História Da Cultura Afro

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  • 8/19/2019 História Da Cultura Afro

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    Conservatório Brasileiro de Música

    Centro Universitário - Bacharelado em Canto Lírico

    História da Cultura Afro - Indígena - Ricardo Moreno

    Clarissa Ribeiro Magro

    Thiago Neves G de Mello

    Rio de Janeiro

    2015.2

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    1 - No contexto do pensamento raciológico brasileiro, qual era o papel da 

    mestiçagem para o futuro do Brasil?

    Após as ideias apresentadas no 1º Congresso Internacional das Raças, em 1911, a 

    mestiçagem começou a ser vista de uma forma positiva, pois o desenvolvimento provável e 

    esperado que esse processo teria era de que, com o tempo a população “embranqueceria” e, 

    por conseguinte, causaria a extinção da raça negra no Brasil. Sendo assim, as diferenças 

    seriam menos “condenáveis” diante de um cruzamento racial singular. Não somente a cor 

    seria, aos poucos, diluída e eventualmente perdida, como a cultura em questão, havendo assim 

    o prevalecimento de uma nação singular. O que torna o mestiço um ícone nacional.

    2 - Qual era a contradição do império brasileiro no que diz respeito ao par 

    liberalismo/escravidão?

    “Ainda que a liberdade fosse negra, a igualdade pertencia exclusivamente aos brancos.”. A 

    abolição da escravatura condenou legalmente a segregação racial no que se diz respeito a 

    igualdade sobre os direitos de exercer sua religião, no âmbito político e capacitação 

    intelectual. Porém, dentro de uma sociedade que ainda se vê como superior e predominante, 

    eles ainda estariam presos pelos limites que eram impostos pela ideologia da mesma, os 

    excluindo completamente do contexto social.

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    3 - Explique as razões que levaram o cientista Nina Rodrigues a se posicionar 

    a favor da imputabilidade penal do negro, no período pós escravidão, e o que 

    isso tem a ver com as 'ontologias raciais' ?

    A teoria desenvolvida por Nina Rodrigues defendia que “as raças humanas correspondiam a 

    realidades diversas, fixas e essenciais e portanto não passíveis de cruzamento”. Rodrigues não 

    acreditava que todos os grupos sociais fossem capazes de evoluir igualmente. Especifica 

    também que, em raças inferiores, os crimes eram involuntários. Segundo ele, não poderia se 

    cobrar que atingissem um nível de desenvolvimento que não capacitados. Logo, os negros não 

    poderiam ser julgados com o código de “povos civilizados”. Defendia que a aplicação da lei 

    deveria ser condicionada aos “diferentes estágios da civilização”, o que colocava o negro em 

    uma situação de responder de forma penal diferente dos demais, para que tivessem as 

    condenações atenuadas devido ao “crime relativo” que muda de acordo com idade, raça e etc. 

    com o objetivo dos mesmos não terem o livre-arbítrio como critério de responsabilidade penal. 

    Nina teve ainda sua tese fortalecida por meio de demonstrações de casos clínicos que 

    comprovavam a existência da degeneração dessa raça. Citando a “Falácia da Igualdade” 

    Rodrigues definia a existência de ontologias raciais e a permanência de variações orgânicas e 

    biológicas cerebrais.