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GRUPOS ESCOLARES NO GRUPOS ESCOLARES NO BRASIL: UM NOVO MODELO BRASIL: UM NOVO MODELO DE ESCOLA PRIMÁRIA DE ESCOLA PRIMÁRIA Aluna de Pedagogia: Júlia Rafaela M. Câmara

Grupos escolares no brasil

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Page 1: Grupos escolares no brasil

GRUPOS ESCOLARES NO GRUPOS ESCOLARES NO BRASIL: UM NOVO BRASIL: UM NOVO

MODELO DE ESCOLA MODELO DE ESCOLA PRIMÁRIAPRIMÁRIA

Aluna de Pedagogia: Júlia Rafaela M. Câmara

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No alvorecer da República, dentre as muitas ações e discursos que os líderes que assumiram o poder do novo sistema de governo fizeram circular, estavam aqueles que propunham modificações no modo como o ensino primário deveria ser organizado e que novas obrigações caberia ao estado frente a uma realidade educacional confusa e deformada, herdada do regime monárquico.

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Como golpe ao regime monárquico e o sucesso da tomada do poder pelos republicanos coube, portanto, ao novo regime, repensar e esboçar uma escola que atendesse os ideais que propunham construir uma nação baseada em pressupostos civilizatórios europeizantes que tinham na escolarização do povo iletrado um de seus pilares de sustentação.

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No Brasil, esse modelo denominado de grupo escolar, foi implantado pela primeira vez em São Paulo, em 1893. Esse tipo de instituição previa uma organização administrativo-pedagógica que estabelecia modificações profundas e precisas na didática, no currículo e na distribuição espacial dos edifícios.

O grupo escolar era uma escola moderna e o seu modelo previa edifícios, livros didáticos, mobiliário, além de docentes qualificados.

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Logo nos primeiros anos do século XX, o sucesso da experiência paulista fez com que vários outros estados implantassem esse modelo, como, Rio de Janeiro (1897), Maranhão e Paraná (1903), Minas Gerais (1906), Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Santa Catarina (1908), Mato Grosso (1910), Paraíba (1910), Sergipe (1916), Goiás (1918), Piauí (1922)

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Grupo Escolar Augusto Severo – Natal-RN

Grupo Escolar Casemiro de Abreu – Rio de Janeiro

Grupo Escolar Barão do Rio Branco - BH

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Uma vez que a organização dos grupos escolares estabelecia a reunião de várias escolas primárias de uma determinada área em um único prédio, a administração pública entendeu ser um beneficio financeiro aos seus cofres o fato de não ter que arcar com os alugueis das diversas casas que abrigavam as escolas isoladas.

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Com a finalidade de construir atividades adequadas as novas metodologias de ensino instruídas pela moderna pedagogia, foi necessário desenvolver projetos de organização nos espaços escolares.

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A seriação e a uniformização dos conteúdos sancionados pelo método “lições de coisas” foi responsável por organizar o tempo escolar, distribuindo gradualmente os conteúdos nos quatro anos que compunham o curso primário, o que resultou no uso do livro didático, de literatura infantil e cartilhas ajustadas ao currículo da escola primária.

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• Outra características dos grupos escolares, nesse momento de inauguração de novidades, foi a figura do seu diretor, cargo que até então não existia na esfera pública escolar primária frente à nova realidade educacional em construção. Além de suas funções administrativas com vistas a ordenar o cotidiano dos professores e alunos, ele deveria ser o responsável por retransmitir e atualizar junto ao corpo docente aqueles conteúdos discutidos nas escolas normais e e entendidas como inovadoras.

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É uma certeza histórica que os homens iriam se afastar do magistério primário, por conta de seus baixos salários, fator principal do desinteresse por esta carreira, que para eles não mais apresentava grandes atrativos.

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A intensificação das demandas escolares compostas por uma população estudantil que testemunha a ida das meninas, juntamente com os meninos, para escola, representa a incorporação de um princípio no qual a instituição pública republicana assegura o direito das crianças meninas adquirirem conhecimento que as instruíssem, ao menos em seus níveis mais elementares, em igualdade de condições àquela instrução destinada aos meninos.

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• É importante ressaltar um outro aspecto acerca da população escolar, que se tornou uma preocupação, dentre muitas, entre os intelectuais da educação e as autoridades de ensino. Trata-se do constante alerta a respeito dos problemas que a frequência irregular dos alunos poderia acarretar na consolidação da proposta educacional dos grupos escolares. A intermitência na assiduidade foi uma constatação que a escola teve que admitir ao não conseguir manter em suas carteiras aqueles alunos pertencentes às camadas sociais economicamente desfavoráveis, quando suas famílias os convocavam para tarefas domésticas e/ou renumeradas no mesmo horário dos estudos escolares.

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OS GRUPOS ESCOLARES NA REALIDADE EDUCACIONAL BRASILEIRA

A oferta de disciplinas sofreu algumas modificações singulares, de acordo com o momento histórico de cada Estado.

Esse processo de inclusão de valores patrióticos nas mentes das crianças, que supostamente garantia a construção de uma nação civilizada, pode ser melhor compreendido através de determinadas práticas escolares.

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Os desfiles patrióticos dos grupos escolares como transmissores de uma linguagem coletiva, capaz de expressar concomitantemente múltiplos planos simbólicos que os levam a ser identificados como uma grande festa.

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Lei n. 5.692/71A visão panorâmica explicou brevemente

a inserção dos grupos escolares na realidade histórica da educação brasileira, entendemos e interpretamos que os papéis por eles desempenhados ao longo do século XX.

Vale ressaltar que sua extinção ocorreu nos primeiros anos da década de 1970 por sua substituição paulatina pelo sistema de ensino de 1° Grau determinada pela Lei n. 5.692/71 que foi promulgada no dia 11 de Agosto de 1971, durante o regime militar, pelo presidente Emílio Garrastazu Médici.