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GIPSITA A Gipsita é um mineral que ocorre em diversas regiões do mundo, e que tem a característica de facilidade de desidratação e reidratação, o que faz com que se tenha grande interesse no uso desse mineral. O gesso, é um dos materiais mais antigos usados pelo homem. Era inicialmente usado em obras de arte e decoração, mas a partir do século XVIII, se popularizou na Europa como corretor de solo, e a partir de 1885, o emprego do gesso na construção civil foi estimulado pela facilidade de preparação e rapidez do trabalho final. No Brasil, a lavra de Gipsita é feita à céu aberto, por meio de bancadas. No estado de Pernambuco, as reservas do sertão do Araripe, correspondem a 95% da produção brasileira. Na lavra da gipsita são usados materiais como: rompedores hidráulicos, marteletes hidráulicos, tratores de esteira e pás mecânicas. Na lavra, as principais alterações decorrentes dizem respeito à remoção da cobertura vegetal, do solo, à mobilização de grande massa de material estéril, desmonte e outras atividades, resultando em processos físicos e químicos que contaminam o ambiente, provocam movimentos de massa, deslizamentos e a geração de poeiras, principalmente no período seco. Na fase de beneficiamento, o minério em blocos passa por um conjunto de processos mecânicos e físico-químicos. Britagem, moagem - onde é transformado numa farinha que é transportada - passa pela calcinação, - desidratação do sulfato de cálcio hidratado natural, transformando-o em um semi-hidrato de sulfato de cálcio (CaSO4.1/2H2O) – e é então ensacado e estocado. Os principais impactos ambientais desse processo são: geração de gases provenientes dos caminhões no transporte de material, fuga de poeiras nos processos de transporte por roscas/elevadores, geração de gases (NO x , CO 2 , etc), provenientes do uso de combustíveis nos fornos e da calcinação (SO 2 , HSO, etc), incômodo laboral no ambiente interno da indústria, seja pela poeira, calor, excesso da jornada de tabalho, etc, poeiras contaminam o entorno da fábrica, principalmente a vegetação, o ar e a população. Os rejeitos do beneficiamento de gipsita, são relativamente baixos, em torno de 25% no total. Esses rejeitos deveriam ser enviados imediatamente para reciclagem, porém a maioria das vezes são “estocados” em grandes depósitos de rejeitos para uma reciclagem posterior. Em relação ao rejeitos do gesso, estima-se que 4% dos rejeitos sólidos das construções civis, 4% são provenientes de gesso. Esse material tem que ser devidamente reciclado. O construtor deve relatar em documento pra onde e o que será feito com o material, arcar com as despesas, e somente depois de comprovada a destinação correta do rejeito, a obra é liberada para entrega.

Gipsita - Usos e Impactos Ambientais

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Resumo sobre o mineral gipsita, de sua extração até uso como gesso na construção civil, e seus impactos ambientais.

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Universidade Federal Do Estado Do Rio De Janeiro

GIPSITA

A Gipsita um mineral que ocorre em diversas regies do mundo, e que tem a caracterstica de facilidade de desidratao e reidratao, o que faz com que se tenha grande interesse no uso desse mineral.

O gesso, um dos materiais mais antigos usados pelo homem. Era inicialmente usado em obras de arte e decorao, mas a partir do sculo XVIII, se popularizou na Europa como corretor de solo, e a partir de 1885, o emprego do gesso na construo civil foi estimulado pela facilidade de preparao e rapidez do trabalho final.

No Brasil, a lavra de Gipsita feita cu aberto, por meio de bancadas. No estado de Pernambuco, as reservas do serto do Araripe, correspondem a 95% da produo brasileira. Na lavra da gipsita so usados materiais como: rompedores hidrulicos, marteletes hidrulicos, tratores de esteira e ps mecnicas.

Na lavra, as principais alteraes decorrentes dizem respeito remoo da cobertura vegetal, do solo, mobilizao de grande massa de material estril, desmonte e outras atividades, resultando em processos fsicos e qumicos que contaminam o ambiente, provocam movimentos de massa, deslizamentos e a gerao de poeiras, principalmente no perodo seco.

Na fase de beneficiamento, o minrio em blocos passa por um conjunto de processos mecnicos e fsico-qumicos. Britagem, moagem - onde transformado numa farinha que transportada - passa pela calcinao, - desidratao do sulfato de clcio hidratado natural, transformando-o em um semi-hidrato de sulfato de clcio (CaSO4.1/2H2O) e ento ensacado e estocado. Os principais impactos ambientais desse processo so: gerao de gases provenientes dos caminhes no transporte de material, fuga de poeiras nos processos de transporte por roscas/elevadores, gerao de gases (NOx, CO2, etc), provenientes do uso de combustveis nos fornos e da calcinao (SO2, HSO, etc), incmodo laboral no ambiente interno da indstria, seja pela poeira, calor, excesso da jornada de tabalho, etc, poeiras contaminam o entorno da fbrica, principalmente a vegetao, o ar e a populao.

Os rejeitos do beneficiamento de gipsita, so relativamente baixos, em torno de 25% no total. Esses rejeitos deveriam ser enviados imediatamente para reciclagem, porm a maioria das vezes so estocados em grandes depsitos de rejeitos para uma reciclagem posterior. Em relao ao rejeitos do gesso, estima-se que 4% dos rejeitos slidos das construes civis, 4% so provenientes de gesso. Esse material tem que ser devidamente reciclado. O construtor deve relatar em documento pra onde e o que ser feito com o material, arcar com as despesas, e somente depois de comprovada a destinao correta do rejeito, a obra liberada para entrega.

O transporte da matria-prima e a sua manipulao at o produto final e suas aplicaes, causam impactos considerveis ao meio ambiente, pela emisso de gases poluentes na atmosfera e de poeiras que contaminam o solo, e podem gerar problemas srios no sistema respiratrio dos trabalhadores. E os rejeitos do gesso usado na construo civil deve ser devidamente reaproveitado, pois se for jogado diretamente no solo, pode causar contaminao do mesmo e dos lenis freticos.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:

- A INDSTRIA EXTRATIVA MINERAL DO PLO GESSEIRO DO ARARIPE E SEUS IMPACTOS SCIO-AMBIENTAIS, de Srgio Murilo Santos de Arajo e Luiz Augusto Milani Martins.

- www.cetem.gov.br/publicacao/CTs/CT2005-122-00.pdf