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A ARTE PORTUGUESA ATÉ AOS ANOS 60

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A ARTE PORTUGUESA ATÉ AOS ANOS

60

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• As artes portuguesas da primeira metade do século XX, reflectindo as dificuldades estruturais do país, registaram grande desfasamento em relação á Europa;

• Em 1912, um grupo de jovens artistas realizou o I Salão dos Humoristas;

Introdução

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• Em 1915, realiza-se a I Exposição dos Humoristas e dos Modernistas, e a publicação da revista Orpheu, fundada por Fernando Pessoa (1888-1935), aos quais se juntaram Almada Negreiros e Santa-Rita, e outros.

• A partir de 1933, o Estado Novo passou a controlar a produção intelectual sob o tríptico ideológico de “Deus, Pátria e Família”, criando uma arte nacionalista, que teve o seu palco na Exposição do Mundo Português, em 1940.

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• Nos anos 50 a evolução cultural do mundo ocidental estimulou a intelectualidade portuguesa cuja vanguarda continuo, nos anos 60, a viver á margem do regime.

• Em Portugal, só se pode falar de Modernismo a partir de 1915 para as artes plásticas e de 1925-30 para a arquitectura, mas vivendo sempre paredes-meias com a arte nacionalista.

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• Em Portugal, só se pode falar de Modernismo a partir de 1915 para as artes plásticas e de 1925-30 para a arquitectura, mas vivendo sempre paredes-meias com a arte nacionalista.

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Devido à permanência do Naturalismo nesta época, as expressões modernistas manifestaram-se de diversas formas:

• Através do modelo, o sentir simbolista e expressionista de António Carneiro;

• Com a chamada Primeira Geração Modernista

Pintura

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António Carneiro

• Pintor e poeta de “Solilóquios” (1936)

• temática religiosa e mística • Gostava de utilizar

sanguínea como material de pintura e era mais hábil a pintar paisagens e marinhas, sendo algumas monocromáticas Auto-retrato de António Carneiro

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Algumas das suas obras…

Nocturno de Antonio Carneiro (1910)

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Contemplação de Antonio Carneiro (1911)

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Primeira Geração Modernista

A esta geração pertenceram varios modernistas:

• Eduardo Viana (1881-1967)• Amadeu de Souza-Cardoso (1887-1918)• Santa-Rita (1889-1918)• Almada Negreiros (1893-1970)• José Pacheko (1885-1934)• Cristiano Cruz (1892-1951)

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• Devido a polémica levantada por estas modernistas, surgiu uma agitação nos meios artísticos portugueses, o que deu origem a uma primeira renovação da pintura.

• Do Naturalismo ao Expressionismo, deu-se um maior valor à tendência para simplificar a linha, valorizar mais as cores claras e contrastantes em desfavor da perspectiva, aproximando o fundo da figura

A Ascensão do Quadro Verde, Amadeo de Souza Cardoso (1917)

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Eduardo Viana• Pintor naturalista, mas no

inicio da sua carreira enveredou pelo protocubismo cezanniano em termos de forma

• Em 1915, conheceu o Orfismo e os Delaunay, o que deu origem as suas obras inspiradas na plástica órfica

Eduardo Viana

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Nu de Eduardo Viana (1926)

Algumas das suas obras…

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A Revolta das Bonecas de Eduardo Viana (1916)

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Amadeo de Sousa-Cardoso

• Caracterizou-se devido à sua facilidade em experimentar várias correntes como o Naturalismo, o Expressionismo e o Cubo-Futurismo

Amadeo de Sousa-Cardoso

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• Participou em exposições em Paris, em Berlim e em Nova Iorque e teve contacto com grandes personalidades do mundo artistico como Picasso, Braque e o casal Delaunay

• Teve maior destaque pelas suas máscaras, pelas naturezas-mortas, pelas paisagens e pelas violas

• Foi também um inovador pelo uso de matérias (pasta de óleo, areias)

Procissão do Corpus Christi de Amadeo Sousa-Cardoso

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Guilherme Santa-Rita

• Conhecido como Santa-Rita Pintor• Pintor futurista que procurava a

originalidade• Foi considerado “um tipo fantástico e

insuportavelmente vaidoso” reflexo da sua complexa personalidade

• Andou entre o desafio conceptual e a pintura futurista italiana

• Foi um agitador de ideias, um inovador no campo estético e organizador da revista Portugal Futurista, em 1917

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A cabeça de Guilherme Santa-Rita (1912)

Algumas das suas obras…

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Almada Negreiros• Teve um importante papel junto do publico• Possui de uma personalidade excêntrica e

original• Para além de pintor foi também cenógrafo,

bailarino, caricaturista, pintor e dinamizador, nomeadamente nas revistas Orpheu e Portugal Futurista- Poeta do Orpheu e Tudo

• Em 1919, não estando satisfeito com o ambiente cultural português, partiu para Paris, tendo assim a sua pintura regressado à ordem, dento do cubismo

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Algumas das suas obras…

A Maternidade de Almada Negreiros (1935)

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Retrato de Fernando Pessoa de Almada Negreiros (1964)

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Segundo Modernismo • Seguiu-se um Segundo Modernismo que ganhou

estatuto como arte tutelada pelo Estado. As temáticas eram nacionalistas e ruralistas, as formas de representação eram meramente figurativa e as cores eram claras e calmas.

Pintura de Vieira da Silva

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• A partir de 1940 os artistas começaram a emigrar e outros adquiriram o estatuto de “artista apolítico”, que lhes permitiu sobreviver e outros lutaram, para conhecer e acompanhar as novidades artísticas internacionais, num espírito de oposição á ditadura, estimulados pelo desejo de uma participação democrática na vida política e cultural portuguesa que abrangeu também na cultura e no cinema.

• Pelas diferentes linguagens plásticas e pelo espírito crítico nem sempre foram compreendidos pelo público.

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EXPRESSIONISMO

•Passou da expressão da dor quotidiana ao visionarismo.•Passou da sátira contra a burguesia à ternura e ao lirismo.•Usando cores vivas e elementos decorativos populares.•A técnica académica é ainda utilizada.

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Mário Eloy• Passou por Paris e Berlim, onde expos ao lado de

Braque, Picasso, Chagal, Kokoschka, entre outros• Pintava com lápis, penas, tinta e óleo• Nos seus trabalhos realçava a luz, a expressividade

das cores e tons frios, como por exemplo azul ou verde

• As suas obras apresentavam um cuidado com o rigor construtivo no arranjo das formas e das figuras

• Foi o pintor mais importante do Expressionismo figurativo em Portugal

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Auto-retrato de Mário Eloy (1936)

Algumas das suas obras…

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Bailarico de Mário Eloy (1936)

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•Corrente artística de meados do século XX•ideológico marcadamente de esquerda•teve ramificações em várias formas de arte•atingiu o seu expoente máximo no Cinema neorrealista•Em Portugal o neorrealismo marcou as propostas de pintura de pendor social dos anos 30 e•carácter social e de denúncia

Neorrealismo

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•foi um movimento artístico e literário•inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo•Reúne artistas anteriormente ligados ao Dadaismo•dimensão internacional•dos principais manifestos do movimento é o Manifesto Surrealista de 1924

Surrealismo

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António Pedro•Nasceu a 9 de Dezembro de 1909, na cidade da Praia, em Cabo Verde.•Frequentou a Faculdade de Direito e de Letras de Lisboa•Fundador e director do jornal A Bandeira (Lisboa)•Fundou a primeira galeria de arte moderna em Lisboa

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Intervenção romântica

Algumas das suas obras…

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Rapto na paisagem povoada

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Mário Cesariny•Natural de Lisboa•Na Escola António Arroio conheceu alguns dos seus futuros companheiros surrealistas•Forma o Grupo Surrealista Português•Muitas obras incluem palavras recortadas, conjugações de textos e imagens, e outras formas experimentais•Pinturas, colagens, ‘soprografias’, e cadavres-exquis fazem parte da sua obra plástica.

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Algumas das suas obras…

Jindra Neowi

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Mandrágora

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Escultura • Na escultura permaneceu a sensibilidade

oitocentista; • Foi submetida às exigências da encomenda

pública e às concessões ideológicas dominantes;

• Imposição de princípios básicos, como uma leitura visual fácil, uma certa estilização abstracta e monumentalidade.

• A aproximação ao modernismo fez-se a partir dos finais de 50 com o surrealismo, o Neorrealismo e o Abstraccionismo.

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Francisco Franco

• Desenvolveu um forte sentido de monumentalidade e de volumetria, e seguiu o gosto nacional até aos anos 60 que o tornou escultor do regime.

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Algumas das suas obras…

Estátua Equestre de D. João IV, Vila Viçosa, 1938

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Diogo de Macedo

• autor de esculturas de feição clássica e, mais tarde, historiador e crítico de arte.

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Canto da Maya

• foi original devido á expressividade e sensibilidade com marcas da estética da arte Déco.

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Leopoldo de Almeida

• cuja passagens por Itália influenciou algumas das suas figuras classizicizantes, mas a suas obras histórica e nacionalista foi o Padrão dos Descobrimentos.

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Algumas das suas obras…

D.Dinis, 1943

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Salvador Barata-Feyo

• foi escultor mais perto do realismo simbólico, algo expressionista e rodinesco.

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Algumas das suas obras…

Garret, Lisboa,1945

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Jorge Vieira

• Integrado no Abstraccionismo geométrico

• Recebeu influencias de Moore, Butler, Tatline, do Simbolismo e do Surrealismo

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Algumas das suas obras…

Maqueta para o Monumento ao Prisioneiro Politico Desconhecido de Jorge Vieira (1953)

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Homem Sol, expo 98

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Marcelino Vespeira

• Foi pintor e escultor surrealista

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Algumas das suas obras…

O Menino Imperativo de Marcelino Vespeira (1951)

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ARQUITECTURA•1905-1960 várias tendências artísticas paralelas, sequenciais e complementares•Uma delas foi a formulação da Casa Portuguesa publicada em 1933 por Raul Lino•Recuperação dos valores tradicionais• O ambiente e terreno onde se encontravam atendiam às exigências funcionais e a princípios usados livremente•A cobertura possuía uma sanca com uma moldura ornamental•O alpendre enfatizava os valores formais da arquitectura•Os vãos eram guarnecidos de cantaria•Eram pintados ou de branco, ou com cores sendo também utilizados os azulejos

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•Outra das tendências foi a que seguiu os esquemas académicos e ecléticos•Centrava-se nas grandes cidades, Porto e Lisboa•Eram construídos prédios e novos bairros para a média burguesia•A edificação era confiada a engenheiros ou a mestres-de-obras•Não tinha preocupações estéticas•Eram usados materiais de qualidade, como o ferro•Os prédios tinham 6 andares e as fachadas eram monótonas

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•durante o Estado Novo•preocupações em conjugar formas do modernismo europeu com o nacionalismo salazarista•dificuldades económicas e financeiras, não propiciaram os empreendimentos arquitectónicos, normalmente dispendiosos•o pouco que se construiu permaneceu fechado à inovação e revela a persistência dos esquemas arquitectónicos clássicos.

Modernismo

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ARQUITECTURA NACIONAL•Foi lançada pelo Estado Novo•Baseada no ideário artístico e político que António Ferro defendia•Esta arquitectura utilizou as tecnologias da arquitectura modernista •Impunha um estilo único•As suas formas eram monumentais, simétricas, austeras e estáticas•As fachadas eram decoradas com linhas Art Déco, com baixos relevos no plano central da fachada

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Cassiano Branco• Um dos maiores inventivos representantes

da arquitectura na época• Mudou a imagem de Lisboa,

especialmente nas fachadas dos prédios, nos convidativos cafés e na modernidade dos cinemas Restauradores e Éden.

• Branco fez inúmeros projectos, alguns nunca materializados como por exemplo a urbanização para a Costa da Caparica, a ponte sobre o Tejo, entre outros

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Algumas das suas obras…

Projecto da Urbanização para a Costa da Caparica

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Cristino da Silva• Autor do projecto

modernista do Capitólio, da Praça do Areeiro e do prolongamento da Avenida da Liberdade

• Tornou-se o “mentor estético da arquitectura oficial dos anos 40”.

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Algumas das suas obras…

Praça do Areeiro de Cristino da Silva

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Pardal Monteiro

• Arquitecturo-engenheiro que as suas obras harmonizou técnica e estética

• Destacava-se e era conhecido como “o precursor do Modernismo em Portugal”

• Foi autor do projecto da, em Lisboa

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Algumas das suas obras…

Projecto da Igreja de Nossa Senhora de Fátima

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Carlos Ramos

• Autor do Pavilhão do Rádio no instituto de Oncologia em Lisboa

• Foi um teórico e representante da arquitectura modernista nacional.

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Algumas das suas obras…

Pavilhão do Rádio no instituto de Oncologia em Lisboa

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Jorge Segurado

• Criou o monumental Casa da Moeda

Maqueta da Casa da Moeda

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CASO PRÁTICO

ALMADA NEGREIROS 1893-1970

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TRABALHO REALIZADO POR:

Ana Margarida LopesDenise Sachim

Raquel AscensoJoão Rangel