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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ FERNANDO MARIANI GESTÃO DE PESSOAS NO HOTEL BHALLY COMO ESTRATÉGIA PARA O APERFEIÇOAMENTO DOS SERVIÇOS. Balneário Camboriú 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

FERNANDO MARIANI

GESTÃO DE PESSOAS NO HOTEL BHALLY COMO ESTRATÉGIA P ARA O

APERFEIÇOAMENTO DOS SERVIÇOS.

Balneário Camboriú

2009

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FERNANDO MARIANI

GESTÃO DE PESSOAS NO HOTEL BHALLY COMO ESTRATÉGIA P ARA O

APERFEIÇOAMENTO DOS SERVIÇOS.

Balneário Camboriú

2009

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – Ênfase em Marketing, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador : Profª. MSc. Lorena Schröder

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FERNANDO MARIANI

GESTÃO DE PESSOAS NO HOTEL BHALLY COMO ESTRATÉGIA P ARA O

APERFEIÇOAMENTO DOS SERVIÇOS.

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Ênfase em Marketing da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.

Área de Concentração: Gestão de Pessoas

Balneário Camboriú, 02 de novembro de 2009.

_________________________________

Prof. MSc. Lorena Schröder Orientadora

___________________________________

Prof. MSc. Sueli Maria Stoll

Avaliador(a)

___________________________________

Prof. MSc. Laércio Braggio

Avaliador(a)

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EQUIPE TÉCNICA

Estagiário: Fernando Mariani

Área de Estágio: Recursos Humanos

Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder

Supervisor da Empresa: Sergio Neves Pereira

Professora orientadora: Lorena Schröder

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DADOS DA EMPRESA

Razão Social: Hotel Bhally Ltda.

Endereço: Av. Atlântica, nº 3250 - Centro

Setor de Desenvolvimento do Estágio: Recursos Human os

Duração do Estágio: 240 horas

Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Sergio Neves Pereira/ Gerente Geral

Carimbo do CNPJ da Empresa: 86.835.592/0001-87

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Balneário Camboriú, 20 de outubro de 2009.

A Empresa Hotel Bhally , pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale

do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de Conclusão de Estágio

executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo acadêmico Fernando

Mariani.

___________________________________

Responsável pela Empresa

Sergio Neves Pereira

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DEDICATÓRIA

Aos mestres: pelas exigências que lapidaram o projeto; pela sabedoria que abriu meu horizonte, capacitando a perceber nuances operacionais e táticas estruturas inacessíveis sem a mão firme com a qual me guiaram; pelos questionamentos que me fizeram realizar um trabalho melhor e mais completo o meu muito obrigado! Aos colegas e amigos, pelo companheirismo, pelo apoio, pelos fins de semana a causa dedicados, pelas muitas horas roubadas ao sono e ao lazer o meu Conhecimento e amizade! Carinho: Aos meus pais, familiares e amigos pelo apoio e incentivo.

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AGRADECIMENTOS

Dedico este trabalho a todos aqueles que um dia farão dele uma realidade, senão este, outro do mesmo teor, construindo-o tijolo a tijolo, no anonimato, para que outros, mais afortunados, possam dele desfrutar.

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RESUMO

A finalidade principal da nova postura em relação à Gestão de Pessoas, consiste em encontrar a melhor combinação possível entre o bem estar pessoal, a eficiência e os objetivos de lucratividade e expansão da organização, especialmente no setor de serviços. Esse trabalho teve como principal objetivo propor ações para Gestão de Pessoas do Hotel Bhally , por se considerar que o potencial estratégico depende diretamente da forma como a organização planeja, implementa, controla e avalia suas políticas de relacionamento com os colaboradores. Esta pesquisa se caracteriza por pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa e quantitativa, com a utilização de questionários, entrevistas e observação. A pesquisa foi realizada no Hotel Bhally e contou com a participação de todos os colaboradores e coordenadores. Identificou-se nesta pesquisa a satisfação dos colaboradores, atividades da gestão de pessoas, políticas e praticas e os pontos fortes e fracos. Os resultados permitiram identificar os aspectos positivos e os pontos a melhorar da Gestão de Pessoas, que possibilitam nortear proposições de ações ao Hotel Bhally. Palavras-chaves : Clima Organizacional. Gestão de Pessoas. Serviços

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ABSTRACT

The main purpose of the new position in relation to Management of People, it consists of finding the best combination possible enters the welfare personal, the efficiency and the objectives of profitability and expansion of the organization, especially in the sector of services. This work had as main objective to consider action for Management of People of the Bhally Hotel , for considering that the strategically potential depends directly on the form as the organization plans, implements, controls and evaluates its politics of relationship with the collaborators. This research if characterizes for research descriptive, of qualitative and quantitative boarding, with the use of questionnaires, interviews e comment. The research was carried through in the Bhally Hotel and counted on the participation of all the collaborators and coordinators. One identified in this research the satisfaction of the collaborators, activities of the management of people, politics and you practice and the strong and weak points. The results had allowed to identify the positive aspects and the points to improve of the Management of People, whom they make possible to guide proposals of action to the Bhally Hotel. Word-keys : Organizational climate. Management of People. Services.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Processos de Recursos Humanos.............................................. 28

Figura 02 O Ciclo de Aprendizagem Organizacional.................................... 39

Figura 03 Exemplo de Competência em ação no caso da Educação:

Elementos Principais....................................................................

43

Figura 04 As Noções de Qualificação e Competência e as Características

Principais dos Respectivos Contextos.........................................

44

Figura 05 Processo de Treinamento............................................................ 47

Figura 06 Processo de Treinamento e Desenvolvimento Detalhado

(processo cíclico)..........................................................................

47

Figura 07 Análise de Levantamento de Necessidades de Treinamento...... 50

Figura 08 Classificação das Técnicas de Treinamento................................ 51

Figura 09 Fluxo da Avaliação de Treinamento............................................. 57

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 Número de Colaboradores........................................................... 19

Tabela 02 Resultado da Pesquisa de Clima Organizacional........................ 70

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 Relação entre Intento Estratégico, Competências

Organizacionais e Competências Individuais...............................

45

Quadro 02 Levantamento de Necessidades de Treinamento........................ 53

Quadro 03 Atividades desenvolvidas pelo setor de Recursos Humanos do

Hotel Bhally..................................................................................

62

Quadro 04 Resultado da Entrevista com o Gestor......................................... 76

Quadro 05 Pontos fortes e fracos da Gestão de RH do Hotel Bhally............. 78

Quadro 06 Proposta de Ações de Gestão de Pessoas.................................. 79

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 15

1.1 Tema de estágio ...................................................................................... 15

1.2 Problema de pesquisa ............................................................................. 16

1.3 Objetivos da pesquisa ............................................................................. 16

1.3.1 Objetivo Geral........................................................................................... 17

1.3.2 Objetivo Especifico................................................................................... 17

1.4 Justificativa da pesquisa .......................................................................... 17

1.5 Contextualização do ambiente de estágio ............................................... 18

1.6 Organização do trabalho ......................................................................... 20

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................... ................................... 21

2.1 Gestão Estratégica de Pessoas.................. .......................................... 21

2.1.1 O Papel de Recursos Humanos............................................................... 23

2.1.2 O Papel do Gestor de Pessoas................................................................ 24

2.1.3 Vantagem Competitiva e a Gestão de Pessoas em Serviços (na área

de turismo)................................................................................................

26

2.2 Processos e Atividades da Gestão de Pessoas.... .............................. 28

2.2.1 Recrutamento e Seleção.......................................................................... 29

2.2.2 Avaliação de Desempenho....................................................................... 31

2.2.3 Remuneração........................................................................................... 33

2.2.4 Clima Organizacional................................................................................ 35

2.3 Aprendizagem Organizacional.................... .......................................... 37

2.3.1 O Novo Cenário das Organizações.......................................................... 39

2.3.2 Mudanças Organizacionais...................................................................... 41

2.3.3 Competências Organizacionais e Individuais.......................................... 42

2.4 Treinamento e Desenvolvimento.................. ........................................ 46

2.4.1 Levantamento de Necessidades de Treinamento.................................... 49

2.4.2 Programas e estratégias de Treinamento e Desenvolvimento com foco

em Competências.....................................................................................

52

2.4.3 Execução de Treinamento........................................................................ 54

2.4.4 Avaliação de Treinamento........................................................................ 55

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3 METODOLOGIA ....................................... ............................................... 58

3.1 Tipologia de pesquisa .............................................................................. 58

3.2 Sujeito do estudo ..................................................................................... 59

3.3 Instrumentos de pesquisa ........................................................................ 59

3.4 Análise e apresentação dos dados .......................................................... 60

3.5 Limitações da pesquisa ........................................................................... 60

4 RESULTADOS ........................................................................................ 61

4.1 Atividades Desenvolvidas do setor de Recursos Humanos..................... 61

4.2 Práticas e Políticas na Gestão de Pessoas.............................................. 63

4.3 Pesquisa de Clima Organizacional........................................................... 70

4.4 Políticas da Gestão de Pessoas............................................................... 76

4.5 Análises dos Pontos Fortes e Fracos....................................................... 78

4.6 Sugestões..................................................................................................

79

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 81

6 REFERENCIAS........................................................................................ 83

APÊNDICE A......................................... ................................................... 87

APÊNDICE B......................................... ................................................... 88

APÊNDICE C............................................................................................ 90

APÊNDICE D............................................................................................ 91

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1 INTRODUÇÃO

As organizações estão inseridas num contexto influenciado e exposto às

constantes mudanças comportamentais, culturais e tecnológicas. Necessitam se

adequar às transformações contínuas criando novas estratégias de atuação em seu

ramo de atividade. Logo, é preciso superar o conservadorismo, a burocracia e

quebrar alguns modelos para se adequarem ao novo ambiente competitivo,

facilitando ações dos gestores com intuito de preservar a organização e seus

recursos.

A Gestão de Pessoas tem um papel significativo voltado para o

desenvolvimento e o sucesso das organizações. Está totalmente ligada a pessoas,

e, portanto, desde a busca no mercado de trabalho até seu desenvolvimento na

organização, são aspectos determinantes na competitividade organizacional.

Em virtude da necessidade de manter-se no mercado e atuar de forma

competitiva, as organizações passaram a preocupar-se mais com a gestão de

pessoas, exigindo maior conhecimento, participação, liderança, comunicação,

flexibilidade e principalmente com valores organizacionais.

A Gestão de Pessoas é um tema de extrema importância que trabalha

diretamente com os colaboradores. Sabe-se que uma organização bem sucedida

precisa de uma equipe preparada, motivada, com objetivo bem traçado, para que

assim possa alcançar suas metas. Cresce com isto, a importância e a consciência

das organizações em relações ao elemento humano.

1.1 Tema do estágio

Segundo Lacombe (2003, p.4) “a essência do trabalho do administrador é

obter resultados por meio das pessoas que ele coordena”. A partir

desse raciocínio tem-se que o papel do Gestor Administrativo, através da sua

capacidade na gestão de pessoas é obter os resultados esperados pela empresa.

Em um mundo complexo e de mercados difíceis, onde o conhecimento

passa a ser o recurso mais importante da organização, cabe aos gestores criar um

ambiente organizacional que incentiva a criatividade, a inovação e as relações

colaborativas. Diante dessa nova lógica, as pessoas deixam de ser meros

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fornecedores de mão-de-obra, tornando-se fornecedores de conhecimento capazes

de agregar valor ao negócio, à organização e ao consumidor (CHIAVENATO, 2000).

Afinal, são as pessoas que aprendem, desenvolvem e aplicam o conhecimento na

utilização adequada dos demais recursos organizacionais. De acordo com

Chiavenato (2000,p.448), “administrar pessoas vem antes, durante e depois da

administração de qualquer recurso organizacional, seja de capital, máquinas,

instalações, etc.”

Segundo Brum (2003) observa-se que nunca as pessoas foram tão

importantes para a organização como são hoje. Pois, embora o valor deste capital

humano, possa não parecer diretamente no balanço patrimonial de uma empresa,

seu impacto no desempenho da mesma é muito grande.

A atenção dos empresários se volta atualmente para os colaboradores, pois

estes dependem integralmente das ações dos mesmos para melhorar as condições

de atendimento e serviços em geral, conquistando, com isso, melhores posições no

mercado já tão competitivo. Iniciou-se uma alteração de mentalidade com relação ao

antigo e simples "Departamento de Pessoal", que cuidava muito mais de

documentação, folha de pagamentos, recolhimentos de obrigações, processos de

admissão e demissão, entre outras burocracias, do que propriamente do funcionário,

sua principal e insubstituível matéria-prima (BRUM, 2003).

Partindo do princípio de que o sucesso de uma organização depende cada

vez mais da sua capacidade de gerenciar pessoas, vale salientar que, por ser

intangível, o capital humano não pode ser gerenciado como são gerenciados os

demais recursos.

Assim apresenta-se o problema da pesquisa:

1.2 Problema

Quais ações podem contribuir para a gestão de pessoas no Hotel Bhally?

1.3 Objetivos

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1.3.1 Objetivo Geral

Propor ações de gestão de pessoas ao Hotel Bhally como estratégia para o

aperfeiçoamento dos serviços.

1.3.2 Objetivos Específicos

• Descrever a estrutura e atividades da área de gestão de pessoas.

• Compreender as políticas e praticas da gestão de pessoas do hotel.

• Identificar a satisfação dos colaboradores.

• Apontar os pontos fortes e fracos da gestão de pessoas.

1.4 Justificativa

A opção de realizar o estágio final obrigatório na área de recursos humanos

da hotelaria se deu em função da importância em se conhecer e dominar com mais

profundidade este campo de atuação profissional, na qual o acadêmico já atua há 3

anos e que é essencial para que a grande maioria dos processos de gestão hoteleira

e turística possam ser executados de forma competitiva.

A realização do estágio é de extrema importância, pois é uma oportunidade

que o acadêmico possui de realizar seu objetivo - o de conhecer uma área na qual

tem interesse de atuar profissionalmente. O acadêmico adquire vivência prática,

expandindo conhecimentos técnicos adquiridos em sala de aula e formando um link

importantíssimo entre teoria e prática. Também tem a oportunidade de demonstrar

suas aptidões profissionais.

A inserção de um acadêmico no dia a dia da empresa se torna uma

experiência que também agrega vantagens à empresa. Com o conhecimento do

supervisor de estágio, instigando o mesmo a expressar suas idéias, pode ganhar um

feedback interessante, vindo inclusive a perceber falhas que passam despercebidas

mediante a rotina cotidiana, que o acadêmico, por possuir uma visão moldada para a

prática do que é correto e sem hábitos viciosos observa com mais facilidade.

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A empresa pode se beneficiar com a presença do estagiário realizando uma

troca de informações e/ou experiências que venha a contribuir para a melhoria do

funcionamento das atividades voltadas para a Gestão de Pessoas.

É importante lembrar que, quando se fala em estratégia é preciso pensar no

todo, no conjunto de fatores que formam uma empresa. É preciso ter qualidade na

estrutura física, nos equipamentos, nos procedimentos utilizados e principalmente

qualidade nos recursos humanos.

Castelli (2001) afirma que estratégia trata-se de um ciclo que, se bem

administrado, culminará no pleno sucesso da empresa. Dispondo de qualidade em

seus produtos/serviços as empresas apostam num maior número de vendas e

conseqüente aumento da produção que, automaticamente trará mais competitividade

para a empresa, o que a colocará em um lugar de destaque no mercado.

Uma vez que é sabido que no setor de serviços o essencial é a estratégia da

organização na hora de definir o tipo de atendimento, acredita-se que a indústria da

hospitalidade deva investir neste, que certamente será o diferencial de sua empresa:

as pessoas que compõem a organização.

Uma empresa turística depende dos colaboradores para obter o resultado de

um atrativo no serviço. E esse resultado somente chega através de uma área bem

estruturado, alinhando as competências de todos colaboradores às necessidades do

negócio.

O gestor do hotel, ciente da importância da participação dos colaboradores

para a empresa, está receptivo a receber proposições de melhorias na área gestão

de pessoas, fazendo com que o Hotel Bhally, continue a crescer dia a dia no cenário

hoteleiro de Balneário Camboriú.

1.5 Contexto do ambiente de estágio

O Hotel Bhally, foi inaugurando em 7 de outubro de 2000, tendo como

objetivo na época atender a turistas que vinham a passeio de todas as partes do

Brasil e oriundos do MERCOSUL, principalmente argentinos.

Passaram-se dois anos e o Hotel Bhally não deu o retorno esperado por

seus investidores. Nesse momento houve a divisão dos negócios da família e quem

tomou a frente na empresa foi a senhora Marlene Leite.

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A partir desse momento o hotel traçou objetivos, tais como definir o público a

atingir, fazer mudanças nas áreas interna da empresa para melhor atingir esse

público pré-definido, decidiu não trabalhar mais com operadoras e grupos.

O Hotel Bhally passou a trabalhar com um público mais elitizado após as

mudanças, atingiu as classes A e B da sociedade. Conseguiu atrair um público

corporativo de alto padrão, além de trazer eventos de negócios.

Buscando satisfazer as necessidades dos seus clientes, aperfeiçoou-se na

prestação de serviços que contribuam para sua comodidade e descanso.

O Hotel quando da sua inauguração contava com 115 unidades

habitacionais, salão de café da manhã, piscina e garagem. Após as mudanças

realizadas no ano de 2002, o hotel passou a contar com 96 unidades habitacionais,

subdivididas em: suíte presidencial, embaixador frente mar, máster, luxo lateral casa,

lateral conjugado, duplo twin, adaptou a sala de convenções para atender ao público

de empresarial, construiu uma sala de internet, sala de reuniões, sala para

realização de coffee break, cozinha do bebe, academia, internet banda larga,

remodelagem da piscina, essa com vista para o mar de Balneário Camboriú, as

crianças ganharam uma sala de café da manhã, situada na sala de café da manhã,

os serviços de alimentação expandiram seu horária para servir aos hóspedes.

O Hotel Bhally tem sido reconhecido em Balneário Camboriú por sua

modernidade, agilidade e conforto, ganhando notoriedade ano após ano através da

satisfação de seus clientes.

Trabalhando inspirado na calorosa e inesquecível recepção do povo Balinês,

oferece ao seu público uma singularidade em hospedagem.

O quadro de recursos humanos do Hotel Bhally é apresentado a seguir, de

acordo com cada setor totalizando 57 colaboradores.

Quadro Funcional Quantidade

Gerente Geral 01

Sócios 02

Auxiliar de Escritório 02

Manutenção 01

Financeiro 01

Setor Operacional de Hospedagem 17

Setor Comercial 02

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20

Setor de A&B 12

Governança 17

Almoxarifado 01

Recursos Humanos 01

Total de colaboradores 57

Tabela 01: Número de Colaboradores Fonte: Hotel Bally

1.6 Organização do trabalho

O presente trabalho está estruturado em cinco capítulos.

No primeiro capítulo do trabalho apresentou-se, a introdução, o tema de

estágio, o problema da pesquisa, o objetivo geral e específico, assim como a

justificativa para a sua realização e comentou-se sobre o ambiente de estágio.

No segundo capítulo consta a fundamentação teórica, ressaltando a

importância de uma Gestão de Pessoas bem organizado, que segundo o estudo

começa com a gestão estratégica de pessoas, passando pelos processos e

atividades da gestão de pessoas, a aprendizagem organizacional e o treinamento e

desenvolvimento de colaboradores.

A apresentaram-se os aspectos metodológicos no terceiro capítulo, referente

à caracterização da pesquisa, contextos e participantes, procedimentos e

instrumentos de coletas de dados, descrição da coleta de dados e tratamento e

análise dos dados.

Em seguida, o quarto capítulo apresenta os resultados da pesquisa

juntamente com a análise dos resultados.

Por último são apresentados as considerações finais do trabalho, e constam

as referências utilizadas.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Gestão Estratégica de Pessoas

O mundo contemporâneo está em constante mudança, e o que mais

impressiona é a velocidade com que essas mudanças ocorrem, cabe então, ao fator

humano acompanhar essas mudanças a fim de que não seja atropelado por elas.

Segundo Vergara (2000), inicialmente a economia girava em torno da

agricultura, que logo após cedeu espaço à sociedade industrial que era baseada na

burocracia e privilegiava a divisão do trabalho, a hierarquia, a padronização, a

impessoalidade, a meritocracia (relativa aos méritos do indivíduo), o administrador, o

contrato, a carreira, o salário e a aposentadoria.

A era do pós-modernismo, valoriza aspectos relacionados à qualidade de

vida. Foram quebrados alguns paradigmas e hoje em dia dá-se ênfase à valorização

do ser humano sob uma perspectiva integrada, não sendo considerado como um

recurso (recurso humano) e sim como um gerador de recursos.

O paternalismo dá lugar ao compartilhamento de responsabilidades, espera-se que as empresas ofereçam oportunidades para o desenvolvimento dos seus empregados e parceiros e que estes cuidem de suas próprias carreiras e comprometam-se com os resultados. A esse novo pacto podem ser somadas as expectativas provenientes de valores emergentes da sociedade, como, por exemplo, o desejo de maior participação e a busca de auto-realização (VERGARA, 2000, p. 30).

Porém, vive-se na sociedade da informação, que conforme Vergara (2000, p.

18) “introduz movimentos interessantes, como a mudança do poder dos músculos

para a mente e a identificação do conhecimento como recurso primeiro, em

detrimento da terra, do capital e do trabalho braçal, que assumem papel secundário”.

Castelli (2000) complementa dizendo que embora o progresso tecnológico

tenha trazido inovações e aperfeiçoamento nas empresas o elemento humano

continua sendo a peça fundamental.

Pelo fato das empresas observarem cada vez mais a importância do capital

humano interno organizações, a gestão estratégica de pessoas ganha um espaço

cada vez mais significativo no dia a dia das organizações. Logo para alcançar

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resultados, é fundamental alinhar valores e competências individuais aos valores da

organização.

Para garantir o alinhamento entre indivíduos e organização, as empresas

contam hoje com a gestão estratégica de pessoas. Segundo Hanashiro, Teixeira e

Zaccorelli (2007, p. 15), a gestão estratégica consiste em um:

Processo de ação gerencial sistemática e continua que visa assegurar a organização, simultaneamente: senso de direção e continuidade a longo prazo; flexibilidade, agilidade no dia a dia. Focaliza o potencial de desempenho futuro da organização. [...] Pressupõe a necessidade de um processo decisório que ocorre antes, durante e depois de sua elaboração e implementação na empresa. Toda a atividade de gestão nas organizações por sua natureza, resultará de decisões presentes, tomadas a partir do exame do seu impacto no futuro, o que lhe proporciona uma dimensão temporal de alto significado.

Segundo Chiavenato (1999), para um planejamento estratégico funcionar,

ele deve estar envolvido com o planejamento estratégico da organização, referindo-

se de que modo a função do RH pode contribuir ao objetivo da organização e

favorecendo e incentivando os objetivos individuais dos colaboradores.

A estratégia se torna indispensável não somente pelo intuito de atrair

pessoas compatíveis com as oportunidades disponibilizadas pela organização, mas

também visando que seja concretizado o objetivo principal da instituição.

A estratégia de gestão de pessoas tem que alinhar a realidade social aos

objetivos da empresa. O mercado disponibiliza mão-de-obra em excesso, mas cabe

aos profissionais da área de gestão de pessoas da organização, saber filtrar aqueles

que possuem o perfil da empresa.

A gestão de pessoas auxilia na percepção do indivíduo que compõe a

empresa, como é o seu comportamento, os seus anseios e as sua necessidades. Os

indivíduos, diferentemente das máquinas ao vivenciarem a rotina diária podem

oscilar muito em relação aos seus objetivos profissionais. (DUTRA,2002).

Dutra (2002, p. 48), afirma: “cabe as empresas criar o espaço, estimular o

desenvolvimento e oferecer o suporte e as condições para uma relação de ala

vantagem mutua das expectativas e necessidades”.

Percebe-se o crescimento e valorização do potencial humano. Uma vez que

o mercado sofre constantes mudanças, as organizações precisam acompanhá-las, e

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a melhor forma de fazer isso é investir, qualificar e confiar responsabilidades ao seu

colaborador, aumentando o seu comprometimento para com empresa.

Em função disso, a área e os profissionais de recursos humanos assumem

um novo papel.

2.1.1 O papel de Recursos Humanos

Os resultados de recursos humanos são interpretados como as atividades de

recursos humanos, que representam o que as pessoas e organizações fazem. Tem

como objetivo, segundo Ulrich (2000) criar a clareza estratégica, fazer com que as

mudanças aconteçam e gerar capital intelectual. Não sendo somente essas as

atividades atribuídas aos recursos humanos.

Para Ribeiro (2006) as empresas ainda não vem a RH como uma área chave

para o desenvolvimento organizacional, essa área não pode ser vista apenas como

um setor administrativo com o papel apenas burocrático e operacional, tem como

objetivo criar oportunidade para as pessoas crescerem internamente na empresa.

Segundo Brabet (1993 apud DAVEL; VERGARA, 2001, p. 34) a

administração de recursos humanos (ARH) tem como função encontrar formas de

administrar o capital humano nas empresas, visando à maximização dos benefícios

econômicos conseqüentes da relação entre o potencial dos colaboradores e os

objetivos das empresas. Acrescenta afirmando que esta área diferencia-se das

outras por explicar e facilitar a influência da gestão sobre os comportamentos das

pessoas, a fim de resultar em um desenvolvimento eficaz e eficiente da organização.

Contudo, segundo Ulrich (2000), cada uma das atividade do recursos

humanos ajuda a organização, de alguma forma concreta, a melhor atender os seus

clientes ou até mesmo aumentar o valor para o acionista.

Pode-se dizer que nunca houve tanto a necessidade de recursos humanos

como hoje. Segundo Ulrich (2000), as forças competitivas que os gerentes enfrentam

hoje, e continuaram a enfrentar no futuro, exige excelência organizacional. Os

esforços para alcançar tal excelência, na qualidade, no aprendizado e no trabalho

em equipe, são direcionados pelo modo como as organizações conseguem fazer

com que as tarefas sejam realizadas e como elas tratam o seu pessoal. Resumindo,

alcançar excelência organizacional é uma das tarefas do recursos humanos de

qualquer empresa.

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Os profissionais de recursos humanos devem ser responsáveis também por

garantir que os colaboradores estejam comprometidos com a empresa, o setor deve

ser a voz dos colaboradores nas reuniões gerenciais, oferecer ao colaborador a

oportunidade de crescer na empresa. Segundo Ulrich (2000), O papel do recursos

humanos é desenvolver a capacidade da empresa de aceitar a mudança e

capitalizar-se com ela, além de ser um agente da inovação.

Conforme Igalens (1999 apud DAVEL; VERGARA, 2001, p. 34), foi somente

a partir do fim da década de 70 que a administração de Recursos Humanos deixou

de considerar as pessoas como único fator de custo, para vê-las como recursos à

disposição da empresa.

Pessoas não fazem somente parte da vida produtiva das organizações. Elas constituem o princípio essencial de sua dinâmica, conferem vitalidade às atividades e processos, inovam, criam, recriam contextos e situações que podem levar a organização a posicionar-se de maneira competitiva, cooperativa e diferenciada com clientes, outras organizações e no ambiente de negócios em geral. Pessoas tornam-se fonte verdadeira de vantagens competitivas por causa do seu valor, sua raridade, suas inimitáveis e insubstituíveis qualidades humanas (WRIGTH, MCMAHAN ; MCWILLIAMS, 1994; SPARROW ; MARCHINTON, 1998a apud DAVEL; VERGARA, 2001, p. 31)

A área de Gestão de Pessoas passou por varias mudanças nos últimos anos

hoje vemos a importância na empresa e como ele vem a ajudando na relação entre

colaboradores e gestores.

Assim, surgiu um novo papel para os gestores da organização. Estes

passam a assumir responsabilidades da ARH e são considerados gestores de

pessoas.

2.1.2 O papel do Gestor de Pessoas

A gestão de pessoas passou por cinco principais fases evolutivas. Segundo

Marras (2001), a primeira foi à fase contábil, pioneira da gestão de pessoas, na

seqüência veio à fase legal, com a função do chefe de pessoal, depois veio à fase

tecnicista, que trouxe ao Brasil o modelo americano de gestão de pessoas,

posteriormente veio à fase administrativa com a relação entre capital e trabalho e

finalmente a fase estratégica, que foi marcada pela introdução dos primeiros

programas estratégicos.

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A partir da segunda metade dos anos 90, segundo Araújo (2006), os

gestores de RH tiveram a oportunidade de fazer seu trabalho aparecer, com

decorrência disso, aumentar seu prestigio pessoal, com isso foi necessário assumir

novas atribuições: Prepara-se para o inicio da função; Alinhar as suas expectativas;

Conhecer sua equipe e organiza-la; Preparar sua estratégia com cuidado; Iniciar o

processo de mudança cultural; Ajustar-se com a chefia superior; Comunicar-se

sempre; Evitar falhas; Estar atento ao ambiente externo.

Ainda segundo Araújo (2006), o novo gestor de pessoas tem que possuir

atitudes e comportamento tais como: Desenvolver seu trabalho onde outros gestores

não querem; Não perder tempo com burocracias desnecessárias e que não traz

nenhum ganho; Ter controle sobre você mesmo e ter uma equipe competente com

características semelhantes as suas; Saber impactar; Lidar com pessoas difíceis;

Ser ético; Preparar-se para eventuais cortes de pessoas.

As características do comportamento dos gestores também vêm se

transformando. Esses, segundo Dutra (2006), tiveram de mudar, do foco no controle

para o foco no desenvolvimento. Deixaram de ser executivos burocratas, para ser

agentes do processo de desenvolvimento de competências profissionais de si

mesmos e de seus colaboradores. Assim, o grande desafio que o contexto atual e

futuro impõem as empresas é o de criar condições para que as pessoas possam

satisfazer suas necessidades de desenvolvimento, realização e conhecimento.

Gil (2001) complementa que o gestor de pessoas não deixa de ser um

administrador de recursos humanos, que desenvolve os processos de suplemento,

aplicação, desenvolvimento, manutenção e monitoramento das pessoas.

As organizações podem adequar-se as mudanças, para isso, necessitam

aprimorar as competências, a inovação, a criatividade, a flexibilidade, o trabalho em

equipe, a tomada de decisão, alem da capacidade de fazer a leitura do ambiente

interno e externo e identificar novas tendências, novos valore de mercado,

oportunidades e ameaças que fazem um diferencial para que a estratégia

organizacional se consolide com a gestão de pessoas.

Com o novo papel de gestão de pessoas também surgem novas vantagens

competitivas e a gestão de pessoas em serviços.

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2.1.3 Vantagens competitivas e a gestão de pessoas em serviços

Segundo Guerrier (2000), para que os empreendimentos que trabalham com

a hospitalidade possam interagir com o setor de serviços modernos, precisam ser

vistos como organizações que inovam em termos dos serviços prestados, do produto

oferecido e da tecnologia utilizada, para assim, manterem-se próximas aos clientes e

ganhar vantagem competitiva.

Para o turismo a qualidade no atendimento é muito mais exigida, pois todos

os fatores que nele participam dependem da qualidade do todo para obter o

resultado de um atrativo turístico.

Segundo a Organização Mundial do Turismo – OMT (2004), “Qualidade no

turismo pode definir-se, do ponto de vista subjetivo, como a relação entre a

expectativa e a realidade, avaliada pela satisfação do consumidor”.

A OMT (2003, p.146) cita ainda: “a Qualidade é responsabilidade de todas e

de cada uma das pessoas capazes de produzir um efeito sobre ela”, assim sendo, é

necessário o cuidado com o conjunto que irá compor o quadro funcional da empresa

incluindo o hierárquico.

A contratação de pessoal capacitado para a execução adequada e

responsável dos serviços de hotelaria é um tanto dificultoso, principalmente nos

países menos desenvolvidos, que além destas capacitações é necessário ter uma

boa higiene pessoal, boa aparência e um comportamento diário impecável. Estes

são os que estarão em contatos diretos e indiretos fornecendo serviços e produtos

aos clientes, portanto é necessária a preocupação pelo empresário em saber quem

irá compor sua equipe.

Toffler (1971 apud MARRAS, 2007) afirma que para sobreviver o indivíduo

necessita tornar-se mais adaptável e capaz do que nunca, pois tudo - a comunidade,

a religião, a família, a profissão – está mudando e sofrendo o impacto dessa

aceleração. Dentre essas mudanças, a adaptação do comportamento à organização

é a mais importante.

Em se tratando de organizações que prestam serviços, tais como hotéis e

restaurantes, Guerrier (2000) afirma que o pessoal do atendimento ao cliente tem

grande impacto sobre a satisfação do mesmo. Se o serviço for muito ruim, ainda que

a comida ou a hospedagem sejam boas, o cliente poderá não retornar ao hotel. O

autor ressalta ainda que foi somente a partir dos últimos quinze anos que as

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empresas começaram a perceber a necessidade de estar próximo ao cliente e de

competir também na prestação dos serviços.

E a maneira como acontece esta prestação de serviços é de extrema

importância para a sobrevivência das empresas no mercado. Segundo Castelli

(2001):

Ao se avaliar a dimensão da qualidade dos serviços, medem-se também as características que levam satisfação às pessoas, ou seja, o valor agregado ao serviço oferecido e sua capacidade de superar as expectativas do cliente e isso depende exclusivamente da forma como os serviços são prestados, pois, segundo o autor, sua qualidade consiste no desempenho obtido no serviço propriamente dito.

Castelli (2001, p.29) afirma ainda que:

As empresas prestadoras de serviço devem apostar fundamentalmente na qualidade do elemento humano, já que a excelência do serviço, condição da competitividade e sobrevivência da empresa, depende de como esse elemento humano está interagindo com os clientes.

Teixeira (2006) complementa lembrando que a importância dos

colaboradores que lidam diretamente com o público, na busca da qualidade na

prestação de serviços, não pode ser considerada de forma isolada, e sim como um

complemento e participação dos outros colaboradores que ficam na retaguarda ou

acima na escala hierárquica, formando assim, uma cadeia de informações que deve

resultar na satisfação do cliente.

Assim, percebe-se que o real diferencial competitivo de cada empresa está

em seu capital intelectual qualificado. E este deve estar presente em todos os

setores da empresa, motivado e acima de tudo comprometido com a empresa a fim

de auxiliá-la no desenvolvimento das suas atividades e na luta pela sobrevivência.

Para que sua equipe funcional tenha capacitação adequada para o bom

desenvolvimento de suas funções é fundamental dar instruções oferecendo

conhecimentos teóricos, realizar treinamentos para frisarem bem as atividades

práticas, e além de tudo educar fazendo com que mudem seus hábitos, atitudes,

conduta. Tais programas de capacitação têm proporcionado ótimos resultados as

empresas, entretanto é válido lembrar que tais cursos devem ser bem analisados

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para cada tipo de serviço ou função para atingir integralmente seus objetivos

desejados, sendo o recursos humanos o setor responsável para verificar.

2.2 Processos e atividades da gestão de pessoas

A Gestão de Pessoas tem um papel significativo voltado para o

desenvolvimento e o sucesso das organizações. Está totalmente ligada a pessoas,

e, portanto, a maneira como estas pessoas se desenvolvem, considerados desde a

busca no mercado de trabalho até seu desenvolvimento na organização, são

aspectos determinantes na competitividade organizacional.

Os processos de gestão de pessoas, assim como as atividades e as funções

deste setor, podem ser definidas e observadas de formas diferentes por vários

autores que abordam este assunto. Cada atividade é definida conforme sua cultura,

sua condições internas e externas e dos seus objetivos específicos.

No quadro a seguir envolvem-se processos apresentados na administração

de recursos humanos.

Figura 01: Processos de Recursos Humanos Fonte: Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007 p. 231)

Processos de RH

Processos De Agregar

Pessoas

Recruta- mento

Seleção

Processos de Aplicar Pessoas

Desenhos de cargos

Avaliação de Desempe-

nho

Processos de

Recompen-sar pessoas

Remunera-ção

Benefícios e

serviços

Processos de

desenvolvi-mento de pessoas

Treinamento

Mudança Comunica-

ção

Processo de manter

Pessoas

Disciplina Higiêne,

segurança e qualidade de

vida Relação com

sindicatos

Processos de

Monitorar pessoas

Banco de dados

Sistema de informação gerencial

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Os processos de recursos humanos, mostrados na figura, são interligados,

ou seja, se influenciam reciprocamente. Cada processo tende a favorecer ou

prejudicar os demais processos, isso dependerá de como serão utilizados e são

desenhados de acordo com a necessidade de cada empresa, assim podendo obter

melhores resultados.

Sabe-se que uma pessoa ao ingressar em uma nova organização, precisa

ser apresentada e familiarizada as regras, procedimentos e políticas vigentes. Desse

modo as atividades relacionadas ao suprimento ou agregação têm por finalidade

incluir novas pessoas à organização.

O objetivo das organizações deve estar bem definido quanto a se ter a

pessoa certa ocupando o cargo certo. Para se ter uma equipe ótima, basta contar

com pessoas qualificadas para o trabalho e motivadas pelo que fazem e que se

identifiquem com os objetivos da organização.

Dentro deste contexto, muitos autores classificam a identificação da

necessidade de pessoal como sendo uma forma de planejar os recursos humanos

na organização. Planejar o recursos humanos é uma atividade fundamental para que

se tenha sucesso no planejamento estratégico da empresa, Lacombe (2006, p. 27)

afirma que “é importante as pessoas se encaixarem muito bem nas posições

disponíveis na empresa e tenham condições de retribuir para os resultados previstos

nos planos estratégicos da organização”.

Pelo fato das organizações estarem em constantes mudanças, às

necessidades de pessoal também sofrem mudanças. As pessoas também mudam,

envelhecem, ganham experiência, perdem a motivação, para isso a organização

deve saber a hora de renovar a equipe.

Para o sucesso de uma organização não basta apenas saber conduzir a

equipe de trabalho, antes de tudo é preciso saber a hora de renovar a equipe e

mantê-la consciente nos objetivos da organização.

2.2.1 Recrutamento e Seleção

O recrutamento e seleção exercem um papel de fundamental importância no

contexto organizacional, pois esta diretamente ligada ao desenvolvimento da

empresa. Observa-se que cada organização possui uma cultura, portanto com o

recrutamento e a seleção não é diferente, onde o processo pelo qual é realizado

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caria conforme a organização. Sendo assim o recrutamento funciona como meio de

comunicação, onde são divulgadas vagas para determinados cargos internos da

empresa e a seleção funciona com o papel de escolher ou, seja dar opção e a

seleção decide qual o candidato irá se posicionar com um melhor desempenho ao

cargo que lhe foi oferecido. (CHIAVENATO, 2002).

Chiavenato (2002) afirma que, o processo de recrutamento é uma das

etapas mais importantes do processo de admissão de um novo profissional. Por isso

muitas empresas pesquisam primeiramente em seu ambiente interno, para depois ir

ao mercado de trabalho, o qual pode ser própria comunidade onde a empresa atua o

mercado regional, nacional ou internacional, depende das necessidades de

preenchimento de determinado cargo.

Para Gil (2001, p.152), “o processo de recrutamento é uma das etapas mais

importantes do processo de admissão de um novo profissional.” De maneira geral a

maioria das empresas busca em primeiro plano em seu ambiente interno para em

seguida ir ao mercado externo, isto vai depender nas necessidades da empresa.

Segundo Marras (2007), o recrutamento interno efetuado na própria

empresa, torna se mais rápido, tendo em vista que o funcionário selecionado não

necessita passar por testes de avaliação, e por demais processos necessários para

ocupar a vaga, neste sentido basta remaneja-lo do setor para o outro pelo qual foi

selecionado.

Para tanto ira servir também para que o funcionário motive se através do

recrutamento interno, onde a empresa se beneficia e o funcionário mostrara

satisfeito, tendo em vista que ambos sairão ganhando, alcançando os resultados

esperados.

O recrutamento externo para o novo profissional pode ser realizado por

vários meios, Anúncios na imprensa, palestras em escolas e universidades, por

recomendações de terceiros, agencias de emprego, arquivos de candidatos que se

apresentaram a empresa anteriormente, apresentação espontânea do candidato e

intercambio de empresas. Outros meios que auxiliam, em treinamento de seus

profissionais. No recrutamento são os anúncios em periódicos da empresa e por

páginas de divulgação de vagas na internet. (CHIAVENATO, 2002).

Após o processo de recrutamento, a tarefa da seleção passa a ser escolher

entre os candidatos recrutados dentre aqueles que possuem o perfil mais parecido

com o que a organização esta procurando.

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Para Marras (2000, p.79), o processo de seleção baseia-se na analise

comparativa de campos:

Primeiro sobre as exigências do cargo, que são as características que o cargo exige do profissional em termos de conhecimento, habilidades e atitudes para o bom desempenho das funções, segundo as características do candidato, que é o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que cada candidato possui para desempenhar as suas tarefas.

A partir do momento que é obtido a informação básica do candidato, fica a

critério do profissional de seleção decidir qual técnica será adequado utilizar para a

tomada de decisão.

Técnicas de seleção permitem obter uma visão clara de seu comportamento

através das suas características coletadas como amostra durante a seleção.

Chiavenato (1999, p.115) apresenta cinco técnicas, entrevista de seleção, provas de

conhecimento, testes psicométicos, testes de personalidade e técnicas de

simulação.

Para assumir a responsabilidade, o selecionador precisa ser uma pessoa

que possua maturidade emocional, que tenha habilidade no relacionamento

interpessoal e perspicácia para identificar pontos fortes e fracos na personalidade do

candidato. Muitos utilizam à entrevista como uma simples conversa sem nem um tipo

de planejamento, deixando duvidosa a competência técnica do entrevistado (GIL,

2001).

2.2.2 Avaliação de desempenho

De acordo com Hanashiro, Texeira e Zaccarelli (2007), competência é um

conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos manifestados

no desempenho em determinadas atividades por meio de ações observáveis pelos

outros.

Gil (2001, p. 21) “indica que para se obter um melhor entendimento de como

funciona a avaliação de desempenho é necessário resgatar alguns fatos que

marcaram as organizações”.

Nos anos 80, a avaliação de desempenho era muito limitada às

competências técnicas dos colaboradores, naquela época não se usava o termo

colaborador, e a avaliação era feita direto pela chefia imediata, no qual se chegava à

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conclusão se o colaborador tinha ou não a competência técnica exigida pela

organização. O resultado era chamado de LNT – Levantamento das necessidades

de treinamento, que passado os anos, passou para o lado comportamental, porém

uma análise superficial que visualizava mais a parte de liderança e motivacional.

Este termo foi modificado no início doa anos 90, no qual se passou a chamar

de avaliação por objetivos – APO, considerada hoje como uma avaliação imprópria

em função da forma como era conduzida, pois se baseava apenas em metas, e os

colaboradores que não atingiam os resultados exigidos eram punidos, pois não

traçavam objetivos, apenas seguiam os impostos pela empresa. Com isso na mesma

época surgiu o termo APPO, avaliação participativa por objetivos, no qual os

colaboradores começam a participar dos objetivos da organização.

No final dos anos 90, já começando 2000, veio de forma surpreendente o

conceito de competência, que de forma equivocada as empresas acabaram focando

nas competências comportamentais e se esqueceu das competências técnicas e dos

objetivos na composição da avaliação de desempenho, isso porque o colaborador

não é apenas comportamento.

A avaliação do desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho

de cada pessoa no cargo e o seu potencial de desenvolvimento futuro. (PONTES,

1996, p.22)

Segundo Chiavenato (1999) a avaliação de desenvolvimento serve para

julgar ou mensurar o valor, a excelência e as qualidades de uma pessoa e sua

contribuição para a organização. Também pode localizar problemas de supervisão e

gerencia, de localizar possíveis dissonâncias ou carências de treinamento, ou para

eliminar tais problemas.

Gil (2001 p.64) salienta que: “a avaliação de desenvolvimento deve ser

entendida menos como mecanismo de controle e mais como um meio de aumentar a

competência, que irá permitir orientar, corrigir e incentivar os colaboradores.”

Marras (2000) afirma que na prática, é preciso destacar e reconhecer que

esse instrumento carrega no seu processo uma dose forte de subjetividade, que o

reveste de uma ambigüidade realmente discutível. Esta ambigüidade, contudo, deve

ser reconhecida apenas em certos tipos de metodologia no seu sentido mais amplo,

isto é, levando em conta todos os aspectos que envolvem a prática e a

administração do programa de avaliação do desempenho humano.

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Lamcombe (2005) destaca a importância de fazer avaliações para mensurar

e verificar como os indivíduos se comporta e o que se pode esperar das atividades

que executam, o objetivo principal é melhorar o desempenho dos avaliados nas

posições que ocupam.

Para a avaliação e desempenho é importante ter conhecimento prévio

desses índices abordados, por meio do conhecimento dos objetivos e estratégias,

histórico da empresa, poderá se mensurar o quanto melhorou o desempenho

realizado em relação ao que era a organização e colaboradores anteriores.

(NASCIMENTO, 2001)

2.2.3 Remuneração

Serão apresentados nesse tópico fundamentos teóricos sobre remuneração.

“A remuneração inclui retorno financeiro e os serviços e benefícios tangíveis que os

empregados recebem como parte de pagamento em uma relação de trabalho.”

(MILKOVICH; BOUDREAU, 2000, p. 381).

As origens dos mecanismos de remuneração remotam a antiguidade, talvez

ao ano de 400 a.C, durante o reinado de Nabucodonosor, na babilônia, quando eram

pagos salários-incentivos aos trabalhadores envolvidos na produção de tecidos.

Nabucodonosor teria sido então, o primeiro grande visionário, na busca pelo sistema

perfeito de remuneração do trabalho. (RIBEIRO, 2005).

Com relação ao conceito de remuneração, Lacombe (2005, p.147) coloca

que “é a soma de tudo que é periodicamente pago aos empregados pelos serviços

prestados: salários, gratificações, adicionais, bem como todos os benefícios

financeiros”.

Uma das principais funções da organização é remunerar seus colaboradores

e por esta razão, esta área sempre mereceu atenção especial dos acionistas,

dirigentes e administradores de empresas. Contudo, com o passar dos tempos à

remuneração ganhou maior relevância, levando a administração desta área a

adquirir uma importância toda especial, na medida em que se foi percebido a

grandeza da figura do trabalhador.

Ainda com relação à importância da remuneração cumpre-se verificar os

esclarecimentos colocados por Godoy et al (2007), enfatizando que vai além de seu

caráter instrumental e transacional da relação de trabalho, mas é uma ferramenta

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que esclarece uma relação de parceria. Se por um lado à empresa sinaliza quais são

seus objetivos estratégicos e o que necessita para realizá-los, por outro lado os

colaboradores engajam-se nestes objetivos, sendo que a remuneração é uma das

pontes que sustentam esta integração.

Esclarece-se que a remuneração pode ser concebida de modo funcional ou

estratégia.

A remuneração funcional ou remuneração por cargo é a forma mais

tradicional utilizada pelas empresas para recompensar seus colaboradores por seu

trabalho e empenho representando hoje, a maior parcela do mix total de

remuneração (WOOD JR.; PICARELLI FILHO, 2004).

De acordo com Milkovich e Boudreau (2000, p. 384) “a remuneração

funcional é também conhecida como alinhamento interno e refere-se às

comparações entre funções e habilidades dentro de uma única organização.”.

Ribeiro (2005) enfatiza que, receber um salário justo como contrapartida do

aluguel da sua força de trabalho foi, e ainda é uma das principais reivindicações dos

trabalhadores, respaldados pelos sindicatos.

A remuneração estratégica para Marras (2002, p.169) “é aquela que

representa um modelo de compensação que permite premiar aqueles empregados

da empresa que, por uma razão ou outra, se destacaram dos demais em um

determinado período”.

Minamid (2006), define como sendo um conjunto de diferentes maneiras

para remunerar os colaboradores, representando um elo entre os indivíduos e a

nova realidade das organizações. As profundas transformações que as empresas

vêm sofrendo exigem novos sistemas de remuneração. Em ambiente caracterizado

por formas modernas de organização do trabalho (WOOD JR.; PICARELLI FILHO,

2004).

A remuneração estratégica de considerar todo o contexto em que a organização está inserida, levando em conta as suas características e planejamentos atuais e futuros. Os empregados sentem-se mais valorizados e melhor remunerados, maximizando a sua contribuição individual para o sucesso da organização e cumprimento das metas estabelecidas (MINAMID, 2006).

A remuneração estratégica, por ser baseada em estruturas flexíveis com o

desenvolvimento vinculado não a promoções, mas a desenvolvimento profissional

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alicerçado em desempenhos acima do satisfatório de suas atribuições, e com

participação ativa nos planos da organização em que são traçados os objetivos a

serem alcançados pela mesma, leva ocupante de determinado cargo a se

comprometer verdadeiramente com estes objetivos.

Com relação a esta questão, Xavier (1999, p.9) ainda afirma que a

remuneração estratégica “é uma poderosa ferramenta para o alcance das metas

empresariais e de motivação para os empregados”.

Diante de tamanha complexidade, ao decidir criar uma área para

administração da remuneração a empresa provavelmente perceberá a necessidade

de possuir uma forma organizada de administração da remuneração dentro de sua

estrutura.

2.2.4 Clima Organizacional

Na visão de diversos autores, clima organizacional uma variável abrangente

que influi diretamente e fortemente nos resultados de qualidade, produtividade e

desenvolvimento das organizações.

Seguindo o pensamento de Lacombe (2005) o clima organizacional reflete o

grau de satisfação do pessoal com o ambiente interno e a qualidade do ambiente de

trabalho percebida pelas pessoas da empresa. Este vinculado a motivação, lealdade

e a identificação com a empresa, a colaboração entre pessoas, ao interesse no

trabalho, a facilidade das comunicações internas da equipe entre outras variáveis.

Para Luz (2003, p.13) “clima organizacional é a atmosfera psicológica que

envolve num dado momento, a relação entre empresa e seus funcionários.” Quando

alguém é admitido numa empresa, deixa de ser completamente livre para comporta

se como bem lhe prouver. Esse novo colaborador tem que se adequar aos valores,

políticas e normas da organização. Quanto maior forem as necessidades de ajustes,

tanto maior tende a ser a motivação e, em conseqüência, tanto maior o clima

organizacional.

Quando os funcionários se sentem motivados, o clima organizacional se

traduz em relações de satisfação, de animação na empresa, de interesses e

colaboração, porem, quando existe baixa motivação, o clima organizacional se

caracteriza por estados de depressão, desinteresse, insatisfação, podendo chegar a

casos extremos como de agressividade, tumulto, inconformidade, casos típicos de

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situações em que os membros se defrontam abertamente com a organização,

ocasionando ate as greves, piquetes entre outras (CHIAVENATO, 2002).

A pesquisa de clima organizacional é um instrumento de avaliação do

modelo de gestão e das políticas de desenvolvimento organizacional. Podem-se

estabelecer os seguintes objetivos para uma pesquisa de clima organizacional

segundo Tachizawa (2001): Estudar a cultura organizacional da empresa; Avaliar a

imagem que os empregados fazem da empresa, de sua missão e de seus objetivos;

Medir o grau de satisfação dos empregados com os diferentes aspectos da

organização; Analisar os padrões de motivação e satisfação, bem como as

necessidades e expectativas dos empregados; Verificar se existe integração entre os

objetivos dos empregados e os objetivos da organização; Verificar se existe

correlação entre a satisfação na organização e a oferta do composto de benefícios e

serviços; Verificar o nível de integração entre as áreas; Estudar as relações

funcionais entre os empregados; Analisar os padrões de produtividade; Medir o grau

de envolvimento dos empregados com suas tarefas e responsabilidades, com os

clientes e com os agentes internos e externos;

Segundo ainda o mesmo pensamento de Tachizawa (2001), a pesquisa

pode ser dividida em três fases. A primeira consiste em avaliar os colaboradores em

seus diversos aspectos, de modo exploratório e qualitativo, utilizando roteiros pré-

estabelecidos para entrevista e reuniões em grupo.

A segunda fase tende a analisar os elementos verificados na fase um,

através de pesquisas de clima organizacional utilizando instrumentos específicos

que permitam responder prontamente as questões formuladas.

E a terceira fase, os dados coletados anteriormente servem para elaborar um

diagnostico geral dos problemas. Com o objetivo de avaliar todos os aspectos dos

colaboradores, auxiliando nas futuras ações possibilitando agregar mais valor à

administração da organização. Todos os resultados devem ser analisados,

apontando os pontos positivos e negativos do clima organizacional.

A maioria das organizações se preocupa em avaliar com freqüência seu

clima organizacional, sabem que dependem de como esta se apresentando, o

trabalho pode ficar prejudicado, as relações interpessoais comprometidas e os

resultados não alcancem os esperados, comprometendo o resultado final.

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2.3 Aprendizagem Organizacional

Abordar o tema aprendizagem organizacional implica procurar compreender

como as pessoas, individualmente e coletivamente, decidem e agem ao se

defrontarem com os desafios cotidianos que se impõe em atividades de trabalho.

Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007 p. 225) explicam que:

A palavra aprendizagem origina-se de aprendiz + agem. Significa primeiro ensino, aprendizado, prática em determinada profissão, iniciação, adestramento. Logo, aprendiz é aquele que aprende o ofício ou a arte. É o processo pelo qual o individuo adquiri informações, habilidades, atitudes e valores, envolvendo sempre a interação social, por meio de contato com a realidade, o meio ambiente e as outras pessoas, sendo necessárias condições facilitadoras e determinantes, como as orgânicas e a maturidade, bem como disposição interna, ou seja, motivação para que haja um estimulo contínuo.

Aprendizagem organizacional segundo Schermerhorn, Hunt e Osborn (1999)

é o processo de adquirir conhecimento e utilizar as informações para se adaptar com

sucesso a novas circunstâncias, tendo como base acontecimentos passados e

adaptando-os a novos desafios.

Marras (2001) afirma que é o aprimoramento das questões que dizem

respeito à empresa, como seu desenvolvimento, seus pontos fortes e fracos, o

presente e o seu futuro.

Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007 p. 231) definem aprendizagem

organizacional “como a capacidade de uma organização adquirir conhecimento com

sua experiência e a experiência dos outros, e modificar a sua forma de funcionar de

acordo com seus conhecimentos.”

Com base nas citações pode-se compreender que a aprendizagem

organizacional é uma ferramenta administrativa que torna possível agregar valor a

empresa. É uma mudança no comportamento das pessoas através da incorporação

de novos hábitos, atitudes, conhecimentos e destreza.

A aprendizagem na organização só passa a ter sentido em administração se

associada à mudança, haja intencionalidade ou não. Caso contrario, pode ser

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tratada em outro campo de estudos e aportar uma contribuição complementar à

administração. (ANTONELLO, BOFF, LIMA, 2005).

Para permanecerem viáveis num ambiente caracterizado por mudanças e

incertezas, as organizações precisam ser capazes de mudar a si próprias. Fazer isso

exige esforço considerável.

Seguindo o pensamento de Marras (2001) o processo de mudança tem certo

grau de dificuldade no gerenciamento, ao mesmo tempo em que a organização

necessita da mudança pelo fato do crescimento do mercado ou pelas novas

tendências, tendem a resistir conforme ela vem ocorrendo.

Harrison (2005) complementa que:

O ambiente de aprendizagem é criado para ajudar os membros organizacionais a questionarem suas suposições sobre a empresa e seu ambiente: o que os clientes querem o que os concorrentes estão fazendo que tecnologia funcione melhor e como resolver um problema. Para que o aprendizado ocorra, os membros devem entender que a organização é uma rede interdependente de pessoas e atividade. Alem disso o aprendizado exige que os membros mantenham seu trabalho como foco na criação de modelos de comportamento que seja consistente com a estratégia em vez de reagir casualmente aos problemas.

As teorias de aprendizagem organizacional estão hoje intrinsecamente

vinculadas à administração, especialmente no que diz respeito à compreensão do

que pode facilitar ou dificultar os processos de mudança.

A aprendizagem organizacional tem sido vista como a busca para manter e

desenvolver competitividade, produtividade e inovação em condições tecnológicas e

de mercado incertas.

As organizações que aprendem são dotadas de capacidade de mudança

continua e desenvolvimento de competências requeridas para manter-se

competitiva.

O processo de aprendizagem organizacional ocorre por três momentos, como

demonstrado na figura a seguir:

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Figura 02: O ciclo de aprendizagem organizacional Fonte: Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007 p. 231).

Conforme os autores, a aquisição de conhecimento organizacional está

relacionada diretamente à experiência de seus colaboradores e indiretamente pela

experiência da organização. A disseminação do conhecimento remete a reflexão do

conhecimento explicito que é aquele que pode ser compartilhado ou transmitido na

organização. O uso do conhecimento relaciona-se a mudança de decisões, aos

comportamentos dos colaboradores e a cultura da organização.

O autor Argyris, (1999 apud ANTONELLO, BOFF e LIMA, 2005) define

aprendizagem organizacional como um mecanismo para superar obstáculos de

mudança organizacional.

Portanto, é uma mudança no comportamento das pessoas através da

incorporação de novos hábitos, atitudes e conhecimentos.

2.3.1 O novo cenário das organizações

Vergara (2000) afirma que a informação atravessa as fronteiras geográficas

e mostra o movimento da globalização, propiciando a integração do espaço físico

com a aceleração do tempo. É possível sentir os reflexos de determinadas ações a

quilômetros de distância do ocorrido. Além disso, a informação movimenta o

mercado, acelera os negócios e os contatos, acirra a competitividade e influi no

modo de pensar das pessoas.

Dissemina Usa

Adquire

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Porém, é preciso estar atento para que não ocorra o excesso de influências

na cultura e nas raízes dos indivíduos, o que, segundo a autora, sempre existiu e ele

acredita que “a globalização vai tornar cada vez mais evidentes as diferenças

culturais” (VERGARA, 2000, p. 19).

A autora pontua ainda algumas características da sociedade da informação,

tais como: o desnudamento dos paradigmas e das contradições, a alta

complexibilidade e velocidade das informações, a interdependência dos fenômenos,

a globalização, a alta competitividade entre as empresas, a maior exigência dos

consumidores, a crescente participação feminina em todos os aspectos da vida, a

maior consciência política dos colaboradores e o envelhecimento da população.

Todas essas características, aliadas à tecnologia incessante, devem ser

muito bem estudadas e analisados para que se possa ter certo controle sobre as

situações, não sendo devorados por ela. Como exemplo disso, a autora cita a

ameaça da substituição da mão-de-obra humana pela tecnologia. Afirma também

que a era da informação tornou mais gritante as diferenças sociais, deixando mais

claro o problema da má distribuição de renda no país e preocupando com o estímulo

ao baixo desenvolvimento pessoal e interpessoal do ser humano.

Em meio ao expressivo avanço dessa tecnologia, Guerrier (2000) afirma que,

para driblar o desemprego, o colaborador que lida diretamente com o público,

deverão oferecer um “trabalho emocional” ao invés de um trabalho técnico, assim

terá maior destaque e fará toda a diferença. Davis e Newstrom (1996) dizem que a

motivação é essencial ao funcionamento organizacional. Não importa quanta

tecnologia e equipamentos tenham uma organização, tudo isso não pode ser

utilizado sem que exista uma pessoa motivada por traz dos equipamentos.

Sob o aspecto organizacional, Vergara (2000) destaca a redução dos níveis

hierárquicos, a horizontalização das estruturas, a ampliação da delegação e o

crescente surgimento de equipes multifuncionais com expressiva autonomia.

Assim, percebe-se, nitidamente, o crescimento e valorização do potencial

humano. Uma vez que o mercado sofre constantes mudanças, as organizações

precisam acompanhá-las, e a melhor forma de fazer isso é investir, qualificar e

confiar responsabilidades ao seu colaborador, aumentando assim o seu

comprometimento.

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2.3.2 Mudança organizacional

Abordar um assunto como mudança organizacional não é tarefa fácil, isso

porque o assunto vem sendo explorado por muitos autores nos últimos anos, sendo

objeto de uma gama de artigos e livros de enfoques diversos no tema.

Wood (2004), afirma que uma das características do tema mudança

organizacional é a alta velocidade com que correntes dominantes se tornam

ultrapassadas e dão lugar a novas abordagens.

O tema mudança organizacional ganhou destaque por esse aumento da

velocidade das macro mudanças e a elevação da taxa de mudanças descontínuas

em relação às mudanças evolutivas e incrementais.

Conforme o pensamento de Schermerhorn, Hunt e Osborn (1999) as

organizações progressistas não estão somente com o antigo pensamento de reduzir

a escala operacional, cortando empregados e introduzindo novas tecnologias na

tentativa de uma melhor qualidade. Estão mudando a essência da forma de fazer as

coisas.

As forças das mudanças organizacionais estão sempre presentes dentro e

ou redor das organizações.

Segundo os autores Schermerhorn, Hunt e Osborn (1999 p.282) as mudanças

em uma organização podem ser planejadas e não planejadas:

As mudanças não planejadas ocorrem espontaneamente ou aleatoriamente. Podem ser desestabilizadoras, como uma greve geral que acarreta o fechamento da fabrica, ou benéficas, como um conflito inter-pessoal que resulta em um novo procedimento para melhorar o fluxo de trabalho entre dois departamentos. Quando as forças de uma mudança não planejada começam a aparecer, a meta adequada é agir rapidamente para reduzir ao mínimo as conseqüências negativas e maximizar os benefícios possíveis. A mudança planejada resulta de esforços específicos por parte do agente de mudança. É uma resposta direta à percepção de alguém de uma lacuna de desempenho, ou seja, uma discrepância entre uma situação real e uma situação desejada. É conveniente pensar na maioria das mudanças planejadas como esforços projetados para lidar com lacunas de desempenho de forma que beneficie a organização e seus membros.

Schermerhorn, Hunt e Osborn (1999 pág.27) “esta década será lembrada

como àquela em que a forma pela quais as pessoas trabalham foi fundamentalmente

alterada. Já foi experimentado o estresse do enxugamento e da reestruturação,

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sentido os altos e baixos das variações na economia e testemunhado o advento da

internet e seu impacto no dia-a-dia”.

Pode-se afirmar que os consumidores tornaram-se mais exigentes, um

número cada vez maior de competidores chega ao mercado, o ciclo de vida dos

produtos está reduzindo, a força de trabalho requer novo tipo de tratamento, a

velocidade torna-se fundamental. A cada dia ouve-se falar de novas empresas que

se reestruturaram ou passaram por profundas mudanças. Por isso a capacidade de

sobrevivência depende da sua capacidade de adaptação. Wood (2004, p 21) afirma

que segundo diversos autores:

Nessa nova era a sociedade de informações substituirá a sociedade industrial, mudando radicalmente as estruturas sociais; o capital humano será o recurso mais importante e, pela relativa escassez, mais valorizado; a introdução da tecnologia de informação fará desaparecer a burocracia, os controles e os níveis intermediários das organizações, e o trabalho será encarado como uma forma de desenvolvimento humano.

Somente sobreviverão ao futuro as empresas que adaptarem-se as

mudanças que o mercado vem mostrando diariamente, além de darem condições

para os colaboradores demonstrarem as competências individuais ou pertinentes a

empresa.

2.3.3 Competências Organizacionais e Individuais

As formas como as organizações efetuam a gestão de pessoas passa por

grandes transformações em todo o mundo. Essas transformações vêm sendo

motivadas pela inadequação dos modelos tradicionais de gestão de pessoas no

atendimento as necessidades e a expectativas das empresas e das pessoas.

Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007 p. 217) definem competência

organizacional como:

O resultado de uma combinação estratégica de recursos, habilidades e processos organizacionais, os quais são orientados e integrados para o atendimento de uma ou mais necessidades de clientes; e que, em virtude de suas propriedades únicas, contribui de forma relevante para a geração de valor e para a formação de vantagem competitiva sustentável.

Um dos primeiros pontos de controvérsia da noção de competência é o que

se trata do tênue limite entre as expressões capacidade e competência.

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Antonello, Boff e Lima (2005), dizem que:

As capacidades podem ser entendidas como potenciais que estão disponíveis pra serem mobilizados numa situação específica. As competências são entendidas como a ação que combina e mobiliza as capacidades e os recursos tangíveis.

Segundo Antonello, Boff e Lima (2005), as referências apresentadas

permitem articulares adequadamente a relação entre as noções de competência e

capacidade, observarem que a mobilização das capacidades no exercício da

competência pode associar-se a outros tipos de recursos tangíveis, tais como

instrumentos, sistemas, equipamentos, e que a efetividade da competência está

sujeita aos resultados desejados.

A figura a seguir demonstra um exemplo de competência em ação em um

caso da educação.

Figura 03: Exemplo de competência em ação no caso d a educação: elementos principais Fonte: Antonello, Boff e Lima (2005)

Também se pode confundir competência com qualificação, mas com a figura

a seguir, pode-se observar a distinção entre qualificação e competência.

EXEMPLO DE COMPETÊNCIA EM AÇÃO: Expressar-se por escrito

Conhecimento (das letras, dos sons, das sílabas, organização das palavras)

Habilidades: (de desenhar as letras, memorizar sons, concentração)

Atitudes: disponibilidade para aprender

Competência expressar-se por escrito

Recursos: lápis, borracha, folhas, escrivaninha, etc.

Condições: números de linhas, tempo para realizá-la, recursos a disposição

Desempenho: adequação do sentido, organização das palavras, etc.

Avaliação

Entrega: redação sobre fim de semana

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Figura 04: As noções de qualificação e competência e as características principais dos respectivos contextos Fonte: Antonello, Boff e Lima (2005).

Muitos autores compreendem a competência como um conjunto de

conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para que a pessoa desenvolva

suas atribuições e responsabilidades.

Segundo Dutra (2004) as organizações, como conjunto de competências que

lhe é próprio. Essas competências decorrem da gênese e do processo de

desenvolvimento da organização e são concretizadas em seu patrimônio de

conhecimentos, que estabelece as vantagens competitivas de organização.

Segundo Ulrich (2000, p. 56) “competência organizacional é o resultado de

uma combinação estratégica de recursos, habilidades e processos organizacionais,

os quais são direcionados para as necessidades dos clientes”.

De outro lado, têm-se as pessoas, com um conjunto de competências que

pode ou não ser aproveitadas pela empresa. Maria Tereza Fleury (2000 apud

DUTRA, 2004), define competência de pessoas ou individual com a seguinte frase:

“Saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir

conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à

organização e valor social ao individuo.”.

Ao colocar organização e individuo lado a lado, pode-se verificar um

processo continuo de troca de competências. A organização transfere seu patrimônio

Qualificação

• Relativa a estabilidade da

atividade economica; • Concorrencia localizada;

• Lógica predominante: indústria (padrões);

• Emprego formal e forte base sindical;

• Organização do trabalho com base em cargos definidos e tarefas prescritas e programadas;

• Foco no processo; • Baixa aprendizagem.

Competência

• Baixa previsibilidade de negócios e atividades;

• Intensificação e ampliação da abrangencia da concorrência;

• Lógica predominante: serviços

(eventos); • Relações de trabalho informais

e crise dos sindicatos; • Organização do trabalho com

base em metas, responsabilidade e multifuncionalidade;

• Foco nos resutados; • Alta aprendizagem.

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para as pessoas, de mesmo modo que são as pessoas que ao colocar em pratica

conhecimento, concretizam as competências organizacionais. “A agravação de valor

das pessoas é, portanto, sua contribuição efetiva ao patrimônio de conhecimentos da

organização, permitindo-lhe manter suas vantagens competitivas no tempo.”

(DUTRA 2004, p 24).

As competências individuais devem estar vinculadas às competências

organizacionais, visto que é mutuo a influencia que uma tem com a outra. No quadro

a seguir observa-se que tem-se estratégias, com as estratégias vem os objetivos a

ser alcançados (competencia organizacional) e as competências individuais fazem

com que a competência organizacional seja alcançada. Uma é o objetivo a outra é a

ação, por isso uma completa a outra.

ESTRATÉGIA

COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS

COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS

Volume de vendas Exelência Operacional (bens de consumo, commodities).

• Custo • Qualidade • Processo Produtivo • Distribuição • Monitoramento de

Mercado • Comercialização • Parcerias Estratégicas

• Orientação a custos e qualidades

• Gestão de recursos e prazos • Trabalho em equipe • Planejamento • Interação com sistemas • Multifuncionalidade • Relacionamento interpessoal

Foco na Customização Inovação em Produtos (produtos para clientes ou segmentos específicos)

• Inovação de produtos e processos

• Qualidade • Monitoramento

tecnológico • Imagem • Parcerias tecnológicas

estratégicas

• Capacidade de inovação • Comunicação eficaz • Articulação interna e externa • Absorção e transferência de

conhecimentos • Liderança e trabalho em

equipe • Resolução de problemas • Utilização de dados e

informações tecnicas • Aprimoramento de

processos/produtos e participação em projetos

Quadro 01: Relação entre intento estratégico, compe tências organizacionais e competências individuais. Fonte: Dutra (2004)

O processo de treinamento e desenvolvimento de pessoas tem sido

considerado essencial nas organizações e cada vez mais as empresas vem

investindo no desenvolvimento de pessoas, afinal o mercado de trabalho precisa de

profissionais cada vez mais capacitados e preparados.

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2.4 Treinamento e Desenvolvimento

Diante de novos desafios apresentados pelo mundo em transformação e o

mercado globalizado, as empresas ou os empreendimentos devem estar cientes das

necessidades em que o próprio mundo encontra-se. Na área de recursos humanos,

nota-se que o treinamento e o desenvolvimento dos colaboradores e da própria

gerencia e diretoria está sendo abordada e trabalhada. Esta abordagem deve-se a

grande importância que estes dois pontos têm sobre a qualidade total, rentabilidade

e perfeito funcionamento da empresa.

O treinamento, que é parte do processo educativo do individuo, visa ajudar o

colaborador a adquirir eficiência no seu trabalho, proporcionando ao mesmo um

desempenho adequado no seu ambiente profissional. Possui inúmeras vantagens,

sendo algumas delas, conforme Carvalho (2001):

a) definir prioridades de formação objetivando os setores da organização;

b) caracterizar os mais diversos tipos e formas de treinamento a serem aplicados,

observando os custos, facilidades e vantagens do mesmo;

c) elaborar planos de capacitação profissional visando às metas da empresa entre

outros, aproveitando com isso as potencialidades dos colaboradores;

d) a economia dos custos;

e) as condições de competitividade mais vantajosas;

f) o aprimoramento dos serviços produzidos e dos produtos oferecidos, diminuindo

os acidentes e o desperdício pela melhoria das técnicas de trabalho

(inovação/tecnologia);

g) definindo as características e atribuições de cada colaborador, proporcionando

maior estabilidade no emprego, estímulo e fortalecimento da confiança no

processo que os envolve.

Para Chiavenato (1999, p. 295) treinamento é:

Um processo educacional através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, habilidades e atitudes para o desempenho de seus cargos. É um processo educacional porque visa à formação e preparação das pessoas. E está voltado eminentemente para o desempenho do cargo, seja o atual, seja um cargo futuro na empresa. Ele envolve três tipos de conteúdo, que são: transmissão de informações e de conhecimento, desenvolvimento de habilidades e desenvolvimento de atitudes.

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Os autores Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001) definem o desenvolvimento

de pessoal, com os processos e conjunto de atividades que se fundem a fim de

explorar o potencial de aprendizagem e a capacidade produtiva do fator humano nas

organizações.

Segundo o mesmo pensamento dos autores o treinamento busca o

aperfeiçoamento do desempenho funcional, tendo como foco o aumento da

produtividade e o aprimoramento das relações interpessoais na organização.

Enquanto o treinamento é mais voltado para o presente o processo de

desenvolvimento do colaborador é mais orientado para o futuro e mais preocupado

com a educação do que com o treinamento específico para o cargo do colaborador.

Este focaliza o crescimento pessoal do colaborador. (CARVALHO, 2004)

Enfatizando a importância do processo de desenvolvimento do colaborador,

DeCenzo (2004, p.137) diz que “os métodos para desenvolver os empregados em

geral são utilizados para desenvolver os talentos de futuros gerentes”.

Spector (2002) diz que o treinamento é uma das principais atividades das

organizações, privadas ou públicas em todo o mundo. Essa é uma atividade

destinada tanto para os novos funcionários quanto para os já experientes.

O treinamento não deve ser confundido como uma simples questão de

realizar cursos e proporcionar informações. O treinamento vai muito mais longe,

significa atingir o nível de desempenho almejado pela organização através do

desenvolvimento contínuo das pessoas que nela trabalham. (Chiavenato, 1999)

O treinamento pode envolver uma mudança de habilidades, conhecimento,

atitudes ou comportamento. Isto significa mudar aquilo que os colaboradores

conhecem como eles trabalham, suas atitudes frente ao seu trabalho ou suas

interações com os colegas ou supervisores.

Spector (2002) divide o treinamento em cinco etapas: avaliação de

necessidades, definição de objetivo, projeta de treinamento, aplicação do

treinamento e avaliação do treinamento.

Figura 05: Processo de treinamento Fonte: Adaptado de Spector, P.E (2002)

Avaliação das necessidades

de treinamento

Definição de objetivos

Projeto de treinamento

Aplicação do treinamento

Avaliação do treinamento

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No figura a seguir, Carvalho e Nascimento (2002), é possível compreender as

etapas que constituem o processo de treinamento e desenvolvimento detalhado.

Resultados Insatisfatórios

Figura 06: Processo de treinamento e desenvolviment o detalhado (processo cíclico) Fonte: Carvalho e Nascimento (2002 p. 175)

As quatro etapas do treinamento envolvem o diagnostico, que é o

levantamento das necessidades de treinamento, a decisão quanto à estratégia para

a solução, a implementação da ação e a avaliação dos resultados do treinamento.

Para a compreensão dessas etapas discute-se a seguir as principais abordagens.

Diagnóstico da situação

Alcance dos objetivos da organização. Determinação de requisitos básicos da força de trabalho. Resultado da avaliação do desempenho. Análise de problemas e de pessoal. Análise de relatórios e outros dados.

Levantamento de necessidades

Decisão quanto à estratégia

Quem treinar? Como treinar? Em que treinar? Onde treinar? Quando treinar?

Implementação ou ação

Aplicação dos programas pela assessoria, setor ou combinadamente por ambos.

Execução de treinamento

Programação de treinamento

Diagnóstico da situação

Acompanhamento Verificação ou mediação. Comparação da situação atual com a anterior.

Avaliação dos resultados

Retroação

Resultados Satisfatórios

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2.4.1 Levantamento de Necessidades de Treinamento

Seguindo o pensamento de Chiavenato (2005), para que a equipe de

qualquer empresa que tenha capacitação adequada para um bom desenvolvimento

de suas funções é necessário dar instruções, oferecer conhecimentos teóricos,

realizar treinamentos para ser frisada as atividades práticas, e educar fazendo com

que mudem seus hábitos, atitudes e conduta. Proporcionando assim, o

aperfeiçoamento e a estratégia constante dos mesmos. Além de preparar seus

colaboradores para a execução imediata das mais variadas tarefas a serem

executadas na organização, proporcionando com isto o contínuo desenvolvimento e

aperfeiçoamento pessoal e criando desta forma responsabilidade, compromisso,

satisfação pessoal e aumentando conseqüentemente a motivação dos colaboradores

e tornando-os mais receptivos às ordens e controles dos superiores.

Os autores Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001 p.123) afirmam que “o

primeiro passo para a implementação de um programa de treinamento é o

levantamento da necessidade de capacitação e desenvolvimento de recursos

humanos da organização.”.

Para Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001), necessidades de treinamento

são as carências de preparo profissional das pessoas, ou seja, a diferença entre o

que uma pessoa deveria saber e aquilo que ela realmente sabe fazer. Significa um

descompasso entre o que deveria ser e o que realmente é. É o desempenho atual e

passado e a possibilidade de alcançar o novo patamar de desempenho futuro.

Nessa etapa, busca-se conhecer o planejamento estratégico da empresa e

as metas definidas para a área onde estão às pessoas a serem treinadas, as

habilidades a serem desenvolvidas e o perfil dos colaboradores a serem treinados.

Para Chiaveato (1999 p. 300) os métodos de levantamento de necessidade

de treinamento se dividem em três etapas:

O primeiro deles é avaliar o processo produtivo interno da organização, localizando fatores como produtos rejeitados, barreiras, pontos fracos relacionados com o desempenho de pessoas, custos laborais elevados, etc. O segundo é a retroação direta a partir daquilo que as pessoas acreditam serem necessidades de treinamento na organização. As pessoas verbalizam clara e objetivamente que tipos de informação, habilidades ou atitudes elas necessitam para executar melhor as suas atividades. O terceiro envolve a visão do futuro. A introdução de novas tecnologias ou equipamentos, novos processos

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para produzir os produtos ou serviços da organização, novos produtos e serviços ou desenvolvimento dos atuais produtos e serviços são sinais de que novas habilidades e destrezas deverão ser adquiridas pelas pessoas.

Chiavenato (1999) complementa ainda que o levantamento das

necessidades de treinamento possa sofrer quatro análises:

Organizacional

A partir do diagnóstico de toda organização, para verificar

os aspectos da missão, da visão e dos objetivos

estratégicos que o treinamento deve atingir.

Recursos Humanos

A partir do perfil das pessoas, determina quais

comportamentos, atitudes, conhecimentos e competências

necessários para que as pessoas possam contribuir para o

alcance dos objetivos estratégicos da organização

Estrutura de Cargos

A partir do exame dos requisitos e especificações dos

cargos, Identificar quais são as habilidades, destrezas e

competências que as pessoas deverão desenvolver para

desempenhar adequadamente os cargos.

Treinamento

A partir dos objetos e metas que deverão ser utilizados

como critérios para avaliação da eficiência e eficácia do

programa de treinamento.

Figura 07: Analise de levantamento das necessidades de treinamento

Fonte: Chiavenato (1999)

Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007) afirmam que são utilizadas diversas

técnicas de levantamento de necessidades de treinamento, tais como entrevistas

com as pessoas que atuam na linha de frente do atendimento, como os chefes e

gerentes, aplicação de questionários, avaliação de desempenho dos funcionários,

observação direta de atuação das pessoas, pesquisa de clima organizacional,

discussões em grupo, reuniões interdependentes, testes de conhecimento, analises

de indicadores como o giro pessoal e outros.

Tendo sido identificadas as necessidades de treinamento em função das

estratégias do negócio, estabelecidos os objetivos, torna-se necessário escolher

como e onde serão realizados os programas.

O treinamento no local de trabalho ou no cargo expõe os colaboradores a

situações de trabalho concretas, fazendo com que eles se tornem imediatamente

produtivos, ou seja, eles aprendem fazendo, executando a tarefa. Existem dois tipos

de treinamento no cargo, que são os programas de aprendizado e o treinamento de

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instrução no cargo. Este consiste em quatro etapas básicas, conforme Carvalho

(2003), como preparar os treinados falando sobre o cargo e dissipando suas

incertezas e preocupações, apresentar a empresa, transmitir as informações

essenciais de uma maneira clara, fazer com que os treinados realizem o trabalho, a

fim de demonstrar a compreensão que tiverem e, por fim, colocá-los na função,

sozinhos, com supervisor designado para vistoriar e auxiliar, podendo este ajudar

aos que a ele recorrerem. A eficácia deste treinamento, indicada por estudos,

demonstra que através desta a rotatividade dos colaboradores é muito pequena

quase inexistente.

O treinamento fora do cargo abrange técnicas como palestras em sala de

aula, filmes, demonstrações, estudos de casos e outros exercícios de simulação e

instrução programada.

Essas técnicas são apresentadas na figura a seguir:

Figura 08: Classificação das técnicas de treinament o Fonte: Chiavenato (2004)

Tecnicas de Treinamento

Quanto ao

Uso

Quanto ao Tempo (época)

Orientadas para o conteúdo

Mista (conteúdo e processo)

Leitura, instrução programada, instrução assistida por computador

Estudos de caso, jogos e simulações, conferências e várias tecnicas on-the-job

Após o ingresso na empressa

Programa de indução ou da integração à empresa

Treinamento no local (em serviço) ou fora do local de trabalho (fora de serviço)

Quanto ao

Local

No local de trabalho

Fora do local de trabalho

Treinamento em tarefas, rodizio de cargos, enriquecimento de cargos

Aulas, filmes, painéis, casos, dramatização, debates, simulações, jogos

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Enquanto o treinamento é mais voltado para o presente o processo de

desenvolvimento do colaborador é mais orientado para o futuro e mais preocupado

com a educação do que com o treinamento específico para o cargo do colaborador.

Este focaliza o crescimento pessoal do colaborador.

Enfatizando a importância do processo de desenvolvimento do colaborador,

DeCenzo (2004, p.137) diz que “os métodos para desenvolver os empregados em

geral são utilizados para desenvolver os talentos de futuros gerentes”.

Por este motivo, o treinamento deve ser seguido com linguagem e materiais

para todos os níveis, pois, as pessoas mudam constantemente e sua agilidade no

aprendizado evolui juntamente.

2.4.2 Programação de Treinamento

O programa de treinamento é a segunda etapa do processo, refere-se ao

planejamento das ações de treinamento. Com as necessidades de treinamento

diagnosticadas e localizadas na primeira etapa do processo, torna-se necessário

reunir o atendimento a essas necessidades em um programa integrado e coeso.

Para Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007 p. 262):

o planejamento é o momento em que são elaborados os planos, os programas, os recursos. A primeira ação é identificar as necessidades de treinamento e os prazos de atingi mento, ou seja, o que é preciso obter para, em seguida, se estabelecerem os critérios de avaliação dos resultados.

Daviel e Vergara (2001) afirmam que os planos de treinamento são

recomendados não apenas para os novos colaboradores, mas também para àqueles

que já estão na empresa e que podem e devem sempre se atualizar e se reciclar a

fim de melhorar habilidades, aumentar conhecimentos e desenvolver atitudes,

gerando assim maior lucratividade à empresa e conseqüentemente a si própria.

Demonstrando que os planos de treinamento são também mutáveis e se necessário,

reestruturados.

Chiavenato (1999 p. 302) diz que programa de treinamento: “significa definir

seis ingredientes básicos: quem deve ser treinado, como deve ser treinado, como

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deve ser treinado, em que, por quem, onde e quando, a fim de atingir os objetivos do

treinamento”.

A seguir apresenta-se o levantamento das necessidades de treinamento:

Quem deve ser treinado? Treinandos

Quem vai treinar? Treinador ou instrutor

Em que treinar? Assuntos ou conteúdo do treinamento

Onde treinar? Local, físico, órgão ou entidade

Como treinar? Métodos de treinamento e/ou recursos

necessários

Quando treinar? Época do treinamento e horário

Quanto treinar? Volume, duração ou intensidade

Para que treinar? Objetivos ou resultados esperados

Quadro 02: Levantamento de necessidade de treinamen to Fonte: Adaptado de Carvalho e Nascimento (2002)

Como outros autores, Carvalho e Nascimento (2002 p. 175) “afirma que é

necessário, primeiramente, ir à busca de respostas adequadas e pertinentes a

questões que envolvem o treinamento, que, conforme o quadro acima as mesmas

que outros autores citam.”

É preciso avaliar as necessidades da organização e das pessoas e

estabelecer critérios precisos para estabelecer o nível de desempenho almejado.

Com isso é possível observar que muitas vezes os treinamentos oferecidos por

diversas empresas, nem sempre vão ser o melhor para outro, pois o que soluciona o

problema em uma, não é a solução para o problema da outra.

As organizações precisam estar dispostas a dar espaço e oferecer

oportunidades para que as pessoas possam aplicar novas competências e

conhecimentos adquiridos no treinamento. (CARVALHO; NASCIMENTO, 2002)

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Chiavenato (1999 p. 302) “afirma que para evitar desperdícios e garantir o

retorno desejado do investimento, é imprescindível na programação do treinamento.”

2.4.3 Execução de Treinamento

A terceira etapa do processo é a execução do treinamento. Nessa etapa

coloca-se em prática tudo o que foi definido nas etapas anteriores.

Segundo Chiavenato (2005) refere-se à aplicação da terapêutica planejada,

em outras palavras, significa execução da programação do treinamento nas pessoas

ou nas áreas que apresentam sinais de necessidade de treinamento.

Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007) comentam que nem sempre o que foi

planejado verifica-se na etapa de execução como adequado, é necessário promover

adaptações de acordo com a reação observada nos treinados.

Os autores citados afirmam que a execução consiste no “momento da

entrega” e nela reside a última oportunidade para se alcançar os objetivos e a

eficácia do treinamento.

O treinamento executado é de extrema importância para o futuro

funcionamento das operações de cada setor. Este está integrado ao

desenvolvimento e relacionamento humano e também direcionado para as técnicas

e procedimentos utilizados na empresa.

Como citado anteriormente, existem várias técnicas para transmitir as

informações necessárias e desenvolver as habilidades requeridas no programa de

treinamento. Para Chiavenato (1999) as duas principais técnicas para transmitir

informação são: leituras e instrução programada.

Leitura: é o meio de comunicação que envolve uma situação de mão única na qual um instrutor apresenta verbalmente informação a um grupo de ouvinte, Instrução Programada: é a técnica utilizada para transmitir informação em programas de treinamento; é uma técnica para instrução sem a presença ou intervenção de um instrutor humano.

Pode-os dizer que uma das vantagens da leitura é que o instrutor expõe aos

que estão sendo treinados uma quantidade máxima de informação dentro de um

determinado período de tempo. Entre as vantagens da instrução programada é que

pode ser computadorizada e os que estão sendo treinados absorvem conhecimento

em qualquer lugar.

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Para Chiavenato (2004, p.349), apesar de citar como as duas principais

técnicas, o autor destaca que pode haver falhas.

A leitura por ser um meio de mão única, os treinandos adotam uma postura passiva. Pouca ou nenhuma oportunidade existe para esclarecer dúvidas ou significados ou verificar se os treinados compreenderam o material de leitura, A instrução programada tem como principal desvantagem a não resposta para os treinados.

Todos os colaboradores devem ter pleno conhecimento da filosofia, da

missão e das práticas utilizadas pela empresa, juntamente com seus deveres e

direitos. E para possuir melhor controle e avaliação os responsáveis por cada setor

motivarão os futuros contribuintes, passando conhecimentos e demonstrando como

devem agir em cada área de trabalho. (CHIAVENATO 1999)

Segundo Chiavenato (2005) a execução do treinamento cabe ao executivo

ou a própria pessoa que apresenta sintomas de necessidade de treinamento. Na

realidade, o treinamento é uma responsabilidade de linha e uma função de staff. A

assessoria de RH pode, em função das necessidades, planejar ou projetar uma

programação de treinamento para que sua execução possa ser aplicada no próprio

local pelos executivos ou colaboradores carentes.

Sendo assim, as ações de treinamento atenderão a todos os níveis

funcionais e estarão voltadas para o alcance dos resultados esperados pela

organização.

2.4.4 Avaliação do Treinamento

A quarta etapa é a avaliação do programa de treinamento para verificar sua

eficácia. É nessa etapa que se vai observar se o treinamento realmente atendeu as

necessidades da empresa.

Marras (2002, p.159) pondera que:

para que essa etapa consiga cumprir sua finalidade todo modelo de treinamento, deve ser previamente planejado e programado para que, ao seu termino, haja a possibilidade de mensurar os resultados conseguidos. Sem essas condições, cria-se uma dificuldade muito grande que compromete a possibilidade da efetividade do trabalho realizado. Por essa razão e por existir, de fato, em alguns casos, essa dificuldade – afirma-se que é um dos grandes problemas enfrentados pela área de T&D: poder mensurar claramente os resultados de certos modelos de treinamento. Assim, em ocasiões

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em que não há reais possibilidades de realizar uma avaliação objetiva, devem-se traçar previamente metas que conduzam a resultados ao menos observáveis ou com respostas indiretas que subsidiem a decisão de saber se a relação custo-benefício foi conseguida ou não.

Já Chiavenato (1999) afirma que:

Para determinar a eficácia do programa de treinamento devem ser feitos alguns questionamentos como: As rejeições e refugos foram eliminados? As barreiras foram removidas? Os custos de trabalho por unidade diminuíram? As pessoas se tornaram mais produtivas e felizes? A organização alcançou seus objetivos estratégicos?Caso as questões sejam respondidas de forma positiva, o programa de treinamento foi bem sucedido, caso sejam negativa, significa que o programa não atingiu seus objetivos e esforços.

O treinamento é muito importante para a operacionalização dos serviços de

todos os setores de uma empresa. Todavia, é necessário verificar se o treinamento

está satisfazendo as necessidades do mesmo e se futuramente os colaboradores

estarão trabalhando de acordo com a filosofia da empresa.

Os relacionamentos entre aprendizagem, reações e impacto no cargo nem

sempre são significativos ou estão na direção prevista pelas abordagens mais

tradicionais de avaliação. Os resultados de algumas pesquisas têm descrito

situações nas quais um participante, apesar de demonstrar satisfação (reação

favorável) com o treinamento e de obter bons escores nas avaliações de

aprendizagem, não transfere para o trabalho as novas habilidades aprendidas no

treinamento.

Segundo Marras (2002) a avaliação situa-se em dois pontos no sistema de

treinamento: no primeiro a avaliação é realizada após a aplicação de um pré-teste;

na segundo uma nova avaliação deve ser feita após o modelo de treinamento,

possibilitando uma analise comparativa entre os resultados antes e depois do

evento.

A seguir apresenta-se a figura que demonstra o fluxo de avaliação de

treinamento:

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Metas

Figura 09: Fluxo da Avaliação de Treinamento Fonte: Marras (2002)

O fluxograma nos indica ainda que caso o treinamento não tenha conseguido

os resultados esperados na avaliação final, deverá ser realizado uma revisão na

metodologia, conteúdo programático etc.; reajustando o programa – se necessário –

e replicando o modelo. Esse looping é necessário até que o objetivo tenha sido

alcançado. (MARRAS, 2002)

Por todos os motivos citados, o treinamento deve ser seguido com

linguagem e materiais para todos os níveis, pois, as pessoas mudam

constantemente e sua agilidade no aprendizado evoluindo juntamente.

(CHIAVENTAO, 1999)

Pré-teste

Avaliação Inicial

Treinamento

Avaliação Final

Pós-teste

Revisão

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3 METODOLOGIA

3.1 Tipologia de pesquisa

Desenvolveu-se uma pesquisa de caráter descritivo e exploratório com

abordagem de qualitativa e quantitativa. Trata-se de um estudo de caso realizado no

Hotel Bhally, localizado na cidade de Balneário Camboriú, no estado de Santa

Catarina.

A pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das

características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento

de relações entre variáveis. (GIL, 2002)

Entende-se, a pesquisa como descritiva, pois ela tem “como objetivo

primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno

ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. (GIL, 2002, p. 42). Para

Richardson (1999), as pesquisas descritivas são realizadas com o intuito de construir

afirmações e descrever aspectos de uma população ou analisar a distribuição de

determinadas características.

Segundo Santos (2000, p. 26), “explorar é tipicamente a primeira

aproximação de um tema e visa criar maior familiaridade em relação a um fato ou

fenômeno.” Portanto a pesquisa exploratória é quase sempre realizada como

levantamento bibliográfico, entrevista com profissionais que estudam ou atuam na

área.

O método quantitativo, segundo Richardson (1999), caracteriza-se pela

utilização da quantificação, tanto na coleta de informações, quanto no tratamento

dela por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples, como percentual,

média, desvio-padrão, as mais complexas, como coeficiente de correlação, análise

de regressão, etc.

A ênfase da pesquisa qualitativa é nos processos e nos significados segundo

Godoi e Balsini (2006). Dados qualitativos são representações dos atos e das

expressões humanas. O objetivo da pesquisa qualitativa é interpretar o significado e

as intenções dos atores.

Segundo Yin (2005, apud GODOY, 2006): um estudo de caso é uma

investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu

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contexto da vida real, especial mento quando os limites entre o fenômeno e o

contexto estão claramente de findos.

O estudo de caso deve estar centrado em uma situação ou evento particular

cuja importância vem do que ele revela sobre o fenômeno objeto da investigação

Godoy (2006). Essa especificidade torna o estudo de caso um tipo de pesquisa

especialmente adequado quando se quer focar problemas práticos, decorrentes das

intrincadas situações individuais e sociais presentes nas atividades, nos

procedimentos e nas interações cotidianas.

3.2 Sujeito de estudo

De acordo com Marconi e Lakatos (1999, p. 37), o universo ou população “é

o conjunto de seres animados ou inanimados que representam pelo menos uma

característica em comum”. Ainda de acordo com o autor Marconi e Lakatos (1999), a

amostra “é uma porção ou parcela, convenientemente selecionada do

universo/população”.

A população desta pesquisa foram os coordenadores, colaboradores e

gestores da empresa, correspondendo a 5 gestores, 50 colaboradores e uma

entrevista aplicada ao gerente geral.

3.3 Instrumentos de pesquisa

A coleta de dados foi primária baseada em entrevista com perguntas abertas

e fechadas realizada aos coordenadores e questionário com perguntas fechadas

aplicada com os colaboradores durante quatro dias período de 29 de Setembro a 2

de Outubro.

Aplicou-se o questionário caracterizando-se a pesquisa censitária e obteve-

se retorno de 100%.

Para Marconi e Lakatos (1999, p. 100), questionário é “um instrumento de

coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser

respondidas por escrito e sem presença do entrevistador”.

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A entrevista foi aplicada com a coordenadora do setor de Recursos

Humanos, com os coordenadores de 3 setores (Governanta, Recepção e

Departamento Comercial) e com o Gerente Geral do Hotel.

A entrevista consiste em uma forma de comunicação entre duas ou mais

pessoas, geralmente entre pesquisador e informante, com a finalidade de esclarecer

uma questão (GIL, 2002).

Andrade (1999) afirma que embora a entrevista não seja a técnica mais fácil

de ser aplicada, talvez seja a mais eficiente para o levantamento de informações,

conhecimentos ou opiniões sobre um assunto.

3.4 Análise e apresentação

Os resultados foram expostos por meio de tabelas elaboradas com o auxilio

do programa Microsoft Word com suas devidas análises. Os resultados da entrevista

foram demonstrados através de transcrição das questões aplicadas nas entrevistas.

A analise foi feita a partir do conteúdo relacionado com a fundamentação teórica.

3.5 Limitações da pesquisa

Não há limitações especificas, exceto as decorrentes da subjetividade de

trabalhos dessa natureza, típicas da gestão de pessoas.

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4 RESULTADOS

Neste capitulo apresenta-se os resultados e a análise das informações

considerando o estudo feito no Hotel Bhally Ltda., entre o período de Setembro a

Outubro de 2009.

Primeiramente apresenta-se a descrição das atividades desenvolvidas pelo

setor de Recursos Humanos, baseado em observações (apêndice D) e entrevista

(apêndice B). Em seguida apresenta-se a pesquisa de clima organizacional realizada

com os colaboradores conforme apêndice A. Buscando identificar pontos fortes e

pontos fracos da gestão de pessoas, através de pesquisas realizadas com os

coordenadores. Para entender as políticas e praticas da Gestão de Pessoas,

conforme roteiro de entrevistas e de observações (anexo C e D).

Por fim, a partir da analise dos dados, foi possível propor ações para a

Gestão de Pessoas.

4.1 Atividades desenvolvidas pelo setor de Recursos Humanos

A partir da entrevista, caracterizaram-se as atividades de Recursos

Humanos. Observa-se que o departamento do Hotel Bally, exerce as funções

administrativas do setor. Segundo Ribeiro (2006) as empresas ainda não vêem o

departamento como uma área chave para o desenvolvimento organizacional, essa

área não pode ser vista apenas como um setor administrativo, com o papel apenas

burocrático e operacional, tem como objetivo criar oportunidade para as pessoas

crescerem na empresa. Contudo, segundo Ulrich (2000), cada uma das atividades

do recursos humanos ajuda a organização, de alguma forma concreta, a melhor

atender os seus clientes ou até mesmo aumentar o valor para o empresário ou

acionista.

Fica evidente que no Hotel Bhally a gestão de pessoas ainda não é uma

realidade. A visão é ainda no operacional. A partir das observações e pesquisa

aplicadas, caracterizaram-se as atividades de Gestão de Pessoas e aspectos

relacionados, demonstrando em categorias de processos e atividades, conforme

apresentado no quadro 03 a seguir:

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Processo Atividades

Administração de Pessoas

- Rotinas Operacionais - Controle Ponto - Folha de pagamento - Encargos e Impostos - Legislação - Contabilidade - Arquivamento - Pagamento

Recrutamento e Seleção Cadastro - Pré-seleção (entrevista) - Entrevista com o coordenador - Teste de experiência

Treinamento e Desenvolvimento

- Acompanhamento e orientação do coordenador no decorrer da semana. - Avaliação de experiência.

Remuneração

- Acima do piso da categoria - Insalubridade de 20% para as camareiras e cozinha. - Adicional noturno - Horas extras.

Avaliação de desempenho

- Não tem sistema formal

Benefícios

- Vale-transporte - Vale-refeição - Seguro de vida em grupo - O hotel tem um médico que atende os funcionários.

Quadro 03 – Atividades desenvolvidas pelo setor de Recursos Humanos do Hotel Bhally. Fonte: Pesquisa com colaboradores Hotel Bhally (Setembro a Outubro de 2009) Treinamento e Desenvolvimento

As empresas com um treinamento planejado e que apliquem o mesmo com

freqüência vão ter uma vantagem competitiva bem maior perante as demais do

setor. O que é parte do processo educativo do individuo, visa ajudar o colaborador a

adquirir eficiência no seu trabalho, proporcionando ao mesmo um desempenho

adequado no seu ambiente profissional (CARVALHO, 2001). Em função do hotel não

ter um treinamento específico é algo que tem que ser melhorado e aprimorado para

o bom desenvolvimento das atividades e também auxiliando no melhor atendimento.

Remuneração

A remuneração funcional ou remuneração por cargo é a forma mais

tradicional utilizada pelas empresas para recompensar seus colaboradores por seu

trabalho e empenho representando hoje, a maior parcela do mix total de

remuneração (WOOD JR.; PICARELLI FILHO, 2004). Esta é a pratica da empresa,

sendo que a mesma remuneração com um salário acima da média dos hotéis da

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mesma categoria. E tem uma grande vantagem: todas as horas extras são pagas e

não são acumuladas posteriormente compensadas em um banco de horas.

Avaliação de Desempenho

A avaliação de desempenho é um dos principais fatores nas organizações,

que vai considerar uma visão global do desempenho dos colaboradores. Segundo

Chiavenato (1999) a avaliação de desempenho serve para julgar ou mensurar o

valor, a excelência e as qualidades de uma pessoa e sua contribuição para a

organização. Também pode localizar problemas de supervisão e gerencia, de

localizar possíveis dissonâncias ou carências de treinamento, ou para eliminar tais

problemas. A empresa não tem nem uma forma de avaliação individual de

desempenho, o que é importante ser considerado, tanto para os funcionários

saberem o seu desempenho e também para a organização ter um controle maior

esses aspectos.

Benefícios

Para Marras (2001) o benefício é um conjunto de programas ou planos que a

organização pode oferecer como algo a complementar ao salário, que se somados,

chega-se a remuneração total do colaborador. Segundo Souza (2005) os benefícios

não estão ligados a fatores de desempenho, pois são concedidos aos empregados

de forma igualável independentemente de seu desempenho. O hotel tem como

principio alguns benefícios básicos, como assistência - medica vale-transporte, vale-

refeição.

Assim, rever os benefícios e buscar uma adequação as expectativas dos

colaboradores passa a ser um importante fator de Gestão de Pessoas.

4.2 Praticas e Políticas da Gestão de Pessoas

A seguir, apresentam-se os resultados das entrevistas realizadas com os

coordenadores (de acordo com o Apêndice B), que possibilitou apoiar a analise dos

pontos fracos e fortes da Gestão de Pessoas.

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Foram entrevistado o Gerente Geral, Governanta, Recursos Humanos,

Gerente de Hospedagem e Gerente Comercial, sendo identificados conforme a

seguir:

C1 = Gerente Geral

C2 = Governanta

C3 = Recursos Humanos

C4 = Gerente hospedagem/recepção

C5 = Gerente Comercial

Dificuldades enfrentadas pelos colaboradores para u m bom desempenho das

atividades.

Buscou-se junto aos gestores identificar as possíveis principais dificuldades,

que são expostas pelos coordenadores

C1: A experiência na função é uma das principais dificuldades, ate mesmo quem tem

cursos na área às vezes não sabe colocar isso em pratica na hora de desempenhar

as atividades.

C2: No meu caso pelo fato de eu estar a um mês na empresa foi fazer com que as

camareiras se organizassem, antes não tinha uma estratégia para fazer a limpeza.

C3: Muitos não têm preparo, vontade e até mesmo a falta de comprometimento com

o serviço.

C4: A falta de treinamento desse pessoal e a alta rotatividade que por esse motivo

sempre tem alguém novo.

C5: No meu caso a pessoa que trabalho comigo já esta há 6 anos e nos entendemos

muito bem.

Observou-se que uma das principais dificuldades enfrentadas pelos

coordenadores é o fato que a maioria dos colaboradores não ter um treinamento

especifico para a função que irão exercer na da empresa. O treinamento, que é parte

do processo educativo do individuo, visa ajudar o colaborador a adquirir eficiência no

seu trabalho, proporcionando ao mesmo um desempenho adequado no seu

ambiente profissional Carvalho (2003).

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Segundo o mesmo pensamento do autor o treinamento busca o

aperfeiçoamento do desempenho funcional, tendo como foco o aumento da

produtividade e o aprimoramento das relações interpessoais na organização.

Assim a orientação da Gestão de Pessoas para uma política de Treinamento

e Desenvolvimento é um aspecto a ser considerado.

Orientações aos novos colaboradores.

C1: O RH passa as normas e procedimentos do hotel e depois eles são entregues

para o coordenador do setor ele vai passar as informações necessárias para o

desenvolvimento da tarefa.

C2: depois de passar pelo Rh eu mostro como funciona e o que é esperado delas

para desempenhar o serviço.

C3: É entregue o manual, algumas informações, os procedimentos do hotel e depois

o coordenador passa as informações necessárias para desempenhar a atarefa dele.

C4: Ele passa por um período de experiência de 7 dias e quem passa as

informações sou eu mesmo ou os recepcionistas mais antigos.

C5: Normalmente nas férias quem entra para substituir é alguém da recepção que já

vem com alguma noção sobre o que tem que fazer mas sempre passo como

funciona o sistema e como eu quero que seja feito.

Os colaboradores ao serem admitidos passam pelo Recursos humanos onde

recebem uma introdução básica junto com um manual de como funciona o hotel e o

que eles vão fazer no seu setor. Posteriormente são encaminhados aos

coordenadores do setor que ira passar as atividades a serem desenvolvidas.

Todos os coordenadores afirmaram que o colaborador já tem as noções

básicas sobre o serviço que ira exercer. Por esse motivo, o hotel realiza experiência

de 7 dias para observar se o novo colaborador se adapta ao serviço. Porém o ideal

seria a realização de um teste bem elaborado de seleção.

Comunicação e trabalho em grupo

C1: A comunicação é algo que pode ser melhorado ainda temos setores que se

sentem superior ao demais e isso gera uma falta de comunicação entre si, o trabalho

em equipe do pessoal do mesmo setor é bom.

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C2: Todas têm uma boa comunicação entre si e também sempre se reportam a min.

para passar as informações

C3: Tem mais às vezes encontram algumas dificuldades na comunicação entre os

diferentes setores.

C4: Falta algo ainda tem alguns aspectos que deixa a desejar principalmente na

troca de turno.

C5: Sim. Algumas vezes ocorre falha na comunicação entre os setores.

Os coordenadores apontaram que ainda tem uma grande falta de

comunicação entre os setores e apontaram que os colaboradores do mesmo setor

apesar de algumas falhas têm uma boa comunicação entre eles. Em uma

organização em que o entendimento é fundamental, a comunicação estabelecida é

fundamental para o bom funcionamento das atividades.

Orientação para duvidas dos colaboradores

C1: Sim, mais eles sempre vêm falar com o coordenador.

C2: Sim, Principalmente as camareiras que ingressaram a pouco tempo no hotel tem

uma maior dificuldade, mas sempre me perguntam.

C3: Sim. Mais isso normalmente ocorre com os mais novos na empresa até mesmo

pela falta de segurança.

C4: Sim, mais eles sempre vêm falar com o coordenador.

C5: Sim, quando isso ocorre pegamos as informações do cliente e retornamos com

um telefonema ou e-mail.

É comum passar por situações que não tem a resposta e quando isso ocorre

recorrem ao coordenador ou algum responsável no momento, também quando é

informações sobre reserva e o cliente não esta no hotel, pega-se o e-mail e retorna-

se mais tarde com a informação correta, quando o cliente já esta no hotel é

procedimento pegar o numero do apartamento e retornar mais tarde com a

informação.

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Higiene e boa aparência no serviço

C1: A maioria do pessoal tem essa preocupação as vezes tem um ou outro que

acaba esquecendo ou vem sem fazer a barba e o cabelo mais os coordenadores

sempre estão em cima cobrando desses.

C2: Todas se preocupam com esse aspecto, ate temos aqui na rouparia um espelho

com grampos e gel caso necessitem para se arrumar.

C3: A maioria dos colaboradores tem essa preocupação com a aparência e a higiene

mais os coordenadores sempre estão em cima para eles não se deixar desleixar.

C4: A recepção sempre esta bem apresentável e com uma boa higiene, às vezes

encontro certa dificuldade com os manobristas por eles não fazerem a barba e atem

mesmo por virem com camisa presta por debaixo da camisa branca do uniforme.

C5: Sim sempre esta de acordo com as normas do hotel.

Pode-se considerar que todos os colaboradores têm certa preocupação com a

aparência e a higiene pessoal, os que tendem a deixar isso para segundo plano são

orientados pelo coordenador do setor.

Informações para os clientes em conformidade com as normas do hotel

C1: Quase 90% das informações estão corretas mais sempre tem alguma coisa que

não segue as normas, nos até ensinamos mais às vezes o colaborador acaba

esquecendo.

C2: Sim, o que não sabem sempre pergunta a alguém.

C3: Normalmente quem passa as informações para os clientes é a recepção, eles

sempre têm acesso ao computador e aos coordenadores com mais rapidez isso

facilita.

C4: Esta sempre de acordo.

C5: Sim ate mesmo pelo fato de conhecer bem o hotel e o que ela tem que fazer.

Observou-se que as informações que são passadas aos clientes têm

embasamento nas normas do hotel e está, na sua maioria de acordo com o

procedimento interno.

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Objetivos do hotel

C1: Para min. é buscar padronizar as informações, formar um modelo de gestão, o

que ira facilitar o andamento do hotel para ele se tornar melhor.

C2: Satisfação do cliente é o essencial para atender os objetivos do hotel.

C3: Atender o melhor possível o cliente.

C4: Atender da melhor maneira possível o cliente para ele sair feliz.

C5: Manter o hotel com uma boa ocupação.

Todos apontam que o principal objetivo do hotel é atender o cliente da melhor

maneira possível e satisfazer as suas necessidades. Tendo como seu principal

mercado o de serviços

Experiência anterior.

C1: Depende muito da época do ano, se tiver profissionais com experiência

disponível no mercado vamos dar preferência a eles, mais ultimamente estamos

pegando, por exemplo, camareiras sem experiência.

C2: Se tiver experiência melhor mais não é obrigatório.

C3: Depende do setor cozinha, recepção, garçom e o pessoal do administrativo são

requeridos experiência.

C4: Se tiver experiência melhor mais dependendo não é obrigatório.

C5: Não, mais tem que ter responsabilidade e vontade de fazer um bom trabalho.

Depende muito da época do ano e a quantidade de profissionais qualificados

que o mercado tiver a disposição, setores como comercial e recepção à tendência é

buscar profissionais com alguma experiência anterior na área, em geral não é

necessário experiência para os demais setores.

Como essas dificuldades são resolvidas pelo coorden ador com sua equipe.

C1: Às vezes é o coordenador que não saber lidar com o pessoal, na hora de

explicar também os colaboradores que não tem uma vontade própria para fazer o

que ele é designado a fazer.

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C2: Os vícios de outras empresas, a falta de vontade e de compromisso com o

serviço as vezes.

C3: O entendimento sobre o que é para fazer e o que não é. E a falta de cursos de

aperfeiçoamento.

C4: A postura interna da recepção, boa vontade a barba mal feita.

C5: Falta de comprometimento, conhecimento e cultura em geral.

Os vícios de outras empresas que os funcionários trabalharam a falta de

entendimento sobre o que é para fazer e a boa vontade de fazer o serviço é algo que

dificulta em muito o trabalho.

Em relação à forma com que são conduzidos os encaminhamentos para que

tenham um bom desempenho, obteve-se as seguintes afirmações:

C1: Tentamos explicar melhor e também é algo que pode ser melhorado e a

comunicação

C2: Sempre quando vai ter entrada no apartamento vou ate ele para ver se esta tudo

em ordem e se o serviço foi bem feito caso o contrario chama a responsável por

aquele apartamento para arrumar algo.

C3: Tentamos sempre conversar para ter uma melhora no serviço.

C4: Cobrança constante.

C5: Com conversa mais a pessoa tem que buscar isso.

As organizações podem adequar-se as mudanças, para isso, necessitam

aprimorar as competências, a inovação, a criatividade, a flexibilidade, o trabalho em

equipe, a tomada de decisão, alem da capacidade de fazer a leitura do ambiente

interno e externo e identificar novas tendências. Segundo Chiavenato (1999) a

avaliação de desenvolvimento serve para julgar ou mensurar o valor, a excelência e

as qualidades de uma pessoa e sua contribuição para a organização. Também pode

localizar problemas de supervisão e gerencia, de localizar possíveis dissonâncias ou

carências de treinamento, ou para eliminar tais problemas.

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4.3 Pesquisa do clima organizacional

Nesta etapa são apresentados os dados coletados com a pesquisa sobre

clima organizacional do Hotel Bhally conforme roteiro no Apêndice A. Seguindo o

pensamento de Lacombe (2005) o clima organizacional reflete o grau de satisfação

do pessoal com o ambiente interno e a qualidade do ambiente de trabalho percebida

pelas pessoas da empresa. Este vinculado a motivação, lealdade e a identificação

com a empresa, a colaboração entre pessoas, ao interesse no trabalho, a facilidade

das comunicações internas da equipe entre outras variáveis.

A tabela a seguir demonstra os resultados das pesquisa aplicadas com os

colaboradores conforme apêndice A:

DESCRIÇÂO

Salário em comparação ao mercado. 24% 15% 61%

Horas de trabalho por dia. 6% 0% 94%

Condição de trabalho segura. 6% 0% 94%

Condições de trabalho não oferecem risco à saúde. 3% 0% 97%

Oportunidades de aprender e desenvolver novas atividades. 42% 6% 52%

Informações sobre o funcionamento do hotel. 39% 6% 55%

Oportunidades de melhoria de salário. 39% 12% 49%

Bom lugar para se trabalhar. 3% 0% 97%

Tratamento é igual para todos. 18% 15% 67%

Relacionamento entre funcionários é bom. 6% 12% 82%

Relacionamento com os gestores é bom. 3% 6% 91%

Direitos trabalhistas são respeitados pelo hotel 9% 9% 82%

Horas de descanso e tempo para família 3% 3% 94%

Organização dos serviços do hotel. 0% 6% 94%

Intervalo para refeições. 12% 6% 82%

Conhecimento e a experiência necessária. 18% 3% 79%

Matérias e equipamentos. 9% 0% 91%

Comunicação do hotel com o funcionário. 15% 9% 76%

A quantidade de trabalho realizado. 27% 3% 70%

Informações sobre o desempenho. 58% 6% 36%

Beneficio de refeição 12% 0% 88%

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Tabela 02: Quadro de Resultados da Pesquisa do Clima Organizacional Fonte: Pesquisa com colaboradores Hotel Bhally (Setembro a Outubro de 2009)

Através desta pesquisa, buscou-se identificar o ponto de vista dos

colaboradores do hotel, estes dados foram coletados no período de Setembro a

Outubro de 2009. Os resultados das variáveis são apresentados a seguir:

Salário

No que se refere aos salários em relação à concorrência, nota-se que, 24%

discordam, 15% são indiferentes e 61% concordam que seus salários adequado se

comparados ao mercado, o resultado permite deduzir que o salário esta satisfatório

para a grande maioria. Entretanto 24% apontam insatisfação, o que requer atenção

na busca de elevar este grupo para a satisfação média.

Horas de trabalho

Nota-se que 6% indicam insatisfação com as horas de trabalho realizadas e

94% concordam que a carga horária diária é adequada, nesse aspecto a empresa

esta atingindo a satisfação da grande maioria dos colaboradores.

Segurança

Referente à segurança no trabalho, 6% são indiferentes e 94% concordam

que a empresa é tem um ambiente seguro para se trabalhar, a grande maioria dos

funcionários consideraram o hotel um lugar seguro para desenvolverem as suas

atividades.

Risco à Saúde

No que se refere se o hotel não oferece riscos à saúde no trabalho 3%

discordam e 97% concordam. Assim a maioria considera que a empresa não oferece

nem um risco a saúde.

Beneficio de assistência médica 73% 9% 18%

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Oportunidades

No que se refere às oportunidades de desenvolver novas atividades, 42%

discordam, 6% são indiferentes e 52% concordam que a empresa oferece essa

oportunidade, Entretanto 42% apontaram insatisfação, por considerarem que o hotel

não oferece oportunidade de desenvolver uma nova atividade, então é um ponto que

tem que buscar uma satisfação maior.

Informações sobre o hotel

Em relação às informações de como funciona o hotel, 39% discordam, 6% são

indiferentes e 55% concordam que tem essas informações. Uma grande parte dos

colaboradores manifestaram que não tem as informações necessárias de como

funciona o hotel. Então, é um ponto que requer atenção para tentar reduzir esse

aspecto no hotel.

Melhoria de salário

No que se refere à melhoria de salário, 39% discordam, 6 % são indiferentes e

49% concordam que a empresa oferece chances de melhoria de salário, mesmo

com quase 50% dos funcionários concordando que essa oportunidade de melhoria

de salário, 39% não concordaram que o hotel fornece melhorias em termos salariais.

Ambiente

Em relação ao ambiente agradável para se trabalhar, 3% discordam e 97%

concordam que o hotel é um bom lugar para se trabalhar. Assim, na visão da grande

parte dos funcionários esse é um do ponto positivo.

Tratamento justo e eqüitativo

No aspecto referente ao tratamento com os funcionários, 18% discordam,

15% são indiferentes e 67% concordam que o tratamento é igual para todos.

Concordando que 18% dos funcionários entendem que o tratamento é diferenciado

para alguns colaboradores é um aspecto a ser analisado com atenção.

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Relacionamento com funcionários

Levando em conta o relacionamento entre funcionários, 6% discordam, 12%

são indiferentes e 82% concordam que os funcionários têm um bom relacionamento

entre si. Assim a grande maioria considera tendo em vista que os funcionários têm

um bom desenvolvimento entre eles.

Relacionamento com os gestores

Referente ao relacionamento com gestores, 3% discordam, 6% são

indiferentes e 91% concordam que tem um bom relacionamento com os gestores.

Nesse aspecto a empresa esta atingindo a satisfação da grande maioria dos

colaboradores.

Direitos trabalhistas

Em relação a direitos trabalhistas, 9% discordam, 9% são indiferentes e 82%

concordam que a empresa respeita os direitos trabalhistas. Mas sendo 9% dos

respondentes tem como visão que a empresa deixa de respeitar certos aspectos das

leis trabalhistas, é um importante fator que merece uma atenção mais detalhada e

que requer ajustes para melhorar a percepção.

Descanso

No que se refere às horas de descanso, 3% discordam, 3% são indiferentes e

94% concordam que tem horas de descanso e tempo para passar com a família,

nesse aspecto a empresa esta atingindo a satisfação da grande maioria dos

colaboradores.

Organização

Referente à organização dos serviços 6% são indiferentes e 94% concordam

que os serviços são organizados e adequados, nesse aspecto a empresa esta

atingindo a satisfação da grande maioria com serviços bem organizados e

estruturados.

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Intervalo

No que se refere ao intervalo para refeição, 12% discordam, 6% são

indiferentes e 82% concordam que o horário de refeição é adequado esse resultado

aponta que o intervalo para refeição esta satisfatório para a grande maioria, visto

que 12% aponta insatisfação, o que requer levar esse grupo para satisfação.

Experiência

No aspecto referente à experiência necessária para a função, 18 %

discordam, 3% são indiferentes e 79% concordam que tem a experiência necessária

para desenvolver a sua função. Se não se tem experiência é importante manter

programas de treinamento que proporcionem uma maior percepção nesse aspecto,

especialmente se todas as funções requerem uma maior experiência.

Materiais

Referente aos materiais e equipamentos, 9% discordam e 91% concordam

que os materiais são adequados, mas 9% apontaram que ainda tem alguns materiais

que tem que ser melhorados para execre o serviço. Assim a atenção dos

coordenadores deve voltar-se para que estes estejam disponíveis visando serviço

com maior qualidade.

Comunicação

No que se refere à comunicação do hotel com o funcionário, 15% discordam,

9% são indiferentes e 76% concordam que o hotel tem uma boa comunicação com

os funcionários. O resultado permite deduzir que o hotel ainda tem alguns aspectos

que tem que ser melhorados em termos de comunicação com todos os funcionários,

para tentar elevar o percentual de satisfação.

Quantidade de trabalho

Referente à quantidade de trabalho realizado, 27% discordam, 3% são

indiferentes e 70% concordam que a quantidade de trabalho realizado é adequada

para a função. O resultado permite deduzir que a quantidade de trabalho para um

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grupo considerável é insatisfatório, o que requer atenção para verificar se certos

setores não estão sendo sobre carregados com sua tarefas.

Informação sobre o desempenho

No aspecto referente a informações sobre o desempenho, 58% discordam,

6% são indiferentes e 36% concordam que o hotel passa informações sobre o

desempenho de cada funcionário. O resultado aponta que a grande maioria esta

insatisfeito com o feedback recebido é algo que requer muita atenção e que

conforme fundamentação teórica é um processo importante, pois possibilita orientar,

corrigir e incentivar os colaboradores.

Refeição

No que se refere à refeição, 12% discordam e 88% estão satisfeitos em

relação a este beneficio.

Assistência médica

No que se refere a assistência médica, 73% desconhecem esse benefício ou

não utilizam, 9% são indiferentes e 18% manifestaram que estão satisfeitos com a

assistência médica. Ressalta-se que a assistência - medica é contratada pelo

proprietário conforme necessidade

A pesquisa de clima organizacional busca medir o grau de satisfação dos

empregados com os diferentes aspectos da organização.

Quando os funcionários se sentem motivados, o clima organizacional se

traduz em relações de satisfação, de animação na empresa, de interesses e

colaboração, porém, quando existe baixa motivação, o clima organizacional se

caracteriza por estados de depressão, desinteresse, insatisfação, podendo chegar a

casos extremos como de agressividade, tumulto, inconformidade, casos típicos de

situações em que os membros se defrontam abertamente com a organização.

(CHIAVENATO, 2002).

O resultado desta pesquisa apontou um resultado satisfatório, e indicou a

necessidade de se considerar uma revisão na gestão de pessoas no que se refere a:

Oportunidades, Informações sobre o hotel, Oportunidade de Melhoria de Salário,

Informações de Desempenho e Assistência Médica.

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4.4 Políticas da Gestão de Pessoas

A administração de Recursos Humanos tem um papel significativo voltado

para o desenvolvimento e o sucesso das organizações. Está totalmente ligada a

pessoas, e, portanto, a maneira como estas pessoas se desenvolvem, considerados

desde a busca no mercado de trabalho até seu desenvolvimento na organização,

são aspectos determinantes na competitividade organizacional.

Para a analise, apresenta-se o resultado da entrevista com o Gestor,

conforme o Quadro 04, de acordo com Apêndice C:

Responsáveis - Marlene (Proprietária)

- Sergio (Gerente Geral) - Rosangela (Recursos Humanos)

Atribuições da Gestão - Contratação - Demissão - Demais aspectos que envolve o RH do hotel

Recrutamento e Seleção - Não pode trabalhar familiares - Pessoas com dedicação ao serviços - Todos tem chance de subir de cargo

Treinamento e Desenvolvimento

- Já teve treinamento mais de um ano pra cá pararam de fazer. - A cozinha é o único setor que tem treinamento constantemente.

Avaliação de desempenho - Não tem avaliação especifica. - O coordenador informa cada um.

Remuneração - O hotel paga mais que o sindicato - Pagam insalubridade. - Não tem remuneração variável.

Aspectos da CLT - Segue as normas da CLT - Segue as normas do Sindicato

Esperado do Funcionário - Todos já sabem o que é esperado deles. - O RH passa as informações - O coordenador Explica o que ele vai exercer.

Feedback - Não tem uma proposta especifica. - É passado conforme a necessidade.

Rotatividade

- Tem uma grande rotatividade - Tentam segurar o maximo tendo um ambiente agradável. - Não aumentam o salário para segurar.

Salário do Mercado - Salário superior aos outros hotéis da região

Benefícios

- Almoço no hotel - Vale-transporte - Seguro em grupo - Médico atende os funcionários.

Estratégia Corporativa - Não possui estratégia especifica

Resultado da Pesquisa de Satisfação - É passado as informações que vão nas pesquisas

Quadro 04: Resultado da Entrevista com o Gestor Fonte: Pesquisa com colaboradores Hotel Bhally (Setembro a Outubro de 2009)

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A gestão de pessoas é algo novo na empresa que recentemente foi

implantada e ainda tem muitos aspectos que podem ser aperfeiçoados. A gestão no

Hotel Bhally tem o objetivo muito básico, realizar apenas a contratação e demissão,

está voltada para a parte burocrática da empresa.

Algumas questões importantes como o feedback com os colaboradores, o

incentivo nas vendas através de comissão ou remuneração variável, a possibilidade

de promoção e a forma de treinamento e sua avaliação, não estão sendo colocadas

em prática.

Na entrevista o gestor apontou pontos como o feedback e o treinamento

sendo algo que a empresa esta tentando implantar com mais freqüência e mostra

interesse de colocar em pratica na organização.

No decorrer dessa pesquisa foi possível abordar algumas questões

trabalhadas no setor de recursos humanos da empresa, outras serão implantadas,

como citado anteriormente, entre outras que serão avaliadas a partir dos resultados

obtidos nessa pesquisa.

Em se tratando de organizações que prestam serviços, tais como hotéis e

restaurantes, Guerrier (2000) afirma que o pessoal do atendimento ao cliente tem

grande impacto sobre a satisfação do mesmo. Se o serviço for muito ruim, ainda que

a comida ou a hospedagem sejam boas, o cliente poderá não retornar ao hotel. O

autor ressalta ainda que foi somente a partir dos últimos quinze anos que as

empresas começaram a perceber a necessidade de estar próximo ao cliente e de

competir também na prestação dos serviços.

Os fatores que irão influenciar o bom atendimento ao cliente é a satisfação

dos clientes internos. Assim este relacionado diretamente as estratégias

desenvolvidas em Treinamento e Desenvolvimento, Avaliação de desempenho,

Remuneração, Rotatividade, Feedback, Manutenção, Salário do Mercado e

Benefícios

A maioria das organizações se preocupa em avaliar com freqüência seu clima

organizacional, sabem que dependendo de como esta se apresentando, o trabalho

pode ficar prejudicado, com as relações interpessoais comprometidas e os

resultados esperados não alcançados, não atingindo um resultado final satisfatório.

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4.5 Analise de Pontos Fortes e Fracos.

A gestão voltada aos recursos humanos é algo essencial no mercado

globalizado de hoje e as empresas que tiverem consciência já tem grande diferencial

competitivo perante as demais, algo que se tornou primordial nas organizações que

querem acompanhar o mercado.

Pontos Fortes

- Remuneração

- Integração

- Relacionamento com os funcionários

- Uniforme Higienizados Fornecidos aos Funcionários

- Horário de Trabalho

- Relacionamento com Colegas e Gestores

- Organização do Hotel

- Localização da Empresa

- Imagem da Empresa na Sociedade

Pontos Fracos

- Feedback para o funcionário

- Falta de reuniões sobre orientação para o desempenho

- Avaliação de desempenho formal

- Roteiro para Avaliação

- Treinamento Continuo

- Treinamento admissional.

- Reconhecimento profissional

- Rotatividade de Funcionários

- Remuneração variável (Premiação e Comissão)

- Oportunidades

- Informações,

- Assistência Médica.

- CLT – Direitos Trabalhistas

Quadro 05 – Pontos fortes e fracos da Gestão de RH do Hotel Bhally Fonte: Elaborado pelo Pesquisador

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79

Os pontos fortes e pontos fracos identificados possibilitaram identificar ações que

possam ser avaliadas pelo Hotel, no intuito de direcionar a gestão de pessoas para

ter a visão mais estratégica.

4.6 Propostas de Ações de Gestão de Pessoas

Algumas ações foram sugeridas com o objetivo de interagir e aproximar mais

os setores e os colaboradores com a administração e os setores entre si.

Remuneração

- Implantar um sistema de remuneração variável englobando

todos os setores, para incentivo à realização de tarefas;

- Implantar um programa de P.P.R.( Premiação Por

Resultados) todos os colaboradores baseado em metas pré-

determinada pelo hotel e de conhecimento de todos os

colaboradores permitindo a participação efetiva na busca de

resultados;

Benefícios

- Formular um programa de iniciativa aos estudos;

- Implantar plano de saúde e odontológico, para colaboradores

com mais de 6 (seis) meses de empresa.

- Proporcionar beneficio vale auxilio farmácia.

Treinamento e

Desenvolvimento

- Investir no treinamento de todos os setores, a partir de um

plano anual, com levantamento das necessidades

apresentadas pelos colaboradores e coordenadores durante o

ano. Dentre as quais sugere-se: treinamento de higiene,

idiomas, comunicação, vendas, relacionamento inter-pessoal,

liderança e gestão de pessoas;

- Realizar treinamento com todos os coordenadores sobre

técnicas de seleção em especial entrevista, para que os

mesmos possam participar com mais segurança da

contratação, a partir das necessidades em conjunto com as

técnicas;

- Apresentar formalmente informações sobre o hotel para todos

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os novos colaboradores, para que os mesmos saibam o

funcionamento do hotel, como numero de apartamentos por

andar, quantidades de apartamentos de cada categoria, horário

de funcionamento dos setores (restaurante, piscina, academia,

sala de informática, check-in e check-out) e localização de

todos os equipamentos, desde os usados pelos próprios

colaboradores, como os equipamentos de segurança, ou

somente para saber a localização para repassar aos hóspedes

quando solicitado;

Avaliação de

Desempenho

- Implantar um sistema de avaliação de desempenho e

estimular o feedback, realizando reuniões com cada

colaborador sobre o seu desempenho apontando os pontos

fortes e fracos do mesmo durante o período e demonstrar

pontos que podem ser melhorados;

Comunicação

- Reuniões em que todos os colaboradores possam expor

idéias e participar para melhoras que influenciem nos

resultados da empresa;

- Esclarecer para os candidatos e colaboradores as

possibilidades de promoção que existem na empresa.

Recrutamento,

Seleção e

Oportunidades

Internas

- Implantação de testes práticos na seleção;

- Deixar claro para os colaboradores sobre as oportunidades de

promoção na empresa e os requisitos cobrados para

preenchimento das vagas;

- Revisar sistemas de testes de seleção, incluindo implantação

de testes práticos na seleção e entrevistas formais com

coordenadores;

Quadro 06 – Proposta de ações de Gestão de Pessoas Fonte: Elaborado pelo pesquisador

No decorrer do desenvolvimento de trabalho, o gerente geral mostrou-se

ciente da importância de gestão de pessoas e de uma estrutura. Mostrou-se disposto

a realizar mudanças para melhoria da gestão de pessoas, tendo planos de

implantação de avaliação de desempenho, implantação de novos treinamentos. Para

tal recentemente contrataram uma profissional da área, que participou dessa

pesquisa.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As pessoas são o principal ativo das organizações, a missão que a área de

Gestão de Pessoas procura desempenhar é direcionar e planejar as necessidades

da equipe, manter todos os cargos e funções devidamente preenchidas, ter

consciência da importância da qualificação profissional de cada colaborador,

remunerar de forma justa os cargos e funções desempenhadas e também, assegurar

um bom relacionamento entre empresa e colaborador.

O primeiro objetivo que foi descrever as atividades da área de Gestão de

Pessoas, demonstrou que a área ainda tem uma fase para superar a tradicional e

burocrática atividade de Administração de Recursos Humanos e evoluir para a

Gestão de Pessoas.

No segundo objetivo buscou-se compreender as políticas e práticas da

gestão de pessoas. Obtiveram-se informações relacionadas às práticas e políticas

da Gestão de Pessoas, em que foi possível observar algumas situações sobre as

relações entre coordenadores e colaboradores.

O terceiro objetivo que buscou identificar o clima organizacional permitiu

analisar o grau de satisfação dos colaboradores nas diversas variáveis da gestão de

pessoas. Demonstrou alguns aspectos que podem ser melhorados para a aumentar

a satisfação interna como: Oportunidades, Informações sobre o Hotel,

Oportunidades de Melhoria de Salário, Informações sobre Desempenho e

Assistência Médica.

O último objetivo especifico que foi apontar os pontos fortes e fracos da

empresa possibilitou apontar os principais pontos fortes que foram: remuneração,

integração, relacionamento com os funcionários, horário de trabalho, relacionamento

com colegas e gestores, organização do hotel, localização da empresa e a imagem

do hotel perante a sociedade, já os fracos identificados foram: feedback para o

funcionário, falta de reuniões sobre orientação para desempenho, avaliação de

desempenho formal, roteiro de avaliação, treinamento continuo, treinamento

admissional, reconhecimento profissional, rotatividade de funcionários, remuneração

variável, oportunidades de crescer na empresa, informações sobre o hotel,

assistência médica e direitos trabalhistas.

O objetivo geral foi propor ações de gestão de pessoas ao Hotel Bhally como

estratégia para o aperfeiçoamento dos serviços. O objetivo geral foi atingido à

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medida que foram feitos proposições de ações. As principais ações propostas foram

em relação a: Remuneração, Benefícios, Treinamento e Desenvolvimento, Avaliação

de Desempenho, Comunicação e Recrutamento, Seleção e Oportunidades Internas.

Convém destacar que boa parte dos colaboradores possui respeito pelo local

de trabalho e admiram a forma como a empresa é administrada. De acordo com as

mudanças propostas nesse trabalho, os colaboradores poderão ter possibilidades de

trabalhar num lugar cada vez melhor para o crescimento profissional, com

oportunidades de promoção, participação, boas condições de trabalho e melhor

comunicação, para que o rendimento profissional seja cada vez maior.

Vale lembrar que é necessário ter os colaboradores satisfeitos no local de

trabalho para que as atividades executadas sejam feitas com qualidade e

principalmente com gosto e orgulho pelo colaborador.

Colaboradores mais satisfeitos com o ambiente em que trabalham são mais

produtivos a empresa, conseqüentemente os clientes sairão mais satisfeitos, pois

terão um melhor atendimento pelos serviços.

Para o acadêmico foi de suma importância poder realizar a pesquisa, pois

com a mesma foi possível conhecer a opinião dos colaboradores, a pesquisa

acrescentou significativamente no processo de aprendizagem, além de possibilitar

uma visão ampliada em relação à gestão de pessoas, bem como de sua importância

no contexto organizacional.

A pesquisa contribuirá para a empresa a partir da possibilidade de

aperfeiçoar a gestão das ações propostas, tendo uma visão melhor sobre alguns

pontos importantes tanto para os colaboradores como para o hotel.

Para trabalhos futuros, sugere-se que seja desenvolvido um estudo

relacionado à endomarketing.

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APÊNDICE A

Pesquisa de Clima Organizacional

Acadêmico: Fernando Mariani Empresa: Hotel Bhally UNIVALI - Universidade do Vale do Itajai

ITEM

DESCRIÇÂO

1 O salário é adequado em comparação ao mercado.

2 As horas de trabalho por dia são razoáveis. 3 As condições de trabalho são seguras. 4 As condições de trabalho oferecem risco a

saúde.

5 São oferecidas oportunidades de aprender e desenvolver novas atividades.

6 Tenho informações de como funciona o hotel.

7 Tenho chances de melhor de salário. 8 O hotel é um bom lugar para se trabalhar. 9 O tratamento é igual para todos os

funcionários.

10 O relacionamento entre funcionários é bom.

11 O relacionamento com os gestores é bom. 12 Os direitos trabalhistas são respeitados

pelo hotel.

13 Tenho horas de descanso e tempo para minha família

14 A organização dos serviços do hotel é adequado.

15 O intervalo para refeições é apropriado. 16 Tenho o conhecimento e a experiência

necessária para desenvolver minha função.

17 Os matérias e equipamentos são adequados para o trabalho.

18 A comunicação do hotel com o funcionário é boa.

19 A quantidade de trabalho realizado é adequada para a função.

20 Recebo informações sobre o meu desempenho.

21 Beneficio de refeição 22 Beneficio de assistência médica

Descordo – Indiferente – Concordo

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APÊNDICE B

Quest ionário Coordenadores

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI Curso de Administração com habilitação em Marketing – noturno QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO PARA OS CORDENADORES DO HOTEL

BHALLY

Setor de atuação:

Função:

1) Quais as principais dificuldades enfrentadas pelos colaboradores para um

bom desempenho de suas atividades?

2) O colaborador ao ingressar na empresa já tem noção básica sobre o serviço

que irá executar?

( ) SIM ( ) NÃO

Se negativo, como é feito à integração à função ?

3) Os colaboradores têm uma boa comunicação entre si e trabalham bem em

grupo?

4) Eles têm uma boa higiene e se preocupam em estar bem apresentáveis para

exercer o seu serviço?

5) As informações que os colaboradores passam para os clientes estão de

acordo com as normas e as informações do hotel?

6) Os colaboradores passam por situações em que não sabem a resposta e

recorrem ao coordenador?

7) Quais são os objetivos do hotel?

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8) Como são conduzidas as orientações aos colaboradores no inicio de suas

funções?

10)É requerido experiência anterior?

11) Quais são as principais dificuldades enfrentadas pelos coordenadores

para que os colaboradores tenham um bom desempenho?

12) Como essas dificuldades são resolvidas pelo coordenador com a sua equipe?

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APÊNDICE C

Entrevista com o Gestor

1) Quem é (são) o (s) responsável(is) pela gestão de pessoas? 2) Quais as atribuições da Gestão de Pessoas do(s) Gestor(es) responsáveis? 3) Quais as políticas e práticas em relação a:

• Recrutamento e seleção • Treinamento e desenvolvimento • Avaliação de desenvolvimento • Remuneração (abordar a remuneração variável) • Aspectos da CLT

4) O funcionário sabe o que se espera dele? Como é esse processo de

comunicação? 5) Como é o feedback sobre o desempenho? 6) Qual é a rotatividade de pessoal? E o que é feito para reduzir o índice ou

manter os colaboradores? 7) Como a empresa se situa em termos salariais no mercado de trabalho? 8) Quais os benefícios que a empresa oferece? 9) O hotel tem alguma estratégia corporativa? É repassada ao pessoal de que

forma?

10) Os colaboradores tem conhecimento dos resultados da pesquisa de satisfação de clientes e da participação do papel destes nos resultados?

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APÊNDICE D

Roteiro de Observações

1) Ambiente de trabalho

2) Organização das tarefas

3) Comunicação com colaboradores

4) Tratamento e desenvolvimento com os colaboradores

5) Avaliação de desempenho

6) Feedback e reconhecimento

7) Analise resultados e atendimento

8) Execução e aplicação

9) levantamento de necessidades de treinamento - programação

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