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Revista Digital de Podologia Gratuita - Em português N° 14 - Junho 2007

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Revista Digital de PodologiaG r a t u i t a - E m p o r t u g u ê s

N° 14 - Junho 2007

www.revistapodologia.com 2

re v is ta podo log ia . c om n ° 1 4Ju n h o 2 0 0 7

Diretora científicaPodologa Márcia Nogueira

Diretor comercial: Sr. Alberto Grillo

Colaboradores desta edição:

Podologa Márcia Nogueira..Brasil.Podologa Patricia Salerno. Argentina.Dr. Ricardo Trajano. Brasil.Podologo Dr. Rogerio Romeiro. Brasil.Sra. Sâmia Maluf . Brasil.Sra. Mônica Crestincov Ajauskas. Brasil.Dra. Walquiria Forestti. Brasil.Dra. Bianca Barroso de Pina. Brasil.Dr. Mohab Kennedy de Carvalho. Brasil.Dr. Ricardo N. Pacheco. Brasil.

Humor Gabriel Ferrari - Fechu - pag. 19.

Capa: capa da Revista PodologiaArgentina nº 10 - Julho de 1998.

Podologia Hoje Publicações Ltda.Tel: #55 19 - 3365-1587 - Campinas - Brasil

www.revistapodologia.com - [email protected]

La Editorial no asume ninguna responsabilidad por el contenido de los avisos publicitarios que integran la presente edición, no solamente por eltexto o expresiones de los mismos, sino también por los resultados que se obtengan en el uso de los productos o servicios publicitados. Lasideas y/u opiniones vertidas en las colaboraciones firmadas no reflejan necesariamente la opinión de la dirección, que son exclusiva responsabi-lidad de los autores y que se extiende a cualquier imagen (fotos, gráficos, esquemas, tablas, radiografías, etc.) que de cualquier tipo ilustre lasmismas, aún cuando se indique la fuente de origen. Se prohíbe la reproducción total o parcial del material con tenido en esta revista, salvomediante autorización escrita de la Editorial. Todos los derechos reservados.

ÍNDICEPag.

3 - Uso de ortese estrutural de silicone no tratamento do hálux valgo.

11 - Hidroses.

12 - Laser em Podologia.

18 - Melanoniquia.

21 - O uso de óleos essenciais na podologia e na aromaterapia.

Resumo

Este trabalho descreve um caso clínico de umapaciente com a patologia do hálux valgo e lux-ação da segunda articulação metatarso-falangeana com desvio medial do segundo artel-ho. O hálux valgo se caracteriza por desvio later-al do hálux e desvio medial da cabeça doprimeiro metatarsiano. Etimologicamente ahereditariedade e o uso de calçados inadequadossão fatores relevantes para o desenvolvimento dapatologia. O tratamento inicialmente deve serconservador. As medidas terapêuticas devem sera indicação de calçados adequados, Fisioterapiae uso de órteses noturna para afastar o primeiroe segundo pododáctilo. Entretanto, em nossoestudo observamos o uso de uma órtese ino-vadora de silicone estrutural confeccionada sobmedida. A mesma foi utilizada por tempo inte-gral, com a proposta de melhorar o quadro álgi-co, o posicionamento dos artelhos e a marcha.Após um ano da terapêutica empregada os obje-tivos foram alcançados e houve também umamelhora estética devido ao melhor alinhamentodos artelhos.

Palavras Chave: hálux valgo, órteses e trata-mento conservador.

Abstract: This work is a case study of a patient with hallux

valgus and luxation of the second metatarsopha-langeal articulation with a medial deflection of thesecond toe. The halux valgus is characterized by lat-eral deflection of halux and medial deflection of thefirst metatarseano's head. In regards of the etiology,heredity and inappropriate shoes are relevant factorsfor pathology development. The initial treatmentmust be conservative. The therapeutics measuresmust be the use of proper shoes, physiotherapy andthe use of nocturnal orthesis in order to drive awaythe first and second toes. However, in our study, weobserved the use of a custom made orthesis of inno-vative structural silicon. That was full time used to

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Uso de Ortese Estrutural deSilicone no Tratamento do Hálux Valgo.

Walquiria Forestti1, Bianca Barroso de Pina1, Mohab Kennedy de Carvalho1, Ricardo N. Pacheco2

1Acadêmico - Curso de Fisioterapia - Universidade Estácio de Sá - Rio de Janeiro.2Orientador - Curso de Fisioterapia - Universidade Estácio de Sá - Rio de Janeiro.. Brasil.

Trabalho de pesquisa apresentado a disciplina Trabalho de Conclusão do Curso deFisioterapia como exigência para a aprovação na mesma. Orientadores: Prof. Ricardo N. Pacheco e Podologo Dr Rogerio Romeiro.

relieve pain and improve toes alignment and gait.The orthesis therapy fully achieved these goals aftera year and also had an esthetic improvement due toa better toes alignment.

Keywords: hallux valgus, orthesis, treatment mustbe conservative.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho se propõe a discorrer sobre otratamento de hálux valgo com o uso de órteseinterdigital como possibilidade terapêutica paraesta problemática, visando também refletir sobreos alcances e limites dessa técnica.

O hálux valgo é uma patologia comum emambulatórios de ortopedia, popularmente con-hecido como joanete, sendo caracterizada pordesvios: lateral do hálux e medial do primeirometatarso, estes desvios podem também reper-cutir alterações nos demais pododáctilos, eessas deformidades além da alteração estéticaafetam também a biomecânica, a função e geral-mente são dolorosas (HEBERT, 2003).

Um dos fatores que contribuem para o desen-volvimento do hálux valgo é o uso de calçadosinadequados. O calçado impróprio restringe osmovimentos do pé, alterando a sua forma natu-ral, resultando em deformidades estáticas e pro-gressivas, principalmente o calçado feminino,que em geral, é afilado na ponta e/ou com salto.Essa conformação do calçado pode ser fatordeterminante para o desenvolvimento do háluxvalgo, cabe ressaltar que estudos populacionaisdemonstram o surgimento e a maior prevalênciada patologia no sexo feminino e em especial nasbailarinas. Outro fator importante que tambémfavorece o aparecimento da patologia é a heredi-tariedade (NERY, 2001).

Em relação aos tratamentos disponíveis deve-se optar inicialmente por uma terapêutica con-servadora que consiste em: Fisioterapia, uso decalçados adequados e o uso de órtese. Quando ograu da deformidade causada pela patologia for

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grave ou acentuada, a indicação cirúrgica se faznecessária, porém alguns pacientes, devido asua condição clínica, como por exemplo, nahipertensão arterial sistêmica grave, no diabetes,nas cardiopatias, em portadores de distúrbios decoagulação e/ou imunodeficiências têm contraindicação relativa para a cirurgia (SOUZA, 2006).

Assim, esta pesquisa visa demonstrar que ouso da órtese interdigital, confeccionada em sili-cone, de uso diário e em tempo integral, tem aproposta posicionar a articulação metatarso-falangeana, possibilitando o uso de calçadosfechados. A função da órtese é auxiliar a funçãodas articulações comprometidas e diminuir oquadro álgico. Embora a órtese seja mais umrecurso de tratamento à disposição do fisioter-apeuta, poucos são os profissionais que pre-screvem, segundo Torres (2007). No decorrer daexposição, será demonstrado através de um casoclínico o resultado obtido com o uso de órteseinterdigital , confeccionada com silicone e de usoconstante, nos itens referente ao alinhamento daarticulação metatarsofalangeana, do quadro álgi-co e da segurança durante a marcha.

2. EMBASAMENTO TEÓRICO

O pé tem a função e a capacidade de suportartoda a carga corporal, captar e transmitir aoSNC, através das suas terminações propriocepti-vas e exteroceptivas as irregularidades do ter-reno, fazendo ainda, várias adaptações posturaisde acordo com a função pretendida como, porexemplo, caminhar na areia mole de uma praiaou sobre as pedras de uma cachoeira. Essafunção primordial faz dos pés, um importantecampo de estudo, pois qualquer transtornodoloroso nos pés pode gerar adaptações antálgi-cas que vão determinar uma mudança na suacapacidade fundamental de sustentação e deinformante do SNC. Sendo assim, o uso de umcalçado impróprio com salto alto superior a qua-tro cm, bico fino, sem estabilidade, muito frouxo,entre outros, vai promover um aumento no tônusda musculatura do pé, diminuir a amplitudearticular e posteriormente fixação nessa posturairregular, bem como alterações na oclusão den-tária, patologias da coluna vertebral, más for-mações congênitas do aparelho locomotor. Essasalterações podem determinar uma má dis-tribuição da carga corporal sobre os pés, tendocomo conseqüência a formação dos dedos emgarra, pés pronados ou supinados e freqüente-mente o hálux valgo (BRICOT, 2003).

A primeira articulação metatarsofalangiana éresponsável pela sustentação de aproximada-mente metade do peso da parte anterior do pé, eajuda a estabilizar o arco longitudinal mediante afixação da aponeurose plantar em sua base. Com

os diversos distúrbios que podem ocorrer naprimeira articulação metatarsofalangiana, parteou todo mecanismo de sustentação do peso e daaponeurose plantar pode ficar comprometida.Em decorrência disso, o peso é transferido dosmetatarsianos para os artelhos menores, poden-do desenvolver-se um calo doloroso (WEINSTEIN;BUCKWALTER, 2002).

Dos distúrbios que podem ocorrer na articu-lação metatarsofalangianas, o hálux valgo é umadeformidade conhecida e comum em con-sultórios de ortopedia. Ocorre o desvio lateral dohálux, acompanhado de um desvio medial dacabeça do primeiro metatarsiano; essas modifi-cações podem repercutir nos demais dedosgerando espessamento do segundo metatarsianoe luxação da segunda articulação metatarso-falangianas; altera a biomecânica e comprometea função; e é geralmente dolorosa (o pacienterelata dor sobre a proeminência medial do pé,correspondente à cabeça do primeiro metatarso)e implica em má convivência com calçados; a sil-hueta do pé pode ser desagradável do ponto devista estético. A história natural do hálux valgoevidencia um processo evolutivo ocorrendo oagravamento do alinhamento e como conseqüên-cia final a instalação do processo degenerativoarticular. A perda funcional é simultânea einevitável (HEBERT et al, 2002; SAKAMOTO,2005).

É necessário também tomar conhecimento deoutros conceitos. Apesar do senso comum clas-sificar todo o hálux valgo como joanete cabeexplicar que são duas alterações que, clinica-mente, costumam existir simultaneamente,podendo apresentar-se isoladas e sem relaçãouma com a outra. Joanete é a proeminência queaparece na face interna da cabeça do primeirometatarso. Esta pode originar-se, dentre outraseventualidades, a um metatarso varo (o que,geralmente, se acompanha de hálux valgo); a umosteófito, que pode aparecer no hálux rígido; aum higroma, que, às vezes, ocorre na citadaregião, sem modificação da arquitetura ósseanem da direção do hálux; a um cisto sinovial e aum abscesso frio (PRADO JUNIOR et al, 2003).

Segundo Nery (2001) a etiologia desta patolo-gia tem fatores extrínsecos e intrínsecos e sãoreconhecidos traços genéticos na incidênciafamiliar desta deformidade . O fator extrínsecode maior relevância é o uso de calçados inade-quados, razão pela qual a deformidade temmaior incidência nas sociedades que possuem ocostume de usar calçado, bem como o desen-volvimento e a progressão parecem estar sob ainfluência de calçados com formatos inadequa-dos, ou seja, afilados na câmara anterior e saltoselevados. O fator intrínseco também tem suarelevância, apesar dos fatores extrínsecos serem

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mais evidentes. Fatores como varismo doprimeiro metatarsiano é uma condição congêni-ta; pés planos valgo porque o valgismo do retropé, prona o hálux; frouxidão ligamentar exagera-da porque faz com que a deformidade fique, masacentuada; doenças sistêmicas são doenças neu-romusculares e reumáticas que causam alter-ações no equilíbrio da musculatura, contribuindoassim para que ocorra a deformidade(SALOMÃO, 2005).

O tratamento do hálux valgo é essencialmenteconservador. As medidas terapêuticas dizemrespeito: aos cuidados posturais; sobretudo aouso de calçados adequados, com saltos de atéquatro centímetros e largos na câmara anterior;a utilização de órteses noturnas que promovem oafastamento entre o primeiro e segundo dedos; ouso das palmilhas de suporte do arco longitudi-nal interno; estímulo ao desenvolvimento damusculatura intrínseca do pé; colocação de pro-teção nas áreas de atrito e uso de órteses paradistribuição das pressões sob as cabeças dosmetatarsos; fisioterapia objetivando flexibiliza-ção da deformidade e alongamento do tendãocalcâneo por que melhora a pronação do pé ,dessa maneira, é possível tratar alguns pacientescom hálux valgo satisfatoriamente (KISNER;COLBY, 2003; SOUZA, 2006). O tratamento con-servador tem importância considerável porquemuitas vezes técnicas cirúrgicas podem levar adeformidades secundárias como hálux extensus(MIZUSAKI, 2005).

O tratamento com órtese tem como objetivodiminuir a algia, restabelecer a função e possibil-itar conforto ao uso de calçados comerciais. Oemprego de órtese e de sapato de forma corretasão eficientes de modo geral, pois se constituemno tratamento definitivo em uma alta porcent-agem de casos (RUARO et al, 2007; CORREA,2007).

O tratamento cirúrgico está indicado após serdetectada a falha do tratamento conservador,com o quadro clínico agravado pela dor, com ocomprometimento da função e do alinhamentodo pé e as metatarsalgias resistentes ao trata-mento conservador. (HEBERT et al, 2003).

A órtese é um aparelho destinado a suprir oucorrigir alterações morfológicas de um órgão, deum membro ou de um segmento ou a deficiênciade uma função. Elas são de uso permanente eimobilizam, mobilizam, posicionam e protegemuma articulação ou alguma parte específica docorpo. São confeccionados com os mais variadosmateriais (termoplástico, silicone e etc) (FER-NANDES, 2007).

Os benefícios das órteses no tratamento deacometimentos nos membros inferiores têm sidorelatados. No entanto, observa-se na práticafisioterápica uma baixa adesão ao uso da órtese,

comprometendo os benefícios que poderiam serproporcionados. A adesão do paciente, essencialpara o sucesso de um tratamento, pode serdefinida como o correto cumprimento às pre-scrições terapêuticas e geralmente requer umamudança sustentada de comportamento porparte do indivíduo. Quando a adesão não ocorre,há uma redução considerável dos benefícios quepoderiam ser gerados (O´SULLIVAN; SCHMITZ,2004).

As órteses são utilizadas no interior de calça-dos de indivíduos com alterações estruturais nopé. Essas alterações podem originar compen-sações durante atividades funcionais como mar-cha, corrida e práticas esportivas, levando a dis-funções e patologias. O uso das órteses visa aco-modar tais alterações, evitando o posicionamen-to inadequado do pé, ajustando assim o movi-mento da articulação, contribuindo para reduzira dor, evitar a progressão ou desenvolvimento dedeformidades e melhorar a capacidade funcionaldo paciente. Uma vez que se opte pela órtesecomo parte integrante do tratamento, a sua uti-lização poderá acompanhar o indivíduo porvários anos, necessitando, desta forma, de umaadesão em longo prazo. Isso também favorece obeneficio da prevenção, pois evita a evolução dadeformidade. Assim, entender os conceitos quedefinem prevenção é uma premissa importantepara tornar mais efetiva à adesão aos tratamen-tos mais longos (GUIMARÃES et al, 2006).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

A amostra dessa pesquisa foi composta poruma voluntária, do sexo feminino de 87 anos,com hálux valgo, luxação da segunda articulaçãometatarsofalangiana com desvio medial eosteoartrite no antepé.

O instrumento utilizado na pesquisa foi umaórtese de silicone estrutural em pasta. Siliconede moldagem pesada para dar mais resistência,um catalisador em pasta e uma máquina digitalmarca Canon Power Shot A300 - 3.2 mega pixelscom a finalidade de registrar as imagens perti-nentes a deformidade e a evolução do quadrocom o uso da órtese.

A órtese foi confeccionada diretamente no péda paciente e ela foi orientada a usá-la diaria-mente e em tempo integral, exceto para ir àpraia, entrar na piscina e no banho; e manter otratamento fisioterapêutico indicado. O acom-panhamento do tratamento foi por um períodode um ano. Neste período foram confeccionadasnovas órteses sempre que houve a necessidadede um novo ajuste devido à evolução do quadro.Neste trabalho será apresentada e evolução apósquatro meses de uso da órtese e o final do trata-mento após um ano.

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Os dados coletados estão apresentados atravésde texto descritivo e fotos da evolução do trata-mento.

Inicialmente foi feito um teste de deambulaçãopara observar o padrão de sua marcha e demon-strar com precisão os pontos dolorosos em seupé. Posteriormente a paciente foi colocada emposição sentada em uma cadeira podológica,com membros inferiores estendidos e apoiados.Em seguida foi aplicado cinesioterapia passivanas articulações metatarsofalangianas e inter-falangianas dos artelhos comprometidos, objeti-vando melhorar o grau de amplitude articular.Depois foi feito imobilização com esparadrapo(cremer) com a proposta de retornar o artelho auma posição fisiológica e, finalmente, a órtese desilicone foi moldada no próprio pé da paciente. Aórtese foi posicionada no pé da paciente e foirealizado um novo teste em deambulação paraobservar a adaptação da órtese.

4. RESULTADOS

Na avaliação objetiva da paciente:Primeira sessão: na análise da marcha foi

observado que o apoio predominante erasomente no retropé/lateral, isto é, não realizavacontato na cabeça do quarto, terceiro, segundo eprimeiro metatarso.

A paciente relatava: algia ao apoio na cabeçado segundo metatarso e no joanete; dificuldadeem usar calçados fechados, em função do atritosobre a articulação interfalangiana do segundoartelho; sensibilidade na face lateral do haluxdevido ao contato da lâmina ungueal do terceiroartelho, que se encontrava rodada medialmente(figura 01).

A seguir foi aplicado cinesioterapia passiva nasarticulações metatarsofalangianas e interfalan-gianas dos artelhos comprometidos, para melho-rar o grau de amplitude articular. Depois foi feitoimobilização com esparadrapo (cremer) com o

objetivo de colocar o artelho a uma posição fisi-ológica. E finalmente foi moldada uma órtese desilicone de baixa densidade no próprio pé dapaciente (figura 02).

Nessa sessão foram feitas as recomendaçõesquanto ao manuseio e conservação da órtesebem como a forma de fazer o uso progressivopara possibilitar uma boa adaptação.

Na segunda sessão (após quatro meses), foiobservada uma boa adesão ao tratamento comadaptação da órtese, visível melhora no posi-cionamento dos artelhos (figura 03), diminuiçãodo quadro álgico, gerando melhor qualidade namarcha.

Após procedimento cinesioterápico, foi confec-cionada uma nova órtese com mais densidade ecor diferente (cinza), com o objetivo de evoluir acorreção do problema (figura 04).

Ao longo de um ano, conforme a paciente com-parecia as consultas regulares, foram feitasnovas órteses, na medida em que ocorria umaevolução positiva do quadro, ou seja, melhora doarco de movimento e do posicionamento dasarticulações envolvidas.

No início do tratamento foi aconselhada con-

Figura 01MLAS, 87anos comHáluxvalgo, lux-ação dasegundaarticu-laçãometatar-sofalangeana comdesviomedial.

Figura 03Após qua-tro meses,visívelmelhorano posi-cionamen-to dosegundoartelho.

Figura 02Primeiraórtesecom sili-cone debaixa den-sidade.

comitantemente ao uso da órtese a utilização decalçado fechado normal, contudo após amudança do posicionamento dos artelhos eaumento da densidade do silicone, houve oaparecimento de uma lesão sobre a articulaçãointerfalangiana do segundo artelho (figura 05),devido a compressão gerada pelo volume daórtese em um calçado com a câmara internareduzida.

Depois de identificada que a causa desta lesão,foi à compressão e atrito devido a câmara inter-na do calçado ser pequena, foi prescrito o uso deum calçado especial, com a câmara interna maisampla e face dorsal de neoprene (figura 06), coma utilização do novo calçado o problema da lesãofoi solucionado.

Após um ano de tratamento e a confecção decinco órteses, a paciente relatou a redução doquadro álgico, e foi observado a melhora no posi-cionamento da primeira e segunda articulaçãometatarsofalangianas e no apoio da cabeça dosegundo metatarso (figura 07), restando, contu-do, algum grau no desalinhamento dos artelhosem função dos bloqueios ósseos provocados pelaosteoartrite.

5. DISCUSSÃO

De acordo com Hebert et al (2003), preconiza-se que o tratamento do hálux valgo inicialmentedeva ser conservador, com a indicação ao uso deórteses noturnas que promovem afastamentoentre o primeiro e segundo pododáctilos, órtesespara proteção das áreas de atrito e distribuiçãodas pressões sob as cabeças metatarsais, com afinalidade de proporcionar conforto e alívio dador, sendo útil para evitar a progressão rápida dadeformidade, sem contudo interferir nas alter-ações estruturais, e essa terapêutica se constituino tratamento definitivo.

Porém esse estudo teve o objetivo de observaro uso de órtese estrutural de silicone em tempointegral com a proposta de diminuir o quadroálgico, melhorar o posicionamento dos artelhos emelhorar a marcha. A utilização da órtese, tam-bém é por tempo definitivo, mas observou-se queno período de um ano, houve uma mudança noalinhamento dos artelhos.

Outra medida terapêutica é a recomendação douso de calçados adequados, com saltos até qua-tro centímetros de altura e largos na câmaraanterior (SOUZA, 2006).

Durante essa pesquisa, além da recomendaçãodo uso de um calçado adequado, houve a nece-ssidade da indicação de um calçado especial,com a câmara interna mais ampla e a face dor-sal em neoprene, devido ao aumento da densi-

dade do silicone e mudança no posicionamentodos pododáctilos, essas alterações nos calçadosproporcionou a continuidade do tratamento de

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Figura 04Uma novaórtesecom maisdensidadee forçandouma correçãomaior

Figura 05Lesãosobre osegundoartelho.

Figura 06Comcalçadomais largoe com aregiãodorsal deneoprene

Figura 07Após umano detratamen-to com osartelhosmais ali-nhados

forma segura e confortável.Na prática do uso de órtese observa-se uma

baixa adesão, o que compromete os benefíciosque poderiam ser causados pela órtese. Aadesão ao uso da órtese é essencial para osucesso do tratamento (O'SULLIVAN, 2004;SCHMITZ, 2004).

Nosso estudo observou que o conforto e apraticidade são fatores que contribuem para aadesão ao uso da órtese, desta forma fazendocom que o paciente obtenha os benefícios gera-dos pela terapêutica. Assim se evidência aimportância que a adesão constitui para o trata-mento.

6. CONCLUSÃO

A órtese estrutural de silicone, apresentadaneste trabalho demonstrou proporcionar grandebeneficio quanto à melhoria funcional por pro-porcionar uma diminuição significativa doquadro álgico e melhorar da marcha, segundorelato da paciente, o que possibilitou uma reor-ganização postural ascendente. Porém, os bene-fícios foram adquiridos gradativamente.

A adesão ao tratamento é importante para adetecção de resultados positivos ou não e a per-cepção dos alcances e limites do tratamento.Neste estudo, a adesão ao tratamento proporcio-nou um resultado satisfatório ao final de um ano.

Foi possível observar que pacientes com háluxvalgo, luxação do segundo artelho com desviomedial tratados com órtese estrutural de sili-cone, poderão ser beneficiados enquanto man-tiverem o uso constante, pois o resultado dá-sepela adaptação na nova posição articular e nãoexistem dados que indique uma redução dapatologia intrínseca articular.

Essa técnica pode favorecer em especial ospacientes que tenham restrições cirúrgicas, devi-do ao aspecto conservador que a técnica oferece.É sabido que qualquer cirurgia, apesar de seusinúmeros benefícios, é uma técnica invasiva quepode ocasionar resultados indesejados e poderecidivar, uma vez que, o paciente continua comos mesmos hábitos posturais. Assim, a utilizaçãode órteses pode ser mais um aliado ao trata-mento conservador.

Cabe ressaltar que a apresentação do casoclínico nesse estudo, não se constituiu numaamostra epidemiológica, que levaria em consid-eração a quantitativa populacional, incidência e aprevalência do problema na população e umarelação desses dados com a amostra popula-cional que verificaria a eficácia quantitativanecessária para uma averiguação mais acurada.Assim, novos estudos se fazem necessários nosentido de averiguar a aplicabilidade, eficiência eprevenção do halux valgo com a utilização da téc-nica de órtese estrutural de silicone como mais

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uma terapêutica conservadora de tratamento.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao nosso orientador Prof. RicardoN. Pacheco por sua paciência, apoio e dedicaçãoao grupo no decorrer de nosso trabalho. Sem assuas orientações oportunas, críticas, entusias-madas e às vezes severas, pouco se pode fazerpara apresentar um trabalho digno do grau deum trabalho científico.

Agradecemos também ao fisioterapeuta epodólogo Dr. Rogério Romeiro, por sua incansáv-el necessidade de saber, sua dedicação a seuspacientes e o incentivo em fazer esta pesquisaque é um esboço do seu trabalho diário a algunsanos no desenvolvimento da técnica de órteseestrutural de silicone.

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O suor controla a temperatura do corpo e elim-ina as toxinas, que são produtos do metabolismodo corpo. Ele é estéril quando sai do corpo. Nãopossui cor nem cheiro, pois, não há microrganis-mos nele.

As glândulas sudoríparas eliminam o suor, ricoem sais, através dos poros.

A quantidade de suor varia de indivíduo paraindivíduo, de acordo com a idade, sexo ou raça,influenciada também por fatores endógenos ouexógenos.

As hidroses variam de acordo com a quanti-dade de glândulas sudoríparas, a localização e aquantidade de eliminação do suor.

Se um indivíduo transpira em demasia ocorre ahiperhidrose, se quase não transpira, a anidrose,caso ele transpire em demasia e esse suor é féti-do, ocorre a bromhidrose.

A hiperhidrose se manifesta devido a exercí-cios físicos e fatores emocionais.

A anidrose, pode ser sintoma de algumadoença, como por exemplo: a lepra. Essa patolo-gia é causada por uma bactéria que temafinidade com partes frias do corpo, como orel-ha, nariz, nádegas, dedos, atingindo assim, osanexos como as glândulas sudoríparas.

Tem como causa principal: a promiscuidade, afalta de alimentação, higiene e saneamento bási-co.

Há alguns fatores que contribuem para oaparecimento do odor fétido, vejamos algunsdeles:

a. Hormônios: O organismo é controlado peloSNC e pelos hormônios.

b. Alimentação: Quantidade e característicasdo alimento.

c. Medicamentos: Composiçãod. Meio-ambiente: Depende do ar e clima.e. Roupas: Sapatos, meias e tipos de tecidos.

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Convém salientar que nem em todo indivíduoque ocorre a hiperhidrose, vá ocorrer necessaria-mente também a bromhidrose. Suar muito facili-ta a bromhidrose. Isso dependerá de algunsfatores como os mencionados, juntamente comfalta de higiene e origem genética, que influen-ciará diretamente para que o mesmo indivíduoapresente ou não a bromhidrose.

O suor é controlado pela acetilcolina, queestimula a transpiração.

Como opção de tratamento dermatológico, sãoindicados alguns fármacos por via oral, mas comefeitos colaterais freqüentes.Fármacos de apli-cação local, não tem demonstrado resultadossatisfatórios.

Outras opções de tratamento:

a. Iontoforese: Aparelhos de iontoforese comaplicações diárias de 30 minutos, sem muitosresultados satisfatórios.

b. Toxina botulínica: Com o uso de Botox ,comresultados parciais e insatisfatórios.

c. Ressecção da pele com as glândulas sudorí-paras: Com resultados insatisfatórios e recidivas.

A opção definitiva para essa patologia derma-tológica é a cirurgia chamada SimpatectomiaTorácica, com Videotorascoscopia.

Com a videotoracoscopia, através de pequenasincisões, o cirurgião pode retirar ou destruir aporção da cadeia simpática que interessa notratamento da afecção. É método seguro, poispermite a abordagem precisa, sob visão direta,poupando as estruturas vizinhas. O resultado éimediato e duradouro.

Como efeito colateral podemos salientar asudorese compensatória, que se manifesta emoutros locais do corpo do paciente.

Obs.: Pesquisa feita na internet. ¤

Hidroses.

Podologa Profa Marcia Nogueira. Brasil.

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Ano após ano, nos grandes eventos mundiaisde saúde, vem crescendo vertiginosamente a var-iedade e quantidade de fabricantes de aparelhosque utilizam luz como produto. Este dado é rele-vante porque confirma não só a eficiência, mastambém as amplas possibilidades de tratamen-tos, tanto para intervenções médicas quantopara estética, podologia, fisioterapia, enfimtodos os segmentos envolvidos com a biomédici-na.

Esta matéria visa trazer conhecimento e novi-dades relacionadas às aplicações da luz nasaúde, abrindo possibilidades de novasprestações de serviços e otimizar o sucesso nosprotocolos já executados, tendo aqui como públi-co alvo os Podólogos.

Vamos dividir nosso assunto em três capítulos:Capítulo 1 - O Conceito de LuzCapítulo 2 - Laser de Baixa Intensidade e

Terapia FotodinâmicaCapítulo 3 - Aplicações em Podologia.

Capítulo 1 - O CONCEITO DE LUZ

Quando ouvimos falar em laser, logo imagi-namos uma energia poderosa fruto de pesquisasem alta tecnologia.

O nome LASER é um acrônimo da língua ingle-sa que traduzindo significa Amplificação da Luzpor Emissão Estimulada de Radiação. Ou seja, éuma luz trabalhada. Este é o principal funda-mento para quem quer entender o laser. Foraalguns detalhes, o laser é uma luz como outraqualquer que conhecemos.

Entretanto temos que nos aprofundar no assun-to para reconhecer as diferenças entre estasluzes.

Vamos começar com uma pergunta: se o laseré uma luz como ele pode produzir efeitos tãopeculiares em nosso corpo?

Para responder esta questão, temos que apren-der um pouco de física, ou melhor, de biofísica.

Afirmamos acima que o laser é uma luz, então,tenho que saber qual é a interação da luz com ostecidos biológicos.

Entender como isto ocorre naturalmente, aju-dará bastante na formação do nosso conceito.

FOTOFISIOLOGIA

Pois bem, que tal começar pela origem detudo, a criação do Universo. Deus criou a luzpara depois colocar ordem em tudo, disse quehavia gostado dela e somente depois é que criouos seres viventes da terra. Sua importância é fun-damental para a manutenção da vida no planeta,significa dizer que temos uma relação de com-pleta dependência com a luz que chega do sol.

Um conceito universal para qualquer tipo deterapia é que o fator determinante entre venenoe remédio é a dose. Não é diferente para a radi-ação solar. Excesso de exposição ao sol, é danosopara saúde, a completa ausência de exposição,também resultam malefícios. É preciso, portan-to, conhecer a dose ideal de exposição a estaradiação, ou seja, quinze a vinte minutos diáriosde sol sem nuvens, até as 9:30 e após as 16:30horas para regiões onde a luz tem boa incidênciae em qualquer estação do ano.

Muitos danos são provenientes de excesso deradiação, e a radiação ultravioleta (UV), é agrande responsável pelas injúrias solares à pele.Ela pode causar mutações genéticas, originandoneoplasias como espino e baso celulares e atémelanoma. Em contra partida, a radiação UVtambém é responsável pela produção de vitami-na D, quando ela atinge uma substância naturalda pele chamada 7-de-hidrocolesterol, há quebrade anéis da molécula transformando-a em vitam-ina D, fundamental para nervos e assimilação decálcio.

Da investigação de padrões regulares da ritmi-cidade fisiológicas dos organismos e da inter-ação destes padrões com a ritmicidade ambien-tal relacionada às variações de luminosidadesurgiu um novo segmento da ciência, a cronobi-ologia.

A cronobiologia é uma especialidade que evi-dencia a capacidade de influenciar e sincronizaras atividades endógenas dos organismos sob var-iâncias físicas ambientais entre claro e escuro,intermediado pelos sistemas humoral e neural.

Os primórdios dos detalhes envolvendo reaçõesorgânicas relacionadas com o ciclo da luzcomeçaram quando Jacques Mairam em 1729observou que plantas que se abrem com a luz,mantiveram o ritmo mesmo quando colocadassob completa escuridão. Mas, somente nas últi-

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Laser em Podologia.

Dr. Ricardo Trajano. Brasil.

mas décadas os cientistas publicaram a maioriados trabalhos científicos sobre assunto.

Apesar da importância (podemos falar distoem outra ocasião) o tema é longo e serve aquiapenas para ilustrar o quanto a luz influencia osorganismos. Em síntese, o fenômeno periódicode claro-escuro controla o sistema de regulaçãotemporal neuroendócrino-imunológico, ou seja osgrandes sistemas coordenadores do organismo.Este conhecimento deu origem a um sub-ramoda cronobiologia, a cronofarmacologia, visandouma melhor eficiência dos medicamentos basea-dos no período de sua ingestão.

Como afirma a Professora Regina P. Markus, doInstituto de Biociências da USP, "Este sistemaatua sincronizando todos os sistemas do corpoaos grandes ciclos ambientais, exemplificadospelo ciclo dia-noite e pelas estações do ano.

Por conseguinte, sabe-se atualmente que osorganismos vivos, e em particular a espéciehumana, não reagem passivamente à ritmicidadeambiental, mas sim se preparam ativamente epreventivamente diante desta.

Ainda há muito que descobrir em relação aofuncionamento e a dinâmica dos ritmos biológi-cos, e os mecanismos de operação e regulaçãodos relógios estão apenas surgindo.

Todavia, certamente surgirão novas e impor-

tantes aplicações clínicas da cronobiologia numfuturo próximo, razão suficiente para estarmosatentos aos progressos dessa área fascinante."

A glândula pineal que fica exatamente no meioda caixa craniana na base do cérebro é crite-riosamente regida pelo claro e escuro. Ela pro-duz a melatonina é conhecida como o hormôniodo escuro. Todos os animais e plantas possuemeste hormônio. Quando a melatonina é liberada,as células alvo adeqüam sua fisiologia à estacondição.

Não nos esqueçamos de que, a grosso modo,tudo é luz, inclusive o laser, daí estarmos conje-turando os fundamentos da luz sobre o tecido,para entender a interação do laser com o tecido.

A menarca (primeira menstruação da mulher)acontece mais cedo nas meninas que vivem maispróximas do equador, ocorrência devida à grandedensidade de energia solar que acomete aqueleeixo, inversamente proporcional ao que acontececom as garotas que moram próximas aos pólos.

As pessoas que moram mais distantes doequador são de estatura mais alta, salvoexceções genéticas como os esquimós, o mesmoacontece com algumas plantas. Têm até campe-onato de ortifrutíferos como abóboras, pepinos,quiabos e tomates gigantes.

Em todos os lugares do planeta, o verão é a

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época de reprodução, isto para todos os seresviventes do planeta. (A melatonina inibe a pro-dução dos hormônios sexuais. Como ela é libera-da no escuro, e os períodos noturnos são bemmenores no verão, a quantidade e intensidadedos hormônios sexuais são predominantes nestaépoca)

Faz parte do protocolo de tratamento dedoenças de degeneração sistêmica como o malde Alzheimer, tomar uns minutos de sol diaria-mente. É o fator neurogênico da radiação solar.Também tem um efeito tranqüilizante e relax-ante, considerando a produção de serotonina. Demodo geral a Serotonina regula o humor, o sono,a atividade sexual, o apetite, o ritmo circadiano,as funções neuroendócrinas, temperatura corpo-ral, sensibilidade à dor, atividade motora efunções cognitivas.

Todos já ouvimos falar a respeito do foto envel-hecimento, ou seja, danos causados pelo exces-so de sol. Dentre suas conseqüências podemoscitar: marcas de expressão, estreitamento dacamada de fibras colágenas, excesso de oleosi-dade, comprometimento da textura e flacidez,melanose solar e excessiva formação de acnes.

Portanto, manter a pele bronzeada é um riscoa longo prazo, em países com maior incidênciade radiação solar, os malefícios são diretamenteproporcionais. A valorização da pele bronzeada éalgo totalmente cultural. O bronzeamento é, naverdade, uma reação da pele para avisar que oorganismo está sendo agredido.

A luz do sol tem poder curativo para algumaspatologias, mas não devemos esquecer daquestão dose.

Esta terapia é conhecida como Helioterapia.Felizmente, este protocolo está em pauta nova-mente. Seu desuso ocorreu por falta de conheci-mento científico sobre o assunto.

Veja na foto abaixo o tratamento sendo execu-tado na Colômbia, por volta de 1910. Está erra-do, sabemos hoje, que a cor branca reflete todaluz, e é justamente de tecido branco que as cri-anças estão cobertas até a cabeça, portanto, oresultado foi insucesso.

A helioterapia é indicada para tratamentoscomo icterícia, psoríase, a já comentada neu-rogênese, e muito mais.

Atualmente, a ciência orienta e explica a ação,os efeitos e como aproveitar melhor esta técnica.Por exemplo, falamos acima que o excesso de solprovoca acnes no rosto, isto faz com que a pelefique toda marcada e de aspecto inestético.Todavia, um pouco de sol pode eliminar as acnes.

A Propionibacterium Acne, ou P. Acne é a bac-téria oportunista que desenvolve a acne. Ela pos-sui em sua membrana uma porfirina chamadaPP-IX (Protoporfirina Photosensitiva-IX), quandoa luz azul incide sobre esta molécula, ela liberaum radical livre de extremo poder oxidativo levan-do a morte da bactéria por apoptose. Quandofalarmos sobre Terapia Fotodinâmica explicare-mos melhor este evento, que ocorre igualmentecom a bactéria Heliobacter Pylori ou H. Pylori,que causa doenças no estômago e outras como aActinomyces Odontolyticus e a PorphyroonasGengivalis, que também possuem outros tipos deporfirinas e igualmente sensíveis à luz vermelha,produzindo o mesmo efeito de morte celular.

Ou seja, se a pessoa tem acne, de qualquertipo, ela pode tomar sol por quinze minutosdiários que provocará a morte da bactéria. Casoa acne seja conseqüência de excesso de sol,basta utilizar uma folha de plástico azul trans-parente, que atuará como filtro.

Bem, estes são alguns efeitos da ação da luzsolar sobre o corpo, obviamente existem outrosque ainda não sabemos. Fenômenos semel-hantes estão sendo pesquisados com publi-cações rotineiras, assim, constantemente novasalternativas terapêuticas são conhecidas.

CONHECENDO A LUZ

A luz proveniente do sol possui todas as vari-ações possíveis das características peculiares àesta radiação. O nome dado a estas variações éespectro. Quando dizemos luz, estamos general-izando uma grandeza física denominadaRadiação Eletromagnética. Luz seria apenas aporção visível deste espectro. Portanto, contin-uaremos a chamar de luz esta radiação, por serum termo comum, mas para a física é errado.

A radiação eletromagnética é a grandeza físicaque se desloca na maior velocidade conhecida,quase 300.000 Km/s. Esta velocidade é parte dediversas fórmulas da física.

O que Einstein demonstrou em alguns trabal-hos é que a luz se caracteriza por uma dualidadefísica, ou seja, corpúsculo e onda. A menor parteda luz é o fóton, que é o corpúsculo, e ele sem-pre viaja oscilando em ondas.

As ondas é que definem as características daluz. A onda é medida do começo da oscilação até

o fim do ciclo e são extremamentepequenas, medidas em nanômet-ros, ou seja, 10-9m(0,000000001),conforme figura 1.

Onde Ÿ é comprimento de onda;C é a constante de Plank e V évelocidade da luz.

O comprimento de onda vaidizer qual é a "cor" da luz e qual éa energia contida em cada fóton.Podemos adiantar que quantomenor o comprimento de ondamaior a energia do fóton.

Considere o Espectro Eletromagnético figura 2.

Alguns detalhes devem ser considerados nestequadro. O faixa visível, que vai de 400 a 700nm,do espectro é muito pequena em comparação aoquadro todo. Como comentado acima, os com-primentos de onda é que determinam as cores,ou seja comprimento de onda e cores são amesma coisa. Por exemplo, dentro do visível, oazul vai de 420 até 480nm, o vermelho vai de600 a 700nm.

Portanto, se no manual do aparelho disser queo comprimento de onda daquela fonte é 510nmsabemos que é verde; se disser que é 390nm eusei que é ultra-violeta. Os comprimentos de ondamais utilizados em terapias são o azul, vermelhoe infra-vermelho.

Quando ouvimos falar em "radiação", logo pen-samos em energia que provoca câncer. O quadroacima mostra que para a esquerda os fótons sãomais energéticos, e que para a direita são menos.Pois bem, o que deve ser considerado é o nossoDNA, onde a radiação pode causar malefíciosgenéticos, radiação esta chamada de ionizanteou mutagênica.

Ou seja, que tem energia suficiente para, emsendo absorvida, produzir alterações nestasmoléculas. A energia que mantém a ligaçãoquímica do nosso DNA é de 4 eV (eletro-Volt),qualquer radiação que tenha energia igual ou

superior a esta, deve ser considerada ionizante.Esta radiação se encontra no ultra-violeta, maisprecisamente, o UV-B, que tem o comprimentode onda que vai de 290 a 320nm, e tem em cadafóton de 3.9 a 4.4 eV, ou seja, é no mínimo cumu-lativo.

Quaisquer energia abaixo deste comprimentode onda, é considerada mutagênica. Como disse-mos, os comprimentos de onda utilizados emnossa terapia tem energias menores que os 4 eV.Por exemplo, o vermelho na faixa de 660nm tem2 eV.

Podemos dizer que o Sol emite energia em,praticamente, todos os comprimentos de ondado espectro eletromagnético, 44% de toda essaenergia emitida se concentra entre 400 e 700nm,denominado espectro visível de energia.

O restante é dividido entre radiação ultravioleta(<400nm) com 7%, infravermelho próximo (entre700 e 1500nm) com 37% e infravermelho(>1500nm) com 11%. Menos de 1% da radiaçãoemitida concentra-se acima da região do infraver-melho, como visto, microondas e ondas de rádio,e abaixo da região ultravioleta, como raios X eraios gama.

MAS, COMO A LUZ SE FORMA ?

É um assunto muito técnico, mas vamos tentarsimplificar ao máximo.

Existem alguns materiais que pela sua com-posição quando jogamos energia nele ele devolve

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AM

PLIT

UD

E

TEMPO

Compimento de onda

Figura 1

Figura 2

= C / V

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luz. Um exemplo prático são aqueles colares defesta que ficam acesos. Também aqueles ade-sivos que são colados no teto do quarto simulan-do estrelas iluminadas quando apaga a luz. Damesma forma, aquelas tomadas antigas que per-maneciam fluorescendo horas no escuro. Sãomuitos os materiais que emitem luz quando sãoenergizados.

Os que são utilizados para fabricar o laserpodem ser líquidos, sólidos, gasosos e ainda osde plasma. E o material que emite luz da o nomeao aparelho de laser, como laser de gás carbono,o de rubi, o de alexandrita, o eximer laser, oérbio, o neodímio, os diodos, etc.

Estes materiais emitem luz a nível atômico. Oátomo é composto de núcleo no centro e um oumais elétrons traçando órbitas à sua volta. O quedetermina a distância do elétron do núcleo é aenergia que este elétron tem. Quanto mais próx-imo à camada de valência, ou seja, a camadamais externa do átomo, mais energia tem esteelétron. Quando o átomo está em repouso, ouestado fundamental, ele nem emite nem absorveenergia.

Entretanto se jogamos energia sobre esteátomo e ele a absorve, ele vai para um estadoque chamamos de excitado. Esta energia éabsorvida pelo(s) elétron(s) que vai para órbitasmais distantes do núcleo, carregados que estãode mais energia. Num tempo absurdamentecurto, nanosegundos, este átomo tem quedevolver esta energia para respeitar uma lei dafísica que diz que os átomos têm que voltar aoestado fundamental, para preservar energia.Assim, ele o faz emitindo um fóton, e volta aoestado fundamental, ou de repouso, novamente.Podemos concluir, então, que o fóton é energia

pura, sem matéria na sua composição.

Portanto, estamos trabalhando com uma ter-apia que utiliza pura energia. A luz é energia porsi só.

Além de viajar a 300.000 Km/s, a luz carregainformações, nos beneficiando de diversasmaneiras. Veja o controle remoto de seu televisor,apertando diferentes botões, ele controla difer-entes funções da TV. O mesmo acontece com ocontrole remoto do carro e tantos outros. A per-feição das informações que a luz carrega é tanta,que é possível realizar cirurgias delicadíssimas adistâncias absurdas, utilizando robôs.

Outro exemplo é a transmissão da TV, a câmaracapta a imagem a codifica, transmite por satéliteou cabo de fibra óptica, e os televisores decodifi-cam a imagem mostrando novamente a imagemque a câmara captou do outro lado. A Internettrabalha da mesma forma transmitindo docu-mentos, imagens, vídeos, etc.

Como veremos no próximo capítulo, dentro donosso corpo não é diferente.

Juntaremos estas informações com outras paraentendermos como podemos nos beneficiardesta energia, que sem ela não sobreviveríamos.

O autor desta materia:Mestre em Bioengenharia / Instituto de

Tecnologia e Desenvolvimento / IP&D / UNIVAP -São José dos Campos- SP

Coordenador da Odontolaser® - SPIF-USP Grupo de Laserterapia Coordenadoria Odontologica Sociedade

Brasileira de LASER Medicina e Cirurgia.Pesquisas: USP - IP&D – INCOR Co-autor do livro LASER EM BIOMEDICINA. ¤

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A melanoniquia se caracteriza pela coloraçãoparda escura da lamina ungueal que pode apre-sentar-se de forma difusa ou em listas transver-sais ou longitudinais. A melanoniquia resulta dodeposito de melanina na lamina ungueal, estepode ser o resultado de maior sínteses de melan-ina pelos melanocitos da matriz ou por umaumento no numero de melanocitos da matrizque sintetizam melanina.

É possível identificar a origem, proximal ou dis-tal da matriz, dos pigmentos através da inspeçãoclinica.

Pode classificar-se pela sua presença em listraúnica ou em listras múltiplas.

Entre as causas de melanoniquia em listraúnica se encontram os nevos melanocitos con-gênitos ou adquirindo-os, o melanoma ungueal,metástases e melanoma, traumatismos agudosou crônicos, irradiação local, cisto mixóide.

Entre as melanoniquias em listras múltiplas seencontram desordens dermatológicos como o

líquen plano, grande variedade de drogas,agentes microbianos, variação racial, irradiaçãosistêmica, doença sistêmica como o hiper-tiroidismo, doença de Addison, doença de Peutz-Jeghers, ma nutrição, profiria, déficit de vitami-nas B12, gravidez.

Existem múltiplas drogas causante demelanoniquia, entre elas os citostáticos como obleomicina, ciclofosfamida, hidroxiurea, sais deouro, sulfas, antimaláricos.

Entre os agentes microbianos causais demelanoniquia se encontram o trichophytumrubrum, que produz uma pigmentação escura,também pode ter cândida, trichophyton souda-nense, proteus mirabilis. A melanoniquia racial ecomum em pessoas de pele escura e em orien-tais, se apresenta habitualmente nos dedos pole-gares e índice em forma de múltiplas listras,

O melanoma ungueal apresenta habitualmentecomo melanoniquia em banda única, ainda que

Melanoniquia.

Podologa Patricia Salerno. Argentina.

tem sido observado em listras múltiplas, entre osdados clínicos que orientam o seu diagnostico seencontram:

1- O começo repentino da melanoniquia em umúnico dedo.

2- O desenvolvimento abrupto em uma laminaungueal previamente normal.

3- Quando uma banda pigmentada localizadase faz mais escura ou mais larga.

4- Quando a lesão aparece por traumatismodigital.

5- Quando a lesão apresenta um limite difuso.

6- Quando ocorre em uma pessoa com historiade melanoma maligno ou de nevos displásicos.

7- Quando se acompanha de distrofia ungueal.

Mas a aparição de câmbios na morfologia deuma melanoniquia longitudinal é a pista mais

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importante para suspeitar melanoma ungueal.Uma melanoniquia longitudinal pode empresar-se histopatologicamente como uma hiperplasiamelânica benigna, lentigo simples, um nevomelanócitos congênito ou adquirido, ou ummelanoma ungueal.

Os pacientes com AIDS desenvolvem melanon-iquia longitudinal associada a hiperpigmentaçãode regiões acrales, dedos, palmas e plantas dospés.

Quando a origem é traumático este tipo demelanoniquia sole acompanhar-se de lesõeshiperqueratósica.

O tratamento da melanoniquia que se encontraa nosso alcance e a derivação a tempo ao medicopara que se realizem os estudos e biopsiassegundo sua etiologia. O importante e chegar auma inter-consulta o mais rápido possível paraseu tratamento, que o medico realizara segundoseu critério.

Gentileza da Doutora Gristeina, Cátedra deDermatología do Hospital de Clínicas, UBA daciudade de Buenos aires, Argentina. ¤

O QUE SÃO ÓLEOS ESSENCIAIS ?

São substâncias naturais, presentes nas plan-tas, responsáveis pelos odores aromáticos quenelas encontramos, sendo obtido da destilaçãodestas plantas aromáticas.

Essas substâncias estão presentes nas flores,folhas, casca de árvores, casca de frutos cítricos,raízes e sementes.

Aparecem em todos os tecido das coníferas(pinheiros), mas apenas nas pétalas das rosas,ou na casca e nas folhas da canela; em suma, emlocalizações e quantidades variáveis nos tecidosvegetais.

Os óleos essenciais têm propriedades bio-químicas, eletromagnéticas, hormonais muitosimilares e compatíveis com a natureza humana,desta forma agem metafisicamente, tanto quan-to fisicamente para harmonizar e fortalecer anatureza humana, no âmbito emocional, medici-nal e dermatológico.

AROMATERAPIA

Aromaterapia é a terapia fundamentada nosaromas, isto é, nos óleos essenciais e vegetais.

Estes óleos essenciais podem ter vários efeitossobre as pessoas, desde atividades químicas quepodem ser agressivas, até uma ação sobre suaslembranças.

Todos nós temos em nossa memória, mesmoque não de forma consciente, a recordação decheiros da infância, algo que nos lembra a casade nosso avós, por exemplo.

Quando voltamos a sentir aquele cheiro, voltamtambém os sentimentos que nos acompanhavamnaquela época.

Do contato com estes sentimentos podemocorrer uma ação terapêutica em um adulto.

Não devemos pensar que os óleos essenciaissão substâncias modernas, que agora estão namoda.

Eles vêm sendo utilizados desde tempos remo-tos, em rituais e em cerimônias religiosas, tam-bém relacionadas a cura.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS

Os óleos essenciais são substâncias líquidasem sua maior parte.

Possuem aroma diferenciado que recorda aplanta da qual foram extraídos.

Devido à sua volatibilidade, se evaporam emdiferentes etapas.

CARACTERÍSTICAS DE UM BOM PRODUTO

Nome em LatimFrasco de vidrio - cor âmbarMSQuímico resposávelLotePrazo de validadelaudo/certificado de procedência

O QUE SÃO ÓLEOS VEGETAIS ?

São óleos graxos, chamados carreadores, denozes, sementes, etc, e são utilizados para con-duzir os óleos essenciais.

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O Uso de Óleos Essenciais na Podologia e na Aromaterapia.

Sras. Sâmia Maluf e Mônica Crestincov Ajauskas. Brasil.

Nome Principais Funções

Tea Tree Anti-séptico, anti-odor, auxiliar no tratamento de pé de atleta.

Nome Principais Funções

Calêndula (Calêndula officinalis) Anti-inflamatória / Emoliente / Anti-séptica / Calmante / Cicatrizante.

Semente de Uva - (Vitris Vinifera) Regenerador de tecido cutâneo / Excelente para massagens.

ÓLEOS VEGETAIS

ÁGUA PERFUMADA

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ÓleosEssenciais

PropriedadesAção Psicológica(Aromatizador)

Cuidados Formas de Uso

Alecrim

Diurético, estimu-lante mental. Auxiliarno tratamento dedores musculares eartrite.

Tonico e estimulante.

Evitar o uso por quemtem casos de epilepsiana família e quem faztratamento homeopáti-co e pressão alta.

Diluir 2 a 6 gotas paracada colher de sopa deÓleo Vegetal.

CopaíbaAntiinflamatório,anti-séptico, germici-da e bactericida.

Calmante.Uso tópico apenas emcasos específicos.

Para inflamação, uso tópi-co. Para demais usos,diluir de 2 a 6 gotas paracada colher de sopa deCreme ou Óleo Vegetal.

CravoCicatrizante, fungici-da, anti-infeccioso efortificante ungueal.

Afrodisíaco e excitante.

Pode causar irritaçãona pele. Usar SEMPREdiluído. Não usar noesmalte.

Diluir 2 a 6 gotas paracada colher de sopa deCreme ou Óleo Vegetal.

EucaliptoGlóbulus

Anti-séptico, antiin-flamatório, descon-gestionante e refres-cante. Alivia bolhas.

Estimulante e refrescante.

Não utilizar a noite,pois pode perturbar osono. Não utilizar commedicamentos home-opáticos.

Para bolhas, uso tópico.Para demais usos, diluir de2 a 6 gotas para cada col-her de sopa de Creme ouÓleo Vegetal de Calêndula.

HortelãPimenta

Anti-séptico,suavizante e refres-cante. Auxiliar notratamento de der-matite.

Estimulante e revigorante.

Não usar puro sobre apele e nem antes dedormir. Evitar durante agravidez e em períodosde tratamento home-opático.

Diluir 2 a 6 gotas paracada colher de sopa deÓleo Vegetal.

LaranjaAnti-séptico e desin-fetante.

Calmante e sedativo.

Não deve ser utilizadopuro e nem antes daexposição solar.

Diluir 2 a 6 gotas paracada colher de sopa deÓleo Vegetal.

LavandaRegenerador celulare cicatrizante. Aliviabolhas.

Calmante, ansiolíticoe balanceador.

Não há.Uso tópico ou diluído noCreme ou Óleo Vegetal.

LemongrassAdstringente e des-odorante.

Calmante e Sedativo.Não deve ser utilizadopuro e nem antes daexposição solar.

Diluir 2 a 6 gotas paracada colher de sopa deÓleo Vegetal.

LimãoAnti-séptico e des-odorizante.

Antidepressivo, sedativo e calmante.Favorece a concentração.

Deve ser usado moder-adamente pois podeirritar a pele. Eviteinalação e exposiçãosolar após o uso.

Diluir 2 a 6 gotas paracada colher de sopa deÓleo Vegetal.

Tea Tree(Melaleuca)

Anti-séptico, fungici-da, bactericida, cica-trizante. Auxiliar notratamento de verru-gas.

Estimulante e revigorante.

Não há.

Para micoses, uso tópico, 1gota pela manhã e 1 gota anoite.Para demais usos, diluir 2a 6 gotas para cada colherde sopa de Creme ou ÓleoVegetal de Calêndula.

ÓLEOS ESSENCIAIS

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

- Os únicos óleos essenciais que podem serusados sem diluição são o de Lavanda e Tea Tree.

Diluir é necessário, pois os óleos essenciais sãomuito fortes e concentrados.

- A diluição deve variar de 1% (dosagem míni-ma) a 3% (dosagem máxima) do óleo essencialpara o óleo vegetal. Na prática, para cada colherde sopa de óleo vegetal ou creme use de 2 a 6gotas de óleo essencial.

- Considerar para efeito de custo que cada mlde óleo essencial tem 20 gotas (a maioria chega

até a 25, mas alguns, dado a sua consistência,não ultrapassam as 20 gotas).

Dica: colocar uma bolinha pequena de algodãocom uma gota de Tea Tree para desinfecção dossapatos.

O óleo de Cravo não deve ser utilizado noesmalte nem mesmo puro, além disso deve serevitado o contato com os olhos e boca. Como ele,além de fungicida, também é um fortalecedor deunha, pode ser utilizado em um vidro limpo deesmalte 10ml de óleo vegetal de semente de uvacom 2 gotas do óleo essencial de cravo.

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REFLEXOLOGIA

Todos os óleos essenciais podem ser usadosdurante a reflexologia, auxiliando no resultado dotratamento desejado. Estes podem ser admin-istrados no Creme ou preparados com óleos veg-etais para massagem.

O uso tópico também pode ser utilizandosomente em pontos serem trabalhados aumen-tando o êxito do tratamento devido a suas pro-priedades medicinais e emocionais.

Exemplos:LAVANDA - Calmante, relaxante, utilizado no

combate da insônia e estados nervosos.HORTELÃ PIMENTA - Tônico, calmante, utiliza-

do no combate ao cansaço mental, dores decabeça, dores musculares e artrite.

ESCALDA PÉS

InsoniaLaranja + Lavanda

Agradável e Estimulante Problemas Respiratórios Calmante / Stress Tonico / Estimulante

5 gts de Hortelã Pimenta5 gts Lavanda5 gts de Laranja 5 gts de Lemongrass5 gts de Alecrim

15 gts de EucaliptoGlóbulos10 gts de Hortelã Pimenta

10 gts de Laranja05 gts de Lemongrass10 gts de Lavanda

10 gts de Limão10 gts de Hortelã Pimenta10 gts de Lemongrass

Purificador de Ambiente Expectorante Problemas Respiratórios

10 gts de Lavanda07 gts de Alecrim 08 gts de Copaíba

15 gts de Eucalipto Glóbulos08 gts de Copaíba07 gts de Alecrim

10 gts de Hortelã Pimenta08 gts de Eucalipto Glóbulos07 gts de Alecrim

SINERGIAS PARA O AROMATIZADOR

O uso individual dos óleos de Lavanda, Lemongrass ou Laranja também tem excelente resultado !!!Crie a sua sinergia !!!

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Dosagem: para cada 02 litros de água, utilizar06 gotas de cada óleo (laranja + lavanda).

Dores muscularesAlecrim + Lavanda Dosagem: para cada 02 litros de água, utilizar

06 gotas de cada óleo (alecrim + lavanda).

FungosTea Tree + Alecrim + LavandaDosagem: para cada 02 litros de água, utilizar

05 gotas de Tea Tree, 02 gotas de Alecrim e 1gota de Lavanda

RITUAL DE RELAXAMENTO

Fazer a higienização com Água Perfumada deTea Tree.

Enxugar com fralda cremer se possível demodo delicado para que a cliente possa se sentircuidada.

Fazer um leve desbaste no pé da cliente uti-lizando 1 colher de sopa de creme acrescido de2 gotas de Óleo Essencial de Lavanda para cadaum dos pés.

Em um mini ofurô, coloque bolinhas de gude eacrescente 2 ou 3 litros de água com uma colherde café de óleo vegetal de semente de uva e 15gotas de óleo essencial de Lavanda Francesa.Mergulhe os pés da cliente por 15 minutos. Paraagradar a percepção visual utilize flores docampo e/ou pétalas de rosas.

Ao retirar os pés enxugue-os bem e deixe-osenvolvidos em toalhas secas para não perderemo calor da água do escalpa pés e não terem o res-friamento rápido dos pés.

Utilize 1 colher de sopa de Creme acrescido de5 gotas de óleo essencial de Lavanda, que comseus ativos irá proporcionar uma profundahidratação tão necessária aos pés em qualquerocasião, mas principalmente no inverno onde apele se ressente ficando mais seca e sensível.Aplique de forma uniforme em movimento circu-lares fazendo leve pressão em locais que neces-site de uma maior absorção do creme.

Se quiser utilize o filme para maior absorçãodo creme com o óleo essencial de Lavanda parahidratação e o relaxamento profundo.

Para um completo agrado ao cliente, sugeri-mos ainda uma pequena hidratação com cremee Lavanda Francesa nas mãos da cliente.

DORES NAS PERNAS, AQUECIMENTO E AUMENTO DA CIRCULAÇÃO PERIFÉRICA

Utilizar 1 colher de café de óleo vegetal deSemente de Uva (se quiser aquecido), 4 gotas deóleo essencial de cravo e 6 gotas de óleo essen-cial Hortelã Pimenta no escalda pés com folhasde Louro e/ou flores.

Usar loção acrescida de 4 gotas de óleo essen-cial de cravo para ativar a circulação e melhorardores causadas por ficar muito em pé, ou cau-sadas pelo inverno. ¤

Uma obra destinada a estudantes da área de saúde, espe-cializados ou que pretendem especializar-se em Podologia,ramo auxiliar da Medicina responsável pela assistência epelos cuidados com os pés.Tratado de Podologia traz um vasto material científico paraestudo e pesquisa, possibilitando ao leitor aprofundar seusconhecimentos acerca do assunto e oferecer à populaçãoum serviço de melhor qualidade no tocante ao cuidado comos pés. A obra, repleta de fotos, esquemas e ilustrações, trata devários temas, com especial atenção às feridas que acome-tem os pés, seus respectivos medicamentos e curativos. Olivro conta também com diveras fotos, esquemas e ilustra-ções coloridas. Enfim, mais uma obra que pretende contri-buir para o desenvolvimento da arte de cuidar da saúde ea estética dos pés.416 páginas divididas em 21 capítulos abarcando os maisimportantes temas podologicos. Em português.

LIVRO do Autor Podólogo Armando BegaTRATADO DE PODOLOGIATRATADO DE PODOLOGIA

Vendas: Podologia Hoje Publicações Ltda. Tel: (#55-11) [email protected] - w w w. r e v i s t a p o d o l o g i a . c o m

Temos a satisfação de colocar em suas mãos o primeiro livrotraduzido para o português deste importante e reconhecidoprofissional espanhol, e colaborar desta forma com o avançoda podologia que é a arte de cuidar da saúde e da estéticados pés exercida pelo podólogo.

- Podólogo Diplomado em Podologia pela Universidade Complutense de Madri.

- Doutor em Medicina Podiátrica (U.S.A.)- Podólogo Esportivo da Real Federação Espanhola de

Futebol e de mais nove federações nacionais, vinte clubes, associações e escolas esportivas.

- Podólogo colaborador da NBA (liga nacional de basquete de USA).

Autor dos livros:- Podologia Esportiva - Historia clínica, exploração e caracte-rísticas do calçado esportivo - Podologia Esportiva no Futebol - Exostoses gerais e calcâneo patológico - PodologiaEsportiva no Futebol.

Professor de Cursos de Doutorado para Licenciados em Medicina e Cirurgia, Cursos de aperfeiçoamentoem Podologia, Aulas de prática do sexto curso dos Alunos de Medicina da Universidade Complutense deMadrid e da Aula Educativa da Unidade de Educação para a Saúde do Serviço de Medicina Preventiva doHospital Clínico San Carlos de Madri.

Assistente, participante e palestrante em cursos, seminários, simpósios, jornadas, congressos e conferên-cias sobre temas de Podologia.

Introdução - Lesões do pé - Biomecânica do pé e do tornozelo.- Natureza das lesões.- Causa que ocasionam as lesões.- Calçado esportivo.- Fatores biomecânicos.

Capitulo 1 Explorações específicas.- Dessimetrias. - Formação digital.- Formação metatarsal.

Capitulo 2 Exploração dermatológica.Lesões dermatológicas.- Feridas. - Infecção por fungos.- Infecção por vírus (papilomas).- Bolhas e flictenas. - Queimaduras.- Calos e calosidades.

Capitulo 3 Exploração articular.Lesões articulares.- Artropatias. - Cistos sinoviais.- Sinovite. - Gota.- Entorses do tornozelo.

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Autor: Podologo Dr. Miguel Luis Guillén Álvarez

Capitulo 4 Exploração muscular, ligamentosa etendinosa.Breve recordação dos músculos do pé.Lesões dos músculos, ligamentos e tendões.- Tendinite do Aquiles. - Tendinite do Tibial. - Fasceite plantar.- Lesões musculares mais comuns.- Câimbra. - Contratura. - Alongamento.- Ruptura fibrilar. - Ruptura muscular.- Contusões e rupturas.- Ruptura parcial do tendão de Aquiles.- Ruptura total do tendão de Aquiles.

Capitulo 5 Exploração vascular, arterial e venosa.Exploração. Métodos de laboratório.Lesões vasculares.- Insuficiência arterial periférica.- Obstruções. - Insuficiência venosa.- Síndrome pós-flebítico.- Trombo embolismo pulmonar.- Úlceras das extremidades inferiores.- Úlceras arteriais. - Úlceras venosas.- Varizes. - Tromboflebite.

Capitulo 6Exploração neurológica.Lesões neurológicas.- Neuroma de Morton. - Ciática.

Capitulo 7Exploração dos dedos e das unhas.Lesões dos dedos.Lesões das unhas.

Capitulo 8 Exploração da dor.Lesões dolorosas do pé.- Metatarsalgia. - Talalgia. - Bursite.

Capitulo 9Exploração óssea.Lesões ósseas.- Fraturas em geral.- Fratura dos dedos do pé.- Fratura dos metatarsianos.

Capitulo 10 Explorações complementares- Podoscópio. - Fotopodograma.- Pé plano. - Pé cavo.

Vendas: shop virtual [email protected] - w w w. r e v i s t a p o d o l o g i a . c o m

Indice

Mercobea u t y Im p e Exp de P rod u tos de Be leza Ltd a .Email : rev is ta@revis tapodolog ia .com - rev is tapodolog ia@gmai l .com

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P O S T E R SP O D O L Ó G I C O S

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ESQUELETODEL PIE 1ESQUELETODO PÉ 1

ONICOMICOSIS - ONICOMICOSES

CALLOSIDADES Y TIPOS DE CALLOS CALOSIDADES E TIPOS DE CALOS

CLASIFICACIÓN MORFOLÓGICA DE LOS PIESCLASIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DOS PÉSESQUELETO DEL PIE 2

ESQUELETO DO PÉ 2

SISTEMA MÚSCULO VASCULARSISTEMA MÚSCULO VASCULAR

REFLEXOLOGIA PODAL