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OPORTUNIDADES DE CARREIRA EM SANTA CATARINA Conheça o mercado de trabalho em todo o estado SENAIsc: formando o novo capital humano Empresas querem inovação e criatividade e paga muito bem pelos seus serviços

Guia das Profissoes

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Guia das Profissoes para o Estado de Santa Catarina

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Page 1: Guia das Profissoes

OPORTUNIDADESDE CARREIRA EM SANTA CATARINA

Conheça o mercado detrabalho em todo o estado

SENAIsc: formando o novo capital humano

Empresas querem inovação e criatividade

e paga muito bem pelos seus serviços

Page 2: Guia das Profissoes

Índice

Planeje sua carreira

As indústrias mudaram seus processos produtivos, incorporaram mais tecnologia e precisam de profissionais qualificados

a força de santa catarina

O mercado de trabalho é vasto no estado, que conta com empresas de vários setores em todas as regiões

Qualificação e áreas de atuação

Cursos abrangem principais áreas da indústria e incluem desde aprendizagem gratuita para jovens até pós-graduação, passando pela formação técnica ...................página 14

................página 10

..................página 6

segurança do trabalho ......................... 18

gestão ............................. 20

automação ..................... 22

automotiva ..................... 24

têxtil e vestuário .......... 26

metalmecânica .............. 28

alimentos ....................... 30

construção civil ............ 32

logística ......................... 34

madeira e mobiliário ..... 36

eletroeletrônica ........... 38

tecnologia da informação .................... 40

cerâmica ......................... 42

meio ambiente ................ 44

calçados ......................... 46

Química ........................... 48

Plástico e Polímeros ..... 50

telecomunicações ......... 52

celulose e PaPel ............ 53

metrologia ..................... 54

soluções Para a indústria

SENAIsc é a maior instituição de educação profissional do estado. Também oferece serviços técnicos e tecnológicos e pesquisa aplicada ...................................página 56

Seu futuro na indústria

Use e abuse deste guia, pois ele

poderá fazer muito bem pelo seu fu-

turo profissional. Aqui você ficará co-

nhecendo um pouco melhor a indús-

tria catarinense, uma das mais mo-

dernas do Brasil em vários setores,

que exporta seus produtos para quase

todos os países do mundo. Para seguir

sua trajetória de sucesso, a indústria

precisa contar com profissionais de

boa formação técnica, criativos e em-

preendedores. Oferece boa remunera-

ção para os colaboradores e, mais do

que isso, a oportunidade de carreiras

profissionais bem-sucedidas.

Para aproveitar essa oportuni-

dade, o caminho é o investimento em

qualificação. Este guia apresenta as

principais áreas de atuação profissio-

nal na indústria de Santa Catarina e

as regiões em que elas são predomi-

nantes. O SENAIsc, maior instituição

de ensino profissional no estado, ofe-

rece centenas de cursos nas principais

áreas da indústria.

As características de cada indús-

tria, o tipo de trabalho a ser exercido,

as competências pessoais requeridas e

os principais cursos oferecidos – além

dos salários pagos aos profissionais

– podem ser conferidos nas páginas

seguintes. Faça suas escolhas e cons-

trua um futuro brilhante junto com a

indústria de Santa Catarina!

Santa Catarina | Setembro 2012

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4 | guia de Profissões da indústria | 2012

Qualificação: bom negócio para todos

Ser jovem no Brasil hoje é um privilégio, pois há infinitas oportunidades de realização abertas para a geração que decide seus rumos profissionais. Situação diferente da vivenciada pelos seus pais, que enfrentaram os anos de estagnação econômica e descontrole inflacionário das décadas de 80 e 90, deparando-se, decerto, com dificuldades e frustrações. Hoje o Brasil tem uma economia forte e equilibrada, destacando-se no cenário internacional. Já somos a sexta maior economia do mundo e nosso futuro é promissor. Em Santa Catarina, estado reconhecido pela força de sua indústria, as oportunidades de crescimento são muito grandes, mas desafios precisam ser superados por suas empresas.

Para aproveitar o bom momento e enfrentar os concorrentes, o que a indústria catarinense mais precisa, hoje, é de trabalhador qualificado. As empresas buscam pessoas criativas, empre-endedoras e com conhecimento técnico, capazes de operar sistemas complexos, liderar equi-pes e produzir inovações. Em troca oferecem boa remuneração e oportunidades de crescimen-to profissional. Há milhares de vagas abertas na indústria que não são preenchidas por falta de pessoal qualificado para ocupá-las. Portanto, investir em qualificação profissional visando uma carreira na indústria é excelente negócio para os jovens.

As oportunidades estão presentes em todo o estado e abrangem várias áreas de atuação. Uma das principais características de nossa indústria é a diversificação. Com mais de 42 mil empresas, Santa Catarina tem o quarto maior parque industrial brasileiro, apesar de ser um dos menores estados da Federação.

Para atender as demandas da indústria e oferecer oportunidades de carreira aos jovens catarinenses, o Sistema FIESC oferece formação profissional por meio do Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) faz a ponte entre os jovens e o mercado encaminhando-os para estágios nas empresas, que por sua vez têm a oportunidade de selecionar talentos. O Serviço Social da Indústria (SESI) desenvolve ações em favor da qualida-de de vida dos trabalhadores e suas famílias. O Sistema FIESC também atua politicamente para elevar a qualidade da educação em todos os níveis, por entender que educação básica e quali-ficação profissional são os fatores mais importantes para o sucesso econômico e a elevação das condições sociais em nosso país.

Glauco José Côrte

Presidente do Sistema FIESC

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2012 | guia de Profissões da indústria | 5

Prezado leitor,

Você tem em mãos um panorama do mercado industrial de trabalho catarinense. É mais uma contribuição do SENAI ao alinhamento da oferta de profissionais e competências às necessidades do setor industrial. O propósito desta publicação é proporcionar uma ampla visão de oportunidades e necessidades, permitindo que as pessoas planejem e orientem suas carreiras com mais propriedade e efetividade.

O ponto de partida para uma carreira profissional bem-sucedida é alcançar e atualizar as com-petências requeridas pelo mercado. Percebendo essa necessidade, o SENAI criou o programa de edu-cação por competências, que leva o estudante à construção de conhecimentos, habilidades e atitudes que lhe permitam a alta performance profissional, ampliando a competitividade das empresas para as quais presta seus serviços. Com isso, o novo profissional amplia, também, seu nível de remuneração.

Esta proposta pedagógica pressupõe a articulação entre as diversas áreas do conhecimento na solução de problemas reais da economia e da sociedade. Também desenvolve habilidades sociais que permitam uma atuação mais efetiva, tais como a capacidade de busca de soluções, de trabalho em equipe, sempre em consonância com demandas da sociedade, que incluem, entre outros, o respeito às pessoas, à legislação, a normas e à preservação ambiental.

O modelo também se configura como uma alternativa aos problemas educacionais enfrenta-dos pelos alunos brasileiros e catarinenses. Ainda que Santa Catarina fique acima da média nacio-nal em pesquisas de desempenho dos estudantes – como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB, do MEC) e o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA, da OCDE) –, essa performance fica aquém do necessário e muito abaixo do melhores exemplos internacionais. Estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre a educação catarinense aponta sérios problemas como metodologias de ensino centradas nos docentes, que na maioria das vezes apresentam formação deficiente; cargas horárias excessivas, contratos precários e falta de comprometimento. Outros problemas detectados são a falta de clareza quanto ao papel da escola, ausência de planejamento e de autonomia, sindicatos inflexíveis e número de alunos des-proporcional. Os resultados são elevadas taxas de repetência, de evasão escolar e de conclusão do Ensino Médio acima da idade adequada.

Os problemas são amplos e recorrentes em todo o país. O Brasil, em todas as suas esferas go-vernamentais e natureza das instituições de ensino (públicas ou privadas), precisa solucioná-los. Independentemente das políticas públicas, o estudante que anseia o sucesso deve compreender a realidade que o cerca, superar obstáculos, ampliando sua capacidade de desenvolver as competên-cias que o levarão ao sucesso profissional e à realização pessoal.

Sérgio Roberto Arruda

Diretor Regional do SENAIsc

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6 | guia de Profissões da indústria | 2012

OPORTUnidAdeS

a nova indústria e o novo Profissional

Com processos flexíveis

e tecnologia de ponta as

indústrias do século 21 precisam

de pessoas qualificadas,

criativas e empreendedoras,

oferecendo boas oportunidades

em Santa Catarina

Quando se fala em indústria muita gente logo pensa em trabalhos monó-tonos e mal remunerados. Só que as pessoas precisam saber que isso já faz parte da história antiga da indús-tria, que ficou lá para trás, no século 19, quando as condições de trabalho eram ruins e a exploração dos traba-lhadores era grande nos países eu-ropeus. Ao longo do século 20, o que também já faz muito tempo, as condi-ções de trabalho melhoraram bastan-

te. Muita gente boa, que podem ser os avós da geração que está ingressando hoje no mercado de trabalho, cons-truiu bonitas carreiras em empresas do setor nesse período. Mas esses ve-teranos das fábricas se impressiona-riam ao conhecer o ambiente indus-trial do século 21. Muita coisa mu-dou na indústria, o que a tornou mais atraente para os jovens que estão de-cidindo seus rumos profissionais.

Os novos ambientes produtivos, mais tecnológicos e inovadores do que nunca, oferecem amplas possi-bilidades de desenvolvimento profis-sional. E a boa notícia é que a indús-tria nunca dependeu tanto de traba-lhadores qualificados. Se em outros tempos ela se baseou no trabalho re-petitivo e nos ganhos de escala para produzir artigos mais baratos, hoje ela depende da iniciativa e do conhe-

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2012 | guia de Profissões da indústria | 7

cimento de seus colaboradores para resolver problemas do processo pro-dutivo, desenvolver novos produtos e liderar equipes. Vivemos na era do conhecimento. É ele que tem o po-der de gerar riqueza para as empre-sas, muito mais do que o patrimônio físico, representado pelos prédios e máquinas. Na era do conhecimento, o chamado capital humano é o maior patrimônio das organizações.

Além de todas essas mudanças internas, as indústrias buscam se aproveitar de um novo ciclo da eco-nomia brasileira. O Brasil é hoje a sexta maior economia do mundo e suas principais empresas estão cres-cendo, necessitando de novos profis-sionais. Ainda assim há milhões de pessoas que não conseguem traba-lho por falta de qualificação profis-sional. Uma pesquisa constatou que

A mão de obra de antigamente

se transformou no maior

patrimônio de uma

organização: o capital humano.

marta olivo, consultora da Seguridade RH, de Joinville

Alunos do SENAI em Joinville

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8 | guia de Profissões da indústria | 2012

sete em cada 10 indústrias têm difi-culdades em crescer por falta de tra-balhadores qualificados. Nesse con-texto, investir na própria qualificação profissional tornou-se um excelen-te negócio para os jovens. “A maioria das empresas exige formação técnica. Se não tiver qualificação, dificilmente a pessoa entrará no mercado de tra-balho”, diz Ivonete Nunes, assistente de Recursos Humanos da Tractebel, a maior geradora privada de energia elétrica do país.

Mas por que a qualificação profis-

Os salários médios de

admissão de técnicos

variam de R$ 1.500 a

R$ 2.500, segundo

pesquisa da

Confederação Nacional da

Indústria. Após 10 anos

de experiência eles vão de

R$ 3.600 a R$ 7.000,

dependendo da área

(veja quadro na página

16). Exercendo funções

de gestão, em algumas

áreas o rendimento

pode ultrapassar

R$ 11 mil por mês.

Ambiente de trabalho no setor

de automação industrial

atividades que exigiam quase que so-mente esforço físico, por outro ganha um número incontável de oportuni-dades para exercer conhecimentos avançados e a sua criatividade.

FlexívelVários exemplos dessa tendência

são encontrados na indústria catari-nense, que se tornou muito flexível para atender pedidos de clientes de várias partes do mundo com caracte-rísticas distintas. A indústria de fran-gos, por exemplo, desenvolveu cer-

sional é algo tão valorizado? Começa pelo fato de que o uso de novas tecno-logias é uma das principais diferen-ças entre o passado e o presente da indústria. Como têm concorrentes no mundo todo, as empresas precisam ganhar competitividade, produzindo mais, em menos tempo e com custos menores. Para isso investem na atu-alização dos processos, em equipa-mentos sofisticados e sistemas ope-racionais de ponta, que substituem o trabalho humano em muitas funções. Se por um lado o profissional deixa

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O conhecimento específico é muito

valorizado pelas empresas: muitos

profissionais da área técnica

conquistam postos de liderança

e de gestão justamente por

conhecerem o processo produtivo.

carla bastos, gerente de RH da indústria de calçados Lia Line

ca de dois mil cortes diferentes para os clientes de dezenas de países. Na indústria do vestuário, as empresas lançam cada vez mais coleções e no-vidades ao longo do ano, para sedu-zir mais consumidores. Isso requer não apenas uma boa área de desen-volvimento de novas coleções, mas também uma área fabril muito bem articulada em suas diferentes etapas e flexível para dar conta de tantas va-riações sem perder a eficiência.

Dá para imaginar o trabalho de or-ganizar um processo produtivo com essa complexidade. Pois é em situa-ções assim que se encaixa o novo pro-fissional. Alguém que não possua so-mente o conhecimento técnico espe-cífico, mas que seja capaz de liderar equipes e encontrar as melhores so-luções possíveis para resolver os de-safios produtivos da empresa.

BeneFíciosPara ter funcionários que aten-

dam essas exigências as empresas oferecem vantagens. Mesmo que seus colaboradores já possuam qua-lificação, as companhias gastam mui-to para treiná-los e atualizá-los, pois isso é um diferencial competitivo. Nas maiores, não é rara a seleção de pro-fissionais para fazerem cursos no ex-terior, com todas as despesas pagas.

“Tem-se aí uma oportunidade, pois a pessoa vai levar para a vida to-da esse conhecimento, que pode ser decisivo, inclusive, para obter uma va-ga melhor”, diz Edivania Fernandes, consultora da Seguridade RH. Além de benefícios como planos médicos e odontológicos e previdência priva-da, as empresas podem pagar 14º sa-lário e participação nos lucros. São ações para a valorização profissional que buscam manter os talentos den-tro da empresa.

OPORTUnidAdeS

inovação e

emPreendedorismo:

fugindo da rotina

Para quem acha que fazer tudo sem-pre igual pode ser muito chato, o inves-timento em uma carreira na indústria pode ser a porta de entrada para uma vida profissional dinâmica e criativa. Is-so porque dois conceitos muito impor-tantes estão em alta na indústria: a inovação e o empreendedorismo.

Inovar é criar algo novo que vai surpre-ender os clientes e permitir a realiza-ção de novos negócios. Pense bem: há poucas décadas não existiam computa-dores pessoais, internet ou telefones celulares, mas hoje ninguém é capaz

de viver sem eles. Esses são casos de inovações de produtos. Na indústria também é importante a inovação dos processos produtivos, que é a busca por novas formas de realizar tarefas com mais eficiência e economia.

Quando se fala em empreender lo-go se pensa em ser dono do próprio negócio. Só que hoje em dia, na in-dústria, esse conceito se estende aos colaboradores. Como se fossem em-presários de si mesmos, eles devem estar sempre em busca de obter mais eficiência em suas atividades e suge-rir melhorias em processos e produ-tos. Quem é esperto já percebeu que é exatamente essa atitude que leva às tão almejadas inovações. Portanto, se você tem esse perfil arrojado e empre-endedor, a indústria pode ser o lugar ideal para você!

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10 | guia de Profissões da indústria | 2012

a força daindústria catarinense

Santa Catarina tem

um dos maiores e

mais diversificados

parques industriais

do país. As principais

empresas fabricam

produtos de classe

mundial e estão

presentes em todas

as regiões do estado

Santa Catarina é um estado in-dustrial. Apesar de ser uma das me-nores unidades federativas do Brasil – tem pouco mais de 1% do território e 3% da população –, possui o quarto maior parque industrial em núme-ro de empresas. Se considerarmos o número de trabalhadores Santa Catarina ocupa a quinta posição, com mais de 700 mil empregos diretos no setor. Mais do que pela quantidade, a indústria de Santa Catarina é conhe-cida por sua qualidade e diversifica-ção. O estado destaca-se na produção

to e a necessidade do freguês. Isso requer uma indústria ágil e flexível, capaz de produzir com eficiência e qualidade uma grande variedade de produtos, para todos os tipos de de-manda. Um exemplo: se um cliente de qualquer lugar do mundo quiser montar uma usina hidrelétrica, para geração de energia, vai encontrar tu-do o que precisa por aqui, desde as turbinas até os painéis elétricos, ge-radores, transformadores e motores de todos os tamanhos e para todo ti-po de aplicação.

MeRcAdO de TRAbAlhO

de carnes de frango e suína, motores elétricos e eletrodomésticos, máqui-nas, artigos têxteis e de vestuário, tu-bos e conexões de plástico, revesti-mentos cerâmicos, papel e celulose, móveis e produtos de madeira. Isso só para citar alguns produtos mais conhecidos.

E não é só o mercado brasileiro que consome os produtos catarinen-ses. Eles chegam a quase todos os pa-íses do mundo. Para cada um deles a indústria tem que oferecer soluções diferenciadas, de acordo com o gos-

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A tradução para esse estágio das empresas é “indústria de classe mun-dial”. Significa dizer que as principais indústrias de Santa Catarina fazem bonito em qualquer lugar do mundo, com qualidade e preços competiti-vos. Quem é esperto já percebeu que esse padrão não se atinge e mantém sem recursos humanos qualificados, daí a constante necessidade de atu-alização dos quadros profissionais.

complexidade“A indústria usa equipamentos

cada vez mais sofisticados e tende a ampliar a automação nas linhas de produção. Isso exige profissionais qualificados para a compreensão da complexidade de toda a cadeia pro-dutiva e para o uso dessas tecnolo-gias”, diz Mário Lanznaster, presi-dente de uma das maiores empre-

as fábricas Pioneiras

A primeira indústria catarinense de que se tem notícia foi a Serraria do Príncipe, fundada em 1856 na Colônia Dona Francisca, atual Joinville. Pertencia ao nobre francês François Ferdinand, que se casou com a filha de Dom Pedro I, ganhou o título de Príncipe de Joinville e recebeu como dote terras no norte de Santa Catarina. Mas foi somente alguns anos mais tarde que a indústria tal como conhecemos hoje surgiu em Santa Catarina. A transformação se deu pelas mãos de europeus que não eram nobres como o Príncipe de Joinville. Eram imigrantes que fu-giam da crise econômica e vinham colonizar o Sul do Brasil.

Os primeiros colonos se dedicavam à agricultura, mas muitos traziam conhecimentos industriais e arriscaram-se em pequenos empreendi-mentos. Foi o caso dos irmãos alemães Hermann e Bruno Hering, que em 1880 fundaram uma pequena malharia em Blumenau. Ela existe até hoje, só que se tornou a poderosa Cia. Hering. Outras empresas criadas ainda no século 19 e ativas até hoje são a Renaux, de Brusque, a Döhler, de Joinville, e a Karsten, de Blumenau, todas do ramo têxtil.

Aconselho as pessoas a fazerem

um curso no SENAI, pois nunca

precisei ficar procurando emprego, as

oportunidades foram se abrindo.

gilberto hintz, 22 anos, é Técnico em Usinagem formado pelo SENAIsc e trabalha na Voith Serviços Industriais

Indústria de aços planos de São

Francisco do Sul

Instalações da Hering, de Blumenau, no

início do século 20

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12 | guia de Profissões da indústria | 2012

sas do estado, a Aurora Alimentos, de Chapecó, que produz derivados de carne e de leite e emprega mais de 15 mil pessoas.

E o melhor é que as oportuni-dades estão espalhadas por todo o estado. Uma das características de Santa Catarina é que não há gran-des cidades por aqui, mas polos re-gionais de médio porte. Nesses polos concentram-se alguns setores indus-triais, compostos por grandes e mé-dias empresas e outras menores que lhes fornecem produtos ou serviços. Essa configuração foi muito impor-tante para que Santa Catarina se tor-nasse um dos estados com melhores indicadores sociais do Brasil, pois o seu desenvolvimento é equilibrado entre as diversas regiões.

exiGÊnciasEm linhas gerais, o Oeste é es-

pecializado em alimentos, porque lá é que se concentra a produção de grãos e de animais, as matérias-pri-mas da indústria de carnes e de lei-te. No Planalto Serrano e no Norte do estado, onde se produz madeira de reflorestamento, está a indústria de base florestal, com destaque pa-ra os setores de papel e celulose e móveis de madeira. O Nordeste con-centra indústrias metalúrgicas e de máquinas e equipamentos eletrome-cânicos. A região também conta com grandes empresas têxteis e de plásti-cos. No Vale do Itajaí, o brilho fica por conta da indústria têxtil e do vestuá-rio, que lá se instalou há mais de 100 anos. O Sul catarinense é especiali-zado em revestimentos cerâmicos, o que torna o estado líder de mercado na América do Sul. Já na região da Grande Florianópolis o predomínio é de empresas de tecnologia e informá-tica, que se beneficiam da existência de universidades, polos tecnológicos

e incubadoras de empresas.Apesar da concentração nas re-

giões, muitos municípios desenvol-vem novas vocações. O Sul possui cadeias produtivas quase completas em áreas como plástico e vestuário. O Oeste é também forte na produ-ção de móveis e máquinas e o Vale do Itajaí no ramo metalúrgico e na indústria naval. Também há setores presentes em todo o estado, como a construção civil.

Além disso, há inúmeros servi-ços relacionados à indústria que de-mandam profissionais qualificados, como a movimentação de mercado-rias, que requer especialistas em lo-gística. Destacam-se ainda as áreas de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho, que atendem às exigências de produzir com menor impacto am-biental e com maior qualidade de vi-da para os trabalhadores.

Aluno e mestre em unidade do

SENAI em Joinville

a indústria

catarinense

em números

empresas

42,3 mil

trabalhadores

735,9 mil

exportações

us$ 9,1 bilhões

Pib industrial

r$ 43 bilhões*Obs.: dados de 2011* Soma das riquezas produzidas pela indústria em 2009

MeRcAdO de TRAbAlhO

Page 12: Guia das Profissoes

fábricas Por todo ladoAs regiões em que se concentram os principais setores industriais de Santa Catarina (*)

Mobiliário

2.145

27 mil

Alimentos

3.419

96,8 mil

Tecnologia/Informática

1.600

60 mil

Metalmecânica(inclui Indústria Automotiva)

3.776

67,4 mil

Têxtil e Vestuário

9.264

172,8 mil

Indústria Naval

53

3 mil

Cerâmica 710

18,7 mil

Produtos de Plástico

917

35,9 mil

Madeira

2.860

38,5 mil

Celulose e Papel

393

18,5 mil

Máquinas, Equipamentos e Materiais Elétricos

1.810

66,6 mil

(*) Embora tenha sido especificada no mapa a região de maior concentração, os dados referem-se ao total da atividade no estado

Legenda

Número de empresas

Número de trabalhadores

oesTe

noRTenoRdesTe

sUdesTe

sUl

vale do iTaJaí

planalTo seRRano

emPresas e Profissionais

crescem juntos

A Tupy, de Joinville, é uma das maiores fundições da América Latina. Pro-duz blocos e cabeçotes para motores de carros, exportando para em-presas como Mercedes-Benz, Ford, Audi e Peugeot. Emprega cerca de nove mil pessoas, sendo que 350 delas trabalham no desenvolvimento de produtos e processos. Paulo de Oliveira Junior, 39 anos, há 17 anos na Tupy, é projetista elétrico da empresa, além de professor do SENAI de Joinville, nos cursos técnico e superior em Mecatrônica – área que combina mecânica, eletrônica e tecnologia da informação para o desen-volvimento de soluções.

Paulo começou seus estudos técnicos em 1987, cursando Aprendizagem Industrial no SENAI de Joinville. Fez também, no mesmo local, o curso Técnico em Mecatrônica e a graduação em Tecnologia em Mecatrônica. Depois fez especialização em Mecatrônica na PUC do Paraná.

“Para mim qualificação é tudo: se não tivesse feito a graduação e a pós--graduação estaria trabalhando na produção (chão de fábrica)”. Paulo atua em automação industrial de circuitos elétricos, trabalhando com equipa-mentos de última geração, como os robôs CNC, responsáveis por cortar peças com alta precisão e qualidade. “Muitas pessoas me desestimula-ram a continuar os estudos e parar no curso técnico. Se tivesse seguido esses conselhos eu não teria alcançado tudo o que tenho hoje”.

2012 | guia de Profissões da indústria | 13

Page 13: Guia das Profissoes

14 |

Cursos oferecidos pelo SENAIsc

nas principais áreas são o melhor

meio para encontrar espaço no

mercado e elaborar um plano de

carreira na indústria catarinense

QUAlificAçãO PROfiSSiOnAl

como chegarlá

Page 14: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 15

Muito se falou até aqui da necessidade de qualificação profissional para conquistar uma posição no mercado de trabalho e construir uma bela carreira na indústria. Mas como se qualificar? A resposta está no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), a maior instituição de educação profissional de Santa Catarina. O SENAIsc já formou mais de 1,6 milhão de alunos, e nove em cada 10 deles conseguiram empregos em sua área de quali-ficação. Isso por que o SENAI consegue unir a teoria à prática em todos os níveis de ensino. Além dos cuidados com a qualidade das aulas, um curso só é aberto quando há alta empregabilidade na área.

O SENAIsc conhece de perto as necessidades da indús-tria. Em primeiro lugar por que é uma instituição ligada às próprias empresas, fazendo parte do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC). Depois porque já tem mais de 50 anos de experiência no ramo. Por isso é capaz de acompanhar as mudanças da indústria e manter seus alunos atualizados. Somente são formados profissionais prontos para o mercado.

anseiosOs cursos do SENAIsc são oferecidos em 25 áreas e

são realizados nas 45 unidades localizadas em todas as regiões do estado. As unidades possuem equipamentos iguais aos utilizados pelas indústrias. As áreas de atua-ção coincidem com os principais setores industriais de Santa Catarina e com as principais demandas das empre-sas. Nas páginas seguintes são apresentadas essas áre-as, com as características da indústria, as oportunidades existentes e o perfil do profissional que o mercado deseja.

Em cada área também são apresentados os tipos de cursos oferecidos pelo SENAIsc e em quais regiões. Os cursos atendem anseios de pessoas em estágios diversos da vida profissional. O que você procura?

➥ aperfeiçoamento em pouco tempoOs cursos de Qualificação profissional são de curta duração e oferecem capacitação de alto nível para quem quer aprender uma profissão, se especializar em um assunto ou se aperfeiçoar na área em que já atua.

➥ Uma profissão de maneira gratuitaO caminho é um curso de aprendizagem industrial, voltado para jovens de 14 a 24 anos. Oferece os primeiros passos para aprender uma profissão e iniciar uma carreira. É gratuito e põe o jovem no mercado de trabalho, porque as empresas são obrigadas por lei a preencher cotas de aprendizes em seus quadros.

➥ vestibular e um bom empregoNo ensino médio com educação profissional se cursa as disciplinas de Ensino Médio e aulas práticas de um curso técnico escolhido. No final o aluno sai com duas formações.

➥ Uma boa profissão sem curso superiorAlém da opção anterior, o caminho é a realização de um curso Técnico, para quem já concluiu ou está cursando o nível médio. Ele forma um profissional com alta procura e valorização. Alinhando conhecimentos teóricos e práticos, conta com modernos laboratórios e professores qualificados.

➥ Uma profissão de nível superiorHá duas opções: os cursos superiores do SENAIsc, que formam profissionais valorizados, com salários acima da média do mercado, e para quem já é formado no superior há opções em pós-Graduação, com cursos focados em atividades de pesquisa e inovação e para a formação de cargos de liderança.

O melhor de tudo é que a estrutura do SENAIsc, com cursos em todos os níveis em todas as áreas importantes do estado, permite a elaboração de planos de carreira. Independentemente do nível educacional ou profissio-nal em que se está no momento cada um pode planejar a carreira de acordo com sua ambição, sendo ou não aluno do SENAI. Quem já está na Aprendizagem Industrial, por exemplo, já pode pensar em logo fazer o Ensino Médio com Educação Profissional ou um Curso Técnico, pa-ra mais tarde ingressar em um Curso Superior e Pós-Graduação.

Portanto, escolha a área em que deseja atuar, veja em que regiões ela é predominante e confira os cursos dis-poníveis para construir uma sólida carreira na indústria!

Page 15: Guia das Profissoes

16 | guia de Profissões da indústria | 2012

O jovem que pretende seguir

carreira na indústria deve

saber qual é o seu projeto de

vida e qual é o mercado de

trabalho na região em que

deseja se inserir, seja como

trabalhador ou montando

sua própria empresa.

sérgio roberto arruda, diretor regional do SENAIsc

muito bem PagoSalários médios para profissões técnicas no Brasil (R$)

alimentos

admissão 10 anos de experiência

1.514,66 4.888,93

automação2.124,26 5.769,79

petróleo e Gás (***)2.020,00 6.933,69

energias Renováveis1.945,00 6.688,89

manutenção de aeronaves (**)2.551,85 6.704,17

construção civil2.130,69 6.150,00

Química1.858,63 5.481,75

segurança do Trabalho2.080,35 4.251,20

Ferramentaria (*)2.203,64 5.869,69

mecatrônica2.537,72 6.105,85

eletrotécnica1.897,03 5.870,00

soldagem (*)2.221,73 6.033,33

logística1.613,64 4.436,36

naval (*) (**)2.308,33 6.863,64

Obs.: carreiras relacionadas às áreas (*) Metalmecânica, (**) Automotiva e (***) EnergiaFonte: Pesquisa da CNI feita em 2012 em 18 estados

QUAlificAçãO PROfiSSiOnAl

Page 16: Guia das Profissoes

PassaPorte Para o futuro

As áreas de atuação do SENAIsc atendem às necessidades de

qualificação profissional da indústria catarinense em toda a sua diversidade.

Nas páginas seguintes você poderá conhecer cada uma das áreas e os

setores industriais a elas relacionados, e escolher com qual mais se identifica.

Page 17: Guia das Profissoes

18 | guia de Profissões da indústria | 2012

SegURAnçA dO TRAbAlhO

Criandoambientes saudáveis

Page 18: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 19

revenir riscos e preservar a vida dos traba-lhadores é a função do setor de Segurança do

Trabalho, que interage com os mais variados ramos da indústria, comércio e prestação de serviços. Em um mercado tão vasto, a procura por profissionais especia-lizados é crescente. Prevista por lei, a contratação de téc-nicos deve ser proporcional ao número de funcionários de uma corporação. Portanto, onde houver uma empre-sa, haverá oportunidade de trabalho.

Em Santa Catarina, os principais campos de atuação são nas indústrias de construção civil, alimentícia, auto-motiva, de tecnologia da informação e moveleira. É pos-sível ainda trabalhar como autônomo ou em empresas de consultoria.

Multidisciplinares, os cursos da área transitam pelas disciplinas de direito, medicina, ergonomia, engenharia, saneamento, meio ambiente, toxicologia, psicologia e so-ciologia. A rotina do técnico em Segurança do Trabalho consiste em desenvolver estratégias para minimizar ou eliminar acidentes e doenças ocupacionais, conservando a saúde e a integridade física dos colaboradores, além de implementar melhorias na qualidade de vida no am-biente corporativo. Para isso é preciso criar e coordenar campanhas de segurança para prevenção de doenças e acidentes, investigar possíveis riscos, acompanhar perí-cias e desenvolver treinamentos em direção defensiva, primeiros socorros e combate a incêndios, entre outros.

Criatividade, comunicação e liderança estão entre as habilidades exigidas para atuar na área. Outras com-petências incluem capacidade de organização e traba-lho em equipe, além de interpretação de textos norma-tivos, inspeção de ambientes corporativos e realização de ações educativas.

Trabalho consiste em

desenvolver estratégias

para acabar com os

acidentes e doenças

ocupacionais e melhorar

a qualidade de vida

nas empresas

Qualificação profissional:

•NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade – Básico

•NR 10 – Segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas Proximidades – Complementar

•NR 11 - Segurança na Operação de Empilhadeira de Pequeno Porte

•NR 13 - Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras

•NR 33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados - Supervisores de Entrada

•NR 35 - Trabalho em Altura

curso Técnico:

• Segurança do Trabalho

Regiões de predominância: todo o estado.

Unidades do senaisc: a maioria das Unidades de Santa Catarina.

CURSOS

Page 19: Guia das Profissoes

20 |

geSTãO

maestros das organizações

Os gestores precisam integrar

as várias áreas da empresa e

coordenar equipes. Portanto

devem entender de administração,

vendas, logística, finanças e

planejamento estratégico

Qualificação profissional:

•AgentedeInspeçãodaQualidade•AuxiliarAdministrativo•CapacitaçãodeLíderesdeEquipesdeTrabalhopeloMétodoTWI•CustosIndustriais-Programa 5S

aprendizagem industrial:

•AuxiliarAdministrativo•AssistenteAdministrativoIndustrial•ProcessosdaQualidadeemMetalurgia

curso Técnico:

•RecursosHumanos•Portos•Qualidade

curso superior:

•GestãodaProduçãoIndustrial

pós-graduação:

•MBAemLeanManufacturing•MBAemGestãodeProjetos•MBAemConsultoriaEmpresarial•MBAemGestãoEstratégicadeInstituiçõesdeEducaçãoProfissionaleTecnologia•MBAemGestãoparaExcelência•MBAemGestãoIndustrial•MBAemDesenvolvimento de Novos Produtos

Regiões de predominância: Vale do Itajaí e Norte.

Unidade do senaisc: Blumenau

CURSOS

Page 20: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 21

os recursos humanos às finanças, passando pelo gerenciamento de processos e pela definição de

estratégias de mercado, todos os setores e depar-tamentos que compõem a administração de uma indús-tria precisam atuar de forma eficiente e integrada para garantir o bom desempenho dos negócios. Os profissio-nais da área de Gestão são os responsáveis por fazer tu-do isso funcionar dentro de uma estrutura corporativa. Especializados em desenvolver e implantar mecanismos para coordenar os diferentes fluxos produtivos dentro da empresa, bons gestores são indispensáveis em todos os segmentos da indústria e podem atuar nas mais va-riadas funções.

As oportunidades, portanto, estão por toda parte, mas concentram-se nos segmentos com maior base ins-talada ou em processo de expansão, com destaque para metalmecânica, alimentos e tecnologia da informação.

Um bom profissional deve ter conhecimentos nas áreas administrativas, comerciais, de produção, logística e financeira, além de capacitação em planejamento es-tratégico, gerenciamento de custos, processo produtivo e processo mercadológico. Ou seja, o gestor industrial precisa dominar a atividade tecnológica de produção, organizar aprovisionamentos, gerenciar estoques, fixar prazos intersetoriais internos e promover a redução dos custos operacionais, além de ser receptivo a novas tec-nologias de manufatura e à evolução dos produtos. Além disso, é necessário bom senso e habilidade no relaciona-mento interpessoal para coordenar equipes.

Na aplicação dos novos métodos de gestão e organi-zação o gestor deve se esforçar para criar estruturas mais flexíveis que realizem tarefas mais complexas e menos repetitivas que no passado, capacitando as pessoas com o objetivo de aumentar sua motivação, melhorar a pro-dutividade, a qualidade e a segurança no trabalho. Outra função é fazer a análise de métodos, tempos e custos para poder planejar e controlar melhor as operações, anali-sando os sistemas existentes ou criando novos modelos e simulando seu funcionamento.

A formação técnica engloba

áreas como Qualidade e

Recursos Humanos. A primeira

implementa sistemas de

gestão da qualidade, e a área

de RH é para quem gosta de

trabalhar com pessoas, pois

atua desde o recrutamento

até o treinamento.

Page 21: Guia das Profissoes

22 | guia de Profissões da indústria | 2012

AUTOMAçãO

a arte de programar robôs

Processos industriais

automatizados reduzem custos

e aumentam a qualidade dos

produtos, contribuindo para a

competitividade das empresas

Qualificação profissional:

•CLPAssociadoaEletro-Hidro-PneumáticaProporcional•InstrumentistaIndustrial•Automação

•RobóticaBásica

curso Técnico:

•AutomaçãoIndustrial•Mecatrônica

curso superior:

•AutomaçãoIndustrial•MecatrônicaIndustrial

pós-graduação:

•EngenhariadeManutençãoIndustrial•EngenhariadeAutomação•AutomaçãoIndustrial•MecatrônicaIndustrial

Regiões de predominância:GrandeFlorianópolis,Vale do Itajaí e Norte.

Unidades do senaisc: Florianópolis, Luzerna, Itajaí, São Bento do Sul, Jaraguá do Sul e Blumenau.

CURSOS

Page 22: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 23

e desde pequeno você gostava de desmontar seus brinquedos “para ver como funcionavam” e até hoje é fascinado por robôs e outros mecanismos auto-

máticos, a carreira de Automação é feita para você. Uma das principais características dos profissionais dessa área é aliar conhecimento tecnológico com criatividade, além de uma curiosidade natural em identificar oportu-nidades que possam melhorar a capacidade produtiva das empresas. Entre outras funções o trabalho na área consiste em implantar dispositivos programáveis – co-mo sensores, esteiras e células robóticas – em linhas de produção para aumentar sua eficiência e precisão.

Atualmente, a globalização e a forte concorrência entre as empresas aumentaram a importância da auto-mação para a modernização de processos, com menos custos e mais qualidade dos produtos. Novas aplicações para a tecnologia surgem a todo o momento, de robôs destinados a atividades industriais e científicas até veí-culos guiados automaticamente (AGV).

No Brasil, as empresas investem cada vez mais na au-tomatização de suas fábricas para ganhar competitivida-de. Isso, juntamente com a extrema qualificação neces-sária para atuar na área, faz com que os profissionais de Automação tornem-se valorizados e disputados no mer-cado nacional e também no exterior. Em Santa Catarina, o

complexo portuário e indústrias como a Embraco e a Tupy são exemplos de grandes clientes das prestadoras de ser-viço especializadas em soluções de automação. Entre as empresas que atuam no mercado catarinense estão nomes como Pollux Engenharia, Jave, Brasilmaics e Geometric.

Mas para conseguir uma oportunidade nesse ramo é preciso ter uma formação técnica bem específica, que envolve conhecimentos de mecânica na área de manu-tenção e eletrônica digital e analógica, incluindo mon-tagem de equipamentos e programação de controlado-res lógicos programáveis (CLPs), além de treinamentos multissetoriais feitos nas empresas e um bom conheci-mento de inglês técnico.

A automação trabalha com

sistemas de controle nos quais

os mecanismos verificam

seu próprio funcionamento,

fazendo medições e correções

sem interferência do homem.

Page 23: Guia das Profissoes

24 | guia de Profissões da indústria | 2012

AUTOMOTivA

Quem aí é apaixonado por Carro?

Tanto na produção quanto na

manutenção de veículos, as

oportunidades de trabalho

nessa área são abundantes

Qualificação profissional:

•Manutenção de Motores Diesel•Mecânico de Injeção Eletrônica de Automóveis•Mecânico de Injeção Eletrônica de Motocicletas•Mecânico de Manutenção de Automóveis Leves•Mecânico de Manutenção de Motocicletas

curso Técnico:

•Manutenção Automotiva

Regiões de predominância:GrandeFlorianópolis,Norte e Vale do Itajaí.

Unidades do senaisc: São José, Palhoça, Blumenau e Joinville.

CURSOS

Page 24: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 25

izem que brasileiro é apaixonado por carro. É verdade. Assim como é verdade que nunca se vendeu tantos automóveis no Brasil quanto nos

últimos anos, e que novas fábricas estão em construção. Uma delas será em Santa Catarina: a fábrica de motores da General Motors em Joinville. Isso quer dizer que as oportunidades de carreira nessa área são abundantes e bem remuneradas.

Ingressar no ramo significa pertencer a um dos seto-res mais estratégicos da economia brasileira, responsá-vel por literalmente mover o país através da fabricação e reparação de carros, motocicletas, caminhões, ônibus, embarcações e demais veículos motorizados.

Dinâmica e competitiva, a área automotiva abrange as indústrias automobilística e náutica, considerando aí a indústria de autopeças, que fabrica determinadas pe-

ças dos veículos que depois são montadas nas fábricas de automóveis, as montadoras. A área inclui também toda a cadeia de pós-venda e manutenção, incluindo concessionárias de veículos, oficinas independentes e assistências técnicas, que são numerosas em todas as regiões do estado, sobretudo na Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e Joinville.

Além do gosto por carros, máquinas, ferramentas e motores, para atuar na indústria automotiva é ne-cessário investir em conhecimentos sobre mecânica veicular, eletricidade, técnicas de pintura e soldagem, entre outros. É possível trabalhar em diferentes fun-ções, como manutenção de latarias, eletricidade, in-jeção eletrônica, motores, sistemas de freios ABS, air bags, suspensão, transmissão e instalação de acessó-rios, entre outras.

Por ser baseada em

tecnologias que se renovam

constantemente, a área exige

atualização e aperfeiçoamento

contínuo dos profissionais –

portanto, esteja preparado

para nunca parar de estudar.

Page 25: Guia das Profissoes

26 | guia de Profissões da indústria | 2012

TêxTil e veSTUáRiO

a indústria da moda está na moda

Cada vez mais focada no

desenvolvimento de coleções e

lançamento de novidades, a área

requer profissionais criativos e

adaptados a processos flexíveis

Qualificação profissional:

•CADparaConfecção•Costureiro•CostureiroIndustrialdoVestuário•DesenhistadeModa •ModelagememTecidodeMalha•ModelagememTecidoPlano•Modelista

aprendizagem industrial:

•ConfeccionadordeMoldeseRoupas•DesenhistadeProdutoeModa•OperadordeMáquinasTêxteis

•ProduçãodoVestuário•ConfeccionadordeRoupasIndustriais•CostureiroIndustrial•OperadordeMáquinadeCostura•ProcessosProdutivodoVestuário

curso Técnico:

•Têxtil•ModelagemdoVestuário•Vestuário

•ProduçãodeModa

curso superior:

•ProduçãodoVestuário•ProduçãoTêxtil•Designde Moda

pós-graduação:

•ModaeGestão•NegóciosdoVestuário

Regiões de predominância: Sul, Norte e Vale do Itajaí.

Unidades do senaisc: Blumenau, Jaraguá do Sul, Rio do Sul, Criciúma, Brusque, Joinville e Chapecó.

CURSOS

Page 26: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 27

As indústrias do setor

estão terceirizando parte

da produção. Por isso há

boas oportunidades para

profissionais do setor

investirem em negócios

próprios, fornecendo para

as grandes empresas.odos os anos os desfiles de moda realizados em cida-des importantes como Nova Iorque, Paris, Milão e São

Paulo mostram as tendências que estarão em alta na próxima estação. Mas para que os modelos possam des-filar e chamar a atenção do consumidor e este finalmente possa comprar as roupas da moda, um batalhão de profis-sionais participa do processo. Essa indústria representa uma cadeia produtiva imensa, que envolve muito mais do que a criatividade do estilista que faz o design das roupas e coleções. Em Santa Catarina este é o segmento indus-trial que emprega maior número de trabalhadores: cerca de 170 mil, em todas as etapas do processo.

Os processos industriais incluem a produção de fios de algodão, a tecelagem, o tingimento e a estamparia, dentre outros. A modelagem é o corte dos tecidos de al-godão, poliéster e outros materiais, e a confecção de cal-ças, shorts, camisas, camisetas, jaquetas, saias ou meias é a finalização de todo o trabalho. Empresas do setor também produzem artigos como toalhas de banho e de mesa, lençóis e travesseiros. A atividade envolve ainda pesquisa de novos materiais. Um exemplo é o uso de fi-bras extraídas de garrafas PET (de refrigerantes) reci-cladas na confecção de roupas.

O setor têxtil e de vestuário é um dos mais antigos de Santa Catarina, sendo que as primeiras indústrias são do século 19, como a Hering, fundada em 1880. Nos últimos anos elas se modernizaram e tornaram seus processos industriais muito mais flexíveis, pois estão lançando um maior número de coleções e de novidades ao longo do ano para atrair mais consumidores. Isso quer dizer que para os profissionais dessa indústria a criatividade é uma qualidade essencial.

Além disso, o profissional precisa ter conhecimentos em matérias-primas, insumos, modelagem, costura, ten-dências da moda, estamparia, tinturaria e uso das cores. Em cada um desses itens são usadas tecnologias de úl-tima geração. É o caso da modelagem feita com técnicas gráficas computadorizadas. Com esses conhecimentos pode-se atuar em diferentes fases do processo de fabri-cação e na gestão das empresas.

Page 27: Guia das Profissoes

28 | guia de Profissões da indústria | 2012

MeTAlMecânicA

do ferro à máQuina

Em Santa Catarina existe

grande número de metalúrgicas

especializadas em componentes

mecânicos para máquinas

pesadas e peças de automóveis

Qualificação profissional:

•AjustadorMecânico•DesenhoemCAD-2De3D•OperadordeMáquinasdeUsinagemcomComandoNuméricoComputadorizado•SoldadornoprocessoMIG/MAG•SoldadornoprocessoTIGemAço•Torneiro Mecânico

aprendizagem industrial:

•AjustadorMecânico•CaldeireiroMontador •CaldeireiroMontadorNaval•DesenhistaMecânico•Ferramentaria•FresadorMecânico•ManutençãoEletromecânica•MecânicoGeral•MecânicodeAutomóveiseCaminhões•MecânicodeManutençãodeMáquinasemGeral•MecânicodeManutençãodeMáquinasdeCosturaIndustrial•MecânicodeUsinagem•MecânicoEstampador•MecânicoIndustrial•OperadordeMáquinasdeUsinagem •SoldadorMecânico•TorneiroMecânico•UsinagemMecânica

curso Técnico:

•ConstruçãoNaval•Eletromecânica•FabricaçãoMecânica•ManutençãodeAeronaves–Aviônicos

•ManutençãodeAeronaves–Célula•ManutençãodeAeronaves–GrupoMotoPropulsor•Mecânica

curso superior:

•FabricaçãoMecânica•ManutençãoIndustrial •ProcessosIndustriais

pós-graduação:

•EngenhariadeManutençãoIndustrial

Regiões de predominância: Norte, Sul, Médio Vale do Itajaí e Meio-Oeste.

Unidades do senaisc: a maioria das Unidades de Santa Catarina.

CURSOS

Page 28: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 29

ode até parecer um palavrão à primeira vista, mas o fato é que a área metalmecânica é estraté-

gica para a indústria, da qual dependem praticamente todas as outras áreas do setor produtivo. Afinal, as em-presas desse ramo são responsáveis por transformar metais como ferro e alumínio nos mais variados tipos de produtos, incluindo máquinas, estruturas metálicas, tubulações, matrizes, além da instalação e manutenção de máquinas e equipamentos industriais.

Em Santa Catarina é forte a presença de metalúrgi-cas especializadas na produção de componentes me-cânicos para máquinas pesadas, como blocos de moto-res, cabeçotes e discos de freio, além de empresas que transformam chapas de aço em portas, capôs e estrutu-ras de carroceria usadas na fabricação de automóveis. No estado também se fabricam produtos finalizados, como motores elétricos, compressores de ar, compres-sores de geladeiras, eletrodomésticos, parafusos e mol-des que são utilizados em processos industriais como a injeção de plásticos.

Para quem deseja seguir uma carreira nesta área é necessário um elevado nível de comprometimento, tan-to com os resultados da empresa quanto com o próprio crescimento pessoal. Manter seus conhecimentos atuali-zados, acompanhando as inovações tecnológicas, é uma atitude fundamental para o sucesso profissional. Além disso, o técnico em metalmecânica deve se preocupar com a otimização de recursos, melhorias de processos produtivos e de gestão com foco na produção mais efi-ciente, econômica e sustentável.

Nas indústrias, pode-se atuar na produção ou no pla-nejamento de processos. A prestação de serviços, seja em assistência técnica ou na comercialização de máqui-nas, produtos e insumos, também é uma boa oportuni-dade de realização profissional. Nesse sentido, um dos cursos oferecidos pelo SENAI de São José é o de Técnico em Manutenção de Aeronaves. Quem preferir pode tra-balhar no desenvolvimento de novas tecnologias, seja na fabricação de máquinas ou na criação de novos produtos.

Na metalmecânica é possível

atuar diretamente na

produção, com processos de

fabricação convencionais

ou computadorizados. Ou

então no planejamento de

processos e com tecnologias de

programação e modelamento.

Page 29: Guia das Profissoes

30 | guia de Profissões da indústria | 2012

AliMenTOSUm dos maiores setores industriais

de Santa Catarina busca força

de trabalho qualificada para

desenvolver novos produtos

Cardápio profissional

variado

Qualificação profissional:

•AnálisesFísico-QuímicasemLeiteseDerivados •AnálisesMicrobiológicasemAlimentoseÁgua•BoasPráticasdeFabricaçãonaIndústriadeAlimentos•CorteeDesossadeCarneSuína,BovinaedeAves•ImplantaçãodoSistemadeAnálisedePerigoePontosCríticosdeControle•PadeiroeConfeiteiro

aprendizagem industrial:

•FabricaçãoeConservaçãodeAlimentos•OperadordeProcessosnaIndústriadeAlimentos•PadeiroeConfeiteiro•QuímicadeFabricaçãoeConservaçãode Alimentos

curso Técnico:

•Alimentos•Panificação

curso superior:

•Alimentos

pós-graduação:

•MBAemGestãoparaSegurançadeAlimentos

Região de predominância: Oeste

Unidades do senaisc: Chapecó, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Videira, Florianópolis e Capinzal.

CURSOS

Page 30: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 31

ara aqueles que desejam escolher uma área de atuação profissional que dificilmente entra em

crise, essa área é a de alimentos. Afinal, ninguém dei-xa de comer porque o dinheiro está curto. Melhor ainda do que essa “imunidade” às crises é que o setor é cheio de oportunidades. Afinal, cada vez mais pessoas em to-do o mundo vivem nas cidades, onde não podem produ-zir seus alimentos.

Assim, a indústria está sempre criando algo novo pa-ra dar satisfação e praticidade aos consumidores, como refeições pré-prontas, porções diferenciadas e alimen-tos mais duráveis. Com o aumento da preocupação com a saúde, a indústria também investe em produtos para enriquecer a dieta, prevenir doenças e reduzir a absor-ção de gorduras pelo organismo.

Em Santa Catarina um dos maiores setores indus-triais é o de alimentos, que conta com empresas como Brasil Foods, Sadia, Aurora e Seara. Há mais de três mil indústrias desse ramo no estado, empregando cerca de 100 mil trabalhadores. O setor é muito ligado ao que Santa Catarina faz no campo, pois o estado é o maior produtor de carne suína do Brasil e o segundo maior de aves – as regiões de predominância dessa indústria são a Oeste e a Meio-Oeste. Esses produtos são consumidos em todo o mundo. Os cortes de aves e de suínos estão entre os produtos mais exportados por Santa Catarina.

O estado também é líder nacional na produção de pescados e frutos do mar. A região serrana se destaca na produção de maçãs e de uvas. A produção de vinho, na região serrana, e de cerveja, no Vale do Itajaí, já ficou famosa em todo país pela qualidade dos produtos, que se igualam aos concorrentes estrangeiros.

Num mercado tão dinâmico e exigente, os fabrican-tes precisam garantir a modernização constante dos co-nhecimentos, da estrutura de produção e da segurança alimentar, sem poupar investimentos em tecnologia e em profissionais gabaritados. Há boas oportunidades nas áreas de controle de qualidade, laboratórios de en-saios físico-químicos e microbiológicos e diretamente na produção. Outras áreas promissoras são o desenvol-vimento de embalagens e pesquisas sobre conservação e aumento da vida útil dos alimentos.

A indústria de alimentos

requer conhecimentos

multidisciplinares, com

ênfase em química,

bioquímica, microbiologia,

nutrição, ciências agrárias,

tecnologia e gestão de

processos e pessoas.

Page 31: Guia das Profissoes

32 | guia de Profissões da indústria | 2012

cOnSTRUçãO civil

teCnologia nos Canteiros de obras

A área deixou de ser um reduto

de trabalho braçal e incorporou

processos e ferramentas mais

sofisticados e produtivos

Qualificação profissional:

•AplicadordeRevestimentoCerâmico•ArmadordeFerragem•InstaladorHidráulicoPredial•MestredeObras•MontadordeAndaimes•PedreirodeAlvenaria

aprendizagem industrial:

•DesenhistaArquitetônico•OficialdaConstruçãoCivil•OficialdeEdificações

curso Técnico:

•Edificações

pós-graduação

•MBAemGestãodeObrasdeEdificações

Regiões de predominância: Litoral, Meio-Oeste e Extremo-Oeste.

Unidades do senaisc: Balneário Camboriú, Blumenau, Concórdia, São José e Palhoça.

CURSOS

Page 32: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 33

uem passa distraído por um prédio em constru-ção nem imagina as diferentes especialidades de profissionais e tecnologias envolvidos pa-

ra dar conta do projeto. Hoje em dia são usados equipamentos a laser para marcar o solo, o concreto recebe um tratamento especial para melhorar o desem-penho e modernos elevadores levam os trabalhadores com maior segurança e velocidade até o topo do edifí-cio. Quando a construção fica pronta é hora de aplicar os conceitos da automação predial, que é o conjunto de técnicas que garantem melhor aproveitamento da ener-gia e da água e o controle eletrônico de quem entra ou sai do local, por exemplo.

Dessa maneira, um canteiro de obras deixou de ser um reduto de trabalho simplesmente braçal e se se transforma em um local onde é possível aprender muito e desenvolver novas habilidades. Outra boa no-tícia é que há muitas oportunidades nesse ramo, pois

este é um dos setores mais dinâmicos para se traba-lhar atualmente.

Um dos setores que mais tem se aproveitado do cres-cimento econômico do país é o da construção civil, esti-mulado também por programas do governo federal como o Minha Casa, Minha Vida e por facilidades de financia-mento. Em Santa Catarina, no Litoral e em cidades co-mo Lages e Chapecó, o mercado está bastante aquecido. Dentre os maiores prédios que estão sendo construídos no país, oito estão em Balneário Camboriú.

O trabalho na área exige conhecimento e qualifica-ção. É preciso saber como funciona a organização do canteiro de obras, conhecer as técnicas e os materiais empregados e entender de desenho espacial. Com essas informações o trabalhador tanto pode atuar na própria obra, em cargos de gestão, por exemplo, como em áre-as correlatas em laboratórios de pesquisa e com vendas técnicas (de equipamentos).

Page 33: Guia das Profissoes

34 | guia de Profissões da indústria | 2012

esColhendo sempre o melhor Caminho

Programar o jeito mais rápido,

seguro e barato para realizar a

movimentação de materiais:

eis a essência do trabalho na área

lOgÍSTicA

Qualificação profissional:

•Auxiliar de Comércio Exterior

• Logística

•Operador de Logística Portuária

• Vistoriador de Container

curso Técnico:

• Logística

Região de predominância: Litoral

Unidades do senaisc: Itajaí, São José, Blumenau, Joinville e Jaraguá do Sul.

CURSOS

Page 34: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 35

uando você recebe um produto em sua casa – uma bicicleta, videogame, notebook –, um tipo

de atividade pouco conhecida da maior parte da população está exercendo seu papel: a logística. As

empresas desta área são responsáveis justamente por distribuir tudo o que é fabricado pelas outras empresas, com o máximo de rapidez, segurança e o menor custo possível. Mas o trabalho, que inicialmente pode parecer simples, exige uma série de habilidades e conhecimentos do profissional, pois o campo de atuação é muito amplo, envolvendo técnicas de transporte, armazenagem, com-pras, expedição, exportação e importação.

Além de atuar em transportadoras, armazéns e cen-tros de distribuição, em atacados e nas companhias do setor, chamadas de operadoras logísticas, o profissional desse ramo pode atuar em qualquer indústria. Afinal, to-da fábrica precisa obter o máximo de eficiência na movi-mentação de materiais e produtos, desde a chegada das matérias-primas até a expedição de mercadorias. No caso das empresas especializadas em oferecer soluções logísticas, a maior concentração está nas várias cidades portuárias do estado, como Itajaí, São Francisco do Sul, Itapoá e Imbituba. É aí que se faz a movimentação das cargas que são enviadas e recebidas ao exterior.

No setor logístico há desde atividades mais simples como a de guincheiro – aquele que trabalha nas máqui-nas de guinchos – até as mais complexas como lidar com questões financeiras das importações e exportações. O profissional da área também pode negociar contratos de distribuição, definir a estrutura de armazenagem que é necessária e criar um roteiro de entrega de mercadorias, entre outras funções.

Raciocínio lógico, habilidade

de negociação, espírito de

equipe e conhecimentos

sobre planejamento de fluxo

de informações são algumas

das competências exigidas

dos profissionais de logística.

Page 35: Guia das Profissoes

36 | guia de Profissões da indústria | 2012

MAdeiRA e MObiliáRiO

de olho em uma Clientela exigente

Incorporando muita

tecnologia, o setor busca

soluções criativas e

bonitas que sejam também

ecologicamente corretas

Qualificação profissional:

•Marceneiro•ProgramadordeCNCemMadeira •ProjetistadeMóveis•PrototipistadeMóveis •TecnologiadaMadeira

aprendizagem industrial:

•DesenhistaIndustrialdeMóveis•Marceneiro•OperadordeMáquinasdeDesdobramentodeMadeiras•Prototipista

curso Técnico:

•DesigndeMóveis•Móveis

Regiões de predominância: Norte e Oeste.

Unidade do senaisc: São Bento do Sul

CURSOS

Page 36: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 37

ara conseguir atender os desejos dos consu-midores, cada vez mais exigentes, a indústria

moveleira catarinense investe pesado em pesquisas de novas matérias-primas e acessórios e insumos. Um exemplo de novos materiais é o uso de madeiras como o eucalipto na fabricação de móveis de qualidade. O de-sign, que busca melhorar o visual, o conforto e a segu-rança dos produtos, ganha destaque especial. Assim, o processo de fabricação também se transforma, ficando muito mais inovador e exigente em relação aos conhe-cimentos que o profissional deve reunir.

Essa busca não contempla apenas o consumidor bra-sileiro, que com seu crescente poder aquisitivo inves-te na renovação de seus dormitórios, salas e cozinhas, elevando a demanda por móveis funcionais e bonitos. Santa Catarina é o estado que mais exporta móveis no Brasil, para consumidores de dezenas de países em to-do o mundo. Trata-se, portanto, de um setor que deve estar sintonizado com as principais tendências interna-cionais, o que inclui a preocupação com soluções eco-logicamente corretas.

As regiões Oeste (Chapecó) e Planalto Norte (São Bento do Sul e Rio Negrinho) concentram a maior par-te das empresas do segmento. Mas trabalhar como em-pregado de uma indústria não é a única opção de quem escolhe o setor moveleiro para fazer carreira. Para aque-les que têm espírito empreendedor, é possível abrir o próprio negócio, produzindo diretamente para o consu-midor como fazem as empresas de móveis planejados, por exemplo, ou ser o fornecedor de indústrias maiores.

Para atuar na área é preciso ter uma visão ampla da área de atuação e não só de uma parte dela. No caso do setor de mobiliário é essencial conhecer a cadeia pro-dutiva que envolve a confecção de um móvel: do pro-cessamento da madeira – aprendendo sobre secagem e transformação, por exemplo – até a tecnologia de aca-bamentos do produto final.

Grande produtora de

madeira reflorestada, Santa

Catarina é uma das pioneiras

no desenvolvimento de

móveis de qualidade feitos

a partir de eucalipto e de

pínus, cujos impactos são

controlados por meio de

certificações ambientais.

Page 37: Guia das Profissoes

38 | guia de Profissões da indústria | 2012

eleTROeleTRônicA

Formação permite trabalhar

nas mais diversas áreas

da indústria e também na

prestação de serviços

dominando a energia

Qualificação profissional:

•ControladoresLógicosProgramáveisBásicos•EletricistadeManutençãoIndustrial •EletricistaIndustrial•EletricistaInstaladorPredial•EletricistaInstaladorPredialdeBaixaTensão

aprendizagem industrial:

•EletricistaBobinador•EletricistadeInstalaçõesIndustriais•EletricistadeInstalaçõesPrediais•EletricistadeManutenção•EletricistadeManutençãoIndustrial•EletricistadeManutençãoemEletroeletrônica•EletricistaIndustrialemEletrônica•EletricistaIndustrialemEletrotécnica•EletricistaInstaladordeMáquinas•EletrônicodeManutençãoIndustrial•MontadordeCartõesEletrônicos •MontadordeComponentesElétricos •MontadordeComponentesEletrônicos•MontadordeEquipamentosElétricos(Transformadores)

curso Técnico:

•Eletrônica•Eletrotécnica

curso superior:

•EletrônicaIndustrial•EletrotécnicaIndustrial

Regiões de predominância: Norte, Sul, GrandeFlorianópoliseValedoItajaí.

Unidades do senaisc: a maioria das Unidades de Santa Catarina.

CURSOS

Page 38: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 39

ma formação técnica em eletroeletrônica permi-te trabalhar nas mais diversas áreas da indústria. Afinal, que fábrica não depende de motores, pai-

néis eletrônicos, iluminação e circuitos e sistemas de automação para funcionar? Tudo isso precisa ser ope-rado e mantido, e ninguém melhor que um técnico para cumprir tais funções. Mas à parte essa versatilidade fun-cional, existe um setor industrial dedicado à fabricação de equipamentos eletroeletrônicos, e aí a demanda pela formação técnica é ainda maior.

O nome da área é uma junção de eletricidade e ele-trônica, o que define o tipo de produtos a que ela se de-dica. Mas o nome, que já é grande, não diz tudo. Algumas das maiores empresas de Santa Catarina, como a WEG, fabricante de motores elétricos, estão presentes em to-das as etapas da produção, o que inclui a fundição do ferro para a carcaça, a estamparia de peças metálicas e a esmaltação dos fios de cobre. Isso quer dizer que es-sas indústrias podem também ser classificadas na área metalmecânica.

Essa indústria fabrica motores, transformadores, con-versores, fontes de alimentação e acionamento das má-quinas. Inclui ainda os segmentos de materiais elétricos, mecatrônica (junção de mecânica com eletrônica e tec-nologia da informação), informática, telecomunicações e utilidades domésticas. Trata-se de um setor em expansão no Brasil, impulsionado pela popularização de celulares, tablets e televisores de alta definição.

As empresas do setor estão entre as que mais inves-tem em pesquisa e desenvolvimento. É o caso da WEG e também da Embraco, que fabrica compressores para refrigeração. Graças às pesquisas a eficiência energética dos produtos dobrou nos últimos anos.

A formação técnica engloba ainda a especialização em projeção e desenvolvimento de sistemas eletrôni-cos analógicos, digitais e de potência. Outro campo é o de eletrônica automotiva, com oportunidades de tra-balho na manutenção e inspeção de veículos de pas-seio e de carga. Gostar de matemática e física é funda-mental. Além dessas disciplinas básicas, os currículos costumam incluir matérias específicas sobre circuitos, conversores, transformadores, sinais digitais e dispo-sitivos eletroeletrônicos, sempre reforçadas com aulas práticas em laboratório.

Além das áreas tradicionais, o

setor demanda profissionais

focados no desenvolvimento

de soluções para construção

civil e geração de energia

através de usinas

hidrelétricas, solares e eólicas.

Page 39: Guia das Profissoes

40 | guia de Profissões da indústria | 2012

TecnOlOgiA dA infORMAçãO

os bits da fortuna

A TI é aplicada em todos

os setores produtivos, pois

permite ganhos de eficiência

e mais lucros. Só que o

bem mais escasso nessa

área é gente qualificada

omputadores, redes e sistemas digitais são ho-je ferramentas tão indispensáveis para a in-dústria quanto os parafusos e soldas. Ou até

mais, já que sua aplicação é de extrema importân-cia em praticamente todos os segmentos produtivos. É o que os especialistas chamam de “área transver-sal”, ou seja, seus produtos e serviços são utilizados em diferentes tipos de empresas para informatizar e otimizar processos industriais.

Os profissionais da área de Tecnologia da Informação (TI) trabalham para criar, instalar e manter toda a infraestrutura de informática em um ambiente industrial, do hardware (equipamen-tos) ao software (programas). Além de afinidade com a tecnologia, criatividade e habilidade para

Qualificação profissional:

•AdministraçãoeSuportedeRedesLinux•CISCOCCNA1,2,3e4•DesenvolvimentoWEB•MontagemeManutençãodeComputadores•Operador de Computador

•ProgramaçãoJAVA

aprendizagem industrial:

•DesenhistadeAnimação•Informática •ProgramadordeComputador•SuporteeManutençãoemMicrocomputadoreseRedesLocais•Suporte e Manutenção em Redes e Telecomunicações

curso Técnico:

•Informática•InformáticaparaInternet •ManutençãoeSuporteemInformática •RedesdeComputadores

curso superior:

•AnáliseeDesenvolvimentodeSistemas •RedesdeComputadores

pós-graduação:

•EngenhariadeSoftware•MBAemGovernançadeTecnologia da Informação e Comunicação

Regiões de predominância:GrandeFlorianópolis,Valedo Itajaí e Norte.

Unidades do senaisc: a maioria das Unidades de Santa Catarina.

CURSOS

Page 40: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 41

resolver problemas lógicos, quem deseja seguir car-reira deve investir na atualização constante dos co-nhecimentos. Trata-se de uma área onde inovação é a palavra de ordem.

A capacitação adequada é a senha para acessar um mercado em franca expansão. Em todo o Brasil – e até no exterior – há uma demanda crescente por técnicos e tec-nólogos em TI, maior até do que as instituições de ensino têm conseguido formar. Em Santa Catarina, o número de empresas desenvolvedoras de produtos e prestadoras de serviço não para de crescer, com destaque para o polo de TI da Grande Florianópolis, que já arrecada mais im-postos que o turismo na região.

A formação pode ser dividida em duas áreas: de-senvolvimento de software e redes de computadores.

Na primeira são desenvolvidos conhecimentos de ló-gica e linguagem de programação e banco de dados para implementação de sistemas desktop e web. Nas redes são trabalhados conteúdos ligados à montagem e à manutenção de hardware, sistemas operacionais e elementos de redes para a construção de infraes-truturas de TI.

No nível de Aprendizagem os alunos desenvolvem e mantêm sites com baixa complexidade e podem fazer ma-nutenção de computadores. No Técnico são capacitados para implementar software e participar de equipes de desenvolvimento. No Superior modelam e desenvolvem sistemas desktop e web, projetam soluções completas de redes e gerenciam equipes de desenvolvimento e de im-plantação de redes.

Page 41: Guia das Profissoes

42 | guia de Profissões da indústria | 2012

ceRâMicAAlém das modernas

tecnologias de produção,

essa indústria tem que estar

antenada com as novidades

em design e com a moda

revestir Com Qualidade

Qualificação profissional:

•Ceramista

aprendizagem industrial:

•Ceramista

curso Técnico:

•Cerâmica

Região de predominância: Sul

Unidades do senaisc: Criciúma, Rio do Sul e Tijucas.

CURSOS

Page 42: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 43

ransformar barro, argila e pedra em telhas, blocos e revestimentos para a construção civil, incluindo azu-

lejos, porcelanatos, ladrilhos e pastilhas. Esta é ape-nas uma das diversas atividades da indústria cerâmica, que compreende ainda setores ligados à mineração e à indústria química – além de segmentos mais específicos, como as empresas colorifícias, ou seja, aquelas dedica-das exclusivamente à fabricação de produtos que formam uma camada vítrea na superfície dos objetos.

Os fabricantes de cerâmica também atuam direta-mente com o segmento de decoração, o que exige pro-fissionais sempre antenados com as últimas tendências em design de interiores e moda. Afinal, hoje em dia azu-lejos e revestimentos são parte integrante da decoração dos imóveis, o que exige projetos personalizados, aca-bamento impecável e desenvolvimento de materiais e peças cada vez mais avançados.

Além de suprir o mercado brasileiro, as indústrias na-cionais também exportam para mais de 130 países, sobre-tudo Estados Unidos. Com tantas chances à vista, a especia-lização é a melhor forma de conquistar espaço num mer-cado que gera 25 mil empregos diretos ao ano no Brasil.

Melhor ainda para quem mora em Santa Catarina, onde se concentra grande parte das oportunidades de trabalho. Um dos maiores polos cerâmicos do Brasil, o estado reúne importantes companhias localizadas entre as cidades de Criciúma, Morro da Fumaça, Tijucas e Rio do Sul. Por ali estão as fábricas da Portobello, Incepa, Eliane, Ceusa, Cecrisa, Cejatel, Galatto e Cerâmica Rainha, só para citar as marcas mais famosas.

Inovação e evolução tecnológica são as palavras-cha-ve da cerâmica industrial, portanto prepare-se para estar sempre atualizado e por dentro das últimas novidades do setor. Para quem almeja cargos de gerência, é necessário ainda possuir noções básicas de planejamento estratégico.

Bons conhecimentos sobre

matérias-primas, aditivos,

controle de qualidade e

processamento de materiais

cerâmicos, como placas,

sanitários e louças, estão entre

os requisitos importantes

para uma carreira na área.

Page 43: Guia das Profissoes

44 | guia de Profissões da indústria | 2012

MeiO AMbienTe

uma profissão a favor do planeta

Produzir mais usando

menos materiais e reduzindo

a emissão de gases e a

produção de resíduos. Esse

é o moderno ideal fabril, que

requer pessoal especializado

Qualificação profissional:

•Auxiliar de Laboratório de Saneamento• GerenciamentodeResíduosSólidos•Microbiologia de Lodos Ativados• OperadordeTratamentodeÁguaseEfluentes• TratamentoFísico-QuímicodeEfluentes

curso Técnico:

•Controle Ambiental

curso superior:

• GestãoAmbiental

pós-graduação:

• GerenciamentodeÁguaseEfluentes•MBAemGestãoIntegradadoMeioAmbiente

Regiões de predominância: todo o estado.

Unidades do senaisc: Blumenau, Joinville e Criciúma.

CURSOS

Page 44: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 45

odos nós temos preocupação em relação ao futuro do planeta e por isso cada vez mais cuidamos do meio

ambiente, economizando água e luz e separando o lixo reciclável, por exemplo. Em uma escala maior, a in-dústria faz a mesma coisa, tratando os resíduos que so-bram do processo de fabricação, prevenindo e corrigindo ações que podem levar à poluição da água, do solo e do ar. Além de uma motivação própria, esses cuidados tam-bém são resultados da legislação ambiental, que aplica multas pesadas para quem não cumpre as regras.

O campo de trabalho no setor é enorme, pois todas as indústrias devem ter um plano de gestão ambien-tal. Algumas delas mantêm um departamento próprio e outras contratam empresas especializadas no planeja-mento e execução das tarefas necessárias. É o caso, por exemplo, das companhias que fazem a coleta e destina-

ção final corretas para os resíduos de outras empresas. Já o SENAIsc oferece consultoria na área de gestão am-biental e realiza análises laboratoriais para seus clientes.

Também é possível atuar no poder público, pois as prefeituras e os governos estaduais e federal têm secre-tarias e órgãos que desenvolvem programas de preven-ção e educação ambiental e fazem a fiscalização.

O profissional da área deve reunir conhecimentos de química, biologia, ecologia e recursos naturais, além de gestão e legislação ambiental. Entre as atividades estão o acompanhamento dos níveis de poluição do ar e do solo, controle de geração de efluentes industriais, pesquisas na área de eficiência energética, elaboração de planos de gerenciamento de resíduos, fiscalização, licenciamento (autorização para uma empresa funcio-nar) e educação ambiental.

Estações de tratamento de efluentes

industriais permitem devolver aos rios água

mais limpa que a captada pelas indústrias,

que realizam monitoramento constante

Page 45: Guia das Profissoes

46 | guia de Profissões da indústria | 2012

cAlçAdOS

Criativadade e teCnologia para os pés

Sapatos podem ser objetos de

desejo ou simplesmente devem

ser bonitos e confortáveis. De

um jeito ou de outro o mercado é

promissor nessa área

Qualificação profissional:

•Corte de Calçados•Costura para Calçados•Desenhista de Calçados•Modelagem para Calçados - CAD 2D•Preparação de Calçados

aprendizagem industrial:

•Confeccionador de Calçados

curso Técnico:

•Calçados

Região de predominância:GrandeFlorianópolis

Unidade do senaisc: São João Batista

CURSOS

Page 46: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 47

ara muitas mulheres, eles são irresistíveis. Comprar um par de sapatos pode ser um prazer

capaz de aliviar dores profundas, como traição, dor de cotovelo ou até um desastre no cabeleireiro. Quem afir-ma isso é a atriz Cláudia Raia, uma das apaixonadas por sapatos mais conhecidas do país, com mais de 300 pares em seus armários. Isso dá uma ideia do apelo de consumo embutido nessas mercadorias. Num nível menos exage-rado, o calçado é um item indispensável para compor o visual de homens e mulheres de todas as idades.

Para se chegar a esses verdadeiros objetos de desejo com formas, cores e materiais surpreendentes e inusita-dos, ou simplesmente produzir calçados confortáveis e bonitos, as indústrias investem cada vez mais em tecno-logia de produção e nos processos criativos. Assim como outros setores relacionados à moda, o segmento calça-dista realiza eventos nos quais são mostrados os novos materiais, equipamentos e o que vai fazer sucesso nas passarelas e nas ruas.

Santa Catarina tem uma importante participação nes-te setor: São João Batista, na Grande Florianópolis, con-centra quase que todas as indústrias da área, com des-taque para empresas famosas como Raphaela Booz, Lia Line e Bárbara Krás. A maior parte do que é fabricado ali, cerca de 90%, é vendido no país e o restante expor-tado. Utilizando matérias-primas como couro, tecidos, borrachas e madeira, as empresas criam sandálias, botas, sapatos e sapatilhas para homens, mulheres e crianças.

Para isso, precisam ainda de duas coisas: equipamen-tos de última geração e profissionais qualificados e ino-vadores. O profissional deve reunir uma série de compe-tências técnicas como conhecimentos em criação, desen-volvimento de produtos, modelagem e processo de pro-dução, além de estar conectado às tendências da moda.

Uma das máquinas mais

modernas hoje em uso pela

indústria calçadista é o CAD

Colmes, que utiliza os recursos

da computação gráfica para

o corte de peças como o

couro e palmilhas, evitando

o desperdício de materiais.

Page 47: Guia das Profissoes

QUÍMicA

48 | guia de Profissões na indústria | 2012

experimentos bem remunerados

Setor se ocupa do

desenvolvimento

de novos produtos,

materiais e do

fornecimento de

matérias-primas para

outras indústrias

Qualificação profissional:

•Métodos Analíticos em Análises Bacteriológicas e Físico-Químicas

aprendizagem industrial:

•Química•Química Industrial – Tintas e Vernizes

curso Técnico:

•Química

Regiões de predominância: Vale do Itajaí e Sul.

Unidades do senaisc: Jaraguá do Sul e Joinville.

CURSOS

Page 48: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 49

abe aquela curiosidade infantil de misturar ele-mentos para ver o que é que dá? Pois essa é a es-sência da química, que se ocupa da interação dos

átomos com outros átomos. Assim a indústria química mudou o mundo desenvolvendo novos materiais. Um bom exemplo disso é o plástico, que somente há algumas décadas passou a existir e hoje está presente em quase tudo, desde pequenas embalagens até aviões. A matéria--prima tradicional do plástico é o petróleo, mas graças a novos desenvolvimentos da indústria ele já é feito de cana-de-açúcar.

Além de inovadora, a indústria química é versátil. Da agricultura ao aeroespacial, a área fornece matéria-prima para todos os setores, com destaque para as empresas de vestuário, alimentos, celulose, medicamentos, pro-dutos veterinários, fertilizantes, tintas e solventes. Por isso, quem optar pela área estará em um dos campos de atuação mais vastos do mercado, e que está em expan-são. Um estudo concluiu que até 2020 a indústria quí-mica recrutará entre 200 mil e 300 mil profissionais no Brasil, seja em nível técnico, superior ou pós-graduação.

A área petroquímica – cuja base é o petróleo – é um exemplo. Com o crescimento da exploração de petróleo no Brasil há grande necessidade de profissionais para atuar nas plataformas. As principais empresas do setor em Santa Catarina são fabricantes de tintas, vernizes, esmaltes e solventes, mas também há muitas oportuni-dades na indústria alimentícia.

O técnico em química pode atuar no planejamento e controle de produção, no desenvolvimento de pro-dutos e no tratamento de resíduos industriais, entre outras áreas. Ou ainda em vendas, assistência técnica e gestão ambiental de empresas. É preciso ter espírito investigativo, facilidade com cálculos e paciência e exa-tidão para lidar com análises. Também se deve gostar do ambiente de laboratório, pois será inevitável passar um bom tempo lá dentro – tanto durante os estudos co-mo no trabalho.

Entre os segmentos

promissores estão os

de cosméticos, higiene,

agroindústria, biocombustíveis,

nanotecnologia (manipulação

da matéria em escala

molecular), petroquímica

e química forense –

especializada em produtos

para investigação criminal.

Page 49: Guia das Profissoes

50 | guia de Profissões da indústria | 2012

apliCações diversifiCadas

Com destaque em

produtos para construção e

descartáveis, Santa Catarina

tem o segundo maior parque

industrial do setor no país

stado pioneiro na transformação de plásticos na década de 1950, quando recebeu sua pri-meira máquina de injeção manual de resina

plástica, Santa Catarina tem hoje mais de 900 indús-trias. Mesmo sem contar com um polo petroquímico, refinarias ou indústrias químicas de grande porte, que produzem as matérias-primas desse segmen-to industrial, o estado tem o segundo maior parque instalado no Brasil e é líder nacional em produtos de PVC (os mais conhecidos são os tubos e conexões) e copos descartáveis. Também se destaca na produ-ção de filmes plásticos e bandejas para alimentos, além de brinquedos.

A formação técnica inclui o conhecimento dos polímeros termoplásticos, que são compostos quí-micos que podem ser fundidos e moldados nos mais diferentes produtos, além de reciclados. E também desenho de produtos, operação de injetoras e esco-lha de aditivos e corantes.

PláSTicO e POlÍMeROS

Qualificação profissional:

• Tecnologia em Processamento de Polímeros

aprendizagem industrial:

•Moldador de Plástico por Injeção• Transformador de Resinas Plásticas

Regiões de predominância: Sul e Nordeste.

Unidade do senaisc: Joinville

CURSOS

Page 50: Guia das Profissoes

ANÚNCIO

Page 51: Guia das Profissoes

52 | guia de Profissões da indústria | 2012

TelecOMUnicAçõeS

suporte ao mundo ConeCtado

Telefonia móvel, internet e TV digital se expandem rapidamente e precisam de quem cuide de toda a infraestrutura

esponsável por possibilitar a troca de informa-ções através de meios digitais e eletrônicos, a

área de telecomunicações adquire importância cada vez mais estratégica para a economia brasileira. A expansão do acesso à internet e dos telefones móveis faz surgir empresas dedicadas ao planejamento, instalação e manutenção de sistemas de telefonia, comunicação de dados, serviços de celular, TV digital e outros. Cresce também a procura por profissionais da área, sobretudo os especializados no desenvolvimento de hardwares e softwares destinados à comunicação rápida e eficaz en-tre os diversos elos da cadeia produtiva e seus respecti-vos clientes e parceiros.

Outras atribuições incluem o gerenciamento de re-des LAN, WAN, internet e intranet, além da possibili-dade de trabalhar com operação e suporte técnico de antenas, satélites e sistemas de fibra óptica. O merca-do de trabalho inclui instituições públicas e privadas que utilizam sistemas de rádio transmissão, operado-ras de telefonia móvel e fixa, concessionárias de tele-visão aberta e fechada, além de provedores de internet banda larga.

aprendizagem industrial:

• Instalador e Reparador de Equipamentos de Telecomunicações

curso superior:

• Sistemas de Telecomunicações

Região de predominância:GrandeFlorianópolis

Unidade do senaisc: Florianópolis

CURSOS

Page 52: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 53

de bem Com as árvores

Para ser sustentável essa

indústria tem que cuidar das

florestas e se destacar no mercado

setor tem o desafio de seguir crescendo de olho na sustentabilidade das florestas e recursos na-turais, o que aumenta a demanda por profissio-

nais especializados. A indústria depende de eucaliptos e pinheiros para obtenção de sua matéria-prima. Por isso é necessário aumentar sua produtividade e planejar sua utilização, evitando a derrubada desnecessária de flo-restas nativas para o plantio de florestas comerciais. A área é também repleta de oportunidades no segmento industrial, como o desenvolvimento e aplicação de tecno-logias de processamento para a fabricação de produtos diversos, incluindo embalagens de papelão, enchimen-tos para portas, itens de higiene pessoal e moldes para transportes e móveis, entre outros.

É possível ainda atuar em empresas de reciclagem, pesquisas junto a empresas e universidades, projetos de reflorestamento, representação comercial ou em vivei-ros florestais, desenvolvendo mudas, clones e sementes. Em Santa Catarina estão instalados os parques fabris de grandes empresas do setor, principalmente nas regiões do Planalto Serrano e do Planalto Norte.

celUlOSe e PAPel

aprendizagem industrial:

•Operador de Máquinas de Fabricar Papel

curso Técnico:

•Celulose e Papel

Regiões de predominância: Meio-Oeste, Planalto Norte e Planalto Serrano.

Unidades do senaisc: Caçador, Canoinhas e Lages.

CURSOS

Page 53: Guia das Profissoes

54 | guia de Profissões da indústria | 2012

MeTROlOgiA

tudo na medida Certa

etrologia pode ser entendida como a ci-ência da medição. Bom para quem é me-

tódico e detalhista, pois o que vale aí é a precisão absoluta. As aplicações industriais desse esforço são essenciais para o sucesso das empre-sas, pois se alguma peça estiver fora do padrão o produto pode não funcionar direito. Imagine is-so acontecendo com peças de freios de automó-veis, por exemplo, essenciais para a segurança no trânsito. A origem de muitos “recalls”, as chama-das que as montadoras de veículos fazem para a troca de peças defeituosas, pode estar em falhas nesse processo.

Nas indústrias, além da medição dimensional, a área engloba testes de tração, compressão, re-sistência e composição de materiais. Também é importante a chamada engenharia reversa, que consiste em analisar e medir uma peça para de-terminar como foi feita (ou seja, elaborar o pro-jeto a partir do produto). Os profissionais da área podem trabalhar em grandes indústrias do ramo metalmecânico ou em empresas prestadoras de serviços. Ou como autônomos, se investirem em equipamentos para medidas em três dimensões, por exemplo.

Precisão das medições é

fundamental para o bom

funcionamento de produtos

industriais complexos

Page 54: Guia das Profissoes
Page 55: Guia das Profissoes

56 | guia de Profissões da indústria | 2012

SenAisc

Maior instituição de

ensino profissional

do estado, o

SENAIsc também

é referência em

serviços técnicos

e tecnológicos e

em consultoria

empresarial em

várias áreas

usina de soluções Para a indústria

Formação de técnicos na área metalmecânica

Page 56: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 57

Em qualquer atividade econômi-ca, manter-se competitivo e sintoni-zado com as demandas do merca-do é uma questão de vida ou morte para as empresas. Mas o que fazer quando essas demandas evoluem e mudam cada vez mais rápido? Afinal nos dia de hoje uma indústria pre-cisa ser flexível, sustentável, justa, atualizada e inserida internacional-mente, tudo isso sem deixar de ser lucrativa. Para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), a solução para aumentar a competiti-vidade da indústria passa pela for-mação e pela qualificação de seus profissionais, bem como pela difu-são de conhecimentos por meio de serviços técnicos e tecnológicos, que incluem consultorias especia-lizadas, serviços laboratoriais de metrologia e pesquisa aplicada.

Com 45 unidades distribuídas em oito regiões industriais catari-nenses, o SENAIsc é uma institui-ção consolidada e considerada a maior rede de ensino profissionali-zante do estado. O mercado de tra-balho absorve em média 91% dos egressos de seus cursos de Educação Profissional. Esse alto índice de in-serção do aluno no mercado e a vi-vência em um ambiente próximo à realidade do setor industrial são alguns dos diferenciais oferecidos pelo SENAIsc para os que buscam formação em todos os níveis – da aprendizagem à pós-graduação.

Para os trabalhadores já em ati-vidade na indústria, o atrativo maior é a oportunidade de ampliar os ho-rizontes profissionais com cursos de

qualificação feitos em parceria com as empresas. Para as indústrias, além de melhorar a qualidade e a eficiên-cia da mão de obra, o SENAIsc ofere-ce serviços sob medida, desenvolvi-dos de acordo com a realidade par-ticular de cada empresa.

Para poder oferecer esse nível de customização a entidade conta com a participação ativa das próprias em-presas para promover a troca de ex-periências entre indústria, profes-sores, acadêmicos, profissionais e especialistas. Esse intercâmbio com clientes e fornecedores vai desde a difusão do conhecimento e do apren-dizado até as aplicações práticas de tecnologias de ponta.

Foco nas meTasHá programas, por exemplo, fo-

cados em transferência de tecnolo-gia, conhecimento e intermediação de acordos tecnológicos. A empresa par-ceira colabora oferecendo produtos, serviços ou tecnologia e o SENAI dis-ponibiliza sua infraestrutura de labo-ratórios, serviços, eventos e uma am-pla rede de ensino profissionalizante.

O Sistema de Gestão adotado pe-lo SENAIsc é baseado no modelo da Fundação Nacional de Qualidade e nas normas NBR ISO 9001 e NBR ISO 17025. A cada ano, todas as uni-dades passam por auditorias inter-nas e externas que promovem ci-clos de aprendizado e melhoria das práticas adotadas. Seguindo um Planejamento Estratégico, o moni-toramento do desempenho permite que se mantenha o foco nas metas de médio e de longo prazo.

O SENAI de Santa

Catarina foi instalado

em 1954 pela FIESC,

após a realização de

um censo industrial. O

censo constatou que

havia no estado grande

número de iniciativas em

diferentes segmentos,

mas a maioria carecia de

formação ou habilitação

específica. Assim a

FIESC decidiu criar uma

matriz de competência

capaz de agregar

capacitação e eficiência

à expansão industrial.

Page 57: Guia das Profissoes

58 | guia de Profissões da indústria | 2012

Instituição conta com 45 unidades de

ensino e centenas de laboratórios educacionais,

além de unidades móveis que realizam cursos em

todo o estado. Oferece mais de 160 cursos técnicos

nas principais áreas da indústria, abrangendo da

aprendizagm industrial à pós-graduação. A metodologia

de ensino é focada no mercado de trabalho, o que

resulta em altos índices de empregabilidade.

O SENAIsc é uma das cinco entida-des que integram o Sistema FIESC, uma organização privada, mantida pelo setor industrial catarinense, que desde 1950 tem como missão pro-mover o desenvolvimento da indús-tria local. Além do SENAI, o Sistema FIESC é composto pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), pelo Serviço Social da Indústria (SESI/SC), pelo Centro das Indústrias de Santa Catarina (CIESC) e pelo Insti-tuto Euvaldo Lodi (IEL/SC).

A FIESC representa política e institucio-nalmente um setor com mais de 38 mil empresas – que empregam mais de 670 mil pessoas – e que é res-

ponsável por um terço da riqueza ge-rada em Santa Catarina. Reúne mais de 130 sindicatos de indústria. Além disso, oferece serviços nas áreas de comércio exterior, política econômica industrial, infraestrutura e meio am-biente, legislativa e tributária e rela-ções do trabalho. Atuando de forma articulada com a Federação, o CIESC promove o associativismo e interage com empresas na difusão de informa-ções, produtos e serviços, além de propor ações coletivas.

A missão do SESI/SC é garantir a qua-lidade de vida do trabalhador da indús-tria. Atende 280 mil trabalhadores por dia com serviços nas áreas de saúde, lazer, educação, farmácia e alimenta-ção. Também dá apoio às empresas no desenvolvimento de programas de responsabilidade social.

O IEL/SC é responsável pela articu-lação entre as indústrias, os centros de ensino e pesquisa e as agências de fomento, atuando como indutor e executor de projetos. Atua na gestão de estágio de estudantes nas empre-sas catarinenses. Também promove metodologias como o Benchmarking Industrial, o Estágio Responsável e a GestãoIntegradadaInovação.

sistema fiesc

atua de forma

integrada

Sede do Sistema FIESC em

Florianópolis

45 unidades35 UNIDADES FIXAS,

10 PONTOS DE ATENDIMENTO

São Migueldo Oeste

São Lourenço do Oeste

Xanxerê

Chapecó

ConcórdiaLuzerna

Videira

Caçador

Canoinhas

Mafra

São Bentodo Sul Joinville

PomerodeJaraguá do Sul

Lages

Taió

Rio do Sul

Itajaí

Indaial

Blumenau BalneárioCamboriú

Brusque

São João BatistaTijucas

São José

Florianópolis

Direção Regional

Capivari de Baixo

Tubarão

Criciúma

Capinzal

Schroeder

Curitibanos

Palhoça

Timbó

Itapiranga

SaudadesPinhalzinho

Xaxim

Vargem Bonita

Seara

Otacílio Costa

GuaramirimCorupá

Rio Negrinho

SenAisc

Page 58: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 59

educação Profissional

ara o SENAIsc, mais que matérias-primas e capa-

cidade de produção industrial, são trabalhadores inovadores e com boa escolaridade que constituem a cha-ve da competitividade. Sua filosofia de ensino segue o modelo de educa-ção por competências, priorizando o desenvolvimento de conhecimen-tos, habilidades e atitudes de acor-do com as necessidades do setor in-dustrial. A estratégia de estruturar seus cursos com foco nas deman-das da indústria é o principal moti-vo do sucesso do SENAI, tanto entre as empresas quanto entre os alunos. Enquanto as indústrias podem con-tar com uma força de trabalho bem preparada e alinhada ao seu perfil de produção, os estudantes aumentam suas chances de conquistar uma va-ga no mercado.

Para estruturar os currículos de cada curso são constituídos comi-tês técnicos setoriais reunindo em-presas, entidades de classe, univer-sidades e órgãos públicos. Além de levar em conta as conclusões des-ses comitês, o SENAIsc ainda reali-za pesquisas de mercado para indi-car as áreas com mais necessidade de pessoal e definir o perfil de saída dos profissionais.

paRa empResasEm sua maioria os cursos po-

dem ser organizados em parceria com as empresas. Ministrados den-tro da própria indústria, nos labo-ratórios do SENAI ou de forma vir-tual, eles têm como objetivo incor-porar conhecimentos estratégicos, teóricos, técnicos e operacionais

para que o profissional possa apri-morar suas habilidades e executar funções específicas.

Com dois anos de duração, os cursos técnicos são destinados à formação de estudantes que con-cluíram ou cursam o Ensino Médio. Além dos cursos regulares, o alu-no pode participar também de tur-mas fechadas e customizadas para as necessidades de empresas. Já os cursos de qualificação profissional visam o desenvolvimento de compe-

Além de aumentar o nível de capacitação

nas empresas, o desafio do SENAIsc

é aumentar as condições de

empregabilidade dos trabalhadores das

classes C, D e E, o que inclui a oferta de

bolsas de estudo e cursos gratuitos.

sérgio roberto arruda, diretor regional do SENAIsc

Quando o assunto é ensino

técnico e profissionalizante,

o SENAI é a primeira

marca lembrada

pelo público

catarinense,

segundo a

pesquisa Top

of Mind 2012

realizada pelo

Instituto Mapa.

Page 59: Guia das Profissoes

60 | guia de Profissões da indústria | 2012

tências específicas em diversas áre-as da indústria, dando oportunida-de para o aluno aprender uma pro-fissão, se especializar numa área ou se aperfeiçoar na que já atua. Além dos mais de 200 cursos abertos o SENAIsc atende empresas com cur-sos in company.

opçõesA aprendizagem industrial pro-

move formação profissional para jovens de 14 a 24 anos, ao mesmo tempo em que os introduz no mun-do do trabalho, preenchendo as co-tas de aprendizes que as empresas precisam cumprir por lei. Para as empresas é uma ótima oportunida-de de descobrir talentos e formar profissionais. São cursos customiza-dos para a indústria e gratuitos para o aluno, com parte das aulas realiza-da no SENAI e parte nas empresas. O Ensino Médio articulado contempla a formação profissional associada ao ensino regular. O SENAIsc tam-bém oferece cursos de graduação e pós-graduação com conteúdos de nível avançado.

em entrevista, o professor sérgio roberto arruda, diretor regional do senaisc, ressalta que, além de ofe-recer formação técnica com visão da indústria, a instituição desenvol-ve nos alunos as competências re-queridas pelo mercado.

O QUE LEVA UM JOVEM A BUSCAR UMA FORMAÇÃO TÉCNICA?

Basicamente, aumenta as possibilida-des de emprego. O aluno que se forma em um curso técnico tem condições de entrar no mercado de trabalho mais qualificado e com uma remuneração maior. Existem algumas ocupações de nível técnico na indústria com salários superiores aos de algumas carreiras que exigem curso superior.

QUAL O PERFIL DOS ALUNOS DO SENAIsc?

Nós temos os mais variados perfis. O aprendiz, por exemplo, é o jovem de 14 a 24 anos. Temos também profis-sionais que já trabalham na indústria e que vêm para o SENAIsc fazer curso de qualificação, que são pessoas com

forjando

comPetências

A Tractebel, maior

geradora privada de energia

do país, e o SENAIsc

firmaram parceria para

oferecer o curso Técnico

em Processos Industriais,

modalidade Geração de

Energia, reconhecido

pelo MEC e CREA/SC. O

curso tem duração de dois

anos, é oferecido para os

funcionários da Tractebel

e aberto também à

comunidade. Aqueles que

tiverem aproveitamento

de 70% ingressam como

estagiários na empresa.

Page 60: Guia das Profissoes

2012 | guia de Profissões da indústria | 61

mais idade. E temos aqueles cursando o Ensino Médio articulado e os egres-sos do Ensino Médio em cursos técni-cos, ambos em uma faixa etária entre 17 e 20 anos.

ALÉM DA QUALIFICAÇÃO TÉCNICA, QUE OUTROS ASPECTOS DA FORMAÇÃO DO ALUNO SÃO TRABALHADOS PELO SENAIsc?

Seguimos a metodologia de Educação por Competência, que trabalha não só as questões de conhecimento e de ha-bilidade técnica, mas também as ha-bilidades sociais, capacidade de rela-cionamento, de trabalho em equipe, troca de informações etc. Muitas ve-zes o aluno chega do Ensino Médio com uma formação que não contem-pla esses aspectos.

QUAISASVANTAGENSPARAUMAEMPRESA AO CONTRATAR UM ALUNOEGRESSODOSENAIsc?

A principal vantagem é ter um técni-co extremamente competente. E que já sai com o carimbo de qualidade do SENAI, com uma visão de indústria. Outra possibilidade para as empresas é encaminhar seus próprios funcioná-rios para qualificação, melhorando sua competência e reconhecendo seu es-forço em se aprimorar.

serviços

om uma rede composta por 13 laboratórios me-

trológicos e uma equipe de mais de uma centena de consultores técni-cos, o SENAIsc oferece um vasto car-dápio de soluções para a indústria aumentar sua competitividade nos mercados nacional e internacional. Seja compartilhando a tecnologia de avançados equipamentos de medi-ção ou promovendo a transferência de conhecimento por meio de pes-quisas aplicadas e consultorias nas áreas de gestão, processos produti-vos e meio ambiente, a instituição colabora para a qualificação dos pro-dutos catarinenses.

A rede SENAI Santa Catarina de laboratórios de metrologia é a maior do gênero no país e seus serviços são certificados por instituições como Inmetro e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Atuando em nove diferentes áreas, suas uni-dades apresentam altos níveis de confiabilidade e qualidade para ava-liar produtos e processos industriais.

noRmasUtilizando os serviços as empre-

sas podem se certificar de que estão cumprindo as normas e garantindo a qualidade por meio de análises e en-saios que seguem padrões nacionais e internacionais. Entre as áreas de atuação estão a análise de efluentes industriais, de emissões atmosféri-cas, de alimentos e de têxteis, além do desenvolvimento de materiais e tecnologia para as indústrias move-leira, metalmecânica e de cerâmica.

Nos serviços de consultoria o fo-co está em criar estratégias de cres-

Os laboratórios de

metrologia do SENAIsc

estão instalados nas

unidades de Blumenau,

Chapecó, Criciúma, Brusque,

Joinville, Rio do Sul, São

Bento do Sul e Tijucas

SenAisc

Page 61: Guia das Profissoes

cimento adaptadas à realidade das empresas. O SENAIsc oferece solu-ções customizadas, com ferramentas personalizadas de acordo com a es-trutura de cada negócio. Seja na área produtiva ou na gestão operacional e estratégica, a missão dos consultores é tornar-se parte ativa das empresas e vivenciar seu dia a dia para então propor ações e procedimentos.

Com a Consultoria em Processos Produtivos as empresas recebem ajuda para implementar novas tec-nologias e absorver o impacto que elas exercem sobre seus negócios. A Consultoria em Gestão coloca em prática ideias e metodologias capa-zes de aumentar os resultados nas áreas de Gestão de Pessoas, Modelos de Excelência, Gestão de Processos e Estratégia Empresarial. A Consultoria Ambiental desenvolve estudos e pro-jetos para atuação de acordo com a le-gislação e para redução de impactos.

inovaçãoPara solicitar uma consulto-

ria basta enviar um e-mail para o SENAIsc ou entrar em contato com a unidade que a oferece. No site www.senaimaiscompetitividade.com.br é possível encontrar os endereços de contato com todas as unidades no es-tado e ainda acessar uma ferramenta online que simula uma consultoria personalizada.

O SENAIsc oferece ainda a pos-

sibilidade de desenvolver pesqui-sas em parceria com as indústrias, contribuindo com sua expertise técnica e infraestrutura laborato-rial. Contando com profissionais que atuam simultaneamente em educação profissional, assistência técnica e informação tecnológica, as atividades de Pesquisa Aplicada abrangem a inovação em produtos, equipamentos e ferramentas, além do desenvolvimento de novos pro-cessos produtivos.

A educação a distância é

uma alternativa educacional

capaz de suprir a demanda

por capacitação e

aperfeiçoamento contínuo

dos profissionais. Os

produtos do SENAIsc são

personalizados. Oferecem

recursos didáticos adaptados

às necessidades das

empresas, como ambiente

virtual (internet), CD-ROM,

vídeo e material impresso.

Abrangendo

desde a pesquisa

aplicada, o design e

o desenvolvimento

experimental até os

serviços operacionais e

técnicos, a consultoria em

processos produtivos está

disponível para empresas

de Automação Industrial,

Cerâmica, Construção

Civil, Eletroeletrônica

e Automação,

Informação Tecnológica,

Madeira/Mobiliário,

Metalmecânica e Têxtil.

ex

Pe

die

nT

e

Presidente do Sistema FIESC

Glauco José côrte

Vice-Presidente

mario cezar de aguiar

diReToRia execUTiva do senaisc

Diretor Regional

sérgio Roberto arruda

Diretor de Desenvolvimento Organizacional

marco antônio dociatti

Diretor de Educação e Tecnologia

antônio José carradore

Edição: Vladimir Brandão

Direção de arte: Luiz Acácio de Souza

Edição de arte: João Henrique Moço

Revisão: Sérgio Ribeiro

Fotografias: Edson Junkes, Arquivo SENAIsc,

Thinkstock, Arquivo Expressão e divulgação das

empresas Artefama, Ceusa e Hering

Coordenação do Projeto e Aprovação:

Marcelo Lopes Carneiro e Cristina de

Oliveira Cardoso – Núcleo Relações

com o Mercado do SENAI/SC

Colaboração: Maurício Cappra Pauletti, Leonardo Bernardo

de Oliveira, Osvair Almeida Matos, Ilidio Scotti, Tiago Conte,

Jefferson da Silva, Ana Lúcia Magnani, Ricardo Ramos

Zapelini, Letícia de Oliveira Leite – Núcleo de Educação

do SENAI/SC

Projeto Gráfico: Mercado Propaganda e Editora Expressão