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História Andante AEV do 3 ano 2016

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Da turma A foi para a B, e, obedecendo o alfabeto, para a C, D e E. Remou para Sabadim, onde foi

recebida pela turma F. De seguida foi ao Soajo, visitar a turma da EPS e, sem hesitar, fez uma grande

viagem e foi parar a Távora, sendo recebida pela turma H. Essa odisseia terminou na turma G.

Realizada e feliz, e, mais uma vez, a folha voltará a procurar outra aventura…

Terceiro A · ....................................................................................................... 3

Terceiro B ....................................................................................................... 7

Terceiro C · ....................................................................................................... 9

Terceiro D ....................................................................................................... 11

Terceiro E·· ....................................................................................................... 14

Terceiro F · ....................................................................................................... 17

Terceiro EPS ................................................................................................... 20

Terceiro H · ....................................................................................................... 22

Terceiro G ....................................................................................................... 25

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Terceiro A

A História Andante estava muito cansada… Farta de andar de terra em terra

decidiu parar na sala dez. Estava entusiasmada com tudo o que conheceu, mas era hora de acalmar! …Ia

finalmente viver sossegada naquela turma.

Enganou-se… Escondeu-se no armário dos livros e começou a ler.

Ai... tantas histórias bonitas! Adorou “O senhor do seu nariz”, “Robertices”, “Trinta por uma

linha” e outras que os alunos requisitaram na biblioteca e colocaram naquele armário, à espera de

serem lidas. Tantos títulos, tantos autores,… a sua imaginação transportou-a para o interior de todas

aquelas histórias.

E as que os meninos inventaram!? Fantásticas. Ela nunca pensou que ia ter uma vida tão

agitada… Aprendeu a concentrar-se na sua leitura e a ouvir com muita atenção as descobertas que

faziam na Matemática e nas aulas experimentais. Nenhum barulho a perturbava. Como estava feliz!

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Sempre que algum aluno ia buscar um livro ao armário, encolhia-se na folha de papel e

ficava em silêncio para ninguém a descobrir. Passava os dias tão ocupada que nem dava pelo passar do

tempo.

Nos intervalos, quando todos saíam da sala, ela abria o armário e saía à procura de coisas

diferentes. Parava nos cadernos a ver os desenhos coloridos, as caligrafias bonitas e os trabalhos que os

alunos faziam. Observava o crescimento das plantas, os jogos e os cartazes que estavam espalhados

pela sala…

De repente, tocava a campainha e lá voltava ela para o seu esconderijo.

Numa quarta-feira, aconteceu um momento da poesia. Um convidado tocou piano e os alunos

declamaram os poemas que escreveram, ao som de uma bela melodia. Que dia maravilhoso!

Na manhã seguinte, estava tudo sossegado e um aluno foi ao armário buscar o livro “O

mercador de coisa nenhuma” para ler nos “Cinco minutos de leitura” . A História

Andante não teve tempo de se esconder. Ninguém sabia de quem era aquela folha, nem

reconheciam a letra. Pensaram que talvez fosse de algum menino da sala ao lado e foram lá entregá-la.

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Andante, não tinha dono.

A História Andante assustou-se e ficou envergonhada, até rosada, quando

viu tantos meninos diferentes, ainda não conhecia nenhum. Então resolveu fugir e caiu dentro da

mochila de um menino. Os alunos procuraram pela sala toda mas, não a encontraram.

Terceiro B

A Carolina chegou à sala onze e entregou um pacote vermelho com o título «História

Andante». A professora retirou a tampa e soltou a história. Os alunos perguntaram-lhe quem

era o seu dono. Ela respondeu que era de toda a gente porque era uma História

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O menino entrou no edifício de leitura, pousou a mochila numa cadeira e foi procurar livros à

secção de ciências para realizar os trabalhos de casa. A História Andante aproveitou

para sair da mochila. Olhou em seu redor e viu livros, livros e mais livros… Ela ficou fascinada, radiante,

embasbacada…percorreu em passo estugado toda a Biblioteca, tinha muita vontade de conhecer os

seus tesouros e as pessoas que lá trabalhavam. Viu salas com computadores, jogos, exposições, pinturas

e desceu as escadas de pedra. Dirigiu-se a uma sala que tinha muitos livros para crianças, sentiu-se

muito bem no meio daquelas histórias e ficou a descansar numa das estantes entre o livro «Alice no país

das Maravilhas» de Lewis Carroll e o livro «Poemas da Mentira e da Verdade» de Luísa Ducla Soares.

Finalmente, acabou por adormecer.

No sábado de manhã, muitos meninos apareceram na Biblioteca, queriam ouvir histórias

interessantes e viajar nas palavras. Sentaram-se num tapete e aguardaram. A professora Carla ia pegar

num livro para dinamizar a «hora do conto», mas acabou por segurar numa folha com o título

«História Andante ».

— Como é que esta folha veio aqui parar? Quem és tu? – perguntou a dinamizadora.

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Terceiro C

Perante este acontecimento os alunos ficaram sem reação. À exceção dos restantes elementos

do grupo, o João, que era o mais opinativo, começou logo a dar sugestões sobre o sucedido.

Após algumas tentativas para resolver o enigma, finalmente, chegou a uma conclusão:

— Ah ! Já sei, é a História Andante!

A sala ficou em alvoroço, todos queriam dar a sua opinião.

De repente, como que por magia, a folha começou a abanar a parte superior do seu

«corpo», como se estivesse a concordar com o que o João tinha referido.

A professora permanecia surpreendida, pois nunca na sua vida esperou ou imaginou que tal

acontecesse. “Uma folha a falar”, cogitou.

Aos poucos a história começou a ganhar a confiança da dinamizadora.

— Eu sou a História Andante. Ando a viajar pelas salas do terceiro ano. Um

dia caí para a mochila de um menino, que veio à biblioteca fazer uma pesquisa para um trabalho. Foi

assim que aqui vim parar.

— Ah! Descobri a minha vocação, sou “A contadora de histórias”. Quero contar histórias a todos

os meninos. As histórias ensinam coisas novas e que nos podem ser úteis nas nossas vidas. Fazem-nos

sonhar, viajar pelo mundo, conhecer culturas de outros povos, criaturas incríveis – umas boas, outras

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terríveis. Com elas aprendo ciências, histórias dos meus antepassados e sugerem possibilidades de

como será o futuro. Existem histórias sobre todos os temas de que possam imaginar, só temos que

estar atentos e ter muita vontade de aprender.

As crianças perguntaram:

— Deves conhecer muitas histórias?

Animada com o interesse das crianças, continuou a falar.

— Nas bibliotecas há muitos livros com histórias bonitas e interessantes. Quando tiverem

tempos livres na escola podem vir à biblioteca conhecê-las. Cá também podem requisitar livros, para

lerem no fim de semana ou durante as férias. Lembrem-se sempre, que quem lê sabe mais. Esta é a

mensagem que vos quero deixar. E eu cá estarei à vossa espera com uma história maravilhosa na ponta

da língua para vos contar…

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Terceiro D

— Obrigada pelos teus conselhos, mas está na hora de irmos embora. No próximo sábado cá

estaremos novamente para ouvir as tuas maravilhosas histórias.

A História Andante ficou, mais uma vez, sozinha, olhou em redor e ficou

eufórica … tantos livros, livros de aventura, de ficção, banda desenhada, poesia e mesmo ao seu lado

livros de terror, um friozinho percorreu-lhe o “corpo”.

Deu voltas e mais voltas e mergulhou nas “Aventuras de Tintin”. Devorou todos os livros com

sofreguidão. Até que, como sempre acontecia … adormeceu … Acordou com uma melodia que enchia a

Casa das Artes. Desceu as escadas, seguiu a música, entrou e ficou maravilhada. Era um espetáculo

musical com a fadista Gisela João. Deixou-se ficar embalada por aquela voz.

O tempo foi passando e os livros por ler já eram poucos. Nenhum menino vinha à biblioteca. Só

alguns, mais crescidos, que vinham fazer pesquisas para os seus trabalhos ou para estudarem em grupo.

Não estavam interessados em ouvir as suas histórias.

— Que monotonia, que importa ser uma contadora de histórias sem ter a quem as contar. Ouviu

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passos… era uma menina com os seus pais.

— Pai, pai, olha, tantos livros, conta-me uma história.

A História Andante fervilhou de emoção. – É agora. Ai que saudades de

contar uma história.

O pai pegou num livro e começou a ler: “ Era uma vez uma linda menina que vivia numa aldeia

do bosque e que andava sempre com um capuz encarnado….”

Que desilusão, ninguém reparou na folha em cima do puf.

— Joana, anda está na hora de lanchar.

— Mãe, pai, olhem uma folha! O que tem escrito? Leiam o que diz!

—Deixa estar, deve ser de algum menino que se esqueceu. Vamos.

A História Andante , muito triste, lamentava-se:

— Ai que saudades do barulho das salas de aula, dos alunos, de ouvir as professoras a contar

histórias, de aprender sempre coisas novas, como estarão as sementeiras da sala dez? Ai que

saudades...

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Terceiro E

Os dias iam passando e a História Andante continuava desolada, com a

pouca sorte que tinha. Não havia dia em que ela não se lembrasse, com muitas saudades, de todos os

bons momentos passados na escola.

Chegou o mês de março, começara a agitação na biblioteca com a preparação da Semana da

Leitura. Ao perceber este movimento todo, a História Andante mostrou-se mais

animada. Era agora a oportunidade certa para poder mostrar o seu valor e, finalmente, transmitir a

mensagem que nela estava escrita.

As visitas à biblioteca começaram a ser mais frequentes, sobretudo pelas crianças das escolas

das redondezas. As portas iam-se abrindo e fechando. Era um rodopio de pessoas a entrar e sair, no

entanto, ainda ninguém tinha reparado naquela folha solta, mesmo ali, em cima do puf.

Inesperadamente, uma rajada de vento levou-a para o exterior por uma janela que tinha ficado

aberta. A História Andante, muito aflita, começou a gritar:

— Socorro! Socorro!

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Como não podia fazer nada e, com a esperança de ser vista e salva por alguém, ela deixou-se

levar e foi parar junto ao “skate” parque, situado mesmo ao lado do rio Vez.

Andava por lá um grupo de amigos que se preparava para fazer uma caminhada, quando uma

das crianças reparou naquela folha. Dirigiu-se para junto dela e apanhou-a. Os amigos

aproximaram-se e ficaram com alguma curiosidade. Aquele papel parecia diferente, até especial.

Um deles comentou:

— Reparem no título que está aqui escrito, “História Andante”. Será que

esta história é diferente daquelas que nós lemos e estudamos na escola?

— O melhor é levá-la e, amanhã, ao chegarmos à escola, falamos com a professora. Ela há-de

dizer-nos o que fazer com ela – retorquiu outro.

Guardou a folha na sua mochila, juntou-se aos colegas e todos começaram a caminhada

pela ecovia, em direção a Sabadim. Pelo caminho, todos estavam encantados com as paisagens

magníficas que podiam observar. As árvores começavam a ter rebentos novos, o chilreio suave dos

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Terceiro F

No dia seguinte, ao chegar à escola, a Sabadim, o menino, muito entusiasmado, dirigiu‐se,

apressadamente, para a sala de aula para mostrar a sua descoberta. Re rou a folha da mochila

com muito cuidado, como se de um tesouro se tratasse, pousou‐a em cima da mesa e aguardou a

chegada da professora.

Ficou muito espantada com tudo o que via e pensou:

— Como tudo é diferente! Que escola tão bonita! Os meninos parecem‐me muito simpá cos,

diver dos e curiosos. Vou ter sorte, acho que, finalmente, vou poder contar a minha história.

A professora chegou apressada e como de habitual, abriu o livro que estavam a ler nos cinco

minutos de leitura, “Contos de Perrault” de Maria Alberta Menéres e con nuou a leitura de uma das

suas histórias. Os meninos entusiasmaram‐se com a leitura da história e, mais uma vez, fiquei

esquecida em cima da mesa.

A aula con nuou com a azáfama das revisões de preparação para as fichas de avaliação. Os

meninos ques onavam a professora, ravam dúvidas e realizavam vários exercícios no quadro.

Começou a ficar triste e deprimida, todos se esqueciam dela, “que fazer”?

Lamentava‐se da sua pouca sorte e sen a vontade de par r, para um lugar onde fosse lida,

compreendida e valorizada.

Terminadas as aulas, o menino apressado por sair, guardou os seus livros na mochila e no meio

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deles lá foi a “História Andante”. Chegou à casa, largou a mochila no chão e foi

brincar com o seu amigo. De repente, lembrou-se que se tinha esquecido de mostrar aquela folha

de papel especial à professora e resolveu mostrá-la ao seu amigo.

O amigo, olhou para a folha, viu o título e exclamou entusiasmado:

— Não sabes o que é? É uma história que é de todos aqueles que a queiram conhecer e

continuar. Eu vou levá-la para a minha escola para que os meus colegas a possam ler e conhecer.

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Terceiro EPS

Estava agora na mochila do Tiago que, quando chegou à escola do Soajo, que fica mesmo ao

lado dos espigueiros, disse à professora:

— Trouxe uma folha de papel que tem escrito “História

Andante” e muitas outras histórias. Posso apresentá-la à turma?

A professora achou aquela ideia maravilhosa e até muito interessante.

Ao ouvir aquilo, a folha ficou em alvoroço de tão contente, pois iria ser apresentada a

todas as crianças da escola.

O aluno apresentou-a…finalmente!

Logo de seguida, a folha quis começar a contar uma das muitas histórias que tinha para

partilhar, mas a professora disse-lhe que só depois do intervalo o poderia fazer. Ansiosa, enquanto

esperava, foi espreitanto tudo o que via, tudo o que estava afixado nas paredes da sala. Viu números,

letras, cartazes com determinantes artigos, sinais de pontuação, verbos, entre muitas outras

informações importantes. Entretanto, o intervalo terminou e a folha começou logo a ler uma

história de Carlo Collodi, “As aventuras de Pinóquio”. Todos ficaram enternecidos com a forma como

aquela folha lia tão bem a história. Os alunos aplaudiram e a folha agradeceu, como se

tivesse realmente vida própria! Incrível!...

Como o tempo estava a passar rápido, a professora pediu aos meninos para fazerem a

ilustração de uma das partes que mais gostaram da história. Ninguém reparou que, naquele momento,

a folha saiu pela janela da sala…era aventureira e foi dar um passeio. Viu muitas flores, árvores,

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arbustos, casas pequeninas de pedra e correu para o ponto mais alto do monte, contudo, anoiteceu e

perdeu-se. Ao reparar no que lhe estava a acontecer lembrou-se: E se eu gritar? Sim, vou fazer isso

mesmo.

Com aqueles gritos fininhos mas graves, a folha despertou a curiosidade dos animais que por

ali pernoitavam, viu-se então rodeada pela coruja, o lobo, a raposa e por outros animais. Ela contou-lhes

o sucedido, então, e com prontidão, os animais tiveram uma grande ideia: “Podemos levar-te onde

quiseres”. A folha fez uma exigência (ela queria ir para um local onde estivessem crianças que

gostassem de leitura). A coruja disse-lhe:

— Vou levar-te no meu bico até uma escola, queres?

— Sim. Respondeu a folha, que logo saltou para o bico da coruja. Voaram, voaram e voaram,

até que a coruja, sem intenção, deixou cair a folha num sítio chamado Távora…

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Terceiro H

A coruja não tinha a certeza se aquele local onde a folha caiu era mesmo uma escola. Deu

duas voltas no ar a olhar para a folha que estava no chão. Teve pena dela, estava sozinha,

abandonada, no meio de um campo escuro. Não havia barulho, não via meninos nem meninas a

brincar. Estava decidida a descer para voltar a pegar na folha quando ouviu um toque de uma

campainha e logo viu sair meninos e meninas a correr. Saíam de um edifício muito grande, corriam

para todos os lados e estiveram ao lado da folha. Ninguém reparava nela. Começaram a jogar

futebol ali mesmo junto dela. Os meninos passavam a toda a velocidade: corriam, chutavam a bola,

quase que a pisavam…

— Ups, quase me pisavam! Acho que vou jogar futebol também! – Disse a folha para si

mesma.

No entanto, ninguém reparava nela. A coruja, lá em cima, continuava a observar. Estava a ficar

preocupada. Mas, no meio daquela confusão do jogo, uma menina pegou naquela folha que

estava no chão.

— Uma folha aqui no meio do campo, vou pegar nela e deitá-la ao lixo!

No entanto, ao apanhá-la, a menina leu algumas palavras que nela estavam escritas. Percebeu

então, que contava uma história relacionada com meninos e meninas da sua idade e que também

andavam na escola de outras localidades. Achou piada e leu mais e mais e, quanto mais lia mais

interessada ficava. A folha estava radiante: deixou de estar em perigo de ser pisada. Já estava nas

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mãos delicadas de uma menina. A menina continuou a ler e exclamou:

— Não, não te vou deitar ao lixo! Vou levar-te comigo para a sala, vais comigo para todo o lado.

E lá foram, sala dentro, menina e folha de mão dada. A folha observava tudo com muita

atenção. A sala estava muito gira, tinha muitos cartazes, muitos desenhos, muitos

trabalhos dos meninos. Reparou também, numa frase: “Semana da Leitura

e da Ciência”.

Olhou para a menina e perguntou:

— O que é que vai acontecer?

Rapidamente, a menina respondeu:

— Vai ser muito giro. Já a seguir vamos ver uma exposição

sobre um grande homem, um inventor muito famoso que nasceu aqui

numa freguesia perto da nossa escola. Chamava-se Padre Himalaya.

— E o que é que ele inventou?

— Olha, já vais ver. Temos de ir.

O professor organizou os meninos e dirigiram-se para o local da exposição.

A menina e a folha ficaram maravilhadas com tudo o que viam: imagens, desenhos, medalhas,

projetos, textos, cartas, fotografias antigas, tudo muito antigo.

Uau, ele foi mesmo uma pessoa muito importante! – exclamou a folha em voz alta.

Nesse momento todos os meninos olharam para a folha e compreenderam a sua admiração.

Eali ficaram a observar e a ouvir falar sobre Padre Himalaya.

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Terceiro G

De seguida, a folha regressou, juntamente com a menina, para a sala onde o professor fez

perguntas sobre o que tinham visto e aprendido na exposição.

Com surpresa, a folha ouviu outro professor chamá-los:

— Rápido, rápido, todos para o laboratório!

A folha acompanhou a menina e foi andando, andando até que acabou por parar na sala de

experiências. Havia alunos mais velhos, os quais explicavam coisas incríveis. Experiências sobre vulcões de

espuma, ovos cozidos que entravam em garrafas, alunos a fazer plasticina, enfim, vários ensaios

fantásticos!

A folha queria ver de mais perto a experiência sobre o fogo de artifício, quando, knock, knock,

uma batida altíssima na porta retumbou e os alunos foram convidados para assistir ao “Dez a ler”.

Ao sair da biblioteca, vu-uu-uu, um redemoinho atirou-a para outra sala onde havia bichos-da-

seda, feijões nos parapeitos e meninos a escovarem os dentes. Esse dia não parava de a surpreender.

Ao terminarem a escovagem, começaram a debater: um dizia que a experiência do ovo era a

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melhor, outro dizia que era a planta do pireliéforo, entretanto, com grande força nas palavras e na voz,

a folha ergue-se e afirma:

— Durante estas semanas, eu tenho descoberto o quanto importante é a escola para os

meninos. Conviver convosco, nas vossas lides diárias, tem sido uma grande experiência para mim.

Conhecer tudo que é feito neste agrupamento, tem sido maravilhoso. Independente de toda a

informação que vos é ensinada, todo o aluno, acima de qualquer outro objetivo, demonstra estar feliz.

— Eu, História Andante quero vos transmitir um aspecto menos visível sobre

a leitura. Ao lermos, estamos a aumentar o nosso vocabulário, familiarizamo-nos com a escrita e com a

pronuncia correta, desenvolvemos a facilidade de comunicar e, o mais importante, desenvolvemos a

capacidade de compreender tudo o que nos rodeia.

E a folha continuava a enunciar as vantagens da leitura:

— Ao descobrirmos a mensagem do escritor, a história segue um novo caminho, uma autêntica

viagem com destino desconhecido, produto de nossas vivências e interpretações do mundo.

Após alguns instantes de reflexão, a História Andante pergunta:

— Concordam comigo? Vão ler mais, e mais e mais?

Em uníssono, como estivessem combinados, os alunos responderam:

— Siiiiiiiiiiiiiiim! Vamos…

Realizada e feliz, e, mais uma vez, a folha voltava a procurar outra aventura, mas... “e tu,

também vais ler mais?”

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FICHA TÉCNICA

1.a Edição, Junho de 2016

Agrupamento de Escolas de Valdevez

Rua Dr. Joaquim Carlos da Cunha Cerqueira – APT. 110

4970-952 Arcos de Valdevez

Tel: 258 510 320 Fax: 258 522 372

E-mail: [email protected]

http://www.aev.edu.pt

Coordenação:

Ana Maria A. C. Sousa, Ana Maria Bragança, Anabela Lobato, Carina Fernandes, Gisela Costa A. Monteiro, Jorge Coelho, José

Rui Sá, Luís Pedro Bragança, Manuel Vital Barbosa, Maria Aurora B. Sousa, Maria Beatriz M. Dias, Maria Manuela F. A. Mor,

Matilde Alexandra R. Costa, Nuno Silva, Olimpia Jesus P. S. Cumbane, Otávio Sá P. Meira,

Participantes:

Alunos do 3A; Alunos do 3B; Alunos do 3C; Alunos do 3D; Alunos do 3E; Alunos do 3EPS, Alunos do 3F, Alunos do 3G e Alunos

do 3H.

Colaboradores:

Coordenação do 1ºCiclo do Agrupamento de Escolas Valdevez

Agradecimentos:

A todos que tornaram esta edição possível.