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assentamento fichas técnicas fichas técnicas características introdução Menasce Comunicações Ltda. - Ano XI - março 2015 - R$ 40,00 Menasce Comunicações Ltda. Guia Geral de Cerâmica & Assentamento 2015 Guia Geral de Cerâmica & Assentamento 2015

GUIA GERAL DE CERÂMICA & ASSENTAMENTO 2015

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Para ajudar você em seus projetos com revestimentos cerâmicos

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Guia Geral de Cerâmica & Assentamento 2015

Esta é a décima segunda edição do Guia Geral de Cerâmica & Assentamento. Uma obra que reúne a enorme quantidade de trabalhos técnicos disponíveis sobre o assunto no Brasil e no mundo, em especial na Itália e Espanha. Apesar dos dados não mudarem em sua essência téc-nica, muito é acrescentado a cada ano na forma de especificar, instalar e manter o sistema do revestimento cerâmico. A mais importante novidade no momento é a norma de desempenho NBR 15.575 (em especial a NBR 15.575-3 que trata de pisos) que, após várias revisões, foi publicada pela ABNT em 19 de fevereiro de 2013 e entrou em vigor em 19 julho do mes-mo ano, tendo sofrido mais uma revisão em 2014. Agora a norma passa a valer para todas edificações residenciais e não apenas aquelas de até cinco pavimentos.

Esta norma causa grande impacto com a ampliação de sua abrangência e questões relacionadas à dificuldade em cumprir certas exigências bastante severas e nossa tarefa é ajudar você a especificar com mais facilidade co-nhecendo os novos produtos no mercado.

O objetivo desta obra é facilitar e dar suporte técnico ao seu projeto, seja ele comercial ou residencial. O nosso cunho é técnico mas buscamos uma linguagem prática, facilitando, na medida do possível, o acesso aos dados necessários. Por este motivo foram criadas as Fichas Técnicas que buscam inverter a lógica de quem vende para a lógica de quem compra, isto é, a partir da necessidade do cliente é que se definem as características críticas para uma correta especificação e assentamento.

Recomendamos, no entanto, que para cada projeto específico seja feita uma consulta com um profissional habilitado. Estes dados são apenas refe-renciais e não podem ser empregados como uma indicação final, haja vista que existem muitas particularidades em cada obra. Outra fonte de informa-ções técnicas são os próprios fabricantes de revestimentos, argamassas e suas associações. Se desejar encaminhe suas dúvidas para nós, que teremos o maior prazer em fazer a ponte com os especialistas do mercado.

Portanto, mãos à obra e bom trabalho!

Os Editores

Orientando quem vende e especifica in

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Guia Geral de Cerâmica & Assentamento 2015

fotocapa: Mainzu Ceramica

Realização:Menasce Comunicações Ltda.

AssessoriaTécnica:CCB, Centro Cerâmico do Brasil

Pesquisa:Catálogos de fabricantes, manuais técnicos e entrevistas

Fotos:Revestimentos Cerâmicos e Assentamento - fotos de produtos/catálogos brasileiros e internacionais - Carol Sperandio Fotografia

GuiaGeraldeCerâmica&Assentamento2015é uma edição especial da revista TILE Brasil

Parte I Um material único e versátil pág. 05

Parte II Técnica e segurança do usuário pág. 15

Características do produto pág. 20

Desempenho do produto pág. 23

Parte III Escolha sem problemas pág. 25

A palavra do fabricante pág. 36

Parte IV Formando um conjunto pág.43

Parte V Os critérios da escolha pág. 47 A palavra do fabricante pág. 47

edição 2015 - circula em março

Publisher: Lazzaro [email protected](jornalista responsável)

Conselho Editorial:Manuel Corrêa - Dir. Geral Saint-Gobain DBEdson Gaidzinski Jr. - Pres. da AnfacerJosé Armani Paschoal - Pres. do CCBEduardo Sampaio Nardelli - Pres. da AsBEA

RedaçãoSelma [email protected]

Arte e Diagramaçã[email protected]

Coordenação e PesquisaMayara [email protected] [email protected]

Publicidadefone +55 (11) 3822 [email protected]ão: LaborgrafDistribuição: CorreiosPublicação anual de

Alameda Olga, 422 cj 108 - Barra Funda01155-040 - São Paulo - SPFone + 55 (11) 3822 4422 Fax + 55 (11) 3663 5436e-mail: [email protected]

Registro no INPI sob número 907 768 695As opiniões de TILE Brasil não são necessariamente as de seus articulistas.Autorizada a reprodução de artigos, desde que citada a fonte.Imagens, textos e opiniões de mensagenspublicitárias, são de responsabilidade dosrespectivos anunciantes ou patrocinadores.Siga-nos nas redes sociais:

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Associada à:

ÍndiceGuia Geral de Cerâmica & Assentamento 2015

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Guia Geral de Cerâmica & Assentamento 2015

A cerâmica é um material milenar e muito versátil. Seus primeiros exemplares foram encontrados em assentamentos humanos datados do início do Neolítico, e pertenciam aos potes para armazenar os grãos que nossos ancestrais aprendiam a cultivar. No campo da construção, a cerâ-mica também é um dos materiais mais antigos, seja na forma de blocos e telhas, seja na de placas para revestimentos. As primeiras placas foram encontradas em escavações de palácios da Babilônia e datam do século VI a.C. Durante séculos, a cerâmica, como material de acabamento, foi usada apenas em construções luxuosas, mas, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), novas tecnologias permitiram a produção em massa, com a consequente queda dos preços e sua popularização. Nesses primeiros anos de difusão, a cerâmica foi adotada apenas para suprir necessidades específicas de durabilidade, higiene e limpeza. Mas, depois, sua função estética equiparou-se, em importância, com aquelas outras, tornando-se uma opção considerável para vários usos. Técnica e estética andam cada vez mais próximas nesse assunto, e o sucesso no uso das placas cerâmicas para revestimento depende de sua especificação adequada, seu correto manuseio e assentamento, e sua manutenção com produtos de limpeza aconselhados pelos especialistas. Quando essas premissas são observadas, você tem um revestimento dos mais duráveis e de melhor relação custo/be-nefício, além de muito apropriado ao nosso clima tropical. Para isso, você encontrará, nas próximas páginas, todos os critérios para seu correto uso e assentamento.

Um material único e versátil in

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Quando se fala em cerâmica, são inúmeras as opções, tipos, estilos de design, de produtos permitindo literalmente infinitas possibilidades de combinações de ambientes residenciais ou comerciais

Material reúne arte e técnica

Embora seja comum a confusão, placas cerâmicas e revestimento cerâmico são coisas diferentes. As placas são apenas uma parte do revestimento, que também é com-posto pelas argamassas para assen-tamento, rejuntamento e por outros elementos construtivos, como as juntas de dilatação e de dessolidari-zação, e os espaçadores de plástico, por exemplo.

Em termos técnicos, chama-se de placa o elemento construtivo em que duas dimensões (comprimen-to e largura) predominam sobre a terceira (a espessura). Como exem-plo, basta dizer que a moderna tecnologia permite-nos fabricar placas cerâmicas de comprimento superiores a três metros, mas sua espessura proporcionalmente é bem inferior. É importante ressaltar que diversos materiais de acabamento são oferecidos na forma de placas, como os pisos laminados de madeira e as pedras ornamentais. Uma placa

cerâmica, portanto, possui caracte-rísticas próprias, que a distinguem dos outros materiais à disposição.

O QUE A CERÂMICA TEM?

Os pesquisadores dividem os materiais em três grupos: metais, polímeros e cerâmicos. Os mate-riais cerâmicos são compostos por

argila e outros minerais, e a mistura é queimada em fornos apropria-dos, à temperaturas entre 1.000ºC e 1.200ºC. As reações químicas que acontecem durante a queima conferem as propriedades finais do material cerâmico. As principais, conforme a Engenharia de Mate-riais, são dureza, rigidez, fragilidade

e inércia. A dureza resulta de es-truturas vitrificadas que se formam durante a queima. Compacta e com grande coesão interna, essa força é responsável pela resistência mecâni-ca do material.

Rapidamente, pode-se definir rigidez como a resistência à de-formação, quando o material é submetido a um esforço. É por isso que a cerâmica é considerada, tam-bém, um produto frágil, ou seja, ela quebra sem apresentar deformação prévia, como é o caso de um elásti-co, que laceia antes de arrebentar. É importante ressaltar que, para os engenheiros de materiais, a fragili-dade não é um defeito da cerâmica, mas apenas uma propriedade a ser considerada.

A última característica dos ma-teriais cerâmicos é a inércia: eles não reagem quimicamente com outros materiais, pois sua estrutura é estável. São exemplos contrários alguns polímeros (plásticos, entre outros), que podem ser atacados

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por ácidos, e os metais, sujeitos à corrosão.

O uso da cerâmica como pla-cas para revestimento de pisos e parede reúne as propriedades desse material (dureza, rigidez, etc.), a outras, específicas deste tipo de uso.

POLIVALENTE

Os principais atributos da ce-râmica como material de acaba-mento são apresentadas abaixo:

1.Limpabilidade:É fácil de limpar, tanto no pós-

obra, quanto no dia-a-dia, reduzin-do o custo de manutenção por dis-pensar procedimentos complicados e caros;

2.Incombustibilidade:Não pega fogo, como outros

materiais de acabamento (carpetes e madeira, por exemplo). Trata-se, portanto, de um material que ofe-

rece segurança como um de seus atributos;

3.Impermeabilidade:A superfície esmaltada é estanque

à água, não contribuindo para a insalubridade dos ambientes em que está aplicada. O tardoz, parte inferior da placa, não possui está característica;

4.Durabilidade:Sua composição química estável

permite um longo tempo de uso, sem que suas características técnicas

ou estéticas se alterem;

5.Saúde:A cerâmica é um material antia-

lérgico e também evita problemas respiratórios, pois não acumula pó ou microorganismos como ácaros e fungos. Algumas placas são, inclusive, bactericidas e vá-rios rejuntes são antibolor;

6.Decoração:Além de todos os motivos

técnicos listados acima, a cerâmica também evoluiu muito nos últimos anos, no campo do design. Os maio-res estúdios de design cerâmico do mundo e os grandes fabricantes mantêm uma estreita colaboração, desenvolvendo novos produtos, cada vez mais adequados ao bom gosto de seus clientes;

7.Versatilidade:A cerâmica não é mais a rainha

da cozinha ou dos banheiros. A evolução da tecnologia produtiva

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e o avanço do design permitiram a criação de coleções voltadas para outros usos, tanto em residências, como nos ambientes industrial, comercial e de serviços. Você pode perceber, portanto, que as placas cerâmicas atendem necessidades tanto técnicas, quanto estéticas, que todo especificador ou comprador de materiais deve considerar, antes de se decidir por esse ou aquele produ-to. Ou seja, atende aos critérios de funcionalidade esperados por quem a adquire.

FUNCIONA!

Segundo os especialistas, fun-cionalidade é a capacidade de um material atender aos requisitos ne-cessários para certo uso. Ela é com-posta por três itens: facilidade de aplicação do produto, facilidade de manutenção e adequação técnica.Você já viu que a cerâmica é muito fácil de se limpar, tanto no pós-obra, quanto no dia-a-dia, apresentando

ainda uma resistência a manchas e ao ataque químico satisfatória. Um forte ponto de resistência ao uso desse material é a alegada di-ficuldade de aplicação. De fato, as placas cerâmicas frequentemente requerem a atenção de um pro-fissional especializado, capaz de assentá-las corretamente. Se até há algum tempo, isso significava gastar dinheiro com a contratação de um bom assentador, ou correr o risco de cair nas mãos de algum aventureiro desinformado, hoje está crescendo a oferta de bons serviços, a preços acessíveis. O principal motivo é o esforço conjugado de empresários, entidades setoriais e escolas técni-cas, para formação de um número cada vez maior de profissionais de assentamento.

CUSTO E BENEFÍCIO

Por último, compare a cerâmica com outros materiais. Você percebe-rá que suas características técnicas e estéticas a colocam à frente de várias alternativas, como mármores, carpe-tes e tintas, seja no que se refere ao custo, à durabilidade, à segurança, à higiene, à facilidade de instalação ou a outros pontos importantes. Você pode encontrar alguém que lhe diga que outro material é mais barato, por exemplo, ainda que se considere a mão de obra para insta-lação. Mas, nesse caso, até mesmo uma placa cerâmica aparentemente mais cara tem seu custo diluído pela sua longa vida útil. Basta lembrar que os especialistas afirmam que mesmo as melhores tintas resistem a, no máximo, quatro anos. Depois, é necessária uma repintura, com mais gastos e mão de obra. Você pode ter certeza: um bom produto cerâmico não precisa ser trocado tão cedo.

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Direto do forno para sua obra

No início do século, fabricar uma placa de cerâmica demorava. Só para queimá-la, nos fornos abóboda, eram gastos três dias! Mas agora, com equipamentos de ponta, as fábricas brasileiras garantem um alto nível de qualidade e sofisticação em seus produtos, além de agilidade produtiva. Para se ter uma ideia, os fornos a rolo de hoje derrubaram o tempo de queima para apenas 20 minutos. O Brasil é o terceiro produtor mundial de placas cerâmicas, com mais de 900 milhões de m² por ano.

DO PÓ VIESTE

As argilas são as principais matérias-primas para fabricar cerâmica.

SECOS E MOLHADOS

Na indústria, a argila é tratada para conseguir uma boa homogeneidade, além de uma granulometria adequada (o tamanho médio dos grãos). Ambas são obtidas na moagem, que pode ser feita de dois modos: por via seca ou por via úmida. Na via seca, o material é misturado e moído com sua umidade natural, isto é, com a que foi extraída. Depois, segue para o granulador, afim de obter um grão com forma adequada.

Na via úmida, os diversos materiais são dissolvidos em água. A mistura (ou barbotina), segue para o atomizador que, pela injeção de gases em alta temperatura, extrai quase toda a água do material, que já se agrega em grãos com as características desejadas.

ENTRANDO EM FORMA

Depois, vem a conformação, em que o formato da placa é definido. Há dois tipos de conformação: prensagem e extrusão. A prensagem é feita em prensas de grande tonelagem, das quais a placa já sai com largura, comprimento e espessura definidos. Na extrusão, o equipamento parece um grande moedor de carne, a extrusora ou maromba. Uma rosca sem fim empurra o material para a saída da máquina, chamada de boquilha, que lhe dá a largura e a espessura. O comprimento é determinado pelo corte da barra de material que sai continuamente da maromba.

ENXUTO

Depois de conformadas, as placas vão para o secador, que retira a umidade restante, a temperaturas de aproximadamente 400 ºC.

FESTA PARA OS OLHOS

A peça é então decorada. Há três tecnologias de decoração. A serigrafia plana usa o princípio do silkscreen para camisetas; a serigrafia rotativa difere no formato da tela (cilíndrica); e a incavografia é semelhante a um carimbo “invertido”. No carimbo, o desenho em relevo é que fica sobre o papel. Na incavografia, o desenho é formado por pequenos pontos gravados a laser sobre um cilindro de material apropriado. Os pontos retêm a tinta e a transferem para a placa, formando o desenho projetado.

Como a tecnologia não para de evoluir, a decoração digital revolucionou a forma de se produzir as placas cerâmicas e é responsável pela reprodução fidelíssima de qualquer material natural além da criação de efeitos antes impensáveis. O processo é muito similar ao de impressão gráfica empregando apenas os 4 tons CYMK.

PROTEÇÃO E BRILHO

Para proteger o desenho e conferir brilho à placa, é aplicada sobre ela uma camada de esmalte. O esmalte é composto por materiais que, no forno, fundem-se, formando uma camada vitrificada e brilhante sobre a peça.

HAJA FOGO!

A queima, no forno, é uma das etapas mais importantes. A temperaturas acima de 1.000 ºC, as argilas que compõem a base e os materiais vítreos do esmalte fundem-se, e a placa adquire as características próprias da cerâmica. Tecnicamente, a queima chama-se sinterização, devido à reação química que ocorre no forno - a síntese, onde várias substâncias se unem, formando outras, com propriedades diferentes das iniciais.

PARA VIAGEM

Ao saírem do forno, as placas são inspecionadas quanto a defeitos de fabricação e classificadas. Depois, são embaladas e já estão prontas para o consumo.

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Por ser um material de acaba-mento, a placa cerâmica tem um impacto visual muito forte sobre o ambiente que está revestindo ou sobre o entorno da construção (caso esteja assentada numa fachada). Sua cor, sua textura, seu formato e a composição que forma com o rejuntamento, entre outros fato-res, são usados pelos arquitetos e engenheiros como um elemento de linguagem arquitetônica valioso e muito expressivo. Por isso, é ne-cessário considerar certos critérios estéticos, no projeto e na escolha das coleções que você usará em sua obra. Esses critérios são divididos em dois tipos: inerentes à placa e inerentes ao revestimento cerâmico (lembre-se de que são conceitos dis-tintos - o revestimento é o conjunto formado pelas placas, a argamassa colante, para rejuntamento e demais elementos construtivos, como as juntas de dilatação e de dessolida-rização).

DESIGN

Os fabricantes costumam chamar a atenção dos consumidores para o design das peças cerâmicas. A rigor, o design é definido como a combinação de forma e função de certo produto. Ou seja, é muito mais do que a beleza visual de uma placa, ou as linhas arrojadas de um automóvel. É a combinação de uma intenção de uso com valores estéti-cos e técnicos. No caso das placas cerâmicas, o primeiro elemento de design é seu formato. Sua influência é o impacto que terá sobre o reves-

timento cerâmico, pois o formato influi sobre a percepção da trama do rejuntamento. Quanto maiores forem as placas, menos se percebe o rejunte e vice-versa. A percepção do rejunte não é, de forma alguma, um defeito, mas apenas um recurso com que o arquiteto conta para sua linguagem construtiva. Os especia-listas explicam que o formato de uma placa é a união de dois fatores: sua forma e seu tamanho. As formas mais frequentes de placas cerâmicas são a retangular e a quadrada, mas existem outras, como a hexagonal e a octogonal, por exemplo. E há ain-da aquelas com formas arredonda-das e irregulares. Apesar de simples, as formas retangular e quadrado podem gerar um bom impacto vi-sual no ambiente ou na construção que estiverem revestindo, com o uso de alguns recursos. O principal é optar por um assentamento mais criativo, onde as juntas de assenta-mento sejam desencontradas, ou em diagonal, formando um jogo mais dinâmico de linhas. Outra so-lução, que requer mais estudos, é a composição de um revestimento com placas de diversos formatos. O desenvolvimento tecnológico tem proporcionado uma grande gama de tamanhos para as placas. É possível encontrar desde pequenas pastilhas, como as de 2,5 x 2,5 cm, até placas

de porcelanato de 1,20m x 0,60 cm. O Projeto Lamina da System, já permite fabricar placas de 3,0 x 1,0 metros, com espessura de apenas 3 mm. Lançar mão dessas alternativas, com criatividade e bom gosto, é um modo de se obter um projeto ori-ginal e agradável, sem se esquecer do rigor técnico que deve orientar a especificação e o assentamento do material.

COR

Outra característica de design liga-da às placas é a cor. Neste ponto, é necessário separar a discussão em três partes: as placas esmaltadas, as não esmaltadas e os porcelanatos.

As placas esmaltadas são aquelas que, durante a fabricação, recebem uma camada de esmalte colorido (material vítreo que durante a quei-ma se funde sobre a placa e gera uma camada vitrificada, que protege o produto e lhe dá qualidades esté-ticas). As possibilidades de cores de um produto esmaltado são pratica-mente infinitas, porque a tecnologia atual permite sua obtenção através da combinação de vários pigmentos com que a indústria trabalha. Além disso, o esmalte pode proporcionar certos efeitos às placas, como o alto brilho, o acetinado e o matt (brilho sem reflexão visível de imagens). Já a cor das placas não esmaltadas, como os cottos, depende pratica-mente do material usado em sua base, o que limita a variedade. É necessário ressaltar, porém, que os especialistas e os designers não encaram esse fato como uma limi-

Beleza em diversas formas

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1. Pedras naturais: Recebe várias interpretações. Uma das mais fortes são as desgastadas, que remetem às construções da Idade Média. Para compor, algumas peças trazem, em relevo ou estampados, motivos medievais, inspirados na heráldica e na arte da época. Outra opção são os polidos ou acetinados.

2. Variedade de formatos: A profusão de tamanhos permite maior dinamismo na composição e projetos exclusivos. De um lado, assiste-se à chegada de grandes placas, que alcançam a medida de 3,00 x 1,00m. De outro, ressurgem os pequenos formatos, com pastilhas de 1,0 x 1,0 cm.

3. Mármores e granitos: Outra grande tendência são os produtos que reproduzem os veios e texturas dessas pedras. Atualmente, tentam-se mesclas de várias cores. Algumas placas têm bordas retificadas, para permitir juntas secas, isto é, eliminam o rejuntamento e ampliam a sensação de um ambiente revestido em mármore.

4. Artesanais: Também estão em alta as peças decoradas manualmente. Mesmo grandes coleções, produzidas em escala industrial, que mantenham seu aspecto artesanal são bem aceitas. O consumidor as usa como um toque de personalidade em seu ambiente. Tons pastéis, motivos florais, traços grossos e irregulares. Tudo o que demonstre a mão do homem é recebido com satisfação.

5. Grês porcelanato: Técnico ou esmaltado, polido ou não, o

Lançando moda

porcelanato está conquistando adeptos a cada dia e se incorporou definitivamente ao mix de produtos cerâmicos. Novas tecnologias permitem acabamentos inesperados, como os esmaltes prensados sobre a placa, e não aplicados pelos métodos tradionais, como se viu na Cersaie 2013, maior feira mundial de cerâmica.

6. Alto tráfego: Motivos geométricos dominam as propostas para áreas de grande circulação, como halls de hotéis, shopping centers e aeroportos. Em geral, as placas têm cores neutras, salpicadas por outros tons.

7. Variedade de acabamento: O avanço técnico permitiu um amplo leque de acabamentos para as peças especiais, como faixas, listelos e tozetos. Efeitos de decoração e aplicação de esmaltes especiais, metais preciosos e outros elementos enriquecem as peças, com resultados criativos e inesperados.

8. Terracota:Tons da terra imitados com perfeição são obtidos com mesclas apropriadas de corantes e esmaltes. Placas não esmaltadas, onde o apelo é a cor da base, também estão ganhando destaque.

9. Mosaicos:Ganham espaço como elemento de personalidade em ambientes cerâmicos. Pré-fabricados, os mosaicos compõem um sem número de desenhos, sendo aplicados como “carpetes” de cerâmica, em pisos ou paredes.

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As principais tendências em cerâmica podem ser agrupadas assim: intr

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tação do material, mas apenas uma característica própria, que pode ser uma opção como qualquer outra, dentro de seu projeto.

Quanto aos porcelanatos, sua tec-nologia de produção difere comple-tamente dos produtos tradicionais, impondo características próprias de decoração e coloração. A decoração do porcelanato está evoluindo rapi-damente. Há 20 anos, ele era um produto sobretudo técnico, adotado em situações específicas de uso, e seu apelo visual não era importante. Por isso, era encontrado apenas nos tons que compunham sua base, isto é, em branco ou tons de cinza. Com sua difusão, porém, a apresentação visual começou a se destacar e novos métodos de decoração já permitem a reprodução fiel de certos padrões, como mármores, granitos e outras pedras ornamentais.

DECORAÇÃO E RELEVO

Embora pareçam a mesma coi-sa, decoração e cor são conceitos diferentes. A decoração refere-se aos desenhos ou padrões gráficos impressos sobre a peça. A grosso modo, é a mesma coisa que dizer que poderíamos imprimir um dese-nho sobre a cerâmica tanto em azul, quanto em amarelo ou vermelho, conforme o desejo do designer. Esse “desenho” impresso na placa é sua decoração, enquanto a cor com que será impresso é fruto dos esmaltes e corantes desenvolvidos pela indús-tria e já discutidos acima. No caso de peças esmaltadas, a decoração é praticamente ilimitada, seja pelos

avanços da tecnologia (serigrafia plana, serigrafia rotativa, incavo-grafia e impressão digital), seja pelos trabalhos de 3ª queima. A 3ª queima é um recurso de decoração em que a placa recebe pigmentos, aplicação de metais preciosos (como ouro) ou tratamentos de relevo, e volta ao forno para ser queimada uma outra vez, afim de fundir esses produtos sobre sua superfície. Os produtos não esmaltados não rece-bem, tradicionalmente, decoração. Mas aumenta, a cada dia, o número de produtos que recebem algum tipo de tratamento, principalmente desenhos de aspecto artesanal e com forte efeito estético. Com a evolução dos porcelanatos, já é pos-sível obter uma série de efeitos de decoração, além dos consagrados padrões imitando diversas pedras, como mármores e granitos. Através de sais solúveis, serigrafia, esmal-tação, inserts e novos métodos de carregamento das prensas, os porce-lanatos podem oferecer decorações geométricas, satinadas, brilhantes e xadrezes, entre outros. A união entre a cor e a decoração é um dos mais poderosos apelos da cerâmi-ca. Outro recurso muito usado é o relevo. Além de efeitos obtidos por terceira queima, é possível conse-guir relevos na prensagem da peça, usando estampos (a parte superior da fôrma da prensa) especiais. O relevo de prensagem é um recurso acessível tanto a placas esmaltadas, quanto para não esmaltadas e, por que não, para porcelanatos. É importante ressaltar, ainda, que os relevos podem ter função meramen-

te estética (como reproduzir a super-fície desgastada de uma pedra), ou funcional (como as ranhuras para antiderrapância de placas destina-das a bordas de piscina, degraus de escada ou passeios públicos).

DECORAÇÃO DIGITAL

Diferentemente do processo tra-dicional, onde a impressão se dá através da transferência física por contato de um rolo ou tela na peça cerâmica, na impressão digital, da concepção do desenho até a saída de tinta da impressora especializada, é feito via computador. A impressora digital em alta resolução é composta por componentes de comunicação eletrônicos e cabeças de impressão que recebem pigmentos e tintas es-peciais. As cabeças de impressão tra-balham ejetando pequenas gotas de tinta a uma velocidade altíssima, por meio da propagação de uma onda acústica dentro de cada câmara, ga-rantindo a fidelidade na reprodução. Atualmente, a maioria das indústrias cerâmicas utilizam este método para decoração de peças.

PEÇAS ESPECIAIS

O principal apelo das peças espe-ciais é a possibilidade de personalizar o ambiente revestido. Usando ape-nas as placas cerâmicas, corre-se o risco de encontrar o mesmo projeto na cozinha de seu amigo, mas liste-los, tozetos, faixas e outros elemen-tos permitem um projeto original e

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de forte impacto estético. As peças especiais são agrupadas em duas ca-tegorias: as de função construtiva e as de função decorativa. As primeiras são usadas, geralmente, na transição de um plano para outro. Alguns exemplos de peças construtivas são as bordas de escadas e piscinas, as peças para arrematar cantos de bancadas e churrasqueiras, etc. Já as peças decorativas servem para dar um toque especial ao projeto, deixando-o com a cara do usuário. Quando as peças têm fins estéticos, seguem os princípios do ponto e da linha. Os tozetos são exemplos de pontos, porque seu apelo está em suas pequenas dimensões, servindo como detalhe, que aparece isolado

entre placas de outro tipo. Faixas e listelos seguem o princípio da linha, porque compõem, entre si, trechos que dividem as áreas assentadas. Ambos os princípios servem tanto para paredes, quanto para pisos. Esses padrões também são aplicados ao piso, com a diferença de que, nes-se caso, as peças precisam apresen-tar características próprias para esse uso, como resistência à abrasão e ao risco. De modo geral, os elementos de cor, decoração, formato e textura também se aplicam às peças espe-ciais. Um de seus maiores recursos é o relevo, que pode tanto ter ori-gem na terceira queima, quanto na prensagem. Ao escolhê-las, algumas dicas são válidas. Se você optar por

listelos de corte reto, verifique se seu comprimento é igual à largura das placas que está comprando. Isso é necessário, porque o desencontro entre as juntas, nesse caso, gera um efeito estético desagradável. Esse cui-dado é dispensado, se você procurar listelos universais, que possuem cor-te em forma de seta ou curva e são compatíveis com qualquer formato de placa.Uma última recomendação: tozetos hexagonais exigem que as placas sejam cortadas em chanfro, pois são incompatíveis com ângulos de 90º. Essa necessidade pode gerar um trabalho indesejável e demorado, além de desperdício de placas, por quebra. Mas também resulta em agradáveis surpresas visuais.

Deixe o ambiente do seu jeitoAs peças especiais são usadas para personalizar o ambiente, dando um toque original ao seu projeto.São divididas em dois grupos. As construtivas servem de transição entre dois planos de um ambiente, como as cantoneiras e bordas, por exemplo. As decorativas são usadas, sobretudo, para valorizar o ambiente, oferecendo-se como opção para paginações mais criativas e personalizadas. Essas peças podem ser classificadas como segue:

1. Faixas: São peças decoradas, também chamadas de listelos ou listels (se aparecem na parede), ou barras (se aplicadas no chão). Quando seu corte é reto (a), seu comprimento deve ser igual à largura das placas cerâmicas, para que não haja desencontro entre as juntas de assentamento. O corte universal (b), em forma de seta ou curva, dá maior flexibilidade, pois torna as faixas

compatíveis com qualquer peça.

2. Festones: São faixas maiores e totalmente decoradas.

3. Inserts: Decoradas no centro, para compor com peças de decoração lisa.

4. Tozetos: Pequenas peças, geralmente quadradas ou hexagonais, que aparecem entre placas cerâmicas.

5. Rodapés: Peças para arrematar o encontro entre paredes e pisos.

6. Peças estruturadas: Acompanham faixas ou são usadas como molduras para espelhos ou no encontro entre paredes e teto. Os tipos são torelos (a), filetes (b), tranças (c) e borduras (d).

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Define-se como paginação o desenho que as placas cerâmicas irão compor sobre a superfície revestida e sua harmonia com o rejuntamento. Os principais elementos da paginação são o formato das placas, a largura das juntas de assentamento e a direção em que as peças serão assentadas.

O formato tem influência direta sobre a paginação, na medida em que pode realçar o rejuntamento ou a homogeneidade das placas. Formatos maiores tendem a diminuir a percepção do rejuntamento, enquanto pequenas peças podem colocá-lo em evidência. Os principais formatos das placas são o quadrado e o retangular. Mesmo simples, eles oferecem uma grande variedade de soluções de paginação, apenas desencontrando as juntas de assentamento. Outra alternativa é jogar com vários formatos, criando uma paginação mais dinâmica.

Com relação às juntas de assentamento, pode-se dizer que há duas opções: deixá-las aparentes ou trabalhar com a juntas mínimas de 2mm. O CCB não recomenda nunca o uso de junta seca mesmo em placas retificadas, pois é preciso compensar variações dimensionais e garantir a estanqueidade do sistema. Mesmo assim há quem use esse recurso visando uma linguagem arquitetônica, para valorizar os grandes planos e a continuidade e homogeneidade do revestimento. Em fachadas o risco é menor, mas sempre será imprescindível seguir as orientações dos fabricantes.

Definidos esses pontos básicos, parte-se para o desenho da paginação. O melhor modo de executar um bom desenho (e, em decorrência, um bom assentamento) é elaborar projetos detalhados tanto do piso, como de cada parede a ser revestida.

Para o piso o ideal é se colocar o corte distante da vista de quem entra, ou seja, no conto oposto. No caso de paredes, trace as placas no sentido chão-teto, para que as peças cortadas recaiam no encontro com esse último e não sejam vistas. Não se esqueça do espaço para o rodapé, caso esteja trabalhando com isso.

Os segredos da paginação

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Estética não é o único parâmetro para a escolha de um bom produto cerâmico. É preciso, também, analisar o ambiente, do ponto de vista de seu uso e das implicações que isso trará às exigências técnicas da placa. A partir do lançamento da norma de desempenho a NBR 15.575, a segurança do usuário passa a ter um papel central para orientar o especificador em suas escolhas. Para a seleção dos materiais, a regra fundamental é que estes devem atender às solicitações mecânicas, químicas e de higroscopia correspondentes ao uso pretendido. Os especialistas afirmam que essa análise é necessária, porque não existe um único produto capaz de atender adequadamente a todos os tipos de uso, em todos os ambientes possíveis. As solicitações a que se submete uma placa cerâmica podem ser classifica-das de vários modos. Os esforços mecânicos do sistema são a capacidade do revestimento de responder às solicitações de modo coordenado, isto é, envolvendo as placas, a argamassa, o rejunte e as juntas. Outro tipo são os esforços superficiais, que se referem à solicitação mecânica ao carre-gamento na superfície da placa, seja no piso ou na parede. Há, também, as solicitações químicas, evidentes em locais agressivos, como indústrias, cozinhas industriais e outros. Essa categoria relaciona-se à capacidade do revestimento de resistir à deterioração, através do ataque de produtos químicos de várias naturezas que, porventura, entrem em contato com as placas. As tensões higrotérmicas, por sua vez, estão ligadas à exposição da superfície revestida ao intemperismo e à variação de temperatura. Para cada caso, a indústria cerâmica desenvolveu um produto próprio. Nas próximas páginas, você encontrará todas as dicas necessárias para definir tecnicamente seu projeto e executá-lo com correção.

Técnica e segurança do usuário

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Na via úmida,a argila é diluída em água com outros materiais, para moagem e homogeneização. A moagem ocorre em moinhos de bola. Depois, segue para o atomizador, onde a umidade é extraída e os grãos são formados

Na via seca, o material é moído e homogeneizado sem a adição de água. A moagem ocorre em moinhos pendulares ou de martelo. Em seguida, o material passa por granuladores como o da foto abaixo

Antes de tudo, o especificador ou comprador de produtos cerâmi-cos precisa conhecer a diversidade de opções existentes no mercado e baseada em critérios técnicos e comerciais. Cada alternativa apre-senta características próprias de desempenho, sendo mais recomen-dável a certos usos que a outros. As placas são classificadas de acordo com seu processo de fabricação e conforme certas propriedades técnicas. Em relação à tecnologia produtiva, são distinguidas entre via seca e via úmida, massa verme-lha e massa branca, esmaltadas e não-esmaltadas, prensadas e extru-dadas e, ainda, em monoqueima, biqueima e monoporosa. Quanto ao desempenho técnico, o principal fator de classificação é o coeficiente de absorção de água, cujas faixas são usadas como jargão corrente na venda dos produtos. Apesar de todas as possíveis classificações das placas, o mais importante a ressaltar é que a escolha deve ser feita com base em critérios de desempenho técnico, como resistência à abrasão, coeficiente de absorção de água e

resistência mecânica, adequados ao uso pre-tendido. Qualquer pro-cesso de produção, quando bem condu-zido, gera artigos de qualidade, capazes de atender às mais rígidas especificações e aos mais variados usos.

QUAL É A VIA?

A primeira divisão dos produtos acontece entre os fabricados por via seca e os fabricados por via úmida. No primeiro caso, a argila e demais matérias-primas são preparadas para conformação com sua umidade na-tural, isto é, aquela com que foram extraídas da jazida. O beneficiamen-to do material envolve a moagem e a granulação, quando adquire a forma de grão próprios para prensagem ou extrusão.Já na via úmida, a argila e demais matérias-primas são diluí-das em água para serem moídas e misturadas. Essa mistura, chamada de barbotina, é armazenada em grandes tanques e, depois, segue para um equipamento conhecido como spray-dryer ou atomizador. Nele, a água é retirada, através da injeção de gases quentes a elevada pressão. À medida em que a umida-de é extraída, o material agrega-se em grãos apropriados para a etapa de conformação. Segundo os es-pecialistas, a opção por um desses processos produtivos é baseada em critérios técnicos e de custo de fabricação, além do tipo de placa desejada. Assim, cada tecnologia é apropriada para uma certa necessi-dade da indústria.

VERMELHOS E BRANCOS

A classificação das placas em massa vermelha e massa branca é popular no meio comercial e refere-

Garantia de uso adequado

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As placas cerâmicas dividem-se, tradicionalmente, em esmaltadas (acima), que recebem uma camada de esmalte sobre a decoração, e não-esmaltadas, em que geralmente, sua coloração é a da base. Podendo ser prensadas ou extrudadas (abaixo)

O porcelanato técnico também dispensa o esmalte. Sua decoração é feita através de pigmentos misturados à base. Quando queimada, a mistura funde-se numa peça única, que reproduz com perfeição certos elementos da natureza, como os mármores e granitos. Hoje em dia é muito comum o uso de porcelanatos esmaltados com ótima qualidade técnica no corpo e na superfície

se à cor predominante das argilas com que o material foi fabricado. Como o nome já indica, a massa vermelha representa o produto cuja base foi fabricada com argilas ma-joritariamente avermelhadas. Já as de massa branca contam com maior participação de materiais em tons brancos ou acinzentados. Os pesqui-sadores e técnicos, porém, advertem que essa é apenas uma questão de nomenclatura, na medida em que vários produtos apre-sentam tona-lidades intermediárias, que resultam da matéria-prima disponível para fabricação, no território em que a indústria estiver instalada. A decisão por uma ou outra composição de massa apóia-se em dados técnicos, comerciais, industriais e de logística e é possível encontrar bons produtos em qualquer dessas variedades.

O QUE VEM POR CIMA

Uma grande classificação é a que divide as placas em esmaltadas e não-esmaltadas. No primeiro caso, a placa recebe uma camada de mate-rial vítreo (esmalte), que serve tanto para proteger o material, como con-tribui para sua coloração e efeitos de decoração (como alto brilho, aceti-nado ou relevo). Do ponto de vista técnico, a principal característica associada ao esmalte é a resistência à abrasão, medida numa escala de 0 a 5, segundo a metodologia do Porcelain Enamel Institute. É desse instituto que surgiu o nome com que

a resistência à abrasão é conhecida: PEI. Outra característica é a resistên-cia à manchas. Quanto mais poroso for o esmalte, maior será a tendência a reter resíduos, manchando mais facilmente. Por fim, a gretagem é um tipo de defeito associado tam-bém ao esmalte. Trata-se de fissuras na superfície da placa, no formato circular ou de teia de aranha. A gretagem é resultado de tensões entre a base da placa e a camada de esmalte, geradas pela expan-são por umidade ou pela dilatação térmica. As placas não-esmaltadas, como indica o nome, não recebem essa camada vitrificada. Sua meto-dologia de ensaio e características técnicas são, por isso, diferentes. Como exemplo, pode-se dizer que, enquanto o ensaio de abrasão de uma placa esmaltada mede a capa-cidade do esmalte suportar atrito sem se desgastar, teste equivalente para as placas não-esmaltadas é o da resistência à abrasão profunda. O ensaio mede o volume de ma-terial removido da peça, mediante desgaste por aparelho apropriado, em laboratório.

QUESTÃO DE FORMA

Outra grande distinção se dá entre as placas prensadas e as extrudadas. O primeiro tipo é conformado em prensas de grande tonelagem, no qual fôrmas apropriadas (chamadas de estampos) recebem a argila na forma de pó. Na prensagem, a placa

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A extrusão ocorre em máquinas conhecidas como extrusoras ou marombas. A argila em estado plástico é empurrada para a saída do equipamento, definindo-se sua largura e espessura. Uma segunda operação (o corte) é necessária para que a placa ganhe seu comprimento. O verso de uma placa extrudada apresenta ranhuras paralelas, características deste processo

já adquire todas as dimensões finais (comprimento,

largura e espessura). Além disso, com es-tampos especiais, é possível obter efeitos de relevo para fins decorati-

vos ou construtivos. A textura de pedras

ornamentais desgasta-das seria um exemplo do

primeiro tipo, enquanto peças com ranhuras antiderrapantes para degraus de escada ou bordas de piscinas corresponderia ao outro caso.

Em termos técnicos, a prensagem está associada a características de resistência mecânica. Quando o pó não é uniformemente distribuído nas fôrmas, a densidade da placa não é igual em todos os seus pontos. Nas regiões onde menos material foi depositado, a densidade é me-nor, comprometendo a resistência mecânica da placa. Para evitar esse problema, os técnicos e pesquisado-res da indústria procuram aumentar a tonelagem das prensas e encontrar granulometrias (tamanho médio dos grãos) mais adequadas, além de buscar métodos de distribuição mais homogênea do material nos estampos.

COMO MACARRÃO

Na extrusão, o material é confor-mado num equipamento chamado

de extrusora e conhecido, no se-tor, como maromba. A máquina é semelhante a um grande moedor de carne, onde uma rosca sem-fim empurra o material em direção à saída, onde uma peça (a boquilha) começa a lhe dar forma, uma das maiores vantagens do material ex-trudado: a possibilidade de peças curvas, formatos complexos e aca-bamentos arredondados. O material sai da maromba num fluxo contínuo, como um grande “macarrão” de ar-gila. Nesse momento, a placa possui apenas duas dimensões: a largura e a espessura. O comprimento da peça será dado pelo cortador, ge-ralmente uma máquina dotada de um fio de aço, que corta o filete de argila extrudado pela maromba, na dimensão desejada. Com o tempo, as peças que compõem a boquilha desgastam-se. Esse desgaste respon-de por uma das principais questões técnicas relacionadas a esse mé-todo de conformação: a variação dimensional. O desgaste aumenta as dimensões da placa. Para resolver esse problema, a indústria cerâmica desenvolveu boquilhas mais resis-tentes, com materiais como por-celana, afim de reduzir o desgaste. Também procura usar argilas mais “plásticas”, que deslizam melhor pela boquilha e a corroem menos. O reconhecimento de uma placa extrudada é rápido, pois seu tardoz (o verso da peça) apresenta ranhuras características, paralelas umas às ou-tras. Numa placa prensada, o tardoz

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Na prensagem, o pó depositado na forma ou estampo da prensa é submetido à elevada pressão, e a placa sai do equipamento com as três dimensões (largura, comprimento e espessura) definidas em uma única operação. O verso das placas prensadas apresenta ranhuras para facilitar a ancoragem no assentamento

apresenta outros desenhos, como linhas diagonais convergentes para o centro da placa, por exemplo.

QUANTO À QUEIMA

A terceira classificação refere-se ao tipo de tratamento térmico que a placa recebeu, sendo separada em monoqueima, biqueima e mo-noporosa. Na monoqueima, a placa cerâmica passa uma única vez pelo forno, onde a base de argila e o esmalte são queimados ao mesmo tempo.

Quando a base (ou biscoito) é queimado para, em seguida, rece-ber a decoração e a esmaltação, retornando ao forno para sinterizar o esmalte, o processo é chamado de biqueima. Por último, existe a monoporosa, um material produ-zido por monoqueima, mas desti-nado, sobretudo, ao revestimento de paredes. Além dessa tipologia baseada no processo produtivo, há a classificação baseada no coe-ficiente de absorção de água, que se popularizou no meio comercial, gerando a nomenclatura usada por vendedores e técnicos em contato com o mercado comprador.

CLASSIFICAÇÃO COMERCIAL

A classificação comercial, base-ada na absorção de umidade, é a seguinte:

1.porcelanato:Apresenta baixa absorção de água

e elevada resistência mecânica;

2.grês:Também apresenta baixa absorção

de água e boa resistência mecâni-ca;

3.semi-grês:Possui média absorção de água e

média resistência mecânica;

4.semi-poroso:Apresenta alta absorção de umida-

de e média resistência mecânica;

5.poroso:Elevado coeficiente de absorção de

água e baixa resistência mecânica.

Por último, duas outras termi-nologias correntes são o clinker e o cotto. O clinker é uma placa de difícil classificação e identificação, devido à sua diversidade. Embora fabricado geralmente por extrusão, também refere-se a certas placas prensadas. Sua principal proprie-dade é ser uma peça compacta, de elevada resistência mecânica. O cotto identifica produtos não-es-maltados, cuja coloração depende das matérias-primas com que foi fabricado. É usado, sobretudo, como pavimento interno, e pode receber um tratamento à base de verniz para proteção de sua super-fície. Também é encontrado como revestimento de parede.

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Características do produto

Para uma boa especificação, compra e assentamento de produtos cerâmicos, não basta conhecer as di-versas classificações aplicadas a eles. É preciso, também, considerar suas características técnicas, determina-das pelas normas brasileiras NBR 13.816, 13.817 e 13.818, todas de abril de 1997, elaboradas pela Asso-ciação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e em processo de revisão. Para criá-las, os especialistas base-aram-se em normas internacionais, como a ISO 13.006 e 10.545. Em alguns pontos, inclusive, a versão brasileira chega a ser mais rigorosa que a internacional, e os produtos fabricados conforme seus parâme-tros são reconhecidos no mundo todo. É o caso da Norma do Porcela-nato, NBR 15.463, lançada em 2007 pelo Brasil e revisado no ano pas-sado. É a primeira norma mundial que regula o uso de porcelanato. As propriedades técnicas das placas são agrupadas em: características

visuais, características ge-ométricas e características físicas e químicas.

REGULARIDADE VISUAL

As normas técnicas es-tabelecem as tolerâncias dimensionais das placas, agrupadas em faixas cha-madas de bitolas. Alguns aspectos podem ser veri-ficados a olho nu; outros, com instrumentos apro-

priados de medição, como o metro, paquímetro ou dataplucômetro. Baseado nas normas técnicas, pres-te atenção nos seguintes pontos: dimensões dos lados e espessura, retidão das arestas, ortogonalidade e planaridade. Também durante a inspeção visual, deve-se checar a ocorrência dos seguintes defeitos: placas quebradas, lascadas ou trin-cadas, desuniformidade do esmalte ou defeitos em sua aplicação e variação muito acentuada nos tons das placas, entre outros. Variações de tonalidade são comuns , dentro de certos limites. Por isso, ao receber um lote de produtos, certifique-se de que todos serão aplicados no mesmo ambiente, para evitar con-flitos muito grandes de cor.

ESTRUTURAIS

As características estruturais des-crevem como se comporta a estru-tura do material, principalmente em relação à absorção de água. A importância da absorção é que dela dependem, de um modo mui-to forte, mas não exclusivo, várias outras características físico-químicas dos produtos. Esse motivo levou a absorção de água a transformar-se num dos mais famosos padrões de classificação das placas cerâmicas. Esse parâmetro indica a quantida-de de água que é absorvida pela placa, em condições experimentais específicas. Na medida em que a ab-sorção ocorre através dos poros que

tabela 1a

Grupos de Absorção de Água

Produto Classificação ISO 13.006

Grupos de Absorção (%)

Porcelanato técnico 0 a 0,1

Porcelanato esmaltado 0 a 0,5

Grês Blb 0,5 a 3

Semi-grês Blla 3 a 6

Semi-poroso Bllb 6 a 10

Poroso Blll 10 a 20

Fonte: Anfacer e CCB

tabela 2

Classes de Resistência à abrasão para revestimentos esmaltados

PEI Tráfego Exemplos

PEI 0 paredes (desaconselhável para pisos)

PEI 1 baixo banheiros, residenciais, quartos, etc.

PEI 2 médio ambientes sem portas para o exterior e banheiros

PEI 3 médio alto cozinhas, corredores, halls e sacadas residenciais, etc.

PEI 4 alto residências, garagens, lojas, bares, bancos, etc.

PEI 5 altíssimo residências, áreas públicas, shopping centers, aeroportos, fast-foods

Fonte: Anfacer

tabela 1b

Grupos de Absorção de Água Extrudados

Produto Grupos de Absorção (%)

AI 0 a 3

AIIa 3 a 6

AIIb 6 a 10

AIII > 10

Fonte: CCB

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estão em contato com a superfície da placa, medir a absorção é aferir, indiretamente, a porosidade aberta. No caso de placas esmaltadas, a absorção de água refere-se à sua base, e não ao esmalte. Um exemplo prático da implicação desse item é o uso de cerâmica em regiões frias, sujeitas a geadas ou neve. Como a água é a única substância da natu-reza que, ao se solidificar, aumenta de volume, uma placa muito porosa (elevado coeficiente de absorção) corre o risco de fissurar-se, devido à impregnação. A classificação técni-co-comercial dos produtos também considera as faixas de absorção de água e está representada pela tabela 1. Temos, portanto, o porcelanato como o artigo de menor absorção existente no mercado, enquanto os produtos porosos estão na situação oposta.

MECÂNICAS LIGADAS À BASE

Referem-se ao comportamento do corpo cerâmico, e não de sua super-fície esmaltada (quando é o caso). A primeira é o módulo de resistência à flexão, característico do material cerâmico e independente da forma geométrica que apresenta. Outra propriedade é a carga de ruptura à flexão, que afere a força necessária para romper uma placa cerâmica. Ela é expressa em Newtons (N) ou qui-lograma-força (kgf). Se uma placa for apoiada sobre um de seus lados predominantes (comprimento ou

largura) e na extremidade oposta ao apoio, receber uma carga (como se a estivéssemos “espremendo”), a for-ça necessária para que ela se rompa é chamada de resistência à compres-são, um dos parâmetros técnicos de especificação. Se, ao invés de “prensarmos” a cerâmica até sua ruptura, a estivéssemos “puxando”, estaríamos aferindo sua resistência à tração. De forma geral, é possível afirmar que materiais cerâmicos apresentam boa resistência à com-pressão, desde que perfeitamente assentados. A resistência ao impacto é a capacidade da placa resistir a impactos, como quedas de objetos pontiagudos ou pesados. É impor-tante no caso de ambientes que receberão elevado tráfego de cargas ou veículos pesados. Sempre é bom lembrar que os materiais cerâmicos em geral (não apenas as placas) não são elásticos, do ponto de vista da Engenharia dos Materiais. Isto é, não são capazes de se deformar, sob impacto, restituindo a forma origi-nal quando cessa o esforço. Assim, objetos pontiagudos ou pesados podem, eventualmente, trincar ou lascar as peças. Essa característica é dada pela fragilidade dos materiais cerâmicos (ver capítulo anterior), razão pela qual os especialistas re-comendam cuidado no manuseio desse tipo de carga, em ambientes revestidos com cerâmica. Por último, um costume dos engenheiros de obra é fazer o teste do “som metá-lico”. Quando é bem queimada, isto

é, sofre um processo completo de sinterização, onde a matéria-prima forma efetivamente uma estrutura coesa e resistente, a placa emite um som métalico, ao receber pequenas pancadas com o dorso da mão ou com um martelo. Se o produto emite um som abafado, é sinal de que não foi devidamente queimado e poderá apresentar problemas de baixa resistência.

RESISTÊNCIA À ABRASÃO

A propriedade de resistência me-cânica relacionada com a superfície da placa é a resistência à abrasão. Ela indica a capacidade da placa opor-se ao desgaste visual do es-malte, causado pelo movimento de pessoas e objetos. No caso de placas esmaltadas, analisa-se a abrasão superficial, que é determinada pela metodologia desenvolvida pelo Porcelain Enamel Institute (Instuto de Esmaltes para Porcelana). A sigla da entidade, PEI, popularizou-se entre vendedores e especificadores, significando a resistência à abrasão, que varia numa escala de 0 (menos resistente) a 5 (mais resistente).

Lembre-se, contudo, de que uma placa de baixo PEI não significa, ne-cessariamente, um produto inferior. As classes de resistência à abrasão foram criadas para orientar o com-prador na escolha do produto mais adequado à sua necessidade. Por isso, placas de PEI 0 são recomenda-das para assentamento em paredes,

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onde o esforço de abrasão pratica-mente não existe. Para um banheiro residencial, por exemplo, é oportuno um produto de PEI 1. Já para áreas de alto tráfego de pessoas, como halls de hotéis e shopping centers, a resistência deve ser muito maior, e recomendam-se peças de PEI 5. Em resumo, cada faixa de PEI é indicada para uma área de uso, não signi-ficando superioridade de uma em relação à outra (veja tabela 2).

No caso de produtos não-esmalta-dos, o ensaio realizado é o de resis-tência à abrasão profunda, que afere a quantidade de material removido da placa (em mm³), mediante des-gaste em aparelho específico.

PROPRIEDADES FÍSICAS

Depois de assentadas, as placas sofrem pequenas variações de ta-manho, conhecidas por dilatação. As dilatações podem ser de dois tipos: reversíveis (devido à variação de temperatura), e irreversíveis (cau-sada pela expansão por umidade). A dilatação térmica indica quanto o

material aumenta de tamanho por metro, a partir da dimensão inicial, quando aquecido a certa tempera-tura. A dilatação por expansão de umidade (EPU) é um fator crítico em ambientes úmidos, como piscinas, fachadas e saunas. Medida em milí-metros por metro (mm/m), se muito elevada, pode ser uma das causas do estufamento e da gretagem (peque-nas fissuras no esmalte da placa, da espessura de um fio de cabelo, cuja forma é, em geral, circular, espiral ou como uma teia-de-aranha). A resistência à gretagem é medida em laboratório, submetendo a placa a uma pressão de vapor de 5 atmos-feras por um período de duas horas. O teste simula a saturação acelerada da peça, determinando se, após al-gum tempo de impregna-ção de água, a gretagem aparece. Duas outras propriedades físicas são a resistência ao choque tér-mico e ao congelamento. A primeira revela se a placa é capaz de resistir às variações bruscas de

temperatura sem apresentar danos. A outra é importante para regiões frias ou sujeitas à geada, neve ou congelamento. Também deve ser observada em produtos que serão assentados em fachadas, terraços e câmaras frigoríficas. Os especialistas afirmam que os materiais com me-nor coeficiente de absorção de água são mais resistentes ao gelo.

PROPRIEDADES QUÍMICAS

As propriedades relacionadas à estrutura química do material são as resistências a manchas e ao ataque químico. Elas indicam a capacidade da superfície da placa manter inal-terada sua aparência, mesmo em contato com determinados produtos químicos ou agentes manchantes.

A resistência a manchas classifica os materiais em cinco classes, numa ordem crescente de facilidade de re-moção das manchas. Assim, a classe 1 indica impossibilidade total de re-moção, enquanto a classe 5 agrupa os produtos com máxima facilidade de remoção. São três as classes de resistência química, dispostas em ordem: alta, média e baixa.

tabela 3

Resistência à manchas

Classe Conceito

5 máxima facilidade de remoção de manchas

4 mancha removível com produto de limpeza fraco

3 mancha removível com produto de limpeza forte

2 mancha removível com ácido clorídrico ou acetona

1 impossibilidade de remoção da mancha

Fonte: Anfacer

tabela 4

Resistência ao ataque químico

Classe Classificação Conceito

A Alta ótima resistência a produtos químicos

B Média ligeira alteração de aspecto

C Baixa alteração de aspecto bem definida

Fonte: CCB

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A Norma de Desempenho ABNT NBR 15.575:2013, voltada para as Edifi-cação Habitacionais tem como objetivo principal a melhoria da especificação, do projeto e da construção, com im-pactos positivos e grande destaque no aumento do conforto e da vida útil das edificações habitacionais. Esta norma é dividida em 6 partes e estabelece os re-quisitos e critérios de desempenho para os sistemas que compõem os edifícios habitacionais, entre eles a estrutura, os pisos, as vedações verticais internas e externas, as coberturas e sistemas hidrossanitários. Para o setor dos re-vestimentos cerâmicos, são aplicadas as partes 3 e 4, as quais são voltadas para os sistemas de pisos e vedações verticais das áreas de uso privativo e comum.

As exigências das norma ABNT NBR 15.575:2013 podem ser divididas em 3 grupos principais: Segurança, Habita-bilidade e Sustentabilidade. Para cada um destes grupos foram estabelecidos os requisitos e critérios de desempe-nho que deverão ser atendidos pelos sistemas conforme serão mostrados abaixo:

A) SEGURANÇA

Desempenhoestrutural

A resistência e a estabilidade estru-tural dos sistemas de pisos e vedações verticais são analisadas em função de possíveis ações que podem acontecer durante a vida útil de projeto da edifica-ção. Os critérios mínimos de desempe-nho estrutural estabelecidos na norma devem ser atendidos prontamente para os requisitos: Estabilidade e resistência estrutural; Limitação dos deslocamen-tos verticais e horizontais; e Resistência

a impactos de corpo mole, corpo duro e cargas verticais concentradas (somente para pisos).

Segurançaaofogo

Em relação ao desempenho dos ma-teriais quanto à segurança ao fogo, os dois requisitos contemplados na norma foram dificultar a ocorrência da inflamação generalizada e dificultar a propagação do incêndio, da fumaça e preservar a estabilidade estrutural da edificação.

Segurançanousoenaoperação

O desempenho quanto à segurança no uso e na operação englobam os se-guintes requisitos: coeficiente de atrito da camada de acabamento, segurança na circulação e segurança no contato direto. Vale ressaltar que a resistência ao escorregamento não é uma caracte-rística apenas do material da superfície, uma vez que inúmeros fatores podem interferir no meio. Não existe uma ca-mada de acabamento de pisos antider-rapante, mas sim uma condição de uso com menor risco de escorregamento. Sendo assim, devemos utilizar apenas o coeficiente de atrito da camada de acabamento como parâmetro para especificar um produto para as áreas críticas, como áreas molhadas, rampas, escadas em áreas de uso comum e terraços, entre outras. Já no requisito de segurança na circulação envolve os critérios de desníveis abruptos não iden-tificados e abertura máxima de frestas nos sistemas de pisos. O requisito de segurança no contato direto prevê a ausência de arestas contundentes e a não liberação de fragmentos perfu-

rantes em condições normais de uso e manutenção.

B) HABITABILIDADE

Estanqueidade

Neste caso, para os sistemas de pi-sos, a norma contempla 3 requisitos: Estanqueidade de sistema de pisos em contato com a umidade ascendente, estanqueidade do sistema de pisos em áreas molháveis da habitação e em áreas molhadas. A ABNT NBR 15575-3 estabeleceu que áreas molháveis não são estanques, sendo que esta informação deve constar no Manual de Uso, Operação e Manutenção de todos os sistemas de pisos disponíveis no mercado. Portanto, não pode haver formação de lâmina d’água nas áreas molháveis. Referente ao requisito de es-tanqueidade de áreas molhadas, a nor-ma estabelece que a superfície da face inferior e os encontros com as paredes e pisos adjacentes devem permanecer secos quando submetidos a uma lâmina d’água. Para os sistemas de vedações verticais, a norma estabelece os seguin-tes requisitos: Infiltração da água nos sistemas de vedações verticais externas (fachadas),o qual determina que as fachadas devem ser estanques à água proveniente de chuvas incidentes ou de outras fontes e umidade nas vedações verticais externas e internas decorren-tes da ocupação do imóvel, o qual não permite a infiltração de água através das suas faces quando em ambientes de áreas molhadas e molháveis.

Desempenhotérmico

Os requisitos de desempenho térmico

Desempenho do produto

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são analisados de forma global e para o atendimento dos critérios estabelecidos deverão ser utilizadas as zonas biocli-máticas nacionais. Esta análise pode ser realizada por meio de simulações e as condições de ventilação e sombre-amento da edificação, principalmente para os sistemas de vedações verticais internas.

Desempenhoacústico

No caso do desempenho acústico para o sistema de pisos, foram conside-rados o isolamento de ruído de impac-to, decorrente do caminhamento e da queda de objetos, ou outro motivo, e o isolamento de ruído aéreo decorrente de conversas, som proveniente de TV, entre outros. Esta verificação é realizada em unidade autônomas.

Para os sistemas de vedações verticais verifica-se somente o isolamento do ruído aéreo entre o meio externo e in-terno (fachadas), unidades autônomas e entre dependências de uma unidade e áreas comuns (como salão de festas e academias).

Desempenholumínico

Durante o dia e durante a noite, as dependências da edificação devem receber iluminação natural e artificial, respectivamente, de modo a propor-cionar condições internas satisfatórias para a ocupação e circulação no local conforto e segurança. Este requisito não é aplicável as sistema revestimento cerâmico.

C) SUSTENTABILIDADE

Durabilidadeemanutenibilidade

A durabilidade é um requisito funda-mental para a edificação habitacional e a sua manutenção essencial para manter a capacidade funcional e as ca-racterísticas estéticas compatíveis com o envelhecimento das natural dos mate-riais durante a vida útil de projeto.

Para o sistema de piso são três os requisitos contemplados pela norma: Resistência à umidade do sistema de pisos de áreas molhadas e molháveis; Resistência ao ataque químico dos sistemas de pisos; e Resistência ao desgaste em uso. O requisito de re-sistência à umidade prevê que o piso não apresente alterações e danos tais como alteração da tonalidade, bolhas, fissuras, destacamentos eflorescências, entre outros, frente à presença de umi-dade de forma a comprometer seu uso. No caso específico de placas cerâmicas, a mudança de tonalidade quando o tardoz ou laterais da peça entram em contato com umidade, é permitida, desde que previamente informada pelo fabricante e deve constar no Manual de Uso, Operação e Manutenção do usuário. Em relação à resistência ao ataque químico, os materiais de acaba-mento deverão resistir a exposição aos agentes químicos normalmente utili-zados na edificação ou presentes nos produtos de limpeza doméstica desde que usados conforma a recomendação do fabricantes. Para as placas cerâmicas deverão ser usadas as normas especí-ficas do produto, assim como no caso do desgaste por abrasão.

Para os sistemas de vedações verticais externas (fachadas), as paredes externas incluído seus revestimentos, em função de ciclos de exposição de calor e res-friamentos que ocorrem durante a sua vida útil devem apresentar limites de

deslocamentos e falhas como fissuras, destacamentos, empolamentos ou des-colamentos entre outros que possam comprometer a utilização do sistema.

Funcionalidadeeacessibilidade

Os sistemas devem propiciar mo-bilidade e segurança para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida. Nestes casos, o sistema de pisos e vedações verticais deve atender a ABNT NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equi-pamentos.

Confortotátil,visualeantropodinâmico

Neste requisito as atividades normais dos usuários quanto ao caminhar, apoiar, limpar, brincar não podem ser prejudicadas. Sendo assim rugosidades, contundências, depressões e outras irregularidades nos elementos, com-ponentes, equipamentos ou quaisquer outros acessórios ou partes da edifica-ção devem ser avaliados. Neste item, a percepção estética do usuário também é levada em consideração, daí a impor-tância do requisito de homogeneidade quanto à planicidade da camada de acabamento, pois estas totalizam uma parcela relevante de uma habitação. Na norma, para os sistemas de pisos foram estabelecidos limites para ondulações na camada de acabamento ou em su-perfícies regularizadas para a fixação desta camada. As irregularidades gra-duais não podem superar 3 mm.

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Guia Geral de Cerâmica & Assentamento 2015

Como você pode observar nos capítulos anteriores, a especificação de produtos cerâmicos envolve diversos fatores estéticos e técnicos. Assim, quando for escolher os revestimentos para seu projeto ou obra, analise detalhadamente o uso que eles terão. Para facilitar seu trabalho, desen-volvemos uma Ficha Técnica Padrão. Preenchendo-a, você terá os critérios mais adequados para o material que irá revestir o ambiente em vista.

Uma parte dos dados, você conseguirá diretamente da obra: dimensões, uso, metragem. A outra, você encontrará nas próximas páginas, onde rela-cionamos os principais usos e aplicações das placas cerâmicas na forma de fichas técnicas. Em cada uma, você encontrará, de modo simples e prático, todas as características técnicas de cada aplicação: resistência mecânica, resistência à abrasão, coeficiente de absorção de água, etc.

Preencha a ficha padrão, com base nas informações deste capítulo e também no de assentamento, ao final. Você terá uma orientação completa sobre os materiais mais apropriados para o que planeja. Mas lembre-se: os dados são uma orientação. Podem existir situações, contudo, em que cuidados especiais devam ser tomados. Nesses casos, o melhor é consultar um profissional especializado.

Escolha sem problemas

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Ficha modelo

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Agora, você tomará contato com uma mostra técnico-comercial de placas cerâmicas, oferecida pelo fabricante. Foi solicitado uma apresen-tação padronizada, de maneira a facilitar e agilizar suas consultas. Assim, você obterá as principais informações para especificação e execução de seu projeto.

É importante salientar, ainda, que essa parte está dentro do contexto da obra, ou seja, os fabricantes, além de mostrarem as aplicações de seus produtos, o fazem apresentando dados técnicos.

Isso permitirá a você relacionar as informações da parte técnica com os dados técnico-comerciais do Guia, alicerçando bem seu projeto. Reitera-mos a importância da consulta direta ao fabricante, afim de aprofundar as informações desejadas.

A palavra do fabricante

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Série KoriKori Series

KORIAbsorção de água (%) ≥ 10% BIII

Grupo Utilização G1 - Uso em Parede

Resistência a manchas 5Resistência ao ataque

químicoGA / GLB

Resistência ao gelo Cumpre a normaMódulo de ruptura à flexão

(N/mm2)≥ 15 N/mm²

Carga de ruptura (N) ≥ 600 NChoque térmico Cumpre a norma

Expansão por umidade EPU ≤0,6mm/mResistência ao gretamento Não gretarCoeficiente de atrito seco Não se Aplica

Coeficiente de atrito molhado Não se AplicaFormato (cm) 30 x 90.2

Espessura (mm) 11,0 mmPeças/caixa 4

M2 /caixa (m2 ) 1,08

Os insertos decorados da Série Kori foram desenvolvidos a partir de fortes tendências da arquitetura de interiores, mesclando relevos geométricos com a técnica do patchwork, hexágonos e texturas diversas criam uma harmoniosa composição, depois da aplicação formam painéis únicos e alta-mente contemporâneos. A tecnologia de impressão digital em alta resolução permite combinar cores, texturas e grafismos lúdicos sobre relevos tridimensionais. A grande va-riação de profundidade possibilita explorar efeitos de luz e sombra nas paredes.

Ideais para aplicação em qualquer parede interna, os insertos da Série Kori valori-zam as paginações e quando aplicados na horizontal são perfeitos para compor painéis decorativos em lavabos, banheiros, copas ou até mesmo cabeceiras de cama. Os produtos em formato amplo são reti-ficados, ideais para aplicação com junta mínima de 1mm, quase imperceptíveis após a aplicação.Composição da série

INS KORI BRANCO ACETINATO 30x90,2 RETIFICADOINS KORI PATCH ACETINADO 30x90,2 RETIFICADO

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Série AndyAndy Series

Avenida Padre Natal Pigato, 97483607-240 Campo Largo, PR, Brasiltel: +55 41 2105 2500 www.incepa.com.br

ANDYAbsorção de água (%) ≥ 10% BIII

Grupo Utilização G1 - Uso em Parede

Resistência a manchas 5Resistência ao ataque

químicoGA / GLB

Resistência ao gelo Cumpre a normaMódulo de ruptura à flexão

(N/mm2)≥ 15 N/mm²

Carga de ruptura (N) ≥ 600 NChoque térmico Cumpre a norma

Expansão por umidade EPU ≤0,6mm/mResistência ao gretamento Não gretarCoeficiente de atrito seco Não se Aplica

Coeficiente de atrito molhado Não se AplicaFormato (cm) 30 x 90.2

Espessura (mm) 11,0 mmPeças/caixa 4

M2 /caixa (m2) 1,08

Pode ser utilizado em grandes áreas, apenas em detalhes ou em painéis decorativos. No formato 30X90,2 Retificado, sua estampa reproduz os antigos azulejos 30X30, efeito obtido depois de aplicados com junta de 1mm e rejuntados com rejunte branco. É um produto versátil e neutro que permite aplicação coordenada com uma grande diversidade de pisos. Seu uso passa por diversas áreas como banheiros, lavabos, cozinhas e se estende a salas, quartos e até mesmo espaços comerciais.

Seguindo uma forte tendência na arquite-tura contemporânea, a Incepa apresenta os revestimentos da Série Andy. O revesti-mento - RV ANDY NUDE AC 30X90,2 RET - traz uma suave textura de trama têxtil, enquanto os insertos - INSERTO ANDY NUDE AC 30X90,2 RET - com inspiração retro, mesclam de forma aleatória dife-rentes estampas em suas peças e, quando aplicados, proporcionam paginações úni-cas, com atmosfera sofisticada e original. A releitura de clássicos das décadas de 60 e 70 proporcionou criar revestimentos que harmonizam entre si e com diversos estilos de decoração. Seu uso pode ser explorado de forma quase ilimitada em grandes planos ou pequenos detalhes, valorizando ainda mais os espaços.

Composição da série:RV ANDY NUDE ACETINADO 30x90,2 RETIFICADOINS ANDY NUDE ACETINADO 30x90,2 RETIFICADO

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Série Oxi RuddyOxi Ruddy Series

OXI RUDDYAbsorção de água (%) ≤ 0,5% BIa

Grupo Utilização G6 - Uso em todas as dependências

residenciais e ambientes

comerciais de tráfego intenso

Resistência a manchas 5Resistência ao ataque

químicoGA / GLB

Dureza do esmalte (Mohs) 5Resistência ao gelo Cumpre a norma

Módulo de ruptura à flexão (N/mm2)

≥ 37 N/mm²

Carga de ruptura (N) ≥ 1500 NChoque térmico Cumpre a norma

Expansão por umidade EPU ≤0,6mm/mResistência ao gretamento Não gretarCoeficiente de atrito seco 0,8

Coeficiente de atrito molhado 0,50 a 0,69 - Uso em calçadas

residências, escadas internas e

varandas.Formato (cm) 60 x 60

Espessura (mm) 9,5 mmPeças/caixa 4

M2 /caixa (m2 ) 1,44

Energia e personalidade para espaços au-tenticamente contemporâneos.Nos dias atuais, o aço oxidado é sinônimo de arquitetura contemporânea de linhas arrojadas e a Série Oxi Ruddy reflete estas características. O Porcellanato Tuttomassa reproduz com perfeição as nuances de cor, tonalidade e desenhos das placas de cobre oxidado pela ação do tempo. É ideal para ambientes externos ou internos, paginado em grandes áreas ou valorizando pequenos detalhes.

São ideais para compor painéis decora-tivos, mas seu uso é indicado para todas as dependências residenciais e ambientes comerciais de tráfego médio, inclusive cal-çadas residenciais e terraços descobertos. As bordas retificadas permitem a aplicação com junta mínima de 1mm que valoriza a paginação.

Composição da série:PT OXI RUDDY COBRE 60x60 RETIFICADO GRIP PLUS

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Guia Geral de Cerâmica & Assentamento 2015

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Série EdgeEdge Series

Avenida Padre Natal Pigato, 97483607-240 Campo Largo, PR, Brasiltel: +55 41 2105 2500 www.incepa.com.br

EDGE

Sem ABS Com ABS

Absorção de água (%) ≤ 0,5% BIa ≤ 0,5% BIa

Grupo Utilização G6 - Uso em todas as dependências

residenciais e ambientes comerciais

de tráfego intenso

G6 - Uso em todas as dependências

residenciais e ambientes comerciais de tráfego

intenso

Resistência a manchas 5 4

Resistência ao ataque químico

GA / GLB GA / GLB

Dureza do esmalte (Mohs) 4 8

Resistência ao gelo Cumpre a norma Cumpre a norma

Módulo de ruptura à flexão (N/mm2)

≥ 37 N/mm² ≥ 37 N/mm²

Carga de ruptura (N) ≥ 1500 N ≥ 1500 N

Choque térmico Cumpre a norma Cumpre a norma

Expansão por umidade EPU ≤0,6mm/m ≤0,6mm/m

Resistência ao gretamento Não gretar Não gretar

Coeficiente de atrito seco 0,7 0.94

Coeficiente de atrito molhado

< 0,40 - Uso em ambientes onde não requer a resistência ao escorregamento.

≥ 0,70 - Uso em decks de piscinas, escadas

externas, rampas com no máximo 10% de

inclinação.

Formato (cm) 80 x 80 80 x 80

Espessura (mm) 10,7 mm 10,7 mm

Peças/caixa 3 3

M2 /caixa (m2 ) 1,92 1,92

Desenho geométrico e cor neutra para áreas internas ou externas.Os porcellanatos da Série Edge foram inspi-rados nos charmosos ladrilhos de mármore oitavados. A estampa traz formas geomé-tricas justapostas harmonicamente, criando assim uma sensação de continuidade na paginação. São ideais para personalizar a decoração, criando tapetes ou combinados com outros elementos como madeira e pe-dra. Além da versão acetinada, para áreas internas, foi desenvolvida a versão ABS, para áreas externas, que podem ser utili-zadas simultaneamente para a integração visual destes espaços. A grande variação de tonalidade entre as peças traz naturalidade ao porcellanato, valorizando ainda mais a aplicação.

Com Grupo de Utilização G6, seu uso é indicado para todas as dependências resi-denciais e ambientes comerciais de tráfego intenso. O acabamento retificado permite a aplicação com junta mínima de 1mm.

Composição da série:PP EDGE BEGE 80x80 RETIFICADOPP EDGE BEGE 80x80 RETIFICADO ABS

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Guia Geral de Cerâmica & Assentamento 2015

Coleção IndustrialIndustrial Collection

A Coleção Industrial da Gail, empresa líder em revestimentos de alto desempenho, é a solução técnica que incorpora garantias de resistência, durabilidade, segurança, fácil manutenção e economia. Foi desenvolvida para suportar diferentes agentes agressores, típicos de uma intensa rotina de uso. Capa-cidade de resistência mecânica, resistência a produtos químicos, a variação bruscas de temperatura, alto grau de limpabilidade, são alguns dos requisitos atendidos pela coleção. Suas peças são produzidas em cores claras para fácil visualização da sujeira e correta limpeza, proporcionando um aspecto higie-nizado à área industrial, respeitando as regu-lamentações da Anvisa. A garantia integral Gail é obtida pela especificação do sistema completo: revestimentos, peças, especiais e de acabamentos, produtos para assenta-mento, rejuntamento e limpeza. A coleção se diferencia também por seu sistema exclu-sivo de Garras Cônicas, uma tecnologia que garante melhor fixação das placas e peças especiais, assinando a competência da Gail para produtos de alta performance.

Gail’s Industrial Collection, leader in high performance coatings, is a technical solution that incorporates guarantees of resistance, durability, safety, easy maintenance and economy. It was de-veloped to support different aggressors agents, typical of an intense routine use. With mechanical strength, resistance to chemicals and to sudden temperature changes, high level of cleanability, these are some of the requirements met by the collection. Its pieces are produced in bright colors for easy viewing of dirt and correct cleaning, providing sanitized aspect to industrial area, respecting the regulations of Anvisa. Gail’s full gua-rantee is obtained by specifying of the whole system: coatings, pieces, and co-ating pieces, for adhesive sets, grouting and cleaning products. The collection is also distinguished by its exclusive system Conic Claw, a technology that ensures better fixation plates and special pieces, showing Gail’s competence for high-performance products.

Peças especiais: Apoio de Grelhas/ Canaleta/ Canto/ Rodapé

Special pieces:Grid Support/ Channel/ Round Mitre/ Skirting

TELEVENDAS 55 (11) 2423-2626

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ShowroomAv. Nações Unidas, 12.399 - Conj. 73B | 04578 000 | São Paulo - SP | BrasilTel 55 (11) 2423-2626gail.com.br | [email protected]

Coleção IndustrialIndustrial Collection

Complete and exclusive system for Industries and Professional Kitchens.

Sistemas completos e exclusivos para indús-trias e cozinhas profissionais.

A Gail oferece sistemas completos e cus-tomizados em revestimentos cerâmicos de alta performance. São produtos para pisos e paredes indicados para as mais variadas ne-cessidades de uso. Para atender aos diversos tipos de indústrias, a Gail complementou seu portfólio de argamassas e rejuntes anticor-rosivos, além de produtos de limpeza espe-cíficos que não agridem o rejuntamento e a característica dos revestimentos. Produtos, sistemas e soluções técnicas: compromisso com o design funcional e qualidade. Seu sistema completo é um mix de produtos e serviços que garantem a estabilidade, a durabilidade e a alta performance do piso: revestimentos cerâmicos, peças especiais e de complemento (como apoio de grelhas, canaletas, rodapés), argamassas, rejuntes produtos de limpeza e manutenção, faz da Gail a empresa que apresenta soluções para projetos desde cozinhas profissionais a indústrias, inclusive as químicas.

Gail offers complete and custom systems for higt performance ceramic coatings. These are products for floors and walls indicated to the most varied needs of use. To fulfill different types of industries, Gail complemented its portfolio of mortars and anticorrosive grouts, and specific cleaning products that do not harm the grout and the characteristic of the coatings. Products, systems and technical solutions: commit-ment to functional design and quality. Its entire system is a mix of products and ser-vices that ensurefloor’s stability, durability and high performance: ceramic coatings, special and complemente (with grids sup-port, channels, skirting), mortars, grouts, cleaning and maintenance ,makes Gail a company that provides the ideal solution for projects from the professional kitchens and industries, including chemical industries.

Conheça MaisPara mais informações sobre a empresa, produtos e serviços, entre em contato atra-vés do TELEVENDAS 55 (11) 2423-2626.Acesse o Portal Gail gail.com.br ou baixe o conteúdo deste material e outras coleções através do link http://www.gail.com.br/ar-quivos/catalogo_geral_gail_jun2013.pdf

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Chama-se revestimento cerâmico ao conjunto composto pelas placas cerâmicas, argamassa para assentar e para rejuntamento e outros elementos construtivos, como as juntas de dilatação. Assim, é importante salientar que apenas a correta escolha das placas cerâmicas não garantirá a satisfação do usuário final, se essa escolha não estiver dentro de um contexto mais amplo: o do projeto de um sistema de revestimento cerâ-mico completo, que envolva a interação entre os vários elementos citados acima. Assim como um bom tecido não é garantia de uma ótima roupa sem um estilista e um costureiro à altura, boas placas nada poderão fazer sozinhas, se o projeto de revestimento for deficiente (ou inexistente) e o assentamento, mal executado. Lembre-se sempre de que grande parte das patologias em sistemas cerâmicos requerem a troca das placas para sua correção, envolvendo custos e retrabalho. Mas todas as patologias podem ser evitadas através de um estudo acurado do revestimento. Ao encomendar ou executar esse estudo, procure analisar os seguintes pontos: a técnica de assentamento mais adequada (tradicional ou com argamassa industrializada colante - e, neste caso, que tipo de argamassa será mais aconselhável), o tipo de rejunte mais indicado, eventuais reparos exigidos pelo substrato, localização e dimensões das juntas de colocação, dilatação, estrutural e de dessolidarização, a limpeza pós-obra e, por último, a experiência do assentador. Somente a correção desses itens lhe permitirá a obtenção de um bom conjunto.

Formando um conjunto

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Guia Geral de Cerâmica & Assentamento 2015

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As juntas são muito importan-tes na estabilidade do revestimento cerâmico. Elas podem ser divididas em dois grupos: as de assentamento ou colocação; e as de deformação. É importante notar que a adoção de um tipo não exclui o outro. Pelo con-trário, para que o sistema funcione corretamente e você obtenha um revestimento durável e sem patolo-gias, é necessário o uso de todos os tipos de juntas, segundo os critérios técnicos mais indicados. As juntas de assentamento são as formadas pelas frestas entre as placas cerâ-micas. Suas principais finalidades são três: a) corrigir pequenas dife-renças de tamanho, melhorando o alinhamento das placas; b) permitir a movimentação do conjunto, em função de dilatações ou contrações de origens diversas; e c) possibilitar a troca de placas, sem o risco de que-brar as demais. A largura das juntas de assentamento varia conforme a dimensão das peças e suas caracte-rísticas térmicas, como a dilatação térmica. Por isso, os fabricantes são obrigados a fornecer a largura ideal para seus produtos e o melhor meio de informar-se é consultar as emba-lagens ou os serviços de atendimen-to ao cliente. Lembre-se também que todas as placas necessitam de juntas de assentamento, seja para piso ou parede. Mesmo as peças retificadas requerem uma pequena junta (0,5 mm), pois a retífica não elimina o trabalho térmico da placa, por menor que ele seja.

As juntas de assentamento serão preenchidas, numa etapa posterior da obra, pela argamassa de rejun-tamento. Devido às suas possibili-dades estéticas, o rejunte é usado pelos projetistas para personalizar o ambiente, lançando mão de suas cores, largura e densidade da trama. Sendo o ponto de partida desse uso “estético” do rejunte, as juntas de assentamento merecem um cuidado adicional.

JUNTAS DE DEFORMAÇÃO

Como indica o nome, são as des-tinadas a absorver movimentações estruturais ou do revestimento. Podem ser classificadas em juntas estruturais, juntas de movimenta-ção ou dessolidarização, e juntas especiais. As juntas estruturais são aquelas já existentes na estrutura de concreto. Devem ser mantidas na posição em que se encontram e com a mesma largura em toda sua ex-tensão e através das várias camadas que constituam o revestimento. São preenchidas com isopor, borracha ou similar. Na camada superficial, recebem mástique. Já as juntas es-peciais destinam-se a locais sujeitos

ao ataque de agentes agressivos, como ácidos, bases e óleos. Devem ter largura mínima de 7 mm, para facilitar o preenchimento com ma-teriais apropriados.

MOVIMENTAÇÃO

Também chamadas de juntas de dessolidarização, recomenda-se seu uso no encontro de superfícies em planos distintos. São exemplos: o encontro de piso e parede, parede e forro, e destes elementos com outros obstáculos, como muretas, vigas e pilares. Seu uso também é indicado em lugares de ocorrência de mudança de materiais que com-ponham o substrato, por exemplo, na troca da base de concreto pela de tijolos cerâmicos. Preenchidas por material elástico poliuretânico, devem chegar, de preferência, até a alvenaria ou a estrutura de concreto. Sua largura mínima recomendável é de 5 mm.

ARGAMASSAS

Há dois métodos de assentamento de placas cerâmicas. Sua diferença é o tipo de argamassa emprega-da. No método tradicional, usa-se argamassa composta no canteiro de obra, com cimento, areia e cal hidratada. Com a necessidade de cortar gastos, esse método está sen-do abandonado pelos construtores, pois, além de gerar um desperdício

A importância de cada elemento

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de até 40% em volume, requer uma camada mais espessa de aplicação. Você deve considerar, ainda, que essa sobrecarga não tenha implica-ções apenas durante a execução do revestimento. Uma maior camada de argamassa significa mais peso, também, na estrutura, demandan-do lajes, vigas e pilares maiores e encarecendo a obra desde suas fundações. A alternativa é o uso de argamassa colante industrializada. . Por definição, trata-se de um produ-to composto à base de cimento por-tland, agregados minerais e aditivos químicos (retentores, plastificantes, impermeabilizantes, etc). Quando misturada com a água, gera uma massa viscosa, plástica e aderente.Como as normas das argamassas estão em processo de revisão jul-gamos conveniente não citá-las nessa edição. Caso necessite dessa informação envie-nos um email para [email protected] que ire-mos encaminhar sua solicitação a quem poderá lhe ajudar nisso.

Suas principais propriedades são:

a)aderência:é a força de união entre a pla-

ca e o substrato. A adesão entre esses dois elementos ocorre por meio de ligantes, fatores químico e físicos. Chama-se ancoragem ao predomínio de um desses fatores. Na anco-ragem química, a adesão se dá, sobretudo, por reação entre a argamassa, o substrato e o verso da placa cerâmica. Na ancoragem

O braço direito do assentador

Boas e adequadas ferramentas são tão importantes para o assentamento de placas cerâmicas, quanto a experiência do colocador e a correta especificação do material. Além de possuir uma linha completa de ferramentas para trabalhar, o assentador precisa zelar pela sua limpeza e manutenção, melhorando o desempenho no serviço e a vida útil dos seus intrumentos de trabalho. Apresentamos, neste quadro, algumas das mais importantes ferramentas no dia-a-dia da colocação de produtos cerâmicos.

Nível de bolha

Desempenadeira de borracha

Cortador manual

Mangueira de nível

Colher de pedreiro

Espaçadores

Desempenadeira dentada Martelo de borracha Espátula

Metro

Rodo

Serra copoas

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mecânica, a argamassa penetra nos poros superficiais do substrato e da placa, solidificando-se e for-mando “microganchos” que fixam o ma-terial, como um velcro. De acordo com o uso a argamassa deve ter ade-rência quando submersa em água e/ou quando exposta ao calor.

b)tempoemaberto:é o intervalo de tempo em que

um pano de argamassa, estendido sobre o substrato, apresenta ade-rência satisfatória. O intervalo varia conforme o tipo de argamassa. Para verificar a trabalhabilidade do material, recomenda-se o teste da “ponta dos dedos”. Toque a su-perfície da argamassa e verifique se está pegajosa. Se estiver ressecada, retire todo o pano e o substitua por material ainda aderente.

c)tempodeajuste:é o intervalo de tempo em que

ainda é possível retificar a posição de uma placa mal colocada. Está ligado à capacidade de retenção de água da argamassa.

d)deslizamento:praticamente não deve ocorrer

deslizamento de uma placa quando assentado com argamassa colante em superfícies verticais.

A classificação técnico/comercial, apresentada pelas normas brasilei-ras, divide as argamassas fabricadas no País em três grupos: a AC I (Ar-gamassa Colante Tipo I) é indicada

para uso interno, em piso e parede, e possui tempo em aberto de 15 minutos. A ACII é usada em exte-riores, com tempo em aberto de 20 minutos. Também apresentando tempo em aberto de 20 minutos, a AC III é recomendada para locais que exijam elevado esforço mecânico, como garagens, halls de hotéis e supermercados. Note também que, em ambientes internos, você pode adotar uma argamassa rígida. Em locais expostos a intemperismo, é preferível uma argamassa flexível, que absorva as variações dimen-sionais decorrentes de dilatação ou contração térmica.

Por último, costuma-se calcular ra-pidamente o consumo de argamassa para assentamento do seguinte modo: de 7 a 8 kg/m² para placas maiores que 30x30 cm; de 4 a 5 kg/m² para peças até 30x30 cm.

REJUNTAMENTO Além do valor estético, o rejun-

tamento possui importante papel técnico no revestimento cerâmico. Uma delas é preencher as juntas de assentamento, impedindo in-filtrações. A argamassa de rejun-tamento é encontrada em duas versões. As à base de cimento portland são recomendadas para uso interno e externo, mas apre-sentam baixa resistência a ácidos. Para usos como pisos industriais e outros sujeitos ao ataque químico, foram desenvolvidas argamassas de

rejuntamento furânicas ou à base de epóxi. Deve-se esperar três dias, após o assentamento, para executar o rejuntamento quando o processo utilizar argamassas de assentamen-to industrializadas convencionais, porém há no mercado argamassas de secagem rápida que permitem a aplicação do rejuntamento a partir de 3 horas após o assentamento da peça. Como características desejá-veis do rejunte, apontam-se: bom acabamento final, boa resistência a fungos e algas, boa durabilidade e facilidade de limpeza. Nas próximas páginas, você encontrará um guia de escolha para argamassas de as-sentamento e rejunte, conforme o uso desejado. Cada ficha destaca os pontos críticos da especificação.

Monte um roteiro para auxiliá-lo na hora de especificar o melhor produto para cada tipo de aplicação. Onde vai ser aplicado o revestimento? Qual o tipo de base: emboço, contrapiso, alvenaria? Qual tipo de peça será aplicada, pedra, cerâmica, porcelanato, pastilhas? Quais solicitações ligadas à utilização do local: umidade, calor, tráfego intenso?

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A seguir, você encontrará fichas técnicas com as principais dicas para escolher corretamente argamassas industrializadas para assentamento ou rejuntamento de placas cerâmicas. Selecionamos os casos mais típicos, ressaltando as características críticas de cada um e as demais propriedades que o produto deve possuir. Para tirar qualquer dúvida, consulte o serviço de atendimento ao consumidor do fabricante.

Lembre-se de que a colocação precisa ser muito bem planejada para evi-tar retrabalhos. Esteja atento aos prazos para impermeabilização, rejunte, secagem e limpeza, entre outras etapas da obra.

Proteja o piso contra a abrasão (desgaste superficial), manchas e outros inconvenientes, se for necessário realizar outras tarefas sobre as placas recém-assentadas, como passagem de fiação elétrica, instalação de gabi-netes de cozinha ou banheiro. Existem hoje no mercado alguns produtos específicos para fazer essa proteção.

Se você optar por rejuntamento colorido, faça um teste para verificar se o produto não manchará as placas, frustrando a expectativa de um ambiente harmonioso e funcionalmente correto. A recomendação é reforçada, em se tratando de placas não-esmaltadas.

Alguns locais merecem atenção especial, como banheiros (e, em especial, o box), onde a cerâmica fica constantemente em contato com a água; fachadas, devido à exposição ao intemperismo e às variações térmicas e, se for o caso, à maresia; piscinas, devido ao contato com a água e com os produtos químicos para limpeza; e pisos com alto tráfego ou sujeitos à ataques químicos, como em indústrias e outros locais. Em caso de dúvida, consulte um especialista.

A palavra do fabricante

Como na apresentação das placas cerâmicas aqui também os fabricantes de produtos para assentamento que formam o conjunto mostram os seus produtos de uma perspectiva técnico-comercial, mostrando dados de per-formance e no que podem contribuir em sua obra e em seu projeto.

Os critérios da escolha

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Produtos quartzolitquartzolit products

Informações técnicas www.weber.com.br

super formatos quartzolitÉ uma argamassa colante de alto

desempenho, tipo ACIII-E (conforme norma NBR 14.081), na cor branco, indicada para situações complexas de assentamento de porcelanatos, mármores e pedras nobres.

O produto garante o melhor desem-penho no assentamento ou sobrepo-sição de porcelanatos, inclusive de baixa espessura, mármores, granitos e pedras de até 4m² em áreas internas ou externas. Também é indicado para áreas de grande movimentação de pedestres, tais como shopping centers ou edifícios comerciais.

Além disso, o produto faz parte da linha conceito quartzolit, que proporciona atributos exclusivos para melhor conforto e qualidade na obra, tais como:

• Secagem rápida: possibilita re-juntar e trânsito leve sobre as peças em 3 horas.

• Sem Poeira: obra mais limpa e confortável.

• Exclusiva embalagem selada: am-plia a proteção ao produto e limita o vazamento de pó.

• Cor branco: ideal para porcela-natos e mármores claros pois não mancha a pela e facilita a limpeza final da obra.

• Disponível nas versões de 10kg (embalagem com alça) e 20kg.

Dados gerais:Composição: cimento, areia e adi-

tivos especiaisCor: brancoEmbalagem: 10kg ou 20kgConsumo: 4kg/m² aplicação em

camada simples ou 8kg/m² aplicação em camada dupla

Tempo de liberação da obra: Trafé-go leve e rejuntamento em 3 horas, todo tráfego em 12 horas.

super formatos quartzolitHigh performance tile adhesive

mortar, attending the requests as ACIII-E, according to the Brazilian standard norm NBR 14.081. Availa-ble in white color, it’s mostly indica-ted to complex tiles, porcelain tiles and marble stones setting.

The product ensure the best per-formance in setting porcelain tiles or noble stones up to 4 square meters on normal surface or over former ce-

ramic/porcelain tile surfaces, in internal or external areas. It’s also indicated to slim porcelain tile revetments, and for areas where there high intensity of traffic, including commercial buildings and shopping malls.

Furthermore, this product belongs to quartzolit concept line, that pro-vides exclusive attributes, to more comfort and better quality in cons-truction sites or refurbish, such as:

• Fast setting: allows light traffic and grouting after 3 hours.

• Low dust: more comfortable and clean jobsite.

• Exclusive sealed packaging: rai-ses product protection and limits leaking of dust.

• White color: ideal for light tone porcelain tiles or marbles, because it doesn’t stain and facilitate the final clean up.

• Available in packages of 10 and 20kg.

General information:Composition: cement, sand and

special additives Color: WhitePackaging: 10kg or 20kgConsumption: 4kg/m² applied on

one layer and 8kg/m² applied on two layers.

Jobsite finishing: allows light traffic and grouting after 3 hours and total traffic after 12 hours.

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Produtos quarzolitquartzolit products

rejuntamento epóxi quartzolitArgamassas bicomponente para

rejuntamento, possui excelente de-sempenho em juntas entre 1 mm e 5 mm, é indicada para cerâmicas, porcelanatos, grés, semigrés, re-tificados ou técnicos, mármores, granitos, pastilhas de vidro e de porcelana em áreas internas, ex-ternas ou submersas. Produto com formulação macia e de fácil mistura e aplicação.

Apresenta o melhor acabamento entre a gama de rejuntamentos quartzolit, também é indicado para uso residencial, comercial ou indus-trial. É ideal para áreas sujeitas à umidade e contato com água, pois é totalmente impermeável e resistente a formação de algas e fungos. Tam-

bém é resistente a ataques químicos, inclusive de ácido.

Disponível em 10 cores.Dados gerais:Composição: resina epóxi, pig-

mentos, aditivos e cargas mineraisCor: disponível em 10 coresEmbalagem: 1,5kgTempo de liberação da obra:

6 horas para todo tráfego.

rejuntamento epóxi quartzolitBicomponent grouting mortar,

with excelent performance over joints between 1 mm and 5 mm, it’s indicated for all types of ceramics and porcelain tiles, and also for marble, granite stones and mosaics in internal, external or submerged

areas. Product specially designed for a lighter and smoother mixture and application.

Presents the best finishing in the whole quartzolit grouts portfolio, it is also indicated for residential, commercial or industrial use. It’s ideal for areas where there is pre-sence of water or submerged areas because it’s totally waterproof and resistent to the appearance of algae and fungi. Also resists to chemical attacks, including acids.

General information:Composition: epoxi resin, pig-

ments, additives and mineral fillers. Color: available in 10 colorsPackaging: 1,5kgJobsite finishing: allows total

traffic after 6 hours.

Consumo/ Consumption:

Informações técnicas www.weber.com.br

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