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Guia para a Gestão Sustentável de Eventos Náuticos.
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Guia para a Gestão sustentável de eventos náuticos
existem reais oportunidades para as organizações desportivas que
decidam adoptar a sustentabilidade como parte da sua estratégia
de desenvolvimento: credibilidade perante mecenas e patrocina-
dores, maior envolvimento e dedicação dos principais colaborado-
res e parceiros, menor impacto ambiental e redução de custos.
os eventos de cariz desportivo são uma excelente ocasião para
aproveitar a visibilidade do momento e reunir atletas, especta-
dores, patrocinadores e região de acolhimento em torno de uma
manifestação colectiva que promova as actividades náuticas
como estratégia de desenvolvimento regional.
índice
5. COMPENSAÇÃO DE EMISSÕES 42
3. CICLO DE VIDA DE UM EVENTO NÁUTICO
16
INTrODUÇÃO 06 1. DESPOrTO E SUSTENTAbILIDADE 08
2. bENEFÍCIOS DE UM EVENTO SUSTENTÁVEL
12
4. ÁrEAS DE INTErVENÇÃO 24
7. ANEXOS 566. CErTIFICAÇÃO DE EVENTOS DESPOrTIVOS
50
6
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
a prática de actividades náuticas não motoriza-
das, como o remo, a vela, a canoagem ou o surf,
segundo uma série de regras e princípios de ci-
dadania, não produzem impactos significativos
na natureza.
introdução
Independentemente da dimensão e projecção do evento, este guia apresenta informações e recursos, que as organizações podem adap-tar e integrar na fase de planeamento, de acor do com as suas neces-sidades, salvaguardando assim o meio ambiente local de potenciais impactos sobre os recursos naturais e respectiva biodiversidade.
todavia, a vulnerabilidade ecológica que frequentemente caracteriza os locais onde decorrem os eventos náuticos, por vezes acompanha-dos de iniciativas e animações paralelas que atraem um número im-previsível de espectadores e visitantes, torna indispensável a integra-ção de um conjunto de boas práticas ambientais e de sustentabilidade.
7
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
um aspecto importante a realçar é que para gerir de forma susten-tável um evento desportivo, não é necessário proceder a alterações drásticas nos métodos de gestão ou na estrutura organizativa, é sim fundamental ter a vontade de alterar a mentalidade e as atitudes dos elementos da organização. para alcançar com êxito uma transforma-ção cultural ao nível organizativo é essencial disponibilizar informação e formação adequadas ao conjunto da organização, desde chefias, a colaboradores e voluntários.
Mesmo não sendo possível realizar um evento neutro em emissões de carbono, é conveniente não deixar de avaliar e comunicar as medidas implementadas e os resultados alcançados, de forma a deixar vincado perante a comunidade local e público em geral, o compromisso, em-penho e dedicação da organização em preservar e conservar o patri-mónio natural do local.
1.
desporto e sustentabilidade1.
o desporto é um fenómeno social e económico estratégico em
termos dos objectivos da solidariedade e prosperidade entre os
cidadãos. as actividades náuticas acrescentam a dimensão am-
biental, ao promoverem o contacto privilegiado dos praticantes
com a natureza.
10
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
desporto e sustentabilidade
1.
a prática de actividades náuticas desempenha um papel fundamen-tal na saúde e qualidade de vida dos praticantes. ela contribui para o desenvolvimento da equidade social, através da promoção de valores como a tolerância, a inclusão e a igualdade, e promove a dinamização económica, desde o incentivo ao investimento à criação de empregos.
a sustentabilidade das actividades implica, por outro lado, a ma-nutenção da biodiversidade e da qualidade do ar, da água e do solo, em níveis que preservem para sempre a vida e o bem estar da humanida-de, da fauna e da flora.
desenvolvimento sustentável “atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”comissão Brundtland, 1987.
11
promove a estabilidade, a tolerância, a integração. Fomenta a igualdade de género e a coesão social.
Melhora a saúde pública e o bem estar, é parte dos esforços de educação e actividades de lazer.
estimula o investimento e o emprego.
influência de qualquer actividade sobre a natureza. o meio ambiente, em função da sua qualidade, pode beneficiar em maior ou menor medida o desenvolvimento da actividade humana.
EquidadESocial
dESEnvolvimEnto Humano
qualidadEambiEntal
crEScimEnto Económico
dESportoE
SuStEntabilidadE
além de constituir uma oportunidade de crescimento económico, o evento náutico pode ser considerada a ocasião ideal para a divulgação do património cultural, social e ambiental de uma região, contribuindo para o desenvolvimento do sector e a valorização da região.
a popularidade que caracteriza um evento náutico deve portanto ser aproveitada para educar e sensibilizar participantes e espectado-res para uma série de valores e comportamentos relacionados com o respeito pela natureza e a conservação da biodiversidade, incentivando o cidadão comum a adoptar práticas responsáveis no seu dia-a-dia.
2.
benefícios de um evento sustentável
2.
14
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
rEDUÇÃO DE CUSTOS poupar energia, reduzir produção de resí-duos, adquirir produtos locais ou simplesmente ser mais eficiente pode economizar dinheiro.
benefícios de um evento sustentável
a implementação de práticas sustentáveis na gestão de um even-
to náutico deve sempre transmitir um legado positivo à comunida-
de local, enquanto uma série de oportunidades e benefícios pode
ainda ser identificada e explorada, por organizadores, prestadores
de serviço, participantes e comunidade local.
CrEDIbILIDADE POSITIVA um evento que respeita o ambienteatesta o compromisso da organização com os princípios da susten-tabilidade. uma estratégia de comunicação eficaz pode elevar a visi-bilidade do evento, atrair mais participantes e, simultaneamente, agircomo ferramenta de sensibilização.
INOVAÇÃO o desafio de desenvolver novas ideias e práticas inova-doras é permanente e possibilita uma utilização de recursos mais efi-ciente.
SENSIbILIzAÇÃO AMbIENTAL cada evento é uma oportunidade única e irrepetível para sensibilizar os visitantes sobre a prática despor-tiva e os ecossistemas locais — funcionamento, desafios e ameaças; encorajando a tomada de decisões que favoreçam o bem comuniário.
2.
15
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
bENEFÍCIOS SOCIAIS a criação de empregos sazonais, o recurso a fornecedores locais e a aposta em experiências que incluam a participa-ção de jovens excluídos ou com determinado tipo de incapacidade, po-dem actuar como um catalizador das melhores práticas sociais na região.
rEPLICAbILIDADE a adopção ou implementação de conceitos e metodologias inovadoras que contribuem para o beneficio da comu-nidade, tende a desafiar outras entidades a replicarem essas mesmas boas práticas.
MELhOrIAS NO SEIO DA OrgANIzAÇÃO várias medidas e prá-ticas integradas na gestão de um evento desportivo podem ser igual-mente reproduzidas em certas operações diárias, alavancando a qua-lidade dos serviços prestados pela entidade organizadora.
Embora a tipologia e dimensão dos eventos náuticos tratados neste guia não possuam uma escala de impactos equiparável à dos mega eventos desportivos, esses impactos podem existir, pelo que deve ser dada uma oportunidade à entidade organizadora para alterar os seus processos de forma voluntária.
3.
ciclo de vida de um evento náutico3.
18
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
o conceito de ciclo de vida é frequentemente utilizado na caracteriza-ção dos impactos associados a determinados bens ou serviços. o mé-todo baseia-se num processo cíclico de melhoria contínua, e quando integrado na fase de planeamento de uma competição ou evento des-portivo, permite à organização sistematizar uma série de procedimen-tos no sentido de identificar e avaliar oportunidades para melhorar o desempenho global do evento, em equilíbrio com as condições sócio-
-económicas disponíveis.
ciclo de vida de um evento náutico
3.
Definição de linhas de acção por objectivo;
Estabelecer procedimento para a implementação da linha de acção;
Atribuir recursos humanos e materiais;Estabelecer indicadores
a quantificar.
d
ddd
d
19
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
Recolha de dados;Avaliação da situação de partida.
Redefinição do diagnóstico e/ou plano de acção em função
dos resultados alcançados com o fim de obter uma melhoria.
Arranque do plano de acção;Execução das tarefas de
comunicação, educação e formação.
Definição de um sistema de acompanhamento;
Avaliação quantitativa e qualitativa dos resultados obtidos e baseados em indicadores.
implEmEntaÇÃo
avaliaÇÃorEtroalimEntaÇÃo
diaGnóStico
MELHORIA CONTÍNUA DO
PROCESSO
plano dE acÇÃopolÍtica dE SuStEntabilidadE
Definição de critérios gerais;Definição de objectivos concretos,
claros e quantificáveis.
20
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
a política de sustentabilidade é definida em função de princípios e va-lores próprios de uma organização, podendo inclusive abraçar causas como a preservação dos recursos naturais locais, a responsabilidade e a inclusão social, a distribuição justa dos rendimentos pela comuni-dade, ou legar um contributo para a qualificação e melhoria das infra-
-estruturas locais.os compromissos devem no entanto ser proporcionais à dimen-
são e ao capital de influência da organização, uma vez que a sua imple-mentação obriga por vezes à participação de terceiros associados ao evento, sejam mecenas, sponsors ou prestadores de serviços. a políti-ca deve ser assimilada pelo conjunto da organização e demais parcei-ros estratégicos, de forma a salvaguardar o envolvimento da sociedade e estar disponível para consulta pública.
a elaboração de uma análise preliminar é um passo determinante, como em qualquer processo de planeamento, que permite uma pri-meira abordagem às incidências, restrições e oportunidades latentes , com que a organização terá de lidar de forma a rentabilizar os recursos humanos e materiais disponíveis. o diagnóstico deverá abordar temas como a localização do evento, o alojamento e os meios de transporte, a formação e a sensibilização, a alimentação e a comunicação.
diagnóstico prévio
3.2.
3.1.
política de sustentabilidade
21
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
plano de acçãoa organização deve seguir um conjunto de recomendações e metas concretas, de acordo com a declaração de compromisso inscrita na política de sustentabilidade, que estipulem as medidas a implementar no terreno e atribuam responsabilidades aos elementos da organiza-ção que acompanham as operações ou procedem à recolha de resul-tados.
os objectivos gerais devem ser quantificados sob a forma de indicadores específicos e ela-borados à medida de cada evento desportivo, embora, no geral, tratem os aspectos abaixo sugeridos:
A) AMbIENTE utilização de recursos, se-lecção de materiais, conservação de recursos, redução de emissões, biodiversidade e pre-servação da natureza, vertidos para solo, água e ar.
b) SOCIAL legislação laboral, saúde e se-gurança, liberdades civis, justiça social, comu-nidade local, direitos de minorias, acessibili-dades, equidade, património e sensibilidade religiosa.
C) ECONOMIA retorno do investimento, economia local, capacidade do mercado, sha-reholders valor, inovação, impacto económico indirecto, presença no mercado, performance económica, risco.
o processo deve incluir o registo de informa-ção sobre a evolução da performance, as-pectos relativos ao controle das operações, e conformidade com os objectivos e metas traçados pela organização. os resultados devem estar devidamente documentados, mantidos actualizados e partilhados com os principais parceiros do evento.
3.3.
22
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
existe um período inicial de aprendizagem ou adaptação que faz com que os resultados alcançados nem sempre correspondam às me-lhores expectativas. É suposto aguardar pelo momento oportuno e detectar eventuais falhas de planeamento, adaptar tarefas da organi-zação, reestruturar responsabilidades, identificar recursos materiais e humanos, etc…
´ identificar as partes interessadas (fornecedores, associa-ções locais, empresas municipais, etc..) em implementar o plano de acção;
´ não deixar que a dimensão do evento seja um obstáculo. definir alvos adequados e procurar os recursos necessários;
´ nomear responsáveis do staff e voluntários pela imple-mentação do plano de sustentabilidade - providenciar for-mação adequada e encorajar a comunicação;
´ definir inicialmente objectivos ambiciosos mas atingíveis, privilegiando uma progressão de sucesso em sucesso;
´ Monitorizar e avaliar os resultados de forma a verificar
onde são atingidos os objectivos e onde são necessárias rectificações;
implementação
É conveniente que exista um pon-to de referência, alguém integra-do na estrutura organizativa do evento, que além de acompanhar a implementação do sistema de gestão, concentre a tomada de decisões e resolva ou solucione situações imprevistas. em qual-quer caso, os sistemas de gestão de eventos desportivos devem ser sistemas abertos, flexíveis e que, a cada momento, se adap-tem à realidade desportiva.
3.4.
PrINCÍPIOS PArA IMPLEMENTArUM PLANO DE ACÇÃO:
23
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
a análise aos registos efectuados e respectivos indicadores, após con-cretização das medidas previstas no plano de acção, permite avaliar em que grau foram alcançados os objectivos inicialmente propostos. desta forma, é possível rever e deduzir novos critérios que se conside-rem mais adequados às futuras edições, promovendo de forma con-tinua, uma melhoria progressiva do desempenho global do evento em termos de sustentabilidade.
vigilância, avaliação e retroalimentação: processo de melhoria contínua
3.5.
4.
áreas deintervenção4.
26
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
a definição de uma política de sustentabilidade permite esclare-
cer o âmbito geral do compromisso que a organização pretende
assumir com a sociedade. o desenvolvimento de uma estratégia
que identifica um conjunto de medidas e operações de controlo, e
comunica os resultados de forma concisa e consistente, es-
tabelece uma conjuntura ao seu redor que credibiliza o
evento e valoriza a imagem da organização.
definir um compromisso e uma estratégia sustentável
4.1.
27
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
META - ObJECTIVO ACÇÕES A DESENVOLVEr
Crie uma declaração de
compromisso sobre a
celebração de um evento
náutico sustentável
´ escrever uma declaração de compromisso público
descrevendo a sua intenção em organizar um evento náutico
sustentável e comunique-a interna e externamente.
Identificar as questões e
parceiros chave rumo à
sustentabilidade
´ envolver os seus parceiros chave (por exemplo Federações,
patrocinadores, agentes locais, autoridades públicas)
assegurando a sua colaboração;
´ convidar os seus parceiros a fazerem parte da declaração
de compromisso.
Definir o âmbito de aplicação ´ determinar o intervalo de tempo, localização do evento e
actividades paralelas a serem consideradas.
Identificar e avaliar riscos
e oportunidades
´ identificar os riscos/oportunidades associados ao evento e
avaliar a magnitude e a probabilidade de esses riscos/
oportunidades ocorrerem.
Planear deixar
um legado positivo
´ identificar as três principais concretizações que o evento se
propõe melhorar no local: em serviços, na comunidade ou
organização desportiva assim que o evento termine.
Comprometa-se com
medidas chave de
benchmarking para o próximo
evento náutico sustentável
´ Monitorizar a aplicação das medidas chave em todas as
áreas relevantes da sua organização. utilizar essa informação
para definir novas metas e actualizar o plano de
sustentabilidade para o próximo evento.
uma preparação cuidadosa da declaração de sustentabilidade vai aumentar a sua eficácia e agregar valor considerável à comunicação de resultados. de facto, é uma ocasião para a organização do evento reafirmar o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável pe-rante colaboradores, investidores, fornecedores e sociedade em geral. em seguida apresentam-se alguns parâmetros gerais que devem re-ger o compromisso.
28
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
gestão sustentável de um evento náutico
4.2.
´ rever metas e objectivos para o evento; ´ identificar preocupações de entidades locais e parceiros; ´ desenvolver uma lista de potenciais indicadores; ´ determinar custos de monitorização; ´ seleccionar indicadores e identificar plano de registo; ´ Monitorizar e reportar os resultados; ´ rever os indicadores e modificar o necessário de forma a melhorar o próximo evento.
a implementação de um sistema de gestão consiste na adopção de um conjunto de medidas previamente diagnosticadas, e que tem como ob-jectivo a avaliação do desempenho das actividades, produtos e serviços relacionados com o evento náutico. uma compreensão geral dos assun-tos mais pertinentes, permite preparar um plano de acção que promova a gestão e a monitorização da performance do evento.
um plano eficaz deve identificar uma lista de questões prioritá-rias e especificar competências, responsabilidades e metas com o fim de avaliar e controlar os principais impactos derivados das actividades programadas. a gestão e avaliação da sustentabilidade deve recorrer a informação técnica, como seja o caso dos indicadores de performan-ce (ambientais, económicos, sociais, outros) que permitem calcular e transmitir os dados e resultados de forma clara e consistente. a ava-liação e comunicação do desempenho de sustentabilidade do evento deve merecer igual atenção, pois incentiva ao uso eficiente dos recur-sos e permite reunir informação relevante para edições futuras.
SELECÇÃO DE INDICADOrES DE DESEMPENhO:
29
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
META — ObJECTIVO ACÇÕES A DESENVOLVEr
Designar um líder e
formar uma equipa
para a
sustentabilidade
´ eleger um líder para a sustentabilidade, com a autoridade necessária para
supervisionar a implementação do compromisso e a equipe designada para
proceder à implementação (poderia incluir um líder, um recrutador/ formador, uma
pessoa de dados / secretária, um repórter / comunicador).
Estabelecer uma
“forma de trabalhar”
em conjunto
´ determinar líderes para as tarefas; orçamento (se houver); método para controlar
o progresso e frequência de reuniões de equipa.
Definir objectivos e
indicadores de
sustentabilidade
mensuráveis
´ identificar e explorar os impactos (localmente significativos/relevantes para os
seus principais parceiros) ambientais, sociais e económicos e respectivas
oportunidades. ex.: a responsabilidade do carbono, eventos neutros em carbono ou
na produção de resíduos sólidos a enviar para aterro. eventos inclusivos para
minorias, pessoas com deficiência, envolvimento de comunidades desfavorecidas.
Realizar verificações e
revisões regulares de
objectivos e metas
´ conferir a satisfação dos parceiros — verificar se a entidade organizadora e os
seus colaboradores estão a cumprir com o estipulado, com a concretização dos
objectivos fixados e com a implementação das recomendações revistas
anteriormente.
Comprometer-se a
documentar e
reportar a sua política
de sustentabilidade
´ um relatório de sustentabilidade é uma prática que pretende avaliar e divulgar a
responsabilidade pela performance organizacional, enquanto esta trabalha para a
meta do desenvolvimento sustentável.
´ um relatório de sustentabilidade fornece uma representação equilibrada e
razoável do desempenho de sustentabilidade da organização relatora, incluindo
tanto contribuições positivas como negativas. note-se que a documentação é uma
parte vital de um sistema bem sucedido de transferência de conhecimentos.
30
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
´ número de pessoas previstas e permitidas no evento; ´ Modos de transporte até aos acessos permitidos; ´ Zonas de estacionamento permitido; ´ acessos e itinerários dos espectadores; ´ Zonas de ocupação para espectadores; ´ Barreiras e vigilância de zonas com acesso proibido a espectadores.
localização e estruturas de apoio
4.3.
a selecção do local para a realização do evento náutico e a decisão so-bre a necessidade de instalar estruturas de apoio, amovíveis ou per-manentes, deverão considerar além dos critérios técnicos e desporti-vos, aspectos relacionados com o acesso de atletas e de espectadores.
regular e gerir adequadamente a presença do público que as-siste ao evento, é sem dúvida, um dos aspectos chave na gestão am-biental de um evento desportivo, por isso, recomenda-se ao gestor desportivo que atenda ao planeamento destes aspectos e considere a aplicação das boas práticas.
no entanto, através de um bom planeamento e de escolhas ade-quadas, eventos de carácter desportivo podem contribuir igualmente para a reabilitação de zonas degradadas ou corpos de água abando-nados, conferindo maior atractividade a espaços outrora deteriorados.
31
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
META — ObJECTIVO ACÇÕES A DESENVOLVEr
Seleccionar uma zona que à
partida minimize a pegada
ecológica
´ escolher locais de prática habitual e regular;
´ considerar a instalação de infra-estruturas temporárias e amovíveis;
´ partilhar o local com outros intervenientes, caso seja necessário e
possível;
´ construir um legado sustentável, integrando-a nas necessidades da
comunidade;
´ respeitar a cultura local e o seu património.
Escolher um local ou espaços
relativamente centrais
´ atletas, dirigentes e espectadores devem percorrer curtas
distâncias entre o alojamento e o local onde se celebrará o evento.
Garantir um acesso livre de
obstáculos, sobretudo a pessoas
com mobilidade condicionada
´ escolher locais sem barreiras físicas (por exemplo, a cadeira de
rodas) e acessíveis aos principais meios de transporte.
Optar por um local com
instalações eléctricas e de
distribuição de água eficientes
´ incluir ventilação e iluminação natural, sistemas para águas Quentes
sanitárias eficientes, chuveiros e torneiras de baixo fluxo, sistemas de
captação de águas pluviais para reutilização.
Implementar um sistema de
gestão de resíduos com prioridade
para a redução, reutilização,
reciclagem
´ se possível, todos os resíduos produzidos no local (por exemplo,
papel, plástico, metal, orgânico) devem ser separados na fonte e
contentores em número suficiente devem ser disponibilizados em áreas
para participantes e público em geral.
Seleccionar uma zona que mitigue
os impactos no solo, flora e fauna
locais
´ usar materiais livres de toxinas;
´ não instalar equipamentos, mesmo que provisórios, em
ecossistemas sensíveis;
´ proibir o acesso público a zonas sensíveis.
Incluir um plano de intervenção
para a recuperação do local após o
evento
´ evitar, através da reciclagem, o envio de lixo para aterro;
´ limpeza e replantação de espécies endémicas se necessário.
32
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
um aspecto que contribui significativamente para as emissões de ga-ses com efeito de estufa em eventos desportivos é a quantidade de pessoas e equipamentos que se deslocam entre locais.
Quando as deslocações e os percursos não são devidamen-te planeados, é possível que ocorra um acréscimo de ruído, poluição e tráfego. estando identificadas e previstas, as pessoas podem ser transportadas de forma rápida e eficiente, com uma necessidade resi-dual de veículos particulares e lugares de estacionamento.
transporte e alojamento
4.4.
os requisitos de sustentabilidade em termos de alojamento, são
complexos e transversais. devem ser consideradas referências de
boas praticas laborais, na relacção entre os quadros da empresa e
serviços prestados, características das instalações, sua localiza-
ção e respectivo desempenho operacional (principalmente con-
sumo de água e energia, a qualidade da água e ar interior, gestão
de resíduos). a solução final deve contudo tentar reduzir a distân-
cia que separa o alojamento do local de realização do evento.
33
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
META — ObJECTIVO ACÇÕES — rECOMENDAÇÕES
Disponibilizar serviços
de transporte
público acessíveis
´ estabelecer contacto com as autoridades locais de forma a
garantir a existência de suficientes e eficazes transportes
públicos;
´ promover a utilização do transporte público, veículos de
baixas emissões, bicicletas, entre outros.
Informar antecipadamente
os participantes das
alternativas existentes
´ Fornecer instruções claras aos participantes sobre o
transporte público adequado para o local, alojamento, centro de
cidade, etc. disponibilizar mapas de transporte público. enviar
informação por e-mail antes do evento e incluir em eventuais
pack’s informativos a distribuir pelos participantes. exibir no local
de competição;
´ providenciar um membro do staff ou do voluntariado local
para acompanhar os participantes entre o alojamento e o local de
celebração do evento desportivo, cerimónia de abertura..
Aconselhar alojamentos
com práticas
ambientalmente
responsáveis
´ seleccionar alojamentos ambiental e socialmente
responsáveis, próximos do local de competição e que promovam
o estabelecimento de parcerias locais.
Prever zonas de
estacionamento
´ privilegiar primeiros socorros, grávidas e pessoas com
locomoção limitada, o transporte de equipamentos e transportes
colectivos.
34
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
a alimentação tem um papel chave no rendimento físico e intelectual de qualquer indivíduo, contudo assume ainda maior importância em desportistas, sobretudo quando estes se encontram em activida-de intensa e regular. ao disponibilizar alimentos e bebidas locais e da estação, o evento pode mitigar os impactos relativos ao transporte, aproveitar para reduzir o desperdício de embalagens e contribuir para a prosperidade da comunidade local.
as recomendações apresentadas dirigem-se à organização enquantoresponsável pelo serviço de catering, ou empresas especializadas, preferencialmente locais ou regionais, contratadas para tal propósito.É importante participar na elaboração dos menus, prever a necessi-dade de rações adicionais, especialmente água e fruta, e limitar, tanto quanto possível, a comercialização de produtos não compatíveis com a prática desportiva.
o impacto ambiental dos alimentos e bebidas que consumimos é enorme, em função da
sua origem, proveniência e processo de produção. deve, portanto, ser dada es-
pecial atenção a produtos locais e sa-zonais, se possível, incentivar os pro-dutos orgânicos, bem como comida vegetariana, slow-food e comércio justo de produtos saudáveis.
catering e alimentação4.5.
35
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
META — ObJECTIVO ACÇÕES — rECOMENDAÇÕES
Reduzir a pegada
ecológica da
alimentação
´ proveniente de comércio tradicional, alimentação orgânica e
sazonal de origem local e/ou regional, com elevada percentagem de
frutas e vegetais;
´ usar água da torneira se for possível.
Promover dietas
saudáveis
´ escolha alimentos saudáveis (frescos, da época, sempre que
possível, com baixo teor de açúcar, frutas, legumes e cereais);
´ disponibilizar opções vegetarianas.
Minimizar os resíduos
da alimentação e
maximizar a
compostagem orgânica
´ Minimizar o desperdício de alimentos cozinhando faseadamente, e
separando os resíduos orgânicos para compostagem das embalagens
para reciclagem;
´ disponibilizar recipientes para reciclagem e compostagem nos
locais convenientes.
Reduzir a utilização
de embalagens
´ procure que os alimentos estejam disponíveis no mínimo de
embalagens e estas sejam biodegradáveis ou recicláveis.
Contribuir para a
comunidade local
´ entregue os alimentos não utilizados a instituições de
solidariedade social e abrigos locais.
a estratégia ou plano de comunicação deve privilegiar uma men-
sagem clara e objectiva, concedendo aos responsáveis pela co-
mercialização do evento a comunicação das metas previstas em
matéria de sustentabilidade.
36
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
em função da dimensão e natureza do evento, é necessário um traba-lho conjunto e cooperativo com os elementos da equipa responsável pela entrega do plano (incluindo patrocinadores e parceiros estraté-gicos), bem como identificar e estabelecer contacto com os principais meios e canais de informação interessados em proceder à cobertura do evento.
igualmente importante é tratar a mensagem a ser transmitida. a continuidade e a veracidade da informação são dois elementos que caracterizam a transparência informativa, e neste sentido, deve-se di-ligenciar a quem o desejar, o acesso à informação veiculada pela or-ganização.
com as tecnologias de informação amplamente disponíveis, a maioria das funções de comunicação pode ser efectuada via elec-trónica (enviar e-mails promocionais, convites e registos electrónicos, pack’s informativos ou outros elementos a fornecer em memórias portáteis ou disponibilizar para download). se a impressão for indis-pensável, copiar, se possível, frente e verso, utilizando papel reciclado e tinta vegetal. Quaisquer materiais proporcionais, tais como canetas, pastas, etc, devem ser feitos de materiais reciclados e biodegradáveis.
se planear oferecer presentes aos delegados das equipas, asse-gure-se que estes são produzidos localmente e de forma sustentável.
marketing e comunicação
4.6.
37
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
META — ObJECTIVO ACÇÕES A DESENVOLVEr
Implementar um plano
de marketing sustentável
para uma estratégia
de marca consistente
´ escolha mensagens orientadas ao seu público alvo como parte da sua
estratégia e use-as durante todo o evento.
Promover a sua imagem
comunicando através de
mensagens chave e valores
´ use a sua liderança e posição de influência para promover os aspectos
sustentáveis e a imagem do seu evento;
´ tenha atenção e não utilize termos de marketing, expressões ou
imagens que são imprecisos ou não correspondem à verdade. estes podem
prejudicar a credibilidade do organizador e abrir portas a sanções por parte
das autoridades.
Comunicar de forma
ambientalmente responsável
´ certifique-se de que a comunicação é coerente com a mensagem de
sustentabilidade, evitando a utilização desnecessária de papel, folhetos, etc.;
´ utilize as potencialidades dos meios electrónicos (por exemplo, e-mail,
website), se adequados e convenientes, em alternativa a documentos
impressos;
´ estabelecer um sistema de registo electrónico que permita aos
participantes apresentar formulários de inscrição e imagens, se necessário,
via e-mail ou através de um serviço web.
Integrar patrocinadores e
parceiros estratégicos no plano
de marketing sustentável
´ convidar e envolver parceiros e patrocinadores nas suas estratégias de
identidade e marketing.
Faça de todos campeões
da sua causa (ver também
Capítulo Adesão de Atletas
e Público)
´ Quanto maior for o número de voluntários, participantes, staff técnico,
etc que se identifique com o seu trabalho, mais provável é a mensagem
chegar aos seus destinatários.
38
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
o recurso à contratação de fornecedores e prestadores de serviços durante a organização de um evento náutico é praticamente indispen-sável. numa perspectiva de sustentabilidade, as empresas e produtos de origem local devem ser favorecidas, pois promovem a região e a economia local, reduzem o impacto ambiental global do evento, e tem a capacidade para desenhar novas relações, a título pessoal ou profis-sional, no seio da comunidade.
por outro lado, os agentes económicos, culturais ou recreativos que participam ou desenvolvem actividades integradas no programa do evento náutico, devem ser convidados a respeitar as normas e regras da organização — espaços onde circular, onde localizar infra-estrutu-ras, gestão de resíduos, etc.., de forma a partilhar o esforço da organi-zação na realização de um evento exemplar.
uma grande variedade de rótulos ecológicos foram desenvolvidos para comunicar informações sobre as credenciais ambientais de serviços e produtos de forma padronizada, no sentido de ajudar os consumido-res e empresas a seleccionar os serviços e produtos mais ecológicos. estes critérios não se baseiam apenas num simples parâmetro , mas em estudos que analisam o impacto ambiental do produto ou serviço ao longo do seu ciclo de vida, da origem à disposição final.
neste sentido, a substituição de certos serviços ou produtos por ou-tros que incorporem critérios de sustentabilidade contribui, por um lado, para minimizar os impactos negativos do evento e, por outro, para promover uma alimentação equilibrada no seio da comunidade — organização, atletas, espectadores, baseada em produtos locais e orgânicos.
comunidade e fornecedores locais
4.7.
39
META — ObJECTIVO ACÇÕES A DESENVOLVEr
Estabeleça uma política de
compras sustentável
´ estabelecer uma política que contenha procedimentos de
contratação e código de conduta para o fornecimento de serviços
e produtos provenientes de recursos éticos e sustentáveis.
Recrute na comunidade
local, estimule a
diversidade e copie práticas
de contratação éticas
´ colaborar com organizações locais na procura de soluções
temporárias, voluntários ou contratados (serviços de recolha/
reciclagem de resíduos, equipes de limpeza, instalação de
equipamentos, agências de trabalho temporário e associações de
apoio social). assegure um sistema justo de retribuição salarial.
Procure patrocinadores
com preocupações
ambientais
´ apostar em patrocinadores com capacidade e vontade para
apoiar um evento náutico ou uma actividade paralela, que estejam
interessados em manter as virtudes do local, em contribuir para o
desenvolvimento da prática desportiva e aproveitar, porque não,
para promover a divulgação de produtos e serviços mais verdes.
Integre a comunidade de
parceiros locais no evento
´ procurar obter activamente o apoio e o envolvimento da
cidade, entidade regional de turismo, autoridades e organizações
locais, empresas e investidores privados, etc.
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GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
um evento que descure a adesão de atletas e do público dificilmente é considerado um caso de sucesso. na expectativa de a organização contar com o apoio e a participação de toda a comunidade, é conve-niente prever e programar uma série de iniciativas e actividades com-plementares que estimulem o contacto com a modalidade, sobretudo entre os mais novos.
É importante que os atletas cumpram um código de ética desportivo, demonstrando uma conduta exemplar no seio da comunidade e exercendo o seu poder de influência e compa-nheirismo , motivando ao respeito pelo próximo e pela natureza.
É sempre de louvar a participação de atletas em iniciativas complementares ao evento central (por. ex. acções de sensibi-lização ambiental, manifestações culturais ou promoção do pa-trimónio local), transmitindo uma imagem distinta e diferencia-dora, que atrai e desperta a curiosidade dos jovens, e do público em geral.
adesão de atletas e público
4.8.
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META —
ObJECTIVO
ACÇÕES A DESENVOLVEr
Envolver os atletas
e a comunidade
desportiva
´ identificar o público-alvo (atletas de alta competição - locais ou internacionais,
responsáveis pelos respectivos clubes ou federações nacionais, responsáveis públicos
pelo desporto, saúde e meio ambiente; patrocinadores do evento; organizações não
governamentais);
´ colocar ênfase em organizações com recursos (financeiros, técnicos e humanos) e
interesses semelhantes.
Definir o
“apelo à acção”
´ identificar as principais áreas de intervenção para reconhecimento;
´ reduzir as emissões de carbono adoptando determinadas acções específicas;
´ iniciativas que envolvem outras pessoas e organizações;
´ acções que podem ser desenvolvidas a par da actividade desportiva: a redução e
reciclagem de resíduos, o voluntariado, a realização de actividades dirigidas à
comunidade local.
Definir os modos
de comunicação
e divulgação
´ identificar os campeões, atletas, embaixadores, líderes de opinião, celebridades
que estejam dispostos a transmitir a sua experiência, incentivando o próximo;
´ identificar os meios de promoção e endereçar o “apelo à acção” (website, eventos,
newsletter, anúncios de serviço público);
´ identificar os meios para reconhecer os progressos e resultados, histórias e
exemplos de participação.
Fornecer recursos
para o envolvimento
distribuir informação a grupos desportivos e escolares, que inclua o programa do evento,
iniciativas complementares, assim como, locais e entidades responsáveis pela prática de activi-
dades náuticas na região.
Acompanhar
e reportar
os resultados
´ identificar e programar a recolha de elementos que permitam relatar, e se possível
quantificar, as actividades;
´ seleccionar as ferramentas necessárias para calcular e comunicar os resultados
do “apelo à acção”. exemplo: calculadora de carbono para quantificar as viagens dos
atletas, organização, público — que meios de transporte foram utilizados?
Celebrar
os resultados
´ identificar as formas e meios de comemorar os resultados, através do reconheci-
mento, prémios, certificados, artigos em meios de comunicação, citações no twitter.
5.
compensaçãode emissõesde carbono5.
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a compensação é uma forma de neutralizar as emissões de carbono através do financiamento de programas que reduzem uma quantidade equivalente de emissões, normalmente em outros locais, através de in-vestimentos como a aquisição de tecnologias mais eficientes, substitui-ção de fontes de energia fósseis por renováveis, racionalização do uso da energia, projectos de florestamento e reflorestamento, entre outros.
5. compensação de emissões de carbono
o tema da compensação de emissões é tratado de forma super-
ficial de forma a não desviar a atenção dos aspectos prioritários,
neste caso, a redução das emissões de carbono e a mitigação dos
impactos negativos decorrentes da realização de um evento náu-
tico desportivo.
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partindo do princípio que todos os esforços foram empenhados
no sentido de mitigar os impactos durante o evento, a compensa-
ção de emissões pode então desempenhar um papel interessan-
te, que dignifica a estrutura organizativa e a relação com a comu-
nidade local.
REDUZIR AS EMISSÕES TANTO QUANTO POSSÍVEL
SELECCIONAR AS EMISSÕES QUE PRETENDE COMPENSAR
ADQUIRIR OS CORRESPONDENTES CRÉDITOS ATRAVÉS DE UM PARCEIRO DE CONFIANÇA
COMUNICAR OS SEUS RESULTADOS
REVER A ESTRATÉGIA PARA O PRÓXIMO EVENTO
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no mercado regulado, ao abrigo do protocolo de Quioto, os gover-nos determinam qual o limite de emissões em que podem incorrer e transmitem essa informação às indústrias nacionais, estabelecendo uma quota de emissões a cada sector.. as empresas que adoptem medidas de eficiência energética ou outras que lhes permitam cumprir as metas estabelecidas podem, caso tenham emissões de gases com efeito de estufa inferiores à sua quota, vender créditos de carbono às empresas mais poluídoras.
as empresas mais poluídoras ou investem em tecnologias menos poluentes ou são obrigadas a adquirir créditos de carbono para cumprir as respectivas quotas. assim, quanto menos cré-ditos existirem em circulação mais as empre-sas poluídoras são obrigadas ou incentivadas a apostar em tecnologias de redução de emissões.
o Mercado voluntário negoceia créditos de carbono (denominados “verified emissions reductions” – vers) resultantes de projectos que têm as suas reduções validadas e verifi-cadas por uma entidade independente, mas que não são registadas através de entidades reguladoras (ex. onu). os vers têm como objectivo compensar emissões de indivíduos ou de empresas não sujeitas aos compro-missos do protocolo de Quioto.
se decidir investir na compensação de emis-sões, compare diversas fontes de informação, esquemas e respectivos detalhes sobre os projectos a financiar.
mercado de carbono5.1.
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existem actualmente várias centenas de empresas que oferecem ser-viços no Mercado voluntário de carbono. para garantir que os crédi-tos de carbono representam reduções reais nas emissões de gases de efeito estufa, é importante compreender alguns critérios chave de qualidade no mercado das compensações de carbono.
ADICIONALIDADE para ser adicional, um projecto de compensação não deve ter acontecido sem os incentivos decorrentes do mercado de compensações. É essencial que as reduções sejam reais e decorren-tes de um processo transparente e não o vulgar “business as usual”, caso contrário, a compensação não tem qualquer benefício.
PrOPrIEDADE porque as compensações são um título intangível, é importante que os direitos de propriedade sejam estabelecidos para as reduções de gases de efeito estufa que a compensação representa.
LONgEVIDADE considera a durabilidade do benefício climático de um determinado projecto de compensação. as iniciativas que depen-dem do armazenamento de carbono, como os projectos de reflores-tamento, podem inadvertidamente libertar todo o carbono armazena-do para a atmosfera, por exemplo, em caso de incêndio.
FUgA diz respeito à situação através da qual a redução de gases de estufa numa região provoca um aumento de emissões noutro lugar. por exemplo, o dinheiro economizado através da redução do consumo de energia não deve ser utilizado para adquirir outro serviço/produto com emissões correspondentes.
CONSIDErAÇÕES DE SUSTENTAbILIDADE este critério avalia o grau em que determinados projectos de compensação de carbono criam benefícios mais amplos de sustentabilidade, como a criação de empre-gos e a redução da pobreza, aumento da biodiversidade, entre outros.
critérios de qualidade5.2.
carbon trust www.carbontrust.co.uk
agence de l’environnement et de la Maîtrise de l’energie www.ademe.fr
Fondation Goodplanet www.actioncarbone.org
Fundación tierra www.ecoterra.org
WWF – World Wide foundation footprint.wwf.org.uk
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calculadoras de carbonoapesar de as calculadoras de carbono serem um instrumento útil para medir o impacto do consumo de energia ou o uso de transporte du-rante a realização do evento, não consideram ou quantificam impactos importantes, como os existentes a montante na cadeia produtiva ou outras questões não mensuráveis, como a biodiversidade, a poluição e a ética. no entanto, podem ser utilizadas como uma ferramenta nu-mérica, especialmente útil na comparação de emissões em eventos de frequência anual e na comunicação a estabelecer com parceiros e media.
5.3.
49
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ASPECTOS ChAVE EM PrOJECTOS DE CArbONO NEUTrO
dada a evolução do mercado de retalho de compensações durante a úl-tima década, apontam-se dois desafios fundamentais para o sucesso:
´ definir critérios e identificar projectos para redução de emissões nos quais seja crucial o investimento;
´ financiar projectos de compensação no mercado de retalho que não exijam compromissos plurianuais.
estes desafios estão no centro da existência de reais benefícios am-bientais anunciados pelas empresas que fornecem serviços de co-mercialização de carbono no mercado de emissões a retalho.
EMPrESAS E OrgANIzAÇÕES COM SErVIÇOS DE COMPENSAÇÃO
e.value www.evalue.pt
carBono Zero www.carbono-zero.com
terravada www.terravada.org
carBon Footprint lda. www.carbonfootprint.com
altHis www.althis.fr
det norsKe veritas www.dnv.es
6.
certificação de eventos desportivos6.
52
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Hoje em dia empresas e organizações de várias áreas e dimen-sões têm implementados sistemas de gestão. existem várias oportunidades para a sua concretização, desde a contratação de um consultor externo, a execução por conta própria ou integran-do um caso de estudo de uma agência pública ou universidade. embora existam pequenas variações nos diferentes sistemas de gestão, eles são semelhantes na metodologia e na ilustração dos principais objectivos.
certificação de eventos desportivos
6.
a implementação de programas de certificação tem como prin-
cipal objectivo a melhoria contínua do desempenho da organiza-
ção na realização de eventos. estes programas desenvolvem os
requisitos para a implementação de um sistema de gestão, que
permitirá ao gestor/coordenador do evento desenvolver e imple-
mentar uma política e objectivos, tendo por base os requisitos le-
gais e a informação sobre os impactos mais significativos.
53
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event sustainaBility ManaGeMent systeM SISTEMA DE gESTÃO DE EVENTOS SUSTENTÁVEIS
a norma internacional iso 20121 especifica os requisitos de um sistema de gestão que permite melhorar a sustentabilidade de um evento. É aplicável a qualquer entidade, independentemente do tipo e dimensão, envolvida na organização e entrega de eventos, e atende a diferentes condições geográficas, culturais e sociais, exigindo que as organiza-ções reconheçam a sua relação e impacto na sociedade.
a norma deve ser aplicada com flexibilidade e permitir a organizações, sem qualquer protocolo de sustentabilidade estabelecido, iniciar a im-plementação de um sistema de gestão de eventos sustentáveis.
organizações com sistemas de gestão existentes devem ser capazes de integrar os requisitos desta norma nos seus sistemas. todas as or-ganizações serão beneficiadas com o processo de melhoria contínua ao longo do tempo.
a complexidade do sistema, a extensão da documentação e recursos dedicados deverão ser proporcionais aos objectivos definidos, à di-mensão da organização e à natureza das suas actividades, produtos e serviços. este é o caso particular de pMe’s.
o sucesso do sistema de gestão depende do compromisso e envol-vimento dos vários níveis da organização, especialmente da gestão. em suma, para fazer do sistema de gestão um caso de sucesso, este deve ser flexível e integrado no processo de gestão do evento e não ser classificado como um “apêndice”. para a máxima efectividade, a sua influência deve estender-se ao grosso da cadeia de fornecedores.
iso 20121
+ INFOwww.iso.org
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ThE EUrOPEAN ECO-MANAgEMENT AND AUDIT SChEMEo eMas (eco Management and audit scheme) — sistema comunitá-rio de eco-Gestão e auditoria, é um instrumento voluntário dirigido às empresas que pretendem avaliar e melhorar os seus comportamen-tos ambientais e informar o público e outras entidades interessadas a respeito do seu desempenho ambiental.
o objectivo é reconhecer e premiar as organizações que vão além dos mínimos legais e melhoram continuamente o seu desempenho am-biental. além disso, é uma exigência do esquema das organizações, que, regularmente, participam, produzir uma declaração pública am-biental que reporte o seu desempenho ambiental. esta publicação vo-luntária de informação, cuja precisão e transparência é verificada por uma entidade independente, acrescenta ao eMas e às organizações que participam um reforço da sua credibilidade e reconhecimento.
a gestão ambiental tornou-se uma questão económica relevante para muitas organizações que, através de acções como minimizar a quan-tidade de lixo produzido, redução do consumo de energia e uso mais eficiente dos recursos, podem ter uma redução de custos financeiros, além de ajudarem a proteger e a melhorar o meio ambiente. as orga-nizações que participam no eMas são reconhecidas por assumirem compromissos fortes com o meio ambiente e melhorarem a sua com-petitividade económica.
+ INFO
http://europa.eu.int/comm/environment/ecolabel/index_en.htm
http://www.eco-label.com
eMas
55
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SUSTAINAbLE EVENT MANAgEMENT SySTEMesta norma britânica, precursora da iso 20121, foi a primeira a ser de-senvolvida especificamente para a indústria dos eventos. a norma for-nece uma estrutura de boas práticas e define os requisitos para um sistema de gestão sustentável de eventos que garanta uma aborda-gem duradoura e equilibrada entre a actividade económica, a respon-sabilidade ambiental e o progresso social.
rEqUISITOS DA bS 8901 ´ política de sustentabilidade ´ identificação e envolvimento dos parceiros ´ objectivos, metas e planos ´ desempenho contra os princípios do desenvolvimento sustentável ´ controle operacional ´ competências e formação ´ cadeia de fornecedores ´ comunicação ´ Monitorização e medição ´ acções preventivas e correctivas ´ auditoria ao sistema de gestão
a abordagem baseada neste sistema fornece a garantia e certifica-ção da gestão de todos os eventos ou actividades relacionadas com o evento, em vez de certificar apenas cada evento individualmente, o que poderá ser significativo no caso de uma determinada entidade organi-zar vários eventos por ano.
+ INFO
www.bsigroup.co.uk
Bs 8901
7.
anexos7.
58
GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
a linguagem “verde” está cheia de acrónimos e jargão. leia o glos-
sário para algumas das palavras mais comuns e suas definições.
algumas destas palavras / definições não estão incluídas neste
guia, mas são explicadas para que possa compreendê-las se o
seu cliente as utilizar.
glossário
ALTErAÇÕES CLIMÁTICAS as mudanças no clima da terra resul-tantes de concentrações crescentes na atmosfera de gases de efeito estufa (Gee), como o dióxido de carbono. o painel intergovernamental sobre a Mudança climática determinou que o aumento acentuado das concentrações de gases de efeito estufa desde a época pré-industrial é o resultado da actividade humana, incluindo a queima de combustí-veis fósseis, a desflorestação e a agricultura.
AgENDA 21 um programa executado pela organização das nações unidas (onu) relacionado com o desenvolvimento sustentável. É um projecto abrangente a ser implementado a nível mundial, nacional e lo-cal por organizações da onu, governos e grandes grupos em todas as áreas em que os seres humanos tenham impacto sobre o meio am-biente. o número 21 refere-se ao século XXi. o comité olímpico inter-nacional criou também um documento conjunto com a onu, intitulado
“o Movimento olímpico agenda 21”.
ALIMENTOS OrgâNICOS cultivados sem produtos químicos que possam prejudicar a terra, água ou saúde humana. a certificação orgâ-nica de alimentos pode ser verificada por uma organização indepen-dente ou programa governamental.
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AVALIAÇÃO AMbIENTAL um processo para prever os efeitos am-bientais de um projecto proposto durante o seu ciclo de vida (incluindo planeamento, plano de acção, operação e encerramento) e para re-comendar formas de eliminar, minimizar ou mitigar esses impactos. efeitos ambientais, económicos, patrimoniais, sociais e de saúde são considerados no processo de avaliação ambiental.
bIODIVErSIDADE a diversidade da vida, dos ecossistemas, das es-pécies e a variedade genética.
brITISh STANDArD (bS) 8901:2007 especificações para um sistema de gestão de eventos sustentáveis com guia para implemen-tação. Bs 8901 providencia requisitos para o planeamento e gestão de eventos sustentáveis de qualquer dimensão e tipo. Bs 8901 abrange toda a gama de eventos, desde grandes conferências a eventos exclu-sivos, como os Jogos olímpicos de londres 2012 a festivais de música. a norma é aplicável a toda a cadeia de fornecedores, empresa organi-zadora e prestadores de serviços.
COMérCIO JUSTO os pequenos produtores e comerciantes são pagos a um preço justo de mercado que lhes permite melhorar o seu padrão de vida.
COMPENSAÇÕES DE CArbONO acções para reduzir ou evitar ga-ses de efeito estufa (Gee) num local, a fim de “compensar” as emis-sões de Gee que ocorrem em outro local. como o dióxido de carbono é o Gee mais importante (em volume), a compensação de determinadas emissões é frequentemente descrita como sendo “neutros em car-bono”.
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ECOSSISTEMA um ecossistema consiste num conjunto dinâmico de organismos vivos (plantas, animais e micro-organismos), todos in-teragindo entre si e com o ambiente em que vivem (solo, clima, água, ar e luz solar).
gESTÃO DA SUSTENTAbILIDADE E SISTEMA DE COMUNI-CAÇÃO um sistema baseado no desempenho que define os objec-tivos de sustentabilidade, promove uma abordagem integrada para os alcançar e fornece informações transparentes sobre os resultados relativos aos compromissos de sustentabilidade e metas corporativas, quer para uma audiências interna quer externa.
INDICADOrES DE PErFOrMANCE indicadores de desempenho são usados para ajudar uma organização a definir e medir o progresso em relação aos objectivos organizacionais, relativos às áreas ambien-tal, social e económica.
IMPrESSÃO à bASE DE TINTAS VEgETAIS tintas de impres-são amigas do ambiente que são feitas a partir de óleos vegetais com-binados com pigmentos. o tipo mais comum é feito de soja.
PArCEIrOS uma pessoa ou organização que tenha um interesse legítimo num projecto ou entidade. também se refere a pessoas que poderiam afectar ou serem afectadas pelo desempenho de uma or-ganização social, ambiental e económica.
PEgADA ECOLógICA num contexto espacial, a área ocupada pe-las instalações permanentes e temporárias e actividades associadas. num contexto ecológico, mede a pressão da humanidade sobre a na-tureza, considerando os recursos consumidos e os recursos afectados para apoiar as actividades.
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rELATórIO DE SUSTENTAbILIDADE a prática de quantificar e divulgar o desempenho da organização em direcção à meta do desen-volvimento sustentável. um relatório de sustentabilidade fornece uma representação equilibrada e razoável do desempenho de sustentabi-lidade da organização, incluindo as contribuições positivas e negativas.
rESPONSAbILIDADE COrPOrATIVA a nossa obrigação em considerar os interesses dos clientes, empregados, comunidades e meio ambiente como um aspecto de planeamento de reuniões, exe-cução e avaliação, de modo a alcançar a desejada sustentabilidade.
SEM bArrEIrAS locais ou edifícios que foram construídos ou mo-dificados, e eventos que foram organizados para garantir que pessoas com deficiência possam utilizar os edifícios e participar nos eventos, da mesma forma que uma pessoa sem deficiência.
SUSTENTAbILIDADE responde às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades. (comissão Bruntland). o conceito de sustentabilidade geralmente inclui as áreas de desenvolvimento am-biental, social e económico.
TrANSPOrTE AMbIENTALMENTE rESPONSÁVEL opções de transporte que minimizem o impacto ambiental, tais como transporte público de massas (comboio, metro, eléctrico / autocarro híbrido / bio-diesel), veículo eléctrico ou híbrido e bicicleta, quando possível.
zErO rESÍDUOS o conceito em que as actividades são projectadas para eliminar o desperdício e os resíduos são recuperados para ser uti-lizados como inputs de outros processos.
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´ acolher a vossa opinião e comentários sobre este guia
´ receber os indicadores de desempenho de sustentabilidade dos vossos eventos náuticos
formulário de avaliação
´ recursos consuMidos (em peso): papel, água, alimentos, etc, juntamente com a percentagem em peso do que pode ser considerado reutilizável, como, por exemplo, papel reciclado, ali-mentos orgânicos ou de comércio justo, etc.
´ produção e eliMinação de resíduos: a quantidade total de resíduos gerados, de preferência divididos por tipo de resíduo — plástico, papel, vidro, etc; e seu respectivo encami-nhamento para os diferentes fins — reutilização, reciclagem, compostagem, aterro / incineração.
´ consuMo de enerGia: a energia total consumida por recur-so — gás, electricidade, combustíveis; juntamente, se houver, com a electricidade gerada através de fontes renováveis.
´ deslocações: valor geral da distância percorrida e meio de transporte dos participantes (aéreo, ferroviário, rodoviário).
como parte dos esforços em melhorar o desempenho das organiza-ções náuticas de forma contínua, a equipa nea2 ficaria grata por:
por favor, dedique algum tempo a responder a este breve questionário. uma versão Word deste formulário pode ser transferida através do website da intercéltica. o formulário completo e os vossos dados de-vem ser enviados para [email protected] .
DADOS DAS MONITOrIzAÇÕESpor favor, discrimine ao máximo a informação quantificada, cobrin-do os seguintes indicadores:
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nome da organização: nome contacto: telefone:e-mail:nome do evento:localização e data da celebração:número de participantes:origem dos participantes:
AVALIAÇÃO DO gUIAconsidera o guia útil na abordagem à sustentabilidade do(s) seu(s) evento(s)?
por favor, classifique entre 1 (bastante útil) e 5 (nada útil).
encontrou alguma recomendação difícil de compreender? se sim, qual ou quais?
existe alguma recomendação difícil de implementar? se sim, que recomendações e porquê?
considera que alguma recomendação deveria estar incluída no guia e não está?
Que melhorias sugere para o guia (p. ex. relativas ao conteúdo, estrutura, etc)?
inclua, por favor, qualquer comentário que julgue pertinente.
1 2 3 4 5
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GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
A guide to running green meetings and eventsFailte ireland – national tourism development authority.
bases para una estrategia nacional sobre deporte y sostenibilidadFundación Biodiversidad — Green cross españa.
IOC guide on sport, environment and sustainable developmentinternational olympic committee, 1999.
green champions in sport and environment — guide to environ-mentally-sound large sporting events Federal Ministry for the envi-ronment, nature conservation and nuclear safety & German olympic sports confederation.
Sustainable sport and event toolkit. aists — international academy of sport science and technology, 1999.
guía de buenas prácticas ambientales para la celebración de eventos deportivosdirección General de deportes — comunidad de Madrid.
green meeting guide unep & iclei – local Governments for sustainability, 2009.
referências bibliográficas
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GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS
White paper on sporteuropean commission – directorate General for education and culture, 2007.
Offsetting emissions: a business brief on the voluntary carbon marketecosystem Marketplace & Business for social responsibility, 2008.
Purchasing carbon offsetsdavid suzuki Foundation & pembina institute, 2009.
ISO 20121 Event sustainability management systeminternational organisation for standardisation, draft document.
EMAS and sporting events — improving your environmental and bu-siness performanceThe european eco-Management and audit scheme.
bS 8901: Specification for sustainable event management system with guidance of use.Bsi — British standards, 2007.
FIChA TéCNICA
F INTERCÉLTICA — ASSOCIAÇÃO CULTURAL, DESPORTIVA E TURÍSTICA
6 praça d. afonso v, nº 120 8 226 166 290 5 [email protected] 4150 — 024 porto | portuGal d 226 166 299 7 www.projectonautica.com
edição: intercÉltica — associação cultural, desportiva e turística
coordenação Guilherme Guimarães, João Zamith e rui diasano: 2012isBn: 978-989-97859-3-9 tiragem: 500 exemplares impressão: Gráfica casa dos rapazesdesign: edgar afonso
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