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GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: ANÁLISE EM HOSPITAIS SITUADOS NA REGIÃO DO VALE DO RIO DOS SINOS Lissandra Andrea Tomaszewski (ILES/ULBRA) [email protected] Marilia Rodrigues (UFRGS) [email protected] Gustavo da Silva Rocha (UNISINOS) [email protected] Ricardo Brandao Mansilha (UNISINOS) [email protected] Este artigo apresenta um estudo relacionado ao gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, com ênfase nos resíduos sólidos hospitalares. Inicialmente, realizou-se uma pesquisa bibliográfica referente às normas e resoluções relacionadas ao tema em estudo. Em seguida, foram feitas entrevistas semiestruturadas em dois hospitais localizados na região do Vale do Rio dos Sinos. O objetivo deste trabalho foi apresentar a gestão dos resíduos sólidos hospitalares nestes hospitais, assim como verificar se os mesmo se encontram em conformidade com as normas exigidas. Concluiu-se que o hospital A possui um gerenciamento de acordo com as normas e há um planejamento para melhorias nesta área. O hospital B possui um gerenciamento deficitário, devido à falta de verbas. Palavras-chave: Resíduos Sólidos, hospitais, gerenciamento. XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: ANÁLISE EM …abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_212_256_28233.pdf · De acordo com a ABNT NBR 10.004/2004, os resíduos sólidos podem ser classificados

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GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS:

ANÁLISE EM HOSPITAIS SITUADOS NA

REGIÃO DO VALE DO RIO DOS SINOS

Lissandra Andrea Tomaszewski (ILES/ULBRA)

[email protected]

Marilia Rodrigues (UFRGS)

[email protected]

Gustavo da Silva Rocha (UNISINOS)

[email protected]

Ricardo Brandao Mansilha (UNISINOS)

[email protected]

Este artigo apresenta um estudo relacionado ao gerenciamento dos resíduos

sólidos urbanos, com ênfase nos resíduos sólidos hospitalares. Inicialmente,

realizou-se uma pesquisa bibliográfica referente às normas e resoluções

relacionadas ao tema em estudo. Em seguida, foram feitas entrevistas

semiestruturadas em dois hospitais localizados na região do Vale do Rio dos

Sinos. O objetivo deste trabalho foi apresentar a gestão dos resíduos sólidos

hospitalares nestes hospitais, assim como verificar se os mesmo se

encontram em conformidade com as normas exigidas. Concluiu-se que o

hospital A possui um gerenciamento de acordo com as normas e há um

planejamento para melhorias nesta área. O hospital B possui um

gerenciamento deficitário, devido à falta de verbas.

Palavras-chave: Resíduos Sólidos, hospitais, gerenciamento.

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1. Introdução

Existem diversos estudos relacionados aos problemas ambientais, principalmente à geração e

destinação dos resíduos (KARPINSK, et. al. 2009). Segundo a ABNT (Associação Brasileira

de Normas Técnicas), NBR (Norma Brasileira) 10.004 (2004) Resíduos Sólidos Urbanos

(RSU) são aqueles resíduos em estados sólidos e semissólidos que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços, de

varrição ou agrícola. No Brasil, a geração de RSU teve um aumento de 1,3% do ano de 2011

para 2012. Esse percentual é maior do que a taxa de crescimento populacional urbana que foi

de 0,9%, no mesmo período. “A comparação da quantidade total gerada e o total de resíduos

sólidos urbanos coletados, mostra que 6,2 milhões de toneladas de RSU deixaram de ser

coletados no ano de 2012 e, por consequência, tiveram destino impróprio” (ABRELPE, 2012,

p.28). A participação percentual das diversas regiões brasileiras no total de RSU coletado no

país em 2012 é apresentada na Figura 1.

Figura 1 - Participação das regiões do país no total de RSU coletado

Fonte: ABRELPE (2012, p. 29)

Dentro dos RSU há os Resíduos Sólidos da Saúde (RSS), que são resíduos gerados em

hospitais, postos de saúde, clinicas, entre outros. Conforme notícias da Folha de São Paulo,

Resíduos... (2011), 60% das empresas e órgãos públicos no Brasil que fazem a coleta de lixo

hospitalar não o destinam de acordo com as normas. Ademais, 41% dos municípios não o

tratam de forma adequada, simplesmente colocam em aterros sanitários, misturados com

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outros tipos de resíduos.

A fim de prevenir danos maiores à população e ao meio ambiente há a necessidade de

cumprimento de leis e gerenciamento assertivo nos sistemas de saneamento básico. Segundo

Patriota (2011), há dúvidas quanto à fiscalização e o tratamento de resíduos hospitalares no

país. De acordo com o autor, nos próprios hospitais, não há separação dos resíduos

adequadamente.Além do que, muitas cidades incineram o lixo de forma incorreta,

prejudicando o meio ambiente e a saúde pública.

Diante disto, vê-se a necessidade de um gerenciamento adequado para os Resíduos do Serviço

de Saúde, devido a esses resíduos ser contaminantes, nocivos à saúde e danificar o meio

ambiente. Desta forma, o objetivo desta pesquisa, a partir da análise das praticas gerenciais de

dois hospitais, foi apresentar como é realizada a gestão de resíduos sólidos hospitalares e

verificar se os mesmos estão em conformidade com as normas exigidas. Para isto, a seguir

será apresentado um breve referencial, o método de pesquisa e os resultados alcançados.

2. Revisão bibliográfica

Esta seção apresenta a revisão da literatura relacionada aos Resíduos Sólidos e aos Resíduos

Sólidos Hospitalares, em específico.

2.1 Resíduos sólidos

De acordo com a ABNT NBR 10.004/2004, os resíduos sólidos podem ser classificados de

acordo com a classe, origem e periculosidade. O Quadro1 apresenta a classificação dos

resíduos quanto à classe.

Quadro 1 – Classificação dos resíduos sólidos quanto à classe

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Fonte: adaptado de ABETRE (2006)

No Quadro 2 estão alguns exemplos de resíduos considerados perigosos e não perigosos,

conforme a classificação apresentada no quadro anterior.

Quadro 2 - Exemplos de resíduos perigosos e não perigosos

Fonte: adaptado de ABETRE (2006)

Já de acordo com a Lei 12.305/2010, os resíduos sólidos são classificados quanto a sua

origem e sua periculosidade. O Quadro 3 apresenta a classificação dos resíduos quanto à

origem.

Quadro 3 - Classificação dos resíduos sólidos quanto à origem

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Fonte: adaptado de ABETRE (2006)

No Quadro 4 podem-se visualizar alguns exemplos de resíduos referentes à origem.

Quadro 4 - Exemplos de resíduos quanto à origem

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Fonte: adaptado de ABETRE (2006)

Em relação à periculosidade, ou seja, se os resíduos são ou não perigosos, retratam os

primeiros itens do Quadro 1, as primeiras duas classes. Esta classificação pode ser vista no

Quadro 5.

Quadro 5 - Classificação dos resíduos sólidos quanto à periculosidade

Fonte: adaptado de ABETRE (2006)

Dito isto, a próxima etapa é compreender os resíduos de origem hospitalares, também

conhecidos como os RSS. Sendo assim, a seguir, os principais resíduos hospitalares, bem

como as suas classificações, conforme o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA

(1993), serão apresentados.

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2.2 Resíduos sólidos hospitalares

A classificação dos resíduos hospitalares segue no Quadro 6, segundo a Resolução do

CONAMA nº5 de 1993.

Quadro 6 - Classificação dos resíduos hospitalares

GRUPO DESCRIÇÃO EXEMPLOS

A

Resíduos que

apresentam material

com risco potencial à

saúde pública e ao meio

ambiente devido à

presença de agentes

biológicos

Sangue e Homoderivados; Animais usados em

experimentação; peças anatômicas; filtros de gases

aspirados de área contaminada; resíduos advindos de

área de isolamento; restos alimentares de unidade de

isolamento; resíduos de laboratórios de análises

clínicas; resíduos de unidades de atendimento

ambulatorial; resíduos de sanitários de unidade de

internação e de enfermaria e animais mortos a bordo

dos meios de transporte.

B

Resíduos que

apresentam material

com risco potencial à

saúde pública e ao meio

ambiente devido às suas

características químicas

Drogas quimioterápicas e produtos por elas

contaminados; resíduos farmacêuticos

(medicamentos vencidos, contaminados, interditados

ou não utilizados); demais produtos considerados

perigosos.

C Rejeitos Radioativos Materiais provenientes de laboratórios de análises

clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia.

D

Resíduos comuns são

todos os demais que não

se enquadram nos

grupos descritos

anteriormente.

Outros materiais

Fonte: Resolução CONAMA nº5 de 1993

A Figura 2 apresenta os símbolos utilizados para diferenciar os diferentes tipos de resíduos

que são gerados dentro das instituições de saúde.

Figura 2 – Símbolos dos resíduos sólidos hospitalares

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Fonte: Resolução CONAMA nº5 de 1993

Enfim, como pode ser visto os RSS estão presentes em todas as classes existentes de resíduos

sólidos. Desta forma, a coleta, transporte e destino precisam ser diferenciados para cada caso.

Esta distinção é fundamental para que haja segurança no que tange a saúde pública e meio

ambiente.

2.3 Coleta, transporte e destino

Conforme a Resolução RDC n.º 306, de 07 de Dezembro de 2004, o correto gerenciamento

dos resíduos de Serviços de Saúde - RSS previne e reduz os riscos à saúde. Assim como o

atendimento das normas e leis, desde a geração até a destinação final, permite beneficiar a

saúde pública e ao meio ambiente. Essa Resolução considera disponibilizar informações

técnicas adequadas ao manejo dos RSS, seu gerenciamento e fiscalização. De acordo com

essa Resolução o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS

estabelece algumas diretrizes relacionadas ao manejo deste tipo de resíduo. Segue no Quadro

7 o gerenciamento dos RSS, conforme RDC Nº306.

Quadro 7 – Gerenciamento do RSS, de acordo com a Resolução RDC n.º 306

Segregação

Separação do resíduo no momento e local de sua geração, de acordo

com as características físicas, químicas, biológicas, a sua espécie,

estado físico e classificação.

Acondicionamento

Ato de embalar corretamente os resíduos segregados, de acordo com

as suas características, em sacos e/ou recipientes impermeáveis,

resistentes à punctura, ruptura e vazamentos.

Identificação

Conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos

contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto

manejo dos RSS.

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Transporte Interno

Deve ser realizado em sentido único, com roteiro definido e em

horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e

medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas.

Como também ser feito separadamente e em recipientes específicos a

cada Grupo de resíduos.

Armazenamento

Temporário

Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos

já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando

agilizar a coleta dentro do estabelecimento, e otimizar o translado

entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para

coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento temporário com

disposição direta dos sacos sobre o piso.

Tratamento

Aplicação de método, técnica ou processo que modifique as

características biológicas ou a composição dos RSS, que leve à

redução ou eliminação do risco de causar doença. O tratamento pode

ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro

estabelecimento, observadas nestes casos, as condições de segurança

para o transporte entre o estabelecimento gerador e o local do

tratamento. Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de

saúde devem ser objeto de licenciamento ambiental, por órgão do

meio ambiente e são passíveis de fiscalização e de controle pelos

órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente.

Armazenamento

Externo

Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da

coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os

veículos coletores.

Coleta e Transporte

Externos

A coleta e transporte externos consistem na remoção dos RSS do

abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de

tratamento ou destinação final, utilizando-se técnicas que garantam a

preservação da integridade física do pessoal, da população e do meio

ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de

limpeza urbana.

Destinação Final

Disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-

los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e

licenciamento em órgão ambiental competente.

Fonte:adaptado de Maroun (2006)

Por fim, pode se dizer que é preciso uma conscientização quanto a forma de coleta, transporte

e destinação dos resíduos hospitalares conforme sua classe origem e periculosidade, uma vez

que cada resíduo traz consequências diferentes a saúde pública e ao meio ambiente. Na

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próxima seção será exposto de forma breve o método de construção deste trabalho.

3. Método Científico

Diante do objetivo proposto, isto é, a análise das práticas gerenciais de um hospital, no que

tange a gestão dos resíduos sólidos hospitalares, optou-se pela realização de um estudo de

caso utilizando uma pesquisa exploratória. Segundo Yin (2009),o estudo de caso é uma

investigação empírica. Os benefícios para o desenvolvimento do estudo de caso são

possibilitar o conhecimento sobre novas teorias e incrementar o conhecimento sobre

determinado assunto através de eventos reais e contemporâneos (MIGUEL et. al., 2010).

De acordo comMarconi e Lakatos (2008) a pesquisa exploratória tem por objetivo tornar mais

claro para o pesquisador o assunto estudado dando embasamento nas suas pesquisas atuais e

futuras. Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizado, na pesquisa exploratória, a

entrevista em profundidade que, conformeMalhotra (2012), é uma entrevista semi-estruturada,

direta, pessoal, em que um único respondente é testado por um entrevistador, para descobrir

motivações, crenças, atitudes e sensações subjacentes sobre um tópico.

O levantamento de dados foi feito através de observação direta. ParaMarconi e Lakatos

(2008) a observação direta é uma técnica de coleta de dados com o intuito de conseguir

informações, utilizando muitas vezes os sentidos na obtenção de determinados aspectos da

realidade. Foi feito, conjuntamente, uma entrevista semiestruturada que, de acordo com Flick

(2009), contém respostas claras e imediatas, pois deixam o entrevistado responder

espontaneamente, sendo complementadas por formas implícitas de abordar o assunto. O

método de trabalho que foi utilizado está contemplado na Figura 2.

Figura 3 - Método de trabalho

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Fonte: elaborado pelos autores

O primeiro passo foi o levantamento de material, tais como pesquisas em livros, artigos,

periódicos e revistas, para o embasamento teórico sobre resíduos hospitalares quanto a sua

classificação, tipos, coleta e transporte. Em seguida, o desenvolvimento das questões

pertinentes que foram abordadas aos entrevistados. Realizado o desenvolvimento das

questões, o próximo passo foi a busca de hospitais. O intuito foi de encontrar um hospital

particular e um público, na região sul do Estado, a fim de obter informações que

possibilitassem comparações entre diferentes tipos de hospitais. Além disso, o acesso direto

com o gestor responsável da área de segregação de resíduos facilitaria a coleta dessas

informações. Para as entrevistas, seguiu-se um roteiro de questões que eram anotadas no

momento das entrevistas. Ao final, realizou-se uma comparação com os resultados obtidos na

entrevista com o encontrado na literatura.

4. Análise e resultados

As análises serão realizadas dentro de quatro grandes categorias que são: i) resíduos gerados;

ii) identificação e segregação; iii) coleta e transporte interno, eiv) quantidades geradas e

destinação final. Essas análises foram realizadas para os dois hospitais onde foi realizado o

estudo.

4.1 Hospital A

O Hospital A possui uma infraestrutura de quatro pavimentos com capacidade de 134 leitos,

uma unidade de tratamento intensivo e três salas de cirurgia. Além disso, é detentora das

seguintes unidades: Emergência, Centro de Especialidades e Diagnósticos, Ala dos Cristais,

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Ala das Esmeraldas, Farmácia Interna, Centro Obstétrico, Unidade de Terapia Intensiva,

Centro Cirúrgico, Pediatria, Maternidade, Cafeteria, Auditório, Administração e Serviços de

Apoio.O hospital é particular, mas 88% dos atendimentos são realizados pelo Sistema Único

de Saúde (SUS) abrangendo algumas cidades da região do Vale dos Sinos. Também é

importante salientar que neste hospital existe uma responsável técnica para o gerenciamento

dos RSU.

4.1.1 Resíduos gerados

No Quadro 5 pode-se observar o modelo utilizado pelo hospital A para classificar os resíduos.

Quadro 5 – Modelo de classificação utilizado pelo hospital A

Fonte: elaborado pelos autores

A partir da geração dos resíduos, há a identificação e segregação, conforme abordado no

próximo item.

4.1.2 Identificação e segregação

Todas as identificações são feitas com uma etiqueta colada em cima das lixeiras. Cada tipo de

resíduo é diferenciado pela cor do saco. Segue abaixo o Quadro 6 que mostra como são

identificados os tipos de resíduos.

Quadro 6 – Classe, características e imagens das lixeiras no Hospital A

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Fonte: elaborado pelos autores

Os resíduos alimentares gerados pelo refeitório são classificados como resíduos comuns

orgânicos, já os alimentos dos pacientes em isolamento são considerados resíduos

contaminados. Nota-se que neste hospital não há geração de resíduos do grupo C, ou seja,

resíduos radioativos, que são materiais provenientes de laboratórios de análises clínicas,

serviços de medicina nuclear e radioterapia.

4.1.3 Coleta e transporte interno

A coleta dos resíduos é feita por turno, o recolhimento é realizado pela equipe de

higienização, que utiliza todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários. Os

resíduos são transportados em um expurgo (carrinho com tampa e sem divisórias). E neste

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caso todos os tipos de resíduo gerados vão para o mesmo expurgo. Cada setor tem um

expurgo e este é colocado em uma sala à espera da coleta geral que é feita uma vez ao

dia.Após, os resíduos são levados para a Central de Resíduos situada em um depósito coberto

e externo ao hospital. Nesta Central há divisórias para cada tipo de resíduo, como visto no

Quadro 7, e bombonas diferenciadas.

Quadro 7 –Tipos de armazenamentos

Fonte: elaborado pelos autores

Pode-se notar que há uma separação dos resíduos, identificados, porém alguns, tais como

plásticos e papéis, ficam expostas ao meio ambiente, podendo atrair animais não desejáveis ao

meio em que se encontram. Além disso, os resíduos perigosos estão no mesmo local dos

outros, onde deveriam estar em áreas separadas e isoladas. A seguir, a quantidade gerada e o

destino final dos resíduos no Hospital A.

4.1.4 Quantidade de resíduos e destinação final

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Na Tabela 1, encontram-se as quantidades de resíduos geradas no hospital A, assim como a

destinação final.

Tabela 1 - Quantidades e destinação final dos resíduos gerados no Hospital A

Fonte: elaborada pelos autores

A empresa Aborgama faz o recolhimento dos resíduos do grupo A e E a cada 15 dias e do

grupo B duas vezes por semana, a empresa fica responsável pela incineração dos mesmos.

Para fazer a coleta dos resíduos químicos o hospital deve enviar um e-mail à empresa

avisando que há esse tipo de material para ser recolhido, assim como uma nota fiscal e um

relatório com detalhes dos resíduos. O custo mensal para este serviço gira em torno de R$

3.250,00 (três mil duzentos e cinquenta reais). A prefeitura recolhe o lixo comum. Os resíduos

recicláveis são vendidos a uma cooperativa e geram em torno de R$ 200,00 (duzentos reais)

ao mês. O óleo de cozinha é doado a uma empresa que o utiliza para a produção de solas de

sapatos.

Enfim, há um controle em relação à logística de destino dos resíduos à reciclagem, porém a

armazenagem desses deveria ser ter um acondicionamento de acordo com a necessidade de

cada classe de resíduo. Isso acarretaria positivamente em diversos fatores, tais como: higiene,

menor risco de perfuração de material prefurocortante por parte dos colaboradores, mistura de

resíduos, entre outros.

4.2 Hospital B

A instituição hospitalar B possui 61 anos de experiência na área de saúde, com 180 leitos e

capacidade de atendimento de 534 pacientes/mês, destes 90% são atendidos pelo SUS, porém,

a partir do ano de 2013, o hospital será 100% público. Realiza atendimentos de urgência e

emergência, cirurgias gerais, vídeo cirurgia, medicina interna, ginecologia, obstetrícia, UTI

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neonatal, UTI adulto, pediatria e traumatologia.

4.2.1 Resíduos Gerados

Há a geração de todos os grupos de resíduos, porém os resíduos do tipo C não são de

responsabilidade dohospital, pois a geração destes resíduos é de serviços terceirizados.

4.2.2 Identificação e Segregação

Cada grupo de resíduos possui um saco de cor diferente. A maioria das lixeiras possui pedal e

tampas, todas com adesivo de identificação. Todos os resíduos gerados pelos pacientes são

considerados resíduos contaminantes. A segregação dos resíduos do grupo B, exceto os

frascos e ampolas é de responsabilidade das empresas terceirizadas, porém é o hospital que

deve dar a destinação final a eles. No Quadro 8,apresenta-se de acordo com a classe, a cor do

saco utilizado, assim como o tipo de lixeira.

Quadro 8 – Classe, cor do saco, tipo de lixeira e imagens das lixeiras no Hospital B

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Fonte: elaborado pelos autores

Nota-se que neste hospital, também não foi considerado os resíduos radioativos, tendo em

vista que não é de responsabilidade do hospital. Porém, isto não isenta o hospital da

responsabilidade em manter a integridade da saúde de seus colaboradores e pacientes.

4.2.3 Coleta e Transporte Interno

A coleta é feita pelo pessoal da higienização. Os resíduos são levados a uma sala própria de

cada setor. Ao fim de cada turno, um responsável pela central de resíduos faz o transporte dos

mesmos. Este depósito é coberto e externo ao hospital. Há uma porta que liga diretamente o

deposito à rua, por onde as empresas responsáveis pela coleta fazem a coleta destes resíduos.

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Na figura 11 a bombona de armazenamento.

Figura 11 – Bombona para armazenamento de vidros recicláveis

Fonte: elaborado pelos autores

Neste caso, não foi permitido ao grupo de pesquisadores obterem imagens da central de

resíduos, pois a mesma se encontrava em reforma. Assim sendo, a Figura 11 é o único

exemplo obtido da bombona utilizada na central.

4.2.4 Quantidades Geradas e Destinação Final

Na Tabela 2, encontram-se as quantidades de resíduos geradas no hospital B, assim como a

destinação final.

Tabela 2 - Quantidades e destinação final dos resíduos gerados no Hospital B

Fonte:elaborada pelos autores

A empresa Ambiental faz o recolhimento dos resíduos A, B e E. Os resíduos comuns

(recicláveis, orgânicos e não recicláveis) são doados para uma cooperativa.

4.3 Comparativo de manejo entre os hospitais

Em relação à identificação dos resíduos sólidos hospitalares, existem algumas diferenças entre

os dois hospitais. Em relação à segregação, acondicionamento e transporte interno, os dois

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hospitais estão de acordo com as normas, pois, em todas as lixeiras há etiquetas com símbolo

e o tipo de resíduo que deve ser depositado nas mesmas, é segregado corretamente, com

lixeira e cor do saco especifico.

Em relação à identificação, no hospital B, os resíduos recicláveis como papel e plásticos não

são identificados e nem separados corretamente. Já o transporte interno, nos dois hospitais

acontece em horários específicos. No hospital A esse transporte é feito duas vezes ao dia e no

hospital B ao final de cada turno.Sendo que no hospital B, quem realiza este transporte é uma

pessoa responsável pela central de resíduos.

Tabela 3 - Comparativa de manejo dos RSS entre as normas e os hospitais A e B

Fonte:elaborada pelos autores

A armazenagem temporária no Hospital A é feita em uma sala que não é própriasomente para

isso, podendo haver contaminações aos funcionários que frequentam este ambiente. O

armazenamento externo, nos dois hospitais é coberto, porém, no Hospital B, não há divisórias

especiaispara cada tipo de resíduo. O tratamento dos resíduos no Hospital B não é gerenciado

corretamente, pois há falhas em conhecimento sobre a destinação final, além da forma correta

da coleta e transporte externo. Como por exemplo, neste hospital, um “carroceiro” coleta

todos os resíduos que não são considerados contaminados, inclusive alimentos, tudo

misturado.

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Nos dois hospitais a coleta dos resíduos contaminados é feita por empresas terceirizadas que

são responsáveis pela destinação final dos resíduos. Em relação aos resíduos recicláveis, o

Hospital A vende-os a uma cooperativa que os destina corretamente.

5. Conclusões

O gerenciamento adequado dos resíduos é uma preocupação que atinge a maioria da

sociedade. Isto se torna incisivo dentro dos hospitais, pois os mesmos possuem uma série de

resoluções e regulamentações que devem ser seguidas. Nos hospitais onde foram realizadas as

entrevistas para o embasamento desta pesquisa, visualizou-se que há interesse e preocupação

no assertivo gerenciamento, porém a verba pública para tal, dificultam ações de melhorias. No

hospital A, devido o gerenciamento ser feito por uma responsável técnica engajada nesta

questão, existe comprometimento com o tratamento dos resíduos. Já no hospital B percebe-

sedeficiência neste tratamento. Por ser um hospital 100% municipal, as melhorias que devem

ser feitas para a correta gestão dos resíduos sólidos, não ocorrem por falta de investimentos.

Ademais, não há um gestor dedicado exclusivamentenesta área. O que existe atualmenteé

apenas a consciência da relevância deste gerenciamento.

Para trabalhos futuros, sugere-se a analise de hospitais particulares, a fim de comparar o

gerenciamento e, com isso, auxiliar, de certa forma, os hospitais públicos a obterem

investimentos suficientes para o correto gerenciamento de seus resíduos, dado a gravidade do

problema.

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