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Norma de Procedimento Guia de Ensino para Cuidadores Classificação: CLI.PRO.001.NP.01 Edição: 01 Página 1 de 68 Elaborado por: Melissa Carvalho Susana Martins Data: 17/05/2018 Aprovado por: Conselho de Administração Data: 11/10/2018 GUIA DE ENSINO PARA CUIDADORES

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Norma de Procedimento Guia de Ensino para Cuidadores

Classificação: CLI.PRO.001.NP.01

Edição: 01

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Elaborado por: Melissa Carvalho Susana Martins

Data: 17/05/2018

Aprovado por: Conselho de Administração

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GUIA DE ENSINO

PARA CUIDADORES

Norma de Procedimento Guia de Ensino para Cuidadores

Classificação: CLI.PRO.001.NP.01

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Índice

1. ENQUADRAMENTO ........................................................................................................................................................................ 4

2. OBJETIVO ....................................................................................................................................................................................... 4

3. ÂMBITO DE APLICAÇÃO ................................................................................................................................................................ 4

4. RESPONSABILIDADE ..................................................................................................................................................................... 4

5. DEFINIÇÃO DE CONCEITOS ......................................................................................................................................................... 4

6. PROCEDIMENTO ............................................................................................................................................................................ 5

6.1. ÊNFASE NA PESSOA COM DEPENDÊNCIA ............................................................................................................................ 5

6.1.1. HIGIENE DO CORPO: BANHO NO CHUVEIRO/CAMA ........................................................................................................ 5

6.1.2. HIGIENE DA BOCA................................................................................................................................................................ 6

6.1.3. HIGIENE DOS PÉS E UNHAS ............................................................................................................................................... 6

6.1.4. ALIMENTAÇÃO ............................................................................................................................................................................... 6

6.1.5. ALIMENTAÇÃO POR SONDA NASOGÁSTRICA (SNG) ................................................................................................................ 7

6.1.6. ALIMENTAÇÃO POR GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA PERCUTÂNEA (PEG) ........................................................................ 7

6.1.7. MEDICAÇÃO ORAL E SUBCUTÂNEA ........................................................................................................................................... 7

6.1.8. OSTOMIA DE RESPIRAÇÃO: TRAQUEOSTOMIA ........................................................................................................................ 7

6.1.9. OSTOMIA DE ELIMINAÇÃO: UROSTOMIA, ILEOSTOMIA E COLOSTOMIA ............................................................................... 8

6.1.10. MASTECTOMIA ............................................................................................................................................................................ 9

6.1.11. ATIVIDADE FÍSICA ....................................................................................................................................................................... 9

6.1.12. TRANSFERÊNCIAS E POSICIONAMENTOS .............................................................................................................................. 9

6.1.13. PREVENÇÃO DE QUEDAS ........................................................................................................................................................ 10

6.1.14. PREVENÇÃO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO ........................................................................................................................... 10

6.1.15. ELIMINAÇÃO URINÁRIA: CATETER VESICAL ......................................................................................................................... 10

6.1.16. ALTERAÇÕES NA COMUNICAÇÃO .......................................................................................................................................... 11

6.1.17. SONO E REPOUSO .................................................................................................................................................................... 11

6.2. ÊNFASE NO CUIDADOR ................................................................................................................................................................. 11

6.2.1. LAVAGEM DAS MÃOS ................................................................................................................................................................. 11

6.2.2. DEMÊNCIA .................................................................................................................................................................................... 11

6.2.3. AUTOCUIDADO ............................................................................................................................................................................ 12

6.2.4. LIDAR COM O LUTO .................................................................................................................................................................... 12

7. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ............................................................................................................................................... 13

ANEXO: FOLHETOS INFORMATIVOS................................................................................................................................................... 14

COMO AJUDAR NO BANHO DE CHUVEIRO ........................................................................................................................................ 15

COMO AJUDAR NO BANHO NA CAMA ................................................................................................................................................. 17

COMO CUIDAR DA HIGIENE DA BOCA ................................................................................................................................................ 19

COMO CUIDAR DA HIGIENE DOS PÉS E UNHAS ............................................................................................................................... 21

COMO GARANTIR UMA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA ......................................................................................................................... 23

COMO ALIMENTAR ATRAVÉS DE SONDA NASOGÁSTRICA ............................................................................................................. 25

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COMO ALIMENTAR ATRAVÉS DE GASTROSTOMIA ENDOSCÓPICA PERCUTÂNEA ..................................................................... 27

COMO DAR OS MEDICAMENTOS ........................................................................................................................................................ 29

COMO ADMINISTRAR MEDICAÇÃO POR VIA SUBCUTÂNEA ............................................................................................................ 31

OSTOMIA DE RESPIRAÇÃO: TRAQUEOSTOMIA ................................................................................................................................ 33

OSTOMIA DE ELIMINAÇÃO: UROSTOMIA/ILEOSTOMIA/COLOSTOMIA ........................................................................................... 35

MASTECTOMIA ...................................................................................................................................................................................... 37

MASTECTOMIA: EXERCÍCIOS DE RECUPERAÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES....................................................................... 39

COMO MANTER A ATIVIDADE FÍSICA.................................................................................................................................................. 41

COMO TRANSFERIR ENTRE A CAMA E A CADEIRA .......................................................................................................................... 43

COMO POSICIONAR NA CAMA ............................................................................................................................................................. 45

COMO POSICIONAR NA CAMA A PESSOA COM SEQUELAS DE AVC ............................................................................................. 47

COMO PREVENIR AS QUEDAS ............................................................................................................................................................ 49

COMO EVOLUEM AS ÚLCERAS POR PRESSÃO ................................................................................................................................ 51

COMO PREVENIR AS ÚLCERAS POR PRESSÃO ............................................................................................................................... 53

COMO FACILITAR A COMUNICAÇÃO .................................................................................................................................................. 55

COMO MELHORAR O SONO E REPOUSO .......................................................................................................................................... 57

COMO CUIDAR DA HIGIENE DAS SUAS MÃOS .................................................................................................................................. 59

COMO LIDAR COM A DEMÊNCIA ......................................................................................................................................................... 61

CUIDE TAMBÉM DE SI ........................................................................................................................................................................... 63

LUTO: COMO LIDAR COM A DOR ......................................................................................................................................................... 65

HIPODERMOCLISE - HIDRATAÇÃO POR VIA SUBCUTÂNEA ............................................................................................................ 67

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1. ENQUADRAMENTO O aumento da esperança de vida da população portuguesa pode ser explicado pelos avanços tecnológicos, aliados ao

progresso dos cuidados de saúde e, predominantemente, às melhores condições de vida das populações.

Simultaneamente, com o propósito de evitar a institucionalização das pessoas com dependência, independentemente da

sua idade, estabelecem-se políticas que incentivam a sua permanência no domicílio, junto dos seus familiares ou entes

significativos mais próximos, verificando-se que frequentemente são os cônjuges ou filhos que assumem o encargo da

prestação de cuidados, tornando-se seus cuidadores.

Todavia, prestar cuidados em casa a pessoas dependentes é uma tarefa árdua, tanto mais quanto mais complexa a

situação de saúde e o tipo de cuidados necessários, com repercussões significativas para o cuidador, como o é, por

exemplo, a sobrecarga do cuidador, e para a família como um todo, nomeadamente a nível físico, emocional, social, familiar

e económico, constituindo-se uma situação de crise familiar.

Neste sentido, os Cuidados de Saúde Primários (CSP) como a principal via de acesso aos cuidados de saúde têm um

papel fulcral no apoio aos cuidadores e respetivas famílias, quer através da vigilância da saúde da pessoa que é alvo dos

cuidados, quer através da identificação, monitorização e planeamento de estratégias para prevenir a sobrecarga dos

cuidadores, permitindo que a pessoa dependente permaneça no seu ambiente familiar, o máximo de tempo possível e com

o máximo de autonomia.

A crescente necessidade de acompanhamento e de cuidados a estas pessoas impõe, assim, uma abordagem

multidisciplinar na avaliação do cuidador da pessoa dependente e na dinâmica da família, na identificação das

necessidades de cuidados de saúde e no planeamento e implementação de intervenções que lhes façam face. Aprofundar

e desenvolver o conhecimento sobre os aspetos que se relacionam com os cuidadores são, deste modo, aspetos cruciais

para a intervenção dos profissionais de saúde.

2. OBJETIVO Garantir resposta às necessidades dos cuidadores de pessoas com dependência, apoiando-os no processo de adaptação

e aceitação do seu papel, através da uniformização e sistematização da informação fornecida pelos profissionais de saúde.

3. ÂMBITO DE APLICAÇÃO Esta norma é aplicável a todos os profissionais de saúde que na sua prática clínica estão envolvidos na prestação de

cuidados a cuidadores de pessoas dependentes, de acordo com as suas competências profissionais.

4. RESPONSABILIDADE Os profissionais de saúde são responsáveis por, no âmbito das suas competências, cumprirem as recomendações

contantes desta norma e de reportar por escrito ao seu superior hierárquico quaisquer faltas de recursos ou outros

obstáculos que possam dificultar ou pôr em causa o seu cumprimento.

Os superiores hierárquicos e coordenadores devem supervisionar continuamente o cumprimento da presente norma, nas

respetivas equipas assegurando a divulgação e o acesso à mesma por todos os seus elementos.

É responsabilidade da direção da USIT assegurar os recursos e meios necessários para o cumprimento da presente norma.

Compete ao Gabinete de Qualidade e Segurança do Utente assegurar a atualização desta norma.

5. DEFINIÇÃO DE CONCEITOS Pessoa com dependência: a pessoa que não consegue gerir todos os aspetos da sua vida diária e cuidados pessoais.

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Cuidador1: a pessoa que assiste na identificação, prevenção ou tratamento da doença ou incapacidade, assistindo às

necessidades de pessoa com dependência. Para os efeitos previstos neste manual, o cuidador não é, necessariamente, o

representante legal da pessoa com dependência, encarregue de substituí-la na tomada de decisão sobre a sua saúde.2 O

cuidador é, então, a pessoa que, num dado momento, irá efetivamente prestar, de forma parcial ou integral, qualquer tipo

de cuidado à pessoa com dependência, de acordo com as suas necessidades.

Papel do cuidador: interagir de acordo com as responsabilidades de cuidar de alguém; interiorizar a expetativa mantida

pelas instituições de cuidados de saúde e profissionais de saúde, membros da família e sociedade relativamente aos

comportamentos apropriados ou inapropriados do papel de cuidador; expressar essas expetativas sob a forma de

comportamentos e valores, sobretudo relativamente a cuidar de um membro da família com dependência.

6. PROCEDIMENTO No âmbito do acompanhamento dos utentes pela equipa de saúde, em contexto domiciliário, e sempre que for detetado

algum nível de dependência, deverá o profissional de saúde:

Avaliar e registar o grau de dependência no processo clínico eletrónico (Escalas de Avaliação Escala de Barthel);

Identificar o ou os cuidadores principais3 e registar no processo clínico (Resumo Observações gerais).

De seguida, deverão ser avaliadas as necessidades dos cuidadores, em termos de conhecimentos e estratégias de

adaptação e aceitação do seu papel, estabelecendo-se prioridades quanto aos temas a abordar e à sequência com que

deverão ser abordados, assegurando-se, assim, que estes têm acesso à informação de que necessitam para prestarem

cuidados de forma adequada e segura.

Para o efeito padroniza-se a atuação do profissional, quer na avaliação da pessoa dependente e seu cuidador, ambiente

e recursos, descrevendo-se orientações para a intervenção do profissional de saúde, quer nos ensinos que deve efetuar,

com recurso a folhetos informativos.

Este guia encontra-se subdividido em 2 partes: a primeira direcionada aos cuidados a ter com a pessoa dependente

(capítulo 6.1.) e a segunda direcionada para o autocuidado do cuidador (capítulo 6.2.).

6.1. Ênfase na pessoa com dependência

6.1.1. Higiene do corpo: banho no chuveiro/cama Avaliar a autonomia do utente

Avaliar as condições do cuidador para cuidar da higiene da pessoa dependente

Avaliar as condições do WC/quarto e analisar com o cuidador eventuais necessidades de adaptação estrutural ou

aquisição de equipamentos de apoio

Dar a conhecer os recursos existentes na comunidade

Fazer ensino sobre como proceder no banho, e material de apoio

1 A Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) utiliza o termo “prestador de cuidados”. Neste documento optou-se pela forma mais abreviada “cuidador”. Segundo o dicionário da língua portuguesa, disponível em www.infopedia.pt, cuidador significa “que ou aquele que cuida”, enquanto prestador significa “que ou aquele que presta”, pelo que considera-se que o significado destas expressões é sobreponível. 2 Para mais informações sobre o procedimento de substituição na tomada de decisão, consultar a respetiva norma. 3 Para mais informação sobre o procedimento a adotar em caso de incapacidade do utente para consentir (ou dissentir) a realização de um ato de diagnóstico ou terapêutica, consultar a norma de procedimento “Substituição na Tomada de Decisão” (CLI.COM.003.NP.02).

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Incentivar o cuidador a dar tempo e espaço para que a pessoa dependente mantenha autonomia possível dentro

das suas limitações

Incitar o cuidador a promover a privacidade da pessoa dependente

Avaliar o estado da pele, e se necessário, proceder a ensinos sobre hidratação

Enfatizar a importância do uso dos artigos pessoais da preferência da pessoa

Solicitar intervenção do técnico de serviço social

Solicitar intervenção de profissionais da área de reabilitação

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.1.2. Higiene da boca Avaliar a força e destreza da pessoa dependente para cuidar da sua higiene oral

Enfatizar a importância da higiene oral

Estimular a pessoa dependente a fazer a sua própria higiene oral de acordo com as suas capacidades

Realizar ensinos ao cuidador sobre cuidados a ter na higiene oral da pessoa dependente

Referenciar para o médico dentista

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.1.3. Higiene dos pés e unhas Avaliar a força e destreza da pessoa dependente

Enfatizar a importância da higiene dos pés e espaços interdigitais

Avaliar estado da pele e unhas dos pés

Ensinar sobre o tipo material adequado para o corte de unhas

Informar sobre a importância de um calçado adequado

Alertar para possíveis alterações no estado da pele e unhas

Referenciar para o enfermeiro ou podologista

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.1.4. Alimentação

Avaliar a força, a destreza e a capacidade de deglutição da pessoa dependente

Orientar para respeitar as preferências da pessoa dependente, garantindo sempre a manutenção de uma

alimentação equilibrada e variada

Orientar para a aquisição de material de apoio

Referenciar para o profissional da área da nutrição

Encaminhar para o técnico de serviço social

Entregar folheto informativo (em anexo)

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6.1.5. Alimentação por sonda nasogástrica (SNG)

Avaliar a capacidade do cuidador na administração da alimentação por SNG

Tranquilizar o cuidador e mostrar disponibilidade para responder a dúvidas sobre o manuseamento/administração

da alimentação por SNG

Realizar ensinos sobre como deve preparar os alimentos e a tolerância à alimentação

Assegurar a correta administração de líquidos para preservar a hidratação do utente e evitar a obstrução da SNG

Registar no processo clínico eletrónico a informação relativa à introdução da SNG (tipo, n.º, data de substituição),

reação do utente e eventuais intercorrências

Ensinar sobre atuação em caso de exteriorização da SNG, facultando o contacto da equipa da enfermagem

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.1.6. Alimentação por gastrostomia endoscópica percutânea

(PEG)

Avaliar a capacidade do cuidador na administração da alimentação por PEG

Tranquilizar o cuidador e mostrar disponibilidade para responder a dúvidas sobre o manuseamento/administração

da alimentação por PEG

Assegurar a correta administração de líquidos para preservar a hidratação do utente e evitar a obstrução da PEG

Realizar ensinos sobre a limpeza e desinfeção do local de inserção da PEG

Alertar para os sinais de inflamação/infeção

Esclarecer o cuidador que em caso de exteriorização da sonda deve recorrer ao Hospital, facultando o contacto

da equipa da enfermagem

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.1.7. Medicação oral e subcutânea

Avaliar a capacidade de administração da medicação oral e subcutânea por parte da pessoa dependente ou do

cuidador

Realizar ensinos sobre o correto armazenamento, manuseamento, validade e administração correta dos

medicamentos (via, dose e horário, efeitos secundários, precauções especiais)

Verificar junto do cuidador a medicação

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.1.8. Ostomia de respiração: traqueostomia

Examinar a pele em torno do estoma traqueal, observando secreções, vermelhidão e irritação

Avaliar a capacidade da pessoa e do cuidador para os cuidados a ter com a traqueostomia

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Ensinar a pessoa a tapar a cânula de modo a facilitar a fala

Ensinar a pessoa a não tossir de frente para as pessoas e a colocar um lenço à frente da cânula, para evitar a

projeção de secreções

Estimular a independência e a autoestima da pessoa

Exemplificar a técnica de mudança da cânula interna, e fazer com que a pessoa e cuidador demonstrem a técnica

Tranquilizar o cuidador e mostrar disponibilidade sempre que houver dúvidas na técnica de limpeza e substituição

da cânula interna

Alertar para os sinais de inflamação/infeção que poderão ocorrer no local de inserção da traqueostomia, caso

existam deve contatar a equipa de enfermagem, ou recorrer ao serviço de urgência

Avaliar o impacto social e familiar

Encaminhar para a psicologia

Facultar o contato da equipa da enfermagem para qualquer eventualidade

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.1.9. Ostomia de eliminação: urostomia, ileostomia e colostomia

Orientar a pessoa e cuidador quanto ao uso de dispositivo/cuidados de ostomia

Avaliar a capacidade da pessoa e do cuidador para os cuidados a ter com urostomia/ileostomia/colostomia

Monitorizar a cicatrização da incisão/estoma

Monitorizar as complicações pós-operatórias, como obstrução intestinal, íleo paralítico, entre outras

Alertar para a importância de uma alimentação fracionada

Tranquilizar o cuidador e mostrar disponibilidade sempre que houver dúvidas na técnica de mudança dos sacos

e das placas

Exemplificar a técnica de mudança dos sacos

Orientar sobre os mecanismos para reduzir odores

Auxiliar a pessoa e o cuidador sobre a dieta adequada e as mudanças esperadas na função de eliminação

Ensinar o paciente a mastigar completamente os alimentos; a evitar alimentos que causaram problemas digestivos

no passado; a adicionar novos alimentos à dieta, um de cada vez e a consumir muitos líquidos

Orientar sobre exercícios de Kegel, caso o paciente tenha um reservatório íleo-anal

Encorajar a pessoa e o cuidador a expressar os sentimentos e as preocupações sobre mudanças na imagem

corporal

Avaliar o impacto social e familiar

Explicar, à pessoa e cuidador, quais serão as mudanças na rotina diária que o cuidado à ostomia trará

Manifestar a confiança de que o paciente é capaz de retornar à vida normal com a ostomia

Discutir sobre as preocupações relativas à função sexual, conforme apropriado

Encaminhar para a psicologia, sempre que necessária intervenção

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Facultar o contato da equipa da enfermagem para qualquer eventualidade

Esclarecer o cuidador quais os sinais de alarme e quando deve recorrer ao Hospital

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.1.10. Mastectomia

Encorajar a verbalização de sentimentos, perceções e medos

Dar a conhecer sinais e sintomas que possam surgir no pós-operatório

Alertar que estes sinais e sintomas podem ser prevenidos ou atenuados

Informar sobre os cuidados a ter no dia a dia

Exemplificar algum tipo de exercício de recuperação dos membros superiores com o cuidador e a pessoa

dependente

Encaminhar para a psicologia

Entregar folheto informativo (em anexo: mastectomia e exercícios de recuperação dos membros superiores)

6.1.11. Atividade física

Avaliar a capacidade da pessoa dependente fazer algum tipo de atividade física, sendo parte ativa ou passiva

Questionar sobre o gosto pessoal ou preferência

Alertar para os benefícios da prática de atividade física regular

Exemplificar algum tipo de exercício com o cuidador e a pessoa dependente

Encaminhar para fisioterapia

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.1.12. Transferências e posicionamentos

Avaliar a capacidade da pessoa dependente para a mobilização e transferência

Incentivar a colaboração da pessoa dependente nos posicionamentos e transferências

Demonstrar que é necessário respeitar o alinhamento do corpo

Enfatizar a importância dos posicionamentos e transferências

Indicar ao cuidador a importância de manter uma boa postura corporal para evitar lesões tardias

Alertar para as zonas de pressão e possíveis alterações no estado da pele

Observar o estado da pele nas zonas de pressão

Informar sobre os recursos existentes na comunidade para a aquisição de material necessário

Solicitar intervenção de profissionais de reabilitação

Entregar folheto informativo (em anexo)

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6.1.13. Prevenção de quedas

Observar e avaliar as condições da habitação de forma a tornar o ambiente seguro que corresponda às exigências

funcionais da pessoa

Alertar para possíveis efeitos secundários da medicação (por exemplo apresentar sintomas como: tonturas,

sonolência, zumbidos, etc.)

Dar a conhecer a importância de uma alimentação e hidratação adequada

Orientar para o fortalecimento do sistema musculosquelético através da atividade física

Discutir com a pessoa dependente e/ou cuidador eventuais necessidades de adaptação estrutural ou aquisição

de equipamentos de apoio como andarilhos

Solicitar intervenção do técnico de serviço social

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.1.14. Prevenção de úlceras por pressão

Avaliar as condições do quarto e discutir com a pessoa dependente e/ou cuidador eventuais necessidades de

adaptação estrutural

Incentivar os posicionamentos frequentes (leito, cadeirão, sofá)

Sensibilizar o cuidador para a importância de uma alimentação e hidratação adequada

Alertar para quaisquer sinais de inflamação/infeção na pele e recorrer ao enfermeiro, logo que os detetem

Facultar o contato da equipa da enfermagem para qualquer eventualidade

Informar sobre materiais disponíveis no mercado para prevenção de úlceras de pressão

Solicitar intervenção do técnico de serviço social e nutricionista

Entregar folheto informativo (em anexo UPP, alimentação, posicionamentos e transferências)

6.1.15. Eliminação urinária: cateter vesical

Avaliar a capacidade do cuidador no manuseamento do cateter vesical, e mudança do saco coletor

Realizar ensinos sobre a limpeza e desinfeção do local de inserção do tubo coletor

Tranquilizar o cuidador e mostrar disponibilidade sempre que houver dúvidas no manuseamento do cateter vesical

e saco coletor

Incentivar a correta administração de líquidos para preservar a hidratação da pessoa dependente e evitar a

obstrução do cateter vesical

Esclarecer o cuidador sobre possíveis sinais de infeção ou extravasamento de urina; caso existam deve contatar

a equipa de enfermagem

Facultar o contato da equipa da enfermagem para qualquer eventualidade

Entregar folheto informativo (CLI.PCI.004.FI.01.01-Algália - Cuidados a ter) e lavagem das mãos (em anexo)

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6.1.16. Alterações na comunicação

Avaliar a capacidade do cuidador para perceber alterações na comunicação, e como deve proceder

Tranquilizar o cuidador e mostrar disponibilidade sempre que houver dúvidas

Encaminhar para terapeuta da fala, se necessário

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.1.17. Sono e repouso

Avaliar os hábitos de sono e repouso da pessoa dependente

Alertar para a importância de uma higiene do sono

Adequar os hábitos às necessidades correspondentes à idade da pessoa dependente

Ensinar técnicas de respiração e relaxamento

Incentivar a prática de exercício físico como forma de relaxamento

Recorrer a medicação, se for necessário, com indicação médica

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.2. Ênfase no cuidador

6.2.1. Lavagem das mãos

Avaliar a capacidade da pessoa dependente para a autolavagem das mãos

Alertar o cuidador para a importância da higiene das suas mãos e da pessoa dependente, como forma de

prevenção de infeções cruzadas

Ensinar como deve fazer através demonstração, se necessário (observação direta)

Aconselhar quando deve realizar a higiene das mãos

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.2.2. Demência

Averiguar sinais e sintomas de demência

Esclarecer quanto à patologia, tratamento e prognóstico

Esclarecer como ultrapassar problemas de comportamento

Identificar dificuldades encontradas pelo cuidador e junto a este encontrar as soluções

Envolver o cuidador na revisão e modificação constante do plano de cuidados, uma vez que com a evolução da

doença a dependência torna-se cada vez maior e as necessidades mudam

Dar a conhecer estratégias para lidar com alterações de comportamento, sintomas psicológicos

Incentivar a prática de jogos para a estimulação cognitiva de acordo com os gostos da pessoa (jogo de cartas,

xadrez, damas, loto, etc.)

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Aconselhar técnicas de relaxamento

Organizar grupos de autoajuda e suporte tanto para as pessoas quanto para seus cuidadores

Encaminhar para médico assistente ou psicólogo

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.2.3. Autocuidado

Avaliar o estado físico e psicológico do cuidador

Identificar estratégias de gestão do tempo

Aconselhar técnicas de relaxamento

Identificar sinais de stress ou burnout no cuidador

Dar a conhecer os recursos existentes na comunidade para eventual descanso do cuidador

Encaminhar para médico assistente ou psicólogo

Entregar folheto informativo (em anexo)

6.2.4. Lidar com o luto

Apoiar o cuidador numa primeira visita, mostrando compreensão e disponibilidade para a escuta

Avaliar a fase do luto em que o cuidador se encontra

Verificar sinais de luto patológico

Encaminhar para médico assistente, psicólogo ou enfermeiros de cuidados continuados

Entregar folheto informativo (em anexo)

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7. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

(s.d.). Obtido de http://www.apostomizados.pt/upload/pdf/pdf_1308931515.pdf

(s.d.). Obtido de http://www.apostomizados.pt/upload/pdf/pdf_1308931482.pdf

(s.d.). Obtido de http://www.apostomizados.pt/upload/pdf/pdf_1308931459.pdf

(s.d.). Obtido de http://care4wounds.com/ebook/flipviewerxpress.html

(s.d.). Obtido de http://www.convatec.pt/ostomia/informa%C3%A7%C3%B5es-de-apoio-%C3%A0-pessoa-ostomizada/material-de-apoio/literatura-do-paciente/

A.P.F.A.D.A. Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer. (2006). Manual do Cuidador da pessoa com demência. Obtido de http://alzheimerportugal.org/public/files/manual do cuidador.pdf

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ARS Norte; ACES Espinho/Maia; USF Anta. (2014). Manual do Cuidador.

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Coalition, V. C. (2005). Taking Care: A Resource Guide for Caregivers. Obtido de http://www.vda.virginia.gov

Coimbra, E. S. (2014). Obtido de Prevenção e Tratamento de Úlceras por Pressão: Guia de Consulta Rápida: http://sociedadeferidas.pt/documentos/Prevencao_e_Tratamento_de_Ulceras_Por_Pressao-Guia_de_Referencia_Rapido.pdf

DGS. (Atualizada a 3/3/2017). Norma nº 11/2016 (28/10/2016) Indicações Clínicas e Intervenção nas Ostomias Respiratórias em Idade Pediátrica e no Adulto.

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Ordem dos Enfermeiros . (s.d.). Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE V 2.0).

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Salgueiro H, Lopes M. . (31 de Março de 2010). A dinâmica da família que coabita e cuida de um idosodependente. Revista Gaúcha de Enfermagem, pp. 26-32.

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USF Terras de Santa Maria. (s.d.). Guia para prestadores de Cuidados .

Norma de Procedimento Guia de Ensino para Cuidadores

Classificação: CLI.PRO.001.NP.01

Edição: 01

Página 14 de 68

Elaborado por: Melissa Carvalho Susana Martins

Data: 17/05/2018

Aprovado por: Conselho de Administração

Data: 11/10/2018

ANEXO: FOLHETOS INFORMATIVOS

Nas páginas seguintes encontram-se os seguintes folhetos informativos:

1. Como ajudar no banho de chuveiro

2. Como ajudar no banho na cama

3. Como cuidar da higiene da boca

4. Como cuidar da higiene dos pés e unhas

5. Como garantir uma alimentação adequada

6. Como alimentar através de sonda nasogástrica

7. Como alimentar através de gastrostomia endoscópica percutânea

8. Como dar os medicamentos

9. Como administrar medicação por via subcutânea

10. Ostomia de respiração: traqueostomia

11. Ostomia de eliminação: urostomia, ílleostomia e colostomia

12. Mastectomia

13. Mastectomia: exercícios de recuperação dos membros superiores

14. Como manter a atividade física

15. Como transferir entre a cama e a cadeira

16. Como posicionar na cama

17. Como posicionar na cama a pessoa com sequelas de AVC

18. Como prevenir as quedas

19. Como evoluem as úlceras por pressão

20. Como prevenir as úlceras por pressão

21. Como facilitar a comunicação

22. Como melhorar o sono e repouso

23. Como cuidar da higiene das suas mãos

24. Como lidar com a demência

25. Cuide também de si

26. Luto: como lidar com a dor

27. Hipodermóclise: hidratação por via subcutânea

Prevenção de úlceras por pressão ► Atenção! Aproveite a hora do banho para vigiar a pele da pessoa de quem cuida: se verificar que existem zonas ruborizadas (que não passam com o alívio de pressão), feridas, borbulhas ou bolhas, contacte o seu enfermeiro.

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como ajudar no banho de chuveiro Classificação: CLI.PRO.001.FI.01.01 Edição: 01 Elaborado por Melissa Carvalho e Susana Martins Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como ajudar no banho de chuveiro

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Finalidade A higiene corporal mantém a pele limpa e hidratada, previne problemas de pele e infeções, ajuda a melhorar a circulação sanguínea, promove o bem-estar e o relaxamento.

Material necessário Sabão neutro e champô

Creme hidratante

Creme barreira

Panos turcos (2) ou toalhetes descartáveis próprios para banho

Toalhas turcas

Desodorizante

Lima de cartão e corta unhas

Pente ou escova de cabelo

Cuidados a ter É importante manter um ambiente agradável, procurando

preservar a intimidade da pessoa

Se a pessoa consegue tomar duche sem ajuda, organize todo o material e coloque-o próximo, num local de fácil acesso

Dê muita atenção à deslocação do doente até à casa de banho

Não deixe a pessoa completamente só, pois pode precisar da sua ajuda

Estimule, oriente, supervisione, auxilie a pessoa a fazer a sua higiene

Faça só aquilo que a pessoa não é capaz de fazer sozinha

Verifique a temperatura da água porque a pessoa pode não se aperceber da mesma

Mantenha as portas e janelas fechadas evitando correntes de ar

Fale suavemente e evite barulhos ou luz muito intensas

Pode ser necessário adaptar o ambiente para prevenir quedas e acidentes no percurso ou durante o banho

Se possível, dê preferência a uma base de duche rasa porque facilita a entrada e a saída do duche

Caso haja dificuldade na mobilidade, use um banco ou cadeira para apoio durante o banho (com base de borracha porque confere mais aderência)

Lave primeiro o corpo, começando pela face, pescoço, braços, tronco, pernas e por último os genitais

Aproveite para, depois do banho, massajar a pele com creme hidratante para hidratar a mesma e ajudar a ativar a circulação

Se o doente permanecer muitas horas deitado, é importante deixá-lo sentado por alguns minutos antes de o levar ao quarto de banho

Ajude sempre o doente a entrar e a sair do chuveiro/banheira

Prevenção de úlceras por pressão ► Atenção! Aproveite a hora do banho para vigiar a pele da pessoa de quem cuida: se verificar que existem zonas ruborizadas (que não passam com o alívio de pressão), feridas, borbulhas ou bolhas, contacte o seu enfermeiro. Realize a higiene dos genitais diariamente e sempre que mudar a fralda!

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como ajudar no banho na cama Classificação: CLI.PRO.001.FI.02.01 Edição: 01 Elaborado por Melissa Carvalho e Susana Martins Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como ajudar no banho na cama

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Finalidade

A higiene corporal mantém a pele limpa e hidratada, previne problemas de pele e infeções, ajuda a melhorar a circulação sanguínea, promove o bem-estar e o relaxamento.

Medidas gerais Sempre que for possível deixe a pessoa lavar-se sozinha para que esta

se sinta útil

Tenha à mão toalhas e roupa de vestir para evitar que a pessoa apanhe frio e fique doente

Respeite os hábitos de higiene que a pessoa já tinha

Respeite a privacidade da pessoa, usando um lençol para o cobrir destapando e lavando uma parte de cada vez

Verifique as condições ambientais: temperatura, ventilação e iluminação do quarto

Tenha em atenção as (suas) preferências pessoais

Estabeleça um horário para os hábitos de higiene

Se a pessoa for dependente, oriente-a sobre o que vai fazer e explique cada passo pedindo a sua colaboração dentro das suas possibilidades

O momento da higiene pode ser usado para melhorar a autoestima da pessoa (pentear, cortar a barba, cortar o cabelo)

Material necessário Sabão neutro e champô

Creme hidratante e de barreira

Panos turcos (2) ou toalhetes descartáveis próprios para banho

Toalhas turcas

Desodorizante

Lima de cartão e corta unhas

Pente ou escova de cabelo

Como fazer Se a pessoa puder fazer a sua higiene sozinha, organize todo o material necessário e coloque-o próximo dela. Se a pessoa for completamente dependente, e houver apenas um cuidador, siga as recomendações abaixo:

Pense e prepare todo o material previamente

Tenha em atenção as condições de segurança para a pessoa não cair. Pode colocar algo para a pessoa se apoiar, funcionando como barreira (por exemplo encostar uma cadeira à cama)

Utilize dois panos turcos (ou toalhetes descartáveis), um para os genitais e outro para as restantes partes do corpo quer para a limpeza como para a secagem

Utilize duas bacias: uma para o corpo e outra para uso exclusivo dos genitais. Se não tiver duas bacias deve trocar a água para a limpeza dos genitais

Coloque a pessoa de barriga para cima e lavar primeiro toda a parte da frente do corpo, começando pela face, pescoço, braços, tronco, pernas e por último os genitais

A zona genital e anal deve ser lavada no fim do banho, da frente para trás e, se o doente for homem, puxe cuidadosamente a pele que cobre o pénis, lave e seque

Seque bem as partes já lavadas para que não desenvolva problemas na pele por humidade, dando atenção especial às pregas do corpo (mamas, axilas e entre os dedos)

Vire a pessoa ficando esta de costas para si

Lave primeiro as costas e só depois as nádegas e o ânus

Aproveite esta posição de lado para trocar os lençóis, enrolando os sujos e colocando os limpos sobre o comprido, juntamente com o resguardo e depois a fralda se necessário

Hidrate a pele com um creme hidratante e massaje para ajudar a ativar a circulação. Utilize creme de barreira para prevenir o eritema da fralda

Vire a pessoa de frente para si, retire os lençóis sujos e puxe os lençóis limpos para os poder prender. Se a pessoa após o banho se levantar pode mudar os lençóis depois da higiene. Prenda bem os lençóis e estica-los pois as rugas podem potenciar o desenvolvimento de lesões na pele

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como cuidar da higiene da boca Classificação: CLI.PRO.001.FI.03.01 Edição: 01 Elaborado por Melissa Carvalho e Susana Martins Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como cuidar da higiene da boca

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Finalidade A higiene oral é uma parte fundamental nos cuidados de higiene, não só mantém o doente mais confortável como:

Previne infeções, cáries e aftas

Elimina restos de alimentos e microrganismos

Estimula a circulação do sangue

Evita o mau hálito

Quando realizar Deve fazer a lavagem dos dentes e língua no mínimo 2 vezes por dia, de manhã e antes de dormir, sempre, tenha o doente dentes naturais ou placa e mesmo que não se alimente pela boca (uso de sonda)

Material necessário Escova de dentes

Pasta dentífrica ou solução antisséptica

Fio dental

Copo com água

Espátula envolta em compressa

Batom hidratante para os lábios

Como lavar Posicione a pessoa sentada

Coloque uma toalha sobre o peito

Lave e escove os dentes da raiz para a coroa e vice-versa em movimentos circulares

Se a pessoa não conseguir colaborar use uma espátula envolvida numa compressa

Ensope a espátula em água e em antisséptico, limpe a língua, limpe e massaje as gengivas e parte interna da boca. Se o utente for capaz pode bochechar elixir

Limpe com fita dentária nos espaços entre os dentes, onde a escova não chega

Seque a face

Aplique batom hidratante nos lábios de modo a prevenir fissuras e remover crostas se necessário

Atenção!

Evite introduzir os dedos na cavidade oral da pessoa agitada ou confusa

Utilize uma escova de dentes macia

Cuidados especiais com a dentadura Caso use prótese dentária verifique se está bem-adaptada e faça a sua higiene, pelo menos, após as refeições principais. Aproveite esta tarefa para vigiar a boca, nomeadamente a presença de lesões.

Nunca efetue a higiene oral com a pessoa deitada, pois existe o

risco de sufocar

Se possível estimule a pessoa a fazer a sua higiene, ou realize-a

você caso ela não seja capaz.

Fale com o seu enfermeiro, caso observe alguma alteração nos pés ou unhas da pessoa de quem cuida

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como cuidar da higiene dos pés e unhas Classificação: CLI.PRO.001.FI.04.01 Edição: 01 Elaborado por Carla Faria Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como cuidar da higiene dos pés e unhas

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Finalidade Os pés são fundamentais para a independência do idoso e merecem uma atenção especial. A vigilância dos pés é particularmente importante nas pessoas com diabetes. O cuidador deverá estar atento à temperatura, estado da pele, estado das unhas, sensibilidade, circulação, joanetes, calosidades, micoses, edemas, lesões, etc.

Quando Lavar os pés diariamente com água tépida.

Observação diária dos pés, incluindo as áreas entre os dedos

Se não conseguir observar os pés, peça a alguém para fazê-lo

Material Sabão neutro

Água tépida

Toalha macia

Creme hidratante

Lima de cartão

Cuidados a ter Tenha o cuidado de lavar os pés diariamente com água e sabão neutro

Comprove sempre a temperatura da água com um termómetro. Também pode utilizar o cotovelo ou a face interna do antebraço para garantir que a temperatura não é alta demais

Não deixe os pés em água mais de 5 minutos (não colocar os pés de molho)

Seque bem os espaços entre os dedos por absorção e não por fricção, com um tecido macio. O espaço entre os dedos deve ficar bem seco após o banho porque a humidade promove o aparecimento de fungos

Vigie diariamente os pés, incluindo os espaços entre os dedos, num local

com boa luminosidade

Não coloque os pés em fontes diretas de calor como sacos de água

quente, aquecedores ou lareiras. Para aquecer os pés utilize apenas

meias de algodão ou de lã macia

Coloque creme hidratante diariamente em todo o pé, exceto entre os

dedos

Evite objetos perigosos como tesouras, alicates e corta unhas

Lime as unhas semanalmente com lima de cartão

As unhas devem ser cortadas, de preferência depois do banho, em linha

reta e sem bicos nos cantos. Caso as unhas estejam muito grossas lime-

as após o banho com uma lima de cartão

Aproveite para realizar movimentos de rotação e extensão das

articulações do pé, estimulando a circulação e prevenindo as atrofias

musculares, mas sem forçar o movimento

Use protetores de calcâneo, se observar a presença de pele

avermelhada, evitando assim o aparecimento de úlceras de pressão

Evite tirar cutículas, pois um simples ferimento pode ocasionar infeções

Perante uma ferida ou lesão na pele, deve procurar sempre a ajuda de

um profissional

Deve mudar diariamente as meias

As meias devem ser de fibras naturais (algodão ou lã) e de cores claras.

Assim, se surgir alguma lesão, é mais fácil detetá-la

Não use meias com elástico ou com costuras salientes. Se as meias

tiverem um elástico muito forte deve cortá-lo ou afrouxá-lo passando o

ferro por cima. No caso de apresentarem costuras salientes deve calçá-

las do avesso

Não utilize produtos químicos, nem pensos para tirar as calosidades.

Não as corte. Sempre que elas surjam deve pedir ajuda à sua equipa de

saúde

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como garantir uma alimentação adequada Classificação: CLI.PRO.001.FI.05.01 Edição: 01 Elaborado por Melissa Carvalho e Susana Martins Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como garantir uma alimentação adequada

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A alimentação da pessoa com dependência é essencial para a recuperação física e manutenção do seu bem-estar.

Recomendações sobre a alimentação

Refresque e lave a boca do doente antes e depois da refeição

Verifique a temperatura da comida para evitar queimaduras na boca língua e/ou esófago

As refeições principais devem ser completas (sopa, prato e fruta), conter vários alimentos da cadeia alimentar e as quantidades devem ser adequadas ao apetite, gosto e necessidades de cada pessoa

O pequeno-almoço, meio da manhã, lanche e ceia não devem ser esquecidos

Forneça a refeição, se possível, num local agradável e do agrado da pessoa, por exemplo, jardim, etc.

Se a refeição é fornecida no leito, certifique-se que a pessoa está bem sentada com apoio de almofadas

Tempere os alimentos com ervas aromáticas para dar paladar à comida e reduzir o consumo de sal

Reduza o consumo de fritos, preferir os cozidos e grelhados

Dê preferência às carnes brancas (frango, peru, coelho) e ao peixe (carapau, salmão, cavala, atum fresco)

Se o doente tiver fastio de carne substitua por outros alimentos como: ovos, frango e peixe (ricos em proteínas)

A ingestão de água é fundamental: se o seu familiar não gosta de água simples, pode optar por fornecer gelatina, chá, sumos naturais

No caso de dificuldade na deglutição pode recorrer a espessantes para líquidos

A consistência dos alimentos deverá ser ajustada aos problemas de deglutição, mastigação ou fornecimento por sonda nasogástrica

Incentive o seu familiar a mastigar bem a comida

Não forneça a refeição se a pessoa é capaz de fazê-lo sozinha

Existem materiais técnicos de apoio à refeição que podem ajudá-lo. Peça orientação ao seu enfermeiro.

Atenção! Em caso de engasgamento esteja preparado para realizar a manobra de Heimlich. Fale com o seu enfermeiro que irá demonstrar-lhe como proceder a esta manobra.

Tenha em atenção! Se a sonda nasogástrica se exteriorizar parcial ou totalmente não a

deve voltar a introduzir. Deve falar com o seu enfermeiro para efetuar o procedimento em total segurança

O interior do nariz deve ser cuidadosamente limpo, todos os dias, com um cotonete embebido em soro fisiológico. O adesivo deve ser mudado sempre que necessário, tendo o cuidado de não deslocar a sonda

Mesmo que o doente seja exclusivamente alimentado pela sonda nasogástrica é essencial que preste os cuidados de higiene à boca

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como alimentar através de sonda nasogástrica Classificação: CLI.PRO.001.FI.06.01 Edição: 01 Elaborado por Melissa Carvalho, Susana Martins Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como alimentar através de sonda nasogástrica

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Finalidade A entubação nasogástrica consiste na introdução de uma sonda através de uma narina, e vai até ao estômago, permitindo administrar alimentos, líquidos e medicamentos às pessoas que se encontram incapacitadas para o fazer autonomamente.

Quando Existem situações de doença e incapacidade que deixam as pessoas muito debilitadas e limitadas. Por este motivo, muitas vezes tem de se optar por uma alimentação pela via nasogástrica para garantir uma nutrição e hidratação adequada. Como por exemplo:

Reflexos de deglutição diminuídos ou ausentes

Engasgamento e tosse persistente no momento das refeições

Senilidade

Coma

Presença de tumores na boca ou na garganta

Pós cirurgias na via digestiva, que exigem repouso para cicatrizar e evitar infeções

Como fazer Para alimentar a pessoa corretamente através de uma sonda, deverá ter em atenção os seguintes aspetos:

A pessoa deverá ficar na posição de sentado ou semi-sentado, podendo utilizar algumas almofadas para o amparar

Caso não seja possível sentar a pessoa, deve deitá-la de lado

Deverá possuir uma seringa que se adapte à sonda

Os alimentos deverão ser triturados, adquirindo uma consistência líquida, para passarem a sonda e não a entupirem

Deve utilizar para estas refeições uma grande variedade de alimentos, tais como: legumes, batatas, massa, arroz, carne e peixe. Pode ainda fazer batidos de fruta cozida, aproveitando a água da cozedura

Os alimentos devem ser administrados a temperatura tépida, para não provocarem queimaduras

Cuidados a ter Lave as mãos antes de manipular a sonda

Sempre que é retirado o espigão (o que fecha o orifício da sonda), deverá clampar manualmente a sonda, pois evita a entrada de ar e a saída de líquidos

Antes de iniciar a alimentação, deve ser aspirado o conteúdo gástrico com o auxílio da seringa, de forma a avaliar o volume existente e adequar a alimentação

A existência de conteúdo gástrico é normal e deve-se não só a restos alimentares, mas também a sucos gástricos produzidos pelo organismo e importantes para a digestão

Se o conteúdo for inferior a 200 ml deve voltar a introduzir e pode dar a alimentação

Se o conteúdo for superior a 200ml deve voltar a introduzir e esperar cerca de 1 hora para verificar se ainda tem ou não conteúdo

No caso de diminuir poderá retomar a alimentação, sendo aconselhável iniciar com um chá, que é um líquido bem tolerado e de fácil digestão. De seguida, é necessário fazer uma pausa de cerca de 1 hora, de forma a confirmar a digestão do chá. Depois pode passar os restantes alimentos aumentando aos poucos o volume destes.

Se o volume gástrico não diminuiu deve aspirar o conteúdo e avisar o enfermeiro do centro de saúde

No final da alimentação deve ser sempre introduzida água, de forma a evitar que se depositem alimentos nas paredes da sonda levando à sua obstrução

Ao longo do dia deve ser administrada regularmente água, cerca de 1,5 litros, salvo indicação em contrário

Após a alimentação, o doente deverá permanecer na posição de sentado ou semi-sentado, pois isto previne a regurgitação ou o vómito. Sempre que for possível o doente deverá ser alimentado pela sonda e o que tolerar pela boca. Os intervalos entre as refeições devem ser curtos, não excedendo as 3 horas, exceto durante a noite

Tenha em atenção!

Se a sonda se exteriorizar ou sair acidentalmente, deve limpar muito bem a pele à volta do orifício, colocar um penso de proteção e dirigir-se de imediato ao serviço de urgência

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como alimentar através de gastrostomia endoscópica percutânea Classificação: CLI.PRO.001.FI.07.01 Edição: 01 Elaborado por Melissa Carvalho e Susana Martins Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como alimentar através de gastrostomia endoscópica percutânea

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Finalidade A Gastrostomia Endoscópica Percutânea (PEG) é uma técnica endoscópica que consiste na introdução de uma sonda na cavidade gástrica através da parede abdominal, e que permite a administração de comida, líquidos e medicação, em doentes que não conseguem deglutir por diversas razões. Após discutir com o médico os benefícios e os riscos associados à colocação de uma sonda de PEG, o doente ou o seu responsável (quando o doente não tem capacidade) assina um consentimento informado que permite a realização da técnica.

Quando deve ser usada Impossibilidade de ingestão via oral (exemplo: trauma facial)

Distúrbios na deglutição

Ingestão calórica insuficiente

Desnutrição

Doenças que impeçam a administração oral da alimentação (neurológicas, neoplásicas, traumáticas, inflamatórias, etc.)

Síndromas de mal absorção

Doenças oncológicos

Administração de dietas especiais

Paralisia Cerebral

Cuidados de Higiene

Lavar adequadamente as mãos antes da manipulação dos alimentos, da administração das refeições e do manuseamento da sonda. A correta lavagem das mãos reduz o risco de infeção

Manter a zona perístoma sempre bem seca, e trocar a gaze envolvente frequentemente

Limpar a zona perístoma com uma gaze, água e sabão e aplicar uma solução antisséptica, numa fase inicial. Posteriormente lavar apenas com água e sabão

Lavar a sonda com 20 a 40 ml de água morna depois de cada refeição, utilizando uma seringa diferente da que é administrada para a alimentação. A lavagem da sonda previne a sua obstrução

Conservar adequadamente os alimentos utilizados nas refeições

Manipular os alimentos de forma segura prevenindo a sua contaminação

Durante a alimentação Posicionar confortavelmente a pessoa, se possível sentada

Verificar se a sonda está bem posicionada, e não está obstruída

Administrar a alimentação seguindo orientações da nutricionista

Administrar a medicação se necessário e após lavar a sonda com cerca de 20 a 30 ml de água. Nota importante: A medicação deve ser previamente triturada

Fazer uma hidratação adequada várias vezes ao dia

O que deve vigiar O orifício de entrada da sonda (estoma) e à volta da mesma

A integridade/aspeto da sonda/degradação da mesma

Contacte a equipa de enfermagem caso surja as seguintes situações: o Aparecimento de rubor/”vermelhidão” da pele à volta da sonda,

aumentando a sua extensão o Se observar saída de líquido ou alimentos do estômago

Não tome nenhum medicamento se está indeciso ou se tem dúvidas de que está a fazer a toma correta. Em caso de dúvidas, consulta sempre o seu médico ou enfermeiro. Faça o melhor pela sua saúde!

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como dar os medicamentos Classificação: CLI.PRO.001.FI.08.01 Edição: 01 Elaborado por Melissa Carvalho e Susana Martins Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como dar os medicamentos

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Finalidade Os medicamentos definem-se como compostos químicos que tem efeitos benéficos para tratar ou curar doenças.

Conselhos Antes de administrar o medicamento, leia o folheto informativo

Não faça alterações na toma da medicação. Em caso de dúvida consulte o seu médico

Se tiver de partir ou esmagar comprimidos, pergunte primeiro ao seu médico, farmacêutico ou enfermeiro se pode fazê-lo

Não deixe medicação junto da pessoa se ela tiver alterações cognitivas ou comportamentais

Esteja atento a possíveis efeitos secundários

Siga a prescrição médica e, em caso de dúvida, consulte o seu médico. Não se guie por aquilo que diz o seu vizinho!

Não utilize as cores e o tamanho dos comprimidos como referência pois estes variam de acordo com o laboratório que os produz

Não partilhe medicamentos! Os medicamentos de outra pessoa podem não ser indicados para si e causar graves problemas

Cuidados a ter

Evite guardar a medicação na cozinha e casa de banho! Esta deve ser guardada em local fresco e arejado, fora do alcance das crianças e pessoas com alterações cognitivas e comportamentais

Os medicamentos devem ser mantidos dentro do invólucro (para evitar confusões e poder verificar o prazo de validade)

Não se esqueça de verificar sempre a data de validade dos medicamentos

As caixas de distribuição de medicação podem ser um auxílio na distribuição diária ou semanal dos comprimidos

Antes de facultar a medicação verifique se a pessoa é capaz de a tomar

sozinha

Certifique-se que a pessoa engoliu o comprimido pois é comum ficar na boca por dificuldade em engoli-lo

Evite misturar os comprimidos na comida

Não ofereça comprimidos, cápsulas ou outros medicamentos que devem ser engolidos quando o paciente estiver deitado. Mantenha a cabeceira bem elevada para isso. Se não for possível conseguir uma cama adaptada, use travesseiros ou almofadas grandes

No caso de haver dificuldade em engolir os comprimidos inteiros e não existir solução líquida em substituição esmague-os e dilua em água ou sumo

No caso de ter dificuldade em engolir medicamentos líquidos pode acrescentar espessante à água

Se a pessoa mastiga a medicação é preferível esmagá-la e dissolvê-la em água

A via subcutânea é uma forma fácil e eficaz de administração de medicação e, por isso, é um bom método de tratamento para determinadas doenças. É fácil de administrar e qualquer pessoa que queira e se sinta capaz pode ser autónoma nesta tarefa.

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como administrar medicação por via subcutânea Classificação: CLI.PRO.001.FI.09.01 Edição: 01 Elaborado por Melissa Carvalho e Susana Martins Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como administrar medicação por via subcutânea

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Finalidade A injeção subcutânea é a introdução de uma substância no tecido que se encontra debaixo da pele. O medicamento administrado por esta via tem uma absorção lenta, a dose é pequena e é fácil de aplicar.

Quando Poderá ter que administrar medicamentos injetáveis, como é o caso da insulina nas pessoas com diabetes ou de um anticoagulante que é muitas vezes prescrito após uma cirurgia. Não tenha medo, pois não se trata de um procedimento complicado! Solicite ao seu enfermeiro que lhe ensine a técnica de administração.

Cuidados a ter Desinfete o local de administração

Vigie o local da injeção e esteja atento ao aparecimento de hematoma, dor ou vermelhidão

A injeção subcutânea deve ser administrada na zona da barriga, nos braços e nas coxas

Nas pessoas obesas, introduza a agulha num ângulo de 90º

Nas pessoas magras, introduza a agulha num ângulo de 45º

Alterne os locais de administração para que os medicamentos sejam facilmente absorvidos

Evite massajar o local logo após a administração

Conheça os efeitos secundários da medicação

Após a administração tenha cuidado para não se picar!

Material necessário Para administrar um medicamento por via subcutânea, deve ter junto de si o seguinte material:

A injeção com o medicamento a administrar

Uma compressa embebida em álcool para desinfetar e pele

Uma pequena caixa ou uma garrafa vazia onde possa colocar o material cortante após a administração

Mantenha os laços

Não se isole, saia, conviva com os seus familiares e amigos. Lembre-se que a sua família é o seu principal suporte e também ela necessita de um período de tempo para se adaptar às alterações vividas. Descobrirá que não está sozinho! Partilhe os seus problemas com aqueles que o rodeiam, incluindo os profissionais de saúde. Todos em conjunto conseguirão ultrapassar as dificuldades.

Cuidar da Pessoa com dependência Título: Ostomia de respiração: Traqueostomia Classificação: CLI.PRO.001.FI.10.01 Edição: 01 Elaborado por Lara Ávila e Sónia Luís Data: 30/04/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Ostomia de respiração: traqueostomia

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O que é uma traqueostomia

Consiste numa incisão ou corte realizado na parte inferior do pescoço (traqueia), efetuado pelo cirurgião e no qual é introduzida uma cânula para manter a permeabilidade das vias aéreas e permitir a respiração.

Cuidados a ter com a traqueostomia

Sempre que possível, os cuidados com a traqueostomia devem ser feitos pela própria pessoa. Mas, se esta não puder ou não se sentir capaz, podem ser feitos pelo cuidador.

Deve lavar sempre as mãos antes e depois de qualquer manipulação das cânulas.

MUDANÇA DA CÂNULA INTERNA

A cânula interna deve ser mudada de manhã, à noite e sempre que esteja obstruída de secreções

Tossir inclinando-se para a frente fazendo sair as secreções (o cuidador deve incentivar a pessoa a tossir ou, se necessário, aspirar as secreções)

Limpar a cânula, por dentro e por fora, usando uma esponja ou um escovilhão próprios

MUDANÇA DA CÂNULA EXTERNA

A cânula externa pode ser mudada no máximo uma vez por dia, se for necessário

Limpar bem o estoma de eventuais secreções

Realizar ligeira hiperextensão da cabeça, aplicar gel lubrificante aquando a introdução da cânula

Higiene da pele

Uma boa higiene é a melhor garantia de bem-estar, segurança e qualidade de vida, pois evitará desconforto e complicações Por isso, todas as secreções devem ser retiradas, para evitar que sequem e se acumulem na pele ou em redor da cânula. Deve também dar especial atenção, à higiene da boca para evitar que se acumulem alimentos ou secreções, que facilitam o aparecimento de infeções. Esta higiene deve ser sempre realizada no final das refeições.

Consequências da traqueostomia

Alteração da comunicação – perda da voz (afonia)

Diminuição do olfato e paladar

Diminuição motora do ombro, braço e pescoço

Alteração da imagem corporal e autoestima, consequentemente, alterações das atividades sociais e de lazer

O que deve vigiar

Obstrução da cânula externa por secreções

Saída acidental da cânula externa

Expetoração com sangue

Presença de sinais de infeção, como vermelhidão na pele ou inchaço em redor do local de inserção da cânula

Se a pessoa tiver sensação de falta de ar deve retirar a cânula interior e limpá-

la adequadamente. Atenção! Se a falta de ar for persistir, deve recorrer ao

serviço de urgência para observação médica.

Conforto e proteção

Uma vez que o ar deixou de ser filtrado pelo nariz, deve evitar, tanto quanto possível, a lareira, o ar condicionado, fumo, ambiente aquecido e seco

É de extrema importância o uso de uma proteção da traqueostomia -filtros, lenços, compressa - pois protegem das poeiras, do frio e aquecem o ar, diminuindo assim a possibilidade de constipações, gripes e pneumonias. O uso desta proteção também tem a vantagem de ocultar as cânulas.

Atenção!

Deve procurar assistência médica imediatamente se:

O estoma afundar para dentro da parede abdominal (retração)

O estoma sair fora da parede abdominal (prolapso)

Se aparecer uma saliência em redor do estoma provocada por fraqueza dos músculos abdominais ou por esforços exagerados (hérnia)

Se o estoma ficar muito estreito, ou apertado, dificultando a saída de urina/fezes (estenose)

Cuidar da pessoa com dependência Título: Ostomia de eliminação: Urostomia/Ileostomia/Colostomia Classificação: CLI.PRO.001.FI.11.01 Edição: 01 Elaborado por Lara Ávila e Sónia Luís Data: 30/04/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Ostomia de eliminação: urostomia, ileostomia e colostomia

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O que é a ostomia

A ostomia é uma intervenção cirúrgica que permite criar uma comunicação entre o órgão interno e o exterior, com a finalidade de eliminar os dejetos do organismo. A nova abertura que se cria com o exterior, chama-se estoma. Existem três tipos de ostomia de eliminação:

Colostomia (ostomia no intestino grosso)

Ileostomia (ostomia no intestino delgado)

Urostomia (ostomia no sistema urinário)

Caraterísticas das fezes e urina

A colostomia produz geralmente fezes pastosas ou fezes sólidas e gases. A ileostomia produz fezes líquidas a pastosas e, geralmente, os gases e cheiros são reduzidos. A urostomia produz urina de cor amarela clara, límpida, podendo, no entanto, apresentar algum muco.

Características do estoma

O estoma normal é vermelho ou rosa vivo, brilhante e húmido, parecido ao interior dos lábios. A pele ao seu redor deve estar lisa, sem vermelhidão, feridas ou dor. Deve observar o estoma com regularidade, e não se assuste com pequenos sangramentos do estoma.

Tipos de dispositivos

Sistema de Uma Peça Neste tipo de dispositivo, o saco é autoaderente e tem uma base de protetor cutâneo – que permite uma perfeita aderência à pele. Assim, quando se muda o saco, o sistema é removido como um todo.

Sistema de Duas Peças Este sistema, tal como o nome indica, é constituído por dois componentes: o saco e o penso protetor cutâneo. Assim, pode mudar-se o saco sempre que for necessário, sem descolar o penso protetor cutâneo durante 2 a 3 dias.

Conselhos

Se tem pelos em redor do estoma, use uma tesoura para cortá-los. Nunca utilize lâminas de barbear

Nunca coloque no estoma, nem na pele à volta perfumes, álcool, desinfetantes, desodorizantes ou quaisquer outros produtos que possam ter um efeito irritante para a pele e mucosa

Recorte o dispositivo à medida do estoma de forma a não deixar a pele a descoberto, evitando assim o contacto das fezes ou urina com a mesma

Mime a sua pele em volta do estoma de forma a estar nas melhores condições

Pode tomar duche ou banho com ou sem bolsa

Para momentos íntimos ou delicados, use bolsas mini

Esteja atento à sua alimentação:

Evite gorduras e fritos ou comidas que originem gases (ovos, cebolas, alho, feijão, grão, couve, certos queijos, ervilhas, etc.)

Se as suas fezes forem tendencialmente líquidas opte por alimentos que as tornem mais sólidas (arroz)

Coma espaçadamente, mastigue bem

Deve beber por volta de 2 litros diários entre água e sumos naturais

Evite bebidas com gás

Vigie o seu peso

Tenha em conta outros problemas de saúde quando planear as suas refeições (diabetes, colesterol alto, alergias, etc.)

Faça exercício, passeie, não fique em casa!

Use roupa confortável e com folga, de maneira a não comprimir o estoma

Pode viajar, mas leve bolsas para substituição

Sempre que vai ao médico, informe que é portador de uma ostomia

De volta ao seu dia-a-dia

Profissão: retome a sua atividade profissional apenas após orientação

médica

Atividades manuais: progressivamente e com intervalos regulares,

procure atividades em que se sinta bem, evitando movimentos rápidos e

repetitivos

Tarefas domésticas: comece por tarefas mais leves e fáceis, aumentando

gradualmente o esforço

Condução: peça conselho ao seu médico sobre quando pode voltar a

conduzir

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Mastectomia Classificação: CLI.PRO.001.FI.12.01 Edição: 01 Elaborado por Lara Ávila e Sónia Luís Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Mastectomia

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O que é uma Mastectomia?

A mastectomia é uma cirurgia na qual é retirada a mama de forma total ou parcial.

O que pode acontecer depois da cirurgia?

Dor

Inchaço no braço do mesmo lado (linfedema)

Dificuldade em movimentar o ombro

Nódoas negras (equimoses)

Formigueiro, dormência, ou outras alterações da sensibilidade

É possível prevenir ou atenuar estes sinais ou sintomas. Tente seguir os conselhos dos profissionais de saúde para assim retomar o seu dia-a-dia mais depressa e em melhores condições.

Conselhos

Quando estiver deitada adote uma posição confortável na cama, sem se

virar para o lado operado

Para se levantar, vire-se para o lado oposto à cirurgia, dobre os joelhos,

coloque-os fora da cama e apoie-se no cotovelo para levantar o tronco

Mantenha uma postura correta quando caminhar

Deve mexer os dedos, a mão e o braço até ao cotovelo

Mantenha o braço do lado da cirurgia (do cotovelo ao ombro) encostado ao

tronco

Use roupas largas e fáceis de vestir

Comece por vestir primeiro o braço do lado da cirurgia e só depois o outro

Ao despir faça o contrário: primeiro o braço do lado não operado e

posteriormente o outro

Depois de retirar os pontos

A cicatrização está feita, mas ainda são necessários alguns cuidados: Siga os conselhos anteriores e faça movimentos graduais com o braço

No início pode sentir repuxamento e desconforto na região operada, mas com

a prática diária dos exercícios recomendados irá sentir-se cada vez melhor

O uso do sutiã e da prótese externa é fundamental: o sutiã deve ter boa

sustentação e o peso da prótese deve ser aproximado ao da outra mama

Cuidados a ter com o braço do lado da cirurgia

O que deve fazer

Usar desodorizante sem álcool

Usar creme hidratante e nutritivo para evitar pele seca

Usar mangas e punhos largos

Proteger as mãos nas atividades que impliquem risco de corte ou picada

Realizar tarefas leves e aumente o esforço progressivamente

Repousar sempre e logo que sentir o braço cansado

Colocar o braço sobre uma almofada, com a mão mais alta do que o

ombro, quando estiver sentada(o) ou deitada(o)

Fazer os exercícios recomendados

O que não deve fazer

Movimentos bruscos

Atividades manuais por períodos superiores a vinte minutos

Avaliar a pressão arterial

Colher sangue ou receber injeções (vacinas)

Sofrer cortes, arranhões, picadas de insetos ou queimaduras

Utilizar produtos agressivos (por ex. detergentes)

Cortar cutículas (peles junto das unhas)

Usar lâminas ou cera na depilação da axila

Carregar peso excessivo (mais de 5 Kg) ou usar carteira

Usar roupas, relógios, pulseiras e anéis demasiado apertados

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Mastectomia: Exercícios de recuperação dos membros superiores Classificação: CLI.PRO.001.FI.13.01 Edição: 01 Elaborado por Lara Ávila e Sónia Luís Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Mastectomia: Exercícios de recuperação dos membros superiores

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Parabéns! Já pode iniciar o seu programa de exercícios de recuperação após a cirurgia. Apresentamos alguns conselhos e exercícios para a recuperação funcional dos braços e ombros. Antes de iniciar os exercícios inspire profundamente pelo nariz e expire pela boca colocando o ar fora, 2 a 3 vezes. Comece fazendo 10 a 20 repetições em cada exercício, aumentando progressivamente a amplitude dos movimentos. Faça os exercícios em frente ao espelho.

Atenção! Não ultrapasse o limiar da dor.

1. Aperte uma bolinha de borracha contraindo todos os músculos do braço (manter por três segundos cada contração).

2. Levante os ombros, ao mesmo tempo ou alternadamente, e deixe-os cair devagar. 3. Rode os ombros para trás e para a frente.

4. Sentada (o) ou de pé, levante o braço do lado operado até à altura do ombro e baixe-o.

5. Posicione-se de pé de frente para uma parede. Dobre o corpo até que o braço do lado não operado encoste à parede como um apoio. Soltar bem o outro braço e balançar para a frente e para trás, de um lado para o outro.

6. Coloque a mão do lado operado sobre a cabeça, tentando alcançar a orelha do lado oposto passando o braço por cima da cabeça.

7. Afaste as pernas à largura dos ombros. Com os braços um pouco mais abertos, segure uma toalha ou corda com as mãos e leve-a acima da cabeça. Nesta posição, levante e baixe os braços devagar.

8. Pentear os cabelos ajuda muito na recuperação. No início, se este movimento for difícil, deve fazê-lo na posição sentada, apoiando o cotovelo na mesa para aliviar o peso do braço. Com o tempo pode fazê-lo sem o apoio.

Repouso Para diminuir a sensação de fadiga, peso ou picada, coloque o braço operado sobre uma almofada, com a mão mais alta que o ombro.

Vestuário Comece por vestir uma blusa ou camisa pelo lado operado, tendo o outro braço como ajudante (para despir faça o processo inverso). Procure carregar a mala do lado que não foi operado. É importante não carregar muito peso.

Desporto

Com a movimentação do ombro normalizada, pode começar a praticar alguns desportos como hidroginástica, natação, yoga, danças de salão e ginástica, desde que efetuados com intensidade moderada e de acordo com a sua situação.

É importante perceber que não existe uma atividade física ideal, cada pessoa deve procurar algo que a faça sentir bem, um exercício que faça algum sentido para ela, pois só assim consegue adquirir um hábito, e não tornar a atividade em algo obrigatório.

Todas as atividades físicas são válidas, pratique as que mais gostar!

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como manter a atividade física Classificação: CLI.PRO.001.FI.14.01 Edição: 01 Elaborado por: Carla Faria e Melissa Carvalho Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como manter a atividade física

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Atividade Física

Existem cada vez mais evidências cientificas que apontam para os benefícios da manutenção da atividade funcional e da autonomia física. A atividade física traz vários benefícios entre estes, encontram-se a:

Melhoria do bem-estar físico e psicológico

Reduz a ansiedade, previne insónias

Melhoria do equilíbrio

Intensifica a coordenação motora, prevenindo quedas

Fortalecimento muscular

Melhora da mobilidade e flexibilidade articular

Fortifica o sistema cardiovascular

Como

Antes de iniciar qualquer programa de atividade física é recomendável que a pessoa seja submetida a uma avaliação médica rigorosa e criteriosa, para conseguir avaliar as capacidades físico-motoras. Para as pessoas que não apresentam capacidade ambulatória e não conseguem efetuar marcha contínua durante pelo menos 15 minutos, propomos que estes fiquem sentados e que a mobilização articular e orgânica seja adaptada às suas necessidades psicomotoras. Cada exercício não deve ultrapassar as 10 repetições, respeitando-se um tempo de 2 a 3 minutos para recuperação entre séries do mesmo movimento. No início, recomenda-se a realização de exercícios de flexibilidade que previnam a lesão de articulações, tendões, ligamentos e músculos. No final da sessão, propomos a realização de alongamentos que contemplem entre 15 a 30 segundos de duração, por exercício.

Exemplos de Exercícios Treino de equilíbrio

Sentado com os pés apoiados corretamente no chão, apoie as palmas das mãos na cama ao lado do corpo, com os braços esticados. Em seguida levante o braço direito e incline o corpo para o lado esquerdo. Repita o mesmo

movimento com o braço esquerdo e incline o tronco para o lado direito. Repita cinco vezes para cada lado.

Alongamento e fortalecimento muscular

Membros superiores: de pé ou sentado, segure um bastão à frente do corpo próximo à cintura, e com os cotovelos esticados eleve o bastão acima da cabeça.

Membros inferiores: em pé, com as pernas paralelas e joelhos semi-fletidos, segure o bastão à frente do corpo com os cotovelos esticados e realize o movimento de semi-agachamento.

Ativar a circulação

Deitado ou sentado, fazer movimentos circulares no sentido horário e depois no sentido anti-horário.

Deitado pode flexionar os pés para cima e para baixo

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como transferir entre a cama e a cadeira Classificação: CLI.PRO.001.FI.15.01 Edição: 01 Elaborado por Carla Leal Data:19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como transferir entre a cama e a cadeira

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Por que deve transferir corretamente Levantar, sentar e transferir o doente corretamente evita lesões dos músculos e articulações. Sempre que movimentar a pessoa deve ter em atenção a sua coluna: dobre os joelhos para evitar inclinar-se para a frente ou para trás, e se for possível peça ajuda.

Sentar:

Vire a pessoa ou ajude-a a virar-se para o seu lado, de modo a que possa apoiar-se no cotovelo, se possível, para assumir a posição de sentado na cama

Coloque uma mão entre as omoplatas da pessoa e a outra por baixo dos joelhos e rode num só movimento

Levantar:

Trave os pés da pessoa contra os seus

Dobre ligeiramente os joelhos

Peça para a pessoa apoiar os braços nos seus e agarre no cós das calças atrás (se não tiver calças pode passar um resguardo à volta da cintura)

Levante a pessoa Push-up quando sentado: Para alívio da pressão, incentive o doente

a levantar e sentar o corpo da cadeira. Se necessário, ajude

Coloque-se atrás da cadeira e, com os seus braços por baixo do doente, cruze-os

Segure-lhe os braços acima dos punhos e junto ao peito, faça pressão e, simultaneamente, o movimento ascendente para o levante da cadeira

Transferir da cama para a cadeira:

Coloque a cadeira-de-rodas/cadeirão travada/o ao lado da cama, com as costas voltadas para a cabeceira desta

Levante a pessoa como descrito atrás, e, num movimento único rode-o e sente-o na cadeira – de rodas/cadeirão. Se a pessoa puder, peça-lhe ajuda

A pessoa com diminuição da força num dos lados do corpo deve sair da cama pelo lado afetado e entrar pelo lado menos afetado

Deve utilizar-se um banco ou uma almofada com cerca de 20 cm para evitar que os membros inferiores fiquem suspensos

Transferir da cadeira para a cama:

Efetua-se da mesma forma que a transferência da cama para a cadeira de rodas/cadeirão

A pessoa com diminuição da força num dos lados do corpo deve sair da cama pelo lado afetado e entrar pelo lado menos afetado

Tenha em atenção Antes da transferência, planeie para onde vai ser feita, e verifique se

todos os obstáculos foram retirados do caminho

Ao rodar para fazer a transferência, rode os pés ao mesmo tempo que o corpo para evitar lesões na coluna e joelhos

Antes do levante, sente o doente na beira da cama e verifique se apresenta tonturas

Conte até três para que se mexam ao mesmo tempo o cuidador e a pessoa dependente

Se a pessoa começar a cair não resista à queda. Acompanhe-a suavemente e proteja-se a si e a ela para não se magoarem. Avalie a situação e, se for necessário, peça ajuda

Para lembrar Os posicionamentos na cama ficam facilitados se forem efetuados por duas pessoas. Quando estiver a posicionar o doente, mantenha a coluna direita e faça força nas pernas mantendo-as afastadas. Os posicionamentos devem ser feitos levantando o doente. O arrastamento provoca fricção e há o risco de provocar ferida.

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como posicionar na cama Classificação: CLI.PRO.001.FI.16.01 Edição: 01 Elaborado por: Carla Leal Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como posicionar na cama

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Por que deve posicionar corretamente O correto posicionamento da pessoa acamada ajuda a:

Prevenir o aparecimento de feridas difíceis de cicatrizar

Prevenir alterações nos músculos e nas articulações

Estimular a regulação do trânsito intestinal, a respiração e a circulação

Promover o bem-estar e o conforto Deitar de barriga para cima (decúbito dorsal):

Colocar uma almofada debaixo de cada antebraço e mão

Colocar uma almofada debaixo de ambas as coxas

Colocar uma almofada ou rolo atrás dos calcanhares, para evitar o contato destes com o colchão

Colocar uma almofada ou rolo contra os pés para que eles se mantenham direitos e não caiam

Evitar qualquer pressão da roupa sobre os dedos dos pés

Deitar com a cabeça, tronco e membros alinhados

Colocar uma almofada na cabeça e ombros Deitar meio de lado (decúbito semi-dorsal):

É semelhante ao decúbito lateral, contudo o decúbito é menos acentuado por exteriorização da almofada das costas

Colocar a cabeça sobre uma almofada média

Deitar de barriga para baixo (decúbito ventral):

Colocar a cabeça virada para um dos lados, sem almofada ou com uma muito pequena

Colocar duas almofadas pequenas debaixo dos ombros

Colocar uma almofada baixa debaixo da barriga

Posicionar os braços em flexão ou extensão, ao longo do corpo sem almofadas e alinhados

Dobrar ligeiramente os joelhos e colocar uma almofada debaixo das pernas, em cunha, evitando tocar com os dedos dos pés na cama

Deitar de lado (decúbito lateral):

Colocar uma almofada entre as costas e a cama

Manter o ombro que fica para baixo ligeiramente puxado para fora

Apoiar a mão que fica para baixo na almofada da cabeça

Manter o braço de cima ao nível do ombro.

Manter os joelhos em flexão com uma almofada entre os dois

Colocar a cabeça sobre uma almofada

Tenha em atenção Os lençóis devem estar bem esticados e a roupa sem rugas

Se o doente puder ajudar no seu posicionamento, peça-lhe ajuda

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como posicionar na cama a pessoa com sequelas de AVC Classificação: CLI.PRO.001.FI.17.01 Edição: 01 Elaborado por: Carla Leal Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como posicionar na cama a pessoa com sequelas de AVC

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O que é o AVC? O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma alteração aguda da irrigação do cérebro. Os sintomas variam consoante o tipo a extensão e a gravidade da lesão cerebral.

Que sequelas pode provocar? Alterações do estado de consciência

Paralisias só de um lado do corpo

Diminuição da sensibilidade

Alterações na fala

Descoordenação de movimentos

Incontinência

Retenção urinária

Por que posicionar corretamente? Um posicionamento correto:

Proporciona conforto e bem-estar

Favorece o processo de recuperação da pessoa

Previne alterações dos músculos e dos ossos

Previne a espasticidade ou rigidez do lado afetado

Previne a ocorrência de úlceras por pressão

Como posicionar corretamente? Para garantir um posicionamento correto deve-se ter sempre em atenção

o alinhamento da coluna vertebral.

Não deve usar-se suporte de pés.

As imagens a seguir ilustram as recomendações para o correto posicionamento da pessoa com sequelas de AVC.

Posição de barriga para cima (decúbito dorsal)

Cabeça inclinada para o lado são

A almofada que apoia a cabeça deve também apoiar os ombros

Braço afetado apoiado sobre almofadas, estendido, ligeiramente afastado do corpo e com a palma da mão virada para cima e mão aberta

Perna afetada apoiada sobre almofada que apanhe a anca, e, o joelho

O joelho deve estar ligeiramente encolhido e a anca rodada para dentro

Esta posição deve ser usada com menos frequência, porque promove o aumento da contração muscular

Virado para o lado afetado (decúbito lateral)

Cabeça apoiada sobre almofada alta

Ombro afetado puxado ligeiramente para a frente

Braço afetado apoiado sobre o colchão, mantendo-se esticado, afastado do corpo, com a mão aberta e a palma da mão virada para cima

Perna e pé sãos apoiados sobre almofadas, com flexão da anca e joelho

Perna afetada apoiada sobre o colchão, com flexão da anca e do joelho, atrás do membro são

Virado para o lado são (decúbito lateral)

Cabeça apoiada sobre almofada baixa

Braço afetado, estendido sobre a almofada, com a mão virada para baixo e aberta e ao nível do ombro

Perna e o pé afetados apoiados sobre almofadas, à frente do membro são e com ligeira flexão da anca e do joelho

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como prevenir as quedas Classificação: CLI.PRO.001.FI.18.01 Edição: 01 Elaborado por Melissa Carvalho e Susana Martins Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como prevenir as quedas

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Fatores causadores Alguns fatores podem predispor a pessoa, aumentando o seu risco de queda e tornando-a mais vulnerável às suas complicações. São estes:

Alterações próprias do envelhecimento: idade avançada, diminuição da visão e da audição, doenças cardiovasculares e neurológicas, diminuição da força muscular, diminuição da flexibilidade e equilíbrio deficiente

Fatores ambientais: tapetes e passadeiras, chão escorregadio, molhado ou encerado, casas de banho sem apoios, calçado inadequado, falta de iluminação, isolamento social e fatores relacionados com a medicação (por exemplo, interações medicamentosas, efeitos secundários, uso inadequado ou abusivo)

As quedas têm um impacto significativo na pessoa, causando, principalmente, fraturas do colo do fémur, da anca e do punho, feridas, traumatismos crânio-encefálicos e, psicologicamente, podem causar medo de tornar a cair, de sair de casa e de ficar dependente de terceiros

Como prevenir as quedas Tenha em atenção os seguintes cuidados gerais:

Mantenha uma boa iluminação e interruptores acessíveis

Coloque apoios ou corrimões nas escadas

Mantenha os espaços de passagem desimpedidos de modo a permitir a mobilidade da pessoa

Remova ou fixe quaisquer fios (telefone ou outros) que possam causar tropeço

Opte por cadeiras com braços largos, assento curto, encosto alto e altura conveniente

Guarde os objetos de uso regular em lugares de fácil acesso de modo a evitar subir a um banco, cadeira ou escadote

Não ande em chão molhado ou escorregadio

Evite tapetes e passadeiras, ou fixe-os bem ao chão

Sempre que possível, prefira pavimento antiderrapante

Tenha os números de emergência visíveis em todos os telefones da casa e, se possível, predefina um número de marcação automática

Na casa de banho:

Devem existir barras de apoio na banheira/chuveiro

O chuveiro deve ter banco, tapete antiderrapante e torneiras fáceis de controlar

Não tranque a porta da casa de banho No quarto de cama:

Se a pessoa ao seu cuidado for apenas parcialmente dependente, isto é, se conseguir mobilizar-se sozinha para entrar e sair da cama, ajuste a altura da cama de modo a facilitá-lo

Se a pessoa ao seu cuidado estiver totalmente dependente, ajuste a altura da cama à sua altura e utilize grades laterais

O levante da cama deve ser progressivo, ficando sentado alguns segundos antes de se colocar em pé

Deve usar luzes de presença durante a noite

Deve ter um interruptor de luz junto à cama Cuidados com vestuário e calçado:

Prepare a roupa previamente para evitar inclinações e deslocações desnecessárias

A pessoa deve vestir-se e despir-se sentada para evitar desequilíbrios

Opte por utilizar roupas confortáveis, largas e com abertura à frente

Evite peças de roupa compridas para evitar tropeçar

Comece a vestir pelo lado do corpo menos ágil e dispa pelo mais ágil

Para calçar e descalçar a pessoa deve estar sentada

Prefira sapatos confortáveis de salto baixo com sola antiderrapante e tamanho adequado ao seu pé

Use calçado fechado e evite o uso de chinelos

Prefira velcro aos atacadores Cuidados com a saúde:

Procure garantir que está a dar os medicamentos certos, na hora certa e na dose certa

Não altere a medicação por sua iniciativa e marque consulta médica periódica para revisão da medicação crónica

Contacte o seu médico quando tiver dúvidas sobre a medicação

Lembre-se:

A maioria das úlceras por pressão pode ser prevenida.

Contacte o seu enfermeiro sempre que notar alguma alteração na pele.

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como evoluem as úlceras por pressão Classificação: CLI.PRO.001.FI.19.01 Edição: 01 Elaborado por: Ana Paula Rocha e Manuela Dias Data:19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como evoluem as úlceras por pressão

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O que é a úlcera por pressão?

Uma úlcera por pressão é uma lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças de torção.

Qualquer pessoa que tenha a mobilidade reduzida pode ser afetada por este problema, pelo que é muito importante conhecer os cuidados necessários à sua prevenção os sinais precoces.

Quais as pessoas em risco?

Pessoas com pouca mobilidade

Pessoas com idade avançada

Pessoas com incontinência

Pessoas com baixo nível de consciência

Pessoas com alterações nutricionais

Pessoas com dispositivos mecânicos (gessos, sondas)

Quais as zonas do corpo com maior risco?

É mais provável que se desenvolvam zonas de pressão nas proeminências ósseas como, por exemplo, ombros, omoplatas, cotovelos, ancas, cóccix e calcanhares (ver imagem abaixo e na capa deste folheto).

Como evoluem as úlceras de pressão?

Existem vários graus de evolução das úlceras por pressão. É muito importante que os conheça para poder identificar e notificar o seu enfermeiro ao primeiro sinal do seu aparecimento.

Grau I: a pele fica avermelhada e este tom não se altera quando pressiona ligeiramente com o seu dedo. A área pode estar dolorosa, dura, mole, mais quente ou mais fria comparativamente à pele à volta. Grau II: há uma perda parcial da espessura da derme que se apresenta como uma ferida superficial de tom vermelho-rosa. Pode também apresentar uma “bolha”. Grau III: verifica-se uma perda total da espessura dos tecidos. O tecido por debaixo da pele pode ser visível, mas os ossos, tendões ou músculos não estão expostos. Em zonas com tecido adiposo abundante as úlceras por pressão neste grau podem tornar-se extremamente profundas. Noutras zonas do corpo, com menos tecido adiposo, as feridas apresentam-se mais superficiais.

Grau IV: nesta fase, já existe perda total da espessura dos tecidos atingindo o músculo e/ou as estruturas de suporte (ou seja, fáscia, tendão ou cápsula articular). Tanto o osso como o tendão exposto são visíveis. A sua profundidade também irá depender da localização anatómica.

Por vezes não é possível determinar o grau de evolução da úlcera devido à presença de tecido desvitalizado e/ou necrótico, ou outros fatores que serão devidamente avaliados pelo seu enfermeiro.

Lembre-se:

A maioria das úlceras por pressão pode ser prevenida.

Contacte o seu enfermeiro sempre que notar alguma alteração na pele.

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como prevenir as úlceras por pressão Classificação: CLI.PRO.001.FI.20.01 Edição: 01 Elaborado por: Ana Paula Rocha e Manuela Dias Data:19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como prevenir as úlceras por pressão

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O que é a úlcera por pressão?

Uma úlcera por pressão é uma lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças de torção.

Qualquer pessoa que tenha a mobilidade reduzida pode ser afetada por este problema, pelo que é muito importante conhecer os cuidados necessários à sua prevenção os sinais precoces.

Quais as pessoas em risco?

Algumas condições podem tornar a pessoa mais vulnerável ao desenvolvimento de úlceras por pressão:

Pessoas com pouca mobilidade

Pessoas com idade avançada

Pessoas com incontinência

Pessoas com baixo nível de consciência

Pessoas com alterações nutricionais

Pessoas com dispositivos mecânicos (gessos, sondas)

Como prevenir?

“Cada caso é um caso” e a sua equipa de saúde irá ajudar a estabelecer um plano individual para prevenir o desenvolvimento de úlceras por pressão. Este plano irá variar de acordo com a idade da pessoa, o seu estado mental, a sua capacidade para mobilizar-se, o seu estado nutricional, os problemas de saúde subjacentes, a medicação crónica, entre outros.

Contudo alguns cuidados são aplicáveis a todas as pessoas, dos quais destacamos os seguintes:

Proporcione alimentação e hidratação adequadas: as situações de imobilidade carecem de uma avaliação individual de modo a garantir que o plano alimentar corresponde as necessidades de ingestão calórica, de vitaminas, de sais minerais e de líquidos. Poderá ser necessária uma consulta pelo profissional de saúde da área da nutrição

Posicione a pessoa regularmente: o objetivo do reposicionamento é aliviar e redistribuir a pressão. O plano de posicionamentos dependerá da existência de zonas de pressão, da tolerância da pessoa, do seu nível de atividade e mobilidade e do seu conforto. Garanta que os lençóis sob a pessoa estão limpos e bem esticados, de maneira a prevenir a pressão causada por dobras no tecido

Mantenha a pele limpa e seca: os cuidados de higiene diários contribuem para a manutenção de uma pele íntegra, saudável e hidratada. Aproveite a hora do banho e do reposicionamento para inspecionar possíveis alterações. A roupa deve ser substituída diariamente e sempre que necessário por roupa lavada

Observe diariamente a pele: desta forma pode detetar alterações (zonas vermelhas ou flitenas)

O que são dispositivos de alívio de pressão?

São recursos materiais utilizados entre o corpo da pessoa e a superfície (cama ou cadeira) de modo a promover a distribuição da pressão. Existem dois tipos de dispositivos:

Estáticos, que aumentam a área de contato com a superfície corporal sem indução de movimento (almofadas/colchões)

Dinâmicos, que promovem o movimento alternado de pressão

Nem todas as situações justificam o uso destes dispositivos. O seu enfermeiro irá aconselhá-lo acerca deste assunto.

Lembre-se que a comunicação é uma “estrada de dois sentidos” e a forma como comunicamos tem um impacto significativo no outro. Cuidar de alguém em situação de dependência é, frequentemente, uma

tarefa difícil e com muitos desafios. Uma atitude positiva da sua parte pode ajudar ao contagiar

também a pessoa de quem cuida.

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como facilitar a comunicação Classificação: CLI.PRO.001.FI.21.01 Edição: 01 Elaborado por Melissa Carvalho e Susana Martins Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como facilitar a comunicação

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A importância da comunicação

A comunicação é fundamental no estabelecimento de relações e convivência social, contudo existem situações de doença que comprometem a comunicação verbal e que, por isso, dificultam o relacionamento entre si e a pessoa de quem cuida, bem como com os demais familiares e amigos. Nem todos os obstáculos poderão ser ultrapassados, nomeadamente, fatores intrínsecos à condição física ou psicológica da pessoa. Contudo existem alguns cuidados quanto ao ambiente, à sua atitude, e outros, que podem estar sob o seu controlo e para os quais deve estar alerta.

Estratégias promotoras da comunicação

Proporcione um ambiente calmo e agradável

Quando falar, evite distrações e diminua os ruídos ambientais (por exemplo, reduza o volume da televisão)

Verifique a necessidade e condições de próteses dentárias e/ou auditivas que possam estar a dificultar a comunicação

Sempre que possível, respeite os desejos e preferências da pessoa de quem cuida

Revele paciência e interesse

Fale com calma e pausadamente

Procure não aumentar o tom de voz

Não apresse a pessoa: encoraje-a a pensar primeiro e a falar depois

Utilize frases curtas e dê tempo para que a pessoa se exprima

Não interrompa a pessoa quando esta estiver a falar, pois pode demonstrar pressa ou impaciência. É necessário permitir que ela o conclua o seu próprio pensamento

Em algumas situações o toque físico pode ajudar. Assim, dependendo do seu relacionamento com a pessoa de quem cuida, pode segurar a mão do seu familiar ou pousá-la sobre o ombro quando e enquanto fala com ele

Posicione-se do lado em que a pessoa vê ou ouve melhor

Mantenha o contacto visual e evite caminhar ou afastar-se quando estiver a falar

Não se centre nos erros de comunicação, nem os ridicularize

Caso não tenha percebido a mensagem, peça para repetir. No entanto, não insista, para evitar ansiedade

Faça uma pergunta de cada vez

Não infantilize a pessoa

Esteja atento à sua linguagem corporal nomeadamente a expressão do rosto, gestos, e tom de voz

Procure ser claro nas suas exposições e tome atenção às suas respostas

Evite falar com a pessoa dependente nos momentos em que se encontra particularmente ansioso ou sob stress

Evite magoar ou desmotivar o outro

Estimule a pessoa através do uso de estratégias tais como: apontar, escrever, desenhar, ler, entre outras

Converse e cante com a pessoa, pois essas atividades estimulam o uso da voz

Em alguns casos a música ajuda a recordar pessoas, sentimentos e situações agradáveis, ajudando na comunicação

Questões a discutir com a sua equipa de saúde: Procure conversar com o seu profissional de saúde para perceber se os problemas de sono estarão a ser provocados por algum outro fator. Por exemplo:

Sintomas associados a outros problemas de saúde (como dificuldades respiratórias, queixas depressivas, dor, etc.).

Medicamentos que podem provocar agitação ou excesso de sono. Esteja atento às reações. Anote-as e discuta-as com o seu profissional de saúde.

Pode ser necessário mudar o horário da medicação que aumenta a vontade de urinar.

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como melhorar o sono e repouso Classificação: CLI.PRO.001.FI.22.01 Edição: 01 Elaborado por Márcio Linhares Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como melhorar o sono e repouso

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Alterações do sono A falta de sono ou sonolência em excesso interferem na qualidade de vida da pessoa cuidada, mas também do cuidador. A insónia pode manifestar-se de várias maneiras, sendo que a pessoa pode:

Demorar a adormecer, dormindo por pouco tempo;

Ter o sono interrompido ou entrecortado várias vezes durante a noite;

Acordar e não conseguir adormecer novamente;

Acordar muito cedo com a sensação de “sono que não descansa”. A sonolência em excesso pode surgir de forma isolada, mas habitualmente ocorre após uma noite (ou sequência de noites) de insónia. Existem outras alterações do sono, como os pesadelos frequentes ou repetidos, que podem interferir na qualidade do descanso. Se alguma destas alterações ocorre apenas durante alguns dias, em períodos de maior agitação ou stress, em situações de perda ou luto, ou em momentos de maior preocupação, é habitual o organismo conseguir compensá-las, levando a pessoa a dormir mais horas. Por outro lado, se são alterações que se mantêm durante semanas ou meses, geralmente começam a ter consequências, podendo provocar sensação de falta de energia, fadiga, alterações no humor (irritável ou deprimido), dificuldades de concentração e de memória, etc.

Quando procurar ajuda profissional Se estiver a lidar com problemas de sono persistentes que começam a ter consequências negativas nas rotinas diárias, na saúde e no bem-estar da pessoa cuidada ou do cuidador, procure um profissional de saúde.

Como prevenir a insónia Evite, após as 18 horas, dar à pessoa substâncias estimulantes como

o chá preto e o café, bebidas com chocolate ou à base de cola

Verifique se a pessoa cuidada está a sentir dor, comichão na pele, cãibra ou outro desconforto que possa estar a prejudicar o sono

À noite, evite dar líquidos à pessoa, pois ao acordar para urinar esta pode ter dificuldade em adormecer novamente

Mantenha uma iluminação mínima no quarto de modo a facilitar os cuidados e a não interferir com o sono da pessoa

Evite que a pessoa cuidada permaneça por muito tempo à noite a ver televisão ou a utilizar um ecrã de computador, tablet ou telemóvel

Atividades prazerosas, exercícios leves e massagens ajudam a relaxar e melhoram a qualidade do sono

Converse com a pessoa a fim de identificar as causas da insónia ou da sonolência. Pode ser que a pessoa esteja a sentir-se com medo, tenha tido desentendimentos familiares ou esteja angustiada com algum assunto

Mantenha uma rotina ativa durante o dia. Se possível, evite períodos de sono durante o dia. Normalmente o tempo que se dorme de dia, não se dorme à noite

Pode acontecer ter que acordar várias vezes durante a noite devido à prestação de cuidados. Nestes casos é natural que necessite de recuperar algum sono durante o dia. Assim as sestas podem ser momentos importantes para a pessoa cuidada e o cuidador recuperarem de noites mais atribuladas

Crie rotinas Uma rotina regular antes da hora de dormir pode ajudar o corpo a

preparar-se para adormecer (medicação, lavar os dentes, etc.)

Procure manter sempre a mesma hora de deitar/adormecer

Pelo menos uma hora antes, comece a reduzir a intensidade das luzes na habitação e evite tarefas muito ativas ou agitadas

Por vezes, pode ser necessária a utilização de medicação para regulação dos ritmos de sono/vigília, mas… ATENÇÃO!

Medicamentos para dormir só podem ser administrados se tiverem sido receitados pelo médico.

NÃO DÊ BOLEIA AOS MICRÓBIOS:

Lave regularmente as mãos

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como cuidar da higiene das suas mãos Classificação: CLI.PRO.001.FI.23.01 Edição: 01 Elaborado por Carina Lima Data:25/01/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como cuidar da higiene das suas mãos

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Por que deve lavar as suas mãos As mãos são um dos mais importantes veículos de transmissão de micróbios causadores de doenças. As mãos sujas são, muitas vezes, responsáveis pela contaminação de alimentos (podendo causar intoxicações alimentares) ou ainda pela contaminação de objetos do dia-a-dia que, quando em contacto com as mucosas ou pele lesada, podem causar infeções no organismo. A lavagem das mãos é, uma das maneiras mais eficazes de prevenir muitas das infeções em si e nos outros. Podemos assim dizer que a lavagem das mãos tem por finalidade:

Diminuir o número de micróbios

Eliminar sujidades, substâncias tóxicas e medicamentosas

Evitar disseminação de doenças

Proteger a saúde do cuidador e do utente

Prevenir infeções

Quando lavar as suas mãos Deve lavar as mãos sempre:

ANTES de manipular ou consumir alimentos

ANTES e DEPOIS de contactar com pessoas doentes ou acamadas

DEPOIS de ir ao quarto de banho

DEPOIS de espirrar, tossir ou se assoar

DEPOIS de mexer em objetos sujos ou potencialmente contaminados (ex. sacos do lixo, fraldas usadas ou saco coletor)

DEPOIS de contactar com animais …E SEMPRE QUE AS MÃOS ESTEJAM VISIVELMENTE SUJAS.

Como lavar as suas mãos

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Como lidar com a demência Classificação: CLI.PRO.001.FI.24.01 Edição: 01 Elaborado por Márcio Linhares Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Como lidar com a demência

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A demência resulta da confusão causada por alterações no cérebro, perda de memória, ou talvez por dificuldades em reconhecer pessoas e objetos.

Sinais e Sintomas

Falhas de memória: a pessoa lembra-se perfeitamente de factos ocorridos há muitos anos, mas esquece-se o que acabou de acontecer

Desorientação: dificuldade de se situar quanto à hora, dia e local e perder-se em lugares conhecidos

Dificuldade em falar ou esquecer o nome das coisas

Dificuldade em registar na memória factos novos, por isso repete as mesmas coisas várias vezes

Alterações de humor e de comportamento: choro, ansiedade, depressão, fica facilmente zangada, chateada ou agressiva, desinibição sexual, repetição de movimentos

Dificuldade em compreender o que lhe dizem, de executar tarefas domésticas e fazer sua higiene pessoal

Comportar-se de maneira inadequada, esquecendo as regras sociais, como sair vestido de pijama, andar despido, etc.

Esconder ou perder coisas e depois acusar as pessoas de tê-las roubado

Ter alucinações, ver imagens, ouvir vozes e ruídos que não existem

A ansiedade pode ser desgastante

Para a pessoa com demência, o principal problema não é tanto a falta de noção do tempo ou do sítio, ou de dar com as diferentes divisões da casa, mas mais a ansiedade que isso causa. De facto, muitas pessoas sentir-se-iam ansiosas se não fossem capazes de encontrar o caminho dentro da sua própria casa.

Saber que é meio-dia não é particularmente importante. Mas a possibilidade de ter falhado o lanche, o programa favorito de televisão, ou o medo de ter sido abandonado, pode sê-lo

Mesmo que a pessoa não esteja completamente ciente de estar desorientada no tempo e no espaço, pode ficar ansiosa pelo facto de não ter programa para o dia, ou pode não se sentir à vontade num ambiente aparentemente estranho, onde tudo pode acontecer

Como lidar com a desorientação

Transmita segurança, por exemplo:

A pessoa pode estar ansiosa para saber se já são 10 horas (a hora a que costuma chegar a carrinha do centro de dia). Nesse caso, deve assegurar-lhe que não vai perder a carrinha, em vez de lhe dizer que são só nove e um quarto

A pessoa pode não acreditar em si, se continuar a insistir em dizer-lhe que ainda estão em casa. Mas pode tranquilizá-la um pouco, se lhe disser que está entre amigos e familiares

Alguns cuidadores verificam que desviar a atenção para algo familiar ajuda muito

Procure arranjar maneiras de ajudar a pessoa a compreender o tempo. As expressões “à hora do lanche”, ou “dentro de 10 minutos” podem não ser entendidas pela pessoa com demência. Pode exprimi-lo, por exemplo:

Usar um despertador de cozinha, ou uma ampulheta, à moda antiga

Outras formas de exprimir o tempo, com base no dia-a-dia, como por exemplo: “quando terminarmos o almoço; quando a máquina da roupa tiver acabado de lavar, etc.”

Como prevenir problemas devido a desorientação

Crie rotinas: Uma rotina regular evita que o dia se assemelhe a uma série contínua de surpresas, o que reduz a ansiedade. Por exemplo, se houver ocupações suficientes ao longo do dia, haverá mais oportunidades de saber que altura do dia é, e até mesmo do que se está a passar. Adapte e mantenha um ambiente estável: opte por colocar as coisas sempre no mesmo lugar, sem fazer alterações drásticas. Por exemplo, pôr sinais nas portas com gravuras, colocar sinais nos armários e nas gavetas pode ajudar a encontrar o que procura. Tenha em atenção que mudar o ambiente da pessoa contribui para aumentar a desorientação. Por isso, se houver outros familiares com quem divide a prestação de cuidados, é preferível que sejam estes a virem ter com a pessoa, do que esta andar de casa em casa. Quanto mais familiar for o meio ambiente, mais fácil será para a pessoa sentir-se confortável e em casa.

Veja o lado positivo: Mude a forma negativa de ver as coisas. Em vez de

pensar “Isto é um problema!” procure refletir ou conversar com alguém sobre “Qual será a solução para este problema?”

Pequenas bênçãos: Procure reservar uns minutos por dia para pensar ou

escrever algo de bom que lhe aconteceu, por mais pequeno que pareça: um raio de luz, o sabor de uma refeição, um telefonema que teve, uma notícia agradável.

Dê prioridade às suas necessidades, as outras pessoas poderão não se aperceber delas. Se você não estiver bem, como poderá estar em condições de ajudar alguém? Não se esqueça: Você é importante!

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Cuide também de si Classificação: CLI.PRO.001.FI.25.01 Edição: 01 Elaborado por: Márcio Linhares Data:23/02/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Cuide também de si

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Uma das tarefas mais importantes de um cuidador é cuidar de si – mas também é uma das mais esquecidas ou colocadas em segundo plano. Lembre-se que, se você estiver bem e as suas necessidades forem atendidas, isto também vai beneficiar a pessoa que está ao seu cuidado. O autocuidado não se refere somente àquilo que a pessoa com dependência pode fazer por si própria. Refere-se também aos cuidados que o cuidador deve ter consigo com a finalidade de preservar a sua saúde e melhorar a sua qualidade de vida.

Os riscos de ser cuidador

Os cuidadores, independentemente da sua idade, estão em maior risco de ter comportamentos que podem ser prejudiciais à sua saúde, como por exemplo:

Dormir pouco ou ter uma pior qualidade do sono

Ter maus hábitos alimentares

Não fazer exercício físico

Não conseguir descansar ou ficar na cama quando estão doentes

Adiar ou faltar às suas consultas médicas, exames ou tratamentos

Stress do cuidador

É um estado emocional de ansiedade, tristeza e esgotamento produzidos pelo stress continuado que acompanha uma pessoa que cuida de outra. Cuidar de alguém pode ser uma montanha russa emocional de amor, esperança, raiva, culpa, solidão e tristeza. É importante estar atento aos sinais de stress do cuidador que podem ser prejudiciais não só para a sua saúde, mas também para a pessoa que está a receber os cuidados:

Negação da doença e dos respetivos efeitos na pessoa doente e em si

Raiva para com a pessoa dependente ou com outras pessoas. Raiva por não existir cura e raiva porque as pessoas não compreendem o que se passa

Isolamento social dos seus amigos e de atividades que costumava gostar

Exaustão que torna quase impossível de completar as tarefas mais simples

Insónias frequentes que resultam de uma lista sem fim de preocupações, ou devido à dificuldade em “desligar” ao fim de um dia de afazeres

Irritabilidade que desencadeia respostas e reações negativas

Falta de concentração que dificulta a realização de tarefas

Ansiedade em relação ao futuro ou por ter que enfrentar outro dia

Depressão que começa a retirar-lhe as forças e afeta a sua capacidade de cuidar

Problemas de saúde que começam a aparecer mais vezes do que era habitual e que trazem consequências significativas (mental e fisicamente)

Cuidar de si

Gestão de stress:

Reconheça os sinais de stress. Não espere até estar no seu limite. Quanto mais cedo se aperceber dos sinais, mais facilmente poderá fazer mudanças ou procurar ajuda

Aprenda uma técnica de relaxamento (respiração, relaxamento muscular, meditação, yoga, etc.) que ajude a reduzir a tensão e a ansiedade

Atenda às suas necessidades de saúde. Faça os seus exames e consultas

Procure descansar e alimentar-se de forma adequada

Faça exercício regular, mesmo que sejam apenas 10 minutos por dia!

Tire tempo para si, sem sentimentos de culpa: faça atividades agradáveis, como ler um livro ou tomar um banho de imersão

Peça e aceite ajuda! Não diga “está tudo bem!” quando precisa de ajuda

Procure aconselhamento: partilhe as suas dúvidas e angústias com uma pessoa amiga ou de confiança, do seu ministro religioso, ou do seu profissional de saúde

Reconheça e aceite os seus sentimentos. Tem o direito a senti-los todos!

Estabeleça objetivos: centre-se no que está ao seu alcance e pode controlar

Gestão do tempo:

Planifique: encontre-se de vez em quando com os outros cuidadores, se existirem, e estabeleça um horário realista (e que inclua tempo para si)

Encontre momentos de pausa: quer seja tirar 20 minutos para se sentar e tomar uma refeição sem interrupções, ou ir à rua 10 minutos respirar fundo e olhar a paisagem, é importante procurar reservar momentos do dia para cuidar de si

Reserve tempo para si e para a sua família todas as semanas. Isto pode significar ter que pedir ajuda, delegar em alguém ou adiar uma tarefa menos importante

“Que o tempo seja capaz de transformar a dor da perda numa

saudade serena que acalme o coração em vez de o fazer sofrer.”

A equipa de enfermagem está disponível para lhe ajudar a enfrentar a sua perda

e o seu processo de luto. É importante para nós prestarmos os melhores

cuidados e apoio possíveis. Caso aceite as nossas visitas domiciliárias, será

avaliado o seu processo de luto.

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Luto: como lidar com a dor Classificação: CLI.PRO.001.FI.26.01 Edição: 01 Elaborado por: Marília Coelho Data: 19/03/2018 Aprovado por Conselho de Administração Data: 11/10/2018

Luto: como lidar com a dor

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O que é o luto?

O luto é uma reação normal a uma perda

significativa que envolve vários sentimentos e

pensamentos, com fases e características

específicas. É um processo gradual, individual

e necessário para a adaptação à perda e pode

ser uma das experiências mais traumatizantes e

que mais sofrimento provoca.

Lidar com a morte pode ser difícil, doloroso,

insuportável até. Mas é o tipo de vivência de que

não tem como escaparmos.

Saber que a morte é uma certeza, porém, não

alivia os sentimentos que ela desperta nas

pessoas que ficam.

O que é normal, pensar, fazer e sentir?

O processo de luto é vivido e sentido de forma diferente por cada pessoa.

Existe, no entanto, um conjunto de reações normais e adequadas à situação,

que são comuns às pessoas que perderam alguém próximo:

Sentimentos: tristeza, raiva, culpa, ansiedade, solidão, desamparo,

choque, ansiedade, alívio, dormência

Sensações físicas: vazio no estômago, aperto no peito, nó na garganta,

hipersensibilidade ao barulho, sensação de falta de ar, fraqueza muscular,

falta de energia, boca seca

Pensamentos: incredulidade, confusão, preocupação, alucinações,

sensação de presença do falecido

Comportamentos: insónias, alterações do apetite, isolamento social,

sonhar com o falecido, procurar e chamar pelo falecido, chorar,

hiperatividade, agitação, visitar locais ou objetos que lembrem o falecido

Como passar o processo de luto?

Não há receitas mágicas, mas há algumas sugestões que podem ajudar:

Apesar de ser dolorosa, a perda de alguém próximo é uma realidade que inevitavelmente teremos de aceitar: é importante que o tentemos fazer

É melhor expressar os sentimentos do que tentar reprimi-los

Procure apoio e companhia de outros

É normal que não tenha vontade, mas faça coisas que habitualmente lhe dão prazer

Tente voltar à sua rotina, organizando as suas atividades para os dias seguintes

Não se automedique

Dê atenção a hábitos de vida saudáveis Cada processo de luto é único e importa vivê-lo e reconhecer o seu início e o seu fim. O período de luto pode durar entre dois meses a dois anos. Dá-se por concluído quando se recorda o falecido sem sentir dor intensa, recupera o interesse pela vida, e a tristeza se torna menos presente, dando lugar à saudade. Gostaríamos de expressar as nossas mais profundas condolências a si e à sua família pela morte do seu ente querido. A ajuda da família ou dos amigos é muitas vezes suficiente. No entanto, para outras pessoas é importante, e há mesmo necessidade de voltar a falar com os profissionais da equipa que cuidaram do familiar falecido.

Algumas leituras sugeridas

A Hipodermóclise é segura? Este método de reposição de líquidos é usado há muito tempo. É uma maneira fácil, segura e confortável para administrar líquidos.

Cuidar da Pessoa com Dependência Título: Hipodermóclise - Hidratação por via subcutânea Classificação: CLI.PRO.001.FI.27.01 Edição: 01 Elaborado por Marília Coelho Data: 30/04/2019 Aprovado por Conselho de Administração Data: 30/05/2019

Hipodermóclise: Hidratação por via subcutânea

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Finalidade A hipodermóclise é um modo de repor os líquidos no organismo. Utiliza-se quando a pessoa não consegue beber a quantidade de água suficiente, para manter o corpo com os líquidos necessários. Com esta técnica pode-se, também, administrar medicamentos.

A importância da hidratação O corpo necessita de água e alimentos para se manter, uma vez que se perdem líquidos diariamente, na urina, transpiração, vómitos, diarreia, dificuldade em deglutir, etc. Existem dois modos de administrar o soro para a hidratação:

Via endovenosa (veia)

Via subcutânea (sob a pele) A via endovenosa requer vigilância de profissionais. A via subcutânea pode ser utilizada pelo cuidador informal, no domicílio, desde que devidamente informado pelos profissionais de saúde.

Como funciona a hipodermóclise É colocada, pelo enfermeiro, uma agulha debaixo da pele (tecido subcutâneo). A agulha chama-se butterfly devido à sua forma, que se assemelha à de uma borboleta. A agulha pode ser aplicada no abdómen, no peito ou na coxa, sendo, de seguida, conectada a um sistema próprio que a liga ao frasco de soro.

A quantidade de soro a administrar é indicada pelo médico e não deverá exceder os 1500 ml/dia. O ritmo da perfusão deve ser lento para ser absorvido. Pode ser, também, administrada terapêutica, de acordo com as indicações dos profissionais de saúde.

Contacte o seu enfermeiro se ocorrer uma ou mais das seguintes situações:

O soro parar de correr;

Aparecer a pele vermelha, dor e edema, no local de inserção da agulha;

A pessoa começar com dificuldade respiratória;

A agulha sair do local de inserção;

Aparecer sangue no local de inserção da agulha ou tubo plástico.