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Gestão de Recursos Humanos
Guia de Estudos:FUNDAMENTOS
DE CONTABILIDADEJacira Lima da Graça
Porto Velho/RO • 2017
Guia de Estudos:FUNDAMENTOS
DE CONTABILIDADEJacira Lima da Graça
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária Leandra Perdigão CRB11/415
Centro Universitário São Lucas
© Centro Universitário São Lucas
Este Guia de Estudos foi elaborado pelo Centro Universitário São Lucas, em parceria com os professores autores.
Centro Universitário São Lucas – UniSL
ReitoraMaria Eliza Aguiar e Silva
Pró Reitora Acadêmica Eloá de Aguiar Gazola
Pró Reitora AdministrativaAna Cristina de Aguiar Gazola
Diretoria de EnsinoHélia Cardoso Gomes da Rocha
Diretoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão Ricardo Pianta Rodrigues da Silva
Diretoria AdministrativoAndré Mejia Camelo
Diretoria FinanceiraDiego Weis
Coordenação do Núcleo de Educação a DistânciaSara Luize Oliveira Duarte
Administrador do Ambiente Virtual de AprendizagemTarcisio Andril Pinto da Costa
Design InstrucionalDiênife Silva de MirandaHumberta Gomes Machado Porto
Revisão de Língua PortuguesaPedro Henrique Rocha Vilarim
DiagramaçãoAnderson da Silva SouzaCarlos Alessandre do Carmo Pereira
G726g Graça, Jacira Lima da. Guia de estudos: fundamentos de contabilidade / Jacira Lima da Graça. – Porto Velho: Centro Universitário São Lucas, 2017. 132p.
ISBN 978-85-99607-61-9 E-Book ISBN 978-85-99607-64-0 Papel 1. Administração 2.Gestão de Pessoas I. Título. Centro Universitário São Lucas.
CDU: 657
Apresentação UniSL
Prezado(a) acadêmico(a) do Centro Universitário São Lucas, Seja bem-vindo(a)!
A sua presença é muito importante. Assim sendo, é com muita satisfação que recebemos você em nossa instituição.
Nossa missão institucional é “Estimular o desenvolvimento do co-nhecimento, das habilidades, dos talentos e das atitudes de seus acadêmicos, para que atinjam a realização profissional, pessoal, social, além da preparação do indivíduo para o exercício pleno da cidadania. O UniSL está comprometido com o projeto nacional de desenvolvimento e bem-estar social”. Portanto, acreditamos na importância do conhecimento para o desenvolvimento pesso-al e profissional de todo indivíduo e da comunidade em que está inserido. E nos comprometemos com ensino de qualidade!
A experiência do Centro Universitário São Lucas – UniSL - na mo-dalidade a distância, ocorreu no segundo semestre de 2008. Em 2009, iniciou-se o planejamento e estruturação da oferta de dis-ciplinas na modalidade semipresencial, com base na portaria n° 4.059, do Ministério da Educação e Cultura (MEC), de 10 de de-zembro de 2004; que autoriza a oferta de 20% da carga horária aos cursos reconhecidos.
Em 2017, avançamos para o credenciamento institucional e au-torização para a oferta do curso Gestão em Recursos Humanos. Durante esses anos, investimos em mão de obra qualificada, tec-nologias digitais e educacionais; com a inserção das metodologias ativas para promover o processo de ensino e aprendizagem de ma-neira significativa. A Educação Superior se sustenta sobre três pilares indissociáveis: o ensino, a pesquisa (iniciação científica, no caso de Centro Universitário) e a extensão. É muito importante que você busque, no âmbito do UniSL, atividades formativas em cada um desses pilares, pois, são mecanismos fundamentais para a criação de profissional capaz de entender e atuar na sociedade em que vive.
Nossas políticas institucionais cumprem a tarefa de estimular o alu-no, o docente/tutor e o técnico administrativo para alcançarem os níveis de excelência profissional. O UniSL oferece várias oportunida-des de formação relacionadas ao ensino, à iniciação científica, à res-ponsabilidade social e à extensão. Participe das oportunidades pro-movidas pelo Centro Universitário São Lucas! Transforme sua vida!
Maria Eliza de Aguiar e Silva Reitora
Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.
Indicação de Ícones
Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.
Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado.
Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto.
Mídias integradas: remete o tema para outras fontes: livros, filmes, músicas, sites, programas de TV.
Significando a aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado.
Reflita: momento de uma pausa na leitura para refletir/escrever sobre pontos importantes e/ou questionamentos.
2.1 Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro • 23 2.1.1 Características qualitativas da informação contábil-financeira • 252.1.2 Sistema Público de Escrituração Digital –SPED • 252.2 Teoria das contas • 26
Sumário
Unidade 1
Unidade 2
Unidade 3
Unidade 4
Apresentação da Disciplina • 11
A Contabilidade como linguagem dos negócios • 13
Noções gerais de Contabilidade • 23
Equação fundamental do patrimônio e o método das partidas dobradas • 31
Identificar o mecanismo de débitos (aplicações) e de créditos (origens) • 39
1.1 Introdução – um pouco de história • 141.2 A Contabilidade: linguagem dos negócios e prestação de contas • 15 1.2.1 A Contabilidade no Brasil • 17 1.3 Cenários Contábeis • 18 1.4 A Contabilidade como um vasto sistema de informações • 18
3.1 Equação fundamental do patrimônio • 313.2 Método das partidas dobradas • 33
4.1 Fatos que afetam o patrimônio • 394.2 Mecanismo de DÉBITOS e CRÉDITOS para registro de fatos contábeis • 41
Unidade 5
Unidade 6
Unidade 7
Unidade 8
Unidade 9
Regime contábil • 47
Lançamentos em contabilidade e sistemas de escrituração • 55
Balancete de verificação • 67
Apuração de resultados • 79
Balanço patrimonial (BP) e Demonstração de resultado do exercício (DRE) • 87
5.1 Os regimes contábeis utilizados • 475.2 Regime de competência • 485.3 Transações que afetam o caixa • 50
6.1 O ciclo contábil • 556.2 Plano de contas • 566.3 Escrituração e lançamentos contábeis • 61
7.1 Livros contábeis e balancete de verificação • 67 7.2 Livros contábeis • 68 7.2.1 Livro Diário • 69 7.2.2 Livro Razão • 70 7.3 Balancete de Verificação • 73
8.1 A apresentação do Balancete de verificação • 79
9.1 Inter-relação entre o BP e a DRE • 879.2 Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) • 889.2.1 Fontes de Receitas • 90 9.2.2 Estrutura de Custos • 919.3 Balanço Patrimonial (BP) • 92 9.3.1 Bens e Direitos • 93 9.3.2 Obrigações • 94 9.3.3 Patrimônio Líquido • 94
Glossário • 123
Referências • 127
Sobre a autora • 131
Encerramento da disciplina • 121
Unidade 10
Demonstrações Contábeis • 99
10.1 Aspectos da situação financeira x endividamento x situação econômica e a Contabilidade para a gestão estratégica de pessoas • 100 10.1.1 Aspectos da situação financeira • 100 10.1.2 Aspectos da situação econômica • 100 10.1.3 Situação econômica X Situação financeira X Endividamento • 100
EAD-UNISLApresentação 11
Apresentação da Disciplina
Caro (a) estudante,
CONTABILIDADE... NÃO É COISA DE DEUS!
Preciso parabenizá-lo (a)! Assumir um compromisso com o seu conhecimento, em busca do saber, é um desafio! Meus parabéns! Estou aqui para ajudá-lo (a) nessa caminhada. Estamos juntos! Compartilho conhecimentos com muito carinho, certa de que você absorverá o essencial para o desenvolver da sua profissão.
Orientado (a) por este Guia de Estudos, você será capaz de co-nhecer a Contabilidade como sistema de informação, única lin-guagem dos negócios: é uma nova descoberta para uma antiga Contabilidade, uma vez que é utilizada desde que o ser humano existe e iniciou o processo de controle de suas riquezas.
Compartilho uma história vivenciada em sala de aula, ambiente que gosto muito, onde há troca de conhecimentos, grupos estu-dando, exposição. E num desses encontros, aula de Contabilida-de (que não me lembro o período), no curso de Administração, uma aluna em alto e bom som, em sala repleta de alunos, diz: “Contabilidade não é de Deus, profe!”
Diante de tal situação, como responder? O que levou aquela alu-na, de forma tão intensa àquele desabafo? O que fazer? Como continuar a aula? Uma coisa percebi: Deus era (ou significava) alguém importante para aquela aluna e eu devia respeitá-la. Era um Ser acima de outros seres, pessoa que não combinava com “essa tal de Contabilidade”!
Dialogando em sala de aula com essa aluna e seus colegas, per-cebi que havia um bloqueio, algo que impedia o aprendizado. Ela - e a maioria da turma - tinha quase “ódio” de Matemática e travava no mesmo patamar da Matemática, o aprendizado da tão divina Contabilidade.
EAD-UNISL 12 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Ao final daquele semestre, após diversos encontros, aquela alu-na percebeu que Contabilidade não é Matemática. Entendeu que Matemática também é instrumento para a gestão, passan-do assim a se interessar pelo assunto e, para a minha surpresa, na época de elaborar seu projeto para trabalho de conclusão de curso, decidiu pela área de finanças.
Aproveite essa oportunidade: não se bloqueie! Aqui serão abor-dados diversos conceitos, desde a mais remota e rudimentar for-ma de controle de riquezas, até a atualidade da Contabilidade, focada no usuário, em busca de harmonização com outros países.
Bons estudos!
Prof. Esp. Jacira Lima da Graça
EAD-UNISL13Unidade 1 - A Contabilidade como linguagem dos negócios
UnidadeA Contabilidade como linguagem dos negócios1
Descritores:
• Identificar a Contabilidade como sinônimo de prestação
de contas;
• Identificar a Contabilidade como a linguagem dos
negócios;
• Identificar a Contabilidade como um vasto sistema
de informações.
Caro (a) estudante,
No dia a dia, para nos relacionarmos com outras pessoas, utilizamos formas
de comunicação, verbal e não verbal. Cada um com seu vocabulário, seu
jeito de ser, cultos ou incultos, alfabetizados ou não, todos acabam se comu-
nicando, de alguma forma, no seu idioma.
Nesta unidade, conheceremos a linguagem dos negócios, o “idioma” utiliza-
do para que haja comunicação e conhecimento sobre as Organizações. Ela é
utilizada pelos usuários da informação contábil, tais como: administradores,
investidores, credores, dentre outros.
Importante ressaltar que, dados sobre a gestão de pessoas, devem ser registrados
no vasto sistema de informações, que é a Contabilidade; gerando informações e
indicadores, demasiadamente, necessários para a tomada de decisão.
Ao final desta aula, espero que você seja capaz de identificar a Contabilidade
como linguagem dos negócios.
EAD-UNISL 14 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
1.1. Introdução – um pouco de históriaA Contabilidade é tão antiga quanto a história do homem. De alguma for-
ma, ao inventariar instrumentos de caça e de pesca, dentre outras coisas
peculiares ao homem primitivo, a Contabilidade era incipiente, elementar,
aquilo que hoje se chama de escrituração contábil.
Interessante que, no primeiro capítulo desse livro, o professor Marion apre-
senta o seguinte quadro:
Com o avanço da agricultura e da pecuária, naturalmente, houve crescimen-
to populacional, demandando necessidade de governo e de controle. Ao
passar para o estágio de civilização, estabeleceram-se Organizações urba-
nas, políticas, sociais, assim como a linguagem escrita. Com esse início de
vida em sociedade, surgiram indícios dos registros contábeis.
Saiba mais: Disponível na Minha Biblioteca:
Iudícibus, Sérgio de, Carlos Marion, José, Faria, Ana
de. Introdução à teoria da contabilidade para o nível de graduação, 5ª edição.
Atlas, 07/2012. [Minha Biblioteca].
FIGURA 2Imagem
FIGURA 1Imagem
Fonte: Autora(2017)
Fonte: Autora(2017)
EAD-UNISL15Unidade 1 - A Contabilidade como linguagem dos negócios
De lá para cá, tantas mudanças e novas necessidades provocaram muitas
formas de controlar as riquezas, até que a Contabilidade deixa de ser apenas
técnica para registros e se torna ciência. Isso aconteceu somente na primeira
metade do século XIX.
Chegou-se, então, a era das corporações, com a segunda revolução indus-
trial e o aparecimento de grandes corporações, marcando a passagem para
o século XX.
Hoje, para maior controle da riqueza das Organizações, após tantas outras
necessidades, com tantos escândalos no mundo corporativo, a Contabilidade
continua sua evolução como ciência social aplicada, pronta a dar respostas
para o efetivo controle; única linguagem capaz de transmitir aos usuários, com
maior assertividade, a situação econômico-financeira das Organizações.
De todas, entretanto, a que seria deveras predominante, foi a que atri-
buiu como objeto da Contabilidade, o patrimônio dos empreendimen-
tos, criando a mais poderosa corrente de pensamento doutrinário, que é
a do Patrimonialismo.
Tal corrente doutrinária proclamou a autonomia científica da Contabili-
dade, comprovando que ela se ligava a muitas ciências (como, em ver-
dade, é comum a todos os demais ramos do conhecimento), mas, que
possuía objeto, finalidade e método próprios.
Nos séculos XIX e XX, a Contabilidade enriqueceu-se com muitos axio-
mas, teoremas e teorias, assim como com um expressivo desenvolvimen-
to (a partir da década de 60, do século XX) das normas de registros e
demonstrações, possuindo, na atualidade, inclusive, tendências científi-
cas neopatrimonialistas, ou seja, de um aperfeiçoamento para uma visão
holística do fenômeno patrimonial.
1.2. A Contabilidade: linguagem dos negócios e prestação de contasHoje, a Contabilidade é bem conhecida como a linguagem dos negócios,
mas nem sempre foi assim. Houve uma evolução do pensamento contábil.
Alguns autores, os quais lidavam com partes comerciais da época em que
viveram, e de Matemática comercial e financeira, tiveram extrema importân-
cia, estando adiante dos seus tempos, dos quais podemos destacar:
Disponível em: <http://www2.masterdirect.com.br/448892/index.asp?opcao=7&cliente=448892&avulsa=4947> Acesso em: 27 Fev. 2017.
EAD-UNISL 16 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
• até 1202 -Leonardo Fibonacci lança seu “Liber Abaci”, um com-
pêndio sobre cálculo comercial;
• de 1202 a 1494 – Francesco di Balduccio Pegolotti escreve “La
Pratica Della Mercatura”, em 1340, uma espécie de Manual do Co-
merciante ; Benedetto Cotrugu lança “Della Mercatura et del Mer-
cante Perfeto”, em 1458, que o famoso historiador Federigo Meus,
considera como o mais perfeito trabalho sobre práticas comerciais,
antes de Pacioli.
• de 1494 a 1840 - Francesco Villa (La Contabilitá Applicata alle Am-
ministrazioni Private e Pubbliche, 1840); Luca Pacioli publicou, em
Veneza, a “Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Pro-
portionalita”, em 1494, texto no qual se distingue, para a história
da Contabilidade, o “Tractatus de Computis et Scripturis”, talvez a
primeira exposição sistemática e completa dos procedimentos contá-
beis: as partidas dobradas.
• de 1840 até hoje - Francesco Marchi (I Cinquecontisti: Ovvero la In-
gannevole Teoria Che viene Insegnata Intorno al Sistema di Scritture
a Partita Doppia e Nuovo Saggio per la Facile Intelligenza ed Appli-
cazione di quel Sistema – 1867), Giuseppe Cerboni (Primi Saggi di
Logismografia, 1886). Fábio Besta (1891 – La Ragioneria – apenas
o primeiro volume). Os três volumes da obra completa somente apa-
recem em 1909-1910.
Esses dados foram extraídos do livro, disponível na Minha Biblioteca: Iudícibus,
Sérgio de, Carlos Marion, José, Faria, Ana de. Introdução à teoria da Contabili-
dade para o nível de graduação, 5ª edição. Atlas, 07/2012. [Minha Biblioteca].
Saiba mais: Sobre a evolução da Contabilidade,
leia Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial:
Texto, 17ª edição. Atlas, 04/2015. [Minha
Biblioteca], parte I, tópico 1.7.
FIGURA 3Imagem
Fonte: Autora(2017)
EAD-UNISL17Unidade 1 - A Contabilidade como linguagem dos negócios
A Contabilidade é a principal linguagem dos negócios. Particularmente, não
conheço outra. Ela se adapta à soberania de cada nação, seus sistemas políti-
cos, suas particularidades. Entretanto, os procedimentos de reconhecimento,
mensuração e evidenciação, não poucas vezes, são diferentes no mundo. As
causas recaem na existência de legislações diferentes, em cada país.
Estamos vivendo um momento de harmonização, buscando a convergência
para uma linguagem, onde se “traduza” as informações de um país para ou-
tro. Os intérpretes são os profissionais de Contabilidade.
1.2.1. A Contabilidade no BrasilNo Brasil, a Contabilidade é normativa. A responsabilidade por essa nor-
matização é do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), autarquia, em-
presa da administração pública indireta, sujeita à Contabilidade pública (lei
4.320/1964), criado pelo decreto-lei nº 9.295/1946.
Pela lei nº 12.249/2010, o CFC passou a editar as Normas Brasileiras de Conta-
bilidade, de natureza técnica e profissional. A partir de então, passou a adotar
as Normas Internacionais de Contabilidade, emanadas por outras Organiza-
ções, após estudadas e discutidas amplamente, por vários grupos; assunto
que não será aprofundado neste Guia de Estudos.
Somente profissionais registrados nos Conselhos Regionais de Contabilidade
podem exercer a profissão, responsabilizando-se pelas informações contábeis
das Organizações, públicas ou privadas.
Assista ao vídeo do professor Eugênio Montoto e saiba mais sobre a evolução
na Contabilidade, no Brasil.
Disponível em: <http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detInstitucional.php?cod=2> Acesso em:27 fev. 2017.
EAD-UNISL 18 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
1.3 Cenários ContábeisMuitos veem a contabilidade como ciência exata: ledo engano! Ciências Exatas são aquelas que têm como peças fundamentais dos seus estudos,
a Matemática, a Química e a Física. A Contabilidade é uma ciência social, ocupa-se de fatos humanos. O homem, a partir de suas ações, gera rique-zas que, por sua vez, integram o patrimônio, que é avaliado, acompanhado
e controlado. Esse é o papel da Contabilidade.
No cenário contábil moderno, a figura central é a organização, que busca
crescimento de seu patrimônio e necessita de informações para a tomada
de decisões rápidas e fundamentadas, providas pela Contabilidade.
1.4. A Contabilidade como um vasto sistema de informações
A partir da coleta de dados da administração das Organizações, o profissional
de Contabilidade realiza os devidos registros, gerando informações, em forma
de relatórios, que são disponibilizadas para os usuários da informação contábil.
FIGURA 4Imagem
Fonte: Youtube
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=5Dzj6YcDdW4>. Acesso em 26 mar. 2017.
Disponível em: (Marion, José Carlos. Contabilidade
Empresarial: Texto, 17ª edição. Atlas, 04/2015. [Minha
Biblioteca], página 5)
FIGURA 5Imagem
Fonte: Autora(2017)
EAD-UNISL19Unidade 1 - A Contabilidade como linguagem dos negócios
Dessa forma, a Contabilidade é considerada como sistema de informações,
ajudando seu usuário, interno ou externo, ou qualquer pessoa (física ou ju-
rídica) com interesse em conhecer determinada organização, contribuindo,
assim, para a tomada de decisão.
Assista ao vídeo a seguir, para saber mais sobre a importância da Contabilidade.
O gestor estratégico de pessoas também pode ser um usuário da Contabili-
dade. Um bom motivo é conhecer as tendências futuras para fazer deduções, ti-
rando conclusões, alinhando a gestão de pessoas à estratégia das Organizações.
Reflita assistindo ao vídeo a seguir.
FIGURA 6Imagem
FIGURA 7Imagem
Fonte: Youtube
Fonte: Youtube
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=USVKuH6rRdc>. Acesso em: 26 mar. 2017.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KezS2QxMajg> Acesso em: 27 fev. 2017.
EAD-UNISL 20 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
ResumoNesta unidade, você teve o primeiro contato com a linguagem dos negócios:
a Contabilidade. Conheceu um pouco de sua história, como é regida no Brasil
e aprendeu que somente um profissional habilitado, registrado no Conselho
Regional de Contabilidade, será responsável por essa escrituração. Diferente-
mente do que muitos pensam, a Contabilidade não é ciência exata; é ciência
social aplicada no contexto atual, e tem como principal objetivo, munir seus
usuários para a tomada de decisão, podendo ser um gestor de pessoas.
Significando a aprendizagemQuestão 1: A Contabilidade é um instrumento útil para qualquer ativida-
de que requer tomada de decisão, no mundo econômico-financeiro. Todo
mundo está envolvido com uma célula econômica, financeira e social, que
é seu lar. Esse lar, normalmente, tem uma gerente que o administra, que
poderíamos chamar “gerente do lar” ou dona de casa ou “do lar”. Esse tipo
de atividade requer informações ou um sistema de informação ou dados,
para decisões? Essa gerente do lar pode ser tratada como uma usuária da
Contabilidade? Pense no seu lar e exemplifique. (Marion, José Carlos. Con-
tabilidade Empresarial: Texto, 17ª edição. Atlas, 04/2015. [Minha Biblioteca],
página 16, adaptado)
EAD-UNISL21Unidade 1 - A Contabilidade como linguagem dos negócios
Questão 2: A Contabilidade existe:
a. ( ) Como instrumento decisorial.
b. ( ) Para fins de controle.
c. ( ) Para avaliar as riquezas.
d. ( ) Todas são verdadeiras.
Para finalizar o estudo da Unidade 1, você deve acessar o AVA, Ambiente Vir-
tual de Aprendizagem, e realizar os temas (habilidades) indicados, compostos
por microdesafios (questões objetivas) e macrodesafios (questões subjetivas).
Unidade 2 - Noções gerais de Contabilidade EAD-UNISL23
UnidadeNoções gerais de Contabilidade2
Descritores:
• Compreender a estrutura conceitual da informação
contábil;
• Conhecer a teoria geral das contas.
Caro (a) Estudante,
Existe uma espécie de “espinha dorsal”, que sustenta a informação contábil:
a estrutura conceitual. A partir dessa estrutura, a Contabilidade se torna
mais inteligível. Importante entender que existem teorias que estão por trás
das contas, que não são matemáticas.
Ao final desta aula, espero que você compreenda a estrutura conceitual e a
teoria das contas, que sustentam a Contabilidade.
2.1. Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiroA partir da prerrogativa de normatização, instituída pela lei nº 12.249/2010,
como vimos na unidade anterior, muitas foram as mudanças para a elabora-
ção e divulgação de relatório contábil-financeiro.
A Estrutura Conceitual veio ao encontro das mudanças necessárias à trans-
parência, no mundo corporativo, buscando convergência às normas interna-
cionais, a partir das necessidades humanas. Leia mais no link a seguir:
EAD-UNISL 24 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Como gestor de pessoas, você não precisa elaborar tais demonstrações. En-
tretanto, precisa entender que a informação contábil não “nasce do nada”.
Ela deve representar, economicamente, a Organização a que se refere, pú-
blica ou privada.
Para a esfera privada, a Estrutura Conceitual está na Resolução CFC nº
1.374/11, acesse no link ao lado (1). Já para a esfera pública, está na norma
brasileira de Contabilidade - NBC TSP Estrutura Conceitual, de 23 de setem-
bro de 2016, acesse no link ao lado (2).
As estruturas conceituais não substituem as normas técnicas e as profissio-
nais. Os lançamentos, que geram a informação contábil, são regidos por
normas técnicas. Os profissionais da Contabilidade são regidos por normas
profissionais. As estruturas conceituais estabelecem conceitos que devem ser
aplicados nas demais normas.
Podemos exemplificar a contingência trabalhista. Ela deve ser classificada
como passivo, ou seja, uma obrigação, uma dívida. Como gestor de pessoas,
você recebe uma reclamação trabalhista e não informa a direção da empre-
sa. A informação contábil é divulgada. Após essa divulgação, a empresa fica
sabendo que deve desembolsar uma grande quantia, em razão de tal recla-
matória. Logo, os usuários dessa informação não tomaram conhecimento.
FIGURA 8Imagem
Fonte: Conselho Federal de
Contabilidade
Disponível em: <http://cfc.org.br/noticias/
revogacao-da-resolucao-no-7501993-contexto-e-
consideracoes/> Acesso em: 28 fev. 2017.
(1) Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1374.pdf>
Acesso em: 28 fev. 2017.
(2) Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTSPEC.pdf>
Acesso em:28 fev.2017.
Unidade 2 - Noções gerais de Contabilidade EAD-UNISL25
Veja o que diz o texto da estrutura conceitual:
Percebemos que somos parte, não ficando somente a cargo do profissional
da Contabilidade, a responsabilidade pela elaboração e divulgação da infor-
mação: todos estão envolvidos. Aqui, foi apresentado um simples exemplo.
Veremos outros, nas unidades a seguir.
2.1.1. Características qualitativas da informação contábil-financeiraDas estruturas conceituais, tanto da privada quanto da pública, constam
características qualitativas, que nada mais são do que particularidades, que
tornam a informação contábil útil. Dividem-se em fundamentais e de melho-
ria. As imagens, a seguir, as apresentam graficamente:
2.1.2. Sistema Público de Escrituração Digital – SPEDPara conhecimento, existe o sistema público de escrituração digital – SPED,
composto de vários módulos, dos quais destaco a ECD, a ECF, a e-Social e a
EFD Reinf, que são as mais próximas do gestor de pessoas.
FIGURA 9Imagem
FIGURA 10Imagem
Fonte: Youtube
Fonte: Boritza
Disponível em: <http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1374.pdf> Acesso em: 28 fev. 2017.
Saiba mais: Sobre as características qualitativas fundamentais e de melhoria, aplicadas ao setor privado, leia Emerson Boritza, disponível em: <http://boritza.blogspot.com.br/2016/09/caracteristicas-qualitativas-da.html> Acesso em: 28 fev. 2017.
EAD-UNISL 26 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
O SPED foi instituído pelo Decreto nº 6.022, de janeiro de 2007, faz parte
do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007-
2010). A partir do SPED, há um aumento da informatização, da relação entre
o fisco (Estado) e os contribuintes (pessoas físicas e jurídicas).
Muitas empresas já estão obrigadas a entregar a informação contábil para
seus usuários, em formato digital: é a Escrita Contábil Digital –ECD. Além
disso, o Estado obriga a entrega da Escrita Contábil Fiscal-ECF, que é uma
obrigação fiscal.
Além dessas, estão no cronograma a e-Social e a EFD Reinf. A e-Social é um
instrumento que unificará as informações previdenciárias e trabalhistas, o
que inclui o empregador doméstico, com entrega prevista para 2018. Já a
EFD Reinf é o mais recente módulo do SPED, que unifica várias informações,
inclusive de contribuintes, sem vínculo empregatício e pessoas jurídicas.
Significa dizer que o gestor de pessoas deve ficar bem atento às novas obriga-
ções, sabendo que tais informações geram dados para a informação contábil.
2.2. Teoria das contasTalvez, muitos pensem que Contabilidade é ciência exata, em razão de suas
contas. Conta é um nome técnico, que significa componente, elemento, que
representa algo qualitativo e quantitativo; diferente de conta, na Matemática,
que significa calcular, ato de contar, quantitativo.
Saiba mais: acessando o sítio do SPED, disponível em: <http://sped.rfb.
gov.br/> Acesso em: 28 fev. 2017
FIGURA 11Imagem
Fonte: Sistema público de
escrituração digital
Unidade 2 - Noções gerais de Contabilidade EAD-UNISL27
Na Contabilidade existem várias teorias que dividem os doutrinadores, sendo
as mais importantes a personalista, a materialista e a patrimonialista.
Na personalista, as contas podem ser representadas por pessoas, existindo
três tipos: proprietários (fazem diferença para o proprietário), agentes con-
signatários (representam bens) e agentes correspondentes (terceiros que se
relacionam com a Organização).
A materialista, que se opõe a personalista, defende que as contas representam
entradas e saídas de valores e as dividem em integrais (as que registram bens,
direitos e obrigações) e diferenciais (fazem diferença para o dono do negócio).
Já a patrimonialista, que é usualmente adotada no Brasil, criada por Vicenzo
Masi, classifica as contas em patrimoniais (classificadas no balanço patrimo-
nial) e de resultado (de receitas e de despesas), sendo esta que será tratada
nas unidades seguintes, já que a finalidade da Contabilidade é controlar o
patrimônio, seu objeto de estudo.
Para melhor compreensão, assista ao vídeo a seguir, no link ao lado:
ResumoA “espinha dorsal”, que sustenta a informação contábil, é a estrutura con-
ceitual para a elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. Signi-
fica que o profissional da Contabilidade não trabalha para si mesmo: elabora
e divulga a informação contábil para o usuário dessa informação.
Saiba mais: Sobre as principais teorias das contas, disponível em: <http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/contas.php> Acesso em: 28 fev. 2017.
Assista em:<https://www.youtube.com/watch?v=5x4GM2wJLec> Acesso em:28 fev, 2017.>
FIGURA 10Imagem
Fonte: Youtube
EAD-UNISL 28 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Ressaltamos que, a informação contábil deve representar, fidedignamente, aqui-
lo que, efetivamente, aconteceu na organização, devendo seu corpo administra-
tivo, munir a Contabilidade de dados suficientes para a geração da informação.
Atualmente, a teoria patrimonialista é a usualmente adotada, considerando
cada conta como patrimonial ou de resultado.
Significando a aprendizagemQuestão 1: O objetivo do relatório contábil-financeiro é fornecer informa-
ções úteis para a tomada de decisão. Pensando na dona de casa, da questão
da Unidade 1, imaginando que ela tenha que apresentar, para sua família, o
relatório da situação econômico-financeira, levantado no último dia do mês
anterior; exemplifique o que seriam características fundamentais, bem como
as contas patrimoniais, que ela pode utilizar, para que sua família tome algu-
ma decisão para o futuro.
Unidade 2 - Noções gerais de Contabilidade EAD-UNISL29
Questão 2: Na atualidade, qual a teoria das contas utilizada na Contabili-
dade brasileira?
Para finalizar o estudo da Unidade 2, você deve acessar o AVA, Ambiente Vir-
tual de Aprendizagem, e realizar os temas (habilidades) indicados, compostos
por microdesafios (questões objetivas) e macrodesafios (questões subjetivas).
Unidade 3 – Equação fundamental do patrimônio e o método das partidas dobradas EAD-UNISL31
Unidade
Equação fundamental do patrimônio e o método das partidas dobradas
3Descritores:
• Iniciar o conhecimento sobre a formação do patrimônio;
• Conhecer a equação fundamental do patrimônio;
• Explicar o método das partidas dobradas.
Caro (a) Estudante,
A Contabilidade possui método próprio: partidas dobradas. Sem esse méto-
do, não há informação contábil. Ele é utilizado nos sistemas de gestão.
Além do método, existe a equação patrimonial, que descreve o equilíbrio
contábil e explica as partidas dobradas.
Ao final desta aula, espero que você reconheça a equação fundamental do
patrimônio e o método das partidas dobradas.
Vamos avançar!
3.1. Equação fundamental do patrimônioO patrimônio, objeto de estudo da Contabilidade, representa a situação econô-
mico-financeira de qualquer organização. É representado pela seguinte equação:
ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Os conceitos de ativo, passivo e patrimônio líquido estão expressos nas es-
truturas conceituais (Unidade II). Entretanto, de forma bem “rasa”, podemos
dizer que ativos são bens e direitos; passivos são obrigações e representam
capital de terceiros; e patrimônio líquido representa o capital próprio.
EAD-UNISL 32 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Veja a imagem a seguir, que representa o equilíbrio contábil, a partir de
uma balança, onde o lado das aplicações de recursos é igual ao lado das
origens de recursos.
Nas próximas unidades, você aprenderá sobre o balanço patrimonial, com
mais detalhe. Neste momento, pense apenas que esse equilíbrio patrimonial,
dado pela equação fundamental do patrimônio, somente é possível pelo
método das partidas dobradas.
Assista ao vídeo, a seguir, e saiba mais sobre a equação fundamental do
patrimônio.
FIGURA 11Imagem
FIGURA 12Imagem
Fonte: Autora(2017)
Fonte: Youtube
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=4J4a_2CeMhA> Acesso em: 26 mar. 2017.
Unidade 3 – Equação fundamental do patrimônio e o método das partidas dobradas EAD-UNISL33
3.2. Método das partidas dobradasO método utilizado pela Contabilidade é o das partidas dobradas. Mas, nem
sempre foi assim! Esse método foi sistematizado pelo frade franciscano Luca
Pacioli, em 1470:
Somente após as partidas dobradas, se tornou possível o surgimento de
verdadeiras empresas.
No Brasil, foi assim:
FIGURA 13Imagem
FIGURA 14Imagem
Fonte: Ibrancon
Fonte: Ibrancon
Disponível em: <http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detInstitucional.php?cod=2> Acesso em 28 fev. 2017.
Disponível em: <http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detInstitucional.php?cod=2> Acesso em 28 fev. 2017.
EAD-UNISL 34 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Partidas dobradas é o método de escrituração contábil, utilizado universal-
mente, técnica empregada para o registro de fatos, como a contingência
trabalhista, exemplificada em unidade anterior.
E o que significa esse método? Pode ser resumido assim: a todo débito (apli-
cação), em uma ou mais contas, corresponde crédito (origem), de uma ou
mais contas, por igual valor. Como consequência, temos que:
• o valor total dos débitos (aplicações) é sempre igual ao valor total dos
créditos (origens);
• o valor dos saldos devedores é sempre igual ao total dos saldos cre-
dores;
• o ativo total (devedor) é sempre igual ao passivo mais o patrimônio
líquido (credor).
Pela teoria patrimonialista, usualmente adotada no Brasil, a aplicação das
partidas dobradas pode ser resumida da seguinte forma:
Aprenda mais, assistindo ao seguinte vídeo:
FIGURA 15Tabela
FIGURA 16Tabela
Fonte: Autora(2017)
Fonte: Autora(2017)
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=eVOlgXF3DSg>Acesso em: 26 mar. 2017.
Unidade 3 – Equação fundamental do patrimônio e o método das partidas dobradas EAD-UNISL35
Exemplificando com a contingência trabalhista, podemos apresentar da
seguinte forma:
Aumento de despesa (DÉBITO), em conta de resultado. Em contrapartida,
aumento de obrigação (CRÉDITO), em conta patrimonial do passivo.
Tudo ficará mais claro quando estudarmos o mecanismo de débitos e créditos.
Vale a pena ressaltar que, o grande problema vivido nos escândalos de cor-
rupção, no nosso país, tem a ver com o método das partidas dobradas. Você
deve estar se perguntando: como assim? Eu explico.
Não faz muito tempo, que nas roupas íntimas de determinada pessoa fo-
ram encontrados milhares de reais. Ela apresentou a aplicação dos recursos,
uma vez que o montante estava escondido em suas roupas. O que ela não
conseguiu explicar foi a origem de como conseguiu tais recursos. Logo, a
partida foi simples e não dobrada: faltou o crédito (a origem).
ResumoA equação fundamental do patrimônio apresenta uma igualdade, sendo ex-
pressa da seguinte forma: ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
O método universal utilizado para a escrituração dos fatos é o das partidas
dobradas, onde o total de débitos (aplicações) é sempre igual ao total de
créditos (origens). Isso reforça a equação patrimonial, onde os ativos (saldos
devedores) são iguais aos passivos mais patrimônio líquido (saldos credores).
EAD-UNISL 36 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Significando a aprendizagemQuestão 1: O Executivo de uma empresa estava estudando os demonstra-
tivos contábeis e indicadores de performance, para apresentação aos sócios
da empresa. Em todos os gráficos e planilhas, ele tinha o amplo domínio
dos números apresentados. Entretanto, ele tinha ciência que devia utilizá-los
como apoio, pois os acionistas davam importância realmente às demonstra-
ções financeiras (ou contábeis).
Dessa forma, ele não concluía a estrutura de sua apresentação, porque não
conseguia entender como as demonstrações contábeis asseguravam a exati-
dão da situação patrimonial da empresa.
Assim, ele convocou o responsável pela controladoria e perguntou, como
poderia provar aos Sócios, a confiabilidade das demonstrações contábeis,
para determinar a evolução patrimonial. Imagine que você seja o responsável
pela controladoria. O que você responderia ao Executivo?
Unidade 3 – Equação fundamental do patrimônio e o método das partidas dobradas EAD-UNISL37
Questão 2: Qual é a equação fundamental do patrimônio?
Para finalizar o estudo da Unidade 3, você deve acessar o AVA, Ambiente Vir-
tual de Aprendizagem, e realizar os temas (habilidades) indicados, compostos
por microdesafios (questões objetivas) e macrodesafios (questões subjetivas).
Unidade 4 - dentificar o mecanismo de débitos (aplicações) e de créditos (origens) EAD-UNISL39
Unidade
Identificar o mecanismo de débitos (aplicações) e de créditos (origens)
4Descritores:
• Entender atos e fatos que afetam o patrimônio;
• Aplicar o mecanismo de débitos (aplicações) e créditos
(origens).
Caro (a) Estudante,
Chegou o momento de entender como funciona o mecanismo de débitos e
créditos: nunca mais a sua vida será a mesma!
A partir dos atos e fatos administrativos, o profissional de Contabilidade terá
que decidir se deve ou não registrar, na contabilidade pública ou privada, à
luz de sua estrutura conceitual.
Ao final desta aula, esperamos que você identifique o mecanismo de débitos
e créditos, correlacionando-o com o aprendizado da unidade anterior.
4.1. Fatos que afetam o patrimônioMarion, no seu livro Contabilidade Empresarial, afirma que “a Contabilidade
é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na
verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os moneta-
riamente, registrando-os e sumarizando-os, em forma de relatórios ou de
comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões”.
EAD-UNISL 40 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Para melhor ilustrar, abaixo uma representação
Os dados que geram informações são consequência dos fatos contábeis,
normalmente resultantes dos atos e fatos administrativos do negócio. Essas
demonstrações financeiras (relatórios) têm por objetivo oferecer informa-
ções sobre a posição financeira (Balanço Patrimonial), o desempenho (re-
sultado e resultado abrangente) e fluxos de caixa da entidade, úteis para a
tomada de decisão de seus usuários, que veremos em unidades posteriores.
Além disso, mostram o resultado do zelo da administração.
O patrimônio de uma organização é constituído por fatos contábeis; ocor-
rem a partir de sua constituição, que é o primeiro a ser registrado. Esse é um
assunto sobre direito societário que não será abordado nesta disciplina.
Agora que você já sabe como se constitui legalmente uma sociedade em-
presária limitada, o próprio ato constitutivo afeta o patrimônio; mais precisa-
mente, é o início desse patrimônio. Imaginemos que o contrato social apre-
sente os sócios, integralizando o capital social em estoques para revenda.
Ficaria da seguinte forma:
Logo, o ato legal deve ser escriturado, contabilizado.
Sabendo que essa empresa contratou colaboradores, uma equipe para a
área comercial e outra para a administrativa. O ato da contratação não afeta
o patrimônio. O mesmo será afetado quando do fechamento da folha de
pagamento, quando terá que ser registrada.
FIGURA 17Tabela
FIGURA 18Tabela
Fonte: Autora(2017)
Fonte: Autora(2017)
Disponível em: Marion, José Carlos.
Contabilidade Empresarial: Texto, 17ª edição. Atlas, 04/2015.
[Minha Biblioteca].
Saiba mais: Sobre registro de empresas,
na junta comercial, acesse http://www.
rondonia.ro.gov.br/jucer/institucional/
Unidade 4 - dentificar o mecanismo de débitos (aplicações) e de créditos (origens) EAD-UNISL41
Significa dizer que serão feitos todos os cálculos por pessoa habilitada. Após
a folha de pagamento gerada, os relatórios serão disponibilizados para re-
gistro. Vejamos um exemplo:
Para o resumo dessa folha de pagamento, somatório de todos os recibos de
pagamentos dos colaboradores, as verbas são agrupadas em “proventos” e
“descontos”. Significa que a verba “1001- Salário” tem totalizado todos os
salários, de todos os colaboradores, do referido mês.
Para registro contábil, cada verba é lançada ou como origem, ou como apli-
cação. Os totais sempre terão que ser iguais, conforme resumo a seguir:
Temos que o total de origens (R$ 12.179,00 + R$ 3.775,46) é igual ao total de
aplicações (R$ 15.954,46). Isso é partida dobrada, a garantia de que nenhum
valor ficou sem ser registrado, escriturado. Reiterando: consideramos os totais;
os lançamentos são verba por verba, tanto de proventos quanto de descontos.
Agora, estamos prontos para entender e aplicar o mecanismo de débitos e
créditos.
4.2. Mecanismo de DÉBITOS e CRÉDITOS para registro de fatos contábeisPara cada fato a ser registrado existe, pelo menos, um débito e um crédito.
FIGURA 19Imagem
FIGURA 20Imagem
Fonte: autora (2017)
Fonte: autora (2017)
Disponível em: <https://www.groupsoftware.com.br/produtos/groupfolha/exemplos.aspx?id=4> Acesso em: 14 mar.2017.
EAD-UNISL 42 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Podemos dizer que o método das partidas dobradas tem, como essência, o
seguinte: não há aplicação de recursos (débitos) em uma Organização, sem
que haja origens de recursos (créditos) correspondentes.
Você aprendeu que o método universal utilizado para a escrituração dos fa-
tos é o das partidas dobradas, onde o total de débitos (aplicações) é sempre
igual ao total de créditos (origens). Mas, para se chegar nesses totais, são
necessários diversos lançamentos.
Como explicar débitos e créditos?
Costumamos dizer que as aplicações DEVEM às suas origens. Logo, as apli-
cações de recursos possuem natureza DEVEDORA. Por sua vez, as origens
possuem natureza CREDORA, pois tem CRÉDITO junto as aplicações. Isso foi
estudado em unidade anterior.
Exemplificando com um lançamento de integralização de capital social, os
sócios integralizam recursos, quando da constituição de uma empresa, em
dinheiro. Colocando valores no exemplo, temos que esses sócios integraliza-
ram R$ 20.000,00.
A aplicação foi em dinheiro, entregue para a empresa. Logo a empresa é DE-
VEDORA. Não pertence mais aos sócios, tendo esses, apenas um CRÉDITO
junto à empresa, quando dos rendimentos obtidos desse crédito. O lança-
mento ficaria da seguinte forma:
DÉBITO – dinheiro em caixa
CRÉDITO – crédito concedido pelos sócios.
Esse é o primeiro fato que afeta o patrimônio, afinal, sem ele, nem patrimô-
nio existiria.
Quando falamos de patrimônio, no que pensamos? Será que apenas imó-
veis, veículos, móveis? Isso tudo também é. Mas, suponhamos que, para
adquirir esses bens, foram necessários empréstimos e financiamentos, de
pelo menos 20 % (vinte por cento) de seus valores de aquisição. Se o total
desses bens é R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), podemos dizer que o
patrimônio pode ser representado pelo mesmo valor? De maneira nenhuma.
Unidade 4 - dentificar o mecanismo de débitos (aplicações) e de créditos (origens) EAD-UNISL43
A equação do patrimônio, vista anteriormente, é a diferença entre ativos
e passivos. Nesse caso, teríamos que o patrimônio líquido é igual a R$
1.000.000,00 – R$ 200.000,00 = R$ 800.000,00.
Devido ao fato de sempre termos um devedor associado a seu respectivo
credor, o registro de um evento é realizado duas vezes pelo mesmo valor, ou
mesmos totais. Isso não indica duplicidade; indica contrapartida: se aplicou,
tem que ter origem.
Sem pensar em conta contábil, apenas no mecanismo de débitos (aplica-
ções) e créditos (origens), veja o exemplo a seguir:
Havia R$ 5.000,00 (cinco mil reais) no caixa da empresa. Foi decidido que
esse valor devia ser depositado, em conta corrente, de determinado banco,
onde a empresa possui conta com movimentação, uma conta corrente.
Utilizando o mecanismo de débitos e créditos para o devido registro, pode-
mos dizer que esse lançamento foi um lançamento permutativo (ou quali-
tativo, ou compensativo). Não houve mudança no patrimônio da empresa,
apenas a transferência de um ativo para outro. O registro ficaria da seguinte
forma:
DÉBITO – aumento de saldo em conta corrente bancária R$ 5000,00
CRÉDITO – diminuição de saldo em caixa R$ 5000,00t
O fato permutativo não altera a situação líquida. Outros exemplos: compra
de mercadorias a prazo ou a vista, recebimento de cliente, pagamento de
uma dívida, pelo valor nominal.
Já existem eventos, fatos contábeis, que modificam a situação líquida, a exem-
plo de um perdão de dívida da empresa, por parte do fornecedor ou paga-
mento de despesa de salário, incorrida no período. Neste último caso, o lan-
çamento de despesa modifica a situação líquida, porque gera uma despesa:
DÉBITO – despesa com salários
CRÉDITO – saída de recursos em conta corrente bancária
Considerando que haverá uma diminuição do saldo em conta corrente, o
ativo não terá mais o mesmo total. Esse fato modifica, diretamente, o patri-
mônio líquido, pelo resultado do período.
EAD-UNISL 44 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Existem também os fatos mistos ou compostos, onde, em partes, o patrimô-
nio é modificado e, em partes, permutado, como no caso de pagamento de
dívidas com juros, concessão de descontos nas vendas de mercadorias.
ResumoNem todos os atos e fatos administrativos resultam em lançamentos contá-
beis. Atos administrativos são negócios realizados pela administração que,
quando resultam em fatos administrativos, precisam ser analisados, a fim de
saber se serão ou não contabilizados. Se for contabilizado, o fato adminis-
trativo passou a ser um fato contábil.
Para registro do fato contábil, é necessário conhecer a origem e a aplicação.
Esse é um momento importante: se não soubermos o que, efetivamente,
aconteceu, não há como registrar o fato, uma vez que a técnica de registro,
a escrituração, precisa de ambos os lados: origem e aplicação.
Alguns registros modificam o patrimônio líquido, a situação líquida. Outros,
são apenas permutativos. Outros, são mistos, modificando a situação líquida
e, simplesmente, permutando valores entre contas.
Significando a AprendizagemQuestão 1: (Técnico em contabilidade I –PETROBRAS – CESGRANRIO/2005)
A frase “não há débito (s) sem crédito (s) correspondente (s).”, indica a (o):
a. ( ) Essência do método das partidas dobradas
b. ( ) Encerramento das contas de resultado
c. ( ) Encerramento das contas patrimoniais
d. ( ) Registro contábil pelo regime de caixa
e. ( ) Registro contábil pelo regime de competência
Unidade 4 - dentificar o mecanismo de débitos (aplicações) e de créditos (origens) EAD-UNISL45
Questão 2: (ISS –Recife/ESAF) A empresa Ômega Ltda, realizou uma ope-
ração de recebimento de duplicata, no valor de R$ 100,00, em dinheiro.
Essa operação gerou um registro contábil de débito à conta caixa e crédito
à conta duplicatas, a receber. Assinale o tipo de fato contábil presente na
única opção correta.
a. ( ) Aumentativo
b. ( ) Diminutivo
c. ( ) Misto
d. ( ) Modificativo
e. ( ) Permutativo
Para finalizar o estudo da Unidade 4, você deve acessar o AVA, Ambiente Vir-
tual de Aprendizagem, e realizar os temas (habilidades) indicados, compostos
por microdesafios (questões objetivas) e macrodesafios (questões subjetivas).
Unidade 5 - Regime contábil EAD-UNISL47
Unidade Regime contábil5Descritores:
• Explicar os regimes de Contabilidade e interpretá-los;
• Identificar as principais transações que afetam o caixa.
Caro (a) Estudante,
Nesta unidade, trataremos de um dos assuntos mais importantes na Conta-
bilidade: regimes de competência e de caixa. Entenderemos qual a diferença
entre eles e quando devemos utilizar cada um.
Ao final desta aula, espero que você saiba explicar e interpretar cada um
deles, além de identificar as principais transações que afetam o caixa.
5.1. Os regimes contábeis utilizadosOs regimes contábeis de caixa e de competência apresentam critérios para regis-
tros de receitas e despesas, em determinado período. Isso impacta diretamente
no resultado: lucro ou prejuízo, superávit e déficit. Por volta do ano 300 a.C.,
conceitos e definições contábeis, já estavam estabelecidos e apresentados na
obra Arthasastra, por Kautilya, um sábio oriental. Nessa época, já foram divulga-
das ideias próximas ao que chamamos, hoje, de regime de competência.
Esse é outro assunto de extrema importância para a apuração de resultado
e estática patrimonial. Na Contabilidade, o registro acontece independente-
mente da movimentação financeira. O registro de uma receita com vendas,
por exemplo, deve acontecer, mesmo que a venda não tenha sido recebida.
De igual forma, as despesas devem ser registradas, mesmo que ainda não
tenham sido pagas. Isso é regime de competência.
Já no regime de caixa, também chamado de regime financeiro, as receitas
são registradas apenas, quando do seu recebimento e as despesas, quando
Saiba mais: Sobre os regimes de Contabilidade, livro Curso de Contabilidade para não Contadores, cap. 9
EAD-UNISL 48 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
do seu pagamento. O fato gerador é a movimentação financeira de entrada
ou de saída de recursos financeiros, no período considerado.
O regime de Contabilidade, adotado no Brasil, é o de competência, tanto para
as empresas públicas, como para as privadas. Há pouco tempo, o regime de
Contabilidade pública era o misto, quando leva em consideração o regime de
caixa para as receitas e o de competência para as despesas. A lei nº 4.320/1964
é que apresentava essa forma de reconhecimento de receitas e despesas.
Há ainda receitas e despesas antecipadas. Essas não vão a resultado, no
momento do reconhecimento, somente quando incorridas. Como exemplos,
temos receitas com assinaturas de revistas recebidas, antecipadamente, e
despesas com pagamento antecipado de seguros.
Falando de folha de pagamento, podemos usar o exemplo de adiantamento
de salários: a folha de pagamento é fechada, ao final de cada mês. Entre-
tanto, muitas empresas adiantam os salários, até para cumprir regras esta-
belecidas em convenção coletiva de trabalho. Nesse caso, o valor da despesa
com salário é adiantado, e não configura despesa, no ato do adiantamento
da saída de recurso financeiro, do caixa da empresa.
A seguir, abordar-se-á o regime de competência analiticamente.
5.2. Regime de competênciaFocarei o regime de competência, por ser alvo de muitos questionamentos,
por parte dos usuários da Contabilidade, mais especificamente, os iniciantes.
FIGURA 21Imagem
Fonte: Youtube
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=cOJrJSSsT5M>. Acesso em: 26 mar. 2017
Unidade 5 - Regime contábil EAD-UNISL49
Algumas vezes, a movimentação de caixa coincide com a competência, a
exemplo de valores recebidos de juros, quando do recebimento de algum
título a receber. Imagine que determinado título a receber, com vencimen-
to em 10/02/2017, tenha sido recebido em 17/03/2017. Incorreram juros
e multas, em razão do atraso. Ressalto que, essas receitas financeiras não
podiam ser conhecidas, quando da emissão do título, uma vez que não se
esperava o atraso. Logo, essas receitas foram registradas apenas em março,
mesmo período do recebimento.
O mesmo pode ocorrer no pagamento de título vencido. Por algum motivo,
não foi pago na data de vencimento. No período do pagamento incorreram
os juros passivos, regime de competência. A saída de caixa aconteceu no
mesmo período.
A Resolução CFC nº 1374, que apresenta o objetivo da elaboração e divul-
gação de relatório contábil-financeiro, de propósito geral, traz o seguinte:
De forma análoga, a norma técnica NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL,
apresenta o seguinte:
FIGURA 22Imagem
FIGURA 23Imagem
Fonte: autora (2017)
Fonte: autora (2017)
EAD-UNISL 50 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
E mais,
Respeitando o regime de competência, acontece um confronto entre recei-
tas e despesas, no mesmo período em que incorreram. Exemplificando: uma
empresa comercial possui um quadro de colaboradores, que trabalham para
gerar receita. A folha de pagamento, de determinado período, é registrada
contabilmente no mês em que esses colaboradores trabalharam, mesmo pe-
ríodo em que a empresa registra todas as receitas auferidas.
Ressaltamos que, com a harmonização às normas internacionais, o reconheci-
mento da receita ficou mais abrangente, podendo ser objeto de outro estudo,
esmiuçando as estruturas conceituais, resoluções do CFC e demais literaturas.
5.3. Transações que afetam o caixaFalar em transações é o mesmo que falar em fatos contábeis, que são obje-
tos de registros, que afetam o caixa, provocam movimentação de recursos
financeiros, seja em caixa ou em contas bancárias, recursos que são denomi-
nados “disponíveis”.
A seguir as principais transações que aumentam e diminuem o caixa (disponí-
vel), extraídas do livro Curso de Contabilidade para não Contadores, cap. 9, 9.3
FIGURA 24Tabela
FIGURA 24Imagem
Fonte: Autora(2017)
Fonte: Autora(2017)
Saiba mais: Disponível em: Marion, José Carlos,
Iudícibus, Sergio de. Curso de Contabilidade
para não Contadores, 7ª edição. Atlas, 04/2011.
[Minha Biblioteca].
Unidade 5 - Regime contábil EAD-UNISL51
Existem àquelas que não afetam o caixa (disponível), mas são contabilizadas,
uma vez que são eventos econômicos e devem ser registradas contabilmente.
Veja a seguir, extraídas do livro Curso de Contabilidade para não Contadores,
cap. 9, 9.3.
Muito importante ressaltar que, lucro não é, necessariamente, dinheiro em caixa.
Podemos partir do lucro e saber quais fluxos de caixa geraram ou consumiram
caixa. Isso é assunto para a última unidade deste guia. Mas por que não? Porque
existem fatos econômicos registrados, que não afetam o caixa. Além disso, pelo
regime de competência, são registrados os eventos, mesmo que não tenha havi-
do entrada e saída de caixa, sendo que estes figuram em balanço patrimonial, a
receber ou a pagar, em ativo ou passivo, respectivamente.
FIGURA 26Imagem
FIGURA 25Imagem
Fonte: autora (2017)
Fonte: autora (2017)
Saiba mais: Disponível em: Marion, José Carlos, Iudícibus, Sergio de . Curso de contabilidade para não contadores, 7ª edição. Atlas, 04/2011. [Minha Biblioteca].
EAD-UNISL 52 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
ResumoOs regimes contábeis de caixa e de competência apresentam critérios para
registros de receitas e despesas, em determinado período. Isso impacta dire-
tamente no resultado, lucro ou prejuízo, superávit ou déficit.
Os registros contábeis devem respeitar o regime de competência, que serve tanto
para as Organizações Privadas, quanto para as Públicas. Pelo regime de compe-
tência, há um confronto entre as receitas e despesas, de determinado período.
Os fatos contábeis podem afetar o caixa (disponível) das Organizações, o
que significa dizer que pode haver entrada ou saída de recursos financeiros.
Lucro não é saldo em caixa!
Esses assuntos serão retomados, quando estudarmos sobre as demonstra-
ções financeiras. Você não pode perder!
Significando a aprendizagemQuestão 1: (Casa da Moeda — CESGRANRIO/2009) Entende‐se como regi-
me de competência, a (o):
a. ( ) apuração dos resultados (rédito), do exercício, na qual são consi-
deradas as receitas e despesas, nas datas a que se referem, independente
de seus recebimentos ou pagamentos.
b. ( ) apuração dos resultados (rédito), do exercício, na qual são consi-
deradas, exclusivamente, as receitas e despesas, efetivamente recebidas
ou pagas, no período.
c. ( ) apuração do rédito, do exercício, na qual são consideradas as
receitas, efetivamente recebidas e os custos e despesas incorridos, no
período, ainda que não tenham sido pagos.
d. ( ) aplicação do Axioma Contábil de Leipzig, o qual determina que
não pode haver receita sem despesa, e que a confrontação entre elas,
forma a Azienda, a ser apurada ciclicamente.
e. ( ) momento em que a empresa analisa o conjunto das operações
realizadas, num determinado período, e determina se houve lucro (ré-
dito) ou prejuízo (rébito), confrontando as receitas incorridas contra as
despesas pagas, no período.
Unidade 5 - Regime contábil EAD-UNISL53
Questão 2: (Agente PF — CESPE/2012). Determinada entidade apresentou
os seguintes eventos, no mês de abril de 2012. (Disponível em: MONTOTO,
Eugenio. Contabilidade geral e análise de balanços esquematizados, 3ª edi-
ção. Saraiva, 03/2014. [Minha Biblioteca]).
I. pagamento de R$ 4.200,00, no mês de abril de 2012, referentes a
aluguel dos meses de abril e maio de 2012;
II. consumo e pagamento de despesas, em abril de 2012, com serviços
de limpeza e conservação, relativos ao mês de abril de 2012, no valor de
R$ 1.800,00;
III. recebimento, em abril de 2012, em dinheiro, por serviços prestados
no mês de março de 2012, no valor de R$ 3.600,00;
IV. prestação de serviços, no mês de abril de 2012, para recebimento em
maio de 2012, no valor de R$ 5.700,00.
À luz do regime de caixa e do regime de competência, julgue se as duas pró-
ximas questões estão certas ou erradas, relativas à apuração de resultado, do
mês de abril de 2012, da entidade considerada.
1) Independentemente do regime considerado, os resultados apurados, no
mês de abril de 2012, serão iguais.
2) Na apuração do resultado do mês de abril de 2012, não se consideram,
tanto no regime de caixa, quanto no de competência, os eventos III e IV, os
quais repercutem na apuração do resultado, respectivamente, dos meses de
março e maio.
Para finalizar o estudo da Unidade 5, você deve acessar o AVA Ambiente Vir-
tual de Aprendizagem, e realizar os temas (habilidades) indicados, compostos
por microdesafios (questões objetivas) e macrodesafios (questões subjetivas).
Unidade 6 - Lançamentos em contabilidade e sistemas de escrituração EAD-UNISL55
Unidade
Lançamentos em contabilidade e sistemas de escrituração6
Descritores:
• Classificar e registrar os fatos administrativos;
• Conhecer o ciclo contábil;
• Utilizar o plano de contas e realizar lançamentos contábeis;
• Compreender o lançamento de uma folha de pagamento.
Caro (a) Estudante,
Nesta unidade, classificaremos e registraremos os fatos administrativos, que
geram fatos contábeis, além de conhecer o ciclo contábil. Para que isso ocorra,
será necessário conhecer o plano de contas e o funcionamento dessas contas.
Interessante será compreender o lançamento de uma folha de pagamento.
Certamente, você saberá que contas são mais usuais e o que elas representam.
Bons estudos!
6.1. O ciclo contábilNesta unidade, o objetivo é informar, de forma resumida, como ocorre o
processo contábil de uma Organização; desde o plano de contas até a escri-
turação contábil, resultando nas demonstrações financeiras.
Imaginemos que, hoje, você é responsável por um empreendimento, onde de-
senvolve algo relacionado ao que você realmente gosta e sabe fazer bem, e
pretende obter lucro com ele. Pergunte-se: como conseguirei controlar meu
negócio? Devo montar planilhas eletrônicas ou apenas um “caderninho” serve?
EAD-UNISL 56 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Sugiro que, desde o início, seja pensado um sistema de informação. Assim,
dados simples como clientes atendidos no dia, formas de recebimentos, can-
celamentos de agendamentos, dentre outros, podem ser acompanhados,
amiúde, e gerar informações preciosas para o seu negócio. Essas informa-
ções podem vir a ser importantes indicadores, o que fará de você um gestor
que toma decisões, a partir das informações geradas, pelo próprio negócio.
Preferencialmente, o sistema de informação escolhido deve se comunicar
com o sistema de informação contábil (Contabilidade), que apresentará,
como resultado, relatórios imprescindíveis para o acompanhamento dos nú-
meros resultantes da gestão do seu negócio, sendo os principais, a Demons-
tração do Resultado do Exercício – DRE e o Balanço Patrimonial – BP. Estes
serão vistos, mais detalhadamente, nas unidades a seguir, uma vez que tais
relatórios já foram citados neste guia.
Atualmente, muitas Organizações já se utilizam de sistemas integrados de
gestão, de forma que os fatos administrativos, a partir de parametrização
desses sistemas, já alimentam o sistema contábil, dando maior confiabilida-
de às informações.
Importante que, sem o plano de contas, nenhum sistema de informações,
pode funcionar, uma vez que, os parâmetros fazem o vínculo entre o plano
de contas e os fatos ocorridos.
Agora, veremos o que é e como funciona o plano de contas.
6.2. Plano de contasO elenco de contas ou plano de contas é um agrupamento ordenado de
contas, que são utilizadas pela Contabilidade, em determinada Organização.
Sem ele, nada pode ser registrado.
Em Contabilidade, conta é um nome ou título, que tem a função de repre-
sentar itens patrimoniais (ativos, passivos ou capital próprio) ou de resultado
(receitas ou despesas). Cada Organização deve ter o seu próprio plano de
contas, dependendo de suas particularidades.
Aqui, utilizaremos o modelo anexo, da Resolução CFC nº 1.418/2012, suge-
rido para microempresas e empresas de pequeno porte. Vejamos o Anexo 4:
Saiba mais: Sobre o plano de contas, livro
Curso de Contabilidade para não Contadores,
cap. 16, disponível na Minha Biblioteca: Marion, José Carlos, Iudícibus, Sergio de.
Curso de Contabilidade para não Contadores, 7ª
edição. Atlas, 04/2011. [Minha Biblioteca].
Unidade 6 - Lançamentos em contabilidade e sistemas de escrituração EAD-UNISL57
PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO
FIGURA 27Tabela 1
Fonte: autora (2017)
EAD-UNISL 58 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
FIGURA 28Tabela 2
Fonte: Autora(2017)
Unidade 6 - Lançamentos em contabilidade e sistemas de escrituração EAD-UNISL59
Esse plano de contas foi codificado da seguinte maneira:
1. Contas do ATIVO
2. Contas do PASSIVO
3. Contas de RESULTADO
Na sequência, foram adicionados segundo e terceiro números, representan-
do o grupo e a conta do respectivo grupo.
As contas são agrupadas por mesmas características. Logo, não há que se
falar em agrupar contas do ativo com contas do passivo ou de resultado.
Assista ao vídeo a seguir e saiba mais sobre contas patrimoniais.
Agora, assista ao vídeo a seguir e saiba mais sobre contas de resultado.
FIGURA 29Imagem
FIGURA 30Imagem
Fonte: Youtube
Fonte: Youtube
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=doCGY0PndZE> Acesso em: 25 mar. 2017.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=QE6MI8JUnj8>Acesso em: 25 mar. 2017.
EAD-UNISL 60 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Conhecendo melhor as contas patrimoniais e de resultado, mais simples será
compreender o ciclo contábil, que possui cinco fases: a captação, o reconhe-
cimento, o processo de acumulação, a sumarização e a evidenciação.
Primeiramente, são captados (colhidos) os dados que afetam o patrimônio
da entidade, fase que envolve análise documental. Num segundo momento,
esses documentos passam por nova análise, se devem ou não serem reco-
nhecidos contabilmente. Só então passam pelo processo de acumulação,
onde são registrados em sistema contábil, para depois serem sumarizados,
organizados em forma de relatórios, passando às informações contábeis. Por
último, são evidenciados, divulgados aos seus usuários.
Dessa forma, a cada período (que pode ser um mês, um trimestre, um semes-
tre, no máximo um exercício social, dependendo da necessidade e realidade
de cada Organização), a entidade elabora demonstrações financeiras, propi-
ciando o conhecimento do patrimônio, sua situação econômica e financeira.
Se houver interesse em conhecer o Manual de Contabilidade aplicado ao
setor público – MCASP, acesse no link ao lado.
Na parte II, Procedimentos Contábeis Patrimoniais, as definições de ativo e
passivo são gerais, servindo para qualquer Organização.
Saiba mais: Sobre o ciclo contábil. Disponível
em <http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/economia-financas/ciclo-
contabil.htm>. Acesso em 19 Março 2017.
Disponível em: <http://www.tesouro.
fazenda.gov.br/mcasp> Acesso em 19
Março 2017.
FIGURA 31Imagem
Fonte: Tesouro Nacional
Unidade 6 - Lançamentos em contabilidade e sistemas de escrituração EAD-UNISL61
Exemplificando com exercício sobre plano de contas, observe que os saldos
foram agrupados:
Agora, pegue seu plano de contas e tente agrupar os saldos das contas, con-
forme os grupos estão dispostos. As respostas certas estão em letras vermelhas.
6.3. Escrituração e lançamentos contábeisA escrituração é feita em livros contábeis. Atualmente, esses livros são gera-
dos após lançamentos feitos em sistemas informatizados.
Assista ao vídeo a seguir:
FIGURA 32Imagem
Fonte: Esse exercício está disponível no livro: Santos, Fernando Almeida, Veiga, Windsor Espenser. Contabi-lidade com Ênfase em Micro, Pequenas e Médias Empresas, 3ª edição. Atlas, 04/2014. [Minha Biblioteca].
FIGURA 33Imagem
Fonte: Youtube
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qHAWI_3RU9Y>
EAD-UNISL 62 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
São basicamente dois os livros contábeis chamados principais: o Diário e
o Razão. O livro Razão é, atualmente, obrigatório; utilizado por todas as
empresas, dividindo-se em sintético e analítico, sendo sua escrituração rea-
lizada em ordem racional, por conta contábil. Já o livro Diário, igualmente
obrigatório, possui escrituração diária, ordem cronológica. Acumula todos
os lançamentos de origens e aplicações de recursos, diariamente.
A escrituração é o processo de acumulação de dados que gera informações.
É feita com a utilização do plano de contas.
Importante saber sobre fórmulas de lançamento. Assista ao vídeo a seguir.
Criaremos uma tabela para inserção de dados de classificação, para posterior
registro, com intuito didático. Veja o exemplo:
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=cOJrJSSsT5M>. Acesso em: 26 mar. 2017
FIGURA 34Imagem
FIGURA 35Imagem
Fonte: Youtube
Fonte: Autora (2017)
Saiba mais: Sobre lançamentos contábeis:
Marion, José Carlos, Iudícibus, Sergio de
.Curso de contabilidade para não contadores, 7ª edição. Atlas, 04/2011.
[Minha Biblioteca].
Unidade 6 - Lançamentos em contabilidade e sistemas de escrituração EAD-UNISL63
Classificando os fatos contábeis, temos o seguinte:
Como nesse exemplo não foram informadas as datas, não foi criada coluna
para registrá-las. Aqui o objetivo é demonstrar lançamentos contábeis pelas di-
versas fórmulas, tendo, obrigatoriamente, que coincidir saldos devedores e sal-
dos credores (Total de origens (créditos) igual ao total de aplicações (débitos)).
Nesta unidade, não usaremos razonetes, técnica muito utilizada para fins di-
dáticos. Utilizamos esse tipo de “quadro resposta”. Nele, para fins didáticos,
temos os dados necessários para a elaboração das demonstrações financeiras.
Entretanto, nas unidades seguintes poderão ser utilizados razonetes para
contas com muitos lançamentos, como: caixa, bancos, receitas, dentre ou-
tras. Você entenderá! Veja a explicação a seguir:
FIGURA 36Tabela
FIGURA 37Imagem
Fonte: Autora (2017)
Extraído do livro: Marion, José Carlos, Iudícibus, Sergio de .Curso de Contabilidade para não Contadores, 7ª edição. Atlas, 04/2011. [Minha Biblioteca].
EAD-UNISL 64 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Para o lançamento da folha de pagamento, o mecanismo de débitos e crédi-
tos é utilizado da mesma forma.
O professor Eugênio Montoto, em seu livro “Contabilidade Geral e Análise
de Balanço Esquematizado (Minha Biblioteca) ”, reserva capítulo exclusivo
para operações com pessoal. Vale a pena conferir!
ResumoNo plano de contas (ou elenco de contas), as contas são agrupadas pelas mes-
mas características: ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas.
O ciclo contábil possui cinco fases que são: a captação, o reconhecimento, o
processo de acumulação, a sumarização e a evidenciação.
A escrituração é o processo de acumulação de dados que gera informações. É
feita com a utilização do plano de contas, sendo cada fato contábil registrado
em conta específica, onde seus saldos e movimentação serão controlados.
Significando a aprendizagemQuestão 1: (TJ-PI — FCC/2009). Uma sociedade adquiriu móveis e utensí-
lios, no valor de R$ 150.000, pagando 20% à vista e o restante foi finan-
ciado em 10 parcelas. O lançamento referente a esse fato contábil implica:
a. ( ) débito na conta Móveis e Utensílios, no valor de R$ 30.000.
b. ( ) aumento do Passivo da sociedade, no valor de R$ 150.000.
c. ( ) débito na conta Fornecedores, no valor de R$ 120.000.
d. ( ) decréscimo do Patrimônio Líquido da Sociedade em R$ 30.000.
e. ( ) aumento do Ativo da sociedade, no valor de R$ 120.000.
Disponível em: MONTOTO, Eugenio.
Contabilidade geral e análise de balanços esquematizados, 3ª
edição. Saraiva, 03/2014. [Minha Biblioteca].
FIGURA 38Imagem
Fonte: Montot
Saiba mais: Sobre lançamentos
contábeis de folha de pagamento. Disponível
em: <http://www.portaldecontabilidade.
com.br/guia/folhadepg.htm>. Acesso em: 19
Março 2017.
Unidade 6 - Lançamentos em contabilidade e sistemas de escrituração EAD-UNISL65
Questão 2: (SEFA-PA — ESAF/2002). Assinale a opção correta:
a. ( ) Todo acréscimo de valor em contas do ativo corresponde, neces-
sariamente, a um decréscimo de valor em contas do passivo.
b. ( ) Um decréscimo no valor de contas do ativo corresponde, necessa-
riamente, a um acréscimo de valor em contas do passivo.
c. ( ) Um acréscimo no valor de uma conta do ativo corresponde,
necessariamente, a um acréscimo de valor em conta do passivo ou do
patrimônio líquido.
d. ( ) A um decréscimo no valor total do ativo corresponde, necessaria-
mente, um acréscimo no valor de uma, ou mais, contas do passivo ou do
patrimônio líquido.
e. ( ) Um acréscimo no valor total do ativo não corresponde, necessa-
riamente, a um acréscimo no valor do patrimônio líquido.
Para finalizar o estudo da Unidade 6, você deve acessar o AVA, Ambiente Vir-
tual de Aprendizagem, e realizar os temas (habilidades) indicados, compostos
por microdesafios (questões objetivas) e macrodesafios (questões subjetivas).
Unidade 7 - Balancete de verificação EAD-UNISL67
UnidadeBalancete de verificação7
Descritores:
• Entender a aplicabilidade do balancete de verificação;
• Conhecer livros contábeis;
• Relacionar saldos do Razão com o balancete de verificação.
Caro (a) Estudante,
Nesta unidade, entenderemos a aplicabilidade do balancete de verificação,
além de conhecer os livros contábeis, citados na unidade anterior.
Além disso, você aprenderá a relacionar os saldos do Razão com o balancete
de verificação.
Viajemos nesse maravilhoso mundo da informação!
Bons estudos!
7.1. Livros contábeis e balancete de verificaçãoPrecisamos recordar que, para realizar a escrituração de forma ampla, as Or-
ganizações possuem livros chamados “empresariais”, subdivididos em:
• Fiscais: são aqueles exigidos pelo fisco nas esferas municipal, estadu-
al e federal;
• Societários: são os livros exigidos pela lei das sociedades anônimas,
Lei das S/A;
• Trabalhistas: são os exigidos pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT): o Livro de Registro de Empregados e o Livro de Inspeção do
Trabalho;
EAD-UNISL 68 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
• Contábeis: são os que servem de base para os registros contábeis,
normalizados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que
são: o Diário, o Razão, o Caixa, o Contas Correntes e o de Registro
de Duplicatas. Estes dois últimos são auxiliares do Razão.
No Brasil, a obrigação de livros contábeis está estabelecida nos artigos 1179
e 1180, do Código Civil de 2002, explicitamente o Diário, além dos demais
exigidos por outras leis específicas.
Os livros contábeis apresentam a escrituração dos fatos contábeis em ordem
cronológica, classificados em contas contábeis patrimoniais e de resultado.
Essa escrituração se dá por meio de lançamentos em sistemas próprios, re-
sultando nos primeiros relatórios que são os próprios livros e balancete de
verificação, os quais conheceremos nesta unidade.
Como já vimos, os livros Diário e Razão são livros principais, e são aqueles
que registram todos os eventos da Organização. Os demais são auxiliares.
7.2. Livros contábeisUtilizando o método das partidas dobradas, vamos entender melhor os rela-
tórios obtidos do resultado dessa escrituração, para bem informar o usuário
da contabilidade. Os livros contábeis são, basicamente: o Diário e o Razão.
Atualmente, ambos estão contidos na Escrituração Contábil Digital (ECD),
que faz parte do SPED, visto em unidade anterior.
Saiba mais: Sobre livros contábeis. Disponível na Minha Biblioteca: MONTOTO, Eugenio.
Contabilidade Geral e Análise de Balanços Esquematizados, 3ª
edição. Saraiva, 03/2014. [Minha Biblioteca].
FIGURA 39Imagem
FIGURA 40Imagem
Fonte: Autora (2017)
Fonte: Marion, José Carlos. Contabilidade
Empresarial: Texto, 17ª edição. Atlas, 04/2015.
[Minha Biblioteca].
Unidade 7 - Balancete de verificação EAD-UNISL69
7.2.1 Livro DiárioDesde o início da Contabilidade, com o método das partidas dobradas, o
Diário é livro obrigatório. No Brasil, é exigido desde o Código Comercial, lei
556, de 1850 e Regulamento do Imposto de Renda, de 1999, no seu artigo
258. No livro Diário constam todos os eventos, acontecimentos que devem
ser evidenciados pela Contabilidade da Organização, em ordem cronológica.
Importante ressaltar que qualquer registro contábil deve ser em determinada
data, a saber dia, mês e ano civil.
O Código Civil Brasileiro, no seu capítulo IV – da Escrituração, diz:
Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e
caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou re-
produção, todas as operações relativas ao exercício da empresa.
§ 1º Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não
excedam o período de trinta dias, relativamente a contas, cujas operações
sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que
utilizados livros auxiliares, regularmente autenticados, para registro individua-
lizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.
§ 2º Serão lançados no Diário, o balanço patrimonial e o de resultado
econômico, devendo ambos serem assinados por técnico em Ciências Con-
tábeis, legalmente habilitado, e pelo empresário ou sociedade empresária.
O livro diário é composto por formalidades extrínsecas, intrínsecas e elemen-
tos do lançamento.
Pode ser melhor assimilado pelo vídeo a seguir, já apresentado na unidade
anterior:
Saiba mais: Sobre livro diário. Disponível em: < http://cfc.org.br/tecnica/perguntas-frequentes/livro-diario/> Acesso em: 24 Março 2017.
Saiba mais: Sobre livros contábeis. Disponível na Minha Biblioteca: MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral e análise de balanços esquematizados, 3ª edição. Saraiva, 03/2014. [Minha Biblioteca].
FIGURA 41Imagem
Fonte: Youtube
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qHAWl_3RU9Y>. Acesso em: 24 mar. 2017.
EAD-UNISL 70 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Aqui, vamos nos ater a composição do lançamento:
Antes do efetivo registro, que pode ser em lançamentos de primeira a quarta
fórmula, como estudado no livro do professor Eugênio Montoto, o evento preci-
sa ser classificado. A seguir, um vídeo para facilitar o entendimento do assunto.
7.2.2 Livro RazãoHoje é um livro obrigatório, mas nem sempre foi assim. Nada mais é do que
um livro que agrupa valores de contas de mesma natureza, de forma racional. É
considerado, assim como o Diário, um livro principal, uma vez que registra todos
os fatos contábeis.
FIGURA 42Imagem
FIGURA 43Imagem
Fonte: Montoto
Fonte: Montoto
Disponível em: MONTOTO, Eugenio.
Contabilidade geral e análise de balanços esquematizados, 3ª
edição. Saraiva, 03/2014. [Minha Biblioteca].
Disponível em:<https://www.youtube.com/
watch?v=Cu4Lh_VQnJU> Acesso em: 24
mar. 2017.
FIGURA 43Imagem
Fonte: Youtube
Unidade 7 - Balancete de verificação EAD-UNISL71
FIGURA 44Tabela
Fonte: Autor (2017)
Um exemplo bem claro é um extrato de conta bancária. Esse documento é uma
parte do livro razão da instituição financeira, que representa a movimentação
naquela conta específica. Interessante ressaltar que o lançamento é feito pelo
próprio correntista, uma vez que, a partir dos eventos lançados num caixa eletrô-
nico, por exemplo, diante de uma parametrização prévia, a folha do livro razão
pode ser impressa no próprio equipamento de autoatendimento. Você já havia
pensado nisso?
O crédito significa que nós, enquanto pessoas físicas ou jurídicas, temos crédito
junto a essa mesma instituição. Ao mesmo tempo, na nossa Contabilidade, te-
mos o direito de sacar tal saldo, se o mesmo for credor no extrato bancário.
Atualmente, as páginas do livro Razão, que eram em forma de livro físico, foram
substituídas por folhas avulsas, que também são chamadas de ficha razão. É
muito comum imprimirmos as folhas Razão, pela praticidade da Contabilidade
informatizada. Mas como funciona uma “ficha razão”?
O livro Razão é sistemático, uma vez que os fatos são registrados por espécie
ou qualidade. Tornou-se obrigatório, a partir da década de 1980, pela legis-
lação fiscal (RIR 1999, art. 259) e pelo CFC.
Vamos exemplificar com lançamento extraído do mesmo livro sugerido no
“Saiba mais”:
• Fatos contábeis:
• Integralização do Capital de $ 150.000;
• Criação de um fundo fixo de Caixa de $ 10.000 (caixinha pequeno);
• Pagamento de despesas com recursos do fundo fixo;
• Aquisição de um veículo, com pagamento à vista, em cheque, por
$ 30.000.
A seguir, apresentamos o lançamento de $ 150.000 a crédito, na conta ca-
pital, referente à integralização, e a débito, na conta banco:
Saiba mais: Sobre livro razão. Disponível na Minha Biblioteca: MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral e análise de balanços esquematizados, 3ª edição. Saraiva, 03/2014. [Minha Biblioteca].
EAD-UNISL 72 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Constituição de um Fundo Fixo de Caixa de $ 10.000 e contabilização de
despesas de $ 4.000. Na página 2, está registrada a saída do dinheiro da
conta banco ($ 10.000) para a constituição do fundo fixo de caixa de $
10.000, com lançamento devedor na página 3:
FIGURA 45Imagem
FIGURA 46Imagem
Fonte: Autor (2017)
Fonte: Autor (2017)
Unidade 7 - Balancete de verificação EAD-UNISL73
Assimilemos mais o entendimento sobre o livro Razão, por meio do vídeo a
seguir:
Balancete de verificação é uma lista de saldos do livro Razão, onde estão
elencadas todas as contas, patrimoniais e de resultado; podendo ser emitido
para todas as contas com saldos. Usualmente, apresenta os saldos das con-
tas, por ordem de plano de contas: ativo, passivo, patrimônio líquido, recei-
tas, custos, despesas e apuração de resultados. Vamos conhecê-lo melhor?
7.3. Balancete de VerificaçãoUma das vantagens em conhecer o balancete de verificação é poder conhe-
cer a posição econômico-financeira da Organização, antes mesmo de emitir
os principais demonstrativos: balanço patrimonial (BP) e demonstração de
resultado do exercício (DRE). Ressalto que esse demonstrativo é muito usado
por administradores e pessoas ligadas à gestão, como o gestor de pessoas.
O objetivo do balancete de verificação é verificar, periodicamente (diaria-
mente, semanalmente, mensalmente, bimestralmente, trimestralmente, se-
mestralmente, anualmente), se os lançamentos realizados estão corretos.
Por meio do balancete são feitas as conciliações das contas contábeis, que
significa checar o saldo final de cada conta, ao final de cada período anali-
sado. Essa conciliação representa a composição dos saldos. Se houver algum
erro, deverá ser corrigido pelo profissional de contabilidade.
A base para a elaboração do balancete de verificação é o método das parti-
das dobradas: “não há débito (s) sem crédito (s) correspondente (s) ”. Signi-
fica dizer que o total de débitos tem que ser igual ao total de créditos, inde-
pendente das contas, se patrimoniais ou de resultado. Essa é a “verificação”,
a conferência, juntamente com os saldos das contas.
FIGURA 47Imagem
Fonte: Youtube
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Bqe-nnRjFcs> Acesso em: 24 mar.2017.
EAD-UNISL 74 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
No balancete de verificação, trabalhamos apenas os saldos de cada conta, de-
vedores ou credores. A seguir, exemplo extraído do livro Contabilidade Empre-
sarial, capítulo 10, disponível na “Minha Biblioteca”, Marion, José Carlos. Con-
tabilidade Empresarial: Texto, 17ª edição. Atlas, 04/2015. [Minha Biblioteca].
“Exemplo de Balancete de Verificação A Cia. Universal apresenta os seguintes lançamentos no mês de janeiro de 20X1 (dados iniciais: Cai-xa e Capital $ 1.500.000). ”
FIGURA 48Imagem
Fonte: Autor (2017)
Unidade 7 - Balancete de verificação EAD-UNISL75
Existem alguns erros que o balancete não detecta:
FIGURA 49Imagem
FIGURA 50Imagem
Fonte: Autor (2017)
Fonte: Autor (2017)
EAD-UNISL 76 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
FIGURA 51Imagem
Fonte: Autor (2017)
ResumoO balancete de verificação é emitido após os lançamentos contábeis, nos
livros principais: Diário e Razão. Se houver desigualdade entre os saldos de-
vedores e credores (total de débito com o total de crédito), significa que há
erro (s) nos lançamentos. A partir disso, o trabalho contábil será localizar o
erro, antes de prosseguir.
Para a escrituração nos livros contábeis, que fazem parte do arcabouço dos
livros empresariais, são estipuladas algumas regras, dispostas na legislação
brasileira vigente, a saber: código civil, regulamento do imposto de renda,
resoluções do CFC, dentre outras.
O Balancete de Verificação, além de ser útil para detectar erros, também
é utilizado na preparação da DRE e do BP. É peça contábil de extrema im-
portância para as tomadas de decisões, uma vez que o mesmo evidencia a
situação econômico-financeira da Organização.
Unidade 7 - Balancete de verificação EAD-UNISL77
Significando a aprendizagemQuestão 1: (Bacharel — CFC/2004.2). Considere as afirmativas a seguir, a
respeito das formalidades da escrituração contábil:
I. Não se admite o uso de códigos e/ou abreviaturas nos históricos dos
lançamentos.
II. A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e
mapas demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e
responsabilidade exclusivas de Contabilista, legalmente habilitado.
III. O Balanço e demais Demonstrações Contábeis, de encerramento de
exercício, serão transcritos no “Razão”, completando‐se com as assina-
turas do Contabilista e do titular ou do representante legal da Entidade.
IV. No caso de a Entidade adotar, para sua escrituração contábil, o pro-
cesso eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou ti-
pograficamente, serão destacados e encadernados, em forma de livro.
Estão CORRETAS as afirmativas:
a. ( ) I e III.
b. ( ) I e IV
c. ( ) II e III.
d. ( ) II e IV
Questão 2: (TRT — CESPE/2009) O balancete de verificação, embora possa
identificar erros decorrentes de incorreta aplicação do método das partidas
dobradas, é ineficaz para a correção de erros constituídos por lançamentos
invertidos ou duplicados.
( ) Certo ( ) Errado
Para finalizar o estudo da Unidade 7, você deve acessar o AVA, Ambiente Vir-
tual de Aprendizagem, e realizar os temas (habilidades) indicados, compostos
por microdesafios (questões objetivas) e macrodesafios (questões subjetivas).t
Unidade 8 - Apuração de resultados EAD-UNISL79
UnidadeApuração de resultados8
Descritor:
• Entender como se apura o resultado: lucro ou prejuízo.
Caro (a) Estudante,
Nesta unidade, entenderemos como se apura o resultado do exercício, a
partir dos saldos do balancete de verificação, que são os saldos finais, das
contas, do livro Razão.
Esse é um dos assuntos mais importantes em Contabilidade, uma vez que o
usuário quer saber se a empresa obteve lucro (ou superávit) ou teve um pre-
juízo (ou déficit). Afinal, quem quer ter sua riqueza encolhida por prejuízos?
O resultado também interfere na gestão de pessoas, visto que, muitas vezes,
os orçamentos empresariais sofrem cortes nessa área. Vamos aprender so-
bre o assunto.
Bons estudos!
8.1. A apresentação do Balancete de verificaçãoInteressante apresentarmos o balancete, destacando as Contas Patrimoniais
(BP) das Contas de Resultados (DRE), uma vez que ele contempla todas as
contas movimentadas, que possuem saldo, no final de um período qualquer.
A apresentação do balancete, separando esses dois grupos de contas dis-
tintas (patrimoniais e de resultados), contribui como instrumento para a to-
mada de decisão. Lembremos de estruturar o balancete de verificação, na
ordem do plano de contas. Assim, já estarão separadas.
EAD-UNISL 80 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Observe o balancete de verificação a seguir, de determinado período, da
“Barbearia do Ismail Ltda.”, estruturado em duas colunas, com saldos deve-
dores e credores:
As contas que participam da apuração de resultado já estão separadas, faci-
litando a apuração. O resultado é, simplesmente, a diferença entre a renda,
as vendas brutas de determinado período; confrontado com as despesas
para obtê-las, no mesmo período. Ressaltamos que, nesse momento, não
há preocupação com o que se efetivou de entradas e saídas de caixa, se as
receitas foram totalmente recebidas e as despesas pagas. Esse confronto
acontece em regime de competência, no período em que tudo aconteceu,
independente de caixa.
Façamos uma comparação, considerando um exemplo bem palpável: venda
de sorvetes caseiros. Aqui em nossa região, Rondônia, norte do Brasil, existe
um bem gostoso e conhecido, que é o DIMDIM. Certa família resolveu em-
preender e providenciou uma caixa de isopor, com capacidade para a venda
de 50 unidades por dia. O responsável foi um jovem, filho do casal. Para
que essas vendas fossem feitas, houve custo para a produção, dentre outros
FIGURA 52Imagem
Fonte: Contabilidade Empresarial
Disponível em: Marion, José Carlos.
Contabilidade Empresarial: Texto, 17ª edição. Atlas, 04/2015.
[Minha Biblioteca].
Unidade 8 - Apuração de resultados EAD-UNISL81
gastos necessários. Ao final de um dia de trabalho, após ter vendido toda a
produção, o resultado apurado foi o seguinte:
Convencionamos, em Contabilidade, colocar os números negativos entre
parênteses.
Esclarecendo o resultado líquido obtido: os custos representam os gastos
necessários para a produção dos DIMDIMs, aqui totalizando R$ 1,50 por
unidade, já incluindo a embalagem, guardanapos, dentre outros. Já as des-
pesas, representam os gastos necessários para as vendas, totalizando R$
21,00, no total do dia.
Logo, podemos dizer que esse jovem iniciou suas atividades sem patrimô-
nio, apenas com uma caixa de isopor emprestada, com poucos reais para a
produção necessária para o primeiro dia de vendas (R$ 75,00), apurando,
ao final desse mesmo dia, um resultado positivo (lucro) de R$ 29,00, com
a venda de toda a sua produção. Após esse dia, seu patrimônio pode ser
expressado da seguinte forma:
Resultado do jovem, apurado no dia
O que buscamos é o aumento do patrimônio, tanto na esfera pessoal como
na empresarial. Queremos crescer, ampliar nossos negócios. Quem empre-
ende quer ter lucros, reinvestir no negócio para crescer a cada dia. Foi o que
aconteceu com esse jovem. O que buscamos é que sejam gerados resultados
do próprio negócio, que são as principais origens de recursos. Parte desse
resultado pode ser distribuída como dividendos; parte fica na empresa, o
que nominamos (na Contabilidade) de lucros retidos, também conhecidos
como reservas de lucros.
FIGURA 53Tabela
FIGURA 54Tabela
Fonte: Autor (2017)
Fonte: Autor (2017)
EAD-UNISL 82 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
O que altera o patrimônio de uma empresa são os resultados gerados pelas
operações, pelas vendas deduzidas dos custos e despesas do período:
Assista agora um vídeo que demonstra a sistemática do método das partidas
dobradas, envolvendo contas de resultado.
Agora que sabemos o que significa resultado, voltemos a apuração de re-
sultado, a partir do balancete de verificação, exemplificado no início desta
unidade. É relativamente fácil calcular o resultado das operações, como pu-
demos verificar no caso da venda de DIMDIMs.
FIGURA 55Imagem
Fonte: MONTOTO, Euge-nio. Contabilidade geral
e análise de balanços esquematizados, 3ª edi-
ção. Saraiva, 03/2014. [Minha Biblioteca].
FIGURA 56Imagem
Fonte: Youtube
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=s6ODtzTfkvE>. Acesso em: 25 mar. 2017.
Unidade 8 - Apuração de resultados EAD-UNISL83
Considerando a obrigatoriedade anual das demonstrações financeiras, o
que inclui o BP e a DRE, o balancete de verificação é bastante útil, servindo
como papel de trabalho para a preparação desses demonstrativos, além de
importantíssimo instrumento para a tomada de decisões.
A partir de parte do balancete de verificação, utilizaremos somente as contas
de resultado. Temos o seguinte:
Alguns passos são importantes para a apuração, que acontece ao final de
cada período, a saber:
1º passo – Escrituração: Nesse exemplo já aconteceu. Os lançamentos
foram feitos e resultaram nos saldos dispostos em balancete de verificação;
2º passo – Verificar se os lançamentos estão corretos: Já foram ve-
rificados, a partir do balancete de verificação.
3º passo – Ajustes: Imaginemos que todos já foram feitos.
4º passo – Balancete de verificação após os ajustes e separação das contas patrimoniais e de resultado.5º passo – Encerramento das contas de resultado.6º passo – Contabilização do resultado.7º passo – Estruturação da DRE.8º passo – Levantamento do BP.
Vamos detalhar o 5º passo!
Por exigência legal, obrigatoriamente, deve acontecer uma vez por ano, o
“zeramento” das contas de resultado, coincidindo, muitas vezes, com o ano
civil. Isso se chama encerramento. Acontece no momento do confronto en-
tre receitas e despesas, para a apuração do resultado, lucro ou prejuízo (su-
perávit ou déficit para empresas sem finalidade lucrativa)
O termo “zeramento” é muito comum no meio contábil, momento em que
todas as contas de resultado ficam com saldo zero, para o início do próximo
período, assim, sucessivamente, ano após ano.
FIGURA 57Imagem
Fonte: Autor (2017)
EAD-UNISL 84 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Os lançamentos de encerramento são muito simples: abrimos uma conta
transitória, intitulada apuração de resultado do exercício – ARE, onde são
agrupados os saldos de todas as contas de resultado. Ali acontece o confron-
to. Num segundo momento, transferimos todos os saldos para a ARE, encer-
rando suas contas originárias. A partir disso, todas as contas estão zeradas.
Temos, então, o momento para saber se a empresa teve lucro ou prejuízo. Se
as receitas foram maiores que as despesas, o resultado será lucro; se ocorrer
o inverso, o resultado será prejuízo. Entretanto, antes mesmo do zeramen-
to, podemos separar o valor total das receitas e diminuir os custos sobre as
vendas e as despesas, e saber o resultado. Aliás, é prática muito comum
entre os administradores e usuários da informação, solicitar os balancetes
intermediários, principalmente as instituições financeiras.
Voltemos ao nosso exemplo:
Passemos ao detalhamento do 6º passo!
Como falamos anteriormente, os resultados acumulados aumentam ou di-
minuem o patrimônio líquido. Nesse caso, como o resultado foi prejuízo, há
uma diminuição desse capital. O lançamento de contabilização desse resul-
tado faz com que a conta ARE seja zerada, da seguinte forma:
Apuração de resultado do exercício (ARE)
FIGURA 58Imagem
FIGURA 59Tabela
Fonte: Autor (2017)
Fonte: Autor (2017)
Unidade 8 - Apuração de resultados EAD-UNISL85
FIGURA 60Imagem
Fonte: Autor (2017)
Saiba mais: Sobre apuração de resultado. Disponível na Minha Biblioteca: Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial: Texto, 17ª edição. Atlas, 04/2015. [Minha Biblioteca].
Veremos os dois últimos passos, nas unidades seguintes. Não deixe de acessar
o livro de Contabilidade Empresarial, para ver exemplo completo, com todos
os passos para a apuração de resultado, a partir do balancete de verificação.
ResumoA verificação periódica da igualdade dos saldos devedores e saldos credores dá
origem ao Balancete de Verificação. Havendo desigualdade entre esses totais
(saldos devedores com saldos credores), podemos dizer que há erro (s) nos lan-
çamentos contábeis. Tudo para, enquanto não há a localização do (s) erro (s).
Contudo, o Balancete de Verificação, além de ser útil para detecção do erro, é
extremamente importante para a preparação da DRE e do BP, além de ser re-
latório contábil importantíssimo para fundamentar tomadas de decisões, uma
vez que o mesmo evidencia a situação econômico-financeira da empresa.
A apuração do resultado do exercício resume-se em oito passos:
1º passo – Escrituração: Nesse exemplo já aconteceu. Os lançamentos
foram feitos e resultaram nos saldos dispostos em balancete de verificação;
2º passo – Verificar se os lançamentos estão corretos: Já foram ve-
rificados, a partir do balancete de verificação.
3º passo – Ajustes: Imaginemos que todos já foram feitos.
4º passo – Balancete de verificação após os ajustes e separação das contas patrimoniais e de resultado.5º passo – Encerramento das contas de resultado.6º passo – Contabilização do resultado.7º passo – Estruturação da DRE.8º passo – Levantamento do BP.
EAD-UNISL 86 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Significando a aprendizagemQuestão 1: (AFRF — ESAF/2001) José Henrique resolveu medir contabil-
mente um dia de sua vida, começando do nada patrimonial. De manhã cedo
nada tinha. Vestiu o traje novo (calça, camisa, sapatos etc.), comprado por
R$ 105,00; mas, que sua mãe lhe deu de presente. Em seguida, tomou R$
30,00 emprestados com seu pai, comprou o jornal por R$ 1,20, tomou o
ônibus pagando R$ 1,80 de passagem. Chegando ao CONIC, comprou fia-
do, por R$ 50,00 várias caixas de bombons e chicletes e passou a vendê-las,
no calçadão. No fim do dia, cansado, tomou uma refeição de R$ 12,00, mas
só pagou R$ 10,00, conseguindo um desconto de R$ 2,00. Contou o dinhei-
ro e viu que vendera metade dos bombons e chicletes por R$ 40,00. Com
base nessas informações, podemos ver que, no fim do dia, José Henrique
possui um Capital Próprio no valor de:
a. ( ) R$ 120,00;
b. ( ) R$ 189,00;
c. ( ) R$ 2,00;
d. ( ) R$ 187,00;
e. ( ) R$ 107,00.
Questão 2: (Bacharel — CFC/2003.1). Os fatos contábeis podem ser clas-
sificados em três grupos: permutativos, modificativos e mistos. É CORRETO
afirmar que:
a. ( ) Fatos contábeis modificativos produzem efeitos sobre o Patrimô-
nio Líquido, aumentando‐o, apenas.
b. ( ) Fatos contábeis modificativos não produzem efeitos sobre o Pa-
trimônio Líquido.
c. ( ) Fatos contábeis permutativos são aqueles que alteram apenas os
elementos componentes do Ativo e do Passivo, sem alterar quantitativa-
mente o Patrimônio Líquido.
d. ( ) Fatos contábeis permutativos são aqueles que alteram os elemen-
tos componentes do Ativo.
Para finalizar o estudo da Unidade 8, você deve acessar o AVA, Ambiente Vir-
tual de Aprendizagem, e realizar os temas (habilidades) indicados, compostos
por microdesafios (questões objetivas) e macrodesafios (questões subjetivas).
Unidade 9 - Balanço patrimonial (BP) e Demonstração de resultado... EAD-UNISL87
Unidade
Balanço patrimonial (BP) e Demonstração de resultado do exercício (DRE)
9Descritores:
• Identificar as partes e inter-relações: BP e DRE;
• Esboçar o BP e a DRE.
Caro (a) Estudante,
Nesta unidade, estudaremos as principais demonstrações contábeis: Balanço
Patrimonial (BP) e Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), identifi-
cando suas partes e inter-relações.
Esboçaremos o BP e a DRE, a partir de exemplo de unidades anteriores.
Se você conseguiu chegar até aqui, significa que já conhece e pode inter-
pretar as informações contábeis, ao menos o básico da informação contábil,
para desenvolver a sua profissão. O próximo passo é praticar!
Bons estudos!
9.1. Inter-relação entre o BP e a DREConhecidas como principais relatórios contábeis, o BP e a DRE se relacionam
por meio das contas, que aumentam e diminuem o patrimônio líquido.
Nesta unidade, retomaremos o aprendizado das unidades anteriores. Vamos
recordar?
Na unidade 8, vimos o exemplo do jovem que resolveu empreender ven-
dendo DIMDIMs. Como fica o BP e a DRE de seu empreendimento, se o
resultado de um dia for projetado para um mês, com vinte dias de trabalho,
considerando um pró-labore de R$ 500,00 que será pago no 2º mês?
EAD-UNISL 88 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
• 20 dias x 50 unidades/dia x preço de venda R$ 2,50 = R$ 2.500,00;
• 20 dias x 50 unidades/dia x custo da unidade vendida R$ 1,50 =
R$ 1.500,00;• (R$ 6,00 ônibus/dia + R$ 15,00 almoço/dia) x 20 dias = R$ 420,00;• R$ 500,00 pró-labore mensal a ser pago no 2º mês.
Ao estruturamos a DRE e o BP, pelo regime de competência, utilizamos as
partidas dobradas e o mecanismo de débito e crédito, onde o total dos sal-
dos das contas devedoras está igual ao total das contas credoras. Os fatos
contábeis modificaram o patrimônio, uma vez que iniciou zerado.
Percebemos a relação entre as contas patrimoniais e de resultado. Elas se
complementam no PL.
Avancemos no conhecimento e elaboração das principais demonstrações
contábeis: BP e DRE!
9.2. Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)A Demonstração do Resultado do Exercício, conhecida como DRE, é o relató-
rio financeiro que demonstra o resultado econômico do exercício, conforme
as normas vigentes.
FIGURA 61Imagem
FIGURA 62Imagem
Fonte: Autor (2017)
Fonte: Autor (2017)
Unidade 9 - Balanço patrimonial (BP) e Demonstração de resultado... EAD-UNISL89
O resultado econômico para os empreendimentos com finalidade lucrativa
é o lucro ou o prejuízo econômico, apurado pelo regime de competência;
momento de confronto entre as receitas, custos e despesas, do mesmo pe-
ríodo (exercício).
O regime de competência é o regime que deve ser utilizado para a escritu-
ração contábil, não sendo diferente para os lançamentos nos sistemas in-
formatizados. Significa que, no mesmo momento do reconhecimento das
receitas, há o confronto com os custos e despesas.
Lucro ou Prejuízo é o resultado econômico apurado em uma DRE, que pode
ser expresso da seguinte forma:
Resultado = Receitas – Custos – Despesas
Logo, para que o resultado seja maior do que zero e a empresa obtenha lu-
cro, é necessário que as receitas sejam maiores que os custos e as despesas.
Caso contrário, a empresa terá prejuízo.
A DRE é uma demonstração muito rica, se relacionada com as atividades
empresariais, sob o aspecto gerencial. Masakazu Hoji, no seu livro Admi-
nistração Financeira e Orçamentária (disponível no link ao lado), logo no
primeiro capítulo, apresenta, de forma gráfica, a DRE, relacionando-a com
as atividades empresariais, conforme veremos a seguir.
As operacionais são aquelas da efetiva operação (comercial, industrial, pres-
tador de serviços), confrontando com a receita bruta de vendas, todos os
custos e despesas envolvidos.
As não operacionais representam os investimentos temporários e financia-
mentos, bem como as atividades extraordinárias e eventuais.
Percebemos que, por meio da DRE, além de se obter a demonstração do
resultado econômico, como se chegou a esse resultado; podemos observar
aspectos sobre a gestão do negócio.
Disponível em: <http://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522456208>
EAD-UNISL 90 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Questionamos: de onde surgem tantos números? Do “nada”? Não! São
oriundos dos registros dos fatos administrativos, que se convertem em fatos
contábeis, integralmente absorvidos pelo sistema de informação contábil,
advindos das fontes de receitas e da estrutura de custos do negócio. São
oriundos das atividades empresariais.
9.2.1. Fontes de ReceitasAs Receitas são origens de recursos. Significa dizer que, se há ingressos (re-
cebimentos) financeiros, uma das fontes são as Receitas. Isso não represen-
ta, necessariamente, um ingresso imediato, podendo acontecer antes ou
depois das vendas, em períodos anteriores ou seguintes.
Importante ressaltar que, receita não é lucro; é apenas o ponto de partida
para que haja lucro!
FIGURA 63Imagem
Fonte: Autor (2017)
Unidade 9 - Balanço patrimonial (BP) e Demonstração de resultado... EAD-UNISL91
As principais fontes de receitas são as vendas. O total das vendas representa
a primeira linha da DRE: Receita bruta de vendas; isto é, todas as vendas do
período são representadas apenas pelos totais (quantidades vendidas, multi-
plicadas por seus preços unitários).
Tudo foi recebido no mês? Nem sempre. Mas, como são controlados os
valores não recebidos? Tais valores devem ser controlados, internamente,
pela empresa. Contabilmente ficam registrados em contas de BP, os quais
veremos num próximo tópico.
O reconhecimento da receita acontece quando existe a efetiva entrega do
bem ou serviço, momento em que acontece a transferência de titularidade
e/ou a prestação efetiva do serviço.
9.2.2. Estrutura de CustosOs custos e despesas são aplicações de recursos. Os custos dos serviços pres-
tados, dos produtos vendidos ou das mercadorias vendidas, são confronta-
dos às receitas, no momento em que são reconhecidas, no mesmo período.
Somente com uma estrutura de custos mínima, uma empresa pode obter
bons resultados.
O custo com empréstimos tomados, também influencia no resultado, uma
vez que são onerosos. Significa dizer que existe uma despesa, com juros, que
será debitada, no resultado do exercício.
Para melhor entendimento sobre a DRE, leia o capítulo 5 do seguinte livro:
MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral e análise de balanços esquemati-
zados, 3ª edição. Saraiva, 03/2014. [Minha Biblioteca].
Saiba mais: Disponível em: Santos, Fernando Almeida, Veiga, Windsor Espenser. Contabilidade com Ênfase em Micro, Pequenas e Médias Empresas, 3ª edição. Atlas, 04/2014. [Minha Biblioteca].
FIGURA 64Imagem
EAD-UNISL 92 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Assista ao vídeo a seguir para complementar os estudos sobre DRE:
Agora que você já compreende como se chega ao resultado do exercício e
sabe o impacto de cada ação das atividades empresariais, é o momento de
conhecer como se apresenta a posição patrimonial de sua empresa.
9.3. Balanço Patrimonial (BP)A demonstração financeira denominada Balanço Patrimonial, demonstra a
posição patrimonial do empreendimento.
Graficamente, pode ser representada da seguinte forma:
O gráfico acima foi extraído do livro: Contabilidade com Ênfase em Micro,
Pequenas e Médias Empresas, 2ª edição, de Fernando de Almeida Santos e
Windsor Espenser Veiga, no seu capítulo quatro (acesse no link ao lado).
O termo balanço patrimonial origina-se do conceito de balança, buscando
um sentido de igualdade, de equilíbrio, em dado momento. Consideramos
uma demonstração estática.
FIGURA 65Imagem
FIGURA 66Imagem
Fonte: Youtube
Fonte: Autora (2017)
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=ipUuFCrmUXk>. Acesso em: 25 mar. 2017.
Disponível em: <http://integrada.
minhabiblioteca.com.br/books/9788522474257/
page/Capa> Acesso em: 25 mar. 2017.
Unidade 9 - Balanço patrimonial (BP) e Demonstração de resultado... EAD-UNISL93
A representação a seguir apresenta o BP com os conceitos de aplicações e
origens de recursos:
De forma bem simplificada, verificamos que o total de ativos é igual ao total
de passivos e patrimônio líquido: sem origens, não há como ter aplicações.
As origens podem advir de capital de terceiros ou do capital próprio. São
aplicadas em bens e direitos.
A seguir, você tem a oportunidade de recordar as contas patrimoniais, per-
tencentes aos grupos de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.
9.3.1. Bens e DireitosNuma linguagem simplificada, BENS são praticamente tudo que possa satis-
fazer alguma necessidade da empresa, com possibilidade de avaliação eco-
nômica, sob posse e domínio da empresa, que esteja em seu poder e de sua
propriedade.
Esses bens podem ser corpóreos ou incorpóreos, tangíveis ou intangíveis.
Tangíveis se podem ser tocados e vistos. Os intangíveis, não.
Os bens tangíveis são bem conhecidos. Exemplificando, tem-se o dinheiro
em espécie, máquinas, veículos. O dinheiro em espécie está contabilizado na
conta Caixa, e representa bens da empresa.
Como exemplo de bem intangível, utilizaremos uma marca. Já imaginou o
quanto vale a marca “Coca-Cola”? Apesar de não poder ser tocada, pode
ser avaliada economicamente.
DIREITO é um bem que não está em poder da empresa. Por exemplo, a
empresa tem o direito de receber os valores referentes a vendas de serviços,
que estão com o cliente.
FIGURA 67Imagem
Fonte: Autor (2017)
EAD-UNISL 94 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
BENS e DIREITOS são classificados no grupo do ATIVO e são classificados em
circulante e não circulante.
9.3.2. ObrigaçõesO lado oposto dos bens e direitos, as OBRIGAÇÕES. São bens e direitos de
outras empresas, que estão, temporariamente, em poder da sua. Um exem-
plo é um adiantamento recebido de um cliente, cujo serviço ainda não foi
prestado. Caso o serviço não seja prestado, por algum motivo, o dinheiro
deve ser devolvido. Logo, representa uma obrigação.
Obrigações são exigíveis em determinadas datas de vencimentos e são regis-
tradas no Passivo. No momento que vence, é exigida pelo seu credor.
9.3.3. Patrimônio LíquidoNuma empresa, o primeiro registro no patrimônio líquido é o dinheiro dos
sócios. Eles entregam bens e direitos na constituição da empresa, e é classi-
ficado como capital social, no grupo patrimônio líquido.
A diferença entre o grupo do passivo e o do patrimônio líquido é que o pri-
meiro é exigível, o segundo, não.
Para reafirmar os conceitos e saber mais sobre o BP, leia o capítulo 4 do se-
guinte livro: MONTOTO, Eugenio. Contabilidade Geral e Análise de Balanços
esquematizados, 3ª edição. Saraiva, 03/2014. [Minha Biblioteca].
FIGURA 68Imagem
Disponível em: Santos, Fernando Almeida,
Veiga, Windsor Espenser. Contabilidade com Ênfase em
Micro, Pequenas e Médias Empresas, 3ª edição. Atlas,
04/2014. [Minha Biblioteca].
Unidade 9 - Balanço patrimonial (BP) e Demonstração de resultado... EAD-UNISL95
Assisa ao vídeo a seguir para complementar os estudos sobre BP:
ResumoA DRE possui relevância gerencial e administrativa, ao demonstrar a estru-
tura de receitas, custos e despesas, incluindo-se o significativo peso dos im-
postos incidentes sobre as vendas; em determinado período (exercício). É
considerada uma demonstração dinâmica. Sua elaboração e análise periódi-
cas representam excelente instrumento para a gestão, contribuindo para a
tomada de decisão. Apresenta o principal objetivo das empresas comerciais,
industriais e prestadoras de serviços: o resultado do exercício (lucro ou preju-
ízo), ou para outras entidades (superávit ou déficit).
O BP é a principal demonstração que apresenta a posição econômico-finan-
ceira da Organização, seus bens, direitos e obrigações, circulantes e não
circulantes, em determinado período (exercício). Sua representação gráfica
FIGURA 69Imagem
FIGURA 70Imagem
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=swRAdRzLqK4>. Acesso em: 25 mar. 2017.
EAD-UNISL 96 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
dá uma ideia de balança, onde o total de contas devedoras (aplicações de
recursos) deve ser igual ao total das contas credoras (origens ou fontes de
recursos). O patrimônio líquido (capital próprio, riqueza líquida ou situação
líquida) é representado pela diferença entre o total do ativo (bens e direitos)
e o total do passivo (dívidas e exigibilidades, capital de terceiros).
Significando a aprendizagemQuestão 1: A seguir, estão dispostos conceitos sobre os grupos de contas do
BP. Preencha as lacunas com o seguinte: ATIVO CIRCULANTE, ATIVO REALI-
ZADO A LONGO PRAZO, INVESTIMENTOS, IMOBILIZADO, INTANGÍVEL, PAS-
SIVO CIRCULANTE, PASSIVO NÃO CIRCULANTE ou PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
a) ______________________: são os recursos dos proprietários, aplicados na
empresa. Os recursos significam o capital mais seu rendimento – Reservas
de Lucro.
b) _______________________: são itens não corpóreos, destinados à manu-
tenção da atividade básica da empresa.
c) _______________________: são contas que estão constantemente em
giro – em movimento –, sendo que a conversão em dinheiro é, no máximo,
no próximo exercício social.
d) _______________________: são as inversões financeiras de caráter per-
manente, que geram rendimentos e não são necessárias à manutenção da
atividade fundamental da empresa.
e) _______________________: são as obrigações exigíveis, liquidadas com
prazo superior a um ano* – Dívidas a longo prazo.
Questão 2: (TRE‐pI — fcc/2009) Venda realizada em janeiro, recebida 30%
em março, 40% em abril e 30% em maio, deve ser reconhecida na Demons-
tração do Resultado, no mês de:
a. ( ) janeiro
b. ( ) março
c. ( ) abril
d. ( ) maio
e. ( ) março, abril e maio
Unidade 9 - Balanço patrimonial (BP) e Demonstração de resultado... EAD-UNISL97
Questão 3: (TRE‐pI — fcc/2009) O Lucro Bruto, apresentado na Demonstra-
ção de Resultados do Exercício, é decorrente da diferença entre:
a. ( ) receita líquida de vendas e despesas operacionais.
b. ( ) receita líquida de vendas e custo das mercadorias vendidas.
c. ( ) receita bruta de vendas e deduções da receita bruta.
d. ( ) receita bruta de vendas e despesas operacionais.
e. ( ) receita bruta de vendas e despesas financeiras.
Para finalizar o estudo da Unidade 9, você deve acessar o AVA, Ambiente Vir-
tual de Aprendizagem, e realizar os temas (habilidades) indicados, compostos
por microdesafios (questões objetivas) e macrodesafios (questões subjetivas).
Unidade 10 - Demonstrações Contábeis EAD-UNISL99
UnidadeDemonstrações Contábeis10
Descritor:
• Discutir a Contabilidade como instrumento para gestão de
pessoas;
• Compreender os aspectos da situação financeira x endivida-
mento x situação econômica, a partir da leitura das demons-
trações.
• Descrever a utilidade da Demonstração dos fluxos de caixa;
• Discutir a Demonstração dos fluxos de caixa (DFC).
Caro (a) Estudante,
Nesta semana, compreenderemos a situação financeira, versus o endivida-
mento, versus a situação econômica, a partir da leitura das demonstrações,
de determinada Organização.
Discutiremos a informação contábil como instrumento para a gestão estraté-
gica de pessoas e conheceremos o conjunto das demonstrações financeiras.
Será o momento para descrever a utilidade da DFC e discuti-la.
Bons estudos!
EAD-UNISL 100 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
10.1. Aspectos da situação financeira x endividamento x situação econômica e a Contabilidade para a gestão estratégica de pessoasConhecidos como principais relatórios contábeis, o BP e a DRE são essenciais
para analisarmos a situação financeira, de endividamento e a situação eco-
nômica, em determinado período
10.1.1. Aspectos da situação financeiraA simples comparação entre os grupos ativo e passivo circulantes, favorece ao
usuário do BP, uma visão sobre a situação financeira da Organização. No ativo
circulante estão o disponível e tudo aquilo que está bem próximo de se tornar
disponível. Já no passivo circulante estão as obrigações, dívidas, que deverão
ser pagas em curto prazo. A situação financeira apresenta a capacidade que
a Organização possui para honrar os seus compromissos financeiros.
10.1.2. Aspectos da situação econômicaDa mesma forma que no item anterior, o BP também apresenta a situação
econômica da Organização, a partir do patrimônio líquido e sua variação.
O que esperamos é que o fortalecimento do capital próprio, em relação ao
capital de terceiros, consolide, economicamente, a Organização, tornando-a
menos frágil. Quando há muitos prejuízos, a situação se inverte.
10.1.3. Situação econômica X Situação financeira X EndividamentoPara melhor compreensão da relação entre a situação financeira, o endividamen-
to e a situação econômica, apresentamos uma figura, denominada tripé deciso-
rial, extraída do livro: Contabilidade Empresarial (Marion, José Carlos. Contabili-
dade Empresarial: Texto, 17ª edição. Atlas, 04/2015. [Minha Biblioteca]).
FIGURA 71Imagem
Fonte: Autora (2017)
Unidade 10 - Demonstrações Contábeis EAD-UNISL101
Onde:
1º Pé: Situação Financeira – O ideal seria, para o comércio e a indús-
tria, que AC > PC, ou seja, os valores a receber fossem maiores que os
valores a pagar.
2º Pé: Endividamento – Um equilíbrio entre Capital de Terceiros (Passi-
vo Exigível) e Capital Próprio (Patrimônio Líquido), normalmente é reco-
mendável. Boa parte da dívida de Longo Prazo também é interessante.
3º Pé: Situação Econômica – Na apuração de resultado, espera-se um
bom lucro.
Assista ao vídeo para compreender melhor o assunto:
FIGURA 72Imagem
FIGURA 73Imagem
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=vUtWYY_Mdw4>. Acesso em 25 mar. 2017.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Wj31_vs5_8k>. Acesso em: 25 Março 2017.
EAD-UNISL 102 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Conseguir o comprometimento dos colaboradores numa Organização, não é ta-
refa tão simples. Poderíamos dizer que é bem mais desafiador do que analisar as
informações contábeis para a tomada de decisão.
Uma das despesas mais significativas, nas Organizações, é a folha de pagamento.
Essa é a parte qualitativa e quantitativa. Mas, sem as pessoas, nada acontece!
Assista ao vídeo a seguir para relacionar a Contabilidade com a gestão de pesso-
as, mais especificamente, serão tratados os cargos e salários.
Ressaltamos que as Organizações são obrigadas a apresentarem as demonstra-
ções contábeis (financeiras), o que está muitíssimo explanado no capítulo 12, do
livro do Professor Eugênio Montoto. Vamos conferir?
A seguir, quadro extraído do mesmo livro:
FIGURA 74Imagem
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=f0q5SQNl3lk>. Acesso em: 25 mar. 2017.
FIGURA 75Imagem
Fonte: Autora (2017)
Unidade 10 - Demonstrações Contábeis EAD-UNISL103
Basicamente, são essas as demonstrações obrigatórias, acrescidas das notas ex-
plicativas, que fazem parte do conjunto de demonstrações.
Para encerrar, apresentamos a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), que é
muito utilizada pelo administrador e demais usuários da Contabilidade. É elabo-
rada pelos métodos direto e indireto. Pelo indireto, iniciamos a DFC, a partir do
resultado líquido do período, demonstrando qual fluxo (operações, financiamen-
tos e investimentos) consumiu ou gerou caixa.
Assista aos vídeos a seguir, descreva e discuta a DFC.
FIGURA 76Imagem
FIGURA 77Imagem
Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=0FH6YeMrapg>. Acesso em: 26 mar.2017.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=XtDoScc3BuA>. Acesso em: 26 mar. 2017.
Saiba mais: Sobre DFC, no capítulo 9, disponível na Minha Biblioteca: Marion, José Carlos, Iudícibus, Sergio de. Curso de Contabilidade para não Contadores, 7ª edição. Atlas, 04/2011. [Minha Biblioteca].
EAD-UNISL 104 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
ResumoUma das fontes principais de recursos da empresa é o Lucro do exercício que,
sem dúvida, fortalece a situação econômico-financeira da mesma, desde que a
maior parte fique retida nela e que Capitais de Terceiros não sejam incrementa-
dos constantemente, em uma proporção maior que o lucro retido. Fatos como
Perdas e Ganhos (extraordinários) contribuem para a formação do Resultado.
Conhecidos como principais relatórios contábeis, o BP e a DRE são essenciais para
analisarmos a situação financeira, de endividamento e a situação econômica, em
determinado período.
A simples comparação entre os grupos - ativo e passivo circulantes -, favorece ao
usuário do BP uma visão sobre a situação financeira da Organização. O BP e a
DRE apresentam a situação econômica da Organização, a partir do patrimônio
líquido e sua variação.
Para melhor compreensão da relação entre a situação financeira, o endividamen-
to e a situação econômica; temos o tripé decisorial, que nos mostra onde temos
que buscar informações para a decisão.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), é muito utilizada pelo administra-
dor e demais usuários da Contabilidade. São elaboradas pelos métodos direto e
indireto. Pelo indireto, iniciamos a DFC, a partir do resultado líquido do período,
demonstrando qual fluxo (operações, financiamentos e investimentos) consumiu
ou gerou caixa.
Significando a aprendizagemQuestão 1: Identifica-se Situação Financeira com:
a. ( ) liquidez
b. ( ) lucro
c. ( ) receita
d. ( ) duplicatas a receber
Unidade 10 - Demonstrações Contábeis EAD-UNISL105
Questão 2: Identifica-se Situação Econômica com:
a. ( ) liquidez
b. ( ) lucro
c. ( ) receita d. ( ) duplicatas a receber
Para finalizar o estudo da Unidade 10, você deve acessar o AVA, Ambiente Virtu-
al de Aprendizagem, e realizar os temas (habilidades) indicados, compostos por
microdesafios (questões objetivas) e macrodesafios (questões subjetivas).
EAD-UNISL107
Padrão de Resposta
Unidade 1Questão 1: A Contabilidade é um instrumento útil para qualquer atividade que
requer tomada de decisão, no mundo econômico-financeiro. Todo mundo está
envolvido com uma célula econômica, financeira e social; que é seu lar. Esse
lar, normalmente, tem uma gerente que o administra, e que podemos chamar
“gerente do lar” ou “dona de casa” ou “do lar”. Esse tipo de atividade requer in-
formações, ou um sistema de informação ou dados para decisões? Essa gerente
do lar pode ser tratada como uma usuária da Contabilidade? Pense no seu lar e
exemplifique. (Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial: Texto, 17ª edição.
Atlas, 04/2015. [Minha Biblioteca], página 16, adaptado)
Solução: É certo que a gerente do lar precisa de dados para tomar decisões,
ainda que não seja uma Contabilidade, conforme normas emanadas pelo CFC.
Por exemplo, a partir do momento em que determina limites em seus gastos,
nem que seja mentalmente, ela tem um fluxo de caixa: de onde veio o dinheiro
e para onde foi o dinheiro. A partir daí, ela tem que fazer previsões de gastos,
relacionando-os com a necessidade da família. Em outras palavras, ela tem um
orçamento para adquirir bens demandados pela família. Não pode “estourar” o
orçamento nem deixar de suprir sua família.
Administrando bem seu orçamento, ela pode preparar reservas para as férias, ou
para enfrentar os períodos de escassez ou para trocar seus eletrodomésticos por
novos. Mas não para aí. A gerente do lar tem que ser uma excelente administra-
dora de estoques. Numa despensa, de uma família média, incluindo a geladeira,
podem ser encontrados mais de 200 itens. Esses itens têm que propiciar combi-
nações suficientes para pratos de comida, dependendo do clima, da faixa etária
da família, das dietas alimentares, de visitas inesperadas etc. Tudo isso, sujeito
aos prazos de validade das mercadorias, às ofertas dos supermercados, ao orça-
mento escasso, ao espaço para estocar as compras, ao controle do desperdício,
etc. Veja como a gerente do lar precisa de dados para tomar decisões. Assim, os
“dados contábeis” são indispensáveis.
(Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial: Texto, 17ª edição. Atlas,
04/2015. [Minha Biblioteca], página 16, adaptado)
EAD-UNISL 108 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Questão 2: A Contabilidade existe:
a. ( ) como instrumento decisorial
b. ( ) para fins de controle
c. ( ) para avaliar as riquezas
d. ( ) todas são verdadeiras
Solução: Resposta d)
Unidade 2Questão 1: O objetivo do relatório contábil-financeiro é fornecer informações
úteis para a tomada de decisão. Pensando na dona de casa da questão da Uni-
dade 1, imaginando que ela terá que apresentar para sua família o relatório da
situação econômico-financeira, levantado no último dia do mês anterior; exem-
plifique quais características fundamentais, bem como as contas patrimoniais,
que ela pode utilizar, para que sua família tome alguma decisão para o futuro.
Solução: A informação tem como características qualitativas fundamentais e re-
levância, materialidade e representação fidedigna (figura abaixo). Ela pode utili-
zar contas de valores a pagar e a receber, de acordo com a sua realidade.
Questão 2: Na atualidade, qual a teoria das contas utilizada na Contabilidade
brasileira?
Solução: Patrimonialista.
EAD-UNISL109
Unidade 3Questão 1: O Executivo de uma empresa estava estudando os demonstra-
tivos contábeis e indicadores de performance, para apresentação aos sócios
da empresa. Em todos os gráficos e planilhas, ele tinha o amplo domínio
dos números apresentados. Entretanto, ele tinha ciência que devia utilizá-los
como apoio, pois os acionistas davam importância realmente às demonstra-
ções financeiras (ou contábeis). Dessa forma, ele não concluía a estrutura de
sua apresentação, porque não conseguia entender como as demonstrações
contábeis asseguravam a exatidão da situação patrimonial da empresa. As-
sim, ele convocou o responsável pela controladoria e perguntou, como po-
deria provar aos Sócios, a confiabilidade das demonstrações contábeis, para
determinar a evolução patrimonial. Imagine que você seja o responsável pela
controladoria. O que você responderia ao Executivo?
Questão 2: Qual é a equação fundamental do patrimônio?
Solução: Ativos – Passivos = Patrimônio Líquido
Unidade 4Questão 1: (Técnico em Contabilidade I – PETROBRAS – CESGRANRIO/2005) A
frase “Não há débito (s) sem crédito (s) correspondente (s).”, indica a (o):
a. ( ) Essência do método das partidas dobradas
b. ( ) Encerramento das contas de resultado
c. ( ) Encerramento das contas patrimoniais
d. ( ) Registro contábil pelo regime de caixa
e. ( ) Registro contábil pelo regime de competência
Solução: a)
Questão 2: (ISS –Recife/ESAF) A empresa Ômega Ltda, realizou uma operação de
recebimento de duplicata, no valor de R$ 100,00, em dinheiro. Essa operação
gerou um registro contábil de débito à conta caixa e crédito à conta duplicatas, a
receber. Assinale o tipo de fato contábil presente na única opção correta.
a. ( ) Aumentativo
b. ( ) Diminutivo
c. ( ) Misto
d. ( ) Modificativo
e. ( ) Permutativo
Solução: e)
EAD-UNISL 110 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Unidade 5Questão 1: (Casa da Moeda — CESGRANRIO/2009) Entende‐se como regime
de competência a (o):
a. ( ) apuração dos resultados (rédito), do exercício, na qual são consideradas
as receitas e despesas, nas datas a que se referem, independente de seus recebi-
mentos ou pagamentos.
b. ( ) apuração dos resultados (rédito), do exercício, na qual são consideradas,
exclusivamente, as receitas e despesas, efetivamente recebidas ou pagas, no pe-
ríodo.
c. ( ) apuração do rédito, do exercício, na qual são consideradas as receitas,
efetivamente recebidas e os custos e despesas incorridos, no período, ainda que
não tenham sido pagos.
d. ( ) aplicação do Axioma Contábil de Leipzig, o qual determina que não pode
haver receita sem despesa, e que a confrontação entre elas, forma a Azienda, a
ser apurada ciclicamente.
e. ( ) momento em que a empresa analisa o conjunto das operações realizadas,
num determinado período, e determina se houve lucro (rédito) ou prejuízo (ré-
bito), confrontando as receitas incorridas contra as despesas pagas, no período.
Solução: a) A alternativa “a” é a correta. Baseado no Princípio da Competên-
cia, constante dos Princípios da Contabilidade, estabelecidos pela Resolução n.
1.282/2010, do CFC — Conselho Federal de Contabilidade, o Regime Compe-
tência tem a finalidade de reconhecer, na Contabilidade das entidades jurídicas,
as receitas, os custos e as despesas, no período a que competem, independen-
temente do seu recebimento (receitas) ou pagamento (custos e despesas), em
moeda corrente. O Regime de competência está previsto na estrutura conceitual,
normas vistas nas unidades anteriores.
As alternativas “b”, “c” e “e” são incorretas. Essas alternativas fazem menção
ou à receita recebida ou às despesas pagas, para considerá‐las realizadas pelo
regime de competência. A alternativa “d” é incorreta. Essa alternativa afirma que
a confrontação entre receita e despesa forma uma azienda. A confrontação entre
receitas e despesas ganhas, forma o resultado, e não uma azienda.
Resposta: “a”
EAD-UNISL111
Questão 2: (Agente PF — CESPE/2012). Determinada entidade apresentou os
seguintes eventos, no mês de abril de 2012. (Disponível em: MONTOTO, Euge-
nio. Contabilidade geral e análise de balanços esquematizados, 3ª edição. Sarai-
va, 03/2014. [Minha Biblioteca]).
I. pagamento de R$ 4.200,00, no mês de abril de 2012, referentes a aluguel dos
meses de abril e maio de 2012;
II. consumo e pagamento de despesas, em abril de 2012, com serviços de lim-
peza e conservação, relativos ao mês de abril de 2012, no valor de R$ 1.800,00;
III. recebimento, em abril de 2012, em dinheiro, por serviços prestados no mês de
março de 2012, no valor de R$ 3.600,00;
IV. prestação de serviços, no mês de abril de 2012, para recebimento em maio de
2012, no valor de R$ 5.700,00.
À luz do regime de caixa e do regime de competência, julgue se as duas próximas
questões estão certas ou erradas, relativas à apuração de resultado, do mês de
abril de 2012, da entidade considerada.
1) Independentemente do regime considerado, os resultados apurados, no mês
de abril de 2012, serão iguais.
2) Na apuração do resultado do mês de abril de 2012, não se consideram, tanto
no regime de caixa, quanto no de competência, os eventos III e IV, os quais reper-
cutem na apuração do resultado, respectivamente, dos meses de março e maio.
EAD-UNISL 112 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Solução: Quanto ao item III, se recebermos R$ 3.600 em abril, este valor é con-
siderado no Regime de Caixa. Quanto ao item IV, como foi prestado o serviço,
independentemente de o valor ter sido recebido, houve a realização da receita
de R$ 5.700, que é considerada no regime de competência. Resposta: “errada”
Unidade 6Questão 1: (TJ-PI — FCC/2009). Uma sociedade adquiriu móveis e utensílios,
no valor de R$ 150.000, pagando 20% à vista e o restante foi financiado em 10
parcelas. O lançamento referente a esse fato contábil implica:
a ( ) débito na conta Móveis e Utensílios, no valor de R$ 30.000.
b ( ) aumento do Passivo da sociedade, no valor de R$ 150.000.
c ( ) débito na conta Fornecedores, no valor de R$ 120.000.
d ( ) decréscimo do Patrimônio Líquido da Sociedade em R$ 30.000.
e ( ) aumento do Ativo da sociedade, no valor de R$ 120.000.
Solução: Razonetes
Portanto, no Passivo, teremos uma conta a crédito de R$ 120.000 e, no Ativo,
teremos dois lançamentos, sendo: Móveis e Utensílios — R$ 150.000 (a débito).
Banco Conta Movimento — R$ 30.000 (a crédito). Sendo assim, o aumento do
Ativo corresponde à diferença entre essas duas contas, ou seja: R$ 120.000.
Resposta: “e”.
Questão 2: (SEFA-PA — ESAF/2002). Assinale a opção correta:
a ( ) Todo acréscimo de valor em contas do ativo corresponde, necessariamente,
a um decréscimo de valor em contas do passivo.
b ( ) Um decréscimo no valor de contas do ativo corresponde, necessariamente,
a um acréscimo de valor em contas do passivo.
c ( ) Um acréscimo no valor de uma conta do ativo corresponde, necessaria-
mente, a um acréscimo de valor, em conta do passivo ou do patrimônio líquido.
EAD-UNISL113
d ( ) A um decréscimo no valor total do ativo corresponde, necessariamente, um
acréscimo no valor de uma, ou mais, contas do passivo ou do patrimônio líquido.
e ( ) Um acréscimo no valor total do ativo não corresponde, necessariamente, a
um acréscimo no valor do patrimônio líquido.
Solução:
a) Errada. Um acréscimo em conta do Ativo jamais pode representar um decrés-
cimo em contas do Passivo. Um acréscimo em contas do Ativo pode representar
um decréscimo em outra conta do Ativo e/ou acréscimo em contas do Passivo e/
ou do Patrimônio Líquido.
b) Errada. Um decréscimo no valor de contas do Ativo jamais pode representar
um acréscimo no valor de contas do Passivo.
c) Errada. O erro nessa questão é a citação do “necessariamente”, porque um
acréscimo no valor de uma conta do Ativo pode ser, não só um acréscimo no
valor de contas do Passivo e/ou Patrimônio Líquido, mas também um decréscimo
em contas do Ativo.
d) Errada. Decréscimos em Ativos jamais podem corresponder a acréscimos no
Passivo ou Patrimônio Líquido.
e) Correta. Um acréscimo no valor total do Ativo não corresponde, necessaria-
mente, a um acréscimo no Patrimônio Líquido, podendo também corresponder
a um acréscimo no Passivo, como no exemplo 3 abaixo.
Unidade 7 Questão 1: (Bacharel — CFC/2004.2) Considere as afirmativas a seguir, a respei-
to das formalidades da escrituração contábil:
I. Não se admite o uso de códigos e/ou abreviaturas nos históricos dos lança-
mentos.
II. A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas de-
monstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade
exclusivas de Contabilista, legalmente habilitado.
III. O Balanço e demais Demonstrações Contábeis, de encerramento de exercício,
serão transcritos no “Razão”, completando‐se com as assinaturas do Contabilista
e do titular ou do representante legal da Entidade.
IV. No caso de a Entidade adotar, para sua escrituração contábil, o processo ele-
trônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente,
serão destacados e encadernados, em forma de livro.
EAD-UNISL 114 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
Estão CORRETAS as afirmativas:
a. ( ) I e III.
b. ( ) I e IV
c. ( ) II e III.
d. ( ) II e IV
Solução: Vamos analisar as afirmativas:
I. Errada. De acordo com o Decreto‐lei nº. 486/69: É permitido o uso de código de
números ou de abreviaturas, desde que estes constem de livro próprio, revestido
das formalidades estabelecidas em lei (Decreto‐lei n. 486/69, art. 2, § 1o).
II. Correta. De acordo com a Lei n. 6.404/76, em seu art. 177, § 4o: “§ 4o As
demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabi-
listas, legalmente habilitados.”
III. Errada. De acordo com a Lei n. 8.383/91, art. 51, e Lei n. 9.430/96, arts. 1o e
2o, § 3o: O balanço ou balancete deve ser transcrito no Livro Diário.
IV. Correta. De acordo com a Lei n. 6.404/76: “Os livros comerciais e fiscais po-
dem ser escriturados por sistema de processamento eletrônico de dados, em
formulários contínuos, cujas folhas devem ser numeradas, em ordem sequencial,
mecânica ou tipograficamente.”
Resposta: “d”
Questão 2: (TRT — CESPE/2009) O balancete de verificação, embora possa
identificar erros decorrentes de incorreta aplicação do método das partidas do-
bradas, é ineficaz para a correção de erros constituídos por lançamentos inverti-
dos ou duplicados.
( ) Certo ( ) Errado
Solução: Está correto, pois no método das partidas dobradas, o total dos débitos
corresponde a um ou mais créditos de igual valor. Lançamentos invertidos ou
duplicados provocam lançamentos devedores e credores do mesmo valor, o que
acarreta num balancete que vai “bater” mesmo com os erros. Resposta: “certo”.
Unidade 8 Questão 1: (AFRF — ESAF/2001) José Henrique resolveu medir contabilmente
um dia de sua vida, começando do nada patrimonial. De manhã cedo nada ti-
nha. Vestiu o traje novo (calça, camisa, sapatos etc.), comprado por R$ 105,00;
mas, que sua mãe lhe deu de presente. Em seguida, tomou R$ 30,00 empres-
EAD-UNISL115
tados com seu pai, comprou o jornal por R$ 1,20, tomou o ônibus pagando R$
1,80 de passagem. Chegando ao CONIC, comprou fiado, por R$ 50,00 várias
caixas de bombons e chicletes e passou a vendê-las, no calçadão. No fim do dia,
cansado, tomou uma refeição de R$ 12,00, mas só pagou R$ 10,00, conseguin-
do um desconto de R$ 2,00. Contou o dinheiro e viu que vendera metade dos
bombons e chicletes por R$ 40,00. Com base nessas informações, podemos ver
que, no fim do dia, José Henrique possui um Capital Próprio no valor de:
a. ( ) R$ 120,00;
b. ( ) R$ 189,00;
c. ( ) R$ 2,00;
d. ( ) R$ 187,00;
e. ( ) R$ 107,00.
Solução: Vamos às informações:
Lançamento (1) — Traje novo, ganhou de presente, R$ 105,00. Neste caso, José
Henrique obteve uma doação, que é um Ativo, e que tem, como contrapartida,
uma receita;
Lançamento (2) — Empréstimo de R$ 30,00, Dinheiro em Caixa, em contraparti-
da com Empréstimo a Pagar (Passivo Exigível);
Lançamento (3) — Compra de jornal por R$ 1,20. Saída de dinheiro do Caixa, em
contrapartida com uma Despesa (Conta de Resultado);
Lançamento (4) — Passagem de ônibus R$ 1,80. Saída de dinheiro do Caixa, em
contrapartida com uma Despesa (Conta de Resultado);
Lançamento (5) — Compra de caixas de bombons e chicletes fiado por R$ 50,00.
Mercadorias, em contrapartida com Dívida com Fornecedores (Passivo Exigível);
Lançamento (6) — Refeição R$ 10,00 (R$ 12,00 – R$ 2,00 de desconto). Saída de
Caixa, em contrapartida com Despesa (Conta de Resultado);
Lançamento (7) — Venda de 50% dos bombons por R$ 40,00. Entrada de Di-
nheiro no Caixa, em contrapartida com Receita (Conta de Resultado).
EAD-UNISL 116 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
A seguir, lançamos em razonetes (lado esquerdo lançamentos a débito e lado
direito lançamentos a crédito) cada um dos fatos descritos acima:
Elaboraremos os balancetes de verificação (duas colunas) com os saldos das con-
tas utilizadas, seguindo a seguinte ordem: ativos, passivos, patrimônio líquido,
receitas, custos e despesas, antes e após o encerramento:
EAD-UNISL117
Questão 2: (Bacharel — CFC/2003.1) Os fatos contábeis podem ser classificados
em três grupos: permutativos, modificativos e mistos. É CORRETO afirmar que:
a. ( ) Fatos contábeis modificativos produzem efeitos sobre o Patrimônio Líqui-
do, aumentando‐o, apenas.
b. ( ) Fatos contábeis modificativos não produzem efeitos sobre o Patrimônio
Líquido.
c. ( ) Fatos contábeis permutativos são aqueles que alteram apenas os ele-
mentos componentes do Ativo e do Passivo, sem alterar quantitativamente o
Patrimônio Líquido.
d. ( ) Fatos contábeis permutativos são aqueles que alteram os elementos com-
ponentes do Ativo.
Vamos analisar as alternativas:
a) Errada. Os fatos modificativos produzem efeitos, aumentando ou diminuindo
o PL.
b) Errada. Os fatos modificativos alteram positivamente ou negativamente o PL.
c) Correta.
d) Errada. Os fatos permutativos alteram qualitativamente ou quantitativamente
os ele‐ mentos do Ativo e/ou Passivo e/ou PL, sem alterar quantitativamente o PL.
Resposta: “c”
Unidade 9Questão 1: A Seguir estão dispostos conceitos sobre os grupos de contas do BP.
Preencha as lacunas com o seguinte: ATIVO CIRCULANTE, ATIVO REALIZADO A
LONGO PRAZO, INVESTIMENTOS, IMOBILIZADO, INTANGÍVEL, PASSIVO CIRCU-
LANTE, PASSIVO NÃO CIRCULANTE ou PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
EAD-UNISL 118 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
a) PATRIMÔNIO LÍQUIDO: são os recursos dos proprietários aplicados na empresa.
Os recursos significam o capital mais seu rendimento – Reservas de Lucro.
b) INTANGÍVEL: são itens não corpóreos, destinados à manutenção da atividade
básica da empresa.
c) ATIVO CIRCULANTE: são contas que estão constantemente em giro – em mo-
vimento –, sendo que a conversão em dinheiro será, no máximo, no próximo
exercício social.
d) INVESTIMENTO: são as inversões financeiras, de caráter permanente, que ge-
ram rendimentos e não são necessárias à manutenção da atividade fundamental
da empresa.
e) PASSIVO NÃO CIRCULANTE: são as obrigações exigíveis que serão liquidadas
com prazo superior a um ano* – Dívidas a longo prazo.
Questão 2: (TRE‐pI — fcc/2009) Venda realizada em janeiro, recebida 30% em
março, 40% em abril e 30% em maio, deve ser reconhecida na Demonstração
do Resultado, no mês de:
a ( ) janeiro
b ( ) março
c ( ) abril
d ( ) maio
e ( ) março, abril e maio
Solução: Temos de observar o regime da competência, que determina o reco-
nhecimento contábil, na data da ocorrência do fato. Portanto, se a venda foi
realizada em janeiro, ela dever ser reconhecida em janeiro.
Resposta: “a”
Questão 3: (TRE‐pI — fcc/2009) O Lucro Bruto apresentado na Demonstração
de Resultados do Exercício é decorrente da diferença entre:
a. ( ) receita líquida de vendas e despesas operacionais.
b. ( ) receita líquida de vendas e custo das mercadorias vendidas.
c. ( ) receita bruta de vendas e deduções da receita bruta.
d. ( ) receita bruta de vendas e despesas operacionais.
e. ( ) receita bruta de vendas e despesas financeiras.
Solução: Para calcularmos o lucro bruto, diminuímos da receita líquida o CMV.
EAD-UNISL119
Unidade 10Questão 1: Identifica-se Situação Financeira com:
a ( ) liquidez
b ( ) lucro
c ( ) receita
d ( ) duplicatas a receber
Resposta “a”
Questão 2: Identifica-se Situação Econômica com:
a ( ) liquidez
b ( ) lucro
c ( ) receita
d ( ) duplicatas a receber
Resposta “b”
EAD-UNISL121
Encerramento da disciplina
Caro (a) estudante,
Ponto Final: Simples Assim...
Muitíssimo grata estou por sua vida, pela oportunidade em poder compar-
tilhar algo precioso que é a informação contábil, seu histórico, suas técni-
cas, método próprio, forma simples e cotidiana que, muitas vezes, não nos
apercebemos. Uma linguagem prazerosa quando percebemos que nada é
nascido do nada, já existindo desde que o ser humano vive em sociedade;
desde o início e, tenho certeza, existirá até o fim.
Inexiste aplicação sem origem! Verdade verdadeira! É assim que vejo a Con-
tabilidade, essa prestação de contas que realizamos diariamente, a partir dos
nossos atos, que se tornam fatos administrativos, depois contábeis. Simples
assim. O que ocorre, muitas vezes, é que o homem, buscando benefícios
próprios e não universais, usa de sua imaginação para criar coisas que estão
totalmente desassociadas às regras simples e verdadeiras, passando a rea-
lizar lançamentos contábeis, que levam os usuários à falência, o que inclui
pessoas físicas também.
Parabéns por chegar até aqui. O assunto é vasto e muito útil para aqueles
que pretendem ser profissionais de gestão de pessoas, de gente. Certamente,
estamos todos mais preparados para a caminhada do saber, que só termina
quando você quiser que acabe. De coração, espero que nunca! Siga em fren-
te, aprender e praticar o aprendizado pode tornar o mundo um pouco melhor,
ainda mais quando se trabalha com pessoas, quando se gosta de gente! Não
desanime! Sempre há alguém para lhe impulsionar. Afaste-se daqueles “bo-
las murchas”, pessoas que atrasam o nosso viver! Não permita que estas lhe
atrapalhem na caminhada do saber para um mundo mais ético e agradável.
Vamos nos provocar para novos desafios. Continue... e persevere! Sempre!
E sobre aquela história do início deste Guia, penso que aquela aluna não
estava com a verdade: somente alguém tão soberano como Deus pode criar
algo tão simples e absoluto: ação e reação, origem e aplicação. Contabilida-
de é de Deus. Ponto final!
Prof. Esp. Jacira Lima da Graça
EAD-UNISL123
Glossário(Adaptado do Houaiss eletrônico – dicionário da língua portuguesa)
AUTARQUIA: Entidade de direito público, com autonomia econômica, técni-
ca e administrativa, embora fiscalizada e tutelada pelo Estado, o qual, even-
tualmente, lhe fornece recursos, e constitui órgão auxiliar de seus serviços.
AXIOMA: Sentença ou premissa considerada, necessariamente, evidente e
verdadeira. Evidente, incontestável, inquestionável.
CIÊNCIA SOCIAL: Um ramo das ciências. Conhecimento aprofundado, no-
ção precisa do grupo social humano, em seus vários aspectos.
CONTA (em Contabilidade): Condensação das operações financeiras e pa-
trimoniais de uma firma, por meio de débitos e créditos, classificados segun-
do os tipos, apresentando os saldos a favor ou contra.
CONTINGÊNCIA: Possibilidade de que alguma coisa aconteça. Fato não es-
perado ou fortuito, mas que escapa ao controle e acontece.
CONTRIBUINTES: Aquele que contribui com a parte que lhe é atribuída
num total, ou que faz qualquer contribuição; contribuidor. Indivíduo sujeito
a tributação; diz-se daquele sobre quem recai a obrigação de pagar tributos.
CORPORAÇÕES: Conjunto de pessoas com afinidades de profissão, ideias,
etc., organizadas em associações, empresas, grupos; sujeitas a estatuto ou
regulamento. Empresa ou grupo de empresas de porte.
DECISORIAL: Que é decisivo. Que tem o poder de decidir.
DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA: Recurso técnico capaz de demonstrar e ates-
tar a veracidade ou autenticidade de dados financeiros. Demonstração contábil.
DIREITO SOCIETÁRIO: Prerrogativas, benefícios que a lei faculta a alguém.
Ciência que estuda as regras de convivência na sociedade, formando jurispru-
dência. Direitos que tem o participante de uma sociedade comercial ou sócio.
DIVIDENDOS: Que se pode ou deve dividir. Cota ou porcentagem resultante
de divisão de lucros de uma empresa, rateada entre os acionistas. Valor ra-
teado do produto de uma instituição liquidada, obtida pelos credores. Van-
EAD-UNISL 124 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
tagens, lucros etc., não necessariamente financeiros, resultantes de negocia-
ções, alianças, situações das quais se tira proveito.
DOUTRINADOR: Aquele que doutrina. Mestre em um conjunto de ideias
fundamentais transmitidas, ensinadas.
ENTIDADE: Instituição, sociedade, pessoa jurídica estabelecida para fins es-
pecíficos.
ESTÁTICA: Sem movimento, parado, sem desenvolvimento. Aquilo que, sob
forças aplicadas, continua em equilíbrio. Imagem momentânea.
GESTOR ESTRATÉGICO DE PESSOAS: Aquele que gerencia administrati-
vamente pessoas. Pessoa capacitada em estratégias para lidar e treinar o
capital humano.
HARMONIZAÇÃO: Pôr(-se) ou estar em harmonia, em acordo; conformizar(-se)
INVENTARIAR: Fazer inventário de (bens, direitos e obrigações); relacionar,
catalogar, listar, enumerar, descrever em detalhes.
LINGUAGEM ESCRITA: Meio de comunicação por meio de signos escritos/
gráficos, próprio da espécie humana. Maneira de exprimir-se, própria de um
determinado povo ou área geográfica, por meio de sinais gráficos.
LIVRO-CAIXA: Livro em que se registram a entrada e a saída de dinheiro,
sob os títulos de ‘dever’ e ‘haver’, respectivamente.
LIVRO-DIÁRIO: Livro para escrituração diária, ordem cronológica. Acumula
todos os lançamentos de origens e aplicações de recursos, diariamente.
LIVRO-RAZÃO: Livro usado pelas empresas como índice do livro-diário.
Obrigatório, dividindo-se em sintético e analítico, tendo a escrituração reali-
zada por ordem racional, por conta contábil.
MATERIALIDADE: Qualidade daquilo que é material. Valoração daquilo que
é de ordem material. Conjunto de elementos que evidencia, materialmente,
algo. Ideia de volume.
MENSURAÇÃO: Determinar as dimensões ou ter por medida; medir.
EAD-UNISL125
NORMATIVA: Relativo a normas, regras, preceitos, princípios, padrão esta-
belecido, leis, costumes.
ORGANIZAÇÕES: Entidade que serve à realização de ações de interesse co-
mercial, industrial, social, político etc.; instituição, órgão, organismo, sociedade.
PATRIMÔNIO: Conjunto dos bens, direitos e obrigações economicamente
apreciáveis, pertencentes a uma pessoa física ou jurídica.
PRERROGATIVA: Direito especial de um determinado cargo, profissão ou
posição.
PROVENTOS: Remuneração àqueles que exercem uma profissão liberal, ho-
norários. Vantagem financeira, ganho.
RIQUEZAS: Conjunto dos bens econômicos que tenha utilidade como tal,
que atenda às necessidades humanas ou que seja passível de domínio, pos-
se, uso etc.
DÉBITO: Qualquer desvantagem material, perda, prejuízo de rendimento de
capital investido.
CRÉDITO: Qualquer vantagem material que se pode tirar de alguma coisa;
lucro, renda ou rendimento de capital investido; juro.
SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA: Combinação ou ocorrência de
acontecimentos ou circunstâncias econômico-financeira em dado momen-
to. Estado, posição ou condição de caráter financeiro e econômico de uma
entidade ou pessoa.
TEMPESTIVIDADE: Que ocorre no momento certo. Na ocasião oportuna.
E sobre aquela história do início deste Guia, penso que aquela aluna não
estava com a verdade: somente alguém tão soberano como Deus pode criar
algo tão simples e absoluto: ação e reação, origem e aplicação. Contabilida
EAD-UNISL127
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EAD-UNISL131
Sobre a autora
Jacira Lima da Graça Especialista em Análise e Auditoria Contábil pela
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (GO).
Graduada em Ciências Contábeis pela Pontifícia
Universidade Católica de Santos (SP). Graduanda
em Administração pela Universidade Metodista
de São Paulo - Polo Porto Velho (RO). Atua desde
2012 como docente no ensino superior, estando
em 2017.1 como professora no Centro Univer-
sitário São Lucas – Porto Velho (RO), responsá-
vel pelas disciplinas Introdução à Contabilidade,
Contabilidade Gerencial e Gestão de Custo, to-
das no curso de graduação em Administração, moda-
lidade presencial. Desenvolve desde 1999 atividades ligadas à
Contabilidade, administração e finanças. Atua como gestora financeira
da mesma instituição de ensino e como membro fiscal de associação privada.
Currículo lattes:
http://lattes.cnpq.br/5067789414346811
EAD-UNISL 132 Guia de Estudos: Fundamentos da Contabilidade
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