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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
QUALIDADE DO SONO E DESEMPENHO ACADÊMICO EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
GRASIELE BORTOLOTTO SCHMITT
Itajaí, (SC) 2008
2
GRASIELE BORTOLOTTO SCHMITT
QUALIDADE DO SONO E DESEMPENHO ACADÊMICO EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Psicólogo pela Universidade do Vale do Itajaí Orientador: Prof. Dr. Eduardo José Legal
Itajaí SC, 2008
3
AGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOS
Agradeço principalmente aos meus pais, que sempre estiveram ao meu lado, me apoiando e
criticando quando foi preciso.
Ao professor Eduardo José Legal, pelos bons conhecimentos que me passou, pela grande amizade
que com muita paciência me dedicou, e com isso permitindo-me lhe conhecer melhor, passando a admirá-lo
como o profissional competente que é, e principalmente como pessoa, pois é generoso e humilde, e jamais será
esquecido.
Aos membros da banca, Thelmo José Mezadri e Pedro Antônio Geraldi, que aceitaram em
participar, e dedicaram um pouco do seu tempo para este estudo, e em particular ao professor Pedro, que
sempre esteve presente e disposto a ajudar no que me fosse preciso.
Aos meus amigos, colegas e familiares que me apoiaram direta ou indiretamente.
E aos acadêmicos do primeiro período, que foram voluntários em minha pesquisa, pois sem eles a
realização deste trabalho não seria possível.
4
SUMÁRIO
RESUMO ..................................................................................................................5
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................7
2 EMBASAMENTO TEÓRICO ..................................................................................8
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ...........................................................................14
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ......................................16
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................21
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................22
7 ANEXOS ............................................................................................................ ...23
7.1 Anexo 1 ...............................................................................................................24
8 APÊNDICES ..........................................................................................................28
8.1 Apêndice .............................................................................................................28
5
QUALIDADE DO SONO E DESEMPENHO ACADÊMICO EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Orientador: Prof. Dr. Eduardo José Legal Defesa: Julho de 2008
Resumo:
O presente trabalho teve como finalidade avaliar a qualidade do sono e o desempenho acadêmico
dos estudantes universitários de ambos os sexos, regularmente matriculados no 1º período do curso
de Psicologia matutino e noturno da UNIVALI do Campus de Itajaí. Foi avaliada a qualidade do sono
por meio da aplicação do Questionário Escandinavo Básico do Sono (QEBS) e o desempenho
acadêmico desses estudantes, por meio de suas médias parciais (M1), obtidas diretamente com os
participantes que disponibilizaram suas notas no endereço eletrônico produzido para este estudo. Os
itens do QEBS foram comparados por sexo e período (matutino e noturno), através de análise de
variância para dados não-paramétricos, porém não foram encontradas diferenças significativas entre
os grupos. Na correlação entre os escores do QEBS com as médias parciais, as médias foram
inversamente relacionadas à sonolência matutina (rho= -0,466; p<0,05) indicando que quanto maior
sonolência, piores as notas.
PALAVRAS-CHAVE: qualidade do sono; estudantes universitários;
desempenho acadêmico.
6
Sub-Área de concentração (CNPq) Membros da Banca Pedro Antônio Geraldi Thelmo José Mezadri
Eduardo José Legal
7
1 INTRODUÇÃO
O sono é um estado físico e mental bem definido no qual o corpo se encontra
em profundo repouso, o metabolismo se torna mais lento e há a perda da
consciência do mundo exterior (CHOPRA, 1998).
Segundo o mesmo autor, o objetivo do sono é permitir que o corpo se renove
e rejuvenesça. O profundo repouso proporcionado durante o sono permite que o
corpo se recupere da fadiga e do estresse, e estimule os mecanismos de auto-
reparo ou homeostáticos, ou equilibradores do corpo.
A privação do sono pode comprometer seriamente a saúde e as habilidades
para realizar atividades que envolvam memória, aprendizagem, raciocínio lógico,
inclusive relacionamentos com amigos, familiares, colegas de trabalho.
Os estudantes, normalmente, apresentam um padrão de sono irregular
caracterizado por atrasos de início e final do sono dos dias de semana para os finais
de semana (GOMES; TAVARES; AZEVEDO, 2002). Também apresentam curta
duração de sono nos dias de semana e longa duração nos finais de semana. O sono
prolongado nos finais de semana é devido à redução do sono (privação) durante os
dias de aulas ou de trabalho. O atraso na hora de deitar nos finais de semana
parece estar associado à tendência do sistema de temporização circadiana,
provocando atrasos no início do sono (VALDEZ et al., 1996).
Este padrão de sono irregular pode acarretar em prejuízos no desempenho
acadêmico, devido, principalmente a diminuição da capacidade atencional, que por
sua vez, limita as capacidades cognitivas (memória, raciocínio, etc) (BROWN;
BUBOLTZ; SOPER, 2002). Acrescenta-se a estes problemas, o cansaço físico
provocado pela má qualidade do sono (Idem).
Diante de tal quadro, estudos têm sido realizados com o intuito de se
investigar a relação entre qualidade de sono e desempenho acadêmico em
estudantes universitários (BROWN; BUBOLTZ; SOPER, 2002; COSTA, 2006;
GOMES; TAVARES; AZEVEDO, 2002), porém, os resultados não tem sido
uniformes.
Este trabalho teve por objetivo investigar a relação entre qualidade do sono e
desempenho acadêmico em estudantes universitários de turnos matutino e noturno,
levantando a qualidade do sono e as notas bimestrais destes acadêmicos.
8
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
Dormir bem é essencial para manter-se saudável, melhorar a qualidade de
vida e até aumentar a longevidade (GAILLARD, 1997; REIMÃO, 1996). O sono
surge como um conjunto ou constelação de mudanças fisiológicas, rítmicas, das
quais participam diferentes sistemas do organismo regulados pelo Sistema Nervoso
Central (SNC) (REIMÃO, 1996).
O processo do sono é regido por um relógio biológico ajustado num ciclo de
24 horas. Foi demonstrada a existência de relógios biológicos totalmente isentos de
toda forma conhecida de retroalimentação, governando os mais diversos
comportamentos com grande precisão (REIMÃO, 1996).
Reconhece-se que o núcleo supraquiasmático (NSQ) funciona como um
relógio que regula o ritmo circadiano em mamíferos. É um núcleo bilateral que
recebe informação visual direta. Têm-se proposto um acoplamento neuroendócrino
dependente da melatonina secretada pela pineal, o NSQ e outras regiões como
relógios do organismo. A comunicação entre o NSQ, a pineal e o restante do
organismo é feita através da melatonina, que aumenta a tendência ao sono
indicando ao cérebro o conceito de “noite, escuridão” (REIMÃO, 1996).
Quando o processo tem início, a temperatura cai de 1 a 2 graus e a pressão
arterial também sofre uma leve queda (CARLSON, 2002).
O sono é dividido em dois tipos: sono sincronizado (SS), e o sono REM
(Rapid Eye Movements). O SS é subdividido em quatro fases que se repetem em
ciclos durante a noite: Primeira fase, segunda fase, terceira fase e quarta fase, de
acordo com Gaillard (1997):
• Primeira fase: É a fase do adormecimento. Pode durar de alguns instantes até
quinze minutos e ocupa de 5% a 8% da noite do sono. Funciona como uma
espécie de zona intermediária entre estar acordado ou dormindo. O cérebro
produz ondas irregulares e rápidas e a tensão muscular diminui. A respiração fica
suave e os pensamentos do mundo desperto flutuam pela mente. Se for acordado
nessa fase, a pessoa reagirá rapidamente, negando que estava dormindo.
• Segunda fase: A temperatura corporal e os ritmos cardíacos e respiratórios
diminuem. As ondas cerebrais diminuem ainda mais. Essa fase ocupa de 45% a
9
50% do tempo total do sono, dura cerca de vinte minutos. As ondas do cérebro
alongam-se, regularizam-se e são afetadas somente por alguma atividade elétrica
isolada e repentina. Nesta fase, a pessoa cruza definitivamente o limite entre estar
acordado e dormindo. Os olhos não respondem a um estímulo.
• Terceira fase: O corpo começa a entrar no sono profundo. As ondas cerebrais
tornam-se grandes e lentas. É uma fase rápida. Dura cerca de dez minutos por
ciclo, o que corresponde a uma média de 5% do tempo na cama.
• Quarta fase: É o sono profundo, onde o corpo se recupera do cansaço diário.
Essa fase é fundamental para a liberação de hormônios ligados ao crescimento e
para a recuperação de células e órgãos. Dura cerca de 55 minutos, não mais que
20% da noite. A pessoa fica totalmente inconsciente.
• Sono REM: A atividade cerebral está em andamento e desencadeia o processo
de formação dos sonhos. Os músculos ficam paralisados, as freqüências
cardíacas e respiratórias voltam a aumentar e a pressão arterial sobe. É o
momento em que o cérebro faz uma limpeza na memória. Fixa as informações
importantes captadas durante o dia e descarta os dados inúteis. Durante o Sono
REM, os músculos longos do tronco, os braços e as pernas estão paralisados,
mas os dedos das mãos e dos pés podem contrair-se.
O fluxo sangüíneo em direção ao cérebro aumenta e a respiração fica mais
rápida e entrecortada. REM é a fase dos sonhos vividos. Se a pessoa for acordada
neste período provavelmente recordará fragmentos deles. Depois de dez minutos de
sono REM, volta-se às fases de sono sincronizado (CHOPRA, 1998).
A falta de sono adequado pode gerar vários sintomas desagradáveis que
acabam por comprometer a qualidade de vida das pessoas. Dentre estes sintomas a
insônia e ansiedade são referidas com freqüência pelas pessoas com problemas de
sono e julgados como desagradáveis e frustrantes. Eles afetam diretamente a
qualidade de vida e, sem tratamento, podem evoluir para quadros depressivos com
ou sem tendência suicida, podendo interferir no desempenho motor e na capacidade
de concentração, colocando o paciente e outras pessoas em risco e perturbando a
vida social do paciente (REIMÃO, 1996).
10
Estes sintomas podem se refletir em várias atividades humanas, dentre elas,
na educação. Damos atenção especial aos estudantes universitários dada a sua
demanda de tarefas e estresse gerado pelo estilo de vida associado à vida
universitária (COSTA, 2006).
Nas primeiras horas da noite predomina o REM. Pela manhã, percorre-se de
quatro a cinco vezes o circuito do sono completo (GAILLARD, 1997).
Um em cada quatro estudantes universitários afirma ter grandes dificuldades
de sono. A esta situação está associado o aumento de queixas de perturbações de
humor, falta de vigor e fraco rendimento acadêmico (SILVA, 2005). Foram realizados
dois estudos da Universidade de Aveiro, Portugal, que avaliaram a gestão do padrão
de sono-vigília no ensino superior. Detectaram ainda outros distúrbios ao nível da
qualidade do sono e da sua distribuição ao longo da semana. Cerca de 20% dos
alunos afirmam nunca ou quase nunca dormir o suficiente. E pouco mais da metade
tem uma noite de sono razoável apenas três a quatro vezes por semana (SILVA,
2005).
Como não tivemos acesso ao artigo original de Gomes, Tavares e Azevedo
utilizaremos as informações sobre o estudo providenciadas por Silva (2005) que
detalhou o referido estudo.
Ana Allen Gomes e José Tavares, do Departamento de Ciências da Educação
da Universidade de Aveiro, e Maria Helena Azevedo, da faculdade de Medicina de
Coimbra, avaliaram 1654 estudantes de 16 licenciaturas diferentes, do primeiro ao
terceiro ano do curso, em períodos no meio dos semestres (SILVA, 2005). Um
quarto dos alunos afirmou ter dificuldade elevada “de sono”, mais 28% situaram-se
num nível intermediário, ou seja, com problemas em adormecer, sofrendo
despertares noturnos ou precoces. Estes sintomas foram associados à sonolência
diurna, falta de vigor e deficiente funcionamento cognitivo (SILVA, 2005).
Assim, apontam Gomes e Tavares (apud SILVA, 2005), uma porcentagem
considerável de estudantes apresenta dificuldades de sono durante o período de
provas, com queixas de insônia e qualidade de sono pobre. De uma maneira geral,
os horários para acordar ao fim de semana são mais tardios do que nos dias de
semana, quando há aula. Sábado e domingo, à hora de despertar ocorre, em média,
duas horas mais tarde. Os investigadores detectaram ainda uma grande variedade
inter-individual, ou seja, muitos casos de alunos que se deitavam quando outros
11
estavam acordando. Os homens apresentam horários significantemente mais tardios
(para dormir e para acordar) que as mulheres (SILVA, 2005).
Os estudantes mais novos mostraram maior facilidade para dormir e
deitaram-se mais cedo que os alunos de vinte e dois anos. Para mais de 40% dos
inquiridos, a entrada na faculdade, relacionada com a mudança de residência e
diminuição do controle dos pais, esteve implicada em uma mudança drástica nos
hábitos de sono. Apenas 35% dos estudantes universitários egressos não alteraram
muito o estilo de vida (SILVA, 2005).
Como resultado, 26% destes alunos tiveram horários trocados, sendo
obrigados a aulas e exames matutinos quando, biologicamente, têm um perfil
vespertino, determinado pelos ritmos circadianos. Isto significa que são estudantes
que tendem a acordar mais tarde e a se sentirem mais eficientes no final do dia ou
mesmo noite adentro. Mas, assinalam os investigadores que os horários escolares,
tais como os de trabalho, não levam em consideração as diferenças individuais
associadas aos ritmos circadianos (SILVA, 2005).
Um dos cuidados dos investigadores na aplicação dos questionários foi
exatamente evitar aulas em horários cedo, ou seja, nunca antes das doze horas, de
forma a não favorecer a amostra “sub-representando os estudantes mais
vespertinos” (SILVA, 2005). E estes alunos foram os que mostraram mais sonolência
diurna e uma média de queixas de mau humor significativamente mais elevada
(SILVA, 2005).
De modo oposto, no grupo de estudantes matutinos, verificou-se uma média
de vigor mais elevada e melhor funcionamento cognitivo. Assim, mesmo que os
vespertinos sejam tão assíduos às aulas como os matutinos, continuam em
desvantagem pela maior probabilidade de sofrerem conseqüências indesejáveis,
quer da privação de sono da semana, quer da irregularidade semanal x fim de
semana (SILVA, 2005).
Costa (2006) investigou as relações da qualidade de sono e o aproveitamento
acadêmico em 17 estudantes universitários com média de idade 23,05 anos (± 2,82),
todos voluntários e cursando Psicologia na Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
- Campus 1. Os estudantes responderam questionários registrando seu sono em um
diário durante duas semanas. Os diários de sono consistem em avaliações que são
preenchidas pela manhã ao despertar, geralmente fornecendo informações sobre os
12
horários de deitar e levantar, tempo estimado para adormecer, número e duração de
despertares durante a noite e estado subjetivo ao acordar. Também foi realizado, no
final da pesquisa, um questionário de auto-avaliação para verificar o desempenho
acadêmico. Os resultados mostraram que o sono não interferiu no aproveitamento
acadêmico.
A qualidade do sono dos estudantes que participaram da pesquisa foi
exatamente a mesma, antes e depois do período de avaliação (M1). Não houve
variação nas respostas na primeira e na segunda semana de relatos do sono;
também não houve alterações nos intervalos de tempo entre deitar e dormir, bem
como no tempo total de sono, antes e depois das avaliações (COSTA, 2006).
Em relação à auto-avaliação, os participantes fizeram julgamentos otimistas
em relação ao seu próprio desempenho, porém, só julgaram predominantemente
“ótimo” seu relacionamento com os professores e colegas e assiduidade. Os demais
julgamentos foram concentrados entre ”bom” e “regular” (COSTA, 2006).
Outro estudo foi realizado por Brown, Buboltz e Soper (2002) com 74
estudantes de ensino superior com a finalidade de levantar o conhecimento sobre a
higiene e práticas de higiene do sono sobre a própria qualidade do sono. Os dados
foram coletados por meio do Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), que são 19 itens
relacionando qualidade e distúrbios do sono no último mês.
O estudo demonstrou que ir para a cama com sede, os barulhos ambientais e
preocupações concomitantes com o estar adormecendo contribuem para uma pobre
qualidade do sono.
Evidenciou-se também que os esquemas de sono realizados pelos
estudantes possuem características distintas nos dias de semana e nos fins de
semana. Aos finais de semana ocorre um padrão de horário mais tardio de despertar
do que aquele demonstrado nos dias de semana, geralmente, mais curtos. Este
duplo padrão pode ter como conseqüências a sonolência diurna e um menor
desempenho acadêmico e profissional. Ficou constatado também que estes
estudantes ficam acordados várias horas da noite para estudar, não têm consciência
dos danos que isso pode causar, e ainda acreditam estar cognitivamente e
fisicamente bem apesar dos resultados negativos em suas avaliações.
Neste estudo, dois terços dos estudantes relatam distúrbios ocasionais de
sono, enquanto um terço desses estudantes relata dificuldades regulares severas de
sono.
13
A pobre qualidade do sono implica diretamente problemas de estresse
psicológico. Alguns outros problemas são decorrentes destes, tais como a
ansiedade, a depressão, uma redução da saúde física, dificuldades gerais cognitivas
(atenção), e o uso abusivo de drogas e álcool.
Relacionando-se com este estudo, e contrapondo-se com o estudo de
Gomes, Tavares e Azevedo, (2002), Machado, Varela, Andrade (1998 apud
BROWN, BUBOLTZ, SOPER, 2002) apontam que estudantes matutinos têm
desempenho acadêmico diminuído quando comprados aos estudantes noturnos.
Brow, Buboltz e Soper (2002) acreditam que uma boa higiene do sono pode
ser a solução mais adequada para estes estudantes, e que quanto maior o
conhecimento de higiene do sono, maiores são as opções de causar um melhor
hábito de sono. Porém, não existem estudos psicométricos relacionando o
conhecimento de higiene de sono com um melhor hábito de sono.
14
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
3.1 Amostra
A amostra inicial desta pesquisa contou com a participação voluntária de 64
estudantes do curso de Psicologia, da Universidade do Vale do Itajaí, campus de
Itajaí, SC, do primeiro período, de ambos os sexos e que deram seu consentimento
por escrito, respondendo ao instrumento de coleta de dados. Contudo, apenas 22
estudantes enviaram sua média (M1) até a data do fechamento deste trabalho.
Deste modo, o critério para inclusão na amostra foi a participação efetiva nos
procedimentos do estudo (resposta ao questionário e informação da média
bimestral).
3.2 Instrumento
Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento de avaliação: o Questionário
Escandinavo Básico do Sono (QEBS). Este instrumento tem por objetivo avaliar as
queixas mais comuns de sono em relação à freqüência e intensidade nos últimos
três meses. O QEBS foi desenvolvido por Partinen e Gislason (1995), e consta de 21
questões com respostas que variam de “nunca ou menos de uma vez por mês” a
“diariamente ou quase diariamente”. Este instrumento tem uma versão traduzida
para o português por Pedroso e Alóe (apud GORENSTEIN, TAVARES, ALÓE,
2000). A este conjunto de questões foram adicionadas outras seis, relacionadas à
idade, ao turno de estudo, ao sexo, ao exercício ou não de atividade remunerada, à
situação conjugal e à fase do ciclo menstrual.
3.3 Coleta dos Dados
O contato com os estudantes deu-se nas dependências da UNIVALI em Itajaí,
em sala de aula. Neste encontro foram explicados os objetivos gerais e metodologia
15
da pesquisa. Foram então entregues os Termos de Consentimento Livre e
Esclarecido e aplicado o questionário.
Foi solicitado dos participantes seus endereços eletrônicos para contato
posterior para obtenção da média geral de cada participante.
As médias foram repassadas através de e-mail criado especificamente para
este fim. Também, em alguns casos, as médias foram solicitadas diretamente junto
aos estudantes através de contato em sala de aula.
3.4 Análise dos Dados
Os itens do QEBS foram comparados por sexo e por período (matutino e
noturno) através de análise de variância para dados não–paramétricos (SIEGEL,
1976).
Também foram correlacionados os escores do QEBS com as variáveis do
questionário (trabalho e o tipo de trabalho, horários de trabalho, doenças dolorosas
ou não, medicação utilizada, hábitos alimentares).
16
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os resultados serão apresentados iniciando pelos dados gerais dos
respondentes; depois as questões relativas ao instrumento (QEBS); as médias
bimestrais; e, por fim, as inferências estatísticas relativas à análise de correlação e
de variância, quando foram comparados os dados dos estudantes noturnos e
matutinos. Por fim, foram descritos os problemas de sono relatados pelos
participantes.
4.1 Dados de caracterização dos participantes
A amostra foi composta por 22 estudantes com idade variando entre 17 e 47
anos (média = 23,45 anos ± 8,62). Pelas características populacionais do curso dos
estudantes (Psicologia), 90,9% deles foi do sexo feminino e maioria estuda no
período noturno (59,1%). Também a maior parte deles exerce atividade remunerada
(72,7%) e são solteiros (86,4%).
A tabela 1 demonstra os dados completos da caracterização dos
participantes.
Tabela 1. Demonstrativo das categorias e suas variáveis com suas respectivas freqüências e porcentagens (n=20),
CATEGORIAS VARIÁVEIS FREQÜÊNCIA %
Período Matutino 9 40,9%
Noturno 13 59,01%
Sexo Feminino 20 90,9%
Masculino 2 9,1%
Atividade remunerada Sim 16 72,7%
Não 5 22,7%
Não respondeu 1 4,5%
Estado civil Solteiro 19 86,4%
Casado 1 4,5%
Separado 1 4,5%
Amasiado 1 4,5%
17
4.2 Questões relativas ao instrumento (QEBS)
Como indicado na sessão dos aspectos metodológicos o QEBS possui 22
questões sendo 11 delas respondidas de acordo com uma escala de cinco pontos
variando de “nunca ou menos de uma vez por mês” até “diariamente ou quase
diariamente”. Estas questões estão demonstradas na tabela 2.
As questões 8, 10, 12, 18, 19, 20, 24, 26 e 27 do referido instrumento
questionam sobre quanto tempo os estudantes demoram para adormecer nos dias
de semana e no final de semana; se têm acordado durante a noite e quantas vezes
isso acontece; como têm dormido nos últimos três meses; quantas horas dormem
durante a noite; a que horário vão para cama (para dormir) em dias de semana e
nos finais de semana; a que horário geralmente acordam nos dias de semana e em
finais de semana; como roncam; se roncam, quantos anos têm roncado; quantas
horas precisam dormir por noite. As respostas demonstraram respectivamente que
22,7% dos estudantes demoram em média 30 minutos para dormir nos dias de
semana, enquanto que 27,3% demoram apenas 10 minutos nos finais de semana;
54,5% não acordam durante a noite e que 31,8% dos estudantes dormem
moderadamente bem.
Houve uma média geral de tempo de sono de 6 horas nos dias de semana, e
de 8 horas nos finais de semana. O tempo de cochilo dos 13,6% dos estudantes que
relataram cochilar durante o dia, varia de 15 a 30 minutos; 63,6% dos estudantes
não roncam. Houve também uma média geral de oito horas necessárias de sono por
noite.
O quadro 1 demonstra algumas questões do instrumento.
18
Quadro 1. Porcentagem e referidas freqüências absolutas das respostas dadas às questões
do QEBS (n=20)
.
RESPOSTAS Questões
Nunca ou menos
de 1 vez por m
ês
Menos de um
a vez
por semana
Em 1 a 2 dias por
semana
Em 3 a 5 dias por
semana
Diariamente ou
quase diariamente
Você tem tido dificuldades para dormir nos
Últimos três meses?
31,8%
(7)
0 45,5%
(10)
13,6%
(3)
9,1%
(2)
Com que freqüência você tem acordado à
Noite nos últimos três meses?
40,9%
(9)
4,5%
(1)
22,7%
(5)
13,6%
(3)
18,2%
(4)
Com que freqüência você tem acordado muito
cedo pela manhã sem conseguir adormecer
novamente?
59,1%
(13)
22,7%
(5)
4,5%
(1)
0 9,1%
(2)
Você tem usado remédios ou bebidas alcoólicas
para dormir nos últimos três meses?
72,7%
(16)
4,5%
(1)
4,5%
(1)
0 0
Você se sente muito sonolento pela manhã
depois de acordar?
9,1%
(2)
4,5%
(1)
9,1%
(2)
22,7%
(5)
45,5%
(10)
Você se sente muito sonolento durante o dia? 9,1%
(2)
13,6%
(3)
13,6%
(3)
13,6%
(3)
45,5%
(10)
Você tem sentido uma vontade irresistível de
dormir durante seu trabalho?
31,8%
(7)
4,5%
(1)
9,1%
(2)
9,1%
(2)
36,4%
(8)
Você tem sentido uma vontade irresistível de
dormir no seu tempo livre (momentos de lazer)?
22,7%
(5)
18,2%
(4)
9,1%
(2)
9,1%
(2)
40,9%
(9)
Com que freqüência você cochila durante o dia? 31,8%
(7)
13,6%
(3)
13,6%
(3)
27,3%
(6)
13,6%
(3)
Você ronca enquanto dorme? 63,6%
(14)
0 13,6%
(3)
4,5%
(1)
4,5%
(1)
Você tem paradas de respiração enquanto dorme (apnéia do sono)?
86,4%
(19)
0 0 0 0
19
4.3 Médias Bimestrais
As médias do primeiro bimestre letivo de 2008 (referentes ao período em que
os acadêmicos avaliaram seu sono) foram comparadas através de análise de
variância de turnos (matutino e noturno), situação de trabalho (se exerce atividade
remunerada, tipo de trabalho, horários de trabalho), doenças dolorosas ou não,
medicação utilizada e hábitos alimentares.
As médias dos dois grupos são demonstradas no quadro 1.
Quadro 1. Médias bimestrais dos estudantes participantes do estudo sobre qualidade do sono (noturno, n=13; matutino, n=9)
Turno Média geral (M1) ± dp.
Matutino 7,83 ± 0,72
Noturno 7,07 ± 1,24
O desempenho acadêmico relatado refere-se à média geral das notas obtidas
na M1 (soma das médias das disciplinas dividido pelo número de disciplinas). As
médias dos estudantes do turno noturno variaram entre 4,64 e 8,67; e a dos
estudantes do turno matutino entre 6,4 e 8,64. Mostrando assim, que não houve
uma diferença significativa entre as médias dos turnos matutino e noturno, não
houve uma diferença correlativa entre trabalhar ou não trabalhar, assim como
também não houve diferença correlativa nem com doenças e medicamentos, nem
com hábitos alimentares.
A análise demonstrou uma única correlação entre sonolência matutina e as
médias (rho=-0, 466; p<0,05), ou seja, quanto maior a sonolência relatada, menor a
média. Todas as demais variáveis não apresentaram correlações entre si.
Costa (2006) investigou as relações da qualidade de sono e o aproveitamento
acadêmico em 17 estudantes universitários com média de idade 23,05 anos (± 2,82),
todos voluntários e cursando Psicologia na Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
- Campus 1. Seus resultados demonstraram que a qualidade do sono não interferiu
no aproveitamento acadêmico. No presente estudo, os resultados obtidos mostraram
a mesma tendência.
20
Costa (2006) ainda mediu a qualidade do sono dos estudantes em dois
momentos distintos: uma semana antes do período de provas e uma semana após.
Seus resultados mostraram que a qualidade do sono dos participantes da pesquisa
foi exatamente a mesma, antes e depois do período de avaliação (M1). Não houve
variação nas respostas na primeira e na segunda semana de relatos do sono;
também não houve alterações nos intervalos de tempo entre deitar e dormir, bem
como no tempo total de sono, antes e depois das avaliações (COSTA, 2006).
Opondo-se ao resultado obtido com este estudo, Gomes, Tavares e Azevedo
(2002) realizaram uma pesquisa de artigos on-line entre as variáveis de sono-vígilia
e desempenho acadêmico e localizaram nove artigos específicos sobre estudantes
universitários; entre estes artigos está o de Lack (1986, apud GOMES, TAVARES e
AZEVEDO, 2002), no qual se constatou que estudantes universitários com
problemas de atraso na fase inicial do sono, na fixação e encerramento mais tardio
do ciclo sono-vígilia, obtiveram notas médias reduzidas em relação aos seus
colegas.
Os dados sobre os problemas de sono são referentes à população total de
estudantes e não apenas aos 22 que enviaram suas médias parciais 1 (M1). O
motivo de incluir-se todos os estudantes da amostra inicial refere-se a possibilidade
de se indicar a prevalência dos problemas de sono entre os estudantes dos turnos
noturno e matutino.
Quanto aos problemas de sono relatados pelos participantes, 28 estudantes
do período noturno, e cinco do período matutino referiram algum tipo destes
distúrbios. Entre os problemas referidos pelos estudantes destacam-se as
dificuldades para pegar no sono, falta de tempo para dormir, pesadelos, e um
possível caso de síndrome das pernas inquietas.
Os escores do instrumento QEBS e as notas, bem como as seis questões
iniciais relativas a idade, turno de estudo, sexo, exercício ou não de atividade
remunerada, situação conjugal e fase do ciclo menstrual, não mostraram qualquer
correlação com os resultados.
Pelos resultados obtidos demonstrou-se que as variáveis “turno de estudo” e
“exercer atividade remunerada” não interferiram na qualidade do sono e nem no
aproveitamento acadêmico da amostra estudada.
21
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A literatura internacional aponta que estudantes universitários têm problemas
relacionados com o sono, o que acarreta um prejuízo no desempenho acadêmico,
enquanto na literatura nacional não há estudos que sustentem esta tese.
Os estudantes que participaram desta pesquisa foram voluntários, e se
comprometeram com o estudo, por isso, os resultados podem estar viesados por
esta variável (comprometimento). Porém, como não era este o objetivo do trabalho,
dados sobre este aspecto não foram apurados.
A maioria dos estudos encontrados foram realizados tendo como público-alvo
as áreas de medicina e enfermagem, isso, provavelmente decorrente do tempo que
estes permanecem na universidade (geralmente turnos integrais) e em plantões de
estágio. Este regime de atividades torna seus horários bastante rotativos, diminuindo
a qualidade do sono.
No presente estudo o desempenho acadêmico não foi afetado pela qualidade
do sono, ainda que muitos casos de problemas de sono tenham sido relatados.
Para chegar a tal resultado, como já foi mencionado, era necessária a
participação efetiva na pesquisa (responder ao questionário e disponibilizar a média
geral da M1), porém, muitos estudantes não nos remeteram esta média geral,
mesmo sendo solicitado novamente por e-mail e verbalmente em sala de aula, o que
acarretou em uma amostra reduzida para a pesquisa.
Seria oportuno o seguimento do estudo, porém com alguns ajustes, como
exemplo, realizar a pesquisa durante todo o semestre, incluindo todas as avaliações
(M1, M2, M3). O desenvolvimento das disciplinas, junto com trabalho remunerado, e
a tensão constante que acompanham os mesmos, influenciariam os resultados, uma
vez que o individuo pode se adaptar a estas tensões ou piorá-las ainda mais.
Seria também de grande importância uma mudança no procedimento de coleta
da média geral para torná-la mais eficiente, pois este foi o principal problema em
relação a coleta de dados desta pesquisa.
Em resumo, outros estudos que possam derivar deste trabalho, devem tentar
superar as limitações aqui apresentadas para que os dados apresentados sejam
ainda mais fidedignos e os resultados possam servir de base para a organização de
intervenções se necessárias.
22
6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMONDES, K.M. de; ARAÚJO, J.F. de. Padrão do ciclo sono-vigília e sua relação com a ansiedade em estudantes universitários. Estudos de Psicologia, 8(1), 2003, p.37-43. BROWN, F.C; BUBOLTZ, W.C.; SOPER, B. Relationship of sleep hygiene awareness, sleep hygiene practices, and sleep quality in university students. Behavioral Medicine, 28 no1, 2002. CARLSON, N.E. Fisiologia do comportamento. Barueri: Manole, 2002. CHOPRA, D. Sono tranqüilo: o programa completo mente/corpo para vencer a insônia. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. COSTA, M. de P. Levantamento da qualidade do sono em estudantes universitários. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Psicologia. Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2006.
GAILLARD, J.M. Insônia. São Paulo: Ática, 1997. GOMES, A.A.; TAVARES,J.; AZEVEDO, M.H. Sleep-wake patterns and academic performance in university students. Paper presented at the European Conference on Educational Research, University of Lisbon, 11-14 September 2002. GORENSTEIN, C.; TAVARES, S.; ALOÉ, F. Questionários de auto-avaliação do sono. In GORENSTEIN, C.; ANDRADE, L.H.S.E.; ZUARDI, A. W. Escalas de avaliação clínica e na psiquiatria e psicofarmacologia. São Paulo: Lemos Editorial, 2000, p. 423-434. LIMA, P.F.; MEDEIROS, A.L.; ARAUJO, J.F. Sleep-wake pattern of medical students: early versus late class starting time. Braz. J. Med. Biol. Res., 35(11), 2002, 1373-7. MENDONÇA, R.M.S. A percepção do estresse entre os estudantes universitários. Monografia. Universidade do Vale do Itajaí: Itajaí. 2002. REIMÃO, R. Sono: estudo abrangente. São Paulo: Editora Atheneu,1996. SIEGEL, S. Estatística não-paramédica: para as ciências do comportamento. São Paulo: Mc Graw-Hill do Brasil, 1976. SILVA, E.C. Um quarto dos universitários tem perturbações graves de sono. Disponível em: <http: //dn.sapo.pt/2005/01/30/sociedade/umquartouniversitariosperturbações.html>. Acesso em 26/set/2005. VALDÉZ, P.; RAMÍREZ, C.; GARCÍA, A. Sleep during weekends: sleep recovery or circadian effect? Chronobiol. Int., 13(3), 1996, p. 191-8.
23
7 ANEXOS
ANEXO 1
QUESTIONÁRIO ESCANDINAVO BÁSICO DE SONO
Basic Nordic Sleep Questionaire (BNSQ) (Partinen e Gislason,1995)- versão
traduzida por A. Pedroso e F. Aloé
24
Instrução: responda às questões
considerando os últimos três meses.
1. Quantos anos você
tem?________________________
2. Qual seu turno de estudo?
1) matutino
2) noturno
3. Qual seu sexo?
1) Feminino
2) Masculino
4. Você exerce alguma atividade
remunerada em tempo igual ou
superior a 6 horas diárias?
1) sim
2) não
5. Qual sua situação conjugal?
1) solteiro (a)
2) casado (a)
3) separado (a)
4) viúvo (a)
5) amasiado (a)
6. Em qual ciclo menstrual você se
encontra?_________________
7. Você tem tido dificuldades para
adormecer nos últimos três
meses?
1) nunca ou menos de uma vez por
mês
2) menos de uma vez por semana
3) em 1 a 2 dias por semana
4) em 3 a 5 dias da semana
5)diariamente ou quase diariamente
8. Quanto tempo (quantos minutos
em média) você geralmente
demora para pegar no sono depois
de apagar as luzes?
1) em dias de semana, demoro
aproximadamente________minutos.
2) em fins de semana/feriados,
demoro aproximadamente________
minutos.
9. Com que freqüência você tem
acordado à noite nos últimos três
meses?
1) nunca ou menos de uma vez por
mês
2) menos de uma vez por semana
3) em 1 a 2 dias por semana
4) em 3 a 5 dias da semana
5) toda noite ou quase toda noite
25
10. Se você acorda à noite, quantas
vezes isso geralmente acontece
por noite (nos últimos três
meses)?
1) geralmente eu não acordo à noite
2) uma vez por noite
3) 2 vezes por noite
4) 3 a 4 vezes por noite
5) pelo menos 5 vezes por noite
11.Com que freqüência você tem
acordado muito cedo pela manhã
sem conseguir adormecer
novamente?
1) nunca ou menos de uma vez por
mês
2) menos de uma vez por semana
3) em 1 a 2 dias por semana
4) em 3 a 5 dias da semana
5)diariamente ou quase diariamente
12. Como você tem dormido nos
últimos três meses?
1) bem
2) moderadamente bem
3) nem bem, nem mal
4) moderadamente mal
5) mal
13. Você tem usado remédios ou
bebidas alcoólicas para dormir nos
últimos três meses?
1) nunca ou menos de uma vez por
mês
2) menos de uma vez por semana
3) em 1 a 2 dias por semana
4) em 3 a 5 dias da semana
5)diariamente ou quase diariamente
Qual(is) remédio(s):_____________
14. Você se sente muito sonolento
pela manhã depois de acordar?
1) nunca ou menos de uma vez por
mês
2) menos de uma vez por semana
3) em 1 a 2 dias por semana
4) em 3 a 5 dias da semana
5)diariamente ou quase diariamente
15. Você se sente muito sonolento
durante o dia?
1) nunca ou menos de uma vez por
mês
2) menos de uma vez por semana
3) em 1 a 2 dias por semana
4) em 3 a 5 dias da semana
5)diariamente ou quase diariamente
26
16. Você tem sentido uma vontade
irresistível de dormir durante seu
trabalho?
1) nunca ou menos de uma vez por
mês
2) menos de uma vez por semana
3) em 1 a 2 dias por semana
4) em 3 a 5 dias da semana
5)diariamente ou quase diariamente
17. Você tem sentido uma vontade
irresistível de dormir no seu tempo
livre (momentos de lazer)?
1) nunca ou menos de uma vez por
mês
2) menos de uma vez por semana
3) em 1 a 2 dias por semana
4) em 3 a 5 dias da semana
5)diariamente ou quase diariamente
18. Quantas horas você geralmente
dorme durante a noite?
Eu durmo aproximadamente
________________horas por noite.
19. A que horas geralmente você
vai para a cama (para dormir)?
1) em dias da semana às_________
2) em dias livres às _____________
20. A que horas geralmente você
acorda?
1) em dias da semana às_________
2) em dias livres às _____________
21. Com que freqüência você
cochila durante o dia?
1) nunca ou menos de uma vez por
mês
2) menos de uma vez por semana
3) em 1 a 2 dias por semana
4) em 3 a 5 dias da semana
5)diariamente ou quase diariamente
22. Se você cochila, quanto tempo
dura seu cochilo?
Meus cochilos duram, em geral,
duram aproximadamente
_____________h____________min
23. Você ronca enquanto dorme?
(Pergunte a outras pessoas se
você não tem certeza).
1) nunca ou menos de uma vez por
mês
2) menos de uma vez por semana
3) em 1 a 2 dias por semana
4) em 3 a 5 dias da semana
5) toda noite ou quase toda noite
27
24. Como você ronca? (pergunte a
outras pessoas como você ronca).
1) eu não ronco
2) o som do meu ronco é regular e
soa como voz em tom baixo.
3) o som é regular, mas é bem alto
4) o som é regular, mas é bem alto (
outras pessoas podem ouvir meu
ronco em outro quarto próximo)
5) ronco muito alto e com
interrupções, isto é, ocorrem pausas
silenciosas quando não há ruído de
ronco e, de tempos em tempos, se
ouve um ronco profundo e alto
25. Você tem paradas da
respiração enquanto dorme
(apnéia do sono)? (outras pessoas
já lhe disseram que você pára de
respirar enquanto dorme?)
1) nunca ou menos de uma vez por
mês
2) menos de uma vez por semana
3) em 1 a 2 dias por semana
4) em 3 a 5 dias da semana
5) toda noite ou quase toda noite
26. Se você ronca pelo menos 1 ou
2 vezes por semana, por quantos
anos você tem roncado? (pergunte
à outras pessoas se você não tem
certeza)
Eu tenho roncado por
aproximadamente______________
anos. Eu tinha_________________
anos quando comecei a roncar.
27. Quantas horas de sono você
precisa dormir por noite (quantas
horas você dormiria se pudesse
dormir o tanto quanto você
precisa)?
Eu preciso de ______________
horas e ______________ minutos de
sono por noite.
28. Se você tem problemas com seu
sono, que tipo de problemas você
tem? (descreva com suas próprias
palavras).
28
8 APÊNDICES
Apêndice 1
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
O objetivo do presente estudo, intitulado
“Qualidade do sono e desempenho
acadêmico em estudantes universitários
de turnos matutino e noturno” é investigar
a relação entre a qualidade de sono de
estudantes universitários de turnos matutino e
noturno com o desempenho acadêmico. Para
tanto, sua participação consistirá nas seguintes
tarefas: 1) preenchimento de dois
questionários: um sobre sua qualidade de sono
e outro sobre sua situação de trabalho; e 2)
fornecer-nos, por meio de e-mail, suas médias
(M1, M2 e M3) quando for solicitado (também
por e-mail).
Quanto aos aspectos éticos, gostaria de
informar que:
a) seus dados pessoais serão mantidos em
sigilo, sendo garantido o seu anonimato;
b) os resultados deste trabalho serão utilizados
somente com finalidade acadêmica;
c) não há respostas certas ou erradas;
d) a aceitação não implica que você estará
obrigado (a) a participar, podendo interromper
sua participação a qualquer momento, mesmo
que já tenha iniciado, bastando, para tanto,
comunicar aos pesquisadores;
e) você não terá direito a remuneração
pela participação, ela é voluntária;
f) este trabalho é de cunho acadêmico e
não visa uma intervenção imediata,
contudo, se detectarmos algum indício de
alteração no seu padrão de sono,
entraremos em contato para que
possamos avaliar mais profundamente
este sinal;
g) durante a participação, se tiver alguma
reclamação, do ponto de vista ético, você
poderá contatar com o responsável por
este trabalho.
Pesquisador responsável: Profº. Dr.
Eduardo José Legal
E-mail: [email protected]
Grasiele Bortoloto Schmitt
Telefone: 3341 7688
Curso de Psicologia da Universidade do
Vale do Itajaí – CCS
R: Uruguai, 448 – bloco 25b – Sala 401.
29
IDENTIFICAÇÃO E CONSENTIMENTO
Eu __________________________________________________________
__________________________________________________________________
Declaro estar ciente dos propósitos do trabalho e da maneira como será realizado e no que
consiste a participação de meu filho (a). Diante dessas informações permito a sua participação
no trabalho.
Assinatura:_________________________________________________________
Data de nascimento:___________________