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São Paulo, 25 de Novembro a 16 de Dezembro de 2011 | Ano XIII - Nº147 | Diretor Responsável: Cantulino Almeida CORTESIA www.globalnews.com.br Totalmente online! Governo quer limitar compra de terras por estrangeiros BC aumenta crédito quando dívida de brasileiro é recorde “Olho eletrônico” novidade que ajuda a diagnosticar o câncer de mama Ausência de vitamina D causa graves doenças Associação Comercial de São Paulo premia os “Melhores dos Maiores” do país Nona edição do leilão de Guirlandas do Lar Center , reúne celebridades por uma boa causa N osso organismo necessita de vitamina D durante toda vida. Saiba os alimentos que pos- suem esta vitamina e o que é necessário para fixá-la no organismo. ....................................... Pág. 4 O componente eletrônico au- xilia na análise de células e na identificação da agressivi- dade do tumor. ..............................................Pág.5 O governo volta a incentivar o crédito para o consumo porém o momento é arriscado devido aos altos índices de en- dividamento. ...............................................Pág.7 A presidente Dilma Rousseff encomenda projeto de lei para evitar que estrangeiros com- prem mais que 50 módulos fiscais. .............................................. Pág.7 A Energia Solar pode ficar mais competitiva no país P rojeto piloto contará com seis distribuidoras de energia em 2012, e pode levar a desonera- ção de equipamentos, segundo o diretor da Aneel. ...............................................Pág.8 Cerimônia destaca empresas de renome que lutam por um Brasil melhor O evento de premiação dos “Me- lhores dos Maiores” aconteceu no último dia 21, em São Paulo no Hotel Renaissance. Onde 16 empre- sas de renome nacional foram premiadas pelo êxito dos resultados de seu trabalho em seu segmento, são elas: Petrobras, Vale, Sabesp, Bunge Alimentos, Ambev, Basf, Arcelor Mittal, Fiat, Vivo, Droga- sil, Carrefour, AES Eletropaulo, Makro, Nova Casas Bahia, Saga e Vailog. Diversas personalidades estavam no evento, dentre elas destacamos o vice- -governador de São Paulo Guilherme Afif Domingos e o ex-ministro do Desenvolvi- mento Miguel Jorge. José Maria Chapina Alcazar, presi- dente do SESCON-SP, Leonardo Placuc- ci reitor da Uni Sant'Anna, Walter Ihosi dentre outros. O presidente da ACSP, Rogério Amato falou do importante papel que as empre- sas premiadas representam para a nossa sociedade e de suas lutas para o progresso do país Esta premiação é uma das mais impor- tantes neste gênero, promovida pela As- sociação Comercial de São Paulo, com o apoio do Diário do Comércio, da Revista Digesto Econômico e do Instituto de Eco- nomia Gastão Vidigal, dirigido pelo eco- nomista-chefe da ACSP Marcel Solimeo. Cerca de 11mil empresas de grande porte foram analisadas pela Boa Vista Serviços. Uma iniciativa da ACSP que promo- ve a competitividade, melhorando os serviços e beneficiando o consumidor. .................................................. PG 02 Rogério Amato, presidente da ACSP junto aos ganhadores do prêmio “Melhores dos Maiores” edição 2011 G lorinha Baumgart convida, a cada edição, pessoas da socie- dade, empresários, celebridades e artistas para participarem dessa ação social, que criam e doam as guirlandas para serem leiloadas em prol do terceiro setor. Desta vez, toda a renda arrecadada com o Leilão será destinada para a AACD (Associação de Assistência à Criança De- ficiente), entidade apoiada pelo Instituto Center Norte. Participaram: Adriana Suzuki, Debo- rah Secco, Gustavo Rosa, Hebe Camargo, Isabella Suplicy, João Armentano, Rodri- go Faro, Rudi Aguiar, Sig Bergamin, To- ninho Mariutti, Vic Meirelles entre outros. .........................................................PG 17 Glorinha Baumgart e a atriz Deborah Secco Center Norte ACSP

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São Paulo, 25 de Novembro a 16 de Dezembro de 2011 | Ano XIII - Nº147 | Diretor Responsável: Cantulino Almeida CORTESIAwww.globalnews.com.br Totalmente online!

Governo quer limitar compra de terras por estrangeiros

BC aumenta crédito quando dívida de brasileiro é recorde

“Olho eletrônico” novidade que ajuda a diagnosticar o

câncer de mama

Ausência de vitamina D causa graves doençasAssociação Comercial de São Paulo

premia os “Melhores dos Maiores” do país

Nona edição do leilão de Guirlandas do Lar Center , reúne celebridades por uma boa causa

Nosso organismo necessita de vitamina D durante toda

vida. Saiba os alimentos que pos-suem esta vitamina e o que é necessário para fixá-la no organismo........................................Pág. 4

O componente eletrônico au-xilia na análise de células

e na identificação da agressivi-dade do tumor...............................................Pág.5

O governo volta a incentivar o crédito para o consumo

porém o momento é arriscado devido aos altos índices de en-dividamento.

...............................................Pág.7

Apresidente Dilma Rousseff encomenda projeto de lei

para evitar que estrangeiros com-prem mais que 50 módulos fiscais.

.............................................. Pág.7

A Energia Solar pode ficar mais competitiva no país

Projeto piloto contará com seis distribuidoras de energia em

2012, e pode levar a desonera-ção de equipamentos, segundo o diretor da Aneel.

...............................................Pág.8

Cerimônia destaca empresas de renome que lutam por um Brasil melhor

O evento de premiação dos “Me-lhores dos Maiores” aconteceu no último dia 21, em São Paulo

no Hotel Renaissance. Onde 16 empre-sas de renome nacional foram premiadas pelo êxito dos resultados de seu trabalho em seu segmento, são elas: Petrobras, Vale, Sabesp, Bunge Alimentos, Ambev, Basf, Arcelor Mittal, Fiat, Vivo, Droga-sil, Carrefour, AES Eletropaulo, Makro, Nova Casas Bahia, Saga e Vailog.

Diversas personalidades estavam no evento, dentre elas destacamos o vice-

-governador de São Paulo Guilherme Afif Domingos e o ex-ministro do Desenvolvi-mento Miguel Jorge.

José Maria Chapina Alcazar, presi-dente do SESCON-SP, Leonardo Placuc-ci reitor da Uni Sant'Anna, Walter Ihosi dentre outros.

O presidente da ACSP, Rogério Amato falou do importante papel que as empre-sas premiadas representam para a nossa sociedade e de suas lutas para o progresso do país

Esta premiação é uma das mais impor-

tantes neste gênero, promovida pela As-sociação Comercial de São Paulo, com o apoio do Diário do Comércio, da Revista Digesto Econômico e do Instituto de Eco-nomia Gastão Vidigal, dirigido pelo eco-nomista-chefe da ACSP Marcel Solimeo. Cerca de 11mil empresas de grande porte foram analisadas pela Boa Vista Serviços.

Uma iniciativa da ACSP que promo-ve a competitividade, melhorando os serviços e beneficiando o consumidor.

..................................................PG 02

Rogério Amato, presidente da ACSP junto aos ganhadores do prêmio “Melhores dos Maiores” edição 2011

Glorinha Baumgart convida, a cada edição, pessoas da socie-dade, empresários, celebridades

e artistas para participarem dessa ação social, que criam e doam as guirlandas para serem leiloadas em prol do terceiro setor. Desta vez, toda a renda arrecadada com o Leilão será destinada para a AACD (Associação de Assistência à Criança De-ficiente), entidade apoiada pelo Instituto Center Norte.

Participaram: Adriana Suzuki, Debo-rah Secco, Gustavo Rosa, Hebe Camargo, Isabella Suplicy, João Armentano, Rodri-go Faro, Rudi Aguiar, Sig Bergamin, To-ninho Mariutti, Vic Meirelles entre outros.

.........................................................PG 17Glorinha Baumgart e a atriz Deborah Secco

Center Norte

ACSP

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Novembro de 2011 02GLOBAL NEWS www.globalnews.com.br Totalmente online Novembro de 2011 03

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o Distribução: nas bancas, prédios, comércios, nas lojas dos Shopping Center Norte e Lar Center, no Clube Esperia e Acre Clube. Remetido, também, a assinantes e ao Mailing List da Associação Comercial de São Paulo e também para assinantes em outros estados.

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Cantulino AlmeidaDiretor Responsável

EDITORIAL

Ano XIII - Nº 147 - (11) 2978-8500

ResPonsabilidade coletiva e lideRança

Pautada Pela ética

ACSP entrega o prêmio de “Melhores dos Maiores”para 16 empresas

Empresas de destaque no cenário nacional foram premiadas pelo resultado de seu brilhante trabalho

www.globalnews.com.br Totalmente online!

A ética não se confun-de com a moral. A moral é a regulação

dos valores e comportamen-tos considerados legítimos por uma determinada so-ciedade, um povo, uma re-ligião, uma certa tradição cultural, etc. Há morais es-pecíficas, também, em gru-pos sociais mais restritos: uma instituição, um parti-do político... Há, portanto, muitas e diversas morais. Isto significa dizer que uma moral é um fe-nômeno social particular, que não tem com-promisso com a universali-dade e também com o direito para todos os homens.

A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltado para a ação, historicamente produ-zido, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tor-nar cada vez mais humana. A ética pode e deve ser in-corporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana, ca-paz de julgar criticamente os apelos acríticos da moral vigente.

Mas a ética, tanto quanto a moral, não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis. A ética move-se, historica-mente, amplia-se e adensa--se. Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lem-

brarmos que, um dia, a es-cravidão foi considerada “natural”.

Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreen-são e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez, exerce uma permanen-te vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la.

O sistema econômico é o fator mais determinante

de toda a ordem (e desordem) so-cial. É o princi-pal gerador dos problemas, assim como das solu-ções éticas. O fato do sistema eco-nômico parecer ter vida própria, independente da vontade dos ho-mens, contribui para ofuscar a responsabilida-

de ética dos que estão em seu comando.

A globalização (falsa uni-versalidade) do sistema eco-nômico cria a ilusão de que ele seja legítimo. As multi-dões crescentes de desempre-gados, famintos e excluídos, entretanto, são a demons-tração dessa ilusão. A moral dominante do sistema econô-mico diz que, pelo trabalho, qualquer indivíduo pode ter acesso à riqueza. A crítica econômica diz que a repro-dução da miséria econômica é estrutural.

A ética diz que, sendo assim, exigem-se transfor-mações radicais e globais na estrutura do sistema econômico.

ética é um conjunto de princípios e

disposições voltada para a ação,

historicamente produzida, cujo

objetivo é balizar as ações humanas

A Cerimônia que ocorreu no Hotel Renaissance, dia 21 de novembro, contou com

diversas personalidades do mun-do empresarial e político.

Citamos as empresas home-nageadas e seus representantes, Dilma Pena- Sabesp; Niveo Maluf- Bunge Alimentos; Ri-cardo Rolim- Ambev; Flavia To-zatto- Basf; Eduardo Valente- Vivo; Armando Almeida- Carrefour; Hélder Leite- Petrobras; Mario Shinzato AES Eletropaulo; Paulo Santos- Nova Casas Bahia; Lélio Ramos- Fiat Automóves; Antonio Carlos Azevedo- Drogasil; Daniel Uchôa- Vailog; Gustavo Delama-nha- Makro.

Na edição 2011 do “Melhores dos Maiores” revela a repercus-são positiva da premiação, agre-gando o papel de incentivador

que a Associação Comercial de São Paulo desempenha nos di-versos setores da economia. Seu presidente, Rogério Amato revela

a importância dos resultados posi-tivos das empresas, obtidos com o esforço do trabalho de qualidade para o desenvolvimento da nação.

Seteco realiza workshop com o tema Nota Fiscal Eletrônica do Tomador Intermediário de ServiçosO encontro foi no auditório da empresa e contou com a participação de mais de 80 clientes

O objetivo da Nota Fis-cal Paulistana é esti-mular os cidadãos a

solicitarem o documento na contratação de qualquer ser-viço na cidade de São Pau-lo. Para obter crédito de até 30% do imposto retido (ISS) à população pode abater até 100% do IPTU ou depósito em conta corrente ou poupan-ça, além de sorteios mensais de prêmios em dinheiro.

O que deve ser lembrado é que a utilização dos créditos gerados no Programa Nota Fis-cal Paulistana, ocorrerá confor-me cronograma a ser estabele-cido pela Secretaria Municipal de Finanças.

A Nota Fiscal Paulistana é regulamentada pela prefeitu-ra de São Paulo.

A Nota Fiscal Eletrônica do Tomador/Intermediário de Serviços (NFTS), foi instituí-da pela Lei

Nº 15.406, de 8 de julho de 2011 e e destina à declara-

ção dos serviços tomados ou intermediados pelas pessoas jurídicas e pelos condomí-nios, edifícios residenciais ou comerciais na ocasião da con-tratação de serviços.

A NFTS deverá ser emiti-da até o dia 5 (cinco) do mês subseqüente ao do recebimen-to do serviço contratado ou intermediado.

Penalidades serão aplica-das nos casos do não cum-primento da lei, multa equi-valente a 50% do valor do imposto devido, a imposi-ção mínima de R$ 1.075,08 aos tomadores de serviços responsáveis pelo pagamen-to do imposto que deixarem de emitir, ou fizerem com importância diversa do valor cobrado. E multa de R$ 74,11 aos tomadores de serviços não obrigados à retenção e recolhimento do imposto que deixarem de emitir ou fizeram com impottância diversa do valor de serviços.

ACSP

Lino/GN

Lino/GN

Rogério Amato, presidente da ACSP

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Novembro de 2011 04GLOBAL NEWS www.globalnews.com.br Totalmente online Novembro 2011 05

Saúde em FocoO objetivo do sistema é analisar células e identificar a agressividade do tumor, prevendo o tempo de sobrevida.

LUIZ FLÁVIO BORGES D’URSOPresidente da OAB-SP, Advogado criminalista, mestre e doutor pela USP

PROJETO DE LAVAGEM DE DINHEIRO VIOLA DIREITO DE DEFESA

Diagnóstico do câncer de mama feito pelo novo olho eletrônico

O uso do cigarro pode intensificar o vício em cocaínaPesquisadora afirma que este é mais um motivo para que a redução do tabagismo seja prioritária

Carência de vitamina D no organismo quando não notada pode se tornar risco e comprometer a saúde A insuficiência destes nutrientes podem levar a fragilidade óssea, baixa imunidade e até depressão

Divulgação

Aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 3.443/08,

que propõe mudanças na lei sobre o crime de lavagem de dinheiro, está repleto de dispositivos in-constitucionais e que violam as prerrogativas profissionais dos ad-vogados. Se a proposta passar, cor-reremos o risco de o advogado ter que revelar às autoridades públicas segredos confiados pelos clientes, quebrando o sigilo profissional imanente à sua profissão.

O projeto prevê que pessoas físi-cas ou jurídicas - que prestem servi-ços de assessoria, consultoria, con-tadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência - sejam obrigadas a identificarem clientes e manterem cadastro atualizado, segundo orien-tação das autoridades, do registro de transações financeiras, e atender, no prazo estipulado, as requisições do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

O projeto viola flagrantemen-te as prerrogativas profissionais da advocacia, pois o Art. 133 da Constituição Federal estabelece ser o advogado “indispensável à ad-ministração da Justiça, sendo invio-lável por seus atos e manifestações no exercício da profissão”. Garantir o sigilo profissional do advogado significa preservar a cidadania e o próprio direito constitucional à am-pla defesa e ao contraditório. Por ter sido alterado na Câmara, o projeto retorna ao Senado, Casa de origem do texto. O PL propõe mudanças na Lei 9.613/98, que dispõe sobre cri-mes de lavagem de dinheiro e ocul-tação de bens. A aceleração da vota-ção da proposta, que tramita desde 2003, pode ser entendida como uma resposta à onda de denúncias de cor-rupção que assola o governo federal.

Pelo projeto, o advogado teria de investigar a origem do dinheiro utilizado para o pagamento de seus honorários. Mas, não cabe ao ad-vogado; assim como não é da com-petência do médico, do padeiro, do marceneiro ou de qualquer outro prestador de serviço no país ras-trear a origem do dinheiro de seus

clientes. Isso é competência do Es-tado brasileiro por meio da Polícia, do Fisco e do Ministério Público. O advogado não pode ser catapul-tado a agente de fiscalização do Estado em detrimento da confiança que deve nortear sua relação com o cliente. Isso acabaria com o exercí-cio da advocacia no país.

O PL tem outros pontos polêmi-cos, como o aumento desproporcional de 10 para 18 anos da pena máxima de reclusão para lavagem de dinheiro, tornando-se maior que as penas mais altas para crimes com violência ou grave ameaça, como roubo, extorsão ou estupro. É uma completa inversão de valores. Além disso, o simples agravamento das penas não induz à redução da criminalidade, mas sim a efetiva aplicação da lei penal.

Igualmente desproporcional é o aumento da multa máxima para R$ 20 milhões, nos casos de des-cumprimento de exigências legais para facilitar a apuração do crime. A multa prevista hoje, de 200% do lucro líquido obtido ou que seria obtido pela operação, já é razoável e proporcional, não passando de R$ 20 mil. Nos outros países, as multas são bem menores, não atin-gindo patamares descabidos como os que se planejam no Brasil.

Outra excrescência é a impos-sibilidade de fiança para esse tipo de crime, um verdadeiro retrocesso aos tempos de tirania e opressão, só vividos em regimes totalitários. A proposta ignora a presunção da inocência e a situação carcerária brasileira, com seus 500 mil pre-sos, fato que por si só justificaria reservar a prisão cautelar para os crimes com violência grave.

Somos, obviamente, favoráveis à adoção de novas e mais eficazes medidas de combate à lavagem de dinheiro e que as autoridades tenham melhores mecanismos para detectar o dinheiro de origem criminosa em circulação no país, para derrotar a impunidade, a corrupção e suas con-sequentes mazelas. Mas não se pode fazê-lo, desprezando-se a Constitui-ção Federal, o Estado Democrático de Direito e o direito de defesa.

A vitamina D é de extrema importância para o desen-volvimento, crescimento

e manutenção de um corpo sau-dável, começando na gravidez e seguindo por toda a vida. Mas para ser efetivamente sintetiza-da pelo organismo, é necessário exposição à luz solar.

“Você pode consumir fon-tes de vitamina D – como lei-te e derivados, além de alguns peixes como salmão, atum e sardinha –, mas ela só alcançará sua forma ativa (a vitamina D3) com a interação dos raios ultra-violetas (UV)”, explica o endo-crinologista Ronaldo Arkader, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo.

Porém, pelo fato de as pesso-as ficarem mais tempo em locais fechados e também por conta do receio de câncer de pele, não há exposição suficiente ao sol.

“No Brasil, embora haja sol praticamente o ano todo, o uso de filtros solares pode limitar a

disponibilidade da vitamina D”, diz a nutricionista Maria Fer-nanda Elias, mestre em saúde pública e doutoranda em nutri-ção humana aplicada pela Uni-versidade de São Paulo (USP).

Devido à maior quantida-de de melanina (um filtro solar natural) na pele, os negros são mais suscetíveis à deficiência. A obesidade também pode dificul-tar a absorção de vitamina D, já que o nutriente pode ficar preso

no tecido adiposo, impedindo sua metabolização e utilização pelo organismo.

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, divulgada no ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), alertou para a inadequação de vitamina D em 99,6% dos homens entre 19 e 59 anos e em 99,2% entre as mulhe-res da mesma idade. Em indiví-duos com mais de 60 anos, o nú-mero foi superior a 99%. Entre as crianças e os adolescentes, os índices também foram altos.

Essa carência nutricional pode comprometer a densida-de de massa óssea na fase de

crescimento (infância e ado-lescência), bem como atingir indivíduos adultos.

“A baixa ingestão de vita-mina D diminui a absorção e, consequentemente, o aproveita-mento de cálcio e fósforo pelo organismo, aumentando o risco para osteoporose”, diz Maria Fernanda. “Além disso, ela está diretamente relacionada com funções metabólicas e ativi-dades musculares, cardíacas e

neurológicas”, completa.O problema é que os “es-

tragos” da deficiência só serão sentidos quando já ocorrem ma-nifestações mais graves como a osteopenia ou a osteoporose.

O Vitamin D Council, or-ganização americana sem fins lucrativos que estuda e divulga o tema, descreve alguns sinto-mas de deficiência de vitamina D como dor crônica, ossos fra-cos, infecções frequentes, de-pressão, má qualidade de sono e baixa imunidade.

“Mas infelizmente são mani-festações inespecíficas. Por isso as pessoas demoram a perce-ber”, diz Arkader.

Um exame de sangue simples – o 25-hidroxi vitamina D – pode detectar o problema e apontar o tamanho da deficiência.

Para corrigir o quadro de ca-rência, é necessário reforçar o consumo de fontes dietéticas de vitamina D e otimizar a ex-posição solar. “Exponha-se ao sol de 10 a 15 minutos, pelo menos três vezes por semana, sem protetor solar em períodos de menor risco à pele, ou seja, antes das 10 da manhã e após as quatro da tarde”, aconselha Maria Fernanda. Se isso não for suficiente, será necessá-rio incluir uma suplementa-ção no dia a dia, sempre com orientação médica

Fumantes são mais propensos a se viciar em cocaína, caso comecem a experimentá-la,

sugere um novo estudo.Num experimento com ca-

mundongos, cientistas encontra-ram pela primeira vez evidên-cia biológica de que o cigarro serve de "porta de entrada" para outra droga.

Ao dar água com nicotina aos roedores, pesquisadores da Uni-versidade Columbia, de Nova York, mostraram que o vício sub-sequente em cocaína ficava mais intenso.

"É claro que fumar cigar-ros não determina se alguém

vai ou não experimentar coca-ína. Isso não é um fenômeno biológico, e sim social" disse Amir Levine, autor principal do trabalho.

"A maioria dos fumantes nun-ca chega a experimentar cocaína. Entretanto, se você se tornar um fumante crônico e só depois for exposto à cocaína, seu cérebro vai reagir de forma diferente, sim." No teste com camundon-gos, Levine verificou que os ani-mais submetidos a uso crônico de nicotina eram mais propensos ao vício.

A nicotina, afirma ele, inter-fere na regulação do DNA das

pessoas e acaba por aumentar a expressão de um gene chamado FosB, que já havia sido rela-cionado a propensão ao vício. Em estudo na revista "Science Translational Medicine", Levine já aponta um medicamento que pode reduzir esse efeito.

"Mostramos que a teofilina -um broncodilatador usado para tratar asma- bloqueia o efeito da cocaína em termos de ex-pressão do FosB", diz o cientis-ta, que contou com a orientação de Eric Kandel, ganhador do prêmio Nobel de Medicina de 2000. Segundo o pesquisador, a possibilidade de uso da teo-

filina para dependência ainda precisa ser investigada.

O estudo levanta o questio-

namento sobre se, em centros de reabilitação, deve haver uma política de tolerância com cigarros. Como é difícil largar dois vícios ao mesmo tempo, muitos pacientes continuam fu-

mando enquanto lutam contra a cocaína. Para tentar verifi-car a correspondência em hu-manos, Levine, com a ajuda da sanitarista Denise Kandel, mulher de Eric, analisou da-dos sobre consumo de drogas nos EUA.

A porcentagem de pessoas que experimentavam cocaí-na e se viciavam era grande entre fumantes: 20%. Entre aqueles que nunca tinham fumado, era de apenas 6%. É um motivo a mais para que o combate ao cigarro seja uma prioridade de saúde pública, diz a pesquisadora.

Pesquisadores americanos e holandeses desenvolve-ram um programa de com-

putador que identifica e interpreta eletronicamente a agressividade de tumores de mama.

O objetivo do sistema é re-duzir os erros da análise feita por patologistas. É ela que de-termina o tratamento que será dado ao paciente.

O software, chamado C--Path (patologia computacio-nal), foi "ensinado" a examinar imagens de biópsias e conse-guiu identificar 6.642 carac-terísticas do tecido adiposo e conjuntivo e do epitélio (pele) da mama.

Desse total, 11 traços fo-ram considerados mais rele-vantes para determinar se o câncer é de alto ou baixo risco.

O estudo, da Universidade Stanford, nos EUA, foi publi-cado no periódico "Science Translational Medicine".

No trabalho, foram analisa-das imagens de 576 mulheres com câncer de mama que par-ticiparam de dois estudos dife-

rentes, feitos na Holanda e em Vancouver, no Canadá.

Segundo o estudo, há mais de 80 anos a forma como é o prognóstico e diagnóstico de câncer de mama é a mesma: patologistas examinam os tumores no microscópio e classificam-nos.

Desde então, as mesmas três características histológicas (das células) são analisadas para verificar a agressividade do tumor: desenvolvimento de formações tubulares, anorma-lidade no núcleo da célula e frequência com que as células se dividem.

O diferencial do progra-Divulgação

ma é que as características do câncer não foram predefinidas por um patologista. Sozinho, ele procurou esses traços li-gados ao câncer e identificou quais são mais relevantes para determinar o risco de morte da paciente nos próximos cinco anos.

Segundo Max Mano, on-cologista do Hospital Sírio--Libanês, os erros na clas-sificação dos tumores e do risco de eles voltarem são um problema sério no mundo todo.

"Há estudos mostrando que há discordância de 30% a 40% nos resultados em di-ferentes laboratórios."

Outros exames, já dispo-níveis na prática clínica, in-terpretam os tumores de for-ma menos subjetiva. Testes genômicos, por exemplo, avaliam os genes do tumor e conseguem fazer uma lei-tura mais precisa do tipo de câncer. Alguns deles cus-tam cerca de US$ 4.000 (R$ 7.000).

a vitamina d é importante em

todas as fases da vida pois combate e previne diversos

problemas de saúde

o combate ao cigarro deve ser

prioridade

o computador indentifica e interpreta

eletronicamente os tumores e o

grau de risco de cada um

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Novembro de 2011 06GLOBAL NEWS www.globalnews.com.br Totalmente online Novembro 2011 07

Economia e Agronegócio

O objetivo é estimular a oferta de crédito, um dos promotores do crescimento de consumo

Dilma Rousseff determinou o afrouxamento para melhorar o Produto Interno Bruto (PIB) 2011

Para poder crescer empresas precisarão investir em inovações

Medida provisória que fecha brechas da lei está em estudo para dificultar a aquisição de compradores de outros países

Aumentam as restrições para a compra de terras por estrangeiros

Liberados os R$ 12 bi do orçamento 2011 que estavam contingenciados.

BC aumenta crédito no momento em que dívida de brasileiro bate recorde

Site vai ajudar pedido por dados públicos

Divulgação

O mercado de oferta global de alimentação faz investidor acreditar e investir cada vez mais no setor

O governo decidiu liberar R$ 12,153 bilhões de re-

cursos do Orçamento da União de 2011 que estavam contin-genciados. A medida foi to-mada porque houve uma ele-vação, de R$ 586,108 bilhões para R$ 598,095 bilhões, das receitas líquidas.

Com a liberação dos recur-sos, a ampliação nos limites de empenho e movimentação financeira será R$ 11,963 bilhões para o Poder Execu-tivo, R$ 26,7 milhões para o Legislativo, R$ 123,3 mi-lhões para o Judiciário, e R$ 40,8 milhões para o Ministé-rio Público da União.

As informações constam

da quinta avaliação bimestral de receitas e despesas primá-rias, divulgada pelo Ministé-rio do Planejamento.

A pasta também atualizou os novos parâmetros econô-micos que constam do Orça-mento Geral da União deste ano. Com isso, a inflação es-timada passou de 5,80% para 6,40%, resultado que, se for confirmado, ficaria um pouco abaixo do teto da meta de in-flação estabelecido para este ano, de 6,5%. O centro da meta de inflação para 2011 é 4,5%, mas o governo admite uma variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

O governo volta a incentivar o crédito para o consumo

em um momento que, teorica-mente, tem ingredientes arrisca-dos: brasileiros nunca deveram tanto e nunca comprometeram parcela tão grande do salário para pagar as dívidas. Desde a crise de 2008, quando o gover-no aumentou a oferta de crédito para manter a economia aqueci-da, a dívida total dos brasileiros saltou 80,7% e o valor das parce-las pagas mensalmente cresceu 60%. Enquanto isso, o salário aumentou bem menos: 33,3%. Segundo o BC, cada brasilei-ro deve atualmente 41,8% da

soma dos salários de um ano inteiro, um recorde. Há pouco mais de três anos, quando co-meçou a crise de 2008, bra-sileiros deviam o correspon-dente a 32,2% de sua renda de 12 meses.

Seria como dizer que, na média, cada um dos mais de 192 milhões de brasileiros deve atualmente R$ 3.724 às finan-ceiras e bancos. No início da crise passada, quando o Brasil tinha 2 milhões de habitantes a menos e o governo ainda não havia incentivado o crédito, o endividamento médio era de R$ 2.093.

Um grupo de militantes da área de política, internet

e transparência lança um site que pretende cadastrar pedi-dos de informações públicas e encaminhá-los aos órgãos do governo responsáveis por fornecer os dados.

Com a sanção da Lei de Acesso a Informação, os go-vernos têm agora seis meses para se adaptarem antes de serem obrigados a fornecer as informações, mas nada impe-de que passem a fazê-lo agora. Baseado em um portal inglês com o mesmo objetivo - wha-tdotheyknow.com (em portu-guês, “o que eles sabem?”) -, o site pretende centralizar e tornar públicos não apenas os pedidos, mas também as res-postas fornecidas, ou mostrar

quando os órgãos deixarem de responder.

Uma vez no site, tudo o que o cidadão precisa para solicitar uma informação é indicar o ór-gão de governo que deseja con-sultar e escrever o pedido. Ao término, o portal envia o ques-tionamento eletronicamente, e avisa o solicitante por e-mail quando a resposta chegar ou 20 dias depois, prazo máximo estabelecido pela lei para que as respostas sejam fornecidas.

Quando uma resposta é en-viada, o site a publica automati-camente e oferece ao solicitante a possibilidade de avaliar se o questionamento foi respondido adequadamente e, caso não te-nha sido, quais as possibilida-des de recurso - a Controlado-ria-Geral da União (CGU).

O afrouxamento das medi-das macroprudenciais foi uma decisão da presiden-

te Dilma Rousseff, que consi-derou ter chegado o momento de fazer uma sintonia fina na política econômica para impe-dir que o Produto Interno Bruto (PIB) caia excessivamente nes-te e no próximo ano. Dilma se reuniu, separadamente, neste mês, com o ministro da Fazen-da, Guido Mantega, e o presi-dente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, e ordenou o "reequilíbrio" das medidas adotadas desde o início do ano e que restringiram as operações de crédito.

As mudanças foram prepa-radas pelo BC. O objetivo é estimular a oferta de crédito, um dos motores do crescimen-to do consumo das famílias nos últimos anos e, portanto, da própria expansão do PIB. As restrições adotadas em dezem-bro e janeiro diminuíram, por exemplo, as vendas de automó-

veis, ajudando as montadoras a acumular elevados estoques em seus pátios.

Preocupa a presidente Dil-ma o possível mergulho que a economia deu no terceiro trimestre, quando comparado ao trimestre anterior. Entre ja-neiro e março, o PIB avançou 1,3% e, entre abril e junho, 0,8%. No período seguinte (de julho a setembro), a economia

pode ter tido crescimento pou-co acima de zero em relação ao segundo trimestre.

A presidente Dilma alimen-ta a expectativa, mas apenas a expectativa, segundo apurou o Valor, de que a taxa básica de juros (Selic) chegue a abril do ano que vem abaixo de 10% ao ano - hoje, está em 11,5% ao ano. O Banco Central tem sinalizado, como fez seu pre-

sidente, Alexandre Tombini, que continuará promovendo cortes "moderados", ou seja, de 50 pontos-base (0,5 ponto percentual) a cada reunião do Comitê de Política Monetária do BC.

Na próxima reunião do Co-pom, a última do ano, a Selic deve cair para 11% ao ano. Segundo fontes graduadas do governo, a presidente Dilma não interfere nas decisões do Comitê nem tem uma meta para a taxa de juros. Ela tem conver-sas frequentes com Tombini, sempre sem hora marcada, isto é, sem constar da sua agenda pública, mas não diz a ele o que fazer em relação à taxa Selic. "Ela tem reiterado que os juros vão continuar caindo se houver condições para isso", assegu-rou um assessor graduado.

A presidente Dilma está muito preocupada com o ce-nário externo. Acha que falta liderança política na Europa para enfrentar a crise. Acredi-

ta também que Angela Merkel, líder do país mais forte da zona do euro, a Alemanha, ainda não percebeu a gravidade da situ-ação. Quanto mais se demora para enfrentar a crise, maior a probabilidade de uma ruptura.

O Banco Central promoveu um alívio na exigência de ca-pital próprio dos bancos para fazer frente a operações de crédito para pessoas físicas. O BC também desistiu de elevar a 20% o percentual mínimo de pagamento das faturas de car-tão de crédito. Esse limite já tinha subido de 10% para 15% em junho.

A preocupação da presi-dente é evitar que o PIB brasi-leiro cresça abaixo de 3% nes-te ano. Na área econômica, aposta-se que, apesar da forte desaceleração em relação aos níveis de 2010, a economia crescerá 3,5% em 2011. Para 2012, a expectativa do Minis-tério da Fazenda é um cresci-mento de 5%.

O cenário debate entre ampliação da oferta e lucro ganha importância financeira

A mão invisível do mercado pode até resolver algum dia o problema da oferta

de alimentos em um mundo su-perpovoado, mas os investidores não podem ser dispensados da responsabilidade de ajudar essa mão a atingir tal objetivo, segun-do gestores de recursos especia-listas em investimentos agrícolas.

O problema precisa urgen-temente de solução. Segundo a FAO, braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, nas próximas décadas será ne-cessário produzir mais alimentos do que nos últimos 10 mil anos. A FAO calcula que até US$ 100 bilhões precisarão ser investi-dos na agricultura de países em desenvolvimento para elevar a produção mundial de alimentos em 70%, aumento que considera necessário para evitar que mais

pessoas passem fome.Os investidores que se vol-

tam ao setor agrícola possuem uma pletora de formas para alocar recursos. Entre as possi-bilidades estão o mercado fu-turo de commodities agrícolas, investimentos em propriedades como os realizados por fundos de "private equity", compras de ações e financiamento de dívidas. A decisão envolve não apenas estudos sobre como os investi-mentos podem se encaixar em suas carteiras, mas também a intenção dos agentes ao entrar com esses recursos.

"Qual é o interesse, buscar soluções em vez de tentar lucrar com a situação?", pergunta Ralf Oberbannscheidt, que adminis-tra u20ac 2,2 bilhões no Global Agribusiness Fund, da DWS. O debate sobre a ética de se investir

em commodities no mercado fu-turo é permanente. A ala que sus-tenta que a especulação empurra os preços para cima e aumenta a volatilidade ganhou terreno ulti-mamente, uma vez que a opinião pública, em geral, passou a ficar mais contrária à negociação de derivativos. Mas a avaliação do mundo acadêmico, baseada nas evidências do único caso real testado - o impacto da lei ame-ricana de 1957 que proibiu a negociação de contratos futuros de cebola -, é inconclusiva.

Para Oberbannscheidt, a ne-gociação de contratos futuros não apenas é reprovada como uma "solução" para o problema da oferta de alimentos, mas também é indesejável porque o mercado é distorcido em seus fundamentos. "As commodities agrícolas são negociadas de forma muito ine-

ficiente (...) Elas são retardatárias ao reagir aos eventos mundiais, principalmente porque o merca-do é muito centrado nos EUA". Nos últimos três ou quatro anos, aumentou o interesse em inves-tir em terras cultiváveis, porém mais recentemente esse tipo de negócio passou a sofrer uma ava-liação mais crítica de organiza-ções não governamentais como a Oxfam, que promove campanha chamada "Grow" (cultive, em inglês) para colocar em evidên-cia o impacto dos investimentos internacionais em terras sobre as populações locais. Para sua-vizar alguns desses problemas, um grupo de trabalho ligado aos Princípios para o Investi-mento Responsável, da ONU, elaborou um conjunto de dire-trizes para guiar investimentos em terras agrícolas.

Porém, além das possíveis questões éticas, muitos inves-tidores ficaram decepcionados com os retornos de seus primei-ros investimentos em terras.

Embora o financiamento de dívidas possa oferecer oportuni-dades de investimento que não estão nos mercados de ações, nem todos os investidores sen-tem-se confortáveis com a idéia de investir em títulos do setor privado em países emergentes.

É possível encontrar mais trans-parência e liquidez nas ações. Oberbannscheidt está conven-cido de que as ações negociadas publicamente são a melhor forma para os investidores participarem tanto de uma oportunidade de in-vestimento como de uma solução para o problema. "Precisamos melhorar a eficiência de toda a cadeia de valor".

O governo prepara projeto, que pode ser baixado na forma de medida provi-

sória, para tornar mais rígidas as restrições para estrangeiros ad-quirirem terras no Brasil e fechar brechas da legislação.

Encomendado pela presiden-te Dilma Rousseff, o projeto tem como alvo a China, que por meio de seu fundo soberano tem ad-quirido terras em outros países.

Segundo um assessor pre-sidencial, Dilma avalia que o parecer atual da AGU (Advo-cacia-Geral da União) sobre o tema é "insuficiente" para con-trolar a entrada de estrangeiros no mercado de terras.

Em 2010, a AGU definiu que empresas brasileiras sob contro-le de capital estrangeiro têm de obedecer às mesmas restrições das estrangeiras - não podem ad-quirir mais do que 50 módulos fiscais, com limite máximo de

5.000 hectares (varia de acordo com a região do país).

O governo classifica o as-sunto como uma questão de "soberania nacional" e de pro-teção dos interesses do país na produção de commodities agrícolas e minerais.

O novo projeto definirá me-canismos para identificar o que é uma empresa brasileira de capital estrangeiro. Hoje, in-vestidores estrangeiros criam várias companhias para burlar essa identificação.

O projeto, em fase de ela-boração, vai manter a regra que trata a empresa brasileira sob controle de capital estrangeiro

Divulgação

como puramente estrangeira, defi-nindo para elas os mesmos tipos de restrição no mercado de terras.

As restrições atuais podem ser alteradas, ficando mais rígidas para coibir a entrada de estran-geiros interessados em comprar terras para garantir fornecimen-to de produtos a seu país de ori-gem.

O governo tem registrados 4,3 milhões de hectares em nome de estrangeiros -o equiva-lente ao território do Estado do Rio de Janeiro.

O Incra, porém, estima que o número real seja o triplo disso, o que corresponderia a mais da metade do Estado de São Paulo.

As empresas que pretendem crescer e explorar o poder de consumo da nova clas-

se média mundial terão que repen-sar suas estratégias de atuação nos próximos anos.

É o que revela um estudo feito pela Ernst & Young com 547 exe-cutivos de todo o mundo - 72 deles brasileiros - obtido com exclusivida-de pela Folha. A Ásia é o mercado com maior potencial, diz o estudo.

A estimativa é que até 2030 serão 3 bilhões os consumidores de renda média, impulsionando uma demanda de US$ 21 trilhões, atualmente, para US$ 56 trilhões.

Para explorar esses merca-

dos emergentes eficientemente, 48% dos executivos de países desenvolvidos afirmaram que entender as necessidades dos consumidores locais é a melhor estratégia. Dos empresários per-tencentes a companhias de nações emergentes, 55% acreditam ser esse o caminho mais adequado.

"A classe média é compos-ta por pessoas que contribuem muito para o consumo em geral. Existem diversas oportunidades para atingir esse público que está sedento por consumo", analisa André Viola Ferreira, sócio da Ernst & Young Terco. A estratégia mais irrelevante na opinião dos

entrevistados foi "habilidade para compartilhar recursos e conhecimen-to além das fronteiras". Apenas 15% de cada grupo de executivos consi-deraram esse fator importante.

O relatório aponta ainda que em-presários de companhias com cres-cimento de Ebitda (lucro antes de juros, taxas, depreciação e amortiza-ção) acima da média estão mais pro-pensos a reconhecer as oportunidades proporcionadas pela classe média.

"No Brasil, a questão de saúde e educação ganha muito importân-cia. O consumo, portanto, é mui-to variado e por isso é desafiador e interessante todo esse momento que o país está vivendo", diz.

Pesquisa feita com 547 empresários de todo o mundo mostra que prioridade é atingir classe média global

Projeto de lei vai restringir a aquisição

de terras para estrangeiros a 50 módulos fiscais

Page 5: Global news

Novembro de 2011 08GLOBAL NEWS

GAUDÊNCIO TORQUATOJornalista, professor titular da USP e consultor político.

COPA – DINHEIRO, SOBERANIA E CATARSE

O maior espetáculo da Ter-ra, a Copa do Mundo de 2014 é uma miragem

no horizonte de 957 dias que faltam para sua abertura, mas as escaramuças que está causando ameaçam deixar mortos e feridos bem antes que os exércitos de 32 países entrem nas arenas de 12 estádios, uns em fase inicial de construção, outros em reforma. A tensão que o evento provoca com tanta antecedência se deve não só ao fato de que a disputa terá a maior audiência acumulativa de todos os tempos - 26 bilhões de espectadores em 214 nações, com transmissão em 376 canais -, mas por ser o futebol a paixão brasi-leira por excelência. Como tal, é motor das emoções, arrastando multidões às praças esportivas, abrindo clamor e indignação, ge-rando contrariedades, promoven-do, enfim, a explosão coletiva. O objeto dos conflitos, por en-quanto, não é a bola, cujos peso e formato certamente ganharão um capítulo novelesco mais adiante, mas as normas que as autorida-des organizaram para determinar como será realizada a Copa no Brasil. Como o dono da flauta dá o tom, a Federação Internacional de Futebol (Fifa), entidade de direito privado, proprietária ex-clusiva do certame, impõe regras, fazendo do Projeto de Lei 2.330, chamado de Lei Geral da Copa, a expressão de sua vontade.

O imbróglio se forma quando o tom que a Fifa quer dar à flauta soa estranho nos arranjos orques-trados pela banda social. A poli-fonia se estabelece. E para coroar a liturgia cívica que embala cora-ções no anelo coletivo, emergem polêmicas intermináveis, sob a égide do conceito que abriga o ar-senal da guerra: soberania. Tradu-

zindo: aprovada a Lei Geral da Copa nos termos encaminhados pelo Exe-cutivo ao Congresso, a soberania nacional estaria conspurcada. O fu-tebol, como é sabido, canalizador da avalanche catártica do País, ingressa profundamente no hemisfério emo-tivo, deixando estreita margem para uma análise mais racional. Sob essa hipótese, é complexa a tarefa de dis-tinguir os polos (certo/errado, ético/aético, justo/injusto) que balizam a organização da Copa do Mundo em nosso país. É razoável começar o exercício pelo campo que abre a polêmica, a soberania. Se soberania, segundo Rousseau, é o exercício da vontade geral, “que não pode ser alienada ou dividida e jamais con-centrada nas mãos de um homem ou de um grupo”, é evidente que a Fifa não tem razão para impor sua visão particular sobre o anseio coletivo. A soberania de uma nação exprime o poder de uma autoridade superior, não devendo este ser limitado por nenhum outro poder. Essa é a lição do Direito. É evidente que os orga-nizadores da Copa sabem disso, até porque se defrontam, a cada quatro anos, com argumentos contrários a suas pretensões. A Fifa, como em-presa privada, objetiva auferir lucro, cooptando governos dos países--sede do evento, que se dobram às exigências por saberem que o fute-bol é um dos ímãs mais poderosos de que a política dispõe para atrair as massas. A catarse produzida pe-los espetáculos acabará compensan-do os governantes com expressivos resultados eleitorais. É evidente que o negócio privado quer apitar todo o jogo: escolher parceiros, definir projetos, contratar consultores e fornecedores, estabelecer sistemas de promoção e vendas para comer-cializar marcas, símbolos, produtos e serviços. Até aí, tudo bem. É com-preensível que os países, quando se candidatam a sediar uma Copa,

procurem oferecer aos donos do empreendimento uma carta de compromissos e vantagens que lhes garantam elementos de diferenciação em relação aos demais competidores. Foi assim que o Brasil ganhou a condição de sediar o próximo Mundial, a ser realizado 64 anos após a memorável Copa de 50. Quando as intenções entram, porém, no plano das ações, o caldo entorna. E é nessa encruzilhada que se encontram os parceiros do cam-peonato. A Lei da Copa, como se apresenta, está eivada de aber-rações jurídicas, de afrontas aos direitos dos consumidores. Pior, joga no lixo disposições integra-das aos costumes sociais. A ques-tão da extinção de meia-entrada para idosos e estudantes já estaria equacionada com a decisão do go-verno de fazer valer a atual regra. Mas situações absurdas persis-tem, a começar pela extravagante ideia de que títulos como Copa do Mundo, Mundial de Futebol, Brasil 2014 só poderão ser usados sob licença da Fifa. Torcedor que decida enfeitar o boné com essas expressões poderá ser condenado à prisão ou multa. Se uma pessoa pintar o muro de sua casa com o mascote da Copa, será ameaçada de entrar em cana. Ou se comprar algo - ingresso, produto ou serviço - pela internet, por exemplo, não poderá ser ressarcido caso desista da aquisição. Comprou, pagou, levou, mesmo com o pacote de-teriorado. Não há como deixar de observar que o bom senso passou longe da confecção do índex de vedações. Ao moldar a lei à sua vontade, a Fifa invade a seara da cultura popular, apro-priando-se de sua linguagem, reescrevendo tradições e fazen-do vista grossa ao Estatuto do Torcedor, ou seja, à Lei 10.671.

Energia Solar pode ficar mais competitiva no país

A energia solar, renovável que mais cresce no mun-do, começará a ganhar

incentivos do governo para sua adoção no Brasil – embora de forma muito mais tímida do que ocorreu com a eólica. Seis distri-buidoras de energia devem iniciar projeto piloto de geração solar em 2012. A idéia é aplicar um plano da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para que donos de painéis fotovoltaicos liguem suas instalações na rede e troquem energia com as concessionárias.

Se a experiência der certo, o governo começará a estudar a desoneração tributária de equi-pamentos do setor. Até agora, a energia solar tem sido deixada de molho no país, sob a alegação de custo alto demais. O custo dos pai-néis fotovoltaicos tem despenca-do – Caio 50% somente no último ano. Isso fez com que a capacidade instalada no planeta crescesse 74% em 2009 e 2010. A eólica aumentou 26% neste período, segundo relató-rio “Renewables 2011”.

“O que está acontecendo com

Projeto piloto com 6 distribuidoras de energia em 2012 pode levar a

desoneração de equipamentosa solar é o que ocorreu há alguns anos com a eólica. Ela fica mais competitiva.” Diz Ivan Cardozo, diretor de distribuição da Aneel.

O modelo que o governo preten-de implantar é o chamado “net me-tering”. Ele consiste em medidores inteligentes instalados entre o painel solar e a ligação elétrica de uma casa. De dia, eles permitem que o painel jogue energia na rede. De noite, que a rede alimente a residência.

Para isso, será preciso obrigar as distribuidoras a fazer a conexão. As empresas hesitam, alegando problemas de segurança na rede.

O incentivo é um passo aquém do modelo adotado em países como o Japão e Alema-nha, a chamada tarifa “feed--in”, pela qual o gerador de energia solar pode vender seu excedente para a rede.

O governo pede calma. Segundo Altino Ventura, se-cretário de planejamento e de-senvolvimento energético do Ministério de Minas e Ener-gias, é preciso primeiro ver como o piloto vai funcionar.

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Page 6: Global news

EducaçãoCIL participa da Olimpíada Brasileira de Foguetes

Novembro de 2011 010GLOBAL NEWS www.globalnews.com.br Totalmente online Novembro 2011 011

PROF. LEONARDO PLACUCCIReitor da Uni Sant’Anna

ATITUDE DE DILMA TEM ALTIVEZ EM SUSPENDER CONVÊNIOS COM ONGS

A presidente Dilma Rous- seff determinou a sus-pensão de contratos

com organizações não gover-namentais (ONGs) e entida-des privadas sem fins lucra-tivos até que seja avaliada a regularidade da execução do que foi contratado pelo gover-no até agora. Na semana pas-sada, o ministro do Esporte, Orlando Silva, deixou o cargo após uma série de denúncias de irregularidades com ONGs contratadas pelo pasta.

O decreto assinado pela presidente, que deve ser publi-cado na edição de amanhã do Diário Oficial da União, prevê ainda prazo de 30 dias para que a avaliação seja concluída por todos os órgãos e entidades da administração pública federal. A revisão vale para os contratos firmados até o dia 16 de setem-bro deste ano, mas a suspensão de repasses de verbas fica va-lendo para todas as entidades privadas sem fins lucrativos, bem como a proibição de novos contratos nesse período.

As únicas exceções pre-vistas no decreto referem-se aos programas de proteção a pessoas ameaçadas; contra-tos firmados há mais de cinco anos com a mesma entidade e cujas prestações de contas te-nham sempre sido aprovadas; e a transferências do Ministé-

rio da Saúde relacionadas ao pagamento de serviços pres-tados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Nesses casos, contudo, um parecer técnico assinado pelo ministro da pas-ta deverá atestar que o contra-to se enquadra em situação de exceção.

A avaliação poderá resultar em dois caminhos: contratos cuja execução foi considera-da regular poderão novamente receber verbas públicas auto-rizadas pelo ministro; ou pelos contratos que apresentem pro-blemas em sua execução serão mantidos em suspenso por ses-senta dias para que as organiza-ções sejam comunicadas.

Pois há as Ongs “sérias e qualificadas”, mas existem as entidades “fantasmas”. Tem uma infinidade de instituições em experiência e sem condi-ções de desempenhar qualquer trabalho, somente existindo para angariar dinheiro do go-verno, sem oferecer qualquer retorno para a sociedade.

Por isso a atitude corajosa da Presidenta Dilma Roussef, é louvável, pois assim o go-verno terá um critério e rigor para avaliar quais são real-mente as entidades que faz jus a permanecer com contra-to e excluir do sistema àque-las que apresentam diversas irregularidades.

Conforme noticiado anteriormen-te, os alunos Carolina Sergi Lo-pes, Renato Goes Netto e Victor

Adloff Cardoso Pinto, todos da 3ª Série do Ensino Médio, foram classificados para a III Jornada Brasileira de Foguetes na cidade de Passa Quatro, em Minas Ge-rais, onde se realizaria a grande final da III Olimpíada Brasileira de Foguetes, que contou com a participação de 31 equipes de todas as regiões do Brasil. Os alunos foram qualificados, após o campeonato interno realizado na própria escola e após o envio de vídeo e relatório do desempe-nho do foguete. O CIL foi a única escola representante da cidade de São Paulo.

Na final, cada equipe, após explicar detalhadamente os princípios de funcio-namento de seu foguete para uma banca examinadora composta por 30 professo-res, teve seu trabalho avaliado para, na etapa seguinte, ter direito a apenas um lançamento. Sagrar-se-ia campeã a equipe que obtivesse o maior alcance. Para nossa grande alegria e orgulho, nossos alunos lançaram seu foguete tão longe, que o mesmo não foi encontrado. Como o li-mite da propriedade desembocava em um rio, que estava a 250 m do ponto de parti-da, convencionou-se que o nosso “míssil” teria obtido um alcance de 250m, fato que batia o recorde brasileiro do ano anterior de 116m. O segundo colocado obteve um alcance de 200m e, como todos os outros foguetes, foi encontrado. Para o próximo ano, graças ao CIL, a jornada não poderá acontecer no mesmo local, pelas limita-ções geográficas.

Os alunos receberam o troféu de pri-

meiro lugar e a bolsa de um curso de lançamento de foguetes de missões espa-ciais, que será realizado no ITA, no perí-odo de janeiro de 2012.

Parabéns aos alunos pelo excelente trabalho e pelo resultado alcançado!

Marcelo Barão

Professor de Física do Ensino Médio

Alunos e diretores apontam soluções melhoria do ensinoAo conversar com educa-

dores e alunos de duas escolas estaduais na

capital paulista, é possível per-ceber que não há quem não veja a necessidade de mudanças no ensino médio noturno. As pro-postas neste sentido apontam praticamente em uma única di-reção: tornar mais dinâmicas as aulas à noite.

Curiosamente, os diretores das duas instituições visitadas - a es-cola Emiliano A. C. A. e Melo Di Cavalcanti e a Luiz Gonzaga Travassos da Rosa - fazem men-ção ao quadro-negro. “Acho que cada escola pode tentar buscar suas alternativas, porque escola é um lugar muito chato. O pro-fessor tem giz e lousa. E com giz e lousa o professor nunca vai prender o aluno”, opina Cel-so Renato Teixeira, há um ano na direção da Travassos, em 17 anos de docência.

Para Léa Nemoto Matsuura,

há 22 anos na Di Cavalcanti e há 10 na direção, seria preciso sair do modelo “engessado” de sala de aula. “O aluno que tra-balha chega cansado para a aula. Aquela aula só giz e lousa cansa. Precisa haver essa mudança para estimular os alunos”, comenta. Léa acredita que a ligação entre ensino médio e profissionaliza-ção também ajudaria a manter os alunos na escola. Entre os alunos, a questão da dinâmica está, quase sempre, associada à ideia de saídas a campo e uso dos laboratórios. “Acho que as aulas da noite deveriam ser mais dinâmicas, com mais ati-vidades nos laboratórios, aulas mais práticas”, avalia Caroline Nunes da Cruz, de 17 anos, alu-na do 3º ano na Di Cavalcanti. Ela mudou no meio deste ano para o turno da noite, em fun-ção de um emprego que havia conseguido. A diferença, para ela, é a sua disposição. “Quando se vem do trabalho, a gente vem um pouco mais cansada e aí vai do aluno de tentar se esforçar um pouco mais.”

Daiane Silva de Lima, 17 anos e aluna do 3º ano na Tra-vassos da Rosa, também mudou recentemente para o noturno, em função de ter dado à luz e precisar ficar com o bebê du-rante o dia. Ela nota a diferença em relação ao tipo de ativida-

des realizadas em cada turno: “Quando eu estudava à tarde, a professora de química fazia bastante coisa no laboratório”. Para ela, mais pesquisas pela in-ternet e usar mais computadores na escola ajudariam a melhorar o ambiente de estudo. A estu-dante também nota que, à noite, os professores são mais condes-cendentes com os alunos. “À noite o professor também pega menos no pé, porque eles en-tendem que estamos cansados. Passam menos trabalho, menos lição.” Jean Henrique Raymun-do Garcia, 17 anos e aluno do 2º ano na Di Cavalcanti, também acha que, à noite, há menos co-brança em relação à disciplina. Mas a principal diferença, para ele, segue sendo a realização das aulas.

“As aulas da manhã são mais dinâmicas. À noite não tem essa química entre aluno e professor. O professor à noite deveria pro-por uma metodologia diferente.”

as escolas necessitam de

mudanças para poder melhorar o

ensino noturno

constantes inovações podem fazer a diferença aumentando o

interesse dos alunosO coordenador Sasai com os alunos e o Prof. Marcelo Barão

Alunos com o Prof. Marcelo Barão que os acompanhou na olimpíada

Page 7: Global news

Novembro de 2011 012GLOBAL NEWS

Palestra do superintentendente do ceo da AACD em parceria com a uni Sant’Anna deixa auditório lotadoNa palestra foi ressaltada a grande importância de inclusão de todos os deficientes

No dia 27 de outubro, a Dis-trital Norte da Associação Comercial de São Paulo,

juntamente com a Uni Sant’Anna promoveram uma importante pales-tra com o Dr. João Octaviano Ma-chado Neto – Superintendente Geral do CEO – da AACD.

Na ocasião foi ressaltada a im-portância da nova unidade da AACD para a Zona Norte e também São Paulo ganha outra unidade na Zona Sul. Ambas terão capacida-de de atendimento de 430 pessoas por dia. As unidades de Santana, na Zona Norte, e Campo Grande, na Zona Sul, se somam aos outros três prédios da entidade na capital e Grande São Paulo: no Ibirapuera, na Mooca e em Osasco.

As unidades foram constru-ídas em terrenos cedidos pela Prefeitura, e construídas com di-nheiro do governo estadual – um total de R$ 5,3 milhões. A ope-ração será feita com repasse de verbas municipais – apenas para a unidade Santana, a Prefeitura de São Paulo irá destinar R$ 1 milhão por ano. A expansão da entidade para outras regiões da cidade facilita o acesso de seus pacientes, reduzindo as distân-cias a serem atravessadas na cida-de para o atendimento, e também amplia a rede e a capacidade da associação.

A associação é referência no tratamento de deficientes físicos no país, e tem unidades também

fora do estado de São Paulo. Em 2010, foram realizados mais de 1,3 milhões de atendi-mentos pela rede – entre cirur-gias, consultas, aulas e terapias.

O Dr. João Octaviano Ma-chado Neto, superintendente ge-ral do CEO da AACD, frisou a importância de respeitar o direito dos deficientes, e do trabalho que a AACD vêm desenvolvendo ao longo de sua existência con-tribuindo para a inserção dessas pessoas. “Respeitar o direito de um deficiente, é dar oportuni-dade de inclusão. Há diversos tipos de deficiências, que re-quer uma atenção especial em cada caso, mas se cada um de nós pudermos colaborar para inserir cada um deles no dia a dia, para que possam desenvol-ver suas habilidades, estaremos contribuindo para um futuro melhor para todos”, enfatizou o superintendente.

Carlos Alberto, destacou que a AACD sempre foi uma insti-tuição voltada para a reabilitação de crianças e adolescentes, sen-do que é uma entidade que logo se estenderá pelo Brasil inteiro, quiçá pelo mundo. “ Estamos trabalhando muito com a questão da inclusão das pessoas que de alguma forma tem algum tipo de limitação. Temos parceria coma Uni Sant’Anna, a FEBRABAN onde juntos capacitaram mais de 500 pessoas, em especial na área de TI”, conclui Carlos Alberto.

Lino / GN

Maria Betânia Placucci, João de Favari, vice-presidente e coordenador da Regional Norte, João Bico, diretor-superintendente da Distrital Norte, João Octaviano, superintendete geral da AACD

Efigênia Janete Almeida, coordenadora do CM-Distrital Norte Paiulo Pavan, diretor e 2º

Alunos e convidados prestigiam a palestra da AACD

Maria Betânia Placucci entrega prêmio a homenageado

João Octaviano Machado Neto e João Bico

Page 8: Global news

Novembro de 2011 014GLOBAL NEWS

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Social Meio Ambiente

JOSé ChAPINA ALCAZARPresidente SESCON-SP e da AESCON-SP

O CONTADOR E O BOTIJÃO DE GÁS

O culpado é sempre o mordomo? Este en-redo já está superado

em todas as novelas. Agora, na vida real, é a vez de res-ponsabilizar o contador pelas falcatruas ou negli-gências. A imprensa tem di-vulgado que um profissional contábil foi apontado pelo dono do estabelecimento como responsável pela re-cente explosão em um res-taurante no Centro do Rio de Janeiro e que deixou três mortos e 17 feridos.

Como o contador pode ser culpado? Não faz parte de suas atribuições fiscali-zar a instalação ou utilização de equipamentos e produtos proibidos, responsabilidade do empresário. Contador é um consultor, não economis-ta, corretor, engenheiro, des-pachante, nem milagreiro ou vidente.

Cabe ao contador realizar registros, escriturações, de-monstrações contábeis e ana-lisar balanços, além de prestar assessoria contábil, ponderando os dados e fazendo projeções para auxiliar o empreende-dor nas tomadas de decisões como optar pelo regime mais

adequado ao negócio. A carga de responsabilidade do con-tador não é pouca, visto que responde solidariamente com seus bens pessoais, civil e cri-minalmente, por atos ilícitos na gestão da empresa, se com-provada a participação.

A eficiência do trabalho contábil passa pela adoção de bons controles internos nas organizações, pois a prestação de contas depen-de da qualidade dos dados apresentados pelo empre-sário. O contador pode ser comparado a um botijão de gás, prestes a explodir, por seu papel como mediador entre fisco e contribuinte. O cumprimento de obriga-ções acessórias passou a ser um grande desafio, que exi-ge consistência dos dados, além da ameaça das multas que comprometem a sobre-vivência do negócio.

O contador não pode ser bode expiatório para aqueles que não assumem seus atos criminosos. A contabilidade é uma ciência nobre. Assim como o médico está para a Saúde e o advogado para a Justiça, o profissional e em-presário contábil está para o Empreendedorismo.

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Com o Natal, o Shopping espera crescimento de 12% em relação ao mesmo período em 2010Muita alegria na chegada do Papai Noel no Center Norte

A chegada do Papai Noel para apresentar a “Vila de Natal”, as atrações e lan-

çar a promoção especial.Papai Noel chegou ao Shop-

ping Center Norte com a promes-sa de um presentão: o faturamento deste ano deverá ser 12% maior que o do ano passado.

Papai Noel nem havia chegado ao Shopping Center Norte, mas a movimentação para a sua recepção despertou a curiosidade das crian-ças e dos seus pais e fez nascer uma fila de espera no entorno da “Vila de Natal”, montada na praça central do centro de compras.

A diretora do grupo Center Nor-te, Gabriela Baumgart, contabiliza-va a recuperação de 95% do fluxo médio diário de pessoas que por ali passavam – cerca de 80 mil em dias

normais e 120mil nos fins de semana.“Somo um grupo conhecido

pela seriedade. Investimos para resgatar a transparência”, afirma Gabriela. As ações com esse obje-tivo, explica, envolveram a clien-tela e o público interno, cerca de 6.500 funcionários em 331 lojas.

Até o Natal as crianças pode-rão visitar o Papai Noel para fazer

pedidos e tirar fotos. Entre as atra-ções para as crianças está a Confei-taria da Mamãe Noel, onde moni-tores ensinam a enfeitar cupcakes (minibolinhos). Haverá ainda a Oficina de Cartas e Enfeites Nata-linos, além do Bosque Encantado, brinquedos para crianças entre 5 a 10 anos como escorregador, entre muitas outras atrações.

O Sucesso do Leilão de Guirlandas do Lar Center,que pela primeira vez é aberto ao grande públicoIniciativa de Glorinha Baumgart, terá guirlandas criadas por diversos artistas e personalidades, e a renda do leilão será totalmente revertida para entidade social.

O Lar Center realiza o tra-dicional Leilão e Mostra de Guirlandas, comanda-

do há nove anos por Glorinha Bau-mgart. Apaixonada pelas tradições natalinas, Glorinha convida, a cada edição, pessoas da socieda-de, empresários, celebridades e artistas para participarem dessa ação social, que criam e doam as guirlandas para serem leiloadas em prol do terceiro setor. Des-ta vez, toda a renda arrecadada com o Leilão será destinada para a AACD (Associação de As-sistência à Criança Deficiente), entidade apoiada pelo Instituto Center Norte.

A nona edição da mostra será composta por 12 peças ex-clusivas, assinadas por profissio-nais de destaque na sociedade, como Adriana Suzuki, Debora

Secco, Gustavo Rosa, Hebe Ca-margo, Isabella Suplicy, João Armentano, Rodrigo Faro, Rudi Aguiar, Sig Bergamin, Toninho Mariutti e Vic Meirelles, além de Glorinha Baumgart. A novidade neste ano é que pela primeira vez o Leilão será aberto ao gran-de público. Os lances serão fei-tos durante o período da mostra, no próprio local de exposição das guirlandas, no Espaço Cul-tural do Lar Center. Para partici-par, basta preencher um cadastro com uma das atendentes, fazer o lance num cupom e depositá-lo na urna ao lado da peça exposta. O resultado do Leilão será divul-gado no dia 1º de dezembro.sobre o instituto center norte

O Instituto Center Norte foi constituído em 2002 para coor-

denar as ações de caráter social dos empreendimentos do gru-po Center Norte. Por meio de projetos próprios e articulando parcerias com outras entidades. O Instituto Center Norte foca suas ações em educação, princi-palmente para as entidades assis-tenciais da Zona Norte.

Glorinha Baumgart, emocio-nada pelo período em que se ini-cia a comemoração do Natal, que é uma data muito especial para toda a família Center Norte, fez uma mensagem de agradecimen-to à toda população de São Paulo, especialmente a Zona Norte, tam-bém a todos os amigos e freqüen-tadores, lojistas e funcionários que apoiaram o grupo Center Norte com mensagens de apoio e solida-riedade nos momentos difíceis pe-los quais passaram recentemente.

Center Norte

Center Norte

Glorinha Baumgart, João Armentano e Rodrigo Faro

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Novotel terá programação especial para festas de Fim de Ano Há mais de uma década, as ceias de Natal

e Ano Novo do Novotel Center Norte es-tão entre os mais tradicionais eventos de

fim ano da zona Norte da capital. Fartas e sempre muito animadas, atraem anualmente um grande público. Para 2011, a expectativa é de que o No-votel receba aproximadamente 400 pessoas no sa-lão onde as festas serão realizadas, nas duas datas comemorativas.

Para encerrar este ano de maneira inesquecível, as ceias de Natal e Ano Novo do Novotel prome-tem ainda mais alegria e descontração. Durante os dois eventos, uma programação especial repleta de novas atrações aguarda os clientes. “Ao longo dos anos, temos atraído público não só de outras regiões da cidade, mas também do interior”, diz Almeida. “Por isso, decidimos incrementar um pouco mais a nossa programação, incluindo núme-ros de dança, novas atividades para as crianças e apresentações musicais.”

Além do habitual requinte e qualidade, o car-dápio das ceias de fim de ano do Novotel é marca-do por uma grande variedade de petiscos, saladas, pratos quentes e sobremesas. Entre os destaques do Natal deste ano estarão peru assado com da-masco e vinho branco; tender defumado com zeste de laranja lima e anis; bradade de bacalhau com purê de batata; pernil de cordeiro ao vinho do por-to; e lombo assado com frutas típicas da estação. Para a sobremesa, pavê de cereja com nozes, cre-me brulèe, taça de cheesecake Paris Brest, torta de trufas ao rum, torta de frutas secas, panetones, chocotones e as tradicionais rabanadas.

Já no Reveillon, o cardápio também será tenta-dor: tender cravejado ao molho de maracujá, mini file mingnon Welliton, lagostins a provençal, pei-to de peru recheado com damasco e gorgonzola, e pernil assado ao molho barbecue são alguns dos pratos principais. Como sobremesa, strogonoff de chocolate, bolas ao rum, torta mil folhas, pavê de limão com chocolate, pudim de tapioca e bolo ganache de chocolate branco com nozes.

Para que os pais possam se divertir despreocu-pados, o Novotel também oferecerá um espaço to-talmente voltado para as crianças. Acompanhadas por monitores, elas poderão se esbaldar brincando com kits de pintura, jogos eletrônicos, cama elásti-ca e um pula-pula inflado por bombas de ar quente.

Endereço: Av. Zaki Narchi, 500 – Vila GuilhermeTelefone: (11) 2224-4051 www.novotelcenternorte.com.br

Center Norte

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