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Inclusão para a Vida História A AULA 01 GRÉCIA Idade Antiga: Os mais importantes aspectos da Grécia antiga: o antropocentrismo, o escravismo e a democracia. Considerada como a mais expressiva civilização da antigüidade e fonte da cultura ocidental, devido ao seu rico legado artístico, sua Filosofia e Política. As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu no governo de Péricles (século V a.C.). A democracia ateniense era direta, enquanto a atual é representativa. Divisão histórica: a. Período Pré-Homérico – formação e povoamento b. Período Homérico – sistema gentílico c. Período Arcaico – cidades-Estado (Atenas e Esparta) d. Período Clássico – guerras, hegemonias e decadência • Guerras Médicas ou Grego-Pérsicas – gregos X persas – ofensiva grega – Liga militar de Delos (liderança ateniense, com o fim das lutas Atenas transforma a Liga em instrumento de poder) • Guerra do Peloponeso – oposição grega liderada por Esparta à hegemonia ateniense – Liga do Peloponeso X Atenas – vitória de Esparta e início de sua hegemonia • nova guerra interna, devido a oposição à hegemonia espartana – Tebas X Esparta • resultados das guerras internas e externas : enfraquecimento das cidades-Estado; invasão macedônica Religião politeísta, antropomórfica; mitologia; Jogos Olímpicos Arte: exaltação do equilíbrio, harmonia e proporção Teatro Exercícios de Sala # 01) Sobre a religião grega, é correto afirmar que: 01) Baseava-se em dogmas rigorosos e seus fiéis deveriam crer em verdades absolutas. 02) Cada cidade-Estado tinha sua divindade protetora. 04) Heróis como Perseu, Jasão, Édipo e Hércules eram divinizados. 08) As orações dirigidas aos deuses imploravam principalmente a salvação da alma dos homens. 16) As aventuras dos deuses e heróis são narradas em um conjunto de mitos, o qual se denomina "Mitologia Grega". 02) Sobre a civilização grega afirma-se: 01. A Grécia se organizava politicamente em cidades-Estado, sendo as mais influentes Esparta e Atenas. 02. Em 560 a.C., em Atenas, Psístrato tomou o poder apoiado pelos pequenos proprietários, dando início ao período das tiranias. 04. Em 509 a.C., em Atenas, Clístenes organizou um governo baseado nos princípios da igualdade política dos cidadãos e da participação de todos nas decisões do governo. 08. Esparta e Atenas entraram em choque, devido às suas rivalidades políticas, econômicas e sociais, numa guerra que ficou conhecida como Guerra Médica, cabendo a vitória a Atenas, que passou a dominar toda a Grécia. Exercícios Complementares # 03) A navegação e o comércio marítimo foram desenvolvidos pelos gregos. Dentre os vários fatores que os levaram a isso, podemos citar como causa inicial: a) a pobreza do solo grego e a necessidade de novas terras para suprir suas necessidades. b) o desejo de difundir a cultura grega. c) o fato de serem constantemente molestados por povos bárbaros. d) o seu amplo conhecimento geográfico e marítimo que despertava em seu povo a busca do desconhecido. e) o fato de os mercadores gregos precisarem de novos mercados consumidores. 04) "A pólis se faz pela autonomia da palavra, não mais a palavra mágica dos mitos, palavra dada pelos deuses e, portanto, comum a todos, mas a palavra humana do conflito, da discussão, da argumentação. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser objeto de discussão." (M. Lúcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins) A partir do texto anterior é CORRETO afirmar que: 01. o advento da pólis e, portanto, da vida política, estabelece uma possibilidade de ruptura com o universo heróico-mítico de explicações das coisas mundanas; 02. o nascimento da pólis (séc. VIII e VII a.C.) coloca na ordem do dia as discussões sobre os destinos dos homens por eles mesmos e não mais por desígnios de caráter mítico; 04. a experiência política exigiu que as explicações míticas fossem afastadas e que a causa/razão das coisas mundanas tivesse preexistência; 08. a experiência política instaura, entre os gregos, o uso da argumentação/razão como instrumento de solução de conflitos; 16. o nascimento da pólis possibilita a recuperação do saber mítico pela argumentação e reinstaura o sagrado em detrimento da razão. 05) "Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir que como um motivo de vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não fazer o possível para evitá-la... olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil... decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou pelo menos nos esforçamos por compreendê-las claramente, na crença de que não é o debate que é o empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação". Esta passagem de um discurso de Péricles, reproduzido por Tucídides, expressa: a) os valores ético-políticos que caracterizam a democracia ateniense no período clássico. b) os valores ético-militares que caracterizaram a vida política espartana em toda a sua história. c) a admiração pela frugalidade e pela pobreza que caracterizou Atenas durante a fase democrática. d) o desprezo que a aristocracia espartana devotou ao luxo e à riqueza ao longo de toda a sua história. e) os valores ético-políticos de todas as cidades gregas, independentemente de sua forma de governo. PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 1

Historia A - pré vestibular UFSC

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Inclusão para a Vida História A AULA 01

GRÉCIA

Idade Antiga: Os mais importantes aspectos da Grécia antiga: o antropocentrismo, o escravismo e a democracia. Considerada como a mais expressiva civilização da antigüidade e fonte da cultura ocidental, devido ao seu rico legado artístico, sua Filosofia e Política. As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu no governo de Péricles (século V a.C.). A democracia ateniense era direta, enquanto a atual é representativa.

Divisão histórica:

a. Período Pré-Homérico – formação e povoamento b. Período Homérico – sistema gentílico c. Período Arcaico – cidades-Estado (Atenas e Esparta) d. Período Clássico – guerras, hegemonias e decadência

• Guerras Médicas ou Grego-Pérsicas – gregos X persas – ofensiva grega – Liga militar de Delos (liderança ateniense, com o fim das lutas Atenas transforma a Liga em instrumento de poder)

• Guerra do Peloponeso – oposição grega liderada por Esparta à hegemonia ateniense – Liga do Peloponeso X Atenas – vitória de Esparta e início de sua hegemonia

• nova guerra interna, devido a oposição à hegemonia espartana – Tebas X Esparta • resultados das guerras internas e externas : enfraquecimento das cidades-Estado; invasão macedônica Religião politeísta, antropomórfica; mitologia; Jogos Olímpicos

Arte: exaltação do equilíbrio, harmonia e proporção Teatro

Exercícios de Sala 01) Sobre a religião grega, é correto afirmar que: 01) Baseava-se em dogmas rigorosos e seus fiéis deveriam crer em verdades absolutas. 02) Cada cidade-Estado tinha sua divindade protetora. 04) Heróis como Perseu, Jasão, Édipo e Hércules eram divinizados. 08) As orações dirigidas aos deuses imploravam principalmente a salvação da alma dos homens. 16) As aventuras dos deuses e heróis são narradas em um conjunto de mitos, o qual se denomina "Mitologia Grega". 02) Sobre a civilização grega afirma-se: 01. A Grécia se organizava politicamente em cidades-Estado, sendo as mais influentes Esparta e Atenas. 02. Em 560 a.C., em Atenas, Psístrato tomou o poder apoiado pelos pequenos proprietários, dando início ao período das tiranias. 04. Em 509 a.C., em Atenas, Clístenes organizou um governo baseado nos princípios da igualdade política dos cidadãos e da participação de todos nas decisões do governo. 08. Esparta e Atenas entraram em choque, devido às suas rivalidades políticas, econômicas e sociais, numa guerra que ficou conhecida como Guerra Médica, cabendo a vitória a Atenas, que passou a dominar toda a Grécia.

Exercícios Complementares 03) A navegação e o comércio marítimo foram desenvolvidos pelos gregos. Dentre os vários fatores que os levaram a isso, podemos citar como causa inicial: a) a pobreza do solo grego e a necessidade de novas terras para suprir suas necessidades. b) o desejo de difundir a cultura grega. c) o fato de serem constantemente molestados por povos bárbaros. d) o seu amplo conhecimento geográfico e marítimo que despertava em seu povo a busca do desconhecido. e) o fato de os mercadores gregos precisarem de novos mercados consumidores. 04) "A pólis se faz pela autonomia da palavra, não mais a palavra mágica dos mitos, palavra dada pelos deuses e, portanto, comum a todos, mas a palavra humana do conflito, da discussão, da argumentação. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser objeto de discussão." (M. Lúcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins) A partir do texto anterior é CORRETO afirmar que: 01. o advento da pólis e, portanto, da vida política, estabelece uma possibilidade de ruptura com o universo heróico-mítico de explicações das coisas mundanas; 02. o nascimento da pólis (séc. VIII e VII a.C.) coloca na ordem do dia as discussões sobre os destinos dos homens por eles mesmos e não mais por desígnios de caráter mítico; 04. a experiência política exigiu que as explicações míticas fossem afastadas e que a causa/razão das coisas mundanas tivesse preexistência; 08. a experiência política instaura, entre os gregos, o uso da argumentação/razão como instrumento de solução de conflitos; 16. o nascimento da pólis possibilita a recuperação do saber mítico pela argumentação e reinstaura o sagrado em detrimento da razão. 05) "Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir que como um motivo de vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não fazer o possível para evitá-la... olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil... decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou pelo menos nos esforçamos por compreendê-las claramente, na crença de que não é o debate que é o empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação". Esta passagem de um discurso de Péricles, reproduzido por Tucídides, expressa: a) os valores ético-políticos que caracterizam a democracia ateniense no período clássico. b) os valores ético-militares que caracterizaram a vida política espartana em toda a sua história. c) a admiração pela frugalidade e pela pobreza que caracterizou Atenas durante a fase democrática. d) o desprezo que a aristocracia espartana devotou ao luxo e à riqueza ao longo de toda a sua história. e) os valores ético-políticos de todas as cidades gregas, independentemente de sua forma de governo.

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Inclusão para a Vida História A AULA 02

ROMA ANTIGA

A FUNDAÇÃO

A versão lendária da fundação de Roma foi-nos legada por Virgílio, na célebre Eneida. Segundo o autor, Roma teria sido obra dos irmãos Rômulo e Remo, que a criaram em 753 a.C. Mas há a versão histórica, segundo a qual Roma teria sido fundada pelos latinos e sabinos por volta de 1000 a.C., nas proximidades do rio Tibre.

A MONARQUIA

Seguindo os passos da tradição, Roma teve sete reis: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio e Tarquínio, o Soberbo.

Na sociedade, havia uma divisão social composta da seguinte maneira: Patrícios; Plebeus; Clientes e Escravos

Em 509 a.C., uma revolta patrícia, apoiada pelos plebeus, depôs o rei etrusco de Roma (Tarquínio, o Soberbo).

PATRÍCIOS X PLEBEUS: A população pobre da cidade (os plebeus) não possuía quaisquer direitos políticos, econômicos ou sociais. Durante as guerras de conquistas, somente os patrícios eram privilegiados. Os patrícios, interessados em conquistar o Lácio, precisavam dos plebeus, propondo, assim, a criação de um pretório que protegesse a plebe: o Tribunato da Plebe. Lei das Doze Tábuas – em 450 a.C., que constituiu um dos fundamentos do direito romano.

A REPÚBLICA: O Senado era o órgão com maior poder, composto por 300 senadores vitalícios

A CRISE DA REPÚBLICA: Foi o período iniciado com as lutas dos irmãos Graco contra o Estado romano (Tibério, que propôs uma lei de Reforma Agrária, e Caio, responsável por criar a lei frumentária, para vender trigo a preço mais baixo ao povo), estendendo-se até o conflito entre os cônsules Mário e Sila.

Primeiro Triunvirato – Dividiu o poder político de Roma entre Pompeu, Crasso e Júlio César. Pompeu ficou responsável pelos governos de Roma e do Ocidente; Crasso, pelo Oriente; Júlio César, pelas Gálias. Assassinato de Júlio César (em 44 a.C.).

Segundo Triunvirato – Foi formado por Otávio, Marco Antônio e Lépido que, em seguida, dividiram o mundo romano para melhor governá-lo: Otávio ficou com Roma e o Ocidente; Marco Antônio recebeu o Oriente (Egito / Cleópatra); Lépido ficou com a África, porém foi deposto em 36 a.C.

Otávio assumiu sozinho o poder, tornando-se senhor absoluto de Roma. Recebeu do Senado vários títulos, entre eles o de Imperador, o de César (primeiro general) e o de Augusto (sagrado). Iniciava-se, assim, o Império Romano.

O IMPÉRIO ROMANO: política do “pão e circo”.

A paz, a prosperidade e as realizações artísticas. O século I, em que transcorreu seu governo, ficou conhecido como “a pax romana”. Dinastias:

1. Dinastia Júlio-Claudiana (do ano 14 ao 68). 2. Dinastia dos Flávios (do ano 69 ao 96). 3. Dinastia do Antoninos (do ano 96 so 192). 4. Dinastia dos Severos (do ano 193 ao 235).

CRISE E DECADÊNCIA DO IMPÉRIO

O império Romano, no século III, foi afetado pela crise geral do escravismo, iniciada nos reinados dos últimos Antoninos.

Desses fatores, resultou a diminuição da arrecadação de tributos, levando o Estado a dificuldades de manter a máquina administrativa, principalmente o exército, o que culminou com as invasões bárbaras.

Em 313, Constantino assumiu o poder e restabeleceu a unidade imperial. Estabeleceu, em 330, a capital do Império Romano na antiga colônia grega de Bizâncio, rebatizada com o nome de Constantinopla. Além disso, instituiu o Edito de Milão, no qual reconheceu a religião cristã, transformando-a na mais importante de Roma. Ainda no século IV, os bárbaros iniciaram as invasões em busca de terras férteis. Teodósio foi o último imperador uno, instituindo o Edito de Tessalônica, em 330, pelo qual a religião cristã tornava- se oficial do Império.

Por ocasião da morte de Teodósio (395), o Império foi divido em Ocidente, governado por Honório, e Oriente, governado por Arcádio – ambos filhos do Imperador. O Império Romano decaiu em 476.

Exercícios de Sala 1) O Império Romano expandiu-se pelo Mar Mediterrâneo durante o período republicano; isso gerou, no decorrer do século II d. C., várias repercussões, entre as quais NÃO podemos destacar. 01. surgimento da classe média de pequenos proprietários rurais e desaparecimento dos latifundiários. 02. aumento da população rural na Itália e conseqüente declínio da população urbana. 04. crescimento do número de escravos e grande fluxo de riquezas. 08. criação de grande número de pequenas propriedades e fortalecimento do sistema assalariado. 16. difusão do Cristianismo e proscrição das manifestações culturais de outras regiões. 2) A expansão de Roma durante a República, com o consequente domínio da bacia do Mediterrâneo, provocou sensíveis transformações sociais e econômicas, dentre as quais NÃO podemos incluir: 01. marcado processo de industrialização, êxodo urbano, endividamento do Estado. 02. fortalecimento da classe plebéia, expansão da pequena propriedade, propagação do cristianismo. 04. crescimento da economia agro-pastoril, intensificação das exportações, aumento do trabalho livre. 08. enriquecimento do Estado romano, aparecimento de uma poderosa classe de comerciantes, aumento do número de escravos. 16. diminuição da produção nos latifúndios, acentuado processo inflacionário, escassez de mão-de-obra escrava.

Exercícios Complementares

3) O Edito de Milão (313), no processo de desenvolvimento histórico de Roma, reveste-se de grande significado, tendo em vista que: a) combateu a heresia ariana, acabando com a força política dos bispados de Alexandria e Antioquia. b) tornou o cristianismo a religião oficial de todo Império Romano, terminando com a concepção de rei-deus. c) acabou inteiramente com os cultos pagãos que então dominavam a vida religiosa. d) deu prosseguimento à política de Deocleciano de intenso combate à expansão do cristianismo.

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Inclusão para a Vida História A e) proclamou a liberdade do culto cristão passando Constantino a ser o protetor da Igreja. 4) A religião romana era essencialmente politeísta, e o culto ao imperador era de grande significado pelo fator da unidade que representava. Durante um período determinado, teve início o questionamento dessa idéia. Esse grupo que não reconhecia a divindade do Imperador eram: a) bárbaros invasores b) primeiros cristãos c) bons espíritos familiares d) escravos e estrangeiros e) judeus vindos da Palestina 5) Várias razões explicam as perseguições sofridas pelos cristãos no Império Romano, entre elas: a) a oposição à religião do Estado Romano e a negação da origem divina do Imperador, pelos cristãos. b) a publicação do Edito de Milão que impediu a legalização do Cristianismo e alimentou a repressão. c) a formação de heresias como a do Arianismo, de autoria do bispo Ário, que negava a natureza divina de Cristo. d) a organização dos Concílios Ecumênicos, que visavam promover a definição da doutrina cristã. e) o fortalecimento do Paganismo sob o Imperador Teodósio, que mandou martirizar milhares de cristãos. AULA 03

A IGREJA NA IDADE MÉDIA

É costume dividir o período medieval em duas grandes fases: a Alta Idade Média, que se estende do século V ao século XI e a Baixa Idade Média, do século XII ao século XV.

A Estrutura Feudal: A história da Idade Média Ocidental é basicamente a história dos Reinos Bárbaros que se formaram a partir do século V, com a desintegração do Império Romano do Ocidente.

ORIGENS DO FEUDALISMO: Podemos afirmar que o Feudalismo surgiu através de um processo de integração de uma série de instituições romanas com uma série de instituições bárbaras germânicas, sendo que esse processo estrutural foi catalisado pela ação conjuntural de diversos fatores, tais como o expansionismo muçulmano pelo Mediterrâneo e as invasões dos normandos, húngaros e eslavos.

SOCIEDADE FEUDAL: A sociedade feudal deve ser classificada como sendo uma Sociedade Estamental, ou seja, uma sociedade na qual os seus membros estão hierarquizados em função do seu “status” (posição na sociedade) , sendo que o “status” de cada um era fixado pelo fato de dever ou receber determinadas obrigações. Uma sociedade estamental tem como uma de suas características fundamentais a de apresentar reduzidos veículos de mobilidade social.

MUNDO ÁRABE: UNIFICAÇÃO POLÍTICA

Maomé (570 - 632) nasceu em Meca, membro de uma família pobre da tribo coraixita, e foi responsável pelo surgimento de uma nova religião, o islamismo, que garantiu a unidade política à Arábia.

Sua doutrina condenava o politeísmo idólatra, fonte de disputas entre os árabes, e defendia o monoteísmo fundado na submissão a Alá e na leitura rigorosa do Corão, livro sagrado dos muçulmanos.

Maomé foi perseguido e expulso de Meca em 622 (início do calendário islâmico), dirigindo-se para a cidade de Yatreb, episódio conhecido como Hégira.

Em pouco tempo, Maomé conquistou uma legião de adeptos que, em 630, se dirigiu e conquistou Meca. Em 632, o profeta Maomé morreu e foi sucedido pelos Califas (seguidores do profeta). A Expansão Islâmica: Segundo os preceitos islâmicos, todo seguidor de Maomé deve ser um soldado encarregado de levar a fé a todos os “infiéis”(djihad = Guerra Santa). Tal motivação levou os árabes, comandados pelos califas, à expansão por vastas áreas do Mediterrâneo.

Durante quase mil anos, os árabes-muçulmanos controlaram a navegação e o comércio no Mediterrâneo, bloqueando o acesso dos europeus ao comércio com o Oriente. A Cultura Islâmica: Ciências: campo em que os muçulmanos mais se desenvolveram; na matemática aprimoraram a Álgebra e a Geometria; dedicaram-se também à Astronomia e à Química (alquimia);

• Medicina: grande foi a importância de Avicena que, entre várias descobertas, diagnosticou a varíola e o sarampo e descobriu a natureza contagiosa da tuberculose;

• Literatura: contamos com vasta produção, com destaque para a coletânea As mil e uma noites e o poema Rubaiyat, de Omar Khayam.

Exercícios de Sala

1. O Feudalismo europeu apresentava características particulares de acordo com a localidade. Apesar das diferenças regionais, podemos afirmar que sua origem está relacionada com: 01. o renascimento das cidades. 02. o ressurgimento do comércio. 04. a ruralização da sociedade. 08. o fortalecimento do poder imperial. 16. a descentralização política.

2. Sobre a forma de pensar e de agir do homem da Europa Ocidental durante o período medieval, é correto afirmar que: 01) Deus ocupava o centro de todas as coisas, condicionando pensamento e ação dos homens. 02) A história dos homens consistia numa marcha do povo de Deus em direção a Ele, cabendo à Igreja o papel de guia. 04) A relação entre o senhor e seus vassalos era de dependência pessoal, ou seja, de homem a homem. 08) Nas atividades econômicas, a influência da Igreja impôs princípios que condenavam a especulação e a usura, bem como gerou a idéia de justo preço. 16) O dinamismo da economia feudal se fundamentava na concepção de que o comércio era o único gerador de riquezas.

Exercícios Complementares

3) São características do período conhecido como Alta Idade Média Européia: 01. Surgimento dos Feudos. 02. Centralização política. 04. Início da ocupação da Península Ibérica pelos muçulmanos. 08. Formação do sistema capitalista.

4) (Ufsc) São características do período conhecido como Alta Idade Média Européia: 01. Surgimento dos Feudos. 02. Centralização política. 04. Início da ocupação da Península Ibérica pelos muçulmanos. 08. Formação do sistema capitalista.

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Inclusão para a Vida História A 5) (Ufba) Em relação à organização social da Idade Média, pode-se afirmar: (01) A utilização em grande escala da mão-de-obra escrava, no Império Romano, modificou as condições de trabalho dos camponeses, motivando a ampliação das obrigações do Estado, em decorrência do crescimento demográfico das áreas urbanas. (02) A pregação religiosa de Maomé atraiu significativamente os árabes pobres, que a utilizaram como motivação para uma guerra civil contra os mercadores judeus da Arábia. (04) A estrutura agrícola da sociedade feudal fundamentou-se na grande concentração de terras e no trabalho servil. (08) A atividade urbana, na sociedade feudal, resultava da livre iniciativa dos banqueiros, artesãos e comerciantes e era regulada por uma rígida divisão social, nas relações de trabalho, definida pelo Estado. (16) A Igreja, no período medieval, tentou mostrar a harmonia da sociedade, formulando o princípio das "três ordens", segundo o qual todos eram iguais, porque recebiam uma missão de Deus e a cumpriam de forma fraterna. AULA 04

Chamamos de Baixa Idade Média o período que se estende do século XII ao século XV. Durante a Baixa Idade Média, as formações sociais da Europa Ocidental e Central conheceram profundas transformações em suas estruturas econômicas e sociais. O sentido básico dessas transformações foi o da simultaneidade entre características de crise do Feudalismo e o início do alinhamento de novas condições econômico-sociais que, séculos depois, resultaram na caracterização plena do Modo de Produção Capitalista.

Em suma, num linguajar técnico, o Modo de Produção Feudal vai perdendo sua dominância nas formações sociais européias em favor do modo de produção pré-capitalista.

AS CRUZADAS:

O nome de Cruzadas é dado a um conjunto de oito expedições militares de cristãos do Ocidente que se dirigiram ao Oriente com o objetivo de libertar o Santo Sepulcro das mãos dos muçulmanos.

De um modo geral, a expansão européia contribuiu para dinamizar as relações comerciais entre o Oriente e o Ocidente. Após séculos do bloqueio muçulmano, os cruzados reabriram parcialmente o Mediterrâneo para o comércio europeu.

É fácil entender que o Renascimento do Comércio propiciou, simultaneamente, um Renascimento Urbano, que por sua feita estimulou ainda mais o desenvolvimento do comércio.

Inicialmente, começamos a verificar a proliferação dos comerciantes itinerantes que aos poucos foram se fixando ao redor de um castelo (burgo) ou palácio episcopal, ou ainda no cruzamento das estradas e dos rios, dando desta forma origem a núcleos comerciais que evoluiriam para a condição de cidades.

Os principais aspectos desse processo transformatório foram: o progressivo enfraquecimento das relações servis de produção; a crescente utilização de relações capitalistas de produção; o desenvolvimento das atividades comerciais e artesanais; o crescimento das populações urbanas; o aparecimento de uma nova classe social, a burguesia, que tendia a assumir o papel de classe

economicamente dominante, mas que permanecia alijada do poder político.

Monarquias Nacionais: elas foram resultantes da aliança entre o Rei e a Burguesia.

PENÍNSULA IBÉRICA

Foi a partir do reino de Leão que se formou Portugal. Da unificação daqueles quatro reinos principais é que nasceria a Espanha. Dois fatos devem ser destacados no nascimento da Espanha: o casamento, em 1469, de Fernando, rei de Aragão, com Isabel, irmã do rei de Leão e Castela; e a expulsão dos mouros de Granada em 1492.

RENASCIMENTO ARTÍSTICO CULTURAL E CIENTÍFICO

CARACTERÍSTICAS GERAIS

O Renascimento exprime sobretudo os novos valores e ideais da burguesia, classe ascendente na transição para o capitalismo.

Uma das principais características do Renascimento é o Humanismo, interpretado comumente como sinônimo de antropocentrismo ou valorização do ser humano. O verdadeiro sentido do humanismo renascentista, porém, era o estudo de Humanidades, isto é, da língua e literatura antigas. Humanistas foram Erasmo de Rotterdam (“Príncipe dos Humanistas”, autor do “Elogio da Loucura”), Thomas More (autor de “Utopia”)

FORAM FATORES DO RENASCIMENTO:

o Renascimento Comercial e Urbano da Baixa Idade Média, que alterou os valores da época feudal e favoreceu um maior intercâmbio intelectual.

o mecenato , isto é, a proteção aos escritores e artistas, que muito estimulou o movimento renascentista. Os primeiros mecenas pertenciam à burguesia, mas houve também papas, reis e príncipes que praticaram o mecenato. A burguesia fazia-o como forma de investimento financeiro ou para adquirir status; os governantes, porém, tornavam-se mecenas com o objetivo de aumentar seu prestígio e, conseqüentemente, legitimar o novo poder que estavam implantando: o absolutismo.

a invenção da imprensa , que permitiu uma maior divulgação das novas idéias.

PRINCIPAIS RENASCENTISTAS

• na Pintura: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Ticiano, na Itália; El Greco, na Espanha.

• na Escultura: Michelangelo e Donatello, na Itália.

• na Literatura: Camões, em Portugal; Cervantes, na Espanha; Rabelais e Montaigne, na França; Shakespeare, na Inglaterra.

• na Astronomia: Copérnico, na Polônia; Kepler, na Alemanha; Galileu, na Itália.

Exercícios de Sala 1) (Ufsc) Os relatos sobre o período histórico conhecido como Idade Média revelam a ocorrência de conflitos bélicos, pestes e fome. Sabe-se, porém, que no mesmo período houve desenvolvimento econômico e cultural. Assinale a(s)

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Inclusão para a Vida História A proposição(ões) CORRETA(S) nas suas referências à cultura medieval. 01. O caráter religioso predominou nas artes medievais, pois um dos seus objetivos era a glorificação de Deus. 02. Na literatura, além de Dante Alighieri, destacaram-se os trovadores, responsáveis pela divulgação da poesia popular e das canções de gesta. 04. O crescimento urbano e o comércio foram responsáveis pela decadência intelectual verificada na Idade Média, por dificultarem a criação de novas universidades. 08. Entre os pensadores medievais, destacou-se Santo Tomás de Aquino que, com a "Suma Teológica", tentou resolver a controvérsia entre fé e razão. 16. Na arquitetura medieval predominaram dois estilos: o românico e o gótico. 32. Durante a Idade Média, as línguas nacionais foram denominadas "vulgares". O latim foi a língua falada pelos eruditos. 2) (Ufsc) Numa sexta-feira, 8 de agosto de 1998, dois atentados aterrorizaram o mundo. Bombas explodiram nas embaixadas dos Estados Unidos em Nairobi e Dar es-Salaan, deixando 248 mortos. Os atentados foram reivindicados pelo grupo "Exército de Libertação dos Santuários Islâmicos". Sobre o Islão e os grupos islâmicos fundamentalistas que aterrorizam o ocidente, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S). 01. O Islão surgiu a partir das pregações de Maomé. 02. No "Alcorão", que segundo a tradição foi transmitido a Maomé, estão as leis e ensinamentos da religião islâmica. 04. Os fundamentalistas islâmicos pretendem um Estado dirigido pelas leis do Alcorão. 08. Um número expressivo de fundamentalistas islâmicos prega a guerra santa contra a sociedade ocidental, principalmente contra os Estados Unidos. Exercícios Complementares 3) (Uepg) Sobre a sociedade feudal, assinale o que for correto. 01) Os direitos de suserania e soberania eram igualmente partilhados por toda a classe senhorial. 02) As monarquias feudais caracterizaram-se pela ruptura dos laços feudo-vassálicos e a emergência de um poder pessoal e supremo do soberano. 04) Em algumas regiões da Europa Medieval ocorreu uma síntese equilibrada e espontânea entre elementos romanos e germânicos. 08) Foi marcada pela predominância da vida urbana sobre a rural. 16) Havia uma estreita relação entre laços de dependência pessoal e uma hierarquia de direitos sobre a terra. 4) Apesar de não terem alcançado seu objetivo - reconquistar a Terra Santa -, as Cruzadas provocaram amplas repercussões, porque: a) favoreceram a formação de vários reinos cristãos no Oriente, o que permitiu maior estabilidade política à região. b) consolidaram o feudalismo, em virtude da unificação dos vários reinos em torno de um objetivo comum. c) facilitaram a superação das rivalidades nacionais graças à influência que a Igreja então exercia. d) uniram os esforços do mundo cristão europeu para eliminar o domínio árabe na Península Ibérica. e) estimularam as relações comerciais do Oriente com o Ocidente, graças à abertura do Mediterrâneo a navios europeus.

5) (Unioeste) Com relação ao Período Medieval, pode-se afirmar que 01. o começo da Idade Média se caracteriza por uma rápida urbanização da Europa Ocidental. 02. o romanismo, o germanismo e o cristianismo contribuíram para a formação da Civilização Ocidental e da Europa Medieval. 04. o Feudalismo foi um sistema social, político e econômico voltado para a produção e para o consumo locais. 08. os servos eram homens livres que vendiam sua força de trabalho e habitavam, normalmente, os subúrbios das cidades e os mestres de ofício cultivavam a terra. 16. a cultura do período clássico foi preservada nos mosteiros medievais, donde emanavam princípios da mentalidade cristã. 32. as Cruzadas ocorreram no início do Feudalismo e propiciaram a invasão dos povos bárbaros de terras dos germanos. AULA 05

IDADE MODERNA

REFORMA RELIGIOSA

FATORES

A doutrina da Igreja, através da teoria do preço justo, da condenação da usura, do menosprezo às atividades comerciais e manufatureiras, impedia o desenvolvimento do capital.

Havia ainda uma profunda contradição entre as necessidades econômicas dos diversos grupos sociais e o fiscalismo, a simonia (venda de cargos eclesiásticos) e a venda de indulgências (perdão para os pecados), que a Igreja realizava como um Estado opressor.

REFORMA LUTERANA

Martinho Lutero (1483 - 1546) era monge agostiniano, professor de Teologia na Universidade de Wittemberg, quando o Papa Leão X renovou a indulgência para a obtenção de fundos necessários à construção da Basílica de São Pedro. O descontentamento geral com o Papado aumentou na Alemanha quando o frade Tetzel lá chegou para pregar a indulgência.

Em 1517, Lutero publicou suas “95 Teses”, condenando as indulgências, e logo foi amplamente apoiado, tendo sido Tetzel expulso da cidade de Wittemberg. Recusando retratar-se, Lutero foi excomungado pelo Papa e declarado fora da lei por Carlos V e pelo Édito de Worms, sendo, no entanto protegido pelo duque Frederico da Saxônia. Em 1522, retornou a Wittemberg, onde permaneceu até a morte.

REFORMA CALVINISTA

O movimento reformista ocorrido na Suíça, de maior profundidade e maior influência, foi aquele liderado por Calvino. João Calvino (1509 - 1564) era francês e fez estudos humanísticos. Após sua conversão ao luteranismo, foi obrigado a fugir de seu país para a Suíça em conseqüência das perseguições religiosas a que foi submetido.

REFORMA ANGLICANA

A insatisfação com a Igreja era muito grande na Inglaterra desde o fim do século XIV, quando Wyclif (tradutor da Bíblia para o Inglês) apresentou uma das doutrinas precursoras do protestantismo.

O fator que desencadeou a Reforma na Inglaterra foi a negativa do Papado em atender ao pedido de divórcio do rei Henrique

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Inclusão para a Vida História A VIII (1509 - 1547), que era casado com Catarina de Aragão, tia de Carlos V.

CONTRA-REFORMA CATÓLICA

As reformas protestantes provocaram na Igreja Católica um movimento de reforma interna que inicialmente decorreu de iniciativas isoladas como a mudança das Regras das ordens religiosas, bem como a formação de novas ordens como a dos Capuchinhos, das Ursulinas, dos Barnabistas e dos Jesuítas.

Os Jesuítas (a Companhia de Jesus) foram organizados por Inácio de Loyola, autor de uma obra intitulada “Exercícios Espirituais”, antigo oficial do exército espanhol, sendo que sua organização foi aprovada pela Papa Paulo III em 1540.

A Inquisição, criada no período feudal para o combate às heresias, foi muito utilizada na Espanha, desde o século XV, contra os mouriscos e os judeus. Para o combate aos protestantes, ela foi restabelecida, em 1542, como órgão oficial da Igreja, dirigida de Roma pelo Santo Ofício, que era um órgão presidido pelo Grande Inquisidor.

Em 1543, a Igreja criou um outro órgão, a Congregação do Index, que recebeu a função de examinar todas as obras que viessem a ser publicadas, editando uma relação periódica dos livros considerados perigosos à doutrina e à moral dos fiéis.

O Concílio de Trento (1545 - 1563) foi convocado pelo Papa Paulo III para garantir a unidade da fé católica e da Igreja.

Exercícios de Sala 1. Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, pode-se afirmar que NÃO objetivava: 01. demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento propulsor o desenvolvimento da expansão comercial marítima. 02. estimular a consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e da formação do exército nacional. 04. impor a reserva de mercado metropolitano, por meio da criação de um sistema de monopólios que atingia todas as riquezas coloniais. 08. reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois das expedições de Vasco da Gama às Índias. 16. reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a destruição da Invencível Armada de Felipe II, da Espanha. 2. Assinale as datas CORRETAS e marque a soma no gabarito: 01. 1212 - Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança 02. 1492 - Colombo chegou ao continente americano 04. 1494 - Assinatura do Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha 08. 1500 – Pedro A. Cabral chegou na América 16. 1532 - São Vicente foi fundada por Martin Afonso de Sousa Exercícios Complementares 3) A respeito da cultura grega, leia as sínteses filosóficas abaixo.

I- A ciência, a moral e os credos religiosos eram criações humanas válidas para determinados grupos sociais em um determinado período. II- Sua principal contribuição filosófica foi a Teoria das Idéias, segundo a qual as idéias são a essência dos conceitos e das coisas e, portanto, transcendentes ao homem, que delas tem apenas um pálido reflexo. III- Defendia a existência de um conhecimento estável e válido para todos. Sua grande preocupação era o autoconhecimento que poderia ser obtido através da ironia e da maiêutica. As sínteses que você acabou de ler podem ser associadas, respectivamente, a: a) Platão, Aristóteles e Sócrates b) Platão, Sofistas e Aristóteles c) Sócrates, Sofistas e Platão d) Sofistas, Platão e Sócrates e) Platão, Sofistas e Sócrates 4) Assinale o que for correto a respeito da mulher na sociedade democrática ateniense, na Antigüidade. a) Além de cuidar da administração interna das residências, cabia à mulher fazer pessoalmente as compras no mercado. b) Naquela organização social, a mulher estava excluída da cidadania que era reservada aos homens. c) A mulher podia ser repudiada pelo marido desde que este apresentasse motivo justo e devolvesse o dote ao pai da esposa. d) As mulheres passavam boa parte do tempo fora de casa, nos locais públicos com amigas e mesmo estabelecendo relações íntimas com outros homens. e) No espaço do lar a mulher exercia o poder, cabendo a ela decidir pela rejeição ou não dos filhos recém-nascidos. 5) A Civilização Grega atingiu extraordinário desenvolvimento. Os ideais gregos de liberdade e a crença na capacidade criadora do homem têm permanente significado. Acerca do imenso e diversificado legado cultural grego, é correto afirmar que: a) a importância dos jogos olímpicos limitava-se aos esportes. b) a democracia espartana era representativa. c) a escultura helênica, embora desligada da religião, valorizava o corpo humano. d) os atenienses valorizavam o ócio e desprezavam os negócios. e) poemas, com narrações sobre aventuras épicas, são importantes para a compreensão do período homérico. AULA 6

EXPANSÃO MARÍTIMO-COMERCIAL EUROPÉIA A necessidade de metais preciosos para a cunhagem de moedas, indispensáveis ao desenvolvimento comercial, bem como de novas áreas fornecedoras de mercadorias que abastecessem o mercado europeu, determinaram a expansão marítima a partir do século XV. Sua viabilização foi favorecida por diversos fatores, entre os quais se destacam: o avanço tecnológico, responsável pela melhoria das condições de navegação (elaboração de mapas, aprimoramento de instrumentos de orientação, construção de embarcações mais rápidas e seguras); Nesse processo de expansão, Portugal desempenhou papel pioneiro por ter, durante a Baixa Idade Média, criado as condições necessárias à sua efetivação:

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Inclusão para a Vida História A • privilegiada posição geográfica; • desenvolvimento das técnicas de navegação, sobretudo após a fundação da Escola de Sagres; • presença de uma burguesia forte e com disponibilidade de capitais para a empresa marítima; • paz interna e externa; • centralização política em mãos do rei. A conquista de Ceuta pelos portugueses, em 1415, é considerada o marco inicial da expansão ultramarina européia. O Tratado de Tordesilhas assegurou a presença portuguesa no recém-descoberto continente americano. Com o objetivo de consolidar o domínio lusitano sobre a rota das especiarias orientais, o rei D. Manuel organizou uma poderosa esquadra que se dirigiu às Índias, percorrendo a rota inaugurada por Vasco da Gama. A esquadra contava com duas caravelas, dez naus e 1500 homens e era comandada pelo navegador Pedro Álvares Cabral. A embarcação em que se achava o comandante, porém, afastou-se da costa africana em direção a oeste e, a 22 de abril de 1500, avistou terra. Após rápido desembarque, suficiente para oficializar a posse sobre o novo território, Cabral seguiu viagem em direção ao Oriente. Uma nau, no entanto, retornou a Portugal para dar a notícia da descoberta ao rei. Os navegadores das outras nações européias que não Portugal e Espanha tiveram que se contentar em explorar o Atlântico Norte, sendo responsáveis pela exploração e ocupação da América do Norte. A pirataria foi também uma atividade desempenhada pelos ingleses e franceses.

ABSOLUTISMO As características do Estado absolutista foram: • a grande centralização representada pelo grande poder do soberano, que não era controlado por outras instituições políticas ou por leis limitativas de sua autoridade. • a política econômica mercantilista, que intervinha na estrutura econômica sob diversas formas, ampliou o estabelecimento de relações capitalistas de produção e foi um dos aspectos da acumulação primitiva de capital. Os principais pensadores do poder absoluto foram: • Nicolau Maquiavel (1469-1527) - em suas obras O Príncipe e Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio, fundamentava a necessidade de um Estado Nacional forte e independente da Igreja e encarnado na pessoa do chefe do governo (o “príncipe”) para a aplicação da razão do Estado, fortalecimento da nação e o benefício coletivo, considerando válidos todos os meios utilizados para o alcance desses objetivos. • Jean Bodin (1530-1595) - em Da República, argumentava que a soberania do Estado personificada no rei tinha origem divina, não havendo impedimento à autoridade real. • Bossuet (1627-1704) - Política Tirada da Sagrada Escritura reforçou a doutrina do direito divino, que legitima qualquer governo, justo e injusto; • Thomas Hobbes (1588-1679) - no Leviatã (1651), abandonou a ideologia religiosa para justificar o absolutismo.

Exercícios de Sala 1. Sobre as características do Absolutismo na Idade Moderna é correto afirmar: 01. foi um tipo de regime republicano e democrático. 02. procurou legitimar-se no "Direito Divino dos Reis". 04. foi a expressão do poder político descentralizado. 08. implementou o Estado burocrático e nacional. 16. baseou-se no poder autocrático do soberano.

2. Jacques Bossuet utilizou argumentos extraídos da Bíblia para justificar o poder absoluto e de direito divino da realeza, com o lema: "Um rei, uma lei, uma fé". São características do absolutismo na França: 01) A concentração dos mecanismos de governo nas mãos do rei. 02) A identificação entre Nação e Coroa. 04) A influência do racionalismo iluminista como justificativa do poder absoluto e do "direito divino". 08) A criação de exército nacional permanente. 16) A ampla liberdade de expressão e de fé.

Exercícios Complementares 3. No conjunto de importantes viagens e expedições marítimas dos século XVI, as quais chamamos de "Grandes Navegações", nota-se clara preponderância dos países Ibéricos. A esse respeito, é correto afirmar: 01) As navegações do período se faziam com recurso exclusivo à bússola, uma vez que ainda não se havia iniciado o estudo da navegação astronômica, isto é, orientada através da observação dos astros. 02) As embarcações adotadas pelos portugueses e espanhóis - as galeras - eram semelhantes àquelas utilizadas pelos navegantes genoveses e venezianos. 04) Por sua localização geográfica, Portugal tornava-se particularmente indicado para promover explorações marítimas: seu litoral se encontra a meio caminho entre o Mediterrâneo e o Mar do Norte, e bastante próximo da costa africana e das ilhas atlânticas. 08) Tanto Portugal quanto Espanha podiam contar com o apoio financeiro de vários comerciantes às expedições, interessados em reatar relações diretas com o Oriente desde a queda de Constantinopla (1453). 16) A Espanha entrou com relativo atraso na disputa com os portugueses pela descoberta de novas terras, em função de sua luta contra os muçulmanos pela reconquista de territórios ibéricos. 32) A precoce centralização monárquica, a consolidação do poder central e a aliança com uma nova classe mercantil possibilitam a Portugal desde o início do século XV estimular a expansão comercial e as expedições marítimas. 4. O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no século XV. Embora não houvesse interesse específico de expansão para o Ocidente: a) a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano. b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente. c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar às Índias. d) a procura de terras no Ocidente foi uma reação de Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava da América. e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas intempéries que desviaram a esquadra da rota da Índia. 5. Principalmente a partir do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Para isso deve usar de todos os meios disponíveis pois que "os fins justificam os meios." Professou suas idéias na famosa obra: a) "Leviatã" b) "Do Direito da Paz e da Guerra" c) "República" d) "O Príncipe" e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras"

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Inclusão para a Vida História A AULA 7

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

FATORES

A Revolução Industrial é um processo histórico de radical transformação econômica e social, através do qual o modo de produção capitalista assumiu a dominância de certas formações sociais. Para o desencadeamento da Revolução Industrial, certas pré-condições tiveram de ser preenchidas: • a substituição do processo artesanal de produção pelo processo mecânico exige a realização de um significativo investimento e uma considerável imobilização inicial de capital. Logo, é necessária a pré-existência desse capital acumulado. • a Revolução Industrial demanda um crescente consumo de mão-de-obra urbana. Neste sentido, a existência de abundante disponibilidade de mão-de-obra é condição fundamental para a ocorrência do próprio processo.

Uma Balança Comercial altamente favorável e a abundância dos metais preciosos eram os indícios da prosperidade. Essa hegemonia marítimo-comercial da Inglaterra conferia-lhe uma condição singular em termos de acumulação de capital. Por exemplo, a essa hegemonia a Inglaterra deve o fato de haver podido assinar com Portugal, em 1703, o Tratado de Methuen, em função do qual uma grande parte do ouro explorado no Brasil, no século XVIII, foi acabar nos cofres ingleses.

ASPECTOS TECNOLÓGICOS

O aparecimento das máquinas não significa apenas um progresso técnico, através do qual se verificou um aumento da produtividade. A introdução das máquinas na produção industrial significou uma substituição do tipo de equipamento que era utilizado até então, ou seja, as ferramentas, e uma liberação da mão-de-obra.

ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

• a Burguesia Capitalista, que é a classe dos proprietários dos meios de produção. • o Proletariado, que é a classe que reúne os trabalhadores diretos, cuja única propriedade é a sua força de trabalho, vendida à Burguesia Capitalista em troca de um salário.

Exercícios de Sala

1. Entre os efeitos da Revolução Industrial ocorrida em meados do século XVIII, pode-se incluir: (01) a afirmação do Estado liberal-burguês, triunfante sobre o Antigo Regime. (02) a divisão técnica do trabalho, permitindo celeridade no processo produtivo. (04) a configuração da dicotomia básica das sociedades capitalistas: burguesia e proletariado. (08) o acirramento da luta de classes, com eclosão de movimentos contestatórios à ordem burguês-capitalista. (16) a consolidação da concepção metalista, estimulando a procura e a posse de metais preciosos como fator de riqueza. (32) o incentivo ao protecionismo estatal, visando a alcançar um superávit comercial necessário à proteção da indústria nascente. (64) a acumulação de capitais na esfera da produção de mercadorias e conseqüente hegemonia política e social da burguesia.

2. A era da industrialização na Europa foi acompanhada por transformações no processo de trabalho, entre as quais podemos citar: 01) Passagem do sistema doméstico ao sistema fabril de produção. 02) Concentração de trabalhadores em unidades fabris, desenvolvendo a divisão social do trabalho e a especialização em determinados ramos de produção. 04) Manutenção da estrutura corporativa de trabalho, organizando os trabalhadores em corporações de ofícios. 08) Promoção de um novo modelo de trabalho, pronto a aceitar a disciplina do trabalho fabril e constituindo mão-de-obra assalariada. 16) Utilização freqüente de mão-de-obra feminina e infantil, submetida ao mesmo regime de trabalho, durante longas jornadas. Exercícios Complementares 3. Sobre a inovação tecnológica no sistema fabril na Inglaterra do século XVIII, é correto afirmar que ela a) foi adotada não somente para promover maior eficácia da produção, como também para realizar a dominação capitalista, na medida que as máquinas submeteram os trabalhadores a formas autoritárias de disciplina e a uma determinada hierarquia. b) ocorreu graças ao investimento em pesquisa tecnológica de ponta, feito pelos industriais que participaram da Revolução Industrial. c) nasceu do apoio dado pelo Estado à pesquisa nas universidades. d) deu-se dentro das fábricas, cujos proprietários estimulavam os operários a desenvolver novas tecnologias. e) foi única e exclusivamente o produto da genialidade de algumas gerações de inventores, tendo sido adotada pelos industriais que estavam interessados em aumentar a produção e, por conseguinte, os lucros. 4. A Revolução Industrial Inglesa só foi possível pelo processo histórico de acumulação primitiva criador tanto do CAPITAL quanto do TRABALHO. A liberação da mão-de-obra e formação do proletariado ocorreu com: a) os cercamentos dos campos e a expulsão dos camponeses das terras comuns. b) o intenso cultivo de algodão nos campos ingleses. c) o processo de reforma agrária na Inglaterra. d) o intenso proceso de imigração de trabalhadores de outras nações européias para as indústrias inglesas. e) a produção agrícola organizada em técnicas feudais. 5. Dentre as conseqüências sociais forjadas pela Revolução Industrial pode-se mencionar a) o desenvolvimento de uma camada social de trabalhadores, que destituídos dos meios de produção, passaram a sobreviver apenas da venda de sua força de trabalho. b) a melhoria das condições de habitação e sobrevivência para o operariado, proporcionada pelo surto de desenvolvimento econômico. c) a ascensão social dos artesãos que reuniram seus capitais e suas ferramentas em oficinas ou domicílios rurais dispersos, aumentando os núcleos domésticos de produção. d) a criação do Banco da Inglaterra, com o objetivo de financiar a monarquia e ser também, uma instituição geradora de empregos. e) o desenvolvimento de indústrias petroquímicas favorecendo a organização do mercado de trabalho, de maneira a assegurar emprego a todos os assalariados.

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REVOLUÇÃO FRANCESA – 1789-1799

ETAPAS DA REVOLUÇÃO

A Revolução Francesa transformou a política do mundo moderno.

ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE (1789/1791)

Por determinação do Rei, ao longo do processo eleitoral para os Estados Gerais, foram elaborados os chamados “Cadernos de Queixas”, nos quais os representantes dos três estados sociais registravam suas pretensões e reivindicações. Diante desses fatos, o Terceiro Estado, sob a liderança da burguesia, tomou a iniciativa: em 13 de julho foi organizada uma milícia popular que recebeu o nome de Guarda Nacional e foi organizado um Comitê Permanente de direção da insurreição (este comitê daria origem à Comuna de Paris); em 14 de julho de 1789, após intensas manifestações de rua com forte apoio popular, o Terceiro Estado, através de seus deputados e na liderança de um movimento popular, marchou sobre a prisão da Bastilha que era um verdadeiro símbolo do Absolutismo e de suas arbitrariedades, sendo que após várias horas de sítio, a fortaleza capitulou. Foi aprovada uma Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que proclamava a liberdade e igualdade de todos diante da lei.

MONARQUIA CONSTITUCIONAL (1791/1792) Os Jacobinos, que representavam a esquerda política e eram partidários de uma democracia burguesa; Diante dessa estrutura política da Assembléia Legislativa, o rei Luís XVI apoiava os Jacobinos de Brissot na esperança de que a política extremista deles levasse a França à guerra e à catástofre e, com isso, ficasse viabilizada a contra-revolução. Os “sans-culottes”, articulados em torno da Comuna Insurreicional, pressionaram a Assembléia, que se viu obrigada a votar a suspensão do Rei e a convocar eleições, por sufrágio universal, para uma nova Constituinte, que receberia a designação de Convenção Nacional. Enquanto a Convenção não foi instalada, o poder executivo foi exercido por um Conselho Executivo Provisório, onde se destacou a figura de Danton.

A REPÚBLICA JACOBINA (1792/1795) O primeiro ato importante da Convenção Nacional foi tomado em 21 de setembro de 1792: a abolição da Monarquia. Os deputados da Convenção agregavam-se nos seguintes partidos: - os Girondinos (160 deputados), que eram partidários da legalidade e da liberdade econômica pretendiam limitar a influência do povo de Paris, cuja ação julgavam excessivamente radical. - os Montanheses (140 deputados) que se apoiavam, basicamente, nos “sans-culottes” (a maior parte desses deputados havia sido eleita pelos votos de Paris), defendiam uma forte radicalização do processo revolucionário e seus principais líderes eram Carnot, Saint-Just, Marat, Danton e Robespierre. - Centro (também conhecido como Planície ou Pântano e que agregava o restante dos deputados) inicialmente apoiava os Girondinos, mas aos poucos, tendeu para os Montanheses. Por pressão dos Montanheses, foi desencadeado um processo contra o Rei que, apesar da oposição dos Girondinos, acabou por condenar o soberano à morte. Luís XVI foi executado em 21 de janeiro de 1793. O ápice das medidas de exceção foi atingido em junho de 1794 com o chamado Grande Terror. Em menos de três meses, cerca

de duas mil pessoas foram executadas, dentre elas o poeta André Chenier e o químico Lavoisier. Quando, em 8 do Termidor (06 de julho de 1794), Robespierre anunciou que faria uma nova depuração da Convenção e nos Comitês, Tallien e Fouché, dois líderes moderados, conseguiram reunir em torno de si a maioria dos deputados da Planície e, em 9 do Termidor (27 de julho), conseguiram fazer com que a Convenção aprovasse a prisão de Robespierre, sendo executado no dia seguinte.

GOVERNO DO DIRETÓRIO (1795/1799)

Napoleão, a frente de trinta e oito mil soldados, seguiu para o Egito em maio de 1798, tomou Alexandria e o Cairo, mas, em agosto, o Almirante Nelson, da Inglaterra, destruiu a frota francesa na Batalha de Aboukir. Em agosto de 1799, Napoleão deixou o comando das tropas de ocupação para Kleber e embarcou secretamente para a França. Os golpistas precisavam de um militar de prestígio para que o golpe contasse com o apoio do exército, encontraram-no na pessoa de Napoleão Bonaparte. Em 18 Brumário (09 de novembro de 1799), foi desfechado o golpe de Estado que é conhecido pelo nome de Golpe do 18 Brumário: Bonaparte foi nomeado comandante das tropas de Paris e os três diretores, que se mantinham fiéis ao regime, neutralizados. No dia seguinte, a resistência do Conselho dos Quinhentos foi quebrada graças à ação conjugada de seu presidente (Luciano Bonaparte, irmão de Napoleão) e das tropas de Paris. O Diretório foi suprimido e substituído por três cônsules provisórios: Bonaparte, Sieyés e Roger Ducos.

Exercícios de Sala 1. A Revolução Francesa representou um marco da história ocidental pelo caráter de ruptura em relação ao Antigo Regime. Dentre as características da crise do Antigo Regime, na França, NÃO podemos incluir: 01. a crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado pela burguesia contra os privilégios do clero e da nobreza. 02. o desequilíbrio econômico da França, decorrente da Revolução Industrial. 04. a retomada da expansão comercial francesa, liderada por Colbert. 08. o apoio da monarquia às sucessivas rebeliões camponesas contrárias à nobreza. 16. o fortalecimento da monarquia dos Bourbons, após a participação vitoriosa na guerra de independência dos E.U.A. 2. A "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão", da Revolução Francesa, traz o seguinte princípio: "Os homens nascem e se conservam livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem ter por fundamento o proveito comum". Tal princípio NÃO é decorrente: 01. da incorporação das reivindicações da classe média por maior participação na vida política. 02. do reconhecimento da necessidade de assegurar os direitos dos vencidos, sem distinção de classes. 04. da incorporação dos camponeses à comunidade dos cidadãos com direitos sociais e políticos reconhecidos na lei. 08. da crença popular na perspectiva liberal burguesa de que a Revolução fora feita por todos e em benefício de todos. 16. da determinação burguesa de levar avante um processo revolucionário de distribuição da propriedade privada.

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Inclusão para a Vida História A Exercícios Complementares 3. A Constituição da França de 1791, a partir dos princípios preconizados por Montesquieu, consagrou, como fundamento do novo regime, a) a subordinação do Judiciário ao Legislativo, que passou a exercer um poder fiscalizador sobre os tribunais. b) a identificação da figura do monarca, com a do Estado, que a partir desse momento se tornou inviolável. c) a supremacia do Poder Legislativo, deixando de ser o rei investido de poder moderador. d) o poder de veto monárquico, que se restringiu a assuntos fiscais, limitando, assim, a soberania popular. e) a separação dos poderes até então concentrados, teoricamente, na pessoa do soberano. 4. Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revolução Francesa, que a) teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida e apropriada por uma só classe social, a burguesia, única beneficiária da nova ordem. b) fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não conseguiu impedir o retorno das forças sócio-políticas do Antigo Regime. c) nela coexistiram três revoluções sociais distintas: uma revolução burguesa, uma camponesa e uma popular urbana, a dos chamados sans-culottes. d) foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, ao garantir as pequenas propriedades aos camponeses, atrasou, em mais de um século, o progresso econômico da França. e) abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tanto do ponto de vista da riqueza, quanto do ponto de vista político, impediu que a burguesia a concluísse. 5. Na Revolução Francesa, foi uma das principais reivindicações do Terceiro Estado: a) a manutenção da divisão da sociedade em classes rigidamente definidas. b) a concessão de poderes políticos para a nobreza, preservando a riqueza dessa classe social. c) a abolição dos privilégios da nobreza e instauração da igualdade civil. d) a união de poderes entre Igreja e Estado, com fortalecimento do clero. e) o impedimento do acesso dos burgueses às funções políticas do Estado. AULA 9

IDADE CONTEMPORÂNEA

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Imperialismo: o novo colonialismo (partilha África e Ásia)

Os motivos do neocolonialismo

Nessa época, vários países europeus passavam pela Revolução Industrial. Precisavam encontrar fontes de matéria-prima (carvão, ferro, petróleo) e de produtos alimentícios que faltavam em suas terras. Também precisavam de mercados consumidores para seus excedentes industriais, além de novas regiões para investir os capitais disponíveis construindo ferrovias ou explorando minas, por exemplo.

A Europa ocupa tudo

Em 1914, 60% das terras e 65 % da população do mundo dependiam da Europa. Suas potências tinham anexado 90% da África, 99% da Oceania e 56% da Ásia.

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL – 1914-1918 A Primeira Guerra Mundial foi um conflito militar (1914-1918), iniciado por um confronto regional entre o Império Austro-Húngaro e a Sérvia, em 28 de julho de 1914. A causa imediata do início das hostilidades entre a Áustria-Hungria e a Sérvia foi o assassinato do arquiduque Francisco Fernando de Habsburgo, herdeiro do trono austro-húngaro, cometido, em Sarajevo no dia 28 de junho de 1914, por um nacionalista sérvio. Entretanto, os verdadeiros fatores determinantes do conflito foram: o espírito nacionalista que crescia por toda a Europa durante o século XIX e princípios do XX e a rivalidade econômica e política entre as diferentes nações, o processo de militarização e a corrida armamentista que caracterizaram a sociedade internacional dos últimos anos do século XIX, raiz da criação de dois sistemas de alianças que se diziam defensivas: a Tríplice Aliança e a Tríplice Entente. A primeira nasceu do pacto firmado entre a Alemanha, Áustria-Hungria e Itália contra a ameaça de ataque da França. A Tríplice Entente era a aliança entre a Grã-Bretanha, França e Rússia para contrabalançar a Tríplice Aliança. 1914-1915: A GUERRA DE MOVIMENTO As operações militares na Europa se desenvolveram em três frentes: a ocidental ou franco-belga, a oriental ou russa e a meridional ou sérvia. 1915-1917 – GUERRA DE TRINCHEIRAS 1917: ENTRADA DOS ESTADOS UNIDOS E O ARMISTÍCIO COM A RÚSSIA A política de neutralidade americana mudou quando a Alemanha anunciou, em janeiro de 1917, que a partir de fevereiro recorreria à guerra submarina. Várias nações latino-americanas, entre elas o Peru, o Brasil e a Bolívia apoiariam esta ação. O afundamento de alguns navios levou o Brasil, em 26 de outubro de 1917, a participar da guerra, enviando uma divisão naval em apoio aos aliados. Aviadores brasileiros participaram do patrulhamento do Atlântico, navios do Lóide Brasileiro transportaram tropas americanas para a Europa e, para a França, foi enviada uma missão médica. Representantes da Rússia, Áustria e Alemanha assinaram o armistício em 15 de dezembro, cessando assim a luta na frente oriental. 1918: ANO FINAL República de Weimar, cujo governo enviou uma comissão para negociar com os aliados. Em 11 de novembro foi assinado o armistício entre a Alemanha e os aliados, baseado em condições impostas pelos vencedores. O Tratado de Versalhes (1919), que pôs fim à guerra, estipulava que todos os navios aprisionados passassem a ser de propriedade dos aliados. Em represália a tais condições, em 21 de junho de 1919, os alemães afundaram seus próprios navios em Scapa Flow. As potências vencedoras permitiram que deixassem de ser cumpridos certos itens estabelecidos nos tratados de paz de Versalhes, Saint-Germain-en-Laye, Trianon, Neuilly-sur-le-Seine e Sèvres, o que provocaria o ressurgimento do militarismo e de um agressivo nacionalismo na Alemanha, além de agitações sociais que se sucederiam em grande parte da Europa.

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Inclusão para a Vida História A Exercícios de Sala Na(s) questão(ões) a seguir, escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos. 1. Tema recorrente da política contemporânea, o nacionalismo tem-se constituído em foco permanente de conflito. Sobre ele, é correto afirmar que: 01) A Primeira Guerra foi precedida pelo confronto de diferentes projetos expansionista. É o caso da Rússia, que pretendia avançar sobre territórios do Império Austro-Húngaro e do Império Turco, dizendo-se protetora dos povos eslavos. Ou da Sérvia, que, ao pretender unificar os eslavos do Sudeste da Europa, formando a Grande Sérvia, também se chocava com os interesses desses Impérios. 02) A Segunda Guerra, igualmente, foi precedida de discursos nacionalistas, embora com novas feições. É o caso do fascismo italiano, embalado nos sonhos de reconstrução das glórias do Império Romano, ou do nazismo alemão, defensor da unificação dos povos germânicos e da reconstrução do seu Império, então denominado III Reich. 04) A vitória do nacionalismo indiano (1947) e o fracasso franco-britânico na guerra contra o Egito (1956) desencadearam uma onda de nacionalismo nas antigas colônias européias na África e na Ásia. Aliando-se a outros países de passado colonial, como os latino-americanos, formaram uma terceira força internacional - Terceiro Mundo, situado entre o Capitalismo e o Socialismo. 08) Nos anos 80-90, novamente os movimentos nacionalistas abalam a política internacional. O já frágil "império" soviético vê sua unidade desfazer-se diante do separatismo das Repúblicas Bálticas - Letônia, Estônia e Lituânia. A partir de então, outras repúblicas assumem o mesmo propósito, pondo fim à URSS. Entre os "eslavos do sul", as disputas de croatas e sérvios lançam a Iugoslávia numa violenta guerra civil. 2. O clima de tensão oriundo da expansão imperialista na Ásia e determinador do 1º Conflito Mundial NÃO pode ser avaliado pelas: 01. rivalidades entre franceses e ingleses na Indochina, entre ingleses e russos na Ásia Central e entre russos e japoneses na Mandchúria e Coréia. 02. políticas de alianças entre russos e japoneses para bloquear as pretensões inglesas e francesas no sudeste asiático. 04. tensões entre o Império Inglês e o Império Chinês em torno da Coréia e da Mandchúria com o apoio da França à Inglaterra. 08. rivalidades entre ingleses e franceses no sudeste asiático, entre belgas e alemães em Port-Arthur e entre russos e poloneses na Ásia Européia. 16. tensões entre o Império Austro-Húngaro e a Grécia na região do sudeste asiático com o apoio da Inglaterra aos gregos. 3. Os Estados Unidos emergiram como grande potência econômica mundial após a Primeira Guerra Mundial porque: a) apoiou a Alemanha, com o objetivo de enfraquecer a Inglaterra. b) liderou a criação da ONU (Organização das Nações Unidas). c) fortaleceu sua economia ao fornecer equipamentos e suprimentos à Entente, enquanto as potências européias tiveram suas economias arrasadas após o conflito. d) apresentou as propostas do Tratado de Versalhes, para enfraquecer a Alemanha, a grande potência industrial do início do século. e) se manteve afastado do conflito direto com as potências européias, concentrando seus esforços no desenvolvimento interno.

4. A respeito do envolvimento dos E.U.A. na Primeira Grande Guerra é INCORRETO afirmar que: a) foi influenciado pela intenção germânica de atrair o México, prometendo-lhe ajuda na reconquista de territórios perdidos para os E.U.A. b) os E.U.A. financiaram diretamente a indústria bélica franco-inglesa e enviaram um grande contingente de soldados ao fronte. c) uma possível derrota da França e Inglaterra colocaria em risco os investimentos norte-americanos na Europa. d) contrariando o Congresso, o presidente dos E.U.A. rompeu a neutralidade, declarando guerra às forças do Eixo. e) a adesão dos E.U.A. desequilibrou as forças em luta, dando um novo alento à Entente. 5. Ao término da Primeira Grande Guerra, as potências vencedoras responsabilizaram a Alemanha pela guerra e foi-lhe imposto um tratado punitivo, o Tratado de Versailles, que teve como conseqüências: a) degradação dos ideais liberais e democráticos, agitações políticas de esquerda - como o movimento espartaquista, crise econômica e desemprego. b) enfraquecimento dos sentimentos nacionais, militarização do Estado Alemão, recuperação econômica e incorporação de Gdansk. c) anexação das colônias de Togo e Camarões, a afirmação dos ideais liberais e democráticos e a valorização do marco alemão. d) prosperidade econômica, rearmamento alemão, desmembramento da Alemanha e fortalecimento dos partidos liberais. e) surgimento da República Democrática Alemã e da República Federal Alemã, fortalecimento do nazismo, militarismo e diminuição do desemprego. AULA 10

REVOLUÇÃO RUSSA

A industrialização da Rússia ocorreu com atraso de mais de um século em relação à Inglaterra, mas foi favorecida pelo fim da servidão, que liberou mão-de-obra, e pelos investimentos estrangeiros. A Primeira Guerra Mundial enfraqueceu ainda mais o governo Nicolau II. Em dois anos de luta, seu exército sofreu 7 milhões de baixas, entre mortos, feridos e desetores. A população civil padeceu com a fome e o desemprego. Em fevereiro de 1917, o czar abdicou e foi instalada uma república liderada por Kerensky. Em novembro, os bolcheviques comandados por Lênin e Trotsky tomam o poder. Logo após, assinam a paz com a Alemanha, efetuam uma radical reforma agrária e nacionalizam bancos, indústrias e meios de transportes. Depois de duas guerras, a economia russa estava arrasada. Para recuperá-la, Lênin adotou a NEP, afrouxando alguns controles sobre os investimentos estrangeiros, o excedente agrícola e as pequenas empresas (menos de vinte funcionários). Em 1924, Lênin morreu e foi substituído por Stálin, que passou a perseguir todos os seus adversários (principalmentos os adeptos de Trotsky), condenando centenas de milhares à morte e milhões ao exílio na Sibéria. Suprimiu A NEP e adotou os planos qüinqüenais. A URSS tornou-se, assim, uma grande potência. Entre-Guerras (Totalitarismos de extrema direita) Crise de 1929 Ao final da Primeira Guerra, a indústria dos EUA era responsável por quase 50% da produção mundial.

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Inclusão para a Vida História A O país criou um novo estilo de vida: o american way of life. Esse estilo de vida caracterizava-se pelo grande aumento na aquisição de automóveis, eletrodomésticos e toda sorte de produtos industrializados. Entretanto, os EUA sofreu grande abalo em 1929, quando mergulhou numa terrível crise, de repercussão mundial. Por sua vez, Inglaterra, França e Alemanha foram atualizando rapidamente seus métodos industriais. Isso colaborou para aumentar o desequilíbrio entre o excesso de mercadorias produzidas e o escasso poder aquisitivo dos consumidores. Configurava-se assim uma conjuntura econômica de superprodução capitalista. O crack da Bolsa de Valores de Nova York A crise de superprodução teve como um de seus grandes marcos o dia 29 de outubro de 1929, dia do crack da Bolsa de Valores de Nova York, que representava o grande termômetro econômico do mundo capitalista. O crack da Bolsa de Valores de Nova York abalou o mundo inteiro. Os Estados Unidos não podendo vender também deixaram de comprar e isso afetou também o Brasil, que dependia das exportações de café para os Estados Unidos. New Deal: a reação à crise Nos primeiros anos do governo do presidente Franklin Delano Roosevelt, os Estados Unidos adotaram o New Deal, um conjunto de medidas destinadas à superação da crise. O New Deal foi inspirado nas idéias do inglês John Keynes. Dentre as principais medidas adotadas pela política econômica do New Deal, destacam-se: Controle governamental dos preços de diversos produtos industriais e agrícolas. Concessão de empréstimos aos proprietários agrícolas. Realização de um grande programa de obras públicas. Criação de um seguro-desemprego. Recuperação industrial.

O AVANÇO DOS REGIMES TOTALITÁRIOS Os partidos de orientação marxista, representavam uma terrível ameaça aos interesses dos grandes banqueiros e industriais. Para salvar esses interesses, apoiou a ascensão de regimes totalitários, que prometiam estabelecer a ordem e a disciplina social. Exemplos marcantes desse processo foram o desenvolvimento do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha. A crise exigiu respostas econômicas novas e corajosas, adotadas pelo presidente Franklin Delano Roosevelt, eleito em 1932, e que geraram o New Deal. Esse plano teve como base as idéias de John Maynard Keynes (1884-1946). O Keynesianismo defende um Estado mais interventor, que deveria evitar os riscos de superprodução, além de aumentar o poder de consumo, mas preservando a economia de mercado. O liberalismo clássico de Adam Smith foi superado pelo neocapitalismo. Exercícios de Sala 1. O período de 1919 a 1939, pelos componentes que o constituíram, marcados por esperanças e frustrações, é tido como um dos mais críticos da época contemporânea. Dos esforços para superar a devastação da Primeira Guerra Mundial, se encaminha para a recuperação e logo em seguida para o novo conflito mundial. A respeito desse período é correto afirmar que: 01) A frustração e o inconformismo do alemães, submetidos às cláusulas do Tratado de Versalhes, levaram - nos a chamar esse acordo de "Diktat". 02) A Liga das Nações (ou Sociedade das Nações), criada após a Primeira Guerra Mundial, recebeu apoio de todas as potências e teve atuação decisiva para evitar todas as crises internacionais da década de 1930.

04) A URSS participou ativamente da política internacional européia na década na década de 1920. 08) Nesse período houve a vitória das ditaduras do tipo nazi - fascista na Itália e na Alemanha, além de regimes autoritários em diversos países, como Portugal e Espanha. 16) A crise de 1929 e a grande depressão econômica que ela gerou, desencadearam também crises políticas, reacenderam nacionalismos econômicos e políticos, facilitaram a ascensão de ditaduras e contribuíram para o advento da Segunda Guerra Mundial. 2. O período de entre guerras (1919-1939) foi caracterizado pelo aparecimento de regimes autoritários na Europa. A esse respeito, é correto afirmar que: 01) Esses regimes podem ser entendidos como uma alternativa tanto à ordem liberal tradicional quanto ao regime comunista. 02) No período em questão, acentuaram-se as dificuldades dos regimes democráticos e acentuou-se o fracionamento político, o que dificultava o estabelecimento de maiorias parlamentares que pudessem garantir a continuidade administrativa. 04) A incapacidade dos regimes de democracia liberal de contornarem a crise econômica dos anos 1920/30, também contribuiu para abrir espaços para a expansão dos regimes autoritários. 08) Parte importante no projeto do nazismo de unificação das vontades coletivas foi a ênfase na liberdade de expressão e na igualdade entre as raças. 16) A expansão dos regimes autoritários se fez com base num acentuado internacionalismo e cosmopolitismo, rejeitando-se qualquer ênfase em temas nacionalistas. 32) A tomada do poder pelos nazistas e fascistas teve uma significativa participação popular, inclusive com grandes manifestações de massa. Exercícios Complementares 3. "... derrota na guerra, deserções, motins militares contra os superiores, greves nas fábricas, falta de gêneros alimentícios e combustíveis nas principais cidades, queda na produção, aviltamento dos salários, incapacidade governamental e crescente miséria das massas." O quadro descrito no texto conduziu à a) derrota dos franceses no Vietnã em 1954. b) descolonização Afro-Asiática em 1945. c) rebelião Boxer na China em 1900. d) Segunda Guerra Mundial em 1939. e) Revolução Russa em 1917. 4. "A guerra atual é, por parte de ambos os grupos potências beligerantes, uma guerra (...) conduzida pelos capitalistas pela partilha das vantagens que provêm domínio sobre o mundo, pelos mercadores do capital financeiro (bancário), pela submissão dos povos fracos etc." ("Resolução sobre a Guerra",publicada no jornal PRAVDA em abril de 1917.) O texto oferece uma interpretação característica dos bolcheviques sobre a a) Guerra Russo-Japonesa. b) Guerra da Coréia. c) Guerra da Criméia. d) Primeira Guerra Mundial. e) Primeira Guerra Balcânica. 5. Sobre fatos antecedentes à Segunda Guerra Mundial, assinale a alternativa incorreta. a) Os E.U.A. cortaram o envio de ferro, aço, petróleo e borracha e bloquearam capitais japoneses na América do Norte por causa da invasão da Manchúria pelo Japão.

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Inclusão para a Vida História A b) Passando por cima das disposições dos tratados do pós-guerra, em 1938, Hitler, com o apoio de fascistas austríacos, ordenou a ocupação da Áustria. e) Em 1936, um grupo de generais, chefiados por Franco, iniciou uma revolta contra o governo de esquerda, legalmente constituído, na Espanha. d) A euforia econômica decorrente da valorização da Bolsa de Nova Iorque em 1929 favoreceu a recuperação econômica e a consolidação das democracias na Europa. e) Em 1939, Stálin conseguiu-se aproximar da Alemanha através do Pacto Germano-Soviético, negociado por Ribbentrop e Molotov. AULA 11

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL – 1939-45

A humilhação sofrida pela Alemanha com o Tratado de Versalhes cria as condições ideais para a germinação do nacional-socialismo - nazismo - alemão e a ascensão de Hitler ao poder, em 1933. O nacional-socialismo toma o poder pela violência, elimina as dissensões internas com métodos violentos e combate a divisão do mundo produzida pela 1a Guerra. Reação mundial ao nazismo - As potências ocidentais têm uma posição dúbia em relação ao nazismo. Pressentem o perigo representado por Hitler, mas permitem o crescimento da Alemanha nazista como forma de bloquear a União Soviética. A invasão da Polônia, em 1o de setembro de 1939, por tropas e aviões alemães, não surpreende a Europa. Todos estão à espera da guerra. Origens do Eixo - Itália e Alemanha têm regimes políticos semelhantes, mas o que mais as aproxima é o limitado espaço territorial de que dispõem e a acirrada competição pelos mercados internacionais. Stalin percebe que as anexações alemãs caminham em direção à União Soviética e firma com Hitler o Pacto Germano-Soviético, em 1939, pelo qual anexa a Lituânia, Letônia, Estônia e parte da Polônia e Finlândia. COMEÇA A GUERRA NA EUROPA Em abril de 1939 Hitler exige a anexação de Dantzig, o "corredor polonês", e a concessão de uma rede rodoviária e ferroviária que cruze a província polonesa da Pomerânia. A Polônia, sem condições de resistir, é invadida por tropas nazistas no dia 1o de setembro. O Reino Unido, comprometido com a defesa da Polônia em caso de agressão, declara guerra à Alemanha. Horas depois, é seguida pela França. Até junho de 1940, quando a Itália declara guerra à França e ao Reino Unido, o conflito está restrito aos três países. A Alemanha invade e ocupa a Noruega, a Bélgica, a Holanda e a França. Domínio alemão - O domínio alemão na Europa fica patente com a expulsão dos ingleses de Dunquerque e os armistícios assinados pela França com a Itália e Alemanha, em junho de 1940, que dividem o território francês em duas partes. Na Batalha da Inglaterra, no verão de 1940, a aviação inglesa, RAF (Royal Air Force), consegue rechaçar os ataques da Luftwaffe (aviação alemã). Defesa de Moscou - Em fins de 1941 a defesa de Moscou marca uma das mais decisivas vitórias aliadas. Ataque a Pearl Harbor - O ataque japonês à base norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941, leva os Estados Unidos a declararem guerra ao Eixo e alastra o conflito a quase todo o mundo. As duas facções beligerantes estão definidas: os países do Pacto Anticomintern

(o Eixo) - Alemanha, Itália e Japão - contra os Aliados - Inglaterra, Estados Unidos, União Soviética e China. A China já se encontra em guerra contra o Japão desde 1931. Kamikazes - É como são chamados os aviões japoneses carregados de explosivos e dirigidos por um piloto suicida que com ele se atira sobre o alvo inimigo. SEGUNDA FASE DA GUERRA É quando o conflito se torna uma guerra de desgaste. O Eixo tenta subjugar a Inglaterra, cortando suas linhas de abastecimento no Atlântico e no Mediterrâneo. Contra-ofensiva na África e Itália - Em julho de 1943 os Aliados desembarcam na Sicília e, em setembro, avançam até Nápoles. Mussolini é destituído em julho e a Itália muda de lado. Dia D - Em 6 de junho de 1944, chamado de "Dia D" pelos Aliados, sob o comando do general Einsenhower, é feito o ataque estratégico que daria o golpe mortal nas forças nazistas que ainda resistem na Europa. Cinqüenta e cinco mil soldados norte-americanos, britânicos e canadenses desembarcam nas praias da Normandia, noroeste da França, na maior operação aeronaval da História, envolvendo mais de 5 mil navios e mil aviões. Guerra no Pacífico - No Pacífico, a situação também se inverte com a vitória das tropas norte-americanas na batalha naval de Midway e em Guadalcanal, em 1942. Ataque a Hiroshima e Nagasaki - Em 6 de agosto os Estados Unidos lançam a primeira bomba atômica sobre Hiroshima, deixando mais de 100 mil mortos e 100 mil feridos. A partir de 8 de agosto tropas soviéticas expulsam os japoneses da Mandchúria e da Coréia e ocupam as ilhas Kurilas e Sakalina. Em 9 de agosto é lançada a segunda bomba atômica, dessa vez sobre Nagasaki, com saldo de vítimas semelhante ao de Hiroshima. Final da guerra - Hitler suicida-se em 30 de abril, com a chegada das tropas soviéticas a Berlim, e o almirante Doenitz forma novo governo e pede o fim das hostilidades. A capital alemã é ocupada em 2 de maio. A Alemanha se rende incondicionalmente em 7 de maio, em Reims. A capitulação do Japão acontece em 2 de setembro, em Tóquio. A 2a Guerra Mundial deixa um saldo de 50 milhões de mortos e custa cerca de US$ 1,40 trilhão. JULGAMENTO DE NUREMBERG Terminado o conflito, os vitoriosos decidem julgar os líderes nazistas num inédito tribunal internacional de crimes de guerra. A iniciativa contribui para a descoberta dos campos de concentração e extermínio. A sede escolhida é a cidade alemã de Nuremberg, que nos anos 30 havia sido palco dos maiores comícios nazistas. Exercícios de Sala 1. A Segunda Guerra Mundial alterou a correlação de forças no mundo. Entre as modificações ocorridas, destacam-se: 01) O declínio da influência européia cuja hegemonia já havia sido comprometida desde a Primeira Guerra Mundial. 02) A ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética, liderando blocos de interesses divergentes e originando a chamada "bipolarização" do mundo.

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Inclusão para a Vida História A 04) Após a Segunda Guerra Mundial e até recentemente, nenhuma potência européia ou os Estados Unidos participaram de qualquer conflito bélico. 08) Após a Guerra - e por causa dela -, houve intensificação das manifestações anticolonialistas, acelerando-se o processo de descolonização das colônias européias na África e na Ásia. 16) O final da Segunda Guerra Mundial decretou o desaparecimento dos Estados autoritários, reorganizando-se o mundo em bases inteiramente democráticas. 32) Como tentativa de resolver os problemas internacionais, criou-se em 1945 a Organização das Nações Unidas (ONU). 2. Sobre a História Contemporânea, é correto afirmar que 01. a Primeira Guerra Mundial (1914-18) resultou, dentre outros motivos, da concorrência comercial, da disputa por colônias e da luta pela hegemonia dos mares. 02. a grande vencedora da Primeira Guerra Mundial foi a Alemanha, o que motivou a reação da Itália e do Japão no final dos anos 30, dando inicio à Segunda Guerra Mundial. 04. o Tratado de Versalhes foi imposto pela Alemanha aos países europeus, com o apoio dos Estados Unidos. 08. a ideologia nazista enaltecia o nacionalismo e o militarismo, visando conquistar as massas e o exército, e pregava o anti-comunismo, visando conquistar a alta burguesia. 16. apesar das guerras do século XX, a Europa manteve sempre sua hegemonia econômica e política sobre o mundo. Exercícios Complementares 3. Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh! não se esqueçam Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor, sem perfume Sem rosa, sem nada "Rosa de Hiroshima" (Gerson Conrad e Vinícius de Moraes) Podemos considerar que o texto acima debate: a) a herança terrível das bombas atômicas atiradas em Hiroshima e Nagasaky, no final da 2ª Guerra Mundial, levantando a necessidade de sua lembrança para defendermos a paz. b) a poesia não trata dos problemas relativos a bomba atômica, a guerra e a paz. c) as armas atômicas nunca seriam usadas como forma de poder entre as potências mundiais. d) a paz só será garantida com a utilização de armas atômicas. e) as armas atômicas deixaram poucas heranças culturais e políticas durante o período da Guerra Fria. 4. Na II Guerra Mundial, as bombas atômicas de Hiroshima e Nagazaki foram consideradas crimes de guerras, porque: a) o conflito já tinha terminado em agosto de 1945 e a resistência japonesa era mínima em Pearl Harbour. b) as bombas faziam parte de um esquema de testes militares. c) os E.U.A. queriam impor o seu domínio à Alemanha.

d) os E.U.A. pretendiam deter o avanço dos soviéticos na Ásia. e) as bombas tinham um único alvo: os japoneses no Pacífico. 5. Foi o encontro do primeiro ministro inglês Winston Churchill e dos presidentes Roosevelt, dos Estados Unidos e Stálin, da União Soviética onde confirmou-se o desmembramento da Alemanha e da Coréia: a) Conferência do Cairo. b) Conferência de Teerã. c) Conferência de Ialta. d) Conferência de Potsdam. e) Conferência de Bandung. AULA 12

IDADE CONTEMPORÂNEA: GUERRA FRIA

Bipolarização entre EUA (capitalismo) e URSS (socialismo), estado de constante hostilidade entre as duas superpotências e seus aliados e corrida armamentista e tecnológica, mas sem conflito armado direto, caracterizaram a Guerra Fria, que vigorou entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a crise do socialismo real no final dos anos 1980. Tradicionalmente as fases da Guerra Fria são, a Guerra Fria “Clássica” (1945 – 1953), o período do Degelo ou da Coexistência Pacífica (1953 – 1968) e a política da Détente ou da Distensão (1968 – 1989). Marcos iniciais da Guerra Fria Bloco Capitalista Em 1946, Churchill discursa nos EUA e pede para que estes se tornem os protetores do “mundo livre”, pois a Grã-Bretanha, não poderia mais manter tal papel. Doutrina Truman (1947) – o presidente Truman responde Churchill através de sua Doutrina e pede ao Congresso Americano ajuda econômica e militar para os governos europeus. Os EUA passaram a assumir a tarefa de “protetores” da democracia, reagindo, imediatamente, ao menor sinal de avanço socialista. A Doutrina Truman pode ser considerada marco inicial da Guerra Fria. Plano Marshall (1947) – ajuda econômica para a Europa e considerado “braço econômico” do Bloco Capitalista no início da Guerra Fria. Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) 1949 – força político-militar com objetivos “defensivos”, inicialmente composta por países da Europa Ocidental, EUA e Canadá. Bloco Socialista Tratado de Assistência Mútua da Europa Oriental (Pacto de Varsóvia) 1955 – aliança militar do Bloco Socialista e formada por países da Europa Oriental e a URSS. Principais acontecimentos Crise ou Bloqueio de Berlim (1948-49) – com o fim da Segunda Guerra, o Acordo de Potsdam (1945) dividiu a derrotada Alemanha nazista e sua capital em quatro zonas de ocupação entre URSS, EUA, Grã-Bretanha e França. República Federal da Alemanha (capital Bonn), sob o governo capitalista. República Democrática Alemã, inspirada no modelo soviético, com capital em Berlim Oriental.

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Inclusão para a Vida História A Guerra da Coréia (1950-53) – a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial (1945) permitiu a libertação da Coréia pelas tropas aliadas, mas o país foi dividido em dois setores de ocupação (norte-americano e soviético), pelo paralelo 38º. A divisão do país, as tensões relacionadas com a Guerra Fria e a vitória comunista de Mao Tsé-tung na Revolução Chinesa, em 1949, desencadearam a Guerra da Coréia, iniciada após a invasão do sul pelos norte-coreanos, em 1950. A Coréia do Sul recebeu apoio militar dos Estados Unidos, enquanto a do Norte da China e da URSS. O conflito terminou com a assinatura do Armistício de Panmunjom (1953), que ratificou a divisão da Coréia efetuada anteriormente. Guerra do Vietnã (1960-75) – a luta pela descolonização da Indochina começou no Vietnã e foi liderada por Ho Chi Minh - Guerra da Indochina (1946-54). Na Conferência de Genebra (1954), a França reconheceu a independência do Laos, Camboja e Vietnã – este dividido em Norte (socialista) e Sul (capitalista). As eleições que reunificariam o Vietnã em 1956, não aconteceram, devido ao golpe de Estado de Ngo Dinh Diem (Sul) que estabeleceu uma ditadura militar em 1955, apoiado pelos Estados Unidos. A resistência ao governo golpista gerou a formação da Frente de Libertação Nacional, cujo braço armado eram os vietcongues, e a Guerra do Vietnã. Nos anos 1960, auge da Guerra Fria, a guerra no Sudeste asiático ampliou-se com a intervenção militar norte-americana. A saída dos Estados Unidos e o avanço das tropas comunistas levaram à rendição do Sul, em 1975, permitindo a reunificação do país, em 1976, e o nascimento da República Socialista do Vietnã. Muro de Berlim (1961) – o interesse soviético em bloquear fugas para o lado capitalista de Berlim e enfraquecer as expectativas reunificadoras, levou a Alemanha Oriental a erguer o muro em 1961. O “muro da vergonha” dividiu famílias e ideologias, transformando-se em um dos principais símbolos da Guerra Fria. Crise dos mísseis (1962) – em 1959, Fidel Castro e alguns companheiros, contando com o apoio camponês, derrubaram o ditador cubano Fulgêncio Batista. O governo revolucionário demonstrou, desde o início, uma grande preocupação com a justiça social. A reação americana foi imediata, merecendo destaque, o embargo comercial e a pressão para que Cuba fosse expulsa da OEA. Isolada política e economicamente, Cuba aproxima-se da URSS, ampliando o Bloco Socialista. Mas, o momento de maior tensão aconteceu em 1962, quando os EUA descobriram que mísseis soviéticos estavam sendo instalados em Cuba – Crise dos Mísseis. A conscientização das graves conseqüências de um confronto armado direto levou os líderes das superpotências ao entendimento. A URSS concordou em retirar seus mísseis e os EUA aceitaram a perda do monopólio político-ideológico no continente. Primavera de Praga (1968) – as intenções de modernizar a economia e o Estado, buscando uma via independente e mais humanizada de socialismo, pelo presidente, da então Tchecoslováquia, Dubcek, provocou a imediata reação soviética, que a fim de manter seu controle sobre a Europa Oriental, enviou tropas do Pacto de Varsóvia, reprimindo a “Primavera de Praga”. Maio de 1968 – ‘’é proibido proibir’’ e ‘’paz e amor’’ foram palavras de ordem de uma geração, nascida em plena Guerra Fria, e que viveu os ‘’anos rebeldes’’ – a década de 1960. Na França, em 1968, os estudantes protestaram contra as reformas educacionais, além de pedirem maior liberdade, criticando abertamente o conservadorismo.

Corrida espacial – as pesquisas espaciais tiveram destacado papel na tensão entre Estados Unidos e URSS, transformando a eficiência tecnológica em uma importante arma político-ideológica. A corrida espacial começou em 4 de outubro de 1957, quando foi lançado o primeiro satélite em órbita da Terra pela União Soviética, o Sputnik-1. A competição aumentou quando os soviéticos, um mês depois do Sputnik-1, enviaram o Sputnik-2. Em 1961 a URSS comemorou o primeiro vôo tripulado, transformando Iúri Gagárin no primeiro astronauta da história. Apenas em 20 de julho de 1969, os norte-americanos conseguiram impor-se, enviando a Apolo-11, com os primeiros astronautas, à Lua. O Fim da União Soviética

Em 1991, em meio a uma grave crise do que se passou a chamar “socialismo real”, a União Soviética deixava oficialmente de existir. Era mais um fato de uma época de mudanças radicais – queda do Muro de Berlim, reunificação da Alemanha, queda dos regimes de esquerda do Leste Europeu etc. No final dos anos 80, o presidente soviético Mikhail Gorbachev estava ciente dos problemas que o país atravessava e decidiu adotar dois conjuntos de reformas. A Perestroika, ou Reestruturação, visava a mudar as condições econômicas do Estado – na realidade, permitia a volta da propriedade privada e do capitalismo. Já a Glasnost, ou Transparência, tinha como objetivo mudar a estrutura política e abrir caminho para o surgimento de mecanismos de expressão democrática. Gorbachev queria diminuir a burocracia e a corrupção, que eram alarmantes nos órgãos estatais naquela época.

As guerras do Golfo Pérsico Guerra Irã-Iraque (1980-88): vitória militar não conclusiva do Iraque. Amos os países se debilitaram Guerra do Kuwait (1990-91): o Iraque foi obrigado a retirar-se do Kuwait pela Operação Tempestade no Deserto liderada pelos EUA. Guerra anglo-americana contra o Iraque (2003): ocupação anglo-americana do Iraque, dissolução do regime de Saddam Hussein. Exercícios de Sala 1. Em 6 de junho de 1944, a Europa começou a se render aos Estados Unidos da América, iniciando o período da "Pax Americana" (sem os americanos, não haveria Dia D). Apesar do nome "pax", os últimos 50 anos foram uma época recheada de "pequenas guerras" - ... ... o mesmo havia acontecido com a mais famosa "Pax Romana". Roma, gestora da chamada Civilização Ocidental, soube resistir a invasões bárbaras, mantendo as características básicas da civilização que chegou aos brasileiros pós-1500. (BONALUME NETO, p. 2) Indique as proposições que confirmam o conteúdo do texto anterior: (01) As alianças político-militares representadas pela OTAN e pelo Pacto de Varsóvia configuraram o esforço americano no sentido da preservação da paz mundial. (02) Assim como os romanos, durante a vigência da sua Pax, tiveram que enfrentar os ataques bárbaros, os americanos rechaçaram os ataques de Hitler, o "bárbaro" moderno. (04) Após a Segunda Grande Guerra, ocorreu a redefinição da ordem mundial, com a hegemonia dos Estados Unidos no bloco capitalista e o declínio da influência política, econômica e cultural da Europa.

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Inclusão para a Vida História A

PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 16

(08) As "pequenas guerras" empreendidas pelos Estados Unidos, na Coréia, no Vietnã, no Afeganistão e no Golfo Pérsico, evidenciam o caráter contraditório da Pax Americana. (16) A Pax Americana dependia da aquiescência da Alemanha, que passou a reivindicar áreas coloniais e a contestar a hegemonia internacional anglo-americana. (32) Os acordos entre Estados Unidos e União Soviética dão origem à política de Coexistência Pacífica, de resultados mais aparentes que reais e permanente competição militar. 2. No período imediatamente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ocorre o(a) (01) estabelecimento da bipolaridade nas relações internacionais, com os Estados Unidos e a União Soviética liderando os blocos capitalista e socialista, respectivamente. (02) declínio da Europa como centro do poder mundial, de que a descolonização afro-asiática foi exemplo marcante. (04) criação da Organização das Nações Unidas, em cujo Conselho de Segurança manifesta-se o princípio de absoluta igualdade entre os Estados participantes. (08) refluxo no processo de expansão socialista, em parte determinado pelo fracasso militar soviético durante a guerra. Exercícios Complementares 3. No início da década de 60, o arsenal nuclear à disposição das grandes potências era suficiente para destruir a humanidade, caso fosse utilizado em uma situação de confronto. Ao assumir o governo, o Presidente Kennedy (1961-63) defendeu a substituição da política externa norte-americana de confronto por uma de entendimento com a URSS, cujo objetivo era o desarmamento gradual das duas superpotências. Esse programa do governo Kennedy foi conhecido como: a) Doutrina Drago. b) Doutrina Monroe. c) Corolário Roosevelt d) Nova Fronteira. e) Política de Boa Vizinhança. 4. Não é característica da Guerra Fria: a) confronto ideológico que pressupõe equilíbrio nuclear entre as potências. b) polarização do mundo em dois blocos político-militares. c) distensão política e alinhamento internacional entre E.U.A. e U.R.S.S. d) desconfiança entre americanos e soviéticos e disputa de áreas de influência. e) criação das alianças militares O.T.A.N. e Pacto de Varsóvia. 5. As duas Guerras Mundiais, marcadas pelo expansionismo europeu, deixaram conseqüências profundas. A implosão do Império Soviético está contribuindo para frear o perigoso confronto Leste-Oeste. O cotidiano europeu, no entanto, ainda apresenta cenas sombrias. A Guerra Civil na ex-Iugoslávia, entremeada da brutalidade que gera indignação, tem raízes remotas e profundas porque: a) expressa ressentimentos étnico-nacionalistas e diferenças culturais nos Bálcãs. b) o Pacto Nazista-Soviético colocou os Estados do Báltico sob domínio russo. c) o colapso do comunismo abriu caminho para a transição capitalista bem sucedida. d) na federação multinacional iugoslava, o comunismo foi edificado sobre base camponesa, e não operária. e) o Tratado de Paz, que consagrou o desmembramento do Império Austro-Húngaro, pôs fim ao velho antagonismo que dera origem à Primeira Guerra Mundial.

GABARITO:

Aula 1: 01. 02 + 04 + 16 = 22 02. 01 + 02 + 04 = 07 03. [A] 04. 01 + 02 + 04 + 08 = 15 05. [A]

Aula 2: 1. 01 + 02 + 08 + 16 = 27 2. 01 + 02 + 04 + 16 = 23 3. [E] 4. [B] 5. [A]

Aula 3: 1. 04 + 16 = 20 2. 01 + 02 + 04 + 08 = 15 3. 01 + 04 = 05 4. 01 + 04 = 05 5. 04 + 16 = 20

Aula 4: 1. 01 + 02 + 08 + 16 + 32 = 59 2. 01 + 02 + 04 + 08 = 15 3. 04 + 16 = 20 4. [E] 5. 02 + 04 + 16 = 22

Aula 5: 1. 02 + 04 + 08 + 16 = 30 2. 02 + 04 + 08 + 16 = 30 3. [D] 4. [B] 5. [E]

Aula 6: 1. 02 + 08 + 16 = 26 2. 01 + 02 + 08 = 11 3. 02 + 04 + 08 + 16 + 32 = 62 4. [A] 5. [D]

Aula 7: 1. 01 + 02 + 04 + 08 + 64 = 79 2. 01 + 02 + 08 + 16 = 27 3. [A] 4. [A] 5. [A]

Aula 8: 1. 02 + 04 + 08 + 16 = 30 2. 01 + 02 + 04 + 16 = 23 3. [E] 4. [C] 5. [C]

Aula 9: 1. 01 + 02 + 04 + 08 = 15 2. 02 + 04 + 08 + 16 = 30 3. C 4. D 5. A

Aula 10: 1. 01 + 08 + 16 = 25 2. 01 + 04 + 32 = 37 3. E 4. [D] 5. [D] 6. [D]

Aula 11: 1. 01 + 02 + 04 + 08 = 15 2. 01 + 08 = 09 3. [A] 4. [B] 5. [C]

Aula 12: 1. 04 + 08 + 32 = 36 2. 01 + 02 = 03 3. D 4. C 5. A