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Healthcare Management 41ª Edição

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T

EDITORIAL

O Oscar da Saúde

“Tudo na vida são forças.” essas são as palavras do empresário Roberto Justus quando questionado sobre o que devemos ter para alcançar o sucesso. Segue alguns pensamentos que gostaria de compartilhar.

a força de vontade é fundamental para buscar o que tanto almejamos. Muito desta energia depende de nós mesmo, da nossa entrega e comprometimento com o objetivo. Para tanto, é preciso discerni-mento na tomada das decisões. Tão im-portante quanto uma lista de coisas para fazer, também é necessário uma lista do que não fazer.

destaca-se também a força da visão, ou seja, o poder de vislumbrar um horizonte diferente. Nada mais importante diante de um mundo cada vez mais competitivo do que sair da mesmice. a força do ca-ráter é outro elemento importante, uma vez que aqui está a importância de como o líder conduz seu time. afinal, ele pode construir ou destruir o caráter de sua em-presa. O poder está em suas mãos.

Já a força da coragem é aquela que leva o líder para além das fronteiras convencio-nais. a coragem para a mudança quebra paradigmas e traça novas tendências.

Vontade, visão, caráter e coragem. es-sas são algumas das forças reunidas nesta edição da Healthcare Management. Nas próximas páginas trazemos o “100 Mais Inf luentes da Saúde 2016”, especial que entra para a sua 4ª edição, já conhecido como o Oscar da Saúde.

São pessoas que, dentro de diversas ati-vidades do setor, nos inf luenciaram por sua força de fazer mais pela Saúde do Bra-sil e conseguiram, com grande sucesso, mesmo diante de tantas dificuldades que estamos passando.

O Oscar da Saúde traz executivos, ges-tores, médicos, engenheiros, arquitetos, enfim, uma vasta gama de profissionais que se dedicaram à inovação na Saúde. eles realizaram investimentos, trouxe-ram novas soluções de atendimento, fo-mentaram debates, superaram os desafios para se chegar a uma gestão sustentável e representaram o Brasil lá fora.

e como tudo o que se planta, se colhe, vamos agora celebrar esta justa homena-gem a esses grandes líderes.

afinal, vontade, visão, caráter e cora-gem são sempre bons exemplos para se-rem seguidos.

Edmilson Jr. CaparelliCEO e Publisher

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Inovar em tempos de criseOs desafios para o acesso da população à saúde em momentos de instabilidade econômica

Farmácia RobotizadaSírio-Libanês é o primeiro hospital da América Latina a ter farmácia central totalmente automatizada

NESTA EDIÇÃO

mARçO - AbRIL

Articulistas:

Capas da edição:

24 Avi Zins | 32 Lucas Zambon | 40 Carlos Goulart | 146 Nubia Viana | 154 Márcia Mariani

162 Franco Pallamolla | 188 Evaristo Araújo

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Risco e Segurança do PacienteCRM na aviação: Impacto em segurança operacional

Diálogos16º Encontro de Hospitais do Estado do Riode Janeiro debate Saúde, Justiça e Economia

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PerspectivasMesmo diante de um complexo cenárioeconômico, o executivo Renato Garcia Carvalhofala sobre oportunidades no mercado brasileiro

Informação junto com o profissionalHospital Sírio-Libanês adota versão móvel doUpToDate e amplia o acesso do corpo clínico à informação

Alguns dos eleitos dos 100 Mais Influentes da Saúde são a nossa capada 41ª edição da Healthcare Management.

Código de CoresA HealthCare Management organiza suas editorias pelo código de cores abaixo:Líderes e PráticasSustentabilidadeHealth-ITMercadoGente e GestãoIdeias e TendênciasEstratégia Health Innovation

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Dossiê: Unimeds pelo Brasil

Conexão com o pacientePersonalização do atendimento começa no Contact Center

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PONTO FINALA Segurança do Pacienteem nossas mãos

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Conforto e segurançaGerenciar de maneira adequada o estacionamento pode ser a diferença entre ganhar, ou perder, mais pacientes

Internet das CoisasBeneficência Portuguesa de São Pauloe a monitorização de sua farmácia

Sempre avanteCom método e perseverança, Biocor Institutobusca atingir suas metas, dando a suacontribuição à Saúde e Sociedade, ajudandoa construir um país cada vez melhor

De olho no desempenhoHospital viValle implementa CRM para otimizarprocessos, aumentar a segurança do pacientee engajar colaboradores

Na contramão da criseBD anuncia investimento de US$ 30 milhões em nova fábrica no Brasil

HotelariaA atenção desde a estrutura física da instituiçãoaté a apresentação pessoal dos profissionais

Tecnologia móvel a favor da saúdeOs corredores do Hospital Madre Teresa de Belo Horizonte foram invadidos pela mobilidade. Projeto em andamento prevê 100% de cobertura de rede sem fio

OtimizaçãoHapvida reduz custo de impressão de imagemem 80% e tempo para laudar em 50%

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190 Em perfeita sintoniaCom quase 20 milhões de clientes em todo o país e cerca de 350 cooperativas, Sistema Unimed intensifica o uso de vídeo colaboração para aproximar as organizações

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PERFIL

Antônio Britto, Presidente Executivo da Interfama

José Luiz Sant Ana Horta, Superintendente da Life Empresarial Saúde

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Entidades Setoriais.............................Empresários...........................................Ensino e Pesquisa...............................Filantropia...............................................Gente e Gestão....................................Gestor na Saúde..................................Indústria...................................................Infraestrutura e Engenharia...........Inovação..................................................Medicina Diagnóstica......................Negócios.................................................Personalidade Pública......................Projetos de Humanização..............Provedor de Serviços........................Qualidade e Segurança...................Referência...............................................Saúde Suplementar...........................Suprimentos e Logística..................Sustentabilidade..................................Tecnologia..............................................

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Mais Influentes da Saúde

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O Fórum ASAP 2016 reuniu cerca de 500 exe-cutivos, profissionais e pesquisadores do setor de saúde para debater o tema “Rumos e Sustentabili-dade da Saúde”. O Fórum foi dividido em três pai-néis, com o primeiro debatendo “Cultura, Conhe-cimento e Educação em Saúde”; o segundo sobre “O Ambiente e suas Repercussões na Saúde das Populações”, e o terceiro com o tema “Indicadores e Transparência”. No evento, a equipe do Saúde Online conversou com diversos executivos, como Milvia Gois, CEO da ASAP; Ana Elisa Siqueira, CEO do Grupo Hospitalar Santa Celina; Francisco Ba-lestrin, Presidente da Anahp, entre outros.

A ABIMO, com o intuito de incentivar a inovação na indústria médica e odontológica nacional, reali-zou a 7ª edição do Prêmio Inova Saúde. Neste ano, foram inscritas 67 empresas. A Lifemed foi a gran-de vencedora do prêmio médico-hospitalar com a inovadora Bomba de Infusão Smart – produto desenvolvido em parceria com o Hospital Albert Einstein com o propósito de aproximar o prestador de serviço à indústria a fim de reduzir a necessida-de de importação de tecnologia e equipamentos. O produto vitorioso da categoria prêmio odonto-lógico foi o EasyClip+, bráquetes autoligáveis que combinam as técnicas passivas e interativas em um único sistema, da empresa Aditek.

Com base na visão de especialistas em Medicina Hospitalar dos EUA e Canadá, o primeiro Simpósio Internacional de Qualidade e Segurança do Paciente discutiu as possíveis soluções a serem implementadas para os problemas de variabilidade na assistência prestada pelos hospitais nacionais. Em entrevista para o Saúde Online, o palestrante Lucas Santos Zambon falou sobre ideias e tendências internacionais do setor da saúde e discutiu os desafios da qualidade e segurança do paciente.

Prêmio Inova Saúde reconhece soluções médicas e odontológicas

Fórum ASAP 2016 discute rumos para sustentabilidade no setor

Lucas Zambon do IBSP fala dos desafios da Qualidade e Segurança

@SaudeOnlineBR /saude_online /in/saudeonline/SaudeOnlineBRSIGA, CURtA E COMENtE

Confira mais vídeos no Saúde Online TV

Confira a cobertura no Saúde Online TV

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IInf luência. Provavelmente, este seja o tema predominante nas próximas pági-nas desta edição. Mas ele não está sozi-nho. Ninguém é inf luente sem ser um bom líder, sem inspirar confiança, sem acreditar no que faz.

São justamente esses grandes líderes os nossos eleitos 100 Mais Inf luentes da Saúde de 2016. São pessoas que prova-ram para toda a comunidade que é pos-sível realizar e inovar em meio a tantas adversidades.

Palavra da editora

Sabemos, contudo, que a Saúde se faz graças a uma infinidade de respeitáveis profissionais por todo o Bra-sil, cada uma em sua especialidade, mas todos em busca de um objetivo: mais qualidade no atendimento a toda a população.

Porém acreditamos que os nossos eleitos abriram ca-minhos, seja na pesquisa, na gestão, nos negócios, na engenharia ou mesmo na política. e essas novas rotas estão sendo trilhadas por todos nós, que confiamos nes-ses grandes nomes. O 100 Mais Inf luentes da Saúde é o nosso reconhecimento e homenagem a todos esses pro-fissionais.

além do nosso Oscar da Saúde, esta edição também traz para o leitor o dossiê Unimeds pelo Brasil. Con-versamos com gestores de diversas Unimeds espalhadas por todo o país e eles nos contaram sobre peculiaridades de cada administração, os desafios da sustentabilidade e a governança cooperativista.

e o que a Segurança do Paciente pode aprender com a aviação? este é um dos assuntos presentes no livro “Risco e Segurança do Paciente”, lançado pela Fundação para Segurança do Paciente. em capítulo extraído des-ta obra, Valter Carneiro, especialista em aviação civil e que ministra cursos de CRM para a Gol Linhas aéreas, fala sobre a segurança nos procedimentos, sendo possí-vel traçar pontos em comum com a Saúde.

O Saúde 10 traz antônio Britto, Presidente da Inter-farma - associação da Indústria Farmacêutica de Pes-quisa. Nesta seção, Britto fala sobre inovação, pesqui-sas clínicas, o ambiente regulatório do país e alerta: “é preciso resgatar a representatividade nacional do INPI. (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).”

Homenagem à Saúde

Carla de Paula Pinto,Editora da Revista Healthcare Management

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“A ciência não vai esperar pelo Brasil”Antônio Britto, Presidente Executivo da Interfama, avalia o desenvolvimento de pesquisas clínicas no país e a urgente necessidade de agilizar o ambiente regulatório

“Para o Brasil, a inovação farmacêutica é essen-cial como instrumento para a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento da ci-

ência pela interação permanente e produtiva entre cen-tros de pesquisa, políticas públicas e empresas privada.” Esse é um dos tópicos presentes na Carta de Princípios da Interfarma - Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa - e que também é avaliado por Antônio Britto, Presidente Executivo da entidade, no Saúde 10 desta edição. Além disso, Britto também fala sobre o desenvolvimento de pesquisas clínicas, o ambiente re-gulatório brasileiro, entre outras questões. Questiona-do sobre os procedimentos de patente no país, Britto alerta: “Para a inovação ser verdadeiramente promovida no Brasil, em todos os segmentos de atividade econô-mica, é preciso resgatar a representatividade nacional do INPI. (Instituto Nacional de Propriedade Industrial)”

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41Qual é a situação do Brasil quan-

to ao desenvolvimento de pesquisas clínicas necessárias para descoberta de novos medicamentos?

O Brasil recebe apenas US$ 300 milhões dos US$ 140 bilhões gastos anualmente com pesquisa e desen-volvimento no setor farmacêutico, o que é rigorosamente medíocre. Dois problemas fundamentais precisam ser resolvidos para que esse cenário seja revertido: o distanciamento entre uni-versidade e iniciativa privada, e a mo-rosidade para a avaliação de pesquisas clínicas. A universidade tem resistência em trabalhar com a iniciativa privada, enquanto essa resiste em assumir os riscos da inovação. Em outros setores, como o da agricultura, esse tipo de parceria já provou ser capaz de criar um cenário em que todos saem ga-nhando.

A diferença nesta espera entre o Brasil e outros países é muito grande?

Líderes mundiais, como Estados Uni-dos, União Europeia, Coreia do Sul, Canadá, Japão e Austrália, avaliam um estudo clínico em até 90 dias, sendo que a nossa média é de 365 dias, prazo que, às vezes, é ainda maior, caso haja necessidade de ajuste nos protocolos.

Quais as consequências dessa mo-rosidade?

A demora acaba por deixar o país fora dos estudos multicêntricos, que são os de maior relevância. De acor-do com o Clinical Trials, o Brasil detém apenas 2% das 160 mil pesquisas em

andamento em 180 países. Além disso, um le-vantamento com as nossas associadas mostra que 16 estudos multicêntricos deixaram de ser realizados nos primeiros meses do ano passado justamente pela morosidade das avaliações.

De que forma o nosso ambiente regulató-rio interfere nesses processos?

O Brasil é o único país que exige uma aprovação tripla para cada estudo. O processo começa nos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs), distribuídos em diferentes regiões, e depois segue para a Co-missão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É fundamental mantermos um padrão elevado de análise ética das pesquisas clínicas, mas não podemos demorar tanto para isso. Essa morosidade acaba fazendo com que muitos estu-dos deixem de ser feitos no Brasil, o que dificulta o acesso dos pacientes às drogas experimentais e também prejudica o avanço da ciência no Brasil. Ano passado, mais de 40 dos principais médicos e pesquisadores do país assinaram uma carta aber-ta à Presidente da República, Dilma Rousseff, soli-citando atenção ao problema.

Qual a sua avaliação sobre nossos procedi-mentos de patentes?

Hoje, o país leva 14 anos para examinar um pe-dido de patente – o triplo da média mundial. Em países desenvolvidos, como os Estados Unidos e algumas nações europeias, é possível ter um retorno em menos de seis meses. Essa diferença é preocupante. Ela evidencia que a Lei de Pro-priedade Industrial, criada há 20 anos, não atin-giu o objetivo esperado nessas duas décadas. A criação de um sistema que proteja investimentos em pesquisa e desenvolvimento existe no papel, mas na prática não é capaz de criar um ambiente de promoção à inovação.

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realiza o pedido de análise em diversos países ao mesmo tempo, incluindo o Brasil. Seis meses depois, todos já aprovaram, exceto o Brasil, que ainda está analisando. O mundo não pode esperar pelo Brasil, a ciência não vai esperar pelo Brasil. Por isso, muitos estudos acabam não sendo realizados aqui. Precisa-mos reverter essa situação antes que os pesquisa-dores desistam de submeter seus pedidos.

De que forma nosso atual contexto econômico vem afetando o setor?

A indústria farmacêutica tem registrado queda nas vendas de produtos não essenciais. Aqueles medicamentos sem necessidade de prescrição mé-dica, que as pessoas compram para terem à mão em casa, essas vendas estão diminuindo. Mas os demais medicamentos continuam praticamente estáveis porque são essenciais.

Mesmo com tanto avanço nas pesquisas ainda não temos respostas para questões básicas na Saúde, como é o caso da dengue e febre amare-la? Por que?

Muitas das questões básicas de saúde consegui-ram ser enfrentadas e superadas pelo SUS, que hoje se depara com outros desafios. Com o envelheci-mento da população e o consequente aumento das doenças crônicas e complexas, como diabetes e câncer, é necessário que o SUS se readeque para li-dar com os problemas gerados pelo crescente subfi-nanciamento. Dengue e febre amarela são exceções no cenário nacional de atenção básica à saúde, que ainda requerem o aperfeiçoamento das estratégias de combate. Mas existem campanhas e crescentes ações com esse foco.

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H

6Por que isso acontece?Isso acontece devido à grave situação

do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Ele, hoje, apresenta um número insuficiente de examinadores, apenas 1/3 da quantidade ideal. Ano passado 350 novos funcionários foram aprovados em concurso público, mas eles nunca chegaram a ser contrata-dos. Faltam recursos para isso. E assim a fila dos pedidos segue aumentando e o país se afasta cada vez mais da ino-vação, fundamental para reduzir nossa dependência tecnológica e crise econô-mica. Além disso, o instituto tem se dis-tanciado de debates importantes para o futuro político, econômico e tecnológico do Brasil. Para a inovação ser verdadei-ramente promovida no Brasil, em todos os segmentos de atividade econômica, é preciso resgatar a representatividade nacional do INPI.

Qual a sua análise sobre o interes-se das farmacêuticas multinacionais em desenvolver centros de pesquisa e inovação no Brasil?

Existe um grande interesse em realizar pesquisas clínicas no Brasil por diversos motivos. O país tem profissionais alta-mente qualificados, tem ilhas de exce-lência para o desenvolvimento de estu-dos clínicos, além da diversidade étnica, cultural, climática e demográfica, que são questões importantes para a elabo-ração de protocolos de pesquisa clínica.

Então, qual o grande o desafio que essas indústrias encontram por aqui?

O grande problema, novamente, está na morosidade para análise dos pedidos de pesquisa. Um estudo multicêntrico

Atualmente, a Interfarma possui 56 laboratórios asso-ciados que, hoje, são responsáveis pela venda de 82% dos medicamentos de referência do mercado e por 33% dos genéricos, no canal farmácia.

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Health Innovation

Os desafios para o acesso da população à saúde em momentos de instabilidade econômica

Inovar em tempos de crise

Uma crise econômica-política como a que o Brasil está vi-vendo gera dois principais cenários na Saúde: uma

maior dependência dos serviços públicos, uma vez que há uma significativa perda de empregos; e a necessidade das operadoras otimizarem ainda mais seus custos a fim de aumentar a capacidade operacional.

as empresas também sentem esta tur-bulência e, para tentar driblar tais dificul-dades, acabam adequando seus planos de saúde ou até mesmo buscando opções mais simples. Ou seja, as pessoas empregadas também são prejudicadas na medida em que têm seus benefícios limitados.

“É possível apontar um forte movimento de downgrade dos planos de saúde dentro das empresas. as coberturas, que eram mais amplas, estão cada vez mais limitadas”, afir-ma Fabricio Campolina, Presidente do Con-selho de administração da aBIMed.

Há também a queda na arrecadação, fun-damental para a saúde pública. “a Saúde está sentindo o impacto direto na redução do volume de investimentos. Muitas pesso-as estão migrando para o sistema público, justamente em um momento que este não está recebendo tanto dinheiro. diminuir a arrecadação e aumentar a assistência é uma equação que não fecha”, pontua Carlos Gou-lart, Presidente executivo da aBIMed.

“as restrições orçamentárias estão im-pactando o que foi realizado anteriormen-te. estamos regredindo em relação aos

avanços que tínhamos conquis-tado nos últimos anos”, analisa Campolina.

O setor privado também sen-te os efeitos desta instabilidade econômica. Segundo Goulart, nos últimos 18 meses, os planos de saúde registraram uma per-da de mais de um milhão e meio de segurados.

a retomada da atividade eco-nômica se faz urgente nesse ce-nário. Para tanto, é necessário, conforme ressalta Goulart, uma mudança política, em que inves-tidores e empresários voltem a ter confiança e a investir no país.

Contudo, há espaço para me-lhorias, como a profissionaliza-ção da gestão. “Quando se tem poucos recursos, isso te obriga, ainda mais, a ter uma adminis-tração mais eficiente, sem des-perdícios. Mesmo sem a crise, a revisão da gestão é sempre ne-cessária”, afirma Goulart.

Neste contexto também des-ponta uma importante solução: inovação. Não apenas a tecno-lógica, mas também de toda a rede assistencial. Cabe, então, repensar o acesso à saúde para a população, o que se torna um dos grandes desafios para gesto-res e empresários.

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Um potencial caminho para promover o aces-so à saúde seria, segundo Thomaz Srougi, Sócio Fundador do dr. Consulta, ajustar a oferta de recursos médicos para refletir uma mudança no mix de serviços de forma mais adequada às doen-ças da atualidade.

destaca-se a importância de redesenhar a rela-ção do setor público com o privado. “Neste con-texto, o governo terceirizaria para empresas de saúde privada o atendimento ambulatorial, onde há o maior gargalo de acesso.”

Por fim, Srougi salienta a adoção de novas tec-nologias para alavancar a capacidade de atendi-mento da infraestrutura atual instalada, melho-rar a experiência do paciente e a qualidade dos resultados médicos entregues.

“Há muitas evidências que justificam a necessi-dade de haver profundas mudanças no sistema de saúde brasileiro. Por isso, não abraçar inovações como aliadas da boa prestação de serviço pode significar assinar sentença de morte para muitas pessoas desprotegidas”, afirma Marcos Fumio, Vice-Presidente da Área Médica do dr. Consulta.

Fumio acredita também que é preciso colocar, definitivamente, o paciente e o médico no centro deste processo de redesenho de sistemas de saúde interligados e sincronizados, mais eficientes e efi-cazes. “Há novos modelos de negócio que utilizam os ativos e tecnologias disponíveis de forma dife-rente para levar aos pacientes resultados médicos precisos e de forma acessível”, afirma Fumio.

“Precisamos, cada vez mais, olhar formas dife-

rentes de funcionamento, tes-tando e aplicando melhorias na gestão de saúde, para diminuir ineficiências, remodelar pro-cessos, quebrar paradigmas, aprimorar convergência de in-teresses entre os envolvidos (pa-cientes, médicos, poder público e privado), e focar resultados”, acredita Fumio.

O dr. Consulta é um exem-plo de inovação na assistência à Saúde. a rede utiliza análise sofisticada de dados, design e tecnologia para recriar o acesso à saúde de excelência no menor custo possível. as consultas po-dem ser agendadas em menos de um minuto e até para o mes-mo dia.

a rede já traz em seu histórico resultados muito expressivos. a companhia tem crescido, em média, 300% ao ano desde 2011, quando foi fundada. em 2015, impactou 500 mil pesso-as. a proposta mostra o quanto serviços médicos de qualidade podem estar ao alcance das pes-soas, desafiando a ideia de que o acesso à saúde qualificada é algo caro ou inatingível.

A saída tecnológica

Inovação pode ser a aplica-ção de uma nova ideia, método ou serviço, e ainda algo para atender novos requerimentos ou novas necessidades de mer-cado. No contexto que vemos hoje, é essencial inovar na for-ma de oferecer soluções para novas demandas e necessida-des.

“a indústria tem um papel

Carlos Goulart, Presidente Executivo da ABIMED

fundamental na inovação. Mas não naquela que agregue custo, mas sim que ajude a aumentar a produtividade e o acesso à saúde, de tal forma que possa-mos fazer mais com os recursos disponíveis. Não vejo outra so-lução que não a inovação”, res-salta Campolina.

ainda de acordo com o Presi-dente do Conselho de adminis-tração da aBIMed, para que essa inovação ocorra é preciso trabalhar vários pilares como o regulatório, para garantir uma regulamentação favorável à inovação e à simplificação da burocracia. “É importante tam-bém estreitar o relacionamento entre as universidades e o setor privado; e termos mecanismos que fomentem uma educação profissional de qualidade. essas premissas são essenciais para acelerar a inovação no dia a dia dos hospitais.”

Uma forma de repensar o acesso da população à saúde é

Leonardo Melo, CEO da Diagnext.com

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Health Innovation

Marcos Fumio, Vice-Presidente da Área Médica Dr. Consulta e Thomaz Srougi, Sócio-Fundador do Dr. Consulta

Ricardo Moraes, CEO Memed

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por meio da tecnologia, aproximando pacientes e profissionais com métodos racionais e processos inteligentes e econômicos.

Hoje, as tecnologias de informação e comuni-cação ajudam a resolver dois grandes problemas: ampliar acesso à saúde e reduzir custos.

Pensando em levar Saúde a locais remotos, be-neficiando pacientes e profissionais, a diagnext.com vem proporcionando importantes soluções em Telemedicina. “Hoje, além de estarmos trans-mitindo exames de radiologia mais rápidos do que anteriormente - gastamos pouco mais de 1 minuto - conseguimos viabilizar comunicação utilizando múltiplas saídas de internet”, explica Leonardo Melo, CeO da diagnext.com.

Segundo o executivo, a empresa está desenvol-vendo tecnologias que, através do uso de diversos modems de telefonia celular, conseguem agregar maior capacidade de transmissão a partir de uni-dades móveis, como caminhões, embarcações e ambientes remotos. O grande diferencial é o cus-to, pois um satélite é extremamente mais caro que um modem de telefonia celular.

Outra alternativa é criar soluções capazes de re-duzir a necessidade de infraestrutura para guarda de documentos médicos. “desenvolvemos nos-sas tecnologias para armazenamento de dados,

sem perda de qualidade, mas de forma extrema. enquanto a maioria do mercado compacta dados radiológicos em até 50% no máximo, nossas tecnologias conseguem armazenar em até 93%. essa diferença reflete-se diretamente na redução de cus-to de investimento e operação de ambientes clínicos e hospi-talares.”

além de facilitar o atendimen-to à saúde, a tecnologia também desempenha um papel impor-tante na segurança dos proce-dimentos. exemplo disso é a ferramenta que a Memed vem proporcionando no mercado quanto à prescrição impressa. “Vamos começar os trabalhos no Hospital do Servidor e no Pé-rola Byington. Temos um banco de dados de medicamentos que congrega mais de 20 mil me-dicamentos credenciados pela anvisa. Nesta solução, o médico poderá ter a segurança para che-car qualquer informação atuali-zada”, explica Ricardo Moraes, CeO e Co-fundador da Memed.

a solução visa garantir a compreensão do receituário, tendo em vista que, segundo a Organização Mundial da Saú-de, até 75% das prescrições mé-dicas escritas à mão correm o risco de apresentar algum tipo e erro. “O desafio da saúde con-siste, justamente, no acesso a um atendimento mais ágil e de qualidade. Nossa contribuição é justamente no sentido de mo-dernizar os profissionais.”

O desafio é grande: fazer com que todas as prescrições sejam digitais. a proposta é que o pa-ciente, por exemplo, ao sair do médico, já saiba qual farmácia nas proximidades apresenta um custo mais acessível de medica-mentos, de forma que seu recei-tuário seja enviado diretamente para lá. “estamos cientes de que isso ainda vai demorar. Para tanto, é necessário mudar um mindset e estabelecer uma in-fraestrutura diferente do que se tem hoje. estamos trabalhando para unir parceiros e conseguir estabelecer esse novo cenário.”

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Avi ZinsHead of Healthcare Segment da Neoris do Brasil.

ataques cardíacos e infartos.Mais que agentes no tratamento, a nanomedicina tam-

bém avança em outros setores como, por exemplo, o de diagnóstico, que permite que se tenha imagens mais precisas do que se pretende examinar através de agentes sensíveis aos contrastes e que possam delinear melhor as imagens, ou ainda em um avanço sensível na área de te-rapia celular em que se pode imaginar um aumento con-siderável no tempo de vida dos seres humanos.

Também vem sendo usada na cosmética, por exemplo, na melhoria e retirada de rugas das peles, ou compondo películas para evitar queimaduras do sol. Ou seja, o uso da nanomedicina chega também ao bem-estar e à quali-dade de vida.

Podemos também imaginar que um dos principais usos também está voltado para reduzir o número de cirurgias invasivas, utilizando estes agentes como forma de operar determinadas patologias, além de uma sensível redução de custos nesta área, por usar materiais microscópicos.

aliás, em se tratando de custos, pode-se imaginar o uso da nanotecnologia na fabricação de instrumentos e equi-pamentos médicos, órteses, próteses e materiais especiais, e uma infinidade de medicamentos, reduzindo assim os custos daí inerentes e permitindo maior eficiência até mes-mo na gestão da saúde que, hoje, atinge patamares altíssi-mos no mundo todo (em média um número de dois dígitos de percentual do PIB gasto em saúde por país)

Por fim, outra revolução que é trazida para este mundo é o desenvolvimento de medicamentos usando a nano-medicina. alguns medicamentos já existem e estão in-clusive aprovados para uso pelo Fda (Food and drugs administration), como o abraxane, voltado para o trata-mento de câncer, cujo foco é alimentar os tumores e atra-vés disso penetrar nas células cancerígenas e as eliminar (como um cavalo de Tróia); o doxil (usado no tratamento

É impressionante o volume de novas tecnologias em evolução na saúde e que vem e irão revolucionar a medicina. dentro deste volume de novidades

estão as já citadas por aqui, como a Internet das Coisas (que denomino Internet of Bodies), a saúde móvel (mHe-alth), a impressão 3d, e a biogenética com a interpreta-ção dos dNas e as possibilidades de integração destes altos volumes de informações através de soluções de He-althcare analytics.

Também está chegando ao mercado, cada vez com mais força, a Nanomedicina, inspirada na criação da Na-notecnologia. Criada por Richard P. Feynman que apre-sentou sua teoria em 1959 na Sociedade americana de Física, e nominada pelo professor Norio Taniguchi, em 1974, a Nanotecnologia pode ser definida como a ciência do desenvolvimento e manipulação da matéria em na-nômetros, ou seja, do tamanho de átomos e moléculas.

ainda que seja útil para diferentes setores do merca-do, como, por exemplo, a área automotiva, em que após uma batida e uma lataria amassada poder-se-á regenerar a lataria e ter o carro como novo sem ter que ir a qual-quer funilaria, ou até o uso de películas ultrarresistentes que não permitam que riscos na pintura existam, ou que os façam desaparecer, a área de nanotecnologia origina uma séria revolução no diagnóstico e tratamento de pa-cientes.

entre os diversos usos está o de nanorobôs que são injetados dentro do corpo humano para executar uma função específica. Um dos exemplos recentes é o de uma tecnologia israelense que usa estes agentes para o ataque à Leucemia, já com expressivos resultados em doentes terminais que tiveram cura total.

Fala-se também de nanorobôs que executariam uma varredura das artérias e vasos sanguíneos de maneira a limpá-los de gorduras e, consequentemente, prevenir

Artigo deAvi Zins

NaNOMedICINaOutro passo para a Medicina Personalizada ou de Precisão

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de câncer de útero) e o Rapamine (usado para reduzir os riscos de rejeição em transplantes de órgãos), dentre ou-tros.

Se somarmos a já conhecida capacidade de desenvol-vimento de medicamentos utilizando os conhecimentos genéticos do indivíduo e também a nanomedicina, pode--se imaginar claramente um crescimento forte na medi-cina personalizada ou de precisão, em que alguns cien-tistas mais ousados já começam a considerar a medicina uma ciência exata.

Porém, há aqueles que consideram esta tecnologia peri-gosa em vários aspectos:

1. Ético-Religiosa – Interferindo nas leis de criação e da natureza.

2. Meio-ambiente – Pode-se gerar um desequilí-brio ambiental com a criação de várias nanopartículas que se difundem no ar, na água e no solo.

3. Toxicidade – a possibilidade de haver toxicida-de dos materiais nanométricos no corpo humano (Nano-toxicidade), podendo ocasionar danos no cérebro, ou em

outras células do corpo.4. Segurança do Paciente – Claramente, este é um

tema de alta importância, já que ao se permitir (e isso ocorrerá cada vez mais) que informações sejam trocadas entre os agentes que foram injetados no corpo humano e ambientes computacionais externos (ex.: Laudos e diag-nósticos por Imagem, Cirurgias-Não-Invasivas, exames que coletam informações em detalhes dos pacientes), há sempre um risco de “Hackers” invadirem estes ambientes e causar inclusive óbitos.

Logo, é evidente e claro que uma regulamentação bem definida e detalhada é imprescindível para este tipo de utilização.

de resto, é esperar as novas descobertas e os seus de-senvolvimentos e que venham rápido para que possamos enfrentar com armas mais potentes as enfermidades, e que mais instrumentos de cura possam estar sendo de-senvolvidos pela indústria farmacêutica e centros de pesquisa hospitalares, e estejam disponíveis e aprovadas para uso no nosso dia a dia. H

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MercadoLíderes e Práticas

Sírio-Libanês é o primeiro hospital da América Latina a ter farmácia central totalmente automatizada

Farmácia Robotizada

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Aalguns conceitos de automação industrial já estão, há algum tempo, sendo incorporados na área médica, principalmente no setor hospitalar. Um bom exemplo é o Hospital Sírio-Libanês, primeira instituição da américa Latina a im-plantar um sistema de automatização completo em sua farmácia central. Foram investidos R$ 8 milhões em tecnologias com a finalidade de au-mentar a produtividade, melhorar os indicado-res de desempenho, garantir controles, reduzir estoques, simplificar o fluxo de trabalho e prin-cipalmente garantir os níveis de segurança para administração dos medicamentos aos pacientes.

O hospital foi equipado com uma Solução Integrada de Gestão de Medicamentos da Swis-slog. Uma combinação de equipamentos robo-tizados que permite produzir, armazenar e se-parar doses unitárias ou armazenar e dispensar medicamentos em suas embalagens originais, automaticamente. a capacidade de armazena-gem de estoque do equipamento que produz doses unitárias é de aproximadamente 50 mil unidades com processo de dispensação 100% automático, podendo dispensar até 1.200 doses unitárias por hora. esta operação era realizada em processo manual e semi automatizado quan-do o hospital tinha 368 leitos e com a solução 100% automatizada obteve-se uma redução de 30% no quadro de colaboradores mesmo com aumento da demanda para 460 leitos e um au-mento na produtividade no CdH de 26%, já que todos os medicamentos passaram a ser gerencia-dos pela farmácia. a expectativa é de se chegar a atender 650 leitos sem necessidade de se contra-tar mais mão de obra para este processo.

a farmácia ainda conta com sete linhas de tubos pneumáticos, que formam uma rede de canais com propulsão feita por ar comprimido, criando uma entrega rápida dos medicamentos de urgência às unidades de internação e alguns dispensários eletrônicos de medicamentos em pontos estratégicos com pequeno estoque de medicamentos para atender primeiras doses, alguma troca de prescrição e eventual emergên-

cia. Com a decisão de investir em automação, o hospital está absorvendo o aumento da de-manda de trabalho da farmá-cia acompanhando seu pla-no de expansão sem precisar contratar novos colaboradores para executar as atividades.

Segundo Marcos Plana, Sa-les Business delevopment da Swisslog, o processo de insta-lação de um Sistema automa-tizado para Gestão de Medica-mentos leva entre 10 e 12 meses para ser concluído. dentro deste período, são necessários seis meses para a produção, en-tre 40 a 60 dias para realizar o transporte e desembaraço adu-aneiro, 30 a 60 dias de monta-gem e no mínimo 60 dias para o “startup”. Paralelamente ao processo de produção, trans-porte e montagem, são feitas todas as integrações do sistema de gestão com os demais sof-twares em uso no hospital.

além de agilizar o trabalho dos auxiliares, técnicos e far-macêuticos, a automatização reduz os riscos ao paciente, estoques, custos do processo, elimina o desperdício e me-lhora a segurança do paciente bem como de todo o processo. “O processo é 100% automati-zado, o que garante a agilida-de tanto no atendimento das prescrições de rotina quanto às de urgência. a robotização visa garantir a rastreabilidade e a segurança do paciente. em poucos minutos, após receber uma solicitação, o farmacêu-tico pode validar a prescrição e o equipamento irá produzir prioritariamente a solicitação de urgência e paralelamente, ou em seguida, continua a dis-pensar as prescrições de rotina para atender um paciente espe-cífico. Isto pode ser um divisor de águas entre salvar ou não uma vida”, explica.

O PROCeSSO É 100% aUTOMaTIzadO, O QUe GaRaNTe a

aGILIdade TaNTO NO aTeNdIMeNTO daS PReSCRIçõeS de ROTINa QUaNTO

àS de URGêNCIa. a ROBOTIzaçãO VISa GaRaNTIR a RaSTReaBILIdade

e a SeGURaNça dO PaCIeNTe”. Marcos Plana

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Processo operativo

Sistema PillPick

BoxStation

esta Solução de automação Combina-da funciona a partir da interação de dois equipamentos e um software de gestão: Sistema PillPick, que produz, armazena e dispensa automaticamente medica-mentos para pacientes específicos em do-ses unitárias e/ou atendimento de requi-sições de alas, o BoxPicker, que propicia armazenamento e dispensação de me-dicamentos que se encontram em suas embalagens originais e o PillPick Mana-ger, software que gerencia todo proces-so e através de uma plataforma permite também identificar e rastrear eventuais produtos que serão dispensados através de estoques de gestão manual que encon-tram-se em prateleiras convencionais. O PillPick Manager é integrado ao softwa-re de prescrição eletrônica, bem como ao eRP do hospital, ampliando o controle e rastreabilidade de todo o processo.

de acordo com Plana, este sistema é composto por uma máquina de emba-lagem que abastece um estoque robótico de onde se realiza o “picking” automático dos medicamentos prescritos para cada paciente. Cada sacola produzida pelo PillPicker e marcada com um número de série, para rastreamento do medicamento a qualquer momento, através de códigos de barras 2d ( bidimensional ) - data Ma-trix, para monitoramento durante todo processo até a administração dos medica-mentos ao paciente.

através de meio eletrônico, as pres-crições são enviadas para a farmácia central, reduzindo 90% o consumo de papel e após receber as receitas das alas, o farmacêutico as valida e a máquina automaticamente prepara as terapias personalizadas com diversas marca-ções. Todo esse processo de distribuição do medicamento é seguro e garantido pela leitura do código de barras.

Combinação de máquinas capazes de produzir, armazenar e embalar medicamentos com diferentes dimensões, modificando automaticamen-te o tamanho das sacolas em função do formato do medicamento. Para produzir as embalagens em formato unitário, o equipamento utiliza duas tecnologias: O auto Phial que embala ampolas, frascos, seringas e blisters cortando as cartelas com formato dispostos de forma paralela ( aprox. 45% das apresentações ) e o auto Phial Plus, sistema que se dife-rencia pois fotografa a cartela de blister e elabora o corte personalizado por ultrassom, permitindo cortar automaticamente mais de 95% dos for-matos de cartela de blisters disponível no mercado.

estação de trabalho onde são preparados os Box caixas¨ que contêm as ampolas, frascos, seringas e cartelas de blisters que serão unitarizados. estas caixas são monitoradas por RFId e são identificadas com o lote e prazo de validade dos medicamentos. esta é a única etapa do processo realizado manualmente, tendo sistema de dupla checagem com confe-rência cega antes de ser lacrado o box que será inserido no Sistema Pill-Pick.

entenda as etapas da farmácia robotizada do Sírio-Libanês:

Mercado

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H

DrugNest

PickRing

Janela de Retorno

BoxPicker

armazém automatizado composto em espaço retan-gular com cinta circular contendo pinos, usado para ma-nusear as embalagens de dose unitária dentro do estoque no drugNest. O número de cintas depende do modelo drugNest em questão. este armazém pode estocar apro-ximadamente 51000 doses unitárias. as sacolas produzi-das pelo PillPicker são carregadas automaticamente para o armazenamento no drugNest através de dois robôs Sin-glePill, com braço mecânico, um dispositivo de sucção e uma haste que coleta as sacolas as posiciona nas posições adequadas.

equipamentos em que são gerados os anéis que contêm a terapia completa do paciente em dose unitária. Nele é impressa a ficha do paciente e lacrado o anel para admi-nistração beira leito.

abertura do equipamento onde são inseridas as bol-sas de medicamentos não administradas ao paciente. ao serem inseridas, as sacolas são identificadas e retor-narão ao estoque para uso em outra prescrição.

Sistema modular com prateleiras para caixas de ar-mazenagem com dimensões padrão, operado por um trans elevador. Cada módulo inclui quatro gavetas de acesso para o armazenamento de embalagens de pro-dutos com grandes dimensões. alguns módulos são equipados com uma estação de operação para o carre-gamento e descarregamento de produtos. O armazena-mento e a dispensação no BoxPicker é feito através de controle de acesso por senha e checagem eletrônica por código de barras.

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Lucas ZambonDiretor Científico do IBSP, médico supervisor da disciplina de Emergências Clínicas do HCFMUSP e assessor de Práticas Assistenciais da Superintendência Médica do Hospital Samaritano de São Paulo

instituição deve ter seu próprio diagnóstico desta realidade.

em segundo lugar, devemos conseguir investir os mesmos esforços que temos com as cau-sas mais comuns de morte (do-ença cardiovascular e câncer) em erros de assistência. Volta-mos muito dos nossos recur-sos, desde intelectuais até mes-mo de força de trabalho, com grande enfoque para lidar com um infarto agudo do miocár-dio, um acidente vascular ce-rebral ou um câncer de mama. Mas quanto se investe para de-tecção ou diagnóstico de erros, mitigação de danos ou mesmo prevenção destas ocorrências?

de fato, as instituições não estão completamente fora deste foco. Há o uso dos processos de acreditação para gerar melhoria assistencial, há o seguimento de protocolos e normas nacionais e internacionais voltadas para segurança do paciente. Mas por que ainda não melhoramos? afinal, devemos assumir que esta realidade dos eUa é com-pletamente aplicável ao Brasil. Não podemos tapar o sol com a peneira. Os hospitais não solu-cionaram as questões de segu-rança do paciente. Continuam

Se erros na assistência em saúde fossem clas-sificados como uma “doença”, eles seriam a 3a causa de morte nos estados Unidos da

américa. esta é a contundente conclusão do es-tudo publicado em 3 de maio de 2016 em uma das mais importantes revistas médicas de maior impacto no mundo, o British Medical Journal.

Para se ter uma ideia, nos eUa (dados do CdC) são 611.105 mortes anuais por doenças cardiovasculares, 584.881 mortes por todos os tipos de câncer e, a seguir, estão as doenças res-piratórias crônicas, com 149.205 mortes anuais.

dentro da estimativa conservadora utilizada pelos pesquisadores que escrevem o artigo para mortes por erros de assistência, chega-se ao nú-mero de 251.454 mortes anuais nos eUa. daí surge a triste terceira colocação.

Os autores, que são originários da Johns Ho-pkins University School of Medicine, nos eUa, uma das instituições hospitalares mais importan-tes deste país, deixam bastante claro que este pro-blema deve virar a grande prioridade de pesqui-sas e recursos gastos pelas instituições de saúde.

Mas, para começar, é necessário enxergar esta realidade. Isso porque atualmente classificamos as mortes com base em sistemas de codificação, no caso o Brasil e muitos outros países, o CId-10 (10a edição da Classificação Internacional de doenças). Tal sistema não prevê a possibilida-de de caracterizarmos uma morte como sendo causada por uma falha assistencial. Isso pode ser facilmente incorporado às rotinas das tradicio-nais Comissões de Óbito dos hospitais, órgãos obrigatórios, mas que, muitas vezes, não são utilizadas em todo seu potencial. Ou seja, cada

Artigo deLucas Zambon

Segurança do paciente PReCISa eSTaR NO dNa

H

Entenda porque a segurança do paciente precisa ser colocada no foco da gestão

tendo resultados oscilantes em termos de qualidade, e mor-tes desnecessárias continuam ocorrendo.

Parte disso é porque a agen-da da qualidade e segurança ainda não foi de fato incorpo-rada ao dNa das instituições de saúde. Metas de segurança já se tornaram mais difundi-das nas instituições, mas ainda não são a verdadeira agenda a ser cumprida, pois sempre há uma competição desleal com os resultados financeiros.

e essa incorporação do olhar de segurança do paciente preci-sa começar na alta gestão, nas lideranças mais importantes da instituição, e a seguir vir des-cendo para cada nível, até que se importar com segurança do paciente seja algo medular a cada integrante do hospital.

eu já presenciei líderes to-marem decisões em que o foco financeiro canibalizou o foco de segurança. No dia em que eu ouvir falar do inverso, que uma decisão da alta ges-tão preservou um resultado de segurança em detrimento de assumir um risco financeiro, aí sim podemos imaginar que estamos no rumo certo.

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Gente e Gestão mercado

PerspectivasMesmo diante de um complexo cenário econômico, o executivo Renato Garcia Carvalho fala sobre oportunidades no mercado brasileiro

“Nossa visão es-tratégica é de longo prazo. Temos a expe-

riência para vencer momentos de adversidade.” essas são as pala-vras do novo diretor Geral para a área de Saúde da Philips no Brasil, Renato Garcia Carvalho, acerca do conturbado momento econômico que o país vive.

apesar da crise econômica, o executivo acredita que as atuais tendências demográficas e de mer-cado abrem oportunidades para o crescimento e fortalecimento da empresa no país. “Para isso, esta-mos desenvolvendo soluções em diagnóstico, em monitoramento de pacientes e saúde preventiva fo-cadas nas necessidades locais.”

Fatores como o envelhecimen-to da população, o surgimento de doenças crônicas e a diminuição de recursos governamentais para investimento na área completam o cenário atual. “Os sistemas de saúde em todo o mundo estão sob enorme pressão e nosso ob-jetivo é enfrentar esta realidade proporcionando soluções inte-gradas e mais otimizadas.”

Para tanto, o investimento em P&d é uma importante estraté-gia para a Philips. “Temos um dNa de inovação com mais de

76.000 patentes globais. es-tamos investindo continua-mente em pesquisa e desen-volvimento para otimizar o processo de criação das solu-ções para os cuidados com a saúde. No Brasil, atualmente, temos três centros de P&d.”

entre as tecnologias desen-volvidas destaca-se a ferra-menta que permite aos mé-dicos o compartilhamento de dados sobre uma biópsia de câncer de próstata com outros profissionais de todo o mundo. Como resultado, os cirurgiões e pacientes podem optar por procedimentos me-nos invasivos e mais seguros. “Somos 100% focados em saúde, atuando em todas as etapas deste ciclo (HealthCa-re Continuum).”

“além disso, desenvolve-mos e exportamos o softwa-re Philips Tasy, um produto 100% criado e desenvolvido no Brasil, utilizado em outras partes do mundo”, ressalta Carvalho. a solução permite otimizar processos e redu-zir os custos de organização para hospitais e clínicas, ar-mazenando informações de forma segura e melhorando o atendimento ao paciente. HRenato Garcia Carvalho

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HOSPITaL dO CâNCeR Mãe de deUS: preparando o futuroAtento a informações epidemiológicas que apontam um expressivo aumento na incidência da doença nos próximos anos, o Sistema de Saúde Mãe de Deus investe R$ 70 milhões em um novo hospital dedicado exclusivamente ao atendimento integral de pacientes com câncer em Porto Alegre

Com mais de 16 anos de experiência na especia-lidade e reconhecimento internacional, o Sistema de Saúde Mãe de deus (SSMd) lançou, em mar-ço deste ano, o Hospital do Câncer Mãe de deus dedicado exclusivamente ao tratamento de pacien-tes oncológicos e integrado à atual estrutura do Hospital Mãe de deus (HMd) em Porto alegre. a nova unidade vai oferecer atendimento inte-gral, contínuo e de excelência técnica e humana. O Hospital do Câncer Mãe de deus será um dos mais modernos centros da américa Latina, desenvol-vendo programas de prevenção, aconselhamento genético, diagnóstico, tratamento, uma unidade de tratamento de leucemias e transplante de medula óssea, concentrando esforços na geração de co-nhecimento com o desenvolvimento de novos me-

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dicamentos e pesquisas para o tratamento da doença. “É inegá-vel que o câncer será a principal causa de óbito em nossa popu-lação em todo o mundo. Nesse contexto, o Hospital do Câncer Mãe de deus se coloca com sua missão institucional e social de contribuir para a resolução desse problema”, afirma o Superinten-dente Médico do Sistema de Saú-de Mãe de deus, dr. Luiz Felipe Gonçalves.

Com investimento total de R$ 70 milhões, em três anos, e uma estrutura de 12 mil metros

quadrados, o novo hospital tri-plicará a capacidade atual de atendimento para pacientes com câncer nos próximos cinco anos. a novidade faz parte de uma sé-rie de investimentos já em anda-mento, iniciados em dezembro de 2015 com a inauguração da primeira emergência Oncológi-ca do RS e uma das três do Bra-sil. O Hospital do Câncer Mãe de deus será um centro de excelên-cia dedicado e especializado no acompanhamento do paciente com câncer e sua família total-mente conectado às inovações e

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avanços mundiais no combate à doença, oferecen-do à população todos os progressos terapêuticos na área oncológica.

a decisão de investir em um hospital dedicado exclusivamente ao atendimento integral de pacien-tes com câncer foi motivada pela necessidade epi-demiológica que aponta um expressivo aumento na incidência da doença nos próximos anos e com base no aumento da longevidade dos brasileiros. O câncer será, em pouco tempo, a principal doen-ça causadora de morte em Porto alegre e no RS, superando as doenças cardiovasculares. “a nossa convicção na relevância deste projeto para a so-ciedade foi essencial para decidir fazer um inves-timento desse porte mesmo em um momento em que vivemos uma séria crise econômica e política. a estrutura de um hospital especializado vai nos permitir acompanhar toda a evolução mundial em termos de descobertas e inovações em prevenção e tratamentos oncológicos de maneira mais ágil e interativa”, afirma dr. alceu alves da Silva, Supe-rintendente executivo do Sistema de Saúde Mãe de deus.

a estrutura vai permitir acompanhar a evolução mundial em descobertas e inovações em prevenção e tratamentos oncológicos de maneira mais ágil e interativa. Serão 12 mil metros quadrados de assis-tência integral, com alta tecnologia e profissionais tecnicamente selecionados e treinados em todos os níveis. O Hospital do Câncer Mãe de deus am-pliará a oferta de projetos de estudo de novos me-dicamentos e acesso a tratamentos inéditos para a doença acessíveis apenas fora do País. O Hospital Mãe de deus é atualmente um dos hospitais pri-vados do Brasil com maior atividade em pesquisas clínicas na área oncológica, com 25 protocolos de pesquisa em andamento no momento com parti-cipação de aproximadamente 400 pacientes em 68 projetos nos últimos 10 anos.

além de todo o recurso tecnológico e a reconhe-cida qualidade dos seus profissionais, o Hospital do Câncer Mãe de deus terá como característica marcante um atendimento humanizado, com as-sistência aos pacientes e seus familiares. “O concei-to é acolher o paciente que procura o hospital com seus familiares identificando e procurando suprir todas as suas necessidades do ponto de vista mé-dico, técnico, psicológico e social”, afirma o onco-logista Carlos Barrios, que estará no comando do Hospital do Câncer.

Projeto de implantação

a implantação do HCMd, que estará conectado à atual estrutu-ra do Mãe de deus, será realizada em três fases. a primeira será a expansão de consultórios e áreas de tratamento oncológico am-bulatorial do Instituto do Câncer com início no primeiro semestre deste ano. Os sete andares da Tor-re Leste do Centro Clínico Mãe de deus abrigarão uma Unidade de Tratamento Quimioterápi-co e um Centro de Tratamento Imunoterápico, aumentando a capacidade de atendimento com mais salas de aplicação e novos consultórios. entre os principais destaques desta estrutura, já na primeira fase, está a instalação de um novo PeT-CT, tecnologia que representa o que existe de mais moderno no diagnóstico de tumores.

Na segunda etapa do projeto, com início previsto para 2017, ha-verá a readequação e reforma das áreas assistenciais de internação na estrutura do Hospital Mãe de deus, dedicando áreas especí-ficas para o atendimento para o Hospital do Câncer no Bloco Ci-rúrgico e CTI. Também será lan-

çada uma unidade de tratamento de leucemias e transplante de me-dula óssea. ainda nesta segunda fase, será adquirido equipamento de radioterapia intra-operatória, que permite a realização de tra-tamento com radiação durante a cirurgia oncológica, diminuin-do a necessidade das sessões que normalmente são realizadas após a cirurgia. este será o primeiro aparelho do tipo no RS e um dos poucos disponíveis no Brasil.

Com o Hospital do Câncer Mãe de deus também está pre-vista a construção de um novo prédio, terceira e última fase deste projeto. a conclusão está prevista para 2018. Nesta fase, novos equipamentos de radio-terapia de última geração serão instalados, multiplicando ainda mais a capacidade de atendi-mento da instituição.

a estrutura contará com con-sultórios médicos, sala de radio-terapia, áreas de atendimento e tratamento ambulatorial mul-tidisciplinar, aconselhamento genético e novas tecnologias de diagnóstico e tratamento, entre outros recursos.

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Referência no Mercosul

O Hospital do Câncer Mãe de deus foi concebido para ser referên-cia em atendimento oncológico na Região Sul e no Mercosul. Será um dos mais modernos centros da américa Latina, capaz de desenvolver programas de prevenção, aconselhamento genético, diagnóstico e tratamento, concentrando esforços na geração de conhecimento com o desenvolvimento de novos medicamentos e pesquisas para o trata-mento da doença.

a unidade, que terá uma interação contínua com os grandes cen-tros especializados do mundo, o hospital contará com uma área de-dicada para consultas em segunda opinião, de maneira formal, para colocar à disposição das comunidades a sua expertise em oncologia. a parceria com diversos centros internacionais e nacionais neste mo-mento se dá pela atuação individual dos membros do HCMd em pro-gramas educacionais, de pesquisa e treinamento. a telemedicina e as teleconferências colocam os médicos regularmente em contato com centros experientes que ajudam na assistência aos pacientes.

O hospital também está atento e participativo em estudos e pes-quisas voltados à cura do câncer e a tratamentos mais avançados. “estamos em evolução. Na prática diária existem inúmeras situações onde os conceitos de seleção de tratamento de forma individual são praticados. a evolução de oncologia e, por consequências, do Hospi-tal do Câncer Mãe de deus, será nesta direção. Projetos de pesquisa tentam selecionar alvos terapêuticos e medicamentos direcionados, isto aumenta a eficácia e reduz toxicidade e custo. O tratamento só é aplicado aos pacientes com marcadores que sugerem possibilidade de benefício - poupando os demais de tentativas de baixo rendimento”, afirma o oncologista e pesquisador do Hospital do Câncer Mãe de deus, dr. Sérgio Jobim de azevedo.

RAIO X

Área: 12.000 m²

Nº de leitos: 35

Nº de consultórios: 30

Corpo Clínico: 80 médicos

Funcionários: 300

Salas de quimioterapia: 20

Empregos diretos e indiretos:

3.500 Unidades

3 Unidades de Quimioterapia ambulatorial

2 Unidades de Radioterapia

2 Unidades de Internação

3 Unidades de atendimento ambulatorial

1 Unidade de transplante de medula óssea

1 Centro de Pesquisa clínica

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- Software as Medical device (Software como Produto para Saúde, em português). Serão con-siderados “produtos para saúde”, segundo con-senso do IMdRF, todos os softwares que tiverem aplicação tanto terapêutica quanto diagnóstica, nos moldes da atual definição de um produto para saúde. O mesmo conceito também será es-tendido aos aplicativos. Não se inclui nesta de-finição os softwares que são parte integrante de equipamentos.

as agências reguladoras, ao constatarem as peculiaridades dos produtos para saúde, têm buscado também aproximação com organismos normatizadores internacionais independentes, como ISO, IeC, ILaC que tratam do sistema de qualidade de fabricação, segurança, gerência de risco e certificação de produtos, entre outros exemplos.

Na última reunião do IMdRF, realizada em Brasília no início de março sob a Presidência da anvisa, foi aprovado um novo Grupo de Tra-balho denominado “Improving the Quality of International Medical device Standards for Re-gulatory Use” (aprimorando a Qualidade de Padrões Internacionais de Produtos para Saúde para Uso Regulatório, em português). Importan-te salientar que este grupo de trabalho será aberto a todos os stakeholders. a indústria, por meio de suas associações, já está se mobilizando para par-ticipar ativamente das discussões. a coordenação ficará a cargo do Fda dos estados Unidos.

O segmento da Saúde é caracterizado pela necessidade de segurança e eficácia na utilização de seus produtos pela popula-

ção, o que é garantido por uma regulamentação sanitária eficiente e abrangente. No caso de pro-dutos para saúde, a regulamentação influencia toda a cadeia de vida do produto, desde sua con-cepção, passando pelo desenvolvimento, fabri-cação, transporte, rotulagem, comercialização, rastreabilidade, funcionamento e, finalmente, o descarte. Se considerarmos a rápida velocidade da inovação, que leva ao lançamento de novos produtos em períodos relativamente curto, é fundamental que a regulação acompanhe pari passu este ritmo, garantindo à população acesso às novas tecnologias.

dentro desse contexto, há o importantíssi-mo papel desempenhado pela tecnologia da in-formação, muitas vezes integrada aos produtos ou, em alguns casos, presente em programas específicos com aplicação na área da Saúde, in-dependente do hardware utilizado. a isto se soma a profusão de aplicativos que também têm surgido na Saúde. Isto levou o IMdRF – Fórum das agências reguladoras de produtos para saú-de, hoje formado por austrália, Brasil, Canadá, China, Comunidade europeia, estados Unidos, Japão e Rússia, - a criar um Grupo de Trabalho específico (Working Item no termo utilizado pelo Fórum) para regulação destes softwares.

este grupo de trabalho é denominado SaMd

Artigo deCarlos Goulart

Carlos Goulart

Da Tecnologia da Informação a padrões internacionais de qualidade

H

Presidente Executivo da ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde.

As novas tendências das regulações de produtos para saúde

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Estratégia

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Informação junto com o profissional

Hospital Sírio-Libanês adota versão móvel do UpToDate e amplia o acesso do corpo clínico à informação

a grande quantidade de tecnologia desenvolvida pelo segmento de saú-de nos últimos anos representa um grande avanço para o setor. dispositi-vos, procedimentos e terapias vêm sendo estudados e publicados em um volume nunca antes visto. No entanto, toda essa informação dificilmente chega aos profissionais, ou quando chega gera ruído ou é descartada por não possuir uma fonte confiável.

O motivo desse gargalo não está relacionado somente ao gerenciamento dessas informações, mas também à credibilidade do que é publico. Para evitar problemas como estes e oferecer as melhores fontes de consulta para decisão médica e atualização profissional, o Hospital Sírio-Libanês adotou, em 2010, o UpTodate, desenvolvido pela Wolter Kluwer e recente-mente a versão móvel da solução, o UpTodate anywhere.

a ferramenta concentra e disponibiliza informações com base científica comprovada para os profissionais que a acessarem. esse sistema, além de uma grande fonte de consulta, disponibiliza as informações de maneira simples e organizada, simplificando o acesso e facilitando a pesquisa.

de acordo com o responsável pela área de informática clínica da dire-toria técnica hospitalar do HSL, Vladimir Ribeiro Pinto Pizzo, o acesso às ferramentas como o UpTodate acelera o processo de busca de infor-mações relevantes, de qualidade e, se portátil, até o ponto de cuidado ao paciente. ainda segundo o executivo, muitas vezes a decisão deve ser to-mada prontamente e quanto mais simples for o acesso do profissional às informações que ele precisa, mais rápida e assertiva a decisão será.

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Líderes e Práticas

O aPLICaTIVO PeRMITe aCeSSO FÁCIL

a MaIS de 10.5 MIL aRTIGOS MÉdICOS,

aUMeNTaNdO aINda MaIS OS NíVeIS de SeGURaNça dO PaCIeNTe e

a eFICIêNCIa eM dIaGNÓSTICOS e TRaTaMeNTOS”

Eleonora Sertório

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Eleonora Sertório, da Wolter Kluwer

“Nosso hospital tem uma característica de en-sino bastante forte pela sua histórica proximida-de com a academia e, mais recentemente, com a criação dos programas de residência nas áre-as da Saúde, fatores estes que devem contribuir também para a boa aceitação da ferramenta”, acrescenta Pizzo.

Recentemente, o HSL adotou a versão móvel do aplicativo, o UpTodate anywhere, que per-mite o acesso remoto às informações por meio de dispositivos móveis, independente do siste-ma operacional ou modelo.

Para Pizzo, este é um recurso de grande valor para o médico, pois pode auxiliá-lo nos proces-sos de tomada de decisões onde ele estiver. “Bas-ta um acesso à internet quer seja no computador do consultório, ou no dispositivo móvel, quando ele está em visita no hospital ou na própria casa do paciente. a informação está junto com o pro-fissional.”

Segundo a Gerente de Marketing da améri-ca Latina para o UpTodate, eleonora Sertório, o aplicativo permite acesso fácil a mais de 10.5 mil artigos médicos, aumentando ainda mais os níveis de segurança do paciente e a eficiência em diagnósticos e tratamentos.

“O UpTodate é acessado por mais de 1 milhão de médicos em 180 países. a solução conta com cerca de 6.3 mil autores em 23 especialidades diferentes para consulta. Por mês, em todo o mundo, o serviço recebe aproximadamente 26 milhões de visualizações”, completa eleonora.

a executiva explica que o acesso à informação ainda é um dos desafios do segmento no Brasil. “as instituições brasileiras precisam percorrer um longo caminho para abandonarem de vez o papel e se transformarem em hospitais digi-tais. No país, ainda há um vácuo muito grande a ser preenchido, especialmente nos recursos que apoiam a tomada de decisão.”

de acordo com a segunda edição da pesquisa TIC Saúde 2014, 42% das entidades entrevis-tadas utilizam o prontuário em papel e 49% já adotaram uma solução PeP, mas ainda utilizam controles em papel. apenas 8%, são considera-dos 100% digitais. H

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Líderes e Práticas

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RDiálogos16º Encontro de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro debate Saúde, Justiça e Economia

Realizado pela aHeRJ - associação de Hospitais do es-tado do Rio de Janeiro, no balneário de Búzios (RJ), o 16º encontro de Hospitais do estado do Rio de Janeiro reuniu médicos, diretores de hospitais, empresas e dirigentes das principais entidades de saúde suplementar do país para dis-cutir diversos temas do setor.

a mesa de abertura do evento foi integrada pelo presidente da agência Nacional de Saúde Suplementar (aNS), José Car-los abrahão; o Presidente da Federação Brasileira de Hospi-tais (FBH), Luiz aramicy Pinto; o Presidente da associação de Hospitais do estado do Rio de Janeiro (aHCRJ), Man-sur José Mansur; o Presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS), Tércio Kasten; e do diretor de Convênios da aHeRJ, Roberto Vellasco. em seguida, aconteceu a palestra do diretor do Grupo Memorial Saúde, Ulisses Silva.

Para o Presidente da aHeRJ, Mansur José Mansur, os te-mas surgiram da necessidade de enfrentar uma série de difi-culdades sobre economia das instituições e questões de jus-tiça na atualidade. “as internações solicitadas pela justiça e as decisões emitidas pelo Ministério Público determinando internações na rede privada para atender pacientes do SUS são exemplos de algumas dificuldades que não conseguimos resolver”, explicou o presidente.

de acordo com Luiz aramicy Pinto, a discussão sobre a economia passa também pela questão da alta carga tribu-tária ref letida nos produtos de saúde e a alta do dólar. “Foi uma ótima oportunidade para os hospitais associados e di-rigentes ref letirem sobre diversos temas no contexto da crise na saúde e a crise institucional do governo”, ressalta.

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Moderna gestão para a saúde suplementar

a programação do evento contemplou pales-tras que discutiram gestão, regulação, judiciali-zação e perspectivas para a economia brasileira. José Carlos abrahão apresentou o seu painel so-bre saúde suplementar, qualidade e economia da saúde. “a aNS está cada vez mais aprimorando a ação regulatória, mas tanto os prestadores de serviços quanto os planos de saúde devem ne-gociar com urgência uma nova dinâmica para o setor, promovendo discussões em que haja a diminuição das tensões para termos o máximo de sinergia. O envelhecimento da população e a relação custo-benefício da evolução tecnológi-ca são alguns dos desafios. Por isso, se não nos desarmarmos e nos unirmos, não teremos uma saúde melhor”.

em seguida, o juiz de direito do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro, Vitor Moreira Lima, discutiu os principais aspectos sobre ética, judicialização da saúde e direito. “a obrigação do magistrado não é só julgar, mas também dissemi-nar o conhecimento científico para diminuir as demandas judiciais. atualmente, temos mais de 58 mil ações na área de saúde no TJ-RJ. Por isso, é muito importante que médicos e hospitais conhe-

Líderes e Práticas

çam melhor os seus direitos e deveres, principalmente através do que preconiza o código de ética médica, em que está claro a obrigação do médico não é com o resultado. O seu dever é sem-pre informar adequadamente”, destacou o juiz, lembrando que o Código de defesa do Consumi-dor não se aplica à natureza do serviço médico.

as perspectivas da econo-mia e da política brasileira foi o tema da palestra de encerra-mento apresentada pelo ex-mi-nistro da Fazenda e consultor Maílson da Nóbrega. “a crise é causada por um governo inep-to. O país não precisa mais de diagnósticos. a demanda é por maior capacidade política para tomar decisões. e, nesse aspec-to, penso que o setor de saúde precisa refletir sobre os proble-mas relacionados a maior ca-pacidade de gestão e não tanto só para reivindicar maiores re-cursos do governo.”

“As internações solicitadas pela justiça e as decisões emitidas

pelo Ministério Público determinando internações na rede privada para atender pacientes do SUS são exemplos de algumas dificuldades que não

conseguimos resolver”. Mansur José Mansur

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o presidente da ANS, José Carlos Abrahão, falou sobre os desafios da saúde privada. Ao lado o presidente da FBH, Luiz Aramicy, e o vice-presidente da AHERJ, Marcus Quintella

Diretores de entidades do setor privado da saúde se reúnem ao final da palestra do presidente da ANS

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Arquitetura em saúde: complexidade e inteligência

atualmente, a arquitetura em saúde parece estar entre dois universos. em um extremo, o uso da mais avançada tecnologia exige pro-jetos com amplo rigor técnico e altos investi-mentos. do outro lado, as clínicas populares marcam uma tendência crescente, onde o foco é a execução de obras mais econômicas, mas com viabilidade operacional na rotina de tra-balho e conforto para os pacientes. aparente-mente distintos, há algo em comum entre es-tes dois desafios: criar espaços mais humanos, funcionais e, sempre que possível, agregar as-pectos que privilegiam a sustentabilidade.

Todas estas características ref letem o mo-mento deste mercado e, diretamente nas mu-danças conceituais na arquitetura em saúde, não apenas no Brasil. a ideia de que hospitais, centros de diagnósticos e clínicas são lugares impessoais e frios, ficou para trás. Hoje os pro-jetos resgatam valores que se perderam com o tempo, como o aproveitamento da luz natural, uso de cores, móveis com design, acessibilida-de, confortos térmico e acústico.

São premissas que valem para as grandes redes hospi-talares ou um pequeno con-sultório. a responsabilidade do arquiteto é desenvolver projetos esteticamente atra-entes, operacionalmente funcionais e confortáveis, seguros e alinhados com as normas vigentes para o setor.

É dentro destes concei-tos que o escritório aCR tem marcado sua trajetória numa carteira diversifica-da de clientes. ao mesmo tempo em que atende as exi-gências de uma unidade do Grupo Fleury – cliente desde 1998 – que busca conquistar a certificação internacional Leed (Leadership in energy and environmental design), concedida pela USGBC (U. S.

Green Building Council), de-senvolve projetos para a rede dr. Consulta, cuja missão é oferecer acesso com digni-dade e resolver com agilida-de os problemas básicos de saúde da população de menor renda, que não possui plano de saúde e passa a ter uma al-ternativa além do SUS (Siste-ma único de Saúde).

“São caminhos distintos, mas com a mesma essência: se valer de todos os recursos arquitetônicos para adequar os projetos às necessidades do cliente que, por sua vez, precisa estar apto a atender as exigências do mercado de saúde que passa por contí-nuas mudanças. Hoje, os pa-cientes estão mais conscien-tes e, mesmo optando por

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Grupo Fleury - Tecnologia avançada e certificações internacionais

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uma rede mais popular, quer o mínimo de con-forto e eficiência no atendimento, dentro do pa-drão de serviço oferecido”, analisa antonio Car-los Rodrigues, sócio-diretor da aCR arquitetura.

Outro fator relevante é alinhar os orçamentos. antonio Carlos observa que projetos mais com-plexos, que focam em certificações internacio-nais, interferem diretamente nos custos de cons-trução e o investidor terá um gasto um pouco maior em sua obra, estimado entre 5% e 7%, para adequar a obra às regras, porém com uma redu-ção do seu custo operacional, ao longo do tempo. Mas passará a fazer parte de um grupo seleto de empresas valorizando sua marca, o que se rever-terá a favor do negócio a médio e longo prazo.

O porte e complexidade da construção ditam o rumo do projeto. “Se pensarmos em um hospi-tal ou apenas uma área de especialização, como ortopedia, por exemplo, ou numa sala cirúrgica ou centro de diagnóstico teremos configurações arquitetônicas bem diferentes, com estrutura e custos também distintos. em nossa experiência de 16 anos de mercado, o que temos percebido é que é essencial o conhecimento dos procedimen-tos de saúde para desenvolver qualquer projeto, seja dentro do modo de operacionalização de um grande Grupo ou rede popular. Inovação é fun-damental quando a expectativa do cliente é uma simples padronização arquitetônica ou uma mu-

dança radical do branding, sem perder a imagem positiva já conquistada no mercado”, diz o arquiteto.

Para antonio Carlos, os espaços, além de funcionais, de-vem ainda ser pensados para um usuário de suma impor-tância: o paciente, que precisa se sentir “acolhido” desde a recepção. “São complexidades inerentes ao setor de saú-de: tecnológicas, operacionais e humanas, que necessitam ser equacionadas, desde a concepção do projeto, mesmo que sofram ajustes. Na arquitetura em saúde as soluções são muito peculiares. Não basta funcionar bem uma ope-ração. deve existir uma integração de várias áreas numa engrenagem que falhas podem ser irreversíveis, pois en-volvem vidas. Não se pensa num simples ar condicionado, mas num equipamento para minimizar riscos de uma po-tencial contaminação. Pode parecer um simples detalhe. Porém se não for pensado no projeto pode trazer sérios riscos. Por isso, o olhar multidisciplinar de toda equipe que traça o projeto, junto com o cliente, é de suma impor-tância quando se trabalha com uma arquitetura tão espe-cializada”.

Antonio Carlos Rodrigues, sócio-diretor da ACR Arquitetura

Dr. Consulta-Obras mais econômicas, porém com viabilidade operacional e conforto

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Health-ITmercado

Conexão Com o paCiente

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PPersonalização do atendimento começa no Contact Center

Prontidão, eficiência e rapidez são os principais pilares de uma central de atendimento, além de serem questões que a maioria das empresas, em principal da área da saúde, se pre-ocupa no atendimento aos seus clientes e pacientes.

Um dos maiores hospitais da américa Latina, o Hospital Israelita albert einstein (HIae), tem como base em seu tra-balho o aprimoramento constante no atendimento aos seus usuários. Como parte dessa melhoria contínua, o Hospital investiu na reestruturação de sua central de atendimento, que até 2013 era terceirizado, exceto pelos atendentes que sempre foram funcionários próprios e com treinamento es-pecializado.

a principal dificuldade da antiga estrutura era na execu-ção de atualizações e mudanças no atendimento e serviços da central. Por exemplo, sempre que os responsáveis pelo Con-tact Center do HIae pretendiam fazer uma campanha para seus clientes ou realizar qualquer mudança na estrutura de atendimentos (árvore de URa – por exemplo), precisavam abrir um chamado técnico. O Service Level agreement (SLa) nem sempre era satisfatório para a necessidade do negócio e muitas vezes a burocracia exigida pela prestadora, como pre-enchimento de formulários específicos para cada mudança, impossibilitava a realização da ação ou alteração no tempo necessário para atender as necessidades do HIae. Havia ne-cessidade premente em adicionar mais f lexibilidade e agili-dade tanto para as operações do dia a dia, quanto para as mu-

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Marcelo Abreu, Sócio Diretor da First Tech Tecnologia

danças constantes, inerentes à natureza dinâmica de ope-rações de um Hospital.

Para ajudá-los nesse desa-fio, a First Tech, empresa de tecnologia especializada em soluções de contact center, colaboração e segurança da informação, propôs junta-mente com a avaya - forne-cedora global de soluções de colaboração e comunicação empresarial, uma solução de Contact Center virtualizado em nuvem privada.

“O trabalho foi iniciado com a formação de uma equi-pe multidisciplinar de técni-cos de várias áreas, além de uma gerência de projeto rígi-da e acurada entre o HIae, First Tech e avaya a fim de garantir a não interrupção da operação e uma migração e implementação transpa-rentes com mitigação de ris-cos.” conta Marcelo abreu, Sócio diretor da First Tech.

a solução inclui sete siste-mas integrados para fornecer roteamento de chamadas, in-tegração entre computador e telefonia, geração de relató-rios, gravação de voz e tela, discador preditivo, WFM - Workforce Management (Gerenciamento de Força de Trabalho), entre outras fun-cionalidades inerentes a uma central de atendimento e que juntas proveem segurança, integridade de informação e agilidade no atendimento ao usuário final de maneira H

transparente. O sistema atual oferece re-

latórios abrangentes que con-templam a visão via dashbo-ards do ambiente completo em tempo real, até os histó-ricos de chamadas e aten-dimentos que garantem aos gerentes e diretores as infor-mações necessárias para uma rápida tomada de decisão.

Segundo Ricardo Pena, di-retor de Serviços Profissio-nais da avaya, a integração da central de atendimentos com outros sistemas, como o CRM, por exemplo, possibi-lita a coleta de informações de cada cliente enquanto ele ainda está esperando para ser atendido, agilizando todo o processo. além dis-so, é possível interagir de maneira a incentivar o au-toatendimento. esta funcio-nalidade traz economia de recursos da operação como utilização das redes, uso do 0800 ou mesmo o tempo alo-cado dos agentes.

“a First Tech se preocupa em trabalhar com soluções que ajudem as empresas a oferecerem uma melhor ex-periência ao cliente final e otimizar os processos, pro-porcionando visibilidade e um maior controle do am-biente, além do aumento da performance das operações de contact center que impac-tam diretamente na redução dos custos operacionais”, fi-naliza abreu.

Health-IT

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Mais Influentes da Saúde

2016

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Qual foi a última vez que você influenciou pes-soas? Você já mudou pensamentos, opiniões e

inspirou alguém a seguir seus exemplos?Certamente, esta é uma das mais queridas e de-

sejadas habilidades pela maioria dos profissionais. Afinal, para se destacar em um mercado tão com-petitivo é necessário inovar, ter ideias, enfim, ser um Exemplo.

Assim é o poder de influenciar: desenvolver pa-drões que transgridem os modelos convencionais e que respondem às necessidades de um mundo em constante mudança.

Contudo, nada disso é possível sem a Confiança, característica genuína de um líder. E é pelo Exemplo e Confiança que chegamos a quarta edição dos 100 Mais Influentes da Saúde.

E o Oscar vai para... A Saúde Brasileira!

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A eleição dos nomes seguiu algumas etapas. Durante quase dois meses foi aberta uma votação pelo site Saúde Online em que a comunidade pôde vo-tar abertamente nos mais influentes do setor.

Paralelo a isso, o setor de pesquisa do Grupo Mídia dedicou-se em dados e informações de mercado pontuando os líderes que mais fizeram pela saúde no último ano.

A cartada final ficou sob a respon-sabilidade do Conselho Editorial do Grupo Mídia e da revista Healthcare Management. A escolha dos 100 Mais Influentes da Saúde de 2016 espelha o posicionamento editorial do Grupo.

A intenção não é mostrar e provar por regras matemáticas a influência de cada um, mas sim prestar uma home-nagem a estes profissionais que tanto lutaram para entregar uma saúde de qualidade para o país.

No total, são 20 categorias que abrangem toda a cadeia da Saúde, como Qualidade e Segurança, Susten-tabilidade, Entidades Setoriais, Saúde Suplementar, Indústria, entre outros. Cada categoria traz cinco homenagea-dos, não havendo ranking entre eles.

Em uma mesma categoria é possível ver executivos, médicos, empresários e gestores que, mesmo atuando nos mais diferentes braços da Saúde, reali-zaram grandes feitos neste último ano.

E é por essas ações que a revista Healthcare Management traz nas pró-ximas páginas os profissionais que não se preocupam apenas com metas. Eles têm o poder de influenciar e conectar pessoas.

Entidades Setoriais

Empresários

Ensino e Pesquisa

Filantropia

Gente e Gestão

Gestor na Saúde

Indústria

Infraestrutura e Engenharia

Inovação

Medicina Diagnóstica

Negócios

Personalidade Pública

Projetos de Humanização

Provedor de Serviços

Qualidade e Segurança

Referência

Saúde Suplementar

Suprimentos e Logística

Sustentabilidade

Tecnologia

Categorias

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Mais Influentes da Saúde

Presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Presidente da Santa Casa de Misericórdia de Palmital e Diretor Presidente

da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (FEHOSP), Edson Rogatti é um exemplo na luta pelo setor filantrópico. É um dos responsáveis pela aprovação do Programa SUStentáveis, que torna permanente o auxílio financeiro do governo do Estado às instituições filantrópicas. “Represento uma rede de pessoas que trabalham incansavelmente para a melhoria da qualidade do sistema de saúde e são elas quem fazem tudo acontecer.”

Presidente do Conselho da ABIMED, Fabrício Campolina li-derou o processo de reposicionamento estratégico da as-sociação e o fortalecimento de sua interlocução com toda

a cadeia da saúde. Sob sua gestão, a instituição aumentou em 25% seu número de associados, ampliou o quadro executivo e inaugurou uma nova sede. O Prêmio ABIMED de Inovação Transformacional também foi lançado sob sua gestão. “Ser reco-nhecido como um dos protagonistas nos esforços para melhorar esta área no Brasil é motivo de grande orgulho e fonte de moti-vação para trabalhar ainda mais pelo setor e pelo país.”

Edson Rogatti

Fabrício Campolina

Entidades Setoriais

Categoria

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Presidente da FBH-Federação Brasileira de Hospitais, Luiz Aramicy Pinto levantou várias bandeiras neste último ano, como a redução na carga tributária, a luta pela remuneração

dos procedimentos do SUS e o engajamento na defesa de reformulação nas estratégias de atenção à saúde mental no país. Destaca-se também a participação efetiva da FBH junto à ANS na aprovação da Lei 13.003, que diz respeito aos contratos entre prestadores e tomadores de serviço. “Esta premiação é um grande incentivo e nos sinaliza que estamos no caminho certo, atuando na busca de alternativas para a melhoria da saúde.”

Em 2015, o médico Yussif Ali Mere Jr., Presidente do Sindicato dos Hospitais do Estado de São Paulo (SINDHOSP), desenvolveu à frente da entidade diversas atividades focadas

em uma gestão participativa e com planejamento estratégico. Yussif tem desempenhado um trabalho que busca uma atuação harmônica da equipe administrativa do sindicato. “Nesses últimos meses, conquistamos resultados satisfatórios em nossa entidade. Desta forma, afirmo que a maior responsabilidade é entregar para os associados um serviço de qualidade e que atenda as suas necessidades.”

A implementação do projeto de profissionalização da ABI-MO, em 2015, foi umas das grandes vitórias de Paulo Henrique Fraccaro, Superintendente da associação. A

entidade traçou um planejamento estratégico, focando em ob-jetivos e criando estratégias para alcançá-los. Assim, a ABIMO passou a ter uma efetividade maior no seu reconhecimento, sendo cada vez mais uma entidade representativa do setor de equipamentos médicos, principalmente na esfera governamen-tal. Foi esta profissionalização que permitiu a entidade ter uma condição mais participativa no Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde.

Luiz Aramicy Bezerra Pinto

Yussif Ali Mere Jr.

Paulo Henrique Fraccaro

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Mais Influentes da Saúde

Valdir Ventura

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Uma das maiores vitórias do CEO do Grupo São Cristóvão, Valdir Ventura, foi conseguir equilibrar os custos de uma medicina moderna e especializada. “Para isso,

usamos a tecnologia e o desenvolvimento, com sabedoria e sem desperdício, para uma assistência resolutiva, eficaz e sem qualquer prejuízo ao atendimento assistencial”, afirma.

Desse modo, o Grupo São Cristóvão continuou a crescer e expandir suas instalações, apesar da crise no país. Apenas neste ano, houve a inauguração de um novo Centro Cirúrgico dentro do Hospital e Maternidade São Cristóvão e o Centro Ambulatorial Américo Ventura – Unidade IV, especializado na Saúde da Mulher, dentro do Shopping Mooca.

Segundo Ventura, os principais desafios para 2016 são a obtenção da Certificação Canadense, pela Organização Acreditadora Qmentum, e a expansão e instalação de novas unidades de negócio e de atendimento assistencial.

Ventura acredita que a liderança exige as características básicas impostas pelo setor, como a avaliação da complexidade organizacional e a compreensão do caráter específico do cliente atendido.

“Além de liderar, é preciso influenciar pessoas e conduzir a organização à percepção dos valores e anseios considerados nas metas. Esta indicação não só aumenta minha responsabilidade como líder, como estimula, a mim e ao meu grupo, a buscarmos sempre a melhoria contínua.”

EmpresáriosCategoria

UM LídeR SÓ INFLUeNCIa QUaNdO CONQUISTa SeU TIMe, QUaNdO POSSUI a HaBILIdade de INSPIRaR CONFIaNça e

aPOIO de SUa ORGaNIzaçãO.” ‘‘

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Mais Influentes da Saúde

Fundador da Clínica Fares, Adiel Fares consolidou a integra-ção do corpo clínico composto por 300 médicos. Outra vi-tória foi oferecer atendimentos específicos, como o diagnós-

tico e acompanhamento de pacientes com déficit de atenção, e o atendimento ao câncer de mama. Nestes caso, o número de consultas no ambulatório de ginecologia dobrou em 12 me-ses. Para junho de 2016, está prevista inauguração de uma nova unidade em Osasco. “Este é um grande reconhecimento, mas também uma grande responsabilidade, pois temos um país de proporções continentais e que ainda precisa melhorar muito.”

Presidente e Fundador da Neoortho, Geninho Thomé in-gressou a empresa no mercado americano como fabrican-te de produtos ortopédicos, com uma unidade em plena

atividade no Estado da Flórida (EUA). Houve um incremento no portfólio de 30%, com cerca de 9 mil itens aptos a serem comer-cializados. Thomé também é Presidente Científico e do Conse-lho Administrativo da Neodent e Diretor de Pesquisa e Desen-volvimento do Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico. “Estou orgulhoso e honrado com esta homena-gem. Ao mesmo tempo, é um estímulo para continuar na busca da excelência.”

Adiel Fares

Geninho Thomé

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Presidente da Baumer, Ruy Baumer também é Presidente do Sinaemo - Sindicato da Indústria de Artigos Odontológicos, Médicos e Hospitalares. O executivo conseguiu adaptar sua

empresa à realidade econômica do país. Manteve os investimen-tos em inovação, o que representa 5% do faturamento bruto, e também investiu na capacitação profissional dos colaboradores. Baumer também tem uma importante atuação no setor, levan-tando importantes debates sobre as políticas para o desenvolvi-mento da indústria no país. “Sinto lisonjeado de ser um exemplo para outras pessoas da Saúde.”

Fundador da Ultrafarma, Sidney Oliveira expandiu seu negó-cio para o mercado asiático com a abertura de um escritório na China. Fechou também um apoio ao Esporte firmando

contrato de 30 anos com a CBF (Confederação Brasileira de Fute-bol). Oliveira construiu um império com faturamento aproxima-do de R$ 700 milhões, em 2015, com estimativa de crescimento de 20% em 2016. “Esta homenagem significa que consegui, de alguma forma, contribuir com nosso país quando falamos em democratização da Saúde e acesso aos medicamentos, apesar de todos os desafios que temos que enfrentar.”

Ruy Baumer

Sidney Oliveira

Categoria

Empresários

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Mais Influentes da Saúde

Presidente do Instituto Paraibano de Pesquisa Joaquim Amorim Neto (IPESQ), Adriana Melo é reconhecida internacionalmente como pesquisadora na área de Desenvolvimento Fetal.

Responsável pela descoberta da associação entre o Zika vírus e a microcefalia, a profissional busca entender a doença e minimizá-la. Atualmente, é médica do Instituto Paraibano de Diagnóstico – EMBRION e do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA) em Campina Grande (PB). “A responsabilidade de ser eleita, no campo científico, é um reforço na decisão de lutar incessantemente para responder as questões sobre as doenças e as dúvidas das minhas pacientes, uma a uma.”

Diretor Médico Sênior da Johnson & Johnson Medical Devices para a América Latina, Abner Lobão Neto liderou o processo de aumento da capacidade de treinamento

de cirurgiões no centro de educação profissional J&J Medical Innovation Institute, tanto em sua sede, em São Paulo, quanto em seu Centro Satélite em Recife. Também auxiliou no fomento à pesquisa para enfrentar os grandes desafios de saúde no país. “Acredito que perseverar em fazer o certo é o que pode manter a credibilidade e a perspectiva de seguir influenciando aqueles que estão perto ou distante do núcleo das ações.”

Adriana Melo

Abner Lobão Neto

Ensino e Pesquisa

Categoria

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Em 2015, o Diretor Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Carlos Brito, desempenhou diversas ações que contribuiram para a

consolidação da instituição. Exemplo disso foi o novo pro-grama de pesquisa em colaboração entre universidades e empresas com a criação de quatro Centros de Pesquisa em Engenharia. “É uma grande honra receber esta premiação. Nosso trabalho na FAPESP envolve intenso apoio à pesquisa na área de Saúde e a comunidade de pesquisa paulista tem obtido resultados de grande impacto visando a melhoria do atendimento em Saúde.”

Presidente do Instituto Butantan, Jorge kalil dirige direta-mente cerca de 2 mil pessoas e mais 100 profissionais na Faculdade de Medicina. Neste último ano, sua equipe co-

meçaram os testes clínicos de fase 3 da vacina da dengue. Os estudos de fase 2, desenvolvidos pelo serviço clínico de Kalil na Faculdade de Medicina da USP, mostraram resultados excepcio-nais e indicam uma vacina com altíssimo grau de eficiência. Tam-bém é presidente da International Union of Immunological So-cieties. “Ser referenciado como um dos mais influentes na saúde aumenta muito a minha responsabilidade perante os meus atos.”

O ano de 2015 para Olga Farah foi dedicado à gestão da qualidade na capacitação em Saúde. Como Geren-te de Ensino do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa

Albert Einstein e Diretora da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, Olga tem conseguido garantir excelência dos cursos oferecidos por estas instituições. Nos últimos meses, sua gestão priorizou o planejamento de um crescimento ex-pressivo para os próximos cinco anos. “Vejo este prêmio como um reconhecimento de um trabalho e um desafio para realizar mais ainda.”

Carlos Henrique de Brito Cruz

Jorge Kalil

Olga Farah

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Mais Influentes da Saúde

Roberto Sá Menezes

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Natural de Salvador, Bahia, Roberto Albuquerque Sá Menezes é um profissional reconhecido por seu empenho e dedicação na gestão de instituições

filantrópicas. Atual provedor e principal gestor da Santa Casa da

Bahia, tem como grande desafio gerir importantes unidades, como o Hospital Santa Izabel, entre outras instituições, como sete Centros de Educação Infantil.

É fundador e membro do Conselho de Administração e Presidente do GACC-BA (Grupo de Apoio à Criança com Câncer da Bahia). Desde 2005, compõe a Irmandade da Santa Casa da Bahia, onde ocupou os cargos de tesoureiro e mordomo diretor de Saúde até ser eleito provedor, em 2014.

Sob sua gestão, o Hospital Santa Izabel conquistou ONA Nível III. Neste período, foram realizadas importantes reformas em laboratórios, enfermarias, ambulatórios e unidades de atendimento para melhor atender a população. “Aumentamos consideravelmente o número de produção científica, com valorização e reconhecimento das pesquisas realizadas pelos profissionais da Instituição”, destaca o provedor.

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Mais Influentes da Saúde

Diretor Geral do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Prata traz como principal conquista do último ano a con-cretização da unidade de Porto Velho (RO). O objetivo é

levar para aquele Estado um conceito de prestação de serviços de qualidade, com atendimento humanizado e utilizando da ro-bótica para a realização de cirurgias minimamente invasivas. O projeto da nova unidade contou 100% de doações de empresas privadas e abrangerá toda a região Amazônica. “Ser eleito entre os 100 Mais Influentes da Saúde é o reconhecimento de uma gestão séria e que pensa no próximo.”

Médico e herdeiro do Banco Itaú, José Luiz Setúbal foi o único que se candidatou para tirar a Santa Casa de São Paulo do sufoco financeiro que estava vivendo. Assu-

miu o cargo no ano passado e conseguiu liderar e motivar uma equipe, sendo capaz de sair do resultado de R$ 18 milhões negativos para alcançar superávits em apenas sete meses. “Acredito que este prêmio deveria ser dado a toda equipe. A responsabilidade é grande, pois já que somos os mais influen-tes, devemos ser o exemplo para uma sociedade tão carente de bons exemplos de seus líderes.” Setúbal também ocupa o cargo de VP do Instituto PENSI.

Henrique Prata

José Luiz Setúbal

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Diretor de Filantropia do Hospital Sírio-Libanês, Sérgio Zanetta realizou a devolução de 100% da renúncia fiscal da instituição em projetos consistentes que estão

contribuindo para qualificar o sistema de Saúde do país, além de ter apoiado o desenvolvimento do SUS através de projetos financiados pela filantropia, contribuindo para a formação de quatro mil profissionais. “A responsabilidade social é a melhor e mais moderna tradução da Filantropia e se incorpora às organizações como diferencial de seu compromisso com o presente e o futuro de nossa sociedade.”

Presidente e Membro Fundador do Centro Infantil Boldrini, Silvia Brandalise implantou o primeiro Protocolo Brasileiro de tratamento da Leucemia Linfoide Aguda (LLA), que

modificou a história da leucemia no Brasil. No último ano, pôde iniciar a construção do Instituto de Engenharia Celular e Molecular, primeiro centro de pesquisas específico para câncer de crianças e adolescentes no país. “Esta premiação, que é extensiva a todos os doadores beneméritos do Boldrini, intensifica o nosso dever da otimização e transparência da gestão do hospital.”

Sérgio Fernando Rodrigues Zanetta

Silvia Brandalise

Categoria

Filantropia

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Mais Influentes da Saúde

Diretora da RH da Pfizer Brasil, Irene Camargo possui mais de 20 anos de trajetória, com experiência internacional e atuação em projetos globais. Neste ano, reforçou o papel

estratégico de seu setor para o negócio da companhia. Trabalhou em parceria para o êxito de grandes projetos da Pfizer, entre eles a conclusão da transferência da produção de medicamentos de Saúde Humana para a planta de Itapevi e a integração com os colaboradores da Hospira. “Este reconhecimento reflete os anos de dedicação e compromisso de toda a equipe de RH da Pfizer.”

A atuação integrada no A.C.Camargo foi um dos grandes resultados obtidos pelo time liderado pelo Superinten-dente de RH e Qualidade da instituição, Mauricio Alves.

Sua gestão trabalhou na implantação do Balanced Scorecard corporativo; na formação das duas primeiras turmas de Auxi-liar de Enfermagem da instituição; na conquista da Certificação Qmentum International pelo Canadian Council on Health Servi-ces Accreditation; e do selo das Melhores Empresas para Você Trabalhar, pelo Guia Você S/A - Exame. “Essa conquista somente é possível quando a empresa oferece apoio e autonomia.”

Irene Camargo

Mauricio Alves da Silva

Gente e Gestão

Categoria

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Diretor de RH da Kimberly-Clark, Sergio Nogueira foi desafiado a equilibrar os custos e ter o cuidado com o time de colaboradores e suas famílias. Diante disso, tem

realizado mudanças, como a gestão dos planos de saúde, onde em longo prazo são previstos resultados significativos. Sob sua gestão, também foi lançado um plano de comunicação estratégico, utilizando diferentes mídias e criando oportunidade de interação entre o colaborador e o RH. “É com muito orgulho que recebo este prêmio que, na verdade, representa os importantes resultados alcançados pelo nosso time.”

Diretora Executiva de Recursos Humanos e Comunicação Corporativa da Takeda, Veronika Falconer já atuou em diversas companhias nacionais e multinacionais, como

Accenture, AstraZeneca e CPM Braxis Capgemini, onde conduziu a fusão de seis empresas, redesenhou todos os programas de RH e consolidou uma nova cultura, no cargo de Vice-Presidente de Recursos Humanos. Um dos resultados de seu trabalho colocou a Pfizer entre as melhores empresas para se trabalhar segundo a Exame, Top Employers e Love Mondays, que colocou a empresa no 1º lugar em 2016.

Diretora de Recursos Humanos da Johnson & Johnson Me-dical Devices Brasil, Sueli Campos implementou uma nova estrutura organizacional na empresa, tornando-a mais fo-

cada, enxuta e ágil. Executou ainda o novo modelo global de atuação da função de Recursos Humanos focado em gerar mais valor como parceiro do negócio e garantindo processos padro-nizados. “Sinto-me honrada e motivada em contribuir para o de-senvolvimento de profissionais que irão ajudar o país a enfrentar os desafios atuais do sistema de Saúde.”

Sergio Nogueira

Veronika Falconer

Sueli Campos

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Mais Influentes da Saúde

Superintendente Executivo do Hospital Mãe de Deus e do Sistema de Saúde Mãe de Deus, Alceu Alves da Silva é responsável por formar uma equipe de trabalho jovem, de

excelente formação e de alto comprometimento institucional, assim como o estabelecimento de um novo modelo de relacionamento com o corpo clínico. “A expressão dessa responsabilidade não significa somente ganhar um prêmio, mas sim direcionar essa energia à prestação de serviços assistenciais com qualidade e segurança para os nossos pacientes.”

Diretor Presidente do Grupo Santa Joana e membro do Conselho de Administração da Anahp, Eduardo Rahme Amaro tem investido fortemente em tecnologia hospitalar

e infraestrutura, oferecendo unidades de terapia intensiva equipadas com o que há de mais avançado no segmento, bem como uma Unidade de Cuidados Especiais da Gestante especializada em gestações de alto risco, serviços de Medicina Fetal e Reprodução Assistida. “Este reconhecimento é mais um resultado do trabalho de excelência realizado por nossas equipes no Santa Joana, sejam elas diretamente ligadas à assistência ou às em áreas de suporte.”

Alceu Alves da Silva

Eduardo Rahme Amaro

Gestor na Saúde

Categoria

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Superintendente do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Maria Lúcia Capelo Vides é a primeira mulher a ocupar este cargo na instituição. Também recebeu o título de

primeira mulher a receber o prêmio de Administração Hospitalar da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares, na categoria Administrador Emérito. Sob sua gestão, o hospital fez parte do ranking dos melhores Hospitais da América Latina, da Revista América Economia. “Enxergo essa responsabilidade como um fator de influência positiva, não apenas no Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, mas na área da saúde.”

A disciplina no método de execução do Diretor Geral do Hospital Moriah, Leandro Echenique, resultou em um planejamento consistente, com a implantação de todos os

processos administrativos e protocolos assistenciais na instituição. Com isso foi possível obter sustentabilidade econômica mesmo diante de um período crítico. Foram realizados investimentos em tecnologias, qualidade assistencial e segurança do paciente. Outra conquista foi a inauguração do Instituto de Ensino e Pesquisa. “É uma honra estar nesse seleto grupo de profissionais altamente qualificados, exemplos de liderança, credibilidade, que inovam e promovem a busca contínua pela excelência nos diversos setores da área da Saúde.”

Com 35 anos de trajetória no Hospital Sírio-Libanês, Pau-lo Chapchap foi anunciado como CEO da instituição em fevereiro deste ano, depois de atuar por 10 anos como

Superintendente de Estratégia Corporativa do HSL. Em 2015, sua equipe deu seguimento a um ambicioso projeto de expansão física, dobrando a capacidade de atendimento. Na assistência, Chapchap dirige a equipe do projeto de transplante de fígado pediátrico. A iniciativa se tornou a maior experiência da área no Brasil, em benefício de pequenos pacientes do SUS. “É gratifi-cante ser incluído nesta relação, em nome de uma equipe de gestores altamente competentes, que lideram colaboradores comprometidos em levar adiante a missão do nosso hospital.”

Maria Lúcia Capelo Vides

Leandro Echenique

Paulo Chapchap

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Mais Influentes da Saúde

Daniel Mazon entrou na Philips, em setembro de 2011, como vice-presidente de Sistemas e Imagens, e desde maio de 2014 assume a posição de Diretor Geral da Phi-

lips Healthcare para América Latina, trabalhando como um líder da indústria e do mercado para a região. O executivo é formado em Engenharia pela Universidade do Texas A&M e fez MBA pela Faculdade de Negócios da Universidade de Miami e, também, em Gestão de Negócios pela Harvard Business School. Com 16 anos de experiência em cuidados com a saúde, além do Brasil, o executivo tem acumulado experiência em países como México e Estados Unidos.

Presidente para a América Latina do Grupo KaVo Kerr, Gian-carlo Schneider liderou o processo de integração de aqui-sição da companhia pela Danaher Corporation, em 2004.

Depois disso, tem conquistado ano a ano a boa relação de tra-balho e resultados com clientes e associados, mesmo median-te o cenário econômico conturbado. O nível de satisfação da empresa com clientes se mantém acima de 90%, enquanto o índice de engajamento interno é acima de 85%. “Recebo esta homenagem com muito respeito às necessidades que ainda te-mos na área da saúde e atuando como catalizador ao processo de construção de um futuro melhor.”

Daniel Mazon

Giancarlo Schneider

IndústriaCategoria

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Gerente Geral da Abbott no Brasil, Juan Gaona consolidou a construção de uma equipe de alta performance, que conseguiu crescer acima do mercado em um ano

desafiador e imprevisível. Em 2015, o executivo colaborou para fazer da Abbott uma companhia cada vez mais próxima do consumidor final, mantendo a liderança em vários dos segmentos nos quais a companhia atua na área da saúde. “Fazer parte desta corporação é um privilégio e uma grande responsabilidade, porque entendemos que milhões de brasileiros dependem de nossa inovação para manter uma vida cada vez mais saudável.”

É vencedor da Medalha do Mérito Industrial 2015 instituído pelo Sistema FIRJAN, reconhecendo, assim, o serviço pres-tado à indústria e economia do Estado do Rio de Janeiro.

Otto P. Braun ocupou a presidência da B. Braun no Brasil até o primeiro semestre de 2015. Seu nome está na famosa lista “Bi-lionários do Mundo” da revista Forbes. Sobre estar entre os 100 Mais, o executivo afirma: “Tenho a responsabilidade de conti-nuar contribuindo para um melhor sistema de saúde no Brasil, com o objetivo de atender mais pacientes oferecendo um trata-mento de alta qualidade”.

Vice-Presidente da Medtronic Brasil, Oscar Porto conse-guiu crescer a atuação da empresa no país. Destaca-se o processo de consolidação da aquisição da Covidien.

Neste período, a Medtronic registrou o dobro do número de funcionários, somando 500 colaboradores, sem contar as duas fábricas. “Consolidar uma aquisição, organização e cultura, com o mínimo de disruptura do negócio, respeitando e preservan-do talentos e ainda aumentando o negócio foram as maiores vitórias”, afirma.

Juan Gaona

Otto Philipp Braun

Oscar Porto

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Mais Influentes da Saúde

Marco Alberto da Silva

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Presidente da Engemon, Marco Alberto da Silva conseguiu consolidar sua empresa no mercado em instalações de missão crítica, principalmente em

hospitais, data centers, broadcast e call centers. Exemplos dessas grandes atuações estão em cases de hospitais como o Albert Einstein, Hospital Parelheiros e São Camilo.

“Sem dúvidas, este foi um ano de vitórias cercado de desafios, mas, com certeza, nossa grande conquista foi nos consolidarmos no mercado. Esse sucesso tem pilares como fortes investimentos, principalmente em nossa inteligência técnica, área de qualidade e de marketing”, explica o executivo.

Silva acredita que o isolamento não é a solução para um ano difícil como 2016. “Não podemos ficar alheios em nossos escritórios. É preciso arregaçar as mangas e trabalhar para poder vencer as adversidades. Neste ano, a ordem é reduzir custos sem demissões e perdas de talentos profissionais. Diversificar é criar novas parcerias de negócios.”

Sobre a engenharia na Saúde, Silva afirma que a execução não é simplesmente aplicar técnicas. “Temos que ter a consciência de que estamos lidando com vidas humanas e, assim, garantir a segurança e conforto dos pacientes. Estar entre os 100 Mais é o reconhecimento de todo este trabalho.”

Infraestrutura e Engenharia

Categoria

exeCUTaR TRaBaLHOS PaRa a ÁRea da Saúde NãO É

SIMPLeSMeNTe aPLICaR TÉCNICaS de eNGeNHaRIa, e SIM TeR a

CONSCIêNCIa de QUe eSTaMOS LIdaNdO COM VIdaS HUMaNaS.”

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Mais Influentes da Saúde

Diretor de Infraestrutura do Hospital Sírio-Libanês, Antônio Carlos Cascão gerenciou a consolidação do projeto de expansão da instituição, comprovando, por meio de

indicadores, a eficiência ambiental do novo edifício. Há 17 anos atuando na área de saúde, o executivo tem como meta sempre inovar. “Ser lembrado e reconhecido entre os mais influentes é gratificante e, por outro lado, desafia a estar permanentemente desenvolvendo novos projetos e inovando de forma a contribuir para o crescimento sustentável deste segmento.”

Diretor de Engenharia Clínica e Infraestrutura do ICESP, José Eduardo Lopes da Silva concretizou diversos pro-jetos de melhoria de infraestrutura e renovação tecno-

lógica ao lado de sua equipe com o intuito de oferecer um ambiente seguro, disponível e confortável ao instituto. “Se al-cancei tal prêmio, não foi sozinho. Esta premiação é extensiva a toda minha equipe, meus pares e a alta direção do ICESP”, ressalta.

Antônio Carlos Cascão

José Eduardo Lopes da Silva

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Diretor de Projetos e Construções do Grupo Amil, Robson Szigethy realizou, no último ano, o planejamento de En-genharia para aprimorar a infraestrutura da rede própria

do Grupo Amil, composta por 29 hospitais. Atuou em diversos processos de ampliação e de retrofit de unidades médicas em sete capitais brasileiras; na evolução dos controles de gestão de projetos e construções em andamento; e no desenvolvimen-to de projetos sustentáveis. “Conquistar este reconhecimento é motivo de grande satisfação por poder representar toda a minha equipe.”

Sócio Fundador e Diretor Geral da L+M, o arquiteto Lauro Miquelin tem conquistado cada vez mais notoriedade no mercado de Saúde devido ao seu trabalho inovador em

gestão de infraestrutura e planejamento operacional. Em 2015, lançou novas soluções com foco em melhoria rápida de resulta-dos, sendo uma delas direcionadas à consultoria para otimizar os ambientes de Saúde. “A maior vitória é ter continuado a jornada de meu propósito profissional: empreender talentos da L+M na entrega ambientes de Saúde para promover o melhor estado de bem-estar possível aos usuários.”

Robson Szigethy

Lauro Miquelin

Categoria

Infraestrutura e Engenharia

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Mais Influentes da Saúde

Presidente da Lifemed, Franco Pallamolla e sua equipe conquistaram o Prêmio Inova Saúde, da ABIMO, com a Bomba de Infusão Smart, que agrega ainda mais

tecnologia e conhecimento ao conceito da marca. O projeto vencedor teve o propósito de aproximar o prestador de serviço à indústria, principalmente nacional, para reduzir a necessidade de importação de tecnologia e equipamentos. “Essa indicação significa a confirmação de que o caminho que planejamos trilhar ainda nos conduzirá a novas e significativas conquistas para o nosso setor.”

Superintendente de Educação e Ciências do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Coordenador da Unidade de Telemedicina do HAOC, Jefferson Gomes Fernandes dedicou-se no cres-

cimento e na expansão da faculdade da instituição. Também é o responsável pela consolidação dos projetos de inovação digital e telemedicina no HAOC. “É uma honra ter sido eleito entre os Mais Influentes da Saúde, o que trás uma responsabilidade maior para o papel no qual me vejo: de contribuir para a construção e desenvolvimento de ecossistemas voltados para a inovação digital na saúde em nosso país.”

Franco Pallamolla

Jefferson Gomes Fernandes

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InovaçãoCategoria

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Diretor de Inovação e Gestão do Conhecimento do Hos-pital Israelita Albert Einstein, José Claudio Cyrineu Terra consolidou um modelo de desenvolvimento de inovações

tecnológicas e ampliou profundamente o relacionamento com centros de pesquisa, universidades, incubadoras, aceleradoras e startups da área de saúde. “Reconhecimentos como os 100 Mais Influentes da Saúde sempre aumentam nossa motivação intrínseca para aprimorar nossos modelos de atuação e relacio-namentos tanto internos, como externos.”

Fundador do Cristália, Ogari de Castro Pacheco atua na área médica desde a década de 60 e, em 1972, fundou o Labo-ratório Cristália a fim de produzir medicamentos para baixar

os custos operacionais. No último ano, consolidou a aquisição do Laboratório Latinofarma, especialista em produtos oftalmoló-gicos, ampliando a atuação da empresa. Com altos investimen-tos em pesquisas para a criação de produtos inovadores, sua equipe chegou ao marco histórico de 89 patentes conquistadas no Brasil e no exterior. “Sinto-me muito orgulhoso por esse re-conhecimento e, claro, visualizo-o com muita responsabilidade.”

CEO da Diagnext.com, Leonardo Melo destacou-se pela implantação e operação completa do ambiente de telerradiologia no Estado do Amazonas. O projeto

contempla 61 hospitais estaduais via satélite e apresenta ao mercado o primeiro sistema de comunicação para unidades móveis via telefonia celular em quatro aparelhos modems simultâneos. Em menos de um ano, Melo recebeu premiações de destaque: 3º lugar no Inova Saúde Abimo 2015; HIA do HIMSS Latin America; e Inovação Transformacional 2015 da Abimed. “Ser reconhecido nesta categoria demonstra o quanto nosso caminho foi bem escolhido.”

José Claudio Cyrineu Terra

Foto

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Ogari de Castro Pacheco

Leonardo Melo

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Mais Influentes da Saúde

Diretor Geral da Siemens HealthineersTM no Brasil, Armando Lopes esteve empenhado em fortalecer a proposta de One Healthcare para se tornar um parceiro inspirador

para seus clientes. Com as mudanças na estrutura organizacional mundial da Siemens, o executivo ganhou maior autonomia para construir, de forma mais ágil e flexível, relacionamentos sólidos com os parceiros, ajudando-os a ter êxito em suas estratégias de atuação. “Estamos cientes que nossa oferta de valor é tecnologias e soluções voltadas a excelência clínica e operacional, maximizando o retorno sobre seus investimentos.”

CEO do Grupo Fleury, Carlos Marinelli conquistou avanços significativos na estratégia de diferenciação da empresa, traduzida em crescimento importante de suas atividades

com ampliação da rentabilidade dos negócios, evidenciando a capacidade competitiva da companhia mesmo diante do cenário macroeconômico desfavorável que caracterizou o último ano. “É uma enorme satisfação estar presente no time dos influentes da Saúde indicados ao prêmio. Trata-se de um reconhecimento que incentiva a constante busca pela excelência e que permite um entendimento mais granular de cada uma das marcas do Grupo.”

Armando Correa Lopes Jr.

Carlos Marinelli

Medicina Diagnóstica

Categoria

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Presidente da GE Healthcare na América Latina, Daurio Speranzini Jr. começou, no ano passado, a parceria com o Senai-SP focando em educação técnica e clínica, tra-

zendo ganhos significativos para a profissionalização da mão de obra do setor. Sua gestão também contribuiu para o uso da internet industrial na Saúde, ou seja, a conexão de máqui-nas e pessoas e a troca e análise de dados em tempo real. “Esse reconhecimento reforça nosso comprometimento em continuar ampliando a estrutura de pesquisa e desenvolvi-mento no Brasil.”

Chefe do Departamento Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP e membro do Conselho Curador da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de

Diagnóstico por Imagem – FIDI, Nitamar Abdala formatou um Conselho de Qualidade dessa entidade. “Trabalhamos intensa-mente com foco na qualidade técnica e humana, como também na execução dos exames de diagnóstico por imagem. Orgulho-me em fazer parte de pesquisas e trabalhos que propiciem avan-ços e sensíveis melhorias na prestação de serviços neste setor.”

Nos últimos doze meses, o Diretor-superintendente de Medicina Diagnóstica e Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein, Luis Roberto Natel de Almeida, desempe-

nhou um trabalho de ponta à frente da instituição. A gestão de Almeida ganhou destaque no mercado por apresentar um cres-cimento expressivo e contar com uma equipe multiprofissional. “Essa eleição não é minha, apenas represento uma equipe de profissionais extremamente qualificados e engajados em melhor atender o nosso paciente e sempre buscar a excelência no que faz”, acrescenta Almeida.

Daurio Speranzini Jr.

Nitamar Abdala

Luis Roberto Natel de Almeida

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Mais Influentes da Saúde

Presidente executiva do Laboratório Sabin, Lídia Abdalla não mediu esforços ao adquirir três unidades para atender a necessidade da população. São elas: Laboratório Quaglia

(SP), Laboratório Renato Arruda (MS) e Laboratório IPAC (MG). A inauguração do Sabin Prime também é destaque de sua atuação no último ano. “É uma alegria muito grande estar entre os 100 Mais Influentes da Saúde. Essa premiação demonstra que estamos no caminho certo, primando sempre pela qualidade, inovação e excelência nos serviços que oferecemos.”

Diretor de Assuntos Corporativos da BD no Brasil, Vice-Presidente da ABIMO, Diretor do Conselho de Ética da CDBL, Diretor do Conselho de Administração da ABIMED,

membro do Comitê Estratégico de Relações Governamentais da Amcham e Coordenador de grupo de trabalho do Comitê BioBrasil da FIESP, Walban Damasceno, com 25 anos de experiência na indústria de saúde, conquistou vitórias importantes para a melhoria do ambiente de negócios da BD. “É uma honra ser agraciado com este reconhecido prêmio que a cada ano ganha mais notoriedade e relevância no nosso segmento.”

Lídia Abdalla

Walban Damasceno de Souza

NegóciosCategoria

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Presidente da Roche Farma Brasil, Rolf Hoenger, independente do momento político-econômico do país, fez com que a companhia mantivesse o compromisso de

longo prazo com o Brasil anunciando o investimento de R$ 300 milhões, em cinco anos, na fábrica no Rio de Janeiro, que a tornará o hub de exportação para a América Latina e outros países. “É uma honra poder contar com o reconhecimento do mercado. Agradeço a confiança e reforço o foco do trabalho que realizamos diariamente: ter os medicamentos mais inovadores para ampliar a qualidade de vida e gerar acesso à saúde aos pacientes brasileiros.”

Um dos fundadores e CEO da Magnamed, Wataru Ueda teve participação ativa na consolidação de entrada da empresa no mercado de cuidados críticos com o lançamento do

FlexiMag Plus, um ventilador pulmonar de alto desempenho. Além de conquistar a nova rodada de investimentos para acelerar a curva de crescimento da companhia. “Esse prêmio é o reconhecimento do trabalho consistente que temos realizado com a missão de levar inovações inteligentes para a vida através de seus colaboradores, fornecedores e principalmente com a parceria dos nossos clientes.”

Fundadora e Presidente da Feira+Fórum HOSPITALAR, Dra. Waleska Santos transformou o evento em referência dentro e fora do país. Dirigiu todas as edições da feira,

comandando pessoalmente o processo que fez o evento crescer e se diversificar. Waleska participou também da negociação de compra da HOSPITALAR pela UBM Life Sciences, segunda maior organizadora de eventos profissionais do mundo. “Sinto-me lisonjeada em ser lembrada por um setor que tem inúmeras lideranças de sucesso, mas principalmente recompensada pelo sentimento de que a saúde entendeu e aceitou minhas propostas para valorizá-la e promovê-la.”

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Rolf Hoenger

Wataru Ueda

Waleska Santos

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Mais Influentes da Saúde

Atualmente, o médico e deputado (PMN-RN) Antônio Jácome atua como presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Câncer. No último ano, Jácome

tem estimulado o debate no legislativo referente aos entraves para o tratamento do câncer no Brasil. Sob a liderança de Jacóme, o grupo discutiu sobre a contestada medicação à base de fosfoetanolamina, que ficou popularmente conhecida como a pílula do câncer. “Esperamos que a Frente ganhe o espaço necessário e justo. Nós temos muitos gargalos quando falamos de câncer no país.”

O Diretor-Presidente da ANS, José Carlos Abrahão desem-penhou, em 2015, diversas ações em prol do avanço no setor. Recentemente, a sua gestão criou novas regras

com o intuito de melhorar o atendimento prestado pelas ope-radoras de planos de saúde aos beneficiários. Também neste último ano, Abrahão atuou na ampliação do acesso dos consu-midores às informações sobre os diferentes modelos de planos de saúde. “A busca pela permanente troca de experiências sem-pre foi minha principal marca e me trouxe até onde estou. Esta premiação é um privilegio que me honra”, destaca.

Antônio Jácome

José Carlos de Souza Abrahão

Personalidade Pública

Categoria

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Presidente Executivo da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), David Barioni realizou importantes mudanças na agência. A parceria com

a ABIMO data desde 2002 e, em 2015, alcançou mais de US$ 123,2 milhões em exportações. Recentemente, esta parceria foi ampliada com o objetivo de alcançar as tecnologias assistivas. “Já tivemos um bom exemplo do potencial desse segmento em feira recente nos Estados Unidos, não só fechando negócios de quase meio milhão de dólares, mas também projetando o nome do Brasil como produtor de qualidade.”

Presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa trabalhou na qualifica-ção de seu corpo técnico, utilização das melhores práticas científicas internacionais e fortalecimento dos mecanismos

de consulta à sociedade. Foi eleito presidente do Grupo Asses-sor para o Acordo-Quadro de Preparação para a Pandemia de Influenza - Pandemic Influenza Preparedness (PIP) Framework. O PIP reúne seus estados-membros, indústria e a OMS a fim de estruturar uma abordagem global em torno de uma possível pandemia de gripe. “Estar entre os 100 Mais Influentes da Saúde é motivo de orgulho e mostra que estamos no caminho certo.”

Secretário da Saúde do Estado de São Paulo, David Uip vem dedicando esforços no fortalecimento da assistência à Saúde. Em 2015, sua gestão repassou R$ 2,2 bilhões

para auxiliar as santas casas e hospitais filantrópicos. Destaca-se também a entrega da nova UTI do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, na capital paulista, e as obras de reforma, adequação e modernização da maternidade e da UTI neonatal do Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos. Sobre estar entre os 100 Mais, Uip afirma ser “um misto de satisfação, mas também de muita responsabilidade, pois os desafios da saúde são enormes.”

David Barioni Neto

Jarbas Barbosa

David Uip

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Mais Influentes da Saúde

Mario Vrandecic

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Desde a sua criação, o Biocor Instituto, fundado por Mario Vrandecic, distingue-se pelo acolhimento ao paciente. O fundador é o principal exemplo quando

o assunto é atenção ao usuário. Diariamente, o médico rea-liza visitas a todos os pacientes. “É uma sensação fantástica que me traz grande realização. Nessas visitas são atualizadas informações assistenciais e obtidas as impressões de cada paciente, consolidando o diferencial do hospital, não só pela qualidade dos serviços e de toda equipe, mas também em prol dos pacientes e da sociedade”, ressalta.

Sobre a atual crise, Vrandecic afirma que “jamais vamos nos deixar cair nesse momento”. Prova disso é o Plano Di-retor da instituição que prevê, para o biênio 2016/2017, mais uma nova área de aproximadamente 6 m2 dentro do complexo hospitalar do Biocor. Esse projeto, já em fase de estudos técnicos, proporcionará novos leitos, a expansão do CTI, do bloco cirúrgico, do pronto atendimento, além de um completo centro de tratamento oncológico, incluindo radioterapia.

A assistência avançada e completa garante ao Biocor Instituto um nível de aprovação excelente: 99,7% dos pacientes e familia-res se dizem satisfeitos com o atendimento da instituição.

Projetos de Humanização

Categoria

Mario VrandecicÉ UMa GRaNde aLeGRIa SeR

ReCONHeCIdO e, PRINCIPaLMeNTe, MeReCeR a CONFIaNça de TaNTOS

aMIGOS, COLeGaS e PaCIeNTeS, POIS SeM GeRaR CONFIaNça NãO CONSeGUIMOS

eSTaBeLeCeR UM TRaBaLHO CONSISTeNTe eM BeNeFíCIO dO PRÓxIMO.”

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Mais Influentes da Saúde

Chefe do Serviço Médico de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Moinhos de Vento, Marcos Wengrover Rosa destacou-se na participação no Projeto Parto

Humanizado. O HMV foi um dos precursores a adotar este programa na região Sul, reduzindo significativamente o número de cesarianas desnecessárias. “Este reconhecimento, sem dúvida, faz valer a pena todos os percalços da profissão de médico e gestor. Vou continuar me dedicando na transformação dos processos assistenciais mais humanos e saudáveis.”

Fundadora da Moema Wertheimer Arquitetura, Moema Wer-theimer conseguiu, no último ano, abranger, significativa-mente, seus trabalhos em projetos na área da saúde. Entre-

gou projetos no segmento farmacêutico no Brasil e em Istambul, Turquia. Há outros trabalhos para a área hospitalar previstos para 2016. “Esse reconhecimento me deixa muito lisonjeada e mostra que estou no caminho certo em busca do desenvolvimento do meu trabalho na área da saúde.”

Marcos Wengrover Rosa

Moema Wertheimer

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Coordenador do Programa de Transplante de Células Troco-hematopoéticas do Hospital Amaral Carvalho, Vergílio Colturato conduz este serviço na instituição que,

há dez anos, realiza mais transplantes alogênicos no Brasil. São cerca de 120 procedimentos por ano, representando 14% dos quase 900 transplantes alogênicos realizados no país. Somados aos 85 transplantes autólogos, o hospital atingiu a marca de 205 transplantes em 2015. “Esse reconhecimento também se deve ao empenho e determinação da nossa equipe.”

Gerente de Hotelaria Hospitalar e Hospitalidade no Insti-tuto do Câncer do Estado de São Paulo, Vânia Pereira foi responsável pela humanização do ambiente hospitalar

no ICESP, atingindo todos os objetivos e metas propostos. Isso implicou em um atendimento com cordialidade, hospitalidade e simpatia aos clientes. “O trabalho em uma instituição de saú-de não é tarefa fácil. Digo sempre para as pessoas que o mais importante é trabalhar com amor. Com essa perspectiva, tudo fica mais tranquilo e conseguimos enfrentar até as maiores di-ficuldades.”

Vergílio Antonio Rensi Colturato

Vânia Pereira

Projetos de Humanização

Categoria

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Mais Influentes da Saúde

Sandra Passos

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CEO do Segmento Saúde e Educação da Sodexo, Sandra Passos trabalha no Grupo há vinte e quatro anos. No último ano, a executiva deu continuidade

no desenvolvimento de sua unidade com taxa de crescimento de 60%, fidelização de 100% dos clientes e engajamento de sua equipe.

Houve também o crescimento de outros serviços, principalmente o de limpeza crítica e não crítica, que hoje representam 20% do faturamento total da empresa.

Sua gestão também vem investindo no projeto Cozinha Inteligente para levar aos clientes propostas de melhoria de produtividade.

“É uma grande satisfação estar entre os 100 Mais Influentes da Saúde, pois isto significa que estamos sendo reconhecidos por entender e entregar qualidade de vida a toda comunidade onde estamos inseridos”, diz Sandra.

Para a executiva, este reconhecimento é um reflexo do trabalho de uma equipe engajada e motivada na busca pela satisfação do cliente. “A nossa grande responsabilidade é a continuidade desta missão através de nossos maiores valores que são espírito de Serviço, Equipe e de Progresso.”

Provedor de Serviços

Categoria

Sandra PassoseSTa INdICaçãO SIGNIFICa QUe

eSTaMOS SeNdO ReCONHeCIdOS

POR eNTeNdeR e eNTReGaR

QUaLIdade de VIda a TOda

COMUNIdade.”

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Mais Influentes da Saúde

Diretora de Saúde na EY, Adriana Bassi de Mattos Gas-parian esteve envolvida em um importante projeto de transformação organizacional em instituição de saúde

filantrópica, no qual pôde contribuir com a melhoria de ser-viços prestados à uma população carente de cuidados básicos de saúde. No Brasil, realizou diversos projetos de estratégia em instituições que estão em processo de amadurecimento de go-vernança. “Estas vitórias me fazem ter a certeza de que ajudo a construir um mundo melhor de negócios para o setor.”

Sócia-fundadora da Sociedade Brasileira de Hotelaria Hospi-talar e Diretora de Unidade de Negócios da Brasanitas Hos-pitalar, Giovanna Araujo esteve presente em importantes ne-

gociações em regiões estratégicas que ampliaram a participação e tornaram a Brasanitas Hospitalar líder em alguns estados. Sob sua direção, foi ampliado o “Programa de Certificação de Distinção de Serviços”, alavancando o patamar dos serviços prestados pela empresa. “Estar entre os 100 Mais Influentes da Saúde significa ser reconhecida e respeitada naquilo que mais sei fazer.”

Adriana Bassi de Mattos Gasparian

Giovanna Araujo

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Gerente de projetos Estruturados na Vivante, Mauricio Almendro contribuiu para solidificar o conceito de faci-lities management hospitalar através da expansão co-

mercial da empresa. Conseguiu alinhar as expectativas com cliente hospitalar, principalmente no que diz respeito à utili-zação de indicadores e SLA´s para validação destes serviços. “Além de estar muito honrado com a menção, cresce minha responsabilidade de atuação em um setor em constante evo-lução e extremamente carente em gestão de infraestrutura e otimização de custos.”

Presidente da Gocil Segurança e Serviços, Washington Um-berto Cinel conseguiu manter a estrutura da empresa e realizou investimentos em treinamento e em infraestrutura.

“Entendemos que este setor exige uma delicadeza na prestação do serviço de vigilância e excelência na prestação da Limpeza Técnica, e por isso investimos em adequar ambos esses crité-rios na entrega dos serviços”, ressalta Cinel. Hoje, o executivo comanda uma empresa de 23 mil funcionários, presente em 10 Estados.

Mauricio Almendro

Washington Umberto Cinel

Categoria

Provedor de Serviços

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Mais Influentes da Saúde

Presidente do Conselho Administrativo da ONA (Organização Nacional de Acreditação), Arlindo de Almeida conquistou o posto em um momento importante para a organização:

após a perda do Dr. Plínio Moraes de Toledo, presidente que esteve à frente da ONA durante 16 anos. Ao assumir o cargo, o executivo não mediu esforços para dar continuidade ao trabalho com transparência e sem grandes turbulências. “Eu fico muito orgulhoso em pertencer a esse quadro. Sem dúvida, é um prazer estar entre os 100 Mais Influentes da Saúde.”

Gerente Executivo de Planejamento e Qualidade do Hospital do Coração - HCor, Evandro Penteado Villar Félix desenvolveu, no último ano, a integração entre

áreas de projeto, planejamento estratégico e qualidade da instituição. Atuou também como líder da acreditação hospi-talar e certificações dos programas de cuidados clínicos no HCor, trabalhando na ampliação da visão da Qualidade e Se-gurança. “Além de estar muito honrado, sei que cresce minha responsabilidade de atuação em um setor em constante evo-lução e extremamente carente em gestão de infraestrutura e otimização de custos.”

Arlindo de Almeida

Evandro Penteado Villar Félix

Qualidade e Segurança

Categoria

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Gerente do Instituto de Conhecimento, Ensino e Pesqui-sa do Hospital Samaritano (SP), Representante do JCI no Brasil, Heleno Costa Jr. também participou da criação do

Consórcio Brasileiro de Acreditação. Atua também como educa-dor na implantação de projetos de acreditação em instituições como Albert Einstein, Sírio Libanês, Moinhos de Vento, Sama-ritano (SP) e Alemão Oswaldo Cruz. Em 2015, publicou o livro “Qualidade e Segurança em Saúde: os caminhos da melhoria via Acreditação Internacional - Relatos, Experiências e Práticas.” “Estar entre os 100 Mais Influentes cria um novo parâmetro de responsabilidade.”

Diretor de Acreditação e Qualidade da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e Gerente Corporativo de Relações Institucionais do Grupo

Fleury, Wilson Shcolnik participou da integração de laboratórios clínicos no Rio de Janeiro e coordenou a integração de laborató-rios em São Paulo, atuando também na coordenação da asses-soria médica e da qualidade. Na área de qualidade laboratorial, trabalhou na SBPC/ML para que a Norma PALC, do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos da SBPC/ML, conquistasse a certificação ISQua. “Muito me honra ser incluído neste grupo de personalidades e profissionais.”

Como Gerente Corporativo da Qualidade na Rede São Camilo, Paulo Henrique de Oliveira conseguiu inúmeras conquistas para a instituição no último ano. Em sua gestão,

a rede recebeu a acreditação Canadense Internacional para a Unidade Santana, a reacreditação Joint Commission International na Unidade Pompeia e a recertificação de Excelência pela ONA para a Unidade Ipiranga. “Quando uma instituição opta em trilhar este caminho, não há como retroceder. E um prêmio como este traz uma responsabilidade ainda maior para promover uma assistência de qualidade”, ressalta Oliveira.

Heleno Costa Jr.

Wilson Shcolnik

Paulo Henrique de Oliveira

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Mais Influentes da Saúde

Claudio Luiz Lottenberg

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Presidente de um dos maiores hospitais da América Latina, o Hospital Israelita Albert Einstein, Claudio Lottenberg celebrou importantes vitórias neste último ano.

“A abertura da nossa Faculdade de Medicina, o equilíbrio econômico financeiro e de produtividade em um ano turbulento e a abertura de mais um hospital público, o Hospital Municipal da Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, foram grandes conquistas neste ano”, afirma Lottenberg.

Vale destacar também o trabalho inédito realizado com o Google. Agora, cerca de 400 resultados de buscas relacionados aos principais sintomas, doenças e condições terão as informações certificadas por profissionais do Einstein.

Além disso, Lottenberg firmou uma parceria com o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) para desenvolver soluções tecnológicas na área de Bioengenharia. O acordo, assinado pelo reitor do ITA, professor Anderson Correia, e pelo presidente do HIAE, prevê a cooperação entre as duas instituições na criação de produtos inovadores voltados à saúde humana.

Em 2015, Lottenberg foi eleito pela Revista IstoÉ como o Brasileiro do Ano no âmbito da Medicina e também lançou o livro “Saúde e cidadania - A tecnologia a serviço do paciente e não ao contrário.”

ReferênciaCategoria

PaRa aLGUNS, O ReCONHeCIMeNTO FaLa SOBRe UM PaSSadO. PaRa

MIM, eLe IMPõe UM NOVO FUTURO. UM ReCONHeCIMeNTO ReFORça O CONCeITO da IMPORTâNCIa QUe

TeMOS PaRa aQUeLeS QUe NOS OBSeRVaM e, PORTaNTO, TeNHO MaIS

ReSPONSaBILIdadeS FReNTe aO FUTURO.”

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Mais Influentes da Saúde

Presidente do Conselho Administrativo da Anahp, Fran-cisco Balestrin foi eleito, neste último ano, Presidente da Associação Mundial de Hospitais (IHF). Essa entidade,

referência no setor, reúne mais de 50 mil hospitais e estabe-lecimentos de saúde, que atendem cerca de três bilhões de pessoas, em mais de 100 países. Quanto à contribuição na qualidade à assistência das instituições, Balestrin ressalta uma vitória: “a retomada do Qualiss pela ANS da qual participa-mos ativamente”. Vale ressaltar o sucesso do 3º CONHAP que trouxe um formato totalmente inovador.

Respeitado pela trajetória e experiência no setor, o médico Gonzalo Vecina Neto, no último ano, desenvolveu deze-nas de ações à frente da Superintendência Coorporativa

do Hospital Sírio-Libanês. Em sua gestão, posicionou o hospital entre as instituições de excelência da América Latina. Vecina lide-rou os projetos de expansão e modernização do HSL que contou com investimentos de mais de R$ 1 bilhão. “Trata-se de um edi-fício ambientalmente correto. Fizemos uma grande mudança no parque hospitalar do ponto de vista dos aportes logísticos. Além disso, toda a construção é 100% sustentável.”

Francisco Balestrin

Gonzalo Vecina Neto

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Diretor Superintendente do Hospital do Rim, José Medina Pestana mantém a instituição como o maior centro de transplantes de órgãos do mundo. Também é professor

titular de nefrologia na Escola Paulista de Medicina com mais de 200 artigos publicados em revistas internacionais e membro do Conselho Superior da FIESP. Pestana é Chefe do Serviço de Nefrologia da Escola de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, onde implantou o maior programa de transplantes do país. “Recebo esta homenagem com felicidade e engajado na qualificação de profissionais para o sistema público de Saúde.”

Presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Paulo Gadelha acredita que um de seus maiores desafios no último ano foi enfrentar a tríplice epidemia (dengue, chikungunya e

zika) e buscar uma rápida resposta à emergência em Saúde Pública. Outro momento importante foi ser designado, pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, como um dos dez membros – e o único brasileiro – do painel de alto nível que terá como foco aprimorar tecnologias que permitam aos Es-tados-membros atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sus-tentável. “É uma honra receber esta distinção na condição de presidente da Fiocruz.”

José Osmar Medina Pestana

Paulo Gadelha

Categoria

Referência

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Mais Influentes da Saúde

Eudes de Freitas Aquino

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A trajetória cooperativista de Eudes de Freitas Aquino iniciou em 1982, na Unimed Piracicaba. Foi o fundador da Federação Intrafederativa das Unimeds do Centro Paulista, hoje denominada

Intrafederativa Centro Paulista. Na Federação das Unimeds do Estado de São Paulo (Fesp), fez parte do Conselho de Administração por duas gestões e atuou como diretor de Programas Educativos e Assistenciais e presidente.

Em 2015, sua gestão atuou com foco na profissionalização do Sistema Unimed e sua sustentabilidade, na melhoria constante de processos, na qualidade de atendimento e no desenvolvimento de dirigentes, gestores e colaboradores.

“Orgulho de ter contribuído para a boa reputação do nosso país diante de organizações importantes, como Aliança Cooperativa Internacional, da qual sou membro do Conselho de Administração, e Cooperativas das Américas, como primeiro vice-presidente”, salienta Aquino.

Entre outras iniciativas que merecem ser destacadas estão aquelas destinadas à governança cooperativa, alinhadas ao Plano de Desenvolvimento Organizacional e que pauta o relacionamento com os diversos públicos-alvo da Unimed do Brasil.

“Antes de tudo, sou médico e cooperativista, então desejo construir bases sólidas para que tanto a profissão médica quanto o modelo de negócio prosperem sempre. Não somente no último ano, mas desde que assumi a presidência da Unimed do Brasil, em 2009, tenho buscado fazer valer essa máxima, com integração e inovação”, afirma Aquino.

Saúde Suplementar

Categoria

eSTe ReCONHeCIMeNTO COLOCa-Me eM UMa CaTeGORIa POVOada de HOMeNS e MULHeReS CaPaCITadOS e

INTeReSSadOS eM FORTaLeCeR UM SeTOR TãO COMPLexO e eSSeNCIaL PaRa a

POPULaçãO.”

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Presidente da Abramge – Associação Brasileira de Medicina de Grupo, Cyro de Britto Filho também é Diretor do Grupo Policlin. Com longa trajetória na defesa dos interesses das

operadoras de planos de saúde associadas, foi também presi-dente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo do Estado de São Paulo – Abramge-SP, de 2008 a 2011. Eleito presidente da Abramge no ano passado, Britto Filho vem atuando de forma a conseguir sinergia entre a ANS e as operadoras, além de fo-mentar maior integração com as regionais da associação.

Diretor técnico-operacional da Bradesco Saúde, Vice-Presidente da FENASAÚDE e integrante do conselho da ASAP (Aliança para Saúde Populacional), Flávio Bitter

conquistou um milhão de segurados na carteira de pequenas e médias empresas, consolidando sua liderança, mesmo num momento de crise econômica do país. “As causas-raízes da inflação médica estão relacionadas a diversos fatores, mas destacaria a incorporação acrítica de novas tecnologias, sem efetiva análise prévia de custo-efetividade e por um sistema que, de modo geral, não incentiva a qualidade assistencial.”

Cyro Alves de Britto Filho

Flávio Bitter

Mais Influentes da Saúde

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Co-fundador da Amil Assistência Médica Internacional e hoje executivo da empresa, Paulo Marcos Senra é responsável por incluir o tema gestão de saúde populacional na

pauta dos principais eventos, com muito trabalho, reuniões, desenvolvimento de eventos próprios e participação em encontros do setor. “Contribuir para mudar os rumos e os resultados do sistema caótico da saúde brasileira é um grande desafio. Os custos decorrentes do envelhecimento da população e da incorporação de novas tecnologias em diagnóstico e tratamento só serão reduzidos com um trabalho incessante de prevenção e promoção.”

Na presidência do Grupo NotreDame Intermédica, o executivo Irlau Machado Filho desenvolveu, em 2015, dezenas de ações de investimento na rede. No último

ano, sua gestão inaugurou novas estruturas como o Centro Clínico Interlagos e o Centro Clínico Guarulhos II. Outra iniciativa sob sua liderança na Intermédica é a criação do Grupo “Entendendo a Quimioterapia”, cujo objetivo é ajudar os pacientes e seus familiares.

Paulo Marcos Senra

Irlau Machado Filho

Categoria

Saúde Suplementar

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Mais Influentes da Saúde

Domingos Fonseca

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Presidente da UniHealth Logística Hospitalar, Domingos Fonseca é nascido em Alqueidão (Portugal) e natura-lizado brasileiro. À frente da UniHealth há mais de 10

anos, tem desempenhado papel fundamental para o de-senvolvimento de novas soluções para o setor de logística hospitalar em nível nacional e internacional.

No último ano, Fonseca expandiu os horizontes da em-presa para a América Latina através da joint venture firmada com um player do Equador. “Foi mais um desafio devido as diferenças culturais e de legislação do país, mas que vejo como uma nova oportunidade de evolução pessoal e pro-fissional.”

Sobre estar entre os 100 Mais Influentes da Saúde, Fonse-ca acredita que a responsabilidade multiplica. “Esse é o se-gundo ano consecutivo que tenho a felicidade de receber este prêmio. É, com certeza, mais um estímulo para conti-nuar trabalhando empenhado pela excelência na gestão de recursos públicos e privados da saúde.”

Suprimentos e Logística

Categoria

Domingos FonsecaeSTe ReCONHeCIMeNTO É MaIS

UM eSTíMULO PaRa CONTINUaR

TRaBaLHaNdO eMPeNHadO

PeLa exCeLêNCIa Na GeSTãO de

ReCURSOS PúBLICOS e PRIVadOS da

Saúde.”

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Mais Influentes da Saúde

Superintendente Executivo de Suprimentos e Logística da Beneficência Portuguesa de São Paulo, João Fábio Bianchi Garcia Silva também ocupa o cargo de Presidente do Con-

selho no Instituto Brasileiro de Supply Chain, na qual também ministra aulas de gestão de compras. No último ano, sob sua gestão, foram implantados muitos projetos que contribuíram para garantir a sustentabilidade da Beneficência Portuguesa. “A responsabilidade de ser eleito é grande, mas gosto de tê-la. Pre-tendo seguir contribuindo para o setor da saúde na busca das melhores práticas de Suprimentos e Logística.”

Gerente de Suprimentos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Coordenadora do Comitê de Relações com For-necedores da Associação Nacional dos Hospitais Privados

(Anahp), Leonisa Scholz Obrusnik foi uma das responsáveis pelo reacreditamento do Hospital Alemão Oswaldo Cruz pela Joint Commission Internacional (JCI). “Ser eleita em um importante prêmio como os 100 Mais Influentes da Saúde é um reflexo do bom trabalho de uma gestão qualificada. Estar entre esses pro-fissionais significa que um grande trabalho vem sendo realizado pelos colaboradores do Hospital.”

João Fábio Bianchi Garcia Silva

Leonisa Scholz Obrusnik

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Depois de dois anos desenvolvendo nova metodologia de gestão da cadeia de suprimentos do HC-FMUSP, Marco Antonio Bego, Diretor de Infraestrutura e Logística da

instituição, tem muito a comemorar. Seu trabalho apoiou-se na implementação das melhores práticas de recebimento e arma-zenagem de produtos para o HC por meio de um Centro de Dis-tribuição profissional; na criação de uma Central de Operações e no desenvolvimento de uma área de inteligência de compras que conseguiu manter a inflação interna sob controle e atender todas as necessidades com um orçamento mais enxuto, utilizan-do conhecimento e tecnologia.

Diretor-Sênior da área de saúde da DHL Supply Chain no Brasil, Marcos Cerqueira liderou, em 2015, diversas estratégias para alcançar os objetivos do grupo. “A im-

portância da logística nas organizações vem crescendo, princi-palmente, em um período particularmente desafiador como o que estamos vivendo, mas que, ao mesmo tempo, apresenta oportunidades. Estar neste seleto grupo de profissionais ga-baritados é sempre uma honra e sinal da relevância de nosso trabalho”, declara Cerqueira.

Marco Antonio Bego

Marcos Cerqueira

Categoria

Suprimentos e Logística

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Mais Influentes da Saúde

Vice-presidente da AsBEA São Paulo (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), Adriana Levisky também é arquiteta urbanista titular do Levisky Arquitetos. “Acre-

ditamos que ao valorizar, no desenvolvimento de projetos de arquitetura hospitalar, sistemas, tecnologias, modelos de interlo-cução público-privados e soluções na área da sustentabilidade, é possível estimular a adoção de boas práticas que envolvam questões ambientais, socioculturais e econômicas”, afirma. En-tre seus recentes projetos destaca-se a reforma e ampliação do Hospital Público Vila Santa Catarina.

Superintendente de Desenvolvimento Humano e Institucio-nal do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Cleusa Enck destaca como principais vitórias a conquista da Certificação LEED

GOLD. O desenvolvimento de ações voltadas à gestão da sus-tentabilidade permitiu ao Hospital a redução do consumo de recursos naturais e maior eficiência na utilização dos recursos hídricos. “Ser escolhida entre mais de 5 mil hospitais do Brasil como uma das ganhadoras do 100 Mais é muito gratificante, mas também confere uma alta responsabilidade, pois estou re-presentando 2.339 colaboradores e um corpo clínico e assisten-cial de excelência.”

Adriana Levisky

Cleusa Ramos Enck

Sustentabilidade

Categoria

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Idealizadora e Diretora Presidente do Instituto Saúde e Susten-tabilidade, Evangelina Vormittag realizou a primeira edição da Virada da Saúde em São Paulo, aproximando o cidadão à saú-

de em espaços públicos. Também fez uma importante pesquisa em que mostrou o benefício de uma intervenção em transporte da cidade de São Paulo com alto impacto benéfico em saúde. “Eu me sinto muito feliz pelo reconhecimento do meu trabalho, ainda mais tendo sido uma votação que também contou com a participação do público.”

Gerente geral da Baxter Brasil, o italiano Piero Novello reforçou parcerias com clientes chave para fortalecer o sistema de saúde no país. Sob a sua gestão, participou

da reestruturação da equipe com a chegada de novos profissionais e o reconhecimento aos que já faziam parte do time, fator considerado crucial para a conquista de um resultado importante para a companhia no último ano. “É uma honra representar a marca Baxter nesta premiação do setor. Não é um reconhecimento a mim, mas sim a cada profissional da empresa.”

Diretor Geral no Hospital viValle - Rede D’Or São Luiz, Fernando De Marco é um dos responsáveis pela entrega do projeto de Ampliação da Unidade viValle, que ocupa

agora uma área de mais de 22 mil m². A conclusão da nova metodologia que aliou a governança clínica às boas práticas médicas também conta com a participação do executivo. “Fazer parte de um grupo seleto como esse é, além de uma alegria pessoal, uma grande responsabilidade. O reconhecimento das ações implementadas para as conquistas que obtivemos recentemente é motivação para seguir sempre em frente.”

Evangelina Vormittag

Piero Novello

Fernando VC De Marco

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Mais Influentes da Saúde

Presidente da SAP Brasil, Cristina Palmaka esteve à frente do lançamento S/4HANA, considerado o mais importante investimento feito pela empresa globalmente nos últimos

anos, com 100 clientes já conquistados no Brasil no primeiro ano de vendas da solução. “Melhorar a vida das pessoas e ajudar o mundo a ser melhor com uso de tecnologias e inovação é a visão da SAP. A saúde é uma das vertentes para alcançarmos esse objetivo. Atualmente, temos uma gama de soluções que compreendem as áreas de gestão clínica, diagnóstico e analítica.”

Líder para IBM Watson e Watson Health no Brasil, Fábio Scopeta foi o responsável pelo design, vendas e implementação dos primeiros projetos de Computação

Cognitiva no Brasil. Também criou a unidade de Watson Health no Brasil e acelerou a disponibilização de soluções de grande impacto para pacientes com câncer no país, antes mesmo que tivesse sido oficialmente lançado nos Estudos Unidos, como o Watson Genomics. “Reinventar a indústria da saúde significa prover uma visão completa para que cada indivíduo possa tomar as melhores decisões para sua saúde.”

Cristina Palmaka

Fábio Scopeta Rodrigues

TecnologiaCategoria

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Diretor Corporativo de Tecnologia da Informação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Jacson Barros tem 25 anos de experiência na área de

Health IT. No último ano, foi responsável pela manutenção do engajamento e motivação da equipe na entrega dos projetos. “Sinto-me lisonjeado com o reconhecimento. Por outro lado, a responsabilidade aumenta, tendo em vista que, de alguma forma, você passa a ser uma referência nesta área para os que estão e os novos profissionais que estão chegando.”

Diretor Executivo da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Sócio-Diretor da PGCON Consultoria, coordenador e auditor sênior do Processo de Certifica-

ção SBIS-CFM, consultor em projetos do Ministério da Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de SP, Hospital Universitário da USP, ANP, CNJ, Organização Internacional do Trabalho, Porto de Santos e Unimed Brasil, Marcelo da Silva conduziu o avanço do Processo de Certificação SBIS-CFM e organizou o MEDINFO 2015, realizado pela primeira vez na AL. “O uso adequado da TI é um grande aliado para a melhoria da assistência à saúde da população mundial, e é isso que continuarei buscando com seriedade e determinação.”

Diretor Executivo de Operações e Tecnologia da União Quí-mica, José Luiz Junqueira Simões é responsável pela con-solidação da nova unidade industrial em Taboão da Serra

(SP), voltada exclusivamente para a terceirização de medicamen-tos farmacêuticos. “Estamos vivenciando a necessidade de pen-sar intensamente em inovação, comportamento, relacionamen-to colaborativo e no uso de tecnologias disruptivas do que em qualquer outro momento da nossa história. Todavia, cabe a cada um de nós objetivarmos a máxima do setor: Saúde de Qualidade ao Alcance de Todos.”

Jacson Barros

Marcelo Lúcio da Silva

José Luiz Junqueira Simões

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Dossiê

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Unimed brasil............................. Unimed manaus.........................Unimed belém............................Unimed Vitória...........................Unimed Sorocaba......................Unimed belo Horizonte.............Emed...........................................Unimed Ribeirão Preto..............

120124126130132136140142

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A condução de um Sistema de forma integrada presente em mais

de 80% do território nacional

a Unimed está entre os maiores sistemas cooperativistas de tra-balho médico do mundo e é também a maior rede de assistên-cia médica do Brasil, presente em 84% do território nacional. O Sistema nasceu com a fundação da Unimed Santos por edmun-

do Castilho, em 1967, e hoje é composto por 349 cooperativas médicas que prestam assistência a mais de 21 milhões de clientes.

São mais de 112 mil médicos ativos, 113 hospitais próprios e 12 hospitais dia, além de unidades de pronto atendimento, laboratório, ambulância e hospitais credenciados. Toda essa infraestrutura para atender cerca de 30% do mercado nacional de planos de saúde.

Cada Unimed possui gestão autônoma e independente, o que não as im-pedem de trabalhar a intercooperação entre elas na busca de um mesmo objetivo: prezar pela saúde e qualidade de vida no atendimento aos seus beneficiários. a adesão livre e voluntária, a gestão democrática pelos coope-rados, a participação econômica nos resultados da cooperativa, a educação, a formação e a informação e o envolvimento com a comunidade comple-tam os sete princípios cooperativistas que regem o Sistema Unimed e que estimulam a constante troca de informações e boas práticas entre as coo-perativas.

Nas páginas seguintes, o dossiê Unimeds pelo Brasil traz uma série de reportagens sobre algumas unidades deste Sistema. Gestores falam sobre desafios, investimentos, sustentabilidade e inovações, evidenciando como cada administração tem suas peculiaridades para conquistar a excelência.

eudes de Freitas aquino, Presidente da Unimed do Brasil, abre este dos-siê falando sobre modelo de cooperativismo médico no país, a marca Uni-med e o desafio de obter a sustentabilidade financeira dos planos de saúde.

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pelo brasil

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Dossiê

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Unimed do BrasilEudes de Freitas Aquino, Presidente da Confederação, fala sobre práticas de governança voltadas ao cooperativismo e sustentabilidade do setor

Aa Unimed do Brasil - Confederação Nacional das Coope-rativas Médicas - foi fundada em 1975 para ser a entidade máxima representativa institucional do sistema cooperati-vo Unimed. Seu Presidente, eudes de Freitas aquino, acre-dita que o Sistema está no caminho certo, e que o sucesso da marca Unimed está vinculado à natureza cooperativis-ta. “apostamos fortemente neste modelo como uma alter-nativa eficaz para melhorar a situação da saúde no Brasil, levando o atendimento a regiões em que o sistema público é precário.”

O Sistema Unimed atende cerca de 19 milhões de clientes. além desta abrangência, a Unimed é diferente das demais concorrentes, pois, segundo aquino, não tem o lucro como objetivo final. “Investimos constantemente em recursos próprios como construções e ampliações de hospitais e la-boratórios, além da absorção contínua de novas tecnologias médicas.”

acerca da sustentabilidade financeira dos planos, o Pre-sidente afirma ser este um desafio comum no segmento de saúde suplementar. “No que se refere à remuneração, uma das alternativas consideradas hoje o modelo P4P (pay-for--performance). Contudo, há o desafio de amadurecer essa metodologia e garantir que o paciente tenha um atendi-mento mais seguro e de qualidade.”

Para tanto, um dos caminhos encontrados pelos planos é a verticalização. Trata-se de um importante movimento para regular a qualidade da prestação de serviços, controlar cus-tos e garantir a sustentabilidade das operações. Na Unimed do Brasil, o pressuposto é que o processo de verticalização, realizado com a expansão da rede própria pelo Sistema Uni-med, seja sempre feito preconizando o melhor atendimen-to aos pacientes, bem como a otimização de custos. “além disso, investimentos contínuos em atenção Primária tam-bém resultarão na racionalização de custos e aumento de

qualidade em médio prazo”, afirma aquino.

ainda de acordo com o Pre-sidente, ano a ano, as interna-ções hospitalares compõem o setor que mais concentra des-pesas assistenciais, seguido pela realização de exames e de consultas.

Sobre o modelo de coope-rativismo médico no Brasil, aquino acredita que o Brasil ainda precisa se consolidar como líder mundial, fazendo do cooperativismo um meca-nismo econômico e social de mudança. “Há cooperativas brasileiras que já são conside-radas modelo para a escolha dos clientes. Se analisarmos os dados do agronegócio, identificamos que um volume percentual importante do PIB brasileiro é resultante de coo-perativas agrícolas. Com base nesse exemplo, as cooperati-vas de saúde no Brasil cres-cem buscando vencer desa-fios e promovendo mudanças significativas de governança, investindo na qualificação de seus profissionais e adotando critérios profissionais na ges-tão executiva.”

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apesar de a Saúde Suplementar possuir certa resiliência e reservas técnicas na ordem de 40%, e do plano de saúde figurar entre os maiores ob-jetos de desejo da população, o crescimento do setor, segundo aquino, é incerto, pois não está imune as dinâmicas e impactos gerados pelo atual cenário econômico.

O Presidente acredita que o caminho para buscar equilíbrio financeiro é focar na gestão eficaz dos recursos existentes. “É necessário que o setor esteja empenhado na busca pela excelên-cia operacional e assistencial. Para isso, a mu-dança do modelo assistencial deve ser um obje-tivo almejado por todo o mercado.”

Tendo o paciente como centro de todo o pro-cesso, o beneficiário passa a ser tratado por uma equipe multidisciplinar que o acompanha cons-tantemente. além disso, o próprio indivíduo passa a desempenhar o papel de agente respon-sável por sua própria saúde.

Para tanto, são necessários investimentos con-tínuos na educação e formação dos beneficiários,

devido às particularidades do setor cooperativista, o Insti-tuto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) apresen-ta o conceito de Governança Cooperativa, como sendo o “conjunto de mecanismos e controles, internos e externos, que permite aos cooperados definir e assegurar a execução dos objetivos da cooperativa, garantindo sua continuidade e os princípios cooperativistas”.

a Unimed do Brasil adotou o termo “Governança Coopera-tiva” para fins de utilização no Sistema Unimed, adaptando as boas práticas da Governança

O crescimento do setor

Governança cooperativa

para que a prevenção, o diag-nóstico precoce e o tratamen-to correto das enfermidades aconteçam e deixem de retro-alimentar o sistema atual, que é focado na doença e produz um ciclo vicioso totalmente onero-so.

a Unimed do Brasil estimu-la as cooperativas do Sistema a trabalharem desta forma, incen-tivando, por exemplo, o modelo de operadoras e prestadoras, já adotado na Federação Santa Ca-tarina e no estado do Ceará com comprovado sucesso.

Sobre o atual cenário eco-nômico do Brasil e os desafios da Saúde Suplementar, aqui-no acredita que com o cresci-mento das despesas acima da inflação, o segmento precisa se atentar ao teto dos reajustes dos planos, à incorporação de novas tecnologias e à judiciali-zação da saúde.

corporativa para a realidade do mundo cooperativista.

a adoção de tais práticas de-monstra o comprometimento com a transparência, prestação de contas, a equidade e a res-ponsabilidade corporativa, bus-cando evitar desvios de condu-ta e deficiências de gestão.

“esperamos contribuir positi-vamente e continuamente para a busca da excelência operacional, sob os preceitos da Governança Cooperativa, não só pela Uni-med do Brasil, mas também por todo o Sistema Unimed, tendo por consequência a marca Uni-med cada vez mais forte e o tra-balho médico mais valorizado, competitivo e moderno, em um verdadeiro estágio de transfor-mação”, afirma o Presidente da Unimed do Brasil.

Eudes de Freitas Aquino, Presidente da Unimed do Brasil

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CReIO QUe O eSTaBeLeCIMeNTO

de PaRCeRIaS PúBLICO-PRIVadaS SeJa UM CaMINHO

PROMISSOR, aLÉM dO ReCONHeCIMeNTO dO GOVeRNO PaRa

O TRaTaMeNTO TRIBUTÁRIO

adeQUadO àS COOPeRaTIVaS”.

Eudes de Freitas Aquino

‘‘Dossiê

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Dossiê

PlanejamentoComo a Unimed Manaus conseguiu superar dificuldades financeiras

Aa Unimed Manaus é a maior cooperativa mé-dica do estado do amazonas, com 1.064 médi-cos cooperados em mais de 50 especialidades e pouco mais de 1,5 mil colaboradores. São três unidades próprias de saúde (maternidade, pron-to-socorro e hospital infantil e adulto) para aten-der cerca de 160 mil usuários.

Contudo, sua história é marcada por diversos problemas financeiros. “Como médica coopera-da fui informada que precisava pagar R$ 23 mil a Unimed. Quis saber o motivo, entendendo que precisava participar efetivamente das decisões. Quando fui eleita como membro do Conselho

Fiscal, foi constatado irregula-ridades que foram apresenta-das em assembleia e os antigos membros da direção da institui-ção renunciaram. Foi quando passei a compor uma comissão interina que por três meses assumiu a administração da Unimed”, lembra Corina Via-na, atual Presidente da Unimed sobre como chegou a este posto.

Seu maior desafio foi sanar a questão econômico-contábil e fi-

nanceira da empresa. a Unimed Manaus estava em regime de di-reção fiscal, o que significa ter o acompanhamento in loco da ope-radora pelo diretor fiscal deter-minado pela agência Nacional de Saúde Suplementar (aNS).

elaborou-se, então, o Progra-ma de Saneamento, aprovado pela agência, e hoje a cooperativa está com boas perspectivas para sanar as dívidas, principalmente tributárias, que quando Corina

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assumiu tinham valores financeiros impagáveis e, atualmente, estão todos devidamente tratados com planejamento de pagamento efetivo.

ao mesmo tempo em que foi necessário resolver questões econômica, financeira e administrativa, a gestão também focou na qualidade dos serviços médicos. assim, programas de melhoria foram recentemente implantados e treinamentos ofereci-dos a colaboradores. “Vários pontos relacionados à qualidade do atendimento e implantação da gover-nança corporativa precisam ser observados. Trata--se de um desafio, claro, mas quando conduzido como deve ser traz ótimos resultados.”

VÁRIOS PONTOS ReLaCIONadOS à QUaLIdade dO aTeNdIMeNTO e IMPLaNTaçãO da GOVeRNaNça

CORPORaTIVa PReCISaM SeR OBSeRVadOS. TRaTa-Se de UM deSaFIO,

CLaRO, MaS QUaNdO CONdUzIdO COMO deVe SeR TRaz ÓTIMOS ReSULTadOS. ”

Corina Viana

‘‘Corina Viana, Presidente da Unimed ManausPronto-socorro Infantil

Prédio dos novos consultórios

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Dossiê

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TransparênciaOs bons resultados que uma governança cooperativista trouxe para a Unimed Belém

Aa história da Unimed Belém começa na década de 80. Fundada em 28 de abril de 1981, contou no seu início com 21 médicos e tinha uma atua-ção bastante limitada à capital.

Hoje, a instituição é uma das marcas mais lembradas em todo o esta-do e vem investindo intensamente em tecnologia e profissionalização de seus colaboradores.

“Na conjuntura atual, com índices alarmantes de desemprego e PIB negativo, manter a sustentabilidade de qualquer empresa é tarefa possí-vel somente com aumento da eficiência e eficácia em todos os processos da cadeia produtiva da saúde suplementar. a efetividade destas medi-das implica diretamente em ter pessoas capacitadas e comprometidas em buscar os resultados que precisamos, por isso investimos, cada vez mais, na profissionalização do corpo funcional, retirando o viés político da nomeação de pessoas sem a devida capacitação como acontecia no passado”, afirma Wilson Yoshimitsu Niwa, diretor Presidente da Uni-med Belém.

O diretor considera que cooperativismo médico no Brasil enfrenta uma fase de transição em que os fundadores da maioria das cooperativas médicas estão passando sua gestão para uma geração de novos médicos gestores. “esta transição se faz necessária e premente, frente à necessida-de de ter uma visão mais profissional na gestão das cooperativas. O novo cenário da saúde suplementar e a entrada de novos players, que tornam o mercado cada vez mais agressivo e competitivo, deixam claro que não haverá espaço para gestores sem conhecimento técnico e capacitação para disputar este mercado. Cada vez mais, o fisiologismo das antigas organizações cooperativistas tende a dar espaço à implantação de uma governança cooperativista.”

O compromisso com os princípios e valores do cooperativismo, como transparência e honestidade, e o apoio dos cooperados, são a base para o engajamento. assim, a atual gestão pode realizar ações necessárias na busca de resultados já alcançados nos últimos três anos.

as maiores evidências que revelam o sucesso da gestão estão explici-tadas nos índices de reclamações do cliente na aNS. “a taxa de reclama-ção da Unimed Belém é muito abaixo em relação a outras operadoras de mesmo porte. além disso, a recuperação dos índices econômicos e

Confira mais sobre a Unimed Belém

http://goo.gl/Vn8yTg

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Dossiê

financeiros salta aos olhos dos órgãos regula-dores, Nós saímos de um PL negativo de 147 milhões em setembro de 2014, para um valor de 52 milhões positivos em fevereiro de 2016”, explica Niwa.

Para 2016, a instituição tem como metas a conclusão do Hospital Pediátrico que trará um diferencial competitivo e maior satisfação para o cliente, além de resolver um problema crô-nico da falta de leitos pediátricos na rede cre-denciada. está previsto também a realização de reformas em todas as unidades localizadas em pontos estratégicos da cidade.

ainda assim, o maior desafio em 2016, se-gundo o gestor, será adequar a receita decres-cente aos custos assistenciais cada vez maiores. “Nossa meta é manter a sinistralidade dentro de patamares que permitam a empresa con-cluir o plano de saneamento iniciado em 2014, sem comprometer o atendimento e a renda do cooperado.”

Qualidade Há várias iniciativas estru-

turadas por meio de projetos e planos de ação, alinhadas ao planejamento estratégico da Cooperativa que visam qualifi-car continuamente os recursos próprios, incluindo o Hospital Geral da Unimed Belém.

Segundo Lourival Rodri-gues Marsola, Coordenador do Núcleo de ações estraté-gias, as ações vão desde a im-plementação de Protocolos assistenciais, definição de ob-jetivos, metas e indicadores de desempenho, treinamentos e auditorias internas, até o esta-belecimento de procedimentos operacionais padrão.

“Os trabalhos intensifica-

dos desde 2014 já renderam frutos. No ano de 2015, foram apresentados cases de sucesso em congresso internacional (QUaLIHOSP) e, em 2016, foram apresentados dois cases no encontro Nacional Unimed de Recursos e Serviços Pró-prios, sendo um deles premia-do”, afirma.

Sobre a governança clínica da instituição, Marsola explica que a estratégia utilizada pro-move o envolvimento, a parti-cipação e a conscientização de todos. “Projetos, campanhas internas, treinamentos, inte-gração entre as áreas e a par-ticipação ativa da alta direção são os principais fatores desse processo de gestão em saúde.”

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Tecnologia

a lista de inovações e soluções que a Unimed Belém vem adotando é grande. entre tais inves-timentos, destaca-se a aquisição de equipamen-tos de imagens de raio x, além do sistema de PaCS.

O setor de tecnologia também se dedicou no desenvolvimento do portal de transparência, com o objetivo de estabelecer um relacionamen-to mais próximo e cristalino com o Sócio Coo-perado e beneficiário. “Também estamos cons-truindo o Portal Unimed Belém, que obedecerá a todas as exigências da aNS”, afirma andré Luiz Maciel Neves, Gerente de TI.

Maciel Neves destaca ainda a aquisição de um novo sistema de gestão, o Tasy, da Philips, em 2014. a solução foi implantada em apenas uma unidade da Unimed Belém, porém a expectativa é que o sistema rode nas quatro unidades até o final do primeiro semestre.

“O objetivo é aumentar a segurança do pa-ciente, redução dos custos e a implantação do prontuário médico em todas as nossas unida-des”, diz Maciel Neves.

Mais avanços tecnológicos

- Projeto de Fibra Óptica, interligando todas as unidades. - Aquisição de equipamentos de imagens de Raio X (CRs e Impresso-ras DRY), além do sistema de PACs (Sistema de Comunicação e Arquiva-mento de Imagens).

- Implantação de serviço de Outsour-cing de impressão de documentos.

- Implantação de serviço de Outsour-cing de impressão de exames nas unidades.

Cada Vez MaIS, O FISIOLOGISMO daS aNTIGaS ORGaNIzaçõeS

COOPeRaTIVISTaS TeNde a daR eSPaçO à IMPLaNTaçãO de UMa GOVeRNaNça

COOPeRaTIVISTa”.

Wilson Yoshimitsu Niwa

‘‘Wilson Yoshimitsu Niwa, Diretor Presidente da Unimed Belém

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Dossiê

CrescimentoUnimed Vitória amplia área de atuação e realiza investimento em suas unidades próprias

Aa Unimed Vitória ampliou sua atua-ção para outros 10 municípios do espí-rito Santo, resultado da alienação volun-tária da carteira de clientes da Unimed Piraqueaçu. Na prática, os 22 mil clien-tes da Unimed Piraqueaçu passaram a ser Unimed Vitória, podendo utilizar todos os Recursos Próprios e a rede cre-denciada da cooperativa, além de ganha-rem com o incremento e a melhoria do atendimento em sua região.

“esta foi uma decisão estratégica para o futuro da Unimed Vitória, uma vez que amplia nossa área de atuação e traz

Unidade Ambulatorial de Aracruz

perspectivas de melhores re-sultados nos próximos anos. Crescemos em número de clientes, mas também em es-trutura de atendimento. am-pliamos a prestação de servi-ços na nova região, passando a ter, por exemplo, programas na área de prevenção e promo-ção de saúde, além de oferecer nossos produtos neste merca-do”, explica Márcio de Olivei-ra almeida, diretor Presiden-te da Unimed Vitória.

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Na cooperativa, a busca por trazer melhorias para a qualidade de vida e o bem-estar da popu-lação também se torna um impulsionador para a inovação e para o crescimento. Com esta filo-sofia, a cooperativa vem investindo no modelo assistencial de atenção primária. espelhando--se nos mais conceituados e eficazes sistemas do mundo, a Unimed Vitória lançou um novo modelo de assistência médica: o Unimed Perso-nal. Seu conceito de assistência médica coloca em destaque o “médico exclusivo”, que prioriza o cuidado integral aos pacientes. este modelo marcou também a volta da comercialização de planos individuais pela Unimed Vitória, que diante do sucesso com os clientes empresariais, criou o Personal Pessoa Física.

a premissa do Unimed Personal é a promo-ção da saúde. Portanto, médico e paciente tra-balham juntos no estabelecimento de metas, por exemplo, para parar de fumar ou perder peso. de forma personalizada, o cliente tem um médi-

Pioneirismo

co de referência que lhe conhe-ce de forma integral.

Para isso, na Unimed Vi-tória o cliente conta com um suporte de cuidados preven-tivos, o Viver Bem, um dos recursos próprios da coope-rativa que tem como objetivo a promoção da saúde e a pre-venção de doenças.

a cooperativa também vem

investindo em sua rede, como o Hospital – dia Maternidade (HdMU); o Hospital Unimed Vitória, a Unimed diagnós-tico, a Unimed Oncologia, os Centros de especialidades; o SOS Unimed; a assistência domiciliar, a Unidade ambu-latorial do Hospital Unimed; e a recém inaugurada Unidade ambulatorial de aracruz.

CReSCeMOS eM NúMeRO de CLIeNTeS, MaS TaMBÉM eM eSTRUTURa

de aTeNdIMeNTO ” Márcio de Oliveira Almeida

‘‘

Márcio de Oliveira Almeida, Diretor Presidente da Unimed Vitória

Unimed Vitória

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Dossiê

Gestão sustentável sempreFidelização dos clientes faz Unimed Sorocaba descartar-se na crise

TTudo começou em 1971, quando um grupo de 47 médicos deu início às atividades da Unimed Sorocaba com o objetivo de promover assistência de qualidade e fácil acesso à população dentro de um sistema que garantisse a sustentabilidade do negócio beneficiando médicos e pacientes.

após 45 anos de sua fundação, a Unimed So-rocaba mostrou ao mercado seu modelo de ges-tão e negócio bem-sucedidos, que conta com mais de mil médicos cooperados e dois mil cola-boradores que atuam em clínicas e hospitais da entidade no interior de São Paulo.

de acordo com o diretor Presidente da coope-rativa, José Francisco Moron Morad, a entidade realiza todos os investimentos com capital pró-prio, sem o apoio de investidores ou parceiros e não possui passivos bancários. “Há muitos anos não temos um centavo sequer de passivo bancá-rio. Nossa estabilidade econômica foi classifica-da com nota máxima no IdSS (índice de desem-penho da Saúde Suplementar) e isso nos permite superar turbulências sem grandes sobressaltos,

como ocorreu quando a Uni-med Paulistana se tornou in-solvente”. Mesmo diante de um cenário econômico incerto, a Unimed Sorocaba encerrou 2015 com lucro superior a 5%, dos quais 85% foram distribuí-dos entre os cooperados.

Há 21 anos, a Unimed Soro-caba é uma das marcas mais lembradas na região, possuin-do alguns dos melhores índices de satisfação dos clientes. Para o executivo, esse reconheci-mento é fruto de uma série de esforços e investimentos reali-zados. “O nosso principal ativo é o hospital, para o qual já fo-ram aplicados mais de US$ 150 milhões desde sua fundação, em 1996”, acrescenta.

Inserida em um dos merca-

dos mais competitivos da eco-nomia, mesmo apresentando um bom desempenho assisten-cial e financeiro, a Unimed So-rocaba reconhece que há uma série de desafios pela frente que ainda precisam ser supera-dos, entre eles o de continuar investindo com recursos pró-prios em sua unidade assisten-cial, o Hospital dr. Miguel So-eiro, considerado um símbolo para a cooperativa.

em 2016, são previstos maciços investimentos em tecnologia. “Continuaremos investindo em tecnologia hos-pitalar, mantendo a institui-ção equipada com dispositi-vos e sistemas de ponta, como, por exemplo, a implementa-ção do prontuário eletrônico,

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que poderá ser acessado por todos os médicos, remotamente ou de dentro do próprio hospi-tal” conta Morad.

Outra meta é aumentar a receita do Hospital por meio do serviço de transplantes, contem-plando todas as etapas pré e pós-operatórias, para as demais operadoras de planos de saúde, hospitais e outras Unimeds. esta experiência já foi realizada com sucesso no transplante de me-dula e atendeu diversos pacientes.

Para atingir as metas estabelecidas e manter a sustentabilidade dos negócios, a Unimed Soro-caba mantém o foco de suas atividades na sus-tentabilidade e variações de mercado bem como estabilidade econômica e financeira do país. Com base nesses dois vetores, a Unimed avalia os reflexos imediatos que impactam a região e, assim, procura identificar novas oportunidades de negócios.

Outro aspecto destacado por Morad sobre a gestão realizada pela cooperativa é a criatividade. “Rotineiramente, nossos clientes, sobretudo os que utilizam o hospital, se deparam com tecnolo-gias inovadoras, novos procedimentos, espaços e ambientes, gerando qualidade na área assistencial e agilidade no atendimento”, acrescenta.

O Vice-presidente da Uni-med Sorocaba, Paulo Hunga-ro Neto, conta que, no último investimento realizado pela instituição nas instalações do Hospital dr. Miguel Soeiro, em 2013, foram aplicados R$ 50 milhões, em valores da épo-ca, dos quais R$ 40 milhões foram destinados a obras de infraestrutura do complexo assistencial e na aquisição de equipamentos e mobiliários. Os R$ 10 milhões restantes foram usados para a aquisição de dois geradores, montagem de um consultório destinado à Ortopedia, uma sala de cura-tivos para o serviço de emer-gência e um espaço destinado ao conforto médico, anexa ao centro cirúrgico. Os valores aplicados ainda possibilitaram a ampliação da UTI infantil e sala de observação do serviço de emergência.

durante a ampliação foram

construídos 42 novos apar-tamentos e 22 quartos de en-fermaria. Os leitos exclusivos para internação – ou seja, sem contar com os das UTIs, Ber-çário de alto Risco e Unidade Semi-Intensiva – chegaram a 183, praticamente o dobro dos 97 anteriores. Novos serviços e mobiliários, inéditos na região, também passaram a ser ofere-cidos aos pacientes.

“No último ano foram in-vestidos em torno de R$ 2 mi-lhões em novos equipamentos. Também houve a aquisição do terceiro equipamento de vi-deocirurgia com imagem em formato full Hd; a substituição das bombas de seringa para procedimentos de anestesia e a ampliação da UTI Neonatal, que passou a contar com in-cubadoras, berços de terapia intensiva, fototerapias e ven-tiladores mecânicos de última geração”, afirma Hungaro Neto.

José Francisco Moron Morad, Diretor Presidente da Unimed Sorocaba

ROTINeIRaMeNTe, NOSSOS CLIeN-TeS Se dePaRaM COM TeCNOLOGIaS

INOVadORaS, NOVOS PROCedIMeNTOS, eSPaçOS e aMBIeNTeS, GeRaNdO QUaLI-dade Na ÁRea aSSISTeNCIaL e aGILIda-

de NO aTeNdIMeNTO”,José Francisco Moron Morad

‘‘

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Dossiê

a diretriz básica da Unimed Sorocaba quando o assunto é Gestão de Pessoas é ter como foco o resultado e, paralelamente, atrair, reter e desen-volver as pessoas. Para tanto, são realizadas pes-quisas de clima organizacional, utilizadas como base para a implantação de ações de melhoria.

Para o engajamento dos profissionais utiliza--se as ferramentas de gestão como integração, treinamento, avaliação de desempenho, progra-ma de desenvolvimento da liderança e o projeto guardião, que tem por objetivo integrar os novos colaboradores à cultura e aos protocolos assis-tenciais.

Todos os admitidos passam por um processo de integração e são acompanhados por um “pa-drinho” no setor, com a função de auxiliá-los durante a fase inicial. devido ao sucesso dessa iniciativa, em 2015, ela foi adaptada e transfor-mada no Projeto Referência, como apoio à adap-tação dos novos colaboradores da enfermagem.

Quanto à educação continuada, o Centro de estudos Unimed Sorocaba é o principal fomen-

Engajamento

Qualidade

Instalado em uma área de 67.000 m², o Hospital Dr. Miguel Soeiro conta com, aproximadamente, 20.000 m² de área construída e já pas-sou por cinco fases de expansão.

tador neste quesito para os mé-dicos cooperados. Nos últimos anos, os coordenadores médi-cos mantêm uma programa-ção própria em cada setor. Na emergência, por exemplo, os plantonistas propõem os temas a serem abordados durante os encontros periódicos. as UTIs e o Centro Obstétrico também adotam ações similares e já de-senvolveram protocolos especí-ficos a partir destes encontros.

devido ao trabalho realizado pela Qualidade, o Hospital dr. Miguel Soeiro recebeu diversas certificações e reconhecimento. em 2012, houve a certificação da Mamografia e Tomogra-fia do Serviço de Imagem pela Sociedade Brasileira de Radio-logia. em 2013, a manutenção da certificação acreditado com excelência ONa Nível III e a obtenção da norma de acredita-ção PaLC (Programa de acredi-tação de Laboratórios Clínicos).

No ano de 2014, para garan-tir um controle sistemático dos aspectos e impactos ambientais do Hospital, a instituição traba-lhou intensamente na implan-tação de um sistema de gestão baseado na norma NBR ISO 14001. Também naquele ano, o Hospital recebeu o Selo de Sustentabilidade de Hospital, outorgado pela Unimed do Bra-sil, e outro da Rede de Hospitais Verdes e Saudáveis, por sua ges-tão de água, energia e resíduos.

Já em 2015, o Hospital dr. Mi-guel Soeiro recebeu o Prêmio de excelência na categoria Hotela-ria Hospitalar, promovido pela Healthcare Management.

“Diante do cenário atual de retração

econômica, desemprego, inflação, instabilidade cambial, uma crise política sem

precedentes e com final incerto, o grande

desafio é manter os investimentos

em equipamentos e infraestrutura, o crescimento econômico e

aumentar a satisfação do cliente.”

Paulo Hungaro Neto

Paulo Hungaro Neto, VP da Unimed Sorocaba

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Dossiê

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SolidezCom 45 anos de história, Unimed-BH inicia 2016 com a melhor avaliação na saúde suplementar dentre as grandes operadoras do mercado

Eem um ano desafiador, a Unimed-BH preservou sua posição de mercado e a solidez econômico-financeira, inclusive com elevação de 11,6% de sua receita ope-racional: o valor captado chegou a R$ 3,63 bilhões, sendo R$ 3,06 bilhões destinados aos médicos e aos serviços de saúde.

Registrou a redução de 4,8% dos clien-tes, o que interrompeu a trajetória de 22 anos de crescimento da carteira de clien-tes. Mas a rápida adoção de medidas de austeridade e a cautela no uso de recursos, somadas à cultura de melhoria contínua e vocação para inovar, permitiram o en-frentamento do cenário e a manutenção da qualidade da assistência aos clientes.

em 2015, a Cooperativa registrou a re-alização de mais de oito milhões de con-sultas médicas, 145 mi internações hospi-talares e 28 milhões de exames e terapias seqüenciais. Como reflexo do esforço, a Unimed-BH é considerada confiável por nove em cada 10 clientes e cooperados, se-gundo pesquisa realizada pelo datafolha.

a rede assistencial é composta por 366 hospitais, clínicas e laboratórios, soman-do serviços credenciados e próprios. as unidades próprias são diferenciais, repre-

sentando reforço importante para cuidar bem e com mais eficiência, suprindo lacunas assisten-ciais, e proporcionando importantes espaços de trabalho médico.

a rede própria compreende dois hospitais de urgência e emergência, uma maternidade e uma unidade de pronto-atendimento, localizados em Belo Horizonte, Contagem e Betim. Também integram a rede cinco unidades ambulatoriais para realização de consultas e atividades de pro-moção da saúde, quatro clínicas dedicadas ao plano baseado no modelo de atenção primária, além de Centros de Radiologia e exames, Servi-ços de atendimento Móvel em Saúde (ambulân-cias), atenção domiciliar e Saúde Ocupacional.

em janeiro de 2016, entrou em operação o Centro de Promoção da Saúde Santa efigênia. São 22.000 m² de área construída, distribuídos em 11 andares e 151 consultórios. estão disponí-veis no local consultas eletivas em 34 especiali-dades médicas, agenda livre (consultas sem hora marcada e por ordem de chegada) em Clínica Médica e Pediatria, Grupos de Promoção da Saúde, clínica especializada no atendimento à criança, salas de procedimentos cirúrgicos am-bulatoriais, sessões de equipe multiprofissional (Psicologia, Nutrição, Terapia ocupacional e Fo-noaudiologia).

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Participação e transparência

45 anosCom uma trajetória

bem-sucedida e mais de 1,2 milhão de clientes em carteira, a Unimed--BH comemora 45 anos. Mesmo com a retração do setor, a cooperati-va médica iniciou 2016 com a melhor avaliação na saúde suplementar dentre as grandes ope-radoras do mercado e resultados positivos.

a Unimed-BH estimula a transparência e a participação. Os cooperados têm sido conti-nuamente convidados a parti-cipar das discussões e decisões. as assembleias gerais da Uni-med-BH chegam a marca de 4 mil médicos participantes e há, também, o Programa Por den-tro da Nossa Unimed, com uma agenda de eventos para que os médicos conheçam melhor a sua cooperativa.

“da antiga Mediminas, nosso primeiro nome, à Unimed-BH que somos hoje, percorremos um longo caminho com dedica-ção e muito trabalho Os resul-tados positivos que entregamos em 2016 foram conquistados graças à participação cada vez maior de nossos cooperados, ao engajamento dos colabora-dores, à confiança dos clientes e ao trabalho conjunto com nos-sos parceiros”, afirma o diretor Presidente, Samuel Flam.

“Da antiga Mediminas, nosso

primeiro nome, à Unimed-BH

que somos hoje, percorremos um

longo caminho com dedicação e muito

trabalho.” Samuel Flam

a inovação é outra marca da trajetória da Uni-med-BH. No ano passado, a Cooperativa lançou o Unimed Pleno, modelo assistencial baseado em experiências bem-sucedidas de atenção pri-mária e que já conta com mais de 22 mil clientes.

Outra iniciativa importante foi o lançamento do Guia - Gestão Unimed-BH de Indicadores assistenciais, um amplo painel de indicadores de atenção à saúde e eficiência técnica na presta-ção do cuidado, conforme as diferentes especia-lidades médicas. Por meio dele, cada cooperado pode acompanhar o desempenho da Unimed--BH e comparar a prática individual à média da sua especialidade, podendo identificar oportu-nidades de melhoria.

Inovação

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Identidade Mais de 100 projetos de arquitetura de Unimeds de todo o Brasil têm a assinatura da EMED Arquitetura. Humanização, sustentabilidade, tecnologia e otimização operacional são os grandes pilares de cada projeto

CConhecendo algumas Unimeds pelo Brasil, é possível pontuar elementos de sua identidade estrutural e arquitetônica. Grande parte delas tem a assinatura da eMed arquitetura, que começou a atuar junto à cooperativa há mais de 15 anos.

“esta parceria começou por uma neces-sidade das singulares em ter uma empresa especializada na área de projetos de arqui-tetura e de engenharia, voltados à área da saúde, que atendesse desde a reestrutura-ção de uma pequena unidade médica, até a estruturação de um complexo hospitalar completo”, explica Leandro evangelista, Gerente Comercial e de Projetos da eMed. desde então, já foram realizados aproxima-damente 100 projetos em todo o país.

atualmente, estão em andamento proje-tos nas Unimeds de Campo Grande, Nova Iguaçu, Valença, Juiz de Fora, Sudoeste de Minas, Maringá, Vitória, alta Mogiana, entre outras. “Há inúmeras características próprias nos projetos das Unimeds. entre tantas particularidades, temos a tecnolo-gia construtiva, a sustentabilidade, a hu-manização, a otimização operacional, a aplicação de materiais tecnológicos, privi-legiando as questões acústicas, térmicas e resistência mecânica, aumentando a qua-lidade do atendimento aos pacientes. Tudo isso aliado as mais atuais linguagens de arquitetura”, explica evangelista.

Para inovar nos projetos das Unimeds, as estruturas dos edifícios são em aço e a compartimentação interna em gesso acar-tonado. Isso possibilita diminuir conside-ravelmente o prazo de execução das obras,

Dossiê

além de evitar desperdícios de materiais que acabam se tor-nando entulhos.

Todos os projetos priorizam a humanização através de di-versos elementos, como amplas janelas e claraboias a fim de aumentar a iluminação e ven-tilação natural. “O reaproveita-mento de água e o uso de ener-gia solar também são outras características dos projetos que acabam por intensificar a sus-tentabilidade da infraestrutura. Nossos clientes sempre nos dei-xaram a vontade para propor técnicas e visões inovadoras nos projetos, proporcionando o atendimento a necessidades cada vez maiores que as Uni-meds possuem”.

Questionado sobre como a arquitetura colabora para o sucesso da gestão do negócio, evangelista acredita que há uma estreita ligação entre tais vertentes. “a arquitetura é uma importante aliada na gestão dos negócios. desde a concepção com a hierarquização de aces-sos, circulações horizontais e verticais, serviços contíguos afins, maximização das áreas de apoio, logístico e pessoal, além da otimização no dimen-sionamento de todos os setores de atendimento ao paciente.”

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Convergência de princípiosA Qualidade e o engajamento dos profissionais na Unimed Ribeirão Preto

Aa Unimed Ribeirão Preto é exemplo de boa gestão em saúde, investimento em tecnologia, cooperativismo médico, engajamento e capacitação profissional. Com uma administração orientada para a segurança do paciente, a instituição realiza investimentos expressivos em tecnologia da informação e em proces-sos capazes de assegurar o cumprimen-to das normas internas, protocolos e pa-drões de eficiência.

diante do objetivo de alcançar a acre-ditação em padrão internacional, a cor-poração tem como estratégia de gestão focar na qualidade plena dos serviços. esse método visa processos seguros e capazes de garantir a segurança do pa-ciente no campo assistencial, certifi-cando-se dos controles necessários para evitar desperdício de recursos humanos e matérias.

“acreditamos que todos os processos

do Hospital Unimed Ribeirão Preto devem ter o paciente como foco principal, com ações não só descritas em manuais de procedimentos, mas praticadas efetivamente no cotidiano da assistência ao cliente. O grande desafio nes-te campo é a convergência de princípios e convenções em práticas diárias, orientadas para o cuidado, a segurança e a efetividade do tratamento como permanente foco nos resultados”, revela Álvaro Truite, diretor Presidente da Unimed Ribeirão Preto.

a oferta de serviços fornecida pela entidade, com ética e responsabilidade, é fruto da qualificação profis-sional e do grau de especiali-

Confira mais sobre a Unimed Ribeirão Preto

http://goo.gl/f0HFjL

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zação do corpo clínico e da rede credenciada. Segundo Truite, além de uma equipe de espe-cialistas, a organização dos Comitês especia-lizados conta com a participação de profissio-nais de áreas e de formações diferentes, o que auxilia no processo de difusão das informa-ções e da integração das equipes.

“a definição de uma verba orçamentária própria para treinamentos e reciclagem de pessoal é fundamental. Reuniões periódicas para discussão e aprimoramento dos princi-pais indicadores de gestão, totalmente forma-lizadas, completam as ações promovidas pela administração para promoção deste engaja-mento. Cremos que estes sejam os ingredien-tes fundamentais para a excelência dos servi-ços”, acrescenta.

a governança tecnológica é outra questão importante da corporação. Por se tratar de um investimento novo e integral, o Hospital Unimed Ribeirão Preto foi concebido com a utilização do que há de mais moderno em equipa-mentos, sistemas e todos os tipos de automação aplicáveis ao negócio.

Um exemplo dessa inova-ção é o processo de dispen-sação individual de medi-camentos. Os remédios são separados em unidades co-dificadas seguras, invioláveis e com código de barras, com tráfego por endereçamento de unidades através de cor-reio pneumático e “triple check” para a correta admi-nistração.

O cooperativismo médi-co brasileiro passa por uma profunda transformação e a Unimed protagoniza estas mudanças. de acordo com Truite, parte desta evolução diz respeito à forma de remu-neração e a resolutividade dos atos praticados. “este desafio é agravado pela predominân-cia de um modelo assistencial focado na medicina curativa, ao invés de preventiva. Na medida em que essa consciên-cia se expandir e que for pos-sível medir com fundamentos éticos o custo-efetividade dos tratamentos, o modelo cooperativista terá potencial para render aos seus adeptos um grande retorno de valo-rização do cuidado, e não do procedimento, como cons-tatamos em toda medicina atual.”

Para Truite, o sistema coo-perativo é uma estrutura que serve como uma das princi-pais alternativas para os que desejam exercer a medicina de forma organizada, bem es-truturada e com importante acesso ao mercado suplemen-tar. “Como médico e dirigen-te cooperativista, continuo crendo que esta forma orga-nizacional ainda representa a alternativa mais ética, justa e promissora para os profissio-nais que atuam no setor pri-vado”, finaliza o Presidente da Unimed Ribeirão Preto.

Modelo de cooperativismo

“Como médico e dirigente

cooperativista, continuo crendo que esta forma organizacional

ainda representa a alternativa mais ética,

justa e promissora para os profissionais que atuam no setor

privado” Álvaro Truite

Álvaro Truite, Diretor Presidente da Unimed Ribeirão Preto

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Nubia Viana

Especialista de TI para Saúde

Segundo dados do Instituto de estudos de Saúde Suplementar - IeSS1, o setor privado de Saúde so-freu uma queda de 1,5% nos últimos 12 meses no

número de beneficiários que utilizam a Saúde Suple-mentar como o principal meio de acesso aos serviços.

Isto é ref lexo direto do atual contexto econômico e político que o país vem sofrendo, principalmente, nos últimos meses. O não crescimento afeta direta-mente todos os segmentos do mercado e, obviamen-te, o setor de Saúde não foge à regra.

Nestes momentos de crise, as empresas precisam repensar suas metas e seu planejamento estratégico de forma a se adaptar, não simplesmente se acomo-dando e esperando qual será o caminho que o país irá tomar, mas sim como manter um crescimento, mesmo que mais tímido, para atingimento das suas metas. desta forma, redução de custos e otimização de processos, visando eficiência na qualidade nos serviços prestados (pauta constante na discussão do planejamento) forçam as organizações a procurar soluções para atuar nesta tríade. O setor Saúde não difere dos demais.

Pensando no processo macro do modus operandi do segmento, os sistemas de saúde visam garantir o acesso do cidadão aos serviços existentes, através de uma prestação do cuidado efetivo (que envolve qua-lidade no tratamento ofertado com o menor custo). assim, o uso eficiente destes recursos disponíveis e a qualificação na prestação dos cuidados devem estar

Artigo deNubia Viana

Como equilibrar a oferta dos serviços de saúde

diretamente ligados à capacidade de resposta às ne-cessidades de saúde da população.

agentes constantes somam-se a complexidade de como gerenciar os custos no setor:

• Mudanças no perfil demográfico e epidemiológico;• Desenvolvimento de novas técnicas de diagnós-

tico e tratamento;• Incorporação das novas tecnologias e procedi-

mentos que possam melhorar a capacidade de res-posta às doenças e assim atender às necessidades da população.

É de fundamental importância entender como os serviços estão distribuídos e, em teoria, a partir das suas principais características, como os mesmos de-vem se organizar. O formato de uma pirâmide se aplica, devido ao número da oferta existente para cada nível, onde:

• A base provê os serviços de atenção primária, considerados de baixa complexidade. aqui se encon-tram os serviços ambulatoriais, normalmente não especializados, e de promoção e prevenção de Saúde, como programas assistenciais. Normalmente pos-suem baixa necessidade de incorporação tecnológica e deveriam ser o primeiro ponto de contato da popu-lação a oferta de serviços. a procura pode acontecer de forma espontânea (exemplo: Imunização), não havendo restrição de acesso ao mesmo. a partir da base da pirâmide a busca pelos serviços considera-dos secundários e terciários deveriam acontecer de

1 http://iess.org.br/?p=publicacoes&id_tipo=14

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forma orientada e com encaminhamento;• O meio provê os serviços de atenção secundá-

ria, considerados de média, em sua maior parte, e alguns serviços de alta complexidade, a sua maio-ria ainda em regime ambulatorial. alguns servi-ços pertencentes à atenção secundária podem ser providos em regime hospitalar. São considerados serviços com certo grau de especialização, maior necessidade de incorporação tecnológica. Compõe este universo os serviços ditos como especializa-dos, de diagnóstico e terapêutico e os serviços de urgência e emergência;

• O topo da pirâmide compõe a atenção dita como terciária, caracterizada pela alta complexidade dos serviços ofertados, que implica alto grau de espe-cialização, alta densidade tecnológica, necessidade constante de incorporação de novos tratamentos que são realizados no âmbito hospitalar.

a palavra-chave que permeia todo o processo

de Saúde foca no acesso da população aos serviços ofertados. Porém, este acesso não pode acontecer de forma espontânea por parte dessa população em todos os níveis da pirâmide, necessitando, dessa forma, mecanismos regulatórios. O elemento regu-latório precisa atuar e ser ponto que busca equilí-brio para garantir que o cidadão possa acessar o serviço correto, com a qualificação adequada, com os recursos existentes para aquela demanda especí-fica, conforme a pirâmide acima espelha.

É papel fundamental dos órgãos governamentais em definir mecanismos que tenham como base os princípios de eficiência e equidade em toda a cadeia. Seja daqueles que provêm o serviço, sejam daqueles que o utilizam. eficiência significa medir, controlar, manter e cobrar daqueles que prestam os serviços, entrega com qualidade e remunerá-los devidamen-te. aqueles que não atingem suas metas devem ser sim auditados do porquê e cobrar (de fato) planos de

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2 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/prt1559_01_08_2008.html 3 http://www.conass.org.br/biblioteca/regulacao-em-saude/

ação para melhoria dos processos, até que, em última instância, sejam desqualificados para aquela prestação em si. Por parte do cidadão, a busca pelos serviços de forma não orientada e espontânea oneram o setor como um todo. Por que buscar serviços de pronto atendimen-to para atendimentos caracterizados como ambulatoriais? Por que não buscar um aten-dimento em consultório? atualmente, fala-se no setor que em média 70% a 80% dos aten-dimentos em prontos atendimentos e prontos socorros poderiam ser atendidos em regime ambulatorial, não necessitando que o cidadão se dirija a estes serviços de média e alta com-plexidade, fazendo com que os recursos exis-tentes sejam utilizados de forma ineficiente e competindo de fato com aqueles que necessi-tam. Por parte daqueles que compram os ser-viços, gerenciar e controlar a “saúde da sua empresa”. Por parte daqueles que vendem os serviços, ter uma rede dimensionada de forma adequada não do ponto de vista quantitativo, mas também do ponto de vista qualitativo.

desta forma, volta-se a discussão para a preocupação em se regular o setor. Na inicia-tiva pública, já se tem muito claro políticas governamentais que instituem este mecanis-mo através dos Complexos Regulatórios. O intuito neste artigo não é descrever a Política Nacional de Regulação. existe farto material disponibilizado pelo próprio Ministério da Saúde2 ou Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONaSS3 . O ponto é que, através de: políticas claras, vontade de operacionali-zadas, remuneração adequada e GeSTãO, é

possível entregar serviços de qualidade e melhor garantir acesso da população, dire-cionando a necessidade da demanda. O modelo de aten-ção à Saúde visa três pilares importantes: rede, regionali-zação e hierarquização.

e por que não se espelhar no mesmo de gestão do aces-so para iniciativa privada? É claro que não é simplesmente adotar as mesmas políticas, mas sim os mesmos concei-tos de rede, regionalização e hierarquização. aquele que consome o serviço não pode simplesmente basear o consumo no acesso por escolha “livre”; aquele que presta o serviço não pode simplesmente continuar a ser remunerado pela “pura” entrega do serviço. O serviço entregue foi com a qualidade esperada? apoiou a conduta diagnóstica e/ou terapêutica esperada por aquele que so-licitou? aquele que paga pelo serviço possui uma rede ade-quada às necessidades da po-pulação que está comprando, regionalizada de tal forma a atender as necessidades de-mográficas e epidemiológi-

cas da mesma e com regras claras de hierarquização da pirâmide pelo encaminha-mento e uso racional dos re-cursos existentes?

a implantação de uma agenda para discutir estes mecanismos regulatórios é crítica para se manter viável ambos os setores, que envol-ve assuntos delicados, por vezes duros, mas necessários a serem discutidos:

• Monitoramento dos pres-tadores com relação à quali-dade na entrega dos serviços;

• Modelo de remuneração, baseado em desempenho não somente entrega;

• Transparência na divul-gação de indicadores para conhecimento da população como um todo;

• Regras do consumo mais adequadas por parte dos be-neficiários, respeitando a hierarquização e regionali-zação dos serviços ofertados;

• Facilitar a negociação en-tre os atores deste processo.

Os mecanismos de regula-ção devem atuar diretamente na gestão do acesso, garan-tindo oferta adequada à ne-cessidade da demanda.

Artigo deNubia Viana

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Gente e Gestão Líderes e Práticas

Risco e Segurança do Paciente

ORGANIzADORES

Lançado em abril pela Fundação para Segurança do Paciente, o livro “Risco e Segurança do Paciente” proporciona uma reflexão abrangente sobre caminhos a serem trilhados para que a discussão sobre o tema avance no país. O livro traz também uma série de palestras, como o 11º Congresso Paulista de anestesia, que discutiu a segurança do paciente com benchmarks de outros setores. No capítulo editado publicado nesta edição, Valter Carneiro, especialista em aviação civil e que ministra cursos de CRM para a Gol Linhas aéreas e outras empresas de aviação executiva, fala sobre a segurança nos procedimentos, podendo ser possível traçar um paralelo entre a experiência da aviação e Saúde.

O livro “Risco e Segurança do Paciente” foi organizado por enis donizetti Silva, médico anestesiologista Coordenador do Serviço de anestesia do Hospital Sírio-Libanês; e Clau-dia Marquez Simões, médica anestesiologista diretora de Relações Internacionais da So-ciedade de anestesiologia do estado de São Paulo e Coorde-nadora do Serviço de anestesia do Instituto do Câncer do esta-do de São Paulo – ICeSP. Enis Donizett Claudia Marquez

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ACRM na aviação: Impacto em segurança operacional

a parte que me coube nesse trabalho é falar um pouco da questão do CRM na aviação ci-vil. O fator cultural é preponderante, ou seja, é preciso entender a cultura do lugar no qual es-tou atuando para saber como vou trabalhar. É a mesma coisa que percebo aqui; estou acostu-mado a lidar com o pessoal da aMIB (associa-ção de Medicina Intensiva Brasileira), Terapia Intensiva, e agora começo a conversar com vo-cês, da área de anestesia, que, apesar do mesmo ambiente, são culturas de diferentes formações; consequentemente, é necessário ter abordagens diferenciadas. É isso que temos feito na aviação, e é essa experiência que vou dividir.

CRM significa Corporate Resource Manage-ment, ou seja, todos os recursos que a corpo-ração tenha e que têm de ser somados para que tenhamos o melhor processo possível.

dentro disso, qual é o impacto do CRM den-tro do que chamamos de Segurança Operacio-nal? Para nós, Segurança Operacional começa antes mesmo de a aeronave decolar, com 180, 190 vidas, percorrer o trajeto, seja ele qual for, e chegar ao destino com total segurança, dentro de toda a estrutura que um avião – o ambiente – nos permite.

esse é o conceito de Segurança Operacional: é o estado no qual o risco de lesões a pessoas ou danos a bens, equipamentos e estruturas se reduzem e se mantêm dentro ou abaixo do que chamamos de nível aceitável. de que forma? Por meio do processo contínuo de identificação dos perigos e da gestão dos riscos que os perigos causam. Temos de trabalhar o tempo todo sobre determinado cenário para ver como é possível estar protegido.

Caso esse cenário se concretize, como vou li-

dar com isso? Isso é, para nós, a questão da Segurança Ope-racional. e entra um termo aqui que é extremamente im-portante: nível aceitável. dize-mos que o avião mais seguro do mundo é aquele que está no chão – e ainda assim ele corre riscos. O maior acidente da aviação até hoje foi quando um avião estava no chão: em 1977, em Tenerife, nas Ilhas Canárias, dois 747 colidiram no chão; mais de 500 pessoas morreram ali. então, do que estamos falando? de algo que seja aceitável. Se eu puder ter um avião blindado com airbag para todo mundo, um para-quedas para cada passageiro, assento ejetável, tipo 007. Só que ele não está dentro do ní-vel aceitável, afinal, quanto custaria um avião desses? Será que ele teria peso para sair do chão? Tenho então de contar com um tipo de segurança que fique dentro de normas e regras aceitáveis. e a pergunta que se faz é: quem determina o que é ou não aceitável? Para nós, da aviação, essas regras vêm escritas, determinadas, e temos de cumpri-las. Quem determina isso é a ICaO, In-ternational Civil aviation Organization, um organismo

internacional ligado à ONU. O CRM consta de um tópicos que estão dentro da ICaO, ou seja, temos uma normatização para a execução do CRM, aí fica fácil. Outro organismo in-ternacional, que é a IaTa, In-ternational aviation Transport association, faz basicamente a mesma coisa; um ajuda o outro na condução e na criação de normas que vão estar ligadas à segurança da aviação. Por isso seguimos milhões de manuais.

Quando olhamos o passa-do, vemos que primeiro os acidentes aconteciam e poste-riormente eram investigados. e havia algo bem típico dessa época e típico de uma estrutu-ra militar, que era a busca pelo culpado; porque eu pego o cul-pado, vou pregá-lo na parede e o acidente não ocorre mais, não é verdade? Não. Quais as condições que levaram a pes-soa a cometer esse tipo de erro, ou falha? Não sabemos. Com o passar do tempo, por meio de vários instrumentos, é possível acompanhar a evolução desses incidentes, sendo possível ma-pear se eles estão próximos a ocorrer, ou estão acontecendo; é possível transformar esses dados, obtidos continuamente, em algo que pode ser mais bem

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Gente e Gestão

visualizado e interpretado, de forma que o pilo-to seja avisado: “Veja, sob determinada condição isso pode acontecer”. Começamos então a trei-nar esses pilotos, mecânicos e funcionários de aeroportos de forma diferente. essa transforma-ção é possível justamente por meio dessa coleta de informações, das auditorias que realizamos, da construção, de um sistema de gerenciamen-to de coletas de dados. Quando nós, da aviação, vemos algo errado em qualquer parte, qualquer fator que possa ter influência na segurança da aeronave, nós relatamos; não importa quem está envolvido, e sim o quê. de posse dessas informa-ções, começamos a estudar o assunto.

a Gol, atualmente, tem cerca de 1,5 mil pilo-tos. Comissários são mais três mil; mecânicos também são mais de 3 mil; aeroportos têm mais umas 5 mil pessoas – e de repente é a mesma norma. Temos de preventivamente observar como vem se comportando a aviação, o cená-rio, e poder dizer, por exemplo, que nos últimos cinco anos a última semana de maio sempre foi chuvosa – e que, nesse caso, o aeroporto pode fechar. e, se isso acontecer, saber como operar as conexões. Trata-se de um volume de informa-ções muito grande, mas é necessário olhar para tudo, e antecipar o que pode ocorrer.

Temos de ter essa visão. e creio que aí há uma intersecção com a necessidade de vocês, da Saúde, que têm a compreensão do que pode advir nesse cenário que está sendo montado: que instrumen-to que vocês têm para medir, ou não medir, o que ocorre nas diversas UTIs ou no centro cirúrgico onde vocês trabalham? Creio que esse é o grande ganho da troca entre aviação e Medicina.

O programa que utilizamos tem pilares que sustentam a maneira como devemos pensar e tra-balhar. É necessário ter políticas claras e objetivos também, ou seja, se a política da empresa aérea é trabalhar com o limite aceitável baixo, eu abro uma possibilidade de que mais riscos surjam. Se a política da empresa aérea é trabalhar com esse nível aceitável lá em cima, eu me torno mais sele-tivo. da mesma forma, no hospital, é necessário saber: como é a política desse hospital para o qual eu vou trabalhar? a regra é clara? Outro ponto é a

questão dos riscos; eles existem, temos de identificá-los e geren-ciá-los, porque não há como eliminar isso, não na minha profissão, nem na de vocês; eles fazem parte da nossa rotina. É preciso gerenciá-los todo santo dia. Os pilares são uma garantia de que tudo isso que está pro-posto de fato ocorra, através de auditoria constante de tudo o que é feito, inclusive os treina-mentos realizados. e o último pilar que sustenta nosso sistema de gerenciamento é a promo-ção da segurança operacional: falar de segurança em todas as bases nas quais operamos, para todas as pessoas que trabalham conosco. dentro da promoção está o nosso CRM, o Corporate Resource Management, ou seja, a empresa como um todo discu-tindo no dia a dia as necessida-des das áreas, as dificuldades; apesar disso tudo estar registra-do como uma política da em-presa, nós estamos lidando com pessoas – que muitas vezes des-cumprem o que está previsto, até mesmo o protocolo. É um trabalho diário, mas compen-sador; os feedbacks que temos tido são cada dia melhores.

O CRM começou lá na ca-bine, apenas envolvendo os pilotos, geralmente oriundos da aviação militar, onde a hie-rarquia estava acima de tudo, até mesmo de questionamen-to. apesar de o avião já estar modernizado, de termos re-gras claras e conceitos conso-lidados, ainda assim ocorriam quedas de aeronaves. Nessa época, a década de 1970, o foco

da culpa pelo acidente era o pi-loto; na realidade, a culpa não é só do médico, nem só do pi-loto. Vimos quanta coisa pode acontecer de errado na pró-pria organização, na própria estrutura do que está escrito. essa foi a primeira geração do CRM: os pilotos eram reu-nidos para discutir a relação, a briga era feia. Mas por que? Porque era uma verdade na qual ninguém queria mexer. Mas não há como obter um resultado diferente fazendo a mesma coisa. em um segun-do momento, entendeu-se que não era só o piloto o responsá-vel pela queda do avião; além dele, a tripulação comercial, os comissários também estavam envolvidos nesse progresso, e podiam ajudar. em um tercei-ro momento foi incluída a res-ponsabilidade dos mecânicos, e nascia o crew – basicamente pilotos e comissários. Passa-se para uma nova fase onde entra o company, abrangendo mecâ-nicos, pessoal de rampa, quem chega perto da aeronave, quem carrega o avião; se a carga for disposta de forma incorreta, se for desbalanceada, como é que se voa desse jeito?

Chegamos então ao último es-tágio, o que temos hoje, que é o corporate, incluindo manuten-ção, aeroportos, recursos huma-nos, folha de pagamento, setor administrativo, quem emite um bilhete de viagem. Todas as pes-soas que estão envolvidas com a aeronave têm de participar do processo gerencial, em que a segurança da operação é de res-

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ServiçoNome do livro: Risco e Segurança do PacienteOrganizadores: Enis Donizetti Silva e Claudia Marquez SimõesProdução editorial: Pólen Editorial Número de páginas: 332

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ponsabilidade de todos. Há alguns dias tivemos, na mesma sala de aula na Gol, nosso VP e mais um diretor de outra área. Por que? Porque as pessoas pedem isso; porque a norma da aNaC (agência Nacional de aviação Civil) que rege o CRM afirma que é necessária a participação desde a alta lide-rança até a base; porque é a alta liderança que vai garantir as políticas de que todo mundo cumpra aquilo que está previsto. Isso para nós tem sido um grande diferencial.

Vou contar um exemplo real. eu estava mi-nistrando uma aula para pilotos de helicóptero em Campinas, e um piloto de helicóptero expe-riente, com mais de mil horas de voo, narrou um caso que aconteceu com ele. esse piloto estava trabalhando com um agusta, que é um modelo de helicóptero que recolhe o trem de pouso de-pois da decolagem.

Chegando para o pouso em Campinas, ele se-guiu baixinho sobre a pista – o que chamamos de “pairando’ – já próximo de seu hangar, quando vê o rapaz que varre o lugar, desesperado, sacudindo

a vassoura no ar. ele conta que pensou: “O que fiz de errado? O que eu deixei de fazer?” e o ra-paz balançando a vassoura. Um frio na espinha. acertou quem pensou: ele não havia baixado o trem de pouso. Se o helicóptero encosta no chão sem o trem de pouso baixado, há a tendência de ele adernar para um dos la-dos, as hélices baterem no chão. e o resto vocês já sabem – é como nos filmes de Hollywood, a nave explode. Foi nessa hora que ele se deu conta do que es-tava acontecendo; baixou então o trem de pouso e chegou em segurança.

a pergunta que fica: “O que aquele rapaz que estava var-rendo a pista tinha a ver com a história?” Teoricamente não é a

empresa dele, não tinha obriga-ção nenhuma com aquilo, mas por estar acostumado a fazer parte daquele ambiente, ele se sente na responsabilidade de, em conjunto, avisar se algo está errado. Foi ele quem salvou o pouso. esse é o princípio que usamos para todos os treina-mentos; todos têm condições de ver o cenário e opinar sobre a melhor maneira de conduzir o processo, melhorando a gestão.

Qual é a real missão do CRM? O que buscamos? É não perder o maior número de vidas possível, estar livre de acidentes ou incidentes, e ser capaz de gerenciar, olhar lá na frente. e conseguimos isso, na nossa vida profissional, por meio de treinamento.

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Caro leitor, no momento em que escrevo este pequeno artigo, tenho o coração e a mente invadidos por alguns pensamentos

que, tenho certeza, também estão acometendo milhares de brasileiros.

Para acabar com o mistério, estou me referin-do ao processo de impeachment presidencial que estamos vivendo. Fato incontestável: todos nós estamos envolvidos no assunto!

Cada um de nós com sua opinião, com suas razões, mas podemos concluir: difícil existir al-guém que não tenha nenhum “palpite” ou até uma teoria inteira sobre o assunto. Muitos e mui-tos brasileiros, inclusive eu, confesso, fiquei plu-gada na televisão no dia da votação na Câmara, ouvindo palavra por palavra, voto por voto!

audiência máxima, perfeita, desejada por todo profissional da área de televisão.

Conforme fui prestando atenção nas justifica-tivas dos votos, comecei a verificar a coincidên-cia das mesmas razões expostas pelos votantes. Refiro-me tanto os votos a favor, como também aqueles que foram contra.

Pareceu-me, naquele momento ímpar, que to-dos ali, de posse do microfone, se tornavam ime-diatamente renomados especialistas econômico--político. Não me lembro de alguém que mostrou não se importar com o assunto ou indeciso ao manifestar seu voto.

as razões, ali alardeadas, ainda que talvez não adequadas ao momento, foram fortes. Pensem co-migo, caro leitor: foram invocados memórias de pessoas próximas, valores de família, ligações pater-nas e maternas e deus com muita frequência. Claro, como não poderia deixar de ser, o eleitor também foi contemplado dentre as razões para justificar a esco-lha a ser proferida em alta e clara voz. a empolgação era tanta que muitos precisaram ser avisados do tér-mino de seus referidos tempos.

Artigo deMárcia Mariani

Impeachment para o aQUeCIMeNTO GLOBaL

Márcia MarianiAdministradora, pós-graduada em meio ambiente e liderança. Diretora da SIA- Serviço de Inteligência Ambiental

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Convido você agora para refletirmos sobre uma plata-forma lúdica. Como teria sido esta eleição se a pergunta em questão fosse: “devemos, como cidadãos planetários, realizar um impeachment para o aque-cimento Global?”.

assim foi, de forma análo-ga, a tarefa do último encontro mundial do Clima, ocorrido em Paris, França. em nosso lúdico exercício, vale as mesmas regras para o voto, ou seja, uma breve justificativa e a manifestação do voto para a questão.

O que será que dentro des-te contexto mais ouviríamos? Quais invocações seriam mais apresentadas? Conseguiríamos 2/3 de votos SIM para o impea-chment do aquecimento Global?

Qual seria a reação do plenário após a leitura das implicações do cenário mundial sob o efeito do aumento médio de temperatura, onde um dos seres mais vulnerá-veis será a raça humana.

deixo claro que não estou ge-neralizando, mas fiquei a ima-ginar algumas votações com o atual teor da maturidade de alguns empresários: “Senhor presidente, não podemos modi-ficar hábitos e comportamentos tão inseridos em nosso cotidia-no por causa de alguns incon-venientes que nem sabemos ao certo se irão acontecer.”

Ou ainda: “Tanta publicida-de, tanta confusão por apenas dois graus de aumento na tem-peratura.” “Como ficaria, Vos-sa excelência, a necessidade de nossas crianças terem acesso ili-mitado aos objetos de consumo infantil?” “Consumo consciente é impraticável nos dias de hoje, com tantas possibilidades de consumo, com produtos sen-do lançados a cada instante!” “Como ficariam as facilidades tão necessárias das alimenta-ções prontas que podem ser abertas e consumidas voraz-mente por nossos filhos, mesmo que colaborem para a obesidade infantil?” “Como nossos amigos e familiares poderão viver sem trocar anualmente de celular, de carro, entre tantos outros itens indispensáveis?” “Como nossos processos ficaram praticáveis se precisamos ter visão sistêmica e não apenas escolher o produto mais barato?” “Vossa excelência, o resíduo é criação da humani-dade, nem a natureza pensou nisto, não podemos abrir desta descoberta!”

Vossa excelência, pelo gran-de esforço de sair da análise cartesiana, preservando assim o modus operandi que já conhe-cemos e devido às mudanças que este tema trará em nossa vida familiar e empresarial, eu voto NãO!

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Mercado

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Conforto e segurançaGerenciar de maneira adequada o estacionamento pode ser a diferença entre ganhar, ou perder, mais pacientes

a baixa oferta de vagas em grandes centros urbanos, como São Paulo, vem se tornando um grande gargalo não apenas para o setor varejista, mas tam-bém para instituições de saúde que, muitas vezes, perdem mé-dicos credenciados ou pacien-tes eletivos por não possuírem uma oferta adequada de vagas ou por realizarem uma gestão ineficiente do estacionamento.

de acordo com o diretor de Operações da Moving | VINCI Park, multinacional franco--brasileira responsável pela gestão de 27 operações de es-tacionamentos em hospitais de 15 estados brasileiros, Flávio echer, a atenção ao paciente começa no estacionamento do hospital, facilitando o acesso e evitando possíveis transtornos que podem ocorrer quando al-guém entra em um estaciona-mento para guardar seu carro.

entre as intuições atendi-das pela multinacional está o Hospital Israelita albert eins-tein (HIae), com mais de 1.5 mil vagas de estacionamento.

“administramos os estacio-namentos do einstein desde novembro de 2013. atualmen-te, estamos presentes em 14 operações relacionadas direta-mente às atividades da institui-ção e comprometidos a achar as melhores soluções e efetuar investimentos para a melhoria das operações da entidade”, acrescenta echer.

além do conforto e hospita-lidade oferecidos ao paciente, echer destaca a segurança como um dos pontos vitais da gestão de um estacionamento. “Tra-balhamos preventivamente em relação à segurança, valendo--se, entre outros sistemas, do Centro Nacional de Controle - Connecpark, uma central 24h que controla permanentemente os estacionamentos por meio de modernos sistemas de monito-ramento remoto e rígidas rotinas de gerenciamento e controle.”

a VINCI Park administra 2.7 mil estacionamentos em 16 países. entre 2013 e 2015, a empresa realizou um investi-mento de R$ 150 milhões no

Flávio Echer , Diretor de Operações da Moving | VINCI Park

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país, com a meta de investir mais de R$ 450 mi-lhões até 2020 no Brasil. “O segmento de esta-cionamentos no país movimenta, anualmente, cerca de R$ 12 bilhões, tornando o Brasil um mercado muito atrativo para nossa empresa.”

Para o diretor executivo, mesmo diante do desafiador cenário econômico enfrentado pelo país, a multinacional continuará realizando in-vestimentos e ampliando sua carteira de clien-tes que já conta com entidades como o Hospital Mãe de deus, Hospital Regina e Hospital er-nesto dorneles, no Rio Grande do Sul, e o Hos-pital Silvestre, no Rio de Janeiro.

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Health-IT Líderes e Práticas

Internet daS COISaS Beneficência Portuguesa de São Paulo e a monitorização de sua farmácia

Naquela época, já era eviden-te as vantagens de um sistema eletrônico em relação à abor-dagem mais tradicional, que é a anotação das temperaturas dos equipamentos manual-mente, em planilhas de papel.

diante da necessidade de atender a todos os requisitos técnicos, o BPSP implantou a plataforma Sensorweb, priori-zando o atendimento na área de medicamentos, especifica-mente as farmácias.

a primeira etapa do projeto para monitoramento da Cadeia do Frio iniciou em Julho de 2013 com a supervisão de nove farmácias satélites e 1 estoque central, totalizando 22 pontos monitorados (câmaras de con-servação de medicamentos e ambientes controlados).

“Já nas primeiras semanas de uso foi possível detectar anomalias no funcionamento de alguns equipamentos, visto que o registro eletrônico ofe-rece uma visualização das di-nâmicas de temperatura com grande grau de detalhamento.

estas informações fornecidas pelo sistema proporcionaram uma melhoria na manutenção e rotinas operacionais da ca-deia do frio como um todo”, explica douglas Pesavento, CeO da Sensorweb.

Também foi possível evitar a perda de medicamentos de-vido às ocorrências de falta de energia. Nesses casos, os responsáveis são acionados para realizar um plano de con-tingência através do sistema de alertas por e-mails e SMS. “Com o monitoramento on-line, as notificações de não conformidades são disparadas eletronicamente para os res-ponsáveis, sempre que algu-ma condição de temperatura ou umidade estiver fora de padrões preestabelecidos. as-sim, quando ocorrer alguma falha que atinja diretamente os produtos sensíveis à tempe-ratura (eventual pane elétrica; falha no equipamento; erro de procedimento; porta deixada aberta; excesso de medicamen-tos em um refrigerador; etc.),

Ddifícil falar em eficiência e eficácia sem pen-sar em tecnologia. Na Saúde, essa premissa não é diferente. Trabalhar com a vida humana requer uma constante atualização e renovação do co-nhecimento, de infraestrutura e de formas de pensar.

Com este pensamento, a Beneficência Portu-guesa de São Paulo (BPSP) vem investindo cada vez mais em soluções inteligentes a fim de evitar perda e intensificar a segurança de diversos pro-cessos, como no setor de farmácia.

“Temos um processo rígido de controle dos vencimentos de prazos dos medicamentos e materiais. esse estoque conta com um proces-so de contagem, conferência e gestão de itens de acordo com o giro necessário para garantirmos o consumo antes de seu vencimento. a área de planejamento de estoque tem papel fundamen-tal ao buscar dimensionar as compras dentro do que projetamos consumir de acordo com a po-lítica de estoque. esse processo garante perdas mínimas e mais eficiência nas compras”, explica João Fábio Garcia Bianchi Silva, Superintenden-te executivo de Operações da BPSP.

a automação dos registros de temperatura e umidade nas farmácias da BPSP também foi ou-tro importante investimento neste setor. antes, a instituição utilizava uma solução de registro automatizado de temperaturas implantada ape-nas em refrigeradores e freezers do Banco de Sangue.

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será detectada em poucos minutos”, afirma.Os níveis de alertas do hospital são acompa-

nhados a fim de garantir que alarmes desneces-sários não ocorram, nem prejudiquem a confia-bilidade dos dados/alertas. ao receber um alerta, o usuário consegue visualizar os dados de mo-nitoramento que geraram o alarme, permitindo tomar as ações necessárias. São informações que englobam desde a migração dos insumos para equipamentos de backup, até o acionamento da equipe de manutenção.

Outro fator importante é a dinâmica do moni-toramento no período entre uma medição e ou-tra. antes, não era visível o que ocorria entre os registros (intervalo de quatro horas) e nesse tem-po era possível ocorrer perdas parciais, até mes-mo totais dos insumos. Com a automatização, as medições passaram a serem feitas minuto a mi-

nuto, revelando alto grau de de-talhamento na atuação do equi-pamento de conservação (ciclos de compressor; degelo; abertura prolongada de porta; etc.).

Com o sucesso desta primei-ra etapa, a BPSP passou a uti-lizar os serviços de monitora-mento da Sensorweb em outros setores. atualmente, são mais de 70 sensores que asseguram o registro e monitoramento 24 horas de grande parte da Ca-deia do Frio na instituição. Os sensores estão instalados no Banco de Sangue central, nas agências transfusionais de san-gue, nas farmácias e nas salas de equipamentos de Imagens Médicas das duas unidades principais da instituição (Hos-pital São José e Hospital São

Joaquim).a adoção do sistema na área

de Imagens Médicas é a mais recente e ocorreu devido à fre-quência de paradas dos equi-pamentos, que são comuns em máquinas de Raio-x, Resso-nância Magnética e Tomogra-fia Computadorizada.

Conforme explica Victor Ro-cha Pusch, diretor de Tecnolo-gia da Sensorweb, esta indis-ponibilidade que pode ocorrer é prejudicial tanto para o aten-dimento dos pacientes, como também para a rentabilidade da instituição. “Isso porque são procedimentos de alto retorno, e por isso a necessidade de am-pliar a eficiência operacional através da máxima ocupação possível desses equipamentos.”

NOSSa PLaTaFORMa de MONITORaMeNTO FUNCIONa eM

INFRaeSTRUTURa COM SeRVIdOReS RedUNdaNTeS eM daTa CeNTeRS

FISICaMeNTe SePaRadOS, BeM COMO POSSUI UMa POLíTICa de BaCKUP

CONTíNUa PaRa aSSeGURaR a dISPONIBILIdade e CONFIaBILIdade

daS INFORMaçõeS”. Victor Rocha Pusch

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Victor Rocha Pusch, Diretor de Tecnologia da Sensorweb

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Eficiência e tecnologia de ponta

Mais transformações

O grande diferencial deste case está na opera-ção 100% na nuvem, pelo lado da Tecnologia de Informação; e a transmissão de medições 100% sem fio, pelo lado de Tecnologia de automação. a combinação dessas áreas técnicas eliminou a necessidade de maiores modificações na estru-tura física do hospital, ao mesmo tempo trouxe uma integração completa das informações.

além disso, todos os sensores instalados en-viam suas informações através de uma rede sem fio (zigbee) para um pequeno número de centrais de monitoramento (Gateways). estas centrais se conectam através de um ponto de internet local ou rede de celular com a plataforma Sensorweb onde todas as informações são unificadas no mesmo ambiente de software, mesmo se tratan-do de duas unidades ou locais separados.

Vale destacar também o modo de instalação dos sensores na BPSP, o que permitiu uma ex-trema flexibilidade no acesso aos dados. “Por exemplo, o gestor do Banco de Sangue consegue acompanhar todas as informações em uma única aplicação (interface de usuário), não importan-

do se está trabalhando em seu computador ou a partir de um celular. Lembrando que a área de sangue tem monitoramen-to em quatro locais distintos, Banco de Sangue e agências Transfusionais, espalhados pelo complexo hospitalar”, salienta douglas Pesavento.

de acordo com João Fábio Garcia Bianchi Silva, Superin-tendente executivo de Opera-ções da BPSP, a instituição am-pliou recentemente o espaço de estocagem de materiais e me-dicamentos em mais de 1.000 m². “esta ação nos permitiu adequar o espaço e a operação da nossa farmácia central, que ficou dedicada ao atendimento das unidades de internação.”

Com um espaço de operação mais amplo e com novos fluxos e processos, foi possível obter um melhor nível de serviço

da operação de dispensação de produtos, reduzindo ainda mais os riscos assistenciais e melhorando a gestão dos esto-ques e dos custos.

além disso, a área de farmá-cia vem passando por grandes mudanças, a começar pela im-plantação de um sistema de gestão que propiciou a imple-mentação de outras transfor-mações na área de logística e gestão de estoques. dentre elas está a efetivação de uma área de Planejamento de demanda e estoques, em funcionamento desde março de 2015. esta área assegurou a realização de uma nova política de estoques para cada ponto satélite da farmá-cia e também um modelo de contagem cíclica destes esto-ques. “Isto vem melhorando significativamente a acurácia dos armazenamentos. O obje-tivo final é termos o estoque na quantidade certa, no lugar cer-to e na qualidade certa. Com isso, nosso investimento será feito cada vez de forma mais precisa e dimensionada à nossa demanda”, afirma.

Estudos na área de manutenção de Ima-gens Médicas apontam que a temperatura e umidade são respon-sáveis por até 30% das paradas neste tipo de equipamento. Com um monitoramento ade-quado, ações pontuais na configuração dos sis-temas de climatização podem ser tomadas.

“Estamos desenvol-vendo uma nova linha de equipamentos para

ampliar o leque de aplicações para área

hospitalar, possibilitan-do monitorar além da temperatura e umida-de, outras grandezas importantes como energia e gases”.

Douglas Pesavento

Douglas Pesavento, CEO da Sensorweb

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Health-IT

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Franco PallamollaPresidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO).

gócios, um novo olhar para o dia a dia das nossas profissões.

Vamos ser criativos. as nossas atitudes positivas diante das in-tempéries farão com que a situ-ação delicada do nosso país não perdure.

Se na crueza das guerras a me-dicina e os processos industriais progrediram muito, por exemplo, é porque a dificuldade gera o im-pulso necessário para vencer ad-versidades e crescer.

estagnar ante a crise só vai fazê--la ampliar seus tentáculos, impri-mindo marcas indeléveis na nossa história.

Vamos investir no otimismo e na criatividade para encarar os desafios de 2016, pois, mais esta vez, estamos sendo chamados a contribuir com o melhor de nós para continuarmos construindo um país melhor.

Todos afirmam que 2016 será um ano di-fícil.

O nosso país vive um momento deli-cado, com a economia desacelerando e a área política pouco preocupada em definir os ru-mos que nos levariam à retomada do cresci-mento e a consequente retomada da esperança.

diante desse cenário, por que não construir-mos um 2016 totalmente novo, diferente deste que está fadado a ser complicado?

às vezes, nos esquecemos de que os empre-endimentos são uma sucessão de altos e bai-xos, verdade que fica muito evidente em outras atividades de nosso cotidiano: no ciclo de vida dos produtos e dos mercados, nas fases dos ti-mes de futebol e até em nossa vida pessoal.

assim como produtos são reciclados, times de futebol são remontados e a nossa trajetória de vida se refaz, vitoriosa e produtiva, isso é graças àquela atitude que a tudo modifica e vi-taliza: a mobilização.

Se as previsões apontam para um ano de re-cessão, vamos trabalhar mais.

Vamos buscar novos caminhos para os ne-

Artigo deFranco Pallamolla

O desafio de CONSTRUIR UM NOVO 2016

àS VezeS, NOS eSQUeCeMOS de QUe OS eMPReeNdIMeNTOS SãO UMa SUCeSSãO de aLTOS e BaIxOS, VeRdade QUe FICa MUITO eVIdeNTe eM OUTRaS aTIVIdadeS de NOSSO COTIdIaNO: NO CICLO de VIda dOS PROdUTOS e dOS MeRCadOS, NaS FaSeS dOS TIMeS de FUTeBOL e aTÉ eM NOSSa VIda PeSSOaL.

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O

Ideias e Tendências

Sempre avante

Com método e perseverança, Biocor Instituto busca atingir suas metas, dando a sua contribuição à Saúde e Sociedade, ajudando a construir um país cada vez melhor

O Biocor Instituto, hospital geral de referência em alta complexidade, situado em Nova Lima, região metropolitana da Capital do estado de Minas Gerais, investiu, nos últimos cinco anos, mais de R$ 35 milhões em obras, novos equipa-mentos e despesas pré-operacionais. Inaugurou em 2012, após 18 meses de obras, 120 suítes, além da reforma de outras 100. a instituição também ampliou seus investimentos em novas tecnologias e conta com 12 salas de cirurgia, medicina nuclear, banco de sangue, laboratórios próprios, completo setor de imagenologia e he-liponto, abrangendo, aproximadamente, 34 mil metros quadrados de área construída.

É nesse ritmo de crescimento e melhorias que o Biocor anuncia em seu Plano diretor, para o biênio 2016/2017, mais uma nova área

de aproximadamente 6 mil metros quadrados dentro do complexo hospitalar. esse projeto, já em fase de estudos técnicos, proporcionará no-vos leitos, expansão do CTI, do bloco cirúrgico e do pronto atendimento, além de um cen-tro de tratamento oncológico, incluindo radioterapia.

“Nosso hospital avança, mes-mo neste momento de crise, investindo na atualização tec-nológica e de infraestrutura, além da contínua capacitação continuada das pessoas, bus-cando o intercâmbio de conhe-

cimentos e experiências por meio de simpósios e cursos re-alizados na instituição. estão previstos para 2016 mais de 90 mil horas de treinamento e educação continuada nas áreas médica, de enfermagem e ad-ministrativa”, revela o diretor Presidente do Biocor Institu-to, Mário Vrandecic, ao citar a contratação de capital inte-lectual dedicado à inteligência de negócio de saúde como um diferencial.

de acordo com o médico e executivo, a gestão à vista tem sido ampliada com infor-

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Inovação sempre!

Não é de hoje que a tecno-logia na área da saúde tem comprovado ser uma necessi-dade, por isto o Biocor Insti-tuto procura, continuamente, manter-se atualizado. Investi-mentos nos sistemas de ima-gem, como a hemodinâmica, têm uma importância singu-lar nas diversas especialidades de um hospital de alta com-plexidade e, de modo especial, na cardiologia, na cirurgia cardíaca e na neurologia clíni-ca e cirúrgica.

mações sobre a gestão de serviços, alinhada ao planejamento estratégico, exibindo seus prin-cipais indicadores nas diversas áreas operacio-nais como fluxo de pacientes, monitoramento de ocupação, controle de faturamento, gestão de pessoas, dentre tantos outros, garantindo ações imediatas no monitoramento e controle da ad-ministração hospitalar. “O Biocor mantém o desenvolvimento incessante da automatização de processos, segurança do paciente, médicos e colaboradores, estreitamento na relação com operadoras de planos de saúde, bem como ações efetivas que demonstram a preocupação com o meio ambiente e comunidade. Todos estes mo-vimentos devidamente reconhecidos por di-versas organizações certificadoras nacionais e internacionais.”

em razão disto, a institui-ção procura sempre manter todos os seus setores equipa-dos com aparelhos modernos e com tecnologia de ponta, submetidos à rigorosa manu-tenção. estes equipamentos são continuamente atualiza-dos e, periodicamente, reno-vados, segundo Vrandecic.

além do crescimento estru-tural, o Biocor faz constantes investimentos em novas tec-nologias, merecendo destaque a Tomografia Computadori-

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Ideias e Tendências

zada Multislice de 64 canais, modelo Brilliance da Phillips /essence, já em operação. esse é um dos mais avançados equipamentos de TC do mundo, inclusive com tecnologia 3d”, conside-ra o executivo.

Outras importantes aquisições são: equipa-mentos de Hemodinâmica e ecocardiografia; moderno sistema para cirurgia robótica cardí-aca e torácica; sistemas de anestésicos digitais e imagenologia digital; rede sem fio e um novo servidor. a intenção é estar equipado com um Pronto atendimento capaz de prestar acolhi-mento de emergência a pacientes nas especiali-dades de Cardiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Cardiovascular e Torácica, Ortopedia e Trau-matologia.

Localizado estrategicamente no complexo hospitalar, o Pa tem ligação direta com o He-liponto e conta com entrada exclusiva, além de estar próximo aos setores de diagnóstico, tera-

pia intensiva, hemodinâmica, centro cirúrgico e unidades de internação.

Para Vrandecic, as inova-ções tecnológicas são infinitas e não se limitam a novos equi-pamentos. “Também é pre-ciso apostar em ferramentas de Governança Corporativa, por isso implantamos, recen-temente, uma solução de TI: o Biocor Balance. O recurso busca dados no software cor-porativo transformando-os em informações estratégicas sobre a saúde financeira da instituição, soluções de acom-panhamento de pessoal, oti-mização da ocupação de lei-tos, análise da utilização dos serviços [Bloco, SadT, CTI e etc.], tudo com segurança, agilidade, eficácia e, principal-mente, em tempo real.”

Com todas estas inovações, o Biocor vem conquistando

índices de desempenho que são reconhecidos internacio-nalmente, como é o caso do Tempo Porta Balão de 56 mi-nutos, euroscore, Cirurgia Ge-ral/Videolaparoscopia e baixa taxa de infecção na alta com-plexidade. “Vale ressaltar que, em 2016, mantemos a estraté-gia de inovação de processos, baseado nas melhores práti-cas institucionais orientadas pelas certificações ISO 9001, 14001 e 27001, que se referem à qualidade, meio ambiente e segurança da informação, respectivamente. Sem falar da OHSaS 18001, que diz respeito à saúde e segurança ocupacio-nal, e ONa Nível III”, destaca Vrandecic ao mencionar os selos QSP 31000, baseado na ISO 31000 (gestão de riscos); NIaHO e FNQ, além da con-formidade à ISO 50.001 (efici-ência energética).

TRaBaLHaMOS dIa a dIa COM TOda a NOSSa CaPaCIdade e eMPeNHO

PaRa aTINGIRMOS aS NOSSaS MeTaS e CONTRIBUIRMOS Na CONSTRUçãO de UM

FUTURO MeLHOR PaRa OS USUÁRIOS dO HOSPITaL, OS SeUS FaMILIaReS, MÉdICOS, COLaBORadOReS e a NOSSa

COMUNIdade”. ” Mario Vrandecic

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Mario Vrandecic, Diretor Presidente do Biocor Instituto

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A crise econômica e o Biocor Projetos em desenvolvimento Segundo levantamento da associação Na-

cional dos Hospitais Privados (anahp), a receita líquida dos 22 maiores hospitais par-ticulares do país caiu 1,8% no ano passado. Cerca de 30% dos medicamentos, materiais e equipamentos são importados e atingidos di-retamente pela variação do dólar.

Neste momento de crise econômica e políti-ca que afeta o país, o Biocor procura realizar discussões de ideias, além de parcerias com as operadoras de planos de saúde, visando aper-feiçoar o funcionamento da saúde suplemen-tar através da melhoria do aproveitamento da estrutura e ganho de qualidade assistencial para o paciente.

“além de acreditarmos no Brasil, trabalha-mos dia a dia com toda a nossa capacidade e empenho para atingirmos as nossas metas e contribuirmos na construção de um futuro melhor para os usuários do hospital, os seus familiares, médicos, colaboradores e a nossa comunidade”, diz Vrandecic.

Como diferencial, o executivo destaca tam-bém o acolhimento humanizado. “Nas visitas diárias são atualizadas informações assisten-ciais e obtidas as impressões de cada paciente, consolidando o diferencial do hospital, não só pela qualidade dos serviços e de toda equipe, mas também em prol dos pacientes e da so-ciedade. Jamais vamos nos deixar cair nesse momento de crise”, conclui Vrandecic.

a extensa lista de projetos de-senvolvidos para 2016 inclui:

• Em termos clínicos, o DRG aponta para resultados clínicos/cirúrgicos iguais e/ou melhores que os desempenhos obtidos no Brasil e no mundo;

• Em termos gerenciais, fo-ram dados mais alguns passos importantes no desenvolvi-mento da Governança Corpo-rativa (mais dados, em tempo real, gerando informações cer-tas para pessoas certas no tem-po certo no formato certo em qualquer ponto da Instituição);

• Em termos econômicos e financeiros, foi mantida a pro-jeção dos resultados dentro das expectativas orçamentárias;

• Small Data com mais dados em tempo real e novos formatos mais eficientes para as lideranças;

• Assistência Beira Leito;• Relacionamentos mais

próximos com compradores de serviços hospitalares, bem como fornecedores de mate-riais, medicamentos e órteses e próteses.

“Nosso hospital avança mesmo neste momento de crise, investindo na

atualização tecnológica e de infraestrutura, além da contínua capacitação das pessoas. Para 2016,

estão previstas mais de 90 mil horas de

treinamento nas áreas médica, de enfermagem

e administrativa”. Mario Vrandecic

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Ideias e Tendências

Homenagem

em 2013, Mario Vrandecic tomou posse na academia Mi-neira de Medicina. ao apre-sentar o novo membro, emer-son Fidélis Campos disse em seu discurso que Vrandecic, desde os anos na Faculdade já mostrou sua vocação na área das doenças cardiovasculares, concentrando seus esforços que, no futuro, lhe renderam o reconhecimento como pes-quisador e cirurgião.

“Trabalhou como médico em zonas de conflito, entre elas a Guerra do Vietnã, o que lhe ensinou a valorizar a paz. essa grande experiência de vida contribuiu para a for-mação de princípios e valores importantes como, dentre ou-tros, planejamento, trabalho por metas, foco em bem-estar social, apenas para citar al-guns”, afirmou Campos.

em seu discurso de agrade-

cimento, Vrandecic lembrou sua experiência no exterior em renomadas instituições, como Cleveland Clinic, Hen-ry Ford Hospital, Mount Sinai School of Medicine e o Boston Children s Hospital da Har-vard University. “Nesses 12 anos de especialização nos estados Unidos tive a honra, a satisfação e o privilégio de aprender, atuar e aprimorar a minha capacitação profissio-nal e técnica junto aos meus queridos Mestres, reconheci-dos mundialmente como os grandes expoentes da cirurgia moderna.”

“Foram, justamente, essa determinação na pesquisa científica e a dedicação ao exercício profissional como cirurgião cardíaco que per-mitiram a realização do meu sonho: 31 anos de Biocor Ins-tituto”, ressaltou Vrandecic.

Abertura da Cerimônia de Posse na Academia Mineira de Medicina

Posse na Academia Mineira de Medicina

Mario Vrandecic e Emerson Fidélis CamposH

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Health-IT mercado

OTIMIzAçãOHapvida reduz custo de impressão de imagem em 80% e tempo para laudar em 50%

CCom o objetivo de otimizar o atendi-mento ao paciente e deixar sua Central de Laudos, que é considerada a maior central em cloud computing do Brasil, ainda mais eficiente, o Hapvida Saúde adotou o sistema PaCS aurora, desenvolvido pela Pixeon.

Com o software, a empresa conseguiu mais que dobrar o número de laudos com praticamente o mesmo número de pessoas na equipe e diminuiu os custos de impres-são de imagens em 80%. de acordo com Tarciso Machado, Superintendente de TI do Hapvida, nos últimos anos, a operadora deixou de gastar mais de R$ 1 milhão após a emissão de resultados online.

essa melhoria ocorreu especialmente nos últimos cinco anos, quando o Hapvi-da estruturou sua Central de laudos para funcionar em um ambiente na nuvem e, desde então, a cada ano melhora exponen-cialmente a eficiência de seu serviço. O software auxilia os profissionais da saúde de 61 centros de diagnóstico por imagem do Hapvida a laudar remotamente de qual-quer lugar do mundo a qualquer momen-to do dia, melhorando assim o f luxo de trabalho ao tornar o processo muito mais simples e ágil no momento de disponibili-zação do exame para o paciente.

“Temos a maior central em cloud do país, portanto, é muito comum um exame ser feito no amazonas e o parecer de um radiologista poder ser dado de casa, no Rio Grande do Sul, por exemplo. a dependên-cia do médico no local onde está o pacien-

te se tornou mínima e isso é uma mudança extremamen-te relevante para nós”, expli-ca david zanotelli, diretor Superintendente adjunto de TI do Hapvida Saúde.

Tecnicamente conhecida como “private cloud”, am-biente privado na nuvem desenvolvido por uma em-presa para seu próprio uso, o datacenter do Hapvida foi criado na matriz da institui-ção. Com a implementação do PaCS aurora da Pixeon foi possível oferecer acesso a todos os exames e seus re-sultados remotamente para o médico, criando assim a Central de Laudos. além da central principal, que possui dez estações, o Hapvida pos-sui mais 12 centrais por todo o Brasil.

a empresa começou a uti-lizar o sistema PaCS aurora há oito anos, quando notou que, com o crescimento da operadora de forma rápida, necessitavam que o exame fosse disponibilizado com mais velocidade para os pa-cientes. a partir do momento que perceberam que a solu-ção otimizava o atendimento

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de forma eficiente, a operadora fundou a Cen-tral de Laudos, há cinco anos, que também conta com a solução da Pixeon desde o início. atualmente, a central realiza mais de um mi-lhão de exames mensalmente em mais de 200 equipamentos de diagnóstico por imagem, to-dos conectados ao PaCS aurora.

“acreditamos no potencial da Pixeon como uma parcei-ra de sucesso e longevidade e isso realmente aconteceu”, explica zanotelli. além dis-so, o departamento de Tec-nologia é um dos que mais recebem investimentos do Hapvida. “anualmente, in-vestimos mais de R$ 15 mi-lhões em nossa estrutura de TI”, afirma Jorge Pinheiro, presidente do Hapvida.

O Hapvida apostou na so-lução do PaCS aurora mes-mo tendo dentro de casa uma equipe preparada para de-senvolver soluções específicas para a instituição. atualmente, a entidade utiliza seus siste-mas próprios nas mais diver-sas áreas, exceto na radiologia que tem obtido bons resultados com o PaCS aurora.

Segundo Roberto Cruz, CeO da Pixeon, o maior de-safio neste projeto é auxiliar

Roberto Cruz, CEO da Pixeon

H

na melhoria do f luxo de tra-balho da Hapvida. “assim, os profissionais podem lau-dar in loco ou remotamente, a qualquer momento, com maior f lexibilidade e a pos-sibilidade de entregar aos pacientes maior rapidez no atendimento.”

ainda de acordo com o executivo, com as aquisições feitas durante os últimos anos, das empresas Medi-cWare e Lablink, a Pixeon triplicou seu mercado de atuação para 1,5 bilhão de reais. “as ofertas da Pixeon são robustas, nossos produ-tos são inovadores e procu-ramos oferecer atendimento diferenciado. Tudo isso, so-mado a visão one stop shop software provider, colabora para que nosso crescimento seja sustentável e permanen-te, algo que almejamos man-ter a longo prazo.”

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SSeguir o caminho do aperfeiçoamento e da boa utiliza-ção dos Sistemas IT Médico é indispensável para a RdI Bender, presente no Brasil há 25 anos. É com essa pre-missa que a companhia tem introduzido no mercado um modelo de prestação de serviços de verificação periódica dos Sistemas, em acordo com a NBR13534 – atualmente são mais de 3 mil instalações do Rio Grande do Sul ao interior da Floresta amazônica.

“esta medida de proteção exigida pela aBNT NBR 13534 e portaria RdC 50 da anvisa minimiza a pos-sibilidade de acidentes elétricos em ambientes onde a sustentação da vida é fundamental, e poder desenvolver uma ferramenta para verificá-la é um passo a frente”, considera o diretor da RdI Bender, Sérgio Castellari.

atualmente, a indispensabilidade da instalação dos Sistemas IT Médico é de conhecimento das gestões hos-pitalares para a segurança contra falhas de isolamento nos circuitos elétricos. de acordo com o executivo, é re-comendado que cada sala cirúrgica seja provida de um Sistema IT Médico exclusivo. em UTIs, o limite de po-tência do transformador determina o limite de leitos a serem alimentados e, desta forma, o número de sistema para supervisão. “Nesses ambientes, onde quatro leitos podem ser alimentados por até 90 tomadas, a localização das falhas de isolamento pode se tornar uma tarefa de-morada caso seja efetuada manualmente.”

a solução da RdI Bender para este tipo de situação é a utilização de um sistema supervisório de localização de

RDI Bender apresenta modelo de prestação de serviços de verificação periódica dos Sistemas IT Médico

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Expectativa de ouroatendendo hospitais como Sírio-libanês (SP), das amé-

ricas (RJ) e São Jorge (Ba), a RdI Bender não se intimida com os possíveis desafios vindos com a crise instaurada no país. “esse deverá ser um ano de muitos obstáculos e, consequentemente, importante para efetuarmos melho-rias nos processos internos e nos produtos. além de nos fazer pensar em diferentes maneiras de reduzir custos em um momento de inflação”, prevê Sérgio Castellari.

Com estimativas de um bom ano na área da saúde, o diretor da companhia destaca que o custo versus benefí-cio da RdI Bender é significativo para os hospitais e aten-de plenamente aos planos estratégicos mais modernos de atuação de gestores e executivos chaves. “Isso é visível face a uma maior continuidade operacional e seguran-ça do paciente e equipamentos eletromédicos oferecidos pelo Sistema IT Médico. Significa que há uma inegável eficiência na detecção de falhas de isolamento antes que estas possam danificar equipamentos ou, em casos mais graves, causar lesões que podem levar ao óbito pacientes ligados a determinados equipamentos”, conclui.

estes fatos, segundo Castellari, podem gerar passivos, tangíveis e intangíveis, expressivos para um hospital.

faltas automático, recomendado pela NBR 5410. “Como a localização é feita em menos de 10 segundos, os riscos das duas primeiras faltas ao paciente são altamente mini-mizados”, revela.

Focada no conceito de que a confiabilidade e disponibi-lidade do sistema elétrico de uma empresa se constituem em um dos pilares para seu sucesso, a companhia inovou os Sistemas IT Médico, que agora podem ser interligados com a rede de dados do hospital através de redes MO-dBUS/TCP e TCP/IP. Também são disponibilizados op-ções com modelos em telas touchscreen para facilitar o acesso da manutenção.

“Mesmo em tempos de crise econômica, não deixamos de seguir rigorosamente os textos normativos, prezando pela plena segurança elétrica dos hospitais e pacientes. Para isso, a equipe de engenharia da empresa desenvolve uma análise minuciosa de cada projeto elétrico a fim de oferecer a solução mais eficiente e adequada ao projeto e ao orçamento do cliente”, frisa Castellari.

Nessa mesma linha, a RdI Bender anuncia uma grande mudança na melhoria em qualidade dos painéis elétricos fornecidos para a área hospitalar agregado a um ganho no quesito tecnologia e aumento em segurança elétrica à edificação.

MeSMO eM TeMPOS de CRISe eCONôMICa,

a RdI BeNdeR NãO deIxOU de SeGUIR

RIGOROSaMeNTe OS TexTOS NORMaTIVOS,

PRezaNdO PeLa PLeNa SeGURaNça eLÉTRICa

dOS HOSPITaIS e PaCIeNTeS”

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Sérgio Castellari, Diretor da RDI Bender

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Ideias e Tendências

De olho no desempenho

Hospital viValle implementa CRM para otimizar processos, aumentar a segurança do paciente e engajar colaboradores

estratégia

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Aa implementação de sistemas administrativos, prá-ticas de governança corporativa e a gestão de recur-sos são peças-chave para a sobrevivência e susten-tabilidade de uma instituição de saúde. Gestores de todo o país vêm adotando essas práticas e profissio-nalizando a gestão de seus hospitais elevando, assim, a qualidade dos serviços de saúde.

No entanto, é importante lembrar que a adoção de boas práticas não pode ficar limitada à gestão clíni-ca ou às contas do hospital. É necessário olhar para todos os players do setor e estreitar cada vez mais o relacionamento com os principais parceiros do hos-pital, colaboradores, médicos credenciados.

atento ao constante aprimoramento de suas equi-pes assistenciais, o Hospital viValle, localizado em São José dos Campos, interior de São Paulo, imple-mentou o sistema de CRM (Customer Relationship Management) da Rikai.

de acordo com o diretor Geral do Hospital viValle, Fernando de Marco, a implementação da ferramenta faz parte do programa de fidelização de médicos cre-denciados, uma vez que o corpo clínico da instituição é aberto, e formado em sua maioria por profissionais de saúde da região.

“essa iniciativa faz parte de uma ação de marketing de relacionamento que premia médicos que cumprem corretamente os protocolos de qualidade, critérios assistenciais e de receita, e que realizam seus proce-dimentos no viValle”, acrescenta de Marco.

ainda de acordo com o executivo, a ferramenta tem elevado os índices de adesão a protocolos de qualida-de, como o de cirurgia segura e antibioticoprofilaxia, além de garantir o preenchimento correto de prontu-

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Anderson Eloi Vaz, CEO da Rikai

ários médicos, agendamento de procedimen-tos e demais critérios acompanhados pela diretoria.

a implementação do CRM da Rikai, atre-lado aos critérios assistenciais de pontuação do programa de fidelidade médica, permitiu ao hospital identificar pontos que podem ser trabalhados com ações de conscientização de boas práticas e segurança, bem como mapear casos pontuais que serão trabalhados indivi-dualmente.

Com a adesão dos médicos ao programa e o cumprimento dos critérios estabelecidos, diver-sos setores do Hospital notaram melhorias nos resultados e indicadores de qualidade. as prin-cipais áreas impactadas positivamente, segundo de Marco, foram Centro Cirúrgico, ala de In-ternação, auditoria, Faturamento, Marketing e a Área de Qualidade.

O processo de implementação da solução le-vou três meses para ser concluído, sendo im-plementado em nuvem – da Microsoft. Para o CeO da Rikai, anderson eloi Vaz, o principal desafio enfrentado pela empresa foi estabele-cer, junto com a direção do viValle os indica-dores com foco em sustentabilidade, qualida-de e segurança, otimização de processos e a gestão dos colaboradores da entidade.

“Outro grande desafio foi a integração do eRP com o CRM, no caso do Hospital Vi-valle o TaSY. Conseguimos extrair todas as informações assistenciais e de receita com sucesso, gerando os indicadores necessários para tomada de decisão a nível estratégico e operacional”, completa Vaz.

O sistema permite que os executivos te-nham uma visão global sobre a gestão do ne-gócio, identificando gargalos e facilitando a tomada de decisão. além disso, a ferramenta proporciona uma visão do desempenho as-sistencial e de receita, possibilitando aos ges-tores trabalhar diretamente nos pontos pro-blemáticos, como, por exemplo, bonificar os médico com um elevado percentual de altas realizadas até as 10 horas.

SUSTeNTaBILIdade da INSTITUIçãO.

PaCIeNTeS, COLaBORadOReS

e PaRCeIROS MaIS SaTISFeITOS,

PROCeSSOS MaIS SeGUROS e PeSSOaS

MaIS eNGaJadaS.

Ideias e Tendências

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Mercado

Na contramão da crise

BD anuncia investimento de US$ 30 milhões em nova fábrica no Brasil

No mesmo ano em que completa 60 anos de atuação no Brasil, a Bd anunciou um forte investimento em uma nova fábri-ca no país. Serão destinados US$ 30 mi-lhões para uma nova linha de produção, a de tubos de coleta de sangue. a nova fá-brica será construída ao lado da planta já existente em Curitiba (PR).

“O Brasil tem uma importância estraté-gica para a Bd por dois motivos: primeiro, porque foi uma das primeiras unidades da empresa fora dos estados Unidos; se-gundo porque é um importante mercado emergente”, afirma CeO e Chairman da companhia, Vincent Forlenza, que es-teve no Brasil para as comemorações de 60 anos da empresa no país. O executivo acredita ainda que o Brasil irá mais uma vez superar os seus desafios econômicos.

a nova fábrica em Curitiba deverá abas-tecer os mercados nacional, da américa Latina e até mesmo mundial.

além do aporte na nova fábrica, a Bd concluiu em 2015 a aquisição da CareFu-sion, empresa norte americana que trans-formou a Bd em uma companhia líder na administração de medicamentos.

Confira a comemoração dos 60 anos da Bd no Brasil no Saúde Online.

Esq. para dir. - Dr. Sidnei Epelman (Presidente da Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer - Tucca), Vincent Forlenza (CEO e Chairman da BD), Walter Baxter (Gerente Geral da BD Brasil) e Esteban Rossi (VP e Gerente Geral da BD para América Latina).

Confira a cobertura do eventohttp://goo.gl/dGvsBd

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Estratégia

AHotelaria

Hospital Municipal de Araucária e sua experiência sob uma gestão compartilhada

a hotelaria inf luencia totalmente o pro-cesso de experiência no atendimento, desde o aspecto de higiene, qualidade dos produ-tos, conservação do mobiliário, odor, apre-sentação dos profissionais, entre outros. de forma subliminar, transmite a impressão de um ambiente com credibilidade.

Sob esses conceitos de hotelaria, a infraes-trutura do Hospital Marcelino Champagnat traz em seu projeto arquitetônico a humani-zação, prezando pela excelência no atendi-mento, qualidade e segurança assistencial.

“Implantamos o setor de Hospitalidade para ruptura do paradigma de Ouvidoria. a estratégia é antecipar-se no atendimento das

A atenção desde a estrutura física da instituição até a apresentação pessoal dos profissionais

solicitações dos pacientes e acompanhantes por meio da visita dos concierges”, explica Ketlhen Valili, Coordenadora de atendimento do Hospital.

a hotelaria abrange desde a estrutura física até a apresen-tação pessoal dos profissionais, por isso a instituição possui uma política de uso dos uni-formes para garantir padroni-zação na identidade visual.

O quesito da uniformiza-ção é um item essencial, já que garante a identificação

dos profissionais, orientan-do tanto os pacientes, quanto os profissionais que cuidam da segurança do Hospital.

No HMC, este serviço está sob a responsabilidade da exclumisa Uniformes. “especificamente para o Marcelino Champagnat for-necemos todos uniformes da enfermagem, incluindo técnicos e enfermeiros, todo corpo administrativo e clí-nico. No setor de hotelaria fornecemos cobreleitos”, ex-

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UM PROCeSSO de HOTeLaRIa CONSISTeNTe É aQUeLe QUe Se aNTeCIPa Na NeCeSSIdade de

SeU CLIeNTe. aSSIM, O HOSPITaL MaRCeLINO CHaMPaGNaT POS-SUI UMa CaRTeIRa de SeRVIçOS PaRCeIROS eM QUe PaCIeNTe e aCOMPaNHaNTe POdeM TeR aCeSSO à ReSeRVa de HOTÉIS,

COMPRa e/OU aLUGUeL de MaTeRIaIS MÉdICOS, SeRVIçOS

exTeRNOS de LaVaNdeRIa, CaR-TÓRIO, TRaNSLadO, eTC.

plica Guilherme Tangleica, diretor da empresa.

de acordo com o execu-tivo, a empresa possui uma rede de fornecedores de teci-do que contemplam todas as tecnologias têxteis disponí-veis no mercado para o setor de hospitais. a exclumisa também conta com uma es-trutura produtiva que per-mite entregar produtos de alta qualidade dentro de um prazo de entrega que atende as expectativas dos clientes.

“Na hotelaria também te-mos efeito de promoção da imagem junto aos pacientes, mas, principalmente, traba-lhamos muito a questão da se-gurança hospitalar, já que os tecidos utilizados são tecnoló-gicos, conferindo maior segu-rança a pacientes e colabora-dores”, salienta Tangleica.

além do Hospital Marce-lino Champagnat, a exclu-misa também fornece seus serviços para hospitais do Grupo aPC. H

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Health-IT EstratégiaMercado

Tecnologia móvel a FaVOR da Saúde

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Os corredores do Hospital Madre Teresa de Belo Horizonte foram invadidos pela mobilidade. Projeto em andamento prevê 100% de cobertura de rede sem fio

PPlanejamento, gestão de riscos e resultados, segurança da informação e redução de custos. esses são os pilares da governança tecnológica do Hospital Madre Teresa, de Belo Horizonte (MG), que após grande investimento em auto-mação dos processos e na melhoria contínua da infraestrutura de TI, a fim de garantir a se-gurança, integridade e confidencialidade das informações, deslancha na onda da mobilidade.

essa é uma das principais tendências da TI em saúde, seguido de aplicações na nuvem e hospital sem papel, segundo Frederico Siuves Gonçalves de Souza, Gerente de Tecnologia da Informação do Madre Teresa. e a instituição, de fato, se considera não distante destes contextos ao evoluir nos últimos anos com foco em estar preparada para a adoção dessas tecnologias.

em meados de julho de 2015, o hospital deu o primeiro passo rumo à mobilidade. O proje-to que saiu dos papéis para ganhar vida prevê 100% de cobertura de rede sem fio na organi-zação, com foco em atender toda a demanda do corpo clínico, funcionários e clientes. “estamos fazendo uma grande reestruturação na nossa rede sem fio. Hoje, esse investimento se torna inevitável porque disponibilidade de internet é praticamente uma obrigação, tanto pelo con-forto do paciente quanto pela mobilidade que nos tempos atuais se torna imprescindível para qualquer organização”, conta Souza.

O projeto contou com a empresa parceira On-vex, antiga Inovatecstp, e foi dividido em duas fases: atualização da infraestrutura tecnológica de rede sem fio; e localização e rastreabilidade de ativos e passivos por meio da tecnologia RFId - RTLS, que possibilita o controle patrimonial

Alex Bueno, Diretor Executivo

da Onvex

em tempo real e o controle do fluxo de pacientes dentro do hospital, individualmente.

Para Cássio Oliveira, dire-tor de Tecnologia da Onvex, a reestruturação faz com que o hospital tenha uma estrutura tecnológica inovadora, de alta disponibilidade no sentido de uma rede confiável, 24 horas por dia, sete dias por semana. “em relação à produtividade, o gerenciamento centralizado da solução e a otimização do monitoramento tanto pessoal, quanto de ativos, torna todos os processos internos mais efi-cazes”, considera.

Mas para contemplar a or-ganização como um todo com 100% de rede sem fio, o Madre Teresa não poderia deixar de lado a questão da segurança. Para isso, o projeto é contempla-do pela empresa parceira com uma solução WiFi que trabalha em sete camadas de rede, per-mitindo atuar diretamente na classe de aplicação. Outro dife-rencial da solução é o licencia-mento, o que permite que todas as features tenham uma única licença. “dessa forma é possível que os analistas de rede possam tomar suas decisões para acessos a rede sem fio sem problema al-

gum”, explica Oliveira.Já sob o ponto de vista do

gestor de TI do Hospital Ma-dre Teresa os principais desa-fios para manter a excelência e a segurança são: estabelecer relação entre investimentos em TI e seu valor para o negócio; criar indicadores de desempe-nho que evidencie os ganhos e o valor agregado da TI a toda a instituição; alinhar o plane-jamento estratégico da insti-tuição ao planejamento estra-tégico de TI; e estimular uma comunicação ágil e eficaz entre os profissionais de tecnologia e as áreas de negócio.

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Health-IT

Inovações do projeto

* Controle administrativo sobre os ativos do hospital de modo prático e assertivo;

* Controle de fluxo de pacientes dentro do hospital, indi-vidualmente;

* Diminuição no tempo de espera do paciente no pronto--atendimento devido ao controle de fluxo;

* Acesso à internet por pacientes e acompanhantes de modo seguro;

* Melhoria de processos para os profissionais do hospital;

* Otimização de mão de obra, pois os profissionais pode-rão se dedicar em tempo integral aos processos de sua área;

* A solução permite escalabilidade para implantações de acordo com o investimento disponibilizado pela instituição;

TI que pensa grande

Hoje, o foco da TI do Hos-pital Madre Teresa é agregar valor para a instituição e para o paciente. a instituição conta com vários projetos que facili-tam e geram conforto para os clientes, como o agendamento de consultas e exames online, confirmação e cancelamento dos agendamentos via SMS ou e-mail, disponibilização dos laudos pela web, além da cons-tante atualização do site. “es-tamos também disseminando a nossa ferramenta de BI para aprimorar e suportar a decisão dos gestores”, revela Frederico

Souza, Gerente de TI da insti-tuição.

Para o gestor, a área de TI é muito dinâmica e em todo mo-mento o departamento se de-para com novidades. “Por isso precisamos estar em constante evolução. O setor de TI vem passando pela mudança de estar mais focado no negócio, os analistas de sistemas hoje são analistas de negócio e fa-zem todo o suporte a operação. Portanto, deixamos de ser um setor de informática para ser-mos realmente tecnologia da informação”, conclui.

A conquista da alta diretoriaa mudança no perfil do profissional de TI,

que aos poucos deixa de lado a função executora e assume um papel estratégico, se faz cada vez mais presente nos hospitais. Mas conquistar a alta diretoria sobre o projeto de implantar 100% de rede sem fio na instituição não é uma tarefa fácil, pelo menos no caso do Madre Teresa.

O desconhecimento dos benefícios dessa pro-posta de mobilidade por partes importantes e decisivas para aprovação e implantação do pro-jeto foi uma provocação, a qual foi solucionada por meio de uma prova de conceito: a instalação de um equipamento por um período experi-mental nas instalações do hospital. Na ocasião, interferências magnéticas, consideradas preocu-pantes, foram solucionadas por meio de acom-panhamento técnico.

“É para isso que trabalhamos, com atendimen-to personalizado e de qualidade. a alta capacida-de técnica para entrega das melhorias de controle, visando otimização de processos, fazem toda a diferença na hora de provar que um determinado projeto foi desenvolvido para trazer benefícios”, diz alex Bueno, diretor executivo da Onvex.

Cássio Oliveira, Diretor de Tecnologia da Onvex

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em nota, o diretor Presidente da agência, Jarbas Barbosa, alega que não há nenhum pe-dido protocolado na anvisa para a realização de ensaios clínicos ou solicitação de registro da fosfoetanolamina, razão pela qual não se pode-ria alegar atraso (fato comum, infelizmente, aos seus processos).

Porém, o curioso da nota é que a anvisa reco-nhece que mesmo utilizada “há tantos anos nunca foi testada de acordo com as metodologias cien-tíficas internacionalmente utilizadas para com-provar sua segurança e eficácia”. Ora, apreende-se do trecho transcrito que a agência tinha conhe-cimento da utilização da fosfoetanolamina. Não seria papel da anvisa fiscalizar a utilização de substância não registrada? a afirmação de ciência de sua utilização já não seria suficiente para algu-ma atitude da agência que possui poder de polícia para a proteção do risco sanitário à população? Os desenvolvedores da fosfoetanolamina não es-tariam submetidos às mesmas regras de outras empresas reguladas pela agência? Ou seja, se a anvisa reconhece que sabia da fabricação e utili-zação por que nunca tomou nenhuma atitude?

Parte da comunidade médica e científica alega que a decisão do Congresso é demagógica e que os parlamentares estão pensando no ganho polí-tico, e não na segurança da população.

a comoção social despertada pela substância e a inércia da agência fizeram com que o Mi-nistério da Ciência e Tecnologia, órgão do Poder executivo, anunciasse, em novembro do ano passado, a destinação de R$ 10 milhões para o financiamento de pesquisas para testar a ação da fosfoetanolamina, sua eficácia e os riscos.

a decisão, também, despertou críticas, pois,

Qualquer medicamento deve ser submeti-do a rigorosos testes e autorizado pelos órgãos de saúde antes de chegar a far-

mácias ou hospitais.No Brasil, o PL 4639 que permite fabricar e

distribuir a fosfoetanolamina sintética foi apro-vado pelo Congresso e vai ser submetido ao veto presidencial.

a fosfoetanolamina é fruto de pesquisa do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, e vem sendo dis-tribuída localmente. Possui relatos de pacien-tes de que as pílulas reduziram seus tumores, ganhando redes sociais e gerando pressão pela produção em larga escala.

em outubro do ano passado, o ministro Luiz edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar favorável à sua utiliza-ção por paciente em estado terminal que queria obter a substância.

a notícia se espalhou e diversas liminares de primeira instância em São Paulo favoreceram ou-tros pacientes, que fizeram longas filas na porta do Instituto em São Carlos. em novembro, porém, o Tribunal de Justiça de São Paulo cassou todas essas decisões locais. a judicialização continuou com decisão do Tribunal de Justiça do Rio, que concedeu liminar a favor de um paciente, obri-gando o fornecimento da substância pelo estado.

a agência Nacional de Vigilância Sanitária (anvisa), que deveria ser o órgão regulador da nova droga, teve sua competência subjugada pelo Congresso. Mesmo que a lei não seja sanciona-da, a aprovação dos parlamentares já representa uma evidente intervenção do Poder Legislativo na autonomia da anvisa.

Artigo deEvaristo Araújo

Qual o papel da aNVISa?

Diretor-administrativo da Abec Saúde (Associação Brasileira das Empresas Certificadas em Saúde)

Evaristo Araújo

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para a comunidade científica, seria a premiação de uma atitude irregular, não fiscalizada a con-tento pela Vigilância Sanitária, que resultou em verba para os estudos em detrimento de outras linhas de pesquisa não beneficiadas por finan-ciamentos governamentais.

Vale observar que não é a primeira vez que a anvisa tem atos seus questionados, ou mo-dificados pelas outras duas esferas, Judiciário e Legislativo.

a ministra Rosa Weber, do STF, deferiu limi-nar para suspender a eficácia de diversos dispo-sitivos de resolução da agência que restringiu o uso de aditivos em cigarros. a liminar foi pe-dida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em ação direta de Inconstitucionalidade (adI 4874) ajuizada contra dispositivos da Lei 9.782/1999, que criou a anvisa, e, por arras-tamento, a Resolução da diretoria Colegiada (RdC) 14/2012, que proibia a comercialização de cigarros com aroma e sabor.

a ministra levou em conta, no deferimento da medida, a argumentação da CNI de que a proibi-ção representa “perigo imediato do fechamento de fábricas e da demissão em massa de trabalha-dores” e de perturbação da ordem econômica decorrente da “existência de tratamento judicial díspar da questão nos processos que correm pe-rante as instâncias ordinárias”, em prejuízo do princípio da livre concorrência.

Outra recente decisão ocorreu em 2014, quan-do o Congresso – Poder Legislativo - por meio de decreto, invalidou a Resolução da direto-ria Colegiada da anvisa (RdC) nº 52/2011 que proibia o uso dos anorexígenos anfepramona, femproporex e mazindol (inibidores de apetite)

e estabelecia regras rígidas de controle sobre a sibutramina. Nesse caso, a anvisa foi obrigada, também, a expedir nova RdC para regulamen-tar a utilização dessas substâncias.

Críticos da agência defendem que a sua re-levância diminuiu nos últimos anos muito em função de alegado aparelhamento em seus qua-dros, priorizando nomeações políticas a critérios técnicos, o que acabaria por enfraquecer o em-bate diante de posições antagônicas que chegam do mercado, ou formadores de opinião e dando força às ações de intervenção em sua seara de competência.

Os atrasos em seus processos, critérios con-traditórios na análise de situações análogas que provocam insegurança jurídica, excesso de bu-rocracia nos processos, falta de transparência em seus atos, também têm corroborado para a perda da credibilidade da agência.

Ocorre que o descrédito, a inoperância e a ir-relevância da agência são extremamente prejudi-ciais ao país que, como qualquer outra nação so-berana, necessita de forma prioritária de marcos regulatórios consolidados, definidos e eficazes, ainda mais quando se fala da área da saúde, estra-tégica para o desenvolvimento e proteção social.

Por fim, destaca-se que a competência da an-visa está prevista no artigo 7º da Lei nº 9.782/99, incisos I a xxVII, em que se tem previstos atos como a coordenação do sistema de vigilância sa-nitária, estabelecimento de normas, fiscalização, concessão de registros, dentre outros que como vimos estão sendo sobejamente desconsiderados nos últimos anos por outras esferas do Poder, ra-zão pela qual impõe-se a pergunta: qual é o pa-pel, de fato, da anvisa?

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EstratégiaIdeias e Tendências

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Em perfeita sintonia

Hospital Municipal de Araucária e sua experiência sob uma gestão compartilhada

O mercado mundial de serviços e equi-pamentos de videoconferência foi avaliado em US$ 3,69 bilhões em 2014, sendo que as corporações compõem o setor que deteve a maior cota do mercado, respondendo por 65% do faturamento. as informações são do relatório divulgado pela Transparency Market Research, que também faz um apon-tamento em relação à expectativa de que o setor de saúde gere maior demanda por essa tecnologia nos próximos anos. Com investi-mento de mais de R$ 7 milhões em um pro-jeto que visa integrar cooperativas de norte a sul do país, as Unimeds comprovam os dados do estudo.

Considerado um dos maiores sistemas co-operativistas de trabalho médico do mundo e também a maior rede de assistência médica do Brasil, com mais de 20 milhões de clien-tes, o Sistema Unimed foi motivado a dese-nhar um projeto de videoconferência pela dificuldade em realizar reuniões presenciais

Com quase 20 milhões de clientes em todo o país e cerca de 350 cooperativas, Sistema Unimed intensifica o uso de vídeo colaboração para aproximar as organizações

com os executivos das cerca de 350 cooperativas espalha-das pelo país, além da neces-sidade de redução de custos com a realização de grandes eventos.

Presente em 84% do terri-tório nacional, as Unimeds contaram com a tecnologia da Polycom para criar a Rede Sinal (Sistema de Integração Nacional), que integra hoje 194 localidades, mais de 12 mil usuários e 209 terminais de videoconferência para aproximar as organizações e disseminar conhecimento de maneira rápida e efetiva. “a implantação foi gradativa. Começamos com 70 locali-dades, e a cada mês outras cooperativas percebiam os

benefícios da plataforma e se interessavam em iniciar o uso. as que mais utilizam o serviço são: Unimed Paraná (PR), Unimed Santa Catari-na (SC), Unimed Fesp (SP), Unimed Juiz de Fora (MG) e Unimed Cerrado (GO)”, explica dimitri Furlan al-buquerque, responsável pela estrutura de videoconferên-cia na Unimed do Brasil. a estimativa é que a cada mês, em média, dois novos locais agregam à rede.

a estruturação do proje-to começou em 2010 com a aquisição de 42 equipamen-tos para salas de videocon-ferência, dois equipamentos de segurança da rede, um servidor de gerenciamento

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dos equipamentos e um servidor multiponto com 80 portas. O investimento pagou-se nos primeiros 12 meses. O ROI (Return on In-vestment) manteve-se nos demais anos. ao todo, o projeto já proporcionou uma econo-mia de R$ 18 milhões à Unimed do Brasil, sendo que nos três primeiros anos deixou-se de emitir mais de 9 milhões de quilos de CO² em função da redução no número de deslo-camentos.

“É importante esclarecer que se trata de um item que pode variar de acordo com o tamanho da sala da unidade que recebe a instalação. existe um manual interno que informa os requisitos mínimos para cada ambiente. Há cooperativas que instalaram uma sala simples, mas a utilizam com muita frequência, e existem cooperativas que in-vestiram em grandes auditórios. Com isso, o custo benefício se comprova de forma fácil. Tudo varia da demanda existente na locali-dade”, frisa albuquerque.

Benefícios da Videoconferência

De acordo com João Aguiar, Gerente de Engenha-ria de Sistemas da Polycom, as organizações de saúde em todo o mundo estão se voltando para soluções de vídeo colaboração em razão dos se-guintes benefícios:

• Permitir a colaboração entre as equipes de saúde• Apoiar as atividades de gestão hospitalar e de te-lemedicina para obtenção de melhores resultados e um acesso mais ágil às informações de saúde de pacientes• Reduzir internações desnecessárias• Educar e/ou orientar os pacientes e profissionais de saúde independentemente da localização em que se encontram• Proporcionar a integração mais rápida de novos profissionais de saúde• Apoiar uma melhor gestão de doenças crônicas• Treinamento e disseminação de programas de prevenção, de apoio e de bem-estar• Proporcionar uma melhor interação com e entre especialistas• Pesquisar, testar e confirmar o sucesso de progra-mas de gestão de doenças• Permitir acesso mais fácil a métricas de sucesso para auditoria e confirmação do resultado final

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Estratégia

Exemplo de Sucesso

Para Paulo Hungaro Neto, Vice-presidente da Unimed Sorocaba, a utilização da fer-ramenta videoconferência oti-miza a participação e a intera-ção da cooperativa com outras Singulares nos eventos do ca-lendário do Sistema Unimed. Permite, ainda, a possibilida-de da capacitação assistencial e gerencial de colaboradores e

João Aguiar, Gerente de Engenharia de Sistemas da Polycom

a PROdUTIVIdade SeRÁ IMPULSIONa-da POR UMa exPeRIêNCIa MaIS NaTURaL e INTUITIVa Na FORMa de COLaBORaçãO

eNTRe PeSSOaS e eQUIPeS. ” João Aguiar

‘‘dos cooperados fomentando a educação continuada de uma das maiores riquezas da coo-perativa, que é o capital inte-lectual.

“a utilização desse incre-mento tecnológico vai ao en-contro das necessidades de uma operadora de planos de saúde no cenário atual, redu-zindo custos e cobrindo des-perdícios no sentido de evitar deslocamento de pessoas”, considera Hungaro.

No caso da Unimed Soroca-ba o investimento tecnológico foi mínimo, já que as videocon-ferências são feitas em extranet restrita. Foram investidos cer-ca de R$ 5 mil em equipamen-tos, acrescidos de uma quantia mensal. Há outra via de vide-oconferência utilizando-se de uma ferramenta da Microsoft para gestores, na qual foi pago cerca de R$ 25 mil.

a situação mais recorrente

as soluções de videoconferência são utili-zadas para conectar as cooperativas durante treinamentos, cursos, palestras, workshops, comitês e reuniões, entre outras necessida-des. e com tanto uso e sigilo de informações, o Sistema Unimed não poderia deixar de lado o quesito segurança, garantido por meio de mecanismos como criptografia e a adoção das melhores práticas do mercado em segurança da informação.

de acordo com albuquerque, a rede também possui monitoramento constante para manter a segurança aos usuários. “alguns usuários já utilizam a plataforma da mesma maneira que usam o telefone celular. entram na sala ou utili-zam seus smartphones e tablets para efetuarem as chamadas de vídeo para outras localidades de forma totalmente autônoma, independente do horário. estamos conseguindo ultrapassar esta barreira cultural, que geralmente é uma das maiores dificuldades das empresas.”

Comunicação segura

Os dados dos vídeos são ar-mazenados em uma infraes-trutura própria do Portal Uni-med, garantindo que os dados somente possam ser consulta-dos por usuários cadastrados no sistema. “Nossos temas se relacionam com nossos depar-tamentos internos; ainda não atuamos com telemedicina, embora já estejamos estudan-do esta possibilidade”, garante.

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NovidadesA Polycom Inc e a Microsoft Corp. já anunciaram planos para expandir o alcance das reuniões do Skype for Busi-ness, a fim de que os usuários de todos os portes possam aproveitar seus investimentos já realizados em soluções de vídeo na medida em que migrarem para os ambientes do Microsoft Office 365 e Microsoft Skype for Business. Além disso, os usuários Microsoft terão a opção de utilizar as tecnologias Polycom em suas novas implementações. Eles também poderão trabalhar de modo colaborativo em outras plataformas de vídeo existentes utilizando um novo serviço de interoperabilidade de vídeo baseado na nuvem desenvolvido pela Polycom e Microsoft.

da Unimed Sorocaba, que exige a comunicação por vídeos, é, em sua maioria, reuniões e trei-namentos da Unimed do Brasil. em segundo lugar, vêm as necessidades de negociações com fornecedores e prestadores de serviços. “O que acontece muito no Sistema Unimed são treina-mentos. Vários deles são realizados na capital paulista ou em outras partes do estado. Com a implantação da videoconferência, mais cola-boradores e dirigentes podem participar dessas atividades, bem como se torna possível a expan-são dos números de horas de treinamento e, por consequência, de pessoas capacitadas”, explica Miguel Villa Nova Soeiro Filho, diretor Supe-rintendente da cooperativa de Sorocaba.

a partir desta experiência, os executivos afirmam o desejo de ampliar as ferramentas para estarem acessíveis em qualquer ambiente e local. H

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PERFIL

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o maior desafio da saúde suplementar no Brasil atual-mente é...

Sem dúvida alguma, a sus-tentabilidade do modelo atual. Mesmo durante o período de relativa expansão econômica do Brasil, o modelo interven-cionista promovido pela aNS já apresentava sinais de fa-diga. acredito que com o ce-nário econômico atual e num futuro bem próximo haverá uma contração ainda maior da massa de beneficiários, o que provocará um aumento do risco e piora dos resulta-dos econômicos. Isso afetará diretamente a capacidade de investimentos na melhoria dos processos de atendimen-to e produção, especialmente, em tecnologia da informação. Outro desafio para o setor será a absorção do impacto financeiro das inovações tec-nológicas relacionadas ao tra-tamento de doenças e o acom-panhamento destas.

“A sustentabilidade depende de um rearranjo do mercado como um todo, e não de ações pontuais e de tendências isoladas.”

Desafios e responsabilidades diante do atual cenário econômico. Assim foi o bate-papo com José Luiz Sant Ana Horta, Superintendente da Life Empresarial Saúde. O executivo avalia a atuação da ANS, a urgente mudança em nosso modelo de financiamento e os problemas decorrentes da judicialização para o setor.

a atual crise vem afetando o setor de forma que...

alguns de nossos clientes vêm promovendo a terceiriza-ção de parte de seus processos produtivos como estratégia de sustentação e isso acaba sem-pre por determinar alguma perda de beneficiários e even-tual promoção de processos de seleção negativa da cartei-ra com impactos negativos na receita e despesa. Nos últimos anos, o mercado já aparentava ter chegado ao seu limite e o que observamos foi o ingresso de novas vidas em produtos odontológicos. desta forma, vejo que o setor enfrentará muitas dificuldades nos pró-ximos dois anos.

neste contexto, a ans pre-cisa...

Fazer uma avaliação de suas atribuições. O mercado de saú-de suplementar não é compos-to apenas pelas seguradoras, cooperativas e operadoras. No

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PERFIL

entanto, sua atuação é única e exclusivamente centrada nes-ses players. a aNS tem de re-pensar o seu papel como órgão normativo, fiscalizador e tam-bém como entidade que visa o equilíbrio e a sustentabilidade do setor.

para obtermos a sustentabi-lidade temos que...

Mudar, seguramente, o mo-delo atual, “fee for service”, estreitamente ligado aos con-ceitos de liberdade e direitos de usuários e prestadores. Trata-se de um modelo do tipo “gasta/gasta” o que se contra-põe ao conceito de sustentabi-lidade. Redes de atendimento amplas, com acesso a toda sorte de serviços médicos, diagnósticos, emergenciais e de internação, nada dessa su-posta qualidade se traduz em melhora efetiva do status de saúde. Por outro lado, outros modelos muito restritivos ou de acesso hierarquizado como observado em países com me-lhores resultados clínicos e financeiros, são percebidos como “ruins” ou de baixa qua-lidade pelos usuários. então, a sustentabilidade a longo prazo, no meu modo de ver, depende de um rearranjo do mercado como um todo e não de ações pontuais e de tendên-cias isoladas.

para o segmento, a judicia-lização é...

extremamente frustrante e, atualmente, talvez o maior dos males. em uma atividade de

cunho técnico-científico, com avaliações e decisões basea-das nesses preceitos e em nor-mas estabelecidas pela própria aNS, as empresas são obriga-das a assumirem ônus por de-cisões judiciais balizadas em outros juízos que não os de sua efetiva validade contratual.

diante dessas dificuldades, as principais estratégias têm sido...

Utilizar a característica da nossa carteira em nosso favor. Não temos um número gran-de de clientes e isso favorece o controle das despesas. além disso, mantemos uma relação estreita com os departamen-tos de recursos humanos e de saúde ocupacional. em con-junto, buscamos minimizar impactos financeiros e sociais decorrentes de situações com potencial dano ao equilíbrio do contrato, utilizando diver-sos mecanismos. Isso inclui até fornecer o traslado de be-neficiários de outras regiões do país para centros de maior resolutividade de situações críticas.

Melhoria dos processos in-ternos focando a plataforma tecnológica. Essa tem sido uma das estratégias da Life Empresarial Saúde para se manter neste turbulento cená-rio econômico do país. Segun-do José Luiz Sant Ana Horta, Superintendente da operado-ra, também foram abertos, de maneira seletiva, os canais de comercialização e delimitou-se os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro como área de atua-ção. Em paralelo, o Grupo Life criou uma administradora de benefícios, a BCI, para atender os clientes de outros Estados. O resultado deste trabalho de reestruturação e melhoria de processos internos é positiva e está explícita nos principais indicadores do mercado. “O resultado da Life Empresarial Saúde no Monitoramento do Risco Assistencial feito pela ANS cresceu 60% só no último ano. Atingimos a melhor faixa de avaliação com a pontuação 0,8959 na escala que vai de zero a um.”

H

O MeRCadO de Saúde SUPLeMeNTaR NãO É COMPOSTO aPeNaS PeLaS SeGURa-

dORaS, COOPeRaTIVaS e OPeRadORaS. NO eNTaNTO, SUa aTUaçãO É úNICa e exCLU-

SIVaMeNTe CeNTRada NeSSeS PLaYeRS”.

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PONTO FINAL

H

OA Segurança do Paciente eM NOSSaS MãOSO dia Mundial de Higienização das Mãos,

comemorado 5 de maio, é, definitivamente, um dia para ser lembrados durante os 365 dias do ano. alguns dados alertam para importância desta prática.

Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, as infecções relacionadas à assistência à saúde afetam centenas de milhões de pacientes e têm um impacto econômico significativo nos pacientes e sistemas de saúde em todo o mundo.

Nos países desenvolvidos, representam de 5% a 10% das internações em hospitais de cui-dados agudos. Nos países em desenvolvimento, o risco é de duas a 20 vezes superior e a pro-porção de pacientes com esse tipo de infecção pode exceder 25%. as infecções relacionadas à assistência à saúde consomem recursos que po-deriam ser gastos em medidas preventivas ou em outras prioridades.

em 2013, o Ministério da Saúde aprovou os Protocolos Básicos de Segurança do Pa-ciente. O documento é dividi-do em seis tópicos: identifica-ção do paciente; prevenção de úlcera por pressão; segurança na prescrição, uso e adminis-tração de medicamentos; ci-rurgia segura; prevenção de quedas; e, claro, a higiene das mãos em serviços de saúde.

esta simples prática está diretamente relacionada à conscientização de todo um corpo profissional de saúde. Não se pode vê-la como uma ação isolada e, sim, de todos os membros da equipe mul-

tidisciplinar que atuam em contato direto e permanente com pacientes propícios a in-fecções de características di-versas.

O risco de infecção pode ocorrer em pacientes que ne-cessitem de procedimentos complexos ou não, portanto, é de responsabilidade dos pro-fissionais de saúde enfatizar e difundir a importância da prevenção e controle das in-fecções hospitalares.

a higienização das mãos deve ser um hábito do profis-sional, e não apenas ser lem-brado durante uma campa-nha, ou por um dia.

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