gramatica(1)

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  • PR-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

    GRAMTICA E REDAO

    Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br

  • 2006-2008 IESDE Brasil S.A. proibida a reproduo, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorizao por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

    Produo Projeto e Desenvolvimento Pedaggico

    Disciplinas Autores

    Lngua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Mrcio F. Santiago Calixto Rita de Ftima BezerraLiteratura Fbio Dvila Danton Pedro dos SantosMatemtica Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFsica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQumica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hlio Apostolo Rogrio FernandesHistria Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogrio de Sousa Gonalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

    I229 IESDE Brasil S.A. / Pr-vestibular / IESDE Brasil S.A. Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

    686 p.

    ISBN: 978-85-387-0572-7

    1. Pr-vestibular. 2. Educao. 3. Estudo e Ensino. I. Ttulo.

    CDD 370.71

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  • GRAMTICA

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    O artigo uma ca-tegoria gramatical e no lexical. Isso quer dizer que no tem sig-nificao no mundo ex-tralingustico e que s assume significao dentro do idioma, mas, diga-se, uma significa-o importantssima.

    a menor das classes gramaticais, pois agrupa apenas oito palavras. Se for-mos rigorosos, diremos apenas duas, j que as outras seriam meras flexes das duas prin-cipais.

    Procuraremos, so-bretudo, ir alm do es-tudo bsico que difere os artigos definidos dos indefinidos e traba-

    lharemos o artigo como determinante da condio substantiva.

    Morfossintaxe: artigos e numerais

    Artigos

    Caracterizao dos artigosSemanticamente, o artigo tem significao

    interna no idioma e informa o gnero do subs-tantivo. Pode faz-lo de forma definida, isto , destacando um ser ou um conjunto dentre v-rios, ou de forma indefinida, ou seja, indicando que se trata de um ser ou de um conjunto quais-quer. Eventualmente assume cargas semnticas diferentes destas.

    o homem a mulher a alcateia

    o champanha a sentinela o batalho

    um homem uma mulher uma alcateia

    um champa-nha

    uma sentinela um batalho

    Morfologicamente, o artigo um morfema gramatical (de significao interna) que se fle-xiona em gnero e em nmero.

    o a os as

    um uma uns umas

    Div

    ulg

    ao

    : Vej

    a

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    Funcional ou sintaticamente, o artigo uma palavra dependente, isto , um deter-minante, do substantivo. Est presente para determin-lo ou para pr qualquer palavra na condio de substantivo. Por ser sempre deter-minante (DET) de um substantivo, est restrito funo de adjunto adnominal.

    O homem encontrou a namorada.

    SN: o homem SN: a namorada

    Ncleo: homem Ncleo: namorada

    DET: o (adj. adn.) DET: a: (adj. adn.)

    O falar um fenmeno inexplicvel.

    SN: o falar SN: um fenmeno inexpli-cvel

    Ncleo: falar Ncleo: fenmeno

    DET: o (adj. adn.) DET: um (adj. adn.)

    S. Adj.: inexplicvel (adj. adn.)

    No ltimo exemplo, o artigo definido o deter-mina sobre falar uma condio substantiva. E assim ocorre sempre que h artigo desacompanhado de substantivo propriamente dito. No h artigo sem substantivo. Da a transformao em substantivo das palavras destacadas nos exemplos abaixo.

    Os infiis atacaram a igreja.

    O hoje e o amanh devem ser construdos jun-tos.

    As velhas nos visitaram.

    No h artigo sem substantivo, portanto note a impossibilidade de classificao de artigos para as palavras destacadas nos exemplos abaixo.

    Comeou a falar.

    Quero a de vermelho.

    Quero a que ele trouxe.

    Se no h artigo sem substantivo, o contrrio no ocorre. O substantivo um morfema lexical e sua existncia determinada pelo mundo extralin-gustico. Observe os substantivos destacados, que ocorrem sem artigos.

    gua e comida nos do sade.

    Semntica do artigoOs artigos se distinguem semanticamente como

    definidos e indefinidos. So definidos: o, a, os e as. So indefinidos: um, uma, uns e umas. Vejamos o que essa subclassificao pode nos dizer da signi-ficao frasal.

    Suponhamos que, em dado contexto, um falante diga a seu interlocutor a frase seguinte:

    Adoro mdico.A ausncia de artigo antes do substantivo im-

    plica ao ouvinte a interpretao de que a informao do falante se refere a qualquer mdico, a todos os mdicos.

    O artigo um morfema gramatical e sua au-sncia tambm indica algo. A ideia comumente associada ausncia de qualquer artigo antes do substantivo a de generalizao.

    Suponhamos que a frase seja agora outra:

    Adoro um mdico.A presena do indefinido sugere ao ouvinte a

    idia de que h um mdico qualquer que o falante adora, sem identificar de quem se trata. A ideia co-mumente associada presena do artigo indefinido de impreciso.

    Adoro o mdico.Essa declarao parte do pressuposto de que

    falante e ouvinte sabem sobre qual mdico se est falando. Caso contrrio, a comunicao no se esta-belece de modo exato. A ideia comumente associada presena do definido de preciso.

    Suponhamos que o definido esteja no plural, acompanhando o substantivo que determina.

    Adoro os mdicos.Nesse caso, tm-se duas situaes: ouvinte e

    falante sabem de quais mdicos se est falando um nmero limitado: dois, trs, dez, mil; caso isso no acontea, a informao cai na generalizao e se tor-na equivalente primeira sentena que analisamos. Entra o papel do contexto na significao.

    Adoro mdico. = Adoro os mdicos.Outro recurso interessante de diferenciao dos

    artigos definido e indefinido seu papel referencial no texto.

    Suponhamos que em dado momento de um texto ocorra uma das seguintes sentenas.

    1. Certo dia, um homem apareceu por l.2. Certo dia, o homem apareceu por l.Certamente, se ocorrer a frase 1, depreende-

    remos que se trata de um elemento novo no texto, mesmo sem ter lido o que veio antes. Se ocorrer a

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    frase 2, entenderemos que se trata de um ente j mencionado, um elemento antigo do texto.

    Alm dessas ideias semnticas bsicas do ar-tigo, ele assume outras, prximas das que assumem os pronomes e os adjetivos.

    Ela a cantora.Nesse caso, o artigo funciona como um verda-

    deiro intensificador de uma qualidade implcita dada ao substantivo cantora.

    Pedro quebrou o brao.Alm de determinar o substantivo brao, o artigo

    transmite a ideia de posse (Pedro quebrou seu brao). Semanticamente, equivale a um possessivo.

    Agora, vamos passar anlise de alguns usos do artigo:

    No so poucos os que viram um parente ser con-vidado a aderir a um programa de demisso voluntria ou ser terceirizado.

    Usa-se o indefinido nesse caso, porque se deseja tratar de parente e programa de modo no-preciso, no-especfico. Observe:

    No so poucos os que viram um parente qualquer ser convidado a aderir a um programa de demisso vo-luntria qualquer ou ser terceirizado.

    Analisemos outro trecho.

    Antes de entrar na batalha do primeiro emprego bom conhecer o perfil dos vencedores, ou seja, daqueles que acabam passando nos testes para a contratao de novatos nas empresas ou nos concursos pblicos envol-vendo pessoas com curso superior.

    No primeiro uso temos a batalha do primeiro emprego, porque ela j aparece definida, j se sabe a que se est referindo.

    No segundo caso, temos os vencedores, deli-mitado, especificado, preciso, aqueles que passaram nos testes.

    No terceiro uso, observe que a ausncia do definido no alteraria semanticamente a frase.

    [...] ou seja, daqueles que acabam passando nos testes para a contratao de novatos...

    [...] ou seja, daqueles que acabam passando nos testes para contratao de novatos...

    No quarto caso, a presena do artigo definido no plural acaba por generalizar o contedo que se aborda: nas empresas (em geral).

    Observe que, no ltimo caso a ser analisado, o artigo aparece antecedendo um substantivo plural especificado, restrito: no se trata de quaisquer concursos, apenas daqueles que envolvem pessoas com curso superior.

    [...] nos concursos pblicos envolvendo pessoas com curso superior.

    Usos do artigo definidoAlm do uso natural para determinao precisa

    do substantivo, h alguns casos da sintaxe do artigo que merecem ateno especial.

    Aps a palavra todo(a)

    O artigo definido se usa aps todo e toda (no singular) quando se determina o substantivo em sua totalidade. Se ocorre, porm, a ideia da singularidade, o artigo no dever ocorrer.

    Todo o estdio aplaudiu.

    (o estdio todo, inteiro)

    Todo o Brasil assistiu ao jogo.

    (o Brasil todo, inteiro)

    Durante toda a vida, s fez isso.

    (a vida toda, inteira)

    Todo estdio deve ser seguro.

    (cada um, qualquer um)

    Todo exerccio fsico saudvel.

    (cada um, qualquer um)

    Toda mulher deveria ser me.

    (cada uma, qualquer uma)

    Comparem-se, portanto, as seguintes constru-es:

    Toda a cidade compareceu s urnas.

    (a cidade toda)

    Toda cidade compareceu s urnas.

    (todas as cidades)

    Diferem-se tambm as expresses todo mundo (=todas as pessoas a que se refere) e todo o mundo (=o mundo inteiro).

    Todo mundo entrou na sala.

    Todo o mundo viu a guerra.

    Algumas construes foram cristalizadas no idioma com o artigo. Trata-se, portanto, de uma re-comendao para o nvel formal de linguagem.

    a todo o vapor a toda a velocidade

    em todo o lugar a toda a hora

    por toda a parte em todo o caso

    a todo o custo em toda a parte

    Aps a palavra todos(as)Aps todos e todas, a presena do artigo se faz

    obrigatria sempre que ocorre substantivo.

    Todos vieram.Todos eles vieram.

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    Todos cinco vieram.Todos os alunos vieram.Todos os cinco alunos vieram.

    Aps a palavra ambos(as)

    Tambm se verifica o uso do artigo sempre que o numeral ambos (e ambas) antecede substantivos.

    Ambos entraram.Ambos os alunos entraram.Ambas as alunas entraram.Apesar de parecerem viciosas, admitem-se as

    construes seguintes, tambm com artigo.

    Ambos os dois vieram.Ambas as duas vieram.

    Antes dos possessivos

    facultativo o uso do artigo antes dos posses-sivos que acompanham substantivos e lhes vm antepostos. Veja os pares de exemplos.

    Sa com minha me.Sa com a minha me.Encontrei meu professor na festa.Encontrei o meu professor na festa.Se o possessivo no acompanha substantivo,

    o uso ou o no-uso do artigo acarreta expressivas diferenas na significao.

    Este livro meu. Este livro o meu (especificao de um dentre

    vrios).

    minha me no me deixa comprar pipoca enquanto no

    melhorar minhas notas! ela estcerta!

    veja o meu caso:

    se eu no tivesse es-tudado eu no seria um engenheiro de sistemas

    como sou hoje !

    salgadaou doce ?

    as duas!

    Aut

    or D

    esco

    nhe

    cid

    o.

    Veja que, na primeira fala desta tira, ocorrem dois pronomes possessivos:

    Minha me no me deixa comprar pipoca en-quanto no melhorar minhas notas.

    O artigo se faz desnecessrio nesses caso, mas poderia haver perfeitamente a seguinte cons-truo:

    A minha me no me deixa comprar pipoca en-quanto no melhorar as minhas notas.

    Assim como no segundo quadrinho temos:

    Veja o meu caso.

    Poderamos tambm escrever:

    Veja meu caso.

    Antes de nomes prprios de pessoas

    Nesse caso, a presena do artigo respeita a uma regra estilstica e no-gramatical. Quando o falante quer denotar proximidade em relao ao nome pr-prio da pessoa, usa o artigo e evita o uso quando quer denotar afastamento. Da o no-uso do artigo em situaes mais formais e seu uso na linguagem mais livre. Compare esses exemplos.

    Pedro e Maria comparecero.

    O Pedro e a Maria viro.

    Entretanto, no se verifica essa constatao em algumas regies do Brasil, especificamente do Nordeste, em que a preferncia coloquial sem o uso do artigo.

    Este livro de Pedro.

    Note-se, porm, que ao nos referirmos a pessoas famosas, ilustres, de hbito a denotao do afasta-mento.

    Machado de Assis um timo escritor. (sem arti-go)

    Veja a estranheza gerada pelo uso do artigo.

    O Machado de Assis escreveu Dom Casmurro.

    Se houver uma restrio ao nome prprio, porm, constata-se a presena do artigo.

    Glauber Rocha foi um grande cineasta.

    O grande Glauber Rocha fez filmes inesquecveis.

    A romntica Ceclia Meireles me agrada.

    Veja estes exemplos:

    [...] Bovo formou-se num centro de excelncia...

    [...] Bovo fala ingls fluentemente, quase um impe-rativo hoje em dia.

    Contratado pelo Citibank, Bovo recebe um sa-lrio de 3 340 reais.

    Mas:

    Eles se assemelham ao engenheiro Vitor Bovo...

    Antes das palavras casa, terra e palcio

    Tambm comumente mencionado o uso do definido antes das palavras casa, terra e palcio.

    A palavra casa, sem o artigo, assume a ideia de lar da pessoa referida no discurso. Se se tratar da casa de outra pessoa, faz-se uso do artigo com o especificador. Veja os exemplos.

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    Luciana foi para casa. (lar de Luciana)

    Luciana foi para a casa da irm. (note o artigo)

    Estou em casa. (meu lar)

    Estou na casa de Andr. (note o artigo)

    No sentido de edifcio, a palavra casa no tem essa peculiaridade com no artigo.

    A casa foi demolida.

    A palavra terra, sem artigo, assume a conotao de cho firme, em oposio a ar e a mar. Com o ar-tigo, perde essa conotao e se aproxima da ideia de territrio.

    O marinheiro queria estar em terra. (cho firme)

    O marinheiro queria estar na terra natal. (territ-rio)

    O ataque ser feito por terra. (cho firme, e no pelo ar ou pelo mar).

    de costume com palavra palcio s usar o artigo definido se vier especificada.

    A reunio foi feita em palcio.

    A reunio foi feita no Palcio da Alvorada.

    Aps a palavra cujo(a)(s)

    A palavra cujo e suas variaes no aceitam artigo posposto porque j trazem esse determinante em si.

    cujo cuja cujos cujas

    Assim, sero viciosas as construes seguintes.

    A mulher cuja a filha morreu estava em prantos.

    O diretor cujos os filmes eu vi morreu.

    Devemos, portanto, escrev-las corretamente.

    A mulher cuja filha morreu estava em prantos.

    O diretor cujos filmes eu vi morreu.

    Com os topnimos

    No caso dos nomes de lugares (cidades, pases, Estados, principalmente), no h regras especficas. Identifica-se nos prprios usos da lngua se o artigo ocorre ou no.

    Assim, por exemplo, usaremos o artigo feminino a para os nomes de cidades, mas Rio de Janeiro, Cairo e, facultativamente, Recife, aparecem com o artigo masculino.

    Ao passo que alguns pases tm artigo de uso sempre obrigatrio, outros costumam dispens-lo. Diz-se os Estados Unidos, a Inglaterra, o Bra-sil, mas no o Portugal.

    Aos 17 anos, os pais o mandaram para um in-tercmbio nos Estados Unidos.

    Usos do artigo indefinidoAlm de seu uso tradicional como determinante

    da impreciso dada ao substantivo, vamos estudar outras peculiaridades do artigo indefinido.

    Uso semntico de aproximao

    O artigo indefinido costuma ser usado em ex-presses numricas para denotar a ideia de aproxi-mao. Veja os exemplos abaixo.

    Deviam ser umas dez da noite.

    Trouxe uns cinco livros consigo.

    Uso semntico qualificativo

    Em algumas declaraes, principalmente subje-tivas do registro coloquial, o artigo indefinido traduz uma ideia qualificativa (de qualidade ou defeito) ao substantivo que determina.

    Soluo: `Aquele menino tem uma inteligncia...

    Ele costuma dizer umas palavras...

    Uso aps todo(a)

    Tambm o indefinido usado aps todo e toda, remete-nos ideia de totalidade.

    Chorou por todo um semestre. (um semestre todo, inteiro)

    Falou durante todo um dia. (um dia todo, inteiro)

    Omisso antes de certo e outro

    Costuma-se, na linguagem formal, omitir o artigo indefinido antes de pronomes indefinidos. Assim, sero preferidas as ocorrncias sem artigo dos seguintes exemplos.

    Um certo dia, a mulher o convidou...

    Certo dia, a mulher o convidou... (preferida)

    Um outro homem no teria tanta considerao.

    Outro homem no teria tanta considerao. (pre-ferida)

    Sintaxe dos artigosQuanto colocao, os artigos se pem sem-

    pre antes dos substantivos, levando-se em conta a necessidade ou no de sua presena.

    Quanto regncia, os artigos so determinan-

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    tes, portanto so regidos pelo substantivo ou pela expresso substantiva que determinam.

    Quanto concordncia, os artigos se flexionam no mesmo nmero e no mesmo gnero do substantivo. Na substantivao de verbos e de palavras invariveis, o artigo fica sempre no masculino. Assim, temos:

    O falar fantstico.

    O hoje deve ser nossa preocupao.

    O andar felino cauteloso.

    O caminhar descalo bom.

    NumeraisA noo de nmero bastante abstrata. Pode-

    mos dizer que ele formado por algarismos, mas estes so meros smbolos que identificam noes no-concretas que temos do mundo. 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9: com eles formamos nmeros. Mas o que nmero? Poucos seriam capazes de dizer o que 19, por exemplo.

    O nmero um conceito primitivo e intuitivo do homem e est intimamente ligado ao substantivo abstrato quantidade, noo de quantificao. Era esperado, portanto, que o homem criasse palavras para indicar essas quantidades, essas noes.

    As palavras que se relacionam aos nmeros so os numerais.

    Estudo dos numerais

    Caracterizao dos numerais

    IESD

    E B

    rasi

    l S.A

    .

    Os numerais so palavras que se relacionam aos nmeros.

    metade meio tero

    dobro triplo dezena

    Morfologicamente, o numeral um mor-fema gramatical (de significao interna) que pode ser flexionado em gnero e em nmero.

    um uma

    primeiro primeira

    primeiros primeiras

    Funcional ou sintaticamente, o numeral pode se comportar de duas maneiras diferentes: ou acompanha o substantivo, determinando-o, ou ocupa o lugar do substantivo no sintagma nominal. No primeiro caso numeral adjetivo (determinante) e tem funo de adjunto adno-minal. No segundo caso, numeral substan-tivo, e exerce a funo de ncleo no sintagma nominal. Vejamos o seguinte contexto:

    Duas mulheres entraram. As duas estavam tristes.

    Analisemos as duas sentenas.

    Duas mulheres entraram.

    SN: duas mulheres

    Ncleo: mulheres

    DET: duas (numeral adjetivo adjunto ad-nominal)

    As duas estavam tristes.

    No ltimo exemplo, o numeral duas traz implcita a ideia do substantivo (mulheres). Por isso, chamado numeral substantivo. A anlise do sintagma nominal ficaria, portanto, assim:

    As duas estavam tristes.

    SN: as duas

    N: duas (numeral substantivo)

    DET: as (artigo definido: adjunto adnomi-nal)

    Semanticamente, o numeral indica uma quantidade exata de seres que pode ser intei-ra ou no ou a posio, a ordem, que os seres ocupam numa relao.

    um dois dez

    primeiro segundo dcimo

    Assim, notem-se os papis exercidos pelos numerais no seguinte texto:

    Os trs receberam prmios, mas o primeiro lugar ganhou duas casas.

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    Os trs receberam prmios.

    SN: os trs

    N: trs (numeral substantivo)

    DET: os (adjunto adnominal)

    o primeiro lugar ganhou duas casas.

    SN: o primeiro lugar

    N: lugar

    DET: o (adjunto adnominal)

    DET: primeiro (num. adj. adj. adn.)

    SN: duas casas

    N: casas

    DET: duas (numeral adjetivo adjunto ad-nominal)

    Observe esta anlise de um trecho do texto.

    So doze meses do ano

    SN: doze meses do ano

    N: meses

    DET: doze (numeral adjetivo adjunto adno-minal)

    DET: do ano (locuo adjetiva adj. adn.)

    Classificao semntica do numeral

    Semanticamente, os numerais podem indicar quantidade de seres ou ordem dos seres numa srie. Temos, ento, os numerais cardinais, multiplicati-vos, fracionrios e ordinais.

    Numerais cardinais so aqueles que indi-cam a quantidade inteira dos substantivos.

    Exemplo: `um / uma dois / duas trs

    dez vinte trinta

    Ao nmero 7 corresponde o numeral sete. Observe o trocadilho criado em torno da ideia do numeral que se refere data e expresso pintar o sete.

    IESD

    E B

    rasi

    l S. A

    .

    Atente-se grafia dos seguintes numerais cardinais:

    cinquenta cem (cento) seiscentos

    milho bilho ou bilio

    Entre os cardinais inclui-se o zero (noo abstrata da ausncia de quantidade).

    forma reduzida de cento. Este se usa como substantivo, com os numerais de cem a du-zentos e na expresso por cento.

    cem cento e um

    cento e noventa e nove dois por cento

    IESD

    E B

    rasi

    l S.A

    .

    Observe que, na tira acima, dez numeral cardinal adjetivo, e cinco numeral cardinal subs-tantivo.

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    Numerais multiplicativos so aqueles que indicam a quantidade dos substantivos como mltiplos da unidade.

    Exemplos: `

    dobro triplo qudruplo

    quntuplo sxtuplo sptuplo

    ctuplo nnuplo dcuplo

    cntuplo

    Muitas vezes, esses numerais multiplicativos so substi-tudos pelas locues com a palavra vez(es).

    cinco vezes dez vezes doze vezes

    Numerais fracionrios so aqueles que indicam a quantidade dos substantivos como divises da unidade.

    Exemplos: `

    meio metade tero

    dois teros trs stimos um onze avos

    Para as fraes de denominadores de quatro a dez e para as mltiplas de dez, usa-se a forma ordinal. Para os demais denominadores usa-se o cardinal combinado ao sufixo avos.

    um dcimo um vigsimo um treze avos

    Numerais ordinais so aqueles que indicam a ordem dos seres numa srie.

    Exemplos: `

    primeiro segundo terceiro

    ltimo penltimo antepenltimo

    Usualmente, quando os ordinais so representa-dos por nmeros, aparecem com o ndice de gnero e de nmero sobrescrito.

    1.o primeiro 1.a primeira

    1.os primeiros 1.as primeiras

    Atente-se aos ordinais dos seguintes nmeros:

    11. dcimo primeiro ou undcimo (em de-suso)

    12. dcimo segundo ou duodcimo (em desuso)

    20. vigsimo

    30. trigsimo

    40. quadragsimo

    50. quinquagsimo

    60. sexagsimo

    70. septuagsimo

    80. octogsimo

    90. nonagsimo

    100. centsimo

    200. ducentsimo

    300. trecentsimo

    400. quadringentsimo

    500. quingentsimo

    600. seiscentsimo ou sexcentsimo

    700. septingentsimo

    800. octingentsimo

    900. nongentsimo

    1 000. milsimo

    1 000 000. milionsimo

    A partir do mil, prefervel manter a grafia das unidades e centenas com o cardinal:

    2 000. dois milsimos

    10 000. dez milsimos

    Numerais coletivos so aqueles que indi-cam uma coleo de nmero exato.

    Exemplos: `

    dzia meia dzia grosa

    centena sculo lustro

    binio trinio

    A palavra dzia um numeral coletivo: refere-se a uma coleo de nmero exato.

    Isto

    k P

    hoto

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    Usos dos numerais

    Oposio cardinal ordinal

    Na referncia aos sculos, aos ttulos de no-breza, aos nomes de papas, nas partes em que se divide uma obra, usa-se na leitura o ordinal at o dcimo (inclusive) e o cardinal a partir do onze (inclusive).

    Exemplos: `

    Henrique VIII (Oitavo) Papa Pio X (Dcimo)

    sculo V (quinto) sculo XI (onze)

    captulo I (primeiro) tomo III (terceiro)

    volume XI (onze) D. Pedro I (Primeiro)

    Na numerao de leis, usa-se o ordinal at o nono (inclusive) e o cardinal a partir do dez (inclusive).

    Exemplos: `

    artigo 1. (primeiro) inciso 9. (nono)artigo 10 (dez) artigo 11 (onze)pargrafo 5. (quinto)

    Na referncia aos dias do ms, usualmente usa-se o ordinal para o primeiro dia e o car-dinal para os demais.

    Exemplos: ` dia primeiro de abril.

    dia dois de abril.

    dia trinta e um de maio.

    Porto Alegre, 1. de maio de 1937.

    Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2005.

    Oposio nmero numeral muito frequente a dvida do que se deve usar

    no texto: o nmero ou o numeral. No h regras. Usa-se o bom senso. Caso o numeral seja extenso, usa-se o nmero, pela conciso.

    Contei 176 livros naquela estante.

    Na linguagem formal das revistas e dos jornais mais prestigiados do pas, notam-se formas hbridas de nmero e numeral, o que no tem encontrado muita oposio dos gramticos.

    O Brasil tem 170 milhes de habitantes.

    Houve um desvio de 1,7 bilhes de reais. (um bilho e setecentos milhes)

    As bancas dos vestibulares costumam adotar critrios especficos quanto a essa utilizao. Algu-mas aprovam, outras desaprovam. Procure saber o que pensam as bancas em sua regio.

    Outros usos dos numerais

    comum o uso dos numerais, principal-mente os de grande valor, em expresses hiperblicas (de exagero) na linguagem colo-quial. Nesse caso, equivalem semanticamente a pronomes indefinidos.

    Exemplo: `J te disse isso mil vezes. (= vrias, muitas vezes)

    Em expresses de indicao de qualidade, os numerais equivalem a adjetivos.

    Exemplo: `Carne de primeira qualidade (qualidade superior).

    Sintaxe dos numeraisNos ateremos aqui sintaxe dos cardinais e dos

    ordinais, que so os mais empregados.

    ColocaoOs numerais adjetivos se colocam sempre antes

    dos substantivos que determinam. Os ordinais adje-tivos so colocados principalmente antes, mas geram grande teor expressivo posposto, principalmente na linguagem literria.

    Exemplos: `Encontrou duas mulheres na rua.

    A primeira mulher que teve era sdica.

    A mulher primeira que eu encontrar ser a nica.

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    Os numerais substantivos pem-se no lugar dos substantivos que substituem

    Encontrou as duas na rua.

    ConcordnciaOs numerais adjetivos concordam com os subs-

    tantivos que determinam.

    Exemplos: `Foi a primeira vez que vi aquelas duas mulheres.

    Os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos se flexionam em gnero. No prprio dos cardinais se flexionarem em nmero, pois a idia de singular ou de plural j lhes intrnseca.

    Deve-se ater, no entanto, s diferenas entre a concordncia dos mltiplos de mil e a dos mltiplos do milho. A palavra mil se comporta ora como pro-nome adjetivo, ora como pronome substantivo. A palavra milho sempre se comporta como pronome substantivo, e, por isso, determina a concordncia do ordinal que o antecede sempre no masculino. Veja os exemplos.

    Exemplos: `Duas mil pessoas presenciaram o fato.

    Duzentas mil pessoas presenciaram o fato.

    Dois milhes de pessoas presenciaram o fato.

    Duzentos milhes de pessoas presenciaram o fato.

    Os numerais ordinais se flexionam em gnero e em nmero, concordando com o substantivo que determinam.

    primeiro homem primeira mulher

    primeiros homens primeiras mulheres

    RegnciaOs numerais adjetivos so termos regidos; os

    substantivos so termos regentes. Assim, ao numeral dada a capacidade de trnsito na orao.

    Duas mulheres entraram e eu fui ter com as duas.

    SN: duas mulheres

    mulheres: termo regente (ncleo)

    duas: termo regido (numeral adjetivo)

    SN: as duas

    duas: termo regente (ncleo pronome subs-tantivo)

    as: termo regido (artigo definido)

    (EEM-SP) A palavra homem aparece duas vezes na 1. frase que se segue, com significados diferentes. Explique essa diferena:

    Suponho que nunca teria visto um homem e no sabia, portanto, o que era o homem. (Machado de Assis)

    Soluo: `A palavra homem, no primeiro caso, determinada pelo artigo indefinido, aparece com o sentido indefinido, impre-ciso e refere-se a um homem qualquer, ser humano do sexo masculino, em oposio mulher; no segundo caso, homem, determinado pelo artigo definido, aparece no sentido de ser humano. A idia que, por no ter visto um homem, no podia compreender a complexidade do ser humano.

    (ESAN adap.) Assinale a alternativa correta.2.

    Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco.a)

    Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco b) livros.

    Mostraram-me cinco livros. Comprei todos os cinco.c)

    Mostraram-me cinco livros. Comprei a todos cinco d) livros.

    Mostraram-me cinco livros. Comprei a todos os cinco.e)

    Soluo: ` AA palavra todos, no plural, antecede artigo sempre que ocorre substantivo. Portanto falta o artigo em:

    Comprei todos cinco livros.

    Comprei a todos cinco livros.

    E, por no haver substantivo, sobra o artigo em:

    Comprei a todos os cinco.

    Comprei todos os cinco.

    Leia este trecho adaptado do texto proposto neste 3. mdulo.

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    Durante um ano, Bovo viveu com uma famlia na pequena cidade de Ellsworth, que tem pouco mais de 6 000 habitantes, localizada a 300 quilmetros ao norte de Boston. Alm do ingls, tem boas noes de duas outras lnguas: alemo e espanhol. No captulo interesses variados, conta que nunca deixou de se divertir. At alguns anos atrs eu era DJ, diz. Contratado pelo Citibank, Bovo recebe um salrio de 3 340 reais. Calcula-se que a chance de vencer o programa de trainee como ele venceu e depois ser contratado como ele foi seja de uma em 5 000.

    Assinale a alternativa correta. No haveria alterao de sentido, caso se substitu-a) sse o artigo indefinido destacado no excerto Bovo viveu com uma famlia na pequena cidade de Ell-sworth pelo definido.

    A probabilidade de vencer o programa de trainee b) do Citibank e ser contratado como ocorreu com Bovo so de 0,02%.

    Supondo que os custos de Bovo com sua manu-c) teno sejam de 20% do valor de seu salrio, ele poderia poupar, por ms, no mximo R$ 688,00.

    O trecho At alguns anos atrs eu era DJ perma-d) neceria de acordo com a norma padro, se fosse escrita desta maneira: At h alguns anos atrs eu era DJ.

    No trecho Calcula-se que a chance de vencer o e) programa... seja..., haveria alterao no sentido glo-bal da frase se o artigo fosse escrito no plural e se fossem feitos os ajustes de concordncia.

    Soluo: ` BComentrio sobres as alternativas:a)

    A leitura que se faria em Bovo viveu com a famlia b) na pequena cidade de Ellsworth, que Bovo teria vivido nos EUA com sua famlia, o que no ocor-reu.

    0,0002 = 1/5.000. Em termos percentuais, teramos c) 0,0002 = 0,02%.

    A alternativa est incorreta porque R$ 668,00 (20% d) do salrio) so seus custos, podendo Bovo poupar no mximo 80%, ou seja, R$ 2.672,00.

    Nesse caso, ocorreria um pleonasmo vicioso, pelo e) uso simultneo de h (indicando tempo decorrido) e atrs.

    Incorreta, a pluralizao no altera o sentido global f) da frase: a chance de vencer e as chances de vencer tm o mesmo sentido geral.

    Assinale a opo em que o emprego do numeral est 4. em desacordo com a norma padro do idioma.

    Ela nasceu no dia primeiro de maio; eu no dia dois.a)

    Estes documentos datam do sculo cinco antes de b) Cristo.

    Ele est amparado pelo artigo dez da declarao.c)

    Carlos Dcimo saiu do poder na Frana em 1830.d)

    Encontrei essa frase no captulo segundo do livro.e)

    Soluo: ` BPara artigos de lei, usamos o ordinal at o nono e o car-dinal a partir do dez. Para ttulos nobilirquicos, partes de obra, sculos, usamos o ordinal at o dcimo e o cardinal a partir do onze. Em dias do ms, usamos o ordinal no primeiro dia, e o cardinal nos demais.

    Complete os espaos entre parnteses, classificando 5. os numerais destacados de acordo com o seguinte critrio:

    (1) Numeral substantivoa)

    (2) Numeral adjetivob)

    As )( duas vieram de trem.

    Encontrei )( cem reais no ptio da escola.

    Ambos )( os alunos chegaram atrasados.

    Estou te dizendo isso pela )( quinta vez hoje.

    Qual a sequncia correta?2, 1, 2, 2a)

    2, 2, 1, 1b)

    2, 1, 1, 1c)

    1, 2, 2, 2d)

    1, 2, 1, 2e)

    Soluo: ` DSendo numerais adjetivos os que determinam subs-tantivos e numerais substantivos os que no o fazem, temos:

    As duas vieram de trem. (numeral substantivo)

    Encontrei cem reais no ptio da escola. (numeral adjetivo)

    Ambos os alunos chegaram atrasados. (numeral adjetivo)

    Estou te dizendo isso pela quinta vez hoje. (numeral ad-jetivo)

    Leia o seguinte texto.6.

    H dois tipos bsicos de diviso celular: a mitose e a meiose. Na primeira, no h reduo do nmero de cromossomos: ao final do processo, uma clula torna-se duas, idnticas original. Na segunda, ocorre reduo do nmero de cromossomos, de modo que uma

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    clula produz quatro clulas com metade do nmero de cromossomos da clula original.Assinale a alternativa correta.

    No texto s ocorrem numerais adjetivos.a)

    Ao final da mitose de uma clula humana normal, b) ter-se-o quatro clulas com 23 cromossomos cada uma.

    No texto s ocorrem numerais substantivos.c)

    H no texto numerais cardinais, ordinais e fracion-d) rios, mas no h multiplicativos.

    A mitose o processo de diviso responsvel pela e) formao dos gametas.

    Soluo: ` DNo texto, h tanto numerais substantivos (Na primeira, no h reduo...) quanto numerais adjetivos (H dois tipos bsicos de diviso celular). O que se afirma sobre a mitose nas alternativas B e E correto sobre a meiose. Vemos no texto numerais cardinais (como uma, dois, quatro), ordinais (primeira, segunda) e fracionrios (metade).

    Texto para as questes 1 a 7.

    O segundo vestibular

    Os desafios de entrar num mercado de trabalho em que a concorrncia para o primeiro emprego bem maior do que

    aquela enfrentada para ingressar na faculdade.

    Monica Weinberg e Sandra Brasil

    Neste ano, meio milho de jovens iro se diplomar nas universidades brasileiras. a maior safra de recm-formados j produzida no pas. Corresponde a vinte vezes o nmero de graduados egressos da faculdade anualmente nos anos 1960, tempo em que um diploma de nvel superior poderia alar algum diretoria da firma. Para desiluso de uma parte desse contingente, no haver emprego para todos. Segundo estimativa do professor Jos Pastore, especialista em questes relativas ao trabalho, pouco menos da metade desses jovens vai obter uma vaga de qualidade. Os demais tero de se virar, a exemplo do que acontece com aqueles que vm sendo demitidos nos ltimos tempos. No so poucos os que viram um parente ser convidado a aderir a um programa de demisso voluntria ou ser terceirizado. As estatsticas mostram que o mercado formal, aquele de carteira assinada, vem se contraindo

    em rpida velocidade, num processo que ningum sabe exatamente quando e como termina (veja reportagem). Em termos proporcionais, ainda que por razes diversas, o mundo s conheceu fase em que tantas pessoas estiveram sem emprego na dcada de 1930, na Grande Depresso. Como resultado, a briga pelas boas vagas disponveis se transformou num segundo vestibular, ainda mais competitivo que o primeiro. S no entram na guerra os que planejam trabalhar por conta prpria. Antes de entrar na batalha do primeiro emprego bom conhecer o perfil dos vencedores, ou seja, daqueles que acabam passando nos testes para a contratao de novatos nas empresas ou nos concursos pblicos envolvendo pessoas com curso superior. Eles se assemelham ao engenheiro Vitor Bovo, 25 anos, de So Paulo, aprovado no concurso de trainees do Citibank no ano passado. Eis algumas de suas caractersticas que chamaram a ateno dos recrutadores. No captulo educao formal, Bovo formou-se num centro de excelncia, a Universidade de So Paulo. Isso conta pontos no departamento de recursos humanos das grandes empresas. Filho de um empresrio e de uma professora universitria, Bovo foi criado num lar mais intelectualizado do que a mdia nacional. E isso tambm bom. Admite que lia menos livros do que sua me gostaria, mas compensava mantendo-se atualizado com jornais e revistas. Nunca foi reprovado e sempre teve como objetivo conseguir notas suficientemente altas para passar de ano j no terceiro bimestre, sem depender do resultado das provas finais. No captulo idiomas, Bovo fala ingls fluentemente, quase um imperativo hoje em dia. Aos 17 anos, os pais o mandaram para um intercmbio nos Estados Unidos. Durante um ano, viveu com uma famlia na pequena cidade de Ellsworth, que tem pouco mais de 6.000 habitantes, localizada a 300 quilmetros ao norte de Boston. Alm do ingls, tem boas noes de duas outras lnguas: alemo e espanhol. No captulo interesses variados, conta que nunca deixou de se divertir. At alguns anos atrs eu era DJ, diz. Contratado pelo Citibank, Bovo recebe um salrio de 3 340 reais. Calcula-se que a chance de vencer o programa de trainee como ele venceu e depois ser contratado como ele foi seja de uma em 5 000. Quando se diz que Bovo um exemplo de adversrio, no significa que represente a mdia dos que disputam as boas vagas em oferta. Nada disso. Bovo est muito acima da mdia dos candidatos. Ele representa, sim, o perfil dos vitoriosos. Quem planeja conquistar um trabalho por meio de concurso convm ser como ele pelo menos. Os especialistas em recrutamento de pessoal recomendam aos estudantes que se mirem nos bons exemplos. Se voc quer ser um leo, aja como um deles. Solte rugidos e cace, aconselha o consultor de recursos humanos Simon Franco, de So Paulo, especialista na contratao de executivos. No ano passado, o Ministrio da Educao preparou um

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    trabalho sobre os bons universitrios, com base em dados do Provo. No por coincidncia, possuem o perfil dos que levam vantagem nos concursos. O estudo revelou que os bons alunos lem pelo menos seis livros por ano, alm dos exigidos em sala de aula. A maioria dos que tiraram nota baixa no Provo havia lido menos de um livro por ano, sem contar os indicados em sala de aula. Os melhores estudantes dominam o ingls e usam a internet para se manter atualizados. Enquanto os maus alunos se informam preferencialmente atravs da televiso, os melhores recorrem a jornais e revistas.

    (VEJA, Abril, So Paulo, 17 dez. 2003. Adaptado.)

    Assinale a opo em que a palavra destacada no 1. artigo.

    a) a maior safra de recm-formados j produzida no pas.

    Corresponde b) a vinte vezes o nmero de gradua-dos egressos da faculdade anualmente nos anos 1960.

    Segundo estimativa do professor Jos Pastore, es-c) pecialista em questes relativas a trabalho, pouco menos da metade desses jovens vai obter uma vaga de qualidade.

    (...) d) o mundo s conheceu fase em que tantas pes-soas estiveram sem emprego na dcada de 1930, na Grande Depresso.

    Antes de entrar na batalha do primeiro emprego e) bom conhecer o perfil dos vencedores.

    De acordo com o texto, julgue as afirmaes abaixo.2.

    As estatsticas comprovam um declnio na oferta de I. empregos formais.

    A formao superior um fator necessrio, mas II. no suficiente para a obteno das melhores vagas no mercado de trabalho.

    A concorrncia para a obteno do primeiro em-III. prego alta, mas no tanto quanto a que se enfren-ta para ter acesso universidade.

    Quais esto corretas? Apenas a II.a)

    I e II apenas.b)

    I e III apenas.c)

    II e III apenas.d)

    I, II e III.e)

    Complete os espaos entre parnteses julgando se as 3. informaes representam vantagem (1) ou desvantagem (2) na obteno de um emprego de nvel superior.

    formao em centros de excelncia. )(

    criao em lar de classe mdia (ou alta) instruda. )(

    reprovao em ano letivo. )(

    domnio do ingls e uso da internet para atualizao. )(

    recorrncia televiso como fonte de informao. )(

    Qual a sequncia correta?1, 1, 1, 2, 1a)

    2, 1, 1, 1, 2b)

    1, 2, 2, 1, 1c)

    1, 1, 2, 1, 2d)

    2, 1, 2, 1, 2e)

    Neste ano, meio milho de jovens iro se diplomar nas 4. universidades brasileiras. Nesse trecho do texto, a reti-rada do artigo definido que determina universidades geraria substancial mudana de sentido? Justifique.

    Enquanto5. os maus alunos se informam preferencial-mente atravs da televiso, os melhores recorrem a jornais e revistas. A substituio do artigo definido destacado pelo indefinido geraria mudana de sentido no texto? Justifique.

    No segundo pargrafo, Bovo afirma At alguns anos 6. atrs eu era DJ. O acrscimo de um artigo indefinido antes de DJ geraria alterao substancial de sentido? Explique.

    Que efeito de sentido se obteria caso se acrescentasse o 7. artigo definido antes de DJ na frase da questo anterior, dando-se especial nfase a sua leitura?

    Texto para as questes 8 a 10.

    A famosa malemolncia ou preguia baiana no passa de racismo, segundo concluiu uma tese de doutorado defendida na USP. O estudo durou quatro anos. A tese defendida pela professora de antropologia Elisete Zanlorenzi sustenta que o baiano to eficiente quanto o trabalhador das outras regies do Brasil e contesta a viso de que o morador da Bahia vive em clima de festa eterna. Pelo contrrio, justamente no perodo de festas que o baiano mais trabalha. Como 51% ______ da populao atua no mercado informal, as festas so uma oportunidade de trabalho. Quem se diverte o turista, diz a autora. Segundo a antroploga, o objetivo da tese foi descobrir como a imagem da preguia baiana surgiu e se consolidou. Elisete concluiu que a imagem da preguia se derivou do discurso ________ contra os negros e mestios, que so 79% da populao da Bahia. A

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    elevada porcentagem de negros e mestios no uma coincidncia. A atribuio da preguia aos baianos tem um teor racista. O estudo mostra que a imagem de povo preguioso se enraizou no prprio Estado por meio das elites de origem europeia, que consideravam os escravos indolentes. Depois, se espalhou de forma acentuada no Sul e no Sudeste a partir das migraes da dcada de 40. Todos os que chegavam do Nordeste viravam baianos. Cham-los de preguiosos foi a forma encontrada para depreciar os trabalhadores desqualificados, para estabelecer fronteiras entre os dois mundos, diz. Segundo a tese, outro segmento apropriou-se da preguia: a indstria do turismo, que incorporou a imagem para vender uma ideia de _______ permanente.

    (NARRETE, Gonzalo. Preguia Baiana Faceta do Racismo. Folha de

    So Paulo, So Paulo, 04 out. 1998.)

    (UFRGS) Assinale a alternativa que preenche correta-8. mente as lacunas do texto na sequncia em que elas aparecem.

    mo de obra, discriminatrio, lazer.a)

    mo-de-obra, discriminatrio, lazer.b)

    mo-de-obra, descriminatrio, laser.c)

    mo de obra, descriminatrio, laser.d)

    mo-de-obra, discriminatrio, laser.e)

    (UFRGS) Assinale a afirmao correta de acordo com 9. o texto.

    A preguia no Nordeste decorre do tato de a popu-a) lao ser racista nessa regio do Brasil.

    Apenas os turistas se divertem na Bahia; as pesso-b) as nascidas l no tm esse privilgio.

    Na Bahia, o fato de se trabalhar durante as festas c) d ao mercado de trabalho um carter de informa-lidade.

    As elites baianas de origem europeia migraram para d) o Sul e o Sudeste, o que explica a disseminao da viso do escravo como indolente.

    A indstria do turismo explora a imagem da Bahia e) como um local de preguia e indolncia, onde se pode descansar sempre.

    (UFRGS) Considere as seguintes afirmaes acerca do 10. uso de artigos.

    O artigo indefinido I. uma poderia ser substitudo pelo definido a (1 pargrafo, destacado), sem que houves-se alterao no sentido da frase em questo.

    Caso tivssemos II. oportunidades (3 pargrafo, destacado) ao invs de uma oportunidade no haveria alterao no sentido global da frase em questo.

    O artigo definido III. O poderia ser substitudo pelo indefinido Um (5 pargrafo, destacado) sem que houvesse alterao no sentido da frase em ques-to.

    Quais esto corretas? Apenas I.a)

    Apenas II.b)

    Apenas III.c)

    Apenas I e II.d)

    Apenas II e III.e)

    Texto para questes 11 a 13.

    Os nmeros

    Raul Seixas

    Meus amigos, esta noite Tive uma alucinao:Sonhei com um bando de nmeros Invadindo o meu serto Vi tanta coincidncia Que eu fiz esta cano.

    Falar do nmero um. No preciso muito estudo.S se casa uma vez,

    Foi um Deus que criou tudo,Uma vida s se vive,

    S se usa um sobretudo.

    Agora o Doze s de pensar em doze Eu ento quase desisto.So doze meses do ano,Doze apstolos de Cristo,Doze horas meio-dia,Haja dito e haja visto.

    Agora o Sete.Sete dias da semana,Sete notas musicais,

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    Sete cores no arco-ris,Das regies divinais.E se pinta tanto o seteEu j no aguento mais.

    Dois E no dois o homem lutaEntre coisas diferentesBem e mal, amor e guerra,Preto e branco, bicho e gente,Rico e pobre, claro e escuro,Noite e dia, corpo e mente.

    Agora o Quatro E o quatro importante Quatro pontos cardeais,Quatro estaes do ano,Quatro ps tem o animal,Quatro pernas tem a mesa,Quatro dias carnaval.

    Para encerrar

    Eu falei de tantos nmeros Talvez esqueci algum

    Mas as coisas que eu disse

    No so l muito comum Quem souber que conte outra Ou que fique sem nenhum

    O texto apresenta uma srie de trechos que caracterizam 11. sua aproximao em relao linguagem popular. Retire elementos do texto que comprovam:

    uso de variao lingustica regional;a)

    uso de variao lingustica coloquial no-regional.b)

    Levando-se em conta o discurso presente no texto, julgue 12. os itens abaixo.

    Ao passo que para outros nmeros o autor I. trata de buscar expresses ou fatos do coti-diano em que eles se encontram, para o n-mero dois, os exemplos so dados em forma de antteses.

    Em todas as ocorrncias da palavra II. sete, ela se comporta como numeral cardinal.

    No ltimo verso da estrofe sobre o quatro h omisso III. de elementos facilmente identificados pelo contexto.

    Quais esto corretos?

    Apenas I. a)

    Apenas II. b)

    Apenas III.c)

    Apenas I e II. d)

    Apenas I e III.e)

    Releia este trecho do texto.13.

    Sete cores no arco-ris,Das regies divinais.E se pinta tanto o seteEu j no aguento mais

    Classifique morfologicamente a palavra a) sete nos trechos.

    O terceiro verso deste trecho pode ser considerado b) ambguo. Explique em que consiste essa ambigui-dade.

    (AFA-SP) Quanto ao emprego dos numerais, assinale 14. a alternativa correta.

    O Papa Paulo seis foi um mrtir da Igreja Catlica.a)

    O vigsimo primeiro sculo a nossa realidade.b)

    O captulo dcimo nono fala sobre a Histria do c) Brasil.

    O sculo cinco foi um facho de luz para a humani-d) dade.

    (FUPE) Indique o item em que os numerais esto cor-15. retamente empregados.

    Ao papa Paulo Seis sucedeu Joo Paulo primeiro. a)

    Aps o pargrafo nono, vir o pargrafo dcimo. b)

    Depois do captulo sexto, li o captulo dcimo pri-c) meiro.

    Antes do artigo dez vem o artigo nono. d)

    O artigo vigsimo segundo foi revogado. e)

    (FES) A opo em que o ordinal no corresponde ao 16. cardinal :

    cinquenta quingentsimo.a)

    seiscentos seiscentsimo.b)

    setenta setuagsimo.c)

    trezentos trecentsimo.d)

    sessenta sexagsimo.e)

    (CTA) O ordinal quadringentsimo septuagsimo cor-17. responde ao cardinal:

    quarenta e sete.a)

    quarenta mil e sete.b)

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    quatrocentos e setenta. c)

    quatro mil e setenta.d)

    (FCL-SP) O numeral ordinal de 80 :18.

    octagsimo.a)

    octogsimo.b)

    octingentsimo. c)

    octogentsimo.d)

    (FSCS-SP) Marque a associao correta do sentido e 19. o respectivo numeral coletivo.

    perodo de seis anos dstico.a)

    perodo de cinco anos decria.b)

    Estrofe de dois versos sexnio.c)

    perodo de cem anos centria.d)

    Agrupamento de dez coisas decria.e)

    (Fuvest)20.

    D os numerais correspondentes a a) trs vezes maior e trs vezes menor.

    A forma b) primeira um numeral ordinal. D o nu-meral ordinal correspondente a 1 075.

    (Fuvest) Ele o homem, eu sou apenas uma mulher.1.

    Nesses versos, refora-se a oposio entre os ter-mos homem e mulher.

    Identifique os recursos lingusticos utilizados para a) provocar esse reforo.

    Explique por que esses recursos causam tal efeito. b)

    Texto para a questo 2.

    A notcia saiu no The Wall Street Journal: a ansiedade superou a depresso como problema de sade mental predominante nos EUA. Para justificar o absurdo, o autor da matria recorre a um psicoterapeuta e a um socilogo. O primeiro descreve ansiedade como condio dos privilegiados que, livres de ameaas reais, se do ao luxo de olhar para dentro e criar medos irracionais; o segundo diz que vivemos na era mais segura da humanidade e, no entanto, desperdiamos bilhes de dlares em medos bem mais ampliados do que seria justificvel. Sem meias palavras, os peritos dizem algo mais ou menos assim: os americanos esto nadando em riqueza e, como no tm do que se queixar, adquiriram o costume neurtico de desentocar medos

    irracionais para projet-los no admirvel mundo novo ao redor. A explicao impressiona pela ingenuidade ou pela m-f. Ningum contrai o Mau hbito de olhar para dentro de si do dia para a noite. A obsesso consigo no um efeito colateral do modo de vida atual; um dos seus mais indispensveis ingredientes. O crescimento exagerado do interesse pelo mundo interno e pelo corpo a contrapartida do desinteresse ou hostilidade pelo mundo externo e pelos outros. Diz o catecismo: s confiem seu corpo e sua mente. O resto concorrente; o resto est sempre cobiando e disputando seu emprego, seu sucesso, seu patrimnio e sua sade. Sentir medo e ansiedade, em condies semelhantes, um estado emocional perfeitamente racional e inteligvel. Em bom portugus, sentir-se condenado a jamais ter repouso fsico ou mental, sob pena de perder a sade, a longevidade, a forma fsica, o desempenho sexual, o emprego, a casa, a segurana na velhice, pode ser um inferno em vida para os pobres ou para os ricos. Os candidatos ansiedade so, assim, bem mais numerosos e bem menos ociosos do que pensam o psicoterapeuta e o socilogo.

    (COSTA, J.F. A ansiedade da opulncia. Folha de So Paulo, 19 mar.

    2000. Adaptado.)

    (UFRGS) Considere as seguintes afirmaes acerca do 2. uso de artigos.

    Caso tivssemos uma condio em vez de condi-I. o (destacado) haveria alterao no sentido glo-bal da frase

    O artigo indefinido uns poderia substituir o defi-II. nido (destacado) os, sem que houvesse alterao no sentido da frase em questo.

    As duas ocorrncias do artigo definido o anteposto III. s palavras psicoterapeuta e socilogo (desta-cado) poderiam ser substitudas por um indefinido sem mudar o sentido da frase.

    Quais esto corretas? Apenas I.a)

    Apenas II.b)

    Apenas I e III.c)

    Apenas II e III.d)

    I, II e III. e)

    Texto para a questo 3.

    As duas manas Lousadas! Secas, escuras e grrulas como cigarras, desde longos anos, em Oliveira, eram elas as esquadrinhadoras de todas as vidas, as espalhadoras

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    de todas as maledicncias, as tecedeiras de todas as intrigas. E na desditosa cidade, no existia ndoa, pecha, bule rachado, corao dorido, algibeira arrasada, janela entreaberta, poeira a um canto, vulto a uma esquina, bolo encomendado nas Matildes, que seus olhinhos furantes de azeviche sujo no descortinassem e que sua solta lngua, entre os dentes ralos, no comentasse com malcia estridente.

    (QUEIRS, Ea de. A Ilustre Casa de Ramires.)

    (Fuvest) No texto, o emprego de artigos definidos e a 3. omisso de artigos indefinidos tm como efeito, res-pectivamente:

    atribuir s personagens traos negativos de carter; a) apontar Oliveira como cidade onde tudo acontece.

    acentuar a exclusividade do comportamento tpico b) das personagens; marcar a generalidade das situa-es que so objeto de seus comentrios.

    definir a conduta das duas irms como criticvel; c) coloc-las como responsveis pela maioria dos acontecimentos na cidade.

    particularizar a maneira de ser das manas Lousa-d) das; situ-las numa cidade onde so famosas pela maledicncia.

    associar as aes das duas irms; enfatizar seu livre e) acesso a qualquer ambiente na cidade.

    Explique as diferenas de significado entre as frases 4. de cada par:

    Todo dia ele faz isso. / Todo a) o dia ele faz isso.

    Essa caneta minha. / Essa caneta b) a minha.

    O representante apresentou reivindicaes dos tra-c) balhadores. / O representante apresentou as rei-vindicaes dos trabalhadores.

    (Fatec-SP) Indique o erro quanto ao emprego do ar-5. tigo:

    Em certos momentos, as pessoas as mais corajosas a) se acovardam.

    Em certos momentos, as pessoas mais corajosas se b) acovardam.

    Em certos momentos, pessoas as mais corajosas se c) acovardam.

    Em certos momentos, as mais corajosas pessoas se d) acovardam.

    (UM-SP) Assinale a alternativa em que h erro:6.

    Li a noticia no Estado de S. Paulo.a)

    Li a notcia em O Estado de S. Paulo.b)

    Essa notcia eu a vi em A Gazeta.c)

    Vi essa notcia em A Gazeta.d)

    Foi em O Estado de S. Paulo que li a notcia.e)

    Indique o 7. erro quanto ao emprego do artigo.

    O pas cujo o presidente morreu est de luto.a)

    No h guerrilheiros em terra no momento.b)

    Nunca falei sobre George W. Bush.c)

    Todos os livros foram emprestados.d)

    Todo livro deve ser emprestado.e)

    (OSEC) A preposio 8. de combina-se com os artigos definidos: de + o = do; de + as = das...

    Como justificar a grafia de os neste perodo: No h, santo Deus, possibilidade de os homens se unirem?

    O seguinte cartaz do Ministrio da Sade adverte 9. sobre os males do cigarro. Ele ser base para a prxima questo

    Div

    ulg

    ao

    : Min

    ist

    rio

    da

    Sad

    e.

    Contm acetona: removedor de esmalte.Contm terebentina: que dilui tinta a leo.Contm formol: conservante de cadver.Contm amnia: desinfetantes para pisos, azulejos e privadas.Contm naftalina: eficiente mata-baratas.Contm fsforo P4/P6: usado em veneno para ratos.Assinale a alternativa incorreta.

    O uso do verbo ter no anuncio marca tpica a) da coloquialidade; na linguagem padro deve ser substitudo pela forma correspondente do verbo haver.

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    Acetona o nome usual da propanona b) (C3H6O).

    A naftalina, nas CNTP, no sofre o processo de c) sublimao.

    Amnia um dos componentes da atmosfera d) primitiva da Terra.

    No anncio E tem gente que diz que o cigarro e) no droga, poder-se-ia eliminar o artigo de-finido que determina cigarro e acrescentar um indefinido antes de droga sem alterar o sentido do texto.

    Complete de forma legvel o preenchimento do cheque, escrevendo por extenso o correspondente valor. Escreva, tambm, no espao devido, a cidade em que estamos e complete a data. No assine.Ateno: Existem prticas que no seguem as regras da ortografia. habitual escrever nos cheques, por exemplo, TREIS em vez de TRS; porm apenas a segunda forma (TRS) est gramaticalmente correta. Assim, na resposta a esta questo, o candidato dever ater-se s regras da ortografia.(FASP) 12. Oitavo e ctuplo, centsimo e cntuplo so, respectivamente, os ordinais e os multiplicativos de:

    oitenta e dez. a)

    oitenta e cem.b)

    oito e dez.c)

    oito e cem.d)

    (FMUSP) 13. Triplo e trplice so numerais:

    ordinal, o primeiro; e multiplicativo, o segundo.a)

    ambos ordinais.b)

    ambos cardinais.c)

    ambos multiplicativos.d)

    multiplicativo, o primeiro; e ordinal, o segundo.e)

    (UFRN) Atente para o emprego do vocbulo 14. ensima na frase a seguir e marque a alternativa correta.

    Em uma das muitas entrevistas que deu sobre a sua participao nas Olimpadas de Atlanta, Hortncia afirmou, pela ensima vez, que estava indecisa sobre a sua volta seleo.

    uma variante do numeral ordinal correspondente a) a nove.

    Tem sentido pejorativo.b)

    Trata-se de gria.c)

    um termo derivado do vocbulo d) ene.

    Sua troca por milsima manteria a noo e quantidade e) indeterminada.

    (Unesp) Identifique o caso em que no haja expresso 15. numrica de sentido indefinido.

    Ele o duodcimo colocado.a)

    Quer que ele veja este filme pela milsima vez?b)

    Na guerra os meus dedos disparam mil mortes.c)

    A vida tem uma s entrada; a sada por cem por-d) tas.

    (Cefet-MG) Assinale a alternativa em que o numeral 16. est impropriamente empregado.

    (UFPel-2002) Uma conhecida operadora de telefonia ce-10. lular publicou a seguinte pea publicitria no jornal Dirio Popular, edio do dia 24 de novembro de 2001:

    UF

    Pel.

    Pode-se perceber, no entanto, que o texto contm um equvoco gramatical. Essa inadequao modalidade padro, embora comum na linguagem coloquial, modifica o sentido pretendido pela empresa.Com base nisso, faa o que se pede.

    Corrija o texto publicitrio.a)

    Se o texto fosse entendido ao p da letra, qual ser-b) vio a empresa estaria obrigada a oferecer?

    (FGV-SP) No quadro a seguir se reproduz, em parte e com 11. certa aproximao, um cheque de conta corrente bancria. O valor do cheque, em algarismos, j est anotado.

    R$ 1.650.316,14Pague-se por este cheque a quantia de

    , de de 1997.

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    Essas afirmaes encontram-se na pgina dcima a) quinta.

    O contedo do artigo onze no est claro.b)

    J lhe disseram, pela noningentsima vez, o que fazer.c)

    Esses animais viveram, aproximadamente, na Era d) Terciria.

    Consulte a Encclica de Pio Dcimo.e)

    (FASP) Ele obteve o (123.) lugar:17.

    centsimo vigsimo terceiro.a)

    centsimo trigsimo terceiro.b)

    cento e vinte trigsimo.c)

    cento e vigsimo terceiro.d)

    (PUC-Campinas) Os ordinais referentes aos nmeros 18. 80, 300, 700 e 90 so, respectivamente:

    octogsimo, trecentsimo, septingentsimo, non-a) getsimo.

    octogsimo, trecentsimo, septingentsimo, nona-b) gsimo.

    octingentsimo, tricentsimo, septuagsimo, nona-c) gsimo.

    octogsimo, tricentsimo, septuagsimo, nongen-d) tsimo.

    (USTJ-SP) Assinale a alternativa 19. correta:

    653 = seiscentos e cinquenta e trs.a)

    Tomo XII = dcimo segundo.b)

    56. = quingentsimo sexto.c)

    600. = seicentsimo.d)

    (FVE-SP) Indique o item em que o numeral ordinal, por 20. extenso, esteja correto.

    2 860. dois milsimos, octogsimo, sexagsimo a) sexto.

    6 222. sexto milsimo, ducentsimo vigsimo se-b) gundo.

    3 478. trs milsimos, quadringentsimo nono.c)

    1 899. milsimo, octogsimo, nongentsimo d) nono.

    989. nonagsimo, octogsimo nono.e)

    (Unicamp) Uma das ltimas edies do Jornal 22. Viso de Baro Geraldo trazia em sua seo Sorria esta anedota:

    No meio de uma visita de rotina, o presidente daquela enorme empresa chega ao setor de produo e pergunta ao encarregado:

    Quantos funcionrios trabalham neste setor?Depois de pensar por alguns segundos, o encarregado responde:

    Mais ou menos a metade!

    Explique o que quis perguntar o presidente da a) empresa.

    Explique o que respondeu o encarregado.b)

    Um dos sentidos de c) trabalhar estar empregado. Supondo que o encarregado entendesse a fala do presidente da empresa nesse sentido e quisesse dar uma resposta correta, que resposta teria que dar?

    Observe a tira abaixo.21.

    Lae

    rte.

    Responda aos itens abaixo. Escreva os nmeros que aparecem na tira e a) seus ordinais correspondentes por extenso.

    A tira faz aluso a um problema social que, no b) Brasil, responsvel por grande parte da mis-ria existente. Que problema esse e como ele se caracteriza no pas?

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    B 1.

    B2.

    D3.

    Se fosse retirado o artigo definido, teramos:4.

    Neste ano, meio milho de jovens iro se diplomar em universidades brasileiras.A ideia de generalizao se manteria.Substituindo-se o definido pelo indefinido, teramos:5.

    Enquanto uns maus alunos se informam...Nesse caso, a ideia de generalizao se perderia. Ter-se-ia um nmero restrito de maus alunos que se informam pela televiso, ao passo que outros maus alunos se informam com outras fontes. Passar-se-ia, ento, a uma ideia vaga, imprecisa, mas no genrica.At alguns anos atrs eu era um DJ.6.

    O acrscimo do artigo indefinido manteria uma ideia vaga, imprecisa; no haveria, pois, substancial alterao de sentido no texto.

    At alguns anos atrs eu era O DJ.7.

    H uma ideia adjetiva superlativada nesse caso. O artigo ganha um valor qualificativo: eu era um timo DJ, o melhor de todos.B 8.

    E9.

    B10.

    11.

    Menino, dondoje ele chega.a)

    Trechos como Sonhei com um bando de nmeros, b) Entre coisas diferentes e No so l muito comum.

    E12.

    13.

    Na primeira ocorrncia, sete numeral (cardinal a) adjetivo); na segunda, trata-se de um substantivo.

    O verbo b) pintar pode estar no sentido de aparecer: nes-se caso, o eu-lrico no aguenta mais o aparecimento de tanto sete. Pode-se ainda, entender pintar o sete como expresso da lngua, que significa fazer grande alarido, travessuras, causar desordem.

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    B14.

    D15.

    A 16.

    C17.

    B18.

    D19.

    Centria se refere tambm ao agrupamento de cem elementos de mesma natureza.

    20.

    triplo e tero.a)

    milsimo septuagsimo quinto.b)

    1.

    O artigo definido o e o artigo indefinido uma.a)

    O artigo definido determina, particulariza o termo b) homem, enquanto o indefinido generaliza o termo mulher.

    A 2.

    B3.

    4.

    Todo diaa) : cada dia, todos os dias.

    Todo o dia: o dia todo, o dia inteiro.

    Essa caneta b) minha: denota simples pertinncia.

    Essa caneta a minha: denota pertinncia e espe-cificao dentro de um grupo.

    Reivindicaesc) : sentido genrico (quaisquer).

    As reivindicaes: sentido especfico.

    A 5.

    A 6.

    A7.

    Quando o substantivo determinado pelo artigo funciona 8. como sujeito de verbo, no se faz a contrao com a preposio (os homens: sujeito de se unirem).

    Sublimao a passagem do estado slido direto para 9. o estado gasoso. A naftalina uma das substncias que sofrem esse processo. Assim, a alternativa C est incorreta.

    10.

    Voc viaja por todo o Estado, e o seu celular nem per-a) cebe.

    A empresa estaria obrigada a no cobrar taxa de b) deslocamento em nenhum lugar do Brasil. Isso por-que todo Estado qualquer Estado ou todos os Estados.

    Um milho, seiscentos e cinquenta mil, trezentos e de-11. zesseis reais e quatorze (ou catorze) centavos.

    Cidade, dia (algarismos) de ms de 1997.D12.

    D13.

    D14.

    A15.

    A16.

    A17.

    B18.

    A19.

    B20.

    21.

    cinco (quinto), dez (dcimo), cinquenta (quinqua-a) gsimo) e cem (centsimo).

    A tira alude ao problema da concentrao de renda. b) No Brasil, a maioria da populao detm a menor parte da renda nacional, uma minoria detm grande parte da renda nacional.

    22.

    O presidente da empresa quis saber qual o nmero a) dos funcionrios que compunham a equipe daque-le setor.

    O encarregado, tendo entendido equivocadamen-b) te a pergunta como se fosse quantos funcionrios deste setor de fato trabalham?, respondeu que apenas a metade dos funcionrios trabalhava, dan-do a entender que a outra metade cruzava os bra-os ou se dedicava a outras atividades.

    O dobro dos que trabalham dado que s meta-c) de dos empregados de fato trabalhavam.

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  • PR-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

    GRAMTICA E REDAO

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  • 2006-2008 IESDE Brasil S.A. proibida a reproduo, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorizao por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

    Produo Projeto e Desenvolvimento Pedaggico

    Disciplinas Autores

    Lngua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Mrcio F. Santiago Calixto Rita de Ftima BezerraLiteratura Fbio Dvila Danton Pedro dos SantosMatemtica Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFsica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQumica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hlio Apostolo Rogrio FernandesHistria Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogrio de Sousa Gonalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

    I229 IESDE Brasil S.A. / Pr-vestibular / IESDE Brasil S.A. Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

    686 p.

    ISBN: 978-85-387-0572-7

    1. Pr-vestibular. 2. Educao. 3. Estudo e Ensino. I. Ttulo.

    CDD 370.71

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  • GRAMTICA

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    Morfossintaxe: pronomes

    O pronome uma categoria gramatical e no lexical. Portanto, seu uso interno lngua, ou seja, o pronome no encontra significado extralingustico.

    Sem os pronomes, a lngua no seria to din-mica quanto . So eles que possibilitam a conciso da linguagem. Tome-se como exemplo de sua impor-tncia o seguinte exemplo.

    O

    falantequer que o ouvinte veja

    o livro do falante

    Eu quero que voc veja meu livro.

    Estudo geral dos pronomes

    Caracterizao dos pronomes

    Semanticamente, o pronome uma pa-lavra de significao interna ao idioma. Serve para designar uma pessoa ou uma coisa sem nome-la.

    Eu espero que isto seja til para voc.

    Meu mdico disse que alguns homens apre-sentam esse problema.

    A mulher que eu conheci era outra.

    Morfologicamente, o pronome um mor-fema gramatical que pode ser flexionado (no obrigatrio que se flexione) em gnero e em nmero.

    noss-o noss-o-s

    noss-a noss-a-s

    Funcional ou sintaticamente, o pronome pode se comportar de duas maneiras diferentes: ou acompanha o substantivo, determinando-lhe, ou ocupa o lugar do substantivo no sintagma nominal. No primeiro caso, chamado pronome adjetivo (determinante) e tem funo de adjunto adnomi-nal. No segundo caso, pronome substantivo, e exerce a funo de ncleo no sintagma nominal. Vejamos o seguinte contexto.

    Meus livros so bons. Os seus so timos.

    Analisemos as duas sentenas.

    Meus livros so bons.

    SN: meus livros

    Ncleo: livros

    DET: meus (pronome adjetivo adjunto ad-nominal)

    Os seus so timos.

    No ltimo exemplo, o pronome seus traz implcita a ideia do substantivo (livros). Por isso, chamado pronome substantivo. A anlise do sintagma nominal ficaria, portanto, assim:

    Os seus so melhores.

    SN: os seus

    N: seus (pronome substantivo)

    DET: os (artigo definido: adjunto adnominal)

    Assim, notem-se os papis exercidos pelos pronomes no exemplo dado na introduo:

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    O falante quer que o ouvinte veja o livro do falante.

    SN SN SNN: falante N: ouvinte N: livroDET: o DET: o DET: o

    DET: do falante

    Eu quero que voc veja meu livro.SN SN SNN: eu N: voc N: livro

    DET: meupron. subst. pron. subst. pron. adj.

    Os pronomes, portanto, substituem substanti-vos ou determinantes do substantivo. Equivalem ora a substantivos, ora a adjetivos. Alguns gramticos chamam os nomes (substantivos e adjetivos) de nomes especiais e os pronomes de nomes grama-ticais. outra maneira interessante de se verem os pronomes.

    Veja mais exemplos de pronomes adjetivos:

    Meu mdico disse: alguns homens tm esse pro-blema.

    E mais exemplos de pronomes substantivos:

    Algum disse que isto ser til para voc.

    Classificao semntica dos pronomes

    Os pronomes so classificados de acordo com o papel que exercem em: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos (inde-finidos) e relativos.

    Vamos estud-los um a um.

    Pronomes pessoais

    Caracterizao dos pronomes pessoais

    Os pronomes pessoais so aqueles que substi-tuem as pessoas do discurso, a saber:

    1. pessoa : o locutor, que fala por si ou por mais pessoas:

    Eu queria morrer para que esse menino pu-desse viver um pouco mais.

    Ns queremos uma opinio.

    2. pessoa : o(s) interlocutor(es) a quem a 1. pessoa se dirige:

    Tu no podes ficar aqui.

    Vs no podeis me ajudar?

    3. pessoa : o ser de quem se fala.

    Ele no pode ficar aqui.

    Elas estavam muito tristes.

    Tambm se usa a terceira pessoa como refe-rncia a elementos do texto, no necessariamente pessoas.

    O problema do Governo que ele (o Governo) no investe o dinheiro de maneira honesta.

    Estudo dos pronomes pessoaisVeja os pronomes pessoais na seguinte tabela:

    Pronomes Pessoais

    PessoaCaso Reto

    Caso Oblquotono Tnico

    1. sing. eu me mim, comigo

    2. sing. tu te ti, contigo

    3. sing. ele, ela o, a, lhe, sesi, consigo,ele, ela

    1. pl. ns nos conosco, ns2. pl. vs vos convosco, vs

    3. pl. eles, elas os, as, lhes, sesi, consigo, eles, elas

    Essa pequena tabela suscita uma srie de ques-tes. Vamos analisar a s principais.

    a) Pronomes pessoais de tratamento

    Existem, no portugus, pronomes especiais para se referir segunda pessoa do discurso como se ela no estivesse presente. Esses pronomes so ditos pessoais de tratamento. Por isso, trata-se de uma segunda pessoa indireta, denotando respeito ao ouvinte. Todos esses pronomes, portanto, devem ser usados gramaticalmente como pronomes de 3. pessoa.

    Vossa Excelncia est preparado para seu discurso?

    Vossa Alteza no fez suas tarefas.

    Vocs esto errados.

    A forma voc aglutinada de Vossa Merc e, na maior parte do Brasil, substituiu o pronome tu. O desuso do vs vem acompanhado de sua substitui-o por vocs.

    Os principais pronomes pessoais de tratamento e seus usos seguem na tabela a seguir :

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    Pronomes de Tratamento

    Tratamento Abreviatura EmpregoVossa Majestade V. M. Reis, imperadores.Vossa Alteza V. A. Prncipes.

    Vossa Excelncia V. Ex.a

    Chefes de executivo, senadores, deputados entre si, altas patentes militares.

    Vossa Eminncia V. Em.a Cardeais.Vossa Santidade V. S. Papa.Vossa Magnifi-cncia

    V. Mag.aReitores de universida-des.

    Vossa Senhoria V. S.aSuperiores militares at coronel (em desuso nas outras aplicaes)

    o(s) senhor(es), a(s) senhora(s)

    S.r, S.rs, S.ra, Sras

    Pessoas a que se deve respeito, principalmente mais velhas.

    b) Caso reto versus caso oblquo tnico

    Os pronomes do caso reto so empregados como sujeito. Os do caso oblquo se empregam como obje-to. Os do caso tono aparecem sem preposio; os do caso tnico aparecem regidos de preposio.

    Eu no o vi ontem. (eu: reto; o: oblquo tono)

    Eu quero falar com ele. (eu: reto; ele: oblquo tnico)

    Tu lhe disseste mentiras. (tu: reto; lhe: oblquo tono)

    Ele no nos conhece. (ele: reto; nos: oblquo tono)

    Deram os livros a mim. (mim: oblquo tnico)

    Ela veio comigo. (ela: reto; comigo: oblquo tnico)

    Eu vi ele.Essa construo no prevista pela gramtica,

    embora ocorra naturalmente na linguagem oral. Por qu? O pronome ele ou do caso reto (sujeito) ou do caso oblquo tnico (aparece aps preposi-o). No se trata de nenhum dos dois casos. Por isso, na linguagem padro prefere-se:

    Eu o vi.

    Observe, na tira a seguir, esse uso do pronome reto como objeto direto. Essa construo muito comum no portugus do Brasil, mas no consi-derada padro.

    IESD

    E B

    rasi

    l S.A

    .

    Depois, ela acaba achando ele sensacional. (desvio)

    Depois, ela acaba achando- o sensacional. (padro)

    c) Para eu ou para mim?

    Se o pronome sujeito de um verbo no infinitivo, usa-se para eu; do contrrio, usa-se para mim.

    Trouxe o livro para mim.

    Trouxe o livro para eu ler.

    Deu as mas para eu comer.

    Deu as mas para mim.

    No se deve cair na tentao de confundir essas ideias quando a frase aparecer invertida. Pense sempre em termos de termos regentes e regidos. Veja exemplo de pegadinhas.

    Para mim1) , amar fundamental. (nvel formal)

    Amar 2) fundamental para mim. (nvel formal)

    Para mim3) , fazer isso difcil. (nvel formal)

    Fazer isso 4) difcil para mim. (nvel formal)

    Tudo o que falamos sobre para eu e para mim tambm se aplica aos casos de para tu e para ti nas regies do Brasil em que se usa tu.

    Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br

  • 4 EM

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    d) Conosco ou com ns?

    IESD

    E B

    rasi

    l S.A

    .

    Lembre-se de que conosco a forma padro. Entretanto, casos h em que esse pronome deve ser dividido em com ns. Isso ocorre sempre que houver um determinante qualquer seguindo o pronome.

    Fale conosco.

    Fale com ns dois.

    Fale com ns todos.

    Fale com ns mesmos.

    Fale com ns, que somos seus amigos.

    O mesmo raciocnio se aplica a convosco e com vs, se bem que quase no utilizamos o vs no Brasil.

    e) Aps palavras de incluso e de excluso

    Aps palavras que denotam incluso e exclu-so, usamos os pronomes retos, ainda que no como sujeito.

    Todos vieram, exceto eu. (menos, salvo, se-no...)

    Todos vieram, at eu. (inclusive, tambm...)

    f) Aps a palavra at

    Com o at preposio, usa-se o pronome obl-quo tnico; at palavra denotativa de excluso rege pronome reto.

    Todos vieram, at eu. (palavra denotativa de incluso)

    Ela chegou at mim. (preposio)

    g) Aps entre

    A preposio entre, como qualquer outra, rege pronome do caso oblquo tnico. Assim, embora na linguagem coloquial empreguemos pronomes retos aps ela, devemos evitar a construo na linguagem formal.

    No h problemas entre voc e eu. (coloquial)

    No h problemas entre voc e mim. (formal)

    O que h entre ela e ti no da minha conta.

    Isso deve ficar entre ti e mim.

    h) Reforo dos pronomes pessoais

    Os pronomes pessoais podem ser reforados com o uso das palavras mesmo(a)(s) e prprio(a)(s) e por meio da locuo invarivel que.

    Eu mesmo no sabia disso.

    Ela mesma no viu esse filme.

    Elas mesmas fizeram o bolo.

    Ele que no arrumar a casa.

    Ns que fizemos tudo.

    i) Forma de tratamento da 1. pessoa do plural

    Na linguagem coloquial substitui-se a forma ns pela forma de tratamento a gente, que concorda na 3. pessoa.

    A gente quer sair agora.Observe a mistura dos dois tratamentos a gen-

    te e ns nesse depoimento extrado do texto 1.

    A gente lavava as frutas que achvamos numa bica prxima.

    De acordo com a norma padro, essas construes devem ser evitadas, porm, esto cada vez mais frequentes na linguagem oral do brasileiro.

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    j) A colocao dos pronomes tonos (clticos)

    Os pronomes tonos apiam-se em vocbulos tnicos para serem pronunciados. Assim, oscilam na frase antecedendo, dividindo ou sucedendo o verbo. Tm-se as colocaes procltica, mesocltica (pouco empregada no coloquial do Brasil) e encltica.

    Ela no me convidou. (prclise)

    Convidar-me- amanh. (mesclise)

    Convidou-me ontem. (nclise)

    Observe o uso da prclise nesse trecho do texto 2:

    Ele me acena motivos e palavras quietas, na fome do dia, na sede do tempo.

    Devemos fazer algumas observaes quanto colocao de pronomes enclticos e mesoclticos:

    Pronomes o, a, os e as:

    se a forma verbal terminar em r, s ou z, essas letras desaparecero, e os pronomes assumiro as formas lo, la, los e las.

    fazer os exerccios fazer + os faz-losfiz os exerccios fiz + os fi-los

    fazes os exerccios fazes + os faze-lospes os livros pes + os pe-losencontrar os

    amigosencontrar + os encontr-los

    Observe este exemplo:

    At para implantar o Programa de Erradica-o do Trabalho Infantil (Peti), criado pelo governo federal, a prefeitura teve dificuldades. Precisamos de estrutura para execut-lo e isso custa dinheiro, alega Wanderley de Lima, secretrio municipal de Trabalho e Promoo Social.

    O pronome o, em sua forma lo, retoma o Programa.

    A palavra de designao eis tambm rege pronome tono. Veja as formas:

    Eis-me aqui.

    Eis-nos aqui.

    Ei-lo aqui.

    Ei-las ali.

    Pronomes o, a, os e as:

    se a forma verbal terminar em ditongo nasal (fontico), os pronomes assumiro as formas no, na, nos e nas.

    pe os livros pe + os pe-nos

    fizeram os exerccios fizeram + os fizeram-nos

    Pronome nos (referente a ns):

    se a forma verbal terminar em mos, a nclise se faz mo-nos.

    referimos + nos referimo-nosencontramos + nos encontramo-nos

    Os demais pronomes no se alteram a si nem aos verbos.

    Referis-vos a qu?Demos-lhe um livro.

    l) Reflexividade e reciprocidade

    Diagrama A Diagrama B

    A A B

    Diferenciaremos aqui as ideias de reflexividade e de reciprocidade.

    O diagrama A mostra a noo de reflexividade: ao realizada por um ser A que recai sobre esse prprio ser. Veja exemplos:

    Eu me feri.

    Mariana viu-se pelo espelho.

    O diagrama B mostra a noo de reciprocida-de: ao realizada por um ser A sobre B e recebida de B por A. Veja exemplos:

    Sirleide e eu nos abraamos. (um abraou o outro)

    Mariana e Pedro beijaram-se. (um beijou o outro)

    Frequentemente, ocorrem casos de ambiguida-de no plural entre reflexividade e reciprocidade.

    Mariana e Pedro se viram pelo espelho. (um ao outro ou cada um viu a si prprio?)

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    Para resolver esses impasses, pode-se reforar a ideia reflexiva com expresses como a si mesmo e a ideia reflexiva com expresses como um ao outro e entre si.

    Mariana e Pedro se viram entre si. (recproco)

    Mariana e Pedro se viram a si mesmos. (refle-xivo)

    m) Pronomes si e consigo

    O pronome si recproco na expresso entre si e nos demais usos, sendo somente empregado como reflexivo. Da sua invalidade como substituto de voc e de ele em casos desprovidos da noo de reflexividade.

    Eu gosto muito de si. (construo equivocada)

    Eu gosto muito de voc. (construo formal)

    O pronome consigo sempre reflexivo de 3. pessoa. Portanto, observe o uso equivocado e o uso formal.

    Eu preciso falar consigo. (construo equivo-cada)

    Eu preciso falar com voc. (construo formal)

    n) Pronomes tonos como sujeito

    No prprio dos pronomes tonos ocuparem a funo de sujeito na orao. Mas h casos em que sua utilizao obrigatria: com os verbos deixar, man-dar, fazer e os sensitivos ouvir, ver e sentir, sempre que seguidos de infinitivo de sujeito pronominal.

    Deixe eu ver. (coloquial)

    Deixe-me ver. (formal) o pronome me sujeito de ver.

    Ele nos fez entrar. (nos sujeito de entrar)

    Mandou-me trazer isso. (me sujeito de tra-zer)

    Ouvi-o chegar. (o sujeito de chegar)

    No os vi passar. (os sujeito de passar)

    As construes acima so formais. O coloquial registraria as seguintes construes:

    Ele fez ns entrarmos. (coloquial)

    Mandou eu trazer isso. (coloquial)

    Ouvi ele chegar. (coloquial)

    No vi eles passarem. (coloquial)

    o) Pronomes retos como objeto

    Tambm no prprio dos pronomes retos ocu-par a funo de objeto. Mas h casos, como aps as palavras todo e somente (s, apenas), em que sua utilizao obrigatria.

    Vi ele. (informal)

    Vi apenas ele. (formal)

    Encontrei todos eles. (formal)

    p) Pronomes tonos como adjunto adnominal

    funo dos pronomes pessoais substiturem as pessoas do discurso, portanto, so pronomes substan-tivos. Entretanto, eles podem ser empregados como pronomes adjetivos (determinantes de substantivos) desde que seu valor seja o de um possessivo.

    Cortou-me as intenes.

    Cortou as minhas intenes.

    Roubou-nos o carro. (o nosso carro)

    Beijei-lhe a perna. (a sua perna)

    q) Combinao dos pronomes tonos

    Embora no utilizados atualmente, os pronomes tonos podem combinar-se entre si, gerando formas apocopadas.

    me te lhe nos vos lheso mo to lho no-lo vo-lo lhoa ma ta lha no-la vo-la lhaos mos tos lhos no-los vo-los lhosas mas tas lhas no-las vo-las lhas

    Exemplos de usos:

    Dei a ti o livro.

    Dei-te o livro.

    Dei-o a ti.

    Dei-to.

    Estas palavras, nunca lhas disse. (nunca as disse a ele)

    Onde esto os livros? Voc no mos trouxe. (no os trouxe a mim)

    So construes de tendncia arcaizante, prin-

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    cipalmente na linguagem falada. Na escrita ainda se observa sua utilizao em textos muito formais e literrios.

    Pronomes possessivosOs pronomes possessivos so aqueles que indi-

    cam posse ou relao s pessoas do discurso, valendo tambm a referncia no caso da 3. pessoa.

    Precisas de meu livro. (1. pessoa do singular)

    Precisas de nosso livro. (1. pessoa do plural)

    Preciso de teu livro. (2. pessoa do singular)

    Preciso de vossa ajuda. (2. pessoa do plural)

    Pedro trouxe seu livro. (3. pessoa do singular)

    Eles trouxeram seu livro. (3. pessoa do plural)

    O Governo tem seus problemas. (uso como referencial)

    Os pronomes possessivos esto relacionados na tabela abaixo.

    Um possuidorVrios

    possuidores

    1. pessoa meu minha nosso nossameus minhas nossos nossas

    2. pessoa teu tua vosso vossateus tuas vossos vossas

    3. pessoa seu sua seu suaseus suas seus suasNote que na 3. pessoa o pronome o mesmo,

    seu, e suas flexes. Isso faz com que geralmente ocorra ambiguidade em seu emprego, ainda mais porque os pronomes de tratamento usam os de 3. pessoa como possessivos.

    Pedro disse a Maria que seu filho estava doente. (de Maria, de Pedro, de ambos, de voc...)

    Por isso usam-se possessivos auxiliares e in-variveis dele (o que pertence a ele), dela (o que pertence a ela), deles (a eles), delas (a elas). Veja como poderamos reescrever a frase acima.

    Pedro disse a Maria que o filho dela estava doente.

    Pedro disse a Maria que o filho dele estava doente.

    Pedro disse a Maria que o filho deles estava doente.

    Os pronomes possessivos adjetivos dispensam artigo definido quando aparecem antepostos ao subs-tantivo, sem que isso acarrete alterao no significado global da frase. Trata-se de uma escolha estilstica.

    No que se refere conciso, portanto, prefervel dispensar o artigo, apesar de ele ser possvel.

    Conversarei com (a) minha me.

    Os pronomes possessivos adjetivos, quando aparecem pospostos ao substantivo, costumam exi-gir o definido. Entretanto, a ausncia do