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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS GOVERNADOR DO ESTADO Antonio Augusto Junho Anastasia VICE-GOVERNADOR DO ESTADO Alberto Pinto Coelho SECRETÁRIOS DE ESTADO DO GOVERNO DE MINAS Renata Maria Paes de Vilhena – Secretária de Estado de Planejamento e Gestão COORDENADORA EXECUTIVA DO PROJETO Adriane Ricieri Brito – Subsecretária de Gestão da Estratégia Governamental COORDENADORA TÉCNICA DO PROJETO Milla Fernandes Ribeiro Tangari – Gestora do Núcleo Central de Inovação e Modernização Institucional INSTITUTO QUALIDADE MINAS –IQM DIRETOR EXCECUTIVO Caio Márcio Becker Soares ELABORAÇÃO TÉCNICA DA CARTILHA: Caio Márcio Becker Soares – Diretor Executivo Gabriella Roberta Magalhães Alvarez – Coordenadora de Capacitação Ronaldo Ricardo Fernandes – Consultor de Conteúdo REVISÃO TÉCNICA E DIAGRAMAÇÃO DO CONTEÚDO Kamila Araújo Rola Fontes Moreira COMITÊ TÉCNICO DO PROJETO Janaína Ribeiro Araújo Isabela de Lima Rocha Kamila Araújo Rola Fontes Moreira

Belo Horizonte Abril/2013

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Sumário 1. Introdução ........................................................................................................................................ 4

2. Motivação ......................................................................................................................................... 7

3. Objetivos .......................................................................................................................................... 8

4. Resultados Esperados ...................................................................................................................... 9

5. Metodologia ................................................................................................................................... 10

6. Conceitos Relevantes ..................................................................................................................... 11

7. Modelo Referencial de Gestão ....................................................................................................... 21

8. Prêmio Mineiro de Excelência na Gestão Pública Municipal ......................................................... 29

9. Referencial Teórico ........................................................................................................................ 33

APÊNDICE ............................................................................................................................................... 34

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1. Introdução

Estimulando a implantação de boas práticas de gestão nos municípios mineiros, o Governo do Estado

de Minas Gerais, por meio do Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão para Resultados

Municipais, visa fortalecer a gestão pública e agregar valor às ações municipais de atendimento às

demandas da sociedade.

Por meio de ferramentas de apoio do Programa, capacitações programadas em plataforma de Ensino

a Distância (EaD) possibilitam que gestores e servidores públicos municipais sejam orientados sobre

as melhores práticas de gestão do Estado.

Os temas apresentados nas capacitações retratam as ações implantadas pelo Estado de Minas Gerais

a fim de melhorar a gestão estadual. Diante dessa perspectiva, espera-se levar aos municípios

mineiros a possibilidade de aprimoramento da gestão e melhoria dos resultados alcançados.

Nesse panorama desponta-se o Manual de Excelência para a Gestão Pública Municipal com a

proposta de fornecer parâmetros de excelência em gestão pública municipal, visando à melhoria

contínua das práticas de gestão nas prefeituras e contribuindo com os gestores para a realização de

uma boa administração, com foco em resultados e na melhoria da prestação de serviços ao cidadão.

Tendo como referência o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), da Fundação Nacional da

Qualidade – FNQ (2008), o Manual terá como fundamentação a publicação Critérios Compromisso

com a Excelência – 6ª Edição (FNQ, 2012).

Apropriada às necessidades da gestão municipal, a publicação incluirá fundamentos para a

implantação das práticas de gestão, assim como estará correlacionada às práticas adotadas no

Estado de Minas Gerais.

A publicação apresenta conhecimentos dos quais os gestores poderão, por meio de adaptação à

particularidade de cada município, aperfeiçoar as práticas com o fim de concretizar uma gestão de

excelência.

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Com o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e parceiro do Governo

do Estado, o Instituto Qualidade Minas (IQM) tem o compromisso de, no âmbito do Programa

Mineiro de Empreendedorismo e Gestão para Resultados Municipais, promover o conhecimento

sobre o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) para os gestores e servidores públicos municipais

participantes do Programa e conceber o Manual de Excelência para a Gestão Pública Municipal.

Instituído em 2002 por um grupo de empresas e entidades, o IQM possui a missão de oferecer o

suporte operacional, administrativo e financeiro para viabilizar a realização das diretrizes e metas do

Programa Mineiro da Qualidade e Produtividade (PMQP).

PMQP e o Prêmio Mineiro de Excelência na Gestão Pública Municipal

O PMQP, por sua vez, tem o propósito de melhorar e expandir a qualidade da gestão e aumentar a

competitividade de produtos, bens e serviços produzidos no Estado em prol do desenvolvimento

econômico e social.

Sua finalidade também é disseminar, implantar e premiar no Estado, modelos de excelência de

gestão que aumentem a competitividade das organizações e a qualidade de vida dos cidadãos.

Nesse cenário, surge o Prêmio Mineiro de Excelência na Gestão Pública Municipal, que terá 2 formas

de premiação.

Prêmio Capacitação, que tem como objetivo premiar os municípios que garantiram a

capacitação de servidores públicos indicados pelo município em todos os módulos do Curso

Ensino à Distância (Ead) do Programa.

Prêmio Implantação, que visa premiar os municípios que conseguirem implantar pelo menos

uma prática de gestão pública do Programa. O objetivo é avaliar a gestão dos municípios

participantes do Programa, sendo que suas práticas de gestão serão submetidas à apreciação

de examinadores, que conduzirão a avaliação por meio de diagnóstico virtual e presencial,

utilizando-se de uma metodologia imparcial.

A candidatura dos municípios aos Prêmios traz a vantagem de se ter uma avaliação externa e

independente, conduzida por examinadores capacitados e designados pela Coordenação do Prêmio.

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Ao final do processo de avaliação o município receberá um relatório que apresentará os pontos

fortes e as oportunidades de melhorias, a partir do qual poderá ser estruturado um consistente

plano de melhoria da gestão.

Além do diagnóstico, com visão sistêmica para o aprimoramento da gestão da Prefeitura, o Prêmio

disponibilizará para a comunidade informações sobre práticas bem sucedidas de gestão e

proporcionará o reconhecimento da comunidade, assim como possibilitará visibilidade estadual ao

município.

Os nomes dos municípios participantes, os comentários e as informações sobre a pontuação obtida

durante o processo de avaliação são considerados sigilosos e, portanto, serão tratados

confidencialmente.

Essas informações estarão disponíveis somente para os atores diretamente envolvidos nos processos

de avaliação dos municípios participantes.

Os membros da Equipe Examinadora serão designados segundo regras rígidas, para evitar conflitos

de interesse, e não receberão informação quanto ao nome ou à situação das demais candidaturas

para as quais não foram designados.

As informações sobre estratégias bem sucedidas dos municípios premiados e de outros participantes

somente poderão ser divulgadas com autorização por escrito das mesmas.

Em parceria com o Estado de Minas Gerais no Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão

para Resultados Municipais, o IQM espera contribuir para o desenvolvimento de Minas Gerais,

motivando os servidores públicos municipais na busca da excelência na gestão pública municipal.

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2. Motivação

As partes interessadas na gestão pública exigem cada vez mais respostas rápidas as suas

necessidades e demandas. Servidores públicos, contratados, agentes políticos, fornecedores,

cidadãos e o público em geral possuem hoje expectativas diferentes daquelas que apresentavam

tempos atrás.

Dessa forma, refletir e ponderar a importância da gestão pública como instrumento valioso para o

desenvolvimento municipal se faz cada vez mais necessário.

Para que isso ocorra, no entanto, é preciso capacitar os servidores públicos municipais para atender

as necessidades e expectativas de todas as partes interessadas no município.

Os desafios encontrados na gestão pública municipal são complexos, diversos e intensos, quer sejam

eles de caráter econômico, social ou político. Diante dessas frequentes ocorrências, a gestão se torna

um processo indispensável para a resolução dos problemas e dissolução das dificuldades

encontradas nos municípios mineiros.

O gerenciamento eficaz e eficiente, ou seja, aquele que alcança resultados esperados com economia

de recursos e/ou tempo, possibilita o desenvolvimento do município de forma a assegurar também o

bem estar da sociedade.

Conforme apresentado, o Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão para Resultados

Municipais assim como o Manual de Excelência para a Gestão Pública Municipal esperam contribuir

para o progresso da gestão pública municipal por meio do apoio na implantação de boas práticas de

gerenciamento.

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3. Objetivos

A presente Cartilha “Manual de Introdução ao Modelo de Excelência na Gestão Pública Municipal”

destina-se a apresentar os conceitos relevantes de gestão organizacional para o correto

entendimento do modelo de gestão associado ao Manual do Modelo de Excelência na Gestão Pública

Municipal.

Outro objetivo é incentivar os municípios participantes do Programa Mineiro de Empreendedorismo

e Gestão para Resultados Municipais a capacitar seus servidores públicos no curso de Ensino à

Distância (Ead) do Programa, e a implantar as práticas de gestão pública no município, por meio do

Prêmio Mineiro de Excelência na Gestão Pública Municipal: Prêmio Capacitação e Prêmio

Implantação.

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4. Resultados Esperados

Espera-se que esse Manual de Introdução ao Modelo de Excelência na Gestão Pública Municipal

promova a compreensão da abrangência e importância de um gerenciamento integrado e, por sua

vez, sistêmico.

Essa Cartilha tem a pretensão de ser uma preparação, ou seja, uma abordagem preliminar na qual se

expõe primeiramente a fundamentação do Manual e os processos nele contidos.

Considera-se também que o Prêmio Mineiro de Excelência na Gestão Pública Municipal: capacitação

e implantação, seja entendido como um instrumento motivador e de reconhecimento ao empenho,

dedicação e comprometimento na implantação das práticas de gestão pública, originando assim um

ciclo virtuoso de aprendizado e consequente melhoria da gestão pública dos municípios do Estado de

Minas Gerais.

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5. Metodologia

O Manual de Introdução ao Modelo de Excelência na Gestão Pública Municipal foi elaborado para

apresentar conceitos fundamentais à gestão pública, destacando sua importância para a excelência

na prestação dos serviços públicos municipais.

A fim de assegurar o conhecimento e o entendimento dos fundamentos e práticas de gestão

contidos no Manual, será apresentado o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), produzido pela

Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) e principal referência na concepção do Manual.

Conhecer o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) e sua estrutura facilitará a compreensão do

Manual do Modelo de Excelência na Gestão Pública Municipal.

É primordial que os gestores, servidores e seus colaboradores sejam orientados para a

implementação das práticas de gestão pública contidas no Manual. Dessa forma, conceitos como

Práticas de Gestão, Padrões de Trabalho, Controle e Aprendizado servirão como orientação para a

condução da capacitação.

A técnica gerencial do Ciclo PDCA de Controle, base do sistema de gestão associado ao Manual, será

explorada e sugerida como método para conduzir a implantação das práticas de gestão pública.

Outra forma apresentada para apoiar a implantação das práticas de gestão incluídas no Manual é a

estruturação de Planos de Ação para cada uma das práticas, ou seja, definir antecipadamente um

conjunto de ações para alcance dos resultados esperados.

O reconhecimento público no Prêmio Mineiro de Excelência na Gestão Pública Municipal servirá

como estímulo para provocar nos servidores públicos municipais o desejo de ter seu empenho,

dedicação e comprometimento reconhecidos em todo o Estado de Minas Gerais.

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6. Conceitos Relevantes

A apresentação de conceitos relevantes à gestão organizacional é fundamental para o correto

entendimento do modelo de gestão associado ao Manual do Modelo de Excelência na Gestão Pública

Municipal.

Os conceitos a seguir reforçam e acrescem a capacitação do Programa Mineiro de

Empreendedorismo e Gestão para Resultados Municipais, de modo que as práticas de gestão pública

possam ser observadas com maior clareza e facilidade.

Gestão

Do latim gestio, gestão refere-se à ação e ao efeito de gerir ou de administrar.

Gerir consiste em ter capacidade para estar no comando, de ter autoridade, autonomia e

responsabilidade de conduzir e indicar um rumo ou uma direção para uma organização.

Sendo assim, gestão pressupõe um conjunto de atividades coordenadas para dirigir e controlar uma

organização. Nesse contexto, entende-se a prefeitura como uma organização.

Partes Interessadas

Entende-se parte interessada em uma organização qualquer pessoa, física ou jurídica, que tenha

algum interesse na mesma.

Tipicamente uma prefeitura apresenta cidadãos, servidores, políticos, associações, dirigentes,

empresários, governos, fornecedores e a própria comunidade do município como partes interessadas

em seus serviços.

O nome e o número de partes interessadas podem variar em função do porte e perfil da Prefeitura.

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Qualidade

Consiste em qualidade atender as necessidades e expectativas de todas as partes interessadas em

uma determinada organização.

Este conceito está presente na concepção e na missão das organizações, pois essa é a razão de ser de

qualquer instituição, ou seja, os seus processos devem ser gerenciados para atender todas as partes

interessadas.

Processo

São atividades pré-estabelecidas e inter-relacionadas que, executadas em uma sequência

determinada, conduzem a um resultado esperado, transformando recursos ou insumos (entradas)

em bens ou serviços (saídas). Estes bens ou serviços devem assegurar o atendimento das

necessidades e expectativas de todas as partes interessadas.

De forma geral, os processos transformam elementos de entrada em saídas por meio da agregação

de valores aos elementos iniciais.

A figura abaixo ilustra a estrutura de um processo e sua interface com fornecedores e partes

interessadas:

Figura 1 - Exemplificação da estrutura de um processo e sua interface com fornecedores e partes

interessadas.

Fonte: elaborado pelo autor.

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Gestão da Qualidade

Gestão da Qualidade é compreendida como atividades que devem ser coordenadas para dirigir e

controlar uma organização no que diz respeito à qualidade.

Gestão da Organização

A gestão da organização envolve atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização no

que diz respeito à satisfação das necessidades e expectativas de todas as suas partes interessadas.

Nota-se que ao substituir o termo qualidade pelo próprio conceito, o alcance e a magnitude da

expressão ampliam consideravelmente.

Práticas de Gestão

Compreendem as atividades executadas regularmente com a finalidade de gerir uma organização,

em conformidade com os padrões de trabalho estabelecidos. São também denominadas de

processos de gestão, métodos de gestão ou metodologias de gestão. Vale ressaltar que um processo

de gestão pode ser formado por várias práticas de gestão.

Padrão de Trabalho

Padrão de Trabalho é entendido como as regras de funcionamento das práticas de gestão. Pode estar

na forma de diretrizes organizacionais, procedimentos, rotinas de trabalho, normas administrativas,

fluxogramas, quantificação dos níveis que se pretende atingir (resultados) ou qualquer meio que

permita orientar a execução das práticas. Deve conter:

Como fazer (método);

Responsável pela execução (função na organização);

Frequência de execução (quando fazer);

Controle (como assegurar que o padrão seja cumprido); e

Indicadores (para acompanhamento dos resultados).

Deve ser estabelecido também conforme os critérios embasados nas necessidades das partes

interessadas, estratégias, requisitos legais, nível de desempenho de concorrentes, informações

comparativas pertinentes e normas nacionais e internacionais, entre outros.

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Indicadores de Desempenho

Indicadores são elementos de medição que quantificam os dados de entrada (recursos ou insumos),

os processos, as saídas (produtos), o desempenho de fornecedores e a satisfação das partes

interessadas. Esses indicadores, também denominados “indicadores de desempenho”, servem para

acompanhar o desempenho ao longo do tempo. Podem ser classificados de várias formas:

Quanto ao número de medições: simples (uma única medição) ou compostos (mais de uma medição);

Em relação à característica medida: diretos ou indiretos;

Em relação ao nível: estratégicos, gerenciais ou operacionais.

O conjunto de indicadores atrelados aos objetivos e às estratégias da organização que subsidiam a

tomada de decisão é chamado de “painel de controle” ou “painel de bordo”. Ele é monitorado pela

alta administração e é utilizado para a análise crítica global da organização. No caso da escola

pública, poderiam ser utilizados alguns indicadores, como:

Número de professores participando em congressos e seminários;

Número de projetos experimentais implementados no bairro;

Número de estágios profissionalizantes conseguidos para os alunos;

Número de faltas provocadas por doenças;

Rendimento nas provas.

Controle

Compreende os métodos utilizados para verificar se os padrões de trabalho das práticas de gestão

estão sendo cumpridos, estabelecendo prioridades e planejando e implementando, quando

necessário, ações de correção e ou de prevenção.

Ciclo PDCA de Controle

Define-se como um método de gestão de processos que tem como foco a melhoria constante do

processo em questão.

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O PDCA foi idealizado por Walter Andrew Shewhart (1891|1967), físico, engenheiro e estatístico

norte americano – conhecido como o pai do controle estatístico de qualidade – e divulgado por

William Edwards Deming (1900|1993), também estatístico, professor universitário, autor,

palestrante e consultor norte americano, que efetivamente o aplicou.

Inicialmente seu uso voltou-se para estatística e métodos de amostragem. O ciclo de Deming, ou

PDCA, tem por princípio tornar mais claros e ágeis os processos envolvidos na execução da gestão,

por exemplo, na gestão das organizações, dividindo-a em quatro etapas. O PDCA deve ser aplicado a

fim de atingir resultados dentro de um sistema de gestão. Pode ser utilizado em qualquer

organização, de forma a garantir o sucesso nos resultados, independentemente de sua área de

atuação.

O ciclo inicia-se pela fase de planejamento, seguido pela ação, ou conjunto de ações executadas. Na

sequência, parte-se para a verificação do que foi realizado com o objetivo de checar se o que foi feito

está de acordo com o planejado. Essa verificação deve acontecer constantemente ao longo do ciclo.

E para finalizar, caso haja divergência entre o planejado e o executado, aplica-se uma outra ação para

corrigir, eliminar ou minimizar os problemas verificados na execução.

Etapas do método:

P | Plan (Planejamento): estabelecer os objetivos e os processos necessários para gerar resultados de acordo com as necessidades das partes interessadas e com as políticas da organização.

D | Do (Execução): executar as atividades conforme o planejamento.

C | Check (Verificação): monitorar e avaliar periodicamente os resultados e avaliar os processos dos resultados, confrontando-os com o planejado.

A | Act (Ação): agir de acordo com o avaliado e com os relatórios. Eventualmente determinar e confeccionar novos Planos de Ação, de forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas.

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Figura 2 - Ciclo PDCA de Controle

Fonte: elaborado pelo autor.

Aplicação do PDCA

O PDCA apresenta um vasto campo de utilização e muitas vezes

seu emprego está implícito nas ações e nas práticas

desenvolvidas pela organização. Juntamente com as temáticas

apresentadas nas capacitações anteriores do Programa, o PDCA

permite a implementação das práticas de gestão, estando

diretamente vinculado à premissa da melhoria contínua e da

satisfação das necessidades e expectativas das partes

interessadas. Sua dinâmica se revitaliza a cada fechamento, que é

marcado pelo início de uma nova fase: planejar (definição de

metas), fazer (efetivar o planejado), monitorar (acompanhar a

eficácia da ação) e agir (melhorar os resultados), dando, então,

novamente início ao ciclo.

No Item 6 apresenta-se a utilização do Ciclo do PDCA para melhor compreensão do MEG.

Abaixo segue um exemplo ilustrado de utilização do Ciclo PDCA de Controle:

Walter Shewhart, Edwards Deming e Joseph Juran, três norte americanos que na década de 1920 iniciaram o planejamento, a disciplina e a formalização da gestão nas organizações.

Por ter sido desenvolvido nos Estados Unidos, as etapas do PDCA são identificadas por palavras em inglês: plan, do, check e act.

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Quadro 1 - PDCA

Fonte: elaborado pelo autor.

AÇÃO Construir escola de ensino fundamental no Bairro Vila Nova de São Martins.

ETAPA DESCRIÇÃO

P

Definir as metas

Capacidade da escola: 800 alunos em tempo integral;

A construção deverá terminar no mês de novembro de 2014;

A inauguração será no dia 15 de dezembro de 2014;

A Escola irá funcionar no primeiro dia letivo de 2015.

Definir os métodos que

permitirão atingir as metas

Fazer um levantamento das necessidades da região com relação à educação;

Fazer cadastramento escolar da região;

Analisar o perfil dos alunos;

Definir as especificações da construção com base no perfil dos alunos e necessidades da região;

Elaborar edital de licitação para o projeto e construção da escola;

Assegurar orçamento para execução da obra;

Designar uma comissão para acompanhar a obra.

D

Educar e treinar Realizar um workshop com a comissão da obra para apresentar as diretrizes e os

resultados desejados.

Executar a tarefa (coletar dados)

Aprovar o edital;

Realizar (abrir) a licitação conforme definições do edital;

Estabelecer os pontos de controle do projeto executivo;

Monitorar todas as medições e indicadores da obra.

C

Verificar o resultado das

tarefas executadas

Realizar reuniões de análise crítica das medições e da execução da obra;

Analisar o cumprimento das metas;

Analisar os planos de ação da obra.

A Atuar

corretivamente

Identificar metas e ações não cumpridas;

Identificar causas das metas e ações não cumpridas e propor soluções;

Elaborar relatório de acompanhamento de resultados para as metas e ações não cumpridas.

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Plano de Ação

Denomina-se “Plano de Ação” o produto de um planejamento capaz de orientar as diversas ações a

serem implementadas. Serve como referência às decisões, permitindo que seja feito o

acompanhamento do desenvolvimento do projeto. É um documento que apresenta de forma

estruturada todos os procedimentos e recursos que serão mobilizados para a execução daquilo que

foi expresso no escopo do projeto. O Plano de Ação de um projeto especifica as ações, atividades,

tarefas e recursos, logicamente encadeados, tendo em vista maximizar a eficiência na realização dos

objetivos do projeto. Apesar de ser considerada uma ferramenta de caráter gerencial, ela se aplica

perfeitamente à realidade das equipes de aprimoramento no planejamento e na condução de suas

atividades.

Exemplo:

Apesar de ser considerada uma ferramenta gerencial, ela pode auxiliar os servidores públicos

municipais no aprimoramento do planejamento e na condução de suas atividades.

Plano de Ação 5W2H

O Plano de Ação 5W2H é uma das ferramentas mais utilizadas na previsão e no registro de ações

voltadas para o desenvolvimento de projetos de implantação e de melhoria. Isso se deve,

basicamente, a:

Simplicidade de preenchimento;

Necessidade de poucos dados para gestão;

Realização a partir de textos, não requerendo nenhum software especial; e

Facilidade de entendimento dos dados.

Esta ferramenta permite uma visão completa da sua equipe e dos dados necessários para

implementar o projeto. Durante sua execução, o Plano de Ação permite identificar quem é quem, o

que está fazendo e por que está fazendo. Compõe-se de:

Indicadores de resultado: meio para gerenciar o Plano de Ação e verificar se o resultado está sendo atingido. Quantificam e qualificam o resultado;

Ação: tudo o que é necessário fazer para atingir o resultado proposto;

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Prazo: data precisa em que o gerenciamento será feito;

Responsável: pessoa que terá de realizar uma ação fundamental para que essa ação seja cumprida. O responsável pela ação tem nome e sobrenome. Não pode ser o grupo todo;

Recursos: tudo o que é necessário para realizar a ação. Não apenas recursos financeiros, mas também recursos de pessoal, conhecimento, tempo em horas, infraestrutura (sala e material necessário), política, organização ou ação realizada anteriormente.

Todo Plano de Ação precisa ser estruturado para permitir a rápida identificação dos elementos

necessários à implementação do projeto. Estes elementos básicos podem ser descritos pelo que se

convencionou chamar “5W2H”. Porém, outras aplicações podem surgir, dependendo apenas de sua

necessidade e de sua criatividade em usar a ferramenta. Ou seja, é preciso definir. Não há uma regra

básica nem há perguntas prontas. Dependerá de cada projeto, de cada atividade e dos participantes

do grupo.

WHO: Quem executará determinada atividade? Quem depende da execução desta atividade? Esta atividade depende de quem para ser iniciada?

WHAT: O que será feito? Quais são os resultados desta atividade? Quais atividades são dependentes dela? Quais atividades são necessárias para o início dela? Quais são os insumos necessários?

WHY: Por que essa atividade é necessária? Por que essa atividade não pode fundir com outra atividade? Por que A, B e C foram escolhidos para executar esta atividade?

HOW: Como esta atividade será executada? Como acompanhar o desenvolvimento desta atividade? Como A, B e C vão interagir para executar esta atividade?

WHERE: Onde a atividade será executada? Onde serão feitas as reuniões presenciais da equipe?

WHEN: Quando terá início esta atividade? Quando terminará? Quando serão as reuniões presenciais?

HOW MUCH: Quanto custará esta atividade? Quanto tempo está previsto para a atividade?

À semelhança do PDCA, os Planos de Ação “5W2H” foram criados nos Estados Unidos, razão pela

qual suas etapas são também identificadas na língua inglesa.

O Plano de Ação pode ser formatado e apresentado de formas diferentes, contudo orienta-se que

seja estruturado em forma de tabela, pois assim facilita a sua visualização. Aconselha-se também

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usar esta ferramenta em conjunto com o PDCA para garantir a melhoria contínua e a busca por

resultados que ainda não foram alcançados.

Nota

A Cartilha Gestão Pública para Resultados contém um modelo de Plano de Ação que pode ser utilizado para a implantação do Programa no Município.

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7. Modelo Referencial de Gestão

Modelo de Excelência da Gestão® (MEG)

A busca pela excelência em gestão começou na década de 1980, quando as organizações japonesas

começaram a ameaçar o mercado das indústrias americanas com sua alta competitividade, qualidade

e produtividade. O governo dos Estados Unidos decidiu então adotar providências imediatas:

realizou um amplo estudo (o chamado “Relatório Mackinsey”) em empresas consideradas “ilhas de

excelência”, com o objetivo de identificar o que elas possuíam em comum que as tornava diferentes

das demais. Assim, seria possível estabelecer um conjunto de normas para orientar as organizações

americanas e torná-las, novamente, mais competitivas.

E o que foi que esse estudo encontrou? Várias características e valores, ou seja, uma cultura

organizacional praticada por todos os escalões. Esses valores foram considerados como fundamentos

para formar uma cultura de gestão voltada para resultados, uma gestão para tornar as organizações

mais competitivas. Os fundamentos foram desdobrados em requisitos e agrupados por critérios,

dando origem ao Prêmio Nacional da Qualidade Malcolm Baldrige (Malcolm Baldrige National

Quality Award, MBNQA). Foi um sucesso! Vários países seguiram o modelo norte americano com a

mesma estrutura lógica, definindo prêmios nacionais e modelos de referência em gestão, inclusive o

Brasil. Os objetivos de tal prêmio podem ser sintetizados em quatro pontos:

I. Estimular o desenvolvimento cultural, político, científico, tecnológico, econômico e social de um país;

II. Fornecer um modelo de referência para um contínuo aperfeiçoamento das organizações, divulgando as práticas de gestão bem-sucedidas (benchmarking);

III. Reconhecer publicamente a excelência da qualidade da gestão para organizações de Classe Mundial;

IV. Divulgar as práticas de gestão bem sucedidas, com vistas ao benchmarking.

No Brasil, a data histórica que marca o início da “Era da Qualidade” é bem conhecida: 1991, quando

39 organizações, algumas privadas e outras públicas, reuniram-se para criar a Fundação para o

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Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ). Hoje denominada Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) que

tem como objetivo administrar o Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ) e todas as atividades

decorrentes do processo de premiação. A FNQ surgiu para ser uma voz ativa e representativa desse

Prêmio nos fóruns internacionais.

Fundamentos da Excelência

Os Fundamentos da Excelência expressam conceitos reconhecidos internacionalmente e traduzem-se

em processos gerenciais, ou fatores de desempenho, encontrados em organizações de Classe

Mundial – aquelas que buscam, constantemente, aperfeiçoar-se e adaptar-se às mudanças globais.

Esses Fundamentos, em que se baseiam os Critérios de Excelência da FNQ, são:

1. Pensamento sistêmico;

2. Aprendizado organizacional;

3. Cultura de inovação;

4. Liderança e constância de propósitos;

5. Orientação por processos e informações;

6. Visão de futuro;

7. Geração de valor;

8. Valorização das pessoas;

9. Conhecimento sobre o cliente e o mercado;

10. Desenvolvimento de parcerias;

11. Responsabilidade social.

Nota | O APÊNDICE traz a apresentação dos conceitos de cada Fundamento da Excelência.

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Estrutura do Modelo de Excelência da Gestão® (MEG)

O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) baseia-se em onze Fundamentos da Excelência e é

colocado em prática por meio de oito Critérios de Avaliação:

1. Liderança;

2. Estratégias e Planos;

3. Clientes | Cidadãos*;

4. Sociedade | Comunidade*;

5. Informações e Conhecimento;

6. Pessoas | Servidores*;

7. Processos;

8. Resultados.

Figura 3 - Critérios de Avaliação do Modelo de Excelência da Gestão®

* Termos usualmente utilizados pelo setor público municipal. Fonte: elaborado pelo autor.

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No Modelo, os Fundamentos da Excelência são expressos em características tangíveis, mensuráveis,

quantitativa ou qualitativamente, por meio de requisitos presentes em questões formuladas e em

solicitações de informações específicas. Essas, por sua vez, são agrupadas nos oito Critérios acima.

Os objetivos dessa distribuição são: facilitar o entendimento de conteúdos afins considerados no

Modelo, e reproduzir, de forma lógica, a condução de temas essenciais de uma organização. Os

Critérios de Excelência são representados pela Figura 3 mostrada acima, sugerindo uma visão

sistêmica da gestão organizacional.

Correlação dos Critérios de Excelência com as práticas estruturadoras do Programa Mineiro de

Empreendedorismo e Gestão para Resultados Municipais

Os temas tratados nas Cartilhas do Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão para

Resultados Municipais estão correlacionados com os Critérios de Excelência do MEG. A implantação

das práticas de gestão descritas nas Cartilhas com base no MEG permite ao gestor estabelecer uma

abordagem sistêmica da gestão municipal. A implantação deve ser feita com o auxílio de métodos e

de ferramentas de gestão, como: PDCA, Plano de Ação e etc. Vale ressaltar a importância de registrar

as Práticas de Gestão a serem implantadas, por meio de Padrões de Trabalho.

O Quadro 2, a seguir, apresenta as principais correlações dos Critérios de Excelência do MEG com as

Cartilhas do Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão para Resultados Municipais.

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Quadro 2 – Critérios de Excelência

CRITÉRIOS DE EXCELÊNCIA DESCRIÇÃO CORRELAÇÃO

1 | Liderança

Aborda os processos gerenciais relativos à orientação filosófica da organização Prefeitura; ao engajamento, pelas lideranças, das pessoas e das partes interessadas na sua causa; e ao controle de resultados pela Alta Direção da Administração Pública Municipal.

Gestão Pública para Resultados, referente à avaliação dos resultados.

Captação de Recursos Nacionais e Internacionais.

Plano Plurianual Municipal.

2 | Estratégia e Planos

Abordam os processos gerenciais relativos à concepção e à execução das estratégias, inclusive aqueles referentes ao estabelecimento de metas e à definição e acompanhamento dos planos necessários para o êxito das estratégias.

Gestão Pública para Resultados.

PPA Municipal.

3 | Clientes (* Cidadãos)

Aborda os processos gerenciais relativos ao tratamento de informações de clientes e à comunicação com os clientes atuais e potenciais.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

4 | Sociedade (* Comunidade)

Aborda os processos gerenciais relativos ao respeito e ao tratamento das demandas da sociedade e do meio ambiente e ao desenvolvimento social.

Termo de Parceria.

(continua...)

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Fonte: elaborado pelo autor.

CRITÉRIOS DE EXCELÊNCIA DESCRIÇÃO CORRELAÇÃO

5 | Informações e Conhecimento

Aborda os processos gerenciais relativos ao tratamento organizado da demanda por informações na organização e ao compartilhamento e

retenção do conhecimento gerador de diferenciais competitivos. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

6 | Pessoas (* Servidores) Aborda os processos gerenciais relativos à configuração de equipes de alto

desempenho, ao desenvolvimento de competências das pessoas e à manutenção do seu bem-estar.

Gestão Pública para Resultados, referente à vinculação de políticas de remuneração variável.

Plano de Carreiras e Avaliação de Desempenho.

7 | Processos Aborda os processos gerenciais relativos aos processos principais e de

apoio do negócio, tratando separadamente os relativos a fornecedores e os econômico-financeiros.

Compras Governamentais, relativas aos fornecedores.

Gerenciamento de Projetos.

Educação Fiscal, relativa aos processos financeiros.

8 | Resultados Aborda os resultados da organização na forma de séries históricas e

acompanhados de referenciais comparativos pertinentes para avaliar o nível alcançado.

Gestão Pública para Resultados, relativa aos indicadores de desempenho.

PPA Municipal, relativo aos indicadores de desempenho.

Gestão em Saúde, relativa aos indicadores da saúde.

Gestão de Projetos, relativa aos indicadores de desempenho do projeto.

Finanças Públicas Municipais, relativa aos indicadores financeiros.

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Conforme apresentado no Item 6 - Conceitos Relevantes, o método PDCA permite a implementação

do Modelo de Excelência da Gestão®. Ele está diretamente vinculado à premissa da qualidade e da

melhoria contínua.

Por isso, ao analisar uma Prefeitura em função dos Critérios da Excelência e das práticas de gestão do

Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão para Resultados Municipais, é possível perceber

como a Prefeitura aplica o Ciclo do PDCA conforme a correlação apresentada entre os Critérios de

Excelência e o Ciclo do PDCA a seguir:

Planejar (Plan). Dentro da abordagem utilizada pelo Modelo de Excelência da Gestão®, essa etapa

inclui especificar:

os objetivos da Prefeitura;

as práticas a serem utilizadas para a obtenção dos resultados;

a alocação de recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos;

os indicadores a serem acompanhados, a fim de verificar o andamento do que foi planejado.

Esta é a fase mais importante do ciclo, pois essas definições orientarão todos os procedimentos

posteriores. Esta etapa deve ser elaborada de maneira minuciosa. A Etapa P (Plan) está

correlacionada aos critérios: 1 | Liderança; 2 | Estratégia e Planos; 3 | Clientes (Cidadãos) e 4 |

Sociedade (Comunidade).

Fazer (Do). Nessa etapa serão implementadas as estratégias e as ações definidas no planejamento. É

a etapa da eficiência. Essa fase pode ser subdividida em duas etapas: educação e treinamento;

execução em si. Na etapa de educação e de treinamento as pessoas são preparadas para atuar

utilizando as práticas e padrões estabelecidos. Na etapa de execução as atividades são colocadas em

prática. A Etapa D (Do) está correlacionada aos critérios: 6 | Pessoas (Servidores) e 7 | Processos.

Verificar (Check). A terceira etapa do ciclo está relacionada com a verificação das ações executadas e

com a análise crítica dos procedimentos adotados. Essa etapa também é fundamental, pois orientará

a correção das ações, das práticas de gestão ou dos padrões definidos. É o momento de comparar os

resultados obtidos com aqueles que foram estabelecidos no planejamento. Para fazer essa

comparação são utilizados indicadores (itens de controle). Os indicadores são definidos durante o

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planejamento, pois variam conforme as necessidades da organização, seus objetivos e metas. A

Etapa C (Check) está correlacionada ao critério 8 | Resultados.

Agir (Act). Essa etapa está relacionada com os processos de melhorias ou correções dos padrões. As

ações podem se restringir às melhorias focalizadas, relacionadas ao aperfeiçoamento ou correção

dos padrões já estabelecidos durante o planejamento. Podem, no entanto, ser realizadas no âmbito

da Prefeitura de forma mais ampla, alterando diretrizes ou práticas de gestão, ou seja, alterando o

próprio planejamento. A Etapa A (Act) está correlacionada ao critério 5 | Informações e

Conhecimento.

Nota | * Termo usualmente utilizado pelo Administração Pública Municipal

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8. Prêmio Mineiro de Excelência na Gestão Pública Municipal

O Prêmio Mineiro de Excelência na Gestão Pública Municipal é um reconhecimento público realizado

pelo Estado de Minas Gerais e pelo Programa Mineiro da Qualidade e Produtividade (PMQP). Tem

por objetivo premiar os municípios que participaram da capacitação e da implantação das práticas de

gestão do Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão para Resultados Municipais.

Não se trata de promover uma disputa entre municípios, mas sim de realizar uma avaliação imparcial

da capacitação e da implantação da(s) prática(s) de gestão em relação a um questionário de

avaliação.

A análise da(s) prática(s) de gestão das prefeituras será feita por examinadores treinados pelo

Instituto Qualidade Minas (IQM) com base em uma metodologia específica e reconhecida. Os

examinadores serão escolhidos de forma que não exista nenhum conflito com a Prefeitura avaliada,

observando-se rígido Código de Conduta.

A participação no Prêmio Mineiro de Excelência na Gestão Pública Municipal constitui uma

oportunidade ímpar para a Prefeitura verificar a efetividade da capacitação e da implantação da

prática de gestão. Ao final do processo, será possível obter níveis de desempenho mais adequados à

realidade municipal, mediante a implantação das ações de melhorias identificadas.

8.1 Objetivos

Incentivar as prefeituras a estruturar as práticas de gestão com base no Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão para Resultados Municipais;

Avaliar a(s) prática(s) de gestão, com base em uma metodologia imparcial, que utiliza critérios reconhecidos internacionalmente;

Gerar o Relatório de Avaliação, proporcionando um diagnóstico para o aprimoramento da(s) prática(s) de gestão;

Conceder o reconhecimento público às prefeituras municipais cuja(s) prática(s) de gestão esteja(m) em consonância com as Cartilhas do Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão para Resultados Municipais;

Disponibilizar à comunidade informações sobre práticas bem-sucedidas de gestão.

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8.2 Como participar

Participará do Prêmio Mineiro de Excelência na Gestão Pública Municipal, a Prefeitura que fez

adesão ao Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão para Resultados Municipais, concluir a

etapa de capacitação nos módulos de Ensino à Distância (EaD) do Canal Minas Saúde.

8.3 Prêmio Capacitação

Poderão concorrer ao Prêmio de Capacitação os municípios que garantirem a capacitação de

servidores públicos indicados em todos os módulos do Curso Ensino à Distância (Ead) do Programa.

8.4 Prêmio Implantação

Poderão concorrer ao Prêmio de Implantação os municípios que implantarem pelo menos uma

prática de gestão com base no Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão para Resultados

Municipais, considerando os critérios de avaliação definidos pelo IQM.

8.4.1 Processo de avaliação do Prêmio Implantação

Responder ao questionário de avaliação

A Prefeitura deve responder a um Questionário de Avaliação sobre a implantação da(s) prática(s) de

gestão.

Análise do questionário

A Coordenação do Prêmio designará uma equipe de dois examinadores para realizar a análise do

Questionário de Avaliação da Prefeitura.

As Prefeituras receberão a visita da Equipe de Examinadores. Nesta etapa, serão verificadas as

informações contidas no Questionário de Avaliação e esclarecidas as dúvidas surgidas na sua análise.

O planejamento da visita será feito em comum acordo com a Prefeitura. Sua agenda será detalhada

por ocasião das visitas.

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Deliberação sobre as premiadas

A Equipe de Examinadores elaborará o Relatório de Avaliação e a pontuação da prefeitura

participante, com base nos Questionários de Avaliação e nas informações obtidas durante o processo

de avaliação. A partir deste Relatório, serão construídos gráficos e tabelas, que serão encaminhados

à Coordenação do Prêmio, para deliberação dos reconhecimentos e seleção das premiadas.

Divulgação da premiação

Com base na deliberação dos reconhecimentos, a Coordenação do Prêmio informará às Prefeituras o

resultado da premiação.

Cerimônia de premiação

No final do Ciclo de Premiação, será realizada a cerimônia de entrega da premiação. A data será

confirmada oportunamente.

Relatório de Avaliação

O Ciclo de Premiação se encerra com a emissão do Relatório de Avaliação a todas as Prefeituras

candidatas, após a cerimônia de premiação.

Vale reforçar a importância deste relatório como instrumento para a melhoria da(s) prática(s) de

gestão da prefeitura.

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Figura 4 - Processo de Avaliação

Legenda:

Município participante

Coordenação do Prêmio

Examinadores

Fonte: elaborado pelo autor.

Inscrição

Responder questionário

Treinar e designar examinadores

Analisar questionário

Visitar municípios

Elaborar Relatório de Avaliação

Seleção das Premiadas

Cerimônia de Premiação

Envio do Relatório de Avaliação

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9. Referencial Teórico

FNQ. Fundação Nacional da Qualidade. Critérios Compromisso com a Excelência – 6ª Edição. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2012. Disponível em: <http://excelenciasc.org.br/downloads/compromisso>. Acessado em: 06 mar. 2013.

_________. Série Cadernos Rumo à Excelência. Introdução ao Modelo de Excelência da Gestão® (MEG). São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2008. Disponível em: <http://www.mbc.org.br/mbc/uploads/biblioteca/1300823597.7285A.pdf>. Acessado em: 01 mar. 2013.

_________. Conceitos Fundamentais da Excelência da Gestão – 2ª Edição. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2011. Disponível em: <http://www.fnq.org.br/informe-se/publicacoes/fundamentos-da-excelencia-em-gestao>. Acessado em: 10 mar. 2013.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – Seplag. Cartilhas do Programa Mineiro de Empreendedorismo e Gestão para Resultados Municipais, disponibilizadas nas capacitações programadas em plataforma de Ensino a Distância (EaD) e no site Conversando Sobre Gestão da Seplag. Abril, 2013. Disponível em: <http://conversandosobregestao.mg.gov.br/biblioteca/27-programa-mineiro-de-desenvolvimento-da-gestao-municipal-para-resultados/19-cartilhas-programa-mineiro-de-desenvolvimento-da-gestao-municipal-para-resultados>. Acessado em: 22 abr. 2013.

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APÊNDICE

FUNDAMENTOS DA EXCELÊNCIA

Como saber se uma organização está atuando com base nos parâmetros da excelência? Como

verificar a situação de empreendimentos segundo critérios internacionalmente reconhecidos da

excelência?

Para fazer tais análises, que orientarão as ações práticas para ampliar a competitividade de uma

organização, é importante conhecer os fundamentos da excelência. São conceitos que estão por trás

das práticas adotadas pelas líderes de Classe Mundial. Quando aplicados, trazem melhorias na

qualidade, redução de custos e aumento da produtividade para a organização, tornando-a mais

competitiva. Além disso, potencializam a credibilidade da instituição e o reconhecimento público,

aumentando o valor do empreendimento. A organização que adota enfoques de excelência adapta-

se mais facilmente às mudanças e tem mais condições de atingir e manter um desempenho de Classe

Mundial.

Esses enfoques são sintetizados em 11 fundamentos que se apresentam inter-relacionados. Confira,

a seguir, como cada um desses fundamentos é colocado em prática.

Pensamento Sistêmico

Entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma

organização, bem como entre a organização e o ambiente externo.

Isso significa que os setores, pessoas e recursos da organização buscam os mesmos objetivos. A

tomada de decisão, o gerenciamento dos processos e a análise do desempenho da organização

consideram o conjunto dos subsistemas e suas inter-relações. As pessoas da organização entendem

seu papel no todo e as inter-relações existentes, bem como a importância da integração da

organização com o ambiente externo. Assim como está focalizada na estratégia, gerencia e monitora

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o desempenho em função dos resultados, harmonizando o tripé resultados, atendimento e

necessidades de todas as partes interessadas.

Aprendizado organizacional

Busca o alcance de um novo patamar de conhecimento para a organização e sua força de trabalho,

por meio de percepções, reflexão, avaliação e compartilhamento de experiências.

Isso significa que o aprendizado organizacional faz parte da estratégia da instituição e está

internalizado em sua cultura, presente no trabalho diário e em todas as atividades e níveis. Procura

eliminar a causa dos problemas, permite a experimentação e utiliza o erro como instrumento

pedagógico. São disseminadas as melhores práticas, com compartilhamento de informações e

conhecimento, desenvolvendo soluções e colocando melhorias em ação. E as estratégias e o sistema

de gestão são avaliados periodicamente para que possam ser ajustados.

Cultura de inovação

Promoção de um ambiente favorável à criatividade, à experimentação e à implementação de novas

ideias que possam gerar um diferencial competitivo para a organização.

Isso significa que processos e produtos são constantemente atualizados, incorporando ideias

originais para conquista de novos clientes e mercados. As inovações estão presentes em todo o

ambiente, e não somente na área de Pesquisa & Desenvolvimento. As soluções contemplam

diferentes abordagens e podem ser simples ou complexas, sistêmicas ou pontuais, desenvolvidas

com diferentes metodologias (observação direta, análises complexas etc.). A direção mantém um

ambiente propício à criatividade e implanta as novas soluções encontradas.

Liderança e constância de propósito

Os líderes atuam de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora das pessoas, visando ao

desenvolvimento ininterrupto da cultura da excelência, à promoção de relações de qualidade e à

proteção dos interesses das partes envolvidas.

Isso significa que a direção participa de forma ativa e continuada para manter claros os propósitos da

organização; e que dá o exemplo, agindo de forma ética e transparente e colocando em ação o

planejamento, a comunicação e a análise. No exercício da liderança, ela serve como “norte” para

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todos. Apoia a criação de sistemas capazes de engajar as pessoas nas causas da organização. Cria um

ambiente apropriado para autonomia, melhoria, inovação, proatividade e aprendizado

organizacional, conseguindo o comprometimento e o consentimento geral para, então, concretizar a

visão da organização. E estabelece critérios e procedimentos para orientar a tomada de decisão e a

comunicação em todos os níveis da organização.

Orientação por processo e por informações

Compreensão e segmentação do conjunto das atividades e dos processos da organização que

agregam valor para as partes interessadas, sendo que a tomada de decisões e a execução de ações

devem ter como base a medição e a análise do desempenho, levando-se em consideração as

informações disponíveis, além de incluir os riscos identificados.

Isso significa que a organização levanta dados importantes de clientes, mercados, finanças, pessoas,

fornecedores, produtos, processos, comunidade e sociedade em geral para orientar as tomadas de

decisão.Dispõe de sistemas estruturados de informação, adequados ao seu negócio, que permitem

coleta de dados e análise comparativa eficaz, agilizando o processo decisório e a introdução de

melhorias e inovações.E relaciona as decisões do dia a dia com as estratégias mais amplas,

aumentando as possibilidades de êxito dessas ações.

Visão de futuro

Compreensão dos fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente externo no curto

e no longo prazo, visando à sua perenização.

Isso significa que existem um planejamento e um aprendizado estratégico para que as ações sejam

bem sucedidas, com resultados duradouros. O planejamento visa o sucesso no longo prazo e a busca

dos resultados no presente (ganhos de curto prazo) não compromete o futuro. A organização mapeia

as novas tendências de mercado, os novos cenários, as novas necessidades e expectativas dos

clientes, o desenvolvimento tecnológico, os requisitos legais, as mudanças estratégicas dos

concorrentes e as necessidades da sociedade.

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Geração de valor

Alcance de resultados consistentes, assegurando a perenidade da organização pelo aumento de

valores tangíveis e intangíveis, de forma sustentada para todas as partes interessadas.

Isso significa que a organização estabelece e comunica estratégias, metas e Planos de Ação

eficazmente a todas as partes interessadas. Obtém um compromisso de todos com os objetivos da

organização, o que reduz conflitos. Adota instrumentos de gestão e análise do desempenho de

pessoas, equipes e da organização para monitorar o cumprimento das estratégias e o grau de

alinhamento com os objetivos traçados. Verifica a satisfação das partes interessadas e compara os

resultados com as metas estabelecidas e outros referenciais pertinentes.

Valorização das pessoas

Estabelecimento de relações com as pessoas, criando condições para que elas se realizem

profissional e humanamente, maximizando seu desenvolvimento de competências e espaço para

empreender.

Isso significa que são criadas oportunidades para que as pessoas aprendam, desenvolvam suas

potencialidades, cresçam e sejam bem-sucedidas e que as habilidades e competências individuais são

levadas em consideração para formar equipes de alto desempenho. As pessoas possuem autonomia

para alcançar as metas definidas e envolvem-se em todos os aspectos do trabalho. As estratégias, os

planos e as práticas de gestão são identificados e utilizados para promover o desenvolvimento, o

bem-estar e a satisfação da força de trabalho e para atrair e reter talentos humanos.

Conhecimento sobre o cliente e o mercado

Visa à criação de valor de forma sustentada para o cliente e, consequentemente, gera maior

competitividade nos mercados.

Isso significa que a organização busca conhecer as necessidades atuais dos clientes e antecipar as

suas expectativas (ao detectar claramente tais necessidades, ela desenvolve e oferece produtos

diferenciados para satisfazê-las). Monitora o julgamento do cliente sobre a qualidade intrínseca dos

produtos ofertados e desenvolve características e atributos para agregar valor ao que oferece.

Coloca em prática estratégias para intensificar a satisfação do cliente, estimulando sua preferência e

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fidelização à marca, produto ou organização; e diferencia seu produto ou serviço dos outros

existentes no mercado, estando atenta à concorrência e agregando novos atributos ao que oferece.

Desenvolvimento de parcerias

Desenvolvimento de atividades em conjunto com outras organizações, potencializando competências

complementares de cada uma e atuação conjunta, buscando benefícios para as partes envolvidas.

Isso significa que a organização procura desenvolver interação, relacionamento e atividades com

clientes, fornecedores e organizações de cunho social por meio da otimização das suas competências

essenciais. Trabalha em conjunto com os parceiros, apoiando em competências, conhecimento e

recursos comuns; e que o relacionamento é baseado em confiança mútua, respeito e abertura,

facilitando o alcance dos objetivos.

Responsabilidade social

Atuação que se define pela relação ética e transparente da organização com todos os públicos com

os quais de relaciona, estando voltada para o desenvolvimento sustentável da sociedade,

preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e

promovendo a redução de desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização.

Isso significa que a organização tem um comportamento ético nos negócios com todos os seus

públicos e supera os requisitos legais exigidos em sua área de atuação, agindo, portanto, com pro-

atividade. Possui ampla compreensão de seu papel no desenvolvimento da sociedade (ela reconhece

a comunidade e a sociedade como partes interessadas, com necessidades e expectativas que

precisam ser identificadas, compreendidas e atendidas). Respeita a individualidade, o sentimento

coletivo e a liberdade de associação, além de adotar políticas não discriminatórias e de proteção das

minorias. Identifica os impactos decorrentes de suas instalações, processos e produtos e executa

ações preventivas para eliminar ou minimizá-los em todo seu ciclo de vida (assim, busca preservar os

ecossistemas, conservar os recursos não renováveis e racionalizar o uso dos recursos renováveis).

Incentiva a conscientização sobre responsabilidade social perante os públicos interno e externo,

inclusive outras organizações, públicas ou privadas, e desenvolve programas de educação, assistência

comunitária, promoção da cultura, do esporte e do lazer, estimulando o engajamento em atividades

sociais.

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