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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO DANIEL HADLER KUHN IMPLEMENTAÇÃO DE METODOLOGIA NA IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE RISCOS EM INDÚSTRIA DE ALIMENTOS

Gerenciamento de riscos

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PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DO PARAN

Pontifcia Universidade Catlica do Paran

CENTRO DE CINCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIAENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHODANIEL HADLER KUHNImplementao de metodologia na identificao e anlise de riscos em indstria de alimentosJARAGU DO SUL

2012

DANIEL HADLER KUHNImplementao de metodologia na identificao e anlise de riscos em indstria de alimentosTrabalho de Concluso de Curso de Ps-graduao em Engenharia de Segurana do Trabalho da Pontifcia Universidade Catlica do Paran, como requisito parcial obteno do ttulo de Engenheiro de Segurana do Trabalho.

Orientador: Prof. Fbio Gledson BelascoJARAGU DO SUL2012

DANIEL HADLER KUHNImplementao de metodologia na identificao e anlise de riscos em indstria de alimentosTrabalho de Concluso de Curso apresentado ao Curso de Ps-Graduao em Engenharia de Segurana do Trabalho da Pontifcia Universidade Catlica do Paran, como requisito parcial obteno do ttulo de Engenheiro de Segurana do Trabalho.

Comisso examinadora

Ademir Jos Ludovico, Prof. Esp.TECPUC_____________________________________

Irionson Antnio Bassani, Prof. Dr.PUCPR_____________________________________

Key Fonseca de Lima, Prof. Dr.PUCPR / PPGEMJaragu do Sul, 3 de Dezembro de 2012. agradecimentosAgradeo, em primeiro lugar, aos meus pais pela cobrana, compreenso e incentivo que fizeram com que no fraquejasse nas horas difceis. Graas ao incentivo deles ingressei e finalizei esta ps.

Agradeo, em especial, a empresa em estudo que permitiu realizar um estudo de sua organizao. Sem esta no teria sido possvel realizar este trabalho.

Aos colegas, professores e funcionrios do curso pelos momentos agradveis compartilhados durante o curso.

Por fim, agradeo ao meu orientador Professor Fbio Gledson Belasco, que apostou em meu trabalho, encarando junto comigo este desafio, sempre me apoiando e inspirando.

resumoO presente trabalho tem por objetivo propor uma implantao de uma metodologia para identificar os perigos e avaliar os riscos, contribuindo para que seja reduzida a possibilidade de acidentes identificando-os de forma preventiva. A ideia de implantao deste trabalho surgiu da deficincia encontrada na empresa em estudo em relao ao gerenciamento e identificao dos riscos e perigos. A elaborao foi baseada em estudos do Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA) da empresa, observao direta das atividades realizadas pelos colaboradores e entrevistas informais. O mtodo utilizado foi qualitativo, pois a metodologia utilizada um instrumento efetivo de gerenciamento de riscos que pode ser utilizado em todos os nveis da empresa, sendo uma metodologia adequada para uma primeira anlise de identificao dos perigos. Atravs desta ferramenta puderam-se verificar todos os perigos existentes na seo estudada, sendo possvel identificar os que possuem maior probabilidade de ocorrer e maior gravidade. Com isto, sugestes de melhorias foram apresentadas buscando a reduo da probabilidade ou gravidade dos riscos encontrados.Palavras-chave: Anlise de riscos; Segurana do Trabalho; Ferramentas de gesto.

ABSTRACTThis paper aims to propose an implementation of a methodology to identify hazards and assess risks, contributing to a reduced possibility of accidents by identifying them preventively. The idea of putting this work came up becauseof the deficiency found in the company under study in relation to the identification and management of risks and hazards. The preparation was based on studies of the Program Environmental Risk Prevention (PPRA) company, the direct observation of the activities performed by employees and informal interviews. The method used was qualitative, because the methodology is an effective tool for risk management that can be used at all levels of the company, being an adequate methodology for a first analysis of hazard identification. Through this tool could verify all the dangers in the section studied and it was possible to identify those who are more likely to occur and more severe. With this, suggestions were made for improvements aimed at reducing the likelihood or severity of the risks found.Key-words: Risk analysis; Job security; Management tools.Lista de Ilustraes19Quadro 1 - Avaliao de consequncias.

20Quadro 2 - Avaliao de probabilidade.

20Quadro 3 - Matriz de probabilidade e consequncias.

23Quadro 4 - Modelo de formulrio para execuo do HAZOP.

24Quadro 5 - Modelo de formulrio para execuo do AMFE.

28Quadro 6 - Matriz de gerenciamento (genrica).

30Quadro 7 - Parmetros de avaliao da probabilidade.

31Quadro 8 - Parmetros de avaliao de efeito.

32Quadro 9 - Classificao da significncia do risco.

33Quadro 10 - Classificao da tolerabilidade.

34Quadro 11 - Planilha de identificao, classificao e anlise de risco (branco).

35Quadro 12 - Significncia do risco.

36Quadro 13 - Legenda das equaes.

37Quadro 14 - Tabela de indicadores de risco (branco).

41Quadro 15 - Matriz de gerenciamento (atividades do processo em estudo).

47Quadro 16 - Planilha de identificao, classificao e anlise de risco (estudo de caso).

56Quadro 17 - Planilha de indicadoo de risco.

58Quadro 18 - Tabela com os riscos maiores que o tolervel.

39Figura 1 - Fluxo macro de processo.

40Figura 2 - Separao por zonas 1 pavimento.

41Figura 3 - Separao por zonas 2 pavimento.

57Grfico 1 - Resumo das consequncias dos riscos identificados.

Lista de abreviaturas e siglasAAFAnlise de rvore de Falhas

ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

AMFEAnlise de Modo de Falha e Efeito

APRAnlise Preliminar de Risco

AS/NZSAustralian/New Zealand

BSBritish Standard

CControle

CIPAComisso Interna de Preveno de Acidentes

CNAEClassificao Nacional de Atividades Econmicas

DDeteco

EAEscala de Abrangncia

EFEfeito

EPCEquipamento de Proteo Coletiva

EPIEquipamento de Proteo Individual

Escore de risco (atual do processo)

Escore de risco padro

FFrequncia

FRFator de Risco

GRGrau de Risco

HAZOPHazard and Operability Studies

IECInternational Electrotechnical Commission

ILOInternational Labor Organization

MCAMedida de Controle Administrativo

MCCMedida de Controle Coletivo

MCEMedida de Controle Especial

MCIMedida de Controle Individual

MTEMinistrio do trabalho e Emprego

NBR Norma Brasileira Regulamentar

NRNorma Regulamentadora

Nmero de acidentes triviais

Nmero de acidentes tolerveis

Nmero de acidentes moderados

Nmero de acidentes substanciais

Nmero de acidentes intolerveis

Nmero de acidentes tolerveis, moderados, substanciais e intolerveis

OHSASOccupational Health and Safety Assesment Series

OSHOccupational Safety and Health

PProbabilidade

PDCAPlan, Do, Check, Act

PPRAPrograma de Preveno de Riscos Ambientais

SSeveridade

SESMTServios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho

SSOSegurana e Sade Ocupacional

Significncia dos acidentes triviais em escala numrica

Significncia dos acidentes tolerveis em escala numrica

Significncia dos acidentes moderados em escala numrica

Significncia dos acidentes substanciais em escala numrica

Significncia dos acidentes intolerveis em escala numrica

UNEUna Norma Espaola

SUMRIO121Introduo

121.1Problema de pesquisa

131.2Objetivos

131.2.1Objetivo Geral

131.2.2Objetivos Especficos

142fundamentao terica

142.1conceitos gerais

142.1.1Segurana do Trabalho

142.1.2Acidente do Trabalho

142.1.3Incidente ou quase acidente

152.1.4Perigo

152.1.5Risco

152.2Normas DE guia para gerenciamento de riscos

162.2.1BS 8800:1996

172.2.2OHSAS 18001:1999

182.3Anlise PRELIMINAR de risco

192.3.1Anlise Qualitativa

212.3.2Anlise Quantitativa

212.4Tcnicas de anlise de perigos e riscos

212.4.1Estudos de identificao de perigos e operabilidade (HAZOP)

222.4.1.1Processos contnuos

222.4.1.2Processos descontnuos

232.4.2Anlise dos Modos de Falha e Efeitos (AMFE)

252.4.3Anlise por rvore de Falhas (AAF)

262.5reas classificadas (atmosferas explosivas)

262.5.1Definies

272.5.2Classificao de reas

283metodologia de pesquisa

283.1Matriz de gerenciamento

293.2Identificao dos perigos

293.3Avaliao dos riscos

303.3.1Classificao dos riscos

303.3.2Probabilidade

313.3.3Efeito

323.3.4Classificao da significncia

353.4Indicador de risco

384ESTUDO DE CASO

384.1Apresentao da empresa em estudo

394.2Apresentao da seo de estudo de caso

394.2.1Seo Destilaria

404.2.2Classificao da Seo

414.3Estudo dos riscos da seo

414.3.1Matriz de Gerenciamento

464.3.2Identificao, Classificao e Anlise dos riscos

564.3.3Indicador de Risco

574.4Resultados e discusso

574.4.1Resumo das consequncias dos riscos identificados

574.4.2Riscos fora da tolerncia

605CONCLUSO

61Referncias

1 Introduo

No Brasil, ao longo dos anos, a preocupao com a sade e segurana do trabalhador tem aumentado, uma vez que existem muitos acidentes que podem levar a mutilao ou at mesmo ao bito dos colaboradores. Para minimizar as possibilidades de acidente de trabalho acabaram se criando normas regulamentadoras, as quais obrigam aos empregadores a se adequarem sobre questes relativas sade e segurana no ambiente de trabalho. Mesmo com a criao destas normas regulamentadoras ainda existe um alto ndice de acidentes de trabalho. Segundo o anurio do site da Revista Proteo (2012), foram notificados 701.496 acidentes de trabalho em 2010, sendo que 2.712 acidentes foram considerados fatais.

Segundo Sampaio (1998), devido evoluo houveram-se perdas de milhares de vidas, sendo estas provocadas por acidentes de trabalho e doenas ocupacionais por haver falta de controle do meio ambiente de trabalho.

As empresas esto abordando o tema de segurana do trabalho no apenas para atendimento de legislaes trabalhistas, mas tambm com a inteno de reduzir custos causados pelos acidentes do trabalho, preservao da imagem da empresa e por exigncias de clientes. Para isto elas esto adotando metodologias para identificao dos riscos, com o objetivo de eliminar ou mitigar os riscos.

A identificao de riscos tambm tem por objetivo atendimento legal, conforme a Norma Regulamentadora 5 (NR 5), a qual descreve como atribuio da Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA) a elaborao do Mapa de Risco, que uma identificao dos agentes perigosos no ambiente de trabalho. Este processo de identificao facilita a tomada de aes para mitigao dos riscos, conforme Ishikawa (1993), s possvel gerenciar aquilo que conhecemos e para conhecer necessrio medir e avaliar.1.1 Problema de pesquisa

Verifica-se a importncia de haver uma metodologia para identificao dos riscos. Devido empresa em estudo no haver um metodologia definida para anlises de risco definiu-se realizar um estudo de caso utilizando uma metodologia de identificao e anlise de riscos em uma de suas sees industriais.1.2 Objetivos1.2.1 Objetivo Geral Realizar um estudo de caso utilizando uma metodologia de identificao e anlise de riscos em uma seo de uma indstria de alimentos, a fim de facilitar a identificao dos riscos existentes, buscando contribuir para mitigao dos mesmos e a melhoria contnua da sade e segurana dos trabalhadores.1.2.2 Objetivos Especficos Os objetivos especficos do trabalho so:

a) Elaborar fluxograma de processo, tarefas e atividades da seo em estudo;

b) Identificar os perigos ocupacionais presentes em cada atividade;

c) Avaliar os riscos encontrados;

d) Sugerir ideias que minimizem os riscos com maior nvel de significncia.2 fundamentao terica2.1 conceitos gerais2.1.1 Segurana do TrabalhoSegurana do Trabalho, segundo Cardella (1999), um conjunto de aes que tem o objetivo de reduzir danos e perdas que so provocadas por agentes agressivos.

O conceito de segurana no trabalho tem aumentado ao longo dos anos. Com o crescimento das tecnologias foram surgindo novos riscos, sendo estes descobertos ou por uma falha ocorrida ou por algum que conseguiu prever uma futura falha. De acordo com Belasco (2011), com o aumento da tecnologia as consequncias de acidentes comearam a ficar mais catastrficas, fazendo com que o conceito de segurana crescesse. Esta evoluo citada por Belasco (2011), onde exemplifica que antigamente as falhas ocorridas nas indstrias aeronuticas eram tratadas apenas aps uma falha, o chamado voa conserta voa. Segundo De Cicco e Fantazzini (2003) a maioria dos esforos despendidos pelas empresas, de modo a reduzir os efeitos dos riscos, so baseados em avaliaes ps-fato, ou seja, os tcnicos de segurana concentravam a maioria de seus esforos na soluo dos problemas j ocorridos e no em medidas preventivas de forma a evitar que os mesmos aconteam.

Para um melhor entendimento do assunto abordado neste trabalho importante explicar algumas terminologias utilizadas, devido a isto alguns conceitos bsicos so apresentados nos itens a seguir.2.1.2 Acidente do TrabalhoAcidente um evento indesejvel o qual resulta em morte, problema de sade, ferimento, dano e outros prejuzos (OHSAS 18001:1999).2.1.3 Incidente ou quase acidente

Incidente um evento no previsto com possibilidade de gerar acidente (OHSAS 18001:1999).2.1.4 Perigo

Perigo uma fonte ou situao com potencial de provocar danos (OHSAS 18001:1999).2.1.5 Risco

Risco uma combinao da probabilidade, da frequncia e da consequncia de uma situao de perigo (OHSAS 18001:1999).

Os riscos podem ser divididos em 5 tipos, de acordo com Amorim Jr. (2011).

Riscos Fsicos: so aqueles gerados por agentes fsicos, tais como: rudo, vibrao, temperaturas extremas e radiao.

Riscos Qumicos: so aqueles gerados por exposio ou contato com substncias, compostos ou produtos qumicos, podendo penetrar no organismo por vias areas, ingesto, ou via cutnea. Estes podem estar em forma de poeiras, fumos, nvoa, vapores e lquidos.

Riscos Biolgicos: so aqueles gerados por exposio ou contato com agentes biolgicos, tais como bactrias, fungos, vrus, parasitas.

Riscos Ergonmicos: so aqueles gerados por uma m condio de trabalho s caractersticas psicofisiolgicas do trabalhador. Posturas inadequadas, levantamento de excesso de peso, iluminao incorreta, so exemplos de riscos ergonmicos.

Riscos de Acidente: so aqueles gerados por atos ou condies inseguras. Quedas, contuses, fraturas, choques eltricos, so exemplos de riscos de acidente.

2.2 Normas DE guia para gerenciamento de riscosNas atividades industriais existem vrios perigos que podem trazer danos aos colaboradores e, tambm, aos bens materiais. Devido a isto importante realizar um gerenciamento destes perigos. Segundo Cicco e Fantazzini (1985), o gerenciamento de risco uma cincia que visa proteo dos recursos humanos, materiais e financeiros de uma empresa, o qual possibilita eliminar ou mitigar os riscos existentes. Para Cardella (1999), a gesto de riscos um conjunto de instrumentos que a organizao utiliza para planejar, operar e controlar suas atividades, onde estes instrumentos podem ser: objetivos, estratgias, metodologia, programas, entre outros.

Existem vrios guias para gesto de riscos ocupacionais e segundo Lapa (2006), os principais so:

Guia britnico BS 8800:1996 Guide to occupational health and safety management systems;

Norma OHSAS 18001:1999 Occupational health and safety management systems Specification;

Norma OHSAS 18002:2000 Occupational health and safety management systems Guidelines for the implementation of OHSAS 18001;

ILO OSH 2001 Guidelines on occupational safety and Health Management System;

Norma experimental espanhola UNE 81905 EX: 1997 Prevencin de riesgos laborales Guia para la implementatin de um sistema de gestion de la prevencin de riesgos laborales.

Estes modelos citados possuem em comum o ciclo PDCA (Plan Planejar / Do Executar / Check Controlar / Act Agir corretivamente), o qual comea pelo planejamento, em seguida a execuo das aes planejadas, aps checa-se se o que foi feito estava de acordo com o planejado, constantemente e repetidamente, e toma-se uma ao para eliminar ou ao menos mitigar defeitos na execuo.2.2.1 BS 8800:1996A BS 8800:1996 (British Standard Institution) uma norma britnica, a qual serve de guia ajudando as organizaes a desenvolverem uma abordagem do gerenciamento de Segurana e Sade Ocupacional (SSO), permitindo uma segurana maior para os empregados cuja sade e segurana pode ser afetada pelas atividades da organizao.

Segundo este guia os seguintes critrios so necessrios para as organizaes executarem uma avaliao de risco eficaz:

Classificar as atividades de trabalho: preparar uma lista das atividades de trabalho de todas as reas da empresa;

Identificar os perigos: identificar todos os perigos significativos relacionados com cada atividade de trabalho;

Determinar o risco: fazer uma estimativa subjetiva do risco associado com cada perigo, assumindo que os controles planejados ou existentes esto apostos. Os avaliadores devem tambm considerar a eficcia dos controles e as consequncias de suas falhas. Neste item o guia recomenda que a determinao deva levar em conta a gravidade potencial de perigo e da probabilidade que este venha a ocorrer.

Decidir se o risco tolervel: julgar se as precaues existentes ou planejadas de SSO (se houver) so suficientes para manter os perigos sob controle e se atendem a requisitos legais;

Preparar um plano de ao de controle de risco: preparar um plano para os perigos listados que requeiram ateno;

Revisar a eficincia do plano de ao: reavaliar os riscos com base nos controles revisados e verificar se os riscos so tolerveis.

2.2.2 OHSAS 18001:1999A norma OHSA 18001:1999 (Srie de Especificaes para Avaliao da Sade e da Segurana) um guia de padres que devem ser seguidos com relao sade ocupacional e segurana do trabalho, sendo a gesto destes avaliados e certificados. Esta norma, segundo ela, aplicvel a qualquer organizao que deseja:

Estabelecer um sistema de gesto para o SSO (Segurana e Sade Ocupacional) com o objetivo de minimizar ou eliminar os riscos.

Implementar, manter e melhorar continuamente o sistema de gesto da SSO.

Demonstrar conformidades a quem possa interessar.

Obter certificao ou registros de seu sistema de gesto da SSO.

A organizao deve estabelecer e manter procedimentos para a identificao contnua dos perigos, avaliando os riscos e implementando medidas de controle necessrias. Devem ser considerados:

Atividades rotineiras e no rotineiras;

Atividade de todo pessoal que possui acesso ao ambiente de trabalho (incluindo contratados e visitantes);

Infraestrutura disponvel no ambiente de trabalho, fornecidas pela organizao ou no.

A metodologia para identificao dos perigos e avaliao dos riscos deve:

Ser definida considerando o escopo, natureza e planejamento da organizao;

Fornecer a classificao e identificao dos riscos que devem ser eliminados ou controlados.2.3 Anlise PRELIMINAR de riscoA antecipao de uma possvel falha e preveno que falhas j ocorridas aconteam novamente pode ser feita atravs de uma anlise preliminar de risco (APR), reduzindo ou minimizando a possibilidade de um acidente ou dano. Segundo a NR 4 de competncia dos profissionais do SESMT aplicar os conhecimentos de engenharia de segurana e medicina do trabalho ao ambiente de trabalho com o objetivo de reduzir ou eliminar os riscos existentes.

A APR, conforme defende Belasco (2011), pode possuir vrios graus de refinamento, levando em considerao os processos organizacionais, complexidade e custos para a empresa. Nos subitens a seguir podem ser visualizados tipos de anlises de riscos.Segundo Cardella (1999), a APR uma tcnica de identificao de perigos e anlise de riscos, onde identificam-se eventos perigosos, causas e consequncias. Esta anlise leva o termo preliminar devido a ser a primeira abordagem do objetivo de estudo. Esta metodologia pode ser aplicada para rea, sistema, procedimento, projeto ou atividade.

Para De Cicco e Fantazzini (1994), a APR trata-se de uma especial importncia nos casos em que se possuem poucas informaes sobre o sistema a ser analisado, seja por sua caracterstica de inovao ou pioneirismo. Esta anlise , normalmente, uma reviso superficial de problemas gerais de segurana, havendo poucos detalhes.

De acordo com Cardella (1999) a metodologia de APR deve seguir os seguintes pontos:

a. Descrever o objetivo de estudo, abrindo o processo em diagrama de funes para se analisar cada fase;

b. Selecionar um elemento do objetivo;

c. Selecionar um evento perigoso ou indesejvel;

d. Identificar as causas possveis do evento;

e. Identificar as consequncias;

f. Estabelecer medidas de controle de risco;

g. Repetir o processo para outros eventos perigosos;

h. Selecionar outro elemento do objetivo e repetir o processo.2.3.1 Anlise Qualitativa

De acordo com a Norma AS/NZS 4360:2004 a anlise qualitativa utilizam de termos/palavras para mensurar a intensidade de um determinado risco e a probabilidade deste ocorrer. Segundo a norma AS/NZS 4360:2004, a anlise qualitativa frequentemente utilizada:

Em fases iniciais de processos, identificando os riscos envolvidos que possuem um maior nvel de criticidade;

Quando no h necessidade de um detalhado de anlise;

Quando no houver dados suficientes para anlises quantitativas.

No Quadro 1 pode ser verificado um exemplo de escala qualitativa de consequncias de riscos.Quadro 1 - Avaliao de consequncias.CategoriaDenominaoDescrio / Caracterstica

1Ligeiramente danosoDanos leves ou insignificantes; pequenas leses, irritaes, dor de cabea, desconforto.

2DanosoLeses de gravidade moderada; queimaduras, fraturas menores, surdez, leses musculares.

3Extremamente danosoMorte ou leso grave; amputao, fraturas maiores, intoxicaes, doenas crnicas.

Fonte: adaptado de Morgado, 2000.

No Quadro 2 pode ser verificado um exemplo de escala qualitativa de probabilidade.Quadro 2 - Avaliao de probabilidade.

CategoriaDenominaoDescrio

AImprovvelEvento raro / no esperado

BProvvelEvento esperado / relativa facilidade

CFrequenteEvento esperado / alta facilidade

Fonte: adaptado de Morgado, 2000.

Aps as definies de probabilidades e consequncias dos riscos, possvel criar uma matriz de anlise qualitativa de risco, a qual poder auxiliar uma tomada de deciso de ao, conforme preconiza a norma BS 8800:1996. No Quadro 3 pode-se verificar um exemplo desta matriz.Quadro 3 - Matriz de probabilidade e consequncias.

Consequncias

ProbabilidadesLigeiramente danosoDanosoExtremamente danoso

ImprovvelTrivialTolervelModerado

ProvvelTolervelModeradoSubstancial

FrequenteModeradoSubstancialIntolervel

Fonte: adaptado da norma BS 8800, 1996.

Segue definies da Matriz pela norma BS 8800:1996. Trivial: Risco baixo, no requer medidas especficas.

Tolervel: Risco baixo, no requer medidas especficas, porm devem ser monitoradas.

Moderado: Risco moderado, deve-se tomar medidas para reduzir o risco num perodo determinado.

Substancial: Risco alto, o trabalho deve ser interditado at que se reduza o risco.

Intolervel: Risco extremamente alto, o trabalho deve ser imediatamente interditado at que se reduza o risco.Estas definies podem variar conforme a necessidade da empresa onde est sendo estudados os riscos, ou o grau de segurana exigido.2.3.2 Anlise Quantitativa

Segundo a Norma AS/NZS 4360:2004 a anlise quantitativa aquela que utiliza valores numricos para representar as consequncias e as probabilidades. As fontes utilizadas podem ser variadas, tais como: registros anteriores; experincias pertinentes; prtica e experincia do setor da empresa; publicaes pertinentes; opinio de especialistas; benchmarking com outras empresas; entre outros. Quanto maior a preciso dos resultados maior ser a qualidade da anlise.

Segundo Duarte (2005) para que a empresa tenha dados para fazer uma boa implantao de anlise quantitativa deve-se:

Implantar uma abordagem preliminar descrita anteriormente;

Ter um banco de dados;

Adotar indicadores de perdas operacionais para facilitar o acompanhamento da evoluo dessas perdas;

Desenvolver uma metodologia para o clculo do nvel de proviso econmica e do capital econmico para perdas operacionais.2.4 Tcnicas de anlise de perigos e riscosPara realizar anlises de perigos e riscos podem-se utilizar tcnicas j existentes para isto. Nos subitens a seguir podem-se verificar algumas dessas tcnicas.2.4.1 Estudos de identificao de perigos e operabilidade (HAZOP)Segundo Cardella (1999) o mtodo HAZOP (Hazard and Operability Studies) uma tcnica de identificao de perigos e operabilidade que consiste em detectar desvios de variveis de processo em relao a padres definidos. As variveis de processo podem ser: vazo, presso, temperatura, viscosidade, composio e componentes. Um desvio das variveis consideradas perigosas promotor de uma capacidade agressiva.

Esta metodologia utiliza palavras guias que facilitam a deteco de desvios. Elas podem ser: nenhum, reverso, mais, menos, componentes a mais, mudana na composio e outras condies operacionais.

De acordo com Cardella (1999) a metodologia HAZOP pode ser aplicada em processos contnuos e em processos descontnuos (bateladas), onde para o primeiro o fluxograma requisito essencial e para o segundo o requisito principal o procedimento escrito na forma apropriada.

2.4.1.1 Processos contnuos

Para processos contnuos Cardella (1999) sugere a seguinte aplicao:

a. Selecionar uma linha de processos;

b. Imaginar a linha operando nas condies normais;

c. Selecionar uma varivel de processo (ex.: presso) aplicando a palavra guia (ex.: mais); Identificar desvios (ex.: vazo maior). Vale ressaltar que apenas os desvios considerados perigosos devem ser selecionados;

d. Determinar a causa do desvio;

e. Avaliar qualitativamente as consequncias dos desvios perigosos;

f. Verificar se h meio do operador verificar o desvio;

g. Estabelecer medida de controle de risco e de emergncia;

h. Selecionar outra varivel de processo e repetir os passos sugeridos acima.2.4.1.2 Processos descontnuos

Para processos descontnuos Cardella (1999) sugere a seguinte aplicao:

a. Selecionar um passo da operao descontnua;

b. Aplicar a palavra guia ao passo selecionado para detectar desvios, verificando se os desvios identificados so perigosos;

c. Avaliar qualitativamente as consequncias dos desvios perigosos;

d. Verificar se h meio do operador verificar o desvio;

e. Estabelecer medida de controle de risco e de emergncia;

f. Selecionar um segundo passo do procedimento e repetir os passos da anlise.

O Quadro 4 traz um modelo de formulrio para execuo do HAZOP.Quadro 4 - Modelo de formulrio para execuo do HAZOP.

HAZOP: Identificao de Perigos e Operabilidade

Objetivo da anlise: Sistema de aquecimento de reatorrgoFolha

Executado por:NmeroData

Varivel / palavra guiaDesvioCausaConsequnciasMedidas de controle de risco e de emergncia

Presso / ElevadaElevado nvel de pressoOscilao de presso da linhaSuperaquecimento com possibilidade de rompimento do reator1. Instalar alarme de vazo elevada.

2. Instalar vlvula reguladora de fluxo.

3. Instalar vlvula de segurana.

Fonte: adaptado de Cardella, 1999.2.4.2 Anlise dos Modos de Falha e Efeitos (AMFE)A AMFE, segundo Cardella (1999), uma tcnica de anlise de riscos que consiste em identificar os modos de falha de componentes de um sistema, os efeitos e consequncias dessas falhas para o sistema e meio ambiente.

Segundo Belasco (2011), a tcnica AMFE permite analisar como podem falhar os componentes de um equipamento ou sistema, estimar taxas de falha, determinar os efeitos que podero advir e, consequentemente, estabelecer as mudanas que podero ser feitas para reduzir a possibilidade de desvio. Segundo este autor, os principais objetivos desta anlise so:

Reviso sistemtica dos modos de falha de um componente, para garantir danos mnimos ao sistema;

Determinao dos efeitos que tais falhas tero em outros componentes do sistema;

Determinao dos componentes cujas falhas teriam efeito crtico na operao do sistema;

Clculo das probabilidades de falhas de montagens, subsistemas e sistemas, a partir das probabilidades individuais de falha de seus componentes;

Determinao de como podem ser reduzidas as probabilidades de falha de componentes, montagens e subsistemas, atravs do uso de componentes com confiabilidade alta, redundncias no projeto, ou ambos.

Segundo Cardella (1999), deve-se seguir os seguintes passos:

a. Selecionar um sistema (ex.: motor de carro);

b. Dividir o sistema em componentes (ex.: gua de refrigerao, vela, gasolina);

c. Descrever as funes dos componentes (refrigerar o motor, dar fasca para combusto, combustvel);

d. Aplicar a lista de modos de falha aos componentes, verificando as possveis falhas (ex.: falta de gua no sistema);

e. Verificar os efeitos das falhas do sistema, o ambiente e o prprio componente (ex.: superaquecimento do motor);

f. Verificar se h como identificar se est ocorrendo a falha ou se j ocorreu;

g. Estabelecer medida de controle de risco e de controle de emergncia.

Atravs do Quadro 5 pode-se verificar o modelo AMFE apresentada por Cardella (1999).Quadro 5 - Modelo de formulrio para execuo do AMFE.

AMFE: Anlise dos Modos de Falha e Efeitos

Objetivo da anlise:rgoFolha

Executado por:NmeroData

ComponenteModo de falhaEfeitosMtodo de detecoMedidas de controle de risco e de emergncia

Em outros componentesNo sistema

gua de refrigeraoNo realizao da refrigerao do motorNenhumSuperaquecimento do motorVisual, observando a elevao da temperatura no painel1. Verificar constantemente o nvel de gua.

2. Utilizar gua apropriada para refrigerao.

3. Desligar o motor quando elevar temperatura.

Fonte: adaptado de Cardella, 1999.2.4.3 Anlise por rvore de Falhas (AAF)De acordo com Cardella (1999), a AAF uma tcnica de identificao de perigos e anlise de riscos que parte de um Evento Topo, o qual escolhido para estabelecer uma combinao de falhas e condies que poderiam causar a ocorrncia desse evento.

Segundo Belasco (2011), o princpio bsico do mtodo de AAF o acompanhamento lgico e sistemtico das diversas falhas que podem resultar em acidente. Para realizao de uma AAF importante que o analista possua grandes conhecimentos sobre o sistema de operao da planta e sobre os vrios modos de falha de cada equipamento. Este um modelo grfico que apresenta vrias combinaes de defeitos e falhas de equipamentos, bem como erros de operao, que podem resultar em uma falha maior ou acidente. Este mtodo , na verdade, uma tcnica de "pensamento-reverso", ou seja, o analista comea com um acidente indesejvel que deve ser evitado e identifica as causas imediatas do evento. Desta forma, cada uma das causas imediatas examinada at que o analista tenha identificado causa raiz.

a. Selecionar o evento indesejvel, ou falha (evento topo);

b. Revisar todos os fatores que podem gerar uma falha que pode contribuir para uma ocorrncia de evento indesejado.

c. Preparar uma rvore, atravs da diagramao dos eventos contribuintes e falhas, de maneira sistemtica, de forma que mostre o inter-relacionamento entre os mesmos e em relao ao evento topo;

d. Determinar a probabilidade de falha de cada componente, ou a probabilidade de ocorrncia de cada condio ou evento, presentes na equao simplificada. Os dados podem ser obtidos de tabelas de fabricantes, experincias anteriores, dados experimentais, entre outras fontes.

e. As probabilidades devem ser aplicadas expresso simplificada, resultando na probabilidade de ocorrncia do evento indesejvel investigado.2.5 reas classificadas (atmosferas explosivas)Segundo a NBR IEC 60079, devem ser adotadas medidas de proteo onde quantidades e concentraes perigosas de vapores ou gases inflamveis podem ocorrer, com o objetivo de reduzir o risco de exploses. Esta norma define os critrios essenciais nos quais o risco de ignio deve ser avaliado e tambm se refere classificao das reas onde pode ocorrer a presena de gases ou vapores inflamveis ou nvoas perigosas.2.5.1 DefiniesPara um melhor entendimento do assunto abordado neste item importante explicar algumas terminologias utilizadas, devido a isto alguns conceitos bsicos so apresentados neste item, conforme constam na NBR IEC 60079.

Atmosfera explosiva: mistura com ar, sob condies atmosfricas, de substncias inflamveis na forma de gs, vapor, poeira, fibras ou partculas suspensas, na qual, aps ignio permite auto-sustentao de propagao da chama.

Lquidos inflamveis: toda substncia que possua ponto de fulgor inferior a 70C e presso de vapor que no exceda 2,8 kg/cm absoluta a 37,7C (NR N20).

Ponto de fulgor: menor temperatura na qual, em determinadas condies, um lquido libera vapor em quantidade suficiente para ser capaz de formar uma mistura inflamvel.

rea classificada: rea na qual uma atmosfera explosiva gasosa est presente ou esperada para estar presente em quantidades tais que requeiram precaues especiais para a construo, instalao e utilizao de equipamentos.

rea no classificada: rea na qual uma atmosfera explosiva gasosa no esperada para estar presente em quantidades tais que requeiram precaues especiais para a construo, instalao e utilizao de equipamentos.

Temperatura de ignio de uma atmosfera explosiva gasosa: menor temperatura de uma superfcie aquecida, a qual, sob condies especificas, provoca a ignio de uma substncia inflamvel na forma de uma mistura de gs ou vapor com o ar.

Zonas: reas classificadas divididas baseadas na frequncia da ocorrncia e durao de uma atmosfera explosiva gasosa.2.5.2 Classificao de reas

A classificao de reas, segundo a NBR IEC 60079, um mtodo de anlise e classificao do ambiente onde uma atmosfera explosiva gasosa possa ocorrer, a qual tem o objetivo de facilitar a seleo e instalao de equipamentos a serem utilizados com segurana em tais ambientes. Esta classificao leva em considerao as caractersticas de ignio dos gases ou vapores, tais como energia de ignio e a temperatura de ignio.

A probabilidade de presena de uma atmosfera explosiva gasosa depende principalmente do grau da fonte de risco e da ventilao. Isto identificado como uma zona, a qual pode ser classificada como: zona 0, zona 1, zona 2 e reas no classificadas (NBR IEC 60079).

Zona 0: rea na qual uma atmosfera explosiva gasosa est presente continuamente ou por longos perodos ou frequentemente

Zona 1: rea na qual uma atmosfera explosiva gasosa provvel de ocorrer em condies normais de operao ocasionalmente

Zona 2: rea na qual uma atmosfera explosiva gasosa no provvel de ocorrer em condies normais de operao, mas, se ocorrer, ir persistir somente por um curto perodo3 metodologia de pesquisa

Para o trabalho em questo utilizou-se uma metodologia proposta por Lapa (2006), o qual baseou-se principalmente nas normas OHSAS 18001:1999 e BS 8800:1996, e em experincia adquirida pelo mesmo em implantaes desta norma em empresas brasileiras.3.1 Matriz de gerenciamento

Primeiramente, com o objetivo de criar um mapa dos perigos da seo em estudo criou-se uma matriz gerencial, uma vez que ela facilita a identificao dos processos mais crticos atravs de uma simples visualizao dos indicadores dispostos nesta metodologia. Esta matriz identifica todas as atividades que so executadas na seo em estudo. A ilustrao do Quadro 6 mostra de forma genrica uma matriz de gerenciamento.Quadro 6 - Matriz de gerenciamento (genrica).

ProcessoTarefa/EtapaAtividade

Processo ATarefa 1Atividade 1

Atividade 2

Atividade 3

Tarefa 2Atividade 4

Processo BTarefa 3Atividade 5

Tarefa 4Atividade 6

Fonte: adaptado de Lapa, 2006.Neste primeiro momento listou-se todas as atividades executadas na rea em estudo, mesmo sendo uma atividade simples, pois a identificao dos perigos se daro em cima desta matriz, podendo as atividades que no possuem risco, aps sua anlise, ser eliminadas do gerenciamento de riscos. Estes dados foram adquiridos atravs de estudos do Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA) da empresa, observao direta das atividades realizadas pelos colaboradores, entrevistas informais com o analista de mtodos e processos e supervisor da seo.3.2 Identificao dos perigos

Aps a criao da matriz gerencial realizou-se a identificao dos perigos. A identificao dos perigos existentes em cada atividade foi realizada atravs do conhecimento do autor, entrevistas informais com os engenheiros e tcnicos de segurana do trabalho, com os colaboradores, com o mdico do trabalho, com o analista de mtodos e processos e com o supervisor da seo. Esta identificao de perigos dividida em duas partes: Descrio do perigo e Circunstncia do perigo. O primeiro mostra o perigo existente na atividade de forma genrica. J o segundo especifica em qual circunstncia o perigo pode causar um acidente.

Aps identificao de todos os perigos e das circunstncias que o mesmo pode causar um acidente foi realizado a caracterizao do acidente, ou seja, descreveu-se a consequncia potencial causada pelo acidente ou doena. Na sequncia verificou-se quais as medidas de controle que existem para mitigar os efeitos de um possvel acidente. As medidas de controle foram dividas em quatro: administrativa; proteo coletiva; proteo individual e; capacitao. Estes foram definidos da seguinte forma:

Medidas de controle administrativa (MCA): so medidas/procedimentos usados para reduzir as possibilidades de acidente.

Medidas de controle coletiva (MCC): so os equipamentos de proteo coletivos.

Medidas de controle individual (MCI): so os equipamentos de proteo individuais.

Medidas de controle especial (MCE): so os treinamentos dados para os colaboradores.3.3 Avaliao dos riscos

A avaliao dos riscos da metodologia abordada por Lapa (2006) qualitativa, porm esta realizada relacionando a probabilidade e efeito, onde transforma-se esta relao em uma escala de atributos numricos.3.3.1 Classificao dos riscos

Aps a identificao dos perigos foi realizado a classificao dos riscos, ou seja, se o mesmo qumico, fsico, biolgico, ergonmico ou acidente.3.3.2 Probabilidade

Para a avaliao da probabilidade considerou-se trs aspectos:

Frequncia (F): avalia o quanto as pessoas esto expostas situao perigosa;

Controle (C): avalia a eficcia dos meios de controle da situao perigosa;

Deteco (D): avalia a facilidade de reconhecimento da situao perigosa.

A avaliao destes atributos deve respeitar uma tabela de dados que parametrizam os valores de probabilidade. Esta representao pode ser observada no Quadro 7.Quadro 7 - Parmetros de avaliao da probabilidade.

Frequncia (F)

OcasionalFrequenteContnua

123

Quando a frequncia de exposio e/ou durao da exposio for espordica ou eventual.Quando a frequncia de exposio for sistemtica, mas no contnua, com intervalos sem exposio entre jornadas de trabalho.Quando a exposio ocorre de maneira contnua ou rotineira.

Controle (C)

EficazPrecrioInexistente

123

Quando existir algum dispositivo que garanta mesmo em uma distrao a no ocorrncia de leso doena ou dano.Quando exisitir algum dispositivo que possa evitar ou atenuar a leso, doena ou dano, mas que ainda dependa de atitude ou ateno de quem executa, no bloqueando totalmente o risco.Quando no exisitir nenhum dispositivo que possibilite atenuar ou evitar a leso, doena ou dano.

Deteco (D)

FcilModeradaDifcil

123

Quando qualquer pessoa, sem treinamento especfico, ou conhecimento da atividade, capaz de identificar o perigo existente na atividade.Quando so possveis de serem identificados atravs de anlise realizada por pessoas com treinamentos especficos ou conhecimento da atividade.Quando o perigo identificado apenas de maneira reativa (aps acidentes ou incidentes) ou pelo uso de metodologias ou monitoramentos especficos.

Fonte: adaptado de Lapa, 2006.A soma destes trs resultados o valor da probabilidade que depois ser associado juntamente com o efeito obtendo a classificao da significncia do risco.3.3.3 EfeitoPara avaliao do efeito considerou-se os seguintes aspectos:

Severidade (S): avalia a gravidade do acidente;

Escala de abrangncia (EA): avalia a extenso do dano.

A avaliao destes atributos deve respeitar um quadro de dados, onde a soma destes dois resultados dar o valor do efeito. Este quadro pode ser observado a seguir.

Quadro 8 - Parmetros de avaliao de efeito.

Severidade (S)

BaixaMdiaAlta

135

Se a leso, doena ou dano for desprezvel, no exigindo nem atendimento de primeiros socorros, ou no mximo, leses superficiais, cortes e arranhes menores, irritao reversvel nos olhos, belisces eltricos, doenas com desconforto temporrio, infeces passageiras, irritaes e incmodos.Se a leso resultar em laceraes, queimaduras superficiais, fraturas menores, contuses e tores, dermatites, doenas com desabilidades no permantentes, e sem incapacitao para o trabalho, incluindo perdas auditivas no incapacitantes. Se houver potencial de haver amputaes, fraturas mltiplas, queimaduras generalizadas, envenenamento e leses incapacitantes ou fatais, surdez, cegueira, doenas agudas provocadas por exposio curta ou temporria a agente externo e inclusive morte.

Escala de abrangncia (EA)

IsoladaLimitadaAmpla

123

Se a leso ou doena decorrente limitada a apenas uma pessoa no exerccio das suas atividades.Se a leso ou doena pode abranger mais de uma pessoa e limitada a apenas clula em avaliao.Se a leso ou doena pode abranger, alm das pessoas na sua clula de trabalho, outras de clulas adjacentes ou pessoas que circulam no redor da seo ou extrapola os limites da rea ou mesmo da empresa.

Fonte: adaptado de Lapa, 2006.A soma destes dois resultados o valor do efeito que depois ser associado juntamente com a probabilidade obtendo a classificao da significncia do risco.

3.3.4 Classificao da significncia

Para determinar a classificao da significncia do risco leva em considerao a associao entre efeito e probabilidade. O produto destes dois valores da anlise qualitativa resulta em um nmero chamado de Grau de Risco (GR). Com o este resultado e o Quadro 9 pode se determinar a classificao da significncia do risco, podendo este ser trivial, tolervel, moderado, substancial, intolervel.Quadro 9 - Classificao da significncia do risco.

EfeitoProbabilidade

3456789

2681012141618

39121518212427

412162024283236

515202530354045

618243036424854

721283542495663

824324048566472

At 18 = Trivial

At 32 = Tolervel

At 42 = Moderado

At 60 = Substancial

Maior que 60 = Intolervel

Fonte: adaptado de Lapa, 2006.Com o valor da classificao da significncia do risco podemos definir a tolerabilidade do risco, a qual ajudar na determinao do nvel de ao necessrio para o risco em estudo. O Quadro 10 associa a significncia do risco com o nvel de ao.Quadro 10 - Classificao da tolerabilidade.

Significncia ou classe de riscoNvel de ao

TrivialManter controle atual

TolervelManter controle atual

ModeradoAvaliar possibilidade de aes de melhoria nos controles que possam reduzir o risco

SubstancialPrever investimento e identificar aes de melhorias nos controles que possam reduzir o risco

IntolervelAo imediata com execuo da atividade ou tarefa apenas aps avaliao e liberao da Segurana

Fonte: adaptado de Lapa, 2006.Aps realizado a identificao, classificao dos risco e classificao da significncia obteve-se um conjunto de dados que forma dispostos em uma planilha que facilitam a visualizao e se tenha um banco de dados de todos os riscos da seo em estudo. Esta pode ser visualizada no quadro a seguir.Quadro 11 - Planilha de identificao, classificao e anlise de risco (branco).

ProcessoTarefa/ EtapaAtividadeDescrio do perigoCircunstncias do perigoDescrio da consequnciaMCAMCCMCIMCECLASSEFCDPSEAEFGRSignificncia

Legenda

FFrequnciaCControleDDetecoPProbabilidadeSSeveridadeEAEscala de abrangnciaEFEfeitoGRGrau de risco

MCAMedida de controle administrativaMCCMedida de controle coletivaMCIMedida de controle individualMCEMedida de controle especial

Fonte: adaptado de Lapa, 2006.3.4 Indicador de risco

Com o intuito de haver um indicador para gerenciamento de risco em uma dimenso mais ampliada se criou o indicador de risco, a qual associada diretamente com a tolerabilidade. O indicador de risco dividido em dois indicadores, Escore de risco e Fator de risco.

Para se obter o Escore de risco (ER), primeiramente deve-se transformar a significncia do risco em escala numrica. Esta transformao pode ser feita atravs do Quadro 12.Quadro 12 - Significncia do risco.

Classe de risco

TrivialTolervelModeradoSubstancialIntolervel

110100100010000

Fonte: adaptado de Lapa, 2006.Primeiramente realiza-se a soma por significncia de risco e multiplica-se o total deste nmero pelo valor correspondente a escala numrica. Aps isto, soma-se todos estes valores obtendo o escore de risco atual (ER). A Equao 1, simplifica o clculo do ER.

(1)

Como a intenso passar todos os riscos para o nvel tolervel, pelo menos, cria-se um escore de risco padro (ERP), ou seja, um escore que passa todos os riscos listados para trivial ou tolervel, assim cria-se o escore de risco padro. A Equao 2, simplifica o clculo do ERP.

(2)

O Fator de risco (FR) obtido fazendo a diviso do escore de risco atual pelo escore de risco padro, conforme apresentado na Equao 3.

(3)

Com este fator possvel verificar se os riscos existentes esto fora do nvel tolervel definido. O nmero ideal para o FR 1, ou seja, todos os riscos esto definidos como triviais ou tolerveis.Para facilitar o entendimento das equaes apresentada a legenda das variveis no Quadro 13.

Quadro 13 - Legenda das equaes.

Escore de risco (atual do processo)

Escore de risco padro

Fator de risco

Significncia dos acidentes triviais em escala numrica

Nmero de acidentes triviais

Significncia dos acidentes tolerveis em escala numrica

Nmero de acidentes tolerveis

Significncia dos acidentes moderados em escala numrica

Nmero de acidentes moderados

Significncia dos acidentes substanciais em escala numrica

Nmero de acidentes substanciais

Significncia dos acidentes intolerveis em escala numrica

Nmero de acidentes intolerveis

Nmero de acidentes tolerveis, moderados, substanciais e intolerveis

Fonte: o autor, 2012.

Com estes dados pode-se criar uma tabela de resumo de indicadores de risco. Esta pode ser observada no Quadro 14.Quadro 14 - Tabela de indicadores de risco (branco).

ProcessoPerigos IdentificadosEscore de RiscoFator de Risco

TrivialTolervelModeradoSubstancialIntolervelTOTALEscore PadroEscore Atual

Fonte: adaptado de Lapa, 2006.4 ESTUDO DE CASO4.1 Apresentao da empresa em estudo

A empresa em estudo possui 72.000 m de rea construda e produz mais de 3.000 itens, apresentando em seu quadro cerca de 1.200 colaboradores, divididos em setores de administrao, comercial, industrial e de suporte tcnico, sendo estas reas ainda com algumas subdivises.

A rea industrial da empresa apresenta divises nos setores de aromas, sorvetes, condimentos e aditivos, agroindustrial e solues integradas.

A seo de aromas produz mais de 2.000 tipos de aromas diferentes, sendo essa diviso responsvel por grande parte do faturamento da empresa. A utilizao de tecnologias avanadas e qualificao de funcionrios permitem o desenvolvimento e qualidade dessa linha de produo.

A seo de sorvetes possui uma ampla linha de produtos para sorvetes como saborizantes, estabilizantes, emulsificantes, coberturas e substitutos de gordura. A indstria conta tambm, ainda na diviso de sorvetes, a seo de coberturas e a sorvetina, com mais de 150 sabores de p para produo de sorvetes.

Na seo de condimentos e aditivos so produzidos insumos para aplicao em derivados crneos, com propriedades de conservao, cor, textura e sabor aos produtos. A aplicao de condimentos e aditivos torna-se possvel padronizar os diferentes tipos de produtos.

Na seo agroindustrial so produzidos mix de frutas desidratadas e de vegetais, blends de sucos e extratos, como o malte e outros tipos.

As solues integradas incluem a produo de recheios, molhos, e concentrados para bebidas.

Fisicamente estas sees so divididas em oito grandes reas: Condimentos, Destilaria, Spray, Essncia, Flocos, Sorvetina, Cobertura e Nova Agro.

4.2 Apresentao da seo de estudo de caso

4.2.1 Seo Destilaria

Para este trabalho o foco do estudo foi apenas a rea produtiva da Destilaria (sem considerar trabalhos de manuteno), onde so produzidos produtos intermedirios para outras sees. Esta seo possui trs turnos de trabalho, com jornada de 8 horas de trabalho de segunda-feira sexta-feira. Um fluxo de processo macro pode ser observado na Figura 1.Figura 1 - Fluxo macro de processo.

Fonte: o autor, 2012.4.2.2 Classificao da Seo

Nesta seo so produzidos extratos, destilados e reaes, sendo utilizados solventes para realizar as extraes. Estes solventes quando utilizados em algumas tarefas especficas forma-se altas concentraes de gases, tornando a seo em uma rea classificada com atmosfera explosiva. A seo ento possui reas consideradas como Zona 0, Zona 1, Zona 2 e algumas reas no classificadas. As reas com Zona 0 so dentro de reatores, centrfugas e tanques. J as reas com Zona 1 so as reas ao redor destes equipamentos de processamento de produtos com estes solventes. As reas de Zona 2 so os corredores e reas mais afastadas dos equipamentos de processamento que utilizam tais solventes. As reas no classificadas so: sala de lavao, recepo de matria prima, locais onde realizam a moagem e sala de superviso. Estas divises podem ser melhor observadas nas Figuras 2 e 3.Figura 2 - Separao por zonas 1 pavimento.

rea no classificada

Zona 2

Zona 1

Zona 0

Fonte: o autor, 2012.Figura 3 - Separao por zonas 2 pavimento.

Parte do 1 pavimento.

Zona 1

Zona 0

Fonte: o autor, 2012.4.3 Estudo dos riscos da seo

4.3.1 Matriz de Gerenciamento

Em primeiro momento para o estudo da seo listou-se todas as atividades executadas, conforme metodologia definida. Estas atividades podem ser observadas no Quadro 15.Quadro 15 - Matriz de gerenciamento (atividades do processo em estudo).

ProcessoTarefa/EtapaAtividade

Fabricao de Extratos em reatores simplesAlimentao de ReatoresAdicionar manualmente matria-prima (sacaria 25kg)

Abrir sacaria com faca

Adicionar matria-prima entornando tambor (tambor 200kg)

Alimentar gua por mangueira no reator

Bombear solvente para o reator

Alimentao de gua quente para o reator

Adicionar cidos

Adicionar bases

Aquecimento do ReatorAquecer camisa com vapor

Resfriamento do ReatorResfriamento com gua ambiente

Fabricao de Extratos em reatores simplesAjuste de pHRetirar amostra

Medir pH em pHmetro

Coleta de amostraColetar amostra (boca do reator)

Coletar amostra (vlvula sada do reator)

Passar produto pela peneiraTransferir produto do reator para cuba passando por peneira

Aquecimento da guaAquecer gua com vapor em bombonas

Fabricao de destilados azeotrpicos - Reator C, T e EAlimentao de ReatoresBombear matria-prima para reator

Aquecimento do ReatorAquecer camisa com vapor

Ajustes de vapor e gua do condensadorAbrir/fechar vlvulas para regulagem de temperatura da sada de produto

Separao de fasesRealizar a separao de fases no separador

FiltraoFiltrar produto com auxiliar filtrante

Processo de separao de slidosCentrifugao - Centrfuga de pratos com descarte automticoTransferir produto de cuba para centrfuga

Centrifugar com alta rotao

Bombear produto filtrado (lquido para cuba ou bombona)

Centrifugao - Centrfuga de cestosTransferir produto quente do reator para centrfuga

Transferir produto de cuba para centrfuga

Centrifugar com alta rotao

Remover produto centrifugado (slidos)

Bombear produto filtrado (lquido para cuba ou bombona)

Filtrao (Laredo)Preparar soluo com auxiliar filtrante

Passar no filtro para formar a pr-capa

Passar produto pelo filtro

Bombear produto filtrado (lquido para cuba ou bombona)

Filtrao (Papel)Dobrar elemento filtrante

Filtrar produto

Filtrao (Cuno)Ajustar cartuchos filtrantes

Filtrar produto

Filtrao (filtro prensa)Fechar placas do filtro

Filtrar produto

Abrir e descarregar a torta

Envasar e pesar torta

Transporte de matria-primaTransporte de palet por transpaledeiraPuxar ou empurrar 1000kg em transpaleteira

Transporte de matria-prima por talha eltricaSubir/descer matria prima do andar superior

Fabricao de Extratos em reatores SoxletAlimentao de ReatoresAdicionar matria-prima entornando tambor (tambor 200kg)

Bombear solvente para o reator

Acoplamento de conexes e tampasPosicionar tampa e "cachimbo" de reatores com talha eltrica

Coleta de amostraColetar amostra (vlvula sada do reator)

Recuperao de solventeDestilar produto

Remoo da tampa do reatorRetirar parte superior do reator com auxlio de talha

Descarregamento do reatorEntornar reator para retirar a droga

Retirar a droga com auxlio de plataforma e vassoura

Retirar produtoTransferir produto para cuba

Processo de concentraoConcentrao no LuwaFormar vcuo

Aquecer equipamento

Bombear produto para tanque de alimentao

Concetrar o produto

Remover produto do balo

Remover destilado do balo

Concentrador superfcie delgadaFormar vcuo

Aquecer equipamento

Bombear produto para tanque de alimentao

Concetrar o produto

Transferir produto para cuba

Remover destilado

Fabricao de extratos em extratores cnicosAlimentao de ReatoresAbrir sacaria com faca

Adicionar manualmente matria-prima (sacaria 25kg)

Adicionar matria-prima entornando tambor (tambor 200kg)

Alimentar gua por mangueira para o reator

Bombear solvente para o reator

AquecimentoAquecer solvente por trocador de calor

Coleta de amostraColetar amostra (vlvula sada do reator)

Passar produto pela peneiraTransferir produto do reator para cuba passando por peneira

Abertura do tampo do extratorRemover presilhas do extrator

Posicionar funil de descarregamento

Abrir tampo do extrator

Descarregamento do residuoRetirar a droga com auxlio de plataforma e esptula

Envasar o resduo em bombonas de 200kg

MoagemMoinho NogueiraAbrir sacaria com faca

Alimentar moinho

Moer matria-prima

Recolher produto moido em sacaria

Moinho ManesmannAbrir sacaria com faca

Alimentar moinho

MoagemMoinho ManesmannMoer matria-prima

Recolher produto moido em sacaria

Moinho N1 - para madeiraAlimentar moinho com matria prima (madeira/raiz)

Alimentar moinho

Moer matria-prima

Recolher produto moido em sacaria/tambor

Moinho N2 - para cacauAbrir sacaria com faca

Alimentar moinho

Moer matria-prima

Recolher produto moido em sacaria

Moinho N3 - para ervasAbrir sacaria com faca

Alimentar moinho

Moer matria-prima

Recolher produto moido em sacaria

Moinho N4 - para pimentaAbrir sacaria com faca

Alimentar moinho

Moer matria-prima

Recolher produto moido em sacaria

PrensagemPrensagem de matria-primaAbrir sacaria com faca

Alimentar prensa

Retirar produto escoado

Retirar produto prensado

EmulsoPreparao da emulsoAbrir sacaria com faca

Alimentar emulsor com sacaria

Emulsionar produtos

DescasqueDescasque de frutasPegar fruta e ajustar no descascador

Ligar descascador

Destilao (Shot)Destilao em colunasAbrir bombona de matria prima

Alimentar equipamento com bomba

Aquecer equipamento/produto

Remover resduo do balo

Remover destilado do balo

Padronizao de lotesPadronizao em cubasTransferir produto para cuba

Agitar produto com p

Padronizao em tanquesTransferir produto para tanque

Ligar agitador e manter em agitao

Transferir produto para embalagem adequada

EnvaseEnvasar produto em bombonas at 20kgPreparar embalagens

Pesar produto no peso determinado

Fechar embalagens

EnvaseEnvasar produto em sacaria at 25kgPreparar embalagens

Pesar produto no peso determinado

Fechar embalagens

Paletizar sacaria

Envasar produto em tambores de 200kgPreparar embalagens

Pesar produto no peso determinado

Deslocar tambores

Fechar embalagens

HigienizaoHigienizao de reatores com cama (tombamento)Passar gua aquecida para remoo das sujidades superficiais

Fechar reator com auxlio da talha e conectar conexes de gua e vapor

Abrir vapor direto por tempo determinado

Com gerador de espuma passar soluo detergente no equipamento

Enxaguar equipamento

Passar vapor no equipamento para desinfeco

Higienizao de reatores comunsPassar gua aquecida para remoo das sujidades superficiais

Com gerador de espuma passar soluo detergente no equipamento

Enxaguar equipamento

Passar vapor no equipamento para desinfeco

Diluio de detergentes/sanitizantesAdicionar quantidade necessria de gua

Adicionar quantidade necessria de detergente/sanitizante

Higienizao de utensliosPassar gua para remoo das sujidades superficiais

Com gerador de espuma passar soluo detergente nos utenslios

Enxaguar utenslios

Passar soluo sanitizante

Higienizao de centrfugasPassar gua aquecida para remoo das sujidades superficiais

Fazer CIP com soluo detergente

Passar gua aquecida para remoo da soluo detergente

Passar soluo sanitizante

Higienizao dos concentradoresPassar gua aquecida para remoo das sujidades superficiais

Fazer CIP com soluo detergente

Passar gua aquecida para remoo da soluo detergente

Fazer CIP com soluo sanitizante

HigienizaoHigienizao dos moinhosPassar gua aquecida para remoo das sujidades superficiais

Passar soluo detergente no equipamento

Enxaguar equipamento

Higienizao da prensaPassar gua para remoo das sujidades superficiais

Com gerador de espuma passar soluo detergente nos utenslios

Enxaguar equipamento

Passar soluo sanitizante

Higienizao de extratores cnicosCom vassoura remover resduos das paredes e fundo do reator

Enxaguar todo equipamento

Fechar extrator com presilhas

Passar gua aquecida para remoo das sujidades superficiais

Com gerador de espuma passar soluo detergente no equipamento

Realizar CIP em bombas, condensador e tubulaes

Enxaguar equipamento

Passar vapor no equipamento para desinfeco

Polimento de leo em cmaraRemoo do Palet da cmara fria (-18C)Permanncia na cmara fria (-18C)

Retirar palet com empilhadeira

Transporte at cmara (5C)

Polimento em cmara (5C)Elevao do palet

Permanncia na cmara fria (5C)

Suco do produto por tubulao

Separao das fazes por tubulao (diferena de gravidade)

Filtrao com peneira

Envase

Fonte: o autor, 2012.4.3.2 Identificao, Classificao e Anlise dos riscos

Aps a criao da matriz gerencial realizou-se a identificao dos perigos, a classificao e a anlise dos riscos. Estas podem ser observadas no Quadro 16, seguindo a metodologia apresentada no item 3 deste trabalho.

Quadro 16 - Planilha de identificao, classificao e anlise de risco (estudo de caso).

ProcessoTarefa/EtapaAtividadeDescrio do perigoCircunstncias do perigoDescrio da consequnciaMCAMCCMCIMCECLASSEFCDPSEAEFGRSignificncia

Fabricao de Extratos em reatores simplesAlimentao de ReatoresAdicionar manualmente matria-prima (sacaria 25kg)Excesso de pesoElevao de sacaria at boca do reatorDores muscularesGinstica Laboral (2 vezes por turno)Ergonmico222631424Tolervel

Abrir sacaria com facaCorte mo/antebraoAo realizar o corte da sacaria com a facaFerimento/LesoAcidente231631424Tolervel

Adicionar matria-prima entornando tambor (tambor 200kg)Excesso de pesoElevao de tambor para a alimentao do reatorDores muscularesGinstica Laboral (2 vezes por turno)Ergonmico232731428Tolervel

Tambor cair no p e pernaEscorregar tambor da mo do operadorFraturaAcidente231632530Tolervel

Alimentao de gua quente para o reatorContato do produto com partes do corpoRespingar gua muito quente quando alimentar boca do reatorQueimadurasLuvasAcidente12141128Trivial

Adicionar cidosContato do produto com mosAo abrir recipiente com a matria-primaQueimadurasLuvasQumico122531420Tolervel

Contato direto com olhos e faceAo abrir recipiente com a matria-primaQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico122551630Tolervel

Adicionar basesContato do produto com mosAo abrir recipiente com a matria-primaQueimadurasLuvasQumico122531420Tolervel

Contato direto com olhos e faceAo abrir recipiente com a matria-primaQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico122551630Tolervel

Coleta de amostraColetar amostra (boca do reator)Contato do produto com mosRespingar produto quente ao retirar amostraQueimadurasLuvasAcidente221531420Tolervel

Coletar amostra (vlvula sada do reator)Contato do produto com mosRespingar produto quente ao retirar amostraQueimadurasLuvasAcidente221531420Tolervel

Aquecimento da guaAquecer gua com vapor em bombonasContato de vapor com partes do corpoEscapar a mangueira da bombonaQueimadurasLuvasAcidente121431416Trivial

Legenda

FFrequnciaCControleDDetecoPProbabilidadeSSeveridadeEAEscala de abrangnciaEFEfeitoGRGrau de risco

MCAMedida de controle administrativaMCCMedida de controle coletivaMCIMedida de controle individualMCEMedida de controle especial

Quadro 16 - Continuao planilha de identificao, classificao e anlise de risco (estudo de caso).

ProcessoTarefa/EtapaAtividadeDescrio do perigoCircunstncias do perigoDescrio da consequnciaMCAMCCMCIMCECLASSEFCDPSEAEFGRSignificncia

Fabricao de destilados azeotrpicos - Reator C, T e EAlimentao de ReatoresBombear matria-prima para reatorContato do produto com mosMangueira ou bomba com produto agressivoQueimadurasLuvasQumico222631424Tolervel

Contato direto com olhos e faceRespingar produto em olhos e faceQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico222631424Tolervel

Processo de separao de slidosCentrifugao - Centrfuga de cestosTransferir produto quente do reator para centrfugaContato de vapor com partes do corpoEscapar a mangueira presa na centrfugaQueimadurasLuvasAcidente321631424Tolervel

Centrifugar com alta rotaoExplosoGerao de gases inflamveis (motor no aprova de exploso)Queimaduras/Danos materiais/MorteBrigadistaEquipamentos de Combate a IncndioAcidente333952763Intolervel

Remover produto centrifugado (slidos)M posio ergonmicaRemoo repetitiva de slidos da centrfugaDores muscularesGinstica Laboral (2 vezes por turno)Ergonmico332831432Tolervel

Filtrao (filtro prensa)Fechar placas do filtroPrensagem de mo de terceirosAo realizar o fechamento do filtro um terceiro colocar a moAmputao/fratura graveCabo de emergnciaAcidente122532525Tolervel

Filtrar produtoExplosoGerao de gases inflamveisQueimaduras/Danos materiais/MorteBrigadistaEquipamentos de Combate a Incndio/ Equipamento a prova de explosoAcidente223752749Substancial

Transporte de matria-primaTransporte de palet por transpaledeiraPuxar ou empurrar 1000kg em transpaleteiraExcesso de pesoExcesso de esforo fsicoDores muscularesGinstica Laboral (2 vezes por turno)Ergonmico232731428Tolervel

Transporte de matria-prima por talha eltricaSubir/descer matria prima do andar superiorQueda de material em operadorCair material da talha quando este estiver suspensoFratura graveAcidente231632530Tolervel

Queda do cesto em operadorRompimento dos cabosAmputao/fratura grave/morteAcidente233852756Substancial

Legenda

FFrequnciaCControleDDetecoPProbabilidadeSSeveridadeEAEscala de abrangnciaEFEfeitoGRGrau de risco

MCAMedida de controle administrativaMCCMedida de controle coletivaMCIMedida de controle individualMCEMedida de controle especial

Quadro 16 - Continuao planilha de identificao, classificao e anlise de risco (estudo de caso).

ProcessoTarefa/EtapaAtividadeDescrio do perigoCircunstncias do perigoDescrio da consequnciaMCAMCCMCIMCECLASSEFCDPSEAEFGRSignificncia

Fabricao de Extratos em reatores SoxletAlimentao de ReatoresAdicionar matria-prima entornando tambor (tambor 200kg)Excesso de pesoElevao de tambor para a alimentao do reatorDores muscularesGinstica Laboral (2 vezes por turno)Ergonmico232731428Tolervel

Tambor cair no p e pernaEscorregar tambor da mo do operadorFraturaAcidente231632530Tolervel

Acoplamento de conexes e tampasPosicionar tampa e "cachimbo" de reatores com talha eltricaQueda da tampa em operadorRompimento dos cabosAmputao ou fratura graveAcidente133752749Substancial

Coleta de amostraColetar amostra (vlvula sada do reator)Contato do produto com mosRespingar produto quente ao retirar amostraQueimadurasLuvasAcidente221531420Tolervel

Remoo da tampa do reatorRetirar parte superior do reator com auxlio de talhaQueda da tampa em operadorRompimento dos cabosAmputao ou fratura graveAcidente133752749Substancial

Descarregamento do reatorEntornar reator para retirar a drogaQueda de material em operadorCair material do reator quando estiver retirando materialFerimento/LesoAcidente131512315Trivial

Queda de altura do operadorAo entornar o reator cria-se um vo sem barreirafratura grave/morteAcidente131552735Moderado

Retirar a droga com auxlio de plataforma e vassouraQueda de altura do operadorPlataforma de descarregamento aberta (s/ proteo)fratura grave/morteAcidente131552735Moderado

Fabricao de extratos em extratores cnicosAlimentao de ReatoresAbrir sacaria com facaCorte mo/antebraoAo realizar o corte da sacaria com a facaFerimento/LesoAcidente231631424Tolervel

Adicionar manualmente matria-prima (sacaria 25kg)Excesso de pesoElevao de sacaria at boca do reatorDores muscularesGinstica Laboral (2 vezes por turno)Ergonmico222631424Tolervel

Adicionar matria-prima entornando tambor (tambor 200kg)Excesso de pesoElevao de tambor para a alimentao do reatorDores muscularesGinstica Laboral (2 vezes por turno)Ergonmico232731428Tolervel

Tambor cair no p e pernaEscorregar tambor da mo do operadorFraturaAcidente231632530Tolervel

Legenda

FFrequnciaCControleDDetecoPProbabilidadeSSeveridadeEAEscala de abrangnciaEFEfeitoGRGrau de risco

MCAMedida de controle administrativaMCCMedida de controle coletivaMCIMedida de controle individualMCEMedida de controle especial

Quadro 16 - Continuao planilha de identificao, classificao e anlise de risco (estudo de caso).

ProcessoTarefa/EtapaAtividadeDescrio do perigoCircunstncias do perigoDescrio da consequnciaMCAMCCMCIMCECLASSEFCDPSEAEFGRSignificncia

Cont. Fabricao de extratos em extratores cnicosColeta de amostraColetar amostra (vlvula sada do reator)Contato do produto com mosRespingar produto quente ao retirar amostraQueimadurasLuvasAcidente221531420Tolervel

Abertura do tampo do extratorAbrir tampo do extratorQueda de material em operadorCair material do reator quando estiver retirando materialFerimento/LesoAcidente131512315Trivial

MoagemMoinho NogueiraAbrir sacaria com facaCorte mo/antebraoAo realizar o corte da sacaria com a facaFerimento/LesoAcidente231631424Tolervel

Alimentar moinhoEsmagamento da mo/dedos pelos martelos do moinhoAo alimentar moinho manualmenteAmputao ou fratura graveAcidente231631424Tolervel

Moer matria-primaExposio a rudoRudo elevadoPerda auditivaAbafadorFsico222632530Tolervel

Moinho ManesmannAbrir sacaria com facaCorte mo/antebraoAo realizar o corte da sacaria com a facaFerimento/LesoAcidente231631424Tolervel

Alimentar moinhoEsmagamento da mo/dedos pelos martelos do moinhoAo alimentar moinho manualmenteAmputao ou fratura graveAcidente231631424Tolervel

Moer matria-primaExposio a rudoRudo elevadoPerda auditivaAbafadorFsico222632530Tolervel

Moinho N1 - para madeiraAlimentar moinho com matria prima (madeira/raiz)Mordida de animal peonhentoHaver animais peonhentos na matria-primaFerimento/LesoBiolgico132611212Trivial

Alimentar moinhoEsmagamento da mo/dedos pelos martelos do moinhoAo alimentar moinho manualmenteAmputao ou fratura graveAcidente231631424Tolervel

Moer matria-primaExposio a rudoRudo elevadoPerda auditivaAbafadorFsico222632530Tolervel

Legenda

FFrequnciaCControleDDetecoPProbabilidadeSSeveridadeEAEscala de abrangnciaEFEfeitoGRGrau de risco

MCAMedida de controle administrativaMCCMedida de controle coletivaMCIMedida de controle individualMCEMedida de controle especial

Quadro 16 - Continuao planilha de identificao, classificao e anlise de risco (estudo de caso).

ProcessoTarefa/EtapaAtividadeDescrio do perigoCircunstncias do perigoDescrio da consequnciaMCAMCCMCIMCECLASSEFCDPSEAEFGRSignificncia

Cont. MoagemMoinho N2 - para cacauAbrir sacaria com facaCorte mo/antebraoAo realizar o corte da sacaria com a facaFerimento/LesoAcidente231631424Tolervel

Alimentar moinhoEsmagamento da mo/dedos pelos martelos do moinhoAo alimentar moinho manualmenteAmputao ou fratura graveAcidente231631424Tolervel

Moer matria-primaExposio a rudoRudo elevadoPerda auditivaAbafadorFsico222632530Tolervel

Moinho N3 - para ervasAbrir sacaria com facaCorte mo/antebraoAo realizar o corte da sacaria com a facaFerimento/LesoAcidente231631424Tolervel

Alimentar moinhoEsmagamento da mo/dedos pelos martelos do moinhoAo alimentar moinho manualmenteAmputao ou fratura graveAcidente231631424Tolervel

Moer matria-primaExposio a rudoRudo elevadoPerda auditivaAbafadorFsico222632530Tolervel

Moinho N4 - para pimentaAbrir sacaria com facaCorte mo/antebraoAo realizar o corte da sacaria com a facaFerimento/LesoAcidente231631424Tolervel

Alimentar moinhoEsmagamento da mo/dedos pelos martelos do moinhoAo alimentar moinho manualmenteAmputao ou fratura graveAcidente231631424Tolervel

Moer matria-primaExposio a rudoRudo elevadoPerda auditivaAbafadorFsico222632530Tolervel

PrensagemPrensagem de matria-primaAbrir sacaria com facaCorte mo/antebraoAo realizar o corte da sacaria com a facaFerimento/LesoAcidente231631424Tolervel

Alimentar prensaEsmagamento da mo/dedos pelos martelos do moinhoAo alimentar prensa manualmenteAmputao ou fratura graveAcidente231631424Tolervel

EmulsoPreparao da emulsoAbrir sacaria com facaCorte mo/antebraoAo realizar o corte da sacaria com a facaFerimento/LesoAcidente231631424Tolervel

Alimentar emulsor com sacariaEsforo fsicoElevao de sacaria acima do ombroDores muscularesGinstica Laboral (2 vezes por turno)Ergonmico222631424Tolervel

Emulsionar produtosExposio a rudoRudo elevadoPerda auditivaAbafadorFsico222632530Tolervel

Legenda

FFrequnciaCControleDDetecoPProbabilidadeSSeveridadeEAEscala de abrangnciaEFEfeitoGRGrau de risco

MCAMedida de controle administrativaMCCMedida de controle coletivaMCIMedida de controle individualMCEMedida de controle especial

Quadro 16 - Continuao planilha de identificao, classificao e anlise de risco (estudo de caso).

ProcessoTarefa/EtapaAtividadeDescrio do perigoCircunstncias do perigoDescrio da consequnciaMCAMCCMCIMCECLASSEFCDPSEAEFGRSignificncia

DescasqueDescasque de frutasPegar fruta e ajustar no descascadorPrensagem dos dedosAo prender fruta no descascadorFerimento/LesoAcidente131511210Trivial

Destilao (Shot)Destilao em colunasAlimentar equipamento com bombaContato do produto com mosMangueira ou bomba com produto agressivoQueimadurasLuvasQumico222631424Tolervel

Contato direto com olhos e faceRespingar produto em olhos e faceQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico222631424Tolervel

Remover resduo do baloContato do produto com mosContato com produto agressivoQueimadurasLuvasQumico222631424Tolervel

Contato direto com olhos e faceRespingar produto em olhos e faceQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico222631424Tolervel

EnvaseEnvasar produto em sacaria at 25kgPaletizar sacariaExcesso de pesoElevao de sacaria at paletDores muscularesGinstica Laboral (2 vezes por turno)Ergonmico122531420Tolervel

Envasar produto em tambores de 200kgDeslocar tamboresExcesso de pesoRotacionar tambor da balana para paletDores muscularesGinstica Laboral (2 vezes por turno)Ergonmico222631424Tolervel

HigienizaoHigienizao de reatores com cama (tombamento)Passar gua aquecida para remoo das sujidades superficiaisContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Fechar reator com auxlio da talha e conectar conexes de gua e vaporQueda da tampa em operadorRompimento dos cabosAmputao ou fratura graveAcidente133752749Substancial

Abrir vapor direto por tempo determinadoContato de vapor com partes do corpoContato do vapor que sai da boca do reatorQueimadurasAcidente231631424Tolervel

Com gerador de espuma passar soluo detergente no equipamentoContato direto com olhosRespingar soluo em olhosQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico222631424Tolervel

Legenda

FFrequnciaCControleDDetecoPProbabilidadeSSeveridadeEAEscala de abrangnciaEFEfeitoGRGrau de risco

MCAMedida de controle administrativaMCCMedida de controle coletivaMCIMedida de controle individualMCEMedida de controle especial

Quadro 16 - Continuao planilha de identificao, classificao e anlise de risco (estudo de caso).

ProcessoTarefa/EtapaAtividadeDescrio do perigoCircunstncias do perigoDescrio da consequnciaMCAMCCMCIMCECLASSEFCDPSEAEFGRSignificncia

Cont. HigieizaoCont. Higienizao de reatores com cama (tombamento)Enxaguar equipamentoContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Passar vapor no equipamento para desinfecoContato de vapor com partes do corpoContato do vapor que sai da boca do reatorQueimadurasAcidente231631424Tolervel

Higienizao de reatores comunsPassar gua aquecida para remoo das sujidades superficiaisContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Com gerador de espuma passar soluo detergente no equipamentoContato direto com olhosRespingar soluo em olhosQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico222631424Tolervel

Enxaguar equipamentoContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Passar vapor no equipamento para desinfecoContato de vapor com partes do corpoContato do vapor que sai da boca do reatorQueimadurasAcidente231631424Tolervel

Diluio de detergentes/sanitizantesAdicionar quantidade necessria de detergente/sanitizanteContato do produto com mosContato direto com produtoQueimadurasLuvasQumico222631424Tolervel

Contato direto com olhos e faceRespingar produto em olhos e faceQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico222631424Tolervel

Higienizao de utensliosCom gerador de espuma passar soluo detergente nos utensliosContato direto com olhosRespingar soluo em olhosQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico222631424Tolervel

Passar soluo sanitizanteContato direto com olhosRespingar soluo em olhosQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico222631424Tolervel

Legenda

FFrequnciaCControleDDetecoPProbabilidadeSSeveridadeEAEscala de abrangnciaEFEfeitoGRGrau de risco

MCAMedida de controle administrativaMCCMedida de controle coletivaMCIMedida de controle individualMCEMedida de controle especial

Quadro 16 - Continuao planilha de identificao, classificao e anlise de risco (estudo de caso).

ProcessoTarefa/EtapaAtividadeDescrio do perigoCircunstncias do perigoDescrio da consequnciaMCAMCCMCIMCECLASSEFCDPSEAEFGRSignificncia

Cont. HigieizaoHigienizao de centrfugasPassar gua aquecida para remoo das sujidades superficiaisContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Passar gua aquecida para remoo da soluo detergenteContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Higienizao dos concentradoresPassar gua aquecida para remoo das sujidades superficiaisContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Passar gua aquecida para remoo da soluo detergenteContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Higienizao dos moinhosPassar gua aquecida para remoo das sujidades superficiaisContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Enxaguar equipamentoContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Higienizao da prensaPassar gua para remoo das sujidades superficiaisContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Com gerador de espuma passar soluo detergente nos utensliosContato direto com olhosRespingar soluo em olhosQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico222631424Tolervel

Enxaguar equipamentoContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Passar soluo sanitizanteContato direto com olhosRespingar soluo em olhosQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico222631424Tolervel

Legenda

FFrequnciaCControleDDetecoPProbabilidadeSSeveridadeEAEscala de abrangnciaEFEfeitoGRGrau de risco

MCAMedida de controle administrativaMCCMedida de controle coletivaMCIMedida de controle individualMCEMedida de controle especial

Quadro 16 - Continuao planilha de identificao, classificao e anlise de risco (estudo de caso).

ProcessoTarefa/EtapaAtividadeDescrio do perigoCircunstncias do perigoDescrio da consequnciaMCAMCCMCIMCECLASSEFCDPSEAEFGRSignificncia

Cont. HigienizaoHigienizao de extratores cnicosEnxaguar todo equipamentoContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Passar gua aquecida para remoo das sujidades superficiaisContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Com gerador de espuma passar soluo detergente no equipamentoContato direto com olhosRespingar soluo em olhosQueimadurasLavador de olhosProtetor facialQumico222631424Tolervel

Enxaguar equipamentoContato com guaUmidadeGripe/tosseBotas/AventalFsico221511210Trivial

Passar vapor no equipamento para desinfecoContato de vapor com partes do corpoContato do vapor que sai da boca do reatorQueimadurasAcidente231631424Tolervel

Polimento de leo em cmaraRemoo do Palet da cmara fria (-18C)Permanncia na cmara fria (-18C)Temperatura extrema (baixa)Exposio em excessoDores intensas/HipotermiaIntervalos em reas c/ temp. ambienteCasacos/calas/ tocas/luvas/botasFsico122551630Tolervel

Temperatura extrema (baixa)Exposio em excessoInchao/perda de sensibilidadeIntervalos em reas c/ temp. ambienteCasacos/calas/ tocas/luvas/botasFsico12141128Trivial

Temperatura extrema (baixa)Exposio em excessoCongelamento/necroseIntervalos em reas c/ temp. ambienteCasacos/calas/ tocas/luvas/botasFsico122551630Tolervel

Polimento em cmara (5C)Permanncia na cmara fria (5C)Temperatura extrema (baixa)Exposio em excessoInchao/perda de sensibilidadeIntervalos em reas c/ temp. ambienteCasacos/calas/ tocas/luvas/botasFsico12141128Trivial

Suco do produto por tubulaoEngolir produtoDesatenoQueimadurasAcidente132611212Trivial

Legenda

FFrequnciaCControleDDetecoPProbabilidadeSSeveridadeEAEscala de abrangnciaEFEfeitoGRGrau de risco

MCAMedida de controle administrativaMCCMedida de controle coletivaMCIMedida de controle individualMCEMedida de controle especial

Fonte: o autor, 2012.4.3.3 Indicador de Risco

Conforme solicita a metodologia abordada neste trabalho, foi criada uma tabela resumindo todos os riscos encontrados na seo em estudo, onde se calculou o Fator de Risco para cada processo. Estes dados podem ser observados no Quadro 17.Quadro 17 - Planilha de indicadoo de risco.

ProcessoPerigos IdentificadosEscore de RiscoFator de Risco

TrivialToler-velMode-radoSubstan-cialIntole-rvelTOTALERPER

Fabricao de Extratos em reatores simples210000121021021,0

Fabricao de destilados azeotrpicos - Reator C, T e E02000220201,0

Processo de separao de slidos0301155011.030220,6

Transporte de matria-prima020103301.02034,0

Fabricao de Extratos em reatores Soxlet132208712.23131,4

Processo de concentrao000000001,0

Fabricao de extratos em extratores cnicos15000651511,0

Moagem117000181711711,0

Prensagem02000220201,0

Emulso03000330301,0

Descasque100001111,0

Destilao04000440401,0

Padronizao de lotes000000001,0

Envase02000220201,0

Higienizao1513010291551.1457,4

Polimento de leo em cmara32000523231,0

TOTAL246825110078415.90420,3

Fonte: o autor, 2012.4.4 Resultados e discusso

4.4.1 Resumo das consequncias dos riscos identificados

Atravs do Grfico 1 verificou-se a identificao de vrios riscos na seo em estudo, sendo que estes riscos causam vrias consequncias, sendo estas resumidas em um grfico para melhor visualizao. Grfico 1 - Resumo das consequncias dos riscos identificados.

Fonte: o autor, 2012.4.4.2 Riscos fora da tolerncia

Atravs do Quadro 18 pode-se verificar que existem quatro processos que possuem fator maior que 1, ou seja, riscos maiores que o tolerado pela metodologia. Devido a isto sugerimos possveis ajustes em processos, ou medidas de controle que minimizem o grau de risco destes processos.Quadro 18 - Tabela com os riscos maiores que o tolervel.

ProcessoTarefa/EtapaAtividade

aProcesso de separao de slidosCentrifugao - Centrfuga de cestosCentrifugar com alta rotao

Filtrao (filtro prensa)Filtrar produto

bTransporte de matria-primaTransporte de matria-prima por talha eltricaSubir/descer matria prima do andar superior

cFabricao de Extratos em reatores SoxletAcoplamento de conexes e tampasPosicionar tampa e "cachimbo" de reatores com talha eltrica

Remoo da tampa do reatorRetirar parte superior do reator com auxlio de talha

Descarregamento do reatorEntornar reator para retirar a droga

Retirar a droga com auxlio de plataforma e vassoura

dHigienizaoHigienizao de reatores com cama (tombamento)Fechar reator com auxlio da talha e conectar conexes de gua e vapor

Fonte: o autor, 2012.a. Processo de separao de slidos

Para este processo existem dois riscos em mquinas diferentes. Na Centrfuga de Cestos recomenda-se utilizar um motor e painel a prova de exploso, juntamente com um exaustor (a prova de exploso) a fim de retirar a concentrao de gases de risco.

No Filtro Prensa, recomenda-se a instalao de exaustores para a retirada dos gases concentrados, assim como para a Centrfuga de Cestos.

b. Transporte de matria-prima

Para este processo, o risco restringe-se ao transporte com talha eltrica, devido a isto para uma reduo dos riscos recomenda-se a instalao de alarmes sonoros e luminosos para que quando este seja utilizado os operadores fiquem em alerta. Tambm recomenda-se delimitar a rea onde este equipamento deve operar, sinalizando com correntes para que os operadores no invadam a rea do equipamento.

c. Fabricao de Extratos em reatores Soxlet

Para este processo quatro riscos, sendo que os dois primeiros so referentes talha, onde h o risco de rompimento dos cabos. Para este perigo recomenda-se fazer um procedimento e cronograma de reviso dos cabos da talha eltrica, afim de reduzir a possibilidade de ocorrncia deste.

Para os outros dois h o risco de queda de altura. Para isto deve-se colocar guarda-corpo nas duas situaes, fazendo com que o operador fique seguro.

d. Higienizao

Para este processo o risco semelhante aos dois primeiros do item c, desta forma pode-se adotar a mesma recomendao.5 CONCLUSO

Neste trabalho foi realizado um estudo de uma metodologia para analisar os riscos existentes em uma seo de uma empresa de alimentos. A metodologia utilizada se baseou em um trabalho de dissertao de mestrado, onde se tem como objetivo reduzir os riscos e gerenci-los. Com esta metodologia foi possvel atender os objetivos deste trabalho, obtendo um fluxo de processo, tarefas e atividades, o qual facilitou a visualizao de toda a seo estudada. De posse destes resultados foi possvel identificar todos os riscos existentes em cada atividade, sendo estes analisandos e classificandos.

Aps todos estes levantamentos foi possvel sugerir ideias que podem minimizar os riscos encontrados. Para os riscos mais significativos, talvez no se consiga eliminar completamente o risco, porm provvel que reduza a nveis aceitveis de tolerncia.

Este trabalho foi realizado em uma seo da empresa, na rea produtiva. Sugere-se que seja aplicada esta metodologia tambm para as manutenes que so realizadas na seo, as quais podem ter vrios riscos que no foram contemplados. Tambm esta metodologia pode ser aplicada em todas as outras sees da empresa, incluindo o setor administrativo e setor de manuteno.

Esta metodologia, aps completa implantao, pode ser administrada pela CIPA, sendo cada membro responsvel por uma rea, mapeando, controlando e identificando novos riscos. Desta forma consegue-se dar uma continuidade e reviso deste mapeamento de risco a cada troca de membros da CIPA.RefernciasAMORIN JNIOR, Irineu Gomes. Gerncia de Riscos Ocupacionais, Aspectos gerais: Apostila do Curso de Ps-Graduao em Engenharia de Segurana do Trabalho. PUC-PR. Curitiba, 2011.ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR IEC 60079: Atmosferas explosivas Parte 10-1: Classificao de reas. 2009.

ASSOCIACIN ESPALA DE NORMALIZACIN Y CERTIFICACIN, Prevencion de riesgos laborales. Guia para la implantacin de um sistema de gestion de la prevencin de riesgos laborales (S.G.P.R.L) UNE 81905 EX., Madrid 1997.AUSTRALIAN STANDARDS-NEW ZEALAND STANDARDS. AS-NZS 4360:2004 - Risk Management Guidelines. Austrlia & Nova Zelndia, 2004.

BELASCO, Fbio Gledson. Gerncia de Riscos, Tcnicas de Anlise de Riscos: Apostila do Curso de Ps-Graduao em Engenharia de Segurana do Trabalho. PUC-PR. Curitiba, 2011.BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. NR 4 Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho, 2009. Disponvel em: . Acesso em: 26 de agosto de 2012.BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. NR 5 Comisso Interna de Preveno de Acidentes, 2011. Disponvel em: . Acesso em: 26 de agosto de 2012.

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