de manuteno, elaborou-se o fluxograma de atividades da

    figura 6. A partir dele podem-se visualizar o seqenciamento lgico das atividades

    e os seus prazos de execuo.

    Figura 6 Fluxograma de Atividades de Gesto de Grandes Paradas (CVRD).

    6.1 Declarao de Escopo

    A declarao de escopo deve conter essencialmente a justificativa para a

    realizao do projeto: a necessidade da realizao da parada de produo da

    usina ocorre devido impossibilidade da planta permanecer em operao durante

    At 120 dias antes da PG

    At 90 dias antes da PG

    At 60 dias antes da PG

    At 30 dias antes da PG

    At 15 dias antes da PG

    At 2 dias antes da PG Parada

    At 15 dias aps a PG

    At 30 dias aps a PG

    Execuo Servios de

    Apoio

    Materiais Disponveis

    Almoxarifado

    Abertura de OS no Sisman

    Planejamento Detalhado

    Consolidao do Processo de Contratao de Servios e Aquisio de Materiais

    Reunio de Integrao

    Auditria Final

    Controle de Serv ios

    Reunio de Anlise Crtica

    Reunio de Avaliao e Reviso do

    Planejamento

    Programao de Servios

    Analise de custos e

    Consolidao do Escopo (pelos Gerentes de

    Manuteno das reas)

    Confirmao da Parada

    Abertura de OS de

    Serv ios Crticos e

    Complexos para Prxima

    PG

    Processo de Gesto de Paradas Grandes de Usina - Fluxograma de Atividades

    Prepara-tivos para Execuo

    de Servios

    Execuo de Serv ios

    Fiscalizao das

    ativ idades

    Histrico de Serv ios

    Realizados no Sisman

    Incio do Processo de

    Aquisio dos Fornecimento

    especiais

    Fiscalizao de

    Segurana e Meio

    Ambiente

    Abertura e Planejamento de

    OS no Sisman

    1

    2

    2

    Processo de Gesto de Grandes Paradas Fluxograma de Atividades

  • 22

    a execuo desses servios. So equipamentos que comprometem diretamente o

    funcionamento da usina, e que ditam a periodicidade entre as paradas.

    O objetivo, conforme mencionado no termo de abertura do projeto, refere-se

    execuo dos servios de manuteno eletromecnicos da Usina II de

    Pelotizao (CVRD), a fim de promover a confiabilidade de operao dos

    equipamentos. Vale ressaltar que durante este perodo podem ser feitas, caso

    haja necessidade, melhorias nos processos, assim como novos investimentos, j

    que a usina se encontra com a produo interrompida durante um considervel

    intervalo de tempo. Busca-se tambm aumentar a periodicidade (campanha) entre

    as paradas, ou seja, elevando a disponibilidade da usina para a produo. A figura

    7 representa uma estratgia de aumento progressivo do intervalo entre paradas

    das usinas de pelotizao da CVRD.

    Figura 7 Calendrio de Paradas (Netto et al, 2005, CVRD).

    6.2 Estrutura Analtica de Projeto (EAP)

    Consiste em uma forma hierrquica para a diviso do projeto em

    subprodutos, mais manejveis, at que os subprodutos estejam definidos em

    PP - PARADA PEQUENA: 24 HORAS= 64 HORASPG PARADA GRANDE: DURAO > 64 HORAS NA NO APLICVEL

  • 23

    detalhe suficiente para suportar o desenvolvimento das atividades do projeto

    (PMBOK 2000). Uma das formas de se elaborar uma EAP atravs da subdiviso

    em processos industriais, opo escolhida para o desenvolvimento da mesma

    (figura 8).

    Figura 8 Estrutura Analtica de Projeto (PMBOK 2000; Keelling, 2002; Netto et al, 2005).

    Devido extensa quantidade de servios a serem realizados durante a

    parada, a EAP foi elaborada a partir dos principais servios, ou seja, as atividades

    consideradas mais crticas e que podem impactar diretamente no prazo da parada.

  • 24

    Os processos industriais utilizados na EAP surgem em funo da diviso dos

    processos da usina de pelotizao da CVRD. A partir do fluxograma de processo

    da figura 9 podemos ter uma melhor viso das etapas da produo de petolas.

    Figura 9 Fluxograma de Processos de Pelotizao (CVRD).

    VIRADOR DE VAGES

    PILHA DE MINRIOS

    RECUPERADORA DE FINOS

    MOINHO DE BOLASHIDROCICLONES

    TANQUEHOMOGENEIZADOR

    ESPESSADOR

    REIRCULAO DE GUA

    FILTROS A VCUO

    POLPARETIDA

    SILO DE AGLOMERANTE

    SILOS DO PELOTAMENTO

    DISCOS DE PELOTAMENTO

    PELOTAS CRUAS

    FORNO DE GRELHA MVEL

    PENEIRAMENTO

    PELOTAS QUEIMADAS

    EMPILHADEIRA DE PELOTAS

    PTIO DE PELOTAS

    QUEIMADAS

    PELOTAS PARA CAMADA DE FORRAMENTO

    FINOS DE PENEIRAMENTO

    MISTURADORES

    PRENSA DE

    ROLOS

    EMBARQUE

  • 25

    6.3 Dicionrio da EAP

    Contm a descrio dos servios pertinentes EAP. Estes servios so

    obtidos atravs do SISMAN, sistema de manuteno utilizado pela CVRD. O

    sistema gera ordens de servios (OS) para cada atividade a ser realizada.

    ITEM DA EAP

    EQPTO DESCRIO DO SERVIO

    1.1.1 PRENSA DE ROLOS

    1.1.1.1 1PR11 SUBSTITUIR ROLO FIXO DA PRENSA (MECNICA)

    1.1.2 MOAGEM 1.1.2.1 BV12 USINAR SEDE DO MUNHO DE DESCARGA. 1.1.3 ESPESSAMENTO

    1.1.3.1 BV15 REVISO GERAL NA MESA CENTRAL.

    1.1.4 FILTRAGEM

    1.1.4.1 2FI TROCAR TUBULAES 6" DE DRENO E OVER FLOW DAS BACIAS DOS FILTROS

    1.2.1 FORNO

    1.2.1.1 BH1 MANUTENO DO REFRATRIO

    1.2.1.2 BH34 TROCA DO ROTOR

    1.2.2 PTIO DE PELOTAS

    1.2.2.1 2P0 REFORMA DA ESTRUTURA E TROCA DO CHUTE DO TRANSPORTADOR 2P0.

    Tabela 2 Exemplo de um Dicionrio da EAP.

  • 26

    Nas figuras 10, 11 e 12 esto as fotos de alguns dos servios executados.

    Figura 10 - Troca do rolo fixo da prensa de rolos e manuteno do ventilador.

    Figura 11 - Manuteno no refratrio do forno e do espessador.

  • 27

    Figura 12 Manuteno na correia transportadora e no moinho de bolas.

    6.4 - Estimativa de Durao e Seqenciamento das Atividades

    A partir da declarao de escopo feita uma estimativa de durao das

    atividades da parada assim como os seus seqenciamentos. O objetivo obter de

    uma forma macro a durao prevista da parada. O resultado inicial um

    cronograma de metas, o qual nos informa sobre as duraes, incios e trminos

    dos pacotes de trabalho no nvel mais baixo da EAP. possvel tambm observar

    o caminho crtico da parada da usina, ou seja, os servios que no possuem folga

    e que tm impacto direto na durao da parada (figura 13). O caminho crtico est

    em destaque em vermelho.

    Figura 13 Cronograma Macro das atividades.

  • 28

    Os cronogramas desenvolvidos neste projeto so elaborados utilizando o

    Ms Project, um software amplamente empregado no gerenciamento de projetos

    (mais informaes sobre o Ms Project encontram-se no anexo A).

    6.4.1 Detalhamento dos Servios A partir da definio do cronograma macro (figura 13), feito um

    detalhamento dos servios declarados no escopo, a fim de possibilitar melhor

    controle e organizao das atividades. Este processo de detalhamento resulta em

    um extenso cronograma, que distribudo s empresas responsveis de cada

    servio, assim como para os fiscais e os gerentes envolvidos. Ser tomada como

    exemplo uma das atividades descritas, e ser feito o seu detalhamento.

    A atividade corresponde reforma da estrutura e troca do chute da correia

    transportadora, a 2P0, sendo o ltimo item do cronograma anterior. So servios

    eletromecnicos, programados para serem realizados de 10/07/05 s 12:00 horas

    a 13/07/05 s 16:00 horas, com durao prevista de 72 h. Na figura 14 encontra-

  • 29

    se o detalhamento deste servio.

    Figura 14 Cronograma detalhado do equipamento 2P0.

    6.4.2 Servios Eltricos

    Consta no detalhamento da figura 14 o servio de manuteno eltrica no

    circuito de acionamento da correia transportadora (em destaque). Nesta atividade

    ser executada a manuteno no circuito de comando, de fora, no motor de

    acionamento e nas chaves limites de emergncia (em destaque na figura 12) que

    se encontram distribudas ao longo da correia. O SISMAN fornece para cada

    servio padronizado um procedimento de execuo (PRO). Para cada PRO esto

    detalhadas as etapas de cada servio, para que o executante tenha, a partir

    destas informaes, a correta seqncia de realizao das atividades, mtodo de

    execuo, recursos e ferramentas necessrias, a fim de garantir uma boa

    manuteno do equipamento, com a segurana dos envolvidos, respeitando

    tambm as legislaes ambientais. A partir da PRO do servio descrito

    anteriormente, foi elaborado um cronograma utilizando o Ms Project, permitindo

    melhor visualizao das etapas e integrao das interfaces com os demais

    servios (figura 15). Este cronograma contm informaes sobre a descrio de

    cada tarefa, a durao, incio e trmino planejados, o recurso a ser utilizado, assim

    como o seqenciamento das atividades. Junto com a descrio das atividades

    encontra-se a representao grfica, no formato grfico de Gantt. Para cada tarefa

    associada uma barra horizontal, no qual o comprimento proporcional

    durao. As barras de cor preta representam as tarefas resumos, que

    correspondem ao agrupamento de atividades comuns (em negrito). Todas as

    barras se encontram distribudas ao longo do tempo, representando o momento da

    execuo. As setas existentes entre as barras mostram o seqenciamento das

    tarefas, formando vnculos.

  • 30

    Figura 15 PRO de manuteno eltrica da correia transportadora.

  • 31

    6.5 Estimativa de Custos

    A partir da definio do escopo pode-se estimar o custo de realizao da

    execuo (tabela 3). Para tal propsito utiliza-se a durao prevista das

    atividades, assim como o planejamento dos recursos necessrios (mo-de-obra,

    equipamentos e materiais). Tambm importante considerar informaes

    histricas, ou seja, os custos reais de paradas de manuteno realizadas

    anteriormente (estimativa por analogia, PMBOK 2000). Uma medida utilizada para

    estimar os custos dos servios o H-h (homem-hora), que corresponde ao

    produto da quantidade de mo-de-obra envolvida pela durao da atividade. O

    preo unitrio do H-h obtido atravs de pesquisa de mercado.

    ITEM DA EAP

    EQPTO DESCRIO DO SERVIO

    CUSTO MATERIAIS

    (R$)

    CUSTO SERVIO

    (R$)

    CUSTO TOTAL (R$)

    1.1.1.1 1PR11 SUBSTITUIR ROLO FIXO DA PRENSA

    (MECNICA) 1.900.000 80.000 1.980.000

    1.1.2.1 BV12 USINAR SEDE DO

    MUNHO DE DESCARGA.

    - 60.000 60.000

    1.1.3.1 BV15 REVISO GERAL

    NA MESA CENTRAL.

    200.000 150.000 350.000

    1.1.4.1 2FI

    TROCAR TUBULAES 6"

    DE DRENO E OVER FLOW DAS BACIAS

    DOS FILTROS

    4.000.000 210.000 4.210.000

    1.2.1.1 BH1 MANUTENO DO REFRATRIO 1.600.000 525.000 2.125.000

    1.2.1.2 BH34 TROCA DO ROTOR 700.000 100.000 800.000

    1.2.2.1 2P0

    REFORMA DA ESTRUTURA E

    TROCA DO CHUTE DO

    TRANSPORTADOR 2P0.

    900.000 200.000 1.100.000

    Tabela 3 Estimativa dos custos (Netto et al, 2005).

  • 32

    Nota-se que o exemplo da tabela anterior corresponde a uma estimativa de

    custos dos itens da EAP, no representando os custos totais de uma parada de

    usina.

    6.6 Planejamento das Comunicaes

    Segundo o PMBOK 2000, um bom planejamento das comunicaes

    essencial: determinar as informaes e comunicaes necessrias s partes

    envolvidas no projeto, ou seja: quem precisa da informao, quando sero

    necessrias e como devem ser fornecidas. Uma forma de representar essas

    informaes atravs de uma matriz de comunicaes, (na tabela 4), utilizando o

    modelo descrito por Keeling (2002), que prope identificar os interessados pelas

    informaes e organizar as formas de comunicao a serem utilizadas dentro do

    projeto.

    Evento / Mtodo Foco Participantes

    Quando?(a partir de) Periodicidade

    Reunio de Abertura da Parada

    Confirmar data da parada, apresentar plano de comunicao, cronograma de atividades, definir datas para: principais servios, back-log, estimativa de custos, etc.

    Ger. Eng. Manut./Ofinas, Ger. Manut.1-4, Ger. Oper. 1-4, Eng.

    Processo, Eng. Empreendimentos, Suprimentos,

    Ger. Servios

    06/03/05 Uma reunio

    Reunio do Cronograma Operacional

    Elaborao e consolidao do cronograma operacional

    Ger. Eng. Manut./Ofinas, Ger. Manut.1-4, Eng.

    Empreendimentos29/03/05 Duas reunies

    Reunio de Folow-up Interna EPU

    Acompanhar as atividades de planejamento da parada. Ger. Eng. Manut. 21/03/05 Semanal

    Reunio de Folow-up Externa EPU

    Acompanhar as atividades de planejamento da parada.

    Ger. Eng. Manut./Ofinas, Ger. Manut.1-4, Ger. Oper. 1-4, Eng.

    Processo, Eng. Empreendimentos, Suprimentos,

    Ger. Servios

    10/04/05 Quinzenal

    Reunio de Follow-up de Materiais

    Acompanhamento dos processos de suprimento de materiais.

    Ger. Eng. Manut., Ger. Manut.1-4, Suprimentos 20/04/05 Quinzenal

    Reunio de Follow-up de Contratao de Servios

    Acompanhamento dos processos de suprimento de contratao de servios.

    Ger. Eng. Manut., Ger. Manut.1-4, Suprimentos 20/04/05 Quinzenal

    Reunio de Elaborao do Planejamento

    Elaborar o planejamentos e programao dos servios com os executantes.

    Ger. Eng. Manut.(EPU), Executantes 05/05/05

    Duas reunies (por executante)

    Reunio de Avaliao do Planejamento

    Avaliar e consolidar o planejamento e programao dos servios com os executantes.

    Ger. Eng. Manut.(EPU), Executantes 20/05/05 Uma reunio

    Reunio de Logstica

    Consolidao das atividades de logistica da parada com todas as reas envolvidas durante a parada.

    Ger. Servios 04/06/05 Uma reunio

  • 33

    Tabela 4 Matriz de Comunicao (Keeling, 2002)

    Evento / Mtodo Foco Participantes

    Quando?(a partir de) Periodicidade

    Reunio de Alinhamento com Fiscais

    Entrega do material do planejamento, ajustar quaisquer desvios de informaes, esclarecer questes e estabelecer comunicao efetiva.

    GAMAP, GAFIP, GAMIP, GAPEP, GAPIP, GAECP, GAVIR,

    GASAP, Fiscais04/06/05 Uma reunio

    Reunio de Alinhamento com as Contratadas

    Entrega do material do planejamento, ajustar quaisquer desvios de informaes, esclarecer questes e estabelecer comunicao efetiva.

    Ger. Eng. Manut./Ofinas, Ger. Manut.1-4, Ger. Oper. 1-4, Eng.

    Processo, Eng. Empreendimentos, Suprimentos,

    Ger. Servios, Contratadas

    04/06/05 Uma reunio

    Reunies de Auditoria da Avaliao das Contratadas

    Orientar os auditores e acompanhar o processo de auditoria.

    Ger. Eng. Manut./Ofinas, Ger. Manut.1-4, Ger. Oper. 1-4, Eng.

    Processo, Eng. Empreendimentos, Suprimentos

    14/06/05 Cinco reunies

    Atualizao de Dados da Parada

    Atualizar junto a equipe de planejamento o andamento dos servios da parada.

    GAMAP, GAFIP, GAMIP, GAPEP, GAPIP, GAECP, Consrcio, Contratadas

    DURANTE A PARADA Diria

    Reunio de Acompanhamento da Parada

    Nivelar a todos os envolvidos sobre o andamento da parada: avano fsico, caminho crtico, segurana, sade, meio ambiente, logstica.

    Ger. Eng. Manut./Ofinas, Ger. Manut.1-4, Ger. Oper. 1-4, Eng.

    Processo, Eng. Empreendimentos, Suprimentos,

    Ger. Servios, Consrcio,

    DURANTE A PARADA Seis reunies

    Reunio de Ps Parada (Lies Aprendidas)

    Informar e avaliar os resultados da parada (pontos fortes e a melhorar)

    Ger. Eng. Manut./Ofinas, Ger. Manut.1-4, Ger. Oper. 1-4, Eng.

    Processo, Eng. Empreendimentos, Suprimentos,

    Ger. Servios, Consrcio,

    21/07/05 Uma reunio

  • 34

    6.7 Planejamento Organizacional

    Segundo o PMBOK2000, o planejamento organizacional objetiva identificar,

    documentar e designar os papis e responsabilidades dos indivduos envolvidos

    no projeto. Para isso, necessrio avaliar o perfil dos envolvidos para que estes

    sejam alocados em posies convenientes. Um produto de extrema importncia

    no planejamento organizacional o organograma do projeto. Trata-se de uma

    representao grfica identificando os responsveis por cada pacote de trabalho

    definido (figura 16).

    Figura 16 Estrutura Organizacional de Execuo da Parada (Netto et al, 2005).

  • 35

    O organograma da figura 16 amplamente empregado durante a execuo

    da parada, sendo fundamental na identificao e localizao dos responsveis por

    cada etapa do processo.

    6.8 Planejamento das Aquisies

    O planejamento das aquisies tem como objetivo identificar as

    necessidades que o projeto tem em adquirir produtos ou servios que esto fora

    da organizao do projeto. Neste caso, a contratao de empresas para a

    execuo de servios ou fornecimento de materiais se torna essencial, e cabe a

    este processo gerir a aquisio, definindo quando, como, o qu, quanto, e onde

    contratar.

    Objetivando estabelecer padres que permitam o maior controle dos

    processos relacionados s aquisies da Parada de Manuteno, a equipe de

    parada de Usina da CVRD utiliza o fluxograma da figura 17.

    Figura 17 Fluxograma de Atividades - Oramentao, Suprimento e Custos (Filho et al, 2003)

  • 36

    A partir dele podem-se visualizar as etapas do processo de aquisies ao

    longo do tempo, assim como os processos de oramentao e custos.

    6.9 Planejamento de Resposta aos Riscos

    Risco um evento ou condio incerta que, se acontecer, tem um efeito

    positivo ou negativo em um objetivo de projeto. Uma atividade como a troca do

    refratrio do forno BH1 (item 1.2.1.1 da EAP) pode ter seu tempo de execuo

    comprometido caso a quantidade de material refratrio desgastada seja superior

    ao planejado, da mesma forma que uma quantidade inferior reduziria o tempo

    necessrio para a troca (a que a inspeo do refratrio s feita aps o seu

    resfriamento e abertura). Devemos, ento, identificar os possveis riscos dentro de

    uma parada de usina, avaliar a probabilidade de que estes riscos ocorram assim

    como o nvel de impacto que podero causar no projeto. Estas informaes so

    geralmente obtidas a partir dos levantamentos histricos. Desta forma, pode-se

    elaborar um plano de resposta ao risco, a fim de aumentar as oportunidades e

    reduzir as ameaas ao projeto (tabela 5).

    Tabela 5 Avaliao de Riscos (Netto et al, 2005).

    A partir do produto probabilidade pelo impacto podem-se mapear os

    servios que esto mais expostos a riscos. Aqueles que apresentarem altos

    ITEM DA EAP

    EQPTO DESCRIO DO SERVIOIDENTIFICAO

    DO RISCOPROBABILIDADE IMPACTO

    PRODUTO(PXI)

    RESPOSTA AO RISCO

    1.1.3.1 BV15 REVISO GERAL NA MESA CENTRAL.

    DESGASTE DO ROLAMENTO E PISTAS

    0,7 1 0,7MANTER SEMPRE

    COMPONENTES EM ESTOQUE

    1.2.1.1 BH1 MANUTENO DO REFRATRIO

    QUEBRA DO MATERIAL REFRATRIO

    0,7 1 0,7

    TER EM ESTOQUE TODO O MATERIAL

    NECESSRIO PARA AMANUT. DO FORNO

    1.1.1.1 1PR11 SUBSTITUIR ROLO FIXO DA PRENSA (MECNICA)

    DESGASTE DO ROLAMENTO

    0,5 0,8 0,4PREPARAR ROLO ADICIONAL COM COMPONENTES

    1.2.1.2 BH34 TROCA DO ROTOR DESGASTE

    PREMATURO DAS PLACAS E ROTOR

    0,5 1 0,5DISPONIBILIZAR ROTOR E PLACAS

    1.1.2.1 BV12 USINAR SEDE DO MUNHO DE DESCARGA.

    QUEBRA DE PARAFUSOS DE

    FIXAO DO FLANGE0,2 0,8 0,16

    PROVIDENCIAR PARAFUSOS COM

    MAIOR RESISTNCIA

    1.1.4.1 2FITROCAR TUBULAES 6" DE DRENO E OVER FLOW

    DAS BACIAS DOS FILTROS- - - -

    1.2.2.1 2P0REFORMA DA ESTRUTURA E

    TROCA DO CHUTE DO TRANSPORTADOR 2P0.

    - - - -

    Desconsiderado devido ao baixo

    ameaa

  • 37

    valores desse produto so considerados de maior gravidade e, portanto, devem

    ser tratados prioritariamente conforme as aes descritas na avaliao de riscos

    (tabela 5). No utilizado na CVRD nenhum documento que formalize a

    identificao de riscos de servios de paradas de usina, tambm no havendo

    elaborao de plano de reposta aos riscos. importante a adoo deste

    procedimento para evitar possveis ameaas ao projeto.

    6.10 Plano de Gerenciamento da Qualidade

    O objetivo do gerenciamento da qualidade garantir que o projeto atenda

    s necessidades para as quais ele foi empreendido (PMBOK 2000). Para tal

    propsito necessrio identificar os padres de qualidade a serem adotados,

    criando ento, formas de monitorao. A figura 18 exemplifica como avaliar o

    desempenho global de uma parada de usina. Foram adotados como critrio para

    tal avaliao aspectos de segurana e meio ambiente, prazo de concluso dos

    servios da parada, comparao do custo previsto com o realizado, assim como o

    desempenho das empresas contratadas.

    NDICE DE DESEMPENHO DA PARADA USINA: 2 (CVRD) DATA: 04/07/05

    USINA 6 PARADA PROGRAMADA: 07/12/05 a 12/12/05 REF. ITEM NOTA ( 0 ~10 )

    I1.1 Taxa de Freqncia de Acidentes 10 I1.2 Taxa de Gravidade de Acidentes 10 I1.3 Nmero de Ocorrncias Ambientais 10

    I1 SEGURANA E MEIO AMBIENTE

    TOTAL I1 10 I2.1 Prazo de Execuo da Parada 10 I2 PRAZO

    TOTAL I2 10 I3.1 - Realizado x Orado 10 I3.2 - Custo Especfico (US$/ton) 10 I3 CUSTO

    TOTAL I3 10 I4.1 Trabalho Especfico 10 I4.2 Mudana de Escopo 10 I4.3 Prazo de Elaborao do Book de Planejamento 10

    I4.4 Desempenho das Contratadas na Parada 10

    I4 QUALIDADE

    TOTAL I4 10 INDICADOR GLOBAL 10

    Figura 18 ndice de Desempenho da Parada (Equipe de Parada de Usina - CVRD)

  • 38

    O item de Desempenho das Contratadas (I4.4) produto de uma criteriosa

    avaliao das empresas participantes. Aquelas que realizam trabalhos maiores

    que 1000 H-h (Homem-hora), so avaliadas nos aspectos de planejamento,

    execuo, segurana e meio ambiente. As notas obtidas resultam em uma nota

    global das contratadas, proveniente da mdia ponderada das notas, no qual o

    peso o valor de Homem-hora de cada empresa avaliada.

  • 39

    7 - Concluses

    Percebe-se na atualidade a grande importncia dada pelas empresas s

    aes que visam a melhorias no gerenciamento de seus empreendimentos. Um

    bom gerenciamento influencia diretamente no sucesso do projeto, seja a partir da

    reduo dos custos de execuo e no prazo de entrega, seja na diminuio dos

    riscos existentes ou no aumento da confiabilidade dos servios prestados.

    A aplicao dessas tcnicas de gerenciamento nos servios de parada de

    manuteno foi fundamental para a obteno dos nveis de qualidade e satisfao

    alcanados atualmente pela CVRD. Tm-se como resultados diretos a reduo da

    ocorrncia de acidentes, o maior controle dos riscos ambientais, a reduo

    significativa das interferncias entre as frentes de trabalho e maior controle da

    execuo das atividades. A utilizao do software Ms Project auxilia no

    gerenciamento dessas atividades, fornecendo ao final do planejamento uma

    estimativa confivel de funcionrios envolvidos nas atividades, as duraes e data

    de sua realizao, assim como a identificao das empresas responsveis e o

    progresso real das atividades, permitindo, caso necessrio, fazer aes corretivas

    para que o prazo de retorno de operao da usina no seja comprometido.

    A adoo de um mtodo para o gerenciamento de paradas de usina busca

    desenvolver uma cultura de planejamento, proporcionando um ambiente favorvel

    integrao com os envolvidos, influenciando, desta forma, em melhores

    resultados na execuo dos servios.

    importante ressaltar que as empresas executantes das atividades tm um

    papel fundamental no sucesso da parada de usina, motivo pelo qual deve-se

    investir no desenvolvimento destes fornecedores, formando parcerias.

  • 40

    ANEXO A

    Ms Project

    O software Ms Project o aplicativo mais utilizado atualmente no

    gerenciamento de projetos. Suas ferramentas permitem elaborar o planejamento

    detalhado das atividades do projeto, assim como o seu acompanhamento

    (controle).

    Atravs dele pode-se planejar a execuo das tarefas e definir o

    seqenciamento das mesmas, atravs da criao de vnculos. O software permite

    tambm alocar os recursos das atividades (mo-de-obra, equipamentos ou

    ferramentas), possuindo ferramentas de nivelamento de recursos. Pode-se

    tambm associar o custo das atividades, que no final fornece o custo estimado do

    projeto. O Ms Project permite tambm a gerao de filtros, relatrios, criao de

    EAP e diferentes formas de visualizao como grficos de Gantt e diagrama de

    redes do projeto. Aps a finalizao do planejamento, as metas do projeto so

    congeladas atravs de uma linha de base. Neste momento comea a fase de

    execuo do projeto e o respectivo controle, que consiste na atualizao do

    projeto com as informaes reais de execuo.

  • 41

    Figura 1 Exemplo de planejamento de tarefas no formato de grfico de Gantt.

    Figura 2 Exemplo de nivelamento de recursos.

  • 42

    Figura 3 Exemplo de Diagrama de Rede fornecido pelo Ms Project.

  • 43

    Na figura 4 encontra-se um fluxograma simplificado de um planejamento utilizando

    o Ms Project.

    Figura 4 Fluxograma de Simplificado de Planejamento utilizando o Ms Project (Time-Now

    Treinamentos, 2004)

  • 44

    REFERNCIAS

    CARVALHO FILHO, Francisco. Manual de Gesto de Paradas. Vitria, 2003.

    JONES, Ary Marques. Marketing de Servios de Engenharia. LTC, 1983.

    KEELING, Ralph. Gesto de Projetos. Uma abordagem global. So Paulo, 2002.

    NETTO, Ceciliano Barcellos. MBA em Gerenciamento de Projetos Parada de Usina. Vitria, 2005

    PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, Pmbok 2000.

    TIME-NOW TREINAMENTOS, Project Avanado. Vitria, 2005.