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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ FERNANDO AUGUSTO MELLO GUIMARÃES CONSELHEIRO RELATOR GESTÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO

GESTÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO · 2. DA COMPOSIÇÃO DOS BENS PATRIMONIAIS DO ESTADO 2.1. BENS PATRIMONIAIS Os bens estavam assim distribuídos em 31/12/2017, por tipo: Gráfico

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TRIBUNAL DE CONTASDO ESTADO DO PARANÁ

F E R N A N D O A U G U S T O M E L L O G U I M A R Ã E S

C O N S E L H E I R O R E L A T O R

GESTÃO DOPATRIMÔNIO PÚBLICO

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C O N S E L H E I R O R E L A T O R

Fernando augusto mello guimar ães

C O O R D E N A D O R A

rita de CÁssia BomPeiXe C. momBelli

E Q U I P E T É C N I C A

desirÉe do roCio Vidal Ferreir a da Costa

leandro sudrÉ

moniQue dell ane santos CaValCante

P R O J E T O G R Á F I C O

nÚCleo de imagem | diretoria de ComuniCaÇão soCial

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R E S U M O

a análise realizada, sobre o patrimônio público do Poder executivo do es-

tado, demonstrou que a sua gestão apresenta diversas fragilidades, as quais deve-

rão ser sanadas.

o estado não possui a totalidade de seus bens móveis corretamen-

te identificados, sendo que consta na classe denominada “bens a classificar”

o montante de R$ 10,2 bilhões, conforme demonstrado no gráfico a seguir:

Gráfico – Bens Móveis – Por classe - 2017

404.571.303.74794%

10.412.673.1033%

10.263.382.1462% 4.481.723.719

1%

Bens Móveis - R$ - Por Classe

Mobiliário em Geral

Equipamentos de Informática e Software

Bens a Classificar

Outros Bens Móveis

Fonte: Dados Extraídos dos Sistemas AAB e GPI1

As ações para a identificação destes bens devem ser realizadas por meio

do estabelecimento de cronograma analítico das ações de correções.

Outra possível inconsistência de dados dos bens móveis refere-se à con-

centração de 96 % do seu total em apenas três Órgãos, onde destaca-se o Insti-

tuto de Criminalística (IC), com 47% deste total, conforme se constata no gráfico

a seguir:

1 Em respostas às Demandas - CACO n°s 159.256 e 159.582, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).

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Gráfico – Bens Móveis – Por órGão - 2017

200.040.846.803,39 47%

110.152.439.270,54 26%

100.005.874.762,23 23%

19.529.921.8784%

Bens Móveis - R$ - Por Órgão

IC - Instituto de Criminalística

DPCPR - Departamento de Polícia Civil doEstado do Paraná

SEEC - Secretaria de Estado da Cultura

Outros Órgãos

Fonte: Dados Extraídos dos Sistemas AAB e GPI2

estes valores inadequados registrados no sistema patrimonial devem ser

revisados imediatamente, por parte da CPe.

O Estado gastou com aluguéis o montante de R$ 72,4 milhões, para um

total de 519 unidades, no ano de 2017. Todavia, possuía 363 imóveis sem ocupa-

ção, mais 287 imóveis ocupados por particulares, totalizando 650 imóveis, confor-

me se constata no gráfico a seguir:

Gráfico – coMParativo de Quantitativo de iMóveis locados x deso-cuPados x Particulares

519

363

287

0

100

200

300

400

500

600

Qtd Locados Qtd Desocupados Qtd Ocupados porParticulares

Imóveis Locados x Desocupados x Particulares

Fonte: Dados Extraídos dos Sistemas AAB e GPI3

É importante que o Poder executivo priorize utilizar os imóveis desocu-

pados, em detrimento daqueles alugados, quando mais econômicos para a ad-

2 Em respostas às Demandas - CACO n°s 159.256 e 159.582, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).3 Em respostas às Demandas - CACO n°s 159.256 e 159.582, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).

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ministração. Para isto, é crucial que nos processos de locações de imóveis sejam

implementados cálculos comparativos de economicidade, dos gastos necessários

para a realização de manutenções e adaptações dos imóveis próprios desocupa-

dos, em relação àqueles que seriam desembolsados com aluguéis. Como melhor

prática de gestão a administração deve desenvolver estudo técnico com o objetivo

de avaliar quais imóveis locados poderiam ser substituídos por próprios, com base

em cronograma de trabalho analítico.

nos registros dos bens patrimoniais não há reavaliação de bens móveis,

enquanto que os imóveis foram avaliados parcialmente, em torno de 50% de seu

total, conforme se verifica no gráfico a seguir:

Gráfico: coMParativo de iMóveis avaliados - 2017

3.190 3.139

6.329

50% 50%

100%

10%30%50%70%90%110%130%150%170%190%

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

Qtd de Imóveis Avaliados Qtd de Imóveis Não Avaliados Qtd Total de Imóveis

Comparativo de Levantamento de Imóveis - 2017

QTD %

Fonte: Dados Extraídos do Sistema GPI.

É urgente, devido ao prazo que expira em 31/12/2018, conforme definido

na Portaria nº 548 – STN, de 29 de setembro de 2015, que o Estado realize a cor-

reta avaliação de todos os seus bens patrimoniais, móveis e imóveis, objetivando

valorar de forma adequada o total de seu patrimônio.

o estado não possui um planejamento centralizado das manutenções de

imóveis, preventivas e/ou corretivas, fundamentado num plano de prioridades. É

relevante que seja estabelecida uma política de manutenções do Poder Executivo

de forma centralizada na SEAP, conforme atribuição prevista no art. 25, da Lei Es-

tadual n° 8485/1987, baseado em cronograma analítico de ações periódico.

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O Balanço Patrimonial do Estado está subavaliado em R$ 430,1 bilhões,

conforme se constata na tabela a seguir:

taBela – coMParativo de saldos de Bens PatriMoniais – 2017 – eM Bilhões de reais

ItemR$-SaldonoRelatório

GerencialR$-SaldonoBalanço

Patrimonial R$Diferença

Bens Móveis 429,7 3,5 426,2Bens Imóveis 9,1 5,2 3,9

Total 438,8 8,7 430,1

Fonte: Balanço Patrimonial do Estado e Relatórios dos sistemas AAB e GPI.

É indispensável que o estado reconheça estes valores em suas demonstra-

ções contábeis, evitando-se assim prejuízo na análise das informações.

Houve a entrega de 133 imóveis a municípios do Estado, totalizando R$

244,0 milhões, por meio de doações, no ano de 2017, as quais estão de acordo

com a legislação vigente.

em relação aos sistemas informatizados de controle de bens móveis, o

estado deve decidir qual opção será utilizada, levando-se em consideração a eco-

nomicidade e funcionalidade da ferramenta escolhida.

Por fim, tendo em vista as deficiências encontradas, foram sugeridas ações

práticas no sentido de prover correções e melhorias na gestão dos bens públicos,

na forma de recomendações e/ou determinações, tornando o controle mais efi-

ciente.

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S U M A R I O

1. introduÇão .....................................................................................................13

2. da coMPosiÇão dos Bens PatriMoniais do estado ...................14

2.1. Bens PatriMoniais .................................................................................14

2.2. conclusão .................................................................................................17

3. da locaÇão de iMóveis ..............................................................................17

3.1. da locaÇão ...............................................................................................17

3.2. dos iMóveis desocuPados ................................................................18

3.3. dos iMóveis ocuPados Por Particulares ................................18

3.4. conclusão .................................................................................................19

4. da MensuraÇão de Bens Móveis e iMóveis ..................................... 20

4.1. dos PraZos Para iMPlantaÇão ..................................................... 20

4.2. da atualiZaÇão cadastral de Bens iMóveis .......................... 20

4.3. da atualiZaÇão cadastral de Bens Móveis ............................21

4.4. conclusão .................................................................................................22

5. da ManutenÇão de Bens iMóveis .........................................................23

5.1. das ManutenÇões ..................................................................................23

5.2. conclusão .................................................................................................24

6. da suBavaliaÇão do ativo iMoBiliZado no BalanÇo

PatriMonial do estado ................................................................................ 25

6.1. da suBavaliaÇão dos Bens no BalanÇo PatriMonial....... 25

6.2. conclusão ................................................................................................ 25

7. das doaÇões de Bens ...................................................................................26

7.1. dos Quantitativos e destinatários das doaÇões de Bens

PatriMoniais ....................................................................................................26

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7.2. conclusão .................................................................................................26

8. dos sisteMas inforMatiZados de controle de Bens ................27

8.1. dos sisteMas de controles de Bens ............................................27

8.2. conclusão ................................................................................................ 28

9. conclusão ...................................................................................................... 28

9.1. ProPosta de encaMinhaMento ..................................................... 28

9.2. consideraÇões finais ..........................................................................31

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L I S TA D E TA B E L A S

tabela 1 – Bens Patrimoniais - saldo de relatórios Gerenciais e Balanço

Patrimonial – em 31/12/2017 - em bilhões de reais ....................................... 25

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L I S TA D E G R Á F I C O S

Gráfico 1 – Bens Patrimoniais – Por tipo - 2017 ..............................................14

Gráfico 2 – Bens Móveis – Por classe - 2017.....................................................14

Gráfico 3 – Bens Móveis – Por órgão - 2017 .................................................... 15

Gráfico 4 – Bens imóveis – Por função administrativa - 2017 ......................16

Gráfico 5 – Bens imóveis – Quantitativo - Por classe - 2017 .........................16

Gráfico 6 – locação de Bens imóveis – Por órgão - 2017 ..............................17

Gráfico 7 – imóveis sem ocupação – Quantitativo – Por tipo - 2017 .........18

Gráfico 8 – atualização de Bens imóveis – Previsto x realizado - 2017 ..... 20

Gráfico 9 – comparativo de levantamento de Bens imóveis - 2017 ............21

Gráfico 10 – Bens Móveis – seaP – Quantitativo de itens - 2017 ................22

Gráfico 11 – doação de Bens imóveis – 2017 – Por tipo de destinatário..26

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L I S TA D E S I G L A S

seaP – secretaria de estado da administração e Previdência

cPe – coordenadoria do Patrimônio do estado

cGe - tc – coordenadoria de Gestão estadual do tribunal de contas

cGe – controladoria Geral do estado do Paraná

aaB – sistema de controle Patrimonial

GPi – Gestão Patrimonial de imóveis

PGe – Procuradoria Geral do estado

stn – secretaria do tesouro nacional

siaf – sistema integrado de finanças Públicas

sefa – secretaria de estado da fazenda

GPM – Gestão Patrimonial de Móveis

QPde – Quadro Próprio do departamento de trânsito

iPeM – instituto de Pesos e Medidas do Paraná;

uel – universidade estadual de londrina;

ueM – universidade estadual de Maringá

uenP – universidade estadual do norte do Paraná;

uePG – universidade estadual de Ponta Grossa;

unicentro – universidade estadual do centro oeste;

unioeste – universidade estadual do oeste do Paraná

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C O N TA S D O G O V E R N A D O R | E X E R C Í C I O 2 0 1 7

G E S TÃ O D O PAT R I M Ô N I O P Ú B L I C O

1. INTRODUÇÃO

O patrimônio público é formado pelos bens e direitos, tangíveis ou intan-

gíveis, monetários ou não, que foram adquiridos, produzidos, recebidos, mantidos

ou utilizados pelas entidades do setor público, capazes de gerar fluxos de benefí-

cios no presente ou futuro. Estes bens estão sujeitos à depreciação, à amortização

e à exaustão.

a gestão do patrimônio do estado é de responsabilidade da secretaria

de Estado da Administração e da Previdência (SEAP)4, e também, complementar-

mente, das áreas de patrimônio das demais secretarias e instituições do Poder

executivo.

a realização do controle é feita pela subunidade de Coordenadoria do Pa-

trimônio do Estado (CPE), daquela secretaria.

É uma responsabilidade compartilhada e integrada.

a análise apresentada foi realizada considerando dados constantes nos

sistemas de gestão de bens do estado, bem como informações declaratórias5 das

Entidades responsáveis; e, ainda, os dados apresentados durante o exercício do

controle externo no ano de 2017 e os disponibilizados pela Coordenadoria de

Gestão Estadual (CGE) do Tribunal de Contas.

este caderno tratará dos bens patrimoniais do estado, da sua composição

e das ações necessárias para uma administração mais eficiente, sendo que as con-

clusões que serão apresentadas têm como objetivo apontar soluções práticas e

modernas de gestão de bens patrimoniais, na busca contínua de melhorias.

4 Conforme disposto no art. 4°, item I, alínea “b” do Decreto Estadual n° 4.289/2016, de 02 de junho de 2016, que constitui peça processual anexada ao requerimento externo nº 792045/17 (Peça 16).5 Respostas das Demandas – CACO nºs 159256 e 159582; Ofício nº 13/2017 – CG – FAMG – TCE – PR, que constitui peça processual anexada ao requerimento externo nº 792045/17 (Peças 16 e 35).

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C O N TA S D O G O V E R N A D O R | E X E R C Í C I O 2 0 1 7

G E S TÃ O D O PAT R I M Ô N I O P Ú B L I C O

14

2. DA COMPOSIÇÃO DOS BENS PATRIMONIAIS DO ESTADO

2 .1. BENS PATRIMONIAIS

Os bens estavam assim distribuídos em 31/12/2017, por tipo:

Gráfico 1 – Bens PatriMoniais – Por tiPo - 2017

429.729.082.71498%

9.102.287.3442%

Bens Patrimoniais - Por Tipo - em R$ - 2017

Bens Móveis

Bens Imóveis

Fonte: Dados Extraídos dos Sistemas AAB e GPI6

Constata-se que 98% dos bens referem-se aos bens móveis, e 2% aos

bens imóveis, com um total de 2.781.463 e 6.329 itens, respectivamente.

Destes bens móveis, destacam-se as seguintes classes:

Gráfico 2 – Bens Móveis – Por classe - 2017

404.571.303.74794%

10.412.673.1033%

10.263.382.1462% 4.481.723.719

1%

Bens Móveis - R$ - Por Classe

Mobiliário em Geral

Equipamentos de Informática e Software

Bens a Classificar

Outros Bens Móveis

Fonte: Dados Extraídos dos Sistemas AAB e GPI7

6 Em respostas às Demandas - CACO n°s 159.256 e 159.582, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).7 Em respostas às Demandas - CACO n°s 159.256 e 159.582, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).

429.729.082.71498%

9.102.287.3442%

Bens Patrimoniais - Por Tipo - em R$ - 2017

Bens Móveis

Bens Imóveis

404.571.303.74794%

10.412.673.1033%

10.263.382.1462% 4.481.723.719

1%

Bens Móveis - R$ - Por Classe

Mobiliário em Geral

Equipamentos de Informática e Software

Bens a Classificar

Outros Bens Móveis

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15

C O N TA S D O G O V E R N A D O R | E X E R C Í C I O 2 0 1 7

G E S TÃ O D O PAT R I M Ô N I O P Ú B L I C O

Destaca-se que 99% dos valores de bens móveis se resumem a três clas-

ses. Dentre elas, chama a atenção o valor da classe “Bens a Classificar” de R$ 10,2

bilhões, apesar da baixa participação percentual, de 2% do total.

Ainda, os bens móveis estavam assim estratificados em 2017, por Órgão:

Gráfico 3 – Bens Móveis – Por órGão - 2017

200.040.846.803,39 47%

110.152.439.270,54 26%

100.005.874.762,23 23%

19.529.921.8784%

Bens Móveis - R$ - Por Órgão

IC - Instituto de Criminalística

DPCPR - Departamento de Polícia Civil doEstado do Paraná

SEEC - Secretaria de Estado da Cultura

Outros Órgãos

Fonte: Dados Extraídos dos Sistemas AAB e GPI7

Constata-se que 96% dos bens móveis estão concentrados em três Ór-

gãos, onde destaca-se o Instituto de Criminalística (IC), com 47% deste total.

atualmente, são encontrados bens móveis registrados no sistema patri-

monial com valores inadequados, o que torna necessário uma forte revisão destes

itens urgentemente, por parte da CPe.

Quanto aos bens imóveis, está composto de 6.329 bens, distribuídos na

totalidade de seus municípios.

Os bens imóveis estavam assim distribuídos na administração:

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G E S TÃ O D O PAT R I M Ô N I O P Ú B L I C O

16

Gráfico 4 – Bens iMóveis – Por funÇão adMinistrativa - 2017

8.167.682.31690%

934.605.02810%

Bens Imóveis - R$ - Por Função Administrativa

Administração Direta

Administração Indireta

Fonte: Dados Extraídos dos Sistemas AAB e GPI8

Constata-se que 90% dos imóveis estão localizados na administração di-

reta e 10% na indireta.

Os imóveis estão assim estratificados, por classe:

Gráfico 5 – Bens iMóveis – Quantitativo - Por classe - 2017

4.77776%

1.55024%

Bens Imóveis - Qtd Por Classe - 2017

Edficiações sobreTerrenos

Terrenos

Fonte: Dados extraídos do sistema GPI.

Constata-se que 76% dos imóveis contêm edificações sobre os terrenos, e

24% são terrenos sem construções.

8 Em respostas às Demandas - CACO n°s 159.256 e 159.582, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).

8.167.682.31690%

934.605.02810%

Bens Imóveis - R$ - Por Função Administrativa

Administração Direta

Administração Indireta

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G E S TÃ O D O PAT R I M Ô N I O P Ú B L I C O

2 .2 . CONCLUSÃO

Quanto à composição dos bens, sugere-se que seja determinado à SEAP

que realize a identificação dos bens, objetivando a correta classificação destes,

evitando-se a existência de classe denominada “bens a classificar”, no valor de R$

10,2 bilhões.

sugere-se que seja determinado, também, que o estado revise os valores

dos bens móveis, que constam no sistema de gestão patrimonial, objetivando cor-

rigir possíveis distorções existentes.

3. DA LOCAÇÃO DE IMÓVEIS

3.1. DA LOCAÇÃO

O Poder executivo locou no exercício de 2017 os seguintes bens, por Órgão:

Gráfico 6 – locaÇão de Bens iMóveis – Por órGão - 2017

Fonte: Dados extraídos do sistema GMS9

Constata-se que 47% das locações referem-se à área de segurança, 21%

à área de educação e 9% à área de saúde; sendo 77, 122 e 24 unidades locadas,

respectivamente. Estas três áreas representam 77% do total locado.

9 Resposta da Demanda – CACO n° 159.256, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).

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C O N TA S D O G O V E R N A D O R | E X E R C Í C I O 2 0 1 7

G E S TÃ O D O PAT R I M Ô N I O P Ú B L I C O

18

O total gasto com locações de imóveis, em 2017, foi de R$ 72,4 milhões,

para um total de 519 unidades.

3.2 . DOS IMÓVEIS DESOCUPADOS

O Estado possuía 363 imóveis sem ocupação, em 2017, conforme o gráfi-

co a seguir:

Gráfico 7 – iMóveis seM ocuPaÇão – Quantitativo – Por tiPo - 2017

20757%

15643%

Imóveis Sem Ocupação - QTD - 2017 - Por Tipo

Terrenos

Terrenos com Edificações

Fonte: Dados extraídos do sistema GPI.

Do total dos imóveis sem ocupação, 57% referem-se a terrenos sem cons-

truções, e 43% a terrenos com Edificações.

3.3. DOS IMÓVEIS OCUPADOS POR PARTICULARES

O Estado tinha 287 imóveis ocupados por particulares, em 2017, onde,

em sua maioria, existem residências particulares irregulares, conforme constam no

sistema gPi.

Deste total, 85 imóveis possuem processos tramitando, no âmbito admi-

nistrativo, objetivando a desocupação, qualificação dos ocupantes e reintegração

de posse, por meio da Coordenadoria do Patrimônio do Estado (CPE) e Procura-

doria Geral do Estado (PGE). Para os demais imóveis, não foram abertos processos

para regularização.

20757%

15643%

Imóveis Sem Ocupação - QTD - 2017 - Por Tipo

Terrenos

Terrenos com Edificações

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3.4. CONCLUSÃO

Como visto, o Estado alugou 519 imóveis no ano de 2017, com um gasto

total de R$ 72,4 milhões.

Todavia, possuía 363 imóveis sem ocupação, mais 287 imóveis ocupados

por particulares, totalizando 650 imóveis que poderiam substituir aqueles aluga-

dos, quando possíveis.

neste sentido, sugere-se que se determine ao estado que continue reali-

zando os procedimentos legais para realizar a desocupação dos imóveis por parti-

culares, adotando as medidas necessárias para a regularização destes bens.

também, recomenda-se ao estado que priorize utilizar os imóveis desocu-

pados, em detrimento daqueles alugados, quando mais econômicos para a admi-

nistração.

Para que este objetivo seja atingido de forma mais eficiente, quanto à

substituição de imóveis locados por próprios, recomenda-se à CPE-SEAP, como

Órgão consultivo, que acresça nestes processos as seguintes manifestações:

a. Cálculo comparativo de economicidade, dos gastos necessários para a

realização de manutenções de adaptação dos imóveis próprios deso-

cupados, em relação àqueles que seriam desembolsados com aluguéis,

com conclusão de qual modalidade seria a mais econômica para o es-

tado.

b. Que a decisão sobre locar ou utilizar imóvel próprio, seja baseada no

cálculo de economicidade recomendado acima, com sua devida justi-

ficativa.

c. Que a CPe-seaP desenvolva estudo técnico, com o objetivo de ava-

liar quais imóveis locados poderiam ser substituídos por próprios, com

base em cronograma de trabalho analítico, com tarefas, responsáveis

e prazos definidos.

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4. DA MENSURAÇÃO DE BENS MÓVEIS E IMÓVEIS

4.1. DOS PRAZOS PARA IMPLANTAÇÃO

os prazos para a implantação dos procedimentos patrimoniais, quanto aos

bens móveis e imóveis, foram estabelecidos pela stn10, sendo que para os estados

a data máxima é de 31/12/2018.

dentre as tarefas a executar, estão os procedimentos de reavaliações de

bens móveis e imóveis; implantação de cálculos mensais de depreciações, amorti-

zações e exaustões e posteriores reconhecimentos contábeis.

o risco de não atendimento ao prazo estabelecido é real.

4.2 . DA ATUALIZAÇÃO CADASTRAL DE BENS IMÓVEIS

No tocante à gestão do patrimônio imobiliário, está em andamento a atua-

lização cadastral de 3.660 imóveis, cuja conclusão está prevista para o mês de

setembro de 2018; financiada por meio de recursos do Banco Mundial11.

A execução deste contrato está assim demonstrada, em 2017:

Gráfico 8 – atualiZaÇão de Bens iMóveis – Previsto x realiZado - 2017

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

Contratado Realizado

3.660 3.190

18.214.433

12.581.434

Atualização de Bens Imóveis - Previsto x Realizado - 2017

QTD R$Fonte: Relatório de Produção e Pagamentos – CPE – SEAP.

10 Anexo da Portaria STN n° 548, de 24 de setembro de 2015, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).11 Contrato 004/2016, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).

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Constata-se que em relação ao quantitativo e financeiro executados corres-

pondem a 87% e 69% do previsto, respectivamente.

estes bens levantados na execução dos trabalhos já apresentam os seus

valores de avaliação nos relatórios gerenciais patrimoniais. todavia, estes valores

avaliados não estão registrados na contabilidade do estado, nem sofrem a inci-

dência de suas respectivas depreciações, amortizações e exaustões, quando apli-

cáveis.

Todavia, o Estado possui 6.329 imóveis, e quando comparados com os

levantamentos realizados, apresentam a seguinte situação:

Gráfico 9 – coMParativo de levantaMento de Bens iMóveis - 2017

3.190 3.139

6.329

50% 50%

100%

10%30%50%70%90%110%130%150%170%190%

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

Qtd de Imóveis Avaliados Qtd de Imóveis Não Avaliados Qtd Total de Imóveis

Comparativo de Levantamento de Imóveis - 2017

QTD %

Fonte: Dados extraídos do sistema GPI.

Do total de imóveis do Estado, 50% não estão avaliados, o que demons-

tra a necessidade da complementação do trabalho, até atingir a totalidade destes

bens.

4.3. DA ATUALIZAÇÃO CADASTRAL DE BENS MÓVEIS

No tocante à gestão do patrimônio mobiliário, a avaliação ainda não ocor-

reu, nem tampouco a implantação dos procedimentos de depreciações, amortiza-

ções e exaustões destes bens.

sobre a falta de avaliação dos bens móveis do estado, foram encontrados,

em apenas uma Secretaria (SEAP), diversos bens com valores unitários iguais e/ou

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menores do que R$ 10,00 (dez reais), conforme registrado no Relatório de Inven-

tário de itens e imobilizado dos sistemas de controle patrimonial aaB, conforme

demonstrado a seguir:

Gráfico 10 – Bens Móveis – seaP – Quantitativo de itens - 2017

2.16628%

5.48872%

Bens Móveis - Quantitativos de Itens - 2017 - SEAP

Itens com Valor = ou > a R$ 10,00 Itens com Demais Valores

Fonte: Dados Extraídos dos Sistemas AAB e GPI12

Constata-se que 28% dos bens móveis da Secretaria tem valor histórico

subavaliado, sendo que este número tende a ser maior.

esta situação se repete em todo o Poder executivo, o que torna urgente a

realização da avaliação destes bens.

a execução destas tarefas está condicionada ao estabelecimento do cro-

nograma de implantação, que por sua vez está condicionada à escolha do sistema13

informatizado a utilizar para controle dos bens móveis, entre o sistema gPm, de-

senvolvido pela CelePar, e o novo siaF, adquirido pela seFa.

4.4. CONCLUSÃO

Constata-se que a atualização de bens móveis não foi realizada, situação

esta que preocupa, pois o prazo14 se encerra em 31 de dezembro de 2018.

12 Em respostas às Demandas - CACO n°s 159.256 e 159.582, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).13 Resposta à demanda – CACO n° 159.256, de 20 de março de 2018, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).14 Anexo a Portaria STN nº 548, de 24 de setembro de 2015, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).

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Quanto à atualização dos bens imóveis, o percentual de atingimento, tam-

bém não está satisfatório, pois atingiu apenas 50% do total de imóveis do Estado.

desta forma, sugere-se que seja determinado ao estado que atenda os

prazos dos cronogramas estabelecidos pela STN, cuja data final é de 31/12/2018,

diante do risco de não atendimento ao prazo estabelecido.

sugere-se que seja determinado ao estado que faça as avaliações faltan-

tes, tanto dos bens móveis como imóveis, quando aplicáveis, e, posteriormente,

implante os cálculos mensais das depreciações, amortizações e exaustões; ainda,

que realize o reconhecimento destes valores e das avaliações em seus sistemas

patrimoniais, corrigindo os seus valores históricos.

5. DA MANUTENÇÃO DE BENS IMÓVEIS

5.1. DAS MANUTENÇÕES

Questionada15 a informar se eram catalogadas as necessidades de manu-

tenções prediais dos imóveis pertencentes ao estado, a CPe-seaP respondeu que

estes dados estão registrados no sistema de gestão Patrimonial de imóveis do

Estado do Paraná (GPI), para consulta de todos os Órgãos e Entidades usuárias.

informou também que no levantamento dos bens imóveis, que está sendo

realizado pela empresa Hiparc geotecnologia, contratada por meio do Contrato

SEPL nº 004/2016, para realizar a atualização do imobiliário do Estado do Para-

ná, constam todas as características da edificação, tais como: tipo de construção,

forro, esquadrias, instalações hidrossanitárias, cobertura, piso, revestimento da fa-

chada, instalações elétricas, prevenção de incêndio, elementos de acessibilidade

disponíveis, condições de acessibilidade, outras Instalações, conservação e idade

estimada.

15 Demanda – CACO n° 157.073, de 10 de janeiro de 2018, item n° 16, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 14).

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a secretaria registra que cabe ao usuário16 do imóvel a cobertura das des-

pesas com manutenção, conservação e uso do imóvel, bem como a obrigação de

encaminhamento a cada dois anos, a partir da data de ocupação, de relatório de

condições gerais, indicando, inclusive, as medidas tomadas para conservação e

manutenção do bem.

Compete ao Paraná Edificações17, consoante o disposto no inciso i, do art.

3º, da Lei Estadual nº 17.431/2012, proceder às licitações e contratações de proje-

tos, obras e serviços de engenharia da administração direta e autárquica do estado

do Paraná, cabendo ao órgão demandante encaminhar a solicitação de abertura

do procedimento, com a devida instrução.

desta forma, cada órgão procede ao planejamento da necessidade de ela-

boração de projeto, construção ou execução de serviço de engenharia, devendo

demonstrar a existência de recursos para arcar com a despesa do objeto que se

pretende licitar.

Constata-se, pois, que não obstante o registro no gPi das necessidades de

manutenção predial dos imóveis pertencentes ao estado, não há um planejamento

centralizado, elegendo a ordem de prioridades.

5.2 . CONCLUSÃO

desta forma, recomenda-se ao estado que centralize todas as questões

relativas às manutenções de imóveis do Poder Executivo na SEAP, a fim de que

seja possível realizar o planejamento global, com a fixação de cronograma de

prioridades.

16 Decreto Estadual nº 4.120/2016, de 17 de maio de 2016, item 3, alíneas “d” e “l”, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).17 Despacho nº 0559/2018-DG/PRED, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).

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6. DA SUBAVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ESTADO

6.1. DA SUBAVALIAÇÃO DOS BENS NO BALANÇO PATRIMONIAL

o novo modelo de contabilidade aplicada ao setor público obriga a correta

avaliação do bens móveis e imóveis, bem como os respectivos registros de suas reava-

liações, depreciações, amortizações e exaustões.

No quadro comparativo a seguir apresentam-se as divergências de valo-

res existentes entre os relatórios gerenciais patrimoniais e o Balanço Patrimonial

do Estado:

taBela 1 – Bens PatriMoniais - saldo de relatórios Gerenciais e BalanÇo PatriMonial – eM 31/12/2017 - eM Bilhões de reais

ItemR$-SaldonoRelatório

GerencialR$-SaldonoBalanço

Patrimonial R$Diferença

Bens Móveis 429,7 3,5 426,2Bens Imóveis 9,1 5,2 3,9

Total 438,8 8,7 430,1

Fonte: Balanço Patrimonial do Estado18 e Relatórios do Sistema Patrimonial – AAB e GPI.

Constata-se que quanto aos bens móveis há uma divergência de R$ 426,2 bi-

lhões; quanto aos bens imóveis a inconsistência atinge R$ 3,9 bilhões.

a gravidade da subavaliação do Balanço Patrimonial tende a ser maior do que

a apontada acima, pois os bens móveis não haviam sido avaliados até o fechamento

desta análise.

6.2 . CONCLUSÃO

os valores dos bens móveis e imóveis do estado estão subavaliados no

Balanço Patrimonial do Estado, em um montante de R$ 430,1 bilhões.

esta situação é mais grave, uma vez que os bens móveis não foram avalia-

dos até o momento, e os bens imóveis foram avaliados parcialmente.

sugere-se que seja determinado ao estado que realize o reconhecimento e 18 2c) - Balanço Patrimonial, II.c.3 – Poder Executivo (Sem RPPS) – Consolidado do Poder Executivo, constante do processo 314.619/18 (Peça 8); e respostas às Demandas - CACO n°s 159.256 e 159.582, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).

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registro adequado dos valores dos bens móveis e imóveis em suas demonstrações

contábeis, evitando-se assim prejuízo na análise dos dados por parte dos usuários

das informações.

7. DAS DOAÇÕES DE BENS

7.1. DOS QUANTITATIVOS E DESTINATÁRIOS DAS DOAÇÕES DE BENS PATRIMONIAIS

O Estado doou 133 imóveis, no ano de 2017, conforme demonstrado no

gráfico a seguir:

Gráfico 11 – doaÇão de Bens iMóveis – 2017 – Por tiPo de destinatário

105

6 22

196.946.266

18.210.370 28.923.805

1

51

101

151

201

251

301

0

50.000.000

100.000.000

150.000.000

200.000.000

250.000.000

Administração Direta Administração Indireta Terceiros

Bens Doados - 2017 - Por Tipo de Destinatário

QTD R$

Fonte: Dados extraídos do sistema GPI.

Os bens doados somam um total de R$ 244,0 milhões, sendo que destas

doações, 105 imóveis foram destinados à administração pública direta, 6 à admi-

nistração indireta e 22 para terceiros19, representando 79%, 5% e 22%, respecti-

vamente.

7.2 . CONCLUSÃO

os bens doados estão de acordo com a legislação.

19 Terceiros: é a classificação dada no sistema de bens patrimoniais às Entidades Públicas, municípios que receberam os bens, todavia, ainda não obtiveram a escritura pública.

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8. DOS SISTEMAS INFORMATIZADOS DE CONTROLE DE BENS

8.1. DOS SISTEMAS DE CONTROLES DE BENS

o estado utiliza o sistema aaB20 para o controle de bens móveis; todavia,

a CELEPAR está desenvolvendo o sistema Gestão Patrimonial de Móveis (GPM),

para substituir aquele sistema, o qual está em processo de homologação.

além do mais, o sistema novo siaF adquirido pela secretaria de estado

da Fazenda (SEFA) possui o módulo de patrimônio, o qual necessita de ajustes e

adaptações de acordo com as necessidades do estado.

desta forma, quanto ao sistema a ser utilizado para o controle dos bens

móveis há um impasse: módulo patrimonial do Novo SIAF ou o Gestão Patrimonial

de Móveis (GPM).

atualmente, a seaP, a seFa e Cge, estão em um processo de análise,

objetivando futura decisão conjunta sobre qual sistema será utilizado, levando em

consideração aspectos técnicos e financeiros, conforme registrado no protocolo nº

14.688.445-8, que tramita junto à SEFA.

Quanto aos bens imóveis, está consolidado e homologado que para o con-

trole destes itens a ferramenta será o Gestão Patrimonial de Imóveis (GPI)21. os

dados deste sistema serão integrados ao novo siaF.

Os seguintes Órgãos e Autarquias não utilizam o sistema AAB:

IPEM – Instituto de Pesos e Medidas do Paraná

UEL – Universidade Estadual de Londrina

UEM – Universidade Estadual de Maringá

UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná

20 Decreto Estadual n° 5.985, de 26 de outubro de 1989, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).21 Decreto Estadual n° 5.279, de 16 de julho de 2012, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).

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UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa

UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste

UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

8.2 . CONCLUSÃO

recomenda-se ao estado que decida qual será o sistema a ser utilizado para

o controle de bens móveis, devido ao curto prazo de finalização dos procedimentos

patrimoniais, em 31/12/2018, conforme definido pela STN22, considerando como pre-

missas básicas a integração desta ferramenta com os instrumentos contábeis, bem

como funções básicas como cálculo de depreciações, amortizações, exaustões e de-

mais funções básicas de controle.

ainda, sugere-se que seja determinado ao estado que inclua no novo sistema

de controle de bens móveis todos os Órgãos e Entidades do Poder Executivo, inclusi-

ve, aqueles que atualmente utilizam sistemas próprios; objetivando a uniformização e

integração de todos os dados destes bens.

9. CONCLUSÃO

9.1. PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO

Considerando os elementos consignados neste relatório, propõe-se a ado-

ção das seguintes medidas pelo Chefe do Poder executivo, nos termos dos arts.

79 e 87 da Constituição Estadual:

a. Quanto a composição dos bens, determinar que seja realizada a identifi-

cação dos bens, objetivando a correta classificação destes, evitando-se a

existência de classe denominada “bens a classificar”, no valor de R$ 10,2

bilhões, em atendimento aos arts. 85, 94 e 95, da Lei nº 4.320/1964 (item

2.1).

22 Portaria nº 548 – STN, de 29 de setembro de 2015, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).

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b. Quanto a composição dos bens, determinar que sejam revisados os va-

lores dos bens móveis, que constam no sistema de gestão patrimonial,

objetivando corrigir possíveis distorções existentes, em atendimento

aos arts. 85, 94 e 95, da Lei nº 4.320/1964 (item 2.1).

c. no que se refere a locação de imóveis, determinar que sejam realiza-

dos os procedimentos legais para realizar a desocupação dos imóveis

por particulares, adotando as medidas necessárias para a regulariza-

ção destes bens, em atendimento ao item 10.2, do decreto estadual nº

4.120/2016 (item 3.3).

d. Quanto a locação de imóveis, determinar que seja priorizado a utiliza-

ção dos imóveis desocupados, em detrimento daqueles alugados, quan-

do mais econômicos para a administração, sendo que os processos de

locações contenham cálculo comparativo de economicidade, entre os

possíveis gastos com adaptações em relação àqueles que seriam desem-

bolsados com aluguéis, em atendimento ao art. 37, caput, da Constitui-

ção Federal, quanto ao princípio da eficiência, ao art. 27, caput, da Cons-

tituição do Estado do Paraná, quanto ao princípio da economicidade, e

ao art. 25, da Lei Estadual nº 8.485/1987, quanto à competência da SEAP

na administração Patrimonial do Estado (item 3.2).

e. Quanto a locação de imóveis, determinar que seja desenvolvido estudo

técnico, com o objetivo de avaliar quais imóveis locados poderiam ser

substituídos por próprios, com base em cronograma de trabalho analíti-

co, com tarefas, responsáveis e prazos definidos, em atendimento ao art.

37, caput, da Constituição Federal, quanto ao princípio da eficiência, ao

art. 27, caput, da Constituição do Estado do Paraná, quanto ao princípio

da economicidade, e ao art. 25, da Lei Estadual nº 8.485/1987, quanto

à competência da SEAP na administração Patrimonial do Estado (item

3.1).

f. No que se refere à mensuração de bens, determinar que sejam atendi-

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dos os prazos dos cronogramas estabelecidos pela STN, cuja data final

é de 31/12/2018, em atendimento ao item nº 3.1.3 do Anexo à Portaria

STN nº 548, de 2015 (item 4.1).

g. Quanto à mensuração de bens, determinar que sejam realizadas ava-

liações faltantes, tanto dos bens móveis como imóveis, quando aplicá-

veis, e, posteriormente, implante os cálculos mensais das depreciações,

amortizações e exaustões, em atendimento ao item nº 3.1.3 do Anexo à

Portaria STN nº 548, de 2015 (itens 4.2 e 4.3).

h. Quanto à mensuração de bens, determinar que seja realizado o reco-

nhecimento destes valores e das avaliações em seus sistemas patrimo-

niais, corrigindo os seus valores históricos, em atendimento ao item nº

3.1.3 do Anexo à Portaria STN nº 548/2015, bem como ao art. 95, da Lei

nº 4.320/1964 (itens 4.2 e 4.3).

i. Quanto à manutenção de bens imóveis, centralize na seaP todas as

questões pertinentes, a fim de que seja possível realizar o planejamento

global, com a fixação de cronograma de prioridades; objetivando aten-

der ao art. 37, caput, da Constituição Federal, quanto ao princípio da efi-

ciência, ao art. 27, caput, da Constituição do estado do Paraná, quanto ao

princípio da economicidade, e ao art. 25 da Lei Estadual nº 8.485/1987,

quanto à competência da SEAP na administração Patrimonial do Estado

(item 5.1).

j. Quanto à subavaliação do ativo imobilizado, determinar que seja re-

conhecido e registrado adequadamente os valores dos bens móveis e

imóveis em suas demonstrações contábeis, evitando-se assim prejuízo

na análise das informações, em atendimento ao item nº 3.1.3 do Anexo

à Portaria STN nº 548, de 2015, bem como aos arts. 85 e 95, da Lei nº

4.320/1964 (item 6.1).

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k. no que se refere aos sistemas informatizados de controle de bens, de-

terminar que seja incluído no novo sistema de controle de bens móveis

todos os Órgãos e Entidades do Poder Executivo, inclusive, aqueles que

atualmente utilizam sistemas próprios, objetivando a uniformização e in-

tegração de todos os dados destes bens, em atendimento ao art. 1º, do

Decreto Estadual nº 5.985/1989; aos itens 2 e 3, alínea “a”, e ao capítulo

III, da Resolução – SEAP nº 8.726/2009; bem como ao contido no art. 37,

caput, da Constituição Federal, quanto ao princípio da eficiência, e ao

art. 27, caput, da Constituição do Estado do Paraná, quanto ao princípio

da economicidade (item 8.1).

l. em razão do cenário da gestão atual do patrimônio público pelo Poder

executivo recomendar que:

i. Com relação aos sistemas informatizados de controle de bens, defi-

na qual será o sistema a ser utilizado para o controle de bens móveis,

devido ao curto prazo de finalização dos procedimentos patrimo-

niais, em 31/12/2018, conforme estabelecido pela STN23, conside-

rando como premissas básicas a integração desta ferramenta com os

instrumentos contábeis, bem como funções básicas como cálculo de

depreciações, amortizações, exaustões e demais funções básicas de

controle, visando atender ao art. 37, caput, da Constituição Federal,

quanto ao princípio da eficiência, ao art. 27, caput, da Constituição

do Estado do Paraná, quanto ao princípio da economicidade, e ao

item 2, alíneas “a”, “b”, “c”, “e” e “f”, da Norma Brasileira de Contabili-

dade Aplicada ao Setor Público nº 16.8 – Controle Interno (item 8.1).

9.2 . CONSIDERAÇÕES FINAIS

o panorama que se apresenta na gestão de bens patrimoniais do Poder exe-

cutivo do estado do Paraná aponta para a necessidade urgente de implementação

de ações corretivas e de melhores práticas de controle.

23 Portaria nº 548 – STN, de 29 de setembro de 2015, que constitui peça processual anexada ao Requerimento Externo nº 792045/17 (Peça 16).

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C O N TA S D O G O V E R N A D O R | E X E R C Í C I O 2 0 1 7

G E S TÃ O D O PAT R I M Ô N I O P Ú B L I C O

32

Para tanto, o Estado deverá dar continuidade às atividades de identifi-

cação de seus bens, por meio de efetivas rotinas de inventários, considerando o

estado de conservação, localização e outros atributos necessários ao seu controle.

Quanto à decisão sobre locação de imóveis, uma medida eficaz a ser im-

plementada é a utilização de estudo de economicidade, considerando cálculos de

gastos com possíveis manutenções e/ou adaptações em comparação aos valores a

serem gastos com aluguéis, possibilitando, assim, uma decisão baseada em informa-

ções precisas.

sobre a mensuração de bens, deve ser atendido o prazo estipulado pela

Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que é de 31/12/2018, realizando a avalia-

ção de bens e reconhecendo estes ajustes em sua contabilidade.

Quanto à manutenção preventiva e corretiva dos bens imóveis, o Estado

deve estabelecer cronograma dos serviços, considerando prioridades, bem como

buscar centralizar na seaP a elaboração e monitoramento deste plano de trabalho.

ainda, sobre sistema informatizado de controle de bens patrimoniais, de-

verá ser incentivada a utilização de um único sistema, específicos para bens móveis

e/ou imóveis, atendendo suas particularidades, com observância à legislação, que

determina a alimentação de dados por todos Órgãos e Entidades que compõem a

estrutura do Poder executivo.

Curitiba-PR, 15 de agosto de 2018.

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