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GRADUANDO LOGÍSTICA EMPRESARIAL 4º PERIODO – INSTITUTO SUPERIOR JOÃO ALFREDO DE ANDRADE – JUATUBA – MINAS GERAIS.
TÉCNICO EM GESTÃO DE NEGÓCIOS – SENAI – CETEF – ITAÚNA - MINAS GERAIS.
O termo Logística, vem do francês LOGISTIQUE e tem
como uma de suas definições: “a parte da arte da guerra
que trata do planejamento e da realização de: projeto e
desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte,
distribuição, reparação, manutenção e evacuação de
material para fins operativos ou administrativos” Outros
historiadores defendem que a palavra logística vem antigo
grego LOGOS que significa razão, cálculo,pensar e analisar.
LOGÍSTICA: é a administração, estratégias e
controles que envolve o fluxo de produtos desde a
matéria prima até o consumidor final.
OBJETIVO: desenvolvimento constante do nível de
atendimento ao consumidor final.
FINALIDADE: satisfação do consumidor final -
redução de custo - menor estoque - contribuição
social.
O Brasil sofre com problemas de infraestrutura em diversos
níveis, mas poucos são tão caóticos quanto na logística
portuária. Muito se fala, muitos projetos existem, mas pouco é
colocado em prática, e enquanto esperamos, sofremos com
atrasos, custos altos, e perdas nos mais diversos níveis: perdas
de grãos, de competitividade e de mercados…
Um olhar mais atento notará que parte do problema poderia ser
sanada com mais eficiência no tratamento da enorme papelada,
da burocracia que envolve todos os negócios feitos no Brasil.
Dados do Banco Mundial apontam que no Brasil um container leva 13
dias para ser exportado. Detalhe: seis dias são perdidos em meio à
papelada no porto, com o container parado. Em Cingapura, que ocupa o
primeiro lugar no ranking, isso leva apenas um dia. Nos Estados
Unidos, apenas dois.
Isso ocorre porque os despachantes precisam se desdobrar e fornecer
muitas informações, muitas vezes. Os diversos órgãos “competentes”
não se comunicam, portanto uma mesma informação precisa ser
entregue à Polícia Federal, à Anvisa, à Marinha e à Receita Federal.
São quase 200 informações para proceder à importação.
O Porto Sem Papel, programa criado pelo governo federal em 2010
em mais de 30 portos do Brasil, tinha uma ideia ambiciosa: acabar
com a papelada! Para isso, criaram um sistema eletrônico onde as
empresas devem fornecer as diversas informações necessárias.
Problema: Os órgãos “competentes” não aderiram ao Porto Sem
Papel, e agora as empresas precisam fornecer os dados via meio
eletrônico e em papel. A Receita Federal é uma das que não aderiu ao
programa.
Já o Porto 24 Horas, outro programa do governo federal,
fez com que os portos mantivessem sua jornada de
trabalho durante a noite, como forma de evitar ou diminuir
as filas de caminhões que se formam nas rodovias de
acesso.
A ação faz parte do Programa Porto 24 horas, que já está
acontecendo em sete portos brasileiros – Fortaleza (CE),
Paranaguá (PR), Rio de Janeiro, Rio Grande (RS), Santos (SP) e
Vitória (ES). De acordo com o vice-presidente do Complexo
Industrial Portuário de Suape, Caio Ramos, o objetivo da
mudança é reduzir em até 25% os custos com logística. A partir
daí as equipes de fiscalização também vão atuar 24 horas por dia
para liberar cargas com o objetivo de se evitar filas e
congestionamentos. Com isso o Brasil terá maior competitividade.
Todo estudante de logística sabe que no Brasil as rodovias
têm papel de destaque no transporte de mercadorias,
apesar da enorme costa e dos rios navegáveis. Este
privilégio do modal rodoviário em detrimento aos outros
modais data do início da república brasileira. Estudos
colocam aproximadamente 60% das cargas nacionais
sendo transportadas pelas rodovias. Isso é fato. Outro fato
é que para percursos longos (acima de uns 150 km),
as rodovias não são o meio de transporte mais adequado,
perdendo em competitividade e custos para as ferrovias. Mas no
Brasil tem caminhão rodando de norte à sul, mais de 3000 km…
E não para por aí: apenas 11% das nossas estradas são
pavimentadas. Pasmem, 11%. Temos aproximadamente 1,7
milhão de quilômetros de rodovias, e apenas uns 200 mil km
pavimentados. E o resto do BRIC? A Rússia tem mais de 600 mil
km de rodovias asfaltadas, enquanto Índia e China tem, cada
uma, em torno de 1,5 milhão de km de rodovias asfaltadas.
É como colocar asfalto em TODAS as rodovias
brasileiras… Se quisermos comparar fora do BRIC, aí vira
brincadeira: os EUA têm mais de 4 milhões de km de
rodovias asfaltadas, mais do que a soma dos BRIC.
A malha ferroviária brasileira, além de sucateada e
pequena, é diferente de uma região para outra. Isto
significa que um trem não consegue ir de uma região à
outra, pois os trilhos são incompatíveis. Se isso não
bastasse, vamos aos números: Novamente, o Brasil é o
último. Temos algo em torno de 30 mil km de
ferrovias. Para alcançarmos o 3º lugar dos BRIC, a
Índia, seria preciso dobrar e fazer mais um pouco.
A Índia conta com 63 mil km de ferrovias, a China com 77 mil e
a Rússia com 87 mil km. E o Brasil com seus 30…
Apenas para informação do leitor, pois a comparação seria
piada, os EUA têm mais de 220 mil km de trilhos, todos
compatíveis.
Escrevi acima que no Brasil cerca de 60% das mercadorias
viajam de caminhão, apesar de as distâncias serem imensas.
Na Rússia, cerca de 80% das cargas viajam de trem. Mais
barato, mais seguro.
CONCESSIONÁRIASBITOLA TOTAL
Larga Métrica
Mista
km
NOVOESTE – Ferrovia Novoeste S. A. 1.621 1.621FCA – Ferrovia Centro-Atlântica S. A. 182 6.898 7.080
MRS – MRS Logística S.A 1.632 42 1.674FTC – Ferrovia Tereza Cristina S.A. 164 164
ALL – América Latina Logística do Brasil S.A. 11 6.575 6.586FERROESTE – Estrada de Ferro Paraná Oeste 248 248
EFVM – Estrada de Ferro Vitória a Minas 898 898EFC – Estrada de Ferro Carajás 892 892
CFN – Companhia Ferroviária do Nordeste S.A. 4.516 18 4.534FERROBAN – Ferrovias Bandeirantes S.A. 1.513 2.422 301 4.236FERRONORTE – Ferrovias Norte do Brasil 512 512
VALEC Engenharia, Construções e Ferrovias S.A 226 2264.968 361 2.671
Parâmetros Rodovia Ferrovia Aerovia Hidrovia Dutovia
Custo Moderado Baixo Alto Baixo Alto
Tempo em Transito Moderado Lento Rápido Lento Lento
Disponibilidade Alto Moderado Moderado Baixo Baixo
Confiabilidade Alto Moderado Alto Moderado Baixo
Perdas e Danos Baixo Alto Baixo Moderado Baixo
Flexibilidade Alto Moderado Moderado Baixo Baixo
4%
13%
24%59%
Rodoviário
Ferroviário
Aquaviário
Dutoviário eAéreo
0,4% 15,1%
15,5%
29,5%
39,6%
Aéreo Dutoviário Aquaviário
Rodoviário Ferrovia
0,1%
4,5%
12,2%
59,2%
23,8%
Aéreo Dutoviário Aquaviário
Rodoviário Ferrovia
13%
25%
4%
11%
81%
43%46%
53%43%
32%43%
50%37%
62% 14%24%
Rússia
Canadá
Austrália
EUA
China
Brasil
8% 11%
Ferroviário Rodoviário Hidroviário
Não existe uma medida clara do que compõe o Custo
Brasil, mas percebemos esse “custo” nas dificuldades
enfrentadas pelas empresas com relação aos altos
impostos e taxas, sistemas trabalhista, previdenciário e
fiscal complexos é pesados, infraestrutura deficiente (por
exemplo: rodovias, portos), corrupção e impunidade em
diversos setores da sociedade, déficit público, taxa de juros
elevada, dentre outros.
Para efeito de exemplo, a carga tributária que incide sobre
a economia brasileira é de aproximadamente 40% do PIB
(Produto Interno Bruto), uma das mais altas do mundo.De
acordo com um estudo da Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) de 2010,
o Custo Brasil faz com que um mesmo produto agrícola
seja produzido no Brasil com preço 36% maior do que nos
EUA e Alemanha.
Na área de transportes, temos dois sérios problemas no
Brasil: o roubo de cargas e a precária infraestrutura
logística. Os prejuízos vão além de R$1 bilhão, uma vez
que é grande o número de casos que não são notificados.
Isso acaba sendo arcado pelas empresas e seguradoras,
antes de ser repassado aos consumidores.
Isso faz com que parte do dinheiro que poderia ser investido em
outras áreas, precise ser direcionado para segurança.Uma grande
transportadora do país declarou recentemente que destina 10
milhões de reais para segurança. Enquanto parte deste recurso vai
para rastreamento e comunicação via satélite, que realmente agrega
valor para o cliente, parte dele precisa ser alocado em escolta e
seguros cada vez mais caros. Assim, sem segurança também nas
estradas e com uma péssima infraestrutura de transportes, vamos
perdendo competitividade e nossas empresas deixam de crescer.
Estadao, Folha de S. Paulo, Portal Exame
http://www.logisticadescomplicada.com
Revista Exame – www.exame.abril.com.br
http://www.transportes.gov.br/epl
Professor David Lopes
SUCESSO À TODOS!!!SUCESSO À TODOS!!!
Willian Vinícius PeixotoWillian Vinícius Peixoto