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7/23/2019 GOMES_Manual de Elaborao de Tesauros Monolingues_1990
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MANUAL DE ELABORAO DETESAUROS MONOLNGES
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FICHA CATALOGRFICA
(Catalogao na fonte pela Biblioteca Universitria da Universidade Federal deSanta Catarina)
NDICE PARA O CATLOGO SISTEMTICO (CDU)
1. Tesauros - Manuais, guias ete. 025.43 (021)2. Manuais, guias, etc. -Tesauros025.43 (021)
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MINISTRIO DA EDUCAOSecretaria da Educao Superior Programa Nacional
de Bibliotecas das Instituies de Ensino Superior
Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior
MINISTERIO DA CIENCIA E TECNOLOGIAConselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico
Financiadora de Estudos e Projetos
MANUAL DE ELABORAO DE TESAUROS MONOLINGUES
Hagar Espanha Gomes
Braslia Programa Nacional deBibliotecas das Instituies de Ensino Superior
1990
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Ministrio da Educao Ministrio da Cincia e TecnologiaCARLOS SANT'ANNA DCIO LEAL ZAGOTTIS
Secretaria de Educao Superior Conselho Nacional de DesenvolvimentoEDSON MACHADO DE SOUSA Cientifico e Tecnolgico
CRODOWALDO PA VAN
Programa Nacional de Bibliotecas das Instituies de Ensino Superior Financiadora de Estudos e Projetos
YONE CHASTINET JOO LUIZ COUTINHO DE FARIA
Coordenadoria de Aperfeioamento de
Pessoal de Nfoel Superior UBIRAJARA
ALVES
Equipe responsvel pelo Trabalho
Ana Luiza G. Sobral Barcellos*Flvia Campos Fernandes*Hagar Espanha Gomes, CoordenadorLia Raquel Brando Falco*Maria Jos Belm Martins Moreira -UFFMaria Luiza de Almeida Campos*Regina Boanerges de Siqueira*Vera Regina Costa Abreu - SEEC-RJ* Bolsista do CNPq
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APRESENTAO
O "Manual de elaborao de Tesauros Monolinges" constitui-se no
primeiro estudo produzido no pas, no nvel de abrangncia e completeza com
que o assunto abordado, e acima de tudo, na forma didtica que caracteriza
todos os trabalhos da professora Hagar Espanha Gomes. Ao mesmo tempo em
que se constitui instrumento de extrema importncia para as Bibliotecas,preocupadas que esto com o desenvolvimento de terminologias adequadas
para a representao do contedo de seus acervos, como condio primeira
recuperao da informao e ao atendimento dos usurios, tambm altamente
relevante para os cursos de graduao e ps-graduao na rea de
Biblioteconomia, Cincias da Informao e Lingstica.Os resultados do presente projeto, que se insere no "Programa de
Pesquisas, Estudos Tcnicos e Desenvolvimento de Recursos Humanos para
Bibliotecas das Instituies de Ensino Superior - PET" ao conjunta do
Programa Nacional de Bibliotecas das Instituies de Ensino Superior
(MEC/SESu), do CNPq e da FINEP, apontam para o sucesso do PET cujo
objetivo no s contribuir para o aperfeioamento das Bibliotecas das
Instituies de Ensino Superior, mas tambm para o desenvolvimento da rea
de Biblioteconomia e Cincia da Informao.
Yone Chastinet Secretria Executiva do Programa Nacional
de Bibliotecas das Instituies de Ensino Superior PNBU
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PROGRAMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS DAS INSTITUIES DE ENSINO SUPERIOR-PNBU
Coordenadora: YONE SEPLVEDA CHASTINET
Projeto financiado pelo CNPq
Equipe: Ana Luiza G. Sobral Barcellos* Flavia CamposFernandes* Hagar Espanha Gomes, Coord.Lia Raquel Brando Falco* Maria Jos BelmMartins Moreira - UFF Maria Luiza de AlmeidaCampos Regina Boanerges de Siqueira* VeraRegina Costa Abreu - SEEC-RJ
* Bolsistas do CNPq
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AGRADECIMENTOS
Este Manual foi divulgado em verso preliminar entre colegas e alunospara crticas e sugestes. Por onde andamos, recebemos muitos subsdios,mais do que podem imaginar nossos colegas e alunos. Exemplos, experincias
pessoais, indagaes foram recolhidos e, sempre que pertinentes, aquiincorporados. Impossvel nomear tantas pessoas: elas se vero presentes notexto, nos exemplos, e a elas nossos sinceros agradecimentos.
Aos queridos bolsistas, co-autores deste Manual, desejamos manifestarnosso agradecimento pela oportunidade de um convvio muito saudvel; otrabalho realizado nesse perodo se constituiu, por isso mesmo, numa fonte deprazer e de crescimento pessoal.
Dos colegas que formalmente se manifestaram, queremos agradecer sProfessoras Heloisa Rios Gusmo, da UFF, e Maria das Graas Tarjino, daUFPi. Um agradecimento especial a Dilza Fonseca Motta, pela pacincia de
anotar, para cada pargrafo, seus comentrios crticos, seus muitos exemplos;e a Vera Regina Costa Abreu, Professora da Secretaria Estadual de Educao,Bacharel em Letras, que graciosamente nos ajudou, tirando de suas tardes umtempo para nossas discusses peridicas.
Aproveitamos e incorporamos a colaborao recebida, sempre quepertinente, embora sejamos responsveis pelo que de vulnervel ainda tenhaficado no texto. Esperamos continuar tendo crdito para receber rnaiscolaborao.
Por fim - mas no menos importante - nosso agradecimento ao CNPq eao PNBU pelo apoio que tornou possvel a concretizao desta tarefa.
Hagar Espanha Gomes, Coordenadora
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SUMRIO
Captulo 1 BREVSSIMA HISTRIA DO TESAURO 13 Captulo 2TESAURO: CONCEITO, CARACTERSTICAS, FUNO 15 2.1Caractersticas e Conceito 15
22Funo 16
23 Tipos 16 Captulo3PRINCPIOS GERAIS 18
3.1 Sistema de conceitos 183.2 Conceito 183.3 Postulado da Monorreferencialidade 19
3.4 Princpio da contextualizao 193.5 Termo 203.6 Caractersticas 20
3.7 Intenso 253.8 Definio 25
3.9 O que definir 27
3.10 Normatizao 28Captulo 4 ALGUNS PROCEDIMENTOS PARA A PESQUISA TERMINOLGICA
QUE ANTECEDEM O TESAURO 29 Captulo 5 LEVANTAMENTO DOS
TERMOS 305.1 Coleta de termos via literatura 30
5.2 Coleta de termos via tabela de classificao 32
5.3 Itens que devem figurar na folha-de-entrada 33
Captulo 6 ESTRUTURAO DOS CONCEITOS 35
6.1 Categorizao dos Termos 35
6.2 Relacionamento entre Conceitos 39
6.2.1 Relacionamentos lgicos 40
6.2.2 Relacionamentos ontolgicos 43
6.2.3 Relacionamentos de efeito 45Captulo7 ASPECTOS LINGSTICOS DOS TESAUROS 47 7.1
Controle do vocabulrio "Sinonmia" 47
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12 Controle do vocabulrio Polissemia 517.3 Forma do termo 51 Captulo 8 NOTAS DE
APLICAO 54 Captulo 9 APRESENTAO DOTESAURO 56
9.1 Apresentao sistemtica 569.2 Apresentao planigrfica 64
9.3 Outros elementos da apresentao 65Captulo 10 TESAUROS E SISTEMAS PR-COORDENADOS 71
10.1 Tesauros X Catlogos 7110.2 Ordem de citao 72
Capitulo 11 OPERACIONALIZAO DO TESAURO 7411.1 Forma de trabalho 74
11.2 Sugestes para o software do tesauro 76REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 77
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Captulo 1 BREVSSIMA HISTRIA DO TESAURO
Este captulo foi introduzido com o objetivo de situar o Tesauro dedocumentao no tempo, embora informao desta natureza no seja tpica demanuais. como se sabe, manuais se caracterizam por fornecer informaes de
natureza prtica, para consulta rpida. No entanto, a menos que se domine oconceito de "tesauro" no ser possvel criar tal instrumento com um mnimo decoerncia.
O termo "tesauro" tem origem no dicionrio analgico de Peter MarkRoget, intitulado "Thesaurus of English words and phrases", publicado, pelaprimeira vez, em Londres, em 1852.
Roget era Secretrio da Royal Society e pretendia, com aquela obra,facilitar sua atividade literria. Levou nesse trabalho cerca de 50 anos. Em seudicionrio as palavras no foram agrupadas segundo a ordem alfabtica, comoocorre com os dicionrios da lngua, mas "de acordo com as idias que elasexprimem". E ele segue explicando: "O propsito de um dicionrio comum simplesmente explicar o significado das palavras; e o problema para o qual ele
pretende oferecer a soluo pode ser apresentado assim: - Sendo dada umapalavra, encontrar seu significado ou a idia que ela pretende trazer consigo. Oque se almeja com este empreendimento exatamente o contrrio: a saber, -Tendo-se a idia, encontrar a palavra, ou as palavras, pelas quais a idia possaser expressa de maneira mais adequada e ajustada. com este objetivo, aspalavras e frases da lngua esto arranjadas aqui no de acordo com seu somou sua ortografia, mas estritamente de acordo com seu significado".
Roget chamou seu dicionrio analgico de "thesaurus", que um nomeusado para designar vocabulrio, dicionrio. Mas a forma de apresentao foito original que a palavra "thesaurus" ficou, na rea de documentao,associada forma de organizao do vocabulrio de indexao/recuperao.
Para aqueles que tiverem curiosidade em conhecer o Thesaurus de
Roget, mas tiverem dificuldade em localiz-lo, sugere-se consultar duas obrasem portugus que constituem uma deslavada apropriao indbita de seutrabalho. So elas, o "Dicionrio analgico", de Spitz, e o "Dicionrio analgicoda lngua portuguesa", de Francismo dos Santos Azevedo.
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O tesauro documentrio surgiu da necessidade de manipular grande
quantidade de documentos especializados. Era preciso trabalhar com vo-
cabulrio mais especfico e com uma estrutura mais depurada do que aquela
presente nos cabealhos de assunto (remissivas e referncias cruzadas tipo vere ver tambm). Assim, alm da especificidade, cuidou-se de melhorar a
estrutura e as referncias cruzadas (ver tambm) deram lugar s relaes
hierrquicas (vertical) e associativas (horizontal).Pelo fato desse novo instrumento da documentao possibilitar, atravs
do agrupamento dos termos, o acesso a uma idia, mesmo sem saber nome-la
de sada, as novas listas estruturadas de termos passaram a ser chamadas de
tesauros, por analogia com aquela obra, embora com a funo de
indexar/recuperar informao.E a esto presentes as duas grandes caractersticas do Tesauro de
documentao: os termos e as relaes entre eles.No presente Manual tenta-se apresentar a parte terica medida em que
as etapas de elaborao do tesauro vo se apresentando. impossvel deixar
cie lado a parte terica, visto que laborar tesauro uma atividade altamente
intelectual e, assim, o que se pretende fornecer as bases para o seuentendimento.
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Captulo 2 TESAURO: CARACTERSTICAS, CONCEITO. FUNO
2.1 Caractersticas e Conceito
Os instrumentos de representao da informao para indexao,
armazenamento e recuperao de documentos so considerados comolinguagens documentrias.
As linguagens documentrias mais conhecidas so o tesauro e ossistemas de classificao bibliogrfica. So linguagens artificiais por no resultarem de um processo evolutivo, e por necessitarem de regras explcitas para seuuso. como todas as demais linguagens artificiais, no comportam excees.
O tesauro no deve ser confundido com "Vocabulrio controlado" porqueeste contm apenas as relaes sinonmicas, quase sinonmicas, bem comocontrole de polissemia, alm de no diferenciar rigorosamente "termo" de"palavra". E tambm no apresenta relaes estruturais entre os elementos.
Palavra a menor unidade lxica, cujo significado se depreende docontexto em que ela figura mas que, tomada isoladamente, pode ter vrios
significados. O uso de palavras na indexao/recuperao inadequado pelaambigidade que elas carregam. Neste ponto comea a artificialidade dalinguagem documentria: a partir de alguns princpios, escolhe-se umadeterminada palavra ou expresso para representar um nico conceito, ou idia.Quando isto se d, tem-se ento, no mais uma "palavra" mas um "termo". Ditode outra maneira, o termo equivale a um conceito + uma designao. Estadesignao pode ser constituda por uma ou mais unidades lxicas.
O controle dos termos , portanto, necessrio para que a cada um delesno se atribua mais do que um conceito e, tambm, para que a cada conceitono se atribua mais de um termo.
Os termos escolhidos para nomear um conceito (entidade, objeto,processo, etc.) so tambm chamados de descritores. Os outros so no-
termos ou no-descritores e formam o conjunto das remissivas.Sendo o tesauro um instrumento dinmico, deve permitir o registro denovos termos gerados pelo avano do conhecimento e/ou alteraes de
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significados de termos j existentes.So componentes dos tesauros os termos, a estrutura entre eles e o
conjunto das remissivas.Entende-se por estrutura o relacionamento, a ligao, a vinculao entre
os conceitos representados por termos: nenhum deles pode figurar num tesaurosem que esteja ligado a algum outro, ligao que determinada pelo seu
significado.Outra caracterstica importante do tesauro que ele cobre os conceitos
de um domnio especfico do conhecimento no havendo, portanto, um tesauro"geral". O que se pode ter so vrios tesauros para cobrir os vrios assuntos,elaborados todos eles segundo os mesmos princpios para que, entre eles, hajacompatibilidade.
uma vez identificadas as caractersticas do tesauro pode-se defini-locomo "Linguagem documentria dinmica que contm termos relacionadossemntica e logicamente, cobrindo de modo compreensivo um domnio doconhecimento".
2.2 Funo do Tesauro
A funo do tesauro poder representar os assuntos dos documentos edas solicitaes de busca. A representao do assunto feita no momento daindexao: o documento analisado, seu contedo identificado e devidamente"traduzido", de acordo com os termos do tesauro e com a poltica de indexaoestabelecida. A representao da solicitao de busca feita no momento emque o usurio busca uma informao no sistema: seu pedido analisado, seucontedo identificado e devidamente "traduzido" nos termos do tesauro.
O Tesauro , pois, um componente do sistema de recuperao deinformao: afetado por ele e afeta seu desempenho.
A estrutura do tesauro um elemento importante para que ele possacumprir sua funo: ela permite ao usurio (indexador ou consulente) encontrar
o (s) termo (s) mais adequado(s), mesmo sem saber, de incio, o nomeespecfico para representar a idia ou o conceito que ele procura. A partir deum termo que o usurio conhece, o tesauro, atravs de sua estrutura, mostradiversos outros que podem ser to oportunos ou mais do que aquele que lheveio mente.
2.3 Tipos de Tesauro
Quanto lngua que incluem os tesauros podem ser monolingues oumultilingues. uma das dificuldades enfrentadas na elaborao de verses
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alvo (ou seja, verses feitas a partir de um tesauro fonte) a capacidade dostermos traduzidos poderem ser coordenados para formar novos assuntos,mantendo correspondncia com o tesauro fonte: nem sempre a estrutura verbalvlida para uma lngua semelhante na outra. Os estudos tm mostrado que amelhor metodologia para elaborar tesauros multilinges a elaborao dasverses- fonte e alvo - concomitantemente.
Os tesauros podem ser classificados, tambm, pelo nvel de especifi-cidade de seus termos, em macrotesauros e microtesauros. No primeiro caso,os termos representam conceitos mais ou menos amplos: o nmero dedescritores no extenso; em compensao, o nmero de remissivas elevado, uma vez que conceitos especficos so representados por no-descritores que remetem ao descritor genrico imediatamente superior. Porexemplo, Templo, USE Igreja. Nos microtesauros os descritores representamconceitos bastante especficos e se referem a uma rea restrita doconhecimento, por exemplo. Qumica fina ou Eletrnica.
Em relao ao assunto que cobrem, os tesauros podem ser voltados parauma misso - ou problema - ou dedicados a um assunto. No primeiro caso,temos os tesauros multidisciplinares, isto , que incluem termos de diversas
disciplinas que interferem num problema como, por exemplo, Meio Ambiente.No segundo caso, temos os tesauros voltados para uma disciplina cientficacomo, por exemplo, Qumica.
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Capitulo 3 PRINCPIOS GERAIS
3.1. Sistema de conceitos
Os conceitos de uma determinada rea do conhecimento formam umsistema de conceitos ou parte de um sistema, o que significa dizer que os
conceitos se relacionam entre si. Portanto, devem ser ordenados siste-maticamente. Por esse motivo, recomenda-se que os tesauros apresentem umaparte sistemtica - que espelha o sistema de conceitos - alm da partealfabtica.
3.2 Conceito
0 conceito um constructo mental que representa um objeto individualmaterial ou imaterial.
Exemplo: Reao em cadeiaAo austenticoResistncia corroso
Despesa pblica
0 conceito consiste num agregado de caractersticas que podemosconhecer como sendo comuns a um sem nmero de objetos individuais (cf.3.6).
Os objetos podem ser vistos sob dois aspectos: como representantes deuma classe e como um objeto que se relaciona com outro no tempo e noespao.
Por exemplo: Existe uma relao entre os conceitos "Pista molhada" e"Acidente". A ocorrncia do segundo dependente, entre outras, do primeiro.Tais conceitos so contguos no tempo.
Ainda outro exemplo: Entre os conceitos "Despesa pblica" e "Receita
pblica" existe uma afinidade, determinada pela realidade, que o "Oramentopblico", do qual ambos fazem parte. So contguos no espao.
No mbito dos tesauros os conceitos so designados por termos.O tesauro de indexao/recuperao deve ser baseado em conceitos e
no em palavras, uma vez que cada significado deve ser representado
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por uma nica forma verbal. bom lembrar que h vrios instrumentos decontrole de vocabulrio designados como "tesauro" quando, na verdade, sovocabulrios controlados baseados em palavras e no em conceitos.
Cada conceito um item do conhecimento e reflete este conhecimento domundo real dos objetos e fenmenos, com seus atributos e relacionamentosmais substanciais e essenciais. O conceito fundamenta1para elaborao de
tesauros.
3.3 Postulado da monorreferencialidade
A denominao do conceito um termo o qual guarda com ele umarelao unvoca, isto , para cada conceito existe apenas uma denominao ecada denominao vale apenas para um conceito. 0 conceito o significado dotermo.
3.4 Princpio da Contextualizao
O contexto especifica o significado do termo, diminuindo desta forma aambigidade inerente s palavras da linguagem natural. H que se considerar ocontexto geral da rea no qual o termo est inserido e o contexto especfico noqual o termo aparece.
O contexto especfico tambm chamado de "Garantia literria", isto , osignificado de uma palavra aquele utilizado pelos autores na literatura da rea.Quando se refere ao falante denomina-se "Garantia do usurio".
A expresso "garantia literria" foi usada como mtodo para identificar aexistncia de uma classe num sistema de classificao bibliogrfica. Segundoseu autor - Wyndham Hulme - a literatura fornece as bases para a criao deuma classe. Numa literatura sobre brinquedos, por exemplo, "Automvel" ou"Trem" so nomes de brinquedos e nesta classe que devero figurar, e no na
classe Meios de transporte. Por analogia, quando o aval dado pelosespecialistas da rea, diz-se que a deciso tomada tem a garantia do usurio.
Nos termos homonmicos imprescindvel o uso de um contextuali-zadorna medida em que ele precisar o significado do termo em questo.
Exemplo: Indexao (Economia)Indexao (Documentao)
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3.5 Termo
Entende-se por termo a palavra ou expresso selecionada para re-
presentar um dado significado.
Exemplo: AeronaveAeronave mais pesada que o ar
Os termos no tm conotao; isso ocorre apenas com as palavras dalinguagem natural. Por exemplo, na linguagem natural a palavra "tnis" tantopode se referir ao esporte como ao calado. Porm, num tesauro, ela s podedesignar um ou outro; as alternativas so mutuamente exclusivas. Isto querdizer que os dois conceitos poderiam ser designados da seguinte forma: "Tnis(Esporte)" e "Tnis (calado)", e assim haveria dois termos, um para cadaconceito.
3.6 Caractersticas
Caracterstica o elemento de um conceito que serve para descrever ouidentificar uma determinada qualidade de um objeto individual. As ca-
ractersticas so elementos fundamentais na sistematizao dos conceitos pois
atravs delas que se faz a comparao dos conceitos possibilitando sua
reunio em classes, subclasses, ou, ainda, em conjuntos no-hierr-quicos. As
caractersticas so usadas na definio dos conceitos e auxiliam na formao
de novos termos para novos conceitos.Por exemplo, os "abstracts" possuem, entre outras, as seguintes ca-
ractersticas: so publicaes peridicas, contm resumos de artigos de
peridicos e de folhetos.Revista cientfica possui as seguintes caractersticas: publicao pe-
ridica, contm comunicaes cientficas, especializada numa rea da
Cincia.festos dois exemplos, a "publicao" e a "periodicidade" so carac-
tersticas comuns e isso os aproxima num sistema de conceitos. Pode-se afirmar
que so tipos de "Publicao peridica". A anlise deste conceito vai mostrar
que se trata de uma "Publicao", a qual, por sua vez, um "Documento" e
assim chega-se classe geral: Documento Publicao Publicao peridica
Peridico de resumos (=abstracts)
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Por exemplo: os conceitos "Abadia", "Baslica". "Catedral", "Mesquita" e"Mosteiro" pertencem classe "Edifcio religioso" pois esta a caractersticacomum aos demais conceitos.
Outro exemplo de conceitos de uma mesma classe, com as respectivasdefinies, para que, explicitadas as caracteristicas, se entenda melhor como seconstitui uma classe hierrquica:Dvida = Df Saldo acumulado de emprstimos (tomados e ainda no pagos)Dvida externa = Df Dvida total contrada pelos residentes no Pas, contradascom residentes no exterior. Dvida pblica = Df Dvida tomada pelo Governo.
Observa-se, pelas definies (Df) que "Dvida" uma caractersticacomum e, portanto, pode-se afirmar que ambas as dvidas - "Dvida externa" e"Dvida pblica" - pertencem classe "Dvida".
3.6.1 As caractersticas podem ser intrnsecas ou extrnsecas.
Caractersticas intrnsecas so aquelas inerentes a um objeto individual,a saber, sua forma, tamanho, cor, etc.
Exemplo: pureza da gua potvel
Caractersticas extrnsecas so aquelas de propsito e/ou de origem.
Caractersticas de propsito so aquelas que identificam a aplicao ouuso, o funcionamento, o desempenho, o lugar ou posicionamento num conjuntode objetos.
Exemplo: broca de perfuraoensino de 3" grau obrade referncia
Tais caractersticas permitem a formao de novos conceitos, a saber:
"Broca de perfurao" um tipo de "Broca"; "Ensino de 3 grau" um tipo de"Ensino/Educao", e "Obra de referncia" um tipo de "0-bra/Documento".
Caractersticas de origem so aquelas que so identificadas pelo mtodode manufatura ou pelo nome do descobridor/inventor/produtor/fornecedor etambm permitem a formao de novos nomes para novos conceitos.
Exemplo: Doena de Chagas ( um tipo de doena)
leo Diesel ( um tipo de leo)
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3.6.2 As caractersticas podem, ainda, ser classificadas como equiva-
lentes e no-equivalentes.
So equivalentes as caractersticas que podem ser substitudas uma pela
outra sem modificar o significado geral do termo.Exemplo: "equiltero (= que tem todos os lados iguais)" e "equingulo (=
que tem todos os ngulos iguais)" Podem ser intercambiveisquando se trata do conceito "tringulo", ou seja tringulo (=equingulo) equiltero.
As caractersticas no-equivalentes podem ser independentes ou de-
pendentes.
3.6.2.1 Caractersticas independentes
Numa srie vertical de conceitos (gnero e suas espcies) as caracte-rsticas independentes podem ser combinadas arbitrariamente umas com asoutras.
Por exemplo, na classe do conceito "Documento" podemos dispor ostermos pelo suporte fsico, por sua funo, ou por qualquer outra caractersticade diviso, em qualquer ordem. Exemplo: Documento
(quanto ao suporte)FotografiaFilme (Cinema)(quanto funo)Obra de referncia(quanto ao mbito de distribuio)Documento publicadoManuscrito
As informaes entre parnteses so as caractersticas de diviso queservem para reunir os conceitos, formando as subclasses. Embora no se tratede elaborar um sistema de classificao, este mtodo de trabalho, ao tornarexplcitos os agrupamentos - que no aparecem na parte alfabtica do tesauro,mas apenas na parte sistemtica - facilita a ao do usurio na busca deinformaes. Dito de outra maneira, o usurio pode estar interessado, porexemplo, em tipos de Documentos que se caracterizem pelo suporte fsico e,como estes esto dispersos na ordem alfabtica, o nico lugar em que ele podeencontr-los reunidos na parte sistemtica. (Cf. 9.1 ).
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A reunio de caractersticas deve ser vista com certo cuidado, evitando-se a formao de poli-hierarquias. Em alguns casos, uma anlise mais acuradado significado do termo mostra que podem haver solues alternativas para aquesto.
Exemplo: Seja o termo "Arquivos nacionais de medicina". As caractersticas"nacional" e "de Medicina" so independentes. Se mantivermos este termo, ele
ficar subordinado tanto a "Arquivos nacionais" como a "Arquivos de Medicina".Para se evitar isso, pode-se sugerir a indexao sob os dois termos. Para seevitar dvidas se incluiria, no Tesauro, a seguinte instruo: Arquivos nacionaisde Medicina use ARQUIVOS NACIONAIS e ARQUIVOS DE MEDICINA
3.6.2.2 Caractersticas dependentes
Estas caractersticas exigem que a caracterstica superordenada preceda subordinada numa srie vertical de conceitos.Exemplo: O conceito "Diapositivo" hierarquicamente dependente do conceito"Documento fotogrfico", uma vez que a caracterstica "diapositivo"(subentende-se aqui Documento diapositivo) subordinada caracterstica
geral "fotogrfico". Assim, a hierarquia desses termos tem que ser a seguinte:Documento Documento fotogrfico Diapositivo
3.6.3 Caractersticas e sistemas de conceitos
As caractersticas no-equivalentes so utilizadas na formao desistemas de conceitos diferentes. Por exemplo, as edificaes podem serdivididas de acordo com sua
- funo (igreja, teatro, escola, etc)
- ou estrutura (infra-estrutura, estrutura, supraestrutura)
Para o agrupamento dos conceitos diversos critrios podem ser adotados
na seleo das categorias no-equivalentes, o que leva a diferentesclassificaes. 0 princpio da contextualizao (Cf. 3.4) deve nortear a seleo
das caractersticas.As caractersticas devem ser selecionadas de tal forma que os agru-
pamentos de conceitos resultantes sejam mutuamente exclusivos.
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Por exemplo: O conceito "Fundao", na rea de Engenharia Civil, corre o
risco de ter uma classificao inadequada, na medida em que ela pode ser vista
como tipo ou parte da obra, pois Fundao uma estrutura e obra tambm
uma estrutura. Classificar o conceito sob os dois aspectos leva a uma
duplicao (essa deciso no configura uma poli-hierarquia porque uma das
relaes se d entre uma obra e um tipo de obra e a outra entre uma obra e sua
parte. Caso no se atente para tal fato se produziria uma duplicao da classe
em categorias diferentes:
Faceta: Construo
(por suas partes)
Fundao
Fundao direta
Fundao indireta
Faceta: estrutura(por seus tipos)FundaoFundao diretaFundao indireta
Na parte alfabtica do tesauro tal fato no seria perceptvel pois as
entradas estariam distantes uma da outra:
CONSTRUOTEP FUNDAO
ESTRUTURA
TE FUNDAOFUNDAOTG ESTRUTURATGP CONSTRUO
Mas, na parte sistemtica, a classe de conceitos relativa "Fundao"
apresentaria duplicao. Segundo Ranganathan, essa ocorrncia demonstra um
mau princpio de classificao/diviso.Para solucionar esta questo imprescindvel adotar o princpio da
garantia literria. De acordo com este princpio o conceito "Fundao" ficaria
provavelmente relacionado na Faceta Estrutura.
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3.7 Intenso
0 conjunto das caractersticas de um conceito constitui sua intensoExemplo: A intenso de "Doena de Chagas" abrange as seguintes carac-tersticas:
natureza: doena parasitria agentecausador: tripanossoma cruzi parte(s)afetada(s): (no caracterstica)
A doena Miocardite chagsica contm as seguintes caractersticas:natureza: doena parasitria agente causador: Tripanossomacruzi parte afetada: miocrdio
Quanto mais caractersticas possuir um conceito, maior a sua intenso e maisespecfico ele se torna. Pelo fato da "Miocardite chagsica" possuir umacaracterstica a mais (maior intenso) do que "Doena de Chagas", a hierarquiaadequada seria: Doena
Doena parasitria Doena deChagas Miocarditechagsica
3.8 Definio
A definio do termo importante, na medida em que ela fornece ascaractersticas do conceito que vo permitir seu agrupamento e indicar asrelaes. ela que vai dar segurana ao organizador do tesauro para esta-belecer tais relaes. As caractersticas usadas na comparao entre osconceitos levam a um sistema ou classificao de conceitos e nesta pers-
pectiva que se deve buscar a definio ou classificao mais adequada, ouseja, aquela que atende aos propsitos do sistema de informao.
Na prtica, a definio no se d no incio da etapa de estruturao, masno final, quando ento se domina o conceito e se sabe exatamente qual osignificado do termo com o qual se est trabalhando e qual a abrangncia doconceito til ao tesauro. Somente nesse momento que se tem seguranaquanto posio do termo no sistema. como sabido, um termo pode tervrias definies. Seleciona-se a mais til para o Tesauro.
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Para se chegar a esse ponto ocorre mais ou menos o que segue.Estabelecer relaes entre os conceitos significa dar-lhes uma posio no
sistema de conceitos, ou seja, estabelecer-lhes o gnero, a espcie, asassociaes. Isso possvel quando efetivamente se domina seu significado,isto , quando so conhecidas as caractersticas relevantes para o sistema.
Pode-se inferir da que, se no se dominam os conceitos de uma
determinada rea de assunto, no se organiza um tesauro dessa mesma rea.A explicao do conceito deve ficar clara para o usurio. Essa explicaoocorre no momento da definio do termo.
O estabelecimento da definio segue um processo analtico-sintti-co,sendo a identificao das caractersticas, a anlise, e o termo, a sntese.
Deve ser ressaltado que esta anlise no feita isoladamente, isto , ostermos no so definidos de forma independente, mas se definem uns emrelao com os outros.
Na elaborao de um tesauro depara-se, muitas vezes, com um termocujo significado no se conhece. Recorre-se a dicionrios, glossrios,enciclopdias, tratados do assunto e at mesmo a especialistas para seapreender o significado daquele termo. Quando se chega a uma certa
compreenso, procura-se posicion-lo no sistema de conceitos, isto , procura-se, em primeiro lugar, categoriz-lo. Dentro da categoria verifica-se se j existeou no a classe de conceitos a que ele pertence e se aquele significado j estpresente sob outra forma verbal; identificam-se ento os demais termos comquem ele se associa. E neste momento, no momento da classificao, que soselecionadas as caractersticas mais relevantes para o tesauro (isto , maisteis clientela a que se destina). Essas caractersticas influenciaro e seroinfluenciadas pelos termos j existentes visto que, pertencendo a um sistema,os termos se definem uns em relao com os outros. Somente nesse momento que se tem condies de reformular a definio inicial, ajustando-a aosistema.
O fato de se poder selecionar alguns aspectos e no outros, demonstra
que no existe uma nica definio - ou uma nica classificao. O que existe a definio - ou classificao - mais adequada aos propsitos do tesauro.
Um exemplo que ilustra bem esse fato o seguinte: O conceito "Vigahiperesttica" pode ser classificado, na Engenharia Civil, como um tipo de Vigae, na Engenharia Estrutural, como um tipo de Estrutura hiperesttica. Portanto,seleciona-se a caracterstica mais conveniente rea do conhecimento emquesto.
Outra vantagem de se trabalhar com o conceito, e, portanto, comdefinies, a segurana no estabelecimento de relaes. Um exemplo
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interessante ilustra o fato:Que relao existe entre os termos "Janela" e "Janela basculante"? Ora,JANELA, por definio vo, e JANELA BASCULANTE a estrutura que vedaesse vo. Portanto, JANELA BASCULANTE no um tipo de JANELA. Arelao que se estabelece entre os dois termos uma relao associativa:
JANELA TA JANELA
BASCULANTE
A definio evita que se caia nas armadilhas da linguagem natural.
3.9 O que definir
No h necessidade de definir formalmente todos os termos embora, para
todos eles, se exija conhecimento de suas caractersticas mais relevantes, para
que se possa estabelecer os relacionamentos.H duas maneiras fundamentais para se definir os conceitos: episte-
molgica e pragmticamente.Na abordagem epistemolgica os conceitos so definidos no nvel
abstrato. Se todos os termos fossem definidos desta forma seria necessrio
muito tempo para elaborar tesauros. Por esse motivo, apenas os conceitos
bsicos so definidos assim.Na abordagem pragmtica registram-se, para os demais conceitos,
interpretaes adequadas. Estudos estatsticos evidenciam que os conceitos
bsicos no ultrapassam 10% de um determinado domnio do conhecimento.Esse total baixo justifica as abordagens pragmtica e epistemolgica pois
o esforo despendido na definio dos termos bsicos relativamente pequeno
e eles so relativamente estveis.Entende-se por conceitos bsicos aqueles dos quais derivam os demais.
Assim, todo conceito bsico apresenta, na estrutura do tesauro, conceitos a elesubordinados.
Exemplo:
-em Engenharia Civil
conceitos bsicos
EDIFICAO
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ESTRUTURA
VIGA
- em Literatura
concertos bsicos
GNERO LITERRIO
- em Documentao
conceitos bsicos
INDEXAO
REVOCAO
conceitos derivados
EDIFICAO MILITAREDIFICAO INDUSTRIAL
SUPRAESTRUTURA
VIGA HIPERESTTICA
conceitos derivados
POESIAROMANCECONTO
conceitos derivados
INDEXAO AUTOMTICAINDEXAO TEMTICA
FATOR DE EVOCAO
3.10 Normatizao
Em tesauros trabalha-se com normas prescritivas. Quando houver rgosnormativos que regulem o uso das terminologias as normas devem serseguidas.
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Captulo 4ALGUNS PROCEDIMENTOS PARA A PESQUISA TERMINO-
LGICA QUE ANTECEDEM UM TESAURO
1 Formao de uma equipe interdisciplinar constituda de elementos das reas
de Classificao, de Lingstica e da rea em que estiver sendo elaborado o
Tesauro.
2 Determinao do Campo Conceitual bsico sob o qual se estruturar o
Tesauro. O Campo Conceitual bsico passvel de modificao.
3 O uso parmetro essencial para a elaborao de um Tesauro.
4 Identificao da literatura relevante.
5 Coleta dos termos pertinentes rea.
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Captulo 5 LEVANTAMENTO DOS TERMOS
H vrios mtodos para o levantamento de termos, dependendo da?circunstncias em que se vai trabalhar: ou se pretende criar um tesauro para umservio de documentao ainda no implantado, ou se pretende criar um tesauroa partir de um vocabulrio j em uso num servio. No se procura, neste
momento, questionar se os termos foram atribudos de forma adequada aosdocumentos, isto , se os documentos foram bem indexados. A preocupaomaior dever ser a de fazer uma anlise conceitual de cada termo ou expresso- principalmente desta ltima - a fim de identificar seu contedo conceitual edecidir sobre aqueles que devero integrar o tesauro.
Se no houver tesauro em uso, procede-se ao levantamento dos termosna literatura relevante da rea, publicada em perodo recente, em canais decomunicao formal de reconhecido valor como peridicos especializados,relatrios tcnicos de determinadas instituies, teses, etc. O levantamento feitona literatura oferece como vantagem a possibilidade de obteno de termos emuso, com sua forma e significado mais recente. Oferece, ainda, garantia literriapara a formao das classes, facilitando, pois a estruturao dos termos em
etapa posterior.Obras de referncia como tratados e manuais, ndices de peridicos e de
peridicos de resumos (abstracts), tabelas de classificao bibliogrfica, soteis no levantamento de termos e devero ser consultados de formacomplementar. Documentos de carter normativo- normas, regulamentos -costumam apresentar definies dos termos tcnicos bsicos e so, portanto,teis nesta fase. Outros tipos de documentos podem ainda ser identificados e obom senso ser um bom indicador.
5.1 Coleta de termos via li teratura
A coleta feita na literatura especializada permite obter o termo com o
significado que lhe atribuem os especialistas da rea. importante lembrar queos termos devem ser monossmicos e, portanto, o significado do ter-
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mo na rea do tesauro que ser levado em conta no momento de estruturar otesauro. Para que este significado no se perca o termo deve ser retirado dodocumento juntamente com o contexto. Recolhe-se, ento, o termo com a frasesignificativa em que ele aparece, ou seja, a frase deve transmitir de modo claroo significado do termo.
No momento em que tomamos um termo o contexto imprescindvel, na
medida em que atravs dele que determinamos seu nico significado. A partirda, o termo ou descritor guarda independncia do contexto, isto , ao ser usadona indexao ou recuperao da informao ele j carrega consigo o significadorelevante para o sistema.
Quando se retira uma palavra ou grupo de palavras j se sabe, portanto,qual o significado que vai ser objeto de estudo. Em outras palavras, osignificante e o significado vm juntos.
Nem sempre a palavra identificada na literatura vem expressa na formaque deve figurar no tesauro, seja porque existam outras palavras com o mesmosignificado, seja porque lhe falte expressividade, isto , ela no transmite deforma clara o conceito que pretende designar. E importante lembrar que, notesauro, o termo figura fora de contexto, necessitando, por vezes, de um
adjetivo ou de um adjunto nominal para torn-lo expressivo. Por exemplo, senum dado contexto a palavra "Campo" significa "Campo de pouso", nestaltima forma que ela deve figurar, uma vez que a palavra "Campo",descontextualizada, ambgua. O mesmo ocorre entre "Produo" e "Produoindustrial", por exemplo.
Deve-se evitar, pois, o fichamento de termos tcnicos sem contexto poisisso induz a imprecises como a ambigidades, dificultando, por conseguinte, aestruturao do termo e a seleo da melhor forma.
A definio dos termos - pelo menos a dos termos bsicos - im-prescindvel adequada estruturao dos termos. Na fase de levantamentodevem ser transcritas as definies e explicaes dos termos eventualmenteencontrados nos textos, com indicao da respectiva fonte. Tais definies
podero, no entanto, ser alteradas no processo de estruturao dos termos,porque os conceitos so dependentes do sistema a que pertencem (isto , darea do conhecimento). (Cf.3.8).
Quando se trata de organizar tesauros que envolvem mais de uma reade conhecimento (por exemplo, tesauros dedicados a uma misso ouproblema), deve-se anotar no campo adequado do formulrio de entrada dostermos a rea do conhecimento a que eles se referem, para evitar futurosproblemas de homonmia e, conseqentemente, de polissemia. Por exemplo, apalavra "Indexao" pode ser usada tanto em Ecomonia, como no Direito, naDocumentao ou na Informtica, em cada rea com signifi-
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cado distinto. como no se pode prever quando isso vai ocorrer, registrase, demediato, a rea do conhecimento em que o termo est sendo identificado. (Cf.5.3).
O levantamento deve ser validado pelos especialistas da rea do tesauroe, nesse momento, eles tambm daro sua contribuio. Tem-se ento, alm dagarantia literria, a garantia do usurio. Para que esta contribuio seja
proveitosa importante que os termos sejam apresentados aos tcnicos comalguma organizao ou classificao. uma lista alfabtica no sugestiva e oespecialista no pode perceber, por esse meio, o tipo de participao que delese espera.
5.2 Coleta de termos via tabela de classificao
A coleta atravs do uso de tabelas de classificao apresenta algumaspeculiaridades, uma vez que existem algumas diferenas entre os termos deuma tabela de classificao e aqueles usados na literatura. Nos sistemas declassificao com notao, os termos so as notaes e no as palavras ouexpresses correspondentes; por isso mesmo, nem sempre so exatas ou
precisas. Quando se levantam "significados" a partir de uma tabela declassificao deve-se observar, num primeiro momento, o tipo de sistemautilizado, se enumerativo ou facetado.
Quando se trabalha com classificaes enumerativas, nas quais ostermos so estruturados em assuntos, necessrio um cuidado todo especial,pois os assuntos so reunio de conceitos. Assim, cada assunto deve seranalisado a fim de se identificar os conceitos que o formam. Por exemplo, "noseguinte assunto que corresponderia a uma notao: "Elaborao de oramentopara construo de escolas", deveriam ser fichados os termos "Oramentao","Escolas" e "Processos construtivos".
Nos sistemas de classificao facetada, que estruturam conceitos e noassuntos, e onde cada conceito organizado numa faceta (ou categoria), o
levantamento dos termos menos trabalhoso do que nos sistemasenumerativos uma vez que nestes, a todo momento preciso usar o processode anlise.
Contudo, tanto os sistemas enumerativos quanto os facetados exigemalgum cuidado quando utilizados como fontes de termos. Tendo tais sistemascomo objetivo bsico agrupar documentos, os conceitos e idias muitas vezesno esto explicitados numa forma verbal correta: isso se d apenas nanotao. No exemplo:
Nq Instalao de esgotoNq2 Esgoto sanitrio
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Percebe-se que a expresso "Esgoto sanitrio" representa a idia
"instalao de esgoto sanitrio" e no o prprio esgoto. Nesse caso, se aquela
forma verbal for mantida deve-se acrescentar uma nota explicativa informando
que sob aquele termo devem ser indexados documentos sobre instalao de
esgotos sanitrios ou ento adicionar um qualificador para tornar o termo mais
expressivo, como "Esgoto sanitrio (Instalao)". A norma geral, no entanto,
recomenda a ordem direta para a denominao, ou seja, "Instalao de esgoto
sanitrio".No levantamento das palavras ou grupos de palavras que representam as
notaes no basta, portanto, copiar tais palavras ou grupos de palavras tal
como se encontram nas tabelas, mas apreender seu significado, por meio da
notao e do contexto. S ento se pode avaliar a forma verbal encontrada. Em
alguns casos pode at mesmo haver necessidade de criar termos. Por exemplo,
numa determinada classificao de Engenharia Civil existem trs notaes para
a idia de Estrutura: Infra-estrutura, Meso-estrutura e Supra-estrutura, mas o
termo Estrutura s est explicitado na notao. uma vez identificado esse fato,
cria-se o termo Estrutura, para figurar no tesauro. Esses fatos ocorrem, porque,
nas Tabelas de classificao basta haver uma palavra, expresso ou frase pararepresentar uma idia, sem preocupao com sua forma verbal, j que a
notao o cdigo que deve representar essa idia. Nos tesauros o fato ocorre
de forma diversa: como no existe a notao, a forma verbal precisa representar
a idia de maneira inequvoca.
5.3 Itens que devem figurar na Folha-de-entrada
Os dados levantados, as definies, explicaes, relaes, etc, devemser registrados numa folha de trabalho que dever servir como folha-de-entradade dados.
A seguir, uma relao de itens que devem figurar na folha-de-entrada:
Area de assunto ou domnioCategoriaTermoDefinio (+fonte)Explicao (+fonte)Contexto (+fonte)Remissiva(s)Termo genricoTermo(s) especfico(s)
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Termo genrico partitivo Termo(s)especfico(s) partitivo(s) Termo(s)Associado(s) Nome do responsvelData
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Captulo 6 ESTRUTURAO DOS CONCEITOS
Aps o levantamento dos termos, procede-se sua estruturao, sto ,ao estabelecimento das relaes entre eles. De fato, o que se vai relacionar soos conceitos, expressos pelos termos, formando-se uma rde entre ossignificados.
Para que o tesauro tenha consistncia so necessrias normas pres-critivas; tais normas evitam que cada indivduo que participa da elaborao emanuteno de um dado tesauro, adote medidas prprias que esto presentesapenas em suas mentes.
As normas de estruturao se apiam em princpios de classificao
6.1 Categorizao dos Termos
O primeiro passo para estruturar (ou: sistematizar, classificar, ordenar) ostermos ou conceitos sua categorizao.
Entende-se por categoria, neste contexto, aspectos particulares de umadeterminada rea de conhecimento, sob os quais se agrupam os termos em
classes e subclasses. Categoria ou facetas designam, pois, os conjuntosmaiores, mais abrangentes, de idias ou termos.
O Classification Research Group- CRG, da Inglaterra, identificou asseguintes Categorias:
(categorias) (exemplos)
Coisas, substncias, entidades
que ocorrem naturalmente Minerais, Plantas, Solos
Produtos Pontes, Mquinas, Fibras
Constructos mentais Equaes, Retngulos
Suas partes Viga, Roda, Asa
Constituintes, materiais Metal, Vidro, Nitrognio
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rgos
Sistemas de coisas
Atr ibutos de coisas
Qualidades, propriedades,
incluindo Estruturas
Medidas Processos,
comportamento Objeto da ao
(paciente) Relaes entre coisas,
interaes
Efeitos
Reaes
Operaes em co isas
Experimentos
Mental
Propriedades de atributos,relaes e operaes
Operaes em atributos, relaes eoperaes
Local, condies
Tempo
Corao, Semente Sistema
respiratrio Coeso, Cor,
Solubilidade
Camada, Perfil
Ph, Ampre
Vibrao, inflamao
Qualquer coisa pode ser um paciente
Inibio, estimulao
Nitrao, Simbiose
Corte, CultivoClculo, Raciocnio
Taxa, Variao
Medio, Controle
Tais categorias ou facetas no precisam figurar, necessariamente, em
cada rea do conhecimento para a qual se elabora um tesauro. Esse elenco
serve como guia seguro.
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A vantagem do mtodo de faceta que ele possibilita a formao deagrupamentos mutuamente exclusivos, isto , quando se tem um termo novo,sabe-se de pronto em que categoria inclu-lo.
Kandelaki, por exemplo, sugere outro elenco de categorias:Categoria dos objetosCategoria dos procedimentosCategoria dos estadosCategoria dos regimes, das condiesCategoria das propriedadesCategoria das grandezasCategoria das unidades de medidaCategoria das cincias e ramos da cinciaCategoria das profisses e das ocupaes
Mais importante do que saber que tais categorias podem ser utilizadas
saber enquadrar os termos nelas.Um exerccio prtico para se identificar as categorias relevantes num
domnio o de indagar, por exemplo, qual o objeto de estudo e, a partir da,
acompanhar a lgica do assunto. Assim, num tesauro de Agricultura quecategorias poderiam ser identificadas? De modo grosseiro e genrico pode-se
comear dizendo que a Agricultura cuida do Cultivo de alimentos; aqui so
identificadas duas categorias ou facetas(categoria) (termo)Processo CultivoCoisa, entidade Alimentos
Para o cultivo preciso trabalhar o Solo (Coisas), que tem propriedades,caractersticas (Propriedade). O Solo sofre ao da Natureza (Fenmeno,Processo) ou do homem (Processo, Tcnicas) e pode ser melhorado por meiode substncias (Agentes), e assim por diante.
Para as Plantas pode-se fazer o seguinte percurso: as plantas neces-sitam de tcnicas de cultivo para garantir seu desenvolvimento e proteocontra a ao da Natureza (fatores aleatrios como chuva e vento, granizo etc.)e das pragas, que causam doenas e para cujo combate so utilizadosmateriais ou substncias, com o emprego de mquinas ou equipamentos, eassim por diante.
As categorias identificadas no ltimo trecho esto sublinhadas. Por meiodesse exercicio temos idia das Facetas ou Categorias e de seu contedo.
uma vez levantados os termos, e tendo-se noo das categorias a incluir,
o prximo passo classificar os termos nas facetas respectivas.
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como categorizar os seguintes termos?SolosErosoNitrognioQueimadaPodaEnxertiaFolhaCigarrinhaSolos cidosAcidez
A partir do primeiro exerccio, em que se procurou fazer uma anlise dasfacetas, o enquadramento dos termos seria: Coisas, substncias, entidadesSolos
Solos cidosNitrognio
PartesFolha
ProcessoerosoQueimadaPodaEnxertia
PropriedadeAcidez
AgenteCigarrinha
Cada uma dessas categorias vai reunir, certamente, muitos outros termos
que vo, por sua vez, se reunir em classes. A identificao das classes, no
entanto, feita com base na literatura, isto , deve ter garantia literria. Reflete,
por isso mesmo, as peculiaridades e os interesses de uma dada clientela. Por
exemplo, Soja, Arroz, Caf, podem formar uma classe Produtos de exportao,
que ser til em Economia - e provavelmente a literatura vai refletir esse
aspecto - mas no ser til num tesauro sobre
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Agricultura, em que outros aspectos sero privilegiados pela literatura. A classe"Alimentos" seria provavelmente a adotada. Portanto, as classes devem serformadas com base na garantia literria (Cf. 3.4)
Outro exemplo: num tesauro sobre Cacau, a Soja estaria classificada aolado de outras plantas que prejudicam a colheita do Cacau e no emLeguminosas como estaria, provavelmente, no Tesauro de Agricultura.
Estes exemplos deixam claro que a classificao para fins bibliogrficos uma classificao artificial, relativa. O que importante, no tesauro, que aclassificao seja til aos propsitos do servio de informao.
Em alguns assuntos (ou domnios) no entanto, preciso ter muitocuidado na nomeao das classes, porque a classificao pode introduzirrigidez no sistema, exigindo reviso constante. Por exemplo, na rea deMedicina experimental, uma substncia que esteja sendo usada no combate auma doena pode, num dado momento, ser vista, na literatura, como causadorade outra e vice-versa. Assim, se tal substncia estiver classificada por suanatureza e no por funo ou utilizao, ter maior estabilidade enquantoclasse.
6.2 Relacionamento entre Concertos
Entende-se por estruturao os relacionamentos entre os conceitos.Os relacionamentos so de diversos tipos mas os tesauros tradicio-
nalmente mostram apenas os seguintes tipos de relaes: genrico-espe-cficas, associativas e de equivalncia. Esta classificao no permite iden-tificar todos os tipos de relacionamentos que ocorrem entre conceitos; portanto, preciso primeiro conhecer a natureza dos relacionamentos e depoisempregar os cdigos pertinentes. Os tesauros devem mostrar, ainda, osrelacionamentos entre conceitos e os objetos individuais - que sorelacionamentos partitivos- segundo recomendaes internacionais.
Os conceitos so identificados por suas caractersticas: guardam,
portanto, relacionamento direto com outros conceitos que tm, em suasintenses, as mesmas caractersticas. Em outras palavras, sempre que houvercaractersticas comuns (presentes na definio), existe um relacionamentodireto entre os conceitos.
Os conceitos tm tambm relacionamentos indiretos com outrosconceitos, se os objetos individuais que eles representam forem contguos (isto, vizinhos no espao ou seguindo um ao outro no tempo).
Exemplo: Para ocorrer "crescimento econmico" preciso que haja"Aumento do PIB" (contigidade no tempo). Entre "Asa de avio" e "A-vio"existe contigidade no espao.
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uma rea de assunto ou uma subseo s mentalmente acessvel se area conceitual estiver estruturada. uma lista alfabtica de termos no permiteperceber a rea como um todo. uma rea conceitual estruturada chamadasistema de conceitos. Nesse sistema, cada conceito revela seu relacionamentocom outros conceitos.
Os seguintes tipos de relacionamentos entre conceitos so encontrados:a) Relacionamento lgico
Relacionamento genrico/especficoRelacionamento analticoRelacionamento de oposio
b) Relacionamento ontolgicoRelacionamento partitivo Relacionamentode sucesso Relacionamento de material-produto
c) Relacionamentos de efeitoCausalidade
InstrumentalDescendncia Descendncia genealgica
Descendncia ontogentica Descendncia entre
estgios de substncias
Cada um desses tipos ser explicado a seguir indicando-se o cdigo aser utilizado no tesauro.
6.2.1 Relacionamento lgico
Este relacionamento um relacionamento de similaridade porque quandose comparam dois conceitos entre si, verifica-se se possuem algumas
caractersticas em comum.a) Relacionamento genrico/especficoEste o relacionamento lgico mais conhecido; ele que vai permitir
formar as classes de conceitos. So membros de uma classe os conceitos ouidias que pertencem ao mesmo gnero. uma forma de identificar os conceitosde uma classe verificar se eles so um tipo ou uma espcie de um dadoconceito. Por exemplo, "Solo cido" um tipo de "Solo", portanto, este umtermo genrico e aquele um termo especfico. um tipo
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ou uma espcie porque, quando se comparam os conceitos, verifica-se queaquele possui todas as caracteristicas deste e mais uma que lhe prpria,especfica.
Portanto, se um conceito tem todas as caractersticas de outro e pelomenos uma caracterstica a mais, diz-se que este conceito uma espciedaquele.
Os conceitos assim estruturados formam uma hierarquia e por isso diz-seque esse tipo de relacionamento hierrquico. Esta hierarquia vertical, poisliga termos superordenados a termos subordinados.
uma forma de identificar a similaridade entre os conceitos sua or-ganizao ou reunio segundo pelo menos uma caracterstica em comum. Este um processo de classificao.
Suponham-se os seguintes termos.
Arquivos correntes
Arquivos intermedirios
Arquivos permanentes
Arquivos pblicosArquivos privados
Arquivos semi-pblicos
A anlise conceitual desses termos vai mostrar que a existem dois
conjuntos: um, caracterizado pela etapa de arquivamento, outro, pelo mbito
administrativo. A organizao resultante, seria:
ARQUIVOS
(quanto s fases de arquivamento)ARQUIVOS CORRENTES ARQUIVOSINTERMEDIRIOS ARQUIVOS
PERMANENTES (quanto origem dosfundos) ARQUIVOS PBLICOSARQUIVOS SEMI-PBLICOSARQUIVOS PRIVADOS
Os trs primeiros termos guardam uma relao entre si, do mesmo modocomo os outros trs. Este relacionamento, tambm hierrquico, lateral (e novertical como no tipo genrico/especfico) e no h necessidade de mostr-lo naparte alfabtica do tesauro, uma vez que ele fca evidente na parte sistemtica,que se apresenta como no exemplo acima.
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As relaes genrico/especficas so indicadas nos tesauros peloscdigos TG precedendo o termo genrico e TE, precedendo o termo especfico.
Exemplo: ARQUIVOSTE ARQUIVOS CORRENTESARQUIVOS CORRENTES TGARQUIVOS
b) Relacionamento analtico
Mas o tesauro contm, ainda, outro tipo de relacionamento lgico, queno apenas o hierrquico. No exemplo acima, a idia de "arquivamento" estpresente nos trs tipos de Arquivos sendo, mesmo, a caracterstica que os une.O termo Arquivamento est associado a cada um dos elementos do conjunto, asaber:
(entidade) (processo)ARQUIVOS CORRENTES - associado a ARQUIVAMENTOARQUIVOS INTERMEDIRIOS - associado a ARQUIVAMENTOARQUIVOS PERMANENTES - associado a ARQUIVAMENTO
O conceito "Arquivos correntes" pode estar ligado, ainda, a outrosconceitos, embora, no momento se identifique apenas esse. Suponhamos que,daqui a algum tempo surja o termo "Gesto de documentos". Essa expressosignifica o "conjunto de medidas e rotinas visando racionalizao e eficinciana criao, manuteno, uso e avaliao de documentos de arquivos". Amesma obra que apresenta essa definio d, como remissiva, "Gesto dearquivos correntes", pois nestes ltimos que ocorre a criao dos documentosde arquivos. No momento de estruturar o termo "Gesto de documentos", que um Processo ou Atividade - e nesta categoria que o termo ser includo - faz-se a associao com o termo "Arquivos correntes".
Estas relaes so indicadas nos tesauros pelo cdigo TA precedendo
cada tempo.Exemplo: ARQUIVAMENTO
TA ARQUIVOS CORRENTESARQUIVOS CORRENTESTA GESTO DE DOCUMENTOS TAARQUIVAMENTO GESTO DEDOCUMENTOS TA ARQUIVOSCORRENTES
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Portanto as associaes so identificadas a partir de cada termo, apsanlise de seu contedo conceitual, isto , de suas caractersticas. No seprocura estabelecer todas as relaes, de uma s vez. Cada conceito gera suasassociaes.
Pode-se, ento, estabelecer relaes associativas entre dois conceitosquando um deles for uma caracterstica do outro e ambos no fizerem parte da
mesma hierarquia.Mais adiante sero apresentadas outras relaes associativas que no
so lgicas.
c) Relacionamento de oposio
Outro relacionamento lgico o relacionamento de oposio. Algunsautores chamam os conceitos opostos de quase-sinnimos. Este relacio-namento de trs espcies:
- Relacionamento de oposio contraditria. Ex.: Numrico/No-numrico; Presente/Ausente.
- Relacionamento de oposio contrria. Ex.: Amizade/Inimizade;
Preto/Branco.- Relacionamento positivo/indiferente/negativo. Ex.: Muito valio-
so/Valioso/Pouco valioso.
Estes relacionamentos so indicados nos tesauros pelo cdigo TA.Apenas o terceiro tipo pode, eventualmente, ser tratado, nos tesauros, comorelacionamento de equivalncia. Mas isso no deve ser tomado como regraporque, em algumas reas, todos os conceitos da gradao podem serrelevantes. Por exemplo, na Qumica, os conceitos Pureza e Impureza nopodem ser considerados como equivalentes para fins de indexao/re-cuperao.
Exempl o: I MPORTAOTA EXPORTAOEXPORTAO TAI MPORTAO
6.2.2 Relacionamento ontolgico
As relaes ontolgicas so relaes indiretas entre conceitos. Ocorrem
quando o conceito visto tambm como um objeto individual. Por exemplo,
"Avio anfbio" um conceito. Pode-se deduzir logicamente que um avio
destinado a pousar na terra e na gua sem que, no entanto, se necessite saber
sua forma fsica ou seja, suas partes constituintes.
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Enquanto conceito, "Avio anfbio" um tipo de "Avio" e, enquanto objetoindividual, ter partes apropriadas aterrissagem e amerrissagem. Estaspartes guardam com "Avio anfbio" uma relao partitiva. Enquanto objetopodemos reconhecer nele as partes que o compem. a) As relaes partitivasse do ainda entre:
- Sistemas e rgos do corpoExemplo: SISTEMA NERVOSO
SISTEMA NERVOSO CENTRALCREBROMEDULA ESPINHAL
- Localidades geogrficas
Exemplo: AMRICA DO SULBRASILACREALAGOAS
- Disciplinas ou reas do discursoExemplo:CINCIA
FISICAFSICA DO ESTADO SLIDOFSICA NUCLEAR
- Estruturas sociais hierarquizadas
Exemplo: IGREJA CATLICAARQUIDIOCESE DIOCESE PARQUIA Estas relaes so indicadas nos
tesauros com os cdigos precedendo o termo que designa o todo e TEP
precedendo o termo que designa a parte.
Exemplo: FSICATEP FSICA NUCLEAR FSICA NUCLEAR TGP FSICA As relaes partitivasso as relaes ontolgicas mais importantes mas no so as nicas. como tais
relaes se do entre objetos, os relacionamentos se caracterizam pela
contigidade no tempo e no espao, ou peia conexo causa-efeito. So
indicadas nos tesauros pelos cdigos TA.
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b) Relacionamento de sucesso0 relacionamento de contigidade no termo um relacionamento de
sucesso.Por exemplo, entre os trs Planos Nacionais de Desenvolvimento -PND -
pode- belecer uma relao associativa:se esta1PNDTA II PND
IIPNDTA IPND
TA III PNDIIIPNDTA II PND
Observa-se que, neste caso, os conceitos so relacionados, ao mesmotempo, com seu antecessor e com seu sucessor.
c) Relacionamento material-produtoO relacionamento material-produto mostra diferentes estgios na produode bens, que vo desde a matria prima at o produto final. Exemplo: FILME
FOTOGRFICO TA FOTOGRAFIA
6.2.3 Relacionamento de efeito
Os relacionamentos de efeitos so de trs tipos: de causalidade, deinstrumentalidade e de descendncia.
a) O relacionamento de causalidade se d entre conceitos que designam a causa e seu efeito.
Exemplo: PISTA MOLHADATA ACIDENTE
OFUSCAMENTOTA ACIDENTE
ACIDENTETA OFUSCAMENTOTA PISTA MOLHADA
b) O relacionamento de instrumentalidade se d entre o conceito re
lativo ao instrumento e sua ao.Exemplo: TABELA DE TEMPORALIDADE TA
ELIMINAO ELIMINAO
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TA TABELA DE TEMPORALI DADEBROCA DE PERFURAOTA BROCA
BROCATA BROCA DE PERFURAO c) O relacionamento de
descendncia se d entre conceitos que guardam entre si uma relao
genealgica, ontogentica ou de estgios da substncia.Exemplos: (ontogentico)
LARVATA CRISLIDA CRISLIDATA OVO (estgios desubstncia) URNIO ITA URNIO IIURNIO II TAURNIO I
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Captulo 7ASPECTOS LINGSTICOS DOS TESAUROS
7.1 Controle de vocabulrio " Sinonmia"
Este controle leva ao estabelecimento das relaes de equivalncia.Este tipo de relacionamento no ocorre no plano das idias mas entre as
palavras da lngua. Liga sinnimos ou quase-sinnimos. Embora na linguagemnatural no existam sinnimos perfeitos, na linguagem especializada isso possvel.
Na linguagem natural vrios termos, palavras ou expresses podemdesignar uma nica idia ou conceito. No Tesauro, apenas uma denominao selecionada para figurar como termo, sendo as demais consideradas como no-termo, fazendo-se destas remissivas para aquela.
Encontram-se, ainda, nos tesauros alguns relacionamentos de equi-valncia que so estabelecidos por outros critrios que sero vistos em 7.1.4.
7.1.1 Para fins de tesauro so considerados termos equivalentes:
a) Termos de or igem lingstica diferenteExemplo: Antdoto = Contraveneno
hipogeu = SubterrneoPriplo = CircunavegaoPoliglota = Multilinge
b) Nomes populares e nomes cientficosExemplo: Alergia = Hipersensibilidade
Gaivotas = Lardeos
c) Substantivos comuns e nomes comerciaisExemplo: Giletes = Lminas de barbear
Lambreta = Motonetas
d) Formas variantes para conceitos emergentesExemplo: Contineres = Contentores Containers = Cofres de carga
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e) Grafias diversas, inclus ive com variantes no radicalExemplo: Quociente = Cociente
Quota = cota Registro= Registo Ruptura =Rotura
f) Termos favorecidos, ou de uso corrente, versus termos antigos
Exemplo: Deontologia = ticaEnergia atmica = Energia nuclearPianoforte = Pianog) Termos de culturas diferentes
Exemplo: (Brasil) (Portugual)Pesquisa = InvestigaoPlanejamento= Planejamento
h)Abreviaturas e nomes por extenso Exemplo: FID = Federao Internacional de Documentao
(Fonte: IBICT. Diretrizes para elaborao de tesauros monolingues, 1984)
7.1.2 Equivalncia dupla
H casos em que a lngua consagra uma expresso que no incor-porada no tesauro por vrios motivos, sendo o principal deles o fato de aexpresso designar um assunto, ou seja, mais de um conceito, sendo, ento, aexpresso representada pela unio dos dois termos.
Exemplo: Arquivos nacionais de Medicina a soma dos dois conceitosARQUIVOS NACIONAIS E ARQUIVOS DE MEDICINA (Cf. 3.6.2.1). No tesaurofigura da seguinte maneira:
Arquivos nacionais de Medicina USEARQUIVOS NACIONAIS EARQUIVOS DE MEDICINA
ARQUIVOS DE MEDICINAUP+Arquivos nacionais de Medicina
ARQUIVOS NACIONAIS UP+arquivosnacionais de medicina
O sinal + (mais) indica que o significado do no-termo representado
pelo termo acima unido a outro.Pode ocorrer que a expresso, alm de reunir dois conceitos, esteja
designada por uma forma popular.
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Exemplo: num tesauro de Tecnologia de alimentos a expresso "Leite de
soja", por ser de uso popular, representada pela unio dos termos SOJA e
EXTRATO PROTICO. Figurar da seguinte maneira no Tesauro:Leite de soja
USE EXTRATO PROTICO E SOJA EXTRATOPROTICO UP+ Leite de soja SOJA
UP+Leite de soja 7.1.3Equivalncia alternativa
H palavras que so de uso to geral que se tornam vazias de significado. Elas
passam a ser no-termos e o Tesauro deve indicar as alternativas. Por exemplo,
a palavra "Planta", descontextualizada, pouco expressiva. Para seus vrios
significados so selecionados termos diversos e o Tesauro registra o fato da
seguinte maneira: PlantaVER UTILIDADES DE PLANTA INDUSTRIALOU PLANTA INDUSTRIALOU PLANTA (BOTNICA)OU UNIDADE DE TRATAMENTO
Para cada termo faz-se a seguinte entrada:
UTILIDADES DE PLANTA INDUSTRIALVD Planta PLANTA
INDUSTRIALVD Planta PLANTA
(BOTNICA)VD Planta UNIDADE DE
TRATAMENTOVD Planta
A abreviatura significa VISTO DE e indica que, para aquele no-ter-moexistem outras alternativas que devem ser vistas.
7.1.4 Relaes de equivalncias podem ocorrer em outras circunstncias, que
so arbitrrias, a saber:
a) a poltica de indexao
b) o crescimento da coleo
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Essas condies se inter-relacionam e, portanto, separar-las em itens di-ferentes serve apenas a um objetivo prtico que o de orientar a discussosobre cada uma delas.A poltica de indexao determinada pelo perfil da clientela, perfil que temreflexos nos limites da rea de conhecimento objeto do tesauro. Em geral, ao sefazer anlise da abrangncia da rea do conhecimento, identifica-se uma rea
ncleo e reas perifricas e, por vezes, aspectos relevantes. A poltica deindexao, de modo geral, privilegia a rea ncleo e os enfoques particulares.As reas perifricas, por apresentarem interesse menor, tm menor nmero determos especializados selecionados. Assim, os conceitos especficos destasreas so considerados no-termos, fazendo-se remissivas para os conceitosmais genricos.como o perfil da clientela pode mudar - por motivos vrios- a poltica deindexao pode ser tambm alterada, com reflexos no vocabulrio, ou seja,eliminao de termos, criao de outros, e/ou aproveitamento de termosespecificos, considerados at ento como no-preferidos. O crescimento dacoleo outro fator circunstancial. Por algum motivo, a literatura dedeterminada rea do conhecimento apresenta crescimento. Isso leva
sobrecarga de alguns termos, isto , muitos documentos so indexados sob umdeterminado termo, levando perda de informao no momento da busca.Quando isso ocorre, analisa-se tal literatura para identificar os termosespecficos que devero ser includos no tesauro. Nesse momento, pode-sedeparar no tesauro com alguns desses termos at ento considerados no-termos.Este tipo de relacionamento indicado nos tesauros pelos cdigos up (u-sadopor) antecedendo o no-termo e USE antecedendo o termo preferido. Ex.:BEBIDAS NO-ALCOLICAS
up RefrigerantesRefrigerantes
USE BEBIDAS NO-ALCOLICAS Observe-se que se faz uma diferenciao
tipogrfica entre o termo e o no-termo.Apesar dos cdigos para este tipo de relacionamento serem os mesmos, nemsempre so eles da mesma natureza, j que uns decorrem da "sinonmia" eoutros da poltica de indexao adotada. desejvel que, na automao detesauros, o programa caracterize pelo menos internamente, estes dois tipos decircunstncias para o estabelecimento de relacionamentos de equivalncia, parafacilitar a manuteno do tesauro. O caso de sinonmia relativamente estvel,mas aquele decidido pela po-
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litica de indexao (baixa especificidade do termo) pode ser alterado a qualquermomento e o computador poderia fazer isso automaticamente.
7.2 Controle de vocabulrio: polissemia
Quando conceitos diferentes so expressos por uma mesma palavra,
dentro de uma mesma rea de conhecimento, acrescenta-se um contex-tualizador a fim de diferenciar os conceitos, eliminando, assim, a ambigidade(Cf. 3.4 - Princpio da contextualizao).
Exemplo: TNIS (CALADO)TNIS (ESPORTE)
REINTEGRAO (ARQUIVOLOGIA)REINTEGRAO (RESTAURAO DE DOCUMENTOS)
PAVIMENTAO (OBRA)
PAVIMENTAO (PROCESSO)
TRADUO (PROCESSO)TRADUO (DOCUMENTO)
AIDS (MEDICINA EXPERIMENTAL)
AIDS (SADE PBLICA)
A dificuldade no reconhecimento de termos polissmicos se d quando setrata do mesmo referente/objeto, como o caso do exemplo AIDS. Adiferenciao precisa ser feita porque, de fato, o mesmo referente visto deforma diferente nas diversas reas do conhecimento e essa diferena sepercebe pela definio e, conseqentemente, na formao de classes. Se, emMedicina experimental, AIDS pertence classe de DOENA VIRTICA, em
Sade Pblica ser classificada em DOENA SEXUALMENTETRANSMISSVEL ou classe similar.Quando se puder ter mais de urna definio deve-se escolher aquela que
seja mais til aos propsitos do tesauro - vale dizer, ao sistema de conceitos -,definio que vai ser responsvel pelo posicionamento do termo na classe.
7.3 Forma do Termo
Outra questo de natureza lingstica a forma do termo. Ao contrriodos cabealhos de assunto, cujos princpios enfatizam a forma, nos
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tesauros isso no ocorre: a preocupao maior est na apreenso dos sig-nificados e do relacionamento entre os conceitos.
A insero deste tpico se deve ao fato de haver uma certa tendncia dese isolar as palavras significativas de uma expresso verbal como se cadapalavra representasse um conceito.
Acontece que o conceito pode ser designado por um termo constitudo
por uma palavra ou por uma expresso e nesta ltima que se identificamalguns pontos que precisam ser esclarecidos.
Antes disso, no entanto, preciso ressaltar mais uma vez que o termo apalavra ou expresso verbal selecionada para designar o conceito. incorreto,portanto, dizer que, neste ltimo caso, se teria um "termo composto" ou "termopr-coordenado". Os instrumentos de indexao em assuntos, e no emconceitos, estes sim, podem apresentar termos pr-coordenados, como ocorrecom os cabealhos de assunto. Esse no o caso dos tesauros baseados emconceitos.
As expresses so uma forma muito comum de denominao deconceitos novos na Cincia. De modo geral, so metforas. Esta figura, de fato,est muito presente na terminologia cientfica.
A expresso verbal ocorre, provavelmente, para caracterizar, de formainequvoca, o novo significado que se deseja atribuir a uma palavra jempregada com outro significado. Dito de outra forma, um adjetivo ou umaexpresso adnominal adicionado (a) palavra para realar o novo significado.(Cf. 3.6.1).
Por exemplo, na expresso "Armazenamento de informao" a palavra"Armazenamento" no est sendo tomada aqui como o ato de guardar, estocarbens/mercadorias em instalaes prprias que garantam sua segurana epreservao. Essa palavra, na expresso, tem um sentido figurado. O termoselecionado para figurar no tesauro deve ser, portanto, ARMAZENAMENTO DEINFORMAO.
Outros exemplos de metfora e que se constituem em termos:
Transferncia de tecnologiaGerao de energiaTransporte de molculasFlutuao da moedaElasticidade da demandaAutosuficincia econmicaDesenvolvimento autosustentadoLeite de sojaTorta = Farelo de sojaObservao: Farelo tambm uma metfora uma vez que o termo
significa resduo de farinha, a qual, por sua vez, resulta da triturao dos
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gros de cereais.Em outros casos o termo prescinde de qualificao por ter se tornado
bastante expressivo na rea em que foi introduzido.Exemplo: Rudo (na Engenharia de comunicao)
Linguagem (na rea de Informtica)
No entanto, se, ao lado os outros termos do tesauro, tais termosperderem sua expressividade, o que pode levar a ambigidades, ento pode-seusar um contextualizador, com ou sem parnteses.
Exemplo. Rudo (telecomunicaes)Linguagem de programao.
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Captulo 8 NOTAS DE APLICAO
As notas de aplicao so , em geral, instrues de uso de alguns termos.
Elas so necessrias porque o tesauro uma linguagem artificial e, nesse
sentido, alguns termos podem ter seu contedo conceitual restringido ou
ampliado. Tal deciso depende da clientela para a qual foi projetado o tesauro.
Ex.: ENTRADA DE DOCUMENTOSExcluir Recolhimento e Transferncia
PAS DESENVOLVIDOIndexar, tambm, quando for o caso, pelo(s) nome(s) do(s)
pas(es). ABSOROFenmeno. Inclui absoro de radiao eletromagntica.
LEO DE GSPE 400-1100 F 204 a 593 C (Observao: PE = Ponto de
ebulio. F = Faixa de desti-lao)
ADITIVO
Inclui substncias adicionadas a produtos ou pro-cessos em propores relativamente pequenas para
melhorar propriedades desejveis ou para suprimir
propriedades indesejveis. Exclui catalisadores,
iniciadores, modificadores de polmeros, reguladores
de polimerizao, para os quais h descritores
isolados.
As notas podem incluir, ainda, data de exluso/incluso de termos notesauro. Sendo um instrumento dinmico, tais alteraes so comuns. Isso nosignifica, contudo, que, to logo se faa uma alterao, seja necessrioreindexar a coleo. A data indica o perodo de validade/invalidade do
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termo e facilita a formulao da estratgia de busca.As notas de aplicao devem ser indicadas de maneira que fiquem
diferenciadas dos termos a que se referem. Em geral, adotam-se letrasmaisculas para os termos. As notas vm na linha seguinte, em letras mi-nsculas. As notas no fazem parte, portanto, do termo ao qual esto apenas.
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Captulo 9APRESENTAO DO TESAURO
O elemento caracterstico dos tesauros o relacionamento entre ostermos. H vrias formas de evidenciar tal relacionamento sendo mais comuns:
- a apresentao sistemtica acompanhando a apresentao alfabtica;- a apresentao planigrfica acompanhando a apresentao alfabtica.
Cada uma dessas formas pode variar de tesauro para tesauro. A seguir,sero apresentadas as partes bsicas que devem compor a apresentao dotesauro.
9.1 Apresentao sis temtica
recomendvel que os termos dos tesauros sejam apresentados emordem sistemtica por vrios motivos, dentre eles:
a) a apresentao sistemtica permite que o usurio (indexador ouconsulente) encontre o termo que melhor represente o conceito que ele desejaexprimir, sem que saiba, no incio da busca, qual o mais adequado;
b) a apresentao sistemtica facilita a compreenso da lgica subja-cente e evidencia o grau de intensidade dos termos;
c) a apresentao sistemtica facilita a manuteno do tesauro porque ascaractersticas que levam formao das classes e subclasses soexplicitadas.
A parte sistemtica relaciona os termos segundo as categorias ouclasses. Evidencia as relaes hierrquicas (genrico/especficas e laterais)podendo, no entanto, adicionar as relaes associativas, caso seus organi-zadores assim o decidam.
A parte sistemtica contm geralmente apenas a hierarquia que pode seapresentar sob forma de a) lista das classes em ordem alfabtica; b) lista dascategoras ordenando, dentro delas, as classes em ordem alfabtica, ou
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c) inteiramente em ordem sistemtica (isto , hierarquia acrescida das relaesassociativas).
Para que os termos da parte alfabtica sejam rapidamente localizados naparte sistemtica necessrio agregar, a cada termo da ordem alfabtica, orespectivo cdigo da classe/ categoria.
9.1.2 Parte alfabtica
A parte alfabtica a forma tradicional de apresentao dos tesauros.Para cada termo listado apresentam-se os demais termos que com ele serelacionam.
Esta ordem prtica: permite que se localize rapidamente o termodesejado. No entanto, quando o tesauro se apresenta unicamente sob estaforma fica difcil, de imediato, perceber os princpios de classificao subja-centes, bem como o grau de intensidade dos termos. Fica, tambm, mais lentolocalizar as entradas relativas aos termos mais genricos ou mais especficos,pois eles se encontram distribudos na ordem alfabtica.
Na parte alfabtica os elementos de cada entrada so os seguintes,nessa ordem:(termo) (cdigo)nota de aplicao equivalncias UPtermo genrico TGtermo genrico partitivo TGPtermo(s) especfico(s) TEtermo(s) especfico(s) partitivo(s) TEPtermo(s) associado(s) TA
Na mesma ordem alfabtica so includas as remissivas de acordo com o
modelo:(sinnimo) USE(TERMO)
Os exemplos a seguir mostram as diferentes formas de apresentaosistemtica.
No exemplo 1 os termos da ordem alfabtica esto acompanhados de um
cdigo de classificao que serve para localiz-los na respectica categoria.
Exemplo 1: Parte alfabtica + Parte sistemtica (hierrquica) dos termos
nas categorias.
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PARTE ALFABETICAARMA BRANCA (01.2)
TG ARMATE ARMA BRANCA DE ARREMESSOARMA BRANCA DE CHOQUE ARMABRANCA DE HASTE
TR EQUIPAMENTO DE DEFESA
ARMA BRANCA DE ARREMESSO (01.2)TG ARMA BRANCA TE ARPO TRARMA BRANCA DE HASTE
ARMA BRANCA DE CHOQUE (01.2) TGARMA BRANCA TE ADAGA
BAIONETAESPADAFACA (ARMA)MACHADO DE GUERRA
SABRE TRBAINHA
BOLDRI
ARMA BRANCA DE HASTE (01.2) TGARMA BRANCA TE ALABARDA
FOICE DE GUERRALANAPIQUETRIDENTE TR ARMA BRANCA DE
ARREMESSO
ARMA DE ARREMESSO (01.2)TG ARMA TE ARCOATIRADEIRABESTABODOQUEFUNDA
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ZARABATANA TR EQUIPAMENTO
DE DEFESA
ARMA DE CHOQUE (01.2) TGARMA TE CLAVA
MARTELO DE GUERRAPORRETE
PARTE SISTEMTICA01 CAA/GUERRA01.1 ACESSRIO DA ARMARIA01.2 ARMA
ARMA BRANCAARMA BRANCA DE ARREMESSOARPO ARMA BRANCA DECHOQUE ADAGA ESTILETEMISERICRDIA PEIXEIRABAIONETA
ESPADA-BAIONETASABRE-BAIONETA
SABRE-BAIONETA IATAGAESPADABASTARDA CLAYMOREESCLAVONIA ESPADA DEINSTRUO ESTOQUEFLAMBERGIA FLORETEGLDIO RAPIEIRA FACA(ARMA) FACA DE CAAFACO MACHADO DEGUERRAACHA
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MACHADI NHA (ARMA) MACHADI NHA DE ABORDAGEM
MACHADO DE SAPADOR SABREI ATAGA
SABRE DE ABORDAGEMSABRE DE I NSTRUO
TERADO
(fonte: FERREZ, Helena Dodd & BIANCHINI, Maria Helena S. The-rauruspara acervos museolgicos. Rio de Janeiro, Coordenadoria Geral de AcervosMuseolgicos. Rio de Janeiro, 1987. 2 v.)
O Exemplo 2 apresenta a parte alfabtica + parte sistemtica (hierr-quica) dos termos nas respectivas classes. Para se ter uma idia do conjunto,transcreve-se, tambm, a lista das Classes Principais: Os termos na partealfabtica so acompanhados do cdigo da classe.
PARTE ALFABTICA(descritor) (cdigo de classe)Acalanto
USE CANO DE NINAR
ACTANTES 31TGPERSONAGENS
ACUMULAO 72up Sinonmia (retrica) TG FIGURAS
DE PENSAMENTO
AFRESE 72TG METAPLASMO
alegoriaUSE METFORA
ALEGORIA (GNERO LITERARIO) 14TG LITERATURA DIDTICA TEAPLOGO TE FBULA TEPARBOLA (LITERATURA)
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ambienteUSE ESPAO
ALITERAO 81up ColiteraoTGRIMA
ALUSO 72TG FIGURAS DE PENSAMENTO
ANACOLUTO 72TG FIGURAS DE CONSTRUO
ANACRUSA 72TG FIGURAS DE DICO
CLASSES PRINCIPAIS1 LITERATURA
2 ESTTICA LITERRIA3 ESCRITORES
4 POETAS
5 CRTICOS
6 AUTORIA
10 GNERO PICO
11 GNERO LRICO
12 TEATRO (GNERO LITERRIO)
13 HUMORISMO (LITERATURA)
14 LITERATURA DIDTICA
15 ORATRIA
16 LITERATURA EPISTOLAR
17 JORNALISMO (GNERO LITERRIO)
18 GNERO HISTRICO-CRTICO
19 LITERATURA COMPROMETIDA
30 ESTILOS DE POCA
31 NARRATIVA
71 COMPOSIO LITERRIA
72 ESTILSTICA
80 VERSIFICAO
81 POEMA
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Exemplo das classes 14 e 31
14 LITERATURA DIDTICA
ALEGORIA (GNERO LITERRIO)APLOGO FBULA PARBOLA
(LITERATURA)
31 NARRATIVA
por elementos da narrativaESTRUTURA
ENREDO
PERSONAGENSACTANTES
ESPAO TEMPO
por ponto de vista ou foco narrativoNARRATIVA EM PRIMEIRA PESSOANARRATIVA EM TERCEIRA PESSOAPERSONAGEM NARRADOR NARRADORONISCIENTE FLUXO DE CONSCINCIA(LITERATURA)
Exemplo 3: Apresentao sistemtica com ndice
101 VECULOSTA Engenharia de veculos 553
Indstria de veculos 330
Transporte 287102 VECULOS AEROESPACIAIS
AERONAVESTA Aeronutica 073
Indstria de aeronaves 382
Por funo104 AERONAVES CIVIS
105 AERONAVES MILITARES
Por bens transportados
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106 AERONAVES DE CARGATA Carga 323
107 AVIES DE CARGATA Carga 323
108 AERONAVES DE PASSAGEI ROSTA Passageiros 327
109 AVIES DE PASSAGEIROSTA Passageiros 327 Por
caractersticas de peso110 AERONAVES MAIS LEVES QUE O AR
up Aerostatos111 BALES112 DIRIGVEIS
ndice
AERONAVES 103TA Aeronutica Indstria de
aeronaves AERONAVES CIVIS104 AERONAVES DE CARGA 106
TA Carga AERONAVES DE
PASSAGEIROS 106TA Passageiros AERONAVES MAIS LEVES
QUE O AR 110 AERONAVES MAIS PESADAS
QUE O AR 113ta Aviao AERONAVES
MILITARES 105
aeroplanos USE AVIESAVIES DE CARGA 107
TA Carga AVIES DEPASSAGEIROS 109
TA PassageirosBALES 111DIRIGVEIS 112VECULOS 101TA Engenharia de veculos indstrias deveculos Transporte VECULOSAEROESPACIAIS 102
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(Fonte: IBICT. Diretrizes para elaborao de tesauros monolingesBrasilia, 1984)
9.2Apresentao planigrfica
Nesta forma de apresentao os termos so dispostos hierarquicamenteem grficos bidimensionais. Os grficos mais importantes para os tesauros so:
- diagrama em rvore- diagrama em cadeia- grfico com caractersticas de diviso
- diagrama em chave
9.2.1 Diagrama em rvore
Nos diagramas em rvore as caractersticas que do origem ao conjuntode termos subordinados (caracterstica(s) de diviso) so indicadas por umaletra minscula no vrtice do ngulo e devidamente explicitadas parte(Exemplo 4).
9.2.2 Diagrama em cadeia
0 diagrama em cadeia uma forma alternativa de representao dosistema de conceitos. uma combinao do diagrama em rvore quandomuitas caractersticas de diviso esto presentes (exemplo 5)
9.2.3 Grfico com caracterstica de divi so
Nesta forma de representao as caracteristicas de diviso so expli-citadas junto aos termos respectivos (exemplo 6).
9.2.4 Diagrama em chave
Este diagrama destina-se representao dos termos partitivos (e-xemplo7)
9.2.5 combinao de diagramas
Pode ocorrer que um termo contenha subdivises hierrquica e partitiva.0 exemplo 8 mostra como se pode combinar o diagrama em rvore
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com o diagrama em chave.
9.3 Outros elementos da apresentao
ndice permutado: um elemento complementar da apresentaoalfabtica. Muitos termos do Tesauro so constitudos por expresses verbais.
Por vezes, sabe-se que uma determinada palavra faz parte de um termo, masno se sabe exatamente a posio ou a forma - se adjetivo ou substantivo. Ondice permutado uma forma de acesso a todas as palavras contidas nostermos e atua como uma espcie de passagem das palavras para os termos.Sua forma a mesma dos ndices tipo KWIC.
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Exempl o 4: Di agrama emarvore
( a) segundo a f orma de agregao
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Exempl o 5 : Di agrama emcadei a
Caracter st i cas: a: de agregao
b: n de f am l i as r esi dentes
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Exemplo 7: Diagrama em chave
Edificao rodoviria
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Exempl o 8: combi nao de di agramas
7/23/2019 GOMES_Manual de Elaborao de Tesauros Monolingues_1990
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Captulo 10 TESAUROS DE SISTEMAS PR-COORDENADOS
10.1 Tesauros X Catlogos
Os tesauros forarn desenvolvidos para sistemas ps-coordenados, isto ,
para aqueles sistemas que tm uma forma de arquivamento que permitemltiplo acesso aos termos. Esses sistemas podem ser manuais, cujoarquivamento feito em fichas tipo Unitermo, ou com auxlio de computador(arquivo invertido).
Muitos servios de informao e bibliotecas especializadas ainda noconseguiram automatizar seus servios, mantendo, ainda, fichrios tradicionais.Para estas situaes o instrumento disponvel o tradicional cabealho deassunto. As instituies que o utilizam, no entanto, se ressentem da falta deespecificidade desse instrumento - desenvolvimento para bibliotecas gerais - edas inconsistncias que ele apresenta. A lista de cabealhos de assunto, comose sabe, no apresenta regras prescritivas, sendo enumerativa.
Outro obstculo ao uso dos cabealhos de assunto que eles se ba-
seiam na linguagem natural. Por serem traduzidos, na maioria das vezes, d