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A Sociedade Europeia nos Séculos IX a XII

Historia

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Sociedade europeia

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A Sociedade Europeia nos

Séculos IX a XII

A sociedade medieval era tripartida e constituída por três ordens, cada qual com a sua função:

Clero – os que oravam Nobreza – os que

lutavam Povo – os que

trabalhavam Sociedade de ordens

Clero e nobreza – grupos privilegiados, em minoria, eram detentores de poder e riqueza.

Clero Nobreza

Povo – era o grupo maioritário e vivia pobremente na dependência dos grupos privilegiados.

Povo

O clero possuía riqueza, prestígio e influência na sociedade.

Elementos do povo, nobreza e até reis, faziam-lhe doações de terras, bens e privilégios.

Religiosas – oração, nascimentos, casamento

e morte. Culturais – grupo social mais instruído, tinha

a seu cargo o ensino ministrado nas igrejas e mosteiros.

Sociais – prestava assistência aos doentes e aos pobres.

Até à invenção da imprensa por Gutenberg, por volta de 1450, o fabrico dos livros era feita à mão, a transcrição dos textos era feita pelos copistas e a decoração dos manuscritos era confiada a vários artistas ou artesãos especializados.

Alto clero arcebispos, bispos e

abades. Baixo clero monges e sacerdotes

que viviam de forma modesta.

Alto Clero

Baixo Clero

A acumulação de riqueza e situações de indisciplina de membros do clero, levou, a partir do século X, a um movimento de renovação da igreja católica, que apelava à pureza e humildade.

O movimento partiu dos mosteiros, com a criação de duas ordens religiosas beneditinas: a Ordem de Cluny e a Ordem de Cister.

No século XI, o Papa passou a ser considerado a autoridade suprema da Cristandade, a quem os próprios reis deviam obediência.

Em 1276, foi eleito o único Papa português, Pedro Julião, mais conhecido por Pedro Hispano. Depois de eleito tomou o nome de João XXI.

Era detentora de riqueza e prestígio.

Desempenhava funções militares e de defesa da Cristandade.

Formavam uma Aristocracia guerreira, de cavaleiros que combatiam na guerra, em auxílio do rei.

Recebiam títulos e doações de bens, o que permitiu o seu enriquecimento.

A grande nobreza e o alto clero possuíam grandes propriedades , denominadas por domínios senhoriais ou senhorios.

O domínio senhorial era constituído por duas partes:

Reserva – terra explorada diretamente pelo senhor através dos servos e dos camponeses.

Mansos – pequenas parcelas de terras arrendadas pelo senhor aos camponeses (mansos livres) ou aos servos(mansos servis), em troca de um conjunto de obrigações.

1 – habitação

do senhor 2 – reserva 3 – moinho 4 – floresta 5 – casas dos camponeses 6 – campos cultivados

Os grandes senhores, passam a gozar, nos seus domínios senhoriais, de poderes que deveriam ser exclusivos do rei:

Cobrança de impostos às populações; Aplicação da justiça; Cunhagem de moedas; Posse de exército.

Nesta época, os camponeses colocavam-se sob a dependência dos senhores nobres ou eclesiásticos em troca de proteção.

Entregavam as suas terras a um senhor de quem recebiam um manso para explorar e garantir a sua sobrevivência.

Corveias – prestação de trabalho gratuito na reserva do senhor em determinados dias da semana.

Banalidades – uso obrigatório do moinho, forno e lagar do senhor, entregando, como forma de pagamento, uma parte daquilo que tinham produzido.

O pagamento de impostos e rendas - em dinheiro e em géneros.

Camponeses livres colonos ou vilãos

Camponeses não livres servos

Os servos trabalhavam na reserva do senhor, a qual não podiam abandonar sem

autorização do senhor.

Conjunto de relações de dependência que se estabeleciam entre os membros da nobreza e do clero, menos poderosos, e os grandes senhores, pondo à sua disposição, as suas armas e homens, tornando-se seus vassalos.

Como recompensa dos serviços e fidelidade, recebiam feudos(terras, cargos ou direitos vitalícios) e proteção do senhor.

Os grandes senhores, por sua vez, eram vassalos do rei, considerado o suserano dos suseranos.

Este conjunto de relações originou o nascimento da Sociedade Feudal.

Feudo – terra, cargo ou outro benefício concedido pelo rei ou senhor ao vassalo.

Vassalo – pessoa que através de um contrato se coloca na dependência de outra pessoa mais poderosa, ficando abrangida por um conjunto de direitos e de obrigações.

O contrato feudo-vassálico unia para sempre vassalo e suserano.

O contrato impunha obrigações e direitos a ambas as partes:

1. O vassalo devia ao senhor fidelidade, conselho, ajuda económica e militar.

2. O suserano devia ao vassalo proteção e sustento através da concessão do feudo.

Fim

A professora Ana Gouveia