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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Glaucia Lima de Magalhães Theophilo
Jussara de Oliveira Betta
Sandra dos Santos Alves Gesteira
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO E OPERANTE
- SNIFFY PRO -
NOVA IGUAÇU - RJ
2012
Glaucia Lima de Magalhães Theophilo
Jussara de Oliveira Betta
Sandra dos Santos Alves Gesteira
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO E OPERANTE
- SNIFFY PRO -
Gráficos sobre Condicionamento Clássico e Operante
da disciplina de Análise Experimental de
Comportamento lecionada pelo Prof. Roberto Sena para
obtenção de nota parcial de AV2.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
NOVA IGUAÇU - RJ
2012
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO - Exercícios 01, 02 e 03 - Aquisição, Extinção e Recuperação
Espontânea - CS (Tone) e US (Choque) de Média Intensidade
Condicionamento Clássico: normalmente, no condicionamento clássico, trabalha-se com respostas eliciadas sem a
participação efetiva do organismo e reflexas.
Aquisição de Comportamento: a aquisição (aprendizagem) de uma resposta no condicionamento clássico é produzida
apresentando-se repetidamente o CS seguido pelo US. Como resultado desse procedimento de aquisição o CS
adquire gradativamente a capacidade de eliciar uma nova resposta CR que, na maioria das formas de
condicionamento clássico, parece-se com a UR. Um organismo aprende pareamentos emocionais rapidamente e, se
for muito traumático, ás vezes, só um pareamento é suficiente. Um CS, antes do pareamento, elicia OR (respostas de
orientação) e depois do pareamento a CR, que é uma resposta igual ou muito próxima a UR. O CS é qualquer
estímulo sem valor biológico para o organismo, ou seja, que não desperta nenhum reflexo. Os US podem ser
diversos e devem produzir uma resposta reflexa. Um CS pareado a um US elicia uma UR; só se tornará uma CR
quando o US não estiver mais presente e a resposta apresentada perante o CS é semelhante ou igual a UR.
Extinção de Comportamento: após uma resposta no condicionamento clássico haver sido adquirida, ela pode ser
eliminada apresentando-se repetidamente o CS sozinho, isto é, sem o US. A eliminação de uma CR é um processo
muito mais longo do que o processo de aquisição, sendo necessário, pelo menos, o dobro de tentativas do que para
a aquisição, ou seja, é muito mais difícil extinguir qualquer comportamento uma vez que este foi adquirido.
Recuperação Espontânea: é a reaparição de uma resposta CR previamente extinta. Quando a aquisição é forte e
rápida gera uma extinção mais difícil ainda de ser realizada e, consequentemente, a recuperação espontânea é muito
provável. O fator tempo é crucial neste processo; quanto maior o tempo de extinção maior a possibilidade de a
recuperação espontânea ocorrer.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213141516171819202122232425262728293031323334353637383940414243444546474849505152535455CE5660660al
CE5660660al
CE5660660al
Movement Ratio
Inte
nsid
ade
da R
espo
sta
ao E
stím
ulo
Cond
icion
ado
Fase de AQUISIÇÃO
Pareamento de 01 a 10
Fase de EXTINÇÃO
Pareamento de 11 a 40
Fase de REC. ESPONT.
Pareamento de: 41 a 55
Tentativas
0.0099
0.8032
0.65
0.132
2
0.284
Exercícios 04 - Variação na Intensidade de um Estímulo Condicionado - CS - Fase de Aquisição
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10CE5660660al
CE5660660al
CE5660660al
Efeito da Variação da Intensidade do CS
CS FracoCS MédioCS Forte
Inte
nsid
ade
da R
espo
sta
ao C
SA força do CS constitui um determinante fundamental da velocidade com que ocorre a aquisição no condicionamento clássico. A comparação entre as 03 intensidades aplicadas mostra que quanto mais forte o CS, mais rapidamente ocorre o condicionamento,
porém não o nível de condicionamento finalmente atingido.
Comparação entre três diferentes Intensidades de Estímulos Condicionado - TONE
Fases de Aquisição, Extinção e Recuperação Espontânea
CE5660660al
CE5660660al
CE5660660al
Low Tone CSMed. Tone CSHi Tone CS
Inte
nsid
ade
da R
espo
sta
ao E
stim
ulo
Cond
icion
ado
Comparação entre as intensidades de CS: CS de intensidade alta provocam velocidade maior de aquisição, porém com um nível de
condicionamento final similar ao CS de intensidade média. A extinção foi rápida e alcançou níveis baixos, porém a recuperação Espontânea
manteve-se em nível igual aos demais estímulos, gerando um novo processo de extinção também rápido. No estímulo de baixa intensidade
como CS, o condicionamento foi mais lento e com um nível final inferior ao CS médio. A extinção também é lenta e não alcançou o nível
desejado, tendo uma Rec. Espontânea também em nível similar aos demais estímulos e nova extinção também demorada. A maior eficiência
de intensidade do CS, conforme o gráfico, refere-se ao do estímulo de intensidade média.
Pareamentos
Fase de AQUISIÇÃO
Pareamento de 01 a 10
Fase de EXTINÇÃO
Pareamento de 11 a 40
Fase de REC. ESPONT.
Pareamento de: 41 a 55
Exercício 05 - Variação na Intensidade de um Estímulo Incondicionado - US - Fase de Aquisição
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10CE5660660al
CE5660660al
CE5660660al
Efeito da Variação da Intensidade do US
US FracoUS MédioUS Forte
Inte
nsid
ade
da R
espo
sta
ao C
SA intensidade do US afeta a velocidade de aquisição e o nível de condicionamento clássico que pode ser obtido no final.A UR ao US de baixa intensidade produz habituação, enquanto a UR ao US de alta intensidade produz sensibilização.Para o US de baixa intensidade o condicionamento não só é mais lento que para o US de média ou alta intensidade, mas o nível de condicionamento que o US pode manter também diminui, com aplicações repetidas do US. Para o US de alta intensidade não só o ritmo em que ocorre o condicionamento é mais rápido, mas também o nível potencial de condicionamento aumenta.
Exercício 19 - Habituação, Sensibilização e Condicionamento Contextual
Quando Sniffy recebe um choque sem um CS precedente, pode ocorrer, dependendo da intensidade deste, três situações
diferentes:
Habituação: com o choque de baixa intensidade ocorre a habituação da UR ao US choque. Quanto mais choques lhe
forem aplicados, menos ele responde. Após cerca de 25 choques de baixa intensidade a UR deixa de existir. A UR
diminui e nenhum condicionamento contextual se apresenta. O Gráfico (Moviment Ratio) demonstra que as poucas
vezes em que Sniffy manifestou qualquer indício de medo durante os períodos de 30 segundos antes da
apresentação do choque foi durante a parte inicial do experimento antes de a resposta ao choque ter sido habituada
completamente.
Sensibilização: com o choque de alta intensidade ocorre a sensibilização da UR de Sniffy, Até certo ponto, cada
choque sucessivo suprime o comportamento presente normal por períodos cada vez mais longos. O primeiro choque
de alta intensidade suprimirá o comportamento atual de Sniffy por cerca de 2 minutos, mas o vigésimo choque
suprimirá seu comportamento por cerca de 4 minutos. A UR apresenta sensibilidade e ocorre um condicionamento
contextual forte. O índice de movimento mostra que a proporção de tempo durante a qual Sniffy ficou imóvel nos
intervalos de 30 segundos antes da apresentação do choque aumentou para níveis elevados durante a realização do
experimento.
Estabilidade: a UR de Sniffy nunca se altera com o choque de intensidade média. Cada choque interrompe o
comportamento atual de Sniffy por cerca de 2 minutos. A UR não se altera e ocorre um condicionamento contextual
moderado. Os resultados do índice de movimento mostram que, durante o experimento, a proporção de tempo em
que Sniffy ficou imóvel em intervalos de 30 segundos antes da apresentação do choque aumentou gradualmente
para níveis moderados.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011121314151617181920212223242526272829303132333435363738394041424344454647484950CE5660660al
CE5660660al
CE5660660al
Habituação, Sensibilização e Condicionamento Contextual
Low USMed. USHigh US
Pareamentos
Mov
imen
t Rati
o
Exercício 20 - Efeito de Pré-Exposição ao CS (Inibição Latente)
Inibição Latente ou Efeito de Pré-Exposição ao CS está relacionado ao seguinte acontecimento: se um animal tiver sido
exposto repetidamente a um CS antes, o CS ao ser pareado ao US, o condicionamento clássico diminui seu ritmo.
O efeito de pré-exposição ao CS é produzido de modo bem-sucedido se a CR ao tom for adquirida mais lentamente na
condição experimental do que na condição de controle. A janela Movement Ratio mostra que Sniffy adquire gradualmente uma CR
ao tom durante o estágio 02 do experimento, ou seja, a aquisição que ocorre durante o estágio 02 da condição experimental é
mais lenta do que teria sido se Sniffy não houvesse sido exposto às 10 apresentações de tom isoladamente no estágio 01.
Em resumo, a condição experimental do efeito de pré-exposição ao CS retardam substancialmente a rapidez subsequente
da aquisição.
Exercício 21 - Efeito de Pré-Exposição ao US
O Efeito de Pré-Exposição ao US é similar ao efeito de pré-exposição ao CS, exceto que, durante o estágio 01, Sniffy
recebe uma série de tentativas de USs isolados. Este efeito é produzido com sucesso se a CR ao tom for adquirida mais
eficientemente na condição de controle que na experimental. A janela Movement Ratio mostra que, durante o primeiro estágio, o
condicionamento contextual começa a se formar. Durante o estágio 02 Sniffy adquire uma CR ao tom, ou seja, a CR é adquirida
um tanto menos eficientemente na condição experimental do que na condição de controle.
Em resumo, a pré-exposicão ao US reduz o nível de condicionamento.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10CE5660660al
CE5660660al
CE5660660al
Comparação da Pré-Exposição - Fase de Aquisição
CS Pré-ExposiçãoUS Pré-ExposiçãoAquisição sem pré-exp.
Pareamentos
Forç
a da
Res
post
a ao
CS
A pré-exposição ao CS diminui o ritmo do condicionamento clássico subsequente, enquanto a pré-exposição ao US
reduz o nível de condicionamento.
Comparação entre Choques Sinalizados e Não-Sinalizados - Estágios 01 e 02
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55CE5660660al
CE5660660al
CE5660660al
SingnaledShockNoSignaledShock
Tentativas
Mov
emen
t Rati
o
Choques repetidos e não sinalizados (choques que não são precedidos por um CS que avisa sua ocorrência futura) geram como efeito que o
organismo manifeste um medo crescente e contínuo, mesmo no estágio 02 do experimento, quando o comportamento de medo permanece
contínuo apesar de nenhum CS ou US (choque) presente, tornando-se paralisado de medo já que passa a manifestar continuamente uma
CR aos estímulos contextuais.
Choques sinalizados (choques que são precedidos por um CS que avisa sua ocorrência futura) geram, apesar de no estágio 01 respostas
mais altas de imobilização (maior comportamento de medo), no estágio 02 respostas quase nulas ou muito baixas, quando não há nenhum
CS ou US (choque) presente, ou seja, o choque sinalizado é muito menos estressante para o organismo do que um choque não sinalizado.
Estágio 01 - 1 a 50 Estágio 02 - 51 a 55
CONDICIONAMENTO OPERANTE
Condicionamento Operante = Processo de aprendizagem em que as consequências de uma ação determinam a
probabilidade de ela ser ou não realizada no futuro
Comportamento Operante = Comportamento do organismo instrumentalizando o meio
Resposta = Alteração no comportamento do Organismo
o Resposta Eliciada = é aquela resposta em que se identifica o estímulo eliciador (Ex: reflexo e condicionamento
clássico: S-R)
o Resposta Emitida = é aquela é aquela onde não se identifica o estímulo eliciador, seja por que não interessa,
seja por que é muito difícil e improvável que se encontre o estímulo eliciador. Nestes casos olha-se para as
consequências da resposta emitida (Ex: lamber e fucinhar do rato: R-S)
Reforço = estímulo que se segue a uma resposta e aumenta a probabilidade dessa resposta ser repetida. O reforço
para ser eficaz precisa ocorrer imediatamente após a resposta; um reforço atrasado é muito menos eficaz.
o Reforço Positivo = aumento na probabilidade de um comportamento se repetir após a administração
(acréscimo) de um estímulo agradável.
o Reforço Negativo = aumento na probabilidade de um comportamento ser repetido pela remoção de um
estímulo aversivo.
Punição = Estímulo que se segue a uma resposta e diminui a probabilidade da resposta ser repetida
o Punição Positiva = punição que ocorre quando se administra (adiciona) um estímulo aversivo que diminui a
probabilidade de um comportamento acontecer novamente.
o Punição Negativa = punição que ocorre quando se remove um estímulo agradável que diminui a probabilidade
de um comportamento acontecer novamente.
Exercício 22 - Treinamento para Uso do Alimentador
Reforço Primário = Reforços que são inatamente reforçadores, tais como aqueles que satisfazem necessidades
biológicas, por exemplo.
Reforço Secundário = Eventos ou objetos que servem como reforço por seu repetido emparelhamento com os
reforços primários.
O treinamento para uso do alimentador é uma técnica que envolve utilizar um procedimento de condicionamento
clássico para transformar um estímulo originalmente neutro em um reforçador secundário.
Associação Som-Alimento = é a associação entre o som do mecanismo que apresenta o alimento e o fato de uma
pelota de alimento encontrar-se disponível no comedouro.
Exercícios 23 - Modelando Sniffy para Pressionar a Barra
Modelagem = Processo de condicionamento operante que envolve reforçar positivamente comportamentos cada vez
mais semelhantes ao comportamento desejado (reforço de aproximações sucessivas do comportamento-alvo). Parte
de um comportamento já existente na espécie e através de esquemas de reforçamento vai-se incrementando o
reportório no sujeito alvo até se alcançar um comportamento não existente previamente.
Associação Barra-Som = é a associação entre a barra e o som produzido pelo mecanismo alimentador. Sniffy
aprende, após ser condicionado operantemente, que a barra é o dispositivo cuja manipulação causa o som, que
sinaliza a presença de uma pelota de alimento no comedouro.
Força da Ação = é a associação de Sniffy entre um padrão de comportamento específico e a obtenção de alimento
ou qualquer outro comportamento condicionado operantemente, ou seja, é o grau em que o sujeito alvo aprende.
Exercício 24 - Registros Cumulativos - Visualização das Respostas de Sniffy
Registro Cumulativo = inventado por Skinner a fim de fazer medições necessárias referentes ao processo de
condicionamento operante. O registro cumulativo de Skinner era um dispositivo mecânico que acionava uma longa
bobina de papel a uma velocidade constante. Cada vez que o rato pressionasse a barra o marcador faria um sinal na
direção da parte superior do papel. Quando o rato estivesse pressionando a barra, o registro resultante era uma linha
inclinada que ia do limiar inferior para o topo do registro. Quanto mais rapidamente o rato respondia, mais elevada a
inclinação da linha, ou seja, o registro cumulativo traça um registro no qual a inclinação da linha é diretamente
proporcional à frequência com que a barra é pressionada.
o A inclinação das linhas ascendentes no gráfico representa a velocidade com a qual Sniffy está respondendo.
Quanto maior a inclinação mais rapidamente Sniffy estava pressionando quando o registro foi feito.
o Respostas reforçadas são marcadas por linhas curtas e oblíquas traçadas durante o registro.
- O programa Sniffy Pro pode executar um máximo de 10 janelas Cumulative Record e em cada uma
delas é mostrado o desempenho de Sniffy quando estiver pressionando a barra durante 2 horas do
tempo de programa. Tempo de Programa e Tempo Cronológico não são o mesmo conceito, apesar de
poderem ser aproximadamente idênticos.
o As partes horizontais da linha mostram os períodos em que Sniffy não estava pressionando a barra.
o Sniffy começa a pressionar a barra inicialmente de modo lento e intermitente, e depois cada vez mais
frequente e estavelmente.
o A altura do registro cumulativo é sempre de 75 respostas, ou seja, existem sempre 75 respostas entre dois
reposicionamentos consecutivos de marcador.
o Além das linhas verticais escuras que o registro cumulativo produz quando o marcador se reposiciona da parte
superior do registro para a inferior, existem linhas verticais, mais finas, pontilhadas e contínuas que se
alternam, espaçadas em intervalos regulares. Essas linhas verticais mais finas marcam 5 minutos de tempo. O
tempo entre uma linha vertical fina e a próxima (entre uma linha contínua e a próxima linha pontilhada ou uma
linha pontilhada e a próxima linha contínua) é de 5 minutos no tempo do programa, ou seja, o tempo entre
duas linhas contínuas ou duas linhas verticais pontilhadas sucessivas é de 10 minutos em tempo de programa.
Exercício 25 - Extinção
Extinção = nome técnico para as mudanças de comportamento que ocorrem quando um comportamento previamente
reforçado deixa de produzir reforço.
Neste experimento as pressões a barra feitas por Sniffy não produzem mais pelotas de alimento assim como ele
também deixará de ouvir o som do alimentador como consequência de pressionar a barra. Isto é, o reforçador
primário (alimento) e o reforçador secundário (som) deixam de ocorrer. Este é o procedimento padrão de extinção.
o Como consequência da interrupção do reforço, o número de vezes que Sniffy pressiona a barra diminuirá no
final até ele não pressionar a barra com mais frequência do que fazia antes de ser treinado. No entanto, o
primeiro efeito da extinção consiste no aumento do número de vezes que Sniffy pressiona a barra. Esse
aumento do número de vezes é denominado um jorro de respostas de extinção e ocorre comumente quando
se passa da condição de reforço contínuo para a extinção.
o O critério de extinção é um período de 5 minutos durante o qual Sniffy pressiona a barra no máximo 2 vezes.
o A extinção resulta da eliminação da associação barra-som e da intensidade da ação, que desaparecem porque
as pressões na barra deixam de produzir o som. Porém, a associação som-alimento permanece intacta, isto
ocorre porque Sniffy nunca ouve o som sem receber uma pelota de alimento.
Exercício 26 - Reforço Secundário
Experimento de extinção no qual Sniffy não recebe mais alimento (reforço positivo) quando pressiona a barra, porém
essas pressões à barra continuarão a produzir o som do alimentador. Ao ouvir este som ocorrerão dois efeitos:
o Apresentar o som após cada pressão na barra durante a extinção continuará a reforçar durante um certo
tempo as pressões à barra, tendo como resultado a diminuição do ritmo do processo de extinção;
o Em virtude do som ocorrer mas não haver liberações de pelotas de alimento, a associação som-alimento irá
extinguir-se no final.
Comparação entre o Exercício 25 e 26
Durante o processo de extinção, no exercício 25, foram eliminados os reforçadores primário (alimento) e secundário
(som). Já no exercício 26, foi eliminado o reforçador primário (alimento), mas permaneceu o reforçador secundário
(som). Estas diferenças geram consequências na extinção, tais como:
o Durante o exercício 26, não ocorre o fenômeno de jorro de respostas de extinção, onde há o aumento inicial do
número de pressões à barra, que ocorre na extinção padrão (exercício 25);
o No exercício 26 o processo de extinção leva muito mais tempo para se concluir do que no exercício 25
(extinção-padrão).
Exercício 27 - Recuperação Espontânea
Recuperação Espontânea = processo em que uma resposta previamente extinta ressurge.
o Se um animal que aparentemente sofreu uma extinção completa for removido da câmara operante e for-lhe
permitido descansar no compartimento onde vive por 24 horas então, ao retornar à câmara para uma segunda
sessão de extinção, seu número de respostas no início da segunda sessão será maior do que foi no final da
primeira sessão de extinção. Esse reaparecimento produzido por um descanso de uma resposta operante
extinta é chamado de recuperação espontânea.
o No início do experimento de recuperação espontânea os itens extintos são parcialmente recuperados. Dando
prosseguimento a uma segunda sessão de extinção, percebe-se que Sniffy efetua menos respostas e leva
menos tempo para atingir o critério estabelecido para a extinção.
Exercício 28 - Efeito de uma Única Punição Suave
Punição = Estímulo que se segue a uma resposta e diminui a probabilidade da resposta ser repetida
o Uma única punição suave (choque de baixa intensidade) aplicada no início da extinção suprime brevemente as
pressões à barra, mas exerce pouco efeito no número total de pressões à barra necessárias para gerar a
extinção (Sniffy retorna a pressionar a barra mais ou menos como se não tivesse recebido choque algum).
Exercício 29 - Efeito de uma Única Punição Severa
Um único choque severo (punição) é suficiente para produzir muito rapidamente a quase total eliminação da resposta
(Sniffy não pressiona a barra novamente por um longo período de tempo e, quando o faz, não a pressiona de novo
muito rapidamente como antes).
Exercício 30 - Efeito das Punições Suaves Repetidas
Choques suaves repetitivos fazem com que Sniffy não pressione a barra novamente durante alguns minutos após
cada pressão á barra, ou seja, ao receber um choque após cada pressão á barra, ele atenderá ao critério de extinção
após poucas pressões à barra.
No entanto, o tempo necessário para atender ao critério estabelecido para a extinção provavelmente não diminuirá,
podendo mesmo ser até maior.
Diferença entre Extinção e Punição Negativa
Na extinção, um comportamento produzia uma consequência reforçadora anteriormente até acontecer a suspensão
dos referidos reforços (eliminação completa do reforço). Já na punição negativa, um comportamento passa a ter uma
nova consequência, a qual é a perda dos reforçadores. Outra diferença refere-se ao processo: a punição suprime
rapidamente a resposta, pelo menos temporariamente, enquanto que a extinção produz diminuição gradual na
probabilidade de ocorrência da resposta no futuro.
Esquemas de Reforçamento
Esquema de Reforçamento = Regra para determinar quais respostas reforçar.
Reforço Contínuo (CRF) = Um tipo de aprendizagem em que o comportamento desejado é reforçado sempre que
ocorre, isto é, o reforço de todas as instâncias do comportamento-alvo.
Reforço Parcial (PRF) = Um tipo de aprendizagem em que o comportamento é reforçado intermitentemente, isto é,
reforço de algumas, mas não de todas as intâncias de um comportamento-alvo.
o O esquema de reforço afeta a persistência do comportamento. O reforço contínuo é altamente efetivo para a
aquisição de um comportamento, no entanto, se o reforço for retirado, o comportamento se extingue
rapidamente. O reforço contínuo é útil para modelar rapidamente um novo comportamento, porém, após o
comportamento-alvo haver sido condicionado, o reforço contínuo não é mais necessário, sendo mais eficiente
manter tal comportamento por reforço parcial.
o O efeito de extinção do reforço parcial demonstra maior persistência de comportamento sob o reforço parcial,
devido a dificuldade de detectar a ausência de reforço. Durante o reforço contínuo, é fácil detectar quando o
reforço para, no entanto, se o comportamento é reforçado somente parte do tempo, o sujeito precisa repetir o
comportamento comparativamente mais vezes para perceber a ausência do mesmo. Assim, quanto menos
frequente o reforço durante o treinamento, maior a resistência à extinção.
Esquema Fixo = O reforço é oferecido consistentemente sempre que o comportamento ocorre.
Esquema Variável = O reforço é aplicado em índices diferentes ou em momentos diferentes.
Esquema de Razão = O reforço é baseado no número de vezes que o comportamento ocorre, ou seja, reforçam o
sujeito para dar algum número específico de respostas.
o Esquema de Razão Fixa (FR) = o número de respostas requerido é sempre o mesmo. A medida que aumenta
o tamanho da razão do esquema FR, ocorre uma pausa após cada reforço que torna-se maior
proporcionalmente.
o Esquema de Razão Variável (VR) = o valor do esquema especifica um número médio de respostas exigido
para obter reforço, porém o número exato de respostas varia de reforço para reforço. Os esquemas VR
normalmente produzem taxas altas de respostas sem pausas longas. Esquemas VR são comuns na vida
diária.
Esquema de Intervalo = O reforço é baseado em uma unidade de tempo específica, ou seja, reforçam o participante
na primeira resposta após um intervalo de tempo específico ter decorrido desde o último reforço acontecido. O
período de tempo durante o qual o reforço não se encontra disponível inicia quando o participante recebe um
reforçador; o intervalo especifica, portanto, uma duração de tempo mínima que precisa decorrer entre as respostas
reforçadas.
o Esquema de Intervalo Fixo (FI) = o intervalo que precisa decorrer antes de outra resposta ser reforçada é
sempre o mesmo.
o Esquema de Intervalo Variável (VI) = o intervalo de tempo após o reforço que precisa decorrer antes da
próxima resposta ser reforçada varia de reforço para reforço. Poucas situações da vida real (ou nenhuma) são
exatamente equivalentes à programação VI de laboratório.
Em um esquema de intervalo, o valor do esquema é o número de segundos após o reforço antes que o próximo
reforço se torne disponível. Em um esquema de razão, o valor do esquema é o número de respostas exigido para um
reforço.
Cada um desses esquemas de reforçamento produz um desempenho característico:
o Os esquemas de razão variável (VR) e de intervalo variável (VI) procuram responder de forma estável e
constante, porém com taxas diferentes.
- Os esquemas VR procuram responder de maneira rápida e constante;
- Os esquemas VI procuram responder de modo lento e constante.
o O desempenho do esquema de razão fixa (FR) típico depende do tamanho da razão, isto é, do número fixo de
respostas exigido para cada reforço.
- Esquemas de Razão Fixa Pequenos - que requerem somente um pequeno número de respostas para
cada reforço, produzem respostas rápidas e constantes, onde o desempenho é razoavelmente estável e
sem pausa após cada reforço
- Esquemas de Razão Fixa Grandes - existe uma pausa após cada reforço seguida por uma transição
abrupta para um índice alto e estável até que o próximo reforçador seja recebido.
o Em termos gerais, as programações de Intervalo Fixo (FI) mantêm taxas de respostas um tanto lentas, mais ou
menos comparáveis àquelas mantidas por esquemas VI. No entanto, o desempenho típico em FI envolve uma
pausa após o recebimento de cada reforço, seguida por uma taxa de respostas que se acelera gradualmente
até o participante esteja respondendo moderadamente rápido antes de ocorrer o próximo reforço. Esse padrão
de resposta de FI típico é denominado curvatura do VI ou padrão meia-lua. Assim como nos esquemas FR, as
pausas que ocorrem após o recebimento de um reforçador são mais pronunciadas em esquemas de FI
grandes do que em esquemas de FI pequenos.
Exercício 31 - Esquema de Razão Variável Pequeno
Imediatamente após ser incluído em um esquema, quando Sniffy depara pela primeira vez com respostas não
reforçadas, começará o processo de extinção do seu comportamento. Se Sniffy estiver totalmente treinado para
receber reforço contínuo antes de incluí-lo em um esquema pequeno (Ex: VR-5), a extinção não será integral. A
associação barra-som e a força da ação começarão a aumentar novamente após Sniffy ter recebido diversos reforços
de acordo com o esquema, até se aproximarem de seus valores máximos novamente, representando a eficiência do
treinamento.
Exercício 32 - Esquema de Razão Variável Grande
Sniffy pode ser treinado para responder em esquemas com valores bem elevados (Ex: VR-100), desde que esses
valores elevados sejam obtidos por meio da introdução de estágios intermediários.
Inicialmente a associação barra-som e a força da ação enfraquecerão, no entanto, após Sniffy ter recebido diversos
reforços no novo esquema, esses valores começarão a se elevar. Quando chegam novamente ao máximo.
O padrão de resposta será rápido e razoavelmente constante.
Exercício 33 - Esquema de Intervalo Variável
Apresenta padrões de respostas lentas e razoavelmente constantes.
Exercício 34 - Esquema de Razão Fixa
Apresenta pausas nas respostas que ocorrem após cada reforço ser recebido e as transições abruptas para o
responder rápido no final de cada pausa.
Exercício 35 - Esquema de Intervalo Fixo
Apresenta pausas após cada reforço ser recebido, seguidas por transições razoavelmente graduais para o responder
moderadamente antes que ocorra o próximo reforço.