Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
GUIA DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E PRODUÇÃO FLORESTALNO ESTADO DE SÃO PAULO
RESUMOo presente trabalho levanta, define, classifica e
mapeia as diversas unidades de conservação e produ-ção florestal, de domínio público, no Estado de SãoPaulo. Para as categorias Parque Estadual, EstaçãoEcológica Estadual, Floresta Estadual e Estação Expe-rimental serão detalhadas várias informações, enquantopara as demais apresentar-se-á apenas o número deunidades, o nome de cada uma delas e a instituiçãoadministradora.
Palavras-chave: Unidades de conservação; unidadesde produção florestal; guia.
1 INTRODUÇÃO
Um dos meios para se cumprirem os objetivos deconservação da natureza é a implantação e manutençãode um sistema de unidade de conservação, associado aoutro de unidades de produção florestal devidamenteestruturados, o estado deSão Paulo, longe de possuirtalsistematização, apresenta apenas um conjunto de uni-dades.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar oquadro atual dessas unidades, de domínio público,existentes no estado de São Paulo.
2 METODOLOGIA
Levantou-se, definiu-se, classificou-se e mapeou-se (FIGURAS 1 e 2) as diversas unidades de conserva-ção e produção florestal, de domínio público, existentesno estado de São Paulo. Isto foi feito com base empesquisas bibliográficas, bem como em consultas pes-
Waldir Joel de ANDRADE'Edegar GIANNOTTPCarlos Eduardo Ferreira da SILVA'lllana Rajo SARAIVA'Antonio Sérgio FERREIRA'Denise ZANCHETTA'Elisa Margarida Kovacs FARINHA2
ABSTRACTThe objective of this work is to survey, define,
classify and map the different units dedicated to theconservation and forestry production, administered bythe publicforestry of São Paulo State. Forthe units StatePark, Ecologic Station, State Forest and ExperimentalStation, detailed information will be provided. For theareas, only names, numbers and institutions in chargeare provided.
Key words: Conservation units, productionforestry units,guide.
soais, por correspondência e portelefone, aos responsá-veis por essas unidades.
Não foram consideradas as unidades municipaispois apresentam significado restrito.
Para os Parques Estaduais e Estações EcológicasEstaduais serão detalhadas informações como: nome daunidade; instituição administradora; acesso e croqui ane-xo; coordenadas geográficas; superfície; descrição daárea (vegetação, fauna, rios, clima, altitude, relevo esolos) e facilidades para visitantes. Para as FlorestasEstaduais e Estações Experimentais, as informações sediferenciaram por conterem instalações existentes eatividades desenvolvidas ao invés de facilidades paravisitantes.
Para as demais categorias, além da definição apre-sentar-se-á apenas o número de unidades, o nome decada uma delas e a respectiva instituição administradora.Todas encontram-se localizadas no mapa do Estado deSão Paulo (FIGURA 1 e 2).
(1) Instituto Florestal- C.P. 1322 - 01052 - São Paulo, SP - Brasil(2) Bióloga, Estagiária em Manejo de Áreas Silvestres.
Anais - 2º Congresso Nacional sobre Essências l'3ativas - 29/3/93-3/4/92 880
):,. ::J Q
) Ciio ro 10 O O ~ tO <D IJ) IJ) O Z III
O Õo ~ ~ IJ) O O- <D m IJ) IJ) <D- ~ O jii
oIJ) Z ~ ::;
::0 III
IJ) ro .se ~ <O W k ~ <O ro 00 00 ...•.
PA
RQ
UE
NA
CIO
NA
L
00
1B
OC
A:r
~A
FL
OR
ES
TA
NA
CIO
NA
L
OC
2C
AP
À::
)eo
-err
o
EST
AÇ
ÃO
EC
OL
ÓG
ICA
FED
ER
AL
00
:5C
.L.R
:JÓ
S.F
IRA
Pt,
.!~
ET
UP
1N
AM
Bi.S
oo-e
TU
PIN
IQU
INS
ES
TA
ÇÃ
OE
CO
LÓ
GIC
AE
ST
AD
UA
L
005
AN
GA
TU
B.t.
..C
OE
.S
M",
jAN
AL
00
7S
l..U
R.l;
OC
6C
!..:::
~C
~i..
....'5
00
:'C
H.L
.0~
,O
'O
15
iC4
'":"
Wo
i1
lT"-
BE
Ri.
01
21
7A
PE
TI
01
~IT
AP
EV
A
Oi4
ITtR
AP
lt-.
oA
01
5JA
TA
í0
1e:
..JU
RE
lA-1
TA
TlN
S0
17
MC
J1
-GU
AÇ
UO
1a
P.t
.u~
oD
EF
AR
!AC
19
RJS
CIR
ÃO
PR
C7
0020
s,!.
.r-.
.;.~
S.t
..:R
SL
.Rt.
.0
2'
st..
",.n
t..
MA
q,A
02
2S
ÃO
CA
R:.
....
OS
02
~V
AL
lN-t
OS
02
4X
I7u
É
PA
RQ
UE
ES
TA
DU
AL
C=
'5A
R.•
••..
.0
26
Ct.
.t~
~o
c,s
':)0
JOR
:JÃ
O0
27
CA
r-..;
"7"A
RD
r:A
cze
CA
PiT
Ai...
02
9C
"-R
i-O
SB
OT
EL
HO
cso
F"C
-"":
7E
S::
:IO
IP:R
L.~
>JG
A::
,~,~
F""
,-'~
~::
"5::
:::;
3-'Y
.w1
JE
SU
S03
2::.
...~.
:..t..
·-.lC
..-"E
-:""t
..8~
3,-
-.,..
.,,.:.
.E:.=
=~
':"C
:3~
1".."
"""':
":''0
::;''''
=<:::
>050
c.~
,S..J
.:...:
.'....
:p·p
,.t..~
.;Gl..
03C
"':':"
;::'.':
":;:..
..J':':
'C
~7
f.",
'IO
RQ
Çl
~.=,01A
90
C:3
eT
-.::
..S::
:E·.
..;~C
S8C
TiC
TÊ
C:!
9po
r=."
":"O
rE~
RS
!qA
04
0S
E;:
::.R
.:..
DO
ML
.R0
41
TU
R~
·S:lC
O0
0A
L7
0R
IBE
IRA
04
2.
VA
SS
',J:"
':Ur-
..:G
A
PA
RQ
UE
EC
OL
ÓG
ICO
o.:.~
G'.J
.~.J
;':"P
I_R
":""
':GL
..
Q.:
:...
.4tv
~::
>r·
JSE
'"J.._
IC:·
~cs
cS
A~
!t./
.O
~5
7tE
7É
RE
SE
RV
.r..
.E
ST
AD
UA
L
~6
iG'-JA
5~
AP
Rl..
7A
04
7L
AG
O":
'"sÃ
oP.
t...',J
i....G
o-c
eM
OR
.Re
GR
.!..
NS
lC()
..:.9
SÃ
OR
OQ
UE
.
RE
SE
RV
AIN
OiG
EN
A
05
0tT
AR
tR:
RE
SE
RV
AB
IOL
ÓG
ICA
05
~A
f'...
:DR
t...
2)I
NA
oea
MO
J1
-G
UA
ç.:
'J05~
Plf'
...:
::>
O~
AM
A0
54
SE
RR
AD
EP
AR
.AN
AP
,AC
AB
A0
55
SE
RT
ÃO
ZIN
HO
A.P
.A.
FE
DE
RA
L
05
6B
AC
IAH
IDR
OG
Ri.F
"lC
AD
OR
K)
PA
RA
.IB
AD
OS
UL
05
7C
AN
A.N
EIA
.IG
UA
PE
EP
ER
UlB
Eo
ee
SE
RR
AD
A1
V'..
t..r
-.:T
IC:·
..JE
1R
A
A.P
.A.
ES
TA
DU
AL
05
9A
"':"
IBA
IAO
SC
BA
CIA
St-
i1':)
RO
GH
.Á~
CL
.S'2
'0R
iOP
lRA
OC
A8
AE
RIO
JUC
:.JE
l=;:
i·M
IRIM
061
CA
8R
EÚ
VA
06
2C
AJA
t..I
,AR
06
3C
AM
PO
SD
GJO
RD
ÃO
06
4C
OR
'''':M
S.l.
..T
AI,
BO
""i..
JCA
TU
ET
EJu
PÁ
OS
SF
.!..
ZE
NO
AD
OC
AR
I·.I
\O066
HA
RA
SsÃ
o8
ER
f'..;
t..I
=;:
:)O
06
-:"
18
:TIN
GA
06
8IL
Ht.
.C
OM
?F
::I!
:J/.
..059
J;.J
I'''':
':I1
t...
IC
70
MO
RH
:0D
ES
ÃO
SE
~:O
07
1R
EG
:QE
Su
Re
•.\••
.••A'9
E'
OL
~R
-.;R
.c.1
SA
OL
ON
GO
DO
...•.lE
7É
07
2~
,JA
SC
OR
O.!
..,
AM
':"'::
::O
NA
SD
AS
I.•
•.V.:
...
!-:-É
E12
8E
SE
n:·
./5~O
07
,3S
E~
R,l..
DO
MA
R0
74
SIL
VE
II=
\AS
07
5T
IET
Ê
A.R
.I.E
.F
ED
ER
AL
C7
t:.
lLH
t..
D~
L.M
Ei)o
'.t.
.L0
7-:
"1
l..-I
'"""
1t.
..Sc;
._'!:
I!'.•
..•
~F
E::
:'··_
'Ct.
..;t
..c
C_·
Cn
•..•
•t2.s:
GI=
-,t.'
..;:"
)CC
72
tv',.
L'"'!"
"-D
E:
5.!
-~-:
-AG
E~
...;C
8;:;,
c..
07
&M
AT
ÀO
DE
CO
SM
::;'P
OL
.!S
A.R
.I.E
.E
ST
AD
UA
L
oec
PE
C'lj
:.(A
BF
\A~
A.S
.P.E
.F
ED
ER
AL
oe
l..
iUF
tÉIA
A.5
.P.E
.E
ST
AD
UA
L
06
2C
EB
u..
J.A
.R0
8.3
CH
L.~
I:<
.AD
A.
Bt:.
.RC
)I'-o
..ES
Aoe
zC
OS
T;"
OD
Aa::
>:ss"J
'""'..,A
.o....K
!,,c..
oes
coe+
z,c
DO
t-.L
t-'./
IOoe
eA
OS
EIf
\AV
EL
HA
ES
TA
ÇÃ
OE
XPE
RIM
EN
TA
LD
E
CIÊ
NC
lAS
FL
OR
ES
TA
IS
oev
AN
HE
M8
:o
ee
1"'7
t."T
If'..
.:G
A
FL
OR
ES
TA
PR
OT
ET
OR
A
08
50
CA
CO
N::
>E
09
::C
ÓR
RE
GO
DO
S,l..
~Te
09'
CO
R;.
J",·
.~;A
í0
92
18
:TIN
GA
09
.3IL
HA
S.Y
~'":'"
EIR
Aos
~.J
AG
UA
8
09~
...Ias€
:E
;:;~
./.::
::.,,
:.=E
:t.~
::JR
,.:..,
S0
96
.JU
P:Â
09
7P
.:.R
.c..
.iS·..•..
.,:.
:.
cse
?O
R-:
'"O
PI=
::M
,="v
ER
A0
99
PR
OM
1S
S':'
·:>
10
0R
IBE
II';,
.":':
J~
·t..
SM
O-:
'"7
t..5
ioi
;:;;
BE
::~
':"C
S.:
..~
~-.
:..•.
..l...
'SR
[:C
IA''::
'2;:
;.5
EIR
":"'::
-rs;
5:::.
:..::
FAZ
EN
DA
PRO
TE
TO
RA
.
',0.3
1~
7E
::;\
/A:.
...E
S
oj ·e.,,~
.,1
.~! _'e
.
_21
-~!••
r
',0
.~" .'
"."
10,0 o.
_n z:,.tS
t'••
lZ.~
~
"'-..,
'!tt-:
"::F
_.~
•••
~fo
~
.'"0~:
,:;/~
/::..t
;;~./.
/..}
:r...
•'\
.."/,
;/~~
/'.,
,~"
;3V
7-.
If:!
_,!·~6
··
FIG
UR
A1
-U
nida
des
deco
nser
vaçã
ono
Est
ado
deS
ãoP
aulo
-19
92
):. ::J Q
l Cij'
Esta
cõ
es
Exp
erim
en
tais
II.A
RA
RA
QU
AR
A1
2.A
SS
IS1
.3B
AU
RU
14
.B
EN
TO
QU
IRIN
OIS
·8U
RI
16
CA
SA
BR
AN
CA
17
.IT
AP
ET
ININ
GA
le.I
TA
PE
VA
19
1T
AR
AR
É2
0.
ITIR
AP
INA
21
.JA
Ú2
2L
UIZ
AN
TO
NIO
23
.M
A~
íLlA
24
MC
Jt-
GU
AC
U2
5.M
OJI·
MIR
IM2
6.
PA
RA
GU
AC
U-
PA
UL
lST
A2
7.P
ED
ER
NE
IRA
S2
8S
~N
TA
RIT
AD
OP
AS
SA
QU
AT
RO
29
.SA
OJO
SE
ô:D
OR
IOP
RE
TO
30
SÃ
OS
IMÃ
O3
1.T
UP
I
I\) 10 o o ::J te ãl C/I
C/I o Z III o õ' ::J a C/I o o- ãl m C/I
C/I (!)
.::J o iij
'C/
I Z ~ <' III
C/I
Flo
resta
sE
sta
du
ais
oI.
AG
UA
SD
ES
TA
BA
RB
AR
BA
RA
02
.A
NG
AT
UB
A0
3.
AV
AR
É0
4B
AT
AT
AI~
.O
S.B
EB
ED
OU
RO
06
.80
TU
CA
TU
07
.CA
JU
RÚ
08
MA
ND
UR
(0
9.
PA
RA
NA
PA
NE
MA
IO,P
IRA
JÚ
I\) ~ ~ u» w ~ ~ so I\) co co I\)
Viv
eiro
sF
lore
sta
is3
2.
ILI-
-IA
SO
~T
EIR
A3
3.
JU
PiÁ
34
PA
RiB
UN
A3
SP
iND
AM
O:'-
-.;H
AN
GA
BA
36
PO
~T
OP
~:M
AV
ER
A3
7.
PriO
MIS
SZ
O3
8T
AU
BA
TÉ
Hor
-ros
sF
lore
39
.AIM
OR
ES
40
.A
ND
RA
DE
ES
ILV
A4
1.A
UR
OR
A4
2.B
EB
ED
OU
RO
43
.BE
LA
VIS
TA
44
.BO
A~
OR
TE
45
.B
RA
SIL
lA_
46
CA
MA
QU
A4
7.
CE
SÁ
RIO
48
CO
RD
EIR
O?
ÓL
lS4
9.
CÓ
RR
EG
OR
iCO
so
DE
SC
AL
VA
DO
51
GU
AR
AN
I5
2IB
!TIU
VA
53
.IT
AT
IIê
lGt.
.5
4L
O~
EIo
,5
5.
MO
NG
AG
-.JA
56
NA
VA
RR
OD
EA
N:;
>R
A~
E5
7.
OU
VE
IRA
CO
UT
INH
O5
6P
A:.
....
MIT
A~
59
.S
;?:.
NT
AE
RN
ES
TN
A6
0.
SA
OC
AR
LO
S6
1.
SU
MA
RÉ
62
.SU
SS
UI
63
.,':
"PU
iA6
4,,
,,-T
U6
5.
VE
GE
L·
Escritó
rio
Re
gio
na
l6
6IB
AM
AE
ML
OR
EN
A
FIG
UR
A2
-U
nida
des
depr
oduç
ãoflo
rest
alno
Est
ado
deS
ãoP
aulo
-19
92
-29
:'!5
.·~2
.'."
.49
.14
•e5
:el
O5'!
1'
•.!
~6",~
.Z!I
4'
••!'>
~,.v
39
.6':
'•
0:<1
20•
~•
,.•
13e
-41
•-5
41e 4
!,46-
-4e. .,.
3:-
." 12.
-C:
••.'.~
.-4~
~_
e", .
.;~
~. ."
...I
~
3 RESULTADOS
3.1 Localização das unidades de conservação
A localização das unidades de conservação podeser observada na FIGURA 1.
3.2 Definição das unidades de conservação
a) Parque Nacional
Esta categoria engloba áreas relativamente exten-sas de terra ou água (Parque Marinhos), que contenhamformações ou paisagens de significado nacional, ondeespécies, plantas ou animais, sítios geomorfológicos e"habitats" são de grande interesse científico, educacio-nal e recreacional. Contem em geral um ou mais ecossis-temas, que não sofreram alterações materiais por explo-ração e ocupação humana, onde a mais alta autoridadecompetente do país tenha tomado medidas para preve-nir e eliminar, o mais cedo possível, essa exploração ouocupação, em toda a área, e assegurar efetivamente aintegridade das formações geológicas, geomorfológicasou estéticas, que foram a razão de seu estabelecimento.Háde se observar ainda, nesta unidade de conservação,o respeito à evolução natural. Onde o recurso é maneja-do de maneira a poder comportar educação e recreaçãoem uma base controlada. A área deve ser sempremanejada, objetivando manter seu estado natural, ou omais próximo possível do natural. Os visitantes podemter acesso, sob condições especiais, com fins educaci-onais, culturais e recreativos. As terras devem semprepertencer ao Poder Público.
b) Floresta Nacional
São extensas áreas que apresentam condiçõespara produção de madeira, produção de água, produçãode fauna silvestres e oferecem condições de recreaçãoao ar livre. São áreas de uso múltiplo.
c) Estação Ecológica
Área representativa de ecossistemas naturais, des-tinada à realização de pesquisas básicas e aplicadas deEcologia, à proteção do ambiente natural e ao desenvol-vimento da educação conservacionista.
Noventa por cento ou mais da área de cada Esta-ção Ecológica será destinada, em caráter permanente, edefinida em ato do Poder Executivo, à preservaçãointegral da biota. Na área restante, desde que haja umplano de zoneamento aprovado, segundo se dispuserem regulamento, poderá ser autorizada a realização depesquisas ecológicas que venham acarretar modifica-ções no ambiente natural. As Estações Ecológicas serãocriadas pela União, Estados e Municípios em terras deseus órgãos responsáveis pela sua administração.
d) Parque Estadual
Área de porte considerável (geralmente com maisde 1000 ha), susceptível de manejo em estado natural ouquase natural, contendo formações ou paisagens decaracterísticas naturais relevantes; onde espécies deplantas, de animais, sítios geomorfológicos e "habitats"são de grande interesse científico, educacional ourecreacional .As áreas devem ser manejadas de manei-ra a poder comportar educação ambiental e recreaçãoem base controlada mantendo ao máximo o seu estadonatural. As terras devem pertencer ao Poder PúblicoEstadual.
e) Parque Ecológico
Local onde haja significativa cobertura vegetal com-posta de mata nativa, ou ainda, área em recomposiçãode cobertura florestal.
f) Reserva Estadual
Categoria transitória, com estado natural das quaisainda se carece de conhecimento e tecnologia para ouso dos recursos, e/ou cuja carência de recursos huma-nos e financeiros impede investigações de campo, ava-liação e o seu desenvolvimento no momento. Os seusvalores naturais, sociais e econômicos não se encon-tram suficientemente identificados a ponto de permitiremque as áreas sejam manejadas. Deve-se proteger osvalores dos recursos naturais para uso futuro e impedirou reter atividades de desenvolvimento, até que sejamestabelecidos outros objetivos de manejo permanentes.
g) Reserva Indígena
São áreas destinadas às sociedades indígenas.Geralmente são isoladas e remotas devendo ser mantidassuas inacessibilidades. Há uma forte dependência dohomem que aí vive, de seu meio natural para alimenta-ção, abrigo e outras condições básicas de vida. Osobjetivos de manejo são proporcionar o modo de vida desociedades que vivem em harmonia e em dependênciado meio ambiente, evitando um distúrbio pela modernatecnologia e em segundo plano o de realizar pesquisasobre a evolução do homem e sua interação com a terra.
h) Reserva Biológica
São áreas que possuem ecossistemas importan-tes ou característicos, ou espécies de flora e fauna deimportância científica. Em geral não comportam acessoao público, não possuíndo normalmente belezas cêni-cas significativas ou valores recreativos.
Freqüentemente contém ecossistemas ou comu-nidades frágeis, áreas de importante diversibilidade bi-ológica ou geólogica, ou seja, de particular importância
Anais - 2º Congresso Nacional sobre Essências Nativas - 29/3/93-3/4/92 883
para a conservação de recursos genéticos. Seu tama-nho é determinado pela área requerida para os objetivoscientíficos a que se propõe, garantindo sua proteção. Apropriedade dessas áreas deve ser do Poder Público.
Deve-se garantir que o processo natural aí sedesenvolva sem interferência direta do homem. Esseprocesso pode incluir ações naturais que alteram osistema ou as formações fisiográficas tais como lagosnaturais, sucessão natural, doenças, tempestades,terremotos, etc. O fim educacional da área é servir comorecurso de estudos e obtenção de conhecimentos cien-tíficos, em posição à interpretação ambiental oferecidanos Parques Estaduais em outras unidades de conser-vação.
i) Área de Proteção Ambiental (APA)
Áreas do território nacional de interesse para aproteção ambiental, a fim de assegurar o bem estar daspopulações humanas e conservar ou melhorar as condi-ções ecológicas locais. Dentre dos princípios que regemo exercício do direito de propriedade, o Poder Executivoestabelecerá normas, limitando ou proibindo: a) a im-plantação e o funcionamento de indústrias potencial-mente poluidoras, capazes de afetar mananciais deágua; b) a realização de obras de terraplanagem e aabertura de canais, quando essas iniciativas importaremem sensível alteração das condições ecológicas locais;c) o exercício de atividades capazes de provocar umaacelerada erosão das terras e/ou um acentuadoassoreamento das coleções hídricas; d) o exercício deatividades que ameacem extinguir na área protegida asespécies raras da biota regional.
j) Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE)
Áreas que possuam características naturais extra-ordinárias ou abriguem exemplares da biota regional,exigindo cuidados especiais de proteção por parte doPoder Público. Serão preferencialmente declaradas quan-do tiverem extensão inferior a 5.000 ha e houver alípequena ou nenhuma ocupação humana por ocasião doato declaratório.
k) Área Sob Proteção Especial (ASPE)
Áreas destinadas à manutenção da integridade deecossistemas locais, ameaçadas pela ocupação antrópicadesorganizada, onde se torna necessária a intervençãodo Poder Publico. São providenciadas medidas paraevitar atividades de desmatamento, drenagens inade-quadas, terraplanagens e quaisquer outras ameaçado-ras da integridade dos ecossistemas.
I) Estação Experimental de Ciências Florestais
Área destinada à pesquisa florestal e à conserva-ção genética de recursos florestais, a qual é utilizadatambém para o ensino, extensão florestal e educaçãoambienta!.
m) Floresta Protetora
Áreas desapropriadas para serem reflorestadas,ou para, em caso de contar com algum remanescenteflorestal, o mesmo ser mantido, com a finalidade deproteger algum manancial específico ou represaconstruída visando o controle de inundações ou geraçãode energia elétrica.
n) Fazenda Florestal
Área de conservação dentro de uma perspectivaauto-sustentável, ou seja, desenvolver atividades com-patíveis com a proposta conservacionista, porém geran-do recursos financeiros, provenientes do turismo, aplicá-veis na região.
3.3 Total das unidades de conservaçãodiscriminadas por categoria
Parque Nacional 01Floresta Nacional 01Estação Ecológica Federal 02Estação Ecológica Estadual 20Parque Estadual 18Parque Ecológico 03Reserva Estadual 04Reserva Indígena 01Reserva Biológica Estadual 05Área de Proteção Ambiental Federal 03Área de Proteção Ambiental Estadual 17Área de Relevante Interesse Ecológico Federal 04Área de Relevante Interesse Ec'ológico Estadual 01Área sob Proteção Especial Federal 01Área sob Proteção Especial Estadual 05Estação Experimental de Ciências Florestais 02Floresta Protetora 14Fazenda Florestal 01
Total 103
3.4 Localização das unidades de produçãoflorestal
A localização das unidades de produção florestalpode ser observada na FIGURA 2.
3.5 Definição das unidades de produçãoflorestal
a) Floresta Estadual
Área visando a introdução, manejo e a exploraçãoracional de essências nativas e exóticas, bem como aprodução de mudas para atendimento de lavradores daregião.
Anais - 22 Congresso Nacional sobre Essências Nativas - 29/3/93-3/4/92 884
b) Estação Experimental
Área que tem como atribuição o manejo, a pesqui-sa e a experimentação florestal.
c) Viveiro Florestal
Área de produção de mudas de essências florestais,para reflorestamento de produção ou conservação, bemcomo para finalidades ornamentais.
d) Horto Florestal
Estabelecimento onde se multiplicam espécimesflorestais.
e) Escritório Regional - IBAMA
Área destinada à realização de estudos referentesao comportamento de essências florestais, em funçãodas características locais do solo, do clima e das espé-cies, bem como o manejo florestal para fins econômicosconsiderando sua influência sobre o meio ambiente.
3.6 Total das unidades de produção florestaldiscriminada por categoria
Floresta Estadual 10Estação Experimental 21Viveiro Florestal 07Horto Florestal 27Escritório Regional 01
Total 66
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, W. J. & ESTON, M. R. de 1991. Conserva-ção da Natureza. In: Seminário sobre ConservaçãoAmbiental para professores de 1º e 2º graus doMunicípio de Ilha Bela. Anais ... IF Série Registros,São Paulo, (5) :17 -30.
BAITELLO, J. B.; AGUIAR, O. T. & PASTOR E, J. A1983/85 . Essências florestais da Reserva Estadualda Cantareira (São Paulo - Brasil). Silvicultura emSão Paulo. 17/1961/84.
BARBOSA, O.; BAITELLO, J. B.; MAINIERI, C.;MONTAGNA R. G. & NEGREIROS, O. C. 1977/1978. Identificação e fenologia de espécie arbóreasda Serra da Cantareira (São Paulo). Silvicultura emSão Paulo. São Paulo, 11/12 : 1-86.
BRASIL, Ministério da Agricultura, Serviço Nacional dePesquisa Agronômica. Comissão de Solos 1960.Levantamento de Reconhecimento dos Solos doEstado de São Paulo. Rio de Janeiro, Servo Nac.Pesquisa Agronômica. 634p (Boletim 12).
BERNARDES,A T.; MACHADOS, A B. M. &RYLANDS,A. B.1960. Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.
Belo Horizonte, Fundação Biodiversidades, paracon-servação da diversidade biológica. 62p.
CAMPOS, J. C. C. & HEINSDIJ, K. D. 1970. A FlorestadoMorro do Diabo. Silvicultura em São Paulo, SãoPaulo, 7:43-55.
Cartas -IBGE escala 1:250.0001979-1982. IBGE Esta-do de São Paulo.
CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. 1985.Áreas Naturais do Estado de São Paulo. São Paulo.CONSEMA 16p.
OLIVEIRA, J. B.; MENK, J. R. F.; BARBIERI, J. L.;ROTTA, C. L. & TREMOCOLDI, W. 1981. Levanta-mento PedológicoSemidetalhado do Estado de SãoPaulo. Quadrícula de Araras (SF.23-Y-A-II). Escala1:100.000. InstitutoAgronômico de Campinas.
OLIVEIRA, J. B. & PRADO, H. 1983. LevantamentoPedológico Semidetalhado do Estado de São Paulo.Quadrícula de Ribeirão Preto (SF 23-V-C-I) escala1:100.000. Instituto Agronômico de Campinas.
PFEIFER, R. M.; CARVALHO, W. A; SILVA, D. A;ROSSI, M. &MENDICINO, L. F. 1986. LevantamentoSemidetalhado dos solos do Parque Estadual deCarlos Botelho, S.P. Boletim Técnico IF, São Paulo,40 (1): 75-109.
PONÇANO, W. L.; CARNEIRO, C. Dei Ré.; BISTRICHI,C. A.; ALMEIDA, F. F. M. de &PRANDINI, F. L. 1981.Mapa Geo - morfológico do Estado de São Paulo. SãoPaulo, IPT , Monografias 5, 94p. (Publicação IPT nº1183) .
PRADO, H.; OLIVEIRA, J. B. &ALMEIDA, C. L. F. 1981.Levantamento Pedológico Semidetalhado do Estadode São Paulo. Quadrícula de São Paulo (SF 23-Y-A-I) escala 1:100.000. Instituto Agronômico de Campi-nas.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria do Meio Ambiente.Coordenadoria de Educação Ambiental. 1991. Edu-cação Ambiental em Unidades de Conservação e deProdução. São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente.Coordenadoria de Educação Ambiental1 04p. (SérieGuias).
SÃO PAULO, Secretaria da Agricultura e Abastecimen-to. Coordenadoria da Pesquisa de Recursos Natu-rais. Instituto Florestal. 1973. O Instituto Florestal -São Paulo - Origem e Evolução. São Paulo, InstitutoFlorestal. n.p. (Publicação IF, 3).
SÃO PAULO, Secretaria da Agricultura e Abastecimen-to. Coordenadoria da Pesquisa de Recursos Natu-rais. Instituto Florestal. 1980. O Instituto Florestal deSão Paulo. São Paulo, Instituto Florestal 32p.
SÉRIO, F. C. 1983. Unidade de Conservação do Estadode São Paulo. São Paulo, Instituto Florestal, CPRN,Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Anais - 2º Congresso Nacional sobre Essências Nativas - 29/3/93-3/4/92 885