Upload
hoangkiet
View
218
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
5° semestre - Engenharia Civil
HIDROLOGIA – AULA 09
Profª. Priscila Pini
REVISÃO PROVA 1º BIMESTRE
Bacia Hidrográfica
AULA 2
É a área de captação natural dos fluxos de água originados a partir da precipitação, que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída: EXUTÓRIO.
• Definição de um curso de água principal
• Seção de referência ao longo do curso (exutório)
• Relevo da região
Delimitação da BH
Bacia Hidrográfica
AULA 2
Divisor de águas superficiais
AULA 2
Linha imaginária sobre o relevo que divide o escoamento daságuas de chuva.
Divisor corta o curso d’água apenas em um ponto: EXUTÓRIO
O divisor intercepta as curvas de nível em um ânguloaproximadamente reto, seguindo as linhas de crista das elevações.
Obs. A água que infiltra no solo pode seguir um escoamento quedepende das rochas do subsolo, mas em geral considera-se que odivisor subterrâneo coincide com o superficial.
AULA 2: Principais características de uma B.H.
Área de drenagem (Ad): Área de captação da chuva
Área da bacia x lâmina precipitada = volume precipitado
Medidores: Planímetro, CAD, SIG
Declividade média (rio principal) (S)
S = 𝐴𝑙𝑡𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑑𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚 – 𝐴𝑙𝑡𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒 𝑒𝑥𝑢𝑡ó𝑟𝑖𝑜
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑑𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑟𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎
Forma da bacia
Formato mais alongado x Formato circular
Resposta mais lenta às chuvas
Escoamento chega praticamente ao mesmo tempo no exutório: maior risco de inundações
AULA 2: Principais características de uma B.H.
Ordem dos cursos de água (Robert Horton e Strahler )
• Um curso d’água a partir da nascenteé de ordem 1
• Quando dois cursos d’água de ordem1 se encontram formam um curso deordem 2
• Quando dois cursos de ordem 2 seencontram, formam um de ordem 3
• Quando um curso de ordem superiorencontra um de ordem inferior, aordem do superior se mantêm.
AULA 2: Principais características de uma B.H.
O tempo de viagem da gota de água da chuva que atinge a região mais distante até chegar ao exutório
• tc é maior em bacias grandes e menor em bacias pequenas
• tc é maior em bacias planas e menor em bacias montanhosas
Há diversas equações empíricas, obtidas de dados experimentais, baseadas nas características geomorfométricas das bacias para o cálculo do 𝑡𝑐.
As equações resultam em estimativas diferentes para uma mesma bacia → a escolha da equação deve ser feita comparando a BH em estudo com as BHs estudadas no desenvolvimento da equação.
AULA 2: Principais características de uma B.H.
Tempo de concentração (tc)
Tempo de concentração (tc)
Equação de Kirpich
𝑡𝑐 = 57 ∙𝐿3
∆ℎ
0,385
• Uma das equações mais utilizadas
• Desenvolvida a partir de dados experimentais de 7 bacias rurais pequenas nos EUA (menores do que 0,5 km²)
tc: tempo de concentração [min]
L: comprimento do curso d’água principal [km]
∆ℎ: diferença de altitude ao longo do rio principal [m]
Obs. Pode ser utilizada em bacias rurais de médio a grande porte de até 12.000 km² com erros relativamente pequenos.
AULA 2: Principais características de uma B.H.
AULA 3
É o volume de água escoado na unidade de tempo em uma determinada seção do curso de água.
Q: vazão
V: volume (m³, litros)
t: tempo (segundos, minutos, ano)
VAZÃO (Q ou Qmed)
𝑄 =𝑉
𝑡
Frequência de uma vazão Q em uma seção de um curso de água é o número de ocorrências da mesma em um intervalo de tempo.
FREQUÊNCIA
Hidrologia → Período de retorno ou período de recorrência (T)
Na seção considerada ocorrerão valores iguais ou superiores a Q apenas uma vez a cada T anos.
AULA 3: Balanço Hídrico
Balanço entre entradas e saídas em uma BH
• Principal entrada: precipitação
• A saída pode ocorrer por: Evapotranspiração e Escoamento
Deve ser satisfeita a equação:
P = EVT + Q
P: precipitação [mm.ano−1]
EVT: evapotranspiração [mm.ano−1]
Q: escoamento [mm.ano−1]
Q
EVT
P
AULA 3: Balanço Hídrico
Coeficiente de escoamento médio (C)
→ Percentual de chuva que se transforma em escoamento
𝐶 =𝑄
𝑃
C: Coef. Escoamento médio
Q: escoamento médio anual [mm.ano−1]
P: precipitação média anual [mm.ano−1]
AULA 4 e 5: Precipitações
CHUVAS FRONTAIS OU CICLÔNICAS
Encontro de duas grandes massas de ar de diferentetemperatura e umidade.
Massas de ar com centenas de quilômetros de extensão quemovimentam-se de forma lenta
→ Longa duração de chuvas e grandes extensões
→ Intensidade baixa
No Brasil são frequentes na região Sul (inverno)
AULA 4 e 5: Precipitações
CHUVAS CONVECTIVAS
Aquecimento de massas de ar que estão em contato direto coma superfície quente dos continentes e oceanos
→ Chuvas de alta intensidade e curta duração (chuvas de verão)
→ Ocorrem predominantemente durante a tarde
→ Em áreas pequenas (concentradas)
→ Impacto em pequenas bacias urbanas →originam inundações
No Brasil: na região Sul ocorre com maior frequência no verão
AULA 4 e 5: Precipitações
CHUVAS OROGRÁFICAS
Ocorrem rem regiões onde um grande obstáculo do relevo,como uma cordilheira ou serra muito alta, impede a passagemde ventos quentes e úmidos que sopram do mar
O ar sobe para níveis mais altos da atmosfera → umidade do arse condensa formando nuvens junto aos picos da serra ondechove com muita frequência
No Brasil: Serra do Mar ao longo do litoral
AULA 4 e 5: Precipitações
Altura de água caída e acumulada sobre uma superfície plana eimpermeável
• Pluviômetros
• Pluviógrafos
→ Medição manual realizada 1 vez por dia as 7h (BR)
→ Medições automáticas registradas em intervalosde tempo menores do que 1 dia
→ Essencial para estudo de chuvas de curta duração
MEDIDAS DE PRECIPITAÇÃO
1. Altura de água (lâmina precipitada)
2. Duração
3. Intensidade
4. Frequência
Variáveis que caracterizam a chuva:
AULA 4 e 5: Precipitações
Alguns métodos para o cálculo de chuvas médias:
• Média aritmética
• Isoietas
• Polígonos de Thiessen
Deve-se conhecer a intensidade da chuva para o projeto deestruturas hidráulicas como bueiros, pontes, canais, vertedores.
Curva IDF: Intensidade – Duração - Frequência
Curvas IDF são diferentes para diferentes locais
CHUVAS INTENSAS
AULA 4 e 5: Precipitações
Curva IDF
Porto Alegre/RSTR =
1
𝑃robab
AULA 4 e 5: Precipitações
Tipo de Obra Tipo de Ocupação da Área TR (anos)
Microdrenagem
Residencial 2Comercial 5
Áreas com edifícios de serviços ao público
5
Aeroportos 2-5Áreas comerciais e vias de
tráfego5-10
Macrodrenagem
Áreas residenciais e comerciais
50-100
Áreas de importância específica
500
Barragens 10.000
Fonte: DAEE/CETESB, 1980
AULA 4 e 5: Precipitações
Além da forma gráfica, também pode ser expressa na forma deuma equação:
𝐼 =𝑎 ∙ 𝑇𝑅𝑏
𝑡𝑑 + 𝑐 𝑑
I: intensidade da chuva (𝑚𝑚. ℎ𝑜𝑟𝑎−1)
a,b,c,d: parâmetros característicos daIDF de cada local
TR: tempo de retorno (anos)
𝑡𝑑: duração da precipitação (minutos)
LocalidadeParâmetros da equação
a b c d
Curitiba/PR 5726,64 0,159 41 1,041
Florianópolis/SC 222 0,1648 0 0,3835
São Paulo/SP 3462,6 0,172 22 1,025
AULA 6 e 7: Infiltração
• INFILTRAÇÃO
Penetração da água no solo a partir da superfície
• PERCOLAÇÃO
Movimento descendente da água a partir da zona não saturada
para a zona saturada
AULA 6 e 7: Infiltração
No início da chuva o solo seco absorve toda a água
rapidamente → A maioria dos poros está cheio de ar
À medidas que os poros vão sendo preenchidos, a
infiltração tende a diminuir, limitada à capacidade do solo
de transferir a água para camadas mais profundas
Taxa de infiltração
Quantidade de água que penetra no solo ao longo do
tempo
Unidade: 𝑚𝑚. ℎ𝑜𝑟𝑎−1
AULA 6 e 7: Infiltração
Medição da capacidade de infiltração do solo:
Método do INFILTRÔMETRO DE ANÉIS CONCÊNTRICOS
ou INFILTRÔMETRO DE DUPLO ANEL
Modelo da capacidade de infiltração de Horton
Equação empírica que descreve o comportamento da
capacidade de infiltração decrescente, que ocorre durante
as chuvas
AULA 6 e 7: Infiltração
f: capacidade de infiltração num instante qualquer(𝑚𝑚. ℎ𝑜𝑟𝑎−1)fc: capacidade de infiltração em condição de saturação(𝑚𝑚. ℎ𝑜𝑟𝑎−1)fo: capacidade de infiltração quando o solo está seco(𝑚𝑚. ℎ𝑜𝑟𝑎−1)t: tempo (horas)k: constante de decaimento daInfiltração (deve ser determinadoa partir de medições no campo )(ℎ𝑜𝑟𝑎−1)
𝒇 = 𝒇𝒄 + (𝒇𝒐 − 𝒇𝒄) ∙ 𝒆−𝒌.𝒕
AULA 8: Evapotranspiração
Retorno da água precipitada para a atmosfera, fechando o ciclo hidrológico.
EVAPORAÇÃO + TRANSPIRAÇÃO
Lâmina de água evaporada ao longo de um determinadointervalo de tempo. As formas mais comuns são:
• Tanque classe A
• Evaporímetro de Piché
MEDIÇÃO DA EVAPORAÇÃO
AULA 8: Evapotranspiração
TANQUE CLASSE A
Aço ou ferro galvanizado
Instalado emplataforma demadeira
Água variandoentre 5,0 e 7,5 cmda borda superior(sensor de nível)
AULA 8: Evapotranspiração
EVAPORÍMETRO DE PICHÉ
AULA 8: Evapotranspiração
EVT em reservatórios é estimada pelo método do tanqueclasse A, porém é necessário aplicar um coeficiente deredução devido às medidas do tanque.
Obs. Água do reservatório está mais fria do que água dotanque, que está totalmente exposta à radiação solar, portantoa EVT no tanque ocorre mais rapidamente.
𝐸𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 = 𝛼 ∙ 𝐸𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒
Onde α é uma constante com valor entre 0,6 e 0,8
• Reservatório muito raso: α mais próximo de 0,8
• Reservatórios mais profundos: α mais próximo de 0,6