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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 2013

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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE

SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Perfil Socioeconômico,

Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

2013

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Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde

Diretoria Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde

Gerência de Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde

Perfil Socioeconômico,

Demográfico e Epidemiológico

de Pernambuco

Pernambuco

2013

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Governador de Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos Vice- governador João Soares Lyra Neto Secretário Estadual de Saúde Antônio Carlos dos Santos Figueira Chefe de Gabinete Humberto Antunes Assessora do Gabinete Joanna Freire Secretária Executiva de Coordenação Geral Ana Paula Menezes Soter Secretário Executivo de Vigilância em Saúde Eronildo Felisberto Secretária Executiva de Atenção à Saúde Tereza de Jesus Campos Neta Secretária Executiva de Regulação em Saúde Adelaide Caldas Cabral Secretária Executiva de Gestão de Pessoas e Educação em Saúde Cinthia Kalyne de Almeida Alves Secretário Executivo de Administração e Finanças Jorge Antonio Dias Correia de Araújo Superintendência de Comunicação Thiago Nunes Secretário Executivo de Vigilância em Saúde Eronildo Felisberto Assessoria do Gabinete SEVS Ana Cláudia Simões Cardoso Ana Coelho de Albuquerque Diretora Geral de Informações e Ações Estratégicas da Vigilância Epidemiológica Patrícia Ismael de Carvalho Gerência de Informações Estratégicas Romildo Siqueira de Assunção Coordenação do Sinan Andréa Barbosa Coordenação do Cievs Patrícia Lima Coordenação de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar Maria do Carmo Rocha Gerência de Monitoramento e Vigilância de Eventos Vitais Cândida Correia Coordenação do Sinasc Idalacy Barreto Coordenação do SIM Bárbara Figueiroa Gerência da Rede SVO Bárbara Araújo Diretora Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde Luciana Caroline Albuquerque Bezerra Gerência de Monitoramento e Avaliação em Saúde Juliana Martins Coordenação de Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde Monik Duarte Coordenação de Análise e Disseminação da Informação em Saúde Tereza Farias Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção à Saúde Marcella Abath Coordenação de Mobilização Comunitária e Promoção de Modos de Vida Saudáveis Isabella Paes Coordenação de Vigilância de Acidentes e Violência Sandra Luzia Souza Gerência de Atenção à Saúde do Trabalhador Denise Timóteo Diretora Geral de Controle de Doenças e Agravos Roselene Hans Santos Assessoria da Diretora Geral de Controle de Doenças e Agravos Sílvia Cabral Gerência de Prevenção e Controle da Aids e outras DST François Figueiroa Coordenação de Prevenção de DST Djair Sena

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Coordenação de Prevenção e Controle da Aids Khaled Almahnoud Coordenação de Prevenção das Hepatites Adriana Cavalcante Coordenação de Vigilância Ambiental de Riscos Ambientais Danielle Ferreira Gerência de Doenças Transmitidas por Micobactérias Ana Lúcia Souza Coordenação do Programa de Controle da Tuberculose Nadianara Araújo Coordenação do Programa de Controle da Hanseníase Raíssa Alencar Gerência de Prevenção e Controle das Zoonoses, Endemias e Riscos Ambientais Bárbara Morgana Coordenação de Prevenção da Leishmaniose, Raiva e Peste Francisco Duarte Coordenação de Prevenção da Esquistossomose Gabriella Murakami Coordenação de Vigilância de Chagas, Tracoma e Malária Gênova Azevedo Coordenação de Prevenção da Dengue e Febre Amarela Claudenice Pontes Gerência de Prevenção e Controle dos Agravos Agudos Nara Melo Coordenação de Doenças Imunopreveníveis Ana Antunes Fonseca Coordenação de Doença de Veiculação Hídrica e Alimentar Camila Vasconcelos Diretor Geral do Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN Ovídio Araripe Diretor da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária - APEVISA Jaime Brito Apoio Administrativo Camila Moura José Everaldo Bezerra Júnior Marta Ximenes Ricardo Alex de Lima Sóstenes Marcelino da Silva Junior Wanessa Cristina de Souza

Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco:

Elaboração: Tereza Ignês da Silva Farias, Isabela Maciel de Sousa Silva, Juliana Martins B. S. Costa.

Colaboração: Equipes técnicas da Diretora Geral de Informações e Ações Estratégicas em Vigilância

Epidemiológica, Diretoria Geral de Controle de Doenças e Agravos, Diretoria Geral de Promoção,

Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde.

Revisão: Luciana Caroline Albuquerque Bezerra, Juliana Martins B. S. Costa, Paula R. Luna de Araújo

Jácome.

Diagramação: Rafael Azevedo de Oliveira.

Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde. Diretoria

Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde. Perfil Socioeconômico,

Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco. Pernambuco, maio de 2013.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANS - Agência Nacional de Saúde

ARV - Antirretrovirais

ATT - Acidentes de Transporte Terrestre

AZT - Azidotimidina

BPN - Baixo peso ao nascer

Cerest - Centros Regiões de Saúde do Trabalhador

CI - Coeficientes de Incidência

CMG - Coeficiente de Mortalidade Geral

CMI - Coeficiente de Mortalidade Infantil

Compesa - Companhia Pernambucana de Saneamento

DAC - Doenças do Aparelho Circulatório

DAD - Doenças do Aparelho Digestivo

DAGU - Doenças do Aparelho Geniturinário

DANT - Doenças e Agravos Não Transmissíveis

DAR – Doenças do Aparelho Respiratório

DC - Dengue clássico

DCC - Dengue com complicação

DCNT - Doenças Crônicas Não Transmissíveis

DETRAN-PE - Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco

DIP - Doenças Infecciosas e Parasitárias

DM - Doença Meningocócica

DN - Declaração de Nascido Vivo

DO - Declaração de Óbito

DORT - Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho

DSOH - Doenças do Sangue e dos Órgãos Hematopoiéticos e alguns Transtornos Imunitários

DTA - Doenças Transmitidas por Alimentos

FHD - Febre hemorrágica da dengue

GPP - Gravidez, Parto e Puerpério

GT - Grupos Técnicos

HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana

HV - Hepatites Virais

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDB - Indicadores e Dados Básicos para a Saúde no Brasil

INCA - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

Lacen - Laboratórios Centrais de Saúde Pública

LER - Lesão por Esforço Repetitivo

LTA - Leishmaniose tegumentar americana

LV - Leishmaniose visceral

MIF - Mulheres em Idade Fértil

MBP - Muito Baixo Peso

MS - Ministério da Saúde

NV - Nascidos Vivos

OMS - Organização Mundial de Saúde

PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruído

PFA - Paralisia Flácida Aguda

PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

RIPSA - Rede Interagencial de Informações para a Saúde

RMM - Razão de Mortalidade Materna

RMR - Região Metropolitana do Recife

SCD - Síndrome do choque da dengue

SES-PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco

SIB - Sistema de Informações de Beneficiários

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SIH - Sistemas de Informação Hospitalar

SIM - Sistemas de Informação sobre Mortalidade

Sinan - Sistemas de Informação de Agravos de Notificação

Sinasc - Sistemas de Informação sobre Nascidos Vivos

SINATT - Sistemas de Informação e de Notificação de Acidentes de Transporte Terrestre

SI-PNI - Sistemas de Informação do Programa Nacional de Imunização

SISAGUA - Sistemas de Informação de Análise da Qualidade da Água para Consumo Humano

SISPCE - Sistemas de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose

SISSOLO - Sistemas de Informação de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Solo Contaminado

SRAG - Síndrome Respiratória Aguda Grave

SRC - Síndrome da Rubéola Congênita

TB - Tuberculose

TBN - Taxa Bruta de Natalidade

TMC - Transtornos Mentais e Comportamentais

TDO - Tratamento Diretamente Observado

TV - Transmissão vertical

USIATT - Unidades Sentinelas de Informações sobre Acidentes de Transporte Terrestre

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LISTA DE QUADROS E TABELAS

Quadro 1 – Eixo, período analisado e fonte de informação utilizado para elaboração do perfil

sociodemográfico e epidemiológico de Pernambuco .................................................................................. 10

Quadro 2 – Municípios e Distrito de Pernambuco segundo Regiões de Saúde ......................................... 13

Tabela 1 – Número, proporção e densidade demográfica da população residente segundo Regiões de

Saúde. Pernambuco, 2010 ......................................................................................................................... 14

Tabela 2 – População e número de municípios segundo porte populacional. Pernambuco, 2010 ............ 15

Tabela 3 – Condições dos domicílios particulares permanentes. Pernambuco, 2009 e 2011 .................... 22

Tabela 4 – Número de áreas cadastradas no Sissolo. Pernambuco, 2006 a 2012 .................................... 29

Tabela 5 – Número de nascidos vivos, percentual e taxa bruta de natalidade segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2011 ...................................................................................................................................... 31

Tabela 6 – Proporção de nascidos vivos segundo peso ao nascer. Pernambuco, 2002 a 2011 ................ 32

Tabela 7 – Proporção de nascidos vivos segundo duração da gestação. Pernambuco, 2002 a 2011 ....... 32

Tabela 8 – Proporção de nascidos vivos segundo idade da mãe. Pernambuco, 2002 a 2011 .................. 33

Tabela 9 – Parâmetros de endemicidade para o coeficiente de detecção anual de casos novos na

população geral em em menores de 15 anos ............................................................................................. 39

Tabela 10 – Coeficiente de detecção geral e em < de 15 anos (por 100.000 habitantes) e parâmetros de

endemicidade da OMS segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011 .................................................... 40

Tabela 11 – Número de casos novos, taxa de incidência (por 100.000 habitantes) e percentual de casos

com abandono de tratamento de tuberculose segundo Região de saúde. Pernambuco, 2010 .................. 44

Tabela 12 – Número de casos novos de aids em maiores de 13 anos por sexo segundo o ano de

diagnóstico. Pernambuco, 2001 a 2011* .................................................................................................... 46

Tabela 13 – Número de casos de gestantes HIV positivas e taxa de detecção (por 1.000 nascidos vivos)

segundo Região de Saúde de notificação. Pernambuco, 2007 a 2011 ...................................................... 49

Tabela 14 – Número de casos notificados de sífilis congênita em menores de 1 ano, taxa de incidência

(por 1.000 nascidos vivos) e número de casos notificados em gestantes segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2007 a 2011 .......................................................................................................................... 50

Tabela 15 – Número e percentual de casos notificados e confirmados de hepatites virais segundo Região

de Saúde. Pernambuco, 2011 .................................................................................................................... 52

Tabela 16 – Número de surtos por DTA e doentes segundo Região de Saúde de ocorrência.

Pernambuco, 2002 a 2011 .......................................................................................................................... 56

Tabela 17 – Número de casos confirmados e óbitos por influenza A H1N1 segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2009 a 2011 .......................................................................................................................... 60

Tabela 18 – Número de escolares examinados e positivos para tracoma e prevalência, segundo

município. Pernambuco, 2011 e 2012* ....................................................................................................... 69

Tabela 19 – Número de internações hospitalares por esquistossomose segundo faixa etária.

Pernambuco, 2000 a 2010 .......................................................................................................................... 72

Tabela 20 – Número de casos notificados e confirmados de dengue, taxa de detecção (por 100.000

habitantes), percentual de casos confirmados em menores de 15 anos, número de casos confirmados por formas graves e número de óbitos segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011* ................................. 75

Tabela 21 – Número de casos confirmados, taxa de incidência (por 100.000 habitantes), número de

óbitos, taxa de letalidade (%) e número e percentual de tratamentos realizados para leishmaniose visceral segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011 ......................................................................................... 77

Tabela 22 – Número de casos notificados, confirmados e tratamentos realizados por leishmaniose

tegumentar segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011 ...................................................................... 79

Tabela 23 – Número de tratamentos profiláticos realizados para raiva e percentual de cobertura vacinal

canina segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011 .............................................................................. 80

Tabela 24 – Número e proporção de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 100.000 habitantes) por hipertensão arterial segundo Região de Saúde de residência do paciente. Pernambuco,

2011 ............................................................................................................................................................ 83

Tabela 25 – Número de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 100.000 habitantes) por diabetes mellitus segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 2011 ..................................... 85

Tabela 26 – Coeficiente de Mortalidade Geral (por 1.000 habitantes) segundo Região de Saúde de

residência. Pernambuco, 2002 a 2011* ...................................................................................................... 98

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Tabela 27 – Classificação das principais causas básicas de óbito segundo faixa etária. Pernambuco, 2002

.................................................................................................................................................................. 104

Tabela 28 – Classificação das principais causas básicas de óbito segundo faixa etária. Pernambuco, 2011

.................................................................................................................................................................. 104

Tabela 29 – Classificação das principais causas de óbitos infantil segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2002 e 2011* ...................................................................................................................... 107

Tabela 30 – Número e proporção de óbitos infantis segundo principais grupos de causa definida.

Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011* .............................................................................................. 108

Tabela 31 – Número e proporção de óbitos infantis segundo principais grupos de causas evitáveis.

Pernambuco, 2011* .................................................................................................................................. 108

Tabela 32 – Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 1

a 9 anos. Pernambuco, 2002 e 2011* ....................................................................................................... 111

Tabela 33 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011* ............................. 112

Tabela 34 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*................................ 112

Tabela 35 – Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 10

a 19 anos. Pernambuco, 2002 e 2011* ..................................................................................................... 115

Tabela 36 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 10 a 19 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011* ......................... 116

Tabela 37 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 10 a 19 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*............................ 116

Tabela 38 – Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 20

a 39 anos. Pernambuco, 2002 e 2011* ..................................................................................................... 119

Tabela 39 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 20 a 39 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011* ......................... 120

Tabela 40 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 20 a 39 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*............................ 120

Tabela 42 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 40 a 59 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011* ......................... 124

Tabela 43 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 40 a 59 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*............................ 124

Tabela 44 – Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 60

anos e mais. Pernambuco, 2002 e 2011* ................................................................................................. 127

Tabela 45 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 60 anos e mais. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011* ..................... 128

Tabela 46 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 60 anos e mais. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011* ........................ 128

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Regiões e Macrorregiões de Saúde de Pernambuco................................................................ 12

Figura 2 – Municípios segundo porte populacional. Pernambuco, 2010 .................................................... 15

Figura 3 – Proporção da população residente em área urbana e rural. Pernambuco, 1980, 1991, 2000,

2010 ............................................................................................................................................................ 15

Figura 4 – Pirâmide etária. Pernambuco, 1980 .......................................................................................... 16

Figura 5 – Pirâmide etária. Pernambuco, 2010 .......................................................................................... 16

Figura 6 – População da população residente segundo sexo. Pernambuco, 1980, 1990, 200 e 2010 ...... 16

Figura 7 – Proporção da população residente segundo sexo e Região de Saúde. Pernambuco, 2010 .... 11

Figura 8 – Proporção da população residente segundo faixa etária. Pernambuco, 1980, 1990,

2000 e 2010 ................................................................................................................................................ 12

Figura 9 – Número de idosos (60 anos e mais) para cada grupo de 10 crianças de até 5 anos na

população residente. Pernambuco, 1980, 1990, 2000 e 2010 .................................................................... 12

Figura 10 – Razão de dependência*. Pernambuco, 1980, 1990, 2000 e 2010 .......................................... 13

Figura 11 – Proporção da população residente segundo faixa etária e Região de Saúde. Pernambuco,

2010 ............................................................................................................................................................ 14

Figura 12 – Número de idosos (60 anos e mais) para cada grupo de 10 crianças de até 5 anos segundo

Região de Saúde de residência. Pernambuco, 2010 .................................................................................. 15

Figura 13 – Esperança de vida ao nascer segundo sexo. Pernambuco, 1991, 2000 e 2010 .................... 15

Figura 14 – Esperança de vida aos 60 anos de idade segundo sexo. Pernambuco, 1991, 2000 e 2010 .. 16

Figura 15 – Taxa de fecundidade total*. Pernambuco, 1991 a 2010 ......................................................... 16

Figura 16 – Taxa de analfabetismo (por 100 habitantes) em maiores de 15 anos. Pernambuco, 1991 a

2010 ............................................................................................................................................................ 18

Figura 17 – Níveis de escolaridade* na população de 15 anos e mais. Pernambuco, 1992 a 1993, 1995 a

1999 e 2001 a 2009 .................................................................................................................................... 19

Figura 18 – Proporção da população com baixa renda. Pernambuco, 1992 a 2010 ................................. 20

Figura 19 – Índice de Gini da renda domiciliar per capita. Pernambuco, 1991 a 2010 .............................. 20

Figura 20 – Proporção de cobertura de planos de saúde. Brasil e Pernambuco, 2000 a 2012 ................. 21

Figura 21 – Domicílios com sistema de abastecimento de água por rede geral. Pernambuco, 2010 ........ 23

Figura 22 – Domicílios com abastecimento de água por poço ou nascente. Pernambuco, 2010 .............. 24

Figura 23 – Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para o parâmetro

turbidez. Pernambuco, 2007 a 2012 ........................................................................................................... 25

Figura 24 – Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para o parâmetro

cloro residual livre. Pernambuco, 2007 a 2012 ........................................................................................... 25

Figura 25 – Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para o parâmetro

coliformes totais. Pernambuco, 2007 a 2012 .............................................................................................. 26

Figura 26 – Frota veicular de Pernambuco e Região Metropolitana do Recife. Pernambuco, 2008 a 2012

.................................................................................................................................................................... 27

Figura 27 – Coeficiente de Morbidade Hospitalar por doenças respiratórias segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2008 e 2011 .......................................................................................................................... 27

Figura 28 – Coeficiente de Morbidade Hospitalar por asma, bronquite, enfisema e outras DPOC segundo

Região de Saúde. Pernambuco, 2011 ........................................................................................................ 28

Figura 29 – Coeficiente de Mortalidade por doenças respiratórias segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2008 e 2011 .......................................................................................................................... 28

Figura 30 – Coeficiente de Mortalidade por asma, bronquite, enfisema e outras DPOC segundo Região

de Saúde. Pernambuco, 2011 .................................................................................................................... 29

Figura 31 – Número de nascidos vivos e da taxa bruta de natalidade. Pernambuco, 2002 a 2011 ........... 30

Figura 32 – Proporção de nascidos vivos segundo duração da gestação e Região de Saúde.

Pernambuco, 2010 ...................................................................................................................................... 33

Figura 33 – Proporção de nascidos vivos segundo idade da mãe e Região de Saúde. Pernambuco, 2011

.................................................................................................................................................................... 34

Figura 34 – Proporção de nascidos vivos segundo escolaridade materna. Pernambuco, 2002 a 2011 .... 34

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Figura 35 – Proporção de nascidos vivos segundo escolaridade materna e Região de Saúde.

Pernambuco, 2011 ...................................................................................................................................... 35

Figura 36 – Proporção de nascidos vivos segundo número de consultas de pré-natal. Pernambuco, 2002

a 2011 ......................................................................................................................................................... 36

Figura 37 – Proporção de nascidos vivos segundo número de consultas de pré-natal e Região de Saúde.

Pernambuco, 2011 ...................................................................................................................................... 36

Figura 38 – Proporção de nascidos vivos segundo tipo de parto. Pernambuco, 2002 a 2011 ................... 37

Figura 39 – Proporção de nascidos vivos segundo tipo de parto e Região de Saúde. Pernambuco, 2011

.................................................................................................................................................................... 37

Figura 40 – Proporção de contatos intradomiciliares registrados, dentre os esperados, e de contatos

examinados, dentre os casos novos de hanseníase registrados. Pernambuco, 2007 a 2011 .................... 40

Figura 41 – Proporção de cura na coorte de casos novos de hanseníase. Pernambuco, 2007 a 2011 ... 41

Figura 42 – Proporção de casos em possíveis abandonos de tratamento de hanseníase no registro ativo.

Pernambuco, 2007 a 2011 .......................................................................................................................... 41

Figura 43 – Proporção de casos de incapacidade física segundo grau (I e II) no momento do diagnóstico

de hanseníase e proporção de avaliados. Pernambuco, 2007 a 2011 ....................................................... 42

Figura 44 – Proporção de casos de incapacidade física segundo grau (I e II) no momento da cura por

hanseníase e proporção de avaliados. Pernambuco, 2007 a 2011 ............................................................ 43

Figura 45 – Número de casos novos e taxa de incidência (por 100.000 habitantes) de tuberculose.

Pernambuco, 2007 a 2011 .......................................................................................................................... 44

Figura 46 – Percentual de abandono dos casos novos de tuberculose. Pernambuco, 2006 a 2010 ......... 45

Figura 47 – Taxa de Incidência de aids (por 100.000 habitantes) em indivíduos maiores de 13 anos

segundo sexo e ano do diagnóstico. Pernambuco, 2001 a 2011* .............................................................. 46

Figura 48 – Distribuição do número de casos acumulados de aids segundo município de residência.

Pernambuco, 1983 a 2012* ........................................................................................................................ 47

Figura 49 – Proporção de casos de aids em indivíduos com 13 anos e mais segundo categoria de

exposição e ano de diagnóstico. Pernambuco, 1983 a 2011 ...................................................................... 47

Figura 50 – Proporção de casos de aids em menores de 13 anos segundo categoria de exposição e ano

de diagnóstico. Pernambuco, 1987 a 2011* ............................................................................................... 48

Figura 51 – Número de casos de sífilis congênita em menores de 1 ano e taxa de incidência

(por 1.000 nascidos vivos) segundo ano do diagnóstico. Pernambuco, 2001 a 2011 ................................ 50

Figura 52 – Número de casos notificados e confirmados de hepatites virais e taxa de detecção

(por 100.000 habitantes). Pernambuco, 2002 a 2011* ............................................................................... 51

Figura 53 – Número de casos e óbitos confirmados de cólera, taxa de detecção (por 100.000 habitantes)

e letalidade (100 habitantes). Pernambuco, 1992 a 2011 ........................................................................... 53

Figura 54 – Número de casos e óbitos e taxa de letalidade (por 100.000 habitantes) por febre tifóide.

Pernambuco, 2002 a 2011 .......................................................................................................................... 54

Figura 55 – Número de casos confirmados de febre tifóide segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2002

a 2011 ......................................................................................................................................................... 55

Figura 56 – Número de casos confirmados de febre tifóide segundo a faixa etária. Pernambuco, 2002 a

2011 ............................................................................................................................................................ 55

Figura 57 – Número de surtos de DTA segundo alimento contaminado envolvido. Pernambuco, 2002 a

2011 ............................................................................................................................................................ 57

Figura 58 – Número de surtos de DTA segundo local de ocorrência. Pernambuco, 2002 a 2011 ............. 57

Figura 59 – Número de surtos de DTA segundo agente etiológico envolvido. Pernambuco, 2002

a 2011 ......................................................................................................................................................... 58

Figura 60 – Número de casos confirmados de influenza A H1N1 segundo faixa etária. Pernambuco, 2009

a 2011 ......................................................................................................................................................... 59

Figura 61 – Proporção de casos confirmados de influenza A H1N1 segundo fator de risco. Pernambuco,

2009 a 2011 ................................................................................................................................................ 59

Figura 62 – Número de casos confirmados e taxa de letalidade (por 100 habitantes) por coqueluche.

Pernambuco, 2002 a 2011 .......................................................................................................................... 61

Figura 63 – Coeficiente de Incidência de coqueluche (por 100.000 habitantes) segundo Região de Saúde

de residência. Pernambuco, 2002 a 2011 .................................................................................................. 61

Figura 64 – Número de casos confirmados de coqueluche segundo faixa etária.

Pernambuco, 2002 a 2011 .......................................................................................................................... 62

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Figura 65 – Número de casos de poliomielite e cobertura vacinal. Pernambuco, 1980 a 2011 ................. 63

Figura 66 – Taxa de notificação (por 100.000 habitantes) de Paralisia Flácida Aguda. Pernambuco, 2005

a 2011 ......................................................................................................................................................... 63

Figura 67 – Número de casos de sarampo e cobertura vacinal. Pernambuco, 1980 a 2011 ..................... 64

Figura 68 – Número de casos de rubéola e cobertura vacinal. Pernambuco, 2000 a 2011 ....................... 65

Figura 69 – Coeficiente de Incidência das meningites (por 100.000 habitantes) segundo etiologia.

Pernambuco, 2002 a 2011 .......................................................................................................................... 66

Figura 70 – Número de óbitos e taxa de letalidade (por 100 habitantes) por doença meningocócica.

Pernambuco, 2000 a 2011 .......................................................................................................................... 67

Figura 71 – Municípios prioritários para o Tracoma no Programa SANAR ................................................ 68

Figura 72 – Distribuição dos caramujos transmissores da esquistossomose segundo espécie.

Pernambuco, 2012 ...................................................................................................................................... 70

Figura 73 – Distribuição da esquistossomose segundo endemicidade. Pernambuco, 2012 ...................... 71

Figura 74 – Número de pessoas positivas e tratadas segundo Região de Saúde no Programa de Controle

da Esquistossomose (PCE). Pernambuco, 2008 a 2011 ............................................................................ 72

Figura 75 – Número de casos novos e taxa de detecção de dengue (por 100.000 habitantes).

Pernambuco, 2001 a 2011* ........................................................................................................................ 73

Figura 76 – Percentual de casos confirmados de dengue em menores de 15 anos. Pernambuco, 2001 a

2011* .......................................................................................................................................................... 74

Figura 77 – Número de casos confirmados por formas graves da dengue (DCC, FHD e SCD) e taxa de

letalidade (por 100 habitantes). Pernambuco, 2001 a 2011* ...................................................................... 75

Figura 78 – Número de casos notificados, confirmados e tratamentos realizados para leishmaniose

visceral. Pernambuco, 2001 a 2011 ............................................................................................................ 77

Figura 79 – Número de casos notificados, confirmados e tratamentos realizados para leishmaniose

tegumentar americana. Pernambuco, 2001 a 2011 .................................................................................... 78

Figura 80 – Número de tratamentos profiláticos realizados para raiva e percentual de cobertura vacinal

canina. Pernambuco, 2001 a 2011 ............................................................................................................. 80

Figura 81 – Coeficiente de morbidade hospitalar (por 100.000 habitantes) por doenças hipertensivas,

isquemias do coração e cerebrovasculares segundo sexo do paciente. Pernambuco, 2002 e 2011 ......... 82

Figura 82 – Número de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 100.000 habitantes) por hipertensão essencial. Pernambuco, 2002 a 2011 ............................................................................ 82

Figura 83 – Proporção de internações hospitalares por hipertensão arterial segundo faixa etária e sexo

do paciente. Pernambuco, 2002 a 2011 ..................................................................................................... 83

Figura 84 – Número de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 100.000 habitantes) por diabetes mellitus segundo sexo do paciente. Pernambuco, 2002 a 2011 ................................................ 84

Figura 85 – Proporção de internações hospitalares por diabetes mellitus segundo faixa etária e sexo do

paciente. Pernambuco, 2002 a 2011 .......................................................................................................... 84

Figura 86 – Estimativas das taxas brutas de incidência (por 100.000 habitantes) por neoplasia maligna em homens segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 2003 e 2012 ...................................... 86

Figura 87 – Estimativas das taxas brutas de incidência (por 100.000 habitantes) por neoplasia maligna em mulheres segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 2003 e 2012.................................... 86

Figura 88 – Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 100.000 habitantes) por neoplasia maligna no sexo masculino segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 2002 e 2011 ........................................ 87

Figura 89 – Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 100.000 habitantes) de neoplasia maligna no sexo feminino segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 2002 e 2011 .......................................... 87

Figura 90 – Proporção de casos notificados de violência segundo faixa etária e sexo da vítima.

Pernambuco, 2011 ...................................................................................................................................... 88

Figura 91 – Proporção de casos notificados de violência segundo tipo* e sexo da vítima. Pernambuco,

2011 ............................................................................................................................................................ 89

Figura 92 – Proporção de casos de violência segundo Região de Saúde de notificação. Pernambuco,

2011 ............................................................................................................................................................ 89

Figura 93 – Proporção de atendimentos por acidentes de transportes terrestre nas USIATT segundo faixa

etária e sexo da pessoa atendida. Pernambuco, 2011 ............................................................................... 90

Figura 94 – Proporção de atendimentos por acidentes de transportes terrestre nas USIATT segundo sexo

e meio de locomoção da vítima no momento do acidente. Pernambuco, 2011 .......................................... 91

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Figura 95 – Proporção de atendimentos por acidentes de transportes terrestre nas USIATT segundo

Região de Saúde de notificação. Pernambuco, 2011 ................................................................................. 91

Figura 96 – Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco ....................................................................... 92

Figura 97 – Área de cobertura dos Cerest em Pernambuco ...................................................................... 93

Figura 98 – Proporção de casos de intoxicação exógena por agrotóxicos relacionada ao trabalho,

acidentes de trabalho grave e acidente de trabalho com material biológico segundo Regiões de Desenvolvimento. Pernambuco, 2011 ........................................................................................................ 94

Figura 99 – Proporção notificações por intoxicação exógena segundo agente tóxico. Pernambuco, 2011

.................................................................................................................................................................... 96

Figura 100 – Proporção notificações por intoxicação exógena segundo ocupação. Pernambuco, 2011 ... 96

Figura 101 – Número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (por 1.000 habitantes). Pernambuco,

2002 a 2011*............................................................................................................................................... 97

Figura 102 – Proporção de óbitos com causa mal definida. Pernambuco, 2002 a 2011* .......................... 98

Figura 103 – Proporção dos óbitos local de ocorrência. Pernambuco, 2002, 2007 e 2011* ...................... 99

Figura 104 – Proporção de óbito segundo raça/cor. Pernambuco, 2002 a 2011* .................................... 100

Figura 105 – Proporção de óbito dos principais grupos de causa segundo raça/cor. Pernambuco, 2011*

.................................................................................................................................................................. 100

Figura 106 – Proporção de óbitos segundo sexo. Pernambuco, 2002 a 2011* ....................................... 101

Figura 107 – Número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (CMG) (por 1.000 habitantes) segundo

sexo. Pernambuco, 2002 a 2011* ............................................................................................................. 101

Figura 108 – Proporção dos óbitos segundo faixa etária. Pernambuco, 2002 a 2011*............................ 102

Figura 109 – Proporção dos óbitos segundo faixa etária e Região de Saúde de residência. Pernambuco,

2011* ........................................................................................................................................................ 102

Figura 110 – Proporção dos óbitos segundo principais causas básicas e Regiões de Saúde de residência.

Pernambuco, 2011* .................................................................................................................................. 103

Figura 111 – Número de óbitos de menores de 1 ano e Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI)

(por 1.000 nascidos vivos). Pernambuco, 2002 a 2011* ........................................................................... 105

Figura 112 – Distribuição do Coeficiente de Mortalidade Infantil, segundo componentes da mortalidade

infantil (por 1.000 nascidos vivos). Pernambuco, 2002 a 2011* ............................................................... 106

Figura 113 – Coeficiente de mortalidade infantil (por 1.000 nascidos vivos) segundo principais grupos de

causa. Pernambuco, 2002 a 2011* ........................................................................................................... 107

Figura 114 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo sexo na faixa etária de 1 a 9

anos. Pernambuco, 2002 a 2011*............................................................................................................. 109

Figura 115 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 2002 a 2011* ................................ 109

Figura 116 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 2002 a 2011* ................................... 110

Figura 117 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo sexo na faixa etária de

10 a 19 anos. Pernambuco, 2002 a 2011* ................................................................................................ 113

Figura 118 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 10 a 19 anos. Pernambuco, 2002 a 2011* ............................ 114

Figura 119 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 10 a 19 anos. Pernambuco, 2002 a 2011* ............................... 114

Figura 120 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo sexo na faixa etária de

20 a 39 anos. Pernambuco, 2002 a 2011* ................................................................................................ 117

Figura 121 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 20 a 39 anos. Pernambuco, 2002 a 2011* ............................ 118

Figura 122 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 20 a 39 anos. Pernambuco, 2002 a 2011* ............................... 118

Figura 123 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo sexo na faixa etária de

40 a 59 anos. Pernambuco, 2002 a 2011* ................................................................................................ 121

Figura 124 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 40 a 59 anos. Pernambuco, 2002 a 2011* ............................ 121

Figura 125 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 40 a 59 anos. Pernambuco, 2002 a 2011* ............................... 122

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Figura 126 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo sexo na faixa etária de 60

anos e mais. Pernambuco, 2002 a 2011* ................................................................................................. 125

Figura 127 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 60 anos e mais. Pernambuco, 2002 a 2011* ......................... 126

Figura 128 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 60 anos e mais. Pernambuco, 2002 a 2011*............................ 126

Figura 129 – Número de óbitos maternos e Razão de Mortalidade Materna (RMM) (por 100.000 nascidos

vivos). Pernambuco, 2002 a 2011* ........................................................................................................... 129

Figura 130 – Proporção de óbitos maternos segundo principais grupos de causa. Pernambuco, 2002 e

2011* ........................................................................................................................................................ 130

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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................ 5 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 7 2. NOTAS METODOLÓGICAS .............................................................................................................. 10 3. CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO ................................................................... 12

3.1. Divisão Político-Administrativa .................................................................................................. 12 3.2. Estrutura Populacional .............................................................................................................. 14 3.3. Aspectos Socioeconômicos ...................................................................................................... 18

3.3.1. Educação ........................................................................................................................... 18 3.3.2. Renda ................................................................................................................................ 19 3.3.3. Situação dos domicílios particulares permanentes ............................................................ 21

4. CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS .................................................................................................. 23 5. NATALIDADE..................................................................................................................................... 30

5.1. Características Gerais do Recém-Nascido ............................................................................... 31 5.2. Características Gerais Maternas ............................................................................................... 33 5.3. Características Gerais da Gestação e Parto ............................................................................. 35

6. MORBIDADE ...................................................................................................................................... 39 6.1. Doenças e agravos transmissíveis ........................................................................................... 39

6.1.1. Hanseníase ........................................................................................................................ 39 6.1.2. Tuberculose ....................................................................................................................... 43 6.1.3. HIV/Aids ............................................................................................................................. 45 6.1.4. Sífilis congênita .................................................................................................................. 49 6.1.5. Hepatites virais ................................................................................................................... 51 6.1.6. Cólera ................................................................................................................................ 52 6.1.7. Febre tifóide ....................................................................................................................... 54 6.1.8. Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) ...................................................................... 56 6.1.9. Influenza............................................................................................................................. 58 6.1.10. Coqueluche ........................................................................................................................ 60 6.1.11. Poliomielite ......................................................................................................................... 62 6.1.12. Sarampo............................................................................................................................. 64 6.1.13. Rubéola .............................................................................................................................. 65 6.1.14. Meningites .......................................................................................................................... 65 6.1.15. Tracoma ............................................................................................................................. 67 6.1.16. Esquistossomose mansônica ............................................................................................. 70 6.1.17. Dengue .............................................................................................................................. 73 6.1.18. Leishmaniose Visceral ....................................................................................................... 76 6.1.19. Leishmaniose Tegumentar Americana ............................................................................... 78 6.1.20. Raiva .................................................................................................................................. 79

6.2. Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT) ..................................................................... 81 6.2.1. Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) ........................................................................... 81 6.2.2. Diabetes mellitus ................................................................................................................ 84 6.2.3. Neolpasias malignas .......................................................................................................... 85 6.2.4. Violências ........................................................................................................................... 88 6.2.5. Acidentes de Transporte Terrestre (ATT)........................................................................... 90 6.2.6. Doenças e agravos relacionados ao Trabalho ................................................................... 92 6.2.7. Intoxicações Exógenas ...................................................................................................... 95

7. MORTALIDADE ................................................................................................................................. 97 7.1. Mortalidade Geral ..................................................................................................................... 97 7.2. Análise da mortalidade segundo ciclo de vida ........................................................................ 105

7.2.1. Mortalidade em menores de 1 ano ................................................................................... 105 7.2.2. Mortalidade entre 1 a 9 anos............................................................................................ 109 7.2.3. Mortalidade entre 10 a 19 anos........................................................................................ 113 7.2.4. Mortalidade entre 20 a 39 anos........................................................................................ 117 7.2.5. Mortalidade entre 40 a 59 anos........................................................................................ 121 7.2.6. Mortalidade entre 60 anos e mais .................................................................................... 125

7.3. Mortalidade Materna ............................................................................................................... 129 4. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ...................................................................................................... 131

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

5

APRESENTAÇÃO

A informação é uma ferramenta estratégica para a gestão do Sistema Único de Saúde

(SUS). A necessidade de informação para (re)orientação das ações e para tomada de decisão

permeia todos os níveis do sistema de saúde, desde as salas de consulta nas unidades básicas de

saúde até a mesa de negociação dos gestores, seja no âmbito federal, estadual ou municipal.

É por meio de um conjunto de informações que se dá o processo de definição de

prioridades, o planejamento, o monitoramento e avaliação de ações em saúde além de nortearem

a prestação de contas com a sociedade. Nesse processo, as informações geradas pelos Sistemas

de Informação da Vigilância em Saúde são indispensáveis, uma vez que permitem uma reflexão

sobre a situação de saúde, utilizando variáveis de tempo, espaço e pessoa.

O presente documento é a tradução do esforço das áreas gerenciadas pela Secretaria

Executiva de Vigilância em Saúde no processo de produção da informação oportuna e de

qualidade. Essa envolve a coleta de dados, representados pela notificação de agravos, captação

de nascimentos e de óbitos; o processamento e a análise dos dados gerados e sua transformação

em informação; e a sua disseminação. Neste sentido, o Perfil Sociodemográfico e Epidemiológico

de Pernambuco traz informações que subsidiem a tomada de decisão nos âmbitos de atuação do

SUS em Pernambuco.

Eronildo Felisberto

Secretário Executivo de Vigilância em Saúde

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

7

1. INTRODUÇÃO

O Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco traz uma

análise da situação de saúde do estado a partir da exploração de cinco eixos: Características

Socioeconômicas e Demográficas; Situação Ambiental; Natalidade; Morbidade; e Mortalidade.

No primeiro eixo consta a caracterização de Pernambuco, onde inicialmente é discutido o

território, seus limites e composição por municípios, Regiões e Macrorregiões de Saúde. Segue-

se com a análise da estrutura demográfica do estado e Regiões de Saúde e sua mudança ao

longo dos últimos 32 anos, na perspectiva de contextualizar o processo de transição demográfica

e descrever a evolução de algumas características socioeconômicas do estado, analisado por

variáveis como educação, renda e situação dos domicílios particulares permanentes.

No eixo Características Ambientais abordam-se os fatores ambientais que interferem na

saúde do homem, como o abastecimento e qualidade da água quanto aos parâmetros turbidez,

cloro residual livre e coliformes totais, contaminação do solo, contaminação do ar urbano,

aumento da frota veicular e a situação das doenças respiratórias nas Regiões de Saúde.

Desta forma, é possível observar que as modificações ambientais e sua interação com o

homem, além das mudanças na estrutura populacional do estado, como aumento na proporção

de pessoas com mais de 60 anos e da esperança de vida ao nascer e redução da taxa bruta de

natalidade, interferem na forma de adoecimento e morte dos indivíduos.

A análise da Natalidade é aqui abordada por meio da evolução do número de

nascimentos no estado e Regiões de Saúde, as características do recém-nascido, das

gestantes, da gestação e do parto, permitindo o cálculo de indicadores que podem subsidiar

gestores de saúde no planejamento e execução de políticas públicas materno infantil.

Em relação ao eixo Morbidade, foram selecionadas as doenças transmissíveis: tracoma,

esquistossomose mansônica, hanseníase, tuberculose, dengue, doenças transmitidas por

alimentos (DTA), cólera, febre tifóide, influenza, poliomielite, sarampo, rubéola, meningites,

leishmaniose visceral, raiva, coqueluche, HIV/Aids, sífilis congênita e hepatites virais. Nas

doenças relacionadas ao trabalho englobou as intoxicações exógenas; e, entre as doenças e

agravos não transmissíveis, foram analisadas as doenças do aparelho circulatório, diabetes

mellitus, neoplasias malignas, violências e acidentes de transporte terrestre.

Por fim, discute-se a Mortalidade, para o estado e Regiões de Saúde, subdividida em

mortalidade geral e por grupamento etário, sendo identificados os principais capítulos e causas

específicas de óbito por sexo. Também foi dado enfoque à mortalidade materna devido às

causas especificas associadas à gestação ao parto e ao puerpério.

Espera-se com esta publicação contribuir para o planejamento e influenciar a tomada de

decisão dos gestores voltada às atuais necessidades da população, desde o nascimento

perpassando pela prevenção dos principais agravos que levam ao adoecimento e óbito.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

10

2. NOTAS METODOLÓGICAS

A análise do Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco foi

realizada por meio de informações contidas nos Sistemas de Informação sobre Mortalidade (SIM),

sobre Nascidos Vivos (Sinasc), de agravos de Notificação (Sinan), de Análise da Qualidade da Água

para Consumo Humano (SISAGUA), de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Solo

Contaminado (SISSOLO), Hospitalar (SIH), do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), do

Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE) e de Notificação de Acidentes de Transporte

Terrestre (SINATT) da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE). Além desses

sistemas, foram utilizadas informações do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da

Silva (INCA), Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA), Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), Agência Nacional de Saúde (ANS) e Departamento Estadual de

Trânsito de Pernambuco (DETRAN-PE).

Os dados foram agrupados em cinco eixos (Características Socioeconômicas e

Demográficas; Características Ambientais; Natalidade; Morbidade; e Mortalidade) e analisados para

o estado e Regiões de Saúde. Para tanto, foram calculadas razões, proporções e coeficientes. O

período utilizado foi de 1980 a 2012 na dependência da variável estudada, conforme pode ser

visualizada no quadro 1.

Com relação à morbidade, os agravos foram priorizados por sua magnitude e

transcendência. Após serem agrupados em três categorias (doenças e agravos transmissíveis,

relacionados ao trabalho e não transmissíveis).

Na mortalidade, procedeu-se a análise por ciclo vital: menores de 1 ano, 1 a 9 anos, 10 a 19

anos, 20 a 39 anos, 40 a 59 anos e 60 anos ou mais. Também foi dado enfoque à mortalidade

materna devido às causas especificas associadas à gestação, ao parto e puerpério.

Quadro 1 – Eixo, período analisado e fonte de informação utilizado para elaboração do perfil sociodemográfico

e epidemiológico de Pernambuco

Eixo Período analisado Fonte de informação

Estrutura populacional

1980 a 2010 IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

RIPSA – Indicadores e Dados Básicos para a Saúde no Brasil (IDB)

Aspectos Socioeconômicos

1991 a 2010 IBGE – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD

2000 a 2012 IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

ANS – Sistema de Informações de Beneficiários (SIB)

Características Ambientais

2010 IBGE – Censo 2010

2007 a 2012 SISAGUA/SES-PE

2008 a 2012 DETRAN-PE

2008 e 2011 SIH/SES-PE

SIM/SES-PE

2006 a 2012 SISSOLO/SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

11

Eixo Período analisado Fonte de informação

Natalidade 2002 a 2011 Sinasc/SES-PE

IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Morbidade

2011 e 2012 Tracoma: Relatórios de atividades de campo – SANAR/SES-PE

2008 a 2011 Esquistossomose: SISPCE/SES-PE

2003 e 2012 Neoplasias: INCA – Registro de Câncer de Base Populacional

2011 Acidentes de Transporte Terrestre: SINATT/SES-PE

2000 a 2011* SIH/SES-PE

2001 a 2011* Sífilis e HIV/Aids: Sinasc/SES-PE

1980 a 2011*

Raiva, sarampo e poliomielite: SI-PNI/SES-PE

Sinan/SES–PE

IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Mortalidade 2002 a 2011

SIM/SES-PE**

Sinasc/SES-PE

IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

* O período analisado varia de acordo com o agravo

** Dados atualizados em 14/09/2012

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

12

3. CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

3.1. Divisão Político-Administrativa O estado de Pernambuco possui 98.146,315 km² e localiza-se no centro leste da Região

Nordeste do Brasil. Limita-se ao Norte com os estados da Paraíba e Ceará; a Leste com o Oceano

Atlântico; ao Oeste e ao Sul com os estados da Bahia e Piauí; e ao Sul com o estado de Alagoas.

No total, são 184 municípios e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, localizado a 500

km da costa. Atualmente, Pernambuco está subdividido em 12 Regiões de Saúde, que têm a

finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.

Cada Região de Saúde é constituída por agrupamentos de municípios limítrofes, delimitadas a partir

de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de

transportes compartilhados. O número de municípios em cada Região de Saúde varia de 7 (VII e

VIII Regiões) a 32 (IV Região) (Quadro 2).

Com o objetivo de organizar ações e serviços de média complexidade

(procedimentos/ações que requerem maior tecnologia, que apresentam oferta escassa no estado e

cuja demanda requer agregação) e alta complexidade, foram agregadas as Regiões de Saúde,

originando as 04 Macrorregiões de Saúde: Metropolitana (I, II, III e XII Regiões de Saúde); Agreste

(IV e V Regiões de Saúde); Sertão (VI, X e XI Regiões de Saúde); e Vale do São Francisco e

Araripe (VII, VIII e IX Regiões de Saúde) (Figura 1).

Figura 1 – Regiões e Macrorregiões de Saúde de Pernambuco

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

13

Quadro 2 – Municípios e Distrito de Pernambuco segundo Regiões de Saúde

I Região de Saúde (20) Gameleira Angelim IX Região de Saúde (11)

Abreu e Lima Jaqueira Bom Conselho Araripina

Araçoiaba Joaquim Nabuco Brejão Bodocó

Cabo de Santo Agostinho Lagoa dos Gatos Caetés Exu

Camaragibe Maraial Calçado Granito

Chã de Alegria Palmares Canhotinho Ipubi

Chã Grande Primavera Capoeiras Moreilândia

Fernando de Noronha Quipapá Correntes Ouricuri

Glória do Goitá Ribeirão Garanhuns Parnamirim

Igarassu Rio Formoso Iati Santa Cruz

Ilha de Itamaracá São Benedito do Sul Itaíba Santa Filomena

Ipojuca São José da Coroa Grande Jucati Trindade

Itapissuma Sirinhaém Jupi X Região de Saúde (12)

Jaboatão dos Guararapes Tamandaré Lagoa do Ouro Afogados da Ingazeira

Moreno Xexéu Lajedo Brejinho

Olinda IV Região de Saúde (32) Palmeirina Carnaíba

Paulista Agrestina Paranatama Iguaraci

Pombos Alagoinha Saloá Ingazeira

Recife Altinho São João Itapetim

São Lourenço da Mata Barra de Guabiraba Terezinha Quixaba

Vitória de Santo Antão Belo Jardim VI Região de Saúde (13) Santa Terezinha

II Região de Saúde (20) Bezerros Arcoverde São José do Egito

Bom Jardim Bonito Buíque Solidão

Buenos Aires Brejo da Madre de Deus Custódia Tabira

Carpina Cachoeirinha Ibimirim Tuparetama

Casinhas Camocim de São Félix Inajá XI Região de Saúde (10)

Cumaru Caruaru Jatobá Betânia

Feira Nova Cupira Manari Calumbi

João Alfredo Frei Miguelinho Pedra Carnaubeira da Penha

Lagoa do Carro Gravatá Petrolândia Flores

Lagoa do Itaenga Ibirajuba Sertânia Floresta

Limoeiro Jataúba Tacaratu Itacuruba

Machados Jurema Tupanatinga Santa Cruz da Baixa Verde

Nazaré da Mata Panelas Venturosa São José do Belmonte

Orobó Pesqueira VII Região de Saúde (7) Serra Talhada

Passira Poção Belém de São Francisco Triunfo

Paudalho Riacho das Almas Cedro XII Região de Saúde (10)

Salgadinho Sairé Mirandiba Aliança

Surubim Sanharó Salgueiro Camutanga

Tracunhaém Santa Cruz do Capibaribe Serrita Condado

Vertente do Lério Santa Maria do Cambucá Terra Nova Ferreiros

Vicência São Bento do Una Verdejante Goiana

III Região de Saúde (22) São Caitano VIII Região de Saúde (7) Itambé

Água Preta São Joaquim do Monte Afrânio Itaquitinga

Amaraji Tacaimbó Cabrobó Macaparana

Barreiros Taquaritinga do Norte Dormentes São Vicente Ferrer

Belém de Maria Toritama Lagoa Grande Timbaúba

Catende Vertentes Orocó Cortês V Região de Saúde (21) Petrolina Escada Águas Belas Santa Maria da Boa Vista

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14

3.2. Estrutura Populacional De acordo com o Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE) em 2010, o estado contabilizou uma população de 8.796.448 habitantes

distribuídos numa área de 98.146,315 Km2, resultando numa densidade demográfica de 89,6

habitantes/Km2.

A I Região de Saúde concentra 44,4% da população de Pernambuco (3.908.757 habitantes)

e apresenta a maior densidade demográfica do estado (1.047,4 habitantes/Km2). Embora a XI

Região tenha a menor densidade demográfica (18,3 habitantes/Km2), é na VII Região onde está a

menor proporção da população, apenas 1,6% (Tabela 1).

Tabela 1 – Número, proporção e densidade demográfica da população residente segundo Regiões de

Saúde. Pernambuco, 2010

Região de Saúde Número de habitantes % de habitantes Densidade demográfica

(Hab./Km2)

I-Recife 3.908.757 44,4 1.047,4

II-Limoeiro 566.331 6,4 175,5

III-Palmares 574.905 6,5 121,3

IV-Caruaru 1.241.469 14,1 109,3

V-Garanhuns 513.660 5,8 70,0

VI-Arcoverde 382.602 4,3 28,0

VII-Salgueiro 138.719 1,6 20,3

VIII-Petrolina 434.713 4,9 29,7

IX-Ouricuri 327.866 3,7 23,2

X-Afogados da Ingazeira 180.780 2,1 42,0

XI-Serra Talhada 223.879 2,5 18,3

XII-Goiana 302.767 3,4 158,2

Pernambuco 8.796.448 100,0 89,6

Fonte: IBGE, 2010 – Censo Demográfico

Dos 184 municípios e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, 150 (81,1%) são de

pequeno porte (até 50.000 habitantes). Os 12 municípios com mais de 100.000 habitantes

concentram 48,5% da população pernambucana, sendo 24,8% em apenas dois municípios – Recife

e Jaboatão dos Guararapes (Figura 2 e Tabela 2).

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15

Figura 2 – Municípios segundo porte populacional. Pernambuco, 2010

Fonte: IBGE, 2010 – Censo Demográfico

Tabela 2 – População e número de municípios segundo porte populacional. Pernambuco, 2010

Porte populacional dos municípios

Municípios População (2010)

n % n %

Menos de 20.000 hab. 83 44,9

1.060.514 12,1

20.000 -| 50.000 hab. 67 36,2

1.938.527 22,0

50.000 -| 100.000 hab. 23 12,4

1.534.175 17,4

100.000 -| 500.000 hab. 10 5,4

2.080.908 23,7

500.000 hab. e mais 2 1,1

2.182.324 24,8

Total 185 100,0 8.796.448 100,0

Fonte: IBGE, 2010 – Censo Demográfico

Em 1980, 61,6% da população pernambucana viviam em área urbana, passando para

80,2% em 2010, o que representa um aumento de 30% no grau de urbanização no período

analisado (Figura 3).

Figura 3 – Proporção da população residente em área urbana e rural.

Pernambuco, 1980, 1991, 2000, 2010

61,6

70,976,5

80,2

38,4

29,123,5

19,8

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1980 1991 2000 2010

%

Urbana Rural

Fonte: IBGE – Censos Demográficos

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

16

Ao comparar-se a estrutura populacional do estado nos anos de 1980 e 2010, verificam-se

mudanças na pirâmide etária. No início da década de 80, a pirâmide possuía base mais alargada

(predomínio de crianças e adolescentes) e ápice mais estreito (baixa proporção de idosos) (Figura

4). No ano de 2010, a pirâmide encontra-se com a base menos alargada, o que está relacionada à

redução na taxa de natalidade, e o ápice mais menos estreito, demonstrando envelhecimento da

população (Figura 5).

Figura 4 – Pirâmide etária. Pernambuco, 1980 Figura 5 – Pirâmide etária. Pernambuco, 2010

-30,0 -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0 30,0

0 a 9

10 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 a 69

70 a 79

80 e +

Faix

a e

tári

a (an

os)

Masculino Feminino

-30,0 -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0 30,0

0 a 9

10 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 a 69

70 a 79

80 e +

Faix

a e

tári

a (an

os)

Masculino Feminino

Em relação ao sexo, em 2010, 51,9% da população era composta de mulheres (4.565.767)

e 48,1% por homens (4.230.681), com uma razão de, aproximadamente, 93 homens para cada

grupo de 100 mulheres, não havendo mudanças significativas desde a década de 80 (Figuras 6).

Esse perfil surge como reflexo da sobremortalidade masculina, sobretudo nas faixas etárias jovens

e adultas, decorrentes da alta prevalência de óbitos por causas externas e violência.

Figura 6 – População da população residente segundo sexo.

Pernambuco, 1980, 1990, 200 e 2010

48,3 48,3 48,3 48,1

51,7 51,7 51,7 51,9

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1980 1990 2000 2010

Masculino Feminino

Fonte: IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Fonte: IBGE, 1980 – Censo Demográfico Fonte: IBGE, 2010 – Censo Demográfico

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

11

Entre as Regiões de Saúde, a proporção da população segundo sexo apresentou

semelhança com o perfil do estado, onde se verifica um predomínio da população feminina. Obteve

destaque a I Região por apresentar percentual de mulheres superior a média estadual (52,7%) e

uma razão de 89 homens para cada 100 mulheres (Figura 7).

Figura 7 – Proporção da população residente segundo sexo

e Região de Saúde. Pernambuco, 2010

48,9

48,8

49,0

49,5

49,1

49,4

49,0

48,6

48,4

49,5

48,5

47,1

51,1

51,2

51,0

50,5

50,9

50,6

51,0

51,4

51,6

50,5

51,5

52,9

0% 20% 40% 60% 80% 100%

XII-Goiana

XI-Serra Talhada

X-Afogados da Ingazeira

IX-Ouricuri

VIII-Petrolina

VII-Salgueiro

VI-Arcoverde

V-Garanhuns

IV-Caruaru

III-Palmares

II-Limoeiro

I-Recife

Masculino Feminino

Fonte: IBGE, 2010 – Censo Demográfico

Quanto às faixas etárias, os adultos jovens (20 a 39 anos) e os adultos (40 a 59 anos) foram

os predominantes em todo o período analisado. Entretanto, entre os anos de 1980 e 2010, houve

variação no perfil da população, com redução de 43,6% da proporção de crianças (0 a 9 anos) e de

24,3% na de adolescentes (10 a 19 anos) e incremento na participação das demais faixas etárias,

com destaque na proporção de idosos (mais de 60 anos), cujo crescimento foi de 59,7% (Figura 8).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

12

Figura 8 – Proporção da população residente segundo faixa etária. Pernambuco,

1980, 1990, 2000 e 2010

28,7 24,820,2 16,2

24,723,8

22,0

18,7

25,828,8

31,8

33,5

14,2 14,817,1

20,9

6,7 7,7 8,9 10,7

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1980 1990 2000 2010

0 a 9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 e +

Fonte: IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

A figura 9 trata da razão entre o número de idosos para cada grupo de 10 crianças de até 5

anos entre os anos de 1980 e 2010. Observa-se que em 1980 havia, em média, 4 idosos para cada

10 crianças de até 5 anos. Com o aumento da expectativa de vida da população, em 2010 o número

de idosos superou o de crianças com até 5 anos (Figura 9).

Figura 9 – Número de idosos (60 anos e mais) para cada grupo de 10 crianças de

até 5 anos na população residente. Pernambuco, 1980, 1990, 2000 e 2010

3,8

6,4

7,3

11,4

0

2

4

6

8

10

12

14

1980 1990 2000 2010

Fonte: IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Relação

1980/2010 24,3% 43,6% 29,8% 47,2% 59,7

%

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13

Ao analisar-se a razão de dependência total (divisão da população de 0 a 14 anos e 65 ou

mais anos sobre a população de 15 a 64 anos de idade) entre os anos de 1980 e 2010, verifica-se

tendência de redução, passando de 86,5 em 1980 para 49,3 em 2010. Este decréscimo está

relacionado à redução da população de 0 a 14 anos, observado na razão de dependência específica

desta população, que passou de 78,0 para 38,3 no mesmo período. Porém, o mesmo não foi

observado na população de 65 anos e mais, cuja razão de dependência, antes de 8,4 (1980),

chegou a 11,0 (2010), devido ao aumento da participação relativa dos idosos na população (Figura

10).

Figura 10 – Razão de dependência*. Pernambuco, 1980, 1990, 2000 e 2010

86,5

74,3

59,4

49,3

78,0

65,0

49,6

38,3

8,4 9,3 9,8 11,0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1980 1990 2000 2010

Razão

de d

ep

en

dên

cia

RD* total RD* (0 a 14 anos) RD* (65 anos e mais)

Fonte: IBGE – Censos demográficos e estimativas intercencitárias

* Razão de dependência: Número de pessoas consideradas inativas (0 a 14 anos e/ou 65 anos e mais de idade) para

cada 100 pessoas potencialmente ativas (15 a 64 anos de idade)

Ainda em relação à estrutura etária da população, em 2010, verificou-se predomínio da

população jovem e adulta em todas as Regiões de Saúde. Entretanto, houve particularidades ao

comparar cada grupo etário entre as Regiões: as VI e IX Regiões destacaram-se com as maiores

proporções de crianças e adolescentes (0 a 19 anos); a I Região apresentou a maior percentual de

adultos (20 a 59 anos); já a X Região foi a que contou com maior participação de idosos (Figura 11).

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14

Figura 11 – Proporção da população residente segundo faixa etária e Região de Saúde. Pernambuco, 2010

16,8

17,6

16,4

19,9

18,7

18,6

19,3

18,2

16,7

18,3

15,9

14,3

19,9

19,8

19,3

21,4

20,5

20,3

20,7

20,5

19,5

21,3

19,3

17,0

32,5

31,9

30,6

30,9

35,2

32,4

30,9

30,9

33,1

32,8

33,0

34,8

19,9

18,8

20,3

17,3

18,0

18,2

18,3

18,5

19,4

18,4

20,3

23,4

10,9

11,8

13,4

10,4

7,6

10,4

10,7

11,9

11,4

9,2

11,5

10,5

0 20 40 60 80 100

XII-Goiana

XI-Serra Talhada

X-Afogados da Ingazeira

IX-Ouricuri

VIII-Petrolina

VII-Salgueiro

VI-Arcoverde

V-Garanhuns

IV-Caruaru

III-Palmares

II-Limoeiro

I-Recife

%

0 a 9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60e+

Fonte: IBGE, 2010 – Censo demográfico

A figura 12 apresenta o número de idosos para cada grupo de 10 crianças de até 5 anos,

segundo Região de Saúde, sendo observado que nas Regiões X, I e II estão as maiores razões do

estado (14,2; 12,7 e 12,7, respectivamente). Enquanto que as Regiões VIII, III e IX apresentaram as

menores razões entre o número de idosos e de crianças (6,9; 8,8 e 9,0, respectivamente).

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15

Figura 12 – Número de idosos (60 anos e mais) para cada grupo de 10 crianças de até 5 anos

segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 2010

11,2

11,5

14,2

9,0

6,9

9,6

9,6

11,4

11,9

8,8

12,7

12,7

0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0

XII-Goiana

XI-Serra Talhada

X-Afogados da Ingazeira

IX-Ouricuri

VIII-Petrolina

VII-Salgueiro

VI-Arcoverde

V-Garanhuns

IV-Caruaru

III-Palmares

II-Limoeiro

I-Recife

Fonte: IBGE, 2010 – Censo demográfico

No que se refere à esperança de vida ao nascer (número médio de anos de vida esperados

para um recém-nascido), observa-se que esta vem aumentando em ambos os sexos. Em 1991, a

esperança de vida ao nascer das mulheres era de 64,2 anos, passando para 73,0 anos em 2010, o

que representa um aumento de 8,8 anos e um crescimento de 14% no período. Nos homens, a

expectativa de vida passou de 57,4 anos em 1991 para 66,0 em 2010, representando um aumento

de 8,6 anos e um incremento de 15% (Figura 13).

Figura 13 – Esperança de vida ao nascer segundo sexo. Pernambuco,

1991, 2000 e 2010

57,4

62,266,064,2

69,073,0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1991 2000 2010

mero

de a

no

s d

e v

ida e

sp

era

do

s

Masculino Feminino

Fonte: IBGE – Indicadores e Dados Básicos - IDB

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

16

A esperança de vida aos 60 anos de idade (número médio de anos de vida esperados para

uma pessoa ao completar 60 anos de idade) também apresentou importante incremento, passando

de 17,2 em mulheres e 17,0 em homens no ano de 1991, para 20,4 e 19,6, respectivamente, no ano

de 2010 (Figura 14).

Figura 14 – Esperança de vida aos 60 anos de idade segundo sexo.

Pernambuco, 1991, 2000 e 2010

17,0

18,9

19,6

17,2

18,9

20,4

15

16

17

18

19

20

21

1991 2000 2010

mero

de a

no

s d

e v

ida e

sp

era

do

s

Masculino Feminino

Fonte: IBGE – Indicadores e Dados Básicos - IDB

No que se refere à taxa de fecundidade total, indicador que expressa a situação reprodutiva

das mulheres, verifica-se no estado de Pernambuco uma redução de 33%, passando de 2,8 filhos

para cada mulher em 1991 para 1,9 em 2010 (Figura 15).

Figura 15 – Taxa de fecundidade total*. Pernambuco, 1991 a 2010

2,82,7

2,62,5

2,52,4 2,3 2,3 2,3

2,5

2,22,0

2,0 1,9 1,91,9 1,8

1,9 2,01,9

0

1

2

3

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Taxa d

e fecu

nd

idad

e to

tal

* Taxa de fecuncidade total: Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher ao final do seu período reprodutivo. Fonte: IBGE – Indicadores e Dados Básicos - IDB

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

17

O decréscimo da taxa de fecundidade no estado pode estar associado à: urbanização

crescente, melhoria do nível educacional das mulheres, ampliação do uso de métodos

contraceptivos, maior participação da mulher na força de trabalho e instabilidade de emprego

(RIPSA, 2013).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

18

3.3. Aspectos Socioeconômicos

3.3.1. Educação

A taxa de analfabetismo em maiores de 15 anos representa o percentual de pessoas com

15 anos de idade ou mais que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma

que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária. Entre os anos de 1991 e 2010,

observa-se uma redução de 47,0% na taxa de analfabetismo em maiores de 15 anos em

Pernambuco, passando de 32,9% para 17,4% (Figura 16).

Figura 16 – Taxa de analfabetismo (por 100 habitantes) em maiores de 15 anos. Pernambuco,

1991 a 2010

32

,9

30

,9

29

,1

29

,8

26

,2

26

,4

24

,4

24

,8

22

,0

22

,0

21

,5

21

,8

21

,3

20

,5

18

,5

18

,5

17

,9

17

,6

17

,4

0

5

10

15

20

25

30

35

1991

1992

1993

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Taxa d

e a

nalf

ab

eti

sm

o (p

or 100 h

ab

itan

tes)

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD

Na figura 17 verifica-se um importante aumento nos níveis de escolaridade da população

pernambucana com mais de 15 anos. O nível de escolaridade inferior a quatro anos de estudo tem

sido utilizado como aproximação (proxy) do analfabetismo funcional, embora o significado deste

conceito seja mais amplo (RIPSA, 2012a). Baseado neste conceito aproximado, o número de

analfabetos funcionais do estado vem decrescendo, porém ainda se mantém em patamares

elevados, mais de 28% em 2009 (Figura 17).

Ao comparar os anos extremos da série analisada (1992 a 2009) observa-se uma redução

de 10% na população maior de 15 anos com 4 a 7 anos de estudo, passando de 28,3% em 1992

para 25,6% em 2009. Destaca-se aumento de 43% no percentual da população com 8 a 10 anos de

estudo, passando de 10,7 em 1992 para 15,3 em 2009, e aumento de 133% na população com

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

19

mais de 11 anos de estudo, que correspondia a 13,4% em 1992 e em 2009 já superava 31% (Figura

17).

Figura 17 – Níveis de escolaridade* na população de 15 anos e mais. Pernambuco, 1992 a 1993, 1995

a 1999 e 2001 a 2009

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1992

1993

1995

1996

1997

1998

1999

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

0 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 e mais

* Nível de escolaridade em anos

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD

3.3.2. Renda

A figura 18 trata da proporção de pessoas de baixa renda (renda domiciliar mensal per

capita de até meio salário mínimo) em Pernambuco que expressa a proporção da população

considerada em situação de pobreza (RIPSA, 2012b). Entre 1992 e 2009, observa-se redução de

43% na proporção de pessoas que vivem com rendimento domiciliar mensal de até um quarto de

salário mínimo e de 28% com até meio salário mínimo (considerando como valor de referência para

todos os anos o salário mínimo de 2010, de R$ 510,00).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

20

Figura 18 – Proporção da população com baixa renda. Pernambuco, 1992 a 2010

74,6 74,8

67,3 67,9 68,4 66,3 67,1 68,3 67,8 67,470,0 67,7

63,960,0 58,5

54,9 52,7 53,5

47,3 48,8

36,240,0 39,7 37,5 39,3

43,741,0 38,9

43,338,4

33,729,9 28,5

25,8 23,627,1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

%

% Pop renda < 1/2 SM* % Pop renda < 1/4 SM*

* SM – Salário Mínimo

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD

O índice de Gini mede o grau de concentração da distribuição de renda domiciliar per

capita. Quando o índice tem valor igual a um (1), existe perfeita desigualdade, isto é, a renda

domiciliar per capita é totalmente apropriada por um único indivíduo. Quando ele tem valor igual à

zero (0), tem-se perfeita igualdade, isto é, a renda é distribuída na mesma proporção para todos os

domicílios. (RIPSA, 2012c). Em Pernambuco, os anos de 1991 e 2000 foram os com maior

desigualdade de renda no período de análise. Entretanto, 2007 e 2009 foram os anos com menor

índice, representando menor desigualdade de renda domiciliar (Figura 19).

Figura 19 – Índice de Gini da renda domiciliar per capita. Pernambuco, 1991 a 2010

0,6

60

6

0,5

87

0,6

18

6

0,5

75

2

0,6

05

0,5

92

8

0,5

99

3

0,6

04

5

0,6

70

6

0,6

17

6

0,6

08

8

0,5

89

1

0,6

06

9

0,5

86

4

0,5

80

9

0,5

59

1

0,5

65

1

0,5

52

6

0,6

36

6

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

1991 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Índ

ice d

e G

ini d

a ren

da d

om

icilia

r p

er cap

ita

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

21

Em março de 2012, 25,1% da população brasileira encontravam-se coberta por planos de

saúde, com crescimento proporcional de 41,0% quando comparado ao ano 2000. O estado de

Pernambuco, no último ano, apresentou uma cobertura menor que a média nacional, 17,0%, com

aumento proporcional de 66,7% para o mesmo período. Contudo, destaca-se que a taxa de

cobertura dos planos foi calculada a partir do número de vínculos aos planos de saúde presente no

cadastro de beneficiários da ANS. Desta forma, um indivíduo pode ter sido contabilizado mais de

uma vez, caso esteja vinculado a mais de um plano de saúde (Figura 20).

Figura 20 – Proporção de cobertura de planos de saúde. Brasil e Pernambuco, 2000 a 2012

17,8 18 17,8 17,6 17,9 18,2 18,9 19,6 20,7 21,4 22,5 24,6 25,1

10,2 10,0 10,3 10,9 11,6 12,1 11,6 11,7 13,0 14,1 15,0 16,3 17,0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

%

Brasil Pernambuco

Fonte: SIB/ANS/MS; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

3.3.3. Situação dos domicílios particulares permanentes

Os indicadores do estado em relação à situação dos domicílios particulares permanentes de

acordo com dados da PNAD – 2009 e 2011 estão sintetizados na tabela 3. Os domicílios

particulares permanentes são assim definidos quando são construídos para servir, exclusivamente,

à habitação e, têm a finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas cujo relacionamento é

ditado por laços de parentesco, de dependência doméstica ou por normas de convivência (IBGE,

2011).

Em 2009, 63,7% das famílias residentes nos domicílios particulares permanentes do estado

tinham como pessoa de referência um homem. Essa participação reduziu 8% no ano de 2011.

Também houve redução na proporção de chefes de família economicamente ativos, chegando a

63,4% em 2011, e 65,1% estavam ocupados na semana de referência da pesquisa (Tabela 3).

Quanto à cobertura dos serviços, no ano de 2011, 82,4% destes domicílios estavam ligados

à rede geral de abastecimento de água com canalização interna, 50,7% estavam ligados à rede

coletadora de esgoto, 85,9% possuiam coleta de lixo e 99,9% possuiam iluminação elétrica. Chama

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

22

atenção o incremento na proporção de fossas séptica ligada à rede coletora, embora sua

participação em 2011 do estado tenha sido inferior a média nacional de 7,7% (Tabela 3).

No que se refere à existência de bens duráveis nos domicílios,observa-se que fogão,

televisão e geladeira foram os bens mais encontrados em 2011. Filtro de água, freezer e

microcomputador foram os ítens que apresentaram maior incremento nos domicílios no período

(Tabela 3).

Tabela 3 – Condições dos domicílios particulares permanentes. Pernambuco, 2009 e 2011

Categorias 2009 2011 Relação 2009/2011

Sexo da pessoa de referência da família

Homens 63,7% 58,6% -8%

Mulheres 36,3% 41,4% 14%

Condição de atividade na semana de referência da pessoa de referência da família

Economicamente ativas 70,2% 63,4% -10%

Economicamente ativas - ocupadas 65,1% 59,9% -8%

Não economicamente ativas 29,8% 36,6% 23%

Disponibilidade de serviços

Rede geral de abastecimento de água 77,3% 82,4% 7%

Rede coletora de esgoto 39,6% 50,7% 28%

Fossa séptica ligada à rede coletora 0,8% 5,5% 588%

Coleta de lixo 80,9% 85,9% 6%

Iluminação elétrica 99,5% 99,9% 0%

Telefone 76,4% 84,9% 11%

Existência de alguns bens duráveis

Fogão 96,6% 98,7% 2%

Filtro de água 33,9% 53,6% 58%

Geladeira 87,8% 93,6% 7%

Freezer 5,7% 8,5% 49%

Máquina de lavar roupas 20,4% 26,7% 31%

Rádio 87,2% 85,7% -2%

Televisão 95,4% 97,7% 2%

DVD 74,7% 80,4% 8%

Microcomputador 19,7% 29,0% 47%

Carro 18,0% 21,4% 19%

Motocicleta 13,4% 17,5% 31%

Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 2009; 2011

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

23

4. CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS

A estruturação da vigilância em saúde ambiental constitui-se uma das respostas do setor

saúde na busca de um desenvolvimento sustentável, passando a ser interlocutor junto a outros

setores.

O acompanhamento contínuo dos fatores de risco ambientais permite verificar as mudanças

que porventura venham a ocorrer no meio ambiente ao longo do tempo e determinar se as

projeções destas modificações poderão implicar em algum impacto na saúde da população.

Segundo dados IBGE, em 2010, cerca de 76,0% da população pernambucana era coberta

por sistemas de abastecimento de água. A Região Metropolitana foi a que registrou a maior

concentração (Figura 21), bem como o maior número de poços ou nascentes (Figura 22). O

esgotamento sanitário advindo da rede geral e/ou fossa séptica ainda é um serviço precário com

uma cobertura de 43,6% dos domicílios.

Figura 21 – Domicílios com sistema de abastecimento de água por rede geral.

Pernambuco, 2010

Fonte: IBGE – Censo 2010

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

24

Figura 22 – Domicílios com abastecimento de água por poço ou nascente. Pernambuco, 2010

Fonte: IBGE – Censo 2010

O acesso à rede de abastecimento de água não garante a qualidade da água recebida. A

intermitência no abastecimento, principalmente nas áreas periféricas das grandes cidades, obriga a

população a recorrer a formas alternativas de armazenamento que geram potenciais riscos para a

saúde, incluindo a proliferação do vetor da dengue.

O monitoramento da água de consumo humano é o instrumento utilizado para verificar se a

água está de acordo com o padrão de potabilidade, estabelecido na legislação vigente (Portaria MS

nº 2914/2011) (BRASIL, 2011a). Tem como objetivo avaliar a qualidade da água consumida pela

população ao longo do tempo, bem como a eficiência do tratamento. No estado existem 10

laboratórios regionais de análise da qualidade da água, localizados nas sedes das Regiões de

Saúde, com exceção da III e XII. O diagnóstico de forma descentralizada visa fortalecer as ações

nas Regiões e municípios.

Das amostras de água analisadas em Pernambuco, no período de 2007 a 2012, para o

parâmetro turbidez, apresentou aumento no número de amostras analisadas no decorrer dos anos,

com exceção de 2012, quando houve redução de 9% em relação ao ano anterior. Quanto ao

percentual de amostras insatisfatórias, observa-se incremento de 261% no período, com maior valor

em 2012 (Figura 23).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

25

Figura 23 – Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para

o parâmetro turbidez. Pernambuco, 2007 a 2012

6.5

93

7.2

18

9.0

22

9.9

22 11

.55

9

10

.53

7

3,45,7

3,2 4,18,9

12,4

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012

%N

úm

ero

de a

mo

str

as

Nº amostras realizadas para Turbidez % amostras insatisfatórias para Turbidez

Fonte: SISAGUA/SES-PE

No período de 2007 a 2012, o estado realizou 54.851 análises de cloro residual livre

presente na água fornecida pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Houve

aumento gradativo no número de análises no período. A maior proporção de amostras

insatisfatórias ocorreu em 2008, com 14,9% (Figura 24).

Figura 24 – Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para

o parâmetro cloro residual livre. Pernambuco, 2007 a 2012

7.4

05

8.6

41

9.6

84

13

.84

6

15

.80

4

16

.22

0

13,0 14,9

8,9 6,810,4

13,7

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0

4.000

8.000

12.000

16.000

20.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012

%

mero

de a

mo

str

as

Nº amostras realizadas para Cloro Residual Livre% amostras insatisfatórias para Cloro Residual Livre

Fonte: SISAGUA/SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

26

Quanto aos indicadores de contaminação da água por coliformes totais, em Pernambuco

foram analisadas 24.471 amostras de água de consumo humano, com aumento de 750% no

período de 2007 a 2012. Destas, 23,6% estavam insatisfatórias para este parâmetro. Observa-se

declínio do percentual de amostras insatisfatórias no período de 2007 a 2010 e aumento nos anos

de 2011 a 2012. Contudo, quando comparados os anos de 2007 a 2012, verificou-se redução de

22,3% na proporção de amostras insatisfatórias para o parâmetro coliformes totais (Figura 25).

Figura 25 – Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para

o parâmetro coliformes totais. Pernambuco, 2007 a 2012

1.1

57

1.9

32

2.3

36 3

.34

1

6.9

75

8.7

30

34,1

25,0 23,5

15,6

21,626,5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012

%

mero

de a

mo

str

as

Nº amostras realizadas para Coliformes totais

% amostras insatisfatórias para Coliformes totais

Fonte: SISAGUA/SES-PE

As indústrias e os veículos automotores constituem as duas principais fontes de emissão e

contaminação do ar urbano. O tráfego pesado, devido a uma frota de veículos superior a sua

capacidade, juntamente com as indústrias, liberam uma grande quantidade de poluentes

atmosféricos, que acabam causando problemas localizados de poluição do ar (BRAGA, et al., 2007;

BUENO, et al., 2010). Eles estão associados ao aumento de doenças respiratórias, principalmente

em crianças, ao baixo peso ao nascer e à mortalidade infantil (NASCIMENTO, 2006).

Segundo o Departamento de Trânsito de Pernambuco (DETRAN-PE), a frota do estado em

2012 era de 2.279.075 veículos automotores, sendo a maior concentração na Região Metropolitana

do Recife (RMR), com 1.109.081 veículos (48,7%) (Figura 26).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

27

Figura 26 – Frota veicular de Pernambuco e Região Metropolitana do Recife. Pernambuco,

2008 a 2012

1.4

97

.82

2

1.6

57

.53

1

1.8

57

.54

0

2.0

74

.59

9

2.2

79

.07

5

77

9.4

50

84

6.5

35

93

4.8

81

1.0

27

.56

3

1.1

09

.08

1

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

2008 2009 2010 2011 2012

mero

de v

eíc

ulo

s

Pernambuco Região Metropolitana do Recife

Fonte: DETRAN-PE

Em Pernambuco, no ano de 2011, o coeficiente de morbidade hospitalar por doenças

respiratórias foi de 550,6/100.000 habitantes, 1,7% maior que o registrado em 2008. Entre as

Regiões de Saúde, destacaram-se a XI, X e VII Regiões com maior coeficiente em 2011, porém, o

maior incremento em relação ao ano de 2008 ocorreu na VI Região, na ordem de 71,7%. (Figura

27).

Figura 27 – Coeficiente de Morbidade Hospitalar por doenças respiratórias segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2008 e 2011

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

2008 533,6 562,9 627,0 443,1 355,7 412,3 1002,4 490,1 596,8 1003,5 1139,3 378,8 541,4

2011 491,0 480,1 659,5 399,8 336,0 707,9 1126,4 528,9 786,3 1138,8 1581,6 430,4 550,6

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

Co

efi

cie

nte

de M

orb

idad

e H

ospit

ala

r(p

or 100.0

00 h

abitan

tes)

Fonte: SIH/SES-PE

Dentre as principais doenças deste grupo, estão a asma, com 102,9 internações/100.000

habitantes, e a bronquite, enfisema e outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas, com 45,8

internações/100.000 habitantes em Pernambuco no ano de 2011. A X Região de Saúde foi a que

mais se destacou quanto ao coeficiente de morbidade hospitalar destes agravos no ano investigado

(Figura 28).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

28

Figura 28 – Coeficiente de Morbidade Hospitalar por asma, bronquite, enfisema e outras DPOC

segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

Asma 66,2 98,4 208,7 48,9 37,8 247,0 111,9 94,8 81,7 493,9 484,9 49,8 102,9

Bronquite, enfisema e outras DPOC 46,4 37,4 53,9 37,7 33,7 28,7 40,9 14,9 94,8 149,4 70,6 27,4 45,8

0

100

200

300

400

500

600

Co

efi

cie

nte

de M

orb

idad

e H

ospit

ala

r(p

or 100.0

00 h

abitan

tes)

Legenda: DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Fonte: SIH/SES-PE

Com relação aos óbitos acorridos em 2008 e 2011, o estado registrou aumento de 27,8% no

coeficiente de mortalidade por doenças respiratórias, que passou de 24,1 para 30,8 óbitos/100.000

habitantes. A I Região de Saúde apresentou os maiores coeficientes nos dois anos estudados,

encontrando-se aumento da mortalidade em todas as Regiões, sendo maior na II Região, com

116,2% (Figura 29).

Figura 29 – Coeficiente de Mortalidade por doenças respiratórias segundo Região de

Saúde. Pernambuco, 2008 e 2011

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

2008 29,5 15,4 23,0 27,7 11,8 17,4 18,7 21,6 13,0 15,8 15,8 16,4 24,1

2011 35,5 33,3 28,8 29,2 19,6 20,2 31,5 28,3 19,7 24,8 24,4 32,6 30,8

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Co

efi

cie

nte

de M

ort

alid

ad

e(p

or 100.0

00 h

abitan

tes)

Fonte: SIM/SES-PE

Em 2011, o coeficiente de mortalidade por asma e por bronquite, enfisema e outras

doenças pulmonares obstrutivas crônicas foi de 1,0 e 3,1 óbitos/100.000 habitantes,

respectivamente. Assim como nas internações, a X Região de Saúde destacou-se com os maiores

coeficientes (Figura 30).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

29

Figura 30 – Coeficiente de Mortalidade por asma, bronquite, enfisema e outras DPOC

segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

Asma 0,2 0,4 6,3 0,8 0,4 3,7 0,0 0,5 0,3 6,5 0,4 0,3 1,0

Bronquite, enfisema e outras DPOC 2,9 5,1 4,5 3,3 2,5 1,3 5,0 1,4 2,7 5,5 1,3 2,3 3,1

0

1

2

3

4

5

6

7

Co

efi

cie

nte

de M

ort

alid

ad

e(p

or 100.0

00 h

abitan

tes)

Legenda: DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Fonte: SIM/SES-PE

Outra questão que impacta no Ambiental é a emissão de efluentes e resíduos sólidos pelas

indústrias. O controle da emissão de efluentes está previsto em legislações específicas, como a

Instrução Normativa n. 96 de 30 de março de 2006 e na NBR 9800 (1987) (SANTOS et al., 2012).

Em Pernambuco, no período de 2006 a 2012, foram identificadas e cadastradas 211 áreas

com população em solo com suspeita de contaminação por efluente e/ou resíduos sólidos

industriais. A maioria destas áreas encontra-se na I Região de Saúde, por abranger o Complexo

Industrial e Portuário do Estado (Tabela 4).

Tabela 4 – Número de áreas cadastradas no Sissolo. Pernambuco, 2006 a 2012

Região de Saúde 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

I-Recife 13 7 6 10 9 22 57

II-Limoeiro 0 0 0 0 0 0 0

III-Palmares 0 0 0 0 4 0 0

IV-Caruaru 17 9 8 4 6 10 11

V-Garanhuns 0 1 1 0 0 1 1

VI-Arcoverde 0 0 0 0 0 0 1

VII-Salgueiro 0 0 0 0 0 0 0

VIII-Petrolina 11 0 0 0 0 1 0

IX-Ouricuri 0 0 0 0 0 1 0

X-Afogados da Ingazeira 0 0 0 0 0 0 0

XI-Serra Talhada 0 0 0 0 0 0 0

XII-Goiana 0 0 0 0 0 0 0

Pernambuco 41 17 15 14 19 35 70

Fonte: SISSOLO/SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

30

5. NATALIDADE

As informações sobre natalidade são provenientes do Sistema de Informações sobre

Nascidos Vivos (Sinasc), cujo instrumento base para coleta de dados é a Declaração de Nascido

Vivo (DN), padronizada pelo Ministério da Saúde (MS), e que também serve de base para lavratura

da Certidão de Nascimento pelo Cartório de Registro Civil (BRASIL, 2009a).

O número de nascidos vivos (NV) é utilizado para construção de alguns indicadores de

saúde, tais como coeficiente de mortalidade infantil, razão de morte materna e cobertura vacinal,

além de subsidiar a elaboração de perfis epidemiológicos para o conhecimento das condições de

nascimento das crianças e informações sócio-demográficas da mãe (MELLO-JORGE, 1993).

No período de 2002 a 2011 nasceram 146.513 crianças por ano, em média, de mães

residentes em Pernambuco. No decênio analisado houve redução de 6,6% no número de NV no

Estado, passando de 152.496 (2002) para 142.384 (2011) (Figura 31).

A Taxa Bruta de Natalidade (TBN) expressa a frequência anual de NV no total da população

e, quando apresenta valores elevados, está relacionado à baixa condição socioeconômica. A TBN é

influenciada pela estrutura etária e sexo da população (RIPSA, 2008).

Em Pernambuco, a TBN passou de 18,9 para 16,1 NV/1.000 habitantes no período entre

2002 e 2011, representando uma redução de 14,8% (Figura 31). Entre as Regiões de Saúde, no

ano de 2011, 41,0% do número de NV de mães residentes no Estado pertenciam a I Região de

Saúde. Contudo, esta Região apresentou a menor TBN (14,8 NV/1.000 habitantes), enquanto a IX

Região apresentou a maior (19,7 NV/1.000 habitantes) (Tabela 5).

Figura 31 – Número de nascidos vivos e da taxa bruta de natalidade. Pernambuco, 2002 a 2011

15

2.4

96

15

6.9

36

14

7.3

24

15

2.1

60

14

6.3

62

14

3.2

30

14

5.3

25

14

2.0

37

13

6.8

74

14

2.3

84

18,9 19,2

17,7 18,117,2 16,9 16,6 16,1

15,6 16,1

0

5

10

15

20

25

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

160.000

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Taxa B

ruta

de N

ata

lid

ad

e(p

or 1.0

00 h

abitante

s)

mero

de n

ascid

os v

ivo

s

Nº nascidos vivos TBN

Fontes: Sinasc/SES-PE; IBGE - Censos e estimativas Intercensitárias

Situação de Saúde

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

31

Tabela 5 – Número de nascidos vivos, percentual e taxa bruta de natalidade

segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011

Região de Saúde Nº de nascidos vivos Taxa Bruta de Natalidade

(1.000 habitantes)

I-Recife 58.376 14,8

II-Limoeiro 8.618 15,1

III-Palmares 9.648 16,7

IV-Caruaru 20.189 16,1

V-Garanhuns 9.175 17,8

VI-Arcoverde 6.939 17,9

VII-Salgueiro 2.643 19,0

VIII-Petrolina 8.360 18,9

IX-Ouricuri 6.514 19,7

X-Afogados da Ingazeira

2.912 16,1

XI-Serra Talhada 4.205 18,7

XII-Goiana 4.805 15,8

Pernambuco 142.384 16,1

Fontes: Sinasc/SES-PE; IBGE - Censos e estimativas Intercensitárias

5.1. Características Gerais do Recém-Nascido O peso ao nascer é uma das variáveis da DN, relacionadas ao recém-nascido, tomado até a

quinta hora de vida após o nascimento. Nesta análise, realizou-se uma adaptação da classificação

da Organização Mundial de Saúde (OMS), com a junção das categorias extremo baixo peso

(<1.000g) e muito baixo peso, resultando nos seguintes parâmetros:

Muito baixo peso (MBP): <1.500g;

Baixo peso (BPN): 1.500-2.499g;

Insuficiente: 2.500-2.999g;

Adequado: 3.000-3.999g;

Excesso de peso: ≥ 4.000g.

Entre 2002 e 2011, em Pernambuco, a proporção de NV com peso adequado apresentou

média de 64,8%; peso insuficiente, média de 21,2%; e BPN, média de 6,5%. O peso ao nascer

inferior a 2.500g é considerado importante fator de risco para mortalidade infantil. Embora esteja

relacionado a algumas variáveis maternas, sua frequência é resultado direto de uma condição

socioeconômica desfavorável, podendo ser considerado um bom indicador de qualidade de vida. O

BPN também pode estar relacionado à prematuridade, ao parto cesárea e à gravidez na

adolescência e em mulheres acima de 35 anos. Como será apresentado posteriormente, todos

estes fatores apresentaram aumento em Pernambuco no período estudado (Tabela 6).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

32

Tabela 6 – Proporção de nascidos vivos segundo peso ao nascer. Pernambuco, 2002 a 2011

Peso ao

nascer

Biênio Média 2002-2011

Variação da proporção

2010-2011/2002-2003 2002-2003 2004-2005 2006-2007 2008-2009 2010-2011

MBP 1,1% 1,1% 1,2% 1,2% 1,3% 1,2% 18,2%

BPN 6,5% 6,5% 6,4% 6,4% 6,5% 6,5% 0,0%

Insuficiente 21,1% 21,2% 20,9% 21,0% 21,6% 21,2% 2,4%

Adequado 64,5% 64,7% 64,8% 65,1% 64,9% 64,8% 0,6%

Excesso 6,2% 6,2% 6,5% 6,2% 5,8% 6,2% -6,5%

Ignorado 0,5% 0,3% 0,1% 0,1% 0,1% 0,2% -80,0%

Fontes: Sinasc/SES-PE

A análise da idade gestacional é utilizada para avaliar o risco de morbimortalidade do

recém-nascido e, assim, proporcionar assistência adequada com tecnologias específicas de

atenção à gestante e ao recém-nascido.

Considerando a idade gestacional, o recém-nascido é classificado em:

Prematuro: <37 semanas;

A termo: 37 a 41 semanas;

Pós-termo: 42 semanas e mais.

A prematuridade é um importante fator que contribui tanto para a mortalidade infantil quanto

para o comprometimento do crescimento e desenvolvimento da criança.

Em virtude da mudança na variável duração da gestação no formulário da DN a partir de

2011, que passou a ser preenchida com a data da última menstruação discriminada, houve aumento

da proporção de NV com duração da gestação ignorada/não informada. Em virtude disso, optou-se

por retirar o ano de 2011 da análise. Ao analisar os triênios compreendidos no período de 2002 a

2010, observa-se aumento na proporção de NV prematuros (11,9%), redução proporcional de NV

pós-termo (75,0%), e predomínio de NV a termo, com média de 93,1% (Tabela 7).

Tabela 7 – Proporção de nascidos vivos segundo duração da gestação. Pernambuco, 2002 a 2011

Duração da gestação

Triênio Média

2002-2010 Variação da proporção 2008-2010/2002-2004 2002-2004 2005-2007 2008-2010

Prematuro 5,2% 5,5% 5,9% 5,5% 11,9%

A termo 93,2% 92,9% 93,1% 93,1% -0,1%

Pós-termo 1,4% 1,5% 0,8% 1,2% -75,0%

Ignorado 0,2% 0,1% 0,3% 0,2% 33,3%

Fontes: Sinasc/SES-PE

Ao analisar a duração da gestação entre as Regiões de Saúde, utilizou-se o ano de 2010,

tendo em vista que este foi o último ano antes da mudança no preenchimento da variável duração

da gestação. Nesse ano, verificou-se que a maior concentração de NV pré-termo ocorreu na I

Região (7,5%) e pós-termo na VIII Região (2,0%). A proporção de NV a termo se manteve acima de

90% em todas as Regiões (Figura 32).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

33

Figura 32 – Proporção de nascidos vivos segundo duração da gestação e Região de Saúde. Pernambuco, 2010

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

Ignorado 0,2 0,4 1,9 0,4 0,7 0,3 1,0 0,5 0,3 0,2 0,4 0,2 0,4

Pós-termo 0,5 0,7 0,9 0,5 1,4 0,4 0,8 2,0 0,8 1,1 2,6 0,7 0,8

A termo 91,9 94,2 91,5 93,4 93,1 95,4 92,3 90,5 94,8 94,4 92,9 93,4 92,7

Prematuro 7,5 4,7 5,7 5,7 4,8 3,9 5,9 7,0 4,1 4,2 4,0 5,6 6,1

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Fonte: Sinasc/SES-PE

5.2. Características Gerais Maternas A idade materna é um importante fator de risco para o BPN, particularmente entre as

adolescentes (NASCIMENTO; GOTLIEB, 2001).

Ao analisar os NV de Pernambuco entre os anos 2002 e 2011, identificou-se aumento de

20,0% na proporção de NV de mães com 10-14 anos e redução de 11,0% de mães com idade entre

15-19 anos. A proporção de NV de mães com idade entre 20 a 34 anos foi a maior entre os grupos

etários, apresentando média de 68,7% no período. Quanto à proporção de NV de mães com idade

de 35 anos e mais, observa-se aumento de 15,0%, passando de 8,0% no biênio 2002-2003 para

9,2% em 2010-2011 (Tabela 8).

Tabela 8 – Proporção de nascidos vivos segundo idade da mãe. Pernambuco, 2002 a 2011

Idade da

mãe

Biênio Média

2002-2011

Variação da proporção

2010-2011/2002-2003 2002-2003 2004-2005 2006-2007 2008-2009 2010-2011

10 a 14 1,0% 1,0% 1,0% 1,0% 1,2% 1,0% 20,0%

15 a 19 22,8% 22,9% 22,3% 21,2% 20,3% 21,9% -11,0%

20 a 34 68,1% 68,2% 68,4% 69,2% 69,4% 68,7% 1,9%

≥ 35 8,0% 7,9% 8,3% 8,5% 9,2% 8,4% 15,0%

Ignorado 0,1% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% -100,0%

Fontes: Sinasc/SES-PE

Em 2011, as Regiões de Saúde que apresentaram as maiores proporções de mães

adolescentes (10 a 19 anos) no estado foram a III (28,1%), IX (24,9%) e XII (23,9%). Com relação

às mães com idade igual ou superior a 35 anos destacaram-se as Regiões V (10,4%) e I (10,2%)

(Figura 33).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

34

Figura 33 – Proporção de nascidos vivos segundo idade da mãe e Região de Saúde.

Pernambuco, 2011

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

≥ 35 10,2 8,7 6,5 9,1 10,4 9,7 9,2 9,5 9,3 7,6 8,3 8,7 9,4

20 a 34 70,5 70,6 65,4 68,2 68,9 67,1 69,2 68,2 65,8 71,2 69,7 67,5 69,1

15 a 19 18,3 19,5 26,0 21,3 19,6 21,9 20,5 20,9 23,6 20,3 20,9 22,6 20,3

10 a 14 1,0 1,3 2,1 1,5 1,2 1,3 1,1 1,4 1,3 1,0 1,2 1,3 1,2

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Fonte: Sinasc/SES-PE

O grau de instrução materno, única variável da DN que permite avaliar a situação

socioeconômica do recém-nascido, está associado com o resultado da gestação e sobrevivência no

primeiro ano de vida (MELLO-JORGE et al., 1993).

A baixa escolaridade materna pode predispor ao aparecimento de situações de risco para a

mãe e o recém-nascido, pois está associada ao baixo peso ao nascer, à mortalidade perinatal,

neonatal e infantil, assim como ao aumento do número de partos (HAIDDAR; OLIVEIRA;

NASCIMENTO, 2001).

Em Pernambuco, a proporção de mães sem escolaridade variou de 9,0% (2002) para 1,8%

(2011), com redução de 80,0%, e acréscimo de 82,4% de nascidos vivos cujas mães possuem oito

ou mais anos de estudo, variando de 31,9% (2002) a 58,2% (2011) (Figura 34).

Figura 34 – Proporção de nascidos vivos segundo escolaridade materna. Pernambuco, 2002 a 2011

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Nenhuma 9,0 7,3 6,2 5,3 4,4 3,8 3,0 2,6 2,2 1,8

1 a 3 19,7 18,2 16,8 15,6 14,1 13,0 11,2 9,7 9,1 8,3

4 a 7 37,4 37,7 38,0 38,1 37,2 36,7 35,9 34,4 32,7 30,4

8 a 11 23,3 25,4 27,8 30,0 32,4 33,7 35,6 38,6 41,0 48,2

≥ 12 8,6 9,5 9,4 9,5 10,7 12,0 13,2 13,4 14,1 10,0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100%

Fonte: Sinasc/SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

35

A análise por Região de Saúde, no ano de 2011, revelou que a VI Região possui a maior

proporção de NV de mães sem escolaridade (4,1%) e a I Região a menor (0,7%). Em contrapartida,

mais de 50% dos NV das I, II, VII e XI Regiões são de mães com escolaridade entre 8 a 11 anos. A I

e VIII Regiões destacaram-se por apresentar proporções de nascidos vivos de mães com

escolaridade igual ou superior a 12 anos, maior que a média estadual, com 14,7% e 10,6%,

respectivamente (Figura 35).

Figura 35 – Proporção de nascidos vivos segundo escolaridade materna e Região de Saúde. Pernambuco, 2011

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

Ignorado 0,5 1,3 1,2 1,5 1,2 6,7 1,1 1,0 0,8 1,5 2,0 0,9 1,2

≥ 12 14,7 6,5 4,2 6,6 7,0 5,6 9,0 10,6 6,0 6,8 6,8 6,2 10,0

8 a 11 56,3 50,7 38,7 40,7 36,0 37,0 52,7 48,8 41,3 41,2 50,0 44,0 48,2

4 a 7 23,6 30,3 39,1 37,2 37,5 33,2 29,0 31,6 36,0 39,6 31,3 34,8 30,4

1 a 3 4,1 9,5 13,5 11,5 14,4 13,3 6,4 6,8 13,2 9,8 8,3 11,2 8,3

Nenhuma 0,7 1,6 3,3 2,4 3,8 4,1 1,8 1,3 2,7 1,1 1,6 2,9 1,8

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Fonte: Sinasc/SES-PE

5.3. Características Gerais da Gestação e Parto A não realização de consultas de pré-natal pode contribuir para a mortalidade infantil

(TREVISAN et al., 2002) e materna. A assistência pré-natal adequada possibilita a identificação

precoce de situações de risco, previne complicações e assegura a evolução normal da gravidez,

preparando a mãe para o parto, puerpério e os cuidados com o recém-nascido. Desta forma,

ampliar o acesso à consulta de pré-natal foi contemplado em um dos objetivos do Pacto pela Vida

(BRASIL, 2009b).

Em Pernambuco, observa-se importante redução na proporção de NV de mães sem

consultas de pré-natal (72,1%), variando de 6,1% em 2002 para 1,7% em 2011. Ao mesmo tempo

identificou-se aumento de 39,9% para 54,3% na proporção de NV de mães com 7 ou mais consultas

de pré-natal (Figura 36), representando um aumento proporcional de 36,1%. Isto pode estar

relacionado ao aumento da cobertura da Estratégia Saúde da Família em Pernambuco, que passou

de uma cobertura de 49,3% em 2002, para 68,2% em 2011 (BRASIL, 2002; BRASIL, 2011b).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

36

Figura 36 – Proporção de nascidos vivos segundo número de consultas de pré-natal. Pernambuco,

2002 a 2011

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Nenhuma 6,1 4,8 3,8 3,4 2,6 2,1 1,8 1,8 1,5 1,7

1 a 3 11,6 10,5 10,5 10,9 9,5 8,6 7,9 7,5 6,9 8,1

4 a 6 41,3 42,9 43,8 45,5 44,6 44,3 43,2 41,2 38,8 34,2

≥ 7 39,9 40,7 40,9 39,2 42,5 44,4 46,2 48,6 52,0 54,3

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100%

Fonte: Sinasc/SES-PE

A análise de 2011 revelou que as Regiões de Saúde, exceto a III, apresentaram mais de

50% dos NV cujas mães realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal, sendo a X Região a que

apresentou a maior proporção (64,7%), e a XI a segunda menor (50,6%) (Figura 37).

Figura 37 – Proporção de nascidos vivos segundo número de consultas de pré-natal e Região de Saúde.

Pernambuco, 2011

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

Ignorado 2,8 0,7 1,0 0,6 1,2 0,4 0,8 1,1 0,4 0,1 0,2 1,1 1,6

≥ 7 53,6 55,3 42,4 55,7 58,9 59,6 57,7 56,8 55,7 64,7 50,6 50,9 54,3

4 a 6 32,8 36,2 42,3 34,8 32,1 31,2 33,6 33,2 36,2 29,5 38,4 37,5 34,2

1 a 3 9,1 6,4 11,1 7,4 6,2 6,5 7,3 8,1 6,5 4,0 7,8 8,1 8,1

Nenhuma 1,7 1,4 3,2 1,5 1,6 2,3 0,7 0,8 1,1 1,6 3,0 2,4 1,7

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Fonte: Sinasc/SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

37

O parto cesárea é uma alternativa cirúrgica quando a vida da gestante e/ou do feto está em

risco (BARBOSA et al., 2003). Apesar disso, observa-se aumento progressivo de partos cesáreos

no Brasil e no mundo, superando os 15% preconizados pela Organização Mundial de Saúde.

Estudo realizado por Haiddar, Oliveira e Nascimento (2001) identificou que mães com maior

escolaridade apresentam maior chance de terem partos cesáreos. Além disso, a ocorrência de NV

prematuros é maior nesse tipo de parto (ZIMMERMMANN et al., 2009).

No início do período predominaram os partos vaginais, que foram reduzindo gradativamente

chegando a ser superados pelos partos cesáreos no ano de 2010 (Figura 38).

Figura 38 – Proporção de nascidos vivos segundo tipo de parto. Pernambuco, 2002 a 2011

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Vaginal 68,7 66,5 65,7 64,3 61,0 59,4 55,0 52,9 49,9 48,7

Cesárea 31,1 33,4 34,2 35,6 38,9 40,6 45,0 47,0 50,0 51,1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100%

Fonte: Sinasc/SES-PE

Quanto às Regiões de Saúde, a VI Região destacou-se por apresentar a maior proporção

de partos vaginais (61,8%) e a X Região de partos cesáreas (64,3%), em 2011 (Figura 38).

Figura 39 – Proporção de nascidos vivos segundo tipo de parto e Região de Saúde. Pernambuco, 2011

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

Ignorados 0,1 0,3 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 1,8 0,1 0,2

Cesárea 56,0 57,4 50,1 52,3 42,5 38,0 44,8 40,7 39,9 64,3 46,4 44,5 51,1

Vaginal 43,9 42,3 49,7 47,5 57,1 61,8 55,0 59,1 59,9 35,6 51,8 55,4 48,7

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Fonte: Sinasc/SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

38

O local de ocorrência do parto é determinado pelo modelo assistencial vivenciado na

localidade (PROGIANTI, 2004). De acordo com o Manual de Orientações para Preenchimento da

DN (BRASIL, 2011c), as opções disponíveis para preenchimento são:

Hospitalar, quando o nascimento ocorre em estabelecimento de saúde com funcionamento 24

horas por dia e que disponha de um profissional médico de plantão;

Domiciliar, quando o nascimento ocorre em domicílio, seja este o de residência da mãe ou

não;

Outros Estabelecimentos de Saúde, quando o nascimento ocorre em qualquer

estabelecimento de saúde que não se enquadra na definição para o Hospital;

Outros, quando o nascimento não ocorre nos locais especificados nas outras opções.

No decênio analisado, observa-se que em média 98,5% dos NV de Pernambuco ocorreram

em Hospitais. A proporção de NV de parto domiciliar representou apenas 0,9% no período, com

redução de cerca de 80%, entre 2002 e 2011.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

39

6. MORBIDADE

6.1. Doenças e agravos transmissíveis

6.1.1. Hanseníase

A Hanseníase é transmitida através do Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen) e é

considerada um importante problema de saúde pública em alguns países em desenvolvimento, entre

eles o Brasil. A doença é caracterizada por manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou

amarronzadas em qualquer parte do corpo com alteração da sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Os

sintomas estão relacionados ao comprometimento do nervo, podendo afetar a força muscular, a

marcha, entre outros, e até provocar deformidades físicas. O controle da hanseníase é baseado no

diagnóstico precoce de casos, tratamento e cura oportunos, visando à eliminação das fontes de

infecção e prevenção das possíveis sequelas (Brasil, 2010b).

Em Pernambuco, apesar do coeficiente de detecção de casos novos vir decrescendo

anualmente, o estado continua classificado como de endemicidade muito alta na detecção geral e

hiperendêmico em menores de 15 anos, segundo os critérios preconizados pela OMS e estabelecidos

na Portaria nº 3.125 (Tabela 9). Isso demonstra a presença de fontes de transmissão ativa da doença

e provável endemia oculta. O estado é responsável por 7,8% dos casos novos do Brasil na população

geral e 11,8% dos casos em menores de 15 anos. Ocupa a 9ª e 5ª colocação em coeficiente de

detecção geral e em menores de 15 anos, respectivamente, em relação às demais Unidades

Federadas do país.

Tabela 9 – Parâmetros de endemicidade para o coeficiente de detecção anual de casos novos na população

geral em em menores de 15 anos

Classificação Coeficiente geral Coeficiente <15 anos

Hiperendêmico ≥40,00/100.000 hab. ≥10,00/100.000 hab.

Muito alto 20,00 a 39,99/100.000 hab. 5,00 a 9,99/100.000 hab.

Alto 10,00 a 19,99/100.000 hab. 2,50 a 4,99/100.000 hab.

Médio 2,00 a 9,99/100.000 hab. 0,50 a 2,49/100.000 hab.

Baixo <2,00/100.000 hab. <0,50/100.000 hab.

Fonte: BRASIL, 2010b

A RMR é responsável, em média, por 60% dos casos diagnosticados na população geral do

estado, e 80% dos casos em menores de 15 anos. A capital pernambucana responde por

aproximadamente 30% do total de casos diagnosticados ao ano.

Ao se observar a distribuição de casos por Região de Saúde (Tabela 10), percebe-se, na

detecção geral, que as áreas variam entre a hiperendemicidade e média endemicidade, e, na

população menor de 15 anos, entre os parâmetros da hiperendemicidade e não endemicidade.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

40

Provavelmente essas variações estão relacionadas a questões operacionais e não epidemiológicas,

merecendo destaque a concentração de casos na I Região de Saúde, dando à endemia um aspecto

urbanicista.

Tabela 10 – Coeficiente de detecção geral e em < de 15 anos (por 100.000 habitantes) e parâmetros de

endemicidade da OMS segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011

Região de Saúde População geral Menores de 15 anos

Coeficiente de detecção

Parâmetros (endemicidade)

Coeficiente de

detecção Parâmetros

(endemicidade)

I-Recife 44,5 Hiperendêmico 26,2 Hiperendêmico

II-Limoeiro 15,0 Alto 4,8 Alto

III-Palmares 13,0 Alto 5,9 Muito Alto

IV-Caruaru 11,5 Alto 2,4 Médio

V-Garanhuns 7,6 Médio 0,0 Baixo

VI-Arcoverde 14,1 Alto 3,5 Alto

VII-Salgueiro 30,3 Muito Alto 0,0 Baixo

VIII-Petrolina 47,2 Hiperendêmico 11,0 Hiperendêmico

IX-Ouricuri 39,0 Muito Alto 5,8 Muito Alto

X-Afogados da Ingazeira 13,3 Alto 0,0 Baixo

XI-Serra Talhada 15,6 Alto 3,2 Alto

XII-Goiana 26,4 Muito Alto 2,5 Alto

Pernambuco 29,9 Muito Alto 12,7 Hiperendêmico

Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

No período de 2007 a 2011 observa-se uma baixa proporção de contatos examinados

dentre os registrados, sempre abaixo do preconizado pelo MS (75%) (Figura 40). É evidente a

necessidade de se intensificar ações que melhorem a busca ativa de contatos, pois contribuirá para

a redução na incidência e/ou aumento do diagnóstico oportuno.

Figura 40 – Proporção de contatos intradomiciliares registrados, dentre os esperados, e de contatos

examinados, dentre os casos novos de hanseníase registrados. Pernambuco, 2007 a 2011

93,5 93,0 91,0 90,0 89,0

53,0

68,072,0

65,0

58,0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2007 2008 2009 2010 2011

%

Contatos registrados entre os esperados Contatos examinados

Fonte: Sinan/SES–PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

41

No mesmo período analisado, a proporção de cura na coorte dos casos novos foi em média

82,2% (Figura 41). Esse indicador avalia a qualidade da atenção e do acompanhamento dos casos

novos diagnosticados até a completitude do tratamento. O resultado do indicador representado na

série histórica demonstra a necessidade de se intensificar ações que favoreçam um efetivo

acompanhamento das pessoas acometidas pela hanseníase no estado.

Figura 41 – Proporção de cura na coorte de casos novos de hanseníase.

Pernambuco, 2007 a 2011

80,1 82,284,7 83,4

80,8

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2007 2008 2009 2010 2011

%

Fonte: Sinan/SES–PE

A figura 42 demonstra que a proporção de casos em possíveis abandonos de tratamento

apresentou oscilação nos últimos cinco anos. Em 2009 houve redução de 66,0% em relação ao ano

de 2008, porém, nos anos subsequentes houve um expressivo aumento, com acréscimo de 40,0% e

122,2% entre os anos de 2009 a 2010 e 2010 a 2011, respectivamente.

Figura 42 – Proporção de casos em possíveis abandonos de tratamento de

hanseníase no registro ativo. Pernambuco, 2007 a 2011

18,0 15,9

5,412,0

16,8

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2007 2008 2009 2010 2011

%

Fonte: Sinan/SES–PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

42

A proporção de casos com o grau de incapacidade física avaliado no momento do

diagnóstico e da cura tem como utilidade medir a qualidade do atendimento dos serviços de saúde,

mostrando a efetividade ou não do serviço em relação à detecção precoce dos casos novos. A

figura 43 demonstra que nos últimos cinco anos, em média, 90,1% dos casos foram avaliados no

momento do diagnóstico, resultado satisfatório pelos parâmetros OMS, e que os casos detectados

com algum grau de incapacidade instalado (I e II) apresentam declínio nos percentuais no mesmo

período avaliado.

Figura 43 – Proporção de casos de incapacidade física segundo grau (I e II) no momento

do diagnóstico de hanseníase e proporção de avaliados. Pernambuco, 2007 a 2011

27,6

20,0 21,0 19,0 20,5

7,9 7,0 6,0 6,0 5,6

90,6 90,0 92,0 90,0 88,0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2007 2008 2009 2010 2011

%

% GI I % GI II % Avaliado

Legenda: GI I – Grau de incapacidade física I; GI II – Grau de incapacidade física II Fonte: Sinan/SES-PE

Quanto aos casos com o grau de incapacidade física avaliado na cura (Figura 44), observa-se

que, em média, 60,2% dos casos foram avaliados em todo período, parâmetro considerado

precário, pelos parâmetros do MS o qual recomenda que 90,0% dos casos sejam avaliados no

momento da cura. Os percentuais dos casos com incapacidades instaladas (I e II) se mantiveram

com pequenas oscilações, apresentando declínio do grau I e grau II entre os anos de 2010 e 2011.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

43

Figura 44 – Proporção de casos de incapacidade física segundo grau (I e II) no momento

da cura por hanseníase e proporção de avaliados. Pernambuco, 2007 a 2011

16,0 16,013,0 14,0 13,4

5,0 5,0 5,0 5,0 4,7

50,0

60,063,0 65,0 63,1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2007 2008 2009 2010 2011

%

GIF I GIF II Avaliados

Legenda: GI I – Grau de incapacidade física I; GI II – Grau de incapacidade física II Fonte: Sinan/SES-PE

6.1.2. Tuberculose

Nos países em desenvolvimento, estima-se que ocorram 7,5 milhões de casos novos e mais

de 2,8 milhões de mortes por tuberculose (TB). A prevalência no sexo masculino é duas vezes

maior que no feminino e atinge todos os grupos etários, com maior predomínio nos indivíduos

economicamente ativos (15 a 54 anos). O Brasil apresenta aproximadamente 85 mil casos novos

por ano e cerca de 5 a 6 mil mortes pela doença (BRASIL, 2005).

Em Pernambuco, no período entre 2007 a 2011, foram registrados, em média, 4.124,4

novos casos de tuberculose por ano. Neste período, houve uma pequena oscilação nas taxas de

incidência da tuberculose pulmonar bacilífero, com valor máximo no ano de 2009 (48,1 casos por

100.000 habitantes) e valor mínimo no ano de 2011 (47,1/100.000 habitantes), observando-se

estabilização nos patamares (Figura 45).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

44

Figura 45 – Número de casos novos e taxa de incidência (por 100.000 habitantes)

de tuberculose. Pernambuco, 2007 a 2011

40

35

40

70

42

02

4168

4147

47,5 47,4 48,1 47,3 47,1

0

10

20

30

40

50

0

1000

2000

3000

4000

5000

2007 2008 2009 2010 2011

Taxa d

e in

cid

ên

cia

(po

r 100.0

00 h

abitante

s)

mero

de c

aso

s

Nº de casos Taxa de Incidência

Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

No ano de 2010, das 12 Regiões de Saúde de Pernambuco, a I Região notificou o maior

número de casos novos (3.051), com uma taxa de incidência de 78,1/100.000 habitantes, devido à

grande concentração da populacional em áreas de cluster e em Unidades Prisionais. Entre os

percentuais de abandono, o maior foi observado na VIII Região, com 13,9%, o que favorece a

manutenção da cadeia de transmissão da doença e risco de resistência ao medicamento anti-TB

(Tabela 11).

Tabela 11 – Número de casos novos, taxa de incidência (por 100.000 habitantes) e percentual de casos

com abandono de tratamento de tuberculose segundo Região de saúde. Pernambuco, 2010

Região de Saúde Nº de casos

novo Taxa de Incidência (por 100.000 hab.)

% de casos com abandono de tratamento

I-Recife 3.051 78,1 11,4

II-Limoeiro 166 29,3 7,8

III-Palmares 184 32 9,8

IV-Caruaru 244 19,7 11,5

V-Garanhuns 80 15,6 2,5

VI-Arcoverde 58 15,2 10,3

VII-Salgueiro 49 35,3 6,1

VIII-Petrolina 101 23,2 13,9

IX-Ouricuri 63 19,1 9,5

X-Afogados da Ingazeira 25 13,8 12,0

XI-Serra Talhada 28 12,5 0,0

XII-Goiana 98 32,4 8,0

Pernambuco 4147 47,1 10,7

Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

45

Uma das estratégias para o controle da tuberculose é o exame dos contatos

intradomiciliares de pacientes TB pulmonar bacilífero, forma esta que transmite a doença. Em 2010,

a meta pactuada para o Brasil foi de 70% dos contatos intradomiciliares examinados e de 65% para

Pernambuco. Nesse período, o estado alcançou 56,5%.

O tratamento é a principal ação para romper a cadeia de transmissão e, para aumentar sua

efetividade, foi instituído o Tratamento Diretamente Observado (TDO) e implementadas estratégias

para aumentar a adesão.

A figura 46 dispõe o percentual de abandono do tratamento dos casos de TB, onde mostra

uma tendência crescente entre os anos de 2006 a 2008 e um leve decréscimo entre os anos de

2009 e 2010. Contudo, o indicador ainda permanece em patamares elevados, de acordo com o que

preconiza a OMS, cujo valor não deve ultrapassar 5%.

Figura 46 – Percentual de abandono dos casos novos de tuberculose. Pernambuco,

2006 a 2010

8,2 9,3 11,6 10,9 10,7

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2006 2007 2008 2009 2010

%

Fonte: Sinan/SES–PE

6.1.3. HIV/Aids

A aids é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Devido a sua

gravidade e caráter pandêmico, constitui-se, mundialmente, como um grave problema à saúde. O

indivíduo infectado com o HIV que não realiza tratamento com antirretrovirais pode evoluir para uma

grave disfunção imunológica, reduzindo os linfócitos T-CD4+, consideradas as principais células de

defesa do organismo humano (BRASIL, 2010c).

Com a defesa do organismo comprometida, o indivíduo torna-se vulnerável a infecções e

doenças oportunistas. Por outro lado, desde 1996, os antirretrovirais têm se mostrado

reconstrutores do sistema imunológico, aumentando, portanto, as chances de defesa do organismo,

bem como estendendo a sobrevida das pessoas que vivem com HIV/aids (BRASIL, 2010c).

No período de 2001 a 2011, Pernambuco registrou um total de 11.485 casos novos de aids,

com uma média de 1.044 novos casos por ano. Os casos, que no início da pandemia

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

46

predominavam no sexo masculino, apresentam hoje uma razão de sexo de 1,6 homens para cada

mulher, caracterizando uma tendência a feminização (Tabela 12).

Tabela 12 – Número de casos novos de aids em maiores de 13 anos por sexo segundo o ano de diagnóstico.

Pernambuco, 2001 a 2011*

Ano Diagnóstico

Masculino Feminino Razão de sexos

Total Nº % Nº %

2001 508 65,0 273 35,0 1,9 781

2002 672 62,7 399 37,3 1,7 1.071

2003 608 60,6 395 39,4 1,5 1.003

2004 620 61,6 387 38,4 1,6 1.007

2005 678 59,9 453 40,1 1,5 1.131

2006 591 59,2 408 40,8 1,4 999

2007 569 60,8 367 39,2 1,6 936

2008 618 61,1 394 38,9 1,6 1.012

2009 672 63,9 380 36,1 1,8 1.052

2010 784 60,4 514 39,6 1,5 1.298

2011 758 63,4 437 36,6 1,7 1.195

Total 7.078 61,6 4.407 38,4 1,6 11.485

Nota: *Notificações até Setembro/2012 Fonte: Sinan/SES–PE

Analisando-se as taxas de incidência de aids em indivíduos com 13 anos e mais no referido

período (Figura 47), verifica-se uma discreta tendência de estabilização, porém, em patamares

elevados em ambos os sexos. Observa-se também a interiorização da distribuição geográfica dos

casos, apenas 10 municípios ainda não têm pelo menos um caso notificado (Figura 48).

Figura 47 – Taxa de Incidência de aids (por 100.000 habitantes) em indivíduos maiores de 13 anos

segundo sexo e ano do diagnóstico. Pernambuco, 2001 a 2011*

13,1

17,2

15,4 15,6

16,7

14,413,7

14,6

15,7

18,517,8

6,6

9,6 9,4 9,1

10,4

9,38,3

8,7 8,4

11,3

9,59,8

13,212,3 12,2

13,4

11,710,9

11,6 11,9

14,8

13,5

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011Taxa d

e in

cid

ên

cia

(p

or 100.0

00 h

ab

itan

tes)

Masculino Feminino Total

*Notificações até Setembro/2012 Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

47

Figura 48 – Distribuição do número de casos acumulados de aids segundo município de residência.

Pernambuco, 1983 a 2012*

*Notificações até Setembro/2012 Fonte: Sinan/SES–PE

No início da epidemia de aids, verifica-se que os homossexuais e bissexuais representavam

o maior percentual de categoria de exposição ao HIV. Tal situação pode ter influenciado uma falsa

ideia de que outros grupos populacionais não estivessem expostos à infecção. Atualmente, nota-se

uma forte tendência da heterossexualização (Figura 49).

Figura 49 – Proporção de casos de aids em indivíduos com 13 anos e mais segundo categoria de

exposição e ano de diagnóstico. Pernambuco, 1983 a 2011

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Homossexual Bissexual Heterossexual UDIHemofílico Transfusão Acid.Mat.Biológico Perinatal

*Notificações até Setembro/2012 Fonte: Sinan/SES–PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

48

Observando-se os casos de aids em menores de 13 anos, verifica-se que desde o ano de

1995, a totalidade dos casos em Pernambuco nesta faixa etária, possui como categoria de

exposição ao HIV, a transmissão vertical (TV) (Figura 50). Este fato poderia ser evitado seguindo-se

todo o protocolo para a prevenção de TV de HIV: AZT e terapia combinada para a mãe na gestação

e parto; parto cesáreo eletivo; AZT xarope para a criança nos primeiros dias de vida, quando a mãe

fez uso de antirretrovirais (ARV) na gestação e, associado à Nevirapina quando não fez uso de ARV

na gestação; e inibição da lactação associada ao fornecimento de formula láctea infantil até os 6

meses. Estas medidas reduzem as chances de TV a menos de 2% (BRASIL, 2008a;BRASIL, 2009c;

BRASIL, 2010c).

Figura 50 – Proporção de casos de aids em menores de 13 anos segundo categoria de exposição e

ano de diagnóstico. Pernambuco, 1987 a 2011*

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

19

87

19

88

19

89

19

90

19

91

19

92

19

93

19

94

19

95

19

96

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

Hemofílico Transfusão Perinatal

*Notificações até Setembro/2012 Fonte: Sinan/SES–PE

Analisando-se as notificações de gestantes HIV+ por Região de Saúde, pode-se perceber

que a I Região apresenta, em média, 80% das notificações e as maiores taxas de detecção do

estado (Tabela 13).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

49

Tabela 13 – Número de casos de gestantes HIV positivas e taxa de detecção (por 1.000 nascidos vivos) segundo

Região de Saúde de notificação. Pernambuco, 2007 a 2011

Região de Saúde

Ano de Notificação

2007 2008 2009 2010 2011

Nº Taxa Nº Taxa Nº Taxa Nº Taxa Nº Taxa

I-Recife 173 3,0 186 3,2 125 2,2 205 3,6 201 3,4

II-Limoeiro 4 0,5 14 1,5 5 0,6 9 1,1 14 1,6

III-Palmares 10 1,0 12 1,1 7 0,7 10 1,2 9 0,9

IV-Caruaru 2 0,1 2 0,1 4 0,2 9 0,5 12 0,6

V-Garanhuns 0 0,0 6 0,6 1 0,1 2 0,2 8 0,9

VI-Arcoverde 1 0,1 1 0,1 1 0,1 3 0,4 3 0,4

VII-Salgueiro 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0

VIII-Petrolina 1 0,1 1 0,1 0 0,0 4 0,5 6 0,7

IX-Ouricuri 1 0,1 1 0,1 0 0,0 3 0,5 7 1,1

X-Afogados da Ingazeira 1 0,3 2 0,7 2 0,7 1 0,4 2 0,7

XI-Serra Talhada 1 0,2 1 0,3 1 0,3 0 0,0 1 0,2

XII-Goiana 3 0,6 3 0,6 3 0,6 12 2,6 14 2,9

Pernambuco 197 1,4 229 1,6 149 1,0 258 1,9 277 1,9

*Notificações até Setembro/2012 Fonte: Sinan/Sinasc/SES–PE

6.1.4. Sífilis congênita

A Sífilis congênita é resultado de uma infecção bacteriana causada pelo Treponema

pallidum e é transmitida ao bebê por via transplacentária de uma mãe infectada não tratada ou

tratada inadequadamente. Pode provocar aborto, natimorto, má formação do feto, ou morte do

recém-nato. É uma doença que pode ser evitada se o tratamento da mãe e parceiro sexual ocorrer

em tempo hábil (BRASIL, 2010d).

Em casos de sífilis congênita notificados, mais de 50% são assintomáticos. Considerando

que a taxa de transmissão vertical da sífilis em mulheres sem tratamento é de 70% na fase primária,

100% na fase secundária e de 30% nas fases tardias da doença, a rotina da triagem de sífilis nas

gestantes no início da gestação, 3º trimestre gestacional e também na hora do parto torna-se ainda

mais importante (BRASIL, 2006a).

Analisando-se as taxas de incidência de sífilis congênita entre os anos de 2001 e 2011

(Figura 51), verifica-se um comportamento instável, com patamares elevados (média de 3,7/1.000

nascidos vivos) e bem além da meta do MS, que é menor de 0,5 caso para cada 1.000 nascidos

vivos (BRASIL, 2011d). As altas taxas de incidência apresentadas no estado podem estar refletindo

falhas dos serviços de saúde, principalmente no que concerne à detecção precoce de casos de

gestantes com sífilis e tratamento adequado no pré-natal, incluindo os parceiros.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

50

Figura 51 – Número de casos de sífilis congênita em menores de 1 ano e taxa de incidência

(por 1.000 nascidos vivos) segundo ano do diagnóstico. Pernambuco, 2001 a 2011

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Número de casos 490 419 654 574 715 666 558 405 427 477 669

Taxa de Incidência 3,1 2,8 4,2 4,0 4,6 4,3 3,9 2,8 3,0 3,5 4,7

0

1

2

3

4

5

0

100

200

300

400

500

600

700

800

Taxa d

e In

cid

ên

cia

(po

r 1.0

00 n

asci

dos v

ivos)

mero

de c

aso

s

Fonte: Sinan/Sinasc/SES–PE

Observando-se as notificações de sífilis congênita por Região de Saúde de Pernambuco, no

período de 2007 a 2011, verifica-se que a I Região apresentou o maior número de notificações, bem

como as mais elevadas taxas de detecção. Percebe-se, ainda, que o número de notificações de

sífilis em gestantes, corresponde, em média, a 40% do total das notificações de sífilis congênita

(Tabela 14).

Tabela 14 – Número de casos notificados de sífilis congênita em menores de 1 ano, taxa de incidência (por 1.000 nascidos

vivos) e número de casos notificados em gestantes segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2007 a 2011

Região de

Saúde

Ano do diagnóstico

2007

2008

2009

2010

2011

Nº <1 ano

Taxa Nº

Gest. Nº

<1 ano Taxa

Nº Gest.

Nº <1 ano

Taxa Nº

Gest. Nº

<1 ano Taxa

Nº Gest.

Nº <1 ano

Taxa Nº

Gest.

I-Recife 444 7,8 172

322 5,5 190

355 6,1 193

395 7,0 247

548 9,4 302

II-Limoeiro 18 1,9 29

11 1,2 27

4 0,5 25

13 1,6 19

22 2,6 12

III-Palmares 22 2,1 13

11 1,0 18

12 1,2 21

16 1,9 20

11 1,1 13

IV-Caruaru 38 1,8 57

37 1,8 55

23 1,2 39

20 1,0 28

41 2,0 67

V-Garanhuns 4 0,4 45

3 0,3 24

5 0,5 14

4 0,4 5

5 0,5 5

VI-Arcoverde 5 0,7 9

- - 10

7 1,0 7

- - 8

6 0,9 25

VII-Salgueiro 1 0,4 6

2 0,8 5

5 1,8 14

4 1,5 4

5 1,9 8

VIII-Petrolina 12 0,1 3

8 0,2 4

8 - 7

9 0,2 11

9 0,4 22

IX-Ouricuri 1 - 8

2 - 2

- - 9

2 0,0 10

3 0,0 8

X-Afogados da Ingazeira

1 0,3 5

- - 2

- - 5

2 0,7 3

2 0,7 5

XI-Serra Talhada

1 0,2 7

1 0,3 8

- - 6

1 0,3 2

- - 7

XII-Goiana 14 3,0 16

8 1,5 15

11 2,0 11

13 2,8 22

18 3,7 22

Pernambuco 561 3,9 370

405 2,8 360

430 3,0 351

479 3,5 379

670 4,7 496

Fonte: Sinan/Sinasc/SES–PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

51

Esses dados apontam a necessidade de ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento da

sífilis no pré-natal, tanto da gestante quanto do seu parceiro sexual. Desta forma, espera-se evitar a

transmissão vertical, reduzindo-se os casos de sífilis congênita no estado.

6.1.5. Hepatites virais

As Hepatites Virais (HV) são doenças infecciosas de etiologias virais diversas e

características clínico-epidemiológicas também distintas. São de notificação compulsória e têm na

Vigilância Epidemiológica um instrumento com a capacidade de descrever seu comportamento e

identificar seus fatores de risco (BRASIL, 2008b).

As HV constituem um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, devido sua elevada

incidência e prevalência e pela possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas.

Segundo a OMS, cerca de dois bilhões de pessoas já tiveram contato com o vírus da hepatite B em

todo o mundo e cerca de 325 milhões encontram-se na condição de portadores crônicos.

Estimativas apontam que no Brasil pelo menos 1% da população já teve contato com o vírus e

desconhece seu estado de portador, o que favorece o elo na cadeia de transmissão dos vírus da

hepatite B (BRASIL, 2008b).

No período de 2002 a 2011, observa-se que houve aumento gradativo dos casos

confirmados das hepatites até 2005, com diminuição da taxa de detecção a partir de 2006 e queda

expressiva no ano de 2010 (Figura 52). Isto se deve à elevada subnotificação de casos de hepatite

em Pernambuco, com proporção considerável de casos assintomáticos que permanecem

desconhecidos do sistema de vigilância. Somam-se a esse fato, ainda, as diferentes capacidades

de captação de casos pela vigilância epidemiológica dos municípios, bem como o encerramento

destes de acordo com os critérios laboratorial e clínico epidemiológico.

Figura 52 – Número de casos notificados e confirmados de hepatites virais e taxa de detecção

(por 100.000 habitantes). Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Nº casos confirmados 225 658 1.027 1.403 981 984 961 798 480 731

Nº casos notificados 1.297 1.681 2.285 2.804 1.880 1.264 1.258 1.065 664 1.030

Taxa de detecção 2,8 8,1 12,5 16,7 11,5 11,5 11,0 9,1 5,5 8,2

0

5

10

15

20

25

30

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

Taxa d

e d

ete

cção

(p

or 100.0

00 h

abitan

tes)

mero

Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

52

A análise por Região de Saúde no ano de 2011 demonstra que a I Região apresentou o

maior número de notificações (572 casos), assim como o percentual de casos confirmados,

correspondendo a 84,6% (Tabela 15). Esses dados apontam a necessidade de implementação e

descentralização no acesso ao diagnóstico e tratamento das hepatites virais. Desta forma, espera-

se aumentar a suspeita no número de casos e confirmação dos mesmos quebrando a cadeia de

transmissão.

Tabela 15 – Número e percentual de casos notificados e confirmados de hepatites virais segundo Região de

Saúde. Pernambuco, 2011

Região de Saúde Notificados Confirmados % confirmados

I-Recife 572 484 84,6

II-Limoeiro 15 10 66,7

III-Palmares 31 25 80,6

IV-Caruaru 85 44 51,8

V-Garanhuns 30 25 83,3

VI-Arcoverde 41 26 63,4

VII-Salgueiro 16 7 43,8

VIII-Petrolina 122 24 19,7

IX-Ouricuri 12 9 75,0

X-Afogados da Ingazeira 62 47 75,8

XI-Serra Talhada 27 21 77,8

XII-Goiana 15 9 60,0

Pernambuco 1.028 731 71,1

Fonte: Sinan/SES–PE

6.1.6. Cólera

A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, causada pela enterotoxina do Vibrio

cholerae, e tem o homem como principal reservatório. Os sintomas mais frequentes são diarreia e

vômito, e podem surgir num período de algumas horas até cinco dias. Os casos leves (90%)

manifestam-se com infecções inaparentes, sem distinção das diarreias comuns. Os graves

apresentam diarreia intensa, incoercível e com inúmeras dejeções diárias, levando a desidratação

rápida que, se não tratada adequadamente, pode evoluir para óbito.

O diagnóstico de preferência é o laboratorial, com o isolamento do V. cholerae na cultura

das fezes e/ou vômitos do doente ou portador assintomático. Entretanto, em áreas onde já ocorreu

confirmação da circulação do V. cholerae, casos de diarreia aguda com manifestações clínicas e

epidemiológicas compatíveis com a doença poderão ser definidos como cólera pelo diagnóstico

clínico epidemiológico.

A cólera é uma doença endêmica em países da Ásia e África, e tem se manifestado de

forma epidêmica em várias partes do mundo. Desde 1817 até os dias atuais, a doença já causou

sete pandemias no mundo. A última delas foi introduzida na América Latina pelo Peru, atingindo o

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

53

Brasil em janeiro de 1991. No período entre 1991 a 2005, foram registrados 168.625 casos e 2.035

óbitos no país, havendo maior concentração de casos (92,2%) e de óbitos (84,1%) na região

Nordeste. O último caso no país ocorreu em 2010, em São Paulo, procedente da Costa Rica.

Em Pernambuco, entre os anos de 1992 e 2005, foram notificados 31.247 casos e 390

óbitos. A partir de então, nenhum caso foi notificado no estado. No início da epidemia de cólera

(1992-1994) foram registradas as mais altas taxas de incidência e expansão territorial, seguidos por

períodos de declínio progressivo (1995 e 1997). Posteriormente foram observadas fases de

recrudescimento de casos (1998-2000) e de período silencioso (2001-2003). A maior taxa de

detecção ocorreu em 1993 (135/100.000 habitantes) e a de letalidade ocorreu em 1996 (2,9%)

(Figuras 53).

Figura 53 – Número de casos e óbitos confirmados de cólera, taxa de detecção (por 100.000 habitantes) e

letalidade (100 habitantes). Pernambuco, 1992 a 2011

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Nº casos 9.0799.8126.374 908 238 562 1.1612.445 456 1 0 0 21 5 0 0 0 0 0 0

Nº óbitos 82 137 80 9 7 7 7 55 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Taxa detecção 126,0135,0 86,0 12,0 3,1 7,6 14,9 30,3 6,2 1,0 0 0 2,6 0,6 0 0 0 0 0 0

Taxa letalidade 0,9 1,4 1,3 1,0 2,9 1,2 0,6 0,6 1,8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0

20

40

60

80

100

120

140

0

1.500

3.000

4.500

6.000

7.500

9.000

10.500

12.000

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ha

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Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Nos anos de 2004 e 2005, foram registrados dois surtos veiculados pela água no município

de São Bento do Uma (IV Região de Saúde), com registro de 21 e 4 casos, respectivamente. No

Recife, ainda em 2005, foi detectado um caso isolado da doença.

Embora desde 2006 não haja registros de casos de cólera em Pernambuco, a vigilância

permanece ativa, pois o risco de sua reintrodução ainda é provável devido à possibilidade da

chegada de brasileiros e imigrantes de áreas afetadas pela cólera e de condições ambientais

favoráveis para disseminação dessa doença no estado.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

54

6.1.7. Febre tifóide

A febre tifóide é uma doença bacteriana aguda de distribuição mundial, transmitida de forma

direta pelo contato com as mãos do doente ou portador e, principalmente, de forma indireta pela

ingestão de água e alimentos contaminados por fezes ou urina do doente ou portador. O agente

etiológico é a Salmonella typhi, bactéria de alta infectividade e virulência e de baixa patogenicidade

(Brasil, 2009b).

A maior prevalência da doença é observada em populações que vivem em precárias condições

socioeconômicas, geralmente em áreas da periferia da cidade, sem saneamento, higiene ambiental

e pessoal.

Em Pernambuco, nos últimos dez anos (2002 a 2011), foram registrados 150 casos, havendo,

ao longo desse período, um declínio acentuado no número de casos notificados, com mediana de

sete casos por ano, o que sugere subdiagnóstico e subnotificação da doença no estado. A maior

concentração de casos foi registrada no ano de 2002 (60 casos), decrescendo para 45 casos em

2003 e 15 casos em 2004. Nos anos seguintes, foram notificados menos de oito casos, não

ocorrendo notificação em 2011. A maior letalidade ocorreu em 2005 (Figura 54).

Figura 54 – Número de casos e óbitos e taxa de letalidade (por 100.000 habitantes) por febre tifóide.

Pernambuco, 2002 a 2011

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Nº casos 60 45 15 5 7 7 7 1 3 0

Nº óbitos 2 1 2 1 0 0 0 0 0 0

Taxa letalidade 3,3 2,2 13,3 20,0 0 0 0 0 0 0

0

5

10

15

20

0

15

30

45

60

Taxa d

e le

talid

ad

e (p

or 100 h

abitante

s)

mero

Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Em relação ao local de ocorrência, observa-se uma maior concentração de casos da doença na

IV (30,7%) e VII (12,0%) Regiões de Saúde (Figura 55). O grupo etário mais atingido foi o de 20 a

49 anos (34%), seguido da faixa etária de 10 a 19 anos (26,7%) (Figura 56), não havendo

predominância entre os sexos. Quanto ao critério de confirmação do diagnóstico, ressalta-se que

79,2% dos casos tiveram o diagnóstico definido por laboratório.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

55

Figura 55 – Número de casos confirmados de febre tifóide segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2002 a 2011

17

1

6

46

2 3

18

11

2 2

5

1

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

mero

de c

aso

s

Nota: excluídos 36 casos de residência ignorada Fonte: Sinan/SES–PE

Figura 56 – Número de casos confirmados de febre tifóide segundo a faixa etária. Pernambuco,

2002 a 2011

0

5

10

15

20

25

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

mero

de c

aso

s

<1 ano 1 a 4 5 a 9 10 a 19 20 a 49 50 e + Ign.

Fonte: Sinan/SES–PE

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56

6.1.8. Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA)

A incidência de doenças relacionadas ao consumo de alimentos cresce anualmente no

mundo inteiro. As doenças transmitidas por alimentos (DTA) são consideradas problemas de saúde

pública e atingem diversos países, até os mais desenvolvidos, manifestando-se de várias formas,

desde ligeiras indisposições até situações mais graves, que podem necessitar de cuidados

hospitalares ou mesmo causar óbito. No entanto, a maioria dos casos de DTA não é notificada, pois

muitos microorganismos patogênicos presentes nos alimentos causam apenas sintomas brandos,

fazendo com que as vítimas não busquem assistência médica (PASSOS et al., 2008; MARCHI et

al., 2011).

As DTA podem dar origem a surtos, que são episódios nos quais duas ou mais pessoas

apresentam, em um mesmo período de tempo, sinais e sintomas semelhantes após a ingestão de

um determinado alimento de mesma origem, considerado contaminado por evidência clínica,

epidemiológica e/ou laboratorial (CÂMARA, 2002).

No estado de Pernambuco, de 2002 a 2011, foram registrados 551 surtos de DTA. Em

2006, ocorreu o maior número de notificações, seguido do ano de 2011. Nota-se que na I Região de

Saúde está concentrada a maior proporção dos surtos de DTA do estado, sendo esta responsável

por 81,7% deles. Também se verifica oscilação na ocorrência de surtos de DTA nos anos de 2002 a

2007, mas que de 2008 a 2011 tem-se uma tendência crescente no número de notificações (Tabela

16).

Quanto ao número de pessoas doentes, 2011 foi o ano em que mais pessoas foram

acometidas por DTA, seguido de 2008. Em 2011, observa-se a maior proporção de doentes por

surto, 37,8 (Tabela 16).

Tabela 16 – Número de surtos por DTA e doentes segundo Região de Saúde de ocorrência. Pernambuco,

2002 a 2011

Região de Saúde 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

I-Recife 28 45 56 38 58 50 44 42 44 45 450

II-Limoeiro 0 0 0 2 3 1 0 2 0 3 11

III-Palmares 1 1 1 1 4 0 2 0 4 2 16

IV-Caruaru 0 2 0 0 3 0 2 3 1 6 17

V-Garanhuns 0 0 0 0 0 0 0 3 0 1 4

VI-Arcoverde 0 1 0 2 6 3 0 1 0 0 13

VII-Salgueiro 0 0 0 0 0 0 2 0 1 0 3

VIII-Petrolina 0 0 0 1 2 1 0 2 2 1 9

IX-Ouricuri 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 3

X-Afogados da Ingazeira

0 0 0 1 1 0 0 1 1 5 9

XI-Serra Talhada 0 1 1 0 0 0 1 1 1 0 5

XII-Goiana 0 0 0 0 0 1 2 1 3 4 11

Nº de surtos 29 51 58 45 77 57 53 56 58 67 551

Nº de doentes 434 849 630 588 1.251 805 1.468 608 865 2.531 10.029 Fonte: Sinan/SES–PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

57

A água é o alimento mais envolvido nos surtos de DTA (n=101; 18,3%), seguido das

preparações mistas (alimentos que contêm a mistura de gêneros, tais como produtos de origem

animal e vegetal), com 14,8% (n=82). Ressalta-se ainda o elevado número de surtos com o

alimento causador indeterminado (n=117; 21,2%), o que demonstra uma fragilidade na investigação

(Figura 57).

Figura 57 – Número de surtos de DTA segundo alimento contaminado envolvido.

Pernambuco, 2002 a 2011

117

101

82

62

44

3227 25

2013 12

82 2 2 2

0

20

40

60

80

100

120

140

Ind

ete

rmin

ado

Ág

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os

Pro

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Outr

os

mero

de s

urt

os

Fonte: Sinan/SES–PE

A maior proporção de surtos de DTA no período de 2002 a 2011 foi em restaurantes,

lanchonetes e bares (n=187; 33,9%), seguidos do domicílio (n=155; 28,1%) (Figura 58).

Figura 58 – Número de surtos de DTA segundo local de ocorrência.

Pernambuco, 2002 a 2011

187

155

54

51

23

22

17

13

10

9

6

4

0 50 100 150 200

Restaurante/lanchonete/bar

Residência

Escola/Creche

Refeitório Industrial

Unidade Saúde

Outros

Evento

Padaria

Indeterminado

Hotel

Embarcação

Canteiro de Obras

Número de surtos

Fonte: Sinan/SES–PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

58

Com relação ao agente etiológico causador do surto, observa-se que em Pernambuco o

mais prevalente foi a Escherichia coli (n=96; 17,4%), seguida do Staphylococcus aureus (n=72;

13,1%). Destaca-se, também, o elevado percentual de surtos de DTA com o agente etiológico

indeterminado (n=238; 43,2%) (Figura 59).

Figura 59 – Número de surtos de DTA segundo agente etiológico envolvido.

Pernambuco, 2002 a 2011

238

96

72

41

24 2013 14 11 8 5 6 3

0

50

100

150

200

250

Ind

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E. C

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mero

de s

urt

os

Fonte: Sinan/SES–PE

6.1.9. Influenza

A influenza é uma infecção viral que afeta principalmente nariz, garganta, brônquios e,

ocasionalmente, pulmão. São conhecidos três tipos de vírus influenza: A, B e C. Esses vírus são

altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética). O

tipo A é o mais mutável dentre os três e o que causa mais epidemias e pandemias.

A transmissão da influenza ocorre através das secreções das vias respiratórias do indivíduo

de forma direta ao falar, tossir ou espirrar. Também pode ocorrer a transmissão indireta quando as

mãos do individuo sadio entram em contato com superfícies contaminadas, levando o vírus para a

boca, nariz e olhos.

A infecção pelo vírus da influenza é caracterizada por início repentino dos sintomas que

permanecem de uma a duas semanas. São eles: febre alta, dor muscular, dor de cabeça, mal-estar,

tosse e coriza. A maioria das pessoas evolui de forma benigna. Entretanto, alguns indivíduos,

principalmente as crianças menores de dois anos, imunodeprimidos ou com doenças crônicas,

podem apresentar formas graves da doença e evoluir para óbito.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

59

Em 24 de abril de 2009, a OMS notificou aos países membros a ocorrência de casos

humanos de influenza A (H1N1). Em 11 de junho, foi declarada pandemia (fase 6), com

identificação de casos em diferentes continentes.

Em Pernambuco, no ano de 2009, foram confirmados para influenza A (H1N1) 200 casos de

Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo a maior ocorrência na faixa etária de 15 a 24

anos. No ano seguinte, ocorreram doze casos com predomínio na faixa etária de 25 a 29 anos e,

em 2011, foi confirmado um único caso em um indivíduo maior de 60 anos (Figura 60).

Figura 60 – Número de casos confirmados de influenza A H1N1 segundo faixa etária.

Pernambuco, 2009 a 2011

0

10

20

30

40

50

60

< 2anos 3 a 4 5 a 14 15 a 24 25 a 29 30 a 49 50 a 59 60 e +

mero

de c

aso

s c

on

firm

ad

os

2009 2010 2011

Fonte: Sinan/SES–PE

Nos anos de 2009 a 2011, o fator de risco para a infecção do vírus da influenza A H1N1

foram os indivíduos com pneumopatia crônica (27,3%), seguido das gestantes (16,8%) e dos

portadores de cardiopatia crônica (6,2%) (Figura 61).

Figura 61 – Proporção de casos confirmados de influenza A

H1N1 segundo fator de risco. Pernambuco, 2009 a 2011

Gestante

16,8%

Cardiopatia

crônica6,2%

Pneumopatia

crônica27,3%

Renal Crônico

0,6%Hemoglobinopatia

1,9%

Imunodeprimido

4,3%

Doença

Metabólica3,1%

Outras

comorbidade34,2%

Tabagismo

5,6%

Fonte: Sinan/SES–PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

60

Entre as Regiões de Saúde de Pernambuco, a I Região concentrou o maior número de

casos confirmados nos anos de 2009 (91,5%) e 2010 (66,7%). Em 2011, o único caso confirmado

ocorreu na IV Região (Figura 3).

Quanto aos óbitos, ocorreram nove em 2009, com maior letalidade na IV Região (60%),

quatro em 2010, sendo um em cada Região (I, III, IV e V) e, no ano seguinte, um óbito na IV Região

de Saúde (Tabela 17).

Tabela 17 – Número de casos confirmados e óbitos por influenza A H1N1 segundo Região de Saúde.

Pernambuco, 2009 a 2011

Região de Saúde 2009 2010 2011

Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos

I-Recife 183 1 8 1 0 0

II-Limoeiro 0 0 0 0 0 0

III-Palmares 1 0 1 1 0 0

IV-Caruaru 10 6 1 1 1 1

V-Garanhuns 3 1 2 1 0 0

VI-Arcoverde 1 0 0 0 0 0

VII-Salgueiro 0 0 0 0 0 0

VIII-Petrolina 0 0 0 0 0 0

IX-Ouricuri 0 0 0 0 0 0

X-Afogados da Ingazeira 0 0 0 0 0 0

XI-Serra Talhada 0 0 0 0 0 0

XII-Goiana 2 1 0 0 0 0

Pernambuco 200 9 12 4 1 1

Fonte: Sinan/SES–PE

6.1.10. Coqueluche

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, de transmissão respiratória e distribuição

universal. Compromete traqueias e brônquios e se caracteriza por paroxismos de tosse seca,

podendo resultar em número elevado de complicações e até em morte em lactentes (BRASIL,

2010b).

Em Pernambuco, no período entre 2002 e 2011, a coqueluche vem ocorrendo de forma

endêmica e epidêmica, com aumento no número de casos confirmados a cada três anos (Figura

62). Nesse período, a I Região de Saúde apresentou o maior coeficiente de incidência (1,7

casos/100.000 habitantes). É importante ressaltar que em 2011 houve ampliação da rede sentinela

nessa Região, passando de uma para cinco unidades. Isso resultou numa maior captação de casos

nessa localidade (Figura 63).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

61

Figura 62 – Número de casos confirmados e taxa de letalidade (por 100 habitantes) por coqueluche.

Pernambuco, 2002 a 2011

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Casos confirmados 60 227 130 94 79 82 128 38 30 79

Taxa letalidade 0 3,1 2,3 0 2,5 2,4 2,3 0 0 2,5

0

1

2

3

4

0

50

100

150

200

250

Taxa d

e le

talid

ad

e (p

or 100 h

abitante

s)

mero

de c

aso

s

Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Figura 63 – Coeficiente de Incidência de coqueluche (por 100.000 habitantes) segundo Região de Saúde de

residência. Pernambuco, 2002 a 2011

1,7

0,6

0,8

1,1

0,3

0,4

1,2

0,7

0,30,3

0,1

0,3

1,1

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE

Co

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cie

nte

de In

cid

ên

cia

(por 100.0

00 b

abitante

s)

Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

No período analisado, observa-se elevado número de casos em crianças menores de seis

meses, faixa etária que ainda não possui o esquema vacinal completo (Figura 64). Como a

imunidade conferida pela vacina ou doença não permanece por toda a vida, mantendo-se por cerca

de 5 a 10 anos após a última dose, os adolescentes e/ou adultos acabam transmitindo a doença

para crianças menores de um ano. Ressalta-se que em menores de seis meses há um maior risco

de agravamento e evolução para óbito.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

62

Figura 64 – Número de casos confirmados de coqueluche segundo faixa etária.

Pernambuco, 2002 a 2011

249

426

71

109

37 362011 12

0 0 0 0 0

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

<2 meses 2 a 6meses

6 meses a 1 ano

1 a 4anos 5 a 9 anos 10 a 19 anos 20 anos e+

Nº casos

Nº óbitos

Fonte: Sinan/SES–PE

Em 2011, foi intensificada a vigilância desta doença com a ampliação para 15 unidades

sentinelas, fortalecendo integração das ações com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).

Como resultado, foram notificados 305 casos suspeitos e, destes, 82 confirmados, sendo 28 por

critério laboratorial (cultura positiva para Bordetella pertussis). A partir do segundo semestre de

2011, a Secretaria de Saúde intensificou as ações de vigilância para o agravo. Em 2012, através da

Portaria Estadual Nº104, incluiu a coqueluche na lista de doenças de notificação imediata, com o

objetivo de aumentar a sensibilidade para captação dos casos e sua confirmação por critério

laboratorial.

6.1.11. Poliomielite

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa causada pelo poliovírus. É comumente

conhecida como paralisia infantil por ser mais frequente em crianças menores de 15 anos. Sua

transmissão ocorre de pessoa a pessoa por via fecal-oral (a principal), através da contaminação

fecal de água e alimentos, ou oral-oral, através de partículas de saliva expelidas ao falar, tossir ou

espirrar.

Devido à intensificação da vigilância epidemiológica da doença e a elevadas coberturas

vacinais (rotina e campanhas), o último caso notificado da doença em Pernambuco foi no ano de

1988 (Figura 65). Em 1994, o Brasil recebeu o Certificado de Erradicação da Poliomielite. Desde

então, a vigilância permanece atenta porque ainda há circulação do poliovírus selvagem em outros

países e, devido a sua elevada transmissibilidade, é facilmente exportado de um país para o outro,

permanecendo o risco de sua reintrodução.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

63

Figura 65 – Número de casos de poliomielite e cobertura vacinal. Pernambuco, 1980 a 2011

0

20

40

60

80

100

120

0

20

40

60

80

100

1201980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Co

bert

ura

Vacin

al (

%)

mero

de c

aso

s n

oti

ficad

os

CASOS

COBERTURA VACINAL

Fonte: Sinan/SES–PE; SI-PNI/SES–PE

Diante da situação atual, o país monitora essa doença através da vigilância de todos os

casos de Paralisia Flácida Aguda (PFA). Desde 2005, o estado vem atingindo a meta da taxa de

notificação para essa doença, que é de no mínimo 1 caso por 100.000 habitantes em menores de

15 anos, com exceção do ano de 2009 (0,85 casos/100.000 habitantes) (Figura 66).

Figura 66 – Taxa de notificação (por 100.000 habitantes) de Paralisia Flácida Aguda.

Pernambuco, 2005 a 2011

1,0

7

1,1

5

1,1

5

1,1

9

0,8

5

1,1

9

1,0

4

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Taxa d

e n

oti

ficação

(po

r 100.0

00 h

abitan

tes)

Casos

Meta

Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

64

6.1.12. Sarampo

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível pelo

vírus morbilivírus e extremamente contagiosa. Sua transmissão ocorre diretamente de pessoa a

pessoa, através das secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Essa

forma de contaminação é responsável pela fácil disseminação da doença. Tem sido descrito,

também, a transmissão por dispersão de gotículas com partículas virais no ar em ambientes

fechados, como em escolas, creches e clínicas (BRASIL, 2010b).

No Brasil, desde 2000, não há transmissão autóctone de sarampo. Em Pernambuco, o

aumento da cobertura vacinal em crianças menores de 12 meses contribuiu para ausência de casos

confirmados de sarampo desde esse ano (Figura 67). Vale ressaltar que o sarampo vem ocorrendo

de forma endêmica e mesmo epidêmica em alguns países do mundo. Por esse motivo, é

fundamental a manutenção de elevadas coberturas vacinais nos diversos municípios do estado,

além da intensificação da vigilância diante de casos suspeitos da doença, especialmente em

viajantes procedentes desses países.

Figura 67 – Número de casos de sarampo e cobertura vacinal. Pernambuco, 1980 a 2011

0

20

40

60

80

100

120

140

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Co

bert

ura

vacin

al (

%)

mero

de c

aso

s

Nº de Casos Cobertura vacinal

Fonte: Sinan/SES–PE; SI-PNI/SES–PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

65

6.1.13. Rubéola

É uma doença exantemática aguda que apresenta alta transmissibilidade, acometendo

principalmente crianças, causada pelo vírus rubivírus. A rubéola tem curso benigno e sua

importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos, natimortos, e malformações

congênitas, denominada de Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que se caracteriza por

cardiopatias, catarata e surdez (BRASIL, 2010b).

Desde 2000, as campanhas vacinais auxiliaram na redução da incidência da rubéola entre

crianças de 1 a 11 anos e entre mulheres em idade fértil. Contudo, o país enfrentou surto de rubéola

em meados de 2006. O problema atingiu o estado de Pernambuco em junho de 2007, porém, não

houve casos de síndrome da rubéola congênita. Em 2008, o estado registrou sete casos

confirmados de rubéola e, desde 2009, não há casos confirmados (Figura 68).

Figura 68 – Número de casos de rubéola e cobertura vacinal. Pernambuco, 2000 a 2011

0

20

40

60

80

100

120

140

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991C

ob

ert

ura

vacin

al (

%)

mero

de c

aso

s c

on

firm

ad

os

Casos Confirmados Cobertura vacinal

Fonte: Sinan/SES–PE; SI-PNI/SES–PE

6.1.14. Meningites

Denomina-se meningite o processo inflamatório das membranas que envolvem o cérebro e

as meninges, cuja causa está associada a diversos agentes etiológicos. Dentre eles, as bactérias e

os vírus têm maior importância do ponto de vista da saúde pública (BRASIL, 2010b). As meningites

têm distribuição mundial, apresentando-se de forma endêmica. No entanto, algumas bactérias e

vírus podem causar surtos de meningite. A sazonalidade da doença caracteriza-se, de forma geral,

pelo predomínio no inverno das meningites bacterianas e, no verão, das meningites virais.

Ao se analisar os anos de 2002 a 2011, observa-se que houve estabilidade ou diminuição

dos coeficientes de incidência (CI) das meningites em Pernambuco nos últimos anos, com exceção

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

66

da meningite viral que apresentou evolução epidêmica em 2002 (13,3 casos por 100.000 habitantes)

e nos anos de 2007 e 2008, com 32,5 e 20,6 casos por 100.000 habitantes respectivamente (Figura

69).

Figura 69 – Coeficiente de Incidência das meningites (por 100.000 habitantes) segundo etiologia. Pernambuco,

2002 a 2011

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

MGT por Pneumococos 0,4 0,9 0,5 0,5 0,4 0,5 0,4 0,3 0,1 0,2

MGT por Hemófilo 0,1 0,1 0,1 0,0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 0,0

MGT de outra etiologia 1,4 1,0 1,0 0,6 0,4 0,5 0,3 0,5 0,3 0,4

MGT Viral 13,3 7,9 6,7 8,9 5,9 32,5 20,6 5,8 6,2 8,6

MGT não especificada 1,7 1,3 1,0 0,8 0,7 2,7 2,7 1,9 1,9 1,0

MGT por outras bactérias 7,6 5,7 6,0 6,7 4,4 5,0 3,6 2,4 1,9 2,8

MGT Tuberculosa 0,3 0,3 0,3 0,4 0,3 0,2 0,3 0,2 0,2 0,2

Doença Meningocócica 3,4 2,1 2,0 1,8 1,3 1,3 1,1 1,1 0,9 1,2

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Co

efi

cie

nte

de in

cid

ên

cia

(po

r 100.0

00 h

abitante

s)

Legenda: MGT – Meningite Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Dentre as meningites bacterianas, destaca-se a doença meningocócica (DM), causada pela

Neisseria meningitides, cuja vigilância é de grande importância para a saúde pública devido tanto à

magnitude e gravidade da enfermidade, como ao potencial de causar epidemias (BRASIL, 2010b).

Em Pernambuco, a incidência anual da doença vem decrescendo no período estudado e, desde

2005, registra-se menos que 2 casos por 100.000 habitantes. Quanto à distribuição espacial, como

era esperado, observa-se que a I Região de Saúde apresentou o maior coeficiente de incidência.

Entre 2000 e 2011, a faixa etária de maior risco para a DM foi a dos menores de um ano,

apresentando CI médio para o período de 12,1/100.000, seguida das crianças entre um e quatro

anos e entre cinco e nove anos, com CI médio de 6,0 e 4,0/100.000 respectivamente.

Os sorogrupos de meningococo predominantes no estado são o B, mais frequente até 2007,

e o C, que passou a ser o mais presente a partir de 2008 até os dias atuais. Há registros de

ocorrência esporádica dos sorogrupos A, D e W135.

Apesar da baixa ocorrência da doença e da redução do número de óbitos em 54,2% no

período, chamou atenção sua elevada letalidade, com picos em 2005 (27,2%) e 2011 (25,5%)

(Figura 70).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

67

Figura 70 – Número de óbitos e taxa de letalidade (por 100 habitantes) por doença meningocócica.

Pernambuco, 2000 a 2011

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Nº óbitos 59 47 64 23 34 41 25 20 17 11 15 27

Taxa de letalidade 18,9 15,7 23,4 13,4 20,6 27,2 23,4 17,7 18,3 11,1 19,2 25,5

0

5

10

15

20

25

30

0

10

20

30

40

50

60

70

Taxa d

e le

talid

ad

e (p

or 100 h

abitante

s)

mero

de c

aso

s

Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Uma das medidas para controle da meningite por algumas etiologias é a vacinação. A

cobertura da vacina DTP+Hib, que previne contra difteria, tétano, coqueluche e infecções pelo

Haemophilus influenzae (incluindo meningite), vem atingindo mais de 100% da população alvo

desde 2003. De 2002 a 2011, a incidência da meningite por essa bactéria não ultrapassou 0,1 caso

para cada 100.000 habitantes, provavelmente como resposta à introdução dessa vacina no

Calendário Básico de Vacinação da Criança adotado no Brasil.

Em outubro de 2010 foi introduzida a vacina contra o meningococo C em Pernambuco, que

protege os menores de dois anos de idade. No entanto, ainda não é possível a análise do impacto

na incidência da doença.

6.1.15. Tracoma

O tracoma é uma doença ocular causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, e se não

tratada, pode evoluir à cegueira. Acomete crianças e adultos, sendo as crianças mais susceptíveis.

A transmissão se dá de forma direta - de olho para olho, e/ou de forma indireta, através de objetos

contaminados e de vetores mecânicos (especialmente a mosca doméstica (Musca domestica) e/ou

a lambe-olhos (Hippelate ssp) (BRASIL, 2001a).

O tracoma integra o Programa SANAR, que tem o objetivo de reduzir ou eliminar sete

doenças negligenciadas no estado de Pernambuco. Como estratégia de atuação, este programa

elegeu 22 municípios como prioritários para o tracoma (Figura 71), baseado na sua elevada

prevalência (igual ou maior que 4,7%), de acordo com o último inquérito realizado em 2006.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

68

Figura 71 – Municípios prioritários para o Tracoma no Programa SANAR

Fonte: SANAR/SES-PE

A meta do Programa SANAR para o controle do tracoma é reduzir a prevalência a menos

de 5% em crianças de 1 e 15 anos, matriculadas nas escolas da rede pública dos municípios

prioritários até o ano de 2014. Para tanto, é realizado o diagnóstico e o tratamento através de

inquéritos em escolares da rede pública de ensino. A partir do segundo semestre de 2011 e no

decorrer de 2012 foram realizados inquéritos em 784 instituições de ensino representando 100%

das escolas da rede pública dos 22 municípios prioritários resultando em 79.280 escolares

examinados. Grande parte das escolas (74%) está situada nas áreas rurais. Foram detectados

2.402 escolares com tracoma e que receberam tratamento com Azitromicina (20 mg/kg), de acordo

com recomendação da Portaria GM/MS Nº 67 de 22 de dezembro de 2005. Todos os contatos e

professores dos escolares diagnosticados com tracoma foram avaliados e os que foram

diagnosticados positivos também foram tratados.

Observa-se no Estado que a prevalência da doença na zona urbana era de 3,0% e na zona

rural de 3,1%. Os casos positivos foram notificados no Sinan. A prevalência estadual foi de 3,0%,

contudo observaram-se diferenças interurbanas importantes variando entre 0,8% e 11,9%. Seis

municípios permaneceram com prevalência acima de 5,0% e um (Saloá) foi considerado em estado

de alerta devido a prevalência aproximada (4,7%) do limite estabelecido para elevada prevalência

(Tabela 18).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

69

Tabela 18 – Número de escolares examinados e positivos para tracoma e prevalência, segundo município.

Pernambuco, 2011 e 2012*

Município Examinados Positivos Prevalência (%)

Jurema 977 14 1,4

Moreno 5.001 65 1,3

Pesqueira 5.458 59 1,0

São Joaquim do Monte 2.447 21 0,8

Sertânia 3.494 50 1,4

Lajedo 4.037 132 3,3

Ferreiros 1.396 87 6,2

Agrestina 3.543 65 1,8

Arcoverde 8.651 244 2,8

B. de Guabiraba 1.392 165 11,9

Canhotinho 3.490 89 2,6

Cumaru 2.490 111 4,5

Cupira 3.629 65 1,8

Palmares 5.638 195 3,4

Poção 2.196 83 3,8

Bonito 5.815 326 5,6

Vertentes 2.976 39 1,3

Saloá 2.504 118 4,7

Paranatama 2.659 203 7,6

Bodocó 5.934 92 1,6

Iguaraci 2.022 126 6,2

Betânia 1.880 23 1,2

Ferreiros* 1.651 29 1,8

Total 79.280 2.401 3,0

Legenda: *No município de Ferreiros foram realizados dois inquéritos (2011 e 2012)

Fonte: Inquérito Tracoma 2011-2012 – SANAR/SEVS/SES-PE

Em 2013 será realizado um novo inquérito nos municípios que apresentaram prevalência

acima de 5,0%. O município de Ferreiros, que obteve prevalência de 6,2% no inquérito de 2011

realizou outro inquérito em 2012.1, obtendo como resultado a prevalência de 1,8%.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

70

6.1.16. Esquistossomose mansônica

A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária causada pelo trematódeo

digenético Schistosoma mansoni e tem o homem como principal hospedeiro. É uma doença de

veiculação hídrica, onde se faz necessária a presença do hospedeiro intermediário, caramujos do

gênero Biomphalaria (REY, 2008). No Brasil, as espécies naturalmente envolvidas na transmissão

são: Biomphalaria tenagophila, B. glabrata e B. straminea (BRASIL, 2010d), porém nos municípios

de Pernambuco estão presentes as duas últimas espécies (Figura 72).

Figura 72 – Distribuição dos caramujos transmissores da esquistossomose segundo espécie.

Pernambuco, 2012

Fonte: SEVS/ SES-PE

A transmissão da doença ocorre quando o indivíduo suscetível entra em contato com águas

superficiais onde existam caramujos (hospedeiros intermediários) liberando cercárias. O período de

incubação varia entre 1 a 2 meses e o portador elimina seus ovos a partir de 5 semanas após a

infecção, por um período de 6 a 10 anos (2009d).

A doença, em sua fase aguda, pode ser assintomática ou apresentar-se como dermatite

urticariforme, acompanhada de erupção papular e prurido até cinco dias após a infecção. Com cerca

de três a sete semanas de exposição, pode ocorrer a forma esquistossomose aguda ou febre de

katayama, caracterizada por febre, anorexia, dor abdominal e cefaleia. Após seis meses da

infecção, o quadro clínico pode evoluir para a forma crônica, cujas formas clínicas podem ser:

intestinal, hepatointestinal, hepatoesplênica, neurológica, vasculopulmonar, entre outras (BRASIL,

2010d).

O diagnóstico é feito por meio do quadro clínico-epidemiológico associado ao exame

parasitológico de fezes, preferencialmente utilizando a técnica quantitativa (método Kato Katz) e,

dependendo da forma clínica, pode ser utilizado o diagnóstico por imagem (BRASIL, 2010b).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

71

A detecção precoce e o tratamento oportuno é um dos objetivos da vigilância

epidemiológica para controle da doença, que nas áreas endêmicas também visam prevenir as

formas graves, reduzir os óbitos, diminuir a prevalência e evitar a dispersão da endemia. Nessas

áreas, a notificação dos casos diagnosticados, nos inquéritos epidemiológicos e demanda

espontânea, é realizada no Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose –

SISPCE, enquanto que as formas graves são notificadas no Sinan, conforme Portaria Estadual Nº

104/2012 e Nota técnica nº 04/2012 – DGCDA/SES-PE.

Em Pernambuco a doença é endêmica, apresentando casos em 102 municípios, que estão

na abrangência das Regiões de Saúde I, II, III, IV, V e XII, com distribuição desigual segundo a faixa

de endemicidade (Figura 73).

Figura 73 – Distribuição da esquistossomose segundo endemicidade. Pernambuco, 2012

Fonte: SEVS/ SES-PE

Entre os anos de 2008 e 2011, foram diagnosticados 10.518 casos positivos em média por

ano e, destes, 8.230 pessoas ao ano foram tratadas (Figura 74).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

72

Figura 74 – Número de pessoas positivas e tratadas segundo Região de Saúde no Programa de Controle da

Esquistossomose (PCE). Pernambuco, 2008 a 2011

Positivos Tratados Positivos Tratados Positivos Tratados Positivos Tratados Positivos Tratados Positivos Tratados

I II III IV V XII

2008 3.658 2.867 2.363 1.769 2.047 1.725 304 259 1.057 854 2.465 2.065

2009 2.806 2.022 1.257 961 3.298 2.881 275 205 1.029 993 2.168 1.701

2010 2.573 1.692 1.741 1.195 2.121 1.814 386 271 1.186 1.046 2.882 2.364

2011 1.847 1.285 1.600 1.206 2.511 2.130 426 381 1.007 837 1.954 1.479

2012 1.437 750 1.251 641 804 677 479 392 705 389 1.350 1.031

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

mero

Fonte: SISPCE/SES-PE

No período de 2000 a 2010, a média anual de internamentos em Pernambuco foi de 189,

com maior ocorrência na faixa etária de 50 anos e mais, correspondendo a 53,2% dos

internamentos (Tabela 19).

Tabela 19 – Número de internações hospitalares por esquistossomose segundo faixa etária. Pernambuco,

2000 a 2010

Ano Faixa etária (anos)

0 a 19 20 a 49 50 e + Total

2000 93 126 130 349

2001 43 89 147 279

2002 35 65 112 212

2003 27 65 117 209

2004 21 84 121 226

2005 24 65 143 232

2006 16 51 99 166

2007 13 52 64 129

2008 10 28 71 109

2009 8 30 51 89

2010 4 22 48 74

Total 294 677 1.103 2.074

Fonte: MS/SIH/SUS

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

73

6.1.17. Dengue

A dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ocorre

principalmente em áreas tropicais e subtropicais, inclusive no Brasil (BRASIL, 2009d). As epidemias

geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos (BRASIL, 2005).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença está presente em mais de 100 países

de todos os continentes, exceto a Europa. Estima-se que entre 50 a 100 milhões de pessoas se

infectem anualmente, 550 mil necessitem de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da

doença.

É uma doença infecciosa aguda transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti quando

infectado por um vírus, que possui quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). O

quadro clínico é amplo, apresentando desde uma síndrome febril inespecífica (dengue clássico –

DC), até quadros graves (dengue com complicação – DCC, febre hemorrágica da dengue – FHD, ou

síndrome do choque da dengue – SCD) e, às vezes, óbito (BRASIL, 2009d).

O quadro epidemiológico atual da dengue em Pernambuco caracteriza-se pela ampla

circulação dos quatro sorotipos virais. No período de 2001 a 2011, observa-se uma instabilidade na

incidência do agravo, alcançando seu pico em 2002, reconhecidamente ano epidêmico no estado

(Figura 75).

Figura 75 – Número de casos novos e taxa de detecção de dengue (por 100.000 habitantes).

Pernambuco, 2001 a 2011*

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Casos Confirnados 12.820 96.960 14.279 2.072 5.105 7.867 14.965 15.878 1.926 29.493 17.385

Taxa de Detecção 160,1 1199,3 174,9 25,1 60,7 92,5 174,2 181,8 21,9 335,3 196,1

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

Taxa d

e d

ete

cção

(p

or 100.0

00 h

abitan

tes)

mero

de c

aso

s n

ovo

s

*Dados sujeitos a alterações Fonte: Sinan/SES–PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Quanto ao percentual de casos de dengue confirmados em menores de 15 anos entre os

anos de 2001 a 2011, observa-se uma tendência de aumento no estado, passando de 18,2% para

30,0%, um incremento de mais de 64%, quando comparados os anos extremos da série (Figura 76).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

74

Figura 76 – Percentual de casos confirmados de dengue em menores de 15 anos.

Pernambuco, 2001 a 2011*

18,2 18,4 18,623,0

19,223,9

30,5 32,0

23,7

34,630,0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

%

*Dados sujeitos a alterações Fonte: Sinan/SES–PE

Por conta das sucessivas infecções por diferentes tipos virais, a população, de forma geral,

vem adquirindo imunidade, razão pela qual os casos costumam aparecer em maior número entre os

mais jovens. Em Pernambuco, observa-se a reintrodução do DENV-1, em 2009, e a introdução do

DENV-4, em 2011, nos municípios de Serrita e Serra Talhada. A ocorrência da doença por um novo

subtipo em pessoas que já apresentaram a doença pode favorecer a ocorrência de formas graves.

A figura 77 demonstra o número de casos confirmados por formas graves da dengue e a

taxa de letalidade por dengue em Pernambuco, entre os anos de 2001 a 2011, destacando-se os

anos de 2002, 2010 e 2011 por apresentarem maior ocorrência das formas graves. Com relação à

taxa de letalidade, observa-se maior valor em 2003 (11,6 óbitos/100 habitantes), e menor em 2010

(2,37 óbitos/100 habitantes). A Vigilância em Saúde, juntamente com a Atenção à Saúde, a partir do

segundo semestre de 2011, intensificaram as ações no atendimento aos pacientes com suspeita de

dengue, com objetivo de reduzir a letalidade para menos de 1%, valor preconizado pelo MS.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

75

Figura 77 – Número de casos confirmados por formas graves da dengue (DCC, FHD e SCD) e taxa de

letalidade (por 100 habitantes). Pernambuco, 2001 a 2011*

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Nº casos graves 50 698 95 32 60 106 373 385 34 1.095 692

Taxa letalidade 6,0 3,2 11,6 3,1 3,3 2,8 4,0 8,1 5,9 2,4 8,1

0

2

4

6

8

10

12

14

0

200

400

600

800

1.000

1.200

Taxa d

e le

talid

ad

e (p

or 100 h

abitante

s)

mero

de c

aso

s g

raves

*Dados sujeitos a alterações Fonte: Sinan/SES–PE

Quanto às Regiões de Saúde, no ano de 2011, a I Região apresentou o maior número de

notificações (21.758 casos e 10.061 confirmados), formas graves (n=509; 73,6%) e óbitos (n=39;

69,6%). A X Região teve a maior taxa de detecção da dengue (755,2/100.000 habitantes),

aproximadamente quatro vezes maior do que a taxa de detecção do estado. O percentual de casos

confirmados em menores de 15 anos foi maior nas II e XII Regiões de Saúde (42,5% e 42,2%,

respectivamente). Foram registrados 56 óbitos por dengue no estado que ocorreram entre

residentes das I, II, III, IV, VIII e XII Regiões (Tabela 20).

Tabela 20 – Número de casos notificados e confirmados de dengue, taxa de detecção (por 100.000 habitantes), percentual

de casos confirmados em menores de 15 anos, número de casos confirmados por formas graves e número de óbitos segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011*

Região de Saúde Nº de casos notificados

Nº de casos confirmados

Taxa detecção

% casos confirmados em

<15 anos

Nº casos confirmados por formas graves

Nº de óbitos confirmados

I – Recife 21.758 10.061 255,5 28,2 509 39

II – Limoeiro 3.550 1.276 223,9 42,5 53 4

III – Palmares 1.368 458 79,1 32,3 43 5

IV – Caruaru 3.028 431 34,4 27,6 13 5

V – Garanhuns 1.248 902 174,8 32,2 10 0

VI – Arcoverde 506 128 33,1 35,9 7 0

VII – Salgueiro 1.164 453 324,8 15,7 3 0

VIII – Petrolina 1.754 517 117,0 19,5 1 1

IX – Ouricuri 1.353 427 129,3 25,8 2 0

X – Afogados da Ingazeira

2.687 1.370 755,2 34,8 18 0

XI – Serra Talhada 918 608 270,0 24,7 3 0

XII – Goiana 2.187 754 248,5 42,2 30 2

Pernambuco 41.521 17.385 196,1 30,0 692 56

*Dados sujeitos a alterações Fonte: Sinan/SES–PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

76

6.1.18. Leishmaniose Visceral

A leishmaniose visceral (LV) foi classificada, primariamente, como uma zoonose,

caracterizada como doença de caráter eminentemente rural. Mais recentemente, expandiu-se para

áreas urbanas de médio e grande porte e tornou-se crescente problema de saúde pública no país e

em outras áreas do continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica. É

uma doença crônica, sistêmica, e apresenta, dentre outras manifestações, febre de longa duração,

perda de peso, astenia, adinamia e anemia. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais

de 90% dos casos (BRASIL, 2010d).

A LV é historicamente endêmica em Pernambuco, apresentando uma ampla distribuição no

estado. Os casos humanos estão frequentemente associados à pressão antrópica sobre o meio

ambiente, sendo as crianças mais afetadas pela doença. No estado, entre os anos de 2001 e 2011,

foram notificados, em média, 254,7 casos de leishmaniose visceral por ano, dos quais, foram

confirmados, em média, 113,3 casos anuais, 44,5% dos casos notificados (Figura 78). A LV tem

apresentado comportamento estável com discreta tendência decrescente no período analisado.

No mesmo período 9,7% dos casos confirmados evoluíram para óbito. Entretanto, ainda há

necessidade de melhorar o diagnóstico e tratamento precoces, considerando ser a leishmaniose

uma doença passível de tratamento e cura em 100% dos casos (Figura 78).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

77

Figura 78 – Número de casos notificados, confirmados e tratamentos realizados para leishmaniose visceral.

Pernambuco, 2001 a 2011

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Casos notificados 459 194 182 192 175 321 213 419 296 180 171

Casos confirmados 327 108 93 102 105 94 85 92 84 71 85

Tratamentos realizados 214 80 75 88 89 76 73 80 69 61 70

Nº de óbitos 22 11 18 13 13 13 8 6 8 6 3

0

5

10

15

20

25

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

mero

de ó

bit

os

mero

Fonte: Sinan/SES–PE

No ano de 2011, as Regiões de Saúde mais afetadas pela incidência da leishmaniose

visceral foram a VII (9,4/100.000 habitantes), e X (7,0/100.000 habitantes) Região. Nesse ano, a

taxa de letalidade de LV do estado foi de 3,5%, com a ocorrência de três óbitos, dois desses de

residentes da II Região de Saúde. Do total de confirmados, foram tratados 70 casos (82,4% dos

confirmados), sendo a XI a Região de Saúde que tratou menos da metade dos casos confirmados

(Tabela 21).

Tabela 21 – Número de casos confirmados, taxa de incidência (por 100.000 habitantes), número de óbitos,

taxa de letalidade (%) e número e percentual de tratamentos realizados para leishmaniose visceral segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011

Região de Saúde

Casos Confirmados

Óbitos Tratamentos

Realizados

Nº Taxa de

Incidência (/100.000 hab.)

Taxa de letalidade

(%)

Taxa de tratamento

(%)

I – Recife 8 0,30 - - 7 87,5

II – Limoeiro 8 3,60 2 25,0 7 87,5

III – Palmares 1 2,20 - - 1 100,0

IV – Caruaru 13 1,70 - - 11 84,6

V – Garanhuns 7 4,30 - - 7 100,0

VI – Arcoverde 1 0,80 - - 1 100,0

VII – Salgueiro 9 9,40 - - 9 100,0

VIII – Petrolina 19 4,70 1 5,3 15 78,9

IX – Ouricuri 6 2,30 - - 5 83,3

X – Afogados da Ingazeira

4 7,00

- -

2 50,0

XI – Serra Talhada 6 5,98 - - 2 33,3

XII – Goiana 3 3,00 - - 3 100,0

Pernambuco 85 0,96 3 3,5 70 82,4

Fonte: Sinan/SES–PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

78

6.1.19. Leishmaniose Tegumentar Americana

A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa,

causada por protozoário do gênero Leishmania, de transmissão vetorial e que acomete pele e

mucosas. É primariamente uma infecção zoonótica, afetando outros animais que não o homem, o

qual pode ser envolvido secundariamente (BRASIL, 2010d).

Analisando a LTA em Pernambuco, no período de 2001 a 2011, verificou-se uma média

anual de 2.554 casos notificados e confirmados, tratando-se, em média, 2.517 casos (98,5%)

(Figura 79). Vale destacar o declínio desse agravo a partir do ano de 2007, e, quando comparamos

os anos de 2001 e 2011, observa-se uma redução de 90,2%.

Figura 79 – Número de casos notificados, confirmados e tratamentos realizados para leishmaniose

tegumentar americana. Pernambuco, 2001 a 2011

4.9

00

4.7

32

4.5

64

5.4

67

2.7

23 3.2

20

52

0

46

7

57

9

45

8

47

9

4.9

00

4.7

32

4.5

64

5.4

67

2.7

23 3.2

20

52

0

46

7

57

9

45

8

47

9

4.7

53

4.7

32

4.5

50

5.4

60

2.7

16

3.2

06

47

9

43

1

52

6

42

3

42

0

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

mero

Casos notificados Casos confirmados Tratamentos realizados

Fonte: Sinan/SES–PE

Entre as Regiões de Saúde, a I Região foi a que concentrou o maior número de casos

notificados e confirmados de LTA, seguida da III Região. Não houve registro de casos de LTA na VII

e X Regiões em 2011 (Tabela 22).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

79

Tabela 22 – Número de casos notificados, confirmados e tratamentos realizados por leishmaniose tegumentar

segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011

Região de Saúde Nº casos notificados Nº casos

confirmados Nº tratamentos

realizados

I-Recife 189 189 166

II-Limoeiro 24 24 13

III-Palmares 160 160 154

IV-Caruaru 51 51 40

V-Garanhuns 4 4 1

VI-Arcoverde 2 2 2

VII-Salgueiro 0 0 0

VIII-Petrolina 3 3 3

IX-Ouricuri 12 12 10

X-Afogados da Ingazeira 0 0 0

XI-Serra Talhada 3 3 3

XII-Goiana 31 31 28

Pernambuco 479 479 420

Fonte: Sinan/SES–PE

6.1.20. Raiva

A raiva consiste numa encefalite viral aguda transmitida por mamíferos e apresenta dois

ciclos principais de transmissão: urbano e silvestre. Reveste-se de grande importância

epidemiológica por apresentar letalidade de 100%, além de ser uma doença passível de eliminação

no seu ciclo urbano, pois dispõe de medidas eficientes de prevenção, tanto em relação ao ser

humano quanto à fonte de infecção (BRASIL, 2010d).

Em Pernambuco a vigilância à saúde tem centrado esforços nas medidas de prevenção da

raiva. No período de 2001 a 2011, realizaram-se, em média, 30.367 tratamentos profiláticos em

humanos por ano, sendo 32.307 em 2011. A cobertura vacinal canina apresentou média de 77,0%

durante o período analisado (Figura 80).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

80

Figura 80 – Número de tratamentos profiláticos realizados para raiva e percentual de cobertura

vacinal canina. Pernambuco, 2001 a 2011

29

.88

7

31

.15

3

31

.77

9

31

.13

3

31

.00

8

28

.81

3

28

.92

3

29

.82

6

32

.38

3

26

.82

8

32

.30

7

85,6 82,392,8

88,7 85,7 86,793,8 75,9 81,0

0,0

74,4

0

20

40

60

80

100

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011

%

mero

Nº tratamentos profiláticos realizados % cobertura vacinal canina

* No ano de 2010 não houve campanha de vacinação antirrábica animal devido a problemas na composição da vacina. Fonte: Sinan/SES–PE; SI-PNI/SES–PE

Entre os anos de 2001 e 2009, foram confirmados quatro casos de raiva humana em

Pernambuco, sendo três óbitos registrados nos anos de 2003, 2006 e 2009. Em 2008, a Unidade de

Terapia Intensiva do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Oswaldo Cruz relatou o primeiro

caso de cura da raiva humana no Brasil, em um paciente de 15 anos mordido por morcego

hematófago.

Analisando as medidas de prevenção e controle da doença por Regiões de Saúde no ano

de 2011, observa-se que a VII Região apresentou a maior cobertura vacinal canina (91,2%),

seguida pela V Região (88,3%) (Tabela 23).

Tabela 23 – Número de tratamentos profiláticos realizados para raiva e percentual de cobertura vacinal

canina segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2011

Região de Saúde % cobertura vacina

canina Nº tratamentos profiláticos

realizados

I-Recife 64,5 16.501

II-Limoeiro 78,9 1.882

III-Palmares 84,6 1.801

IV-Caruaru 81,1 3.594

V-Garanhuns 88,3 1.108

VI-Arcoverde 85,2 1.293

VII-Salgueiro 91,2 847

VIII-Petrolina 86,2 2.243

IX-Ouricuri 81,1 907

X-Afogados da Ingazeira 85,5 708

XI-Serra Talhada 77,0 602

XII-Goiana 74,0 821

Pernambuco 74,32 32.307

Fonte: Sinan/SES–PE; SI-PNI/SES–PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

81

6.2. Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT)

As DANT caracterizam-se por múltiplas causas, ausência de infecção e de transmissão,

longo tempo de evolução ou acontecimentos pontuais (acidentes, violência, acidente vascular

encefálico). Contemplam as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e os acidentes e

violências.

As DCNT constituem sério problema de saúde pública, tanto em países ricos, quanto de

baixa renda. Em 2008, cerca de 68% das mortes ocorridas no mundo estavam relacionadas a estas

doenças. Geralmente, as DCNT estão associadas a múltiplos fatores de risco modificáveis

(tabagismo, consumo nocivo de bebida alcoólica, inatividade física e alimentação inadequada) e ao

longo tempo de exposição a esses fatores (MALTA et al, 2008).

As violências e os acidentes, dentre os quais se destacam os de transporte terrestre,

também são responsáveis por grande número de mortes e de adoecimento em todo o mundo.

Esses agravos causam incapacidades e sequelas físicas e psicológicas que ocasionam elevados

custos familiares e sociais (MINAYO, 2006).

A seguir, serão abordadas as principais DANT em Pernambuco: doenças do aparelho

circulatório, diabetes mellitus e neoplasias, acidentes de transporte terrestre e violências.

6.2.1. Doenças do Aparelho Circulatório (DAC)

As DAC constituem a principal causa de morbimortalidade no mundo. Entre as DAC,

destacam-se três grandes grupos: doenças hipertensivas, isquêmicas do coração e

cerebrovasculares. No primeiro grupo encontra-se a hipertensão arterial (primária), que é a causa

mais frequente das demais doenças do aparelho circulatório, além de estar associada ao diabetes e

demais DCNT. Entre as doenças isquêmicas, destaca-se o infarto agudo do miocárdio, responsável

por 6% das internações hospitalares por DAC em 2011, e, entre as cerebrovasculares, o acidente

vascular cerebral, cada uma foi responsável por 6% das internações por DAC no ano de 2011.

Entre os três grupos referidos, apenas as doenças hipertensivas apresentaram redução do

coeficiente de morbidade hospitalar, para ambos os sexos, entre os anos de 2002 e 2011. O

aumento no coeficiente de morbidade hospitalar para as doenças isquêmicas foi na ordem de 66,6%

para o sexo masculino e 63,3% para o feminino. Destaca-se o comportamento das doenças

cerebrovasculares, cujo incremento entre as mulheres foi de 12,0% e apenas 0,6% entre os homens

(Figura 81). Em 2011, somente as doenças isquêmicas do coração continuaram com maior

coeficiente no sexo masculino.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

82

Figura 81 – Coeficiente de morbidade hospitalar (por 100.000 habitantes) por doenças hipertensivas,

isquemias do coração e cerebrovasculares segundo sexo do paciente. Pernambuco, 2002 e 2011

77

,0

42

,6

11

1,2

62

,7

53

,3

88

,8

43

,0

70

,2

11

0,1

11

0,8

10

2,4 11

4,7

0

20

40

60

80

100

120

140

2002 2011 2002 2011

Masculino Feminino

Co

efi

cie

nte

de M

orb

idad

e H

ospit

ala

r(p

or 100.0

00 h

abitan

tes)

Doenças hipertensivas Doenças isquêmicas do coração Doenças cerebrovasculares

Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE – Estimativas Intercensitárias

Em relação à hipertensão essencial, observa-se na figura 82 que o número de internações

do sexo feminino foi superior ao masculino em todo o decênio. Verifica-se. Ainda, queda de 42%

para o total de internações por hipertensão arterial no período. O coeficiente médio de morbidade

hospitalar foi de 50,5/100.000 habitantes para o sexo masculino, e de 76,0/100.000 habitantes para

o feminino.

Figura 82 – Número de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 100.000 habitantes) por hipertensão essencial. Pernambuco, 2002 a 2011

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Nº masculino 2.729 2.290 2.107 2.133 2.105 2.069 2.081 1.916 1.817 1.526

Nº feminino 4.260 3.534 3.515 3.578 3.467 3.342 3.132 3.156 2.958 2.540

CMH masculino 69,8 58,1 52,9 52,5 51,2 49,7 49,2 44,9 42,9 35,8

CMH feminino 102,0 83,8 82,6 82,3 78,9 75,4 69,5 69,5 64,8 55,2

0

20

40

60

80

100

120

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

Co

efi

cie

nte

de M

orb

idad

e H

ospit

ala

r(p

or 100.0

00 h

abitan

tes)

mero

de In

tern

açõ

es

Ho

sp

itala

res

Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE – Estimativas Intercensitárias

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

83

A maior concentração de internações por hipertensão essencial, entre os anos de 2002 e

2011, foi na faixa etária entre 60 e 79 anos, seguida da de 40 a 59 anos, para ambos os sexos

(Figura 83).

Figura 83 – Proporção de internações hospitalares por hipertensão arterial segundo faixa etária e sexo do

paciente. Pernambuco, 2002 a 2011

0,8 1,1

8,5

29,9

46,4

13,3

0,5 1,5

10,7

30,5

43,4

13,3

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 a 9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 79 80 e +

%

Faixa etária (anos)

Masculino Feminino

Fonte: MS/SIH/SUS

Entre as Regiões de Saúde, em 2011, as internações hospitalares por hipertensão arterial

concentraram-se na I Região de Saúde (25,5% das internações do estado), o que pode ser

explicado pelo grande contingente populacional e de rede assistencial local. Para os coeficientes de

morbidade, destacaram-se a IX e X Regiões (Tabela 24).

Tabela 24 – Número e proporção de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 100.000 habitantes) por hipertensão arterial segundo Região de Saúde de residência do paciente. Pernambuco,

2011

Região de Saúde Nº % Coeficiente de Morbidade Hospitalar

I-Recife 1.037 25,5 26,3

II-Limoeiro 277 6,8 48,5

III-Palmares 256 6,3 44,2

IV-Caruaru 684 16,8 54,7

V-Garanhuns 160 3,9 30,9

VI-Arcoverde 260 6,4 67,4

VII-Salgueiro 87 2,1 62,2

VIII-Petrolina 75 1,8 17,1

IX-Ouricuri 430 10,6 130,1

X-Afogados da Ingazeira 432 10,6 237,1

XI-Serra Talhada 243 6,0 107,7

XII-Goiana 125 3,1 41,0

Pernambuco 4.066 100,0 45,9

Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE – Estimativas Intercensitárias

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

84

6.2.2. Diabetes mellitus

O diabetes mellitus é uma doença metabólica cujas principais complicações são as doenças

cardiovasculares, a insuficiência renal crônica e as amputações de membros inferiores (BRASIL,

2006b).

Entre 2002 e 2011, foram registradas, em média, 2.525 internações por diabetes mellitus no

sexo masculino e 3.967 no feminino, com maior incremento entre os homens, na ordem de 28%

(Figura 84).

Figura 84 – Número de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 100.000 habitantes) por diabetes mellitus segundo sexo do paciente. Pernambuco, 2002 a 2011

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Nº masculino 2.475 1.990 2.161 2.388 2.264 2.320 2.626 2.806 3.041 3.174

Nº feminino 4.007 3.392 3.677 3.854 4.039 3.804 3.770 4.042 4.512 4.574

CMH masculino 63,3 50,5 54,3 58,7 55,1 55,8 62,1 65,8 71,9 74,4

CMH feminino 95,9 80,4 86,4 88,6 91,9 85,9 83,7 89,0 98,8 99,4

0

20

40

60

80

100

120

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

Co

efi

cie

nte

de M

orb

idad

e H

ospit

ala

r(p

or 100.0

00 h

abitan

tes)

mero

de In

tern

açõ

es

Ho

sp

itala

res

Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE – Estimativas Intercensitárias

As maiores proporções de internações por diabetes melittus foram na faixa etária de 60 a 79

anos, seguida do grupo de 40 a 59 anos, em ambos os sexos (Figura 85).

Figura 85 – Proporção de internações hospitalares por diabetes mellitus segundo faixa

etária e sexo do paciente. Pernambuco, 2002 a 2011

2,6 3,99,9

29,7

42,6

11,4

1,5 3,28,8

26,8

47,2

12,6

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 a 9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 a 79 80 e +

%

Faixa etária (anos)

Masculino Feminino

Fonte: MS/SIH/SUS

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

85

Em 2011, das 7.748 internações por diabetes mellitus em Pernambuco, 35,1% foram entre

residentes da I Região de Saúde. O coeficiente de morbidade estadual no mesmo ano foi de

87,4/100.000 habitantes, chegando a 209,1/100.000 habitantes na X Região, e 168,9/100.000

habitantes na XI Região (Tabela 25).

Tabela 25 – Número de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 100.000 habitantes) por diabetes mellitus segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 2011

Região de Saúde Nº % Coeficiente de Morbidade Hospitalar

I-Recife 2.723 35,1 69,1

II-Limoeiro 496 6,4 86,9

III-Palmares 787 10,2 135,8

IV-Caruaru 1.166 15,0 93,2

V-Garanhuns 403 5,2 77,9

VI-Arcoverde 435 5,6 112,8

VII-Salgueiro 176 2,3 125,9

VIII-Petrolina 156 2,0 35,6

IX-Ouricuri 339 4,4 102,6

X-Afogados da Ingazeira 381 4,9 209,1

XI-Serra Talhada 381 4,9 168,9

XII-Goiana 305 3,9 100,0

Pernambuco 7.748 100,0 87,4

Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE – Estimativas Intercensitárias

6.2.3. Neolpasias malignas

As neoplasias encontram-se subdivididas em benignas e malignas (cânceres) e, embora as

primeiras representem a maioria dos casos e internações, são os tumores malignos os grandes

responsáveis pelos danos sociais. No presente estudo, optou-se por analisar as neoplasias

malignas por sexo, em virtude da heterogeneidade dos tipos mais prevalentes.

De acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o ano de 2012

eram esperados 6.530 casos novos de câncer para o sexo masculino em Pernambuco, e 7.680 para

o feminino. Entre os homens, as maiores taxas de incidência tem por localização primária a

próstata, com aumento de 102,7% comparado a 2003, seguido de traqueia, brônquio e pulmão

(Figura 86).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

86

Figura 86 – Estimativas das taxas brutas de incidência (por 100.000 habitantes) por neoplasia maligna em homens segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 2003 e 2012

1,5

3,6

4,6

6,4

7,9

9,6

11,2

53,3

0,6

2,7

2,6

3,1

5,3

6,7

8,0

26,3

0 10 20 30 40 50 60

Pele Melanoma

Leucemias

Esôfago

Cólon e Reto

Cavidade Oral

Estômago

Traqueia, Brônquio e Pulmão

Próstata

Taxa Bruta de Incidência (por 100.000 habitantes)2003 2012

Fonte: Instituto Nacional de Câncer – INCA/MS

Para as mulheres, os cânceres de mama e colo do útero lideraram com as maiores taxas de

incidência, entretanto, o segundo apresentou decréscimo de 7,2% em relação ao ano de 2003

(Figura 87).

Figura 87 – Estimativas das taxas brutas de incidência (por 100.000 habitantes) por neoplasia maligna em mulheres segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 2003 e 2012

2,2

3,7

3,9

6,1

7,4

9,3

20,7

46,9

1,0

2,2

3,0

3,5

4,7

6,6

22,3

34,7

0 10 20 30 40 50

Esôfago

Leucemias

Cavidade Oral

Estômago

Traqueia, Brônquio e Pulmão

Cólon e Reto

Colo do Útero

Mama Feminina

Taxa Bruta de Incidência (por 100.000 habitantes)2003 2012

Fonte: Instituto Nacional de Câncer – INCA/MS

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

87

Em Pernambuco, entre os dez cânceres com maior coeficiente de morbidade hospitalar no

estado em 2002, no sexo masculino predominam os de lábio, cavidade oral e faringe e leucemia

(Figura 88). Para o sexo feminino, destacaram-se as neoplasias malignas de mama e colo do útero,

com ênfase para o incremento de 169,1% nas internações por câncer de mama e de 221,7% por

câncer de colo de útero entre 2002 e 2011 (Figura 89). O perfil das neoplasias malignas foi

semelhante nos dois anos avaliados em ambos os sexos, porém, os coeficientes foram maiores em

2012, para todas as causas (Figuras 88 e 89).

Figura 88 – Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 100.000 habitantes) por neoplasia maligna no sexo masculino segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 2002 e 2011

4,2

4,3

5,8

7,5

8,8

10,4

11,9

14,9

19,6

45,0

1,6

0,9

1,3

3,3

1,2

3,6

5,4

3,3

10,8

7,9

0 20 40 60

Bexiga

Linfoma não-Hodgkin

Esôfago

Meninges,encéfalo e outras partes do SNC

Pele

Estômago

Cólon, reto e ânus

Próstata

Leucemia

Lábio, cavidade oral e faringe

Coeficiente de Morbidade Hospitalar(por 100.000 habitantes)2002 2011

Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE – Estimativas Intercensitárias

Figura 89 – Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 100.000 habitantes) de neoplasia maligna no sexo feminino segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 2002 e 2011

5,6

5,7

6,8

7,2

7,6

12,2

14,0

33,4

38,6

50,6

0,9

12,5

2,1

1,9

2,2

7,9

4,4

6,5

12,0

18,8

0 20 40 60

Pele

Corpo e partes não especificadas do útero

Estômago

Ovário

Meninges,encéfalo e outras partes do SNC

Leucemia

Cólon, reto e ânus

Lábio, cavidade oral e faringe

Colo do útero

Mama

Coeficiente de Morbidade Hospitalar(por 100.000 habitantes)2002 2011

Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE – Estimativas Intercensitárias

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

88

6.2.4. Violências

As violências consistem no “uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça,

contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou

tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento

ou privação” (OMS, 2002).

Entre os casos de violência notificados em Pernambuco no ano de 2011 observa-se, na figura

90, a predominância nas faixas etárias mais jovens. Nos indivíduos do sexo masculino a faixa etária

entre 1 e 39 anos concentrou aproximadamente 84,4% das notificações. Entre as mulheres,

destaca-se a proporção de casos ocorridos na faixa etária de 20 e 39 anos (47,6%).

Figura 90 – Proporção de casos notificados de violência segundo faixa etária e sexo da

vítima. Pernambuco, 2011

28,1 26,629,7

9,75,9

14,3

21,5

47,6

12,8

3,8

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1 a 9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 e +

%

Faixa etária (anos)

Masculino Feminino

Fonte: Sinan/SES-PE

Dos tipos de violência notificados, a física apresentou maior participação em ambos os

sexos. No sexo feminino, as outras violências mais frequentes foram: psicológica/moral e sexual,

com 36,3% e 19,0%, respectivamente. No sexo masculino, foram: negligência/abandono e

psicológica/moral, com 24,9% e 9,3%, respectivamente (Figura 91).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

89

Figura 91 – Proporção de casos notificados de violência segundo tipo* e sexo da vítima.

Pernambuco, 2011

1,34,3

9,3

24,9

67,0

2,4

19,0

36,3

10,4

60,8

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Tortura Sexual Psicológica/Moral

Negligência/Abandono

Física

%

Masculino Feminino

* Para cada caso pode ser notificado mais de um tipo de violência Fonte: Sinan/SES-PE

Entre as Regiões de Saúde que mais notificaram casos de violência em 2011 no estado,

destacam-se a I, VIII e IV, com 67,8%, 12,5% e 6,7%, respectivamente (Figura 92).

Figura 92 – Proporção de casos de violência segundo Região de Saúde de notificação.

Pernambuco, 2011

67,8

3,50,1

6,7

0,12,9 1,1

12,5

3,2 1,4 0,6 0,2

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

%

Fonte: Sinan/SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

90

6.2.5. Acidentes de Transporte Terrestre (ATT)

Os acidentes de transporte são todos aqueles que envolvem um veículo destinado ou

usado, no momento do acidente, principalmente, para o transporte de pessoas ou de mercadorias

de um lugar para o outro. Inseridos nos acidentes de transporte, encontram-se classificados os

acidentes de transporte terrestre (ATT) (OMS, 2008).

Para caracterizar as vítimas de ATT em Pernambuco, foram analisados os atendimentos de

2011 provenientes das 21 Unidades Sentinelas de Informações sobre Acidentes de Transporte

Terrestre (USIATT), implantas em hospitais de referência em trauma, localizados em todas as

Regiões de Saúde do estado. A caracterização dos casos atendidos nas USIATT constitui-se um

importante instrumento para subsidiar a definição de intervenções que contribuam para a

modificação do perfil desses acidentes no estado.

A faixa etária de 20 a 39 foi a que apresentou maior proporção de atendimentos por ATT em

2011, em ambos os sexos (Figura 93).

Figura 93 – Proporção de atendimentos por acidentes de transportes terrestre nas

USIATT segundo faixa etária e sexo da pessoa atendida. Pernambuco, 2011

3,1

14,5

57,4

14,6

3,66,95,6

19,2

47,5

14,9

4,38,5

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 a 9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 e+ Ignorado/Em branco

%

Faixa etária (anos)Masculino Feminino

Dados sujeitos à alteração Fonte: SINATT/SES-PE

A maioria das vítimas tinha a motocicleta como meio de locomoção no momento do

acidente, seguido do automóvel. A proporção de acidentes de motocicleta no sexo masculino é

maior que no feminino, por sua vez, a situação se inverte quando se trata de acidentes envolvendo

automóvel e nos atropelamentos (Figura 94).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

91

Figura 94 – Proporção de atendimentos por acidentes de transportes terrestre nas USIATT

segundo sexo e meio de locomoção da vítima no momento do acidente. Pernambuco, 2011

6,3 8,7

72,9

7,00,6 0,8 2,3 1,6

13,2 14,6

60,7

5,51,8 0,7 1,8 1,6

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

A pé Automóvel Motocicleta Bicicleta Coletivo Veículo pesado

Outro Ignorado/Em branco

%

Masculino Feminino

Dados sujeitos à alteração Fonte: SINATT/SES-PE

Aproximadamente 25% das notificações de ATT ocorreram na I Região de Saúde, seguidas

da V e IX Regiões (Figura 95). O maior percentual de notificações na I Região pode ser explicado

pelo fato de esta contemplar 9 Unidades Sentinelas no período analisado. As demais Regiões

contém apenas uma USIATT cada.

Figura 95 – Proporção de atendimentos por acidentes de transportes terrestre nas USIATT

segundo Região de Saúde de notificação. Pernambuco, 2011

24,8

3,7 1,6

11,6 12,5

4,0 5,98,3

12,0

5,69,4

0,6

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

I* II III IV V VI VII VIII IX X XI XII

%

Dados sujeitos à alteração

* I Região de Saúde apresenta 09 Unidades notificadoras de ATT em 2011

Fonte: SINATT/SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

92

6.2.6. Doenças e agravos relacionados ao Trabalho

O ambiente de trabalho é o local onde vive, durante boa parte da vida, a maioria da

população. Nos diversos locais de trabalho o indivíduo encontra-se exposto a fatores de risco que

vão desde os transtornos mentais até as doenças transmissíveis (BRASIL, 2001b).

A configuração da cadeia produtiva dentro das Regiões de Desenvolvimento (Figura 96)

pode influenciar na distribuição dos agravos relacionados ao trabalho, a partir dos riscos e

vulnerabilidades dele provenientes.

Figura 96 – Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco

Fonte: Fundação de Desenvolvimento Municipal - CONDEPE/FIDEM-PE

Para a Vigilância em Saúde desta temática optou-se por descentralizar as ações de Saúde

do Trabalhador. Pernambuco aderiu à proposta do MS de implantar Centros de Referência em

Saúde do Trabalhador (Cerest), que estão distribuídos em oito regiões, de acordo com o critério

populacional (Figura 97).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

93

Figura 97 – Área de cobertura dos Cerest em Pernambuco

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde/Sinan

Além dos Cerest Pernambuco conta com 36 Unidades Sentinelas em Saúde do Trabalhador

e 05 Centros de Referencia Especializados em Saúde do Trabalhador - CRESAT que notificam

compulsoriamente nove agravos relacionados ao trabalho, de acordo com o anexo III da portaria

GM/MS Nº 104 de 25 de janeiro de 2011, que traz:

1- Acidentes graves ou fatais (aqueles que resultam em morte ou mutilações, ou ainda que

ocorreram em menores de 18 anos);

2- Acidentes com material biológico (envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos ocorridos

com os profissionais da área da saúde durante o desenvolvimento do seu trabalho);

3- Câncer relacionado ao trabalho;

4- Dermatoses ocupacionais (Compreendem as alterações da pele, mucosas e anexos, direta ou

indiretamente causadas, mantidas ou agravadas pelo trabalho);

5- Intoxicações exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e

metais pesados);

6- LER/DORT (Lesão por Esforço Repetitivo/ Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho),

7- PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído);

8- Pneumoconioses (Conjunto de doenças pulmonares causadas pelo acúmulo de poeira nos

pulmões);

9- Transtornos mentais relacionados ao trabalho.

Os agravos de maior frequência de notificação em nosso território são as intoxicações

exógenas, os acidentes graves ou fatais e os com material biológico (Sinan/SES-PE).

Com relação às intoxicações exógenas relacionadas ao trabalho, a Região Metropolitana

apresentou a maior proporção de casos em 2011, seguida pela Região da Mata Norte, regiões

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

94

reconhecidas como produtoras de cana-de-açúcar que envolve no seu manejo a utilização de

agrotóxico (Figura 98).

Quanto aos acidentes de trabalho graves notificados pela rede, observa-se que o Sertão do

Pajeú e Região Metropolitana respondem juntos por aproximadamente 50% dos casos (Figura 98).

Sabe-se que o Sertão do Pajeú tem sofrido intensas transformações em decorrência das obras de

Transposição do Rio São Francisco e da construção da Ferrovia Transnordestina. Para a Vigilância

em Saúde, os Acidentes de Trabalho graves ou fatais são eventos sentinela que devem alertar toda

a rede para que sejam desencadeadas ações de promoção da saúde e prevenção de acidentes.

Já para os acidentes com material biológico, foi registrada maior frequência na Região

Metropolitana e no Sertão do São Francisco (Figura 98). Sabe-se que nesses locais estão

importantes polos médicos do estado nos quais há grande concentração de serviços de saúde.

Figura 98 – Proporção de casos de intoxicação exógena por agrotóxicos relacionada ao trabalho, acidentes de

trabalho grave e acidente de trabalho com material biológico segundo Regiões de Desenvolvimento. Pernambuco, 2011

23

,1

17

,9

11

,1

9,4

9,4

7,7

6,0

5,1

3,4

3,4

1,7

1,7

18

,1

4,5

10

,4

7,5

2,0

14

,5

1,6

29

,6

1,6 4

,7

4,1

1,5

39

,2

0,9

12

,5

1,6

35

,4

2,8

0,3

0,9

0,6 2,8

2,5

0,3

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Metr

op

olita

na

Mata

No

rte

Ag

reste

C

en

tral

Ara

rip

e

São

Fra

ncis

co

Sert

ão

Cen

tral

Mo

xo

Paje

ú

Ag

reste

M

eri

dio

nal

Mata

Sul

Ag

reste

S

ete

ntr

ional

Itap

ari

ca

%

Intoxicação exógena Acidente grave Material biológico

Fonte: Sinan/SES-PE

Ainda em relação às doenças e agravos de notificação relacionados ao trabalho, destacam-

se as lesões por esforço repetitivo. Essa doença pode ocorrer em diversas profissões, dentro de

diferentes cadeias produtivas, a exemplo do agricultor que trabalha na colheita da uva, em Petrolina,

ou do digitador/atendente de telemarketing relacionados ao polo de serviços da Região

Metropolitana, cuja Região é responsável por 94,8% das notificações por esse agravo no Estado

(Sinan/SES-PE). O MS estima que trata-se de um agravo subnotificado devido às dificuldades dos

profissionais de saúde associarem os sinais e sintomas ao trabalho do paciente, estabelecendo

assim o nexo causal.

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95

No contexto atual, as condições de trabalho exercem influências negativas na saúde mental

dos trabalhadores. Contudo, estudos apontam que há subnotificação. Isso pode estar relacionado

ao não reconhecimento clínico de determinadas patologias laborais relacionadas aos transtornos

mentais (CARLOTTO, 2011). Na Região Metropolitana estão registradas todas as ocorrências para

esse agravo. Os municípios de Recife e Jaboatão dos Guararapes concentraram 86% dos casos.

6.2.7. Intoxicações Exógenas

A intoxicação é um problema de saúde pública de importância global. Segundo estimativas

da OMS, em 2004, cerca de 346.000 pessoas morreriam em todo o mundo devido à intoxicação não

intencional (OMS, 1990). A OMS aponta, ainda, que quase um milhão de pessoas morrem a cada

ano devido ao suicídio, e as substâncias químicas são responsáveis por um número significativo

dessas mortes.

De acordo com a ficha de investigação do Sinan para intoxicação exógena, o caso suspeito

é definido como “todo aquele indivíduo que, tendo sido exposto a substâncias químicas

(agrotóxicos, medicamentos, produtos de uso doméstico, cosméticos e higiene pessoal, produtos

químicos de uso industrial, drogas, plantas e alimentos e bebidas), apresente sinais e sintomas

clínicos de intoxicação e/ou alterações laboratoriais provavelmente ou possivelmente compatíveis”.

No Brasil, a dimensão da distribuição das intoxicações ainda não é plenamente conhecida,

uma vez que os dados epidemiológicos disponíveis são parciais e, em sua maioria proveniente dos

centros de informação e assistência toxicológica. O MS estima que para cada caso registrado no

Sinan existam outros 50 não notificados (BRASIL, 1996).

As intoxicações por medicamentos correspondem a principal causa de notificaçao de

intoxicação exógena em Pernambuco. Entretanto, ainda há grande participação de ingnorados/ em

branco (Figura 99). Com relação à ocupação, cerca de 30% dos casos notificados foram de

indivíduos que exerciam algum trabalho agropecuário, o que pode demonstrar a vulnerabilidade

destes trabalhadores aos produtos utilizados no ambiente de trabalho (Figura 100).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

96

Figura 99 – Proporção notificações por intoxicação exógena segundo agente tóxico. Pernambuco, 2011

27,623,1

14,2 12,4

4,6 2,3 3,4

12,4

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Medicamento Alimento/Bebida

Agrotóxicos Drogas deabuso

Prod. Usodomiciliar

Prod. químico

Outros Ignorado/Em branco

%

Fonte: Sinan/SES-PE

Figura 100 – Proporção notificações por intoxicação exógena segundo ocupação. Pernambuco, 2011

30,226,0

9,44,4 4,0 2,7

16,9

6,4

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Trabalhoagropecuário

Estudante Dona de casa

AposentadoPensionista

Trab. volanteagricultura

Pedreiro Outras Ignorada

%

Fonte: Sinan/SES-PE

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97

7. MORTALIDADE

7.1. Mortalidade Geral As informações sobre mortalidade são provenientes do Sistema de Informações sobre

Mortalidade (SIM), cujo instrumento base para coleta de dados é a Declaração de Óbito (DO),

padronizada pelo MS, e que também serve de base para lavratura da Certidão de Óbito pelo

Cartório de Registro Civil (BRASIL, 2009a).

A análise da mortalidade permite acompanhar mudanças no perfil epidemiológico para

subsidiar no planejamento de ações e na organização de serviços de saúde de acordo com as

necessidades da população (BRASIL, 2004).

O padrão de mortalidade pode sofrer alterações de acordo com a interação de fatores

interdependentes, tais como, mudança na estrutura demográfica da população e do padrão de

morbidade, fatores ambientais e socioculturais (CARMO; BARRETO; SILVA JR, 2003).

O Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG) expressa a intensidade com a qual a mortalidade

atua sobre uma população. É influenciado pela estrutura populacional quanto à idade e sexo, e,

quando elevado, pode relacionar-se a baixa condição de vida ou maior número de idosos. A

observação do CMG também permite acompanhar a captação de óbitos no SIM (BRASIL, 2009a).

Entre os anos de 2002 e 2011, Pernambuco apresentou incremento de 8% no número total

de óbitos, com média de 55.669 óbitos no decênio. Entretanto, o CMG de 2011 foi muito próximo ao

do início do período (Figura 101).

Figura 101 – Número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (por 1.000 habitantes).

Pernambuco, 2002 a 2011*

54

.26

3

55

.34

9

55

.44

6

54

.43

4

53

.97

9

55

.35

6

56

.34

1

56

.48

9

56

.22

2

58

.81

0

6,7 6,8 6,76,5 6,3 6,4 6,5 6,4 6,4

6,6

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Co

efi

cie

nte

de M

ort

alid

ad

e G

era

l(p

or 1.0

00 h

abitante

s)

mero

de ó

bit

os

Nº óbitos CMG

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM/ SEVS/ SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

98

A IV Região de Saúde apresentou a maior média do CMG (7,09/1.000 habitantes) no

período analisado em relação as demais, embora a III Região tenha apresentado CMG mais

elevados em quatro anos do decênio analisado. A VIII Região apresentou baixo CMG no período,

com média de 4,99/1.000 habitantes, indicando reduzida captação de óbitos e, consequentemente,

baixa cobertura do SIM (Tabela 26).

Tabela 26 – Coeficiente de Mortalidade Geral (por 1.000 habitantes) segundo Região de Saúde de residência.

Pernambuco, 2002 a 2011*

Região de Saúde 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

I - Recife 6,6 6,6 6,7 6,4 6,3 6,2 6,3 6,3 6,5 6,7

II - Limoeiro 6,6 6,6 6,6 6,1 6,1 6,3 6,7 6,6 6,4 6,8

III - Palmares 7,5 7,9 7,4 7,1 6,7 7,1 6,8 6,3 6,3 6,5

IV - Caruaru 7,3 7,4 7,5 7,0 6,8 7,0 7,0 7,0 6,8 7,1

V - Garanhuns 6,8 7,0 7,0 6,6 6,5 7,0 6,8 6,8 6,7 6,7

VI - Arcoverde 6,5 6,9 6,8 6,7 6,3 6,8 6,2 6,0 5,8 5,9

VII - Salgueiro 5,4 5,8 5,2 5,4 5,4 5,6 5,5 5,5 5,4 5,9

VIII - Petrolina 5,1 5,3 4,9 5,1 5,2 4,9 5,2 4,8 4,6 4,8

IX - Ouricuri 5,4 5,9 5,6 5,7 5,5 5,6 5,7 5,5 5,4 5,6

X - Afogados da Ingazeira 6,6 6,6 6,6 6,6 7,0 6,9 6,9 6,7 7,2 7,2

XI - Serra Talhada 6,8 6,6 6,4 6,2 6,8 6,8 6,3 6,7 6,4 6,9

XII - Goiana 6,9 7,2 7,1 7,0 6,3 6,7 6,6 6,9 6,6 6,8

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Em Pernambuco, a proporção de óbitos com causas mal definidas diminuiu 71,6% entre

2002 a 2011, passando de 18,2% para 5,2%, respectivamente. Essa redução foi mais evidente

entre os anos de 2005 e 2006 (40,6%), período em que foi implantado o projeto para redução da

causa de óbito por causa mal definida (Figura 102).

Figura 102 – Proporção de óbitos com causa mal definida. Pernambuco, 2002 a 2011*

18,2 17,1 15,2

9,75,7 4,9 5,1 5,2 5,2 5,2

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

%

* Dados sujeitos à alteração

Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

99

Nos anos de 2002, 2007 e 2011 mais de 50% dos óbitos ocorreram em hospitais, com

incremento de 10,3% em todo o período, demonstrando que uma maior parcela da população

recebeu assistência hospitalar no momento da morte em 2011. Os óbitos domiciliares ocupam o

segundo lugar em relação as demais ocorrências, observando-se uma redução de 21,8% (Figura

103).

Figura 103 – Proporção dos óbitos local de ocorrência. Pernambuco, 2002, 2007 e 2011*

57,462,0 63,3

31,626,3 24,7

7,3 7,9 7,4

3,1 3,2 4,3

0,6 0,5 0,3

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2002 2007 2011

Hospital Domicílio Via pública Outros locais Ignorado

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

No decênio analisado, a variável raça/cor na DO passou a ser melhor preenchida,

observavando-se uma redução de 51,2% de informação ignorada. Os óbitos cuja classificação da

raça/cor foi parda apresentaram maior incremento (19,5%) e representou em 54,5% do total de óbitos

de 2011. Em todos os anos da série, a raça/cor branca foi a segunda categoria com maior número de

óbitos, seguidos dos óbitos classificados na raça/cor preta (Figura 104).

Dentre os principais agravos, destacam-se os óbitos classificados como raça/cor parda com

predomínio das causas externas com 79,0% (Figura 105).

Relação

2002 / 2011 50,0

%

38,7

%

1,4

%

21,8

%

10,3

%

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

100

Figura 104 – Proporção de óbito segundo raça/cor. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Parda 45,6 49,3 51,8 52,3 54,1 54,9 55,0 52,5 54,0 54,5

Branca 32,3 32,6 33,2 32,5 32,1 31,4 31,5 31,6 32,0 31,2

Preta 5,4 5,3 5,4 5,3 5,5 5,5 5,4 5,0 5,6 5,9

Amarela 0,3 0,3 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,2 0,3 0,3

Indígena 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2

Não informado 16,2 12,4 9,1 9,4 7,8 7,6 7,6 10,5 7,9 7,9

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100%

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Figura 105 – Proporção de óbito dos principais grupos de causa segundo raça/cor.

Pernambuco, 2011*

Aparelho circulatório

Causas externas NeoplasiasAparelho

respiratórioEndócrinas

Não informado 4,0 6,7 5,5 4,6 4,9

Indígena 0,3 0,2 0,2 0,2 0,2

Amarela 0,3 0,1 0,5 0,3 0,4

Preta 7,3 2,2 6,3 6,3 7,7

Branca 34,5 11,9 38,1 40,7 36,9

Parda 53,6 79,0 49,3 48,0 49,8

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

No período de 2002 a 2011, observa-se maior proporção de óbitos do sexo masculino, com média

de 56,8% em relação ao sexo feminino (Figura 106). Quando observado o CMG por sexo, verificou-se que

para o sexo masculino houve uma redução de 2,5% e para o sexo feminino um incremento de 1,8% no

período analisado (Figura 107).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

101

Figura 106 – Proporção de óbitos segundo sexo. Pernambuco, 2002 a 2011*

57,8 57,2 56,7 56,6 57,0 57,2 56,6 56,4 56,4 56,3

42,2 42,8 43,3 43,4 43,0 42,8 43,4 43,6 43,6 43,7

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Masculino Feminino

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Figura 107 – Número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (CMG) (por 1.000 habitantes)

segundo sexo. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Nº masculino 31.290 31.604 31.407 30.794 30.741 31.626 31.841 31.798 31.618 33.062

N° feminino 22.888 23.667 23.968 23.579 23.190 23.627 24.376 24.563 24.488 25.620

CMG masculino 8,0 8,0 7,9 7,6 7,5 7,6 7,5 7,5 7,5 7,8

CMG feminino 5,5 5,6 5,6 5,4 5,3 5,3 5,4 5,4 5,4 5,6

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

Co

efi

cie

nte

de M

ort

alid

ad

e G

era

l(p

or 1

.000 h

abitante

s)

mero

de ó

bit

os

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Com relação às faixas etárias, observa-se maior proporção de óbitos entre os idosos em

todos os anos analisados, com incremento de 11,4%. Isso pode estar relacionado ao aumento da

expectativa de vida ao nascer, refletindo no processo de envelhecimento da população e,

consequentemente, no aumento contínuo da população de idosos. Também verrificou-se

incremento de 7,8% dos óbitos ocorridos na faixa etária de 40 a 59 anos. Para as demais faixas

etárias, verificou-se redução nos óbitos, destacando-se os infantis (<1 ano), com redução de

55,8%. As Regiões de Saúde também acompanham o perfil estadual, observando-se uma maior

diferença nas VI, VII, VIII e IX Região, onde a proporção de óbitos de menores de 1 ano e adultos

jovens é maior do que o padrão estadual (Figuras 108 e 109).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

102

Figura 108 – Proporção dos óbitos segundo faixa etária. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

60 e + 55,9 56,6 57,9 57,3 57,7 58,2 58,9 59,7 61,3 62,3

40 a 59 18,0 18,2 18,7 19,0 19,4 19,2 19,3 19,4 19,4 19,4

20 a 39 13,4 13,1 12,3 12,9 13,1 13,1 13,1 12,6 12,1 11,5

10 a 19 3,1 2,8 3,2 3,1 3,2 3,1 3,0 2,6 2,5 2,4

1 a 9 1,8 1,7 1,5 1,4 1,4 1,3 1,2 1,2 1,0 1,0

<1 ano 7,7 7,5 6,3 6,3 5,3 5,0 4,5 4,5 3,8 3,4

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Figura 109 – Proporção dos óbitos segundo faixa etária e Região de Saúde de residência. Pernambuco, 2011*

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

PERNAMBUCO

I-Recife

II-Limoeiro

III-Palmares

IV-Caruaru

V-Garanhuns

VI-Arcoverde

VII-Salgueiro

VIII-Petrolina

IX-Ouricuri

X-Afogados da Ingazeira

XI-Serra Talhada

XII-Goiana

<1 ano 1 a 9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 e +

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

103

Quanto as principais causas de óbito, observa-se que no ano de 2011 o padrão de

mortalidade nas Regiões de Saúde acompanha o perfil estadual, apresentando maior proporção de

óbitos por Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) em relação aos demais agravos. As causas

externas e neoplasias alternam entre a segunda e terceira causa de óbito entre as Regiões de

Saúde. Esse perfil acompanha o padrão epidemiológico do país e traz implicações na estrutura

demográfica. As causas de óbito mal definidas destacaram-se pela proporção elevada, em especial,

as V, VI e VIII Região de Saúde que apresentaram acima de 10% (Figura 110).

Figura 110 – Proporção dos óbitos segundo principais causas básicas e Regiões de Saúde de residência.

Pernambuco, 2011*

29,3

28,5

34,7

31,2

30,2

29,5

25,2

26,4

20,4

27,7

34,9

33,2

33,9

13,1

13,7

11,5

11,4

12,2

10,0

13,4

10,9

17,1

16,8

7,2

12,7

12,3

12,8

14,7

12,2

10,0

11,5

9,9

10,4

15,9

10,9

12,0

14,5

13,0

9,9

10,9

13,3

9,2

10,8

9,4

9,4

7,6

9,1

6,8

6,8

8,1

8,6

9,2

8,1

6,6

9,1

11,2

10,9

9,0

8,3

5,1

4,9

7,0

10,1

7,0

12,0

5,2

5,7

6,2

6,0

5,1

4,3

3,3

4,6

3,5

2,6

5,3

3,5

5,4

5,2

1,6

3,1

3,9

6,8

14,0

16,2

9,2

19,0

8,5

4,3

5,8

4,2

15,4

15,9

14,0

15,5

13,8

13,8

15,7

18,8

17,3

18,7

15,8

16,2

13,0

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

PERNAMBUCO

I-Recife

II-Limoeiro

III-Palmares

IV-Caruaru

V-Garanhuns

VI-Arcoverde

VII-Salgueiro

VIII-Petrolina

IX-Ouricuri

X-Afogados da Ingazeira

XI-Serra Talhada

XII-Goiana

%

D. ap. circulatório Causas externas Neoplasias D. ap. respiratório

D. endócrinas nutricionais e metabólicas

D. aparelho digestivo Mal definidas e desconhecidas Demais causas

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Em 2002, Pernambuco apresentou como principal causa de óbito as DAC, seguida das

causas mal definidas, causas externas e neoplasia (Tabela 27). No ano de 2011, as DAC

permaneceram em primeiro lugar, e as causas mal definidas caíram para sétimo lugar, isto reflete a

melhoria na qualificação na causa básica de óbito (Tabela 28).

Ao analisar as principais causas segundo faixa etária, nos anos de 2002 e 2011, observa-se

que em menores de 1 ano as principais causas foram as afecções perinatais, já na faixa etária de 1

a 39 anos, as causas que predominaram foram as externas, e nas demais foram as doenças do

aparelho circulatório (Tabela 27 e 28).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

104

Tabela 27 – Classificação das principais causas básicas de óbito segundo faixa etária. Pernambuco, 2002

Ranking

Grupos etários (anos)

Pernambuco < 1 ano 1-9 10-19 20-39 40-59

60 anos e mais

1º Afecções Perinatais

Causas Externas

Causas Externas

Causas Externas

DAC DAC DAC

2º Mal Definidas DAR Mal Definidas Mal Definidas Neoplasia Mal

Definidas Mal Definidas

3º DIP Mal Definidas Neoplasia DAC Causas

Externas Neoplasia

Causas Externas

4º Anomalia Congênita

DIP DAC DIP Mal Definidas DAR Neoplasia

5º DAR Neoplasia DIP Neoplasia Aparelho Digestivo

Endócrina DAR

6º Endócrina Endócrina DAR Aparelho Digestivo

DIP Aparelho Digestivo

Afecções Perinatais

7º Causas

Externas Anomalia

Congênita; Sistema Nervoso

Sistema nervoso

DAR DAR DIP Endócrina

8º DSHI Endócrina Endócrina Endócrina Causas

Externas DIP

9º Sistema nervoso

DAC GPP Sistema Nervoso

DAGU DAGU Aparelho Digestivo

10º Aparelho Digestivo

DSHI Anomalia Congênita

TMC TMC Sistema Nervoso

DAGU

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAGU – Doenças do Aparelho Geniturinário; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório; TMC – Transtornos Mentais e Comportamentais; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias; DSOH – Doenças do Sangue e dos Órgãos Hematopoiéticos e alguns Transtornos Imunitários; GPP – Gravidez Parto e Puerpério

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Tabela 28 – Classificação das principais causas básicas de óbito segundo faixa etária. Pernambuco, 2011

Ranking

Grupos etários (anos)

Pernambuco < 1 ano 1-9 10-19 20-39 40-59

60 anos e mais

1º Afecções Perinatais

Causas Externas

Causas Externas

Causas Externas

DAC DAC DAC

2º Anomalia Congênita

Anomalia Congênita

Neoplasia DAC Neoplasia DAR Causas

Externas

3º DIP DAR DAC DIP Causas

Externas Neoplasia Neoplasia

4º DAR DIP Mal Definidas Neoplasia Aparelho Digestivo

Endócrina DAR

5º Causas

Externas Neoplasia DIP

Aparelho Digestivo

DAR Mal

Definidas Endócrina

6º Mal Definidas Sistema Nervoso

DAR Mal Definidas Endócrina Aparelho Digestivo

Aparelho Digestivo

7º Endócrina Endócrina Sistema Nervoso

DAR DIP DIP Mal Definidas

8º Sistema Nervoso

Mal Definidas Anomalia Congênita

Sistema Nervoso

Mal Definidas Causas Externas

Afecções Perinatais

9º DSHI;

Aparelho Digestivo

DAC Endócrina Endócrina TMC DAGU DIP

10º DSHI;

Aparelho Digestivo

Aparelho Digestivo;

DAGU TMC DAGU

Sistema Nervoso

DAGU

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAGU – Doenças do Aparelho Geniturinário; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório; TMC – Transtornos Mentais e Comportamentais; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias; DSOH – Doenças do Sangue e dos Órgãos Hematopoiéticos e alguns Transtornos Imunitários; GPP – Gravidez Parto e Puerpério

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

105

7.2. Análise da mortalidade segundo ciclo de vida

7.2.1. Mortalidade em menores de 1 ano

O Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) expressa o risco de morte dos Nascidos Vivos

(NV) no primeiro ano de vida e reflete, de maneira geral, as condições de desenvolvimento

socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos

disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. Este indicador é utilizado para

subsidiar no planejamento das políticas e ações de saúde voltadas para a atenção pré-natal, parto e

proteção da saúde infantil. Para tanto, os dados precisam ser confiáveis, de qualidade e com

cobertura adequada.

A análise da mortalidade infantil em Pernambuco no período de 2002 a 2011 aponta para a

redução no risco de morrer antes do primeiro ano de vida, visto que o CMI passou de 26,3/1.000 NV

em 2002, para 13,7/1.000 NV no ano de 2011. Desde 2006, o estado obteve a classificação de baixa

mortalidade infantil (< 20 por mil), segundo os critérios da OMS (Figura 111).

Figura 111 – Número de óbitos de menores de 1 ano e Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI)

(por 1.000 nascidos vivos). Pernambuco, 2002 a 2011*

4.0

17

4.0

00

3.3

48

3.2

71

2.7

48

2.6

90

2.4

70

2.4

38

2.0

78

1.9

50

26,325,5

22,721,5

18,8 18,8

17,0 17,2

15,213,7

0

5

10

15

20

25

30

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Co

efi

cie

nte

de M

ort

alid

ad

e In

fanti

l(p

or 1

.000 n

asci

dos v

ivos)

mero

de ó

bit

os

Nº de óbitos Nascidos vivos

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; Sinasc / SEVS / SES-PE

Entretanto, é preciso considerar que, apesar dos avanços, a cobertura do SIM em

Pernambuco ainda não atingiu o parâmetro mínimo de 90% para os óbitos menores de 1 ano, e o

cálculo dos indicadores com os dados diretos do sistema pode gerar algumas imprecisões, devendo

ser realizada com cautela.

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

106

A pesquisa “Busca Ativa de Nascidos Vivos e Óbitos no Nordeste e Amazônia Legal”

coordenada pela Fiocruz e MS observou as subnotificações destes eventos vitais para as Unidades

Federativas e aplicou fatores de correção para recalcular os CMI (SZWARCWALD et al., 2010). Em

Pernambuco, no ano de 2008, a pesquisa supracitada verificou uma cobertura dos óbitos infantis no

SIM de 83,3%, e o CMI corrigido de 19,3/1.000 NV.

Entre os subcomponentes do CMI, o Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce (<7 dias)

foi o mais elevado em todo o período analisado, apesar de apresentar uma redução de 40,0% quando

comparados os anos de 2002 e 2011 (Figura 112).

Figura 112 – Distribuição do Coeficiente de Mortalidade Infantil, segundo componentes da mortalidade

infantil (por 1.000 nascidos vivos). Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Neonatal precoce (<7 dias) 12,0 11,4 11,0 10,9 9,9 9,7 8,7 9,0 8,4 7,2

Neonatal tardio (7 a 27 dias) 3,2 3,1 2,5 2,6 2,2 2,4 2,3 2,6 2,2 2,1

Pós-neonatal (28 dias a <1ano) 11,1 10,8 9,1 7,9 6,6 6,6 5,9 5,5 4,5 4,4

0

2

4

6

8

10

12

14

Co

efi

cie

nte

de M

ort

alid

ad

e In

fanti

l (p

or 1

.000 n

asci

dos v

ivos)

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; Sinasc / SEVS / SES-PE

Entre as causa de morte, as afecções perinatais apresentaram maior risco, durante o período

de 2002 a 2011. Em 2002, o CMI para esse grupo foi de 12,5/1.000 NV e diminuiu para 7,7/1.000 NV

em 2011. Nesse mesmo período, as anomalias congênitas, que ocupavam o terceiro grupo de causa,

em 2011 tornaram-se o segundo grupo (Figura 113).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

107

Figura 113 – Coeficiente de mortalidade infantil (por 1.000 nascidos vivos) segundo principais grupos de

causa. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Afecções Perinatais 12,5 12,2 11,6 11,6 10,7 10,3 9,5 10,1 9,0 7,7

Anomalia Congênita 2,6 2,6 2,6 2,7 2,8 3,1 2,9 3,0 3,0 3,0

DIP 3,0 3,1 2,7 2,1 1,6 1,6 1,2 1,0 0,9 0,9

DAR 1,7 1,4 1,3 1,4 1,1 1,0 1,1 0,9 0,7 0,8

Causas Externas 0,3 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4 0,5 0,3 0,5

0

2

4

6

8

10

12

14

Co

efi

cie

nte

de M

ort

alid

ad

e

(po

r 1

.000 n

asci

dos v

ivos)

Legenda: DAR - Doenças do Aparelho Respiratório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; Sinasc / SEVS / SES-PE

Nas Regiões de Saúde, as afecções perinatais permaneceram como principal causa nos ano

de 2002 e 2011, exceto na VI Região de Saúde, que, em 2002, apresentou as causas mal definidas

como primeiro grupo de causas (Tabela 29).

Tabela 29 – Classificação das principais causas de óbitos infantil segundo Região de Saúde. Pernambuco, 2002 e 2011*

Região de Saúde 2002 2011

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I-Recife Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DAR Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DIP

II-Limoeiro Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DIP Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DIP; Causas Externas

III-Palmares Afecções Perinatais

Mal Definidas DIP Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DIP

IV-Caruaru Afecções Perinatais

Mal Definidas DIP Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DAR

V-Garanhuns Afecções Perinatais

Mal Definidas DIP Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DAR

VI-Arcoverde Mal Definidas Afecções Perinatais

DIP Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DIP

VII-Salgueiro Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DIP Afecções Perinatais

Anomalia Congênita; Mal Definidas

VIII-Petrolina Afecções Perinatais

Mal Definidas Anomalia Congênita

Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DAR

IX-Ouricuri Afecções Perinatais

Mal Definidas DIP Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DIP

X-Afogados da Ingazeira

Afecções Perinatais

DIP Mal Definidas Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DIP; DAR

XI-Serra Talhada Afecções Perinatais

DIP Anomalia Congênita

Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DAR

XII-Goiana Afecções Perinatais

DIP Mal Definidas Afecções Perinatais

Anomalia Congênita

DIP; DAR; Causas Externas

Legenda: DAR - Doenças do Aparelho Respiratório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

108

Dentre as principais causas dentro do grupo das afecções perinatais, no triênio de 2002 a

2004, destacou-se os transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos, com 51,2% dos óbitos.

Já no triênio de 2009 a 2011, predominou o feto e recém-nascido afetados por fatores maternos e por

complicações da gravidez, do trabalho de parto e do parto, com 35,1% (Tabela 30).

Tabela 30 – Número e proporção de óbitos infantis segundo principais grupos de causa definida.

Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*

2002 a 2004 2009 a 2011

Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº %

Afecções Perinatais 5.526 100,0 Afecções Perinatais 3.756 100,0

Transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos

2.830 51,2 Feto e recém-nascido afetados por fatores maternos e por complicações da gravidez, do trabalho de parto e do parto

1.318 35,1

Feto e recém-nascido afetados por fatores maternos e por complicações da gravidez, do trabalho de parto e do parto

1.037 18,8 Transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos

1.272 33,9

Outras afecções perinatais 1.659 30,0 Outras afecções perinatais 1.166 31,0

DIP 1.338 100,0 Anomalia Congênita 1.269 100,0

Doenças infecciosas intestinais 1.042 77,9 Malformações congênitas do aparelho circulatório

478 37,7

Outras doenças bacterianas 241 18,0 Malformações congênitas do sistema nervoso

205 16,2

Outras DIP 55 4,1 Outras anomalias congênitas 586 46,2

Anomalia Congênita 1.185 100,0 DIP 387 100,0

Malformações congênitas do aparelho circulatório

408 34,4 Doenças infecciosas intestinais 242 62,5

Malformações congênitas do sistema nervoso

251 21,2 Outras doenças bacterianas 87 22,5

Outras anomalias congênitas 526 44,4 Outras DIP 58 15,0

* Dados sujeitos à alteração

Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Do grupo de causas evitáveis, que totaliza 70,6% dos óbitos infantis em 2011, 27,1% foram

redutíveis por atenção à mulher na gestação (Tabela 31).

Tabela 31 – Número e proporção de óbitos infantis segundo principais grupos de causas evitáveis.

Pernambuco, 2011*

Grupos de causas Nº %

Causas evitáveis 1.376 70,6

Reduzíveis por ações de imunização 6 0,3

Reduzíveis por atenção à mulher na gestação 528 27,1

Reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto 200 10,3

Reduzíveis por adequada atenção ao recém-nascido 326 16,7

Reduzíveis por ações diagnóstico e tratamento adequado 152 7,8

Reduzíveis por ações de promoção à saúde vinculadas a ações da atenção primária 164 8,4

Causas mal definidas 19 1,0

Demais causas (não claramente evitáveis) 555 28,5

Total 1.950 100,0

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

109

7.2.2. Mortalidade entre 1 a 9 anos

Na faixa etária de 1 a 9 anos, o coeficiente de mortalidade no sexo masculino foi mais

elevado do que o feminino, no período de 2002 a 2011. Ambos apresentaram decréscimo, com maior

redução no masculino (36,8%) do que no feminino (23,3%) (Figura 114).

Figura 114 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo sexo na faixa etária de

1 a 9 anos. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Masculino 69,6 68,2 60,4 51,7 52,4 56,4 49,2 50,8 42,7 44,0

Feminino 54,1 53,3 49,1 47,3 40,1 40,0 42,4 40,5 37,8 41,5

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* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Entre os grupos de causas de óbitos para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 9 anos,

destacam-se as causas externas, com um coeficiente de mortalidade de 19,1/100.000 habitantes em

2002, e de 13,5/100.000 habitantes em 2011 (redução de 29,3%) (Figura 115).

Figura 115 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Causas Externas 19,1 18,9 15,0 15,0 14,4 17,0 15,3 15,8 14,6 13,5

DIP 9,3 6,8 7,3 6,5 4,2 6,8 5,8 6,5 4,7 5,0

Anomalias Congênitas 3,1 3,3 3,3 3,6 4,3 5,5 4,3 5,4 4,3 4,8

DAR 9,4 9,1 9,2 6,6 9,6 8,1 6,3 5,8 4,9 4,5

Neoplasias 5,0 3,3 4,4 2,7 5,1 5,7 4,0 5,1 3,2 4,4

0

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Legenda: DAR - Doenças do Aparelho Respiratório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

110

O sexo feminino, na faixa etária de 1 a 9 anos, apresentou as causas externas com maior

risco de morte no período de 2003 a 2011. O coeficiente de mortalidade foi 10,2/100.000 habitantes

em 2003, e 8,4/100.000 habitantes em 2011. Apenas no ano de 2002 as doenças do aparelho

respiratório foram a principal causa de morte, com 11,8 óbitos/100.000 habitantes (Figura 116).

Figura 116 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Causas Externas 9,0 10,2 8,9 10,1 8,4 6,8 9,2 9,4 7,7 8,4

Anomalias Congênitas 2,8 4,5 3,5 4,2 4,5 4,4 6,2 4,6 3,8 6,6

DAR 11,8 9,1 6,9 7,3 6,7 6,1 6,4 6,0 4,4 5,9

DIP 7,9 6,1 7,2 6,8 5,5 5,1 4,8 5,3 5,8 4,5

Neoplasias 2,6 4,2 3,5 3,6 3,4 3,7 4,1 4,1 3,9 4,4

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Legenda: DAR – Doenças do Aparelho Respiratório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias. * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Em 2002, as Regiões de Saúde de I, II, IV, VII, VIII apresentaram as causas externas como

principal causa de óbito, na faixa etária de 1 a 9 anos. Já em 2011, somente a V, VI, e VII Regiões

não apresentaram as causas externas como primeiro grupo de causa (Tabela 32).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

111

Tabela 32 – Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 1 a 9 anos.

Pernambuco, 2002 e 2011*

Região de Saúde 2002 2011

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I-Recife Causas Externas

DIP DAR Causas

Externas Anomalia Congênita

DAR

II-Limoeiro Causas Externas

DAR

Neoplasia; Endócrina; Anomalia Congênita

Causas Externas

Anomalia Congênita

Sistema Nervoso

III-Palmares Mal Definidas DAR Causas Externas Causas

Externas Anomalia Congênita;

Sistema Nervoso; DIP

IV-Caruaru Causas Externas

Mal Definidas DAR Causas

Externas Anomalia Congênita

DAR

V-Garanhuns Mal Definidas Causas Externas;

DAR DAR; Neoplasia

Causas Externas; Sistema Nervoso

VI-Arcoverde Mal Definidas Causas Externas;

DAR DIP Mal Definidas Endócrina

VII-Salgueiro Causas Externas

DIP; Aparelho Digestivo

Mal Definidas DAR; Causas Externas

VIII-Petrolina Causas Externas

DAR DIP; Mal Definidas Causas

Externas Mal Definidas

Anomalia Congênita

IX-Ouricuri Mal Definidas DIP DAR Causas

Externas Anomalia Congênita

DIP

X-Afogados da Ingazeira

Mal Definidas

DIP; DAR; Causas externas; Endócrinas; DAC; DAGU;

Anomalia Congênita; Sistema Nervoso

Causas Externas; Sistema Nervoso

Neoplasia

XI-Serra Talhada DIP DAR Causas Externas Causas

Externas DAR Neoplasia

XII-Goiana DAR Mal Definidas DIP Causas Externas;

DIP

DAR; Neoplasia; Endócrina

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAGU – Doenças do Aparelho Geniturinário; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Nos triênios de 2002 a 2004 e de 2009 a 2011, no grupo das causas externas, para o sexo

masculino, os afogamentos e submersões acidentais foram as principais causas de óbito, com 29,6%

e 32,1%, respectivamente (Tabela 33). Já no feminino, dentro do grupo das causas externas, os

acidentes de transporte (30,1%) foram a primeira causa de morte no triênio 2002 a 2004 (Tabela 34).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

112

Tabela 33 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa

etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*

2002 a 2004 2009 a 2011

Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº %

Causas externas 398 100,0 Causas externas 299 100,0

Afogamento e submersão acidentais 118 29,6 Afogamento e submersão acidentais 96 32,1

Acidentes de transporte 110 27,6 Acidentes de transporte 87 29,1

Outras causas externas 170 42,7 Outras causas externas 116 38,8

DAR 208 100,0 DIP 111 100,0

Influenza e pneumonia 131 63,0 Doenças infecciosas intestinais 43 38,7

Doenças crônicas das vias aéreas inferiores

28 13,5 Outras doenças bacterianas 31 27,9

Outras DAR 49 23,6 Outras DIP 37 33,3

DIP 175 100,0 DAR 104 100,0

Doenças infecciosas intestinais 78 44,6 Influenza e pneumonia 55 52,9

Outras doenças bacterianas 56 32,0 Doenças crônicas das vias aéreas inferiores 18 17,3

Outras DIP 41 23,4 Outras DAR 31 29,8

Legenda: DAR – Doenças do Aparelho Respiratório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Tabela 34 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa

etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*

2002 a 2004 2009 a 2011

Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº %

Causas externas 206 100,0 Causas externas 169 100,0

Acidentes de transporte 62 30,1 Afogamento e submersão acidentais 48 28,4

Afogamento e submersão acidentais 52 25,2 Acidentes de transporte 38 22,5

Outras causas externas 92 44,7 Outras causas externas 83 49,1

DAR 204 100,0 DAR 108 100,0

Influenza e pneumonia 128 62,7 Influenza e pneumonia 73 67,6

Doenças crônicas das vias aéreas inferiores 24 11,8 Doenças crônicas das vias aéreas inferiores

14 13,0

Outras DAR 52 25,5 Outras DAR 21 19,4

DIP 155 100,0 DIP 103 100,0

Doenças infecciosas intestinais 70 45,2 Doenças infecciosas intestinais 41 39,8

Outras doenças bacterianas 60 38,7 Outras doenças bacterianas 29 28,2

Outras DIP 25 16,1 Outras DIP 33 32,0

Legenda: DAR – Doenças do Aparelho Respiratório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

113

7.2.3. Mortalidade entre 10 a 19 anos

Na faixa etária de 10 a 19 anos, o sexo masculino apresentou, em 2002, coeficiente de

mortalidade de 140,4/100.000 habitantes, e de 126,2/100.000 habitantes, em 2011. Esse resultado foi

superior ao encontrado no sexo feminino, que obteve coeficiente de mortalidade de 40,2/100.000

habitantes, em 2002, e de 38,7/100.000 habitantes, em 2011 (Figura 117).

Figura 117 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo sexo na faixa etária de

10 a 19 anos. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Masculino 140,4 129,3 148,0 137,2 137,1 162,3 151,1 136,5 126,5 126,2

Feminino 40,2 36,1 41,2 37,3 40,3 42,7 46,1 41,2 37,8 38,7

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* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

O risco de morte por causas externas para o sexo masculino na faixa etária de 10 a 19 anos

foi de 109,8 óbitos/100.000 habitantes em 2002 e manteve-se como principal causa até 2011,

destacando-se entre as demais causas. Observa-se um decréscimo de 11,6% no coeficiente, quando

comparados o primeiro e o último ano analisados (Figura 118).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

114

Figura 118 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 10 a 19 anos. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Causas Externas 109,8 100,9 118,8 109,3 111,2 129,8 123,0 109,8 98,5 97,1

Mal Definidas 8,3 6,4 5,7 4,6 3,3 3,7 2,8 3,0 4,1 5,3

Neoplasias 3,4 4,0 5,3 5,4 4,1 6,3 4,1 6,1 6,0 4,9

DAC 5,1 4,0 3,6 3,3 3,5 4,7 5,2 3,3 3,6 4,8

DIP 4,2 2,7 3,4 3,9 3,5 4,6 3,2 2,1 2,3 3,5

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Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

No sexo feminino, as causas externas permaneceram como primeiro grupo de causa com

maior risco de morte, com coeficiente de mortalidade de 17,2/100.000 habitantes em 2002, e

13,9/100.000 habitantes em 2011. As neoplasias foram a segunda causa durante todo o período

analisado (Figura 119).

Figura 119 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 10 a 19 anos. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Causas Externas 17,2 15,5 17,2 16,0 16,2 17,9 20,0 18,1 17,6 13,9

Neoplasias 4,2 3,4 4,2 4,2 3,5 4,2 3,7 5,0 4,0 5,5

DAC 1,9 2,5 2,8 2,1 2,1 3,2 3,5 2,8 1,7 3,0

DIP 1,6 1,2 1,8 2,2 2,4 2,4 2,7 1,9 2,3 2,9

Sistema Nervoso 1,7 1,3 2,8 2,1 2,6 2,1 2,5 1,6 2,9 2,3

0

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Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias. * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

115

Ao estratificar por Regiões de Saúde, as causas externas permanecem como a primeira

causa de óbito na faixa etária de 10 a 19 anos em todas as Regiões de Saúde, tanto no ano de 2002

quanto no de 2011 (Tabela 35).

Tabela 35 – Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 10 a 19 anos.

Pernambuco, 2002 e 2011*

Região de Saúde 2002 2011

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I-Recife Causas

Externas Neoplasias; DAC

Causas Externas

Neoplasias DIP

II-Limoeiro Causas

Externas Neoplasias DIP

Causas Externas

DAC; Neoplasias

III-Palmares Causas

Externas Mal Definidas Neoplasias

Causas Externas

Neoplasias DAC

IV-Caruaru Causas

Externas Mal Definidas DAC

Causas Externas

Neoplasias DAR

V-Garanhuns Causas

Externas Mal Definidas DAC; DIP

Causas Externas

Mal Definidas DAC;

DSOTC

VI-Arcoverde Causas

Externas Mal Definidas

Anomalia Congênita; Aparelho Digestivo;

DAR; Endócrinas

Causas Externas

Mal Definidas DAC

VII-Salgueiro Causas

Externas Mal Definidas

DAR; DIP; DSOH;

Endócrinas

Causas Externas

Mal Definidas

Anomalia Congênita;

DAR; Neoplasias

VIII-Petrolina Causas

Externas Mal Definidas DAR

Causas Externas

Mal Definidas DAC

IX-Ouricuri Causas

Externas Mal Definidas

DAC; DIP; Neoplasias

Causas Externas

Mal Definidas Neoplasias

X-Afogados da Ingazeira

Causas Externas

DAC; DAR Causas Externas

Neoplasias

Anomalia Congênita; Aparelho Digestivo;

DAC; Endócrinas;

Mal Definidas;

TMC

XI-Serra Talhada Causas

Externas Mal Definidas

DAC; Neoplasias

Causas Externas

DIP; Neoplasias

XII-Goiana Causas

Externas Neoplasias DAR

Causas Externas

Mal Definidas; Sistema Nervoso

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DSOH – Doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos e alguns transtornos imunitários; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório; TMC - Transtornos Mentais e Comportamentais; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Para o sexo masculino, as agressões representaram 72,3% das causas externas, e essa foi a

principal causa de óbito nos dois triênios analisados. Quando se comparam os dois triênios, observa-

se uma redução de 5,8% nas agressões e um aumento de 24,8% nos acidentes de transporte (Tabela

36).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

116

Tabela 36 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa

etária de 10 a 19 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*

2002 a 2004 2009 a 2011

Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº %

Causas Externas 2.976 100,0 Causas Externas 2.525 100,0

Agressões 2.151 72,3 Agressões 1.720 68,1

Acidentes de transporte 384 12,9 Acidentes de transporte 407 16,1

Outras causas externas 441 14,8 Outras causas externas 398 15,8

DAC 115 100,0 Neoplasias 141 100,0

Doenças cerebrovasculares 27 23,5 Neoplasias malignas primárias, dos tecidos linfático, hematopoético e correlatos

61 43,3

Doenças reumáticas crônicas do coração 22 19,1 Neoplasias malignas dos olhos, encéfalo e outras partes do sistema nervoso central

20 14,2

Outras DAC 66 57,4 Outras neoplasias 60 42,6

Neoplasias 114 100,0 DAC 97 100,0

Neoplasias malignas primárias, dos tecidos linfático, hematopoético e correlatos

48 42,1 Doenças cerebrovasculares 26 26,8

Neoplasias malignas dos olhos, encéfalo e outras partes do sistema nervoso central

26 22,8 Doenças isquêmicas do coração 21 21,6

Outras neoplasias 40 35,1 Outras DAC 50 51,5

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

No sexo feminino, considerando o triênio de 2009 a 2011, os acidentes de transporte (34,2%)

obtiveram maior proporção entre as causas externas, seguida das agressões (32,5%) (Tabela 37).

Tabela 37 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa

etária de 10 a 19 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*

2002 a 2004 2009 a 2011

Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº %

Causas Externas 446 100,0 Causas Externas 403 100,0

Agressões 177 39,7 Acidentes de transporte 138 34,2

Acidentes de transporte 111 24,9 Agressões 131 32,5

Outras causas externas 158 35,4 Outras causas externas 134 33,3

Neoplasias 105 100,0 Neoplasias 118 100,0

Neoplasias malignas primárias, dos tecidos linfático, hematopoético e correlatos

35 33,3 Neoplasias malignas primárias, dos tecidos linfático, hematopoético e correlatos

43 36,4

Neoplasias malignas dos olhos, encéfalo e outras partes do sistema nervoso central

15 14,3 Neoplasias malignas dos olhos, encéfalo e outras partes do sistema nervoso central

28 23,7

Outras neoplasias 55 52,4 Outras neoplasias 47 39,8

DAC 64 100,0 DAC 61 100,0

Doenças cerebrovasculares 19 29,7 Doenças cerebrovasculares 13 21,3

Doenças reumáticas crônicas do coração 17 26,6 Doenças reumáticas crônicas do coração 10 16,4

Outras DAC 28 43,8 Outras DAC 38 62,3

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

117

7.2.4. Mortalidade entre 20 a 39 anos

Analisando a faixa etária de 20 a 39 anos, observa-se que o sexo masculino apresentou um

coeficiente de mortalidade variando de 455,8 a 355,1/100.000 habitantes, no período de 2002 a 2011,

representando uma redução de 22,1%. Já o sexo feminino, obteve uma menor redução (7,1%), com

coeficiente de 101,3 óbitos/100.000 habitantes em 2002, e de 94,1 óbitos/100.000 habitantes em

2011 (Figura 120).

Figura 120 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo sexo na faixa etária de

20 a 39 anos. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Masculino 455,8 452,5 415,0 419,6 415,3 403,3 396,8 375,1 362,5 355,1

Feminino 101,3 98,4 99,8 96,4 98,5 89,9 94,7 93,0 93,3 94,1

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* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

O sexo masculino apresentou maior risco de morte para as causas externas, com coeficiente

de mortalidade de 303,7/100.000 habitantes em 2002 e 235,0/100.000 habitantes em 2011,

resultando no decréscimo de 22,6%. Apesar da redução, as causas externas refletem a maior

exposição a riscos do sexo masculino nesta faixa etária. As demais causas, como as doenças do

aparelho circulatório, infecto-parasitárias e do aparelho digestivo, representaram menor coeficiente de

mortalidade quando comparadas às causas externas (Figura 121).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

118

Figura 121 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 20 a 39 anos. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Causas Externas 303,7 311,5 282,9 289,4 289,8 279,3 273,0 254,2 241,9 235,0

DAC 22,9 23,4 23,7 27,5 27,2 28,9 25,2 23,6 25,8 25,8

DIP 23,8 22,3 22,2 20,7 22,7 20,1 18,2 23,1 20,4 21,9

Aparelho Digestivo 22,5 21,4 19,7 18,8 18,0 17,2 19,8 18,3 16,2 17,5

Mal Definidas 33,5 27,1 24,9 20,2 11,1 11,1 13,7 12,9 13,9 13,0

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Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

As causas externas também assumiram o maior risco de morte para o sexo feminino, cujo

coeficiente variou de 21,8 óbitos/100.000 habitantes em 2002 para 24,1 óbitos/100.000 habitantes em

2011, registrando maior valor no ano de 2009. Porém, diferentemente do sexo masculino, os valores

do coeficiente de mortalidade por causas externas apresentaram-se mais próximos das neoplasias e

doenças do aparelho circulatório nesta faixa etária (Figura 122).

Figura 122 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 20 a 39 anos. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Causas Externas 21,8 20,7 21,5 22,0 23,6 22,9 24,9 25,2 23,2 24,1

Neoplasias 15,6 16,1 16,6 18,2 18,5 15,7 17,0 17,1 17,2 15,3

DAC 14,4 13,8 15,8 14,8 14,7 13,9 14,7 13,7 14,4 14,2

DIP 11,8 9,9 10,1 10,8 11,5 8,7 10,4 8,9 9,0 9,6

DAR 7,0 5,1 4,6 4,7 4,3 4,1 4,4 5,2 5,3 6,0

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Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias. * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

119

As causas externas permanecem como a principal causa de óbito em todas as Regiões de

Saúde, tanto no ano de 2002 quanto no de 2011 para a faixa etária de 20 a 39 anos (Tabela 38).

Tabela 38 – Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 20 a 39 anos.

Pernambuco, 2002 e 2011*

Região de Saúde 2002 2011

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I-Recife Causas Externas

DIP DAC Causas Externas

DIP DAC

II-Limoeiro Causas Externas

DAC; Mal Definidas

Causas Externas

DAC Neoplasias

III-Palmares Causas Externas

Mal Definidas DAC Causas Externas

Neoplasias DAC

IV-Caruaru Causas Externas

Mal Definidas DAC Causas Externas

DAC Neoplasias

V-Garanhuns Causas Externas

Mal Definidas DAC Causas Externas

DAC Mal Definidas

VI-Arcoverde Causas Externas

Mal Definidas DAC;

Neoplasias Causas Externas

DAC Mal Definidas

VII-Salgueiro Causas Externas

Mal Definidas DAC; DIP Causas Externas

Neoplasias Mal Definidas;

Aparelho Digestivo

VIII-Petrolina Causas Externas

Mal Definidas Neoplasias Causas Externas

DAC Mal Definidas

IX-Ouricuri Causas Externas

Mal Definidas DAC Causas Externas

DAC Mal Definidas

X-Afogados da Ingazeira Causas Externas

Mal Definidas DAC Causas Externas

DAC Aparelho Digestivo;

Neoplasias

XI-Serra Talhada Causas Externas

Mal Definidas Aparelho Digestivo

Causas Externas

DAC DIP

XII-Goiana Causas Externas

Mal Definidas DAR Causas Externas

DAC DIP

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Dentro do grupo das causas externas, as agressões destacaram-se, tanto no sexo masculino

como no feminino. No sexo masculino foi responsável por 71,4% dos óbitos, no triênio de 2002 a

2004, e por 60,3% no triênio de 2009 a 2011. Já no sexo feminino, obtive-se 48,5% e 41,3%,

respectivamente (Tabela 39 e 40).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

120

Tabela 39 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa

etária de 20 a 39 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*

2002 a 2004 2009 a 2011

Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº %

Causas Externas 11.218 100,0 Causas Externas 10.554 100,0

Agressões 8.015 71,4 Agressões 6.406 60,3

Acidentes de transporte 1.745 15,6 Acidentes de transporte 2.559 19,4

Outras causas externas 1.458 13,0 Outras causas externas 1.589 20,3

DAC 874 100,0 DAC 1.085 100,0

Doenças isquêmicas do coração 253 28,9 Doenças isquêmicas do coração 449 41,4

Outras formas de doença do coração 237 27,1 Outras formas de doença do coração 233 21,5

Outras DAC 384 43,9 Outras DAC 403 37,1

DIP 852 100,0 DIP 943 100,0

Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]

456 53,5 Doença pelo vírus da imunodeficiência humana [HIV]

523 55,5

Tuberculose 181 21,2 Tuberculose 174 18,5

Outras DIP 215 25,2 Outras DIP 246 26,1

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Tabela 40 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária

de 20 a 39 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*

2002 a 2004 2009 a 2011

Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº %

Causas Externas 862 100,0 Causas Externas 1.108 100,0

Agressões 418 48,5 Agressões 458 41,3

Acidentes de transporte 223 25,9 Acidentes de transporte 355 32,0

Outras causas externas 221 25,6 Outras causas externas 295 26,6

Neoplasias 651 100,0 Neoplasias 756 100,0

Neoplasias malignas dos órgãos genitais femininos

171 26,3 Neoplasias malignas dos órgãos genitais femininos

191 25,3

Neoplasias malignas da mama 114 17,5 Neoplasias malignas dos órgãos digestivos 140 18,5

Outras neoplasias 366 56,2 Outras neoplasias 425 56,2

DAC 593 100,0 DAC 646 100,0

Doenças cerebrovasculares 186 31,4 Doenças cerebrovasculares 183 28,3

Outras formas de doença do coração 122 20,6 Doenças isquêmicas do coração 153 23,7

Outras DAC 285 48,1 Outras DAC 310 48,0

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

121

7.2.5. Mortalidade entre 40 a 59 anos

No período de 2002 a 2011, na faixa etária de 40 a 59 anos, o coeficiente de mortalidade

masculino foi quase o dobro do feminino. O sexo masculino apresentou um decréscimo de 9,9%,

enquanto o feminino obteve uma redução equivalente a 15,7% (Figura 123).

Figura 123 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo sexo na faixa etária de

40 a 59 anos. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Masculino 914,6 937,5 951,1 927,5 942,3 843,2 826,7 822,0 786,9 824,3

Feminino 476,8 486,2 502,4 489,2 482,9 424,2 426,1 418,4 393,3 401,7

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* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

No sexo masculino, o maior risco de morte foi por doenças do aparelho circulatório, com

coeficiente de mortalidade em 2002 de 226,4/100.000 habitantes e de 219,8/100.000 habitantes em

2011, seguidas das causas externas (Figura 124).

Figura 124 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 40 a 59 anos. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

DAC 226,4 239,6 253,3 253,0 258,2 228,2 228,9 226,6 219,0 219,8

Causas Externas 180,9 190,1 176,5 179,6 192,1 174,8 167,2 165,1 159,4 166,7

Neoplasias 89,3 97,6 106,1 108,9 115,1 107,3 103,1 95,0 95,7 99,2

Aparelho Digestivo 104,4 107,0 107,3 103,3 107,9 105,1 97,6 95,8 94,5 94,7

DIP 61,4 61,1 61,3 64,3 62,8 52,6 51,4 55,3 49,6 54,4

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Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

122

O maior risco de morte no sexo feminino, também foi por doenças do aparelho circulatório,

porém este grupo teve redução de 12,4%, enquanto o de neoplasias apresentou acréscimo de 5,0%,

se comparados os anos de 2002 e 2011 (Figura 125).

Figura 125 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 40 a 59 anos. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

DAC 147,9 159,4 166,1 164,9 161,9 144,1 142,3 139,3 126,0 129,6

Neoplasias 107,7 110,6 116,1 124,2 132,2 109,7 113,2 114,2 106,9 113,0

Endócrinas 35,3 36,0 43,4 39,7 40,9 37,2 36,7 33,1 30,9 33,3

DAR 29,8 30,2 23,6 22,6 26,7 24,8 27,5 28,7 27,8 29,4

Aparelho Digestivo 26,1 24,2 25,1 29,3 27,3 24,2 21,1 23,4 21,2 22,4

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Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

Em 2011, as doenças do aparelho circulatório em todas as Regiões de Saúde, exceto na VIII

Região, na qual as causas externas foram o principal grupo e causa de óbito. Lembrando que as

Regiões que apresentaram como primeiro grupo as causas mal definidas, no ano de 2002, mudaram

seu perfil em 2011, consequência da melhoria no preenchimento das causas de óbito durante o

período analisado. (Tabela 41).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

123

Tabela 41 – Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de

40 a 59 anos. Pernambuco, 2002 e 2011*

Região de Saúde

2002 2011

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I-Recife DAC Neoplasias Causas Externas

DAC Neoplasias Causas Externas

II-Limoeiro DAC Causas

Externas Mal Definidas DAC Neoplasias

Causas Externas

III-Palmares DAC; Mal Definidas Causas Externas

DAC Neoplasias Causas Externas

IV-Caruaru Mal Definidas DAC Causas Externas

DAC Causas

Externas Neoplasias

V-Garanhuns Mal Definidas Causas

Externas DAC DAC

Causas Externas

Neoplasias

VI-Arcoverde Mal Definidas DAC Causas Externas

DAC Causas

Externas Neoplasias

VII-Salgueiro DAC Mal Definidas Causas

Externas; Neoplasias

DAC Causas Externas; Neoplasias

VIII-Petrolina Mal Definidas Causas

Externas DAC

Causas Externas

DAC; Neoplasias

IX-Ouricuri Mal Definidas Causas

Externas DAC DAC

Causas Externas

Neoplasias

X-Afogados da Ingazeira

DAC Mal Definidas Neoplasias DAC Neoplasias Causas Externas

XI-Serra Talhada

DAC Mal Definidas Neoplasias DAC Causas Externas

Neoplasias

XII-Goiana DAC Mal Definidas Aparelho Digestivo

DAC Causas Externas

Neoplasias

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

As doenças isquêmicas do coração foram as principais causas para o sexo masculino no

grupo de doenças do aparelho circulatório, com 42,9% no triênio de 2002 a 2004, e 48,5% no triênio

de 2009 a 2011, seguidas das doenças cerebrovasculares (Tabela 42). Já no sexo feminino, o

primeiro triênio apresentou as doenças cerebrovasculares como a primeira causa (34,6%), e no

segundo triênio, as doenças isquêmicas do coração obtiveram a maior proporção (Tabela 43).

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

124

Tabela 42 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa

etária de 40 a 59 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*

2002 a 2004 2009 a 2011

Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº %

DAC 4.615 100,0 DAC 5.572 100,0

Doenças isquêmicas do coração 1.979 42,9 Doenças isquêmicas do coração 2.700 48,5

Doenças cerebrovasculares 1.203 26,1 Doenças cerebrovasculares 1.258 22,6

Outras DAC 1.433 31,1 Outras DAC 1.614 29,0

Causas Externas 3.511 100,0 Causas Externas 4.114 100,0

Agressões 1.701 48,4 Agressões 1.583 38,5

Acidentes de transporte 904 25,7 Acidentes de transporte 1.237 30,1

Outras causas externas 906 25,8 Outras causas externas 1.294 31,5

Aparelho digestivo 2.044 100,0 Neoplasias 2.428 100,0

Doenças do fígado 1.650 80,7 Neoplasias malignas dos órgãos digestivos

836 34,4

Doenças do esôfago, do estômago e do duodeno

86 4,2 Neoplasias malignas do aparelho respiratório e dos órgãos intratorácicos

485 20,0

Outras doenças do aparelho digestivo 308 15,1 Outras neoplasias 1.107 45,6

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Tabela 43 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária

de 40 a 59 anos. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*

2002 a 2004 2009 a 2011

Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº %

DAC 3.576 100,0 DAC 3.869 100,0

Doenças cerebrovasculares 1.238 34,6 Doenças isquêmicas do coração 1.591 41,1

Doenças isquêmicas do coração 1.210 33,8 Doenças cerebrovasculares 1.108 28,6

Outras DAC 1.128 31,5 Outras DAC 1.170 30,2

Neoplasias 2.526 100,0 Neoplasias 3.275 100,0

Neoplasias malignas dos órgãos digestivos

552 21,9 Neoplasias malignas dos órgãos digestivos 738 22,5

Neoplasias malignas dos órgãos genitais femininos

546 21,6 Neoplasias malignas da mama 736 22,5

Outras neoplasias 1.428 56,5 Outras neoplasias 1.801 55,0

Endócrinas, nutricionais e metabólicas 867 100,0 Endócrinas, nutricionais e metabólicas 954 100,0

Diabetes mellitus 722 83,3 Diabetes mellitus 769 80,6

Desnutrição 65 7,5 Desnutrição 65 6,8

Outras endócrinas, nutricionais e metabólicas

80 9,2 Outras endócrinas, nutricionais e metabólicas 120 12,6

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

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Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

125

7.2.6. Mortalidade entre 60 anos e mais

No período de 2002 a 2011, na faixa etária de 60 anos e mais, o sexo masculino obteve maior

coeficiente de mortalidade, com 4.631,5/100.000 habitantes em 2002, e 4.342,6/100.000 habitantes

em 2011, resultado em uma redução de 6,2%. Já o sexo feminino obteve decréscimo de 7,5% no

período citado (Figura 126).

Figura 126 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo sexo na faixa etária de

60 anos e mais. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Masculino 4.631,5 4.686,2 4.760,1 4.457,5 4.486,7 4.230,2 4.186,7 4.131,7 4.090,4 4.342,6

Feminino 3.594,0 3.751,2 3.824,0 3.683,3 3.618,5 3.449,2 3.430,7 3.415,0 3.177,3 3.325,9

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

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tes)

* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

No sexo masculino, as doenças do aparelho circulatório, representaram o maior coeficiente

de mortalidade, variando de 1.539,4/100.000 habitantes em 2002, para 1.630,6/100.000 habitantes

em 2011. Em 2002, o grupo de causas mal definidas ocupava a segunda posição (1.166,4

óbitos/100.000 habitantes), porém, em 2011, houve redução de 77,3%, que passou a ocupar o quinto

grupo de causa, com 264,5 óbitos/100.000 habitantes (Figura 127).

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126

Figura 127 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 60 anos e mais. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

DAC 1.539,4 1.577,1 1.716,6 1.742,5 1.845,0 1.742,8 1.683,7 1.645,6 1.571,9 1.630,6

Neoplasias 519,9 533,2 570,1 613,2 664,5 628,0 619,6 628,6 620,8 658,7

DAR 430,3 438,1 394,9 401,3 470,1 483,5 470,1 475,0 511,8 608,9

Endócrinas 300,6 341,7 367,3 382,0 398,5 368,8 401,0 389,7 383,3 399,0

Mal Definidas 1.166,4 1.115,0 974,7 560,9 325,4 258,6 262,4 261,0 243,7 264,5

0

200

400

600

800

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1200

1400

1600

1800

2000C

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Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

No sexo feminino, observou comportamento semelhante ao masculino, já que as doenças do

aparelho circulatório representaram o maior coeficiente de mortalidade, durante o período analisado,

variando de 1.206,5/100.000 habitantes em 2002, para 1.254,8/100.000 habitantes em 2011. Entre

2002 e 2011, também chamou atenção a redução de 76,7% nos óbitos por causas mal definidas

(Figura 128).

Figura 128 – Coeficiente de mortalidade (por 100.000 habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 60 anos e mais. Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

DAC 1.206,5 1.313,0 1.400,4 1.476,3 1.515,4 1.416,8 1.420,7 1.351,3 1.243,8 1.254,8

DAR 390,8 400,9 339,7 355,1 409,8 428,0 402,7 449,6 429,7 500,5

Neoplasias 365,8 381,0 409,2 442,4 487,9 436,2 451,1 453,7 422,7 430,9

Endócrinas 355,2 376,9 433,7 438,8 448,0 443,4 439,8 434,3 402,8 421,1

Mal Definidas 872,3 846,6 779,7 468,3 274,5 219,1 218,3 224,9 198,8 203,3

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Co

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Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE – Censos e estimativas Intercensitárias

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127

Ao analisar por Regiões de Saúde, no ano de 2002 apenas a I, II, VII, e XII Regiões de Saúde

apresentavam as doenças do aparelho circulatório como o primeiro grupo de causa de óbito,

enquanto as demais Regiões foram representadas pelas causas mal definidas. Entretanto, em 2011,

as doenças do aparelho circulatório foram consideradas as principais causas de óbito em todas as

Regiões (Tabela 44).

Tabela 44 – Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 60 anos e mais.

Pernambuco, 2002 e 2011*

Região de Saúde 2002 2011

1º 2º 3º 1º 2º 3º

I-Recife DAC DAR Neoplasias DAC DAR Neoplasias

II-Limoeiro DAC Mal Definidas Neoplasias DAC Neoplasias DAR

III-Palmares Mal Definidas DAC Endócrinas DAC Endócrinas DAR

IV-Caruaru Mal Definidas DAC Neoplasias DAC Endócrinas Neoplasias

V-Garanhuns Mal Definidas DAC DAR DAC Mal Definidas DAR

VI-Arcoverde Mal Definidas DAC Neoplasias DAC Mal Definidas Neoplasias

VII-Salgueiro DAC Mal Definidas Neoplasias DAC Neoplasias DAR

VIII-Petrolina Mal Definidas DAC Neoplasias DAC Mal Definidas Neoplasias

IX-Ouricuri Mal Definidas DAC Neoplasias DAC Neoplasias Mal Definidas

X-Afogados da Ingazeira Mal Definidas DAC Neoplasias DAC Neoplasias Endócrinas

XI-Serra Talhada Mal Definidas DAC Neoplasias DAC Neoplasias DAR

XII-Goiana DAC Mal Definidas Endócrinas DAC Endócrinas DAR

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

No triênio de 2002 a 2004, as doenças cerebrovasculares, com 33,6%, representaram a

principal causa de óbito para o sexo masculino no grupo das doenças do aparelho circulatório. Já no

triênio de 2009 a 2011, as doenças isquêmicas do coração apresentaram maior proporção (38,2%),

seguidas das doenças cerebrovasculares (30,5%) (Tabela 45).

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128

Tabela 45 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa

etária de 60 anos e mais. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*

2002 a 2004 2009 a 2011

Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº %

DAC 15.296 100,0 DAC 19.192 100,0

Doenças cerebrovasculares 5.134 33,6 Doenças isquêmicas do coração 7.325 38,2

Doenças isquêmicas do coração 5.006 32,7 Doenças cerebrovasculares 5.844 30,5

Outras DAC 5.156 33,7 Outras DAC 6.023 31,4

Neoplasias 5.137 100,0 Neoplasias 7.557 100,0

Neoplasias malignas dos órgãos digestivos

1.537 29,9 Neoplasias malignas dos órgãos digestivos 2.272 30,1

Neoplasias malignas dos órgãos genitais masculinos

1.257 24,5 Neoplasias malignas dos órgãos genitais masculinos

1.889 25,0

Outras neoplasias 2.343 45,6 Outras neoplasias 3.396 44,9

DAR 3.996 100,0 DAR 6.329 100,0

Doenças crônicas das vias aéreas inferiores

1.587 39,7 Doenças crônicas das vias aéreas inferiores 2.422 38,3

Influenza [gripe] e pneumonia 890 22,3 Influenza [gripe] e pneumonia 1.843 29,1

Outras DAR 1.519 38,0 Outras DAR 2.064 32,6

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

Para o sexo feminino, observa-se comportamento semelhante ao masculino, já que no triênio

de 2002 a 2004, as doenças cerebrovasculares, obtiveram 34,3% das causas do grupo das doenças

do aparelho circulatório, e no triênio de 2009 a 2011, as doenças isquêmicas do coração, com 33,6%

(Tabela 46).

Tabela 46 – Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária

de 60 anos e mais. Pernambuco, 2002 a 2004 e 2009 e 2011*

2002 a 2004 2009 a 2011

Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº %

DAC 16.003 100,0 DAC 20.112 100,0

Doenças cerebrovasculares 5.492 34,3 Doenças isquêmicas do coração 6.762 33,6

Doenças isquêmicas do coração 4.767 29,8 Doenças cerebrovasculares 6.328 31,5

Outras DAC 5.744 35,9 Outras DAC 7.022 34,9

Endócrinas, nutricionais e metabólicas 4.760 100,0 DAR 7.227 100,0

Diabetes mellitus 3.831 80,5 Influenza [gripe] e pneumonia 2.232 30,9

Desnutrição 669 14,1 Doenças crônicas das vias aéreas inferiores 2.144 29,7

Outras endócrinas, nutricionais e metabólicas

260 5,5 Outras DAR 2.851 39,4

Neoplasias 4.719 100,0 Neoplasias 6.832 100,0

Neoplasias malignas dos órgãos digestivos

1.658 35,1 Neoplasias malignas dos órgãos digestivos 2.251 32,9

Neoplasias dos órgãos genitais femininos 732 15,5 Neoplasias malignas dos órgãos genitais femininos

961 14,1

Outras neoplasias 2.329 49,4 Outras neoplasias 3.620 53,0

Legenda: DAC – Doenças do Aparelho Circulatório; DAR – Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

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129

7.3. Mortalidade Materna A Razão de Mortalidade Materna (RMM) estima a frequência de mortes de mulheres

ocorridas durante a gravidez, aborto, parto ou até 42 dias após o parto, atribuídas a causas

relacionadas ou agravadas pela gravidez, parto, aborto e puerpério, ou por medidas tomadas em

relação a ela, tendo como denominador o total de nascidos vivos (NV). A RMM de Pernambuco foi

calculada com os óbitos até 1 ano após o parto e apresentou 74,8 óbitos/100.000 NV em 2002, e 79,6

óbitos/100.000 NV em 2009, resultando em um incremento de 6,4% (Figura 129).

Os anos de 2010 e 2011 apresentam-se com número baixo de óbitos maternos, em relação a

anos anteriores, resultado da subnotificação desse tipo de óbito. Isto significa que as causas

maternas, em muitos óbitos, não foram inseridas nas DO.

Figura 129 – Número de óbitos maternos e Razão de Mortalidade Materna (RMM) (por 100.000 nascidos

vivos). Pernambuco, 2002 a 2011*

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Nº óbitos 114 123 121 107 114 112 112 113 90 82

RMM 74,8 78,4 82,1 70,3 77,9 78,2 77,1 79,6 65,7 57,5

0

15

30

45

60

75

90

0

20

40

60

80

100

120

140

Razão

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mero

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* Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; Sinasc / SEVS / SES-PE

Com relação às principais causas de óbito materno, as hipertensões e as hemorragias

destacaram nos anos de 2002 e 2011. Entretanto, as infecções puerperais aparecem como a

terceira causa no ano de 2011, diferentemente do período anterior, onde as Doenças do Aparelho

Circulatório destacaram-se (Figura 130).

É importante destacar que os casos de óbito materno ocorridos em 2011 ainda estão no

processo de investigação de dos óbitos de Mulheres em Idade Fértil (MIF) e a qualificação das

causas de óbito após a discussão nos Grupos Técnicos (GT), o que justifica a provável alteração do

perfil da mortalidade nessa população.

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130

Figura 130 – Proporção de óbitos maternos segundo principais grupos de causa. Pernambuco, 2002 e 2011*

19,316,7

12,38,8 7,9

3,5 5,3

26,3

15,7 14,5

8,4

2,44,8

9,66,0

38,6

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Hipertensões Hemorragias DAC Morte obstrétrica

de causa não especificada

Outras doenças

e afecções especificadas

Infecção puerperal

Aborto Demais causas

%

2002 2011

Legenda: DAC – Doenças do aparelho circulatório Nota 1. Hipertensões: Pré-eclâmpsia, eclâmpsia e hipertensões maternas Nota 2. Hemorragias: Hemorragia pós-parto, descolamento de placenta, placenta prévia, atonia uterina e laceração do períneo *Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE

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