guia socioeducativa

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GUIA TERICO E PRTICO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS

ILANUD - Instituto Latino Americano das Naes Unidas para Preveno do Delito e Tratamento do Delinquente - Brasil

UNICEF - Fundo das Naes Unidas para a Infncia

2004

GUIA TERICO E PRTICO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS

CRDITOSCoordenao e Organizao

Karyna Batista Sposato

Pesquisadores

Aline Yamamoto Laura Davis Mattar Raquel Lordello Coimbra Joo Pedro Pereira Brando

Assistentes de Pesquisa

Fabio Vicente Vetritti Filho Thiago Monteiro Pereira Otvio Dias de Souza Ferreira Tamara Amoroso Gonalves

Colaboraram na Pesquisa

Juliana Cardoso Benedito Leonardo Cavalini

Diagramao

Erika Alessandra B. Waldmann

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APRESENTAO

O GUIA T ERICO E P RTICO DE M EDIDAS SOCIOEDUCATIVAS ambiciona ser uma contribuio consolidao de novos paradigmas de ao no mbito das polticas pblicas estaduais e municipais de execuo de medidas destinadas a adolescentes em conflito com a lei.

Nesta direo, o Guia organiza-se em cinco (05) partes. A primeira parte corresponde a mais terica sem, contudo, deixar de apresentar experincias concretas de execuo de medidas socioeducativas. Ao discutir poltica de execuo de medidas socioeducativas, trata-se, conseqentemente, da distribuio de competncias e dos papis de cada ente poltico. Sabe-se que a organizao das polticas voltadas infncia e juventude norteada por princpios, que incidem tambm sobre os programas socioeducativos. Falamos de municipalizao, descentralizao, integrao operacional, dentre outros aspectos que devem ser observados na operacionalizao das polticas socioeducativas.

Abordamos ainda temas emergentes que, no nosso entendimento tm sido negligenciados pela execuo das medidas socioeducativas. Questes relativas integrao das polticas setoriais aos programas socioeducativos, a elaborao de planos individualizados de atendimento e a ateno s necessidades de sade dos jovens so aspectos que no podem deixar de ser contemplados na formulao de novos parmetros.

A discusso sobre cada modalidade de medida socioeducativa tambm adquire especial importncia nesta primeira parte, tendo em vista que suas especificidades quanto aos regimes de execuo, durao e finalidades refletem na delimitao de seus programas, e mais do que isso na identificao dos responsveis. Procuramos discutir cada medida

socioeducativa a partir de exigncias prticas, ou seja, atravs da escolha de critrios previamente definidos. A operacionalizao dos programas socioeducativos requer uma anlise mais emprica do que terica, sem

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perder de vista, claro, elementos conceituais, que como vimos, alteram significativamente a execuo dos programas.

Deste modo, selecionamos alguns critrios para cada modalidade de medida socioeducativa, que no nosso entender so fundamentais para o alcance de suas finalidades. Em seguida buscamos identificar em programas j existentes pelo pas a aplicao prtica do critrio escolhido. Esta metodologia de anlise permitiu-nos aferir a exeqibilidade ou no das diretrizes socioeducativas recomendadas. A correspondncia entre os

critrios elencados e a experincia observada indica que, no caso concreto, um aspecto positivo pde ser identificado. importante sublinhar que as experincias mencionadas neste Guia preenchem um ou mais requisitos, mas no podem ser consideradas experincias positivas e exemplares em sua plenitude. Muitas delas, sabidamente possuem falhas e problemas de execuo, mas puderam ser destacadas ao menos pela observncia de um dos critrios que elegemos. Outra observao importante refere-se ao fato de que muitas delas no foram visitadas pessoalmente por pesquisadores do Instituto. A maior parte das informaes obtidas foram resultado de pesquisas na Internet e da informao institucional que recebemos via correio.

Com relao medida de internao, pinamos experincias que se destacam quanto incompletude institucional (levando-se em conta especialmente a utilizao de recursos comunitrios e de polticas intersetoriais, a realizao de atividades externas, a existncia de mecanismos de participao da sociedade civil na gesto, e de instrumentos de controle externo). A estrutura das unidades de internao tambm foi eleita como critrio juntamente com a questo da disciplina. Sobre este aspecto estivemos interessados em identificar unidades com regras claras e previamente conhecidas pelos adolescentes, evitando-se assim

arbitrariedades e a imposio de sanes disciplinares que afrontem a legalidade. Por fim, a existncia de programas de atendimento a egressos da internao e aspectos relacionados sade dos jovens internados

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tambm foram objeto de discusso dos programas socioeducativos de privao de liberdade. A ateno s necessidades especiais de sade dos jovens um tema de extrema atualidade seja em razo da condio peculiar de desenvolvimento dos internados, onde se destaca o sadio desenvolvimento da sexualidade, seja porque questes como a presena de distrbios mentais e drogadio so bastante recorrentes, exigindo que a poltica socioeducativa esteja efetivamente integrada s demais polticas dirigidas juventude.

Para a medida de semiliberdade, reunimos experincias que se destacam pela utilizao de mecanismos de co-gesto e tambm pela estrutura fsica da casa de semiliberdade. Infelizmente ela dentre as medidas socioeducativas a de menor implementao e a que menos possui uma construo terica e doutrinria. Alm de pouca definio legal no Estatuto da Criana e do Adolescente, a medida encontra ainda outros entraves para sua efetiva operacionalizao. Distores nos programas de execuo fazem da medida de semiliberdade um arremedo da internao ou at mesmo da medida protetiva de abrigo, nos casos de adolescentes sem qualquer respaldo familiar ou comunitrio. Como podemos observar no mapeamento por estados (na segunda parte do Guia) numericamente a semiliberdade pouco utilizada, sendo que em determinados estados da federao sequer considerada como uma via socioeducativa.

J com relao medida de liberdade assistida, elegemos como critrios a qualidade das atividades oferecidas nos diferentes programas, sempre tendo em vista a escolarizao e a profissionalizao como seus eixos bsicos. Especificidades relativas ao atendimento tambm devem ser consideradas para a organizao dos programas socioeducativos de liberdade assistida que no podem excluir os atendimentos individuais, em grupo e familiares. O papel do orientador, sua capacitao tcnica e seu vnculo com o programa correspondeu a outro critrio de anlise.

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A Escolarizao e o acompanhamento escolar juntamente com a insero no mercado de trabalho e a profissionalizao do adolescente em cumprimento da medida socioeducativa so os principais objetivos que a liberdade assistida deve perseguir. Tudo isso sem perder de vista que por se tratar de medida executada em meio aberto deve valer-se de recursos comunitrios que favoream a convivncia social e comunitria e a descoberta de novas possibilidades para o adolescente .

Finalmente, a prestao de servios comunidade, de forma anloga liberdade assistida, executada em meio aberto, o que implica a organizao de programas de execuo no mbito dos municpios. Para esta modalidade de medida socioeducativa foram observados critrios quanto ao papel do orientador, a verificao do efetivo benefcio trazido comunidade pelo servio prestado, e da contribuio das atividades desenvolvidas para a profissionalizao do adolescente. Discute-se tambm a prioridade da participao familiar no programa socioeducativo e a importncia de no haver a explorao lucrativa do trabalho do

socioeducando.

Por sua vez, as medidas socioeducativas de advertncia e obrigao de reparar o dano foram abordadas apenas conceitualmente, pois no possuem programas de execuo.

A segunda parte do Guia traz um mapeamento da execuo das medidas socioeducativas de acordo com a regio e Estados. Neste item, descrevemos, a partir de informaes coletadas junto s autoridades estaduais responsveis, como cada medida vem sendo executada e de que modo. Neste ponto, importante ressaltar o perodo compreendido entre os meses de setembro de 2003 e fevereiro de 2004, momento no qual foram coletadas tais informaes. O objetivo central ampliar o conhecimento e a informao sobre as polticas pblicas de atendimento socioeducativo desenvolvidas no Brasil, especialmente no que se refere a:

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-

perfil da Secretaria estadual e rgo responsvel pela execuo das medidas socioeducativas;

-

nmero e capacidade de unidades de internao e semiliberdade ativas, para ambos os sexos;

-

nmero de adolescentes inseridos em cada uma das medidas socioeducativas;

-

descrio da atuao das Secretarias do Governo envolvidas na execuo das medidas;

-

parcerias com a sociedade civil; nvel da municipalizao das medidas em meio aberto; existncia de programa(s) de atendimento ao egresso; existncia de programa(s) de gerao de renda; descrio das diretrizes utilizadas para execuo das medidas.

So apresentados tambm dados sobre a execuo das medidas privativas de liberdade - internao e semiliberdade - no mbito dos Estados da Federao, com informaes sobre nmero de adolescentes em

cumprimento das respectivas medidas e capacidade das unidades de internao e casas de semiliberdade.

A terceira parte do GUIA corresponde informao institucional de todos os projetos e experincias mencionados na ilustrao dos critrios. A idia central funcionar como um facilitador na identificao de projetos, programas ou entidades que se destaquem na implementao de quaisquer dos critrios escolhidos. As experincias so apresentadas tendo por referencial o critrio que melhor espelharam em sua prtica institucional, bem como divididas conforme a medida socioeducativa que operam.

A quarta parte do GUIA equivale a um ndice remissivo. Para tanto selecionamos os temas de maior relevo para a discusso sobre polticas

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socioeducativas e procuramos organiz-los de acordo com sua definio e alcance. Mais do que um mero ndice, esta ferramenta foi concebida como instrumento que facilite a correlao dos temas discutidos neste Guia.

Finalmente, organizamos as principais resolues do Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (CONANDA) que versam sobre as medidas socioeducativas e seus respectivos programas de execuo. E para finalizar esta etapa, esto presentes tambm trechos da legislao domstica pertinentes ao tema e os principais documentos internacionais que compem a normativa internacional dos direitos da criana e do adolescente. Juntamente, a bibliografia utilizada e citada est organizada na quinta e ltima parte do Guia, e assim como todo o contedo produzido tem por escopo ampliar o conhecimento, difundi-lo e consolid-lo.

Boa Consulta!

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SEGUNDA PARTE

MAPEAMENTO DOS ESTADOS E REGIES 2. APRESENTAO

Tendo em vista que a finalidade deste trabalho a delimitao de parmetros e diretrizes gerais para a implementao de polticas pblicas socioeducativas, no se pode deixar de apresentar um mapeamento do atual estgio de organizao destas polticas no mbito dos estados da federao.

Para tanto, buscou-se obter as seguintes informaes:

Descrio da atuao das Secretarias Estaduais envolvidas na execuo das medidas; Parcerias; Cooperao com universidades; Nmero de jovens inseridos em cada medida socioeducativa; Nmero de estabelecimentos existentes para cumprimento das medidas de internao e semiliberdade, bem como o nmero de vagas (incluindo as unidades femininas);

Programas de atendimento a egressos; Projetos de gerao de renda para os jovens em cumprimento de medida socioeducativa; Diretrizes que orientam a execuo das medidas

socioeducativas no Estado; e Municipalizao das medidas socioeducativas.

Por meio dos dados que nos foram fornecidos, foi possvel visualizar, ainda que preliminarmente, como cada Estado estava implementando seus programas socioeducativos. importante sublinhar que as informaes

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obtidas foram coletadas pelo contato telefnico com as respectivas secretarias, coordenadorias e superintendncias em cada estado, alm de pesquisa pela Internet.

por essa razo que no nos responsabilizamos pela veracidade das informaes que nos foram fornecidas ou enviadas, pois o presente trabalho no incluiu a verificao in locu de como so executadas, na prtica, as polticas socioeducativas.

Vale ainda dizer que as informaes aqui presentes foram coletadas entre agosto e dezembro de 2003, de forma que as alteraes sofridas aps esta data no constam deste mapeamento.

2.2. DESCRIO DOS ESTADOS Execuo das Medidas Socioeducativas nos Estados Brasileiros REGIO NORTE Acre

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No governo do Estado do Acre, a Secretaria de Estado de Cidadania e Assistncia Social SECIAS, atravs da Gerncia Geral de Polticas da Infncia e Adolescncia, a responsvel pela execuo das medidas socioeducativas. Alm da SECIAS, outras Secretarias esto envolvidas neste trabalho, quais sejam, Secretaria de Estado de Justia e Segurana Pblica, Secretaria de Estado de Educao, Secretaria de Estado de Sade e Saneamento, Secretaria Executiva de Esporte e Secretaria Executiva de Juventude.

Parcerias No h parcerias.

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Cooperao com universidades Os primeiros contatos com a Universidade Federal do Acre UFAC j foram estabelecidos. Nmero de jovens em cada medida socioeducativa1

-internao: 90 (sexo masculino) e 12 (sexo feminino) = 102 adolescentes; -semiliberdade: 05 (sexo masculino); -liberdade assistida: 45 (sexo masculino); e -prestao de servios comunidade: 0 .2

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas O nmero total de vagas para cumprimento das medidas de internao e semiliberdade de 88 e de liberdade assistida de 40, totalizando em 128 a capacidade deste sistema, distribudos da seguinte forma:

-

Pousada do Adolescente (Rio Branco): 40 vagas para internao definitiva e provisria;

-

Casa Reviver (Rio Branco): 24 vagas para semiliberdade e 40 vagas para liberdade assistida;

-

Centro Scio-educativo de Cruzeiro do Sul (Cruzeiro do Sul): 09 vagas para internao; e

-

H dois estabelecimentos para atender ao pblico feminino em Rio Branco, um com 12 vagas para internao e outro com 03 vagas.

Programa de atendimento a egressos No h programa de atendimento a egressos.

Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda.1

Dados relativos ao ms de novembro de 2003. Segundo informou esta secretaria, o governo estava construindo um Centro Scio-educativo em Rio Branco, para atender meninos e meninas, nos moldes arquitetnicos que exige o Estatuto da Criana e do Adolescente. 2 A medida de prestao de servios comunidade ainda no foi implantada no Estado.

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Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas No h um documento especfico para orientar a execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao O processo de municipalizao das medidas em meio aberto ainda no foi iniciado.

Amap Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado do Amap, a Secretaria do Trabalho e da Cidadania, por meio da Fundao da Criana e do Adolescente, a responsvel pela execuo das medidas socioeducativas. Segundo informaes dessa fundao, h o envolvimento de outras secretarias, porm no foram informadas quais so elas.

Parcerias As informaes sobre este item no foram fornecidas.

Cooperao com universidades No h cooperao com universidades.3

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa -internao: 33 adolescentes; -semiliberdade: 25 adolescentes; -liberdade assistida: 93 adolescentes; e

-prestao de servios comunidade: 173 adolescentes;

3

Dados relativos ao ms de dezembro de 2003.

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Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas As unidades de internao e semiliberdade e suas respectivas capacidades so:

-

Centro Educacional Aninga: capacidade para 40 jovens do sexo masculino;

-

Unidade

para4

internao

feminina:

capacidade

para

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adolescentes ; e Unidade de Semiliberdade: capacidade para 25 adolescentes de ambos os sexos .5

Programa de atendimento a egressos No h programa de atendimento a egressos. Segundo a Fundao, esse atendimento dever ser implantado no ano de 2004 nas unidades da FCRIA.

Programa de gerao renda No h programa de gerao de renda.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas Em janeiro de 2003 foi elaborado o documento Poltica de Promoo, Defesa e Garantia dos Direitos da Criana e do Adolescente do Estado do Amap, que contm as diretrizes norteadoras da execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao No foi iniciado o processo de municipalizao das medidas

socioeducativas em meio aberto.

4

Quando da pesquisa, a unidade estava ociosa. No havia nenhuma jovem cumprindo medida de internao. 5 poca da pesquisa, no havia adolescentes do sexo feminino na unidade de semiliberdade.

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Amazonas

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado do Amazonas, a Secretaria de Estado da Assistncia Social SEAS, por meio do Departamento de Ateno a Criana e ao Adolescente DEACA, a responsvel pela execuo das medidas.

Parcerias H um convnio com o Hospital Tropical, que fornece aos adolescentes preservativos. Alm disso, h parcerias com a Fundao Nokia e com a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroporturia (INFRAERO). A

Petrobrs Jet Plus repassa verba para que os adolescentes participem do curso de marcenaria do Projeto Renascer.

Cooperao com universidades H parceria com o Curso de Direito da Faculdade Objetivo e com o de Psicologia do Centro Integrado de Educao Superior da Amaznia, ambos para o recrutamento de estagirios para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator (CIAI).6

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa -internao: 78 adolescentes; -semiliberdade: 51 adolescentes;

-prestao de servios comunidade cumulada com liberdade assistida: 245 jovens; -liberdade assistida: 140 jovens; e -prestao de servios comunidade: 174 adolescentes.

6

Os dados datam de junho de 2003.

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Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas A capacidade total das unidades de internao de 101 vagas, enquanto a capacidade das unidades de semiliberdade de 35 vagas, distribudas da seguinte forma:

-

Unidade de Acautelamento Provisrio: capacidade para 44 jovens do sexo masculino em cumprimento de internao provisria;

-

Centro Socioeducativo Senador Raimundo Parente: capacidade para 30 jovens do sexo masculino;

-

Centro

Socioeducativo

Assistente

Social

Dagmar

Feitoza:

capacidade para 61 jovens do sexo masculino; Centro Socioeducativo Marise Mendes: capacidade para 20

adolescentes do sexo feminino (5 vagas para internao provisria, 10 para internao sentenciada e 5 para semiliberdade); e Centro Socioeducativo de Semiliberdade: capacidade para 30 jovens em cumprimento da medida de semiliberdade. Programa de atendimento a egressos No h programa de atendimento a egressos.

Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas No h um documento especfico para orientar a execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao As medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestao de servios comunidade no possuem atendimento municipalizado, sendo apenas descentralizado na capital e nos municpios de Itacoatiara, Manacapuru, Parintins, Coari, Tefera, Presidente Figueiredo e Carauari. Na capital,

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importante mencionar, a descentralizao foi concretizada por meio de parcerias firmadas com as organizaes no-governamentais ECAT, MOCOCI e Pastoral do Menor.

Par

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado do Par, a responsabilidade pela execuo das medidas socioeducativas da Secretaria Especial de Estado de Proteo Social, por meio da Fundao da Criana e do Adolescente do Par. Tambm atuam na execuo das medidas socioeducativas a Secretaria Executiva de Sade Pblica do Par SESPA; a Fundao Hospital de Clnicas Gaspar Viana; a Secretaria Executiva de Estado de Educao SEDUC, que mantm anexos de escolas nas unidades de internao; a Secretaria Especial de Defesa, atravs da atuao das polcias civil e militar; e, a Secretaria Executiva de Trabalho e Promoo Social, por meio da Fundao Cultural Tancredo Neves e da Fundao Curro Velho.

Parcerias A FUNCAP tem parceria com diversas organizaes da sociedade civil, tais como os Narcticos Annimos, Igrejas (Catlica, Quadrangular, Assemblia de Deus, Universal, da Paz, Adventista), Cruz Vermelha e Pr-Vida.

Cooperao com universidades O CESUPA (Centro de Estudos Superior do Par) propicia atendimento laboratorial, odontolgico e curso de informtica para os adolescentes. Os estudantes de Servio Social, Educao Fsica, Direito, Pedagogia e Psicologia da Universidade Federal do Par, da Faculdade Integrada do Tapajs, da Universidade Estadual do Par e Universidade da Amaznia tm na FUNCAP uma oportunidade de estgio. H tambm a participao da Universidade da Amaznia no monitoramento de medidas

socioeducativas de liberdade assistida e prestao de servios comunidade.

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Nmero de jovens em cada medida socioeducativa -internao: 157 adolescente; -semiliberdade: 18 adolescentes; -liberdade assistida: 214 adolescentes; e

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-prestao de servios comunidade: 55 adolescentes.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmeros de vagas Quanto s unidades de internao e de semiliberdade, a capacidade do sistema de 109 e 21 adolescentes, respectivamente, distribudos da seguinte forma:

-

Centro de Internao de Adolescente Feminino: adolescentes em internao provisria, em medida de internao (10 vagas) e semiliberdade (05 vagas);

-

Espao Recomeo EREC: capacidade para 40 jovens do sexo masculino;

-

Centro Juvenil Masculino: capacidade para 15 jovens do sexo masculino, em que so permitidas atividades externas com acompanhamento do educador;

-

Centro Scio-Educativo Masculino: capacidade para 24 jovens do sexo masculino. Tambm l so permitidas as atividades externas com acompanhamento do educador;

-

Centro

Scio-Educativo para 20

do

Baixo

Amazonas e

em

CESEBA: internao

capacidade provisria; e -

jovens

sentenciados

Centro de Semiliberdade de Santarm: capacidade para 16 jovens do sexo masculino em cumprimento de medida de semiliberdade. Tambm atende adolescentes de ambos os sexos nas medidas de liberdade assistida e prestao de servios comunidade.

7

Dados relativos ao ms de dezembro de 2003.

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Programa de atendimento a egressos H programa de atendimento a egressos.

Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas No h um documento especfico para orientar a execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao A medida socioeducativa de liberdade assistida tem seu atendimento municipalizado em 15 cidades paraenses. A municipalizao deu-se por meio de um convnio de cooperao tcnica entre o municpio e a FUNCAP, em que esta se compromete a emprestar assessoramento e acompanhamento tcnico, bem como capacitao dos operadores. Em relao cidade de Belm, o atendimento no foi ainda municipalizado, havendo apenas a descentralizao em plos da comunidade.

A medida socioeducativa de prestao de servios comunidade executada pelo Centro de Prestao de Servios Comunidade,

gerenciado pela FUNCAP.

Rondnia

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado de Rondnia, a Fundao de Assistncia Social do Estado de Rondnia FAZER, por meio da Gerncia de Atendimento Criana e ao Adolescente GCA, a responsvel pela execuo das medidas socioeducativas.

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Parcerias H parceria com a Central de Movimentos Populares (CMP) na execuo da internao.

Cooperao com universidades No h cooperao com universidades.8

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa

-internao: 27 adolescentes (dos quais 02 so do sexo feminino); -semiliberdade: 04 jovens; -liberdade assistida: 310 adolescentes; e -prestao de servios comunidade: 123 jovens.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas Quanto s unidades de internao a capacidade do sistema de 94 adolescentes, distribudos da seguinte forma:9

-

Porto Velho capacidade para atender 32 jovens do sexo masculino, mas atende 13 adolescentes;

-

Porto Velho capacidade para atender 08 jovens do sexo feminino, mas atende 02 adolescentes;

-

Vilhena capacidade para atender 30 jovens, mas atende 04 adolescentes; e

-

Rolim de Moura capacidade para atender 24 jovens, mas atende 08 adolescentes.

Programa de atendimento a egressos No h programa para atendimento de egressos.

8 9

Os dados datam de janeiro de 2004. No foi fornecido o nmero de vagas da medida de semiliberdade.

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Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas No h um documento especfico para orientar a execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao No foi iniciado o processo de municipalizao das medidas em meio aberto.

Roraima Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado de Roraima, a Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social SETRABES, por meio do Departamento da Infncia e Juventude (DIA), realiza a execuo das medidas socioeducativas em meio fechado.

As Secretarias de Governo envolvidas na execuo das medidas socioeducativas so: a Secretaria de Estado do Trabalho e Bem Estar Social SETRABES rgo gestor do Centro Scio Educativo; a Secretaria de Estado de Educao, Cultura e Desporto SECD; Secretaria de Estado da Sade SESAU e Polcia Militar de Roraima PM/RR que faz a segurana externa do Centro.

Parcerias H parcerias com organizaes da sociedade civil como SENAI (Servio Nacional de Aprendizagem Industrial), SESC (Servio Social do Comrcio), SEST/SENAT (Servio Social do Transporte/ Servio Nacional de

Aprendizagem do Transporte) e Escola Tcnica de Roraima para a realizao dos cursos profissionalizantes aos jovens.

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Cooperao com universidades No h programa de cooperao com universidades.10

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa -internao: 18 adolescentes; -semiliberdade: 13 jovens; -liberdade assistida: 105 adolescentes; e -prestao de servios comunidade: 91 jovens.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas Apenas uma unidade, o Centro Scio Educativo Homero de Souza Cruz Filho, responsvel pela execuo das medidas em meio fechado. So duas casas destinadas medida de internao para o sexo masculino (42 vagas), uma casa de semiliberdade para jovens do sexo masculino (30 vagas) e uma unidade feminina destinada medida de internao ou semiliberdade (4 vagas).

Programa de atendimento a egressos O atendimento a egressos realizado pelo Programa Cidadania Ativa PCA - que atende os jovens durante seis meses subseqentes ao cumprimento da medida de internao.

Programa de gerao de renda A prefeitura de Boa Vista tem programas de gerao de renda por meio de cursos profissionalizantes em parceria com o Ministrio da Justia. Em parceria com o SEBRAE, a prefeitura promove cursos e a capacitao e orientao para a criao de pequenos negcios. A prefeitura, ainda, estimula as famlias e os jovens a abrir negcio prprio, fornecendo pequenos emprstimos.

10

Os dados quantitativos datam de novembro de 2003.

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Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas No h um documento especfico para orientar a execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao As medidas em meio aberto so realizadas pelos municpios de Roraima por meio da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Social. Existe um programa, coordenado pela Secretaria Estadual do Trabalho e Bem Estar Social, denominado Programa Cidadania Ativa PCA - que atende exclusivamente adolescentes em cumprimento de liberdade assistida provenientes do Centro Scio Educativo, responsvel pela internao.

Tocantins

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado de Tocantins, a Secretaria do Trabalho e Ao Social SETAS, por meio da Coordenao de Assistncia Social, responsvel pela execuo das medidas socioeducativas.

Parcerias No foi informada a existncia de parcerias.

Cooperao com universidades No h programa de cooperao com universidades.11

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa Internao: 18 adolescentes;

Semiliberdade: no foram enviadas informaes sobre essa medida; Liberdade assistida cumulada com prestao de servios comunidade: 5 adolescentes; Liberdade assistida: 14 adolescentes; e

11

Dados relativos ao ms de novembro de 2003.

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Prestao de servios comunidade: 53 adolescentes.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas H uma nica unidade de internao, chamada de Centro ScioEducativo . No foram enviadas informaes sobre sua capacidade, nem sobre a medida de semiliberdade.12

Programa de atendimento a egressos No h programa de atendimento a egressos.

Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas No h um documento especfico para orientar a execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao A Prefeitura de Palmas desenvolve o programa de medidas socioeducativas em meio aberto desde junho de 2002, quando terminou um convnio de seis meses com o Ministrio da Justia para assessoria na implantao da Equipe Tcnica de acompanhamento dessas medidas.

REGIO NORDESTE

Alagoas

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado de Alagoas a Secretaria Executiva de Justia e Cidadania, por meio da Coordenadoria da Criana e do Adolescente e de seu

12

Uma nova unidade de internao est sendo construda.

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Departamento de Medidas Scio-Educativas, responsvel pelas polticas pblicas de execuo das medidas socioeducativas de internao e semiliberdade.

Parcerias H uma parceria com o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua para a promoo de atividades culturais e artsticas voltadas aos jovens internados. H tambm um convnio com o Centro de Defesa dos Direitos da Criana e do Adolescente para o acompanhamento jurdico e social dos adolescentes que cumprem medida de internao.

Cooperao com universidades No h cooperao com universidades.

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa -internao: 57 adolescentes; -semiliberdade: nenhum jovem; e -liberdade assistida e prestao de servios comunidade: 94 adolescentes (uma dessas duas medidas, ou as duas simultaneamente, segundo dados da pesquisa feita pela Universidade Federal de Alagoas ).13

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmeros de vagas No h unidades de semiliberdade. Em relao internao, existe somente uma unidade para adolescentes do sexo masculino. s

adolescentes no aplicada a internao, nem a semiliberdade.

Programa de atendimento a egressos O Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua realiza o atendimento a egressos junto com a Secretaria Executiva de Justia e Cidadania, segundo informaes da Coordenadoria da Criana e do Adolescente.

13

No foi informado o teor dessa pesquisa.

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Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas No h um documento especfico para orientar a execuo das medidas socioeducativas. H uma proposta de criao de um Ncleo Estadual de Atendimento Scio-Educativo - NEAS, no qual constam algumas diretrizes tericas.

Municipalizao A maioria dos municpios alagoanos ainda no assumiu a execuo das medidas em meio aberto (liberdade assistida e prestao de servios comunidade). Nestes casos, o Juizado da Infncia e Juventude o nico responsvel pela execuo dessas medidas. Nos locais em que j foram municipalizadas, o municpio divide a responsabilidade das medidas em meio aberto com o Juizado da Infncia e da Juventude.

Bahia

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado da Bahia, a Secretaria do Trabalho e Ao Social, por meio da Fundao da Criana e do Adolescente, responsvel pela execuo das medidas socioeducativas de internao e semiliberdade.

Alm da mencionada secretaria, h a participao na execuo das medidas socioeducativas em meio fechado das Secretarias de Educao Municipal e Estadual; Secretaria de Segurana Pblica; e da Secretaria de Sade, atravs da utilizao da rede SUS, CREAIDS e CTA (para preveno e tratamento das doenas sexualmente transmissveis).

25

Parcerias No tocante s parcerias, so duas as organizaes que atuam na execuo das medidas socioeducativas: o Centro de Pesquisa e Assistncia em Reproduo Humana (CEPARH) e o Centro de Estudo e Terapia do Abuso de Drogas (CETAD).

Cooperao com universidades Em relao s Universidades, h uma cooperao entre a FUNDAC e a UNIFAS, que fornece estagirios de psicologia no remunerados. Alm disso, h tambm uma cooperao entre a FUNDAC e a Universidade Estadual da Bahia que, atravs do projeto Jovem Cidado, financiado pelo Ministrio da Justia, promove oficinas profissionalizantes com os

adolescentes privados de liberdade.14

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa

So 147 adolescentes cumprindo semiliberdade ou internao.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas A capacidade de atendimento de 244 jovens, distribudos da seguinte forma:

-

Casa de Acolhimento ao Menor CAM: capacidade para 50 adolescentes em cumprimento de sentena e 100 adolescentes internados provisoriamente, sendo que o nmero de adolescentes ali internados de 55 e 169, respectivamente;

-

Casa de Atendimento Scio-Educativo Case Feira de Santana: capacidade para 20 adolescentes em cumprimento de sentena e 30 adolescentes internados provisoriamente, sendo que nmero de adolescentes ali internados de 13 e 12, respectivamente;

14

Dados relativos ao ms de setembro de 2003.

26

-

Casa de Atendimento Scio-Educativo Case Simes Filho: capacidade para 126 adolescentes, sendo que 65 adolescentes permanecem ali internados; e

-

Casa de Atendimento Scio-Educativo Case Brotas: capacidade para 48 adolescentes sentenciados com a medida de

semiliberdade, mas atende 14 jovens.

Programa de atendimento a egressos O programa de atendimento a egressos, previsto no Plano de Atuao Tcnica, executado pela Fundao da Criana e do Adolescente do estado da Bahia.

Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda. Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas O Plano de Atuao Tcnica prev as diretrizes da execuo das medidas socioeducativas no estado da Bahia.

Municipalizao As medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestao de servios comunidade so executadas, em algumas localidades, pelo Poder Judicirio ou pelo Ministrio Pblico. No caso de Salvador, so executadas pelo Celiba. Portanto, a Secretaria do Trabalho e Ao Social no possui os dados quantitativos das medidas em meio aberto.

Cear

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos A Secretaria Estadual de Ao Social, por meio do Departamento de Proteo Social, a responsvel pela execuo das medidas

socioeducativas em meio fechado no estado do Cear. A Secretaria de Ao Social articula parcerias com as Secretarias Estaduais de Educao e de Sade.

27

Parcerias Segundo informaes do Departamento de Proteo Social h parcerias com Igrejas e com a Pastoral do Menor.

Cooperao com universidades No h cooperao com universidades.15

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa -internao: 272; -semiliberdade: 65; e

-liberdade assistida e prestao de servios comunidade: 1000 em uma das duas ou nas duas medidas simultaneamente.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas As unidades de internao16

so distribudas da seguinte forma:

-

Unidade Dom Bosco: destinada aos adolescentes que descumprem as medidas socioeducativas. Com capacidade para receber 60 jovens, abriga cerca de 55;

-

Centro Educacional So Francisco: capacidade para 60 jovens de 12 a 16 anos, e abriga 50 internos;

-

Centro Educacional So Miguel: capacidade para 65 jovens de 16 a 18 anos, sendo que todas estavam ocupadas;

-

Centro Educacional Cardeal Alosio Lorscheider: capacidade para atender 70 jovens de 14 a 21 anos, e abriga 73 internos;

-

Uma unidade feminina de internao, com 25 vagas, abrigando 29 internas.

15 16

Os dados datam de novembro de 2003. Todas as unidades, tanto de internao como de semiliberdade, contam com a possibilidade de atender at 35% alm de suas capacidades. Tambm apresentam 10 vagas de conteno destinadas queles jovens que agridem companheiros ou funcionrios ou ainda que tenham mau comportamento.

28

So duas as unidades de semiliberdade do estado do Cear:

-

Unidade da Capital: capacidade para 40 adolescentes do sexo masculino, sendo que todas estavam ocupadas;

-

Unidade do Interior: complexo com quatro casas. Ao todo, oferece 25 vagas, 15 para adolescentes do sexo masculino e 10 para adolescentes do sexo feminino. Atende em mdia de 10 a 15 jovens de ambos os sexos.

Programa de atendimento a egressos O Estado oferece ao egresso um atendimento psicossocial, com encontros familiares e acompanhamento escolar, com a insero do adolescente no programa Mos Dadas, que disponibiliza mais de 50 cursos

profissionalizantes tais como manicure, cabelereiro, mecnica, informtica, jardinagem e outros.

Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas As diretrizes que norteiam a execuo destas medidas no Cear esto presentes em Resolues do Conselho Estadual da Criana e do Adolescente.

Municipalizao As medidas em meio aberto encontram-se sob a responsabilidade dos municpios, de organizaes no-governamentais e do Poder Judicirio. O governo estadual apenas monitora e financia os programas existentes.

Maranho

29

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado do Maranho, a Gerncia de Estado de Desenvolvimento Social por meio da Fundao da Criana e do Adolescente FUNAC, a responsvel pela execuo das medidas socioeducativas.

Tambm participam da execuo das medidas a Gerncia de Estado de Desenvolvimento Humano GDH, que planeja, supervisiona e executa as atividades escolares no interior das unidades de internao definitiva e provisria; a Gerncia de Estado de Qualidade de Vida GEVIDA, que garante os atendimentos emergenciais, hospitalares, cirrgicos e clnicos; a Gerncia de Estado de Segurana Pblica, que garante a permanncia e apoio de policiais militares no interior da unidade e apia e d cobertura ao dos educadores em caso de rebelio, motim e fugas; a Gerncia de Estado de Desenvolvimento Social GDS, que assessora na comunicao social e nas aes de planejamento, acompanha e avalia as aes, apia financeiramente e inclui os adolescentes egressos no primeiro emprego; a Gerncia de Estado de Planejamento, Oramento e Gesto GEPLAN, que executa o oramento e acompanha as aes; a Gerncia de Estado de Administrao e Modernizao GEMOR, que promove e capacita os recursos humanos; e a Gerncia de Esportes, que d apoio realizao de torneios esportivos.

Parcerias A FUNAC possui parceria com diversas entidades, entre elas o SENAI (Servio Nacional de Aprendizagem Industrial), SEBRAE (Servio de Apoio a Micro e Pequena Empresas), DJOMA (Desafio Jovem do Maranho), SENAR (Servio Nacional de Aprendizagem Rural), IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), ABMP (Associao Brasileira de Magistrados e Promotores de Justia da Infncia e Juventude), APAE (Associao de Pais e Amigos dos Excepcionais), Igrejas Batista, Adventista, Universal e Catlica.

30

Cooperao com universidades A Universidade Federal do Maranho (UFMA) instalou um plo de execuo de liberdade assistida dentro de seu campus, possibilitando o estudo e a sistematizao do conhecimento acerca da problemtica da delinqncia juvenil. No s, a Universidade Estadual do Maranho (UEMA) oferece capacitao de adolescentes por meio do oferecimento de apoio tcnico realizados em estgios na rea de pedagogia e agronomia. J a Universidade Integrada do Maranho (UNICEUMA) oferece estgios para os jovens na rea de direito, pedagogia e terapia ocupacional.17

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa

-internao: 85 adolescentes (dos quais 09 so do sexo feminino); -semiliberdade: 14 adolescentes; e -liberdade assistida e prestao de servios comunidade: devido municipalizao das medidas em meio aberto, o estado no contm estes dados.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas De acordo com a FUNAC , sua capacidade de atendimento de 105 para internao e 25 para semiliberdade.18

-

Centro da Juventude Florescer: capacidade para 10 jovens, mas atende 09 adolescentes;

-

Centro da Juventude Esperana: capacidade para 40 jovens do sexo masculino, mas atende 65;

-

Centro da Juventude Renascer: capacidade para 15 jovens do sexo masculino, mas atende 11;

-

Centro da Juventude Cana: capacidade para 25 jovens do sexo masculino internados provisoriamente, mas atende 35;

17 18

Dados coletados em outubro de 2003. Dados coletados em outubro de 2003.

31

-

Centro da Juventude Semear: Centro Scio-Educativo do Baixo Amazonas CESEBA: capacidade para 15 jovens de ambos os sexo em internao provisria, mas atende 08 adolescentes;

-

Centro da Juventude Cidad: capacidade para 10 jovens em cumprimento de medida de semiliberdade, mas atende 03; e

-

Centro da Juventude Nova Jerusalm: capacidade para 15 jovens em cumprimento de medida de semiliberdade, mas atende 11 adolescentes.

Quanto s medidas em meio aberto, os nmeros no foram obtidos, pois o processo de municipalizao que ocorre desde 1997, encontra-se em estgio bastante avanado.

Programas de atendimento a egressos O Programa de Atendimento a Egressos est em fase de implementao. Mencionado programa vem executando aes inclusivas, como a insero dos jovens egressos em cursos profissionalizantes, garantindo a trs adolescentes bolsa-auxlio de meio salrio mnimo.

Programa de gerao de renda O projeto de gerao de renda no tem prioridade na execuo das medidas scio-educativas no Maranho, dando-se preferncia realizao de cursos profissionalizantes.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas No h um documento especfico para orientar a execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao O processo de municipalizao ocorre desde 1997.

Paraba

32

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado da Paraba, a Secretaria de Estado do Trabalho e da Ao Social, por meio da Fundao de Desenvolvimento do Adolescente e da Criana Alice de Almeida FUNDAC, a responsvel pela execuo das medidas socioeducativas.

Parcerias No foram realizadas parcerias.

Cooperao com universidades H parcerias de cooperao tcnica com a Universidade Federal da Paraba e com a Universidade Estadual da Paraba.19

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa -internao: 170 jovens; -semiliberdade: 22 jovens;

-liberdade Assistida: 166 jovens, 21 do sexo feminino; e -prestao de servios comunidade: 52 jovens, 7 do sexo feminino.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas Segundo informaes prestadas pela FUNDAC, a situao da execuo das medidas socioeducativas na Paraba a seguinte:

- Centro Educacional do Adolescente CEA de Joo Pessoa, atende jovens tanto em internao provisria (14 vagas) como em internao definitiva (48 vagas). Atende 123 adolescentes do sexo masculino em internao; - Casa Educativa de Joo Pessoa apenas 4 vagas para internao com 5 adolescentes do sexo feminino internadas em carter definitivo e

19

Dados coletados em novembro de 2003.

33

7 em carter provisrio. Comporta ainda a semiliberdade, todavia no h ningum cumprindo tal medida naquele local; - Lar do Garoto Padre Otvio Santos Lagoa Seca estabelecimento de execuo de medida de internao masculina, com 40 vagas, sendo que atende 42 adolescentes; e - Unidade de Semiliberdade - CEA de Joo Pessoa, com capacidade para atender 12 rapazes, mas atende 22.

Programa de atendimento a egressos O Estado da Paraba desenvolve o PROAFE Programa de Apoio Famlia e ao Egresso, promovendo encaminhamento a cursos, ao trabalho, auxlio para retirada de documentos, atendimento psicoterpico s famlias e aos prprios egressos. Atua em Joo Pessoa h mais de cinco anos e em Campina Grande h um ano. Em Joo Pessoa, 52 adolescentes e suas respectivas famlias participam do programa, enquanto em Campina Grande o nmero de atendidos de 30.

Programa de gerao de renda No h um programa oficial de gerao de renda. Em algumas unidades de internao os lucros obtidos com a venda de produtos feitos pelos adolescentes so distribudos entre eles.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas H uma proposta pedaggica, elaborada pela diretoria tcnica da FUNDAC e transmitida para todas as unidades de execuo de medidas

socioeducativas em meio fechado. H uma certa flexibilidade para se adequar a cada unidade, conforme o espao fsico existente.

34

Municipalizao Em relao s medidas socioeducativas em meio aberto20

h um amplo

programa desenvolvido pela FUNDAC. No total, so 218 jovens no Estado cumprindo medidas em meio aberto. Em 13 municpios funcionam os chamados Ncleos de Proteo Especial, atendendo um universo de 81 jovens. Em trs municpios so desenvolvidos outros projetos de execuo de medidas em meio aberto, diferentes dos Ncleos, so eles: o projeto Cres/Ser, em Sousa, que atende 52 adolescentes; o Projeto Reviver, em Abrigo, que atende apenas uma jovem; e o Centro de Medidas Socioeducativas CEMSE, em Campina Grande, que envolve 80 adolescentes.

Pernambuco

O Estado de Pernambuco no apresentou as informaes que foram diversas vezes solicitadas por contatos telefnicos, correio eletrnico e via fax. Restringiu-se a informar22 21

o nmero de adolescentes internados e em

semiliberdade , conforme segue:

Internao: 328 adolescentes Centro de Atendimento Scio-Educativo (CASE SANTA LUZIA): 03; Centro de Atendimento Scio-Educativo (CASE ABREU E LIMA): 157; Centro de Atendimento Scio-Educativo (CASE CABO DE SANTO AGOSTINHO): 119; e Centro de Atendimento Scio-Educativo (CASE PETROLINA): 49.

Semiliberdade: 65 adolescentes20

Na capital da Paraba, o Juizado da Infncia e da Juventude responsvel, com respaldo da FUNDAC estadual, pela execuo das medidas socioeducativas em meio aberto. No interior do Estado a FUNDAC responsvel pela execuo de tais medidas 21 Dados referentes ao ms de setembro de 2003.

35

-

Casa de Semiliberdade (CASEM SANTA LUZIA): 01; Casa de Semiliberdade (CASEM RECIFE): 44; e Casa de Semiliberdade (CASEM GARANHUNS): 20.

Piau

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado do Piau, a Secretaria de Assistncia Social e Cidadania, por meio da Unidade de Atendimento das Medidas Socioeducativas UASE, a responsvel pela execuo das medidas socioeducativas.

Parcerias No foram relatadas parcerias.

Cooperao com universidades No foi relatada cooperao com universidades. Nmero de jovens em cada medida socioeducativa 23 -Internao: 22 adolescentes; -Semiliberdade: 12 adolescentes; -Liberdade assistida: 78 adolescentes; e -Prestao de servios comunidade: 47 adolescentes.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas A situao atual dos estabelecimentos de execuo de medidas

socioeducativas em meio fechado, de acordo com informaes prestadas pela UASE, a seguinte:

22

Quantidade referente ao ms de setembro. N de adolescentes atendidos / ms* = contingente do ms anterior + nmero de entradas nmero de sadas. 23 Dados relativos a novembro de 2003.

36

- Centro Educacional Masculino (internao): capacidade para 40 jovens, mas abriga apenas 20; - Centro Educacional Feminino, comporta 6 adolescentes mas conta com apenas 2; - Estabelecimento de Semiliberdade masculino e feminino comporta 30 adolescentes do sexo masculino e 20 do sexo feminino, mas conta com apenas 12 do sexo masculino e nenhum do sexo feminino.

So, assim, 22 jovens cumprindo internao (para 46 vagas) e 12 adolescentes cumprindo semiliberdade (para 50 vagas) .24

Programa de atendimento a egressos Est se formando uma equipe para trabalhar com egressos de medidas socioeducativas.

Programa de gerao de renda No foi informada a existncia de programa de gerao de renda.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas Est sendo elaborada uma proposta pedaggica e um Regimento Interno que formar o Plano Estadual das Medidas Socioeducativas.

Municipalizao Recentemente, iniciou-se o processo de municipalizao das medidas socioeducativas em meio aberto em Teresina, tendo sido realizadas algumas reunies entre a administrao estadual e a municipal.

Rio Grande do Norte

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos

24

A administrao estadual pretende ainda construir um complexo de defesa da cidadania em Picos e construir ou alugar novas instalaes para a semiliberdade masculina e internao provisria masculina.

37

No Estado do Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Ao Social, por meio da Fundao Estadual da Criana e do Adolescente (FUNDAC), a responsvel pela execuo de medidas socioeducativas.

Parcerias S foi mencionada uma parceria com a organizao no-governamental Canto Jovem, no tendo sido especificado seu objetivo.

Cooperao com universidades No h cooperao com universidades.25

Nmero de adolescentes em cada medida socioeducativa -Internao: 63 adolescentes; -Semiliberdade: 30 jovens; -Liberdade assistida: 149 adolescentes; e -Prestao de servios comunidade: 172 adolescentes.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas De acordo com informaes prestadas pelo FUNDAC, a situao destas unidades a seguinte:

-

Centro Educacional Padre Joo Maria CEDUC Padre Joo Maria: esta unidade de internao localiza-se em Natal e atende jovens do sexo masculino de 12 a 18 anos. Tem capacidade para atender 36 jovens e atende 38;

-

Centro Educacional Pitimbu CEDUC Pitimbu: localiza-se em Caic e disponibiliza 17 vagas para adolescentes de 12 a 18 anos do sexo masculino. Todas as vagas esto ocupadas;

-

Unidade de internao feminina: dado os baixos ndices de adolescentes infratoras do sexo feminino, apenas uma nica

25

Dados coletados em novembro de 2003.

38

unidade destina-se a realizar o cumprimento de ambas as medidas em meio fechado. Disponibiliza 10 vagas e atende trs adolescentes internas ou semi-internas. Localiza-se na capital do Estado, na cidade de Natal; Centro Educacional Cidade da Esperana CEDUC Esperana: localizado em Natal, este centro disponibiliza 20 vagas para jovens do sexo masculino que cumpre medidas de semiliberdade e atende 22; e Centro Educacional Santa Delmira CEDUC Santa Delmira: localizado em Mossor, este centro disponibiliza 10 vagas para jovens do sexo masculino que cumprem medidas de semiliberdade e atende 6 jovens.

Programa de atendimento a egressos Nos prprios centros de prestao de servios comunidade e de liberdade assistida so disponibilizados os programas de atendimento ao egresso e de gerao de renda. Esta foi uma opo da Secretaria de Estado da Ao Social do Rio Grande do Norte em razo de que muitos jovens, quando extintas suas medidas, voltavam a procurar seus orientadores. Da a idia de se concentrar essas atividades junto a estes centros de prestao de servios comunidade e liberdade assistida.

Programa de gerao de renda Ver Programas de atendimento a egressos.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas Para realizar todas estas medidas, o Estado baseia-se em um Manual Operacional aprovado pelo Judicirio, pela Promotoria e Conselho Estadual da Criana e do Adolescente do Rio Grande do Norte (CONSEC/RN).

Municipalizao

39

As medidas em meio aberto ainda no so municipalizadas, mas esto sendo promovidas audincias pblicas e palestras a fim de sensibilizar a comunidade e os municpios para tanto.

Sergipe

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado de Sergipe, a Secretaria de Estado do Combate Pobreza, da Assistncia Social e do Trabalho, por meio da Fundao Renascer do Estado de Sergipe a responsvel pela execuo das medidas socioeducativas de internao e semiliberdade. As medidas socioeducativas em meio aberto so operacionalizadas pelo Poder Judicirio.

As

secretarias

de

governo

envolvidas

na

execuo

das

medidas

socioeducativas so a Secretaria do Combate Pobreza, da Assistncia Social e do Trabalho - atravs do auxlio tcnico e financeiro - e a Secretaria de Estado da Educao, por intermdio de seus programas, havendo inclusive a cesso de alguns professores. H um projeto em discusso cujo objetivo o de estabelecer oficinas de arte por meio da colaborao da Secretaria Estadual de Cultura, mas este ainda no foi efetivado.

Parcerias A Fundao Renascer no tem parcerias.

Cooperao com universidades A Universidade Federal de Sergipe auxilia no acompanhamento jurdico dos processos envolvendo internos.26

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa Internao: 78 adolescentes; Semiliberdade: 06 adolescentes; e

26

Dados datam de agosto de 2003.

40

Liberdade assistida e Prestao de servios comunidade: executadas pelo Judicirio, por isso no foram obtidas informaes.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas Segundo os dados desta Fundao, so 60 vagas para medida de internao e 20 vagas para a semiliberdade, que so distribudas da seguinte forma:

-

Centro de Atendimento a Menores (CENAM): atende adolescentes do sexo masculino, com capacidade para 40 jovens;

-

Hildete Falco: atende adolescentes do sexo feminino, tendo capacidade para 20 jovens; e

-

Comunidade Socioeducativa So Francisco de Assis (CASE): atende adolescentes do sexo masculino e tem capacidade para 20 jovens.

Programa de atendimento a egressos No h programa de atendimento a egressos.

Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas Foi elaborado o Programa de Execuo de Medidas Socioeducativas de Internao e de Semiliberdade do Estado de Sergipe PEMESE.

REGIO CENTROESTE

Distrito Federal

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos

41

No Distrito Federal, a Secretaria de Estado de Ao Social, por meio da Gerncia Programtica de Medidas Socioeducativas, a responsvel pela execuo de medidas socioeducativas.

Parcerias No foram enviadas informaes sobre as parcerias.

Cooperao com universidades No foram enviadas informaes sobre a cooperao com universidades.27

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa -Internao: 350; -Semiliberdade: 80;

-Liberdade assistida: no foram fornecidos dados; e -Prestao de servios comunidade: no foram fornecidos dados.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas No foram enviadas informaes sobre esse item.

Programa de atendimento a egressos No foram enviadas informaes sobre esse item.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas A Diretoria de Assistncia Social da Secretaria de Estado de Ao Social elaborou a Proposta Pedaggica para Atendimento a Adolescentes com Medidas Socioeducativas de Internao. Este um material tericometodolgico voltado para o Centro de Atendimento Juvenil Especializado CAJE, finalizado em junho de 2003.

Municipalizao

27

Dados referentes ao ms de dezembro de 2003.

42

No foram enviadas informaes sobre esse item.

Cumpre-nos informar que foram feitos insistentes pedidos para envio de mais informaes, que resultaram ineficazes.

Gois

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Governo do Estado de Gois, a Secretaria de Estado de Assistncia Social, por meio da Superintendncia da Criana e do Adolescente e da Integrao do Deficiente a responsvel pela execuo das medidas socioeducativas.

Parcerias No foram enviadas informaes sobre esse item.

Cooperao com universidades No foram enviadas informaes sobre esse item.

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa Internao: 129; -semiliberdade: 13;

28

-liberdade Assistida: No foram enviadas informaes sobre esse item; e -prestao de servios comunidade: No foram enviadas informaes. Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas

Segundo dados da Superintendncia da Criana e do Adolescente e da Integrao do Deficiente, as unidades so:

43

-

Unidade de Internao Goinia com capacidade para 50 jovens, conta com 39 adolescentes do sexo masculino e 3 do sexo feminino;

-

Unidade de Internao de Anpolis tinha capacidade para 30, mas conta com 15 adolescentes do sexo masculino e 4 do sexo feminino;

-

Estabelecimento de Semiliberdade de Anpolis, com capacidade para 20 jovens do sexo masculino, ocupado com apenas 9 jovens;

-

Centro regionalizado de Internao de Luzinia , com capacidade para 50 adolescentes, atende 50 do sexo masculino e 3 do sexo feminino;

-

Estabelecimento de semiliberdade de Formosa, onde a capacidade de 15 adolescentes do sexo masculino, mas atende 4;

-

Unidade de Internao de Intubiara tem capacidade para 20 adolescentes, mas atende 14 adolescentes do sexo masculino e uma do sexo feminino.

So, no total, 150 vagas para medida de internao e 35 vagas para semiliberdade. No h semiliberdade para adolescentes do sexo feminino em Gois.

Programa de atendimento a egressos No h projetos destinados aos egressos das medidas socioeducativas. No entanto, h uma espcie de liberdade assistida provisria, ainda ligada ao Governo Estadual, aplicada diretamente aps a progresso do jovem de internao ou de semiliberdade. Os orientadores e tcnicos so os mesmos que acompanham a execuo das medidas anteriores. provisria porque pode durar at 3 meses, conforme julgarem os tcnicos. Da, ou a medida se extingue ou o adolescente passa para o programa de liberdade assistida municipal, com outros tcnicos e diferentes polticas, de acordo com cada municpio. A justificativa desta liberdade assistida provisria a lgica da continuidade e progressividade da proposta pedaggica das medidas socioeducativas.

Programa de gerao de renda

28

Dados relativos ao ms de novembro de 2003.

44

No h programa de gerao de renda.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas O programa oficial chamado Programa de Ressocializao e

Reintegrao Social do Adolescente em Conflito com a Lei e conta com a participao de outras Secretarias de Estado, em especial a da Educao, a da Sade e a da Segurana.

Municipalizao A municipalizao da gesto das medidas socioeducativas em meio aberto est sendo construda em parceria entre o Governo Estadual e as Prefeituras Municipais. As Secretarias Municipais de Assistncia Social esto fazendo a gesto do processo, disponibilizando equipe tcnica e espao fsico, enquanto o Estado entra com a adequao, disponibilizando equipamentos, capacitao continuada e o monitoramento do programa. Na capital e em 38 municpios do interior j so implantadas medidas socioeducativas em meio aberto municipalizadas, enquanto outros 39 municpios esto ainda em fase de implementao. Devido ao processo de municipalizao, o Estado no possuio nmero de jovens inseridos em medidas em meio aberto.

Mato Grosso

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado de Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Justia e Segurana Pblica a responsvel pela execuo das medidas socioeducativas. O Centro Socioeducativo a instituio responsvel pelo atendimento de todos os adolescentes em conflito com a lei no Estado de Mato Grosso, tanto em meio aberto como fechado.

45

Alm da Secretaria mencionada, tambm esto presentes no processo socioeducativo a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Cidadania SETEC, que em parceria com FURNAS e outras instituies oferecem cursos profissionalizantes; as Secretarias de Estado e Municipal de Sade de Sade, atravs do apoio s aes de sade destinadas aos adolescentes e seus familiares; a Secretaria de Estado de Educao SEDUC, responsvel pela escolarizao dos adolescentes inseridos no ensino fundamental ou mdio; e a Fundao de Promoo Social PROSOL, que assisti as famlias dos adolescentes atendidos.

Parcerias No foram relatadas parcerias.

Cooperao com universidades A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Universidade de Cuiab (UNIC) encaminha estudantes de diversos cursos para estgio no atendimento dos adolescentes em conflito com a Lei.29

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa -Internao Masculina: 67 jovens; -Internao Feminina: 10 jovens; -Semiliberdade: ainda no foi implantada; e

-Liberdade assistida e prestao de servios comunidade: 80 jovens.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade existentes e nmero de vagas No tocante capacidade das unidades destinadas medida de internao e o nmero de adolescentes inseridos em tal medida, os dados fornecidos pelo Centro Scio-Educativo so os seguintes:

29

Pesquisa realizada em novembro de 2003.

46

-

Internao Masculina: capacidade para 76 adolescentes; Internao Feminina: capacidade para 16 adolescentes; e Prestao de Servios comunidade e liberdade assistida: 80 jovens.

A semiliberdade est sendo implantada, tendo futuramente capacidade para 15 adolescentes.

Programa de atendimento a egressos Segundo informaes do Centro Scio-Educativo, existem programas de atendimento a egressos executados pela mesma equipe da liberdade assistida.

Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda.

Diretrizes seguidas para a execuo das medidas socioeducativas O Plano Estadual das Medidas Socioeducativas estabelece as diretrizes para a execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao O Centro Scio-Educativo informou haver projetos destinados

municipalizao das medidas em meio aberto; entretanto, tais programas ainda no foram implementados.

Mato Grosso do Sul

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado de Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Estado de Trabalho, Assistncia Social e Economia Solidria SETASS, por meio da Coordenao de Medidas Socioeducativas, a responsvel pela execuo das medidas socioeducativas.

47

As demais secretarias envolvidas so a Secretaria de Estado de Educao; Secretaria de Estado de Sade; Secretaria de Estado de Segurana Pblica; Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer. Alm dessas secretarias participam tambm as Prefeituras Municipais; o Conselho Estadual dos Direitos da Criana e do Adolescente; o Conselho Estadual dos Direitos Humanos Tup I; o Juzo da 2 Vara da Infncia e Juventude; as 27 e 28 Promotoria da Infncia e Juventude; a Defensoria Pblica da Infncia e Juventude; a Delegacia Especializada de Atendimento ao Adolescente infrator; e a Delegacia Especializada de Represso ao Narcotrfico.

Parcerias Embora existam parcerias, as entidades parceiras no foram nomeadas.

Cooperao com universidades Embora exista uma cooperao com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no foram enviadas informaes sobre seus objetivos.30

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa

internao: 179 (sexo masculino) e 14 (sexo feminino) = 193; semiliberdade: 12 adolescentes; liberdade assistida: 384 adolescentes; e prestao de servios comunidade: 150 adolescentes

Estabelecimentos de internao e semiliberdade e nmero de vagas A capacidade do sistema para as medidas em meio fechado (internao e semiliberdade) de 196 vagas, embora poca 205 jovens cumpriam tais medidas. A distribuio entre as 9 unidades era a seguinte:

-

Unidade Educacional de Internao (UNEI) BR 262 (Campo Grande): 54 vagas, com 36 jovens;

30

Pesquisa realizada em setembro de 2003.

48

-

UNEI Jardim Los Angeles (Campo Grande): 28 vagas, com 38 jovens;

-

UNEI Feminina Bandeirantes (Campo Grande): 18 vagas, com 07 jovens;

-

UNEI de Dourados: 24 vagas, com49 jovens; UNEI Feminina de Dourados: 16 vagas, com 07 jovens; UNEI de Trs Lagoas: 12 vagas, com 22 jovens; UNEI de Ponta Por: 16 vagas, com 19 jovens; UNEI de Corumb: 12 vagas, com 15 jovens; e Unidade Educacional de Semiliberdade (Campo Grande): 16 vagas, com 12 jovens.

Programa de atendimento a egressos O Programa Estadual de Atendimento Socioeducativo prev o atendimento a egressos, bem como projetos de gerao de renda, em que os jovens internados junto com suas famlias participam de mini-oficinas

profissionalizantes, criando a possibilidade de gerar recursos para a famlia.

Programa de gerao de renda Ver item Programa de atendimento a egressos.

Diretrizes para a execuo de medidas socioeducativas Como resultado de um grupo de estudo, avaliao e reordenamento das medidas socioeducativas formado em 1999, elaborou-se um Programa Estadual de Atendimento Socioeducativo no ano de 2003. Este programa que nortear a poltica socioeducativa no Mato Grosso do Sul nos prximos anos.

Municipalizao A municipalizao das medidas em meio aberto est sendo realizada de forma gradativa, j tendo sido concretizada nos maiores municpios do interior do Estado, por meio do assessoramento tcnico do Ncleo de Acompanhamento e Orientao s Medidas em Meio Aberto/SETASS. Na

49

capital, a liberdade assistida executada pelo PROAM Programa de Atendimento ao Adolescente em Medida Socioeducativa conjuntamente com a SETASS. A prestao de servios comunidade executada pelo municpio, mediante parceria estabelecida entre seu rgo gestor, o Judicirio e o Ministrio Pblico da rea da infncia e juventude.

REGIO SUDESTE

Esprito Santo

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado do Esprito Santo, a Secretaria da Justia e Cidadania, por meio do ICAES (Instituto da Criana e do Adolescente do Esprito Santo), a responsvel pelas medidas socioeducativas em meio fechado. Esta Secretaria articula parcerias com as Secretarias de Estado da Educao e da Sade, do Trabalho e Ao Social.

Parcerias H parcerias com a Pastoral do Menor e com as Igrejas Evanglicas.

Cooperao com universidades No h cooperao com universidades.31

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa

-Internao: 68 jovens do sexo masculino e 24 do sexo feminino = 92 -Semiliberdade: no aplicada

Estabelecimentos de internao e semiliberdade e nmero de vagas O Esprito Santo no tem unidades de semiliberdade, o que significa que no aplicada a medida de semiliberdade naquele estado. So duas unidades de internao:

31

Dados coletados em novembro de 2003.

50

-

Unidade de Internao masculina: capacidade para atender 60 adolescentes; e

-

Unidade

de

Internao

feminina:

construda

para

abrigar

exclusivamente adolescentes do sexo feminino, apresenta 20 vagas.

Programa de atendimento a egressos O programa de atendimento a egressos est em fase de implantao.

Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda.

Diretrizes para a execuo de medidas socioeducativas No h um documento especfico para orientar a execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao Segundo informaes do ICAES, o processo de municipalizao j foi iniciado, encontrando-se em andamento.

Minas Gerais

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No estado de Minas Gerais, a Secretaria de Estado da Defesa Social, por meio da Superintendncia de Atendimento s Medidas Scio Educativas (SAMESE), responsvel pelas medidas socioeducativas em meio fechado. As Secretarias de Governo envolvidas, efetivamente, na execuo das medidas so: Secretaria de Estado da Educao; Secretaria de

Desenvolvimento Social e Esporte que oferece Bolsas de Trabalho

51

Educativo e cursos de formao profissional com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Parcerias A SAMESE tem parcerias com as seguintes entidades da sociedade civil: Fundao Libanesa de Minas Gerais, que disponibiliza 4 (quatro) mdicos pediatras para atendimento em trs unidades, alm de atender

adolescentes que cumprem semiliberdade; Modus Faciendi, que oferece treinamento e desenvolve cursos de capacitao de educadores na rea socioeducativa; Polcia Militar de Minas Gerais, oferece cursos de treinamento na rea da segurana com contedos pedaggicos, jurdicos, toxicologia e Direitos Humanos; Instituto Felix Guattari, que disponibiliza capacitao na rea de atendimento s famlias e de anlise institucional; Clnica AMMOR, realiza capacitao na rea de sade, preveno ao uso de drogas e doenas sexualmente transmissveis; Centro Universitrio de Cincias Gerenciais, que disponibiliza estagirios para a realizao de cursos na rea de informtica para educadores e adolescentes; CDI- Comit para Democratizao da Informtica, que atravs do programa Janelas para a Cidadania forma agentes multiplicadores da metodologia da informtica; Fundao Clvis Salgado, que oferece atividades na rea da arte-educao, como msica, teatro e dana; por fim, o Instituto de Tecnologia e Educao de UTRAMIG, que administra cursos de formao profissional, com recursos do FAT/CODEFAT.

Cooperao com universidades Veja item parcerias.32

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa -Internao: 445 jovens; -Semiliberdade: 32 jovens; -Liberdade assistida: 600 (mdia mensal) jovens; e

32

Dados referentes ao ms de novembro de 2003.

52

-Prestao de servios comunidade: 700 (mdia mensal) jovens.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade e nmero de vagas De acordo com dados fornecidos pela SAMESE, h doze unidades que atendem jovens em cumprimento de medidas em meio fechado. Quatro delas so administradas diretamente pelo Estado; outras quatro tm a gesto feita pelo Estado e por Organizaes No Governamentais; e, as demais, so supervisionadas pelo Estado, o qual repassa verbas diretamente aos municpios para que estes administrem as unidades.

A situao destas 12 unidades a seguinte:

-

Centro de Internao Provisria Dom Bosco CEIP Dom Bosco: localizado em Belo Horizonte e administrado diretamente pelo Estado. Com capacidade para atender 60 jovens do sexo masculino, abriga 165 adolescentes;

-

Centro de Integrao do Adolescente de Sete Lagoas: localizado em Sete Lagoas; abriga jovens do sexo masculino que cumprem medida de internao e diretamente administrada pelo Estado. Tem capacidade para 78 jovens e abriga 76 jovens;

-

Centro de Integrao do Adolescente de Belo Horizonte: localizado em Belo Horizonte sendo administrado diretamente pelo Estado. Tem capacidade para atender 30 jovens do sexo masculino e abriga 31;

-

Centro de Reeducao Social So Jernimo - CRSSJ: unidade exclusivamente feminina, que funciona tanto para internao provisria como para internao definitiva. administrada

diretamente pelo Estado e tem capacidade para 30 internas, atualmente abrigando 17 jovens em cumprimento de medida de internao sem prazo determinado e 27 em cumprimento de internao provisria; Centro Educacional Marista Marcelino Champagnat - CEMMAC: unidade de internao para jovens do sexo masculino, localizada

53

em Belo Horizonte. A gesto feita pelo governo do Estado e pela ONG Unio Brasileira de Educao e Ensino UBE. Tem capacidade para atender 30 jovens e abriga 29; Centro Educativo Dom Lus Amigo e Ferrer - CSEDLAF: unidade de internao e internao provisria para jovens do sexo masculino, localizada em Ribeiro das Naves. A gesto feita conjuntamente pelo Estado e pela Congregao Tercirios Capuchinos

Amigonianos. Tem capacidade para abrigar 30 jovens e atende 45; Centro de Integrao Social do Adolescente - CISAU: unidade de internao para jovens do sexo masculino, localizada em Uberaba. A gesto feita pela prefeitura, com verbas repassadas pelo Estado, que tambm supervisiona. Tem capacidade para 20 jovens e atende 21; Centro de Atendimento e Reeducao do Adolescente -

CARESAMI: unidade de internao para jovens do sexo masculino, localizada em Uberlndia. A gesto feita pela prefeitura do municpio, com verbas e superviso do governo do Estado. Tem capacidade para 20 jovens e atende 21; Centro de Atendimento e Reeducao Social do Adolescente e do Menor Infrator: unidade de internao para jovens do sexo masculino, localizada em Janaba. A gesto feita pela prefeitura do municpio, com verbas e superviso do governo do Estado. Tem capacidade para 20 jovens e abriga 20; Centro de Integrao Social e Assistncia ao Adolescente CENISA: unidade localizada em Governador Valadares e gerida pela prefeitura com a superviso do estado e verbas por este repassada. A unidade tem 20 vagas para internao e 20 para semiliberdade, sendo que abriga 20 jovens internados e 9 em semiliberdade; Casa de Semiliberdade Ouro Preto: localizada em Belo Horizonte; a gesto feita por meio de uma parceria entre o Estado e os Salesianos. Tem capacidade para atender 12 jovens e abriga 11; e, por fim,

54

-

Casa de Semiliberdade Santa Terezinha: localizada em Belo Horizonte Horizonte; a gesto feita por meio de uma parceria entre o Estado e os Salesianos. Tem capacidade para atender 15 jovens e abriga 12.

Somam-se, assim, 445 jovens cumprindo medida de internao (para 338 vagas) e 32 cumprindo semiliberdade (para 47 vagas).

Programa de atendimento a egressos No h ainda um programa de atendimento ao egresso. Entretanto, j foi firmada uma parceria com a Pastoral do Menor neste sentido, mas o formato e a implementao do programa ainda esto em discusso.

Programa de gerao de renda No h ainda um programa de gerao de renda.

Diretrizes para a execuo de medidas socioeducativas No h um documento especfico para orientar a execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao As medidas em meio aberto esto sendo municipalizadas. A medida de liberdade assistida executada pelas prefeituras, enquanto a medida de prestao de servios comunidade , ainda, executada pelos Juizados. Rio de Janeiro

Apesar de insistentes solicitaes pelo envio de informaes, este Estado no forneceu nenhum dos dados requeridos.

So Paulo

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Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado de So Paulo, a Secretaria Estadual de Educao a responsvel pelas polticas pblicas para execuo de todas as medidas socioeducativas. O rgo estatal responsvel pela execuo a Fundao Estadual do Bem-Estar do Menor (FEBEM).

Parcerias Segundo a Coordenadoria Tcnica das Medidas em Meio Aberto da FEBEM, o atendimento de adolescentes em liberdade assistida e/ou em prestao de servios comunidade conta com 98 convnios com entidades da sociedade civil em todo o estado.

Cooperao com universidades Segundo a Coordenadoria Tcnica das Medidas em Meio Aberto da FEBEM, o atendimento de adolescentes em liberdade assistida e/ou em prestao de servios comunidade tem convnio com uma universidade, embora no se saiba qual, nem com que propsito. Alm do convnio relacionado execuo das medidas em meio aberto, h tambm convnios para contratao de estagirios.

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa -Internao: 5.425 adolescentes; -Semiliberdade: 445 adolescentes; -Liberdade Assistida: 12.777 adolescentes ; e -Prestao de Servios comunidade: 2.032 adolescentes .34 33

Estabelecimentos de internao e semiliberdade e nmero de vagas Em todo o Estado de So Paulo, a FEBEM administra 59 unidades de internao, provisria ou por prazo indeterminado, com um nmero total de 4597 vagas. J as unidades de semiliberdade so 8 (oito), sendo que h 662 vagas.33 34

Dados sobre internao, semiliberdade e liberdade assistida referentes a setembro de 2003. Dados referentes a janeiro de 2003

56

Programa de atendimento a egressos No h programa de atendimento a egressos.

Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda.

Diretrizes para a execuo de medidas socioeducativas No h um documento especfico para orientar a execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao A maioria dos municpios ainda no assumiu a execuo das medidas em meio aberto (liberdade assistida e prestao de servios comunidade). No foram enviadas informaes sobre o nmero de municpios que j so responsveis por tais medidas.

REGIO SUL

Paran Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Estado do Paran, a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoo Social, por meio do Instituto de Ao Social do Paran IASP, a responsvel pela execuo das medidas socioeducativas em meio fechado. Outras secretarias esto envolvidas na execuo das medidas em meio fechado: a Secretaria Estadual de Segurana Pblica, cuja

participao relaciona-se documentao; a Secretaria Estadual de Educao, atravs das atividades relativas escolarizao; e, a Secretaria Estadual de Justia, por meio de aes de capacitao.

Parcerias

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As parcerias destinam-se execuo da semiliberdade, e ao tratamento de adolescentes com problemas de drogadio. So, no total, seis

comunidades teraputicas financiadas pelo IASP que fornecem este tratamento.

Cooperao com universidades Inexiste cooperao entre o IASP e Universidades.35

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa -Internao: 343 adolescentes; -Semiliberdade: 22 adolescentes; e

-Liberdade assistida e Prestao de servios comunidade: por serem executadas pelos Juizados Estaduais e pelos municpios, as informaes no puderam ser enviadas.

Estabelecimentos de internao e semiliberdade e nmero de vagas H para medida de internao 259 vagas e para a medida de semiliberdade 42 vagas, assim distribudas:

-

Educandrio So Francisco: localizado em Piraraquara, regio metropolitana, atende adolescentes de 12 a 18 anos do sexo masculino em medida de internao. Tem capacidade para 150 jovens e abriga 240 adolescentes;

-

Foz do Iguau: localizada na regio oeste do Estado, atende adolescentes de 12 a 18 anos do sexo masculino, em medida de internao. Tem capacidade para 83 jovens, sendo este o nmero de adolescentes internados;

-

Joana Miguel Richa: localizada em Curitiba, atende adolescentes do sexo feminino de 12 a 18 anos, em medida de internao. Tem capacidade para 26 jovens e abriga 20 adolescentes;

35

Dados referentes ao ms de novembro de 2003.

58

-

Londrina: localizada na regio norte do Estado, esta unidade atende adolescentes do sexo masculino de 12 a 18 anos, em medida de semiliberdade. Tem capacidade para 9 jovens e abriga apenas um adolescente;

-

Ponta Grossa: localizada na regio central do Estado, atende adolescentes de 12 a 18 anos do sexo masculino, em medida de semiliberdade. Tem capacidade para 12 jovens e abriga 5 adolescentes;

-

Salesiano: localizada em Curitiba, atende adolescentes de 12 a 18 anos do sexo masculino, em medida de semiliberdade. Tem capacidade para 20 jovens e abriga 16 adolescentes. A gesto feita em parceria com organizaes no governamentais, sendo que o IASP financia, atravs de repasses de verba, e supervisiona tecnicamente a execuo.

Programa de atendimento a egressos No h programa destinado aos egressos.

Programa de gerao de renda No tocante gerao de renda, h um projeto no Educandrio So Francisco, no qual os adolescentes recebem uma porcentagem da produo realizada nas oficinas. Contudo, no h um programa pblico de gerao de renda.

Diretrizes para a execuo de medidas socioeducativas O IASP utiliza um Termo de Referncia Tcnica para nortear a execuo das medidas socioeducativas.

Municipalizao As medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestao de servios comunidade, segundo as informaes do IASP, so executadas pelo Poder Judicirio e pelos municpios, no havendo, portanto, dados disponveis acerca das medidas em meio aberto.

59

Rio Grande do Sul

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No Rio Grande do Sul, a Secretaria de Estado do Trabalho, Cidadania e Assistncia Social, por meio da Fundao de Atendimento Scio-Educativo (FASE), responsvel pela execuo das medidas socioeducativas de internao e semiliberdade. As medidas em meio aberto esto sob a responsabilidade dos municpios. As demais secretarias envolvidas so: Secretaria de Educao; Secretaria Estadual de Obras e Saneamento Pblico; Secretaria Estadual da Fazenda; e Secretaria Geral de Governo. Alm dessas secretarias, outros rgos do poder pblico participam da execuo das medidas socioeducativas, tais como: Secretaria Municipal de Educao; Comisso de Direitos Humanos da Assemblia Legislativa; Juizados Regionais da Infncia e da Juventude; Centro de Apoio das Promotorias da Infncia e da Juventude; Defensoria Pblica; Delegacia Especializada da Infncia e da Juventude; Prefeitura de Porto Alegre; Justia Federal; Prefeitura Municipal; entre outros.

Parcerias So parceiros da FASE: Frum de Trabalho Educativo Forte; Companhia Rio-grandense de Artes Grficas Corag; Corsan; Hospital Presidente Vargas; Hospital So Pedro; Pr Jovem; Entidades Espritas e JudaicoCrists; CEDEQUIM; Museu de Cincia e Tecnologia da PUC; Comit de democratizao da Informtica CID; Fundao Maurcio Sirotsky Sobrinho - FMSS; Crculo Operrio Leopoldense; CEDECA - Santo ngelo; Grupos de HIP HOP; Sade Mental (Estado); e Unidade de Psiquiatria Intensiva.

Cooperao com universidades H cooperao com a UFRGS Faculdade de Direito, Departamentos de Gentica, Antropologia e Educao; com a FATEC - Santa Maria; e com o Curso de Enfermagem da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e Misses.

60

Nmero de jovens em cada medida socioeducativa

36

Segundo dados oficiais da Fundao, o nmero de jovens atendidos pelo sistema de 1004 (mil e quatro), distribudos da seguinte forma:

-

medida de internao: 549 jovens na capital (dos quais 21 so do sexo feminino) e 283 adolescentes no interior, num total de 832;

-

internao provisria: 88 adolescentes na capital (dos quais 9 so meninas) e 36 no interior; e

-

medida de semiliberdade: 1 jovem do sexo feminino na capital e 44 adolescentes do sexo masculino no interior.

A contabilidade do nmero de jovens inseridos em medidas de liberdade assistida e prestao de servios comunidade apenas no municpio de Porto Alegre , na capital de:37

-

prestao de servios comunidade: 541 jovens; liberdade assistida: 418 adolescentes; medidas em meio aberto: 1081 jovens; e nmero de jovens cumprindo medidas em meio aberto: 959 .38

Estabelecimentos de internao e semiliberdade e nmero de vagas A FASE possui 14 unidades em seu sistema de atendimento, sendo 11 as destinadas internao (cinco delas localizadas na capital e seis no interior) e 3 para a medida de semiliberdade, totalizando 645 vagas , conforme abaixo descritas:39

36 37

Dados relativos a novembro de 2003. Os dados referentes ao nmero de jovens que cumprem medidas em meio aberto em todo o Estado no foi obtido em razo de sua municipalizao. Conforme mencionado anteriormente, estabeleceu-se contato apenas com as unidades federadas. Estes dados datam de setembro de 2003. 38 H diferena entre o nmero de medidas aplicadas e o nmero de jovens que as cumprem devido ao fato de algumas vezes serem aplicadas a medida de liberdade assistida e prestao de servios comunidade cumulativamente. 39 Conforme informao datada de julho de 2003, havia previso de inaugurao do CASE Novo Hamburgo para os prximos meses, dando continuidade ao processo de regionalizao

61

5 unidades em Porto Alegre: Comunidade Socioeducativa: com capacidade para 116

adolescentes, destina-se execuo de medida de internao e atende em cinco subunidades independentes, quatro com

capacidade para 22 adolescentes e uma subunidade, denominada E, para Internao Com Possibilidade de Atividades Externas (ICPAE), com capacidade para 28 jovens. A subunidade A atende adolescentes em seu 1 ingresso no sistema de internao, oriundos de Porto Alegre e Novo Hamburgo, em regime de Internao Sem Possibilidade de Atividade Externa (ISPAE). A unidade B atende jovens adultos de 18 a 21 anos com perfil de maior comprometimento. As unidades C e D atendem

adolescentes reincidentes no sistema de internao. Centro de Atendimento Scio-educativo Feminino: com capacidade para 33 adolescentes, destina-se ao atendimento de adolescentes do sexo feminino que cumprem medida de Semiliberdade,

Internao com Possibilidade de Atividade Externa (ICPAE), Internao Sem Possibilidade de Atividade Externa (ISPAE) e Internao Provisria, oriundas dos dez Juizados da Infncia e da Juventude do Rio Grande do Sul. Centro de Atendimento Scio-educativo Regional de Porto Alegre I: com capacidade para 40 adolescentes, destina-se ao atendimento de adolescentes e jovens adultos com origem na regio sob a jurisdio do Juizado Regional da Infncia e da Juventude de Uruguaiana. Centro de Atendimento Scio-Educativo - Regional de Passo Fundo CASE: com capacidade para 40 adolescentes, destina-se internao de adolescentes e jovens adultos com origem na regio sob a jurisdio do Juizado Regional da Infncia e da Juventude de Passo Fundo.do atendimento. Foi elaborado projeto para a criao de novas vagas em Porto Alegre a partir da readequao de estruturas existentes, o que possibilitar, a mdio prazo, mais vagas.

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Unidades de Semiliberdade (no interior 3 unidades) Centro de Atendimento em Semiliberdade Regional de Santa Maria Casemi: com capacidade para 25 adolescentes, destina-se execuo de Medida Socioeducativa de Semiliberdade a

adolescentes e jovens adultos com origem na regio sob jurisdio do Juizado da Infncia e Juventude de Santa Maria. Centro de Atendimento em Semiliberdade - Regional de Caxias do Sul Casemi: com capacidade para 15 adolescentes, destina-se execuo de Medida Socioeducativa de Semiliberdade a

adolescentes e jovens adultos com origem na regio sob jurisdio do Juizado da Infncia e Juventude de Caxias do Sul. Centro de Atendimento em Semiliberdade de So Leopoldo: com capacidade para 20 adolescentes, destina-se execuo de Medida Socioeducativa de Semiliberdade a adolescentes e jovens adultos com origem na regio sob jurisdio do Juizado da Infncia e Juventude de Novo Hamburgo. Trata-se de um trabalho indito, desenvolvido em parceria com outras instituies, em que a Fundao compartilha a responsabilidade do atendimento por meio de um convnio firmado entre a STCAS e o Crculo Operrio Leopoldense.

Programa de atendimento a egressos A FASE est elaborando um projeto para atendimento a egressos.

Programa de gerao de renda No h programa de gerao de renda.

Diretrizes para a execuo de medidas socioeducativas O Rio Grande do Sul elaborou, entre os anos de 2000 a 2002, um Programa de Execuo de Medidas Socioeducativas de Internao e de

Semiliberdade PEMSEIS que rene as diretrizes e orientaes tcnicas balisadoras da interveno institucional no atendimento ao adolescente

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privado ou restrito de liberdade, uniformizando os procedimentos e conceitos da prtica cotidiana institucional.

Municipalizao O processo de municipalizao das medidas em meio aberto est em andamento, j tendo sido realizado em muitos municpios. Em Porto Alegre, Capital, a Fundao de Assistncia Social e Cidadania FASC a responsvel pela execuo das medidas em meio aberto desde 2000, quando foi firmado um convnio com o Poder Judicirio do Estado.

Santa Catarina

Participao das secretarias estaduais e de outros rgos pblicos No estado de Santa Catarina, a Secretaria da Segurana Pblica e Defesa do Cidado, por meio da Gerncia de Apoio ao Programa Scio Educativo para Adolescentes, a responsvel pela execuo das medidas

socioeducativas em meio fechado. Esta Secretaria uma unio entre a Secretaria de Segurana Pblica e a Secretaria de Justia (objetivo de centralizao administrativa) e atua em parceria com as Secretarias da Educao e de Desenvolvimento Social, com o CONANDA e Ministrio da Justia. A execuo da