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 João Jose Gremmelmaier Guerra e Paz III Mulheres Primeira Edição Curitiba/ Paraná Edição do Autor 2009 

Guerra e Paz 3 - Mulheres - Joao Jose Gremmelmaier

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João Jose Gremmelmaier

Guerra e

PazIII

Mulheres

Primeira Edição

Curitiba/ Paraná

Edição do Autor

2009 

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Autor: João Jose Gremmelmaier 

Editora Bookess

 Nome da Obra; Guerra e Paz III — 

 MulheresAs opiniões contidas no livro são dos personagens, em nada

assemelham as opiniões do autor, esta é uma obra de ficção, sendo osnomes e fatos fictícios.

É vedada a reprodução total ou parcial desta obra.

Sobre o Autor;

João Jose Gremmelmaier, nasceu em Curitiba, Paraná, Brasil

no ano de 1967, formou-se em Economia e atuou comomicroempresário por mais de 15 anos. Escreve em suas horas defolga como hobby, alguns jogam, outros viajam, ele faz tudo isto,mas não abre mão de ficar a frente de seu computador, viajando emestórias, e nos levando a viajar com elas pelo mundo da fantasia.

Autor de Obras como a série Fanes, Mundo de Peter, Heloise eAnacrônicos, as quais se assemelham no formato da escrita, por

começarem como estórias aparentemente normais, e logo partem para o imaginário utiliza recursos que interligam de forma sutil einteligente as diversas estórias entre si, fazendo com que o leitor crieum certo grau de curiosidade em relação as demais estórias.

Sobre a Obra:

Guerra e Paz é o primeiro romance do autor, este é o livro trêsdeste romance pouco romântico, como ele o define, Joaquim no primeiro livro é o Escritor, o narrador, então é uma narrativa parcial,mas se posiciona como Loco, no segundo, ele é o empresário, 8 anosdepois do fim do primeiro livro, aqui ele ainda esta se mostrandoalguém com passado, e com muitas historias, que envolvem filhos emulheres.

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CIP —

 Brasil —

 Catalogado na FonteGremmelmaier, João JoseGuerra e Paz 3  —  Mulheres, Romance de Ficção, 170

pg./ João Jose Gremmelmaier / Curitiba, Pr. / Bookess / 20091.  Literatura Brasileira  — Romance  — I  — Titulo

85  — 0000 CDD  — 978.0001 2 3 4 5 6 7 8 9 10 09 10 11 12 13 14 16 17

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 —  § —  

Amanhecia em um Motel a beira da BR 376, Curitiba,

Paraná, Brasil, e lá o empresário JJ levanta os olhos e fica a repararem Rosa ao seu lado a cama, suas duvidas eram muito grandes, masela ainda estava ali, olhava-a com a admiração de ver ali aquelamenina que sempre mexera com seus instintos mais carnais, estavanua na cama, pega o telefone ao lado da cabeceira e pede o café,quando desliga o telefone a moça o olhava como se querendoadivinhar os seus pensamentos;

 —  O que ainda o perturba? —  Estou confuso! —  Sobre o que sente? —  Não, de como vai ser de hoje em diante! —  Esta pensando nas outras? —  Também! —  Seu filho da mãe, pensei que me amava! —  Sei o sinto, não sei o que fazer, tenho algumas coisas ainda a

resolver! —  Fala de Kelly? —  Não, de Nádia! —  Problemas na separação? —  Sempre temos, mas não sei se posso falar disto, sem causar

ciúmes desmedidos! —  Por quê? —  Ela se envolveu com um vigarista, e me preocupo com ela! —  Esta com ciúmes? —  Menina, não é o que cinto que esta em jogo, sei que não vou

apagar 15 anos do dia para a noite! —  Certo, e as demais?

 —  Esta com ciúmes?

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 —  Sim! –  Fala ela puxando a colcha e cobre o corpo que estavaa mostra;

 —  Sei que sou mais volúvel do que gostaria que fosse, mas sei

que você foi das pessoas que deixei no passado por muito tempo, preciso consertar as coisas! —  Não te entendo?JJ puxa Rosa bem perto de seu corpo e a beija, sabia que as

coisas iriam ser diferentes, mas estava a querer tentar ser feliz denovo, estava a abrir os caminhos do passado, mas isto não queriadizer que fechar as portas seria fácil;

 —  Rosa, eu sei que a amo a anos, mas sei também que terei delhe mostrar parte de minha vida, que poucos conhecem, é isto que me preocupa, o ser gentil e compreensivo, é parte da minha real personalidade, sei que posso ser amado ou odiado, mas se quiserficar comigo, terá de saber que não sou nem santo, nem tão inocentese quiser ficar comigo!

 —  Esta falando do que? Neste momento toca a campainha que trazia o café e JJ

levantou-se nu e foi a pequena portinhola de onde tirou uma bandejacom o café, queijo, presunto, umas bolachas, e pequenas porções demanteiga, margarina, doce de leite, uma jarrinha de leite, e uns pães,e os dois comeram com poucas palavras, a campainha interrompera aconversa em ponto crucial e Rosa olhava esperando que JJ arespondesse, mas ele olhava-a sem nada falar, e ela perguntounovamente;

 —  Do que estava falando antes? —  Algo que terei de lhe contar com calma, mas primeiro tenho

de resolver umas pendências em Porto Alegre hoje, depoisconversamos com calma!

 —  Posso ir junto? —   Pode, se quiser, mas será assuntos do Banco, terá que me

esperar em algum lugar o dia inteiro, pois não tenho como fazê-la

entrar naquele setor do banco! —  Posso ir então?

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 —  Pode! —  E vai ficar até quando lá? —   Devemos estar de volta ou amanha a noite ou sábado pela

manha! —  Se o deixar ir não vai fugir! —  Não, mas não quer ir junto! —  Lhe espero, tenho mesmo que conversar com meu marido,

mas passa lá em casa que horas? —  Sábado por volta das 2 da tarde! —  Lhe espero, mas não me deixe esperando!

 —   Certo, mas fique linda, antes de tudo, vamos a umcasamento!

 —  Casamento? —  Sim, esqueceu que o Cezar casa no fim de semana? —  Verdade, é neste fim de semana!Os dois se abraçam novamente e ele a deixa em seu carro que

estava estacionado a frente de uma das obras da JJ Incorporações, ede lá ela vai para casa e ele se direciona diretamente ao aeroporto evoa a Porto Alegre;

 —  § —  

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 —  § —  

O dia foi de compromissos no Banco, e as pessoas estavam

vendo um empresário tomar a estrutura de uma regional, as idéiaseram bem mais abertas, os objetivos eram sempre os mesmos emqualquer ramo, o lucro, JJ sai após mais de 8 horas de trabalho e asintermináveis reuniões, ele sempre fora mais do trabalho que dasreuniões, se fosse para falar, falava pessoalmente, não precisavamandar recado em reuniões e compromissos;

 —  § — 

 

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 —  § —  

Sai da Reunião  e por mais que estivesse cansado, ligou para

Kelly, e os dois se encontraram em um restaurante no centro dacapital gaúcha;

Kely estava longe, e JJ reparou que algo estava acontecendo, eouviu;

 —  J, preciso lhe falar algo! —  Algo lhe aborrece, onde esta aquele sorriso de sempre! —  Sabe que sempre procurei amores na vida, e um acabou de

me bater a porta, e não sei se estaria pronta para largar isto, e tocartudo!

 —   Kely, a sua indicação nada tem a ver com nossa relação,sabe que lhe tenho como das pessoas mais especiais, não estamosfalando de dinheiro, e sim, de cumplicidade, não estava falando emlhe prender e sim lhe soltar!

 —  Mas como posso estar diante de tudo que você construiu e

não nos envolvermos! —  Qual o seu verdadeiro medo, menina! —  Alguém me procurou ontem, a muito não o via, alguém que

mexe comigo, mais paixão que razão! —  Mas o que tem a ver com o que falamos ontem? —  Com tudo, esta se aproximando, e eu me afastando!JJ sorriu e falou; —  Menina, não leve tudo a ferro e fogo, nem eu sei se estou

desligado, vim lhe falar que precisava dar uma chance a mais paraRosa, talvez ainda não seja nossa hora, ou talvez estejamos tãoentrelaçados que nossa relação resista as demais passando por nos!

 —  Pensei que iria ficar bravo, pois foi linda aquela noite! —  Sabe o que sinto agora, sei o que você sente, não vamos nos

complicar, corre atrás de seu amor, só não esquece que estará a frente

do maior império de construções do sul do país, e quando falamos

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em império, deve ter visto o tamanho dos desafios, as vezes nemacredito em como cheguei a isto, e o incrível que a idéia em si,surgiu nesta cidade!

 —  Pensei que tivesse surgido lá em Curitiba? —  Não, nesta cidade, tem uma moça que mexe tanto comigo,como você, esta deixei no passado, mas sabe quando você é ummarginal, e alguém lhe põem no mundo, alguém que até evito chegar perto, alguém que desperta o mais animal do Joaquim, aquele queluto hoje para deixar apenas a casca!

 —   Fala como se tivesse sido um grande marginal, o queaprontou aqui?

 —  Kely, a parte bonita de minha vida, é hoje, mas mesmo hoje,tenho o meu lado sombrio!

 —  E como é o nome dela? —  Não adivinha?A moça para e pensa um pouco, lembra do livro que lera

recentemente de JJ e fala;

 —   Vai me dizer que ―Priscila, um anjo ou um Demônio‖, éverídica! —  Em boa parte, certo que nem todos acreditariam na verdade,

então ficou um romance as avessas, quando fugi dos braços dela, amenina tinha 17 anos, não teria saída, ou um caixão fosse o caminhomais certo!

 —  Então JJ teve um amor antes de Nádia?

 —  Tive mais que um, mas este sempre foi algo que um dia tereide enfrentar, mais cedo ou mais tarde! —  Ela se casou? —  Não, e faz parte da rede de empresas e sócios que mantenho,

tenho que ir lá a qualquer hora, mas não sei se posso encarar aquelesolhos azuis!

 —  Ela é anterior a Dani?

 —   Não, Dani é a mais antiga, estudamos juntos, crescemos juntos, mas esta tem algo a mais, muito mais complicado!

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 —   As vezes esqueço daquele rapaz que passávamos horasconversando, sentados a biblioteca do Politécnico, um estudanteexemplar, e um comportamento muito estranho!

 —   Menina, me conheceu quando estava acorrentado a umrelacionamento, podia falar de coisas do passado, mas não traçar planos para o futuro!

 —  E mesmo assim levantou um dos impérios do estado! —  Vai ver menina, que tenho muito a fazer ainda, mas vamos

fazer em conjunto, falando nisto, gostaria de comer o que? —  Na verdade não estou com fome!

 —  Me acompanharia a uma aventura? —  Sim!JJ levanta a mão e pede a conta, haviam tomado 3 refrigerantes,

vão ao aeroporto e JJ freta um bi motor e decolam no sentido deJoinville, lá chegando, alugam um carro, e uma hora a mais, estavamestacionando o carro na frente de uma lanchonete, que servia porçõesde fruto do mar, e tinha a baia de São Francisco como paisagem,entraram e o senhor parecia ter se lembrado de muitas coisas, os doissentam-se sentindo a maresia daquele começo de noite, JJ pediu uma porção de Camarão ao bafo, e sentados a olhar o mar e conversarsobre as coisas, JJ pediu algumas cervejas, começaram a jogarconversa fora, as vezes, o senhor viajava em assuntos malucos, comodeus, como guerra, e amor, Kely olhava para aquele senhor, quase 20anos mais velho, como alguém poderia ser daquele jeito, apaixonantee ao mesmo tempo, imparcial, e não resistiu e perguntou;

 —  Parece querer viver algo maior agora, quando o via ao ladode Nádia, embora fossem felizes, você sempre a protegendo, mesmoque dela mesmo, e fazendo coisas, que nunca entendi, mas que fez asempresas crescerem!

 —  Kely, quando lhe passei a direção da empresa, já tinha feitoa separação de bens, passei para ela o que estava em meu nome, asempresas, a própria Incorporadora, eu nunca fui acionista

majoritário, não construí algo para que acabasse com uma separação! —  Pensava que isto podia acontecer?

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 —   Na verdade quando me pus como minoritário, 10% daIncorporadora, isto poucos sabem, pois usei amigos e até personagens fantasmas, era para a empresa sobreviver a minha falta,esta podendo ser minha morte ou minha aposentadoria!

 —  Vai se aposentar? —  Não, mas quero fazer tudo de volta, construir tudo de novo,

sabe quando você se sente velho, e precisa mostrar para você mesmoque pode fazer mais!

 —  Mais, quanto você tem hoje? —  Isto somente eu sei, desculpe, mas tem cifras que é até bom

ignorar! —  Então é muito! —  Um exemplo, quando declaro minha renda, declaro os 10%

do que esta ao meu nome, mas se estivesse declarando os 100%,ainda assim estaria sonegando mais de 90%!

Kely olha serio para o senhor a sua frente, não vira nada deirregular na empresa, até então, mas era obvio que havia algo a mais por traz de um crescimento tão absurdo, olha para ele e fala;

 —  Você fala em milhões como sendo trocados! —  Kely, nem tratamos disto, sabe qual o salário do cargo que

você vai assumir agora? —  Verdade, não tratamos disto! —  Tem idéia? —  Não, uns 30 mil mês?

 —  Acha suficiente? —   Não acho nada, se for mais aceito, conheço este seu jeito,

acaba só me pagando os 30! —   Menina, o cargo que ocupara, que é tocar a JJ

Incorporadora, que é proprietária de mais de 2690 empresas, parcialou total, é de 22 milhões de dólares ano!

 —  Tá falando serio?

 —  Sim!

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A moça levantou-se, pareceu levar um chute no estomago,andou até uma parte mais baixa, em momento algum ela havia parado para pensar nisto, quando alguém fala em salários assim, pensa-se em algo perto do que a razão consegue administrar, masestava muito distante disto;

 —  Tudo bem menina? —   Tudo, e quanto você ganha por mês, para poder pagar

salários assim! —   Não é salários, e sim investimentos, um diretor de baixo

calão, nunca saberá quanto você ganha, nem terá idéia, um gerente,ganha os 12 mil mês, e fica feliz, mas nem tem idéia do seu salário, já eu, não preciso do que ganho por dia, para viver o resto de minhavida, por isto, vou começar de novo!

 —   Deve ganhar por dia o que ganho por ano, se entendi asentre linhas!

JJ olha para a moça e sorri, ela não saberia que ele ganhava em bilhões por dia, não milhões, mas mesmo assim, a moça sentou-se aaquela lanchonete e falou;

 —  Poderíamos estar em Paris comendo e estamos aqui? —  Prefiro aqui, as porções me enchem os estomago! —  Então New York? —  Não gosto de pagar por um pão com manteiga o que pago

 por duas porções de camarão! —  Certo, mas poderia?

 —   Sim, poderia, mas de avião era muito longe, perderíamosmais tempo indo e voltando, do que conversando! —  Certo, ainda não é um deus, como Lili, tem de ir de avião! —  Ela não é uma deusa! —   Certo, mas como esta aquela sua versão estendida da

historia? —  Pronta!

 —  Então vai mesmo reeditar aquela obra?

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 —   Não, não mudarei nenhuma linha, precisava terminar deescrever a historia, não tem como deixar a historia pela metade!

 —  Metade, o que reescreveu?

 —  Não reescrevi, somei algumas aventuras a mais, ampliei oscapítulos do passado, ali somei mais de 600 paginas! —  Então com quantas folhas ficou o livro, já tinha mais de mil? —  Agora terá mais de 2 mil! —  E vai publicar quando? —   Estou registrando o atual texto, e mandei uma copia para

minha editora!

 —  Acha que vão querer publicar? —   Sabe que se não publicarem, publicarei a parte, então eles

que escolhem como vai ser! —  Mudando de assunto, Priscila realmente existe? —  Sim! —  Mas então você se descreve lá como Loco, você fez aquilo? —   Tem coisas que prefiro não abrir assim, mas o que a

convenceria de que aquilo era real! —  Não sei, algo como aquilo, me parece totalmente irracional e

cruel em algumas partes, não combina com o ser que conheço! —  Kely, sabe que o que as pessoas conhecem de mim é casca,

alguns veem o empresário, alguns veem o escritor, alguns o diretordo banco, mas tem casca que a maioria não vê, e estas, ficam sempreescondidas!

 —  Certo, daí vem o fluxo de dinheiro, pois se aquilo for real,estávamos na década de 80 para 90, e estruturou encima daquelecapital o inicio de tudo, como o próprio livro fala, mas como as pessoas leem como ficção, não fazem as contas, mas ali falava emmilhões de dólares por carregamento, e daí surgiu o empresário?

 —   Isto nem para Nádia eu abri, mas a historia é em grande parte real menina, não peço que entenda, mas sabe que empresários

não saem do nada, e em 10 anos, tem um patrimônio que abraçagrandes empresas, já constituídas anteriormente!

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Kely olha seriamente para JJ e fala; —  Espero que não esteja querendo com isto me afastar de você,

 pois sabe que acredito em você!

 —  Sei disto, e o que falo para você hoje, teria de falar, assimcomo terei de falar para Rosa e ver o que ela pensa, não sei maisviver as coisas pela metade, não mais, e não pense que estou atentando assustar ou afastar, tem coisas, que mais sedo ou mais tarde,teria de saber, e melhor saber antes, do que depois!

 —  Certo, mas ainda acho muita fantasia? —  E o que faria você acreditar?

 —  Não sei, algo impensado!JJ afasta a camisa as costas e puxa uma semiautomática e põemsobre a mesa e fala;

 —  Isto, por exemplo!A moça arregalou os olhos, olhou no fundo dos olhos de JJ e

falou; —   Meu deus, é verdade!  –   Falou olhando o senhor guardar a

arma, por alguns segundos ela ficou quieta, não sabia onde estava a por os pés e olhando as coisas em volta e falou; —  Você me assustou pela primeira vez, desde que te conheci! —   Kely, somente amigos sabem disto, e muito poucos, as

 pessoas em Tijucas, não imaginam isto, lá a casca é de empresário,mas como estará a frente da empresa, precisava saber, que de vez emquando, algo parece surgir do nada, e continuamos, ampliamos!

 —   Mas a JJ Empreendimentos tem envolvimento comcontrabando? —   Não, agora é uma empresa limpa, não a quero complicar,

mas tem de saber que sempre fomos vigiados pela Federal, atransferência de capital entre tantas pequenas empresas, sempre regeregras muito especificas, e que muda de país a país, estão semprequerendo nos pegar em um erro, mas isto, é totalmente legal!

 —  E ainda toca a parte ilegal?

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 —  Sim, assim como toco o banco, sempre acelerado, acha quemantenho um cargo de 35 mil mês por gostar de trabalhar, lá aprendimuito, e me transforma no que quero ser, algo que as pessoas saberãoquando acontecer!

 —  Certo, então pelo que entendi, Loco existe? —  Sim! —  Você fez parte do Dops? —  Sim! —  Tem porte de arma, do exercito? —  Sim!

 —  Outra pergunta, Junior também existe? —  Sim! —  Meu deus, esta a me dizer que escreveu apenas duas ficções! —  Sim!  –   Fala sorrindo JJ que estava vendo a moça mudar a

forma que o encarava; —  Não tem graça! —  Verdade! –  O ser levanta-se e vai ao caixa acertar a conta e

se despede do proprietário e vira-se para ela na volta; —  Vamos mudar de ares!

 —  § —  

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 —  § —  

Sábado;Kely olhava para o senhor a sua frente, muitos castelos

haviam desmoronado, conhecia a parte emocional e agora a partecruel da historia daquele homem, alguém que ela sabia ter uma filha,de 24 anos, que não sabia de sua existência como pai, sabia que eletivera amores na vida, agora descobre que além de tudo aquilo, eraum narcotraficante, entra no carro alocado e os dois vão no sentidodas praias de São Francisco, e quando chegam lá, JJ sai do carro, e

fica a olhar para o mar, algumas coisas, pareciam estar aindamachucando aquele homem, as vezes o mundo de alguém, é mudado por uma única pessoa, e Kely demora a chegar ao lado dele, algunslugares traziam lembranças do passado, e Kely olhou para os olhosdo senhor e perguntou;

 —  Esta triste com minha reação, desculpe, mas é muita coisa! —  Não, foi sentado naquela pedra ali a frente, que ela me disse

que tinha outro!Kely vê que o senhor estava ainda em um mar de sentimentos,

as vezes falava de negócios, as vezes de crimes, as vezes desentimentos, estava a olhar o mar em silencio, parecia lembrar dealgo no passado, o ser estava a chorar por dentro, não estava seafastando da empresa, estava precisando refazer sua vida, estavaabrindo portas que poderiam nunca mais se fechar, e por outro lado,arriscando fechar portas, para nunca mais abrir, mas pensando no que

JJ falou Kely o abraça e fala; —   Amores, enfrentamos criminosos, mas não sabemos dizer

não a algumas pessoas! —   Na verdade as guerras, os conflitos, as batalhas, sejam no

negocio, na política ou nas esquinas escuras, são fáceis de enfrentar, já as guerras a dois, em que muitas vezes recuamos para não magoaralguém, são invencíveis, deixamos frestas que vão minando as

relações, estranho fazer algo para não estragar, e estragar mesmoassim!

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 —  Só você, por um lado me apavora, por outro encanta! —  Eu que lhe devo desculpas, nunca lhe contei a verdade! —  Imagino que não conte isto a muitos?

 —  Não, mesmo Nádia, sempre achou que os livros eram ficção,mas ela fora sempre mais ciumenta, nunca nem tivera certeza daexistência de Dani!

 —  E por que me conta? —  Sempre lhe disse que era especial, nunca abrimos as portas,

antes de continuar, negócios ou amor, abro, escancaro as portas, nãoquero mais viver meia vida, não quero ficar a esperar o amanha!

 —  Mas ainda não me falou tudo? —  Tudo acho que nem eu sei, sabe quando você lê a historia de

―Junior, um mundo irreal um Brasil real‖, quem acha que representaa minha pessoa?

 —  Não sei, Alemão tem o estilo de Loco! —  Certo, mas o que afastou o rapaz de lá? —   A dualidade de sentimento pelas irmãs de Junior, por um

lado representava o pai ao menino e por outro lado, as meninas lheatraiam muito seriamente!

 —   Renata fugiu e a procuro a mais de 4 anos, deve estar emalgum lugar na Espanha a força, e tudo por minha culpa!

 —  Esta falando serio? —  Sim! —  Mas o que aconteceu? —   Ela era uma menina, e não segurei meus instintos, foi a

única fez que me deixei levar por uma atração, mas magoei amenina!

 —  Mas como assim a magoou? —  Tem uma coisa que sempre me atraiu em Renata, que era a

forma dela encarar a vida, a inteligência, rapidez de raciocínio, seihoje que era recíproco, lembra em algo?

 —  Lembra, mas comigo você não avançou?

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 —   Lá também não avancei, mas mesmo aqui, se vocêavançasse não sei o que teria sido, sou bom em não avançar, masnem tão bom em recuar!

 —  Ela avançou? —  Não! —  Não entendi? —   Se leu o livro, lembra que Renata tinha uma irmã gêmea,

Sonia, se uma é complicado, imagine você estar em um complexo de paixão, responsabilidade, amor, e ódio, e no lugar da pessoa que vocêfantasiava aparecer a sua porta, em uma noite que havia enfrentado o

 pessoal da Favela a tiros, bêbado e tenso, aparece uma menina de 18anos, nua a suas cama, deveria ter recuado, mas não recuei, e namanha seguinte, quando Renata viu aquilo, sumiu, sei que foialiciada, por um destes empresários espanhóis, e estou a revirar os bordeis de mais de 50 cidades na Espanha, mas ainda não a achei!

 —  Só você, acaba de confessar que pulou a cerca com a irmãde Renata, mas que não queria o ter feito, e fala como se não oquisesse, Junior sabe?

 —   Não sei, Junior toca os negócios no Rio, mas a muito nãovejo, nem Sonia e nem Renata!

Kely sorri e fala; —  Acha mesmo necessário me contar tudo isto? —  Não, agora estou falando algo, que não falo para ninguém,

escrevi dois livros pra parar de pensar nisto, e continuo a pensar! —  Nádia nem desconfia disto? —   Não, se ela soubesse tiraria meu fígado, mas não mentiria,

sabe quando as coisas em si acontecem e nem se tem o direito de para e pensar, pois foram muito corridos os últimos 20 anos, quandofalo de Priscila, é mais de 18 anos atrás, quando falo de Dani, é maisde 25 anos atrás, mesmo você, já nos conhecemos a 13 anos, masquando falo de Renata, é coisa de que se arrastou por 8 anos, antesdela sumir, e já faz 4 anos que não a vejo, ela deve estar com 22 anos

hoje!

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 —  Sabe que isto é complicado, a sociedade não entende, muitosiam dizer que você criou as meninas, não poderia se envolver comelas!

 —   Na verdade, tudo que falam, serve como ideal, mas nãocomo padrão, eu não era o pai dela, as salvei a 12 anos de seremmortas, eram crianças, lhes dei uma casa e um futuro, mas sempremuito afastado, mas o correto, quando acontece, não se tem umahistoria, podia dizer que fui o empresário correto, e quando as pessoas perguntarem se a filha é minha me escusar, mas não souassim, embora todos saibam que não queria ter filhos, os tenho, nãoqueria me envolver, me envolvi, não queria me apaixonar, mas vocês

são apaixonantes, achava que foi fácil ser fiel, mas quando olho osanos que se passaram, não o fui, e o pior Kely, fui infiel a mimmesmo, deixei você, Pri, Renata, Rosa, passarem por minha vida, memantive perto, mas não tive coragem de dizer o que sentia, me matei por dentro!

 —  Estranho você fala como se quisesse todas? —  Na verdade tinha um rapaz que sempre me dizia que deveria

viver mais, mas com o tempo, deixei a vida me levar, e cheguei aesta encruzilhada, sei que pode parecer maluquice, mas uma parte demim, quer ir a frente, viver um amor forte, outro, ainda quer voltar aocomo era a 6 meses, e tem um outro, que mato a anos, este simficaria com todas ao mesmo tempo, mas sei que isto as machucaria,não quero lhes fazer mal!

 —  Sabe que quando conheci Rosa, tive ciúmes, mas não faloudela?

 —   Rosa é o mais complicado de tudo, sempre dizem querelação entre dois escorpianos não dá certo, sempre prontos paratudo, para nada, na curva da vida, na paixão do caminho fácil!

 —  Não entendi? —  O que sinto por ela, é algo parecido com o que senti por Pri,

um complexo de amor e ódio, mas Pri me punha medo, e estamosfalando de Loco, o ser mais cruel que você nunca vai conhecer!

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 —  Vai por lenha nesta fogueira? —  Quando estiver morrendo, não quero ver a bagunça causada,

espero que ninguém leia!

 —  E vai falar sobre o que? —   Fiz um levantamento e a Bíblia parece ter 2521

contradições, mas na verdade elas não existem, tive acesso a uma bíblia do ano 187 de nossa era, antes do consenso que reduziu a bíblia e ali explica o por que das contradições, quando se tira umversículo, se acha que não se muda muito, mas muda tudo, entãoexplica o que era a bíblia que Paulo seguia, não a que tem Paulo, a bíblia que fala de coisas que os Cristãos não gostam, que os judeusnão foram excluídos da salvação, que as mulheres não estavam a parte da vida de cristo, a verdadeira descrição do casamento e do pronunciamento que o profeta deixaria seu herdeiro, por acaso nuncase perguntou por que um papa resolveu mudar todos os nomes bíblicos, colocando Paulo como Justificativa, pois aquém de Paulo,que era Judeu, mas não conheceu cristo em pessoa, desculpe, estousendo chato!

 —   Não, pode falar, gosto de ver a sua versão da historia, amaioria das pessoas tem medo de falar disto, pois estariam secondenando ao inferno eterno!

 —   As vezes me empolgo, mas quando tiraram os Judeus da bíblia, era para omitir a verdade, pois cristo antes de Paulo, colocavaa salvação aos Judeus, e não aos Fariseus, mas é fácil interpretarerrado, mudar as palavras, tirar outras, e por no meio da própria

 bíblia algo que a fez parar no tempo, proibindo mudanças, masesquecesse que se para mim, peixe tem um significado, para cristotinha outro, era o inicio da era de peixes, mas toda bíblia esta falandoisto, a era de peixes acabou, e como acabou, veio a tão esperada erade Aquário, e com ela as novas tecnológicas, saímos na era doespírito, e entramos na era do conhecimento, cristo veio falar quevinha a começar uma nova era, como a que acabou com povosantigos, mas eles nos deixaram testemunho, teremos nossos 22 mil

anos para tentarmos salvar nossas vidas, nossa alma e corpo, depoisou vamos a deus, ou estaremos num mundo a recomeçar, Cristo não

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veio como fim, e sim como começo, e nos mostrou o caminho, mas amais da metade deste caminho, deus nos mandara um novo anjocomo nos mandou cristo, estaremos na era de Leão, e teremos de tercumprido os 7 pedidos iniciais dele!

 —  Sete pedidos? —  Descubra os impostores na era de peixe! Não blasfemar, na

era de Aquário! Descubra o demônio dentre de ti, em Capricórnio,Purifica seu corpo e alma em Sagitário, Vigia a sua alma, ela estasobre perigo em Escorpião, Conserva o que tem, sua sapiência einteligência, em Libra, Faça uma auto analise, do que não estasouvindo, não esta vendo e esta falando na era de Libra!

 —   Estranho, você acredita em cristo, mas não acredita na bíblia, une bíblia e esoterismos?

 —   Kely, já vi muitos evangélicos citarem a bíblia e dizerem, batendo nela, esta escrito aqui, que as escrituras tem de ser seguidas,mas só tem um detalhe, quando cristo mandou seguir as escrituras,falava das leis Judaicas, pois a bíblia, não existia, foi criada mais de300 anos depois da morte de cristo, então não acredito na bíblia,

algumas coisas lá, são interessantes e reais, outras, fantasia, e outras,lendo o real sentido, me deparei com deus, falando através de umhomem!

 —   Mas como pode dizer que acredita, lá esta escrito, nãomataras!

Kely soltou meio sem sentir a frase e JJ a olhou, ela iria pedirdesculpas e ele falou;

 —   Kely, sou criado ao modelo cristão, mas o não mataras,serve aos Judeus, a linha sucessória do trono Judaico, como falaristo, eles eram tão fieis naquela época, que era passada pelasmulheres, era o filho de Maria, que era da linhagem de Abraão, nãoJose, mas referente a não Matar, servia entre Judeus, eles podiammatar todos não Judeus, e ficarem livres, por isto, a igreja perseguiutanto eles, pois somente matando todos os Judeus, os demais talveztivessem uma chance, mas ignoravam os cristãos, que a descendênciase passava pelas mulheres, para os Judeus, mataram os homens, e

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estupraram as mulheres, mesmo não sendo vistos como Judeusautênticos, de inicio, foram multiplicando aos milhares, meu avo por parte de pai era Alemão, mas minha Avó era Judia, meu avo por parte de mãe, era Italiano, mas minha avó por parte de mãe, eraJudia, então na parte sangue, tenho as duas arvores vindo do Judeu, posso matar por deus, os não Judeus!

 —  Você me assusta quando fala assim? —  Na verdade, isto é da boca para fora, não acredito nas tabuas

de Moises, mas sim no evento em si, como símbolo, os cálculosdizem ter sido a passagem do mar morto, o inicio da era de Áries, asleis foram a forma de dizer, acabou a era de Touro, e começa a era de

Áries, a era das leis religiosas, sociais e físicas! —   Eu digo que você tem um jeito todo especial de acreditar,

liga astros, vida, morte, historia a tudo que acredita! —  Sim, mas as palavras de todas as religiões falam em achar o

 poder da palavra de deus, o real significado, estamos perdendo 2 milanos, seguindo uma ideologia falsa, tem seus méritos, mas falsa!

 —  E você vai escrever o livro quando? —  Já esta quase pronto, mas todo ano acrescento uma pitada de

informação, tem muita pesquisa séria nisto, mas ainda não conheço ovaticano, um dia vou lá conhecer seus museus, e suas historias malescritas, e bem contadas!

 —  E quando vai publicar o livro? —   Isto é fácil, no dia que os astros disserem para o fazer,

talvez, se tiver um filho, o convença a publicar no fim de sua vida, ou

mesmo passar ao seu filho para que publique? —  Mas por que? —  O ideal, seria ser publicar na era de Aquários, mas esta no

começo, o ideal era pelo menos 200 anos desta era! —  Nunca se sabe? —   Então tá, não pretendo me arrastar mais cem anos de

existência, para publicar o livro, 2150 esta longe!

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 —  Só você, faz planos como se pudesse controlar os fatos de100 anos!

 —  Tento ser eu, mas as vezes não consigo?

 —  Sabe que falam que você trata as pessoas como peças de um jogo?Kely novamente viu que falou sem pensar, e JJ olhou ao mar e

falou; —  É, as vezes as pessoas não me entendem! —  Desculpe, não estava querendo falar disto! —  Kely, eu realmente as vezes, trato as pessoas como peças de

um Jogo de xadrez, mas vai ver com o tempo, que os que maisreclamam disto, são os que mais se assustam com isto, e são tambémos que mais precisam que rejamos suas vidas, muitos não saberiamonde pisar se não tivesse alguém para dizer, não pise aqui, não façaaquilo ali!

 —  Você esta jogando comigo? —  Não, jogo com pessoas fracas, você vi muitas vezes pisar em

 pedras que a derrubariam mas não tive coragem de proibi-la disto! —  Mas por que? —  Quem a gente ama, e posso dizer que lhe amo, não tenho

vergonha disto, é algo diferente do que sinto por Rosa, é diferente doque senti por Nádia, e bem diferente das demais, mas você aprende oque vive, se eu viver o que você vive, acontece que você não estará pronta para quando eu me for, e por mais que eu queira, não souimortal!

 —   Estranho mas sei que te amo também, não sei por queexatamente, você não é o meu tipo, não sabe ser carinhoso, nãoresponde os meus e-mail e nem telefonemas, e ainda fala o que bementende, e mesmo assim, fico aqui, tendo de estar em Curitiba, lheolhando, lhe respeitando, você ainda é uma incógnita para mim, pensei por uns dias que lhe conhecia, e hoje sei que não sabia nada, pois hoje pareço lhe conhecer menos que naqueles dias!

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 —   Kely, o que você sabe de minha vida, acho que poucas pessoas conhecem, acho que você e Dani tem uma idéias rala dequem sou, o resto nem rala tem!

 —   Você é estranho, quando fala de alguém, sempre põemalguém na historia e geralmente são mulheres! —  Menina, Dani tem uma filha de mais de 24 anos que é minha

filha, a menina ignora a minha existência, seis anos a menos quevocê, então por mais que pareça estranho, tenho mulheres em minhavida!

 —  Mas ainda gosta dela?

 —  Por muitos anos achei que sim, hoje é uma boa lembrança! —  Mas por muito tempo falou dela? —  Nem sempre fui sincero com os nomes, mas sentimento não

 precisa de nome, e sim confessar emoções, estava a desabafar! —  Certo, mas isto também sabia, as vezes eu estava falando de

você, e você de mim, e ambos estavam usando subterfúgios! —  Kely;JJ sorriu e falou;

 —   Sabe que por mais que queira, não vou fechar rápido as portas desta vez, deixei isto claro desta vez, estava em uma relaçãode devoção, adoração, subserviência, e no que deu, vocês mulheressempre falam que preferem carinho, devoção, mas não procuramisto!

 —   Em parte você em si mostra isto, mas mesmo assim, você pode não saber ser carinhoso, mas é sincero, não sabe ficar quietoquando tem de ficar, mas impressiona mesmo falando besteira, nãonos retorna, mas se retorna-se não saberia se quem fugiria não seriaeu!

 —  Viu, é o que falei!  –   JJ a levanta, e os dois começam a sedirecionar a um hotel no centro de São Francisco, e quando chegam a portaria JJ vira-se para o rapaz e fala;

 —  Dois quartos de solteiro?Kely olhou para JJ e falou; —  Vai me deixar sozinha?

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 —  É o correto!Kely olhou com um olhar de quem pedia algo e JJ voltou-se ao

recepcionista e falou;

 —  Certo, vê um quarto de casal!O rapaz olhou para o senhor, mediu a moça que estava com ele,

quando os dois estavam indo ao elevador virou-se para a moça aolado e disse;

 —  Isto que é ser direta! —  Achei vulgar? —  Vulgar, a moça deu em cima, e quem diria não a um pedido

daquele? —  Homens, não conseguem dizer não! —  Eu não conseguiria!A moça olha para o senhor entrando no elevador e falou; —  JJ, este até eu cantava! —  Conhece o senhor? —   Sim, escritor e empresário de Curitiba, escreveu vários

livros! —  E quem é a moça? —   Não sei, nunca vi, ele vinha sempre com a antiga esposa,

dizem que é a separação do ano de Curitiba, a mulher o trocou porum senhor 10 anos mais velho, todos dizem que a mulher tirou quasetudo do homem, mas ainda é um tipo interessante!

 —   Interessante, o cara é careca, velho e barrigudo, o que temde interessante?

 —  Já leu algo que não seja estes gibis ai? —  Sim, mas que livros ele escreveu! —  Tem um que a juventude adoraria, tem sangue, crueldade,

crimes e muita violência! —  Certo de que livro esta falando?

 —  Já li 4 deles, mas o mais violento é ―Priscila, um anjo ou umdemônio?‖! 

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 —  E sobre o que fala? —   Sobre uma menina que foge de casa, ainda adolescente, e

com a ajuda de um traficante faz fortuna e fama em Porto Alegre!

 —  Não fizeram um filme a respeito? —  Achou violento? —  Sim! —  Então lê o livro, aquilo na tela, é festim, o senhor ali, fala no

livro de trafico, prostituição, morte, amor, e formas de se venderdrogas, legalizar dinheiro sujo, desviar as atenções, subornar, roubar,matar, atirar, é uma fabrica de crimes!

 —  E ainda diz que ele é interessante? —   Certo, o que sabe sobre quem manda no submundo desta

cidade? —  E tem submundo esta cidade?A moça sorriu com a pergunta; —   Não, não temos prostituição, venda de drogas, venda de

armas, não temos contrabando no porto, não temos desvio de carga,

nada disto acontece na cidade! —  Sei que tem tudo isto, mas não entendi por que fala disto! —  E quem manda em tudo isto? —   Não conheço, nem sei se deveríamos falar disto, mas um

amigo meu diz que tem um senhor que chamam de Alemão, que tocatudo aqui!

 —   Já que teu amigo falou sobre este alemão, ele lhe falou a

descrição deste tipo?O rapaz tentou lembrar do que o amigo havia falado, algo sobre

um senhor, uns 50 anos, calvo, barrigudo, violento, impaciente,enérgico e muito calmo, olhou para o elevador, mas não estava maislá, e voltou-se a moça e falou;

 —  Esta a me dizer, que este é Alemão?A moça sorriu e olhando o susto do rapaz falou;

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 —   Sim, mas quem subiu, foi o proprietário do hotel, entãomelhor alertar todos que JJ esta no hotel, não queremos perder pontos com o dono!

 —  Acima de tudo, ele é o dono da rede?A moça viu que o menino realmente vivia nas paginas daquelesquadrinhos japoneses, não tinha noção do que e quem era aquelesenhor, mas olhando para o rapaz falou, pegando o telefone;

 —  Senhor Rodrigues? —  Sim! —  JJ se hospedou no hotel como hospede normal!

 —  Tem certeza? —  Estou aqui para isto senhor! —  Obrigado!A moça desliga o telefone e o atendente viu que a moça falava

a verdade, ficou a lhe encarar, mandara o cliente para uma suítenormal, se soubesse quem era, mas realmente não prestou a atençãono senhor, apenas na moça, e olhou as paginas abertas de um Jornal a

mesa atrás dele e fala; —  Sabia que já tinha visto aquele rosto! —  De quem, de JJ? —  Não Kely? —  Quem? —  A moça, é a moça que esta assumindo a JJ Incorporações! —  Tem certeza?O rapaz esticou a mão apontando a foto na Gazeta do Povo ao

fundo e a moça olhou a foto e pegou o telefone de novo; —  Senhor Rodrigues? —  Fala Márcia, vai dizer que já fizeram algo errado? —  Não, constatamos que JJ veio acompanhado, de Kely, sabe

do que estamos falando?

 —  Ele veio e se hospedou silenciosamente em nosso hotel coma nova presidente?

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 —  Sim, quase me passou desapercebido isto! —  Faz uma coisa Marcia, avisa os seguranças para ficarem de

olho em repórteres, e vê se não tem nenhum hospedado, não

queremos propaganda negativa do hotel, mas também não queremosa imprensa no pé do dono! —  Providencio!

 —  § —  

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 —  § —  

 No quarto JJ vira-se para Kely e fala; —  Quer tomar banho antes ou depois? —  Sabe se tem toalha limpa? —  Deve esta chegando! —  Como assim? —  Sabe onde esta, menina? —  Não!

 —  Em um hotel da rede, e não adianta reclamar, este é o piorda linha, sempre foi, e dificilmente deixara de ser! —  E fala com esta naturalidade? —   Kely, ele é o pior da rede, e mesmo assim, o melhor da

cidade! —  Não esta sendo injusto com os outros? —   Não, aqui as camas são confortáveis, o ar condicionado

funciona, a comida é de qualidade, e barata, e obvio, eles trazem ascoisas aos quartos ocupados, pois a maresia deixa aquele cheirotípico em tudo que fica ao ar livre, por mais de 15 dias, então devemesta a subir com toalha, roupão, xampu, sabonete, vai querer comeralgo?

JJ falava enquanto a campainha tocou, e uma senhora trazia umcarrinho com tudo o que precisavam e com todo o capricho e fala;

 —  Nos reconheceram quando entramos! —  O que? —   Nos reconheceram quando entramos, mandaram mais do

que o padrão! —   Certo!  –   Fala Kely pegando um roupão, uma toalha, e as

demais coisas para um longo banho e fala; —  Me ajuda aqui?

JJ levantou-se e foi ao banheiro, Kely pedia que abrisse ovestido atrás e quando o fez, o vestido preto, rente ao corpo, desliza e

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cai sobre o chão, deixando as formas da moça exposta, o mesmoolhou para a moça que lhe sorriu tirando o sutiã e entrou no banhosobre o olhar de JJ que após ela, tomou um banho, quando chegou noquarto a moça estava a olhar umas anotações que ele estivera vendoem seu computador pessoa, e falou;

 —  Não disse que já havia acabado? —  Acabei, adaptando as regras de registro! —  Certo, mas vejo que ampliou bastante o livro!JJ sorriu e pegou uma pasta encadernada na sua pasta e diz; —  Quer dar uma olhada na versão final da obra!

 —  Lógico! –  Fala ela pegando a pasta que JJ esticava para ela,a mesma senta-se a cama e começa a folhar e depois ler enquanto JJfazia anotações referente as empresas, o banco, acessava o sistema, eescreveu um pouco, estava amanhecendo lá fora, quando Kely olhou para ele e falou;

 —  Acho que deve publicar! —  Gostou?

 —  Sim, agora entendo que pode fazer a mais e mesmo assimnão adulterar a historia, você colocou coisas ai, que alguns vãoreclamar, sabe que sua visão de alguns fatos, algumas pessoas vãoodiar!

 —  Se alguém ler e fizer um comentário ruim, talvez venda maisuns milhões de copias!

Kely sorriu e deixou de lado o livro, JJ fechou o computador

 pessoas, e sentiu a moça encostar em seu braço, e os dois apagaram por pouco tempo, um ao braço do outro, estavam tão próximos e tãoligados, que era difícil imaginar o que passava a mente de cada um,cada qual com seus planos, cada um com suas aventuras a viver, equando os dois pegaram o veiculo e subiram para Curitiba, JJ deixoua moça na porta do prédio, ela entrou ao apartamento, tomou outro banho, vestiu um roupão, sorriu, não sabia o que se passava dentrodela, estava confusa, feliz, e pronunciou para si mesma, 22;

 —  § — 

 

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 —  § —  

Era quase meio dia de sábado, quando Junior bateu a porta de

Kely, e a mesma ficou a olhar o rapaz a entrar pela porta, ela estavade roupão e ouviu;

 —  Ué, não íamos sair?Kely olhou para o rapaz, olhos azuis, cabelos escuros, grossos e

volumosos, um sorriso bonito, uma cara de ator italiano, aquelesorriso sempre fora o que a atraiu, e o avaliou, e não falou nada;

 —  Esta brava por não ter aparecido ontem a noite, não fiz nada

de errado? —  Não fez o que? –  Fala Kely. –  Não me havia passado nada a

mente, mas já que falou? —  Mas não fiz nada! —  Certo, mas o que fez ontem a noite? —  Sai com uns amigos? —  Estava legal? —  Sim, sabe que tenho uma turma! —  Sei, e como estavam? —  Bem, mas por que este interrogatório? —  Na verdade estou pensando em como falar algo para você? —  O que? —  Fui falar com JJ!

 —  Certo, ele agora é seu chefe! —  Sim, mas preciso saber se é sincero, Junior? —  Sincero? O que quer saber? —  Disse para JJ que não sabia se deveria aceitar a presidência

da JJ Incorporações! –  Kely estava apenas começando a falar. —  Você fez o que? Não fez besteira, né?

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Kely estranha a reação, pois seu emprego em nada parecia terhaver com sua relação, resolveu dissimular um pouco e ver o queestava acontecendo;

 —  Disse que não me sentia a vontade de aceitar um cargo, que pode me afastar de quem amo! —  Você é burra, não se dispensa um trabalho como este!Kely olha serio para Junior, quando ele voltou a sua vida, não

 pensou que fosse pelo dinheiro, mas começou a pensar, sua mente foirápida e fala;

 —  Então eu sou burra, pensei que gostava de mim!

Kely não gostou do caminho que a conversa tomou, as vezes parece irreal pensar nas coisas assim; —  Mas não tenho como lhe prover o melhor! —   Mas não sou de ficar no meio do caminho, mas não lhe

entendi! —   Kely, tem idéia de quando é o salário de uma empresaria

destas?

Kely pensa se fala o valor, ―é o que ele quer saber!‖, olha serio para ele;

 —  Razoavelmente bom! —   E não tenho como lhe disser que não tenho como prover

tudo que precisa! Mas o salário de uma empresaria destas, é o que pode manter os caminhos felizes da vida!

 —  Mas não estou interessada em dinheiro, estou pensando em

amor, sabe o que é isto!  —  Kely estava decepcionada com a reação,não sabia mais o que falar; —  É burrice, não faça algo impensado!Kely olha serio, por dentro estava em pedaços; —  Já fiz, falei que não posso ser o que JJ quer, e ele não ficou

nada feliz! —  O que esperava, indicou você para ser a empresaria de maior

destaque do sul do país e você disse não! —  Pelo que entendi, você se aproximou de mim por dinheiro?

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 —  Não é isto, mas não tenho como prover o que precisa! —  Certo, Roberto! –  Kely chega à porta, a abre e fala. –  Fora!Junior olhou para Kely e após isto saiu pela porta, ela sentou-se

no sofá e chorando ligou para JJ; —  J, podemos falar? —  O que aconteceu, esta chorando? —  Podemos! —  Tô passando ai!JJ estava a olhar para o espelho quando saído de um banho

demorado, não dormira quase nada, mas estava bem, agora sim,

 pegou o carro e foi ao apartamento de Kely;Tocou a campainha e subiu, quando entrou no apartamento, a

moça o abraçou e ouviu o choro da moça, e a olhando falou; —  O que aconteceu? —  Ele se aproximou por dinheiro! —  Tem certeza? —  Tenho! —  Gosta dele? —  Sim, mas nunca compraria um amor, não sou deste tipo! —  Nunca diria para fazer isto, mas quem é o rapaz? —  Roberto Paz Junior! —  Conheço, mas quer o conquistar ou se afastar!JJ estava sentado a frente da moça, olhou para aqueles olhos

que lhe falaram; —  Não sei, acho que o amo, mas ele não me ama! —   Isto você não tem como saber, e mesmo que não a ame, o

conquiste! —  Mas como? —  Sendo você, nunca foi fácil me afastar de você, sei que tem

sua aura de atração!

 —  Mas se ele não me quiser?

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 —  Menina, na hora parece o fim do mundo, mas superamos, seido que falo!

Conversaram, Kely contou o que aconteceu estavam a

conversar, ela a acalmar quando o interfone tocou;Kely atendeu. JJ olhava para a moça que disse; —  Sobe!Kely olhou para JJ e falou; —  Acho que ele lhe viu subir! —  O menino quer guerra, terá guerra, mantêm a calma!Kely ficou de pé a porta e abriu a porta antes do moço bater a

campainha; —  Entra!Junior olha para JJ e devolve o olhar para Kely e fala; —  Nem sai daqui e já tem outro aqui?Kely olhou para Junior, e falou; —  O que veio fazer aqui de volta?

 —  O que faz aqui, JJ? —  Bom dia, Junior, vim tentar a convencer da mudar de idéia,mas parece que cheguei numa péssima hora!

 —  E o que você veio fazer aqui? –  Kely; —  Vi ele subir e quis saber o que há entre vocês dois?JJ olhou para Kely sem saber o que falar, eram muito amigos,

eram mais que amigos, mas principalmente cúmplices de um crime

 perfeito, a ausência do crime;JJ levantou-se e virou-se para Junior e falou; —   Rapaz, em respeito ao seu pai, não lhe dou uma surra, se

quer fazer mal a qualquer outra moça, primeiro lembre de quem ela éamiga, não quero ter de ver minha amiga, chorando por um tralha!

 —  Não tem direito de falar assim comigo? —  Vai me processar por isto?

 —  Não brinque com fogo, Joaquim, sei bem me defender!

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 —   Certo, o que veio fazer de verdade aqui, já que pelo jeitoestava a vigiar o prédio!

 —  Preciso falar com Kely!

 —  Mas eu cheguei primeiro, e pretendo falar com ela! —  Mas espero! —  Desculpe, mas este assunto é entre a minha pessoa e minha

amiga Kely, não tem respeito a você, rapaz!O rapaz olhou para Kely e saiu pela porta, e quando já no

corredor, gritou algo que JJ não ouviu; —  Tudo bem menina?

 —  Tudo! —  Mantêm a calma, tem gente que não se achou ainda, gente

de potencial, mas sem garra para correr atrás! —  Mas o que posso fazer? —   Jogue duro, não baixe a guarda, não ceda aos impulsos, e

qualquer coisa, me liga! —  Mas não sei o que fazer? —  Mas eu sei, e saberá também! —  Tem alguma idéia? —  Tem coisa que o destino põe no caminho da gente, temos

que seguir as cartas dadas! —  Mas como ele soube, por que ele se mostrou assim? —   Por que você sempre foi fácil para ele, e quando se

descobre, que a pessoa que ele mais usou, desculpe se parece forte,mas preciso dizer, vai assumir a presidência de uma imensa empresa,que tem a antiga RR Construtora como espolio, não deve lhe ter passado nada a cabeça, apenas agiu!

 —  Esta a me disser que na presidência da JJ, comando a antigaempresa do pai dele?

 —  Sim, mas ainda não esta pronta para ser jogada no mercado,antes tenho de contratar uma pessoa que a muito não vejo, acho que

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não lembra de mim, mas que vai inevitavelmente cruzar informaçõese vidas, com a sua!

 —  Quem você estava pensando em contratar?

 —  Pensava em ser mais a frente, mas já que estamos em guerra,vamos a guerra, pensei em Roseli, a única trabalhadora de verdadedaquela família!

 —  Você esta pensando em por a irmã dele sobre minha alçada,e abrir um jogo que só deus sabe onde acabara?

 —  Acho que nesse caso, deus sabe, mas deixa ele de fora porenquanto!

Um leve sorriso se fez nos olhos de Kely e JJ terminou; —  Só não cede por enquanto, e vamos invadir a praia dele esta

noite! —  Invadir a praia? —   Pessoas sozinhas, tendem a se divertir, mas primeiro não

ceda! —  Acha que ganho ele?

 —   Menina, se não o ganhar, terá tantos pretendentes no anoque vem, que escolhe um melhor!

 —  Mas.. —   Sem mas, tem de pensar que existe vida fora disto, senão

todos os caminhos, vão sempre lhe levar a ele, mesmo osdesagradáveis!

 —  Certo, espera um pouco, que tenho de estar preparada para

recebê-lo! —   Desculpe menina, mas não tive tempo ainda de passar em

casa, e tenho um casamento as 4 e tenho ainda de pegar Rosa emTijucas!

 —   E ainda esta aqui, depois não sabe por que perde asmulheres!

 —  Nunca as perdi, as deixei livres a escolher, como faço com

você!

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Kely olhou serio para o senhor a sua frente, ela já não era umacriança, mas olhou para JJ que abriu a porta e saiu, ela foi ao banho, por uma hora não atendeu o interfone;

Saiu do banho, se ajeitou, olhou as coisas em volta e pensouque tudo aquilo mudaria, provavelmente as pequenas peças ficariamno passado, olhou para a sala, e ouviu o interfone tocar novamente,ouviu Roberto falar manso do outro lado, e mandou subir, ficou a pensar sentada a sala, terminou de se arrumar, e quando Robertochegou, ele por um breve momento pensou que ela iriam sair, masisto era impressão, e quando Kely lhe mediu, o mesmo perguntou;

 —  Algo de errado? —  Não sei, ainda não sei! —  Por que se enfeitou toda? —  Tenho uma reunião daqui a pouco, com umas amigas, já que

tenho de pensar! —  Desistiu de mim? —  Roberto, você desistiu de você, desculpe, não tenho nada a

ver com isto! —  O que quis dizer com isto? —  Quer mesmo ouvir? —  Sim! –  Roberto estava tão manso que Kely estranhou; —   Roberto, o que faz da vida, o que pensa do futuro, o que

 planta para um amanha, nada, pensei que estava sonhando quandoentrou por aquela porta, há dois dias, há um dia, mas você não

consegue ficar com quem não ama, foi diversão! —  Não diz isto, eu lhe amo! —   Não mente, Roberto, não adianta, deve ter dito isto para a

Mari esta noite também, e se duvidar, para Catarina na quarta, masde Catarina não tenho como reclamar, foi antes, mas o que me preocupa não é isto, e sim, se terei paz para tocar o que vou tocar, pois vi que JJ é muito mais compreensivo do que pensei, se alguémme tivesse dito, o que disse a ele, não saberia perdoar, mas tambémtem uma língua afiada!

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 —  Então vai aceitar a presidência? —  Isto talvez o faça, é curioso, ou uma coincidência triste, mas

Roberto, para mim, acabou!

 —  Mas não aceito, quero você! —  Querer é uma coisa, ter é outra! —  Mas como posso ficar assim, sem você! —  Procura um emprego, se quiser até te indico para um? —  Não tô procurando emprego? —   Então desista, pois quero alguém a altura do que vou

simbolizar, não que não seja um belo rapaz, mas vou precisar de

alguém mais dinâmico, envolvido, capaz! —  Mas sou capaz! —  Então prove Roberto, enquanto isto, me deixa em paz! —  Está mesmo me dando um fora!Kely não respondeu, o rapaz se aproximou, parecia a querer

seduzir e a moça virou-se e foi a porta; —   Não temos, não tivemos nada, Roberto, por que esta tão

chateado!O rapaz sai pela porta, e Kely até sorri um pouco, mas seu

coração estava apertado, e isto, estava a precisar se acertar, masgostara de dar as cartas e não estar a disposição, pela primeira vez,estava no domínio da ação, e sentou-se a sala, ligou seu computadore ficou a fazer planos, a aprender, pesquisar, descobrir quem era JJde verdade, vai a sua pequena estante e pega um livro que lera a 10

anos, dado de presente pelo próprio autor, na primeira vez que fora aum lançamento de livro, conhecendo o autor, olhou a capa e ficou a pensar se não seria aquela uma real imagem de Priscila, e sentou-se aler, a historia era meio romance, meio ficção, meio JJ, e começou aver o que não vira na primeira vez, as evidencia, as provas, e ficou a pensar, enquanto lia, pois nunca antes havia lhe passado isto a mente;

JJ chega a casa que comprara a 6 meses no Hugo Lange, um bairro de Curitiba, a casa ele mobiliara, mas estava só, casas grandes

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sempre tem este detalhe, serem grandes, mas serem solitárias,embora isto lhe caísse bem, o mesmo preferia o holofote, sobe aoquarto, põe um terno, mais por respeito aos noivos, que a vontade de por aquela veste, nunca lhe caíra bem, preferia um jeans, uma camisa pólo, um tênis, a aquela veste, mas era um dia especial, e olhou parao rapaz ao espelho e falou;

 —   Joaquim, o pastor!  –   Faz careta e fala para si mesmo quedeveria se portar bem, pegou uma caixa com um pequeno presente, equando entrou no carro, ficou tenso com a possibilidade de Rosa nãoestar lá, mas pegou a estrada, linha verde, avenida das torres, BR376, pedágio, estrada, praça, buzina, e um sorriso ao ver Rosa sair pela

 porta, com uma pequena bolsa de mão, linda, saiu do carro, abriu a porta, ela estava linda, a mediu, a olhou aos olhos, sorriu e a beijou,Cristiane que olhava da porta estranhou, não parecia o mesmohomem, era outro, e viu no sorriso de sua mãe, que estava feliz, equando Cristiane os viu entrar no carro, saiu a rua, viu o carro pegaro caminho de volta a Curitiba, olhou o Outdoor com propaganda dasobras do prefeito, olhou a bagunça que estava a praça diante dareforma, via ao longe a casa de seu pai, a lanchonete do Danilo, a panificadora do Portuga, o Hotel dos Mergulhões, as pessoas a rua,os sorrisos ao longe, acenos, era um bom lugar, olhou para a fabricade seu tio, lá ao longe, e nem tinha idéia de como seria sua vida,longe dali, todos a conheciam, a cidade estava linda naquele sábadode verão;

 — 

 § — 

 

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 Nádia e Marco sentam-se a segunda fileira de bancos da capela,e a mesma olha para JJ, nunca o vira acompanhado, nunca imaginaraque já tivesse alguém, tentou lembrar quem era a moça, não tevecerteza, e Marco olhou que a amada não tirava os olhos do antigomarido, mas nada falou, os dois por mais que tivessem separados,ainda tinham negócios, tinham muitas coisas, e mesmo só falando denegócios, a intimidade dos dois, ainda despertava ciúmes no senhor,a capela foi ficando cheia, e quando entrou a noiva, foram aslagrimas, os choros, os sorrisos, a cara de bobo do pai do noivo, a boca aberta do noivo, os comentários do vestido, as palavras desempre, as crenças de sempre, o caminho de sempre;

A recepção foi num salão ao lado da capela, a muito JJ não viaum casamento tão bonito, se um dia tivesse que casar em uma igreja,talvez fosse assim, nunca entrara numa igreja como noivo, vivera 15anos de uma união estável, tão estável que muitos nuncadesconfiaram que não tivera um casamento, viu as lagrimas nosolhos de Rosa, a fez sorrir, a abraçou, foram fotos, foram filmagens,foram sorrisos, alguns voluntários, alguns forçados como de Sandra,e quando chegaram perto de Nádia, foi inevitável as apresentações,foi obvio o olhar de Marco em cima de Rosa, e JJ sorriu, e falou;

 —  Tudo bem, Nádia! —  Tudo, pensei que estaria só hoje? —  Esta é Rosa, já falei dela! —  Prazer, Nádia! —   Já nos vimos umas duas vezes, mas não deve lembrar de

mim! —  Não lembro, mas vejo que agarrou o homem do ano! —  Não, ele me agarrou, apenas não fugi mais! Nádia viu que o veneno foi devolvido, e os sorrisos se

espalharam, e Nádia virou-se a JJ e perguntou; —  Pensei que há esta hora, estaria com Kely? —   Não, a presidente da JJ Incorporações, é alguém bem

ocupada!

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 —  Não estava falando de trabalho? —  Eu também não, ela esta a tentar conquistar um coração de

 pedra!

 —  Ela tem namorado? –  Rosa; —  Na verdade tinha, e vai reconquistá-lo! —  Por que a pôs a presidência de tudo? —  Por que preciso viver um pouco, todos vivem, menos eu! —  Soube que assinou o acordo que havia proposto! —  Sim, tinha de por uma pedra nisto, e sabe que mesmo não

querendo, quando o fiz, me senti bem!

Rosa viu que o clima estava pesado, e chamou JJ a ircumprimentar os noivos, e lá chegando, cumprimentou a noiva, equando abraçou o noivo, tirou uma pequena caixa do bolso, era umacaixa de joia, mas estava embrulhada, e olhou para o noivo, e disse;

 —  Este é o meu presente, vão ter de merecê-lo! —  O que esta querendo? —  Que sejam eternamente felizes, e toda vez que tiverem uma

 briga, lembrem deste momento, e tudo que os trouxeram aqui, poistem de ter muita coisa boa para encarar toda esta leva de pessoas lhesolhando!

 —  Certo, mas o que tem ai? –  Cezar;JJ olhou para a noiva e falou; —  Promete que vai fazer o teimoso do Osama feliz? —   Prometo!  –   Fala a noiva pegando o presente, abriu, tinha

uma caixa negra de joia, e ao abri-la a moça olha desconfiada, para JJe pergunta;

 —  O que é isto? —  O endereço esta pendurado, é só aproveitar? —  Mas.. —   Sem mas, as pessoas não merece começar tendo de pagar

aluguel, ou pagando empréstimo!

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Cezar demorou para entender, mas quando olhou o endereço,abraçou o amigo e falou;

 —   Só você, o cara mais estranho, mais incrível, e mais

imprevisível! —  Faltou monstro, mas aproveitem, queria que soubessem quelhes quero o melhor!

Os noivos se olham sem acreditar, a vontade de sair correndo para conhecer era imensa, mas olharam os demais, e os sorrisosforam imensos;

Rosa e JJ foram a um canto, e ficaram a olhar os demais, e

sentados a uma cadeira, JJ tomou refrigerante sem açúcar e abraçouRosa e falou; —  Obrigado por você existir! —  Deve estar sendo difícil? —  Não esperava diferente, é incrível se preparar para algo, e

não estar exatamente pronto!Rosa o abraçou, viu vários sorrisos falsos, vários reais, e muitos

nada animadores; Nádia chega com Marco para cumprimentar os noivos e Cezarolha para ela e fala;

 —   Sei que deve ter uma mão sua neste presente de JJ?Obrigado!

 —   Por incrível que pareça, Cezar, não tem, estamos tantotempo distante, que nem sei do que se trata!

 —  Mas mesmo assim obrigado! Você fez dele alguém melhor! —  As vezes me falam isto, e acho que ele me fez melhor, sabe

que achei que ele estaria só hoje! —  Eles se entenderam ontem então é algo muito recente! —  Ontem e já a traz aqui? —  Nádia, ele tem direito de tentar ser feliz! –  Cezar; —  Desculpe, mas o que ele lhes deu!

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 —  O desgraçado nos deu uma casa, aqui no Ahu, só ele para nomeu casamento, consegui me deixar com uma vontade imensa de saircorrendo e ir ver qual!

 —  Uma casa? –  Falou baixo Marco; —   Vocês merecem!  –   Fala Nádia, pensando que JJ já estavacomeçando esbanjar, imaginando onde ele chegaria torrando assimdinheiro, e olhou para o lado onde o es estava;

Rosa foi ao banheiro, e Durval chegou perto de JJ e falou; —  JJ, o que tem com minha esposa? —  Nada, além de uma bela amizade!

 —  Amigos não chegam juntos de madrugada! —   Durval, cuida melhor do tesouro que tem, não estou

interessado, mas se um dia ela desconfiar de você, pode ser quemuita coisa mude!

 —  Do que esta falando? —  Durval, melhor cuidar melhor dela! —   Você...  –   O mesmo se cala vendo que a moça que estava

com JJ chegava perto e Rosa pergunta; —  Do que conversavam? –  Rosa; —  Durval, perguntava se tinha algo com a esposa dele? —  E tem? —  Olha que se fosse a metade do galinha que vocês pensam,

não teria espaço em minha agenda para ganhar dinheiro!Rosa riu, ele não respondera, dissera que era bom não cutucar,

e Durval olhou para JJ e saiu, e Rosa perguntou; —  Agora falando serio, o que teve com ela? —  Nada, deve ter ouvido dela isto ao banheiro! —  Mas do que esta falando? —  É uma linda mentirosa! –  Fala JJ beijando Rosa, os olhos de

Tati, Sandra, Nádia se voltavam para aquele casal, e muitos outroscomentavam, os dois se divertiram, sorriram, e quando vieram amesa Cezar e Helena, agora sua esposa, Cezar sentou-se e falou;

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 —   Sabe que sou, ou acha que estaríamos nisto, até agora, senão fosse!

Cezar beijou a noiva e virou-se para JJ e perguntou;

 —  Vai ficar no refrigerante? —  Melhor, às vezes preciso ficar sóbrio!Cezar pareceu compreender, o amigo não queria parecer um

fraco, não queria perder os detalhes, e parecia realmente estar sedivertindo;

Quando Rosa foi ao banheiro com a noiva, Nádia se aproximoue sentou-se;

 —  Parece estar feliz! —  Estou tentando! —   Parabéns pelo banco, mas não acha que esta começando a

esbanjas?JJ a olhou, não entendera até agora o que em si tivera perdido,

ficou a olhar para a senhora a sua frente pensando se valia umaresposta, e a mesma continuou;

 —  Soube do presente que deu a Cezar! —  Ele merece! —  Não vai torrar tudo! —  Nádia, o que tenho, hoje, se tentasse torrar, não conseguiria,

ainda bem que alguém me alertou que isto um dia poderia acontecer! —  Como pode não dividir comigo o que construímos junto! —  Nádia, o que quer mais, do que construímos junto? —  O que não posso ver? —  Perguntei referente ao que construímos junto. Isto não esta

em meu nome, e nunca estará! —  Mas não é justo! —   Justo, trabalhei, me esforcei, lhe dei tudo que nem tinha,

saímos do nada, chegamos a onde você vê, o resto, quem não vê,como pode dizer que é justo ou não, pois nunca nem soube, nem quissaber, estava a noite falando com Kely e descobri algumas coisas

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 —  Nem tem idéia, Marco, sua sorte é que ele não veio tentaralgo!

 —  Fala como se ele fosse um monstro às vezes?

 —  Monstro, não, Loco não tem denominação! —  Como o chamou? —  Nada, esquece!Marco ficou com aquele Loco na mente, mas não conseguiu a

 juntar a nada, era bom de jogar o jogo da sedução, masculturalmente, era uma enciclopédia de falhas e medos, mas JJ nemse metera ainda em sua vida, ou em parte não, mas Rosa e JJ estavam

a se divertir, e quando tiveram a primeira chance, se despediram detodos, e foram para casa, quando voltavam para casa, Rosa vira-se para JJ e pergunta;

 —  Que papo é este de Kely ter outro? —  A verdade! —  Como assim, vocês se dão tão bem, e ambos tem outros?JJ sorri, olha para a esposa, naquele fim de tarde, noite na hora,

mas fim de tarde de verão ao céu, e falou; —  É, até nisto temos uma coisa em comum, amores difíceis! —  O que o rapaz fez? —  Estava afastado, e só se reaproximou quando soube que ela

iria a presidência da JJ! —  E ela gosta dele? —  Sim! —  Complicado! —  Muito!Os dois chegam a casa no Hugo Lange, e Rosa olhou espantada

aquela grande casa, sua casa mais o terreno cabiam na parte inferior,que era a garagem da residência, mas JJ estava começando uma novavida, se viu que a casa estava quase vazia, embora tivesse 3 salas deentrada, a frontal estava ocupada, os dois subiram ao quarto e por lá

ficaram por um bom tempo, estavam a se conhecer, era próximo das10 horas quando JJ virou-se para Rosa e falou;

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 —  Vamos festar um pouco? —  Tem pique ainda? —  Como perder o pique ao seu lado!

 —  Vai querer mesmo sair? —  Tenho negócios a tratar, e coisas a resolver, em 15 dias vou

lhe roubar do mundo! —  Vai mesmo se afastar de tudo? —  Não, só vou tirar umas férias, as primeiras em mais de 10

anos, viajar é uma coisa, tirar férias e relaxar é outra! —  Isto estarei lá para ver!

JJ sorriu e ligou para um numero e Rosa o media a camaenquanto ele levantava e falou;

 —  Alan? —  Sim! —  Quinzinho! —  Tudo bem menino, o que anda aprontando?

 —  De tudo um pouco, o que vai fazer hoje a noite? —  Tinha marcado com a Elo! —  Queria conversar, se pudesse ser hoje? —  Qual o assunto, me preocupo quando você me liga! —   Algumas coisas, a primeira, ainda tem contato com Roseli

Paz? —   Sim, boa menina, parece que esta fazendo trabalhos

independentes, desde a falência! —  Precisava que verificasse para mim se ela tem interesse de

um trabalho? —  A moça é competente, mas vai querer ela na nova empresa,

 pensei que estivesse falando com a Kely? —   O assunto é mais complicado, mas é algo que teria de ser

tratado pessoalmente, verifica se ela poderia na segunda para mim, e

me retorna que vamos sair hoje, temos ainda que falar de outrascoisas!

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 —  Outras? —  Não vai precisar de apoio para a reeleição? —  Sim, vou verificar se a moça pode, já lhe retorno, pensou em

ir onde? —  Estava pensando no Coliseu! —  Lhe ligo na sequência! —  Certo!JJ olha para a cama e disca direto; —  Paulo, o que esta aprontando? —  Nada, mas pelo jeito vou fazer? —   Estamos precisando de uma companhia para a Kely hoje,

 poderia fazer este grande sacrifício? —  Kely, me deixa ver, fala sério, mas onde? —  Anota ai! –  JJ senta-se ao lado de Rosa na cama.  –  Já pegou

o papel, é pra hoje! —  Só um minuto! Fala!

 —  Rua Nilo Cairo, 217 conjunto 2 apartamento 21! —  E para quando marcou com ela lá? —  Ainda não marquei, mas lhe conhecendo, ela é mais rápida

 para se vestir que você! —  Engraçadinho, que hora pego ela lá? —  A meia noite, vamos ao Coliseu, conhece? —  Lógico, mas o que vamos fazer lá!

 —  Se divertir! —  Certo, lhe encontro lá!JJ desliga a depois de tudo isto liga para Kely e a mesma

atende; —  Fala J? —  Braba? —  Pensei que iria me ligar, e desliga o telefone! —  Está pronta?

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 —  Não, mas eu me arrumo rápida, o que vamos aprontar? —  Paulo vai passar ai à meia noite, vamos ao Coliseu! —  Por que lá?

 —  Por que sim, mas esteja pronta! —  Certo! —  Beijo!JJ olha para o lado e fala; —  Temos quase 2 horas, alguma idéia?Rosa o beijou e voltaram à cama, estavam a se curtir, a se

conhecer, mas JJ estava deixando para o dia seguinte, o que falaria,estava meio na corrida, meio no agito;

 Domingo;

O agito de uma danceteria, estava começando num sábado anoite, meia noite, jovens se aglomeravam na entrada, para uma noitede maluquice, e o primeiro chegaram lá Kely e Paulo, e sedirecionaram a uma mesa na parte superior, Alan e a esposachegaram depois, era meia noite e meia quando um senhor chegou amesa e perguntou;

 —  São os convidados de JJ? —  Sim! —  Jonas Jair, o proprietário, precisando de algo, me falem! —  Obrigado, sabe se JJ vai demorar?

 —  Deve estar chegando, me ligou a pouco, nem sabia que elevinha! —  É sempre agitado assim? —   No sábado é sempre assim, hoje teremos um show com

musica sertaneja universitário, então está tudo cheio! —  Então obrigado por nos conseguir uma mesa! —   Esta sempre esta livre, sabe que não é sempre que aquele

maluco vem, mas quando aparece, sempre é um bom cliente!

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O proprietário foi chamado por um segurança e se ouviu falarem um radio comunicador;

 —  Pode o deixar entrar, não me compliquem hoje!

Jonas voltou-se a mesa e disse; —  Esta subindo! Qualquer coisa é só pedir!

 —  § —  

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 —  § —  

JJ entrava no local, não pela fila normal, mas por uma entrada

especial, para convidados mais que especiais, Jonas estava chegandolá, quando viu JJ virar-se para Rosa e falar;

 —  Rosa, estes são Fernando e Fernando! —   Prazer!  –   O cantor que todos chamavam pelo local de

nascença, virou-se a JJ e falou;  —  O que faz por aqui, JJ, veio nos prestigiar hoje?

 —  Sabem que nem sempre venho, nem sempre posso, mas vão

cantar hoje? —  Vamos, estamos gravando parte hoje, para um novo DVD! —  E como esta aquele empresário explorador? —  Sabe que devemos muito a ele? —   Fernando, sei que ele é dos bons, querendo trabalhar, ele

sabe como fazer, mas nem sempre as coisas são fáceis! —  Verdade, mas veio se divertir? —   Sim, deixa eu os deixar a vontade, pois daqui a pouco, a

gritaria por aqui, vai ser insuportável! —  Gritaria? –  Perguntou Fernando; —   Sim!  –   JJ afinou a vos e gritou.  –   Lindo, Lindo!  –  E os 4

cairão na risada, neste instante chegava ao grupo o proprietário efalou;

 —  Bom lhe ver assim, para cima, sócio! —  Jonas, como vão as coisas? —  Bem! —  Esta é Rosa, a mulher que esta a me fazer feliz!Jonas olhou para a moça e falou; —   Sempre soube escolher menino, os seus convidados estão

lhe esperando, o que você pretende, fazer reunião de trabalho aqui?

 —  Não é melhor que na fabrica? —  Sim! –  Olhou para JJ e falou. –  É bom lhe ver de volta!

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 —  Temos muito que conversar, resolvi que vou ampliar tudo! —  Tá maluco, não vou dar conta? —  Vamos por sangue novo e vamos ampliar, mas hoje, só não

me deixa fazer bobagem, o resto, à vontade? —  Fazer bobagem? –  O rosto de Jonas se alterou, e perguntou.

 –  Não vai acabar com a festa, ou vai? —  Não, é só não deixar nos importunarem muito! —  JJ, voltando à ação? —   Nunca a deixei, sabe disto, mas na cidade, estava pela

surdina!

 —  Certo, se divirta, e qualquer coisa, sabe onde me encontrar!JJ olha para o amigo, e sobe para a parte superior, onde havia

uma mesa especialmente separada para ele, e Jonas chega aosegurança e fala;

 —   Fica de olho naquele homem, cuidado, mas não seja rudecom ele!

 —  Ele entrou armado, o senhor sabe disto?

 —  Ele sempre anda armado, mas não é isto que me preocupa, pois ele é meu sócio, embora não apareça, não esteja no papel, masisto aqui, é mais dele que meu!

 —  Entendi, não quer que o perturbem? —  Sim!A dupla, que iria fazer o show ouve e um vira-se para o outro e

fala; —  Loco é dono daqui, ouviu isto? —  Sim, mas melhor não comentar isto por ai! —  Verdade!Jonas chega ao segurança à porta e fala; —  Romário, tudo bem? —  Sim, mas por que não me deixou deter aquele senhor?

 —  Sabe quem é ele rapaz? —  Não, mas ele esta armado!

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 —  Não comente isto, pois ele sempre esta armado! —  Mas quem é ele?Jonas baixa o tom de voz e fala lateralmente ao ouvido do

segurança; —  Loco!O segurança olha para o proprietário e balança a cabeça e o

outro que estava falando anteriormente, sobe rapidamente, entenderarapidamente que se tivesse encrenca, melhor não se meter, às vezes afama de alguém fala por ele, às vezes, não;

Era quase uma da manha quando JJ chega a mesa, antes de

subir, passou pela parte agitada com Rosa, fez questão de encararJunior quando passou por ele, e chegou a mesa cumprimentandotodos, Paulo, Kely, Alan, Elo, e apresentou Rosa a todos, Kely olhouo amigo, parecia que estava feliz, e sorriu;

Estavam em um lugar agitado, muito barulho, muita bagunça, equando os demais foram conversando, Kely ficava a olhar para baixo, Paulo tentava puxar assunto, e alguns baldes de cervejavieram a mesa, Alan virou-se para JJ e falou;

 —  Quinzinho, falei com Roseli, ficou interessada? —  Bom, vou pedir para marcar algo para segunda, pois vai ser

uma grande soma, ao grupo! —  Estão falando de negócios, nunca param? –  Elo; —   Podemos falar de política, como vai a sua candidatura,

menino?

 —  Sempre falta um pouco de dinheiro, mas se puder me dar umempurrão podemos chegar mais fácil!JJ empurra o amigo com o braço e fala; —  Então está feito!Alan sorriu, mas falou; —  É serio? —  E quando não falo sério?

 —   Só você para vir a um lugar deste falar de política enegócios!

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 —   Na verdade estou sempre tentando unir todas as coisas de bom com as coisas que mantêm o que é bom!

 —  Certo, mas por que Roseli?

 —  Ninguém conhece melhor a massa falida da RR do que ela, preciso reerguer aquele investimento e achei que seria um bomnome!

 —   Esta me falando que vai reerguer a empresa que era dafamília dela, mas não foi ela que estava a direção quando faliu!

 —  Sim, mas é alguém competente, ela não tiraria a empresa dafalência, sem capital, entrou com boa vontade, mas isto, não é

suficiente! —  Certo, mas o que fazemos aqui? —  Gosto deste lugar! —  Vai dizer que vai investir neste tipo de empreendimento? —  Não, este local é meu a mais de 7 anos, já teve mais de 5

nomes, mas sempre foi meu!Alan olha incrédulo, o senhor a frente, provavelmente não teria

um só traço de propriedade nos papeis, mas sabia que quando falavaque era dele, o era, muita discussão do gênero ouvira durante anos,enquanto JJ crescia, na política, estava ficando forte, e o mesmoolhando para o amigo perguntou;

 —  Nunca pensou em ser candidato? —   Alan, sabe que nunca desprezei nada, mas um exemplo,

apoio candidatos em Curitiba em 5 partidos grandes, no Paraná,

apoio candidatos tanto a prefeito como vereador, deputado em maisde 12 partidos, alguns existem forte em uma cidade, um nome, nadamais que isto!

 —   Mas sabe que muitos do meu partido lhe consideram um bom candidato!

 —   Sei, mas teria de ser algo especial, pois não me queimariaem cargos de baixa repercussão!

 —   Soube que amanha tem uma reunião com a cúpula doPMDB!

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 —  Sabe que sempre estamos a conversar, o segredo de crescer,é estar nos meios certos!

 —   Sei, e parece que aquele estudante de engenharia, acertou

em todos os meios! —   Alan, as coisas nem sempre foram fáceis, às vezescontinuam não sendo!

As conversas desenrolavam a vontade quando JJ vê Juniorchegar perto da mesa, e cumprimentar, Alan olhou para JJ e virou-se para Kely e falou;

 —  Você por aqui?

 —  Sim, conhece Paulo?Junior olhou para Paulo que sorriu, e até Rosa soube somentenaquele momento o que estava acontecendo, Alan viu o sorriso de JJe previu merda, os seguranças estavam todos olhando a mesa, istoquem reparou foi Rosa, e quando Junior desceu, JJ pediu um balde amais de cerveja, pediu alguns refrigerantes e olhando para Rosa,falou;

 —  Vou ao banheiro, já volto! —  Se cuida!JJ sorriu e todos viram JJ levantar-se e descer, ele foi ao

 banheiro, e viu dois rapazes fecharem a porta do banheiro e Juniorentrar no banheiro;

 —   Acha que pode vir ao meu território, e sair assim, semferimentos?

 —  Junior, eu pensei que fosse mais esperto? —  Esperto? —  Você fala para alguém que a ama, e vai pra cama na noite

seguinte com outra, não sabe mesmo jogar! —  Quem é aquele seu amigo, que esta com ela? —  Meu cunhado, algum problema? —  Vou acabar com você!

 —  Menino não seja bobo, não seja burro?

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 —  Por que esta me chamando de burro? —  Eu, por uma amiga, não me preocupo com um olho roxo,

um dente quebrado, quer me bater, estou aqui!

 —  Quer que lhe bata, entendi, daí sai como vitima? —   Junior, estes seus brutamontes ignorantes a porta, não me

conhecem, e seu território, conheço o dono deste local, de quando eleusava fraudas, se você perdeu se conforme, mas se quer batalhar poralguém, seja esperto, arranje um emprego, no primeiro ano pode atéconseguir reverter isto, depois, esquece, quando ela for a empresariado ano, no inicio do verão que vem, vai ter tantos pretendentes bonse honestos, que não vai ter chance!

 —  Sabia que lhe cercaria? —  Menino, eu não sei de nada, mas você que vai dar as cartas,

como vai ser?Um dos amigos de Junior chegou perto meio violentamente e

falou; —  Me chamou do que?

 —  Não me faça repetir! –  JJ;O rapaz empurrou JJ e falou encostado ele na parede; —  Não tem coragem de repetir? —  Caio pelo jeito você não é só ignorante, pelo jeito também é

surdo!O rapaz deu um soco que com o esquivar do pescoço de JJ,

acertou o espelho, o outro rapaz chegou perto, iriam começar a bater,

a mão do primeiro sangrava, e só ouviram; —  Todos parados!JJ olha para a porta, três seguranças, se os rapazes que estavam

com Junior eram grande, os seguranças faziam eles parecerem pequenos;

Os rapazes imobilizaram os dois grandes e viraram-se pra JJ eum deles, que entrou depois, um quarto que não havia entrado antes

falou; —  Tudo bem, Loco?

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 —  Tudo, mas nem precisava, destes eu cuidava! —   Que cuidava não tenho duvida, mas não quero estar nos

noticiários de amanha!

 —  Certo, mas eles apenas estavam agitados? —   Não os tinha tirado do serio, e este espelho quebrado,

também foi a calma deles? —   Sabe que ele pode ter escorregado, e acertado o pulso

fechado no espelho, é filho de deputado, melhor por para fora, edeixar ir!

 —   Mas sabe que não podemos fazer isto, eles vão agitar lá

fora! JJ pega o celular e liga do banheiro; —  Deputado Camargo? —  Fala JJ! —  Estou lhe avisando, que se não souber segurar seu filho, vou

ter de tirar os recursos de sua campanha! —  O que ele fez desta vez?

 —  Um corte na mão, mas o soco era para mim, e sabe o queteria acontecido com ele, se não o tivesse em consideração!

 —  Manda ele para casa, eu dou um jeito nele! —  Nos falamos depois, um abraço!JJ olha para Caio e fala; —   Menino, seu pai não ficou feliz, se não sabe em quem vai

querer bater, seu pai vai explicar! —  Eu ainda me acerto com você, acha que pode por que tem

dinheiro!O segurança olha para JJ e fala; —  Certo, o deixamos em casa, mas os outros dois? —  Sergio é filho do Machadinho, e Junior, este não põem medo

nem em criancinha!

 —  Só você, Loco, conhece todos estes ladrões! —  Meu pai não é ladrão?

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 —  Aquele não sabe com quem esta mexendo!JJ olha para Junior, já saindo para retornar a mesa e fala; —  Este aqui também não!

Jonas sorriu;O show começou e JJ estava chegando à mesa novamente

quando a primeira musica estava acabando, e Rosa fala; —   Pensei que tivesse de chamar a policia, o que estava

aprontando? —   Olhando a casa, a muito não vinha, faz tempo que

 projetamos a disposição das mesas, acho que erramos em alguns

 pontos, mas está muito bom, para uma casa que já vai a primeirareforma a mais de um ano! —  Pensei que estava se metendo em encrenca? –  Kely; —  A encrenca me procura, sabe disto! —  Do que esta falando? —  Nada, sabe que vai tocar a empresa que financia estes dois aí

cantando?

 —  A Girassol é do grupo? —  Ainda é! —  Como assim? —   Agora tem uma administradora bem competente, acho que

 poderemos deixar em breve a empresa ter pernas próprias! —   Quem mais vai por entre nós?  –   Rosa estava já um pouco

alcoolizada; —   Rosa, quem toca a Girassol, se chama Fabiana, é filha de

uma antiga amiga, Dani!Kely ouviu e entendeu o que JJ falava, a empresa era tocada

 pela filha que não sabia que o pai que a criou não era seu pai, e sorri,talvez, o sorriso de Kely tenha deixado Rosa mais insegura, e amesma falou;

 —  E quantos anos tem esta administradora competente?

JJ chega ao ouvido de Rosa e fala;

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 —  Fica linda com ciúmes, mas a menina esta com 24 anos, e se parar de cena, depois conto quem ela é!

 —  Por que depois?

 —  Rosa, tem coisas que não se grita numa mesa de danceteria,muito menos, o que vou lhe falar! —  Certo, eu aguardo? Mas é bomba! —  E algo em minha vida não é!O show foi ao fim, e quando outro grupo foi ao palco, Rosa viu

que fecharam a parte de cima da casa, e viu entrarem no local, poruma porta ao fundo, imaginou existir lá uma escada, os dois cantores,

que vieram a mesa direto, estava junto com Jonas, lá de baixo Junioracompanhava o andamento das coisas, lá em cima, entendeu que senão tivesse como ser respeitado, não reconquistaria a moça, nãoestava mais falando de rapazes interessados em diversão, estavafalando de empresários, cantores, atores, tudo aquilo que a cercaria a partir de agora;

JJ apresentou Kely ao grupo, a Jonas, explicou que aquilo emsi, era algo que pertencia ao grupo, explicou aos garotos que a moçaa mesa estava assumindo a Girassol, e sorrisos e cervejas foram postas a mesa, Kely por um momento esqueceu Junior e se divertiu, amesa parecia ir se ampliando, as pessoas do andar de cima perguntavam-se quem era aquele grupo, que estava a juntar mesa láem cima, e as fãs gritavam lá em baixo, a danceteria estava a agitar, eas cervejas a rolar na mesa, Kely uma hora teve de descer para ir ao banheiro, cruzou por Junior, jogava como JJ, pois havia um banheiro

na parte superior, mas queria dar uma olhada; —  Se divertindo? –  Junior; —  Sim! —  Poderíamos conversar, preciso lhe falar! —  Junior, não é a melhor hora, o melhor lugar! —  Só me diz uma coisa? —  Fala! —  Ainda tenho uma chance?

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 —  Junior, todos tem, estou sozinha, não me sinto assim, livre atanto tempo, mas chance, todos tem!

 —  Quis dizer, eu, e não os outros!

Kely sorriu e falou; —  Desculpe a presa, mas preciso mesmo ir ao banheiro!Kely foi ao banheiro, e depois subiu direto, sentou-se a mesa e

sorriu, e olhando para Fernando falou; —  Tem uma musica de vocês que acho bem legal! —  Qual? —  Uma que fala algo assim,

‖Criminosa, não posso olhar dentro do seu olhar,Bala de prata certa para matar,Virei seu refém e não quero escapar,Bandida.....‖  —   Uma fã antiga, sabe que embora seja um sucesso que

cantamos todos os shows faz parte do começo! —  Sei, às vezes esqueço-me daqueles dias! –  Jonas; —  Verdade, faz tempo, estou ficando velho! –  JJ.Rosa olhava para aquele seu marido, estava a conhecer as

entranhas da noite, mas nem imaginava onde isto a levaria, tem coisaque nem imaginava, Kely olha para JJ e vê que o amigo podia maisque qualquer pessoa que conhecera, ficou pensando quantas historiasteria de viver para entender aquele ser, olhava Paulo pela primeiravez quieto, as vezes as pessoas são pegas pela surpresa, e estava a beber, a conversa corria sozinha, livre e os níveis alcoólicos estavamem alta, os sorrisos em cima geravam uma raiva na parte de baixo;

Era passado das 5, quando JJ se levantou com Rosa, sedespediram e saíram pela porta, as vezes as pessoas tem dedescansar, e o empresário, sabia que teria uma daquelas reuniõeschatas, com políticos no dia seguinte;

 —  § — 

 

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 —  § —  

Chegaram em casa e JJ estava pensativo, a muito estava a

segurar um assunto com Rosa, e a moça viu nos olhos do amor, quealgo estava errado, e o viu sentar-se a sala e a mesma chegouagachando-se a sua frente e perguntou;

 —  O que está errado? —  Senta ai, ainda não conversamos a serio! —  Não acha que está meio alcoolizado? —  Sim, mas estou deixando isto para depois, podemos começar

algo bonito hoje, mas tenho de lhe contar algumas coisas! —  Esta me deixando preocupada! —  Rosa, nunca fui o santo, que muitos fazem a imagem, e sei

que estará a jogar sua vida numa corda bamba para ficar comigo,então tem de saber quem sou!

 —  Para mim como esta, tá ótimo! —  Mas preciso falar!  –  Fala JJ olhando aos olhos de Rosa e a

mesma fala; —  Queria falar agora? —   Amanhã, tudo mudou, você e eu vamos ter mostrado ao

mundo o que queremos, ainda é tempo de você pensar melhor! —  Tá querendo que vá embora? —   Não, quando falei que preciso falar, é pensando em você,

 pois eu lhe quero, mas quero que tenha certeza que me quer, comosou, inteiro, por uma vida, não por um dia!

 —  É tão grave assim? —  Se não fosse, não estaria querendo conversar! —  Sabe que é tarde? —   Sei, e sei que quero lhe contar, pode escolher melhor

sabendo o que fiz na vida!

 —  Sabe que esta me pondo medo, fez coisas ilegais? —  Sim, mas também fiz coisas legais piores que as ilegais!

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Rosa olha para JJ ainda estava alcoolizada, mas não beberatanto quanto nos dias anteriores, e senta ao seu lado e fala;

 —  Então conta?

JJ olha para a moça e começa a contar sobre o que fez na vida,o que ele foi na vida, o que ele aprontou, o que é real, o que éfantasia o que não era, falou de suas duas filhas, falou de Renata,Tatiana, contou sobre Junior, sobre Priscila, falou sobre os crimes e pecados do passado, a moça ficou a lhe ouvir, não parecia quecoubesse tudo no tempo, mas quando JJ terminou de falar, já era perto das 8 da manha, o sol brilhava lá fora, e perguntou;

 —  Rosa, eu sei que lhe amo, mas tem de pensar se saberia vivernão ao lado do empresário, e sim, ao lado do verdadeiro JJ, aqueleque raras pessoas vão conhecer, aquele que a vida em si, transformouem monstro, mas também em alguém que lhe ama!

 —  Joaquim, quando pensava que queria falar, era das mulheresde sua vida, mas pelo jeito, viveu muito, mas por que me conta tudo?

 —   Rosa, eu te amo, e não quero desta vez viver algo pelametade, sabe que quando me matei na relação com Nádia, omiti, pois

ela não entenderia, talvez não entenda, mas desta vez, quero começarcomo deveria ter feito, da vez anterior!

 —   Agradeço ter confiado em mim, quem mais sabe de tudoisto?

 —  Eu e você, Kely até sabe uma parte grande da historia, mastoda, nunca saberá!

 —  E por que contou para ela?

 —   Rosa, parte do que ela vai tocar, vai cruzar com estashistorias, não posso por alguém no comando, que não saiba, nuncame afastei, agora pretendo aos poucos soltar isto, e quando chegar asoltar tudo que tenho hoje, alguém terá de tocar!

 —  Pensei que estivesse interessado nela? —   Mulheres, falo de crimes, e estão pensando em

concorrência!

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 —   J pensei muitas vezes, quando você se metia em encrenca,que os demais o protegiam, mas pelo jeito, você sempre administrouo perigo?

 —   Na verdade, hoje estou muito calmo, mas sei que quandoabri as portas do coração, deixei muitas coisas entrarem, sei que nãosou tão imune ao passado quanto queria, mas o que me importa, e poristo lhe contei, é se seria capaz de me amar, mesmo sabendo tudoisto!

Rosa o beija e fala; —   Vamos descansar um pouco, daqui a pouco temos um

almoço! —  Te amo!Os dois sobem ao quarto, e adormecem.

 —  § —  

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JJ pensa que Roberto estava preparando o terreno para falar dealguém, já conhecia a eloquência deste ex-governador, e ficou aouvir;

 —   JJ, queria que pensasse carinhosamente no que vou falartodos aqui na mesa, concordam comigo, e gostaríamos de tê-lo nosquadros do nosso partido, como nosso candidato a Governador!

Rosa engasgou e olhou os políticos à frente, JJ olhou para ela, edepois para os demais e pensou um segundo e falou;

 —  Esta me querendo como candidato a governador? —  Sim, precisamos de um candidato novo, idéias novas, uma

cara que pudesse representar o estado com qualidade! —   Quais as possibilidades de alianças nesta próximacampanha!

 —  Poucas, qual a idéia? —   Tenho de ver, pois sei que empresários, sem histórico

 político, quando se envolvem na mesma, e não estão bem embasados,tem de tentar evitar um segundo turno, quantos vi, que toda vez queforam a um segundo turno, perderam!

 —  Gosto disto, pensando na possibilidade, não de concorrer, esim ganhar, sabe que isto é importante, uma estratégia boa, ganhaeleições! –  Machadinho;

 —  Mas vai aceitar a indicação ou não? —  Roberto, eu tenho de pensar, se aceitar, vai ficar sabendo, e

sinal que acho que dá para ganhar!

 —  Me liga quando? —  Não vou ligar, sabe que me monitoram, mas se dentro de nomáximo uma semana, entrar na sede partido e fizer minha filiação, é por que aceitei!

As conversas se arrastaram, e ao final do almoço, JJ sai comRosa, e os olhos da moça o medem e não resiste e pergunta;

 —  Sua vida sempre foi assim, uma leva de mudanças todo dia?

 —   Na verdade esta entrando na fase mais agitada de minhavida!

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 —  Roberto, pare de se fazer de coitado, não lhe cai bem este papel!

 —  Mas não sei o que fazer?

 —  Comece arranjando um emprego! —  Mas onde? —  Falei com meu antigo patrão, se quiser, estão precisando de

um projetista! —  Mas não pedi para fazer isto? —   Roberto, tem de decidir o que fará em sua vida, seja por

mim, seja por qualquer outra, não pode mais viver como um rapaz de

20, já esta com 30, e tem de seguir a vida, criar suas raízes e a fixar! —  Mas não teria como me conseguir um emprego na JJ? —   Rapaz, eu não vou facilitar nada, se quer algo, vai ter de

 batalhar! —  Esta tão fria comigo, acabou mesmo? —  Roberto, eu cresci, talvez em 15 minutos, cresci mais do que

durante uma vida, amanha vou começar um trabalho interminável e

inigualável, vou tocar uma empresa, que esta entre as 100 maiores do país, e JJ me adiantou, que pretende estar entre as 10 maiores, em 10anos, com eu a frente, não tenho tempo para joguinhos, largaria tudonaquele dia por você, mas sabe que as vezes penso que realmente, oeterno, é um estado de espírito, não existe, não se sustenta!

 —  Então não tenho chance? —  Já falamos disto ontem, e continua a mesma resposta!

A recepcionista olha para o rapaz, o serve, e depois a moça, eos dois ficam a se olhar enquanto tomam café, e Roberto vira-se paraKely e pergunta;

 —  Que tipo de relação tem com JJ? —  Amizade! Somos muito bons amigos! —  Ele disse que te ama como amiga, o que ele quis dizer com

isto? —  Roberto fala e vê Kely sorrir como se tivesse pensando;

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o senhor estava a estruturar a idéia, queria saber quem pensava seruma boa idéia, e quando Rosa foi deitar, JJ ainda estava ao telefone,falou com empresários, políticos, amigos, e ficou a pensar se teriacomo fazer melhor, estava a trocar idéias, que embora não parecessem estava tudo bem claro na mente de JJ, estava a ver ondeiria parar;

 —  § —  

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 —  Sim, mas quero também enfrentar algo que estou deixando para trás a muito tempo, e vai estar ao meu lado em dois casos bemdiferentes!

 —  Esta falando de que? —   Tenho de ir conhecer minha filha, Karoline, e sei que nãoserá fácil!

 —  Esta deixou fora mesmo de sua vida! —  Sempre tive duvida se ela seria minha filha ou não, mas esta

na hora de saber! —  E pretende quando ir a encontrar?

 —  Ainda não sei, mas tem de ser esta semana! —  Estarei sempre aqui, se precisar de algo!Os dois conversam um pouco, e Rosa fala um pouco antes de

saírem; —  Vou ter de dar um pulo em casa hoje! —  Pega o carro, dou um jeito! —  Tem certeza? —  Sim, não podemos deixar coisas assim para depois! —  Certo, mas eu volto! —  Lhe espero!

 —  § —  

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 —  § —  

JJ liga para o banco  e ajeita os andamentos do dia, e depois

liga para Kely e fala; —  Menina, passo a tarde aí, temos de conversar! —  Algo urgente? —  Na verdade sim! Mas nada que possamos falar por telefone,

tenho de lhe falar pessoalmente! —  Certo, nas é grave? —  Não, complicado!Liga para Carlão em Agudos, e fala; —  Carlão, JJ! —  Algum problema? —  Sim, poderíamos falar hoje a tarde? —  Podemos, onde? —  Passo ai, por volta das 5 da tarde!

 —  Certo!JJ liga para pelo menos outros 4 prefeitos da região, ligou para

o de Campo Largo, o de Morretes, o de Agudos do Sul, e o de PontaGrossa, estava a pesquisar idéias, e ligou para os escritórios das 5cidades, e ajeitou reuniões para o dia seguinte, as coisas teriam de seraceleradas, e encaradas de frente, o empresário estava tentando serele mesmo, mas perdido em seu mundo de indagações e planos;

Chega ao banco e pede para falar com Tatiana, os demais jáestavam em Porto Alegre, e falou; —  Tudo bem por aqui? —  Sim! Algum problema? —   Poderia me fazer estes levantamentos, se vamos fazer

historia no banco, que seja a mais incrível de todas!JJ estica um relatório para a moça e a mesma pega e pergunta;

 —  Quer informações detalhadas, ou os dados de credito?

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 —  Me levanta primeiro os dados de credito, depois vê tudo quetiver, tenho de por os pés no chão, mas sabe que teremos muitascoisas a mudar!

 —  Certo, mas isto vai tomar tempo! —  Acha que consegue para quando? —  Inicio da semana que vem? —  Teria como ter um parcial para quinta? —  Não sei, mas por que a presa! —   Tati, fica entre nós, se tudo der certo, tudo vai mudar de

novo!

 —  De novo? —  Sim, como esta no primeiro dia, como regional de comercio

do Paraná? —  Bem complicada, mas vou dar conta! —  Bom ouvir isto, sabe que espero muito de você?Tatiana somente lhe sorriu com um sorriso malicioso, e

respondeu; —  Sei!JJ ignorou, e falou um pouco mais, teve reunião com 6 nomes

de confiança e saiu em direção a JJ Incorporadora, e quando láchegou, foi direto a sala de Kely, era estranho ter tudo o que tinha,fica a olhar tudo, por um segundo, teve nostalgia da época que nadatinha, mas foi algo tão rápido que estremeceu como se tambémsentisse repulsa por aquilo;

Kely adentra a sala, vindo de uma reunião com os secretários, ea moça fala;

 —  Qual o problema agora? —  Não tem problema, temos de decidir como fazer! —  Certo, como fazer o que? —   Recebi um convite que tenho tendência a aceitar, do meu

 jeito, mas tendo a aceitar, mas para isto, vou usar a estrutura e quero

trocar a idéia com você!

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 —  Certo, o que aconteceu! —   Sabe que ontem tinha uma reunião com os políticos do

PMDB?

 —  Sim, mas o que tem isto a ver com você, quer apoiar alguémespecial? —   Menina, estava eu e Rosa, comendo com os grandes do

 partido a mesa, e o ex governador, o Roberto, virou direto e disse quequeria que fosse o candidato do partido ao governo!

 —  Ele o que? —  Ouviu!

 —  E você? —   Sempre pensei que poderia chegar a este ponto, sempre

estive muito na mídia, mas ultimamente está a parte boa, e as pessoascomeçam a pensar se posso ser seduzido por algo assim!

 —  Não respondeu? —  Tenho uma forte tendência a aceitar, mas isto fica entre nós,

ainda não decidi!

 —   Quer ser governado? Sempre disse que não se envolveriadiretamente!

 —  Sei disto, mas tenho problemas que terei de desenterrar, eisto que me mantinha afastado!

 —  Tá falando da filha com Fátima? —   Sim, nunca pensei em ter de falar algo, a menina saberia

quando me fosse, quem eu era, mas já que as coisas estão assim,

vamos em frente! —  E Rosa? —  Ontem fiz a sabatina que havia feito com você, fiz com ela,

lhe falei destas coisas! —  Ela deve estar assustada? —  Se você ficou, não esperava menos dela! —  Tô falando do que aconteceu ontem, imagino estar entrando

em um relacionamento, e o meu par, ser chamado a ser governador!

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 —  É, ela entrou na parte mais agitada de minha vida! —  São 5 anos para assumir um cargo destes? —  Sim, mas terei de me afastar da empresa e do banco, em no

máximo de 3 anos e meio! —  Entendi, terá de fazer tudo para estar preparado a deixar as

empresas por 4 anos! —  Acho que terei de deixar tudo pronto, para poder estar fora

delas por 8 anos, mas não pretendo desistir de recomeçar, entãotenho 3 anos!

 —  Acha que consegue?

 —  Na verdade, o que eu conseguir, estará de bom tamanho, oque esta achando da empresa, depois da primeira reunião! —  Quando me falavam da JJ, pensava como a maioria, uma das

100 mais do país, mas é muito mais que isto! —  E o que lhe impressionou? —   Sinceramente, como pode gerir daqui, tudo isto, são

empresas em mais de 153 países e todas interligadas no sistema, não

é uma JJ e sim 6 delas, uma na Ásia, uma na África, uma na Europa,uma na Rússia, uma nos EUA, e uma no Brasil! —  Bom ver que andou estudando e se inteirando, mas esta é a

 parte visível, a invisível, é mais complicada que isto, tem uma cedeno Rio de Janeiro, uma em Cali na Colômbia, uma em Moscou naRússia, uma em Tóquio no Japão, uma em Sidnei na Austrália, eduas cedes nos Estados Unidos, uma em New York e uma em umavilinha no Alaska!

 —  E quem toca esta parte? —  Ainda sou eu, mas por isto terei de acelerar, terei de achar

alguém para tocar esta parte, não posso ficar, se a desconfiança vier atona, eles detonam a campanha!

 —  E como descobririam? —   Tem muita coisa que sempre vasa neste tipo de operação,

uma língua mal segurada, pode me custar muito!

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 —  Prometo que vou aprender tudo, que posso e tocar a JJ comdinamismo!

 —  Obrigado!

Os dois conversaram e começaram a por os planos no papel efala; —  Agora a parte difícil! —  O que agora? –  Kely;JJ pega o interfone e fala; —  Maria, pode deixar a moça entrar! —  Sim, senhor! –  JJ sempre falava que a secretaria parecia um

soldado ao atender o telefone, tentou mudar isto no começo, mas nãoconseguiu, os dois veem entrar na sala, uma moça que Kely e JJconheciam da época da faculdade, formada em arquitetura, a moçaviu os dois lhe olhando e cumprimentou os dois, e JJ falou;

 —  Bem vinda a casa, Roseli! —  Bom dia, sabe que estou curiosa! —  Eu também! –  Falou Kely;

 —  As duas devem estar a pensar o que pretendo, mas Roseli,gostaria de vir a trabalhar no grupo JJ?

 —  Sabe que não tenho muita experiência administrativa, mas para qual ocupação seria?

 —  Roseli, deve saber que a massa falida da RR foi comprada pela JJ Incorporadora?

 —   Não, pensava que ainda estava em desembaraço legal,

lembro de meu pai falando que teriam muito a acertar, até quealguém quisesse comprar!

 —   Mas comprei, e quero retomar os 12 projetos que aconstrutora parou quando fechou, estou mandando carta a todos osex-funcionários, dos quais tenho interesse, para se quiseremretomarem os antigos empregos, e só conheço uma pessoa queconhece bem suficiente os 12 empreendimentos que foram largados!

 —  Sabe que falimos quando eu administrava aquilo, Joaquim?

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 —   Sim, mas não tinha como não falir, quando seu pai lhedeixou assumir, o barco já estava com mais da metade de água e doisfuros no fundo, não tinha como não ir ao fundo!

 —  Queria confiar tanto nisto, meu pai sempre me culpou! —  Roseli, o importante neste momento, é se estaria disposta areassumir a presidência da RR Construtora, agora como empresa dogrupo, e com capital para executar as obras, sem a necessidade definanciamentos esternos para isto?

 —  Se quer um sim, pode considerá-lo, mas queria saber o quelhe fez me escolher, existem muitos administradores maiscompetentes!

 —  Roseli, só não havia lhe chamado antes, pois tinha de deixaralguns contratos vencerem, nas antigas regras, que seu pai impôs aempresa, comprando caro, e se endividando a juros que não tinhacomo tirar de imóveis com valores fixos, não tinha como tirar aquelaempresa do buraco, você tampou tantos buracos, que a fez durar doisanos a mais, seu pai achou que não passava de 6 meses, quando lhe passou o cargo!

 —  E como sabe disto? —  Tem coisas que se fala em bares da vida, que não deveria se

falar! —  Certo, mas então me quer como presidente da empresa que

foi da família! —  Sim! —   Seria louca de dizer que não aceito, principalmente uma

empresa saneada, e com capital! —   Sabe que ainda me lembro de você correndo no meio

daquela bagunça, quando criança! —  Pensei que havia esquecido daquilo? —  Roseli, se tivesse idéia do quanto a vida era simples naquela

época, as vezes fico querendo algo como era naquela época, mas é por segundos apenas!

 —  Vocês dois se conhecem desde quando? –  Kely;

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JJ olha para Roseli e a mesma pergunta; —  Posso falar? —  Pode, não tenho vergonha desta parte da minha vida!

 —  Kely, o muro da frente da casa, dos meus pais, lá no JardimSocial, foi erguido e projetado por JJ, um pedreiro, que ainda faziafaculdade de economia naquela época!

 —  Olha que esta é mais uma das historias que depois vai ter deme contar com calma! –  Fala Kely olhando para JJ;

Os três sorriram, e começaram a falar de planos e projetos, e JJfoi explicando para as duas o que esperava da construtora, e quando

estava chegando a hora do almoço, o senhor vira-se para as duas efala; —  Vamos almoçar? —  Algo especial? —  Podemos almoçar com calma, até a uma, depois tenho uma

daquelas reuniões políticas que vai virar minha vida, daqui parafrente!

 —  Política? –  Roseli; —  Sim, além de tudo, tem gente querendo que coloque o pé na

 política! —  Sério? —  Ainda estão só sondando, mas pode ser que aceite! —  Vamos onde almoçar? —  Pode ser no Dois Irmãos, no fim da Erasto Gaertner, tudo

 bem? —  Sim!Saíram os três e foram almoçar, estavam a trocar idéia, se via

no sorriso de Roseli, a felicidade, assim como Kely, estava entrandono mundo encantado da JJ Incorporações, uma empresa que veiocomprando outras, terrenos, e idéias, a muito tempo, e estava no ponto que JJ gostaria que estivesse, Kely olha para o senhor a frente

e pensa em como ele sabia envolver as pessoas, não era só a irmã deRoberto, era uma excepcional profissional, e ficou a ver as coisas se

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encaixarem, estava entrando em um mundo, que não era normal,sabia que estava a entrar em um mundo que nunca antes daquele diaseria seu, as duas estavam a comer quando um dos garçons chegou efalou;

 —  Senhor, podemos falar? —  Sim! —  Reservamos a parte alta, lá no canto, acha que será preciso

mais? —  Na verdade não sei, mas qualquer coisa, é para ser rápido,

transferimos para outro lugar!

 —  Certo, mas já esta tudo pronto! —   Então encaminha o pessoal do PSDB, quando chegarem,

 para lá! —  Certo, quer algo mais? —  Vai anotando os pedidos, mas não os deixa exagerar, nada

de bebida alcoólica, se quiserem comer, tudo bem, mas nada deálcool!

 —  Certo, deixo os garçons avisados! —  Obrigado!JJ vira-se para Kely e fala; —  O circo começa a ser armado! —  Circo? —  Menina, quando estava a ver as reportagens hoje sedo, três

 jornais falando de mim, cada qual mostrando os seus pontos, e todos

mostrando que querem entrar ao lado, ninguém me atacou, estranhei,mas por isto, vou ter de criar a oposição!

 —  Você vai criar a oposição? –  Roseli; —   Sim, ninguém que o povo não fala mal de cara, ganha a

eleição, na política serve aquele ditado popular que diz, falem malmas falem de mim, pois o que se fala mal, não sai das conversas, e seestão falando mal, é por que tem uma tendência que quererem ser

aliciados, estão esperando que o atacado, prove mais uma vez, sersuperior a tudo isto!

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 —  E pretende fazer o que? –  Kely; —   Não sei ainda, mas tenho algumas coisa, que estavam em

meus planos para os próximos 10 anos, mas daí só vou ter de

 priorizar coisas, que estavam para planos futuros!Estavam a conversar, quando adentrou alguns cabos políticos, eo garçom os direcionou a sala que fora preparada para a reunião, equando viu os nomes fortes do partido chegarem, estranhou outros,que os acompanhavam, somente falou para Kely esticando a chavedo carro;

 —  Melhor voltarem, aqui agora, é só política, e vai ser chato!

 —  Mas e você? —  Sabe que isto não é o problema!As duas sorriem enquanto veem o senhor levantar-se e para ir

de encontro aos que chegavam, ouviu algumas perguntas, deurespostas que estavam na língua, estava JJ querendo unir forças,estava a sentar-se e fala;

 —  Homero, o que o preocupa, que trouxe toda a base! –  Fala JJvendo dois deputados federais, 12 vereadores, 4 prefeitos e mais unsdeputados estaduais;

 —   Ficamos preocupados, disseram-me que vai sair candidato pelo PMDB!

 —  E quem falou? —  Foi o assunto de ontem, meu telefone não parou de tocar,

empresários, políticos, muita gente me ligou, pensei que iria nosapoiar aqui em Curitiba, e as pessoas estão me falando que vai sercandidato!

JJ esperou todos sentarem, olhou todos eles e falou; —  Senhores, senhoras, ainda, tudo que falam é especulação! —   Mas não esteve em um encontro ontem com o ex-

governador? —  Estive, mas tudo que vamos falar aqui, não tem a ver com o

que aconteceu ontem, vou apoiar todos aqui, como todo ano, mas preciso mesmo trocar uma idéia!

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 —  O que quer falar? —   Homero, o convite que me fizeram ontem, me interessou,

não disse sim, mas me interessou, e preciso saber como posso

conciliar isto! —  O que lhe propuseram? —  Ser candidato pelo PMDB a governador em 5 anos!Todos se olharam, não estavam falando a eleição do ano

seguinte, e sim uma campanha para governador, não agora, e sim, nofuturo, e Homero falou;

 —  Mas se quer ser governador, por que pelo PMDB?

 —  Na verdade não disse nem sim, nem não, mas liguei ontem para a base do PT, o Rosinha me disse que me apoia e traz o PT, faleicom os Irmãos Dias, e ambos dizem ser uma boa idéia, uma caranova, sei que posso trazer parte da base do PDT, e também doDemocratas, mas tudo isto, ainda é uma idéia de um dia, não soucandidato ainda, e só serei, se conseguir fazer vocês conversarem, pois não quero ouvir merda, de um antigo aliado político, e se achamisto estranho, sei que vão ouvir coisas bem mais estranhas!

 —  Então o que pretende fazer? —   Homero, estou jogando limpo, não sou candidato ainda,

estou assumindo a regional do Banco, estarei 2 anos em PortoAlegre, isto pode ser complicado, tenho minhas empresas que tereide ajeitar se aceitar, a seguirem forte, sem minha presença, estourelançando meu primeiro livro, e no meio disto tudo, uma convite,que sempre desejei mesmo dizendo não, mas agora pode ser a hora

certa! —  Sabe que é difícil estarmos no mesmo palanque, se escolher

o outro lado! —  Acha mesmo isto? —   Acho, não temos como conciliar, na política, idéias vem

antes de amizade! —  Então só espero que antes de falarem merda, pensem, pode

custar caro a cada um de vocês!

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 —  Calma, ainda não dissemos nada! –  Ferreirinha; —   João, política se faz de duas formas, se estou pensando, é

 por que me convidaram, achava antes de falar com o Rosinha que era

cedo, quando ele, que deveria ser a parte mais difícil, pois eles temcandidato forte para Governador, disse que o seguraria, e meapoiaria, vi que posso pensar, se ele me dissesse, esquece, pensariamesmo assim, mas com menos empenho!

 —  Mas sabe que não somos o mesmo lado da política! —  Camargo, sabe qual o problema, é que não tem política no

Paraná, pode falar que não esta hoje no lado do atual governador, naeleição do ano que vem, tudo inverter, e se em 5 anos, todos não mequiserem como candidato, vou compreender, mas dizerem que não podem conversar uns com os outros, é muita burrice!

 —  Certo, mas por que vai ao governo, tem idéia do desafio queé isto?

 —  Camargo, toco uma empresa, como falava com minha atual presidente, que esta sediada em mais de 150 países, falo mais de 8idiomas, e aranho outros tantos, controlo de Curitiba um patrimônio

maior que muitas nações, então sei muito bem o que é tocar umgoverno, mas a minha duvida em aceitar, é se terei condições defazer o melhor, então se ainda não disse sim, é por que vou falar comvocês, ver o que acham, e ver se posso fazer um plano para o estadocomo faço para minhas empresas, crescer, crescer, e se puder fazeristo, farei, serei governador, mas se olhar para o projeto, e ver que éruim, apoio o melhor, tiro o time de campo, e deixo com vocês

 políticos! —  Certo, desculpe se pareci duvidar de você JJ, é que a maiorianem tem idéia do que é negociar com políticos, sei que sempre foiincisivo, para que as coisas fossem como você queria!

 —   Sei que nunca fui muito pela opinião dos outros, masestávamos falando de empresas, de investimento, de empregos, não éa mesma coisa, empresas tem de agir rápido, não falam de produtosde responsabilidade do governo, e sim de produtos que hoje vendem,amanha deixam de existir, o mercado é cruel com os empresários!

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 —   E como vai lidar com este lado ateu?  –   Pergunta Miguel, pastor da igreja universal e deputado estadual;

 —  Miguel, esta é uma pergunta de ouro, mas que tem resposta,

mas não é dia de discutirmos isto, pois nem aceitei o cargo, o quequero saber, e por isto vim conversar, é quem me apoiaria, saindo eu pelo partido que saísse!

 —  Mas é importante? —  Miguel, se acreditasse na bíblia, não seria deputado, mas se

é, não me amola!Os demais viram que JJ não estava a fim de discutir isto, sabia

que seu livro, de 10 anos antes, que perguntava, se as pessoasacreditavam em deus, livro que gerou uma das maiores levas de pessoas deixando de ser Cristãs e isto deixou muitos evangélicosrevoltados, isto já ia mais de 10 anos, mas a historia se arrastava,Miguel não era um candidato apoiado por JJ e fora lá para saber asnovas, sabia que embora fosse irritante, era importante nestemomento;

 —  Mas sabe que a leva cristã, não vai poder lhe apoiar! —   Miguel, o que vou falar, todos aqui na mesa sabem, mas

 pelo jeito você não sabe, hoje, emprego mais pessoas no Brasil doque tem neste estado, no mundo mais do que tem no estado de SãoPaulo, e não precisei para isto, tirar dinheiro de pobres, muitos dosmeus funcionários, lhe pagam dizimo, quer uma guerra, tudo bem,mas melhor saber com quem vai brigar, se vocês se irritam com asminhas igrejas, o problema é fé, lá só falamos de deus, mas o seu

deus, aquele inventado por um imperador romano, não acredito! —  Isso é heresia! —  Miguel, heresia é você carregar uma bíblia, isto é heresia, se

quer saber minha opinião, padre, pastor, radialista, não deveriam poder ser candidatos, pois mexem com coisas que não são aplicáveisna política, se acha que um dia, apenas um dia, vale me ter comoinimigo, melhor se preparar ou recuar, não sou de bater fraco, todosaqui sabem disto!

 —  Mas..

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 —  JJ, não dá bola para este ai, sempre a mesma conversa! —   Verdade, não queremos desgastes agora, mas quando vai

decidir se saíra candidato?

 —  Esta semana, vou ajeitar as coisas no banco, e espero quintafeira definir isto, depois vou tirar 15 dias de férias, dias para pensar,e quando voltar, ai vou começar a trabalhar!

 —  Mas disse que não sabe se vai aceitar, e fala em trabalhar?  –  Miguel;

 —  Miguel, pense assim, não esperava a indicação, mas mesmosem ela, ainda estarei em dois caminhos bem desgastantes, o

 primeiro, vai remodelar o modelo de empréstimo no sul do país, osegundo é que estou começando uma empresa, do zero, que pretendoem 10 anos, ser do tamanho da JJ Incorporações!

 —  Vai recomeçar? –  Homero; —  Sim amigo, preciso me sentir vivo, a empresa em si, toca-se

mas o que precisamos hoje, nas empresas, é cobrir buracos! —  Como assim? –  Homero;

 —  Amigo, a muito falo que alguns mercados, deixei em aberto,e pretendo investir em mercados que ficaram para depois, hoje possorecomeçar, criando uma segunda empresa, para ser grande, eestrutural de uma América Latina, esta sim, mais estruturais, maisfirme, se alguém aqui acha que hoje sou um candidato por que ascoisas vão mal, esquece, sou candidato por que me perguntaram sequeria, estou a reestruturar as empresas, e isto quer dizer muitotrabalho nos próximos 10 anos!

 —  Certo, mas estamos todos apreensivos, como ficamos comvocê no outro partido?

 —   Homero, quem apoia vocês, as candidaturas, são asempresas JJ, e não o ser em si, depois com calma, apresento a futura presidente, e fiquem tranquilos, não os pretendo abandonar, mesmoque alguns tenham de me ver do outro lado!

 —  Certo, mas posso dizer isto aos demais?

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 —   Sabe que tudo que falo aqui, vai por pessoas daqui, aouvidos que não deveriam ir, mas se pretendo ser candidato, vou terde me acostumar com isto!

 —  Certo!JJ chama o garçom e fala; —  Põem na minha conta, volto no fim do dia, e acerto tudo! —  Tudo bem, as instruções continuam as mesmas? —  Na minha conta sim, se quiserem pagar a parte, pode liberar

as cervejas! —  Vou verificar, mas pode ir com calma, ajeitamos as coisas!

JJ levantou-se, despediu-se de todos e após um reparar dascoisas, sai pela porta, não gostara da reunião, não fora produtiva,aparentemente, teria de pensar melhor nas próximas;

Roberto assume o local de Kely na empresa de projetos, e osdemais estranham, o rapaz que nunca fora de trabalhar pareceucompenetrado e outro naquela segunda, parecia pensar, e ficou a

olhar para tudo, por horas, ficou a estudar as empresas de JJ, etambém o que podia fazer, mas ainda estava divagando, quandoBruno lhe chamou a sua sala, e lhe deu boas vindas, e perguntou;

 —  Junior, pelo que me lembro, era bom em calculo estrutural? —  Sim, algum problema? —   Sim, JJ me mandou este projeto de uma casa em Tijucas,

mas preciso de alguém que dimensione isto, de forma precisa!

 —  Posso olhar? —  Sim!Roberto olha o projeto e vasculha as anotações e pergunta; —  Quem projetou isto, parece coisa de algum grande arquiteto? —  As más línguas dizem que JJ projetou isto, em uma tarde de

revolta, mas se reparar, foi bem dimensionada, mas tem de entender,que a parte superior, esta no topo de uma pedreira, a parte baixa, esta

a mais de 35 metros abaixo!

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 —  Reparei, 60 quartos, tem cozinhas, salas, tem teatro, museu, biblioteca, cinema, auditório, tudo dentro de uma estrutura, pareceum hotel, não uma casa!

 —  Repare Junior, que ele projetou este ponto, que na vista decima, não se percebe, mas a piscina esta a 30 metros abaixo destasaída de água, ele esta querendo uma queda de água de 30 metrosdentro da sua sala de estar!

 —  E esta precisando calcular estas vigas circulares, é isto? —  Sim, a estrutura da casa é metálica, não sei por que, mas tem

duas estruturais de vidro, com um intervalo interno de 20 cm!

 —  Bruno, se ele fizer o isolamento interno, este colchão de ar,vai lhe poder fazer muitas coisas, como segurar os ruídos internos, aacústica interna, e pode usar também para a não dispersão do calorno inverno, e manter a temperatura agradável no verão!

 —  Agora entendi, mas saberia calcular qual a dimensão exata poderia lhe ser mais vantajosa, e fazer este calculo?

 —  Vou fazer, mas vou ter de fazer com calma, isto sim que écalculo estrutural, uma casa, abraçando uma montanha!

Roberto estranhou, estava a pouco mais de duas horas naempresa, e Bruno o chamou para o calculo, e os demais, e ficou aobservar os demais, sua cabeça não saia de Kely, parecia ter perdidoalgo, por muito tempo, a teve a alcance da mão, agora que queria,não tinha, e sentiu falta;

 — 

 § — 

 

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 —  § —  

JJ liga para algumas pessoas, e fica ao telefone, enquanto

espera a porta do restaurante, o carro da empresa de locação, e omotorista deixa o carro e JJ pega estrada no sentido de Agudos, ligou para varias pessoas, e quando chegou a cidade, estavam lá varias pessoas de cidades vizinhas, prefeitos, vereadores e empresários queele tinha alguma ligação, foi uma reunião mais produtiva que a primeira, e sentiu-se melhor, foram varias reuniões naquele dia,terminando o dia, na reunião em Agudos, estava a mostrar planos aos

demais, resolveu acelerar, sabia que tinha um perigo em tudo isto,quando se esta pouco visível como no começo de tudo, a policiasfederal não fica em seu pé, pensa em quantos anos ele teria perdido,no Dops, no Exercito, nas Faculdades, nas Construções feitas comsuas próprias mãos, e chega a conclusão que nada foi perdido, tudofora experiência, quando a vida parecia caminhar a algumas semanas, para a calma, resolveu em um dia de fúria, acelerar, e viu que tinhaainda uma vida, viu pessoas, e haviam ainda muitas a ver, quando

 passou em Tijucas, pegou Rosa, e voltaram juntos a Curitiba, estavatão cansado que pediu que a moça dirigisse, ela sorriu, e o ouveatender o telefone;

 —  Boa noite? —  Boa Noite, é Roberto, podemos falar JJ? —  Sim, fale? —  Queria lhe falar a sós?

 —  Anota ai um endereço, dentro de 2 horas, estarei lá!Roberto anotou e JJ sorriu, encostou no carro e por um segundo

adormeceu, a energia não era a mesma, lembrou em sonho dealguém, e acordou assustado, e somente olhou para Rosa e esta falou;

 —  Estamos chegando, quer algo? —  Um clone!Rosa sorriu, se tivesse como, olha que era uma idéia, Rosa não

imaginava o quanto JJ poupava suas energias, com uma estrutura

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cansativa, se não tocada da forma correta, o dia seguinte já haviaagendado, e Rosa pergunta;

 —  O que vai fazer agora?

 —  Encarar o incompreensível, o passado, o futuro, e o incerto! —  Pelo jeito esta meia hora de sono, lhe fez bem! —   Na verdade, estou sentindo o estomago enrolado a cabeça

 pesada, o corpo acabado, não sou mais uma criança! —  Mas está sorrindo, e para mim, isto é o importante!JJ sorriu novamente e ficou a divagar sobre seus pensamentos;Rosa encosta o carro e foi inevitável perguntar onde estava o

outro carro, e JJ explicou, Rosa ainda tinha um ciúmes violento deKely, talvez o tempo melhora-se isto, ou a fizesse entender osamores de JJ;

JJ tomou um banho, tomou um remédio para dor de cabeça, enem tinha terminado de tomar um café, quando a campainha tocou efoi atender;

Junior estava a porta e falou;

 —  Desculpe a intromissão! —  Espero que tenha alguma razão de ser esta conversa! –  JJ; —   JJ, preciso saber por que pôs Kely na administração das

empresas? —  Entre!Os dois entraram e Rosa subiu, estava também exausta de uma

conversa que teve com seu irmão, mas isto não teria como falar com

JJ, sempre o considerara um irmão;

JJ ofereceu algo a beber para Roberto, e sentou-se a tomar umrefrigerante, o verão corrido e quente, as vezes o obrigava a ter de sehidratar;

 —  Junior, o que quer saber? —  Por que pôs pessoas como Kely a administrar as empresas? —  Por que confio nela?

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 —  Mas acho estranho, como pode por algo assim na mão deoutra pessoa, sem ter algo com ela?

 —  Roberto, vou só lhe fazer uma pergunta, e talvez entenda!

 —  Fale? —  Acha que sua irmã teria algo comigo? —  Não, mas o que tem haver? —   A estou indicando como presidente da RR que estou

reestruturando, não escolho pessoas por serem homens, mulheres,mas por serem pessoas que confio, acredito, e que tem potencial!

 —  Você esta colocando minha irmã na direção da RR?

 —   Sim, conversamos toda a manha sobre isto, demorou um pouco, mas agora podemos começar a reestruturar aquela empresa,que comprei a alguns meses!

 —  E por que a pôs lá? —   Por que precisava de alguém capaz e que conhecesse a

antiga empresa, alguém que foi capaz sem um centavo no bolso,segurar uma empresa, pagando salários e dividas que nem dela eram,

 por dois anos, quando ela entregou os pontos, muitos a culparam masnão sabem o trabalho que ela fez, não a teria comprado, se não fosseo trabalho de sua irmã!

 —  Não entendo, como pode saber tanto de algo assim? —   Rapaz, se fosse como sua irmã, e lembrasse das coisas

importantes, não estaria a começar agora, sua irmã já trabalhou muitona vida, e merece colher algo, que sei ser merecido para ela!

 —  Fala como a conhecesse a muito? —  Não se lembra de mim, do passado, menino? —  Não! —  Ela lembrou, isto faz diferença, alguém que vejo desde cedo,

 batalhar pelo que quer, você deveria seguir os passos dela! —  Mas como? —   Cresce menino, você tem potencial, mas os bares, as

 baladas, não serão como as de hoje, sabe que posso até me divertir,como falava outro dia para Kely, se moro no Brasil, é por que adoro

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nossa forma de viver, cada estado, um país a parte, uma cultura, umacomida, muitos vão a Europa, para comer tal coisa, desculpe,conheçam primeiro o que esta ao alcance da mão, depois, vão pagarcaro em Paris por um prato especial, mas sabendo apreciar, vão a New York pagar o preço de um jantar em um único pão com café,mas se acha que quer chegar lá, tem de batalhar para isto!

 —  Sabe que me espanta a sua forma de falar, um nacionalista,mas com cara de empresário de sucesso, e que fala do país comorgulho!

 —   Menino, não sou nacionalista, mas se os empresáriosinvestissem o que ganham no país, no próprio país, seriamos uma

nação melhor, mas canso de ver empresários ganharem a vida inteiraaqui, e porem uma pequena fatia em suas empresas, uma pequenafatia em família, em estrutura para um futuro, formam filhos lá fora,que assim que eles morrem, afundam suas empresas, ou vendem por preço de banana, e depois de alguns anos, estão todos na classemedia, a trabalhar para outros, seu avo foi um visionário, seu pai,assim como você, não nasceram para tocar uma empresa, e sim, ser

funcionários de alguém, pode provar o contrario, mas primeiro teráde mostrar serviço! —   Sabe que me deu algumas idéias, mas qualquer coisa

telefono! —   Estou sempre pronto a trocar uma idéia, mas sabe, nem

sempre estarei a disposição! —  Compreendo! Agradeço ter me ouvido, agora tenho de ir!

Roberto se despede e some na direção da casa da irmã, saíracom uma idéia fixa na cabeça e teria de responder a esta idéia, ou nãosaberia em que chão pisa;

JJ sobe ao quarto e começa a separar uma roupa simples, eRosa vendo que ele iria sair pergunta;

 —  Vai sair? —  Vou, tenho de resolver hoje algo, antes que seja tarde!

 —  O que aconteceu? —  Se lembra que falei sobre o que falei sobre Karoline?

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 —  Sim! —  A menina quer seguir os caminhos da mãe! —  Ela quer virar uma puta?

JJ olhou para Rosa, não gostava deste termo, mas era verdade, eencara a esposa e fala;

 —  Sim, é difícil ficar inerte nesta hora, vou lá, e nem sei o quevou falar ou fazer!

 —  Se cuida! —  Não é um lugar perigoso, mas vou me cuidar!Rosa viu que JJ estava cansado, mas mesmo assim, não pararia

neste instante, se vestir, parecia pensativo, não sabia o que fazer;

 —  § —  

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achava horrível, como Legião Urbana, e por outro lado, gostava detambém de Tonico e Tinoco?

 —   Lembro, eu odiava aquele cara, ele sempre estava com

aquela lata velha, atravessada na entrada de casa, folgado, sabe o queaconteceu com ele, morreu, é amigo de JJ ou o que? —   Aquele senhor, se chamava Joaquim Moreira, mais

conhecido por ai por Joaquim Jose Moreira, JJ para a imprensa!Junior olha incrédulo e senta-se, o soco no estomago foi

grande, enquanto sua irmã sempre o tratara com respeito, semprefora insolente, até agressivo, pois o pedreiro era pobre, feio, odiavaaquela Brasília, e sentado falou;

 —   Esta a me dizer que o pedreiro que ergueu nosso murofrontal, da casa da mãe lá no Jardim Social, é o atual dono do patrimônio da família?

 —   Não, estou dizendo que o pedreiro Joaquim, é hoje, oescritor de 6 best-seller, que tem hoje um patrimônio que nuncanossa família teve, ele hoje tem em imóveis no país, mais metrosquadrados que esta estado inteiro, e se pensarmos a nível mundial ele

tem quase o território do país, mas isto, perto do que tem de recursose dinheiro, é trocado, então agora sabe da onde ele nos conhece!

 —  Mas como, o cara não tinha nada? —   Mas sabia onde queria chegar, nosso pai, tinha uma

construtora, mas queria torrar, ele não, chega agora aos 46 achandoque pode recomeçar, e se o que conversei com aquela sua ex, a Kely,for verdade, o JJ quer erguer um império semelhante, em 3 anos!

 —  É, perdi a moça, fui tão burro que a perdi! —   Ué, não era você que sempre tirava sarro dela, sempre

disponível, correndo atrás e a chamava de imatura, acho que nãoconsegue mesmo ver as pessoas como são!

 —  Lhe devo desculpas também, pelo jeito me deixei levar pelas palavras do pai!

 —  Nisto não posso lhe culpar, até eu acreditei, somente hoje,

quando JJ me mostrou os números da empresa, entendi que se não

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tivesse 20 milhões de dólares, limpos, além dos recursos normais,não tiraria nunca a empresa do buraco!

 —  Falaram sobre isto?

 —  Sim, ele mostrou-me que os contratos que nosso pai haviafeito, forçavam por falta de credito na praça, pagar quase o dobro pelo bruto da obra, e pelos acabamentos chegávamos pagar duas emeia a mais do que a concorrência, e encima disto, pagávamos os juros dos empréstimos com taxas altas, pois a empresa entrou em umgrupo de risco, e só hoje vejo que jogamos dinheiro pela janela, ealguns ditos amigos de nosso pai, ficaram muito bem de dinheiro,enquanto falíamos, e somente depois de falidos, conseguimos, ver

isto! —  Pelo jeito aprendeu economia hoje? —   Muito mais que isto, aprendi política de investimento, JJ

quer reerguer a empresa, e vai jogar ela como estrutura! —  Entendi, ele esta criando a outra construtora, onde Kely será

sócia, e ao mesmo tempo, ergue a estrutura da RR, mostrando paraKely como funciona uma grande construtora, chama alguém que

conhece desde criança, que sempre o admirou, por saber de onde eleveio e mata dois coelhos com uma cajadada só!

 —   E ainda perde tempo bebendo irmão, demorei horas deconversa para chegar a esta conclusão, tive de ouvir isto de Kelymastigado, para entender!

 —  E ela falou assim, que queria aprender com você? —  Kely é especial, perdeu mesmo uma grande mulher, pois não

me pareceu alguém imatura, pareceu alguém capaz de tocar umaempresa, que desculpe a sinceridade, me assusta, só a proposta de JJ já me assusta, imagine o resto!

 —  O que ele lhe propôs? —   Ser presidente de uma empresa, que vai tocar projetos

 próprios, antigos projetos, e prestar serviço a Ponto Construtora? —  Quem é esta construtora?

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 —  Ponto é a cartada de JJ, a RR pertencem a Ponto, e mais 18construtoras, compradas por JJ, mas 12 destas serão tocadas pela RR,e outras 6 pela Ponto, diretamente, mas tudo em conjunto, estaempresa, tem capital suficiente para ser a maior construtora do pais,assim que terminar de sair do papel, e Kely tem 30% dela!

 —  Então Ponto é o nome da nova construtora? —   Sim, e esta empresa vai junto com a RR construir, no

 próximo ano, no Brasil, 300 hotéis, 32 Shopping, 11 Bairro-Cidade,mais de 200 prédios, e muitas outras coisas!

 —   Pensei que a JJ Incorporadora estivesse sendo passada demãos, mas pelo jeito Kely assumiu num ponto de crescimento?

 —  Sim, JJ também acredita no sangue novo que esta injetandoda empresa, e estou ali para somar, mas como primeiro dia, meassustei!

 —  Entendo, mas sabe o que ele tem com Kely? —   Nem idéia, sabe que as pessoas falam demais, fofocas têm

ao monte! —  Sabe o que ele me respondeu quando lhe perguntei o que ele

tinha com ela? —  Não! —  Me perguntou o que achava que ele tinha com você? —  Não entendi? —   Ele lhe colocou na comparação, muitos vão falar, fofocar,

mas vi ele com a esposa, e me parece feliz!

 —   Mas ele esta só se preparando para o que vem por ai! Euacho que os dois são amigos, lembro-me dos dois estudando juntosna faculdade, as pessoas não entendem amigos de sexo diferente, temsempre de falar merda!

 —  O que quer dizer com se preparando para o que vem ai? —   Não sei ainda se é real, mas o agito foi geral hoje na JJ

Incorporações, dizem que o ex-governador do PMDB, convidou ele

 pessoalmente a ser candidato em 5 anos a Governador! —  Será que não foi só fofoca?

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 —  Não sei, mas o que se falou hoje, é que os 4 grandes jornaisde Curitiba, mais a folha de Londrina, tinham reportagens de capa,com destaque a JJ, sabe o que isto significa?

 —   Que todos já se posicionam acenando ao empresário, queestarão ao seu lado! —  Sim, e as coisas estavam agitadas, enquanto estava lá a falar

com ele pela manha, foram ligações do PT, PDT, Democratas,Republicanos, PMDB, PSDB, todos os grandes estavam interessados,e isto quer dizer que muitos o querem lá!

 —  E eu querendo brigar com o cara, sou um burro mesmo!

 —  Quis bater nele, é maluco? —  Quis, descobri no meio da minha operação de guerra, queele era dono do local, onde me achava o maior, descobri que osseguranças do local o respeitam, o temem, não estavam lá para protegê-lo e sim para nos proteger de algo que denegrisse a própriacasa, e pensando bem, não queria briga, estava a querer ver seacordava, mas sou burro de mais para isto!

 —  Estava onde? —  Coliseu! —  É dele? —  Ouvi a pessoa que achava ser dono, falar como se ele fosse,

não tenho por que duvidar! —  Mas por que diz que ele não queria brigar! —   Se ele quisesse os seguranças daquele lugar davam uma

surra em nós, mas ele apaziguou as coisas, nem sei por que, deu aimpressão que estava provocando, mas o fez de uma forma a podermos conversar!

 —  Não subestime a inteligência deste homem, sabe de onde eleveio, poucos lembram isto, mas ele não tem vergonha disto, temorgulho, mas não é como aqueles que dizem que um dia fizeram, esteeu vi, levantar o muro, rebocar, cal-finar, e com um capricho que o pai sempre elogiava!

 —  Lembro, mas ainda é difícil acreditar, Joaquim é o JJ!

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 —  Acredite, pois o é!Roseli vê que a conversa estava se arrastando e pede a

compreensão de Junior e se despedem;

 —  § —  

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A cafetina olha a nota e pensa em quem estava a sua frente efala;

 —  Sem problema, só não vão brigar aqui?

 —  Não vim brigar, tenho de falar com ela! —  Faz tempo que não aparece! —  Uns 18 anos, faz mesmo muito tempo!JJ acompanha o olhar da senhora a sua frente, e vê quando uma

moça fica ao seu lado e ouve algo que não dava espaço nem pararecuar, nem para saber o que falar;

 —  Márcia, queria lhe apresentar alguém!

A moça olha para JJ como se fosse um cliente novo, era amenina dos olhos da casa, com mulheres com mais de 30 na maioria,aquela menina de 22 era o que os homens da casa vinham ver, tocar,comprar, mas nem todos tinham o dinheiro para isto, mas a moçaolhou e também fechou a cara com o restante da frase;

 —  Este é Joaquim, seu pai!A moça fechou a cara, o sorriso foi trocado por um ar de

desprezo e falou; —  Meu pai não é este homem, Dina, deve ser um engano!JJ riu e ela continuou; —  Esta rindo de que, aqui não tem palhaço! —   Tem sim, eu!  –   Fala JJ olhando a moça.  –   Dina, não ia

 beber, mas me vê uma cerveja, vou precisar! —  O que quer comigo, nunca me procurou, agora aparece do

nada! —   Podemos conversar em um lugar onde não precise gritar,

 para ser ouvido!A moça olhou para a proprietária que apontou a peça ao lado,

eram salas, com os mesmos bancos encostados a parede, mas sem asmesas, uma vez fechada as portas, tudo podia acontecer naqueles bancos;

JJ adentrou ao local, com todos os demais da casaacompanhando o movimento dos dois, uma casa onde tudo era

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aquela peça, onde tudo acontecia das bebedeiras aos shows no meiode uma sala que virava local de dança;

Os dois entraram na sala e a moça deixou a porta entre aberta, e

olhou para o senhor a sua frente, e perguntou; —   Não precisa aparecer agora, nunca tive pai, não preciso deum agora!

 —  Só queria lhe pedir um favor, mas se não quiser tudo bem! —  Não tem o direito de pedir nada! —  Certo, então continue nesta sua vida, menina, vim lhe propor

ajuda, se não quer, tudo bem!

 —  Sabia que não estava nem ai para mim! —   Karoline, não estou interessado em ser julgado, não vim

numa casa destas para ter uma filha! —  Imagino, veio só se divertir! —  Sim, ou acha que qualquer um dos que vem aqui, vem para

arrumar uma esposa, pode até acontecer, mas a maioria, 99% só vemse divertir, mas se quer continuar neste mundo, tudo bem!

A moça viu que não adiantaria falar alto com o senhor a suafrente, alguém bem vestido, mesmo as calças jeans que usava,estavam bem passadas, o senhor não tinha o cheiro daquele lugar, e perguntou;

 —  Certo o que gostaria que fizesse? —   Karoline, eu vou sair a governador e sei que vão lhe

 perturbar a vida, só queria que fizesse um exame de DNA, assim lhe

 poupa qualquer exploração pela mídia, e lhe garante paz em meio aum turbilhão ao qual farão a sua vida! —   Filha da puta, veio me procurar só por que vai atingir sua

campanha, é um destes políticos corruptos deste país, deve ser poristo que sua imagem não me é estranha!

 —   Seria engraçado, se não fosse trágico, minha filha mechamando de filho da puta, mas ainda não sou político, quer saber,

nem sei se serei candidato, mas soube hoje que começara semana passada aqui, e não quero o mesmo futuro de sua mãe para você!

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 —  Soube hoje, e veio, não acredito em você, deve ter vindo só por causa destas suas eleições!

 —   Concordo que foi uma boa desculpa, já que nunca soube

como me aproximar, sua mãe primeiro me dizendo que não eraminha, depois dizendo que era, depois chorando, depois se afastando,mas tudo bem, as eleições são daqui a 5 anos, mas precisava lhedizer, que se quiser, lhe tiro daqui!

 —   E faria o que, me daria o mundo, ou uma casinha, umdinheirinho, não posso viver sem este dinheiro!

 —  Menina, sua mãe não falou mesmo quem sou eu, este tempointeiro?

 —  Não, ela sabe onde você esta, onde mora? —  Endereço atual não sei, mas com certeza sabe o que fiz da

vida, até você quase foi trabalhar em minhas empresas quando tinha17 anos!

 —  Distribui muitos currículos quando terminei o segundo grau,mas de que empresa você esta falando?

O senhor olha aquela moça, pensa se deveria expor tudo deuma vez, o que falaria, que era Loco ou Joaquim, ou os dois;

 —  Meu nome é Joaquim Jose, da JJ Incorporações!A menina que até então estava agitada de pé, senta-se e olha

 para o senhor a sua frente e lembra de ter ido ver um estagio, nasempresas, e que deixara o currículo lá, mas nunca nem voltara paraver, achara que o emprego não era pra ela, nem imaginava que poderia estar trabalhando com seu pai, a muito tempo e ouve ele

falar; —  Sua mãe a mandou lá, você apresentou o currículo, esperei

 por você por um mês e não apareceu, até hoje a vaga esta vazia, suamãe deve ter ficado triste, por não ter retornado!

 —   Você sabia desde aquela época quem eu era, e nunca seaproximou?

 —  Não sabia o que dizer, estava em uma relação complicada,

que me talhava mais do que o normal, mas mesmo assim, estivemos

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numa mesma sala juntos, a 2 anos atrás, na vila pinto, você estavasendo acusada de sequestro, e do nada, apareceu uma testemunha quedizia estar com você naquele dia, do outro lado da cidade, lembradisto?

 —  Foi você, o senhor que trouxe aquela senhora, agora falandome lembro!

 —  Sim, mas aquilo foi burrice, mas não poderia lhe ver presa, por não saber fazer direito!

 —   Fala como se soubesse exatamente o que aconteceu, nemimagina o que passei naquele dia, os dois comparsas que meapresentaram, sequestraram a moça, mas no lugar de fazer a coisacerta, ficaram a passear com ela, sem terem a coragem de sacar osrecursos, e quando tudo perecia que começava a dar certo, eles foram presos, e obvio, me entregaram!

 —  Menina, foi bem mais complicado que isto aquele dia, seus parceiros, iriam estuprar a moça, e só não o fizeram por que doistraficantes os puseram para correr, da alameda onde pretendiam fazero serviço, eles pretendiam estuprar, matar a moça, sacar o dinheiro e

deixar as pistas que levariam a você, se reparar eles lhe entregaramcomo sendo a cabeça do grupo, e o que a salvou, foi uma falsatestemunha, e o não reconhecer da vitima da sua pessoa!

 —   Como você saberia isto, alguns na época me falaram isto,mas depois os dois pareceram mortos, não tive como tirar as duvidas!

 —   Por que você já prestou serviço para Loco, tanto noOsternak como no Capanema, e duas vezes em Almirante

Tamandaré! —  Sabe que se for uma arapuca estou caindo, mas como sabe

que fiz serviço para Loco, o cara paga bem, mas também não perdoavacilo, ele mata sem pestanejar, pena que não o conheço pessoalmente, mas as vezes, quando tudo parecia sem saída, elesurgia na minha vida, como da vez que precisei de dinheiro para aoperação do pai, desculpa, do meu padrasto, ou da vez que minhamãe teve aquela crise violenta de pedra no rim, e nós sem dinheiro,sem plano de saúde, precisando fazer aquela operação a laser para

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destruir as pedras, pena que nunca o conheci, poderia não ter entradonesta vida!

 —   Aquilo também não é vida, trafico de drogas, mas dá um

 bom dinheiro! —   Pelo jeito me vigia há muito tempo, a ponto de saber decoisas que nem a mãe sabe!

 —  Fátima sabe, faz vistas grossas! —  E como ela saberia? —  Por que ela sabe como me encontrar, sabe quem sou eu, sabe

quem é Loco, e se acha que foi coincidência tudo isto, é por que

ignora muita coisa menina! —   Esta a me dizer que minha mãe sabe quem é Loco e o

conhece? —  Sim! —   Mas como ela pode conhecer o maior narcotraficante da

cidade? —  Do mesmo jeito que conhece o maior empresário da cidade!

 —  Mas ela conheceu vocês dois assim, numa casa como esta?Loco sorri dentro de Joaquim, a moça realmente não

desconfiava. —  Menina, o que estou falando, é que não são duas pessoas, é

uma!Karoline encosta na parede e fala assustada, agora caíra à ficha,

as pedras começavam a se encaixar, a vida começava perder o

sentido e o chão, muita das coisas que vivera perdiam o sentido nesteinstante, olhava assustada e precisou perguntar;

 —  Esta a me dizer que o maior empresário da cidade, é o maiornarcotraficante da cidade?

 —  Na verdade estou dizendo que sou, o 10º maior empresáriodo país, e o maior narcotraficante do país, não da cidade!

 —  E me fala assim, como se estivesse contando algo normal?

 —  Menina, pode não ser normal para os demais, mas se morrerhoje, você veria na semana seguinte, sua conta bancaria encher de

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 —  Sim!

 —  § —  

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 —  § —  

JJ entra no carro, faz o contorno logo a frente, e atravessa a

cidade primeiro pela via rápida Centro Portão, depois pega para a paralela da Brasília, Depois Derosso, depois atravessa no sentido dacasa da mãe da menina, primeiro boqueirão, depois finalmenteUberaba, a menina foi quieta, estavam quase chegando, o olhava pensando em como poderia ele saber onde ela vivia, e pergunta;

 —  Sempre soube onde morava? —   Sim, mas estamos quase chegando!  —   Passam por uma

lombada eletrônica desativada a anos, funcionava dia sim, 10 não,entrou a esquerda, desceu a rua pegando a direita e parou em frenteda casa;

 —  Vamos entrar, falamos melhor lá dentro!JJ sabia que o mundo dera voltas, não pretendia muito mais do

que dar um caminho a sua filha, e desceu olhando o bairro em volta,muitos sobrados novos, mas ainda a estrutura precária do bairro,

conseguia ver ao fundo um pedaço do Boqueirão, a parte menosvalorizada, via-se também as taperas que estavam na rua acima,estranho um bairro onde o pobre e a classe media viviam tão próximos, e o pobre era tão pobre, que via aquela classe media comoricos, e ficou a observar um segundo, antes de entrar;

A moça entrava na casa, e sua mãe gritou; —  Algum problema filha, já tão cedo em casa! –  Fátima;

 —   Não, precisava conversar com alguém, e achei melhor nãoser lá!Fátima olhou para a porta e viu entrar um rosto familiar, mais

de 20 anos fazem uma diferença, e uma pergunta deu o clima domomento;

 —  Já disse para não trazer clientes para casa!JJ sorriu, isto este empresário tinha de anormal, sabia ver as

coisas lindas da vida, até mesmo encrencas bem construídas a vida, eolha para a moça e fala;

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 —  Boa noite, Fátima!A mulher gasta pelos anos olha para aqueles olhos a encarando

e sorrindo e fala;

 —  O que pensa que esta fazendo?Um rosto discreto põem a cara para fora vinda do outro quarto,

e JJ olha para aquela outra mulher e fala; —  Boa Noite Márcia!Márcia era sobrinha de Fátima, as duas tinham uma diferença

de pouco mais de 1 ano, e cresceram juntas e faziam a mesma coisa a23 anos atrás, e esta sim sorriu e falou;

 —  Joaquim, o que o trás nesta casa? —  Vim finalmente, depois de 22 anos, conhecer minha filha,

antes tarde que nunca!O silencio se fez, pois embora Fátima falava para todos que a

filha tinha um pai, nem Márcia imaginou quem seria, pensou emtantas pessoas, tantas desventuras daquele ano em que a meninanasceu, e Fátima rasgou o silencio como uma faca;

 —  E quem disse que ela é sua filha? —   Você, a mais de 22 anos, mas isto podemos tirar a prova,

sem problemas! —  Vão brigar, o trouxe aqui para conversar, e não para vocês

 brigarem! —  Não entendeu Karoline, não estamos brigando! –  JJ; —  Não?

 —  Não, este é o por que não me aproximava, acha que o queestamos fazendo?

 —  Estão discutindo? —   Sim, estamos fazendo o que fazíamos a 22 anos, filha,

estranho, você lembrou JJ? —  Acha que se esquece isto? —  Pensei que estivesse nos braços de sua nova mulher?

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 —  Vou voltar para lá, mas tem coisa que se deixa muito paradepois, e a própria vida se põem a nos forçar a evoluir!

 —  Evoluir, sempre foi o marginal mais temido da cidade, pode

ter casca de empresário hoje, mas sei o que é aquele marginal ainda! —   Fátima, não se chama de marginal o maior da cidade, nãoem publico, acha que gosto de ter de sujar as mãos, não gosto, preferia que tudo fosse redondo, mas nunca é!

 —  Mãe, sempre soube, por que nunca me falou? —  Não sei se ele é seu pai, acha que este carinho, este homem

simpático, seria assim se não for filha dele?

Karoline pensou;―Simpático, carinhoso, acho que esta falando de outro, mas

tudo bem, melhor tomar as rédeas‖.  —   Pelo jeito são do tipo de relação que não entendo, ambos

informados, ambos agressivos e ambos sem saber como se portar,demorei de entender, mas agora entendo por que estão cada um nasua, mas poderia ter me ajudado, ter feito de minha vida, melhor!

 —   Isto ainda posso, mas a pergunta é se estaria pronta paraalgo assim? —  Pronta? —   Filha, se virar para você e lhe oferecer dinheiro, não serei

eu, não tenho um por cento do que é meu em meu nome, mas sequiser ser algo na vida, posso ajudar!

 —  Vai me oferecer um emprego, isto já tenho!

 —  Sim, já tem, desculpe, pensei em evitar o mesmo caminhode sua mãe, mas se acha bom isto, fica lá! —  Esta é a parte carinhosa, como é a parte violenta?Joaquim olha para a filha, ela já ouvira dele que era Loco, não

iria responder por crimes ali; —  Esta é a pratica, não a carinhosa, não sei ceder a chantagens,

não sou de pagar pelo que posso não pagar, posso até lhe assumir

como filha, mesmo não sendo, mas tudo o que peço é que defina se

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quer, posso sair por aquela porta, e simplesmente, saberá de mim,quando eu morrer, mas você escolhe!

 —   Certo, não tenho um emprego, é um passa tempo que dá

dinheiro, mas o que me ofereceria? —  Quanto tira neste passatempo por mês? —  Deve dar para tirar uns 3 mil reais até o fim do mês, não vou

trocar isto por trocados? —  É, deve estar mesmo se dedicando, mas não estou falando de

trocados, mas tem de se preparar, empresas, tenho, lucrativas, nãolucrativas, espalhadas, concentradas, mas teria de tocar algo, não é

 brincar de viver como lá, mas dá para viver muito bem! —  Quer que toque a JJ? —  Não, não sou maluco, você faliria em pouco tempo, aquela

empresa, que toco acelerada, não pensei ainda, mas posso montaruma empresa, mais voltada ao que você goste de tocar, e a preparar para tocar isto!

 —   Mas isto é o que, um salário de 3 mil mês, mas dá muitotrabalho?

 —   Tem medo de trabalho, esquece, volta para aquelemundinho, que um dia, vai deixar de existir, mas você que escolhe!

Fátima viu que JJ não estava sendo simpático, não estava sendocarinhoso, não estava nem se mostrando como pai, não entendera oque estava fazendo lá, estava quase jogando a filha novamente para olocal de onde a tirara naquele dia, o que passava naquela cabeça,lembra do pedreiro, que não era Traficante, que não era empresário,

lembra das mãos grossas e calejadas, da testa sempre avermelhada,da Brasília Verde, do rapaz, tem coisa que parecia não caber naqueleser a frente, limpo, cheiroso, decidido, não estava querendo construiruma família, e sim, uma filha, como erguia muros de tijolo, agoralevantava uma discussão, não tinha idéia do que seria daquele dia,mas por mais que parecesse simples estava a enfrentar uma filhacriada as ruas, como ele foi, uma criança que tinha 12 passagens pela

 policia, de trafico a sequestro, a menina começara sedo, seuscaminhos não tinham sido fáceis, deixou a filha correr os caminhos,

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mesmo sabendo que a menina podia se dar mal, mas sempre sobre oolhar do pessoal de JJ, mais especificamente de Loco;

 —  Não é isto, não quero ganhar trocado?

 —  Quer o que então? —  Tocar a parte de Loco?JJ sorriu e falou; —   Talvez até o faça, mas para isto, tem de aprender a

administrar algo, viver com pouco, saber o que é uma floresta, falar bem pelo menos 4 idiomas, então se existe alguém por trás do Loco,é um empresário, tocar empresas, é o começo, tocar o mundo, o

destino! —  Joaquim, você tem outros herdeiros? —  Uma menina, mas isto é outra historia! —  Menina, mas quantos anos? —  24! —  Duas mulheres para tocar um império? –  Karoline; —  Na verdade precisa-se muito mais que duas pessoas, para se

tocar um império destes, principalmente o que ele vai ser dentro de 6anos!

 —  Pensei que estava passando a frente? —  Estou, mas o que você enxerga, é o que consegue ver, o que

é Loco para você, filha!JJ conseguiu depois de uma noite de conversa chamar Karoline

 por filha, sem a palavra parecer estranha, a palavra saiu tão

naturalmente que nem Karoline percebeu; —   O mais temido dos seres da cidade, alguém que poucos

veem, que tem as pessoas certas nos lugares certos, e que tem parcerias certas, em Porto Alegre, no Rio, na Baixada Santista e nagrande São Paulo!

 —  Certo, e quem são estas parcerias certas?  –   JJ estava vendoaté onde a menina sabia, não era fácil falar disto para outros, mas ali,

tanto fazia, a menina já vivia neste mundo;

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 —   Alemão e Junior no Rio, acho eu, tem um Loco e Priscilaem Porto Alegre, você escreveu sobre os dois, bem esperto, as pessoas acham que são fictícios, tem o Quinzinho em Santos, que parece ser um ser mais violento que Loco, e parece que tem uma talde Zé do Buraco no Mato Grosso, dizem serem estes os cabeçasdesta facção que a policia chama de Narco-Empresários!

 —  Bem inteirada para alguém que não faz parte? —  Sempre quis entrar no esquema, mas parecem sempre nada

confortáveis quando chego por perto, agora entendo, quem vai mexercom a filha de Loco!

 —  Não deveria falar isto para você ainda, mas qualquer coisaos mato, mas Zé do Buraco, Alemão do Rio, Loco de Porto Alegre,Quinzinho, são apenas uma pessoa, e não existe esta facção chamada Narco-Empresários, muitas vezes uso estas historias, se olharem everem só uma pessoa, podem querer me matar, mas por outro lado,existem pessoas como Priscila, Junior, Negão na baixada, Caio nagrande São Paulo, Junior é um filho de criação, Priscila alguém quenão consegui afastar, Negão um Nacionalistas extremista, e Caio o

mais calmo dos seres, aquele que quando explode, todos tem medo, acalma dele é tão grande, que a fúria dele, não deixa rastros! —  Esta a me dizer que alguns personagens são ficção? —  Sim, mas somos uma grande família, e cada um defende o

outro, assim continuamos! —  Mas então esta realmente me dizendo que é mais do que um

traficante local?

 —  Menina, se quer tocar as coisas, tem de aprender Castelhano,Russo, Japonês, e Mandarim, não considero o português, pois estesabe se virar!

 —  Sempre me disseram para aprender o Inglês? —  Estados Unidos é área de Priscila, não nossa, então os deixa

de fora! —  Quem é esta Priscila?

 —  Alguém complicada, muito complicada!

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 —  Pelo jeito tem muitas historias a contar? —   Sim, e algumas que nunca contaria se não tivessem me

convidado a ser, algo que quero experimentar!

 —  Aquele papo de candidato, o que pretende agora? —  Karoline, fui convidado ontem a ser candidato a governador,

estou começando a pensar nisto, hoje apoio tanto o atual governador,como o atual presidente, com estrutura, um dia iriam olhar para oempresário, já que esta é a parte aparente, a parte que todos veem!

 —  Vai sair ao governo do estado? –  Fátima; —  Provavelmente sim, mas ainda é uma suposição!

 —  E acha que ganha? –  Márcia; —  Acho que tenho chance, sabe que as coisas são complicadas

em política! —   E por que agora, não esta chamando muita atenção para

você? –  Karoline; —  Sim, mas a muito que alguns me vigiam e não terei como

fugir, e isto é projeto para 5 anos, mas com calma chego lá!

As conversas se arrastam e estava a marcar 4 da manha, quandoJJ se despediu e saiu, sem olhar para trás e ficou a pensar, o quefaria;

Dirigiu para casa em uma cidade aparentemente dorminhoca, poucas pessoas a rua, poucas coisas tiravam o charme de uma cidadeas 4 da manha, viu muitas, todas elas, por mais que quisessem, eramoutras na madrugada, chegou em casa, e foi ao banho, estava a tomar

 banho e pensar, pensou com sigo mesmo, ―Agora, Londrina!‖; 

 —  § —  

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 —  § —  

Amanheceu e JJ estava a cama, abriu os olhos e viu Rosa aoseu lado, a puxou para ele, e os dois rolaram um pouco sobre a cama,e sobre o sorriso dos dois JJ perguntou;

 —  Preparada para um dia de política? —  Preciso ir? —  Gostaria muito, às vezes me cinto mais forte, quando em sua

 presença! —  Aonde vamos? —  Começamos por Maringá, depois Umuarama, depois Foz e

Guairá, e terminamos o dia em Londrina! —  Precisa mesmo de tudo isto? —  Na verdade não precisaria, mas quero saber se minhas idéias

são malucas, ou uma divagação!

 —  Como assim? —   Estava a reparar que independente do candidato, elegeriaalguém no Paraná, e quero ver se isto é real!

 —  Não entendi? —  Ainda uma idéia, quando voltarmos, de férias, talvez a idéia

seja real! —  Esta alimentando uma idéia, mas sabe que não querem você

dizendo que vai indicar o candidato, e sim, lhe querem comocandidato! —  Rosa, se fosse do Rio Grande, o PT me apoiaria na eleição a

governo, se fosse baiano, os Democratas me apoiaria paraGovernador, e se fosse Carioca, teria a coligação mais maluca meapoiando, estão me oferecendo por que sou daqui, mas não querdizer, que não posso eleger os governadores destes lugares!

 —   Não quer ir sozinho a luta, bem sua cara, põem todas as pedras a mesa, e faz sua jogada!

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 —  Sabe que muitos falam isto, acho que vou aprender a jogarmelhor!

 —  Por quê?

JJ puxa a moça a altura dos lábios e a beija; —  Perdi tantas partidas para você, que quero tirar o atraso!Rosa sorri, e o beija e depois dos dois levantarem-se pergunta; —  Como foi ontem? —  Complicado, é um caminho sem volta, e dos mais arriscados

de minha vida, sabe quando você vê o monstro que lida dentro devocê, em outra pessoa, e não tem jeito, ter de encarar!

 —  Do que esta falando? —   Karoline, é dos seres mais complicados que conheço, tem

 passagens na policia, tem envolvimento com o trafico, tem aganância de alguns, acha correto usar todos os meios para conseguiro que se quer, não se preocupa se alguém vai se machucar, semprevisando dinheiro!

 —  Achou alguém a altura?

 —  Alguém complicada, não a altura! —  Certo, e sabe o que vai fazer? —   Vou separar uma leva de empresas, e vou por no controle

dela! —  Tá maluco, esta dando as coisas assim? —   Rosa, quanto você gasta por dia, naqueles dias que você

acha que gastou muito? —  Não sei, não sou de grandes gastos! —   Tenho uma estrutura que para rodar diariamente me custa

mais de 2 bilhões de dólares, isto diariamente, por mais que nãogaste nada, isto me custaria, e para fazer efeito nesta maquina, teriade lhe passar muito, mas muito mesmo, do que tenho!

 —  E não pretende fazer isto? —  Não, não tenho uma única filha, e não posso dizer que não

venhamos a ter os nossos!

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Mulheres

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 —  Engraçadinho, quem disse que quero ter um filho seu? —   Não quer? Pensei que fosse uma das nossas arrestas a

aparar!

 —  Não sei se quero, sei que nunca quis ter filhos, mas já temdois, eu tenho uma, então vamos por enquanto no caminho delas! —   Certo, mas saiba que te amo, estas filhas são anteriores a

qualquer coisa, entre nós, mas sabe que poderia ter deixado unsfilhos no meio do caminho, seria um complexo de brigas que parariaalguns países quando morresse!

 —  Só você, pensando em se divertir com sua morte!

 —  Brincadeira, ainda vou viver mais que vocês! —  Vamos por acaso ver Daniele nesta viagem a Londrina? —  Sim! —  Eu vou com você, agora entendo por que me quer por perto!JJ sorri, e os dois saem em direção ao aeroporto, que ficava a

10 minutos de carro da casa, logo ali no Bacacheri, e pegou um aviãoe voou em direção a Maringá;

Foi uma reunião política e empresarial atrás da outra,almoçaram em Guairá, e a conversa em Foz foi quente, o PMDB delá, não gostou da idéia, algo como o de Agudos, mas no fim, JJescorregou, não era candidato ainda, mas já sabia onde cortar arrestasantes de se lançar, estavam no inicio da noite começando umareunião política no Bristol na rua Goiás, em Londrina, não era darede, mas JJ estava a ter de ceder um pouco e fazer acordos, estava aolhar o andamento das conversas, e vê que muitos dos presentes,estavam ligados a empresas e eleições do passado, não tivera aabrangência que queria, mas como era de esperar, fora algo muitorápido, os deputados de Brasília falaria a parte dentro de umassemanas, na capital, os presentes se mostraram animados e aconversa foi de apoio e estrutura, mas JJ recua sempre que semostram entusiasmados, e se põe como um pré-candidato, não queriaqueimar as coisas assim;

Estava ele e Rosa a despedir-se dos dois, quando para ao seulado um casal, Ricardo e a esposa, JJ olha para Rosa e fala;

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 —  Danielle, Ricardo, esta é Rosa, minha atual esposa!Dani mediu Rosa de cima a baixo, duas vidas não explicariam

os pensamentos daqueles segundos que as duas se olharam e Ricardo

falou; —  JJ há quanto tempo? —   Muito, já não venho toda a semana, mas como estão as

coisas na Girassol? —  Bem, sabe que Fabiana esta tocando a empresa agora? —   Não sabia, bom para vocês dois, podem viver um pouco

mais!

 —  E vocês dois, vão ficar na cidade? —   Não sei, tenho uma reunião amanha logo cedo em Pato

Branco! —  Mas janta com a gente? —  Estávamos pensando... —   Eu insisto, não vem todo dia a nossa cidade, tem de pelo

menos que conversar com os sócios!

 —  Certo, mas onde? —  Não sei, você que é bom nisto? —  Ricardo a cidade é sua especialidade! —  Então tá, me segue! —  Para onde? —  Na Santos Dumont, tem um bom churrasco!

 —  Certo, o Costela de Brasa ainda esta lá? —  Sim, disse que você é bom nisto!JJ estava querendo sair pela tangente, mas não teve como

recusar e foram ao restaurante, tinha mais a cara de JJ do que deRicardo, por ele iriam para o restaurante do Bourbon, mas então nemreclamou muito, estavam a falar de futilidades a mesa, era obvio odesconforto de JJ e de Dani a mesa, mas Ricardo insistia em lhescolocar na conversa, e após duas cervejas, JJ se soltou um pouco, equando Ricardo foi ao banheiro, perguntou;

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 —  Como esta sua filha, Dani! —  Esta bem, pensei que não perguntaria? —   E como estão as coisas, Ricardo sempre me esconde os

detalhes piores! —  Ela esta administrando bem, mas sabe que vai precisar de

ajuda aqui? —  Ajuda? —  Sim, ela esta grávida, vai ser avo, sem ser pai! —  Verdade, mas esta tudo bem, ela vai casar, ou não? —  Ela disse que sim, mas parece que esta sendo forçada a isto!

 —  Ricardo esta forçando? —   Não, esta sua filha não pensa pela razão, parece que não

quer se juntar a uma boa família, quer viver mais antes de casar! —  Lembra a mãe, e não o pai!Rosa viu que as palavras não eram amistosas, mas os dois se

davam bem, estranho ver alguém como aquela mulher, deveria termais em ouro no corpo, do que o valor do carro de JJ, vestido dos

caros, mulher de classe, mas com aqueles olhos azuis, estranho ver JJ perdido diante de alguém, mas a sensação era que um não tinha nadaa ver com o outro, e quando Ricardo chegou a mesa, JJ comentou;

 —  Vai ser avo e nem iria me contar? —   Verdade, mas Fabi quer lhe convidar para o casamento,

disse que iria lá pessoalmente, para não contar nada! —  E ela esta feliz? —  Parece que sim, mas como vão as coisas em Curitiba? —  Conheci ontem uma filha, que não sabia existir, de 22 anos! —  Tem uma filha de 22? –  Dani; —  Sim, mas ainda estou acostumando com a idéia! —   Bom saber, sabe que muitas vezes os seus sócios ficam

 preocupados com esta falta de herdeiro de sua parte!

 —  Mas a falta de herdeiro não muda o fato de as coisas nãoestarem em meu nome!

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 —   Verdade, sempre pensou nisto, mas como vão as coisas,dizem que esta pondo sangue novo na empresa!

 —  Sim, devo nomear na quinta, a nova presidente do grupo, e

devo montar um segundo grupo para minha filha tocar, e ainda pretendo começar outra do zero, a partir do fim das minhas férias! —  Pensei que estava parando? –  Dani; —  Se parar morro, sabe que às vezes a vida fica muito fácil, daí

criamos dificuldades, para tocar a vida! —  Prefiro as coisas fáceis, não sou como você JJ!A conversa estava boa, mas quando foram despedir-se Ricardo

insistiu para que ficassem em sua casa, JJ tentou recusar de todas asformas, Dani tentando dizer que não era uma boa idéia, mas não teve jeito, foram todos em direção à casa de Ricardo, e chegando lá, Rosaentendeu que JJ continha gastos, a comparação deveria ser com acasa de JJ, pois esta deveria ter mais de 3 mil metros quadrados,imensa, num terreno cuidado, jardim, lago, piscina, e quando depoisde algum tempo jogando conversa fora, na sala de estar, JJ e Rosasobem a um dos quartos de hospede, e Rosa olha assustada, torneira

de ouro, quadros caros, tapetes caros, tudo impecável, o quarto dehospedes deveria ter o tamanho de sua casa em Tijucas, e falou;

 —  Tudo isto vai ser de sua filha? —  Já é, mas para mim é exagero, não preciso de tapete persa e

torneiras banhadas a ouro para viver bem!Rosa viu JJ entrar no banho e depois de algum tempo, foi

 juntar-se a ele, de detalhes em granito italiano a vidros

ornamentados, Rosa registrou tudo, o beijou, sorriu, e falou; —  Já veio aqui com sua ex? —  Sim, Ricardo sempre se deu bem com Nádia, por isto, nunca

contei nada para ela referente a Dani! —  Então veio com sua ex neste quarto? —   Não, foi outro, mas para mim, parece tudo igual, a

companhia que faz o lugar, não o lugar que faz a companhia!

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 —  Sabe que te amo por isto, você tem pessoas de verdade aoseu lado, teve coragem de ter uma filha com uma mulher como Dani,mas também teve uma com uma Prostituta como Fátima, você temamigos como Ricardo, mas não trata mal os garçons de umrestaurante, tem pessoas como Kely em sua vida, e pessoas reaiscomo eu!

JJ sorri e a abraça e os dois curtem um pouco, o dia foi muitoagitado, política as vezes cansa, mas JJ estava só começando, seus planos só sua mente tinha, e tudo que estava a registrar, e fazer, parecia uma sequência de fatos, mas mesmo naquele lugar, JJconseguia ser ele, o lugar não mudava o rapaz, talvez Rosa ainda não

soubesse, mas ele já estivera em casas bem mais suntuosas, castelos,casas, coberturas, conhecia um mundo bem diferente do que as pessoas normais;

 —  § —  

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 —  § —  

Amanhecia Quarta feira e JJ vestiu-se e disse que iria descer

e foi a cozinha, lá pediu um café a empregada, e olhava a sala aolonge pensando no dia corrido que teria, enquanto tomava um café,estava preparando em sua cabeça o que falaria em Pato Branco, lá aforça do PDT havia voltado a tona, com dois bons nomes do partido,e sabia que precisava de acordos como eles, estava distante, quandoouviu;

 —  Joaquim, o que o traz aqui?

JJ olha para o local de onde a voz vinha, e se deparou comFabiana, uma mulher já, se via a pequena barriga, em uma mulher deum metro e setenta, cabelos escuros cacheados, os olhos da mãe,estava cada dia mais parecida com Dani;

 —  Bom dia! —  Não sabia que estava aqui, Nádia também veio? —  Não, me separei, vim como Rosa!

 —  Aquela caipira que falava? —  Não fale assim, ela é especial! —  Certo, mas se entenderam? —  Sim, e como vão as empresas? —  Parece que vão bem, enquanto a nova diretoria me deixar na

 presidência! —  E por que a tirariam da presidência? —   Não sei, rumores de mudanças acontecem, sempre que

falam de mudança de presidência! —  Kely não é mais que meu braço nesta historia! —  E como vai o coração, pensei que nunca o veria longe de

 Nádia? —  Eu também, mas estou bem!

 —  Certo, sabe que iria a Curitiba na semana que vem? —  Soube, mas esta feliz?

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 —   Posso ser sincera, me promete não contar nada a minhamãe?

 —  Fala menina?

 —  Não sei ainda se quero casar? —  Então por que marcou a data? —  Acho que foi mais por pressão de tudo, ninguém fala, mas

todos acham que deveria casar, mas não tenho certeza? —  E por que não? —  Não sei como falar? —  Fala! –  JJ se virou para ela olhando em seus olhos.

 —  O rapaz que vou casar não é o pai da criança! —  E como aconteceu isto? —   Joaquim, acho que me apaixonei quando estava noiva, e

rolou, e não sei o que fazer! —  Certo, mas por que não assume a paixão que sente? —  A vida não se faz somente de paixões?

 —  E do que se faz, menina! —  Estou a frente de uma das 100 maiores empresas do país, eMarco, o meu noivo é um caminho de segurança e estabilidade!

 —   Como se precisasse estabilidade e segurança, você esta afrente de uma das empresas que regerão a nação nos próximos 50anos, acha pouco, para assumir uma paixão!

 —  Na verdade se tivesse certeza não estaria falando com você!

 —  Menina, já fiz muita burrice na vida, mas nunca larguei umamor, por uma duvida, já me trocaram por uma insegurança, conheciontem uma filha, depois de 22 anos, e sei que se não fosse um pedreiro naquela época, seria diferente!

 —  Tem uma filha? —   Sim, mas a vida é feita de pequenos detalhes, não adianta

tentar escondê-los, pois paixões, aceleram, despedaçam e atrapalhama vida, mas principalmente quando não as assumimos!

 —  Você faria o que?

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Dani olha para a filha, e a mesma lhe pergunta diretamente,sem meias palavras;

 —  Então me diz mãe que JJ não é meu pai!

Dani não conseguiu falar uma palavra e naquele momento,entrou Ricardo todo sorrisos na cozinha de sua casa e falou; —  Tudo bem aqui?Fabi passa pelo pai e sobe em disparada, e Ricardo pergunta; —  O que ouve? —  Ela esta confusa, vai casar, e o filho não é do Marco!  –  Fala

JJ;

 —  O filho não é do Marco, então de quem é? —   Nem idéia, estava a conversar sobre isto, quando um

turbilhão de coisas aconteceu! –  JJ;Ricardo dá as costas para os dois, e sobe para falar com a filha,

Rosa estava a descer e viu primeiro a moça passar por ela, depoisRicardo, e desceu, sabia que JJ tinha falado de mais, embora jáestivesse segurando isto há muito tempo;

 Na cozinha Dani pergunta para JJ; —  Por que agora, estava tudo bem assim? —  Eu não iria falar nada, mas já que aconteceu, paciência!Rosa chega a cozinha e pergunta; —  Falou de mais?Os dois se olham, não precisava mais nada, o circo estava

armado, e as cartas à mesa;

Ricardo bate na porta e entra no quarto da filha, a olhaencolhida na cama, chega perto e passa a mão em seus cabelos;

 —  Tudo bem filha?A moça levanta o corpo e abraça o pai; —  As vezes a vida da gente dá reviravoltas pai, e não sabemos

o que fazer!

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 —  Fiquei sabendo que Marco não é o pai da criança, mas tudo bem, mas continua sendo um bom rapaz! Entendo a confusão! Querfalar filha?

 —  Não estou falando disto? —  Do que quer falar? —   Pai, às vezes pensamos que o mundo esta todo a nosso

favor, e de repente, tudo muda, paixões, amores, respeitos, tudodesaba, e ficamos sem chão!

 —  Estou aqui para lhe apoiar filha! —  Pai, como foi que conheceu minha mãe?

 —  Faz tempo, numa festa universitária, que ela foi convidada,mas não era do grupo, sua mãe tinha um sorriso especial, e mecativou logo de cara!

 —  E quando conheceu JJ? —  Não sei, era um dos amigos da mãe, dos poucos que ela não

convidou para nosso casamento, nunca entendi, mas o cara trabalhade mais, não sabe se divertir, mas deve ter sido no mesmo ano?

 —  E viraram amigos assim de cara? —  Não, o rapaz era muito pobre, o pessoal que andava comigo

o usavam como gozação, o cara nem carro tinha, as roupas eramtodas velhas, o pessoal achava ele nojento!

 —   Entendo, tiravam sarro dele, e mesmo assim ele semantivera perto?

 —  Até sua mãe e eu casar, daí, viemos para cá e por uns 9 anos

não o vi, quando o vi novamente já era outro homem, alguémrespeitado, com sua casa, já casado, recém casado, estava se fazendona vida e parecia crescer rapidamente!

 —  Então por 9 anos, nem soube onde ele estava, o que fazia? —  Filha, desculpa, hoje ele pode ser o empresário que é, mas

não tem berço! —  Quer dizer que mesmo o cara sendo o maior empresário do

estado, tendo escrito alguns best-sellers o considera um ninguém, pois não tem berço?

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 —  As pessoas sabem que ele não tem, não adianta ser famoso,ter dinheiro, a origem é algo que vai sempre pesar contra ele!

 —  Entendo pai, e se falar que quando minha mãe casou com o

senhor estava grávida, e não era do senhor! —  Da onde tirou esta maluquice? —  Dos acontecimentos! —  Mas que acontecimentos? —  Do medo que JJ tem de mim, da forma com que se manteve

 perto mesmo sendo humilhado, da gana de acontecimentos quenorteiam minha vida, como ele ter intercedido para minha bolsa em

Sorbone, ter salvo a empresa quando estava falida, mantendo quem afaliu na presidência, o medo que a mãe tem de me ver falando comele!

 —  Sua mãe disse isto? —  Não, ela nunca falaria, mas não teve coragem de negar!Ricardo deixa o sorriso e levanta-se e brada; —  Esta a me dizer que sua mãe me escondeu que você é filha

daquele bastardo! —  Sim!Ricardo desce as escadas com uma raiva em seu interior, e

quando estava a chegar a cozinha JJ levantou-se e ia falar, quandosentiu um soco que lhe abriu o supercílio e visivelmente começou ainchar, JJ não falou mais nada, deu dois passos atrás, para não levaroutro soco, virou-se para Rosa e falou;

 —  Vamos! Não temos mais nada a fazer aqui!Rosa ficou assustada, Ricardo puxou JJ e lhe ia dar outro soco,

mas viu uma lagrima em seu olho e recuou, JJ pensa, se valia falar,saiu sem olhar para trás, o veiculo alugado estava a porta, e adentrouele e quando já na avenida Santos Dumont estacionou o carro e tirouo cinto e saiu para fora, chutando as pedras da rodovia, e falou;

 —  Dirige, não estou conseguindo!

Rosa assumiu o volante, e na entrada do aeroporto, pararam emuma farmácia, JJ vez um curativo, e tomou um calmante, sua pressão

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 —  Loco esta de volta! —  Quem? —   Assim que o chamavam os meus amigos, em Curitiba, ele

tinha a cara do Loco das revistas do Mauricio, e tinha atos assim bemmalucos! —  Ele já estava afastado, tocamos as empresas, agora seremos

nós que vamos dar as cartas, já que não quer ficar por perto! —  Esta reagindo melhor que eu a isto, filha! —   Pai, estava com medo de perder a presidência com esta

mudança de rumo, agora, posso ser a presidente, mas terei de falar

com alguém antes! —   Ele lhe força o caminho, mesmo saindo, acha certo fazer

isto? —  Pai, embora respeite o empresário JJ, agora entendo o que

ele fez, mas tudo isto, é por direito meu, não me deu nada que nãodevesse ser meu!

Ricardo viu que sua filha tinha mais a sua forma de pensar do

que a de JJ, jamais daria um por cento de nada, a ninguém, teria deacertar as coisas com Dani, mas isto ele faria com calma, a tempos osdois estavam meio afastados;

 —  § —  

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 —  § —  

JJ deixa Rosa em casa e vai a Incorporadora, Kely olha para

os olho de JJ, estava feio, bem roxo, e falou; —  O que aconteceu, não foi Junior? —  Não, deve ter visto que tirei a direção da Girassol de nossas

mãos? —  Reparei, não entendi, mas reparei! —  Fabiana e o pai acabaram de saber a verdade, e a resposta

esta bem visível! —  Ricardo é o marido de Dani? —  Sim!Kely chega perto e olha o estrago e fala; —  Esta feio, mas passa! —  Certo, como estão as coisas para amanha? —  Prontas, legalmente tudo pronto, mas temos um problema!

 —  Sim! —  Tem uma moça ai fora lhe querendo falar! —  Karoline? —  Sim, quem é?JJ sorri e fala; —  Minha outra filha, pelo jeito vou mudar muito as coisas, mas

Kely, a quero a frente de tudo, o que falar para ela, não leve tão a

serio, a moça não tem noção do tamanho da encrenca que tens amão!

 —  Pelo jeito resolveu por as filhas no mundo, mas só você paraas por no mundo com mais de 20!

 —   Esta parte é complicada, pretendo Kely, unificar algumasempresas que não fazem parte do grupo, uma leva de pequenasempresas, deve ter umas 72, inicialmente, e quero ver o que ela

consegue fazer, mas queria que a ajudasse se fosse possível!

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 —  Parece alguém estranha, as vezes parece querer se fazer dedona, outras horas fica a observar tudo!

 —   Normal, até antes de ontem não sabia que tinha um pai,

agora apareço na vida dela! —  Verdade, embora saiba que você vai tentar ajudar, sei que amenina vai carregar um peso e tanto nas costas!

 —  Outra coisa, depois temos de marcar uma reunião e lhe por a par dos meus planos, não que vá tocar as coisas, mas quero que fiquede olho para mim!

 —  Problemas manda, pior do que os da manha, só mesmo os da

tarde! —  Tá pesado, eu dou um jeito de aliviar? —  J, se você pode, tenho que conseguir! —  Certo, sabe que depois vamos conversar agora, gostaria que

só me desse o tempo para chegar a minha sala, e manda Mariamandar a menina para lá!

 —  Certo!

JJ sai da sala e se direciona a sua olhando para os demais,sentira que alguns mudaram com ele a partir do momento que asconversas diziam que JJ estava se afastando, muitos ainda ocumprimentavam, mas alguns, achando que a empresa estavamudando de mão, deixaram de o cumprimentar, JJ ria por dentro,mas sabia bem de quem esperar algo, e de quem nada esperar;

JJ abre seu computador pessoal e acessa o sistema de câmeras,depois o sistema da empresa, e muitas coisas, estava a atualizardados, e dispor dos detalhes da mudança de direção da Girassol;

 —  § —  

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 —  § —  

Entra em sua sala e minutos depois a filha entra, JJ a olha, pode ter tido duas meninas, mas caprichara nos dois modelos, sorri, ea moça olha o olho do senhor a frente, era difícil ainda ver ele como pai, mas estava lá, e isto mesmo estranho aos dois, era um começo;

 —  Sente-se filha! —  Boa Tarde, o que foi isto ao olho? —   As vezes temos de por os pratos a mesa, e isto as vezes

acaba assim! —  Pensei que ninguém lhe atingia! —  Este mereci, demorei mais de 24 anos para levá-lo, isto que

é a minha forma de se precaver dos atos! —  Certo, vim, o que pretende fazer? —   Estava a passar as instruções para os advogados, e vou

unificar umas empresas, que não fazem parte da JJ Incorporadora, eas por sobre sua direção, mas antes, queria que aprendesse aqui na JJcomo administrar algo assim, pois um dia, parte disto será seu,embora apenas uma parte!

 —  Sempre tive curiosidade, tenho algum irmão? —  Não, uma irmã, pelo que sei, mas esta descobriu ontem que

era seu pai! —  Foi o pai dela que lhe deu este soco?

 —  Sim! —  Espero que não tenha de fazer de conta que gosto dela, nema conheço!

 —  Não se preocupe, é de um mundo que nem a mim pertence! —  Pelo jeito tem mais problemas do que as pessoas veem? —  Filha, fui a Londrina e falei de mais, então, alguém deduziu,

não tenho como dizer que não queria falar, mas também não estou

feliz em ter de passar a ela o que seria dela, quando morresse, as

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vezes criamos as cobras, e esquecemos que mesmo no confinamentoe as tirando o veneno, ainda dão o bote!

 —  Você fala tão friamente de sua filha, não gosta dela?

 —  Gosto, mas não me trás boas recordações! —   Certo, sabe que não sou de meias palavras, se tiver de

encarar encaro, mas você disse que tinha algo que poderia me mudara vida, espero que não seja trocado!

 —   Dinheiro, isto é fácil, o problema e o manter, é encarar avida de frente, sei que a mesma lhe deu algumas rasteiras, masquando digo que espero que aprenda, pois estou criando uma

empresa para que você dirija, não sei o que seria um bom salário paraquando achar que pode tocar as empresas? —   Ouvi dizer que sempre faz esta pergunta, mas não quero

trocado, no mínimo uns 10 mil para tocar a empresa! —  E acha que consegue? —  Não sei, mas pagaria este preço? —  Tenho de ver, mas é possível chegar a isto, mas vai ter de

suar! —  Pode não parecer mais sei trabalhar, e sei dar duro! —   Certo, estou montando uma leva de empresas, um capital

 bom, e que pode ser o começo de um grande império, um novo, estouestruturando e unificando mais de 70 empresas, e estas estarão sobreseu comando num grupo chamado Brasil Empreendimentos, seconseguir vamos começar a falar de assuntos que não pronuncio aquidentro, aqui não se fala em Loco, e nada disto!

 —  Entendi, aqui é a parte legal, ninguém sabe do restante? —  Não, aqui é a empresa que vai me levar a governador, lá a

que pode me tirar a vida, ou a eleição! —  Certo, mas o que são estas empresas? —  O que conhece dos ramos de diversão? —  Fala de Danceterias, e coisas assim?

 —  Pode ser, pouca coisa de danceteria entraria nesta empresa,as grandes ainda vão ficar na JJ, mas temos de parques temáticos,

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estou construindo um segundo, falamos de parques itinerantes, 6circos, quatro grupos de casas noturnas, cinemas, teatros, casas dechá, cafeterias e motéis!

 —  Esta dizendo que tem investimentos em todas estas áreas? —  Menina, tenho na cidade, 6 motéis, no país, são mais de 480,e nada disto faz parte da JJ!

 —  Certo, esta querendo unificar as empresas assim, mas daí dámais que 70 empresas!

 —  Não, os Motéis, são uma única empresa, filiais da mesma,tenho 62 casas noturnas, mas somam 3 empresas, aparentemente são

concorrentes entre si, mas isto, apenas os administradores sabem quenão! —  E quanto vai girar nestas empresas em capital? —   Isto não somei ainda, mas podemos ver com calma, já que

vamos somar um a um no grupo, sei que depois de montada, serámaior que a Girassol!

 —  O que é Girassol?

 —  A empresa que minha outra filha, toca! —  Vamos concorrer em algo? —  Não, mas vai ajudar a entender e falar outras línguas, como

ela! —   Certo, pelo jeito mais sedo ou mais tarde, vou cruzar com

ela, como se chama minha meia irmã! —   Fabiana, mas ela nem me considera seu pai, então não se

 preocupe com isto ainda! —  Certo, mas é bom saber! —  Outra coisa, enquanto fazemos a unificação da empresa, vai

trabalhar junto da presidência da JJ para aprender! —  E qual o nome do presidente? —   A presidente, se chama Kely, cuidado, a tenho em mais

consideração que muitas pessoas!

 —  Entendi, não mecho com ela, mas por que uma mulher?

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 —  Por que tem de ser alguém que confie, cegamente! —  Não confio em ninguém cegamente! —  Nisto talvez sejamos muito diferentes, sei em quem confiar,

e sei a quem dar minhas costas, foi-se o tempo que não dava ascostas a ninguém!Os dois conversam, depois de um tempo, vão a sala da

 presidência, e lá encontram Kely, apresenta as duas, e fala; —  Esta pronta? —  Tenho de estar, esta tudo ajeitado para as 5 da tarde, espero

que consiga!

 —  Vai conseguir, os holofotes vão se virar para todos, e por umtempo, me permitirão descansar um pouco, sabe que hoje anuncio a presidência mudando de mãos, daqui a 20 dias, quando voltar, querodeclarar o reerguer da RR, naquele plano monumental, e dentro de 5anos, eleições!

 —  Vai mesmo a elas? —  Isto vamos ter de falar na volta, sabe que ainda não falamos

disto! —  Sinal que tem algo lhe perturbando!JJ olha para a filha e fala; —  Tem, mas quando em 20 dias, fundar a Brasil, na direção de

minha filha, a RR na direção da Roseli, vou anunciar os meus planos, para a minha empresa!

 —  Já sabe o que vai fazer?

 —   Sim, mas sabe que teremos muito trabalho, e se tudo dercerto, vamos revolucionar este país, em vários aspectos!

 —  Pelo jeito começou a pensar nos novos planos! —  Sim!Karoline olha para os dois falando, e fica a pensar, quem é

Roseli, que planos são estes, será que conseguiria administrar tudo,será que saberia transpor limites e tocar as coisas de Loco;

 —  § — 

 

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 —  § —  

A tarde se findava e JJ prepara a ida de Kely a presidente,

verifica as empresas que estava a unificar para a segunda filha, ficaranaquele momento a pensar em coisas bem distantes, ainda tinhacoisas a resolver em sua vida, pessoas a ver, corações a testar,amores a encarar, muito do que acontecera nos últimos dias, lhesurpreenderam, estava cansado, de tantas coisas a tocar, e vê otelefone celular tocar, e atende;

 —  Tudo bem Roberto?

 —  Boa Noite, poderíamos conversar um pouco? —  Até podemos, esta onde? —  Na BR Projetos! —   Tem uma confeitaria a frente do prédio, podemos nos

encontrar lá dentro de 15 minutos! —  Certo, o encontro lá!JJ desliga o celular, se despede dos demais e sai andando pelo

calçadão da Quinze de Novembro, e para em uma confeitaria, a DasFamílias, JJ gostava de ir lá, de vez em quando, pensou em trazerRosa qualquer dia, comer umas guloseimas, e senta-se a uma mesa, pede um café e espera por Roberto;

Estava a querer ver o que o moço iria lhe oferecer, fizera istovarias vezes na vida, vendo pessoas desafiadas a evoluir, surgiramidéias muito boas, idéias que estavam na hora de ter um novo mestre,

mesmo que as idéias fossem de JJ e viessem aparecer que não eram;Roberto entra na confeitaria, olha para o senhor sentado, que

 pergunta; —  Toma alguma coisa? —  Nada, podemos conversar! —  Sim, vim para isto! —   Às vezes não lhe entendo, sei que tem grandes projetos, e

me dá atenção nesta hora!

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 —  No futuro entendera, no futuro! Mas o que tem a me propor? —  Quem disse que tenho algo a propor? —   Ninguém, mas esperava que tivesse, não tenho tempo a

 perder! —  Certo, estive falando com as pessoas, entre elas minha irmã,

e uns amigos da faculdade, e me veio uma idéia a mente, e precisavasaber se teria interesse em financiar!

 —  Se der dinheiro, por que não! —   Pensei em montar uma empresa de pesquisa, com

 programação e estatísticas, capazes de lhe dar os índices de pesquisa

e de rejeição, capaz de lhe apontar o que os eleitores querem, e o queeles não querem, de forma a montar uma plataforma de campanha! —  Certo, mas isto já existe, o que teria de diferencial!Roberto vê a dureza, não era fácil falar, ainda mais, para

alguém que não lhe parecia dar a atenção, às vezes parecia que nem oouvia;

 —  A idéia me veio falando com um amigo, as empresas, muitas

vezes estão a caminhar num caminho agradável, e olhando para osnúmeros, a satisfação do cliente, pensam estar em um caminhogarantido, e 6 meses depois fecham a porta, pois o mercado seextingue, hoje muitos produtos tem uma vida tão rápida, que não hácondição de se iludir com elas, mas tem mercados que são maisdifíceis, e também se modifica os produtos e alguns proprietários nãose apercebem disto!

JJ pela primeira vez olha para Roberto, não queria parecer

interessado, mas não queria tirar a esperança do rapaz e falou; —  Certo, a idéia me interessa, me faz um levantamento, e me

apresenta a idéia mais elaborada, se for lucrativa, eu apoio!Roberto estranhou, para quem não parecia interessado, foi uma

abertura, mas também sabia dos problemas de demonstrar alucratividade, mas ficou a pensar, sobre o que estava a acontecer,algo o senhor viu de lucrativo, agora ele teria de ver;

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Os dois tomaram um café após isto e quando Roberto irialevantar-se, JJ fala;

 —  Poderia lhe fazer uma pergunta?

Roberto olha para o senhor; —  Sim! —  O que sente por Kely? —  Estranho, quando penso que vai falar de negócios, faz uma

 pergunta destas! —   Já lhe disse que a amo como uma amiga, não a quero ver

sofrer, e preciso saber!

 —  Às vezes queria ser sincero com o que sinto! —  E por que não é? —  É muito mesquinho! —  O que sente é mesquinho? —   Não, mas pense, eu descobri que a amava, quando ela me

colocou para correr, antes, ficava achando que poderia a usar e medar bem, quando ela deixou de me amar, descobri que a amo!

 —   Corajoso admitir isto, sabe sempre estranhei esta atraçãodela por você, desde os tempos da faculdade!

 —  Por muitas vezes achei que ela tinha algo com você, todosos rapazes falavam isto, mas ela nunca falou de você, parecia guardar para ela!

 —  Roberto, sabe qual a diferença entre quem se dá bem e malna vida?

 —  Não! —  As pessoas que se dão bem, cercam-se de pessoas que ama e

admira, e as respeita, as pessoas que se dão mal, se cerca comqualquer um!

 —   Vocês parecem um só, quando ouso minha irmã falar, parece que pensam igual!

 —   Na verdade, conversamos muito, planejamos muito, sabe

que sempre tive um carinho muito grande por ela, coisa quase de um

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mestre, de alguém que aprende e ensina, não sei se o que sinto porKely é um amor de amigo, às vezes me sinto tão mais que isto, quaseum pai, mas como ela tem um pai, fico com ciúmes dele!

 —  Isto sim é coragem, sabe que às vezes, penso que vocês sãoum mar de surpresas, e parecem ter vivido muito, mas poucos sabemo que!

 —   Viver, acho que ainda não, mas vamos ainda fazer muito,em um ano, ela será a empresaria do ano, em 10 anos, a JJ será amaior empresa do país, e junto com a Brasil, a Girassol e aReciclando, serão um grupo que se juntarmos, será a maior empresado mundo, não estou pensando pequeno, posso até não chegar lá,

mas projeto para isto! —  E a quer a frente de tudo isto? —  Roberto, tenho outros planos, mas a Brasil, terei uma filha a

tocar, a Girassol, outra, Kely a tocar a JJ e eu a Reciclando, mas estassão as pontas do Iceberg, são muito mais empresas, muitas coisasainda tenho de resolver antes de começar dentro de 2 meses,estruturar a Reciclando!

 —  Vai mesmo recriar tudo? —  Não, vou somar, em todas as pontas!Os dois se despedem e JJ vai para casa, estava cansado, e

abraça Rosa, os dois ficam a conversar sobre o dia, e o dia queseguiu-se veio somando os ritmos e acontecimentos;

 — 

 § — 

 

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 —  § —  

Quinta;

JJ estava a chegar na incorporadora, e vai a sua sala, equando sentado lá, Maria bate a sua porta, e fala;

 —  JJ, posso incomodar? —  Fala Maria! —  Tem um senhor a querer lhe falar? —  Quem?

 —  Ricardo da Girassol! —  Manda ele entrar, falo com ele!Ricardo estranhou quando a secretaria o indicou o caminho

 para a sala de JJ e o mesmo estava a fazer as ultimas anotações, edepois de olhar os arquivos, olhou para Ricardo;

 —  Entre!Ricardo entrou e viu que JJ havia dado 3 pontos no olho, e que

estava ainda inchado, sentou-se já falando; —  Preciso lhe falar! —  Fala! —   Não queria deixar a impressão errada, sei que agi por

impulso, mas a raiva foi grande no momento! —  Isto entendo, o que mais! –  Fala JJ bem imparcial; —  JJ, sei que não tenho como pedir isto, mas já que sei que é

de direito da menina, não pode a deixar apenas com o que deu a ela! —  Certo, mas quando morrer ela terá a parte dela! —   Não falo disto, sabe que sempre fomos amigos, não pode

deixar ela desprovida de recursos, sei que sempre injetou dinheironas empresas!

 —  O que ela acha disto? —   Não sabe que estou aqui, veio a cidade, para a posse de

Kely, mesmo ela querendo não vir, sabe que a moça, vai ter váriosnegócios em conjunto com a moça!

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 —   Certo, então vou por em palavras que nunca pus, Ricardo,você nunca me achou a altura de ser seu amigo, ser seu sócio,frequentar os lugares que você frequenta, me acha da ralé, é isto quevocê fala a todos, então, não me venha com papo de amigo, não pretendia que a menina soubesse, mas já que soube, já é grandinha para se cuidar sozinha!

 —   Não fale assim, sabe que sempre o tive em grandeconsideração!

 —  Ricardo, sabe o que me chateia, é que sei que Dani lhe ama,mesmo sendo um traste, mas gosto não se discute, seus amigos,aqueles babacas que achavam-se o máximo, todos comem em minhas

mãos hoje, mas assim como você, ainda se acham a elite, isto éracismo social, mas não dá para culpar alguém tão inculto comovocê!

 —  Vim propor paz e esta me ofendendo! —  Ricardo, deixei descontar a raiva, mas se fizer de novo, sabe

o que lhe acontece, não facilita, sei que Fabi vai se afastar um tempoda direção da empresa, mas ficarei de olho, se puser as mangas de

fora, toro não só as mangas! —   Pelo jeito ainda esta chateado, volto outro dia para

conversarmos! —   Estarei em outro endereço, mas é só perguntar para a

secretaria que ela lhe explica onde é!Ricardo se levanta e sai, embora sempre tratara JJ bem pela

frente, falara a vida inteira mal do senhor as costas, agora, pelo jeito

as coisas mudariam, o senhor não tinha mais o que esconder, e se poracaso tivesse dificuldades, não sabe se ele socorreria, a vida as vezesfora fácil, principalmente com a JJ gerindo muito da empresa, eolha para a porta da antiga sala de JJ e vê o nome da atual presidente, por vezes parecia que seria um golpe de marketing, mas agora lhe parecia outra coisa;

JJ para e começa a pensar, o dia já começara com peças forados lugares, que deveriam estar, e fica a pensar nas coisas quesucederiam naquele dia;

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Tocou a parte da manha na Incorporadora, sabia que estava adesviar por um momento a atenção do banco, mas precisava naquelemomento, estava a sentir fome, quando o seu celular toca novamente,estava numa leva de colocações políticas, colocações pessoais, no banco e nas empresas, muita coisa, de uma só vez;

Marcou com Roberto para almoçarem e começa a se preparar para sair quando a secretaria lhe passa o recado de que tem umamoça querendo lhe falar, e pede para entrar, e o senhor vê adentrar a porta, Fabiana;

 —  JJ, precisamos conversar! —  Sim! —  Queria deixar umas coisas bem exatas!JJ não fala, seria mais difícil do que ficar quieto, e a moça

voltou a falar; —   Queria lhe dizer que para mim, meu pai continua sento

Ricardo, que não considero que tenha me dado mais do que seriameu, queria que soubesse que a mãe esta preocupada, pois acha quenão darei conta, mas sei que dou conta, e queria que evitássemoslugares públicos junto, não pretendo lhe chamar de pai e nem pretendo mudar minha vida!

JJ viu que a moça afiou a língua para falar, achava que poderiamagoar aquele ser, não tinha noção de quem estava ali, e o senhorfala;

 —  Isto já sabia, algo que não saiba? —  Que mesmo tentando me jogar nos braços errados, vou casar

com Marcos! —  Menina, seu futuro, é você que faz, se quer assim, que seja! —  Não vai falar mais nada?JJ olha para a moça, ela foi lá para discutir, isto ele esperava, o

 pai dela não, mas falou no fim; —   Sim, vou manter Junior como seu sócio, até voltar do

resguardo, depois passo o resto da empresa para você, e que sejafeliz!

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 —  Então ainda é seu? —  Não, é dele, mas filhos, não são os que se gera, e sim os que

se cria, e nisto, ele é muito mais meu filho que você Fabiana, se acha

que vou tentar me aproximar, não pretendo, muito menos depois doque falou, me aproximei quando achei que precisava, mas já cresceu,quer casar, casa, quer torrar como o racista do seu pai, torra, querficar brava com sua mãe, fica, não me diz respeito!

 —  Certo, pensei que iria querer se meter em minha vida! —   Fabi, sempre estive mais perto que Ricardo, mas não vou

dizer que fui seu pai, pois não fui, não troquei suas fraudas, não ouviseu choro, não lhe balancei ao colo com cólica, não fiz nada além deolhar ao longe, sua mãe escolheu Ricardo, sejam felizes, o que vi,não é um mundo para mim, pois es uma princesa, e como seu pai dizsempre, entre os amigos, por mais que faça, nunca deixarei de ser umsapo!

 —  Nisto discordo dele, mas então estamos conversados! —  Sim! Neste momento entra na sala Karoline e Fabiana que não a

conhecia olha para a moça, e ouve a mesma falar; —  Pai, estava precisando de umas dicas! —  Pai? –  Fabiana;JJ não responde, não queria facilitar as coisas, sem querer ser

grosso, mas olha para a filha e fala; —  Tudo bem filha, já havíamos acabado aqui mesmo!

Fabiana pela primeira vez viu o quanto aquele ser, quandoqueria, era frio, pois fora lá para se dizer a parte, mas estava a frentede sua irmã, interrompeu esticando a mão para a moça;

 —  Prazer, Fabiana, sua irmã, por parte de pai!Karoline olha para a moça e fala; —  Desculpe a sinceridade, mas difícil ser sua irmã, por mais

que JJ insista nesta historia!

 —  Por que?

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 —  Este ser ai, não quer ter filhas, e sim administradoras, achoque a única filha dele, deve ser Kely, nós, uma herança genética, poisele precisa descansar, e se acha que ele nos dá algo, esta équerendo parar um pouco, como ele diz, não teria como torrar todo odinheiro que tem, mesmo que parasse e fechasse tudo, mas ele não éassim!

 —  Mas mesmo assim seriamos irmãs! —   Se soubesse minha vida, pelo que ouvi sobre você, não

repetiria isto, então não tente ser simpática, moça, tive uma criaçãosemelhante a Joaquim e sua mãe, em terras tristes e pobres,enfrentando os desafios da vida, vendendo o almoço para jantar, e as

vezes, mesmo assim dormindo com fome, não temos nada desemelhante, ou de parentesco!

Fabi olha que ali o negocio era mais rude, lembrou do que o paifalara, e se depara com o que ela mesmo havia falado sobre JJ, efala já saindo;

 —  Certo, melhor assim!JJ olha para a filha e fala; —  No que posso ajudar? —  O que quer a colocando assim a minha frente? —  Nada, se não tivesse entrado na sala, não teriam se visto! —  Mas ela sabia que eu existia? —  Sim, mas filha, Fabiana tem um pai, uma mãe, não é minha

filha, atravessei a vida da mãe dela, não dela!

 —  Certo, e o que ela veio fazer aqui? —  Dizer que para ela não muda nada, que não é para que meaproxime, não quer assim!

 —  E falou assim? —   Falou, acha-se mais, mas sinceramente, prefiro a noite do

que o dia, o subúrbio aos bairros chiques, prefiro as pessoas aos bens, pode parecer diferente, mas é que não sou bom em recuar e ceder a

chantagens ou joguinhos de palavras e emoções!

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 —  Estava a falar com Kely, ela lhe ama, não sei como, mas temvocê acima de tudo, ela lhe ouve como um pai, um homem, umempresário, um religioso, parece acreditar mais em você quequalquer outra coisa, o que aconteceria se soubesse quem realmente évocê!

 —  Uma boa pergunta! —  Não tem medo de a perder? —  Medo, tenho, mas as vezes, melhor perder os demais a se

 perder no meio do caminho, fiz uma escolha errada a 16 anos, e oque consegui com isto? Fiquei longe de muitas pessoas que queriaestar ao lado, então, sei hoje que por mais que pareça estranho, prefiro magoar a deixar passar, estou aprendendo com isto!

 —  Acha que a moça vai mudar de idéia? —  Karol, por mais estranho que pareça, estive perto dela, como

estive de você, mas sem aparecer, um dia teria de acontecer, mas avida que ela vive, não me pertence, não tem nada a ver com a minha, prefiro que ela toque a vida e seja feliz!

 —   Isto não me convence, as palavras parecem ter umaconotação para se convencer do que falou!

JJ não fala nada, vê a moça a sua frente, estava falando com elecomo se lhe conhecesse e nem tinha idéia do que era sua vida, pormais que as pessoas, conhecessem a casca, a historia em si, era muitomaior;

 — 

 § — 

 

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 —  § —  

JJ liga para Roberto, se desculpa e vai a um restaurante ao

centro para comerem, não era algo normal JJ comer ao centro, mas precisava falar com o rapaz, e se encontraram para conversar, e oempresário olha para o rapaz, o cumprimenta e o mesmo começa aexplicar os planos, era bem interessante a idéia, mas depois daexplanação, JJ fala;

 —  Certo, então o que somaria nisto se já tivéssemos a estruturade Call Center?

 —   Fica mais fácil, teríamos de alocar pessoal para os planosestabelecidos! —  Certo, então quero que pare e pense, no que vou falar, Kely

não sabe disto, então é entre nós, mas pretendo criar uma estruturacomo você falou, capaz de prever os andamentos de consumo e detendências, tenho uma gráfica que podemos anexar, junto com duasempresas de publicidade e outra de editoração que tenho, umarevista, para expor os dados e as tendências, daremos credibilidade aesta revista, junto com isto, criaremos um Jornal, e este será paraao meio de tudo, jogar merda no ventilador, prefiro pessoas pensando, a pessoas seguindo uma idéia como cordeiro, junto comisto, tenho uma concessão de TV aberta e de 6 rádios, e pretendo que pense como unificar tudo isto!

O rapaz até aquele momento estava a tentar impressionar, maso pé lhe sumiu, olhou para o senhor e pensou nas possibilidades, uma

coisa era criar uma empresinha que geriria os próprios recursos,outra, uma empresa que tanto daria os caminhos, como poderiainduzir o caminho, e olhou para JJ e falou;

 —  Faz sempre isto? —  Sim, vi a cara de sua irmã na segunda, com a mesma feição! —  Mas por que eu?

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 —  Estou lhe dando uma chance, pode dar certo, se fizer certo, pode dar errado, e recomeçar mais tarde, por no armário a idéia denovo, e ressurgir dentro de algum tempo!

 —   Certo, mas pensei que montaria uma empresa de pequeno porte, esta a me propor uma empresa de comunicação, com radio,TV, Jornal e revista, mais uma empresa de opinião e de marketing,não é qualquer dia que se cria uma empresa assim!

 —  Acha que não consegue? —  Não disse isto, apenas não tenho dados a lhe apresentar! —  Então vou lhe passar alguns telefones, e alguns endereços,

veja o que temos, dois prédios, uma antena de TV, seis rádios, com 2retransmissoras, e ainda tenho o Call Center, a Editora e a Gráfica,então quando tiver tudo a mão, me apresenta uma idéia que de lucro!

 —  Certo!Os dois falam mais um pouco e Roberto vê o quanto aquele

empresário não sabia falar de trocados, falava de estrutura e deidéias, como se uma fizesse a outra, ficou pensando no queconversaram, o pessoal da BR projetos foi dispensado para a posseda nova presidente da JJ Incorporadora, e JJ e Roberto foram juntosao prédio da empresa, poucos viram os dois entrar, a atenção estavatoda voltada a Kely, e quando os dois chegam ao 8º andar, ondehavia o auditório, JJ passa o olhar, as pessoas começavam a darmuita atenção para Kely, pouco para ele, estavam a mostrar suasgarras, Roberto reparou nisto e ficou a observar o quanto aquelesenhor estava a testar a própria estrutura, viu-se políticos, repórteres,

empresários, parceiros, muita gente.Quando tudo estava começando os olhos de JJ cruzam com osde Karoline e Fabiana, viu algumas pessoas, e foi de encontro a Kely,a abraçou, estava meio perdida, e falou em seu ouvido;

 —  Calma, todos queriam ser você neste momento!Kely sorriu e os demais pensaram em mil coisas, as cabeças,

sempre inventam coisas, JJ estava sentando-se quando vê Rosa entrar

na sala e lhe sorri, lhe dando uma piscada, as pessoas foram seajeitando e JJ falou;

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 —  Bom dia amigos, vim hoje fazer historia, estou a passar a JJa frente, criar uma continuação, não estou pondo alguém qualquer nocomando, estou pondo a pessoa mais competente, podem não aconhecer, mas –  JJ apenas fica quieto por um momento, vendo entrarna sala uma moça, aquele rosto ele reconheceria em qualquer lugar, econtinua.  –  mas lhes garanto que estamos pondo as coisas em mãoscompetentes!

JJ volta a olhar para a moça, Kely acompanhou os olhos dosenhor, a figura era inegavelmente a capa do livro que lera estasemana novamente, Rosa olha para a moça e pensa em quem seria,mas viu que esta era das fortes, os braços torneados, os olhos fortes,

claros, aqueles cabelos negros, mas cacheados, e Kely fala para elamesmo, ―Priscila!‖ 

 —   Amigos, estou aqui para falar pouco, estou passando a presidência para Kely, que a partir de hoje, toca oficialmente a JJIncorporadora, estou também anunciando a total desvinculação daGirassol da JJ, agora sobre comando de Fabiana, aqui presente, eestou criando 3 novas empresas, uma que será gerida por minha filha,

Karoline, que tocara a Brasil Empreendimentos, estou recriando aRR construtora, agora com a estrutura de 3ª maior construtora do país, sobre administração de Roseli, também aqui presente, e estoucriando uma nova empresa que surgira dentro de anos, neste pais, aos poucos, chamada Reciclando, estou a unificar idéias novas nestanova empresa, mas isto, é assunto para o futuro, agora com vocês,Kely!

JJ fala e passa a palavra para Kely que olha para todos,

enquanto JJ olha para Rosa, ao lado de Priscila, e a mesma fala; —   Amigos, estou assumindo a presidência desta imensa

empresa, estamos aqui, para por sangue novo na empresa, estamoscrescendo, JJ me convidou a assumir a empresa em seu ponto demaior crescimento, e me deu uma meta, que vocês entenderão aos poucos como é complexa, crescer 600 por cento nos próximos 6anos, estamos falando em ter a mão a maior empresa nacional em 10

anos, e a maior do mundo em 12 anos, então estamos assumindo emcrescimento, e gostaria de lhes pedir muito esforço, para que

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 possamos crescer, gerar empregos, lucros e muitos sorrisos, gostariade agradecer a presença de vocês....

Enquanto Kely falava, Rosa chega ao lado de Priscila e fala;

 —  Quem vem a nos que consegue parar um discurso de JJ? —  Uma amiga, não se preocupe comigo, Rosa! —  Sabe quem sou eu? —  Sim, ele deixou claro ao mundo, que estava de esposa nova! —  Ainda não casamos! —  Sei disto, mas se unirão, ele fez o mesmo com Nádia, veio a

casar dois anos depois de a conhecer!

 —  Conheceu Nádia? —  Não, nunca viria enquanto ele era casado com ela! —  Mas quem é você? —  Priscila de Sena! —  A moça de Porto Alegre? —  Sim, já deve ter ouvido falar de mim!

 —  Mais do que gostaria de ouvir, mas pelo jeito veio olhar osacontecimentos! —  Vim falar com seu marido, e com Junior! —  Junior também esta aqui? —  Sim, aquele rapaz na ponta!  –  Fala olhando para Junior;  —  

Mas isto falamos dentro de alguns momentos! —  Ele deve estar curioso neste momento!

 —  Não, não esta! –  Priscila; —  Não, por que não? —  Não lhe falou que ele sabe ler lábios?Rosa olha para a moça e fala; —  Ainda não me acostumei a encarar o que ele me falou como

fato! —  E o que ele falou? —  Que teria de ir a Porto Alegre, para falar com você!

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 —  E por que não foi? —  Acha que iríamos onde, assim que saíssemos daqui! —  Acha que ele teria coragem?

 —  Sabe mais que eu que sim, ele não tem medo da morte, masde você, parece ter!

Priscila sorri, e a moça fica a olhar o fim do discurso, ecomenta;

 —  Repare, nestas horas, que se vê quem sabe quem é JJ e quemé funcionário ou sócio de algo sem expressão!

 —  Como?

 —   Kely esta cercada dos que nada representam, aqueles queseu marido manipula como peões em um tabuleiro, a filha dele esta bonita, pensei que não havia se entendido com ela ainda!

 —  A conhece? —  Sim, armamos um álibi para a menina a 2 anos, mas ela nem

imaginava quem eu era, e nem o pai dela, pelo jeito a vai trazer para perto!

 —  E o que a traz a Curitiba? —  Curiosidade, e um problema em Poa! —  Grave? —  Encontrei uma das irmãs de Junior! —  Renata? —  Não, Sonia, mas vamos com calma, ainda acho Renata! —  E o que tem de problema ai? —   Isto primeiro tenho de contar para JJ, que vai contar aos

demais, então calma!Rosa olha para a moça, Junior repara somente neste momento

que Priscila esta ali e chega perto e fala; —  Boa Tarde? —  Boa, já conhece Rosa, esposa de JJ?

 —  Não ainda, mas é um prazer!

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 —  Boa Tarde, pelo jeito hoje vou conhecer muita gente da vidade JJ?

 —  Espero não estarmos atrapalhando?

 —   Não! A festa é de Kely, não minha, mas ela hoje nem osnotara! —  Sena, o que a trás aqui, nunca aparece? —  Preciso falar com você é com Loco! —  Algum problema? —  Sim, ontem Toko voltou a por as mangas de fora, e tive que

reagir, teve muita gente ferida ontem em Porto Alegre, e tive de

assumir alguns pontos de Toko! —  E qual o problema, esta precisando de reforço? —   Não, é que quando estava a assumir os pontos de

 prostituição, Armandinho me falou de uma moça que estava tocandouma casa nas imediações da Av. Dona Teodora, quase na redeferroviária, e um nome me chamou a atenção!

 —  Não estou entendendo?

 —  A moça usava o apelido de Masinha!Junior olhou serio para Sena e perguntou; —  Achou Sonia, isto é uma boa noticia! —   Sim, mas vai ter um complicam-te, tenho de falar com JJ

antes! —  Complicam-te? —  Sim, uma complicam-te chamada Larisa! —  Não entendi, quem é Larisa? —  Já falamos! –  Fala Priscila olhando JJ chegar perto e falar; —  Isto sim é uma reunião de peso! –  JJ; —  Loco, preciso falar com você! –  Priscila; —  Fala! —  Em particular!

JJ viu que era algo que ela queria primeiro falar com ele,embora já tivesse dado muitas pistas aos demais, JJ falou;

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 —  Em minha sala, ainda tenho uma neste prédio!JJ pede um tempo aos dois e sobem ao 11º andar e adentra a

sala do senhor;

 —  Cresceu, não vinha a 2 anos a cidade! —  O que aconteceu?Priscila olha para o senhor a sua frente; —  Sabe que deveríamos evitar ao máximo tocar em assuntos do

 passado, mas você sempre me surpreende, pensei que nunca sesepararia, mas desta vez, escolheu alguém mais simples!

 —  O que quer Pri?

 —   O que quero não vai me dar, mas vim conversar, estava afalar para Junior que achei Sonia a trabalhar para Toko em PortoAlegre!

 —  Finalmente uma boa noticia! —   Em parte sim, ela pediu para não lhe contar algo a muito

tempo, mas chegou a hora de saber, e estou aqui! —  Fala!

 —  Ela tem uma filha de 3 anos, chamada Larisa, que diz sersua!

JJ senta-se e fala; —  Tem certeza disto? —   JJ, hoje em dia, não se diz mais que o pai é qualquer um,

sabe-se que um teste de DNA, comprova ou desmente rapidamenteas coisas!

 —  Certo, veio para isto? —  Na verdade estava curiosa para ver de perto esta Kely, sabe

que desta tenho ciúmes, Rosa é gente boa, mas não me faz temer! —  Ainda alimenta isto? —   Loco, você me largou a 18 anos, e parece que foi ontem,

quando separou-se, garanto que muitas pessoas se agitaram! —  Mas...

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 —   Sem mas, sabe que a muito me escondo nas asas deCarlinhos, e você, se escondia nas Asas de Nádia, mas estava a lheobservar, nos últimos dias!

 —  Andou me vigiando? —  Quem manda criar um sistema de controle, via satélite commais de 55 mil câmeras, você deve ser o cara que pode me dizer oque acontece em Moscou sem sair do escritório, então olhei!

 —  E o que viu?Priscila chega perto e olha para JJ e saca uma das automáticas

e encosta em seu rosto e fala;

 —   Esta ficando velho, mas para você esta fazendo bem, sabeque sempre disse que o mataria qualquer dia! —  Ouvi dizer! —  Mas sabe como quero lhe matar, ou não sabe!Loco sorri, e a moça termina; —  Se parar de se esconder, sabe onde me encontrar, um dia vai

ter de parar de fugir!

Loco chega bem perto, e os lábios estavam muito próximos,olhava a moça como aquela menina que conhecera aos 17 anos, emum destes dias de fúria e amor, de seu passado, a moça olhou aosolhos dele, e tentou se afastar, ainda estava com a arma em punho, eLoco a segurou pela cintura, e falou;

 —   Um dia volto a atravessar esta barreira, mas será quesobreviveríamos!

Priscila sorriu e falou; —   Talvez, mas como dizia um rapaz há muito tempo, o que

adianta viver muito, e nada fazer, melhor viver pouco, mas fazerhistoria!

JJ solta a cintura de Sena, e a mesma afasta-se e guarda a arma;Os dois estavam sempre tão longe um do outro, e ao mesmo

tempo, próximos de mais, para não saberem do outro, viver em um

mundo de câmeras e controles, permitia JJ saber onde a moça estava,mesmo que por sistema, em segundos, e isto, sempre o permitiu a

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sentir perto, mesmo estando um a mais de 700 km de distancia um dooutro, amores que JJ estava a abrir do seu passado, este o segundomais antigo, talvez o mais antigo dos ainda ativos, pois o que sentia por Dani, já não era nem atração;

 —  § —  

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 —  § —  

Os dois voltam ao salão  e os demais olham para o pequeno

grupo, Kely estava tentando administrar nomes e acontecimentos,eram muitos, enquanto via JJ ao longe, com aquela moça que sabiaquem era, a curiosidade as vezes a tirava atenção enquanto JJ voltaao grupo com Priscila e fala;

 —  Junior, me acompanha amanha a Porto Alegre? —  Sim! —  O que aconteceu? –  Rosa;

 —   Como disse, as coisas quando abrimos as portas, secomplicam!

 —  Explique? —  Priscila deve ter falado sobre uma filha de Sonia? —  Não! —  Não sentiu ainda a encrenca, vou ter de falar?  –  JJ;

 —  Sempre gosto de não lhe deixar a chance de dizer depois queentendi errado! –  Rosa;Priscila sorri, a moça estava aprendendo rápido; —   Certo, Junior, tive um deslize a mais de 4 anos, e agora

tenho de consertar isto, para quem não tinha nenhuma filha, vouterminar a semana com 3 meninas!

 —  Esta a dizer, que teve um caso com Sonia? –  Junior;

 —  Sim filho, sei que é difícil de explicar, mas tive! —  Foi por isto que Renata fugiu? —  Sim, e por isto que a procuro a mais de 4 anos! —   Agora entendo onde a coisa apertou, não sei se sabe

Alemão, mas Renata sempre foi muito mais apegada a você, que eu eSonia!

 —   Sei, acha que foi fácil, bancar o pai, de duas gêmeas,

atrevidas, e envolventes, muito mais depois que descobriram que nãoera de pedra!

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 —   Certo, depois vai ter de me explicar isto bem maiscalmamente, mas vamos lá amanha!

As conversas estavam a evoluir, Priscila e Junior saem, e Rosa

vê JJ meio perdido, se direcionar a um canto, ficou a entreter osdemais, aquele ser, poderia ter dito, que não queria filhos, massempre que descobria um novo, ficava aturdido, as pessoas nãoestavam mais prestando a atenção nele, embora alguns aindaconversassem, e Rosa quando viu Fabi chegar perto, ficou a observarao longe, outros olhos observavam, e Fabi pergunta;

 —  Algum problema JJ? —  Sim, mas nada que não consiga contornar! —  Parece que lhe dói afastar-se das empresas? —  Sim, mas as coisas em si, são assim, temos de evoluir!A moça havia bebido um pouco e falou; —  Pode parecer que estou sendo forte, mas me conhece! —  Eu, não, não lhe conheço, mas sei que se bater de frente, é

tão teimosa quanto sua mãe, e nisto, vocês se parecem!

 —  Ainda gosta dela? —   Não, é passado, mas tem gente bem mais real hoje, que

meche comigo! —  Brigou com Rosa? —  Não, descobri que fiz mais filhos do que sabia, e isto, sabe

como é, deixa as pessoas com ciúmes! —  Fala de Karoline, é este o nome dela?

 —  O nome é este, mas falava de Larisa, uma menina de 3 anos,que tive a bem menos tempo!

 —  Descobriu mais uma, pelo jeito vai começar a trabalhar maisainda, antes sem herdeiros já era um burro de carga!

 —   Nunca fui um burro de carga, embora alguns me definamassim!

 —  Certo, mas não descansa nunca!

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 —  Descansar, o que considera isto, ir par uma ilha no caribe, posso ir a uma, mas o que adianta ir lá e não me sentir bem lá, o queme adianta saber que estão bem, se nunca nem me permiti chegar perto, pelo menos descobri que não trabalhei em vão, vou deixar um patrimônio ao futuro, e isto é que me faz feliz, vocês queremaproveitar a vida, eu, quero deixar uma marca, o que adianta viver, enão deixar nada, que alguém lembre!

 —  E acha que os filhos são esta resposta? —  Não, vou deixar uma leva de 5 empresas, uma tem de resistir

a minha morte, preferia que as 5 fossem, mas sei que não depende demim, escrevi meus livros, estou reeditando o meu primeiro, e

também estou a terminar mais um, então posso dizer, que construí omundo que vivo, a imaginação de alguns, e pretendo agora fazer ahistoria do estado!

 —  Vai mesmo sair a governador!JJ sorri, se despede da moça, olha para Roberto e se direciona a

onde o menino estava, não vira mais Karoline na festa, e foiconversar, Kely acompanhava o andar das coisas, e enquanto os dois

falavam, Fabi chega perto de Rosa e fala; —  Não nos conhecemos direito, não tivemos chance! —  Fabi, não sou do seu mundo, não precisa me agradar! —  Por que todos estão tão agressivos! —   Fabiana, eu amo aquela criança em forma de um homem,

capaz de amar e matar com a mesma facilidade, de criar e de destruir,mesmo que lhe magoando, não gosto dele tentando entrar no mundo

de seu pai, um mundo de faz de conta, um mundo que não semantêm, mas como você pediu a ele, se manterá longe, eautomaticamente, todos que o amam!

 —  Quer defender ele, mas tem idéia do que é saber algo assim? —   Tenho, algo complicado, tinha um pai que se achava o

máximo, que tinha sangue nobre, família de casta avantajada, umsenhor nobre, especial, patético, e de repente, descobre que é filha do

sapo, e não do príncipe, mas este sapo, sabe muito bem onde vive,como vive, onde esta, e onde chegará!

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 —  Sei que não é o sapo, mas não tem berço! —   Verdade, esqueço que isto foi o que sempre falaram para

ele, lembro de uma vez lá em Tijucas, que ele falou, que havia falado

com você, e se referiu a mim, como aquela caipira, e ele riu, e tirousarro, mas estava brincando, vocês não, acreditam, mas não se preocupe, ele só não passou tudo para você ainda, pois não quer queRicardo torre tudo, pois senão já estaria no seu nome, mas enquantoo sapo já escreveu alguns Best-sellers, construiu uma empresa donada, toca uma profissão com toda a garra, tem gente, que só afundao que ganhou, e sabe, como ele sempre fala, são os mesmos macacos,mas uns tem a diferença de saber que são, outros acham ser macacos

de sangue azul! —  Rosa, não gosto da forma que estão falando de meu pai, ele

sempre tocou a empresa, sempre se dedicou, fez uma grandeadministração, e se afundou, foi por que se envolveu com parceiroserrados, mas isto, já consertamos!

 —  Fabiana, não estou querendo ofender o que não tenho comofazer, mas se vai ficar por perto para o fazer sofrer, se fazendo de

toda independente, toda autoconfiante, toda arrogante, prefiro pedirque se afaste, pois não gosto de o ver triste! —  Não sou assim! —  Não, estranho pois me pareceu isto, mas devo ter entendido

errado! —  Certo, mas ele deve ter contado como foi frio? —   Ele não contou nada, eu vi, esquece que este lugar tem

câmeras em todas as peças, que posso acessar tudo, de qualquerlugar, ele foi frio, ele é assim, mas esperava o que, se minha filha medissesse que não queria que me aproximasse, me mantinha longe, enão deixava os sentimentos falarem!

 —  As câmeras, esqueci, então acha que peguei pesado? —  Eu não acho nada, vocês que são parentes, distantes, que se

entendam!

 —  Mas qual a preocupação?

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 —  A minha, a felicidade dele, e sabe que esta sua frieza, sei dequem puxou, mas se acha que consegue tocar a empresa sozinha,nem deve saber o que os administradores daqui, tocavam daGirassol!

 —  Isto descobri na marra, mas dou um jeito! —  Então dê, não fique por perto, já vai ser difícil ele encarar a

mãe da menina, que descobriu ter hoje, e ainda terá a irmã dela, outracomplicação, tem Sena, tem Junior, e um amontoado de coisas aadministrar!

 —  Vi ele triste, mas não deveria estar alegre?

 —  Menina, se entendesse e soubesse das historias de JJ, saberiaque as coisas do passado vão o atropelar, deve ter visto uma moça,antes a falar com nos neste canto, já que não tirou os olhos daqui,aquela é uma das pessoas que podem me tirar JJ!

 —  Aquela moça que o fez quase se perder no discurso? —  Sim! —  E quem era?

 —  Não sei se já ouviu falar de Priscila de Fátima Sena? —  Não é uma personagem fictícia? —   Quem dera fosse, e quem dera, não fosse tão bonita, e

inteligente! —  E o que veio fazer aqui? —   Menina, acha que sabe quem é JJ, não tem idéia do que

aquele senhor é, talvez se tivesse coragem de perguntar para sua mãe

como foi a infância dela, teria idéia, uma coisa é ser rico a vidainteira, outra é ser um pivete de rua, ter uma mãe que tinha seusdefeitos, entre eles ter se envolvido com um senhor que tinha seusvícios, e acabar se viciando também, JJ viveu uma vida bemdiferente da minha, da sua, somente Junior sabe o quanto é sofrer,mas este é outro enigma que estou decifrando!

 —  Certo, acho que comecei errado, olho meu pai a fundo, e nãosei se conseguiria ser como ele, e também não sei se posso ser como

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 —  As câmeras, esquece o mundo de JJ, ele tem mais de 3 milcâmeras só no Paraná, em bares, restaurantes, empresas, e se umacoisa que não entendo, é como alguém pode, controlar tudo isto!

 —  Realmente não teria como! —  Mas o importante ele sabe, acha que você definiu o quantode sua vida, quem lhe convenceu em uma conversa informal a fazerAgronomia, pós em Marketing, conseguiu a bolsa de Sorbone,segurou as empresas de Ricardo, enquanto ele torrava tudo, quemvocê acha que fez isto?

 —  Não vou dar todo este credito a JJ!

 —  Não estava falando de JJ, pois sei que não foi, quem definiu,quem deu a vida para que fosse o melhor para você foi Dani, e nãoJJ, antes de conversar com você, sobre agronomia, Dani falou com JJsobre seu amor por este ramo, foi ela que ligou para Carla, que naépoca estava em Sorbone, para conseguir uma bolsa de estudos, foiSena, que saiu a pouco que falou sobre o estado das empresas de seu pai a mais de 8 anos, e ele foi socorrer!

 —  E como sabe disto? —   Ele me contou, se acha que seu pai não fala sobre você, é

 por que esqueceu das próprias conversas que teve com ele, menina,JJ fala tanto de você, que se duvidar, Kely, Tatiana, mesmo Priscilasabem mais de sua historia que seu pai!

 —   As mulheres de JJ, ouvi sempre dizer que ele sabia cercarquem amava, mas nunca me pus neste mundo, em partes naadolescência, até confundi isto, pensei que fugia de mim por outro

motivo, agora entendo todo aquele carinho, e todo o afastar dele! —  Menina, poucas pessoas conhecem seu pai, uma delas, é sua

mãe, sei que ele demorou muito para a esquecer, Priscila entrou navida dele, numa época que precisava a esquecer, e isto permitiuencarar a relação com Nádia, mas é só olhar, sua mãe a mais de 25anos, ele demorou 7 anos para se envolver com Priscila, mais um para Nádia, 12 anos depois para eu e Kely, 10 anos atrás Tatiana, 4nos atrás Sonia, a mãe de sua irmã mais nova!

 —  Verdade que ele tem uma menina de 3 anos?

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 —  Sim, mas o que ninguém vai perdoar não é isto! —  Tem coisa pior que isto? —  Fabi, Sonia tem 22 anos hoje, tinha 18 anos, quando os dois

se envolveram, então ele teve uma filha com uma moça que tem aidade de Karoline, sua filha! —  E acha isto normal? —   Não acho, mas tenho de aprender ou a conviver com o

 passado dele, ou o esquecer, sua mãe achou melhor o esquecer, eu prefiro conviver!

 —  § — 

 

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 —  § —  

JJ chega perto de Kely  e a pega pela mão, enquanto todos

olhavam, e a tira do tumultuo, lhe falando ao ouvido; —  Me acompanha?Ela sorriu e falou aos demais; —  Me desculpem, tenho algo a resolver!Os dois foram a sala de reuniões ao lado, e JJ sorriu, enquanto

todos os demais acompanharam o movimento, e quando já com a porta fechada, falou;

 —  Complicado? —  Sim, não conseguia mais respirar, é sempre assim? —  Não, raramente verá todos este juntos, mas tinha de o fazer

hoje! —  Obrigada por me tirar de lá um momento! —   Sabe que sempre lhe tive em consideração, mas preciso

dividir alguns planos com você e falar de outros que não falamosainda! —  Acha a melhor hora? —  Não, mas quer voltar para lá tão rápido assim? –  Sorri JJ;Kely olha para o empresário a sua frente, estivera na ultima

semana aprendendo coisas que nunca imaginou, e ficou a olhar acomplexidade, o dinamismo de uma empresa em mais de 150 países,que produz eletrônicos na China e na Coréia, produz do grão da soja,a fibra de carbono baseada na soja, faz de um Carro popular noBrasil a um todo requintado na Europa, a um personalizado na Índia,aquele empresário não era um construtor, era um visionário aos olhosdela, e pergunta;

 —  Quer falar sobre o que? —   Tem coisas que decidi, que não lhe falei, primeiro, estou

investindo em uma idéia de Roberto, quero ver se ele realmente lhe

quer impressionar!

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 —  Disse que não iria se meter? —  E não vou, mas quando alguém lhe apresenta uma idéia, e

esta se encaixa com algo que vou precisar em 5 anos, em aceleração

total, não consigo ignorar, tento ganhar com a idéia! —  E o que vai lhe por as mãos? —  Uma empresa de marketing, com pesquisa de opinião e que

me possa apontar mercados se extinguindo, e os em ascensão, mascomo toda empresa, vou a tirar do papel e a por em pratica!

 —  Disto que falava com ele a pouco? —  Não, falava a ele como você estava linda!

 —  Certo, e o que aconteceu, vi Priscila, ou estou enganada? —  Ela mesmo, veio lhe ver, esta curiosa! —  Me ver, por que? —   Kely, posso estar com Rosa, mas para quem olha de fora,

sempre vai se perguntar quem é a moça que esta assumindo tudo! —  Ela é bonita! —  Reparou na arapuca de minha vida? —  É um cara de sorte, e de pouco juízo J, mas ela veio só para

me olhar, nem falou comigo? —  Não, veio falar comigo e com Junior! —  Aquele rapaz que é Junior? —  Sim! —   Toda a estrutura de JJ, em uma sala, não é muito perigo,

 para uma empresa assim? —   Pensando por este lado sim, mas ninguém confirmou,

vieram, sabe que não marcamos, nos encontramos! —  E o que aconteceu que ela veio falar com duas das pessoas

mais influentes do submundo! —  Ela achou uma das irmãs de Junior! —  Renata?

 —  Não, Sonia!

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 —  E veio lhe comunicar, o que aconteceu, ela meteu uma balana moça e depois a reconheceu?

 —  Não, as duas se conheceram a muito tempo, mas veio me dar

uma noticia daquelas que explica por que ela fugiu, e se escondeu! —  O que? —  A menina tem uma menina, de 3 anos, minha filha!Kely sorriu, e meio que ainda sorrindo fala; —  Mais uma filha, vai achar quantas por ai? —   Por meus cálculos, é a ultima chance, mas sabe como é,

 bêbado é bêbado!

 —  E o que Rosa achou disto? —   Ainda não sei, esta aguentando firme durante a festa, mas

daqui a pouco, a sós, não sei o que vai acontecer! —  E ainda vem comigo para a sala de reuniões, esta a testando,

ou a provocando! —  Kely, não sei ainda o que esta acontecendo, Priscila achei

que estava no passado, mas por que toda vez que a vejo, meus

instintos mais animais, afloram, por que não consigo tirar os olhosdela?

 —  Nisto, eu, Rosa, Fabiana, Karol, reparamos, acha que a ama? —  Sei isto, mas não posso! —  Tem medo dela? —  Tenho, e quem tem medo dela, não é o empresário, e sim o

narcotraficante, aquele ser que você nem conhece! —  E vai falar isto para Rosa? —  Sou Loco, pode ser, mas não sei se Rosa merece sofrer algo

assim! —  E vai fazer o que? —  Saio de férias no Sábado, e daí, quando voltar, resolvo!Kely olha para JJ e fala;

 —  E esta sua filha, o que faço com ela?

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 —  Apenas cuida para não se envolver, estes 15 dias, Robertonão vai chegar perto, estará tão ocupado, que não tem como!

 —  Vai o fazer trabalhar?

 —   Sim, como nunca soube o que era, e quando terminar, deestruturar, vai entender o que é ser um empresário, tem uma visão boa de mercado, mas ainda é uma criança em gastos, não tem noçãocerta de tamanho e dimensões, mas isto ajeito aos poucos!

 —  Certo, observo todos, sabe que isto vai ser divertido por umlado!

 —  Não se descuida, sabe que a vida não é só de brincadeira!

Kely sorriu e falou; —  Não tenho mais tempo para brincadeiras, mas sabe, que as

vezes, vou lhe ligar! —  Certo, mas não abusa! —  Uma vez por dia é abuso?JJ riu e a conduziu a porta, estavam a sorrir, e as pessoas já

haviam dissipado um pouco;

 —  § —  

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 —  § —  

A festa se dissipou e no fim estavam presentes, Kely, Karoline,

Fabiana estava a olhar de um canto, seu pai já havia se retirado, Rosae JJ estavam sentados em um sofá ao canto, e todos veem entrarPriscila e Junior novamente pela porta, Rosa olhava para JJ quando amoça entrou o local, e falou;

 —   Ai tem alguém que nunca me falou exatamente o querepresenta!

 —  Por que?

 —  Não consegue tirar os olhos dela, a moça mexe com você! —  Rosa, o que sinto, neste momento, é complicado, acabo de

saber que tenho uma filha, com alguém que nunca amei de verdade, e por outro lado, tem mulheres na vida, que amei de verdade, mesmoque no passado, e estas não afastei, mas fui muito mais precavidocom quem amava, depois de Dani!

 —  Quer dizer o que com isto, que não teve mais filhos pois não

queria sofrer em ser abandonado, besteira? —  Não, que pessoas como Pri, sempre mexeram comigo, mas

não tive coragem de deixar todo o racional, e ficar com ela! —  Ela é mesmo tão violenta? —  Priscila com aquelas duas semiautomáticas, aprendeu bem, e

sempre que a vejo, penso se não poderia ter sido diferente? —  Passado, o que acha que poderia ter sido diferente?

 —   Criei um monstro, um anjo do juízo final, e não tenhocoragem de encara minha criação!

 —  Tem medo dela? —  Sim!Os dois estavam abraçados, quando Junior chegou perto, e

falou; —  Pai, estamos indo, vai lá quando?

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 —  Amanha cedo estarei lá, tenho mesmo de resolver algumascoisas lá!

 —  Certo, me liga assim que chegar!

Os dois se despedem, Priscila acena ao longe, e os dois saem pela porta, Rosa repara nos seguranças que aparentavam convidadosnormais, saírem pela porta, e ficou a olhar para o que era aquele ser asua frente, e falou;

 —  Vai a Porto Alegre? —  Sim! —  O que sente por esta Sonia?

 —   Nada, a imagem dela, vai me lembrar outra fraqueza,Renata! —  Quando disse que tinha mulheres no seu passado, pensei em

uma ou duas, vai por quantas, 20 ou 30? —   Engraçada, mas não vou negar meu passado, e quando

voltar, vamos sair de férias, e dentro de 15 dias voltamos a pensarnisto!

 —  Acha que consegue? —  Espero que sim!Rosa vê aproximar-se Fabiana e se retira, olhando a moça, e JJ

a vê sentar; —  Pelo jeito as peças estão fora do tabuleiro? –  Fabi; —  Que tabuleiro, o da vida, só saímos quando morremos! —  Vamos continua brigando? —  Não sei, na verdade a estou estranhando, me manda afastar-

me, e continua por perto! —  Não sou previsível, e não sei o que pensar? —  Sobre o que? —  Acabo de saber que tenho duas irmãs, e pode não parecer,

isto me interessa! —  Bom saber, mas o que pretende? —  Queria lhe fazer uma pergunta?

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 —  Faça! —  Não me ama como filha?JJ olha para a menina a sua frente e não fala nada, vira-se para

um garçom e pega um copo, toma um gole e pensa, estava naquelemomento podendo jogar tudo para cima, mas não queria fechar a porta e falou;

 —   Estranho perguntar isto, nunca pensei em lhe ouvir perguntando isto, realmente uma peça fora do jogo, pois não fazsentido!

 —  Não respondeu!

 —  Não, e não o vou, acha o que? Que isto vai mudar algo, oque sinto, eu sei, você talvez venha a saber, mas não hoje! —  Não tem coragem de admitir? —   Fabiana, quer saber uma coisa, seu pai a ama, sua mãe a

ama, talvez alguém mais venha a lhe amar, mas eu, não sei ainda oque sinto por você!

 —  Esta a me dizer que não me ama como uma filha?

 —  Não disse isto, mas se quiser entender isto, sempre disse quea interpretação da vida, é que importa, não ela em si! —  Esta querendo me afastar? —   Não, você me pediu que me afastasse, falei com sua mãe

hoje, e pediu que me afastasse por um tempo, teria que crescerfinalmente!

 —  Falou com ela, vocês ainda se falam, nunca soube disto?

 —  Fabi, nunca soube que era seu pai, como saberia que falavacom sua mãe, natural!

 —  Certo, então quer que me afaste? —   Sabe o que estranho, é que enquanto Dani pede para me

afastar, seu pai chega tentando se reaproximar, acho que realmentenão sei mais jogar este jogo, melhor sair de campo!

 —  Não somos um Jogo, somos pessoas!

 —  Então me responde, o que seu pai quer, me reaproximando,mais dinheiro, avisa ele que ainda não morri, vou ter outros

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 —  § —  

Amanhecia em Curitiba e Rosa  já estava ao banho e JJ

levanta-se vai até ela e pergunta; —  Vai comigo a Porto Alegre? —  Acho que não, tenho de falar com Rogério antes de viajar! —  Certo, se precisar de algo, me liga!Os dois se abraçam e descem as escadas no sentido da Cozinha,

não era ainda 8 da manha quando o avião decolou no sentido dePorto Alegre, estava a esperar por ele no Aeroporto Salgado filho,

Junior, e o mesmo olha para JJ e fala; —  Temos de conversar! —  Sei disto!Os dois vão a um café, e JJ sente que Junior não estava feliz

com o acontecimento; —  Alemão, não sei como falar isto?

 —   fala, sei que estava errado! —  Pelo menos sabe, o que pretendia seduzindo alguém que otinha como pai?

 —  Se elas me vissem assim, não estaríamos aqui conversando,as coisas são bem complicadas!

 —  O que sente por ela? —   Não sei, estou tão perdido ultimamente, que depois de 10

anos, vou parar 15 dias, tenho de administrar meus pensamentos! —  Certo, acha que consegue me contar o que aconteceu? —  Consigo, mas não sei se consegue ouvir! —  Certo, mas já que terei de saber, conte! —  Filho, quando os resolvi tirar de lá, nunca havia pensado nas

consequências, as meninas foram crescendo, e a cada dia, sentia quea forma que as duas me olhavam mudava, Renata sempre querendo

se inteirar dos assuntos, ótima programadora, aos 14 já fazia programas, e resolvia problemas de sistema, alguém capaz de aos 16

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fazer tudo para me impressionar, e os meus instintos estavam a seapaixonar por ela, não sabia o que Renata sentia, e me afastei, selembra fiquei muito em Curitiba aquele ano, não estava maissegurando meus instintos, e um dia cheguei e Renata estava a meolhar e perguntei para ela;

 —  O que houve filha? —  Não me chame assim! —  Como? —   Alemão, não sou sua filha, e quando me chama assim,

sempre fico na duvida se sabe com quem esta falando!

 —  Certo, o que houve Re? —  Preciso de sua ajuda, e não quero ouvir um não! —  E por que diria não? —  Por que não sei como lhe pedir isto? —  O que quer? —  Quero você! —  Não entendi? —   Entendeu!  –   Sua irmã chegou perto e ficou a meio

centímetro de um beijo e continuou.  –  Mas para me ter, teria de sermeu, não o dividiria, com ninguém, estou pedindo que largue Nádiae fique comigo!  –   Sua irmã tinha 17 anos naquele ano, e o anoseguinte, foi o mais difícil de resistir, sua irmã me provocava a cadadia, fazia me perder nos pensamentos em plenas investidas, masestava sempre a me provocar, estava eu em uma arapuca, pois amava

minha esposa, e começava a sentir-me fortemente atraído por ela, daítivemos o começo do problema, lá na favela da pedra lisa, que searrastou naquela noite até a favela do morro da presidência, paramoso morro, o túnel e teve todo aquele conflito, mas quando cheguei naBarra naquele dia, estava alcoolizado, e com a adrenalina aomáximo, e não resisti ao ver uma das menina adentrar ao quartosomente de roupão, tive noção do acontecido, ao amanhecer, quemestava a cama era Sonia, e quando Renata a viu sair do quarto pela

manha, fez as malas e sumiu!

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 —  Sim! —  E quem esta lá? —  Carlos ajeitou tudo, lhe leva lá!

 —  § —  

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 —  § —  

JJ sai do aeroporto na caminhonete de Carlos, e pergunta; —  Cuidando bem dela? —  Sabe que ela que cuida de nós! —  Parece que assumiu seu destino! —  Destino? —  Dar segurança aos demais! —   Sabe que para muitos, sou terrível, mas eles nunca viram

como eu, ti e Pri numa ação! —  E os demais, como estão? —   Meio complicado, as vezes alguém reclama da forma de

Sena tocar, mas sabe que se a temem, temem mais ainda tu vir vercomo estão as coisas!

 —  Certo!Param diante de uma casa que dava a impressão de ser uma

casa normal mas com o muro vermelho a frente e uma pequena placaque falava, ‖Estacione ao Fundo‖, os dois  chegam a porta, e osseguranças de Carlos abrem o portão, estacionam ao fundo, uma casasimples, entram na casa, olha as meninas com medo, ao canto, JJsorri, entra na sala onde estava Sonia sentada a uma cadeira, com umcapuz a cabeça, e Carlos fez sinal para os demais saírem, e JJsenta-se a frente da moça, nunca pensou em um reencontro assim, eouviu a moça fala;

 —   Sei que tem alguém ai, diz para os seus que Sena meconhece!

JJ ouve nas palavras o desespero, uma lagrima corria nos olhosdela;

 —  Diz para alguém, por favor, que tenho uma filha, e que meuirmão não vai gostar de saber que me mataram!

Estava a pensar, e ainda ouve uma ultima frase;

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 —  Diz para eles que tenho uma filha de Loco, eles não podemme matar!

JJ com calma desamarra a mão da moça e volta a sentar a sua

frente enquanto Sonia solta a mão e tira o capuz, se depara comAlemão a sua frente, por um momento estremeceu, por outro sorriu,e o mesmo não falou nada;

 —  Você, pensei que iriam me matar! —  Cheguei a cidade há uma hora, filha! —   Mas...  –   a moça lembrou do que falou.  –   Sabe que não

falava serio?

 —  Não sei, sabe que Larisa, estaria morta, se fossem outros atomar o controle! —  Não pensei, parecia uma saída, estava apavorada! —  Por isto que sumiu? —  Não agüentava mais aquele seu rosto triste, sei que na hora,

foi bom, mas sei que destruí uma parte da minha vida, e da minhairmã!

 —  E achou que escondida aqui, conseguiria o que? —  Estou a tocar minha vida, não quero pena! —  E acha que tenho pena de alguém?Sonia vê que o senhor a sua frente envelhecera pouco, ainda era

o mesmo, 4 anos lhe fizeram bem, e não mal, e falou; —   Na verdade não sei ainda como olhar para Junior, e lhe

contar, acha que ele vai achar o que?

 —   Acabei de passar pela sabatina, o culpado sempre sou eu,não se preocupe!

 —  Ele já sabe? —   Sim, e Junior já teve mais duas meninas, e estava aqui

escondida! —  Veio aqui por que? —  Preferia que não viesse? —  Não disse isto, mas e seu casamento, Nádia vai dar pulos!

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 —  Vai, mas já não estou casado com ela, me achei em outros braços!

 —  E nem estava lá, assumiu Priscila de uma vez?

 —  Não, esta ainda é um problema, para mim e para ela!JJ olha para a moça e levanta-se falando; —  Vamos sair daqui! —  Vamos, estou com fome! —  Imagino!Os dois saem da sala, e JJ olha para os rapazes de Carlos e

fala;

 —  Estão esperando o que para liberar as menina? —  Pensei que .. —  Apenas libera elas! –  Olha para as moças e fala. –  Depois a

noite elas tem de estar inteiras, assim vão estar um traste!Algumas sorriram, e Sonia olha para as meninas e fala; —  Agora esta tudo bem, podem ir!

 —  § —  

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 —  § —  

Os dois saem e Carlos  dá uma carona para os dois, e todos

entram no Cassino na avenida Castelo Branco, quando JJ entrou, pareceu que seu passado veio a mente, Sonia viu o irmão, Priscila, esua filha, e foram a uma mesa, a muito que as coisas mudaramnaquele lugar, primeiro as mudanças físicas, depois os negócios, hojenão se fala do Cassino, está lá, funcionando 24hs por dia, mas foi-seo tempo que fora um dos ramos mais lucrativos da cidade, e pedemuma comida, trocam olhares, Carlos não gostava da forma que Sena,

ainda olhava para Loco, os dois nunca casaram, mas Carlos era ocompanheiro dela, muito mais do que aparentava, mas também sabiaque Loco, era quem a fazia sorrir, queria que a moça o olhasse como para aquele marginal, estranho alguém ter filhas, de pessoas queninguém nem conhecia, e as que todos falavam, não os tinham, as pessoas nunca imaginaram o quanto mesmo sendo um totalalucinado, JJ mantivera-se fiel a antiga esposa, por muito tempo;

JJ sai do cassino e vai a cede do Banco em Porto Alegre, daRegional, ficou a acertar os detalhes deste afastamento semremuneração por 15 dias, 3 semanas, estranho estar ele a passar atéseus encargos no banco, estava se divertindo com isto, mas tambémsentia falta;

JJ volta a Curitiba  e não vai ver Sena, não a sós, ainda não

estava pronto para isto, as coisas as vezes precisam de maior estudo,as coisas já estavam complicadas, e pensa em quanto a cada dia, seu passado parecia querer atropelar o presente, fica a imaginar uma levade coisas que não faziam sentido;

Na cidade acerta alguns detalhes, ligou para Rosa, e ocelular não atendeu, tentou Paulo e também não teve resposta,

estranho fugir de alguém e se deparar com a solidão de uma casaimensa, liga para Kely e a mesma o convida para a ajudar, estava a

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ajeitar as coisas para um fim de semana com a família eFlorianópolis, e os dois conversaram e o senhor voltou para casa,estava a sentir a falta de Rosa, depois de ler um pouco adormece, anoite sentiu a mesma juntar o corpo ao seu a cama, e olhou o radiorelógio, 3 e meia, a abraça e adormece;

 —  § —  

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 —  § —  

Acordou cedo, tinha que manter os planos, e desce para

 preparar um café e vê uma menina perdida, meio que sem saber para onde ir, e pergunta;

 —  Onde fica a cozinha? —  Por aqui, não sabia que estava aqui! —  Minha mãe não falou nada? —  Ainda não, e seu pai, sabe que esta aqui? —  Deve saber, minha mãe conversou com ele ontem!JJ prepara o café e pergunta; —  Com leite ou sem? —  Poderia ser com mais leite que café!JJ prepara o café e alcança uma caneca para a menina e pega

o celular, e liga para Rogério e fala; —  Rogério, JJ, podemos falar?

 —  Rosa não lhe liga, e me perturba? —  Só uma duvida, posso falar com ela? —  Depois que a acordar, ela lhe liga! —  Certo, então outra coisa, eu e ela vamos fazer uma pequena

viajem! —  Já disse que não autorizo a menina ir junto! —  Mas por que? —  JJ, não é o pai dela, e quem determina isto, sou eu! —   E como vou faze, estou com ela, a tomar café a minha

frente, a mãe dela dormindo como se não tivesse feito nada lá emcima, o que me aconselha!

Rogério senta-se a cama e pergunta; —  Manda ela de volta, qual a dificuldade? —  Entender o por que? —  O eu não querer, não é o suficiente?

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 —  Não, assim vai facilitar para Rosa, quer o que com isto! —  Certo, mas se a deixar viajar com vocês, não vão sumir! —  Rogério, tenho muito dinheiro para abandoná-lo, e a menina

aprende o que é morar em um pais continente! —  Certo, mas vão começar por onde? —   Começamos em Fortaleza, depois vamos passar em

Jericoacoara, depois vamos dar um pulo de Belém, uma passada porManaus, depois passamos 6 dias em Rio Bonito, férias diferentes!

 —  Certo, vou concordar, mas pelo jeito vão passar quantos diasfora, um mês?

 —  Tenho 15 dias de ausência no banco, então ainda voltamosantes do fim do mês! —  Certo, mas fala para Rosa me ligar! —  Falo, obrigado!JJ olha para a menina e fala; —  Sabe que isto é burrice de sua mãe? —  Não sei! —  Não entre nesta briga entre eles, você é que perde! —  Tem mais café? —  Sim, outra coisa, sobe lá e põe uma roupa, vamos dar uma

saída, comprar umas roupas, e uma passagem a mais! —  Certo, mas por que roupas, trouxe as minhas? —  Menina, frio em Fortaleza é 28 graus, e a sensação de calor

em Rio Bonito também é grande, mas vamos comprar poucascoisas para mergulho, e preparar nossa saída!

 —  Saímos que hora? —   Ao meio dia estamos no aeroporto, mas jantamos em

Fortaleza! —  E onde fica isto? —  Ceara, um estado muito bonito deste nosso pais?

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A menina sobe e os dois saem e foram ao Pólo Shopping,estavam saindo de uma loja, o celular da menina tocou, era a mãeque perguntou;

 —  Cristiane, onde vocês se meteram? —  Estamos fazendo compras, JJ disse que precisava compraralgumas coisas!

 —  Certo, me passa para ele! —  Joaquim, não podemos viajar sem conversar! —   Verdade, liga para Rogério, e acerta o que não fez ontem,

que meio dia estamos indo para Fortaleza!

 —  Você falou com ele? —   Sim, mas não achei legal isto, apenas tentei evitar

 problemas, estamos chegando ai em meia hora, e espero que tenha preparado as coisas, para a viagem!

JJ chega a suas casa, e em uma hora estava a decolar para suasférias, estava a muito tempo precisando disto, e somem das vistas por16 dias;

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Continua em:

Guerra e Paz IV –  Sequestro

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8/13/2019 Guerra e Paz 3 - Mulheres - Joao Jose Gremmelmaier

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MulheresBibliografia do Autor: João Jose Gremmelmaier

Resumo de Setembro de 2009:

Serie Fanes:Fanes I  –  Uma Menina Especial

Fanes II  –  Lively

Fanes III  –   Os Dias se tornamintermináveis

Fanes IV  –  Lezo