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1 INTRODUÇÃO Neste trabalho faliremos de alguns aspectos relacionados a três filósofos: Heráclito, Demócrito e Pitágoras. Heráclito foi um importante filósofo pré-socrático, que escreveu com extrema complexidade a respeito da ciência, a teologia e as relações humanas, Demócrito também foi um filósofo que escreveu numa prosa arcaica bem elaborada, elogiada por Cícero e Plutarco, sobre filosofia da natureza, matemática, ética e música, e Pitágoras que foi um importante matemático e filósofo grego. Nasceu no ano de 570 a. C na ilha de Samos, na região da Ásia Menor (Magna Grécia). Provavelmente, morreu em 497 ou 496 a.C. em Metaponto (região sul da Itália). Embora sua biografia seja marcada por diversas lendas e fatos não comprovados pela História.

Heráclito, demócrito e pitágoras

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho faliremos de alguns aspectos relacionados a três

filósofos: Heráclito, Demócrito e Pitágoras. Heráclito foi um importante filósofo

pré-socrático, que escreveu com extrema complexidade a respeito da ciência,

a teologia e as relações humanas, Demócrito também foi um filósofo que

escreveu numa prosa arcaica bem elaborada, elogiada por Cícero e Plutarco,

sobre filosofia da natureza, matemática, ética e música, e Pitágoras que foi um

importante matemático e filósofo grego. Nasceu no ano de 570 a. C na ilha

de Samos, na região da Ásia Menor (Magna Grécia). Provavelmente,

morreu em 497 ou 496 a.C. em Metaponto (região sul da Itália). Embora

sua biografia seja marcada por diversas lendas e fatos não comprovados

pela História.

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HERACLITO

Dados biográficos

Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jônia (atual Turquia).

Diógenes Laércio relata que "Heráclito, filho de Blóson, ou, segundo outra

tradição, de Heronte, era natural de Éfeso. Tinha uns quarenta anos por ocasião

da 69ª Olimpíada (504-501 a.C.). Era homem de sentimentos elevados,

orgulhoso e cheio de desprezo pelos outros".

Por seu desprendimento em relação ao poder e pelo desprezo que

dedicava aos bens materiais, Heráclito não era simpático aos efésios, que eram

exatamente o seu oposto. Foi, aliás, muito criticado por seus concidadãos

quando conseguiu convencer o tirano Melancoma a abdicar para ir viver nos

bosques, em livre contato com a natureza. Heráclito era acusado de desprezar

a plebe, de se recusar a participar da política - essencial aos gregos) - e de

desdenhar os poetas, os filósofos e a religião.

Nos últimos anos da sua vida, passou a viver ainda mais isolado,

nas montanhas, alimentando-se somente de plantas. Quando adoeceu, atacado

por uma hidropisia, Heráclito foi obrigado a voltar à cidade. Aos médicos, cujo

conhecimento ridicularizava, perguntou se seriam capazes de transformar uma

inundação em seca, aludindo à sua doença. Os médicos não entenderam e

acabaram sendo expulsos por Heráclito.

O filósofo resolveu então recorrer a um curandeiro que lhe

aconselhou imergir-se no estrume pois o calor faria evaporar a água em

excesso que havia em seu corpo. Foi um desastre: os cães de Heráclito não

reconheceram o seu dono, inteiramente coberto de excrementos, e o atacaram,

causando a sua morte. É possível também que a causa da morte de Heráclito

tenha sido com o sufocamento do esterco de vaca. O historiador Neantes de

Cízico (século III a.C.) afirma que, tendo sido impossível retirar o corpo de sob

o esterco, lá permaneceu.

O pensamento Heráclito

Os filósofos de Mileto (Tales, Anaximandro, Anaxímenes, entre

outros) haviam percebido o dinamismo das mudanças que ocorrem na physis,

como o nascimento, o crescimento e a morte, mas não chegaram a problematizar

a questão.

Heráclito, inserido no contexto pré-socrático, parte do princípio

de que tudo é movimento, e que nada pode permanecer parado - Panta rei ou

"tudo flui", "tudo se move", exceto o próprio movimento.

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Mas este é apenas um pressuposto de uma doutrina que vai mais

além. O devir, a mudança que acontece em todas as coisas é sempre uma

alternância entre contrários: coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam;

coisas úmidas secam, coisas secas umedecem etc. A realidade acontece, então,

não em uma das alternativas, posto que ambas são apenas parte de uma mesma

realidade, mas sim na mudança ou, como ele chama, na guerra entre os opostos.

Esta guerra é a realidade, aquilo que podemos dizer que é. "A doença faz da saúde algo agradável e bom"; ou seja, se não houvesse a doença, não haveria

por que valorizar-se a saúde, por exemplo.

A doutrina dos contrários

A doutrina da unidade dos contrários é talvez o aspecto mais

original do pensamento filosófico de Heráclito. A lei secreta do mundo reside

na relação de interdependência entre dois conceitos opostos, em luta

permanente; mas, ao mesmo tempo, um não pode existir sem o outro. Nada

existiria se não existisse, ao mesmo tempo, o seu oposto. Assim, por exemplo,

uma subida pode ser pensada como uma descida por quem está na parte de

cima. Entre os contrários se cria uma espécie de luta constitutiva do logos

indiviso.

A teoria de Heráclito é alternativa à ontologia de Parmênides, o

filósofo da unidade e da identidade do Ser, que ensina que é a contínua mudança

a principal característica do não ser.

A partir de seus pressupostos - panta rei e a guerra entre os

contrários -, Heráclito definiu uma arché, um princípio que está em todas as

coisas desde a sua origem: o fogo. Para ele, "todas as coisas são uma troca do fogo, e o fogo, uma troca de todas as coisas, assim como o ouro é uma troca de

todas as mercadorias e todas as mercadorias são uma troca do ouro"; ou seja,

todas as coisas transformam-se em fogo, e o fogo transforma-se em todas as

coisas.

PITÁGORAS

Fresco de Raphael

Os aspectos matemáticos dos magníficos trabalhos de arte e

arquitetura, tais como os Jardins Suspensos, em Babilónia, e a Esfinge e as

Pirâmides no Egito, bem como outras das sete maravilhas do mundo antigo não

devem ter passado despercebidos a Pitágoras, que deve também ter sido

confrontado com as ideias religiosas e filosóficas do Oriente.

Quando voltou à Grécia, Pitágoras abandonou a ilha de Samos e

mudou-se para Crotona, na "bota" italiana, que, assim como a maior parte do

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Sul da Itália fazia parte do mundo grego e aí fundou a Escola Pitagórica, cujo

lema era "O número é tudo".

É-lhe atribuída a descoberta do Teorema de Pitágoras, que tem

uma forte influência nos triplos pitagóricos. (Se deseja ver o Teorema de

Pitágoras com animação no GSP consulte a página Escola Pitagórica). O teorema

em si teve origem na Babilónia, séculos antes, visto que os Babilónios

compreendiam muito bem os triplos "pitagóricos". No entanto, os

pitagóricos relacionaram-no com a geometria, generalizando o problema para

além dos números naturais.

Os pitagóricos acreditavam firmemente que a essência de tudo,

quer na geometria, quer nas questões práticas e teóricas da vida do homem,

podia ser explicada através das propriedades dos números inteiros e/ou das

suas razões.

A Pitágoras deve-se também o conceito geométrico do espaço,

como ente contínuo e ilimitado, o estudo e construção dos poliedros regulares

e o dos polígonos.

Pelo estudo das propriedades das figuras, traduzindo-se por meio

de relações entre números, e das propriedades dos números em relação com a

geometria, chegou à noção de número irracional e de grandezas

incomensuráveis.

É muito difícil senão impossível, separar, nas investigações

pitagóricas, a parte de Pitágoras da dos seus discípulos pois que, além do

isolamento, era princípio da Escola Pitagórica que todos os conhecimentos

deviam ser considerados como adquiridos em comum.

Depois da morte de Pitágoras por volta de 500 a. C. e da

destruição do centro de Crotona, onde a maioria dos membros da Escola

Pitagórica foram mortos, a filosofia e o misticismo dos números espalhou-se

pelo mundo grego através dos restantes pitagóricos.

Filolau de Tarento aprendeu a filosofia da matemática através

desses refugiados e foi o primeiro filósofo grego que escreveu a história e as

teorias dos pitagóricos. Platão aprendeu a filosofia pitagórica dos números, a

cosmologia e o misticismo através deste livro escrito por Filolau.

Posteriormente, o pitagórico Teodoro de Cirene (450 A. C.), como

Platão indica no Teeteto, provava geometricamente que os números Ö 3, Ö 5,

...Ö 17, são incomensuráveis com a unidade. Nos Diálogos, Platão apresenta

Teodoro, seu mestre, no acto de ensinar esta propriedade aos próprios

discípulos mediante desenhos geométricos

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DEMÓCRITO

Demócrito de Abdera (em grego antigo: Δημόκριτος, Dēmokritos,

"escolhido do povo"; ca. 460 a.C. — 370 a.C.) nasceu na cidade de Abdera

(Trácia), e é tradicionalmente considerado um filósofo pré-socrático.

Cronologicamente é um erro, já que foi contemporâneo de Sócrates e, além

disso, do ponto de vista filosófico, a maior parte de suas obras (segundo a

doxografia) tratou da ética e não apenas da physis (cujo estudo caracterizava

os pré-socráticos).

Não há certeza se a teoria foi concebida por ele ou por seu mestre

Leucipo, e a ligação estreita entre ambos dificulta a identificação do que foi

pensado por um ou por outro. Todavia, parece não haver dúvidas de ter sido

Demócrito quem de fato sistematizou o pensamento e a teoria atomista.

Demócrito avançou também o conceito de um universo infinito, onde existem

muitos outros mundos como o nosso.

FILOSOFIA

Aristóteles diz que o raciocínio que guiou Demócrito (e Leucipo)

para afirmar a existência dos átomos foi o seguinte:8 9 o movimento pressupõe

o vazio no qual a matéria se desloca, mas se a matéria se dividisse em partes

sempre menores infinitamente no vazio, ela não teria consistência, nada poderia

se formar porque nada poderia surgir da diluição sempre cada vez mais

infinitamente profunda da matéria no vazio.

LEGADO

OBRAS

Demócrito foi um escritor prolífico e Diógenes Laércio o menciona

como autor de cerca de noventa obras. Dentre estas, destacam-se:

Pequena ordem do mundo;

Da forma;

Do entendimento;

Do bom ânimo;

Preceitos.

No entanto, nenhuma obra de Demócrito sobreviveu até os tempos

presente. Assim, tudo o que se sabe dele vem de citações e comentários de

outros autores. Portanto, de sua imensa obra só restaram fragmentos (que

totalizam 300) de suas teorias. A coletânea de fragmentos mais conhecida é a

organizada por Hermann Alexander Diels, em sua obra Die Fragmente der Vorsokratiker (Os Fragmentos dos Pré-socráticos).

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CONCLUSÃO

Depois de uma séria pesquisa na cadeira de Filosofia sob tema

“Heráclito, Demócrito e Pitágoras ”, chego à conclusão que Heráclito é o

primeiro pensador a discutir questões relativas ao Ser, e a partir do seu poema

intitulado Sobre a Natureza, ele nos traz as possibilidades de conhecê-lo,

É importante dizer que até agora Pitágoras é considerado um dos

grandes matemáticos da Antiguidade. Pitágoras nasceu por volta de 580 a.C. na

ilha grega de Samos. Viajou bastante pelo mundo, tendo visitado o Egito e

Babilónia, onde entrou em contacto com matemáticos, tendo conhecimento dos

seus estudos sobre os conjuntos de números, agora com o seu nome, os triplos

pitagóricos, e que já eram conhecidos dos cientistas e matemáticos babilónicos

há mais de 1500 anos.

Demócrito foi discípulo e depois sucessor de Leucipo de Mileto.

A fama de Demócrito decorre do fato de ele ter sido o maior expoente da teoria

atômica ou do atomismo. De acordo com essa teoria, tudo o que existe é

composto por elementos indivisíveis chamados átomos (do grego, "a", negação

e "tomo", divisível. Átomo= indivisível).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RUSSELL, BERTRAND (1972). A History of Western

Philosophy, Simon & Schuster, pp.64–65.

Diógenes Laércio, Vidas e Doutrinas dos Filósofos

Ilustres

RUSSELL, BERTRAND (1972). A History of Western

Philosophy, Simon & Schuster.

Cartas do Pseudo-Hipócrates, IV, XXXII, século I dC

Seneca, de Ira, ii.10; Aelian, Varia Historia, iv.20.

Democritus – Dictionary definition of Democritus.

Página visitada em de 2010.

Pamela Gossin, Encyclopedia of Literature and

Science, 2002.

Aristóteles, Da Geração e da Corrupção

Aristóteles, Metafísica

Michel Onfray, Contra-História da Filosofia, vol 1

SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-Socráticos. Primeiros Mestres da Filosofia e da Ciência Grega. 2ª Ed., Porto Alegre: Edipucrs,

2003Flavius Philostratus, The Life of Apollonius of Tyana , , trad. F. C.

Conybeare, Vol. 2, London, 1912, Book VI, p. 39.

Clemente de Alexandria. Stromata (em inglês). [S.l.: s.n.]. vol. I.14 65.

Em defesa de Heráclito, ver NIETZSCHE, F.,

[http://www.ebah.com.br/nietzsche-a-filosofia-na-epoca-tragica-dos-

gregos-doc-doc-a2632.html A filosofia na época trágica dos gregos,

capítulos 5 a 9 (p. 8 a 14).

Diógenes Laércio, Vidas dos filósofos, IX 3

SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-Socráticos. Primeiros Mestres da Filosofia e da Ciência Grega. 2ª edição. Porto Alegre: Edipucrs,

2003, pp. 167–271.