47
HiperCALCEMIAS HiperCALCEMIAS HiperCALCEMIAS HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS NÃO PARATIREOIDIANAS NÃO PARATIREOIDIANAS NÃO PARATIREOIDIANAS Marcos Almeida MR2 – Endocrinologia – HAM Luiz Griz Preceptor

HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

HiperCALCEMIASHiperCALCEMIASHiperCALCEMIASHiperCALCEMIASNÃO PARATIREOIDIANASNÃO PARATIREOIDIANASNÃO PARATIREOIDIANASNÃO PARATIREOIDIANAS

Marcos AlmeidaMR2 – Endocrinologia – HAM

Luiz GrizPreceptor

Page 2: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia

Definida quando os níveis séricos de cálcio total são>10,4mg/dL.

Pose ser classificada em:

-Leve: Ca total entre 10,5 e 12

-Moderada: Ca total entre 12 e 13,5

-Grave: Ca>13,5

Page 3: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia

Os mecanismos fisiológicos que levam a hipercalcemiaresultam da combinação de excesso de reabsorção óssea,aumento da absorção intestinal de cálcio e diminuição daexcreção renal de cálcio.

Page 4: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia

A distribuição sanguínea do cálcio ocorre da seguintemaneira:

-50% na forma difusível ( cálcio inonizável e na forma decomplexos com ânions orgânicos: bicarbonato, citrato, fosfato,lactato e sulfato);

-50% não difusível, ligados às proteínas plasmáticas.

Page 5: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia

A fração do cálcio ligada a albumina corresponde a 40% docálcio total, em uma relação de 0,8mg/dL de cálcio para cada1,0g/dL de albumina.

Fórmula para calcular o cálcio corrigido:

Cacorrigido = Catotal + [0,8 x (4 – albumina)]

Page 6: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia

Etiologia:

Cerca de 90% dos casos de hipercalcemia são causados pelohiperparatireoidismo primário ou por tumores malignos.

Os tumores são mais encontrados em pacienteshospitalizados e o hiperparatireoidismo, em pacientesassintomáticos.

Page 7: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia

Etiologia:

As outras causas são mais raras, como por exemplo:

-Doenças endócrinas: tireotoxicose, doença de Addison efeocromocitoma;

-Doenças granulomatosas

-Hipercalcemia hipocalciúrica familiar

-Síndrome do leite alcalino

-Imobilização

-Medicamentos: lítio, vitaminas A e D, tiazídicos e teofilina.

Page 8: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia Hipocalciúrica Familiar

Defeito genético nos receptores do Ca nas paratireóides enos rins: herdado de forma autossômica dominante.

A hipercalcemia costuma ser leve geralmente acompanhadade hiperfosfatemia e hipermagnesemia.

O PTH é normal ou levemente aumentado, mostrando que éPTH dependente.

O achado laboratorial mais marcante é a hipocalciúria,sugerindo uma reabsorção tubular renal de Ca aumentada.

O nível de Ca urinário é geralmente <50mg/24h.

Page 9: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia Hipocalciúrica Familiar

O diagnóstico deve ser considerado em pacientesassintomáticos com hipercalcemia leve a moderada,hipocalciúricos e com história familiar de hipercalcemia.

Por ser um distúrbio assintomático, o papel mais importanteno seu diagnóstico é distinguí-la do hiperparatireoidismoprimário e evitar paratireoidectomias desnecessárias.

Page 10: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Síndrome do Leite Alcalino

Ocorre associada à ingestão de grandes quantidades de Cacom substâncias absorvíveis (bicarbonato de cálcio e carbonatode cálcio), produzindo hipercalcemia com alcalose, disfunçãorenal e, usualmente nefrocalcinose.

A síndrome era mais comum quando antiácidos absorvíveiseram o tratamento padrão para doença ulcerosa péptica, porémainda é vista ocasionalmente principalmente com o excesso nouso de carbonato de cálcio.

É resolvida com a suspensão da ingestão.

É o único exemplo de hipercalcemia puramente absortiva.

Page 11: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Insuficiência Renal

É vista na fase diurética da IRA em pacientes comrabdomiólise.

Ocorre, principalmente, devido a mobilização do Ca nosmúsculos lesados.

Normalmente, resolve-se em poucas semanas.

Page 12: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tireotoxicose

É encontrada hipercalcemia moderada em cerca de 10% dospacientes com tireotoxicose.

O PTH é suprimido, e o fósforo encontra-se no limitesuperior da normalidade.

O hormônio tireoidiano atua aumentando a reabsorção óssea,causando um estado de alto turnover ósseo, que pode atéculminar em osteoporose.

Page 13: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Insuficiência Adrenal

Hipercalcemia ocorre em alguns pacientes com criseaddisoniana.

Múltiplos fatores parecem contribuir para a hipercalcemiaincluindo reabsorção óssea, contração do volume e aumento dareabsorção tubular proximal de cálcio, hemoconcentração, etalvez aumento da ligação do cálcio às proteínas séricas.

Administração de corticoide reverte a hipercalcemia dentrode alguns dias.

Page 14: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Feocromocitoma

Hipercalcemia é uma complicação rara.

Pode ser devido a hiperparatiroidismo simultâneo nos casosde NEM2A ou devido ao próprio feocromocitoma.

A hipercalcemia nestes pacientes parece ser devido àprodução tumoral de PTHrp.

Concentrações séricas de PTHrp nestes pacientes podem serreduzidas com o uso de bloqueadores alfa-adrenérgicos,sugerindo um papel de mediação para alfa-estimulação.

Page 15: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Imobilização

Em pacientes imobilizados existe um aumento expressivo nareabsorção óssea, que usualmente produz hipercalciúria e,ocasionalmente, hipercalcemia.

Ocorre, principalmente, em pacientes com um estado préviode alto turnover ósseo, como em adolescentes e pacientes comtireotoxicose ou com doença de Paget.

O quadro remite com a restauração da atividade.

Page 16: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Medicamentos – Lítio

Pacientes em uso crônico podem desenvolver hipercalcemiamoderada, provavelmente devido à secreção aumentada de PTH,por um aumento dos níveis em que o Ca inibe a secreção dePTH.

A terapia com lítio pode também desmascarar um quadro deHPTP.

A hipercalcemia tende a regredir quando o lítio é suspenso.

Page 17: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Medicamentos – Tiazídicos

Podem aumentar o Ca sérico e este fato não pode serplenamente explicado pela hemoconcentração.

Estes diuréticos diminuem a excreção de Ca na urina, sendousados como tratamento para hipercalciúria e nefrolitíaserecorrentes.

Raramente causam hipercalcemia em indivíduos sadios, maspodem causar hipercalcemia em pacientes com aumentosubjacente da reabsorção óssea.

Page 18: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Medicamentos – Vitamina A

Sua ingestão excessiva leva a um aumento na reabsorçãoóssea, culminando com osteoporose, fraturas, hipercalcemia ehiperostose.

O mecanismo pelo qual a vitamina A estimula a reabsorçãoóssea ainda não está claro.

Page 19: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Medicamentos – Vitamina D

Pode ocorrer em pacientes que ingerem grandes doses devitamina D; porém essa dose necessária para levar ahipercalcemia varia entre pacientes, dependendo da absorção,armazenamento e metabolismo próprios de cada pessoa.

Trata-se com a suspensão da vitamina D associado ao uso dehidratação e glicocorticóides.

O tratamento deve ser prolongado já que o excesso devitamina D leva semanas a meses para ser clareado noorganismo.

Page 20: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Sarcoidose

Aproximadamente 30 a 50% dos pacientes com estetranstorno têm hipercalciúria, e 10 a 20% têm hipercalcemia.

O aumento da absorção de Ca intestinal induzida por altasconcentrações de calcitriol sérico (1,25-dihidroxivitamina D, ometabólito mais ativo da vitamina D) é a anormalidade primária,apesar de um aumento na reabsorção óssea também podercontribuir.

Page 21: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Sarcoidose

Em indivíduos normais, a conversão de 25-hidroxivitaminaD (calcidiol) para calcitriol ocorre através de uma hidroxilaçãono túbulo renal proximal, esta reação está sob o controlefisiológico do PTH, fator de crescimento fibroblástico 23, e daconcentração sérica de fosfato.

Hipercalcemia normalmente suprime a liberação de PTH e,portanto, a produção de calcitriol, mas na sarcoidose e outrasdoenças granulomatosas, células mononucleares ativadas(particularmente macrófagos) no pulmão e linfonodos,produzem calcitriol a partir de calcidiol, independente de PTH.

O PTHrp ainda poderia também estar envolvido nesteprocesso.

Page 22: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tuberculose

Hipercalcemia em associação com altas concentrações decalcitriol sérico também tem sido descrita em pacientes comtuberculose.

Macrófagos ativados em granulomas são a fonte maisprovável dos níveis elevados de calcitriol.

Como na sarcoidose, hipercalciúria devido à hipocaptaçãode cálcio na dieta é mais comum do que a hipercalcemia.

A freqüência de tuberculose como causa de hipercalcemianos pacientes varia de acordo com a população estudada, o quepode ser explicado pelas diferenças regionais no estado davitamina D e cálcio.

Page 23: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia da Malignidade

Hipercalcemia é relativamente comum em pacientes comcâncer, ocorrendo em aproximadamente 20 a 30 por cento doscasos.

É a causa mais comum de hipercalcemia em ambientehospitalar.

Ocorre tanto em pacientes com tumores sólidos quanto emneoplasias hematológicas.

Os cânceres mais comumente associados a hipercalcemiasão de mama, pulmão e mieloma múltiplo.

Pacientes com hipercalcemia da malignidade geralmente têmum prognóstico pobre.

Page 24: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia da Malignidade

A hipercalcemia nestes pacientes ocorre principalmentedevido ao aumento da reabsorção óssea e liberação de cálcio dosossos.

Há três principais mecanismos pelos quais isso pode ocorrer:- metástases osteolíticas com liberação local de citocinas(incluindo fatores de ativação dos osteoclastos);

- secreção tumoral de proteínas relacionadas ao hormônio daparatireóide (PTHrp);

- e produção tumoral de 1,25-dihidroxivitamina D (calcitriol).

Page 25: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia da Malignidade

Metástases Osteolíticas:

Representam cerca de 20% dos casos de hipercalcemia damalignidade.

A indução de osteólise local por células tumorais é comumem alguns tumores sólidos que dão metastáses para osso e nomieloma múltiplo.

O tumor sólido mais relacionado a hipercalcemia por estemecanismo é o câncer de mama.

A destruição óssea observada nas metástases osteolíticas émediada principalmente pelos osteoclastos e não é um efeitodireto das células tumorais. Os tumores produzem fatores queestimulam a produção e ativação dos osteoclastos.

Page 26: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia da Malignidade

PTHrp:

A causa mais comum de hipercalcemia em pacientes comtumores sólidos não metastáticos e em alguns pacientes comlinfoma não-Hodgkin.

É responsável por até 80% dos pacientes com hipercalcemiade malignidade.

Estes na maioria das vezes têm carcinomas de célulasescamosas (pulmão, cabeça e pescoço), renal, bexiga, mama eovário.

PTHrp é um produto genético normal, expresso em umaampla variedade de tecidos neuroendócrinos e derivados domesoderma e epiteliais.

Page 27: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia da Malignidade

PTHrp:

Nestes pacientes a secreção do PTH em si é suprimida pelahipercalcemia mediada pelo PTHrp.

Assim, a concentração do PTH intacto é normalmentesuprimida ou muito baixa nestes pacientes

O PTHrp revelou alguma homologia com PTH,particularmente no final amino-terminal, em que os primeiros 13aminoácidos são quase idênticos. Devido a isso o PTHrp se ligaao receptor de PTH-1 e leva a aumento da reabsorção óssea,auemento da reabsorção tubular distal de cálcio e inibiçãoproximal do transporte tubular de fosfato.

Page 28: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia da Malignidade

PTHrp:

Há divergência estrutural após os primeiros 13 aminoácidosda molécula; assim é menos provável de ocorrer estimulação daprodução de 1,25-dihidroxivitamina D (encontada em níveisnormais ou baixos nestes casos)

Assim, o PTHrp não aumenta a absorção intestinal de cálcio.

Nestes pacientes há um desacoplamento da reabsorção eformação óssea, resultando em um fluxo grande de cálcio dosossos para a circulação. Isto, em combinação com a reduzidacapacidade do rim para “limpar” o cálcio, resulta nahipercalcemia.

Page 29: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia da Malignidade

1,25-dihidroxivitamina D:

É a causa de quase todos os casos de hipercalcemia emlinfoma Hodgkin e aproximadamente um terço dos casos delinfoma não-Hodgkin.

Também tem sido descrita em pacientes com disgerminomade ovário e granulomatose linfomatóide/linfoma angiocêntrico.

Page 30: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia da Malignidade

1,25-dihidroxivitamina D:

Ocorre produção extra-renal de 1,25-OH-D por linfócitosmalignos, por macrófagos, ou por ambos; e essa produçãoacontece independentemente do PTH.

A absorção intestinal de cálcio aumenta, sendo aanormalidade primária; mas um aumento na reabsorção ósseapode contribuir.

Page 31: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Hipercalcemia da Malignidade

Produção ectópica de PTH:Foi descrita em casos de pacientes com carcinoma de

ovário; pulmonar de pequenas células; tumor neuroectodérmicoprimitivo; carcinoma papilífero de tireóide; rabdomiossarcomametastático; e adenocarcinoma de pâncreas.

Page 32: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Manifestações Clínicas

A gravidade da apresentação clínica não dependeexclusivamente do valor sérico do cálcio, mas também de suavelocidade de elevação, da idade e das condições clínicas dopaciente, da presença de metástases, das disfunções hepática erenal e da evolução da doença de base.

Page 33: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Manifestações Clínicas

-GI: constipação, anorexia, náuseas e vômitos;

-Renais: nefrolitíase, disfunção tubular renal, IRA ou IRC;

-CV: depósitos em valvas, artéria e fibras miocárdicas;encurtamento do intervalo QT;

-Neuropsiquiátricas: ansiedade, depressão e deficiênciacognitiva.

Normalmente não há achado no exame físico específico,apenas os relacionados a doença subjacente.

Page 34: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Avaliação Diagnóstica

-Cálcio sérico (sem torniquete)

-PTH

-Fosfato

-PTHrp

-Calciúria

-Metabólitos da vitamina D

Page 35: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia
Page 36: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tratamento

O tratamento visa diminuir as concentrações séricas docálcio e, se possível, remover a condição causadora.

Pode-se reduzir o cálcio sérico com a adoção de medidasque atuam na sua absorção intestinal ou excreção renal.

Contudo, as intervenções mais importantes são aquelas queinibem a reabsorção óssea.

Page 37: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tratamento

Diminuição da Absorção Intestinal de Cálcio:

Os corticóides podem ser efetivos em pacientes commalignidades hematológicas e com hipercalcemias associadas aoexcesso de vitamina D. São particularmente eficazes nos casosde mielomas, linfomas, sarcoidose e outras doençasgranulomatosas.

A dose de 200 a 300 mg/dia de hidrocortisona ouequivalente é administrada IV por 3 a 5 dias.

Page 38: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tratamento

Diminuição da Absorção Intestinal de Cálcio:

Os corticóides normalmente reduzem as concentrações decálcio dentro de 2 a 5 dias, diminuindo a produção de calcitriolpelas células mononucleares ativadas do pulmão e nóduloslinfáticos.

Se não forem efetivos, podem ser substituídos porcloroquina, hidroxicloroquina ou cetoconazol, que tambémreduzem a produção de calcitriol.

Page 39: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tratamento

Diminuição da Absorção Intestinal de Cálcio:

Outra forma de diminuir a absorção de cálcio intestinal émediante a administração oral de fosfato (1 a 3g/dia), que formacomplexos de fosfato de cálcio insolúveis no intestino, limitandoa absorção de cálcio intestinal e diminuindo ligeiramente asconcentrações séricas de cálcio.

Page 40: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tratamento

Aumento da Excreção de Cálcio na Urina:

O Ca filtrado é reabsorvido, principalmente, nos túbulosproximais e no ramo ascendente da alça de Henle de formapassiva; e de forma ativa no túbulo distal sob influência do PTH.

A reabsorção proximal é inibida pela expansão volumétricacom infusão salina IV, pois aumenta a concentração de sódio,cálcio e água na alça de Henle, e com a administração de umdiurético de alça, como a furosemida, que bloqueia o transporteneste local.

Page 41: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tratamento

Aumento da Excreção de Cálcio na Urina:

A menos que o paciente tenha insuficiência cardíaca ourenal, a terapia é iniciada, normalmente infundindo-se 1 a 2L desolução salina isotônica no período de 1h.

A furosemida é acrescentada na segunda hora, na dose de 20a 40mg IV, mas só após hidratação adequada, pois pode piorar oquadro de hemoconcentração.

Page 42: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tratamento

Aumento da Excreção de Cálcio na Urina:

Este esquema resultará em aumentos significativos naexcreção urinária de Na, Ca, K, Cl, Mg e H2O.

A concentração sérica de Ca começa a cair dentro de 2 a 4horas e chegam à normalidade dentro de 12 a 24 horas, se adiurese for contínua (250mL/h).

O paciente deve ser monitorado para evitar hipovolemia edistúrbios dos níveis séricos de K e Mg.

Page 43: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tratamento

Inibição da Reabsorção Óssea:

Os bisfosfonatos têm se tornado um dos principaisinstrumentos para o tratamento da hipercalcemia, principalmentequando esta é grave e associada a malignidade.

Estas drogas são inibidores efetivos dos osteoclastos e,assim, influenciam um dos mais importantes mecanismosfisiopatológicos da hipercalcemia.

O efeito máximo ocorre em 2 a 4 dias, de modo que eles sãonormalmente administrados juntamente com solução salina.

Page 44: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tratamento

Inibição da Reabsorção Óssea:

O Pamidronato pode ser usado na dose de 30 a 90 mg,dependendo dos níveis do Ca, sendo efetivo em normalizar o Casérico em 70 a 100% dos pacientes.

É normalmente administrado como uma única infusão IV,diluída em solução salina isotônica em 4 a 6 horas.

Com frequência, a resposta é contínua por até 2 a 4 semanas,com manutenção da normocalcemia por cerca de 15 dias.

Page 45: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tratamento

Inibição da Reabsorção Óssea:

O zolendronato tem se mostrado o bisfosfonato mais potenteno tratamento da hipercalcemia, sobretudo quando associado amalignidade.

Estudos demonstram sua superioridade em relação aopamidronato na taxa de normalização da calcemia e no tempo depersistência desta.

Assim, o zolendronato é recomendado na dose de 4mg parao tratamento inicial, IV em 15 minutos; reservando-se a dose de8mg para os casos refratários ou recidivantes.

Page 46: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tratamento

Inibição da Reabsorção Óssea:

A calcitonina atua inibindo a reabsorção óssea viaosteoclastos e também facilita a excreção urinária de cálcio.

Pode ser administrada IM, SC ou intranasal na dose de4U/kg a cada 12 horas.

A grande vantagem é a rapidez da ação, com redução docálcio sérico em poucas horas. A desvantagem é não ser umagente potente. A queda não supera 2mg/dL.

É efetiva em apenas 60 a 70% dos casos e a maioriadesenvolve taquifilaxia em 2 a 3 dias.

Page 47: HiperCALCEMIAS NÃO PARATIREOIDIANAS20...Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE UpToDate 19.2 Hipercalcemias Não Paratireoidianas Hipercalcemia

________________________________________________________________________________________________________________________

Bandeira et al(2009) Endocrinologia e Diabetes, cap 39 2ª Edição, MEDBOOK,Recife-PE

UpToDate 19.2

Hipercalcemias Não Paratireoidianas

Tratamento

Inibição da Reabsorção Óssea:

Outros agentes como a mitramicina e o nitrato de gáliotambém agem na reabsorção óssea, mas devido a seus efeitoscolaterais são reservados para situações de difícil controle.

Diálise:

A terapia dialítica é um modo efetivo de tratamento dahipercalcemia, particularmente útil em pacientes cominsuficiência renal e cardíaca, nos quais não podem serinfundidas soluções salinas de forma segura.