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BOLSONARO SE REUNE COM A DIRETORIA DO AÇO BRASIL A revista de negócios do aço Grips Editora – Ano 21 – Nº 143 dezembro 2020 CONSTRUÇÃO COM AÇO: O UNIVERSO DE POSSIBILIDADES CONSTRUÇÃO COM AÇO: O UNIVERSO DE POSSIBILIDADES RETROSPECTIVA BOAS FESTAS COM MUITA CAUTELA

Grips Editora – Ano 21 – Nº 143 dezembro 2020 CONSTRUÇÃO

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Page 1: Grips Editora – Ano 21 – Nº 143 dezembro 2020 CONSTRUÇÃO

BOLSONARO SE REUNE COM A DIRETORIA DO AÇO BRASIL

A revista de negócios do aço

Grips Editora – Ano 21 – Nº 143 dezembro 2020

CONSTRUÇÃO COM AÇO: O UNIVERSO DE

POSSIBILIDADES

CONSTRUÇÃO COM AÇO: O UNIVERSO DE

POSSIBILIDADES

RETROSPECTIVA

BOAS FESTASCOM MUITA

CAUTELA

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EDITORIAL

VITRINE

ESTATÍSTICAS

ANUNCIANTES

CONSTRUÇÃO CIVIL O Grande Universo de possibilidades

TRIBUTOS O Custo Brasil e a necessidade da reforma tributária

RETROSPECTIVA Um ano de intenso aprendizado

POLÍTICA Otimismo com a retomada

ÍNDICE DE MATÉRIAS

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As mentiras Ano 21 – nº 143 – Dezembro 2020

Siderurgia Brasil é de propriedade da Grips Marketing e Negócios Ltda. com registro definitivo arquivado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial sob nº 823.755.339.

Diretoria: Henrique Isliker PátriaMaria da Glória Bernardo Isliker

Coordenação de TI:Versão DigitalVicente [email protected]

Coordenação jurídica: Marcia V. Vinci - OAB/SP [email protected]

Produção:Editor Responsável Henrique Isliker Pátria - MTb-SP 37.567 Reportagens EspeciaisMarcus Frediani - MTb 13.953Coordenação logísticaMaria da Glória Bernardo Isliker

Comercial:[email protected]@grips.com.br

Projeto Editorial:Grips Editora

Projeto gráfico e Edição de Arte / DTP: Ana Carolina Ermel de Araujo

Capa: Criação: André Siqueira Montagem com fotos da Shutterstock e fotos de André SiqueiraDivulgação:Através do portal: https://siderurgiabrasil.com.br

Observações:A opinião expressada em artigos técnicos ou pelos entrevistados são de sua total responsabilidade e não refletem necessariamente a opinião dos editores.TODOS OS DIREITOS RESERVADOS:Grips Marketing e Negócios Ltda.Rua Cardeal Arcoverde 1745 – conj. 113 São Paulo/SP – CEP 05407-002 Tel.: +55 11 3811-8822 - www.siderurgiabrasil.com.br Proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou qualquer meio, sem prévia autorização.

e as verdades de 2020

OO ano de 2020 mostrou-se controverso do

começo ao fim. Nenhum “guru”, cigana

ou futurólogo com alto índice de acertos

nas suas previsões conseguiu prever que

o mundo iria parar e assistir aterrorizado o

avanço de um inimigo invisível, divulgado

e aumentado “n” vezes por uma Impren-

sa marrom mundial, nem sempre com-

prometida com a verdade.

Principalmente entre a segunda quin-

zena de março e o final do mês de maio,

todas as atividades mundiais reduziram

ou até paralisaram suas atividades (me-

nos a China), levando a prognósticos de-

vastadores para a economia planetária.

No entanto, com a mesma velocidade

da chegada, a adaptação à nova ordem

aconteceu celeremente, e o poder de resi-

liência das pessoas e empresas no âmbito

global se mostrou com todo o seu vigor.

Aqui no Brasil não foi diferente. E por

todos os números que temos insistente-

mente divulgado, o retorno é mais forte

do que tínhamos no momento anterior

à pandemia. Porém, há, ainda, algumas

questões sem resposta, e uma delas é se

haverá paz entre os poderes em 2021 para

o Brasil aproveitar os bons fluidos que a

retomada está trazendo, a fim de, defini-

tivamente, partir para pautas sérias e ab-

solutamente necessárias. As tais reformas

que permanentemente são adiadas tra-

vam nosso desenvolvimento, e estamos

cansados de esperar que uma limpeza

real e conclusiva seja feita em nossa políti-

ca para o bem de nosso país.

A Revista Siderurgia Brasil, se reinven-

tou em 2020. Criamos novos canais de co-

municação, voltamos o foco da revista na

direção de temas sensíveis e importantes,

sem, contudo, esquecermos nossas tra-

dições, trazendo sempre o melhor e mais

completo conteúdo do que aconteceu de

relevante na siderurgia brasileira.

Em nossa “Retrospectiva 2020” desta úl-

tima edição do ano, você poderá conferir

tudo que aconteceu de bom e de ruim no

setor ao longo desses 12 meses, sempre

com a fidelidade da notícia e o olho clínico

que permeia nossas matérias.

É o momento de agradecer a todos que

nos acompanharam – clientes, amigos, co-

laboradores – e desejar Boas Festas, e um

Ano Novo com muito sucesso, saúde, feli-

cidade e paz!

HENRIQUE ISLIKER PÁTRIA

EDITOR RESPONSÁVEL

Siderurgia Brasil | Dezembro/20204

EDITORIAL EDITORIALEXPEDIENTE

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Relembre e tire lições dos tópicos principais do imenso conteúdo de

informações da Revista Siderurgia Brasil ao longo de 2020.

Henrique Pátria

Improdutivo, terrível, cruel, arrasador. Faltam adjetivos para qualificar a experiência que o Brasil e o mundo viveram ao longo do ano de 2020. Fazendo uso de um eufemismo bas-tante benevolente – e, por conta disso, longe de ser preci-so e verdadeiro para tachá-lo de maneira mais pertinente e adequada como o pior da história recente da Humanidade –, o mínimo que podemos dizer sobre ele é que foi um ano “atípico” e de tempestade perfeita que faremos questão de rasgar do calendário de nossas vidas.

Um ano de intenso

aprendizado

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RETROSPECTIVA RETROSPECTIVA

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Porém, não podemos negar que foi um período marcado por grandes lições e re-flexões que levaremos para além de nossas existências terrenas, por meio de incontá-veis registros em nossas bibliotecas analó-gicas e digitais legadas às futuras gerações. Só que além da reafirmação da fragilidade da vida – que sucumbe ao ataque de um ente microscópico que, segundo a Ciência atual, “não é vivo, nem morto” – a partir da interpretação desses dados e informações, nossos descendentes lerão muito mais do que gráficos, estatísticas e dados: desse acervo, eles tirarão inúmeras lições de acer-tos e erros que cometemos por desprezar inimigos visí-veis e invisíveis que se puse-ram em nosso caminho.

Mas, nem de longe é pre-ciso que todos esses conhe-cimentos se restrinjam a ser ensinamentos exclusivos para nossos netos, bisnetos e tatara-netos. Nós também podemos – e devemos – fazer uso deles em nosso próprio benefício. E foi por isso também que, com muita agilidade e responsabilidade a Revista Siderurgia Brasil se dedicou ao longo de todo o ano de 2020 a fazer não apenas meros regis-tros, mas, sim, interpretar, analisar discutir ideias e soluções para que seus leitores en-contrassem caminhos não só para supor-

tar os desafios da COVID-19, a fim de sair da crise mais fortes e resilientes.

Afinal, a necessidade de mudança, tan-to na vida pessoal quanto na empresarial é uma realidade inexorável e sempre pre-sente. E humildemente acreditamos que fizemos a nossa parte, como atesta esta “Retrospectiva da Revista Siderurgia Bra-sil 2020”, que você vai ler a partir de agora. E, claro, não hesite em reler todo o conteú-do epigrafado nas sinopses a seguir aces-sando todas as nossas edições deste ano em nossos canais digitais.

Anuário Brasileiro da Siderurgia 2020 (Fevereiro)

Ainda com pouca ou mesmo nenhuma informação mais de-talhada sobre uma estranha e misteriosa doença infecciosa que, no final de 2019, acome-tia uma pequena parcela da cidade de Wuhan, na China, o ano de 2020 começou cerca-do de boas perspectivas de

recuperação da economia no Brasil, o que, por si só, animava os operadores do mer-cado. Os sinais positivos eram múltiplos: a inflação estava sob controle; os juros che-gavam ao menor patamar de toda a his-tória; as projeções de crescimento do PIB indicam que devemos esperar algo entre 2% a 3%, quando, há apenas dois anos, esse

percentual era negativo; o ambiente pare-cia propício para a retomada dos investi-mentos; a taxa de desemprego vinha cain-do e o consumo no varejo aumentando.

No âmbito específico da siderurgia, após amargar mais um ano com queda

na produção e nos principais indicadores do setor, projetava-se um futuro com mais negócios e crescimento sustentado. Foi o que nos relatou Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Bra-sil, afirmando à nossa reportagem que as

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novas medidas anunciadas pelo governo visando à reto-mada do desenvolvimento econômico do país seriam o combustível esperado para, em 2020, reduzir a ociosida-de e promover o aumento da produção e das vendas de pro-dutos siderúrgicos.

Em face a tudo isso, externa-mos nosso otimismo no mer-cado já no Editorial do Anuário Brasileiro da Siderurgia 2020, antevendo que o ano tinha tudo para ser “mágico” para o Bra-sil. Todas as fontes que nos auxiliaram a elaborar as reportagens da publicação – e foram muitas, passando por presidentes de entidades, empresários e autoridades de projeção com os quais conversamos – nos relatavam altos índices de confiança no mercado e no ambiente empresarial, e manifestavam sua firme disposição em fazer a sua parte, trocando o medo de soltar as amarras de seus negócios por atitudes mais arrojadas e coerentes com a nova realidade alvis-sareira que se anunciava. Po-rém, com a chegada da cruel tempestade do novo corona-vírus, essa realidade, como sa-bemos, infelizmente se revela-ria bem outra.

Edição 137 (Junho)Em 2020, definitivamente,

nem aquela velha máxima de que o Brasil só começa a fun-cionar depois do Carnaval con-seguiu se concretizar. Aliás, já na Quarta-feira de Cinzas, dia 26 de fevereiro, em vez da-quelas típicas conclamações irônicas na Imprensa, do tipo

“Agora, 2020 começou!”, o que se viu nos noticiários foi a confirmação, feita pelo Ministério da Saúde, da exis-tência do primeiro caso de coronavírus no país. E, a partir daí, com uma enxur-rada de alertas da Organização Mundial da Saúde, também começaram a aconte-cer ações com base em informações de-sencontradas dos Governos Federal e Es-taduais para conter a pandemia. E antes mesmo de a primeira morte por COVID-19

acontecer, outra vítima também entrou na UTI: a economia brasileira.

Março, abril e maio foram meses terríveis não só para as pessoas que infelizmente

perderam suas vidas e seus fa-miliares, mas também para a saúde dos negócios. Com pouca ou nenhuma capa-

cidade de operar, inúmeras empresas e comércios fecha-

ram suas portas, e trabalhado-

res foram colocados no olho da rua, com recorrentes apelos da hashtag #fiqueemcasa. E o caos se instalou.

Depois de um hiato de alguns meses – grande parte dele oca-sionada pela paralisação do mer-cado e pela crise gerada pela pandemia –, retomamos, em ju-nho deste ano, as atividades da Revista Siderurgia Brasil. E vol-tamos com grandes novidades, para gerar novos ânimos e tentar recolocar a side-rurgia nacional no seu devido e merecido lugar de destaque: lançamos o blog, inauguramos o portal, e demos forma definitiva à edição digital, a fim de reinventar a ma-neira de nos comunicarmos com nosso público.

Com esse intuito, trouxemos nas páginas dessa edição um am-plo conteúdo de análise de cami-nhos possíveis, ouvindo fontes das mais diversas áreas, de empresá-rios a economistas, passando por especialistas de tecnologia digital – que, de maneira geral, já se mostravam cau-telosamente otimistas com os primeiros e tímidos sinais de recuperação da eco-nomia e de aumento da confiança para o 2º semestre do ano –, a fim de começar a entender melhor o que seria o então já

prenunciado, mas misterioso cenário do “Novo Normal”.

Edição 138 (Julho)De maneira inédita e aca-

chapante na história recen-te da Humanidade, 2020 – agora para sempre estig-matizado em nossa traje-tória e naquela das gera-ções futuras como o “Ano da COVID-19” –, nos trouxe ensinamentos, reflexões e constatações podero-

sas não só sobre a efemeridade da vida do Homo sapiens, como também sobre o que poderíamos livremente titular do Homo empresariais neste planeta. Nossa inteligência, nossa capacidade de gestão e nossa resiliência para nos adequarmos a cenários adversos foram duramente (e como nunca) postas à prova.

A revista de negócios do aço

Grips Editora – Ano 21 – Nº 137 junho 2020

PREVISÕES E ESTATÍSTICAS DO SETOR

O "NOVO NORMAL" DA

SIDERURGIA BRASILEIRA

APÓS A COVID-19C

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Mercados: Em todo o mundo como as empresas encaram a retomada

Técnico: O efeito Sandelin na Galvanização

Distribuição de aço: O que

andou e o que parou durante a

pandemia!

A revista de negócios do aço

Grips Editora – Ano 21 – Nº 138 julho 2020

EM ALTA

EM BAIXA

QUEM GANHOU E QUEM

PERDEU COM A PANDEMIA

Política Industrial:

É hora de mudar

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Em função disso, pareceu-nos extrema-mente oportuno colocar literalmente em tela na edição digital da Siderurgia Brasil do mês de julho o importante papel das novas lideranças como fonte de aporte de ideias e soluções inovadoras, fundamentais para o momento de disrupção de paradigmas obsoletos que a nova realidade econômica e empresarial passou a exigir.

Em busca de respostas, abri-mos espaço nas páginas da revis-ta para, por meio de um conteúdo sempre exclusivo, descobrir pistas de como esses novos líderes pre-tendiam e ainda pretendem atuar para vencer os desafios do “Novo Normal” da indústria brasileira, que continuamos a torcer para que chegue em velocidade supersônica para todos nós no cenário do pós-pandemia. Dessa forma, mais do que análises valiosas, tais reporta-

gens apresentaram propostas viáveis, pre-cisas e detalhadas para tornar a indústria e a distribuição nacional do aço tão competi-tiva quanto aquelas dos países mais desen-volvidos do mundo.

Edição 139 (agosto)Assim que as estatísticas do

mês de agosto começaram a aparecer, os números mos-traram excelentes resultados em todos os setores econô-micos que têm influência direta em nosso desenvolvi-mento, como é o caso da si-derurgia. E essa retomada, embora ainda crivada dos

percalços da crise da COVID-19, se mostrava com o pé no acelerador.

Por conta disso, trouxemos como tema da capa da edição o futuro do Brasil, subli-nhando erros e enfatizando acertos, e, ainda,

colocando em tela as medidas que o Brasil precisa tomar para atrair investimentos. Trouxemos também em nossas páginas vir-tuais os números e as expectati-vas do setor siderúrgico para o 2º semestre de 2020, as estatísticas dos demais setores, além de en-trevistas exclusivas falando sobre o processo de Transformação Digital, vivenciado pelos empre-

sários e administradores de organizações nos quatro cantos do planeta, e ainda so-bre o projeto da Reforma Fiscal que se encontrava em tramitação no Congresso, na visão de um especialista no assunto, em busca de respostas sobre a instigante questão: o que vai mudar para nós, brasileiros, quando ela, fi-nalmente, for aprovada?

E, puxando a “sardinha” para o nosso lado, com muita alegria e satisfação divulgamos os primeiros re-sultados de nossa iniciativa de digitalização da Revista Siderurgia Brasil, bem como da abertura de nossos outros canais virtu-ais de comunicação, números esses que superaram nossas melhores expectativas, demonstrando a assertividade das decisões que tomamos, com o objetivo de oferecer ao nosso público produtos sempre e cada vez melhores em termos de atualização e qualidade de informação.

EDIÇÃO 140 (Setembro)

Mais do que mensagens de oti-mismo, a edição de setembro de 2020 da Revista Siderurgia Bra-sil trouxe um re-cado importan-

tíssimo para todos os operadores da cadeia siderúrgica nacional. Diferen-temente da cantilena monótona que

nos acostumamos a ouvir no período mais difícil da pandemia,

cuidamos de “rechear” nossa publicação de

boas notícias, com estatísticas vindas de diversas fontes,

tanto institucionais quanto, empresariais,

atestando que a reto-mada econômica do Brasil efetivamente já havia começado, e que aqueles que insis-tissem em continuar se lamentado preci-savam, de maneira urgente e decidida, fa-zer uma séria revisão em seus conceitos.

Com o declarado intuito de começar a responder a candente pergunta de “como será o amanhã?”, ouvimos especialistas de-dicados a respondê-la por meio de previ-sões viáveis e realistas sobre o novo cenário global no pós-COVID, entre eles um futuro-logista premiado pela Organização das Na-ções Unidas, e analistas internacionais no campo da Transformação Digital, realida-de cada vez mais presente em nossa vida e naquela de nossas empresas. Nas páginas dessa edição discutimos também soluções sobre o tema “Energia”, cujo estudo de fon-tes alternativas e sustentáveis – como a eó-lica e a solar – ganha cada vez mais força

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A inevitável transformação

digital do mundoLigas de zinco

e alumínio na galvanização

contínua

A revista de negócios do aço

Grips Editora – Ano 21 – Nº 139 agosto 2020

O BRASIL PRECISA DE

INVESTIMENTOS NO CURTO, MÉDIO

E LONGO PRAZOS PARA CRESCER

Previsões:Nada mais será como

antes

Energias alternativas para dar e vender

A revista de negócios do aço

Grips Editora – Ano 21 – Nº 140 setembro 2020

A IMPORTÂNCIA DO

INDA NA DISTRIBUIÇÃO

DE AÇO NO BRASIL

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RETROSPECTIVA RETROSPECTIVA

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entre nós, dada à sua fundamental impor-tância para a concretização de nossas me-tas daqui para frente.

Complementarmente, tivemos a honra e o prazer de trazer em nossa edição de se-tembro uma extensa reportagem de home-nagem aos 50 Anos do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (INDA), entidade decana que merece o reconhecimento e o carinho de todos, e que contribuiu e ainda continua contribuindo para o desenvolvi-mento da siderurgia brasileira. Fomos ao “fundo do baú” na pesquisa da memória do Instituto para apresentar alguns dos re-gistros mais emblemáticos de sua história, e conversamos também com dois de seus líderes para trazer informações inéditas e atuais sobre seu presente e futuro.

EDIÇÃO 141 (Outubro)

No início do mês de março, o Bra-sil, a exemplo da maioria dos pa-íses do mundo, começou a parar, fato que se tor-nou totalmen-te evidente em

abril. Com exceção do agronegócio, pra-ticamente todas as atividades da indústria, do comércio e do setor de serviços reduzi-

ram suas atividades aos níveis mais baixos de nossa história contemporânea.

Entretanto, como fizemos questão de enfatizar no Editorial da nossa edição de outubro, “tudo tem um momento para co-meçar, e outro para acabar”. E, com efei-to, a partir de então o mundo começou a assistir – sem exageros, até de maneira atônita – a retomada da economia – com-provada por dados oficiais –, bem como da indústria brasileira, manifestada de ma-neira muito singular pelas conquistas de sucessivos recordes de produtividade em alguns de seus setores mais emblemáti-cos. Foi o caso da nossa siderurgia, que se apressou em anunciar e, efetivamente, em religar todos os seus equipamentos, vol-tando a operar em plena capacidade para atender às crescentes demandas do mer-cado, silenciando com tais atos concretos as vozes de muitos pessimistas de plantão.

E embora essa evolução transcenda as nossas fronteiras nacionais, para estender--se sobre o espectro de vários países da América Latina, tais como México, Colôm-bia e, mais recentemente, o Peru, a boa no-tícia é que as siderúrgicas brasileiras conti-nuam no protagonismo da oferta de aço no continente, como atestou, em reportagem especial nas páginas da Revista Siderurgia Brasil Nº 141 o CEO da Asociación Latinoa-mericana del Acero (Alacero), entidade que reúne a cadeia de valor do aço latinoame-

ricana, responsável também pelo cômputo das estatísticas regionais.

Destaques dessa edição foram ainda uma matéria abordando o impulso essen-cial que a tecnologia do Big Data pode dar à construção civil no país, e, ainda, uma reportagem comemorativa aos 58 anos de atividades da Usiminas que, aliás, de-sempenhou papel importantíssimo na retomada dos negócios do aço no Brasil a partir da religação de seu Alto-Forno 1, equipamento considerado um símbolo da siderurgia brasileira, no dia 26 de agosto, em evento que contou com a presença do Presidente Jair Bolsonaro.

EDIÇÃO 142 (Novembro)

Em um mundo que praticamente virou de ponta-ca-beça com a pan-demia do novo coronavírus, um conceito que já vinha sendo re-correntemente

prenunciado por muitos analistas de mercado, se cristalizou de maneira inexo-rável: os desafios de competitividade que se apresentam no mundo empresarial não serão mais propostos pelos concorrentes que vendem o mesmo produto de uma

empresa, mas pela forma como o mercado a enxerga e aos seus dirigentes. E isso, é claro, também vai defi-nir o jeito como ele vai trata-la cada vez mais daqui para a frente.

Para discutir ideias e propor soluções sin-tonizadas com essa premissa, a edição de novembro da Revista Siderurgia Brasil chegou repleta de assuntos relevantes para a cadeia siderúrgica. Para abordá-los, trou-xemos uma entrevista na qual o novo presi-dente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil faz sua leitura do atual estágio e das perspectivas otimistas acerca do mercado do aço, no qual o principal desafio das usi-nas é ampliar a oferta de produtos.

Complementarmente, apresentamos ain- da uma entrevista exclusiva com um dos mais renomados e respeitados especialis-tas da construção industrializada no Brasil sobre o passado, presente e futuro desse setor tão importante na carteira de clientes da siderurgia brasileira. Entre outras coisas, nessa conversa, além de apontar as maiores dificuldades técnicas que existem na utili-zação do aço em edificações, ele fez o provi-dencial alerta de que se não existir integra-ção e pensamento coletivo, vai ser difícil o setor avançar com o pé no acelerador.

Laminados a quente e a frio:

semelhanças e diferenças

Bons Sinais no Horizonte

da América Latina

A revista de negócios do aço

Grips Editora – Ano 21 – Nº 141 outubro 2020

Tubos de aço:

Com ou sem costura?

Novo presidente do

Instituto Aço Brasil: “Vamos

ampliar a oferta de aços”

A revista de negócios do aço

Grips Editora – Ano 21 – Nº 142 novembro 2020

CONSTRUÇÃO EM AÇO:

O QUE AINDA FALTA

APRIMORAR

CONSTRUÇÃO EM AÇO:

O QUE AINDA FALTA

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Foto: Depositphotos.com

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N

O Grande Universo de possibilidades

Embora ainda pouco difundido no Brasil, o uso de estruturas de aço vêm avançando

de forma incontestável como uma solução estrutural para os mais diversos

tipos de construção.

Marcus Frediani

Na construção industrializada, as características do aço per-mitem uma infinidade de vantagens e benefícios. Entre elas, o uso da tecnologia contribui para a expressividade estética, o aumento da área útil, a flexibilidade em ampliações ou refor-mas, o alívio de carga nas fundações e a precisão construtiva.  Além disso, as estruturas metálicas são menos agressivas ao meio ambiente, e seu uso na construção pode proporcionar uma redução de até 40% no tempo da obra, quando compa-rado com os processos convencionais.

E, embora ainda longe de atingir o estágio considerado “ide-al” de sua utilização no Brasil, as perspectivas para o futuro são boas, alicerçadas não só pelos investimentos privados, como Fo

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CONSTRUÇÃO CIVIL CONSTRUÇÃO CIVIL

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também pela expectativa do início de obras de infraestrutura a partir de 2021. Essa é a leitura de Alexandre Queiroz Schmidt, pre-sidente da Associação Brasileira da Cons-trução Metálica (ABCEM), que, nesta entre-vista exclusiva à Revista Siderurgia Brasil, fala, entre muitas outras coisas, dos desa-fios e do universo de possibilidades que as estruturas metálicas podem e, seguramen-te, vão oferecer a partir de agora por aqui no âmbito da construção industrializada.

 Siderurgia Brasil: Alexandre, embo-

ra ainda seja cedo para fazer o balanço de 2020, o que você pode nos adiantar sobre o comportamento do setor nes-te ano de crise? E quais as perspectivas para 2021?

Alexandre Queiroz Schmidt: Para ter-mos uma base de comparação de 2020, julgo necessário retroagir à análise do ano de 2019, que, sem dúvida, foi melhor que 2018, puxado pelo segmento de torres de eletrificação, enquanto que o setor de es-truturas metálicas teve sua retomada no 2º semestre. Obras da iniciativa privada fo-ram as responsáveis por essa retomada. Já em 2020, ainda influenciado apenas por essas obras, o setor de estruturas metáli-cas continuou a crescer, e está trabalhan-do em regime de full capacity. As perspec-tivas para 2021 são boas, ainda alicerçadas pelos investimentos privados. Mas traba-lhamos também com a expectativa do iní-cio de obras de infraestrutura. Tudo isso, naturalmente, associado à perspectiva do controle da pandemia da COVID-19, deve melhorar o ambiente.

Ao longo dos últimos anos, qual a di-nâmica de penetração de utilização das estruturas metálicas nos sistemas de construção industrializada?

Segundo dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA), realizada pelo IBGE, especifi-camente em relação às estruturas de aço – incluindo defensas, torres e pórticos –, o setor cresceu 10,65% ao ano entre 2005 e 2013, e alcançou 2 milhões de toneladas em 2014. Todavia, de 2014 para 2018, o se-tor sofreu queda de 10,2% ao ano, caindo 1,3 milhão de toneladas.

Diante desse cenário, quais foram – ou continuam sendo – os principais desa-fios para o crescimento do setor?

Bem, o principal gargalo para o incre-mento das estruturas de aço no Brasil é a questão da tributação, que onera a constru-ção industrializada, principalmente devido à incidência do ICMS, que, na comparação com os sistemas moldados in loco, é muito maior. Porém, há outros complicadores, associados ao fato de o Brasil ser um país com dimensões continentais. Nas regiões Norte e Nordeste, por exemplo, a distância para aquisição de insumos e a carência de especialistas, tanto para projetar estrutu-ras em aço quanto para sua execução, são fatores que restringem sua maior utilização.

De alguma forma, isso quer dizer que, no âmbito dos projetos, há problemas de interação?

O aço é a linguagem que tem gramática a ser executada com os recursos da

arquitetura e da engenharia. Ainda no projeto, durante o estudo de viabilidade e a definição da concepção, a parceria e integração entre arquitetura, engenharia e fabricação são essenciais. Estrutura metálica requer planejamento. É preciso dar ênfase a esse tempo. Então, o projeto deve ser discu-tido em conjunto com o incorporador, com o arquiteto, com engenheiro e com o fabri-cante de estruturas para delinear o melhor impacto na urbanização, no meio ambien-te, bem como, é claro, considerar a questão de custo, do ponto de vista de ganho com a maior velocidade na execução. Dentro des-se contexto, a ABCEM em parceria com al-gumas instituições, tem oferecido cursos de capacitação e extensão, além de uma série de cursos online, apresentando a esses pro-fissionais, as possibilidades e vantagens do uso da construção industrializada.

Pode-se arriscar dizer que isso deri-va, eventualmente, de um problema ou

O principal gargalo para o incremento das estruturas de aço no Brasil é a questão

da tributação, que onera a construção industrializada, principalmente devido

à incidência do ICMS

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Alexandre Queiroz Schmidt, presidente da Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM)

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questão de formação profissional com raízes, digamos, “acadêmicas”?

Veja bem, nas universidades a con-centração do ensino no concreto arma-do tem sido alterada gradativamente pela introdução de novas tecnologias construtivas, advinda da demanda dos próprios estudantes de arquitetura e de engenharia. Naturalmente, há também linhas de pesquisa avançada em mestra-do e doutorado, assim como cursos de pós-graduação na construção metálica. Mas ainda falta trabalhar mais a concep-ção de sistemas estruturais, ainda faltam profissionais para o cálculo e dimensio-namento de projetos em aço. Mas enti-dades como a ABCEM, o Centro Brasileiro

da Construção em Aço (CBCA) e a Asso-ciação Brasileira de Engenharia e Con-sultoria Estrutural (ABECE) trabalham no sentido de levar informação para profis-sionais do setor. Então, hoje, quem quer se especializar consegue, porque há am-pla oferta de cursos, palestras e publica-ções no mercado.

Embora cercada de atributos positi-vos, a utilização de estruturas metálicas na construção industrializada ainda é muito baixa no Brasil. Alguns analistas creditam esse problema à existência de uma visão puramente “racionalista" no âmbito das obras. Como você analisa esse posicionamento?

“Na verdade, isso não existe. O que existe é a constatação de que as estruturas me-tálicas proporcionam melhorias significa-tivas de processos construtivos que permi-tem maior produtividade.”

Mas, não existe ainda um certo pre-conceito contra elas no Brasil, devido à questão dos preços mais elevados envol-vidos no processo?

Não. Primeiro porque a escolha da me-lhor solução estrutural deve ser feita com base no conhecimento dos sistemas e de suas características, não devendo ser influenciada, portanto, por paradigmas, preconceitos e desconhecimentos. E, se-gundo, porque, com uma análise incom-pleta e distorcida, podemos perder os be-nefícios de uma boa solução. O custo das estruturas de aço é bastante competitivo, tendo em conta a tecnologia usada quan-do de sua aplicação, seu custo na obra e a redução de tempo de construção pro-porcionado. Durante a pandemia, acon-teceram bons exemplos da industrializa-ção e da pré-fabricação demonstrando o potencial do processo de fabricar antes e montar no canteiro, com ganho de tem-po, economia de materiais e menor im-pacto ambiental. O uso de light steel fra-ming, por exemplo, tem possibilidades reais de crescimento rápido. O sistema de construção a seco combina perfis leves de aço com placas pré-fabricadas dispo-

níveis no país que permitem construção de paredes customizadas. Entretanto, en-tendo que a assimetria tributária nos sis-temas industrializados no país é contradi-tória para quem precisa construir rápido e com qualidade. Com os impostos, que aumentam em mais de 40% os custos de produção, o país perde competitividade em relação a outros países.

Finalmente, como você avalia o está-gio atual da oferta dos produtos e solu-ções do setor siderúrgico?

Não há restrições técnicas, legais ou de disponibilidade de materiais e tecnologia. No Brasil, até a década de 1980, o uso de estruturas metálicas era pouco conheci-do. Na área da construção residencial, o assunto nem era cogitado por arquite-tos e engenheiros, e muito menos pelos proprietários. Fatores histórico-culturais decorrentes da falta de produtos side-rúrgicos adequados daquela época cola-boraram com essa realidade. Dessa for-ma, e pelo histórico do uso mão de obra barata no país, tipicamente usada nas construções ditas convencionais, o con-creto se tornou mais tradicional na cons-trução civil brasileira. Entretanto, o uso de estruturas de aço vêm avançando de forma incontestável como uma solução estrutural para os mais diversos tipos de construção, quer sejam industriais, co-merciais ou residenciais.

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Acompanhados por conselheiros do Instituto Aço Brasil, Mar-cos Faraco e Marco Polo de Mello Lopes – respectivamente, o presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, e o presidente executivo da entidade –, estiveram em Brasília/DF, no dia 27 de novembro, para uma reunião com o Presi-dente da República, Jair Bolsonaro, para apresentar o qua-dro atual do setor siderúrgico no ano de 2020, ano marcado pela crise da COVID-19.

No encontro, a governança do Aço Brasil transmitiu ao presidente o reconhecimento em relação às precisas e co-rajosas medidas adotadas pelo governo no enfrentamento

Embora ainda abalada com os impactos da crise da COVID-19, a indústria siderúrgica

brasileira faz boas projeções para 2021, em reunião com o presidente Jair Bolsonaro.

Marcus Frediani

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MERCADO

Otimismo com a retomada

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da pandemia que permitiram a retomada rápida e vigorosa da economia. Ao mes-mo tempo, enfatizou as linhas mestras das ações da indústria do aço brasileira, que agiu com eficiência e agilidade, prin-cipalmente nos momentos mais duros da pandemia, a partir de um trabalho sinto-nizado tanto com as autoridades quanto com os clientes, graças à existência de um parque industrial moderno e plenamente atualizado que mesmo na crise, seguiu e seguirá investindo para atender a todas as necessidades do país.

Embora alguns setores da economia, como construção civil e segmentos de máquinas e equipamentos venham re-portando problemas no abastecimento de

dade, agora, está sendo abastecer o merca-do interno”, destaca Lopes, revelando se-guramente a parte mais importante do conteúdo da audiência com o lí-der do Executivo em Brasília.

Tais fatos, asso-ciados aos prognósti-cos de queda do PIB – que, como se sabe, eram sombrios não só para o Brasil, como também para a grande maioria dos países – fizeram com que o setor chegasse a ope-rar com apenas 42% de sua capacidade instalada no mês de abril. “Contudo, logo que os sinais de recuperação da deman-da de aço surgiram, o setor do aço religou seus equipamentos e reativou sua produ-ção, para atender ao retorno dos pedidos dos clientes. Hoje, a utilização da capacida-de instalada já atingiu 68,4%, ultrapassan-do a de janeiro deste ano, o que ainda está longe do nível ideal, que é de 80%. Até por-que é fato de que essa diferença de 11,6% representa nada menos do que uma defa-sagem de nada menos do que 6 milhões de toneladas. Em outras palavras, ainda te-mos muito trabalho pela frente”, sublinha, por sua vez, Faraco.

Relativa estabilidadeCom efeito, no auge dos impactos das

medidas de isolamento social, em abril, o setor siderúrgico chegou a esperar que as

vendas de aço no Brasil despencassem 19% em 2020. Mas com a flexibilização da qua-rentena em vários estados e o retorno da atividade econômica, a entidade foi melho-rando as expectativas ao longo do ano.

Dessa forma, a constante recuperação do mercado interno permitiu que as estima-tivas do Instituto Aço Brasil para este ano ante 2019 também fossem periodicamen-te revistas, atingindo um estágio titulado pela entidade como de “relativa estabilida-de” nas vendas internas (0,5%), atingindo 18,9 milhões de toneladas, com queda de apenas 1% no consumo aparente, que deve atingir 20,8 milhões de toneladas.

No tocante à produção, de acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Aço

aço no mercado interno, executivos do Aço Brasil afirmaram que o fornecimento está caminhando para a normalidade e que não existe risco de faltar o insumo no país.

“Deixamos claro ao presidente que, con-trariando as narrativas equivocadas am-plamente divulgadas pela Imprensa e, infelizmente, também alimentadas pela distribuição, não houve desabastecimento por parte de nosso setor, e, sim, apenas ajus-tes relacionados à forte queda de consumo por parte de nossos clientes, o que, entre ou-tras coisas, levou às usinas a abafar altos-for-nos e a paralisar outras unidades de produ-ção, como algumas laminações e aciarias. Como resultado disso, o país enfrentou um esgotamento dos estoques durante a pan-

demia e, quando a atividade econômi-ca voltou a crescer, o consumo interno de aço foi exacer-bado pela necessi-dade de reposição desses estoques, situação que está caminhando para a normalidade. As-sim, reiteramos ao presidente Bolso-naro que existe ze- ro possibilidade de desabastecimento, e que nossa priori-

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em reunião com Marco Polo de Mello,

presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Marcos Faraco -

presidente executivo da entidade e demais Conselheiros

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Brasil, a indústria brasileira do setor deve decrescer 5,6%, atingindo 30,7 milhões de toneladas este ano. E, no que tange às im-portações, a previsão é de que elas caiam 17,4% em relação a 2019, totalizando 2 Mt, enquanto as exportações devem ter queda de 16,3%, atingindo 10,7 Mt. Já em termos de previsões para 2021, a aposta do Instituto é de um crescimento – embora modesto – nas vendas no país, com expansão de 5,3%, e de 5,8% no consumo de produtos side-rúrgicos no próximo ano em comparação com 2020. Tal otimismo se baseia essencial-mente na expectativa de um maior consu-mo de aço na construção civil, nas obras de infraestrutura, e uma maior participação da indústria nacional no setor de óleo e gás e energia renovável.

Reajustes preocupamPonto importante da reunião do dia 27

de novembro em Brasília foi a reafirma-ção feita pelos interlocutores do Instituto Aço Brasil no que diz respeito à necessi-dade de a indústria de transformação – nela inserida, naturalmente, a indústria do aço – de recuperar a sua competitivi-dade, tanto na concorrência dos produtos importados quanto nas exportações.

“Para tanto é necessário que a abertura comercial da economia brasileira seja vin-culada à correção das assimetrias com-petitivas (Custo Brasil), assim como sejam tomadas medidas de isonomia de trata-

mento entre o produto nacional e o im-portado. Na exportação, é preciso que a indústria tenha pelo menos ressarcimen-to de seus resíduos tributários (Reinte-gra)”, pontua Marco Polo de Mello Lopes, repetindo um discurso que, embora re-corrente e bastante conhecido pelos ope-radores da cadeia do aço, infelizmente e de maneira inexplicável, ainda parece dis-tante de ecoar de forma consistente e po-sitiva aos ouvidos do governo.

Por outro lado, nesse cenário continua ser preocupante para os clientes e con-sumidores do aço a sucessiva escalada dos preços da matéria-prima no Brasil. Com efeito, os reajustes no mercado in-terno – algo que, no acumulado do ano, chegou a cerca de 40% de incremento em alguns tipos de ligas, segundo infor-mam alguns fabricantes – fez com que a paridade entre o produto importado e o produzido no país ficasse praticamente nula, fato para qual também contribuiu a manutenção do câmbio em alta, uma vez que, ao se tornar o aço importado mais caro, abre-se espaço para tais aumentos, a fim de se chegar à paridade dos preços. O mais recente aumento, no começo de novembro, foi de cerca de 10%, e os ana-listas, de forma geral, esperam por ou-tro, que pode acontecer ainda este ano. O tema dos preços do mercado interno, entretanto, não estiveram na pauta da reunião com Bolsonaro.

O problema é amplamente conhecido. Desde 2018, o Brasil foi penalizado com uma redução de 30% sobre a média ex-portada entre 2015 e 2017 aos Estados Uni-dos, por obra das medidas protecionistas impostas desde o início do governo de Donald Trump, que estabeleceu um fami-gerado sistema de cotas. Por meio dele, a exportação não-tarifada do produto a partir do território brasileiro ficou restrita a 3,5 milhões de toneladas ao ano, dentro de um limite de 30% sobre a média expor-tada entre 2015 e 2017 àquele país. O que excede ao montante, é taxado com 25%, o que, na prática, cria sérios entraves, a ponto de inviabilizar as exportações para os Estados Unidos. E como desgraça pou-ca parece ser bobagem, para piorar ainda mais o quadro, esse regime – que vinha sendo praticado até agosto deste ano – sofreu mais um revés, quando, em meio à campanha de Trump pela reeleição, a cota do último trimestre de 2020 foi reduzida de 350 mil para apenas 60 mil toneladas, o que representou um recuo perto de 83% nas operações destinadas àquele país.

Porém, segundo muitos analistas de mercado, a eleição do democrata John

Novas esperanças nas relações com os EUA

Biden à Presidência da República dos Estados Unidos pode criar oportunida-des para o Brasil negociar uma flexibili-zação no regime de cotas de importação. Essa é a aposta do Instituto Aço Brasil, que pretende buscar junto ao novo go-verno americano o estabelecimento de regras e condições competitivas mais fa-voráveis para as siderúrgicas nacionais.

“Com a chegada de Biden ao poder, queremos reabrir as negociações. E, se não for possível retirar todas as restri-ções, que se retire pelo menos as res-trições sobre o aço semiacabado, que é uma matéria-prima fundamental para a indústria norte-americana. O Brasil é um parceiro estratégico para os Esta-dos Unidos, e eles sempre tiveram su-perávit nessa relação”, sublinha Marco Polo de Mello Lopes, presidente execu-tivo da entidade, salientando que, den-tro dessa composição de interesses mú-tuos, além de ser o maior exportador de aço semiacabado para os EUA, o Bra-sil ainda é o maior importador de car-vão metalúrgico da terra do “Tio Sam”, com operações que batem a cifra de US$ 1 bilhão ao ano.

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Precisamos de travas que impeçam o aumento da carga tributária (em R$ corrigidos pelo INPC e em % do PIB),

garantindo ainda teto para os gastos públicos

Mathias Elter*

O Custo Brasil e a necessidade da reforma tributária

Vivemos um momento delicado na his-tória do nosso País, onde os políti-cos que nos representam junto às esferas do Poder tem duas opções: procrastinar e agravar o desequilíbrio fiscal e a ago-nizante derrocada da economia brasileira - o último a sair, que apague a luz? Ou colocar em votação e negociar a reforma tri-butária e após, a administrativa e garantir que o futuro das novas gerações não fique comprometido, limitado e infe-rior ao seu real potencial.

Esse é o momento que vivemos. Alguém já deu o nome de manicômio tributário re-ferindo-se ao nosso disfuncional sistema de impostos, onde o maior e mais complicado componente chama-se Custo Brasil.

É preciso que esse tema volte às agen-das do executivo e do legislativo ainda esse ano, independente das eleições, uma vez que a proposta tem potencial para tornar nossa economia mais competitiva e, entre seus pontos positivos devemos elencar a redistribuição da carga tribu-tária, redução do prazo de creditamento do ICMS de bens de capital, redução da cumulatividade dos impostos e signifi-cativos  avanços na devolução dos saldos credores de exportação.

Sabemos que somente com a reforma tributária, se reduz o “Custo Brasil”, uma vez que  os setores primário e secundário

se tornam fiscalmente eficientes, fazen-do a economia crescer, com ganhos

sistêmicos estimados em até 40 % do PIB pelo CCiF, gerando mais

emprego e renda.De outro lado, precisa-

mos de travas que impe-çam o aumento da carga

tributária (em R$ corri-gidos pelo INPC e em % do PIB), garantindo

ainda   teto para os gas-tos públicos , bem como a aprova-

ção da PEC do duodécimo e a negociação de uma reforma administrativa ampla, que reduza o tamanho do estado e elimine as distorções hoje existentes. Precisamos ain-da buscar uma solução equilibrada para a questão da cesta básica, a partir das diver-sas alternativas possíveis: alíquota diferen-ciada, crédito presumido, renda mínima ou imposto negativo.

Mas precisamos mais do que tudo de urgência na votação e reforma tributária, sem o que perderemos outra chance his-tórica de desenvolvimento da indústria e diminuição do desemprego.

 *Mathias Elter é enge-nheiro, empresário in-dustrial gaúcho e vice- presidente da ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas.

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DPrevisão de alta nas

vendas em 2021De acordo com os últimos dados divulga-dos pelo Instituto Nacional dos Distribuido-res de Aço (INDA), as compras de aços planos realizadas no mês de novembro registraram queda de 15,9% perante os re-sultados do mês de outubro, com volume total de 291,5 mil toneladas (Mt) contra 346,5 Mt. Já frente a novembro do ano passado (280 Mt), a cifra apresentou alta de 4,1%.

Enquanto isso, no mesmo mês, apesar de subirem 15,8% na comparação anual, as vendas dos distribuidores contabilizaram queda de 8,7% na comparação a outubro, atingindo o montante de 339,4 Mt con-

tra 371,7 Mt. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 293,2

Mt, registrou alta de 15,8%. No acumulado de janeiro a no-vembro deste ano, as vendas

do setor responsável por cerca de um terço do consumo de aço nacional mostram alta de 6% ante mesmo período de 2019, para 3,33 milhões de toneladas.

No que diz respeito às importações, es-tas encerraram o mês de novembro com alta de 48,2% em relação ao mês anterior, com volume total de 99,3 Mt contra 66,9 Mt, incluindo chapas grossas, laminados a quente, laminados a frio, chapas zinca-

das a quente, chapas ele-trogalvanizadas, chapas pré-pintadas e Galvalume. Comparando-se ao mes-mo mês do ano anterior (48,7 Mt), as importações registraram alta de 103,9%.

Já no que tange aos estoques, a situação atu-al relatada pelo INDA é complicada. Em números absolutos, o estoque de novembro sofreu queda de 7,1% em relação ao mês

anterior, atingindo o montan-te de 630,4 Mt (contra 678,3 Mt em outubro, volume su-ficiente para apenas 1,9 mês de comercialização, quando, segundo a entidade, o esto-que normal seria no mínimo de 2,5 meses. “Se não conse-guirmos repor os estoques, setor vai ter problemas por-que não terá o que vender no 1º trimestre de 2021”, regis-tra, externando preocupação, Carlos Jorge Loureiro, presi-dente do INDA. “Atualmente, temos umas 200 mil toneladas de material que estamos pedindo, e que não foram entregues pelas usinas”, acrescentou, citando problemas de oferta de aço pelas siderúrgicas nacionais.

Por conta disso, ainda de acordo com o executivo, tal situação tem incentivado os distribuidores a fazerem importações para entregas de material no início do ano que vem. “Existem muitos pedidos de impor-tação de laminados a frio e zincados para entrega em dezembro, janeiro e fevereiro, o que deve elevar na cadeia a participação de volume de material produzido no exte-rior. Vai crescer bastante, e poderemos ter também alguns casos de importações de laminados a quente”, sublinha Loureiro.

Questionado sobre o cenário de preços de aço cobrado pelas usinas, o presidente do INDA afirma que há rumores de eventual

novo reajuste em janeiro. Segundo ele, as si-derúrgicas do Brasil têm elevado preços em até mais de 40% em alguns tipos de ligas desde meados do ano, causando queixas do setor industrial. “Os produtores alegam que sofrem incrementos de preços de insumos como minério de ferro, aliados à volatilida-de do câmbio, por isso não podem deixar de repassar os reajustes”, informa.

Finalmente, no âmbito das projeções, para dezembro de 2020, a expectativa da rede associada ao INDA é de que as ope-rações de compra e venda tenham uma queda de 11%. Enquanto que, para 2021, o setor de distribuição de aços planos espe-ra crescimento de 8% a 10%, impulsionado, nos primeiros meses do ano, pelo já men-cionado e ainda lento processo de recupe-ração dos estoques.www.inda.org.br

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DDias melhores

certamente virãoDe acordo com o Instituto Aço Brasil, em novembro de 2020, a produção brasilei-ra de aço bruto foi de 3,0 milhões de toneladas (Mt), representando um aumento de 9% em relação ao mês de janeiro. As vendas internas atingiram 1,8 milhão de tonela-das, crescendo 19% em relação às de ja-neiro deste ano. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,0 milhões de toneladas, 15% superior ao apurado no mês de janeiro.

“A vigorosa recuperação do mercado interno permitiu que as estimativas do Instituto para 2020 sejam de relativa es-

tabilidade em relação a 2019, com as vendas internas apresentando um crescimento de 0,5% e atingindo 18,9

milhões de toneladas, enquanto o consumo aparente deve sofrer uma queda de apenas 1%, batendo nas 20,8 Mt”, pontua Marco Polo

de Mello Lopes, presidente do Aço Brasil. Ainda segundo ele, no tocante à produ-ção, a indústria brasileira do aço deve de-crescer 5,6%, atingindo 30,7 Mt este ano. Por sua vez, as importações devem cair 17,4% em relação a 2019, totalizando 2,1 Mt e as exportações devem decrescer 16,3%, atingindo 10,7 Mt.

No documento de divulgação dos mais recentes dados do mercado, Lopes salien-ta os impactos da pandemia na produção do setor este ano, uma vez que segmentos consumidores chegaram a paralisar as ope-rações no primeiro semestre. Com efeito, o ano de 2020 foi surpreendente para todos e, na indústria brasileira do aço, não foi di-ferente. No início de janeiro, o setor alimen-tava a expectativa de que este seria, enfim, o ano da recuperação da atividade econô-mica no País. Mas ainda no 1º trimestre, a pandemia do COVID-19 parou o mundo.

No Brasil, o necessário isolamento social, adotado no enfrentamento da pandemia, levou a uma grave crise de demanda que no seu momento mais agudo, em abril, fez com que o setor automotivo fechasse 65 plantas e 5.200 concessionárias e, o setor de máquinas e equipamentos, tivesse 47% de suas empresas também fechadas. Esses setores, juntamente com o da construção civil, que também sofreu os impactos da pandemia, são responsáveis por mais de 82% do consumo de aço no país. Em con-sequência disso, em abril, a indústria bra-sileira do aço operou com apenas 45% de sua capacidade instalada, sendo obrigada a ajustar sua oferta à demanda existente, com abafamento e desligamento de altos--fornos, aciarias e outros equipamentos.

“Hoje, embora ainda distante do ideal, que é de 80%, a utilização da capacidade instalada é de 68,9% e já ultrapassou a de

janeiro deste ano, não havendo por parte das empresas associadas ao Instituto pro-blemas no abastecimento do mercado in-terno, prioridade absoluta do setor”, afirma Lopes, destacando o importante papel da retomada das operações das usinas como fator de recuperação do índice. “E os pro-blemas de abastecimento apontados na Imprensa por alguns segmentos de con-sumo referem-se à reposição de estoques e estão localizados no segmento da distri-buição do aço e não nas usinas produtoras associadas ao Aço Brasil”, faz questão de esclarecer.

E o sentimento de que dias melhores vi-rão alimenta boas expectativas na entida-de. Acerca disso, Lopes cita o Indicador de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) conti-nua a se manter em patamares historica-mente elevados, embora tenha havido re-dução de 4,1 pontos, para 78,9 pontos em dezembro – terceiro maior patamar da sé-rie histórica, iniciada em abril de 2019. “A expectativa do setor é de que no próximo ano as vendas internas aumentem 5,3%, e o consumo aparente de produtos siderúr-gicos 5,8%, em comparação com 2020. O cenário positivo baseia-se na expectativa de um maior consumo de aço na constru-ção civil, nas obras de infraestrutura, e uma maior participação da indústria nacional no setor de óleo e gás e energia renovável”, conclui o presidente do Instituto Aço Brasil.www.acobrasil.org.br

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ESTATÍSTICAS ESTATÍSTICAS

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entanto, o excesso de capacidade produ-tiva que a região vive significa que a pro-dução local ainda tem um longo caminho a percorrer. Esses números de importação nos obrigam a ficar atentos e identificar o comércio injusto.

“O que vemos ainda é uma reativação gradual da capacidade produtiva. Porém, os produtores da cadeia de valor que an-tecede o aço, como minério de ferro, car-vão e sucata, ainda não têm as condições ideais para uma retomada produtiva que sustente positivamente a indústria do aço”, destaca Francisco Leal, diretor Geral da Ala-cero. “A produção local é o caminho para uma retomada produtiva e, por isso, espe-ra-se que o apoio dos governos melhore as condições para que toda a cadeia de valor recupere os seus níveis normais de ativida-de”, complementa.www.alacero.org

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Consumo de aço atingeníveis pré-pandemia na AL

O ritmo de crescimento das atividades si-derúrgicas continua em tendência de alta na América Latina, apesar das perspecti-vas de recuperação desigual nos países do continente. Em se-tembro, o consumo totalizou 5.025 milhões de toneladas (Mt), um aumento de 6,4% em relação a agosto. Essa recuperação foi alavancada principalmente pelo Brasil, México e Peru, respectivamente. No mês, os aços planos responderam por mais de 85% da recuperação do consumo, en-quanto os longos, por 17,5%. O consumo

de aço atingiu 14.245 Mt no terceiro trimes-tre, representando um aumento de 15,9% em relação ao segundo trimestre. Assim,

o consumo atingiu a mediana de 2020 (14.245 Mt) e iniciou um proces-

so de recuperação para os níveis anteriores à pandemia de Covid-19 (ver gráfico 1). Se

a tendência continuar, há uma luz no fim do túnel para a indústria do aço.

Já em outubro, a produção de aço bru-to totalizou 5.058 Mt, um aumento de 1,7% em relação ao mesmo mês de 2019. Nesse período, a produção de Altos Fornos cres-

ceu 4,8%, para 2.546 Mt, ante setembro, enquanto os fornos elétricos alcançaram 2.512 Mt, uma recuperação de 10,2% em re-lação ao mês anterior. Em relação aos la-minados, a produção de outubro atingiu 4.438 Mt, o que representa um aumento de 8,1% em relação a setembro e de 2,6% em relação a outubro de 2019. A produção de tubos sem costura teve o maior cres-cimento (26%), seguidos por planos, com alta de 8,4%, e longos, 7,3%.

Enquanto isso, as exportações tiveram papel importante no crescimento da pro-dução, representando 14,6% dela em se-tembro, quando a média dos primeiros 8 meses era de 17,6%. Esse desempenho contribuiu para a redução do déficit co-mercial. Por sua vez, as importações repre-sentaram 27,6% do consumo em setem-bro, abaixo dos 34,6% identificados como a média dos primeiros 8 meses do ano. No PRODUÇÃO TRIMESTRAL DE AÇO BRUTO

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ESTATÍSTICAS ESTATÍSTICAS

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AACD .............................................................................................................................................................................................................................. 3a capaAnuário Brasileiro da Siderurgia 2021 ................................................................................................................... 4a capaGrips Editora ...................................................................................................................................................................................................................... 35 Larzinho Casa Jesus, Amor e Caridade ................................................................................................................................. 2a capaLubrimatic Comercial Ltda. - EPP ..................................................................................................................................................... 9

A Usiminas anunciou nesta quinta-feira (17/12), a re-tomada das operações do Alto-Forno 2 da Usina de Ipatinga em Minas Gerais. A decisão foi apro-vada pelo Conselho de Administração da compa-nhia e a previsão é de um investimento de R$ 67 mi-lhões, destinados à manutenção do equipamento. O Alto-Forno 2 tem capacidade de produzir cerca de 2 mil toneladas diárias de ferro gusa e estava pa-

ralisado desde o mês de abril, em razão da pandemia. Com a volta do forno, último equipa-mento ainda não retomado, a Usina voltará operar a plena carga na produção de ferro gusa. A retomada está prevista para meados do ano que vem. www.usiminas.com

Usiminas retoma Alto-Forno

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As exportações de sucata ferrosa, registraram acentuada queda em novembro, em comparação ao mesmo mês de 2019. Em novembro último, foram destinadas ao exterior 30.162 toneladas, uma redução de 59% em relação a novem-bro de 2019, com 73.779 toneladas. Os dados foram divulga-dos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A retração em relação a outubro de 2020 também foi expressiva, de 52%, quando as exportações chegaram a 63.305 toneladas.De acordo com o presidente do Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Ines-fa), Clineu Alvarenga, há, neste final de ano, uma boa retomada do consumo interno de sucata ferrosa, que representa mais de 90% do total produzido. Com isso, as empresas processadoras estão dando prioridade ao mercado nacional e reduzindo significativamente as exportações. www.inesfa.org.br

Queda na Exportação de Sucata Ferrosa Fo

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VITRINE VITRINE

ANUNCIANTES

Vencemos mais um ano juntos!

Em um ano tão diferente, a AACD completou 70 anos de história e teve a alegria de contar com a solidariedade e o apoio de

sempre para superar os desafios de 2020.

A todos que nos ajudaram a continuar em movimento, desejamos que 2021 traga em dobro toda a felicidade e esperança que proporcionaram a milhares de pacientes.

Um Natal cheio de luz e um novo ano repleto de paz,saúde e movimento!

Para continuar transformando vidas em 2021,acesse: aacd.org.br/doe

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Page 20: Grips Editora – Ano 21 – Nº 143 dezembro 2020 CONSTRUÇÃO

Chegou a hora de mostrar sua marca e seus produtos ou serviços na MAIS TRADICIONAL PUBLICAÇÃO BRASILEIRA DE SIDERURGIA.

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Informações Gerais Novembro Outubro Variação*Visitantes únicos 6.993 8.252 -18,0%Numero de visitas 10.931 11.934 -9,2%Páginas 163.330 92.441 43,4%Páginas por visita 14,9 7,7 92,9%

* Com relação ao mês anterior

Publicidade Impressões Cliques Custo por cliqueGoogle Ads 144.527 3.585 R$ 0,14 Facebook Ads 40.790 554 R$ 0,43

Newsletter Enviados Lidos Custo por envioSendpulse 45.577 3.055 R$ 0,005

Fontes:Google Ads - Relatório Mensal de Campanha - ID cliente: 625-015-4062Facebook Ads - Relatório Mensal de Campanha - ID Anunciante 724360254714147Sendpulse - Relatório de Campanhas - usuário ID 7442692

Relatório Mensal - Estatísticas Web - Novembro/2020

Seção I - Estatísticas de Acesso

Seção II - Geração de Tráfego

Fonte: Awstats/Hostgator, coleta realizada em 03/12/2020 - https://siderurgiabrasil.com.br:2083/cpsess4343619460/awstats.pl?config=siderurgiabrasil.com.br&ssl=1&lang=pt&output=main&config=siderurgiabrasil.com.br&lang=pt&ssl=1&framename=index

1.680 4.088 4.208 7.874 7.056 8.252 6.993

3.811 8.212 9.128 11.549 10.609 11.934 10.931

44.535 46.932 55.643

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Desempenho Anual

Visitantes únicos Numero de visitas Páginas

Veja o nível de visitação que estamos alcançando em nosso portal:

(Movimento de novembro/2020)

O ANUÁRIO BRASILEIRO DA SIDERURGIA vai circular em fevereiro de 2021. Os principais players da siderurgia nacional estão presentes no ANUÁRIO BRASILEIRO DA SIDERURGIA. Veja na edição anterior: https://siderurgiabrasil.com.br/anuario-da-siderurgia

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Capas: Preços sob consulta

Se sua empresa:• Vende ou processa produtos siderúrgicos• Presta serviços• Fornece insumos ou suprimentos• Fabrica, importa ou comercializa máquinas e equipamentos• Presta Consultorias especializadas

É momento de falar diretamente com este nível de público:

• Proprietários/Sócios/CEOs/ Diretores Gerentes/

• Supervisores/Engenheiros/Arquitetos

• Técnicos Compradores/Outros