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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAM - CENTRAL Av. Senhora do Carmo nº 90 – Carmo Belo Horizonte – MG CEP 30330-000 – Tel: (31) 3228 7700 DATA: 04/12/2009 Página: 1/25 PARECER ÚNICO nº 397/2009 Protocolo: 705515/2009 Licenciamento Ambiental Nº 07024/2007/001/2009 Deferimento Outorga: 05921/2009 Portaria 03074/2009 DAIA: 04852/2009 Reserva legal: Averbada Referência: Licença Prévia e de Instalação concomitante LP+LI Validade: 4 anos Empreendimento: Bioenergética Morro do Vale Ltda CNPJ: 08.470.789/0001-56 Município: Pompéu/MG Unidade de Conservação: não Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub Bacia: Rio Paraopeba Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe D-02-08-9 Destilação de álcool etílico 3 E-02-02-1 Produção de energia termoelétrica 3 Medidas mitigadoras: X SIM NÃO Medidas compensatórias: X SIM NÃO Condicionantes: Sim Automonitoramento: SIM X NÃO Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Guilherme de Faria Barreto Registro de classe CRBio 0793-4/D Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 220/2009 DATA: 07/07/2009 Equipe Interdisciplinar: MASP: Assinatura Anderson Marques Martinez Lara 1147779-1 Elaine Cristina Amaral Bessa 1170271-9 Joel Raimundo Cortez 1197235-3 Laércio Capanema Marques 1148544-8 Michele Alcici Sarsur Drager 1197267-6 Aprovação Isabel Cristina R. R. C. de Menezes Diretora/ MASP 1043798-6

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PARECER ÚNICO nº 397/2009 Protocolo: 705515/2009 Licenciamento Ambiental Nº 07024/2007/001/2009 Deferimento Outorga: 05921/2009 Portaria 03074/2009 DAIA: 04852/2009 Reserva legal: Averbada Referência: Licença Prévia e de Instalação concomitante LP+LI Validade: 4 anos Empreendimento: Bioenergética Morro do Vale Ltda CNPJ: 08.470.789/0001-56 Município: Pompéu/MG

Unidade de Conservação: não Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco Sub Bacia: Rio Paraopeba Atividades objeto do licenciamento:

Código DN 74/04 Descrição Classe D-02-08-9 Destilação de álcool etílico 3 E-02-02-1 Produção de energia termoelétrica 3 Medidas mitigadoras: X SIM NÃO Medidas compensatórias: X SIM NÃO Condicionantes: Sim Automonitoramento: SIM X NÃO Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Guilherme de Faria Barreto

Registro de classe CRBio 0793-4/D

Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 220/2009 DATA: 07/07/2009

Equipe Interdisciplinar: MASP: Assinatura Anderson Marques Martinez Lara 1147779-1 Elaine Cristina Amaral Bessa 1170271-9 Joel Raimundo Cortez 1197235-3 Laércio Capanema Marques 1148544-8 Michele Alcici Sarsur Drager 1197267-6

Aprovação Isabel Cristina R. R. C. de Menezes

Diretora/ MASP 1043798-6

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1. INTRODUÇÃO

O presente parecer único tem por objetivo subsidiar o julgamento do pedido de Licença Prévia e de Instalação concomitantes – LP+LI para a Bioenergética Morro do Vale Ltda., no Município de Pompéu/MG. A análise técnica pautou-se nas informações apresentadas no RCA/PCA, nas observações feitas durante vistoria no local de implantação do empreendimento realizada em 07 de julho de 2009 (Auto de Fiscalização 220/2009) e nas informações complementares solicitadas.

2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL A área pretendida para a implantação do empreendimento situa-se nos domínios do Bioma Cerrado. A cobertura vegetal encontra-se bastante descaracterizada devido às atividades agropecuárias desenvolvidas na região. Conforme consulta ao Zoneamento Ecológico Econômico do Estado de Minas Gerais, o local esta inserido em terras com vulnerabilidade natural predominantemente muito baixa e baixa. O item potencialidade social apresenta-se muito favorável. Em consulta à base geo-referenciada do SIAM, não foram verificadas unidades de conservação conflitantes com o empreendimento, nem mesmo sua área de entorno. O levantamento florístico da área de influencia direta (entorno) apontou a ocorrência de 144 espécies distribuídas em 59 famílias. Destacam-se Myracrodruon urundeuva (aroeira) e Camarea hirsuta incluídas nas listas vermelhas das espécies ameaçadas de extinção no status vulnerável. Na área de entorno, nota-se um fragmento mais preservado de cerrado que compõe parte da reserva legal da propriedade, além da ocorrência de uma vereda em uma das propriedades vizinhas. A Área Diretamente Afetada (ADA) pelo empreendimento corresponde a cerca de nove hectares destinados às instalações industriais. Esta se encontra recoberta por pastagens de braquiária com alguns indivíduos arbóreos isolados. Destaque para a presença de um indivíduo de ipê-amarelo e quatro de pequi, espécies protegidas por lei e que serão preservadas. O diagnóstico faunístico baseou-se no grupo das aves com a confirmação de 39 espécies ocorrentes na área. A metodologia utilizada foi a de observação direta em transectos para obtenção de registros visuais e zoofônicos. A maioria das espécies apresenta hábitos generalistas e ampla distribuição. Destaque para o canário-da-terra (Sicalis flaveola) presente nas listas oficiais de espécies ameaçadas na categoria vulnerável.

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A Bioenergética Morro do Vale Ltda. – BMV é uma empresa formada pela união de um grupo de empresários pompeanos. A unidade industrial será instalada na Fazenda Nossa

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Senhora da Conceição, em lugar conhecido como Morro do Vale no município de Pompéu-MG. A empresa terá como principal atividade a destilação de álcool etílico, além da produção de energia elétrica a partir da queima do bagaço da cana. As atividades da usina consistirão, basicamente, no recebimento da cana-de-açúcar, moagem, fermentação e destilação. Não estão sendo contempladas neste processo as atividades de produção da cana-de-açúcar e transporte de matéria prima e produtos finais. Estas deverão passar por licenciamentos próprios. Foi considerado para efeito de cálculo de produção 7 meses de safra (média) e 5 meses de entressafra. A usina terá capacidade nominal para processar 1.800 ton/dia de cana-de-açúcar e uma produção de 160.000 litros de álcool/dia. A geração de energia elétrica a partir da queima do bagaço da cana, conta com uma potencia instalada de 4,0 MW (2,88MW médios). Para os processos de produção de álcool e geração de energia serão instaladas quatro Moendas 24” x 48” com uma capacidade total de processamento de 1.800 t de cana/dia; duas Colunas de Destilação de álcool com uma produção de 200 m³/dia; e um Gerador de energia elétrica com potência nominal igual a 4,0 MW. O álcool produzido será armazenado em dois tanques com capacidade de 10.000 m³ cada. A área útil do empreendimento é de 10 ha. Esta prevista a contratação de 177 funcionários entre administrativos e produção. O regime de trabalho compreenderá 03 turnos de trabalho por dia com 08 horas por turno durante 07 dias por semana. A planta industrial inclui um sistema de tratamento de água para uso industrial com vazão de 42,41 m³/h, com medição de pH e dosagem de produtos químicos automáticas. Para tratamento dos efluentes sanitários a serem gerados na planta industrial, optou-se pela instalação de uma Estação Compacta de Tratamento de Esgoto Horizontal (ETECH). Este assunto será mais detalhado no item: Impactos Identificados e Medidas Mitigadoras. As atividades da usina irão gerar uma demanda hídrica de 0,055 m³/s, que será atendida através de captação em afluente do córrego Cana Brava, conforme Portaria de Outorga nº 03074/2009. Está prevista a instalação de um posto de abastecimento de combustível para a frota própria, porém não foram apresentados projetos do mesmo. Desta forma a instalação do posto deverá seguir um processo de regularização ambiental próprio, caso realmente venha ser implantado.

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4. PROCESSO PRODUTIVO

As operações e processos industriais do empreendimento constituem-se, basicamente, do recebimento, pesagem, análise da cana-de-açúcar com posterior encaminhamento da cana-de-açúcar para extração do caldo, preparo (peneiramento, aquecimento, calagem, decantação, filtragem do decantado, pré-evaporação do caldo), fermentação e destilação. Após o recebimento, pesagem, análise do teor de açúcar, preparação (picadores e desfibradores) a cana é levada para a moenda para extrair o caldo. Neste ponto é gerado grande quantidade de resíduo (bagaço de cana) que será posteriormente aproveitado na produção de energia elétrica. O caldo então é preparado para a fermentação, esta ação consiste na adição de leite de cal [Ca(OH)2] seguida de clarificação por decantação a quente facilitada pela adição de polímeros floculantes. Em seguida tem inicio o processo químico de produção do álcool. FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL Fermentação alcoólica O caldo clarificado e a água tratada são misturados continuamente em proporções tais que a mistura agora denominada mosto, tenha uma concentração final de sólidos dissolvidos da ordem de 20%. O mosto e uma quantidade calculada de fermento são colocados em tanques metálicos, cilíndricos, verticais, de grande volume, denominados dornas de fermentação. Neste caso, ocorre uma reação química exotérmica que transforma as moléculas de açúcar, em moléculas de álcool e gás carbono liberando energia térmica. Neste processo é liberado CO2 para a atmosfera. A temperatura da dorna é controlada e mantida próxima a 32 °C, por um sistema de bombeamento e trocadores de calor indireto que utiliza água como fonte fria. A mistura, ao final do processo, passa se chamar vinho fermentado e é formado por água, álcool, fermento e uma pequena quantidade de outros elementos. Centrifugação A centrifugação é o processo utilizado na separação de misturas líquido-líquido heterogêneas, neste caso do vinho fermentado. Os produtos da centrifugação são o vinho que contém o álcool e o fermento (também chamado de levedo) que é reutilizado na produção após tratamento especial (água limpa, acido sulfúrico e bactericida). Destilação alcoólica

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A destilação é o processo de separação de misturas líquido-líquido homogêneas, neste caso o vinho. O equipamento usado na destilação alcoólica é formado basicamente por três colunas de destilação divididas em bandeijas, conhecidas como colunas A, B e C. A mistura líquida perde concentração bandeja a bandeja, até chegar à base da coluna com praticamente zero de álcool, formando um resíduo denominado de vinhaça ou vinhoto, que será encaminhado para dois tanques de armazenamento e posterior utilização na lavoura como adubo orgânico. Os vapores alcoólicos após processos de condensação e redestilação sucessivos atingem a concentração de 96,4 Condensação alcoólica Através de trocadores de calor do tipo tubo-carcaça que usam água como fonte fria, os vapores de álcool provenientes do topo da coluna B, são liqüefeitos formando o álcool hidratado. Este produto pode seguir dois caminhos distintos: ser resfriado à 30 °C, em resfriadores verticais a água e depositados como álcool hidratado pronto para o uso; ou ir para a coluna C, onde será redestilado na presença do elemento hidroscópico (ciclohexano ou monoetilenoglicol), produzindo álcool anidro. A liquefação e o resfriamento do álcool às temperaturas de estocagem, seja ele hidratado ou anidro, utilizam grandes volumes de água fria. Assim, faz-se necessário a utilização de sistemas de resfriamento de água em circuito fechado denominados torres de resfriamento, que utilizam o ar forçado seco para conseguir o rebaixamento da temperatura. Geração de Vapor A geração de vapor é a principal utilidade na produção de álcool, pois este vapor é o insumo necessário para evaporar e separar o álcool nas colunas de destilação, além de movimentar as turbinas à vapor para a obtenção da energia mecânica nas moendas e na geração de energia elétrica. O sistema de geração e distribuição de vapor é constituído basicamente por: caldeira, separador de fuligem, tratamento d’água da caldeira, bombeamento d’água da caldeira, esteiras transportadoras de bagaço e rede de distribuição de vapor. O sistema conta com um queimador ou incinerador denominado de fornalha e por um recuperador de calor formado por um feixe tubular aletado de formato especial que circunda a fornalha denominado de parede d’água que são interligados à dois balões cilíndricos horizontais de aço carbono de grande espessura, onde a água é introduzida e distribuída para a tubulação. O bagaço vindo das moendas, conduzido pelas esteiras transportadoras, é pulverizado na parte superior da fornalha através de sistema pneumático de distribuição de bagaço, a uma temperatura de aproximadamente 1.200 °C, GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

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A indústria contará com um gerador com potencia nominal de 4 MW (2,88 MW médios). A produção será no sistema de co-geração através da queima do bagaço da cana. Esta prática garante que o rendimento energético nas usinas e destilarias alcance valores da ordem de 90%. Com um consumo específico da ordem de 30 kwh por tonelada de cana moída, a energia elétrica é a segunda mais importante utilidade na produção de açúcar e álcool. É responsável por mais de 90% do bombeamento de líquidos, o acionamento de esteiras transportadoras, ventiladores, exaustores, agitadores, pontes rolantes e etc., além das funções básicas de iluminar, aquecer, resfriar, alimentar equipamentos laboratoriais e outras. Estação de tratamento de água A planta industrial terá também um sistema de tratamento de água, com automatização da medição de pH da água e dosagem de produtos químicos, com capacidade adequada ao suprimento de água de reposição para os circuitos fechados. Este tratamento tem a finalidade de proporcionar condições ideais de recirculação nos circuitos fechados, evitando-se incrustações na tubulação e favorecendo suas condições físico-químicas de reaproveitamento. A Estação de Tratamento de Água - ETA será abastecida a partir da água bruta captada de um afluente do Ribeirão Cana Brava, conforme portaria de outorga já publicada. A primeira operação é a floculação, pela adição de produtos floculantes, notadamente sulfato de alumínio e auxiliares filtrantes convencionais. A mistura é feita nos floculadores, que por meio de agitação gentil fazem os flóculos crescerem sem danificá-los. Após a floculação, a água será enviada aos clarificadores, onde ocorre a decantação dos flóculos formados e a descarga periódica do lodo formado no fundo. O lodo será enviado para ser misturado à vinhaça e distribuído nas lavouras. A água clarificada será então enviada para filtros de areia, onde eventuais flóculos que não sedimentaram serão retidos. Os filtros de areia serão lavados por meio de retrolavagem, e a água da retrolavagem terá a mesma destinação do lodo. A água filtrada será enviada para o tanque pulmão para uso na indústria. Parte da mesma poderá ser clorada para produzir água potável. Sistema de tancagem Como sistemas de tancagem, o empreendimento possuirá tanque aéreo de armazenamento de álcool, sendo dois tanques com capacidade de 10.000 m³ cada, além dos tanques para armazenamento de óleo fúsel (capacidade de 20 m³), ácido sulfúrico (capacidade de 20 m³) e tanque para armazenar disersante (capacidade de 1 m³). O empreendimento possuirá bacia de contenção como sistema de controle para eventuais vazamentos nos tanques aéreos de álcool. Estas bacias de contenção serão em talude de

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terra armada (caso dos tanques de armazenamento de álcool – produto) e concreto armado para o caso dos demais tanques. Deverá ser apresentado como condicionante, deste parecer, a Anotação de Responsabilidade Técnica do executor das obras das bacias de contenção e a apresentação dos itens característicos da mesma, comprovando a eficiência no índice de percolação da bacia para a contenção de eventuais vazamentos. As bacias de contenção deverão ser projetadas a partir da norma NBR 820/83 e NBR 7505-1. Informações sobre as substâncias químicas existentes no empreendimento e que estão listadas no Anexo A ou no Anexo B da Norma CETESB P4 e distâncias de segurança Foi-nos apresentado estudo sobre as substâncias químicas existentes no empreendimento e que estão listadas no Anexo. A substância química usada, manuseada e armazenada em grandes quantidades (até 20.000 m³) nas instalações em estudo e cujo vazamento pode, eventualmente, levar à ocorrência de um evento específico não planejado e indesejado, é o Álcool Etílico, substância líquida facilmente inflamável (nível 3). Distância segura e Distância Real Apresenta-se a seguir a tabela de Relação entre as quantidades de Etanol (armazenamento) e a Distância Segura (Ds):

Volume (m3) Distância (m) 10000 74,0

Com a instalação prevista dos tanques de álcool de 10.000 m³, a empresa MEGASETE – Segurança do Trabalho Saúde Ocupacional e Meio Ambiente revisou o Estudo para a Aplicação do Critério para a Classificação de Instalações Industriais quanto à Periculosidade, executado em Julho / 2008, tendo sido destacada a seguinte conclusão: “...a maior Distância Segura (ds), levando-se em conta os volumes de cada um dos tanques de estocagem e dos tanques volumétricos, é de 74,0 m (distância dos tanques com capacidade volumétrica igual a 10.000 m³). O ponto mais próximo para a aplicação do Critério para a Classificação de Instalações Industriais quanto à Periculosidade constitui-se na Rodovia MG 420. Nesse caso, a Distância Real (dp), é de 2.364,0 m”. Como pode ser observado na tabela do item 4.3.1 do RCA, para todos os demais pontos de interesse, a Distância Real (dp) é maior do que a Distância Segura (ds). Foi apresentado o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Deve-se salientar que toda análise contida no estudo elaborado pela empresa, foi feita assumindo que serão construídas bacias de contenção conforme especificado na Norma ABNT NBR 7820. Informações sobre o posto de abastecimento em fase de projeto

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Está prevista a instalação de um posto de abastecimento de combustíveis para frota própria de veículos do empreendimento. Entretanto, ainda não foram definidas pelo empreendedor as características construtivas e capacidade de tancagem (armazenamento) desta unidade. O projeto do posto de abastecimento da frota própria de veículos encontra-se em fase de estudos e negociação com a empresa que irá elaborar o projeto, a qual também incluirá no contrato a formalização do processo de licenciamento ambiental. Assim, será objeto de condicionante deste parecer, caso a empresa opte pela implantação do posto de abastecimento, deverá ser formalizado o seu processo de regularização ambiental junto à SUPRAM CM.

5. RESERVA LEGAL O empreendedor apresentou registro de Imóveis no qual consta a averbação da reserva legal. Durante vistoria técnica foi possível verificar que boa parte da reserva legal apresenta-se em bom estado de conservação, contudo em uma pequena faixa deverá ser promovida a recuperação da área com a execução de enriquecimento da flora. Esta ação será alvo de condicionante no Anexo I deste parecer

6. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – APP A instalação da unidade industrial não terá interferência em áreas de preservação permanente. Contudo a captação de água autorizada conforme Portaria nº 03074/2009 demandará intervenção para travessia da tubulação. No ato da vistoria, foi verificado que a APP no ponto de captação apresenta-se bastante descaracterizada em relação à sua cobertura vegetal original. Pôde ser notada presença de cana-de-açúcar e gramíneas exóticas. Foi solicitado um projeto de recuperação desta APP apresentado no processo 04852/2009. O PTRF – Projeto Técnico de Recuperação da Flora propõe as seguintes ações:

• Eliminação seletiva de espécies competidoras e/ou inibidoras do desenvolvimento florestal (cana-de-açúcar e outras exóticas);

• Isolamento seletivo da área (retirada de gado e eqüinos do local); • Construção de estruturas de contenção de solos (barras de madeira); • Abertura de aceiros (relocação da via interna existente); • Monitoramento e manutenção.

Este projeto prevê um constante acompanhamento da implementação e efetividade das ações descritas. Só serão utilizadas espécies nativas no enriquecimento florístico. A área total que sofrerá intervenção (manejo) é de 21,21 ha sendo que 0,04 ha serão necessários para a passagem da tubulação de água que abastecerá a unidade industrial.

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7. AUTORIZAÇÃO PARA INTERVENÇÃO AMBIENTAL Além da intervenção em área de preservação permanente descrita acima, será necessária a intervenção em 10 ha, fora da APP, para a implantação do pátio industrial. Nesta área ocorre o predomínio de gramíneas exóticas (braquiária e capim meloso) com alguns indivíduos de porte arbóreo dispersos. Para solicitação da autorização para intervenção foi realizado censo florístico. O rendimento lenhosos estimado é de 128,53 m³. A destinação deste material será a comercialização conforme informado no Plano de Utilização Pretendida – PUP. Para comercialização e transporte o empreendedor deverá obter junto ao IEF autorização pertinente (selo). De acordo com a DN COPAM 114 de 2008, que estabelece os procedimentos para autorização da supressão de indivíduos isolados no Estado de Minas Gerais, deverão ser plantados 25 indivíduos para cada exemplar abatido. Na área requerida foram verificados 47 indivíduos que deverão atender à proporção de 25:1, totalizando 1175 indivíduos a serem plantados. Ressalta-se que na área em questão, foram identificados quatro indivíduos de pequizeiros e um de ipê, espécies imunes de corte conforme legislação vigente. Após entendimentos da equipe técnica com o empreendedor, o lay-out da usina foi modificado de forma a preservar estes cinco indivíduos.

8. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL Pelos impactos prognosticados para a fase de instalação e de operação do empreendimento julga-se pertinente a cobrança da compensação ambiental definida pela Lei 9.985 de 2000 (SNUC). As tabelas para efeito de cálculo estão anexas a este parecer.

9. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS A água captada no afluente do córrego Cana Brava será utilizada na lavagem da cana, alimentação da moenda, refrigeração dos mancais, resfriamento dos trocadores de calor, além de alimentar a caldeira com capacidade de gerar 275 t/h de vapor a 67 bar / 515°C. Para o atendimento a toda demanda da planta industrial será necessária a captação de 0,055 m³/s de água bruta, que irá suprir as necessidades de água nova para o processo e compensar as perdas, uma vez que a usina utiliza um circuito fechado de recirculação de água. Esta captação está regularizada junto ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas através da Portaria IGAM N°. 03074/2009 de 24/11/2009.

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10. IMPACTOS IDENTIFICADOS E MEDIDAS MITIGADORAS Fase de Implantação Emissões atmosféricas Na fase de implantação as emissões atmosféricas resumem-se às poeiras produzidas pela movimentação de veículos e máquinas e às emissões dos gases da combustão dos mesmos. Para minimizar este impacto deverá ser adotada a aspersão regular de água nas vias e a construção de um sistema de coleta de águas pluviais, que evitará sua contaminação devido à exposição do solo e promoverá a destinação final adequada dos efluentes pluviais. Efluentes líquidos Sanitários Serão gerados pela equipe de funcionários locados nas obras civis e eletromecânicas de implantação da unidade industrial, a empresa está propondo como medida mitigadora, que sejam utilizados sanitários químicos contratados de empresas especializadas, até a conclusão das obras de construção dos sistemas de tratamento de esgotos sanitários definitivos. Quando da construção dos prédios administrativos e industriais, paralelamente será instalado o projeto dos sistemas de tratamento de esgotos sanitários (ETE), para tratamento destes efluentes. Os efluentes líquidos de origens diversas oriundos basicamente da limpeza de pisos e equipamentos, em pequena quantidade (esporadicamente), terão escoamento superficial até bolsões de água a serem instalados próximos ao parque industrial, ocorrendo sua infiltração natural no solo. Resíduos sólidos Durante a fase de implantação, os resíduos sólidos gerados serão caracterizados por restos de construção civil que deverão ter sua destinação de forma ambientalmente adequada, sendo recolhidos por empresas especializadas e credenciadas. Também haverá a geração de resíduos sólidos de características domiciliares gerados pelos operários da obra, que deverão seguir as mesmas premissas dos resíduos da obra, devendo ser recolhidos por empresas especializadas e credenciadas, responsáveis pelo transporte e destinação correta em aterro licenciado.

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Ruído Ambiental A geração de emissões sonoras durante a fase de implantação assemelha-se àquela decorrente de obras civis de prédios urbanos, resultantes principalmente de máquinas, tratores e equipamentos utilizados em construções. Estes ruídos não provocarão incômodo à população circunvizinha, sendo seu efeito apenas sobre o meio biótico local, uma vez que o empreendimento será instalado em zona rural, cercado por áreas de canavial. Entretanto, essa emissão terá impacto sobre os funcionários do empreendimento, ocasionando em determinados setores, um ambiente de insalubridade sendo obrigatório o uso de EPI’s.. Por estar localizado em área rural, distante de qualquer conglomerado populacional, o impacto da emissão de pressão sonora durante a fase de instalação do empreendimento estará restrito ao canteiro de obras. Flora Os impactos da implantação e operação do empreendimento estão associados à supressão de vegetação para a instalação do pátio industrial. Conforme já mencionado, a área pretendida para a usina é caracterizada predominantemente pela presença de pastagem com alguns indivíduos de porte arbóreo-arustivo dispersos. Desta forma, os impactos podem ser classificados como de baixa magnitude, frente à realidade já observada na área intensamente utilizada em atividades agropastoris no passado. Para mitigação deste impacto é proposto um Programa de Recomposição Florestal e Formação de Corredores Ecológicos que inclui o manejo da APP no ponto de captação de água para abastecimento da planta industrial (cerca de 21 ha) e enriquecimento da vegetação na faixa de reserva legal que se apresenta degradada pela utilização anterior da área. De acordo com a DN 114 de 10 de abril de 2008 que estabelece os procedimentos para autorização da supressão de indivíduos isolados no Estado de Minas Gerais deverão ser plantados 25 indivíduos para cada exemplar abatido, salvo nos casos de espécies protegidas por lei ou ameaçadas de extinção. Fauna Tendo em vista a descaracterização da área e a indicação de espécies faunísticas predominantemente generalistas e de larga distribuição não são esperados impactos relevantes para esta biota. A principal ação negativa direta é a supressão de habitats nos 10 ha destinados à implantação da usina. Indiretamente, a implantação de um empreendimento deste tipo induzirá a expansão de áreas de plantio de cana-de-açúcar na região, podendo levar à abertura de novas frentes de desmate.

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Como mitigação deste impacto, será executado, como já descrito, um programa de recuperação da flora em áreas no entorno do empreendimento, além de um programa de monitoramento da avifauna. Este grupo foi escolhido pela facilidade de observação e grande conhecimento de seu comportamento, proporcionando ser utilizado como um indicador das alterações ao meio ambiente. Foi proposto um programa com duração de um ano e campanhas trimestrais (quatro campanhas). Fase de Operação Efluentes líquidos Sanitários Para tratamento dos efluentes sanitários a serem gerados na planta industrial, optou-se pela instalação de uma Estação Compacta de Tratamento de Esgoto Horizontal (ETECH) projetada e a ser construída pela empresa TECNIPLAS, que tratará o esgoto no local onde ele é produzido. Considerando a previsão de funcionários estimado em 177 pessoas e a tabela apresentada na norma ABNT – NBR 7229/1993, onde consta que, para fábricas em geral a estimativa de geração de esgoto sanitário é de 70 litros/pessoa/dia, tem-se:

• �Número de funcionários........................................................ 177 • Taxa de geração................................................................... 70 litros/pessoa/dia • Geração de esgotos na empresa.......................................... 12,40 l/dia

Considerando que o sistema proposto é modular, podendo ser aumentado à medida que a empresa aumenta seu quadro de funcionários, será implantada uma estação de tratamento com capacidade para 35,0 m³/dia, suficiente para atender à vazão de esgotos gerados por até 500 funcionários. Esta Estação de Tratamento de Efluentes Sanitários – ETE será construída com um conjunto único, com as seguintes características: Diâmetro......................................... ..........2.500 Comprimento total....................................9.700 mm Tampo.......................................................Abaulado Material de fabricação...............................PRFV Será composta pelos seguintes equipamentos:

• �Gradeamento, Caixa de Areia, Medidor de Vazão tipo calha Parshall; • Sistema de bombeamento da elevatória de esgoto; • Reator anaeróbio de fluxo ascendente; • Reator aeróbio de fluxo ascendente; • Câmara de sedimentação; • Tanque de desinfecção química por cloro; • Tanque de acúmulo de lodo;

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• Casa de Química e Controle, dotada de 1 tanque dosador de cloro e quadro elétrico de controle dos equipamentos eletromecânicos.

Efluentes líquidos Industriais Serão gerados os seguintes efluentes de origem industrial: Efluente de origem do lavador de gases da caldeira, efluente da recirculação de águas de lavagem da cana-de-açúcar, efluentes de refrigeração, efluente de descarte de águas da lavagem de pisos e equipamentos e o efluente de processo industrial composto por vinhoto ou vinhaça que será encaminhado para o sistema de fertirrigação. O efluente de origem do lavador de gases da caldeira do setor industrial (moenda) e efluente da recirculação de águas de lavagem da cana-de-açúcar serão encaminhados à uma Estação de tratamento das águas de lavagem, tendo em vista que estas águas possuirão grande quantidade de sólidos carreados no processo, em circuito fechado de recirculação. Esta estação de tratamento visará somente à retirada dos sólidos grosseiros em suspensão e proporcionará condições ao efluente líquido para seu reaproveitamento. Neste sentido a água passará por uma peneira rotativa, onde as cinzas e os particulados carreados serão retidos e distribuídos posteriormente na lavoura e a água retornará ao lavador de gases. O efluente da refrigeração será encaminhado, em circuito fechado, para as torres de refrigeração com a finalidade de diminuir a temperatura das águas industriais utilizadas para resfriamento dos processos industriais e equipamentos através da troca de calor. Estas águas serão conduzidas através de dutos por meio de bombeamentos até as torres, retornando em seguida ao processo. O efluente de descarte de águas da lavagem de pisos e equipamentos, contendo resquícios de óleo e graxas carreados nas águas de lavagem, será encaminhado a um sistema de tratamento composto por caixa retentora de óleo e graxa, antes da sua destinação final. Esta caixa separadora de água e óleo será fornecida pela empresa ZEPPINI que deverá atender ao padrão de lançamento definido em Legislação em vigor. O efluente do processo industrial composto por vinhoto ou vinhaça e mistura de vinhaça e águas residuárias serão encaminhadas para dois tanques reservatórios com capacidades para 2.450 m³ e dimensões de 35,0 x 35,0 x 2,0 m. Estes tanques serão impermeabilizados internamente com manta de PEAD de 2 mm, com dreno testemunha e cerca de proteção. Posteriormente este efluente é encaminhado para ser aplicado na lavoura através do sistema de fertirrigação. Para lançamento do efluente industrial composto por vinhoto ou vinhaça diretamente no solo através do sistema de fertirrigação, bem como as condições de armazenamento do efluente, deverá ser observado o disposto pela Deliberação Normativa COPAM nº 12, de 16 de dezembro de 1986. Deverá ser apresentado, como condicionante deste parecer, quais serão as propriedades rurais próprias e tercerizadas onde haverá o cultivo de cana-de-açúcar que serão as

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destinadoras dos efluentes industrial composto por vinhoto ou vinhaça, cujo licenciamento perante ao órgão ambiental competente, deverá ser regularizado. Ressalta-se, ainda, que estas estruturas deverão ser cadastradas junto à FEAM tão logo as mesmas sejam concluídas, de forma a cumprir as disposições contidas nas Deliberações Normativas DN 62/02 e 87/05, referentes à auditoria das barragens, antes do início da operação das mesmas. Deste modo estamos solicitando em condicionante, deste parecer, o respectivo cadastramento das barragens. Efluentes líquidos Pluviais O projeto de drenagem pluvial da área industrial da Usina será elaborado como sistemas de drenagem urbanas de bacias com área total não superior a 50 ha. Terá apenas a função de coletar as águas provenientes da chuva. Será composto por canaletas que direcionaram as águas para dois tanques de contenção que terá a função de dissipar a energia e reter um possível material particulado arrastado. A água retida será absorvida pelo terreno por infiltração e/ou poderá ser reaproveitada caso necessário para irrigação agrícola. Estas bacias serão providas de extravasores para que o excedente pluvial possa ser lançado adequadamente nas curvas de nível da área agrícola. Resíduos sólidos Durante a operação do empreendimento serão gerados os seguintes resíduos: a) Cinzas de caldeira, impurezas e bagaço incombusto Estes resíduos são provenientes do processo de decantação das águas de lavagem das cinzas da caldeira (lavador de gases e grelha basculante), retirados durante a limpeza das células de sedimentação, estando classificado conforme ABNT 10.004 como sendo Classe II.a - resíduo não inerte. De acordo com os dados obtidos no balanço de massa e, considerando uma taxa de geração de 15% em relação ao consumo de bagaço nas caldeiras, em média 20,7 t./hora, estima-se que serão gerados cerca de 74,52 t./dia deste resíduo. b) Torta de filtro A torta de filtro é caracterizada por impurezas presentes no caldo da cana-de-açúcar, extraídas através de um processo de filtragem por meio de um sistema a vácuo (filtro rotativo) no setor de tratamento do caldo, estando classificado conforme ABNT 10.004 como sendo Classe II.a - Resíduo não inerte. De acordo com os dados obtidos no balanço de massa, estima-se que serão gerados cerca de 55,2 t./dia de torta.

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c) Resíduos sólidos de características domiciliares Os resíduos sólidos comuns são aqueles gerados na atividade industrial, porém com características de resíduo domiciliar. Estes resíduos originam-se das atividades de limpeza, varrição, restos de alimentos e papéis descartados dos escritórios. Estima-se uma geração entorno de 88,50 kg/dia d) Bagaço de cana-de-açúcar Subproduto gerado no processo de extração do caldo da cana-de-açúcar. É utilizado como combustível na caldeira para geração de calor e conseqüente produção de vapor. Considerando a variação de fibra das variedades de cana-de-açúcar, estima-se uma geração média de 271,20 kg de bagaço para cada tonelada de matéria-prima processada. Assim, espera-se a seguinte geração de bagaço: - Moagem...................................................................... 1.800 t.cana/dia - Taxa de geração (média)............................................ 271,2 kg.bagaço/t.cana - Geração de bagaço.................................................... 488,16 t.bagaço/dia e) Material terroso (sedimentação) Estes resíduos são provenientes do processo de decantação das águas residuárias descartadas de todo o processo industrial, retirados durante a limpeza das células de sedimentação, estando classificado conforme ABNT 10.004 como sendo Classe II.a - Resíduo não inerte. De acordo com os dados obtidos no balanço de massa e, considerando uma taxa de geração da ordem de 20 kg/t. cana processada, estima-se que serão gerados cerca 36 t./dia deste resíduo. f) Embalagens de produtos químicos Este resíduo é caracterizado pelas embalagens dos insumos e produtos químicos empregados nas atividades industriais da empresa, estando este resíduo classificado conforme ABNT 10.004 como sendo Classe I - Resíduo Perigoso, pois podem ser inflamáveis, corrosivos ou tóxicos. Estima-se uma geração de aproximadamente 1,0 t deste resíduo a cada safra. Entretanto, esta geração apresenta-se variável de acordo com as características das embalagens, quantidade adquirida, forma de acondicionamento (papel, papelão, sacos plásticos, big-bags, a granel, etc).

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g) Óleos lubrificantes usados Caracteriza-se pelos óleos empregados nos veículos automotores, turbinas e demais equipamentos industriais, descartados quando impróprios para a utilização. Por se tratar de insumo que apresenta características diferenciadas de acordo com a marca e o tipo de óleo utilizado, sua geração apresenta-se indefinida, uma vez que possui grande variação do período de utilização no equipamento. h) Sucata industrial Resíduo formado por sucata metálica, restos de equipamentos, peças defeituosas ou danificadas, substituídas no processo industrial. Incluem-se ainda pneus e borrachas e peças de veículos agrícolas (caminhões, tratores, etc). Ruído ambiental De acordo com as características operacionais do empreendimento, pode-se afirmar que os principais equipamentos geradores de pressão sonora na indústria serão:

• �Pontes rolantes; • Motores elétricos de potência elevada e de alta rotação; • Turbinas a vapor; • Picadores de cana; • Desfibrador; • �Moendas; • Turbo gerador; • �Caldeira; • �Redutores; • �Válvulas de segurança e de controle; • �Compressores de ar

Dentre os equipamentos citados, considera-se o turbo gerador como aquele de maior potencial gerador de pressão sonora. Visando o controle dos níveis de pressão sonora, o empreendedor implementará as seguintes medidas mitigadoras:

1) �Manutenção periódica, em caráter preventivo, realizada no período entressafra e eventuais, em caráter corretivo, sempre que necessário, tendo em vista a manutenção dos equipamentos, de forma a mantê-los sempre bem lubrificados, alinhados e balanceados, reduzindo ao máximo seus coeficientes de atrito, conseqüentemente a emissão de ruídos;

2) �Enclausuramento do grupo gerador de energia, instalado em casa de força construída em alvenaria, o que proporcionará um abafamento do ruído gerado por este equipamento;

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3) �Instalação de cobertura metálica sobre os equipamentos industriais geradores de ruídos, a fim de proporcionar abafamento dos ruídos;

4) �Quanto aos funcionários que trabalham próximos às fontes emissoras de ruídos, estes utilizarão obrigatoriamente protetores auriculares;

Tais medidas deverão ser implementadas durante a instalação e operação do empreendimento, fazendo-se necessária a realização de medição de pressão sonora no decorrer das safras, para que se avalie a eficácia das medidas corretivas adotadas. O empreendimento localiza-se em zona rural, sendo assim será solicitado como condicionante para controle de emissões de ruídos, a implantação de um cinturão verde no entorno do estabelecimento industrial e a sua inclusão na forma de um projeto paisagístico para a área da empresa. Emissões atmosféricas Durante as atividades de deposição (armazenamento), movimentação da pilha e abastecimento das esteiras de retorno de bagaço, ocorre à liberação de poeiras fugitivas, compostas basicamente de finas partículas de bagaço. Tendo em vista que não há quaisquer aglomerados populacionais na circunvizinhança direta do futuro pátio industrial, os principais afetados pela poeira fugitiva oriunda da pilha de bagaço serão os funcionários do pátio industrial, principalmente aqueles que atuam diretamente sobre as atividades de manuseio deste bagaço. Como medida de mitigação deverá ser coberta a pilha do bagaço excedente, durante o período de entressafra, com lona plástica, no intuito de minimizar a ação de ventos e águas pluviais. Durante a operação deverá se verificada a altura do monte de bagaço em relação ao seu ponto de lançamento da esteira transportadora em relação à pilha deste resíduo, de forma a reduzir a quantidade de bagacilho disperso no ar. �Com relação ao meio externo ao pátio industrial, aponta-se como fonte difusa de emissão de poeiras fugitivas, a movimentação de veículos nas estradas vicinais não pavimentadas, principalmente de caminhões e tratores responsáveis pelas atividades de plantio, corte, colheita e transporte de cana-de-açúcar na área agrícola. A poeira fugitiva gerada nestas atividades, assemelha-se àquela já descrita anteriormente, principalmente durante a fase de instalação (particulado em suspensão), devendo, portanto, ser mitigada da mesma forma devido aos riscos iminentes à saúde dos trabalhadores (principalmente dos condutores dos veículos). Caldeira de combustão do bagaço de cana Por se tratar de combustão de carboidratos, as emissões provenientes das caldeiras apresentam como compostos, principalmente, gás carbônico, vapor d’água, monóxido de nitrogênio, monóxido de carbono e material particulado.

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Para a obtenção de eficiência na retenção de particulados dos gases da queima de bagaço, de forma a atender às exigências legais, será instalado um sistema de retenção por via úmida. Este equipamento operará com água a uma pressão aproximada de 1,0 Kg/cm², uniformemente distribuída em um anel instalado no interior do lavador de gases. A água entrará em contato com os gases em contra-corrente, de tal forma, a capturar o material particulado, fazendo com que se reduzam os teores destes nos gases que serão lançados para a atmosfera. A água contendo os sólidos será tratada em tanques de sedimentação, promovendo a remoção do material decantável e retornando o efluente líquido ao processo em circuito fechado. O material sólido final retido será enviado para a lavoura por caminhões basculantes. As emissões atmosféricas liberadas deverão atender ao padrão de lançamento definido pela Resolução CONAMA nº 382/2006, a qual “Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas” em especial aos limites de emissão para poluentes atmosféricos provenientes de processos de geração de calor a partir da combustão externa de bagaço de cana-de-açúcar. O monitoramento da fonte fixa será objeto de condicionante da licença de operação do empreendimento.

11. CONTROLE PROCESSUAL

O processo encontra-se devidamente formalizado, estando a documentação juntada em concordância com DN 074/04 e Resolução CONAMA Nº 237/97.

Os custos da análise foram devidamente quitados, bem como foi realizada a publicação do pedido de licença em jornal de grande circulação.

A Declaração da Prefeitura Municipal foi apresentada informando que o local e o tipo de instalação estão em conformidades com a legislação municipal. A área do empreendimento possui Reserva legal devidamente averbada em Cartório, obedecendo ao limite exigido pela legislação vigente, 20% (vinte por cento) do total da área da propriedade, objeto do licenciamento. Verificou-se que haverá intervenção em área de preservação permanente para erradicação de espécies invasoras para recuperação da área, bem como para a captação superficial em curso d’água. Trata-se, portanto, de intervenção de interesse social e baixo impacto, respectivamente, autorizadas pela Resolução CONAMA nº 369/2006 (art. 2, II, a e art. 11, II). Ressalta-se que não poderá haver a supressão dos pequizeiros, tendo em vista tratar-se de espécie imune de corte, conforme preceitua o Lei 10.883/1992, que declara de

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preservação permanente, de interesse comum e imune de corte, no Estado de Minas Gerais, o pequizeiro.

Conforme análise técnica, a implantação da atividade causará significativo impacto ambiental, sendo, portanto, necessário à aplicação de medida compensatória, conforme estabelece a Lei Federal nº 9.985/2000 (SNUC).

A análise técnica informa tratar-se de um empreendimento classe 3, concluindo pela concessão da licença, com prazo de validade de 04(quatro) anos, com as condicionantes relacionadas no Anexo I.

A licença ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis, devendo tal observação constar do(s) certificado(s) de licenciamento ambiental a ser (em) emitido(s).

Além disso, em caso de descumprimento das condicionantes e/ou qualquer alteração, modificação, ampliação realizada sem comunicar ao órgão licenciador, torna o empreendimento passível de autuação.

12. CONCLUSÃO

Não foram verificados fatores de restrição à implantação do empreendimento. Desta forma sugere-se o deferimento da Licença Prévia e de Instalação concomitantes para a Bioenergética Morro do Vale Ltda. com validade de 04 (quatro) anos. A análise técnica contemplou a autorização para intervenção em 10 ha com supressão de indivíduos isolados gerando rendimento lenhoso de 128,53 m³ de lenha a ser comercializada. Além da autorização para intervenção em área de preservação permanente necessária para captação em curso d’água (Portaria de Outorga nº 03074/2009) e manejo sustentável para recuperação de 21,21 ha na mesma área. Deverão ser observadas as sugestões de condicionantes contidas no Anexo I.

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ANEXO I

Processo COPAM Nº: 07024/2007/001/2009 Classe/Porte: 3 - Pequeno Empreendimento: Bioenergética Morro do Vale Atividade: Destilação de álcool etílico e produção de energia termoelétrica Endereço: Fazenda Morro do Vale Localização: Área rural de Pompéu Município: Pompéu/MG Referência: CONDICIONANTES DA LP+LI VALIDADE: 4 anos ITEM DESCRIÇÃO PRAZO*

1

Apresentar projeto das barragens, exigido na alínea “a” do art. 4º da DN COPAM nº 62, alterada pela DN COPAM nº 87 e realizar o cadastramento das barragens a serem implantadas no empreendimento junto à FEAM

Formalização da LO

2 Apresentar registro fotográfico comprovando a impermeabilização dos reservatórios de vinhaça e/ou vinhoto.

Formalização da LO

3

Apresentar a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, do executor das obras das bacias de contenção. Apresentar também estudos técnicos, comprovando a eficiência da bacia de contenção, em relação ao índice de percolação de eventuais vazamentos. As bacias de contenção deverão ser projetadas a partir da norma NBR 7820/83 e NBR 7505-1.

Formalização da LO

4

Realizar plantio de mudas na proporção de 25:1 para os indivíduos arbóreos isolados a serem suprimidos, em conformidade com o exposto no art. 6 da Deliberação Normativa COPAM 114/2008. Apresentar relatório técnico-fotográfico da execução desta atividade.

Formalização da LO

5 Caso a empresa opte pela implantação do posto de abastecimento, deverá ser providenciada a regularização ambiental do mesmo junto à Supram Cental.

Formalização da LO

6

Apresentar relação das propriedades rurais próprias e terceirizadas, com as quais serão adquiridas as canas-de-açúcar, que receberão os efluentes industriais composto por vinhoto ou vinhaça, cujo licenciamento junto ao órgão ambiental competente, deverá ser regularizado.

Formalização da LO

7 Providenciar a implantação do cinturão verde no entorno do estabelecimento industrial.

Formalização da LO

8 Apresentar declaração do Corpo de Bombeiros relativo à aprovação do projeto de prevenção e combate a incêndios do empreendimento

Formalização da LO

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9 Incluir como área alvo do PTRF a porção degradada da Reserva Legal e apresentar relatório fotográfico comprovando as ações deste plano.

Formalização da LO

10 Apresentar proposta de cumprimento do artigo 36 da lei 9.985/00 ao Núcleo de Compensação Ambiental do IEF 90 dias

11

Protocolar na SUPRAM CM o documento de solicitação à GECAM – IEF para análise de cumprimento da Compensação por intervenção em APP prevista na Resolução CONAMA Nº 369/2006 e celebração do respectivo termo de compromisso

90 dias

(*) Contado a partir da data de concessão da licença.

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Tabela de cálculo da Compensação Ambiental

Relevância Marcar com X Valoração

Interferência em áreas de ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou em áreas de e reprodução, de pousio e de rotas migratórias

X

0,0750

Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) X 0,0100

ecossistemas protegidos (Lei 14.309)

X 0,0500 Interferência /supressão de vegetação, acarretando

fragmentação

outros biomas X 0,0450

Interferência em cavernas, abrigos ou fenômenos cársticos e sítios paleontológicos 0,0250

Interferência em UCs de proteção integral, seu entorno (10km) ou zona de amortecimento

0,1000

Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme "Biodiversidade em Minas Gerais - Um Atlas para sua Conservação"

Importância Biológica Especial

0,0500

Importância Biológica Extrema

0,0450

Importância Biológica Muito Alta

0,0400

Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme "Biodiversidade em Minas Gerais - Um Atlas para sua Conservação"

(obs.:nesta ocorrência pode haver cumulação de importâncias. Se sim, marcar todas)

Importância Biológica Alta

0,0350

Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar

X 0,0250

Rebaixamento ou soerguimento de aqüíferos ou águas superficiais 0,0250

Transformação ambiente lótico em lêntico 0,0450

Interferência em paisagens notáveis 0,0300

Emissão de gases que contribuem efeito estufa X 0,0250

Aumento da erodibilidade do solo 0,0300

Emissão de sons e ruídos residuais X 0,0100

Somatório Relevância

Duração Marcar com X Valoração (%)

Imediata - 0 a 5 anos 0,0500

Curta - > 5 a 10 anos 0,0650

Média - >10 a 20 anos 0,0850

Longa - >20 anos X 0,1000

Localização Marcar com X Valoração (%)

Área de Interferência Direta (1) X 0,03

Área de Interferência Indireta (2) 0,05

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ANEXO III

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO Tipo de Requerimento de Intervenção

Ambiental Número do Processo Data da Formalização

Unidade do SISEMA Responsável processo

1.1 Integrado a processo de Licenciamento Ambiental 07024/2007/001/2009 21/05/2009 SUPRAM CM

1.2 Integrado a processo de APEF 04852/2009 29/09/2009 SUPRAM CM 1.3 Não integrado a processo de Lic. Ambiental ou AAF

2. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA INTERVENÇÃO AMBIENTAL 2.1 Nome: Bioenergética Morro do Vale Ltda. 2.2 CPF/CNPJ: 08.470.789/0001-56 2.3 Endereço: Fazenda Nossa Senhora da Conceição 2.4 Bairro: Zona Rural 2.5 Município: Pompéu 2.6 UF: MG 2.7 CEP: 35.640-000 2.8 Telefone(s): (37)3523-2159 2.9 e-mail: [email protected]

3. IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL 3.1 Nome: Bioenergética Morro do Vale Ltda. 3.2 CPF/CNPJ: 08.470.789/0001-56 3.3 Endereço: Fazenda Morro do Vale 3.4 Bairro: Zona Rural 3.5 Município: Pompéu 3.6 UF: MG 3.7 CEP: 35.640-000 3.8 Telefone(s): (37)3523-2159 3.9 e-mail: [email protected]

4. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL 4.1 Denominação: Fazenda Nossa Senhora da Conceição 4.2 Área total (ha): 456,00 4.3 Município/Distrito: Pompéu 4.4 INCRA (CCIR): 4.5 Matrícula no Cartório Registro de Imóveis:10.401 Folha: 70 Comarca: Pompéu 4.6 Nº. registro da Posse no Cartório de Notas: 10.402 Livro: 2BM Folha: 71 Comarca: Pompéu

X(6): 515502 Datum: SAD 69 4.7 Coordenada Plana (UTM)

Y(7): 7882278 Fuso: 23 5. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DO IMÓVEL

5.1 Bacia hidrográfica: Rio São Francisco / 5.2. Sub-bacia ou microbacia hidrográfica: Rio Paraopeba. 5.3 Bioma/ Transição entre biomas onde está inserido o imóvel Área (ha)

5.8.1 Caatinga 5.8.2 Cerrado 456,00 5.8.3 Mata Atlântica 5.8.4 Ecótono (especificar): Cerrado e Mata Atlântica

5.8.5 Total 456,00

5.5 Regularização da Reserva Legal – RL

5.5.1 Área de RL (ha): 2,30ha e 98,50ha 5.10.1.2 Data da averbação: 16/11/2007 e 02/05/2007

5.5.2.3 Total 100,80ha 5.5.3. Matrícula no Cartório Registro de Imóveis: 10.401 e 10.402 Folha: 70 e 71 Comarca: Pompéu 5.5.4. Bacia Hidrográfica: São Francisco 5.5.5 Sub-bacia ou Microbacia: Rio Paraopeba 5.5.6 Bioma: Cerrado 5.5.7 Fisionomia: Cerrado

6. INTERVENÇÃO AMBIENTAL REQUERIDA E PASSÍVEL DE APROVAÇÃO Quantidade

6.1 Tipo de Intervenção Requerida Passível de

Aprovação unid

6.1.1 Supressão da cobertura vegetal nativa com destoca ha

6.1.2 Supressão da cobertura vegetal nativa sem destoca ha

6.1.3 Intervenção em APP com supressão de vegetação nativa ha

6.1.4 Intervenção em APP sem supressão de vegetação nativa ha

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

SUPRAM - CENTRAL

Av. Senhora do Carmo nº 90 – Carmo Belo Horizonte – MG

CEP 30330-000 – Tel: (31) 3228 7700

DATA: 04/12/2009 Página: 24/25

6.1.5 Destoca em área de vegetação nativa ha

6.1.6 Limpeza de área, com aproveitamento econômico do material lenhoso.

ha

6.1.7 Corte árvores isoladas em meio rural (especificado no item 12) 10,00 10,00 un

6.1.8 Coleta/Extração de plantas (especificado no item 12) un

6.1.9 Coleta/Extração produtos da flora nativa (especificado no item 12) kg

6.1.10 Manejo Sustentável de Vegetação Nativa 21,21 21,21 ha

6.1.11 Regularização de Ocupação Antrópica Consolidada em APP ha

7. COBERTURA VEGETAL NATIVA DA ÁREA PASSÍVEL DE APROVAÇÃO

7.1 Bioma/Transição entre biomas Área (ha)

7.1.1 Caatinga 7.1.2 Cerrado 31,21 7.1.3 Mata Atlântica 7.1.4 Ecótono (especificar)

7.1.5 Total

8. PLANO DE UTILIZAÇÃO PRETENDIDA 8.1 Uso proposto Especificação Área (ha) 8.1.1 Agricultura 8.1.2 Pecuária 8.1.3 Silvicultura Eucalipto 8.1.4 Silvicultura Pinus 8.1.5 Silvicultura Outros 8.1.6 Mineração 8.1.7 Assentamento 8.1.8 Infra-estrutura Implantação do pátio industrial 10,00 8.1.9 Manejo Sustentável da Vegetação Nativa

Recuperação de APP com retirada de invasoras 21,21

8.1.10 Outro 9. DO PRODUTO OU SUBPRODUTO FLORESTAL/VEGETAL PASSÍVEL DE APROVAÇÃO

9.1 Produto/Subproduto Especificação Qtde Unidade 9.1.1 Lenha Comercialização. 128 m3

9.1.2 Carvão 9.1.3 Torete 9.1.4 Madeira em tora 9.1.5 Dormentes/ Achas/Mourões/Postes 9.1.6 Flores/ Folhas/ Frutos/ Cascas/Raízes 9.1.7 Outros

10. PARECER TÉCNICO, MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS FLORESTAIS. Consta no Parecer Único Nº. 397/2009 de 04 de dezembro de 2009.

11. RESPONSÁVEIS PELO PARECER TÉCNICO

Michele Alcici Sarsur Drager MASP: 1.197.267-6

Anderson Marques Martinez Lara

MASP: 1.147.779-1

Elaine Cristina Amaral Bessa MASP: 1.170.271-9

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DATA: 04/12/2009 Página: 25/25