31
Cláudia Filipa Costa Faria Guia de Boas Práticas na Construção de Web Sites da Administração Direta e Indireta do Estado Projeto de dissertação de Mestrado Mestrado integrado em Engenharia e Gestão de Sistemas de Informação Trabalho efetuado sob a orientação de Professor Doutor Luís Alfredo Martins do Amaral Doutora Delfina Sá Soares 19 de Fevereiro de 2018

Guia de Boas Práticas na Construção de Web Sites da ... · Cláudia Filipa Costa Faria Guia de Boas Práticas na Construção de Web Sites da Administração Direta e Indireta

  • Upload
    ngokien

  • View
    217

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Cláudia Filipa Costa Faria

Guia de Boas Práticas na Construção de Web

Sites da Administração Direta e Indireta do

Estado

Projeto de dissertação de Mestrado

Mestrado integrado em Engenharia e Gestão de

Sistemas de Informação

Trabalho efetuado sob a orientação de

Professor Doutor Luís Alfredo Martins do Amaral

Doutora Delfina Sá Soares

19 de Fevereiro de 2018

i

DECLARAÇÃO PARA O REPOSITORIUM

Nome: Cláudia Filipa Costa Faria

Nº Cartão de Cidadão: 14659948

Telemóvel: 926963147

Correio Eletrónico: [email protected]

Curso: Mestrado integrado em Engenharia e Gestão de Sistemas de Informação

Ano de conclusão do projeto de dissertação: 2018

Título em PT: Guia de Boas Práticas na Construção de Web Sites da Administração Direta e

Indireta do Estado

Título em EN: Guide to Good Practices in the Construction of Direct and Indirect State

Administration Web Sites

Orientador: Luís Amaral

Coorientador: Delfina Sá Soares

Declaro que concedo à Universidade do Minho e aos seus agentes uma licença não-exclusiva

para arquivar para arquivar e tornar acessível, nomeadamente através do seu repositório

oficial, nas condições abaixo indicadas, o meu projeto de dissertação, em suporte digital.

Concordo que o meu projeto de dissertação seja colocado no repositório da Universidade do

Minho com o seguinte estatuto:

Disponibilização imediata do trabalho para acesso universal;

Guimarães ___/___/___

Assinatura:__________________________________________________________________

ii

RESUMO

Passados 15 anos da publicação da última versão do Guia de Boas Práticas na Construção

de Web Sites da Administração Direta e Indireta do Estado, torna-se necessário proceder à

sua atualização, no sentido de o adaptar às novas tendências seguidas na construção de

websites na AP - Administração Pública, em particular no que concerne às ferramentas

tecnológicas e aos procedimentos adotados pela administração nas suas práticas de e-Gov -

Governo Eletrónico, em termos de interação com os cidadãos e com as empresas.

Cada vez mais o governo usa a internet para conseguir ficar mais próximo dos cidadãos

e melhorar a interação com os mesmos. Os objetivos fundamentais deste projeto são a

identificação do conjunto de critérios determinantes das boas práticas na construção de Web

Sites da AP e a identificação de exemplos de boas práticas para os critérios identificados, que

culminarão num guia atualizado.

A metodologia usada será a DSR - Design Science Research que consiste num conjunto de

técnicas e perspetivas sintéticas e analíticas para realizar pesquisas em Sistemas de

Informação, que envolvem a criação de novos conhecimentos através do design de artefactos

novos ou inovadores e a análise do uso de artefactos e / ou desempenho com reflexão e

abstração, para melhorar e compreender o comportamento dos aspetos dos Sistemas de

Informação.

Palavras-Chave: Governo eletrónico, boas praticas, websites

iii

ABSTRACT

Fifteen years after the publication of the latest version of the Guide to Good Practices

in the Construction of Direct and Indirect State Administration Websites, it is necessary to

update it in order to adapt it to the new trends followed in the construction of websites in the

PA - Public Administration, in particular as regards the technological tools and procedures

adopted by the administration in its electronic government practices, in terms of interaction

with citizens and companies.

Increasingly, the government uses the internet to get closer to its citizens and improve

interaction with them. The fundamental objectives of this project are the identification of the

set of criteria for determining good practices in the construction of PA web sites and the

identification of examples of good practices for the identified criteria, which will culminate in

an updated guide.

The methodology used will be the DSR - Design Science Research consisting of a set of

techniques and synthetic and analytical perspectives to carry out research in Information

Systems, which involve the creation of new knowledge through the design of new or

innovative artefacts and the analysis of the use of artefacts and / or performance with

reflection and abstraction, to improve and understand the behavior of the aspects of

Information Systems.

KEYWORDS: E-Government, good practices, sites

v

ÍNDICE

Declaração para o Repositorium ................................................................................................. i

Resumo ....................................................................................................................................... ii

Abstract ..................................................................................................................................... iii

Lista de Tabelas ......................................................................................................................... vi

Lista de Abreviaturas, Siglas e Acrónimos ................................................................................ vii

1. Capitulo 1 – Introdução ...................................................................................................... 1

1.1 Contextualização ......................................................................................................... 1

1.2 Objetivos ...................................................................................................................... 1

1.3 Abordagem de Investigação ........................................................................................ 2

1.4 Estrutura do Projeto de Dissertação ........................................................................... 2

2. Capitulo 2 – Revisão de Literatura ...................................................................................... 3

3. Capitulo 3 – Caracterização do Estudo ............................................................................... 4

3.1 Concetualização do problema a estudar e objetivos subjacentes .............................. 4

3.1.1 Conteúdos ............................................................................................................ 6

3.1.2 Acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais.................................. 6

3.1.3 Navegabilidade e usabilidade .............................................................................. 7

3.1.4 Serviços online...................................................................................................... 7

3.1.5 Privacidade e proteção de dados individuais ....................................................... 8

3.1.6 Open data e transparência ................................................................................... 8

3.1.7 Autenticação e segurança .................................................................................... 9

3.1.8 Interoperabilidade .............................................................................................. 10

3.1.9 Participação pública e interação com os cidadãos ............................................ 11

3.2 Abordagem Metodológica ......................................................................................... 16

3.3 Plano de Atividades ................................................................................................... 17

4. Capitulo 4 – Conclusão ...................................................................................................... 18

Referências ............................................................................................................................... 19

vi

Lista de Tabelas

Tabela 1 − Lista de Boas Práticas .............................................................................................. 13

Tabela 2 − Calendário de atividades ........................................................................................ 17

vii

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÓNIMOS

AMA – Agencia para a Modernização Administrativa

AP – Administração Pública

DSI – Departamento de Sistemas de Informação

DSR – Design Science Research

e-Gov – Governo Eletrónico

SI – Sistemas da Informação

TI – Tecnologias da Informação

TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação

UE – União Europeia

UMIC – Unidade de Missão Inovação e Conhecimento

1

1. CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO

O presente capítulo contém uma breve contextualização do tema da dissertação, assim

como a apresentação dos objetivos, a abordagem de investigação e a forma como o relatório

se encontra estruturado.

1.1 Contextualização

Em fevereiro de 2003, a Universidade do Minho publicou o Guia de Boas Práticas na

Construção de Web Sites da Administração Direta e Indireta do Estado, um documento

promovido pela UMIC - Unidade de Missão Inovação e Conhecimento no âmbito da

Presidência do Conselho de Ministros.

Este guia tinha como objetivo principal fomentar a melhoria da presença na Internet dos

organismos da administração direta e indireta do estado, apresentando-se como

complemento ao exercício de uma avaliação periódica que estava em curso à data, ao abrigo

da Resolução do Conselho de Ministros n.º 22/2001 de 27 de fevereiro.

Passados 15 anos da publicação da última versão do Guia, torna-se necessário proceder

à sua atualização, no sentido de o adaptar às novas tendências seguidas na construção de

websites na AP, em particular no que concerne às ferramentas tecnológicas e aos

procedimentos adotados pela administração nas suas práticas de e-Gov, em termos de

interação com os cidadãos e com as empresas.

1.2 Objetivos

Definir objetivos é de extrema importância para orientar um projeto. Assim sendo,

destacam-se dois objetivos fundamentais: a identificação do conjunto de critérios

determinantes das boas práticas na construção de Web Sites da AP e a identificação de

exemplos de boas e de más praticas para os critérios identificados que culminarão num Guia

de Boas Práticas na Construção de Web Sites da Administração Direta e Indireta do Estado.

2

1.3 Abordagem de Investigação

Numa primeira fase da dissertação será feita a identificação dos objetivos/problemas,

resultados esperados e contributo. De seguida será feito um levantamento e análise da

informação já existente, será feita uma revisão de literatura da qual resultará a primeira

versão dos aspetos a considerar no guia. Posteriormente será feita a revisão dos aspetos a

considerar no guia e serão identificados exemplos de boas práticas. Para além disso, é

pretendido fazer uma experiencia de campo na qual participarão cidadãos, desenvolvedores

de TI - Tecnologias da Informação e desenvolvedores de TI na vertente de e-Gov, com o intuito

de perceber quais os diferentes pontos de vista e considerações em relação às boas praticas

a considerar na construção de websites da administração direta e indireta do estado.

Posteriormente esta experiencia será analisada e incluída no relatório final de dissertação. O

método de investigação usado será o DSR que será explicado com mais pormenor mais à

frente no capítulo 3, na abordagem metodológica.

1.4 Estrutura do Projeto de Dissertação

O projeto de dissertação é composto por quatro capítulos. O capítulo 1 apresenta um

breve enquadramento do tema, os objetivos, a abordagem de investigação que será utilizada

na realização da dissertação e a organização do projeto de dissertação. O capítulo 2 apresenta

uma revisão de literatura onde são expostos e analisados alguns dos trabalhos realizados

anteriormente. O capítulo 3 apresenta a concetualização do problema a estudar e objetivos,

a calendarização e a abordagem metodológica. O capítulo 4 apresenta algumas conclusões e

prospeções para o futuro.

3

2. CAPITULO 2 – REVISÃO DE LITERATURA

Como principais trabalhos na área destacam-se o Guia de Boas Práticas na Construção de Web

Sites da Administração Direta e Indireta do Estado, promovido pela UMIC e pelo DSI, e o GUIA

DE USABILIDADE, promovido pela AMA - Agencia para a Modernização Administrativa.

O primeiro tinha como objetivo incentivar a melhoria da presença na internet dos

organismos da Administração Direta e Indireta do Estado, apoiando os organismos no

processo de construção de web sites, contribuindo, assim, para uma melhoria na utilização da

internet, no âmbito dos serviços prestados ao cidadão. Apresentava-se como complemento

do exercício de avaliação periódica em curso na altura, ao abrigo da Resolução do Conselho

de Ministros n.º 22/2001 de 27 de fevereiro. Procurava ajudar na evolução da aplicação do

conceito de e-government em Portugal, não só acompanhando o trabalho de países com

melhores práticas, mas também procurando ser uma referência internacional neste domínio.

Este guia foca-se numa lista de nove aspetos chave de que resultou uma lista com trinta

e oito recomendações e boas práticas. Estes nove aspetos são Conteúdos, Acessibilidade,

Navegabilidade, Facilidades para cidadãos com necessidades especiais, Serviços, Gestão,

Privacidade e Proteção de dados individuais, Autenticação e segurança e Infraestrutura.

Embora com boas ideias e recomendações, encontra-se desatualizado, pois a tecnologia está

em contante evolução e o mesmo conta com catorze anos.

O segundo, é um guia atual, datado de 2016, no entanto diferente do pretendido aqui.

O guia da AMA foca-se na usabilidade e User Experience (interação do utilizador com o

produto ou serviço em questão), para entidades da Administração Pública, o que não substitui

o que se pretende fazer no presente guia, mas complementa-o. Está estruturado em cinco

capítulos Usabilidade e User Experience, Conteúdo e navegação, Dispositivos móveis,

Desempenho, Disponibilização de serviços, Referências e bibliografia recomendada. Ao longo

destes capítulos são também dadas recomendações e exemplos de boas práticas para uma

melhor usabilidade dos websites da Administração Pública.

Este projeto é de extrema importância pois faz falta um guia atualizado com boas

práticas e recomendações para que entidades direta ou indiretamente administradas pelo

estado possam ter uma referência, saber o que devem continuar a fazer, o que devem parar

e o que devem melhorar com o objetivo de servir cada vez melhor os cidadãos.

4

3. CAPITULO 3 – CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

3.1 Concetualização do problema a estudar e objetivos subjacentes

À medida que os governos estão a caminhar em direção a uma sociedade de informação,

os governos eletrónicos surgiram como interfaces digitais entre governos, empresas e

cidadãos, com base em tecnologias de informação e comunicação. Atualmente, os sites do

governo estão a evoluir para se tornarem os principais acessos dos cidadãos e das empresas

a informações governamentais e serviços eletrónicos. (Faouzi Kamoun, 2014)

O governo eletrónico pode ser amplamente definido como a mistura de tecnologias de

informação e comunicação e práticas administrativas para fornecer serviços eletrónicos

governamentais a cidadãos, empresas e outros governos eletrónicos. Os benefícios dos

serviços eletrónicos online do governo incluem maior eficiência, conveniência do utilizador e

mais envolvimento político dos cidadãos (Faouzi Kamoun, 2014). A Comissão Europeia define

governo eletrónico como o uso das TIC - tecnologias de informação e comunicação, na

administração pública, aliado a mudanças organizacionais e novas capacidades, com o

objetivo de melhorar a qualidade dos serviços fornecidos e tornar os processos democráticos

mais eficientes (citado em KACZOROWSKA & CIACH (2013)). Já o World Bank (citado em

Grönlund & Horan, 2005) define o governo eletrónico como o uso, por parte dos organismos

governamentais, de tecnologias da informação que têm a capacidade de transformar as

relações com cidadãos e empresas com o governo. Essas tecnologias podem ter diferentes

finalidades: melhores serviços governamentais para os cidadãos, melhorias nas interações

com empresas e indústria, capacitação dos cidadãos através do acesso à informação ou gestão

governamental mais eficiente. Os benefícios resultantes podem incluir menor corrupção,

maior transparência, maior conveniência, crescimento da receita pública e/ou redução de

custos.

O governo eletrónico está na vanguarda das políticas atuais de reforma do setor público

em toda a Europa e no resto do mundo, onde o uso de tecnologias de informação e

comunicação baseadas em computador para prestar serviços públicos no setor público é visto

como uma grande alavanca da inovação do setor público. O governo eletrónico geralmente é

apresentado como o uso as Tecnologias de Informação e Comunicação para 1) proporcionar

5

acesso fácil a informações e serviços governamentais a cidadãos, empresas e organismos

governamentais; 2) aumentar a qualidade dos serviços, pelo aumento da velocidade e

eficiência; e 3) proporcionar aos cidadãos a oportunidade de participar em diferentes tipos de

processos democráticos (Silcock 2001, Bhatnager 2004, Lambrinoudakis et al., 2003, Layne

and Lee, 2001).

O governo eletrónico está a ganhar popularidade rapidamente em todo o mundo. Os

municípios desenvolvem sites para responder às necessidades dos seus cidadãos e atrair

turistas, empresas e investimentos. Esses sites não só divulgam informações, como também

fornecem serviços eletrónicos e permitem a participação do cidadão. Para ser eficaz, o

utilizador deve poder encontrar o que procura de forma mais fácil e mais rápida do que se

tivesse de visitar o edifício físico. (Chatzopoulos & Economides, 2009) Os sites da Web

tornaram-se um meio comum para entidades políticas divulgarem informações. A procura de

informação na web pelos cidadãos tem aumentado, assim, a partir da mesma os cidadãos

ficarão aptos para maior participação na cidadania no governo. No entanto, nem todos os

sites têm qualidade, o que torna a sua utilidade questionável. A falta de conteúdo, o design

deficiente e a natureza passiva de muitos sites da Web limitam sua utilidade para aumentar a

participação pública. A Internet tornou-se um importante canal de comunicação entre

municípios e cidadãos. Os sites da Web permitem que os municípios disponibilizem enormes

quantidades de informações a custos relativamente baixos, para manter um canal de

disseminação inequívoco e facilmente reconhecível pelos seus grupos-alvo, para oferecer um

serviço de 24 horas por dia e para se manter atento às necessidades, opiniões e preferências

dos cidadãos (Ferber, Foltz, & Pugliese, 2003). Reconhecendo as necessidades dos cidadãos e

da qualidade necessária na construção de websites administração direta e indireta do estado,

de seguida são apresentados nove aspetos relevantes que devem ser tidos em consideração.

6

3.1.1 Conteúdos

A publicação de conteúdos online é uma das principais razões pelas quais é vantajoso a

existência de websites do estado. Para além de ser menos dispendioso do que as publicações

em suporte físico, não obriga o cidadão a deslocar-se a um local para ter acesso à informação.

O conteúdo pode ser definido como a informação do site que o utilizador pode

visualizar. Não inclui apenas as palavras na página web, mas também as imagens e a

multimédia que são utilizadas. Garantir que o conteúdo é útil, utilizável, bem estruturado e

facilmente encontrado, é vital para melhorar a experiência do utilizador num site (em

usability.gov). O conteúdo deve ser não só abrangente, mas também preciso e atual. No

entanto, uma grande quantidade de informação pode confundir o utilizador. A quantidade de

informação deve ser equilibrada e combinar as necessidades do público alvo. (Andersen et al.

2006; Smith, 2001).

3.1.2 Acessibilidade para cidadãos com necessidades especiais

Segundo a Diretiva (UE) 2016/2102 “o termo “acessibilidade” deverá ser entendido

como os princípios e técnicas a observar na conceção, construção, manutenção e atualização

de sítios Web e aplicações móveis, de forma a tornar os seus conteúdos mais acessíveis aos

utilizadores, em especial a pessoas com deficiência.”.

O número de pessoas com algum tipo de deficiência tem vindo a aumentar e a

tendência é para que no ano 2030 existam 136 milhões de pessoas com deficiência, só na

Europa (Resolução do Conselho de Ministros n.o 110/2003). Para além de pessoas com

deficiência, são considerados cidadãos com necessidades especiais idosos e acamados.

Para permitir que todos os cidadãos beneficiem de todo o potencial dos serviços de

governo eletrónico, é importante garantir a acessibilidade universal. Esta universalidade

permitirá às pessoas com necessidades especiais usufruir das informações e serviços

oferecidos pelo governo eletrónico, da mesma forma que uma pessoa sem necessidades

especiais. Para que os sites de governo eletrónico sejam acessíveis, eles devem garantir um

acesso igual ou equivalente a informações públicas e serviços eletrónicos para todos os

utilizadores, além de garantir uma compatibilidade perfeita com tecnologias de assistência

que uma pessoa com necessidades especiais possa precisar. (Faouzi Kamoun, 2014)

7

3.1.3 Navegabilidade e usabilidade

A navegabilidade e a usabilidade são dois aspetos que se relacionam entre si e com

outros aqui expostos. A navegabilidade faz parte da usabilidade na medida em que um site

com boa navegabilidade tem consequentemente mais usabilidade. A navegabilidade do site

refere-se ao grau em que um visitante pode seguir a estrutura de hiperligações para encontrar

informações com eficiência e facilidade (Fang et al., 2012). O conteúdo de um website só tem

importância se for possível aceder a ele. Se for difícil navegar, só uma pessoa realmente

interessada é que consegue encontrar uma informação escondida.

A usabilidade concentra-se em tornar aplicações e serviços fáceis de usar e para isso

depende, entre outros aspetos, do design do site, da facilidade de navegação e de acesso a

informações. Para além disso, está ligada a preocupações de segurança, uma vez que as

tentativas de aumentar a segurança de dados pode diminuir a usabilidade (Jacobi et al. 2013).

3.1.4 Serviços online

Serviços online são todos os serviços prestados no governo eletrónico, que

anteriormente apenas eram disponibilizados de forma presencial.

Segundo a Comissão Europeia existem cinco fases na sofisticação dos serviços públicos

online: Informação, Interação Simples, Interação Bidirecional, Transação e Personalização.

Cada uma destas fases indica um estádio de progresso e desenvolvimento dos serviços online.

Na fase da informação apenas a informação para iniciar um serviço é disponibilizada no

website; na fase da interação simples é disponibilizado o formulário para download para

iniciar o procedimento de obtenção do serviço em causa; na fase de interação bidirecional o

formulário é disponibilizado para download e já é aceite a sua submissão para iniciar o

procedimento de obtenção do serviço em causa; na fase de transação o formulário já pode

ser preenchido e submetido online, sem a necessidade de descarregar e imprimir como

anteriormente. A efetivação, decisão e pagamento, quando aplicável, também já são obtidos

online; por fim na fase de personalização, para além de tudo o que se já se consegue na

anterior, espera-se um governo proativo com a emissão de alertas e mensagens e

disponibilização, quando possível, de templates semipreenchidos. (Mateus, 2008)

8

3.1.5 Privacidade e proteção de dados individuais

A privacidade, no governo eletrónico, refere-se à proteção credível, pelo governo, da

informação pessoal dos cidadãos. Acredita-se que a preocupação entre os cidadãos sobre

como os seus dados pessoais são armazenados, processados e transmitidos num contexto de

governo eletrónico estará entre os principais entraves de administração eletrónica no futuro.

(Jacobi et al. 2013)

Os cidadãos e as empresas devem ter a certeza de que interagem com o governo

eletrónico num ambiente de confiança e em total conformidade com os regulamentos

relevantes sobre privacidade e proteção de dados. Isto significa que as administrações

públicas devem garantir que a privacidade dos cidadãos e a confidencialidade das informações

fornecidas pelas empresas são respeitadas. (Jacobi et al. 2013)

Dentro das restrições de segurança necessárias, os cidadãos e as empresas devem ter o

direito de verificar a informação que as administrações recolheram sobre elas e decidir se

essas informações podem ser usadas para fins diferentes daqueles para os quais foram

originalmente fornecidas. Em todos os estudos de caso, a informação a ser tratada é muitas

vezes de natureza altamente sensível. Os dados recolhidos podem incluir informações sobre

receitas, impostos, contas bancárias, mas também informações muito pessoais sobre doenças

anteriores ou tratamentos médicos. As violações de segurança e problemas de privacidade

podem, portanto, afetar um cidadão mais do que no uso habitual de sistemas de informação

- ainda mais, levando em consideração que muitas soluções e-Government pretendem

armazenar dados centralizados. À medida que os sistemas de governo eletrónico são

estabelecidos, torna-se necessário abordar o fato de que isso expõe a privacidade de cidadãos

e organizações a novas ameaças. Quanto mais dados sobre os cidadãos estiverem disponíveis

nas bases de dados, mais risco de isso ser exposto por terceiros, ou para que o governo use

esses dados de forma duvidosa. Para as organizações, isso também implica a ameaça de ter

os seus dados mais facilmente expostos. (Jacobi et al., 2013)

3.1.6 Open data e transparência

Segundo (Janssen et al., 2012), o conceito de open data, ou dados abertos, pode ser

definido como: dados não confidenciais, que são produzidos com dinheiro público e

9

disponibilizados sem quaisquer restrições quanto à sua utilização ou distribuição.

Salvaguardando que dados privados, confidenciais e secretos são excluídos, pois esse tipo de

dados é inadequado para publicar. A abertura de dados conduz a um governo mais

transparente, interativo e aberto.

A transparência indica o quão fácil é, para os utilizadores, avaliar a legitimidade do

conteúdo do website. Está ligada ao facto de que os utilizadores têm mais confiança no

website se conseguirem ter acesso a certas informações como a identificação da pessoa

responsável pelo conteúdo online, os procedimentos de feedback, a data da última

atualização e as políticas de segurança e privacidade.(Gant & Gant, 2002)

Um website bem projetado deve utilizar vários recursos de transparência e de

prestação de contas para aumentar o nível de confiança e legitimidade dos cidadãos. Cada

pessoa que complete uma transação online deve poder obter um recibo ou outro

comprovativo. O governo deve disponibilizar ao público todas as informações pertinentes,

como despesas públicas, de modo a permitir uma visão clara das operações governamentais.

A publicação do orçamento e dos gastos públicos permite aos cidadãos acompanhar melhor

o planeamento e o que foi executado nas administrações governamentais. (Gant & Gant,

2002)

3.1.7 Autenticação e segurança

A autenticação é um procedimento em que se verifica se um determinado individuo é

efetivamente a pessoa que alega ser. (Komarova et al., 2018)

Segundo Bolonhesi e Martimiano existem três mecanismos de autenticação baseados

no conhecimento, na propriedade e em características. Os mecanismos baseados em

conhecimento funcionam com algo que o utilizador sabe, utilizando segredos como senhas,

chaves de criptografia, PIN (Personal Identification Number) ou outros que a entidade de

autenticação em questão possua. Os mecanismos baseados na propriedade funcionam com

algo que o utilizador possui como um cartão inteligente (smartcard), uma chave ou um token

(dispositivo eletrónico semelhante a uma calculadora, usado para calcular senhas

descartáveis). Os mecanismos baseados em características funcionam reconhecendo alguma

característica do utilizador tal como como a impressão digital ou o padrão de íris, ou algum

aspeto comportamental, como a escrita ou o padrão de digitação.

10

Todos os sistemas eletrónicos que contenham informações confidenciais são de

interesse para as pessoas que possam querer usar essas informações para fins nefastos. Como

resultado, o controlo do acesso a esses sistemas é necessário para evitar o uso indesejado das

informações armazenadas. A função básica é negar o acesso indesejado. No entanto, os

controlos de acesso podem ser comprometidos. Isso significa que existe um risco de fraude

ou de que alguém obtenha acesso a uma base de dados do governo com informações sobre

os cidadãos. Todos os sistemas eletrónicos correm o risco de ser comprometidos e ter dados

roubados. E, embora possam ser construídos sistemas de controlo de acesso muito seguros e

elaborados, quanto mais elaborado for o sistema de controlo de acessos, mais poderá

comprometer a usabilidade do sistema ou serviço. Por exemplo, do ponto de vista da

usabilidade, um sistema de logon único pode ser preferido, permitindo aos utilizadores

possuir apenas um código de acesso para vários arquivos de dados. Do ponto de vista da

segurança, várias contas podem ser preferidas, impedindo uma grande divulgação de dados,

em caso de roubo de identidade.(Jacobi et al. 2013)

3.1.8 Interoperabilidade

Segundo a Comissão Europeia (2004), interoperabilidade significa a capacidade dos

sistemas de tecnologia da informação e comunicação e dos processos de negócios que eles

apoiam para trocar dados e permitir o compartilhamento de informações e conhecimento.

Já para Ide & Pustejovsky, em termos gerais, a interoperabilidade pode ser definida como uma

medida do grau em que diversos sistemas, organizações ou indivíduos são capazes de

trabalhar em conjunto para alcançar um objetivo comum.

Para sistemas informáticos, a interoperabilidade é tipicamente definida em termos de

interoperabilidade sintática e interoperabilidade semântica. A interoperabilidade sintática

depende de formatos de dados especificados, protocolos de comunicação e outros para

assegurar a troca de dados e comunicação. Os sistemas envolvidos podem processar as

informações trocadas, mas não há garantia de que a interpretação seja a mesma. A

interoperabilidade semântica, por outro lado, existe quando dois sistemas têm a capacidade

de interpretar automaticamente a informação trocada de forma significativa e precisa para

produzir resultados úteis por deferência a um modelo comum de referência de troca de

11

informações. O conteúdo dos pedidos de troca de informações é definido de forma

inequívoca: o que é enviado é o mesmo que o entendido. (Ide & Pustejovsky, 2010)

Com a implementação da interoperabilidade entre sistemas surge a questão da

partilha de dados dos cidadãos, que é impulsionada pelo fato dos organismos públicos

quererem oferecer serviços integrados. Devido ao crescente uso de dados pessoais dos

utilizadores, nos sistemas de informação, surgem duvidas em relação à sensibilidade, à

privacidade, à recolha e ao processamento dos mesmos, tendo em consideração que as

consequências da perda, roubo e erros de tais dados podem ser enormes daí, mais uma vez,

advém a necessidade de garantir a segurança e proteção dos dados, no entanto nunca pondo

em causa que estas ações são indispensáveis para a implementação eficiente destes sistemas

e tem vantagens indiscutíveis, independentemente do sector em que tais sistemas são

utilizados. (Otjacques, Hitzelberger, & Feltz, 2007)

3.1.9 Participação pública e interação com os cidadãos

De acordo com Smith (1983), a "participação pública" abrange um grupo de

procedimentos, destinados a consultar, envolver e informar o público, que permitem que

pessoas afetadas por uma decisão tenham contribuído para essa decisão.

Chadwick & May (2003) propõem três modelos, administrativo, consultivo e

participativo, sobre a forma como o governo eletrónico pode configurar as suas relações com

o cidadão.

No modelo administrativo de interação, as TIC são vistas como uma melhoria

quantitativa de tecnologias anteriores. Os serviços públicos continuarão como antes, mas

serão mais "eficientes", onde "eficiência" significa maior velocidade de entrega de

documentos e uma redução de custos. As TIC eliminam alguma burocracia estatal identificada

pelos governos como uma das principais causas de insatisfação do cidadão. O governo

eletrónico pode superar as barreiras do tempo e da distância para executar o negócio do

governo e dar às pessoas informação e serviços públicos quando e onde os querem. Os

cidadãos são vistos como recetores passivos, em vez de interlocutores. A informação

produzida pelo estado é um recurso passivo a ser transferido entre os nós da rede de

informações. E enquanto os cidadãos são parte das redes do governo eletrónico, o seu papel

não é tão importante como o do estado, que gere a atividade.

12

No modelo consultivo as TIC facilitam a comunicação da opinião dos cidadãos ao

governo. A informação é considerada como um recurso que pode ser usado para fornecer

uma política e administração com mais qualidade. Ao utilizar a velocidade das redes de TIC,

os governos podem saber a opinião dos eleitores em questões específicas para orientar a

formulação de políticas, descobrindo o que as "pessoas reais" pensam.

O modelo participativo concebe uma interatividade mais complexa, horizontal e

multidirecional. A interação é considerada constitutiva da própria democracia. Formação de

opinião e ação política baseada em fóruns, grupos ou novas "comunidades virtuais", anima e

promove o desenvolvimento da sociedade civil (Rheingold, Schalken). As informações devem

fluir não só do governo para os cidadãos, mas também dos cidadãos para o governo e para os

cidadãos. As vozes dos cidadãos devem ser ouvidas e refletidas para transformar as políticas

governamentais existentes. Para alcançar esse tipo de transformação, é necessário que haja

suporte tecnológico extensivo para participação cidadã. Além disso, o governo precisa de

garantir a libertação de informações e disponibilizá-las ao público para discussões e

participação informadas. Este diálogo, por sua vez, promoverá o processo colaborativo de

tomada de decisão ao incluir o público no início das novas políticas governamentais.(Chun,

Shulman, Sandoval, & Hovy, 2010)

Na primeira etapa, o governo eletrónico pode ser visto como um processo de

modernização do setor público, desde tarefas e processos baseados em papel até digitais. Essa

etapa tem como resultado o acesso rápido e conveniente a informações e serviços

governamentais e um governo mais eficiente com serviços simplificados e automatizados

dentro do governo. A informação nessa etapa flui em uma direção, do governo para o público,

com um feedback limitado dos cidadãos. As últimas etapas ainda não foram totalmente

alcançadas, uma vez que a transformação do governo exige um diálogo significativo entre o

governo e os cidadãos, bem como entre os próprios cidadãos.(Chun et al., 2010)

Na seguinte tabela é apresentada uma primeira versão da lista de boas praticas, a ter

em consideração em relação aos aspetos em cima referidos, que será alvo de revisão e

validação aquando o desenvolvimento do relatório de dissertação. Cada uma das entradas

desta lista será explicitada de acordo com as recomendações a nível nacional e internacional.

13

Tabela 1 − Lista de Boas Práticas

Conteúdo • Informação mínima publicada no web site

• Atualização da informação

• Apresentação da informação

• Arquivo documental

• Questões legais e direitos de autor

• Ligações a outros web sites

• Software adicional

• Dados GIS

• Media Streaming

Acessibilidade para

cidadãos com

necessidades especiais

• Alternativas equivalentes ao conteúdo sonoro e visual

• Cor

• Anotações e folhas de estilo

• Língua utilizada

• Tabelas passíveis de transformação harmoniosa

• Páginas dotadas de novas tecnologias

• Controlo do utilizador sobre as alterações temporais do

conteúdo

• Acessibilidade direta de interfaces do utilizador

integradas

• Conceção pela independência face a dispositivos

• Soluções de transição

• Contexto e orientações

• Mecanismos de navegação claros

• Clareza e a simplicidade dos documentos

• Símbolo de acessibilidade

Navegabilidade e

usabilidade

• Design

• Informação

• Desempenho

• Simplicidade

14

• Browsers e Motores de busca

• Modernidade do site (W3S)

• Eficácia

• Eficiência

• Directiveness

• Acesso ao website através de dispositivos moveis

Serviços online • Serviços através de formulários

• Outros Serviços

Privacidade e proteção

de dados individuais

• Publicação de políticas privacidade

• Medidas de proteção dos dados

Open data e

transparência

• Identificação da autoridade ou pessoa responsável pelo

conteúdo

• Data da última atualização

• Contacto

• Seguir Guia de Dados Abertos da AMA (AMA - Agência

Portuguesa para a Modernização Administrativa, 2016)

Autenticação e

segurança

• Tipo de autenticação e segurança

• Diretrizes para o uso adequado dos serviços de governo

eletrónico

• Criptografia de camada Secure Sockets (SSL) para

transmissão de dados

• Software de gestão de servidor para monitorar o tráfego

da internet

• Software de deteção de intrusão para identificar intrusos

e hackings

• Investigação de atividades impróprias para identificar

pessoas individuais

15

Participação pública e

interação com os

cidadãos

• Considerar cidadãos na tomada de decisões

• Fóruns de discussão

• Email

• Alertas

• Redes sociais

16

3.2 Abordagem Metodológica

Segundo Lacerda et al. (2013) para garantir que uma pesquisa seja reconhecida como

sólida e relevante, tanto na área acadêmica como na sociedade em geral, deve ser possível

demonstrar que foi desenvolvida com rigor e que é passível de debate e verificação. Desta

forma, um método de pesquisa robusto é imprescindível para o sucesso na condução de um

estudo sendo escolhido o Design Science Research.

O DSR é, segundo VAISHNAVI et al. (2004), um conjunto de técnicas e perspetivas

sintéticas e analíticas para realizar pesquisas em Sistemas de Informação, que envolve duas

atividades primárias para melhorar e compreender o comportamento dos aspetos dos

Sistemas de Informação:

• a criação de novos conhecimentos através do design de artefactos novos ou

inovadores (coisas ou processos);

• a análise do uso de artefactos e / ou desempenho com reflexão e abstração.

A forma usada para a condução do DSR será a de Takeda et al. (1990) (citada em Lacerda

et al. (2013)). Assim sendo, serão considerados seis passos no processo:

Conscientização – esta fase diz respeito à compreensão do problema e do meio envolvente.

O resultado desta fase é a formalização do problema e das soluções necessárias;

Sugestão – esta fase identifica as atividades a serem realizadas para solucionar o problema. O

resultado é o caminho a seguir para resolução dos problemas;

Desenvolvimento – nesta fase é desenvolvida a solução do problema.

Explicita-se os componentes do projeto e as relações causais que geram o efeito desejado

para que o projeto realize seus objetivos;

Avaliação – nesta fase é feita a avaliação do trabalho desenvolvido para o ambiente para o

qual foi projetado, em relação às soluções que se propôs alcançar. Identificar o que funcionou

como o previsto e os ajustes necessários no artefacto;

Conclusão – nesta fase são sintetizadas as principais aprendizagens em todas as fases do

projeto e é justificada a contribuição do trabalho para a Classe de Problemas em questão.

17

3.3 Plano de Atividades

Neste ponto é apresentado o planeamento do projeto, desde a identificação do tema de

trabalho, objetivos e resultados esperados (01/10/2017) até à escrita final da dissertação e

respetiva entrega (31/10/2018).

Tabela 2 − Calendário de atividades

Atividade/Mês Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Jun. Jul. Ago. Set. Out.

A1 x

A2 x

A3 x x

A4 x

A5 x x x

A6 x x x

A7 x x x x x

A8 x x x

A9 x x x

A10 x x x

A11 x x x x x x x

Atividade 1 - Identificação dos objetivos/problemas, resultados esperados e contributo.

Atividade 2 - Realização do plano de trabalho, definição da abordagem metodológica e da

calendarização.

Atividade 3 - fazer um levantamento e analise da informação já existente.

Atividade 4 - estruturar a informação recolhida na fase anterior.

Atividade 5 - Fazer a revisão de literatura.

Atividade 6 - Fazer primeira versão dos aspetos a considerar no guia.

Atividade 7 - Escrever relatório de projeto de dissertação.

Atividade 8 - Fazer revisão dos aspetos a considerar no guia.

Atividade 9 - identificar exemplos de boas e más praticas.

Atividade 10 – Preparar, realizar e analisar resultados da experiencia de campo.

Atividade 11 – Escrever relatório de dissertação.

18

4. CAPITULO 4 – CONCLUSÃO

Ao longo deste documento foram referidos os principais trabalhos realizados na área de

boas práticas a seguir na construção de websites para o governo eletrónico. Foi falado do Guia

de boas Práticas para a administração direta e indireta do estado e do guia de usabilidade da

AMA. Numa segunda fase deste projeto pretende-se fazer o enquadramento em termos de

artigos internacionais e focar naquele que deve ser a maior alteração desde a última versão

do guia: a adaptação dos websites a dispositivos moveis como tablets e smartphones.

Foram abordados alguns aspetos como conteúdos, acessibilidade para cidadãos com

necessidades especiais, navegabilidade e usabilidade, serviços online, privacidade e proteção

de dados individuais, open data e transparência, autenticação e segurança, interoperabilidade

e participação pública e interação com os cidadãos. Foi também apresentada uma tabela com

boas práticas em relação aos aspetos anteriormente referidos, que também será alvo de

revisão.

O maior desafio da segunda parte deste projeto será conseguir encontrar bons exemplos

das recomendações dadas porque muitas vezes um website que é um bom exemplo para

determinado aspeto, é um mau exemplo para outro. No entanto espera-se que com

perseverança este e outros desafios sejam ultrapassados.

19

REFERÊNCIAS

AMA - Agência Portuguesa para a Modernização Administrativa, I. P. (2016). Guia Dados

Abertos, 45. Retrieved from

https://www.ama.gov.pt/documents/24077/24804/guia_dados_abertos_ama.pdf/aa97

d8e8-c5fe-47ab-9500-734948c02b19

Andersen, K. V., & Henriksen, H. Z. (2006). E-government maturity models: Extension of the

Layne and Lee model. Government Information Quarterly, 23(2), 236–248.

https://doi.org/10.1016/j.giq.2005.11.008

Bolonhesi, M., & Martimiano, L. (n.d.). Estudo de mecanismos de autenticação para aplicações

Web.

Chadwick, A., & May, C. (2003). Interaction between States and Citizens in the Age of the

Internet: “e-Government” in the United States, Britain, and the European Union.

Governance, 16(2), 271–300. https://doi.org/10.1111/1468-0491.00216

Chun, S. A., Shulman, S., Sandoval, R., & Hovy, E. (2010). Government 2.0: Making connections

between citizens, data and government. Information Polity, 15(1–2), 1–9.

https://doi.org/10.3233/IP-2010-0205

European Communities. (2004). EUROPEAN INTEROPERABILITY FRAMEWORK FOR PAN-

EUROPEAN eGOVERNMENT SERVICES. Luxembourg: Office for Official Publications of the

European Communities. https://doi.org/ISBN 92-894-8389-X

Fang, X., Hu, P. J.-H., Chau, M., Hu, H.-F., Yang, Z., & Sheng, O. R. L. (2012). A Data-Driven

Approach to Measure Web Site Navigability. Journal of Management Information

Systems, 29(2), 173–212. https://doi.org/10.2753/MIS0742-1222290207

Faouzi Kamoun, M. B. A. (2014). Accessibility as an integral factor in e-government web site

evaluation: The case of Dubai e-government. Information Technology & People, 27(2),

208–228. Retrieved from https://doi.org/10.1108/ITP-07-2013-0130

Ferber, P., Foltz, F., & Pugliese, R. (2003). The politics of state legislature Web sites: Making E-

government more participatory. Bulletin of Science, Technology and Society, 23(3), 157–

167. https://doi.org/10.1177/0270467603023003002

Gant, J. P., & Gant, D. B. (2002). Web portal functionality and state government e-service.

Proceedings of the Annual Hawaii International Conference on System Sciences, 2002–

20

Janua, 1627–1636. https://doi.org/10.1109/HICSS.2002.994073

Grönlund, Å., & Horan, T. A. (2005). Introducing e-Gov : History , Definitions , and Issues,

15(June).

https://www.usability.gov/what-and-why/content-strategy.html

Ide, N., & Pustejovsky, J. (2010). What Does Interoperability Mean , Anyway ? Toward an

Operational Definition of Interoperability for Language Technology. Proceedings of the

Second International Conference on Global Interoperability for Language Resources.

Retrieved from http://www.cs.vassar.edu/~ide/papers/ICGL10.pdf

Jacobi, A., Jensen, M. L., Kool, L., Munnichs, G., & Weber, A. (2013). Security of eGovernment

Systems. Science and Technology Options Assessment, 1–80.

https://doi.org/10.2861/29262

Janssen, M., Charalabidis, Y., & Zuiderwijk, A. (2012). Benefits, Adoption Barriers and Myths

of Open Data and Open Government. Information Systems Management, 29(4), 258–

268. https://doi.org/10.1080/10580530.2012.716740

Komarova, A., Menshchikov, A., Negols, A., Korobeynikov, A., Gatchin, Y., & Tishukova, N.

(2018). Proceedings of the Second International Scientific Conference “Intelligent

Information Technologies for Industry” (IITI’17), 680. https://doi.org/10.1007/978-3-

319-68324-9

Lacerda, D. P., Dresch, A., Proença, A., & Antunes Júnior, J. A. V. (2013). Design Science

Research: método de pesquisa para a engenharia de produção. Gestão & Produção,

20(4), 741–761. https://doi.org/10.1590/S0104-530X2013005000014

Mateus, J. C. (2008). O Governo Electrónico, a sua aposta em Portugal e a importância das

Tecnologias de Comunicação para a sua estratégia. Revista de Estudos Politécnicos, VI,

23–48. Retrieved from http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S1645-

99112008000100003&script=sci_arttext&tlng=p%5Cnhttp://www.scielo.oces.mctes.pt/

scielo.php?pid=S1645-99112008000100003&script=sci_arttext

Otjacques, B., Hitzelberger, P., & Feltz, F. (2007). Interoperability of E-Government

Information Systems: Issues of Identification and Data Sharing. Journal of Management

Information Systems, 23(4), 29–51. https://doi.org/10.2753/MIS0742-1222230403

Smith, A. G. (2001). Applying evaluation criteria to New Zealand government websites.

International Journal of Information Management, 21(2), 137–149.

https://doi.org/10.1016/S0268-4012(01)00006-8

21

Oliveira, J. N., L. Santos e L. Amaral, Guia de Boas Práticas na Construção de Web Sites da

Administração Directa e Indirecta do Estado, Gávea – Laboratório de Estudo e

Desenvolvimento da Sociedade da Informação, Universidade do Minho, Guimarães,

Portugal, 2003.

VAISHNAVI, V.; KUECHLER, W. Design Research in Information Systems. 2009. Disponível em:

<http://desrist.org/desrist/content/design-science-research-in-information-

systems.pdf >