Historia de Caxias 2002 Full

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    1/84

    http://www.jefersonfarias.com.br

    CONCURSO P BLI CO 200 2 PROVA

    ORIENTADOR PEDAGGICO

    INSTRUES

    1. Voc receber do fiscal o material descrito abaixo:

    a) uma folha destinada s respostas das questes formuladas na prova;

    b) este caderno com o enunciado das40 questes, sem repetio ou falha,tendo no ttulo o nome do cargo ao qual voc concorre.

    2. Verifique se o material est em ordem, se seunome e seu nmero de inscrioso os que aparecem na Folha de Respostas ; caso contrrio , notifique imediatamente o fiscal .

    3. Ao receber aFolha de Respostas , obrigao do candidato:

    a) conferir seu nome e nmero de inscrio;

    b) leratentamente as instrues no verso daFolha de Respostas ;

    c) assinar o verso daFolha de Respostas .

    4. As questes so identificadas pelo nmero que se situa acima do seuenunciado.

    5. Reserve os 20 (vinte) minutos finais para marcar aFolha de Respostas .

    6. O rascunho no Caderno de Questesno ser levado em considerao .

    7. Quando terminar, entregue aFolha de Respostas ao fiscal.

    8. O tempo disponvel para esta prova ser de3 (trs) horas .

    http://www.jefersonfarias.com.br/http://www.jefersonfarias.com.br/http://www.jefersonfarias.com.br/
  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    2/84

    2

    PORTUGUS A Perigosa Ligao Entre Cultura e Prepotncia

    O fenmeno bastante conhecido: certos pases, com umaforte produo literria e artstica, tendem a exportar as suas obras;outros, de produo mais escassa, tendem a consumir obras defora. Diz Robert Escarpit que mais vale uma literatura medocre

    5 capaz de dialogar com o seu povo que uma boa literatura surda voz daqueles a quem fala e dos quais ela deve ser a expresso. Omesmo autor, entretanto, adverte: Se no se tomam precauespara manter sistematicamente ligaes com o estrangeiro, devem--se temer as conseqncias da consanginidade cultural. E d

    10 como exemplo desta ltima tendncia a Inglaterra, com umagrande produo autnoma, mas pouco aberta s contribuiesvindas de outros centros, o que induz mencionadaconsanginidade cultural, expresso alis muito feliz.

    Robert Escarpit (autor estrangeiro, aqui invocado para15 discutirmos um problema cultural brasileiro) no fala por falar.

    Trata-se de um dos maiores estudiosos, no mundo, dos problemasdo livro. Das citaes acima, depreendemos que um pas deveestimular e valorizar a sua literatura (e, naturalmente, todas assuas expresses artsticas, como a msica, por exemplo); mas que

    20 deve estar aberto s obras vindas de fora. Tanto o ilhamento naprpria cultura como o servilismo a culturas aliengenas redundamem empobrecimento.

    Qual o desejvel, ento? Certo equilbrio entre a contribuiolocal e a recebida de fora; certo discernimento na escolha (na

    25 escolha, digamos, dos livros a editar ou das msicas a gravar). Talno acontece aqui, e em certos campos, como no dos enlatados deTV, a invaso verdadeiramente arrasadora. O brasileiro, hoje,nasce e cresce recebendo pela televiso mensagens de segundaordem, vindas principalmente dos Estados Unidos, todas o que

    30 pior infiltradas de uma publicidade disfarada (ou ostensiva) sobre aquele pas.

    Conclui-se, sem esforo e sem exagero, que, no Brasil,registram-se as duas falhas apontadas: a) h um excesso naimportao de produtos culturais; b) falta discernimento na escolha,

    35 havendo uma preferncia clara, da parte dos empresrios e, emconseqncia, da parte do consumidor na TV, nos livros, namsica por coisas de nvel inferior, pelo lixo cultural da poca.

    Tudo isso verdade, e nocivo, precisando ser discutido ecombatido, tendo em vista alterar para melhor um quadro to mau.40 Discutido e combatido, eu disse. No disse: proibido. No disse:

    preciso que o governo corrija isto. No disse: Que venha uma leipara sanear nossa cultura. No disse: Deve-se taxar mais alto oproduto estrangeiro. No penso em qualquer medida repressiva,vinda do alto, para resolver com uma penada problemas culturais,

    45 sempre altamente complexos.Estas notas vm a propsito de um fenmeno que,

    ultimamente, toma corpo no Brasil. Sob a alegao de que a nossacultura est ameaada, h uma tendncia oficial, j concretizadaem atos e rgos, no sentido de purific-la, de nacionaliz-la. Ora,

    50 se acho que realmente h uma proliferao de produtos culturaisordinrios importados, altamente perniciosa, no acho que elapossa ser debelada ou enfrentada com simples proibies ouobrigatoriedades. Isto seria considerar de um ponto de vistaadministrativo um problema cultural . Escolho, entretanto e a55 posio me parece no apenas correta, mas lgica, considerar osproblemasculturais de um ponto de vistacultural .

    Quer dizer: a integridade cultural de um povo faz-se atravsdas idias. As mudanas culturais durveis se fazem atravs dodebate, do confronto de opinies. perfeitamente possvel, por

    60 exemplo, de um dia para o outro, s se permitir a publicao, nopas, de livros brasileiros; perfeitamente possvel interditartotalmente a emisso, pelas estaes de rdio, de msicaestrangeira; perfeitamente possvel taxar de tal modo o disco e olivro estrangeiro que eles se tornem inacessveis; perfeitamente

    65 vivel impedir que as emissoras de TV introduzam os enlatadosnas suas programaes. Sim, no impraticvel, em nome danossa integridade como povo, das nossas tradies e mesmo soba alegao de combater o uso de drogas psicotrpicas como ofez, pela imprensa, o compositor e maestro Marlos Nobre, para

    70 quem a msica estrangeira (concluso estranha!) induziria a juventude brasileira ao consumo de entorpecentes, transformar opas numa ilha cultural. Mas, em primeiro lugar, tal insulamento noseria de modo algum fecundo e desejvel. Em segundo lugar, qualo valor de tais medidas, se no repousam verdadeiramente num

    75 processo de amadurecimento? Cessado o freio, voltaramos, namelhor das hipteses, mesma situao de antes, sem qualquer

    80

    85

    90

    95

    100

    105

    evoluo verdadeira. Um ser humano no muda e evolui sem quecolabore com isto. Ningum muda defora para dentro . necessrio que algum tome conscincia do seu estado, convena--se da necessidade de mudana e pode ser que com a ajuda deoutros empreenda-a. Nessas condies, uma mudana temsentido. Se um homem, porm, forado a agir diferentemente, seuma fora exterior o dobra, que houve na verdade?Desaparecendo a presso, o indivduo traz consigo os mesmosvcios.

    Com os povos no diferente. Necessrio que os povosadquiram um conscincia nova, que tomem conscincia do quelhes nocivo, e,de dentro para fora , empreendam suas mudanas.

    Isto, evidente, no se faz da noite para o dia. No ser,sequer, o trabalho de uma s gerao. Todos esses fenmenosso rduos e lentos, com idas e vindas, com avanos e recuos.Assim pensamos ns, que reverenciamos a cultura. Difere, nossopensamento, do que julgam os indivduos penetrados da noo deautoridade. Estes, adeptos da fora, esto convencidos de que,obrigando ou proibindo, mudam tudo: tanto os indivduos como ospases.

    Ora, espanta e faz medo que as pessoas ligadas cultura edas quais, por isso mesmo, esperamos, diante de assuntosculturais, uma atitude cultural, venham engrossando as guas decorrentes no culturais com os seus pronunciamentos e atitudes.Como se fossem portadoras de autoridade , e no portadoras de

    cultura . (...)Nossa cultura ressente-se de vrias enfermidades e devemoslutar contra elas. Mas lutar atravs do debate, da discusso, deuma tomada de conscincia, de uma mudana interior, lenta, masviva e s. Culturalmente afinal e, tanto quanto possvel, livremente.Nunca mediante o dirigismo, o autoritarismo, a represso.

    (Osman Lins . Do ideal e da glria; problemas inculturais brasileiros ,1977.)

    1 Assinale a afirmativa queNO est de acordo com a ideologiamanifestada pelo autor do texto.(A) O Brasil se ressente de uma poltica cultural sedimentada no

    debate de idias.(B) O nosso pas carece de uma legislao competente que

    preserve e valorize todas as suas expresses culturais.(C) A cultura brasileira em geral falece de melhor distribuio entre

    a contribuio aliengena e a produo nacional.(D) Uma poltica cultural, assentada nos prprios valores culturais,

    deve manter-se aberta s manifestaes universais.(E) As mudanas culturais consistentes devem assentar-se num

    processo de conscientizao da sociedade.2 O texto se estrutura atravs de vrias oposies. Assinale aalternativa cujas expresses NO traduzem uma oposio naconstruo do sentido do texto.(A) produo autnoma X produto estrangeiro(B) consanginidade cultural X culturas aliengenas(C) servilismo X empobrecimento(D) de dentro para fora X autoritarismo

    (E) ilha cultural X importao de produtos culturais3 O autor do texto mostra-se favorvel:(A) necessidade da interveno do Estado no processo cultural

    do pas.(B) importncia do argumento de autoridade para a resoluo de

    nossos problemas culturais.(C) a polticas culturais que se desenvolvam atravs de rgos

    competentes.(D) ao controle oficial de nossos produtos culturais com vistas a

    uma poltica de discernimento na seleo de tais produtos.(E) a polticas culturais que se processem atravs do livre jogo

    ideolgico.

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    3/84

    3

    A expresso que, no texto,NO condiz com a significao dapalavra prepotncia do ttulo :(A) medida repressiva (L.43)(B) vinda do alto (L.44)(C) confronto de opinies (L.59)(D) se uma fora exterior o dobra (L.82-83)(E) adeptos da fora (L.94)5 Assinale a alternativa em que o elemento lingstico grifadoNO estabelece oposio ou contraste entre idias.(A) O mesmo autor, entretanto, adverte... (L.6-7)(B) ...uma publicidade disfarada (ou ostensiva) sobre aquele

    pas. (L.30-31)(C) No ser, sequer, o trabalho de uma s gerao. (L.89-90)(D) Como se fossem portadoras deautoridade , e no portadoras

    de cultura. (L.101-102)(E) ...uma mudana interior, lenta, mas viva e s. (L.105-106)6 No pargrafo iniciado na linha 86 (Com os povos no diferente),o autor:(A) exemplifica o que afirma no anterior.

    (B) questiona o que afirma no anterior.(C) desenvolve o que afirma no anterior.(D) condiciona o que afirma no anterior.(E) ilustra o que afirma no anterior.7 No enunciado () perfeitamente possvel taxar de tal modo o discoe o livro estrangeiro que eles se tornem inacessveis (L.63-64), huma relao causa/conseqncia. Variando a estrutura doenunciado, assinale a alternativa em que tal relaoNOocorre.(A) Como perfeitamente possvel taxar o disco e o livro

    estrangeiro, eles acabaro tornando-se inacessveis.(B) Em vista de ser perfeitamente possvel taxar o disco e o livro

    estrangeiro, eles acabaro tornando-se inacessveis.(C) A causa de o disco e o livro estrangeiro virem aser

    inacessveis a possibilidade de serem perfeitamente taxados.(D) Com a possibilidade de taxao do disco e do livro estrangeiro,

    eles acabaro tornando-se inacessveis.(E) Conquanto seja possvel taxar o disco e o livro estrangeiro,

    eles acabaro tornando-se inacessveis.8 Assinale a alternativa em queNOse justifica adequadamente osentido do tempo verbal em construes ocorrentes no texto.(A) a invaso verdadeiramente arrasadora. (L.27) o presente

    empregado para expressar uma ao habitual.(B) Discutido e combatido, eu disse. (L.40) o pretrito perfeito

    empregado para se reportar a uma ao j realizada.(C) Que venha uma lei para sanear nossa cultura. (L.41-42) o

    presente do subjuntivo empregado para exprimir a vontade do

    falante.(D) Ningum muda defora para dentro . (L.78) o presenteempregado para traduzir uma ao permanente, maneira deum dogma.

    (E) No ser, sequer, o trabalho de uma s gerao. (L.89-90)o futuro empregado para manifestar a expresso de umapossibilidade.

    9 Assinale a alternativa em queNOocorrem termos coordenadosentre si.(A) Certo equilbrio entre a contribuio local e a recebida de

    fora... (L.23-24)(B) ...mensagens (...) infiltradas de uma publicidade disfarada (ou

    ostensiva) sobre aquele pas. (L.28-31)(C) ...uma preferncia clara (...) por coisas de nvel inferior, pelo

    lixo cultural da poca. (L.35-37)(D) No penso em qualquer medida repressiva, vinda do alto...(L.43-44)

    (E) Nunca mediante o dirigismo, o autoritarismo, a represso.(L.107)

    No texto, o autor emprega a preposio sob em Sob a alegaode que a nossa cultura est ameaada... (L.47-48). Assinale aconstruo em que esta preposio est INCORRETAMENTEutilizada, no lugar de sobre.(A) O papel da inteligncia, sob este aspecto, decisivo.(B) Pus-me sob o jato da ducha.(C) A situao est sob controle.(D) nome que aparece sob vrias grafias.

    (E) Ele tambm passou a ficar sob a mira do chefe.11 Assinale a palavra cujo sufixoNOtem o mesmo valor significativoque o de preferncia.(A) lembrana (B) tolerncia(C) traio (D) firmamento(E) represso

    12 Assinale a palavra cujo prefixo tem o mesmo valor significativo queo de importado.(A) incmodo (B) intil(C) impuro (D) ingerido(E) irreal

    13 Assinale a palavra derivadaNOformada da mesma maneira doque empobrecimento.(A) vingana (B) nomeao(C) anuncia (D) herosmo(E) tolerncia14 Assinale a alternativa em que a expresso grifadaNOtem valoradjetivo.(A) O brasileiro, hoje, nasce e cresce recebendo pela televiso

    mensagens de segunda ordem... (L.27-29)(B) Conclui-se, sem esforo e sem exagero, que, no Brasil,

    registram-se as duas falhas apontadas... (L.32-33)(C) ...havendo uma preferncia clara (...) por coisas de nvel

    inferior... (L.35-37)(D) Cessado o freio, voltaramos, na melhor das hipteses, mesma situao de antes... (L.75-76)

    (E) Difere, nosso pensamento, do que julgam os indivduospenetrados da noo de autoridade. (L.92-94)

    15 No texto ocorre a forma consigo em o indivduo traz consigo osmesmo vcios. Assinale a alternativa em que o emprego deconsigo ou de siNO da norma culta do portugus do Brasil.(A) Quero falar consigo.(B) Leve consigo o que seu.(C) Acalmou-se aps conflitar-se consigo mesmo.(D) egosta: s pensa em si.(E) Refletia sobre si mesmo, em sua meditao diria.

    16 Assinale a alternativa em que o emprego da forma verbalNOestde acordo com a norma culta.(A) Boa parte dos produtos culturais de baixa qualidade.(B) Os Estados Unidos exportam filmes de segundo grau.(C) Dez anos pouco na histria cultural.(D) O mais so produtos culturais de nvel inferior.(E) Qual das mudanas culturais se processaram?17 Assinale a alternativa em que o emprego da forma verbalNOestde acordo com a interpretao a ser dada aos elementosrelacionados por uma conjuno nas frases abaixo.(A) A literatura, bem como qualquer manifestao cultural,

    precisam ser valorizadas.(B) A prepotncia ou o servilismo deve prevalecer?(C) Uma ou outra autoridade ostentava seu poder.(D) O isolamento ou o servilismo cultural ao estrangeiro so

    nocivos.(E) O livro como a msica carecem de incentivo.

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    4/84

    4

    Assinale a alternativa em que ocorre uma forma verbal queNOfoiempregada de acordo com a norma culta da lngua.(A) Ele interveio nos debates entre cultura e prepotncia.(B) Se ele se contradizer nos debates, ser frustrante.(C) Se ele se mantiver calmo nos debates, seus argumentos

    prevalecero.(D) Se eles se expuserem nos debates, o conflito de idias ser

    instigante.

    (E) Ele reviu seus apontamentos antes dos debates.19 Assinale a alternativa em que hERROno uso de acento indicativode crase.(A) A cultura refere-se s mais variadas criaes do homem.(B) A cultura ope-se prepotncia.(C) A cultura posiciona-se contrria toda atitude autoritria.(D) A cultura aparece ligada s aspiraes da sociedade.(E) A cultura deve ser acessvel s contribuies aliengenas.

    20 No texto ocorrem concretizar e nacionalizar. Assinale o verbo queNO grafado com z, por no ter em sua estrutura o sufixo izar.(A) solidarizar (B) catequizar

    (C) agonizar (D) conscientizar(E) paralizar

    CONHECIMENTOS ESPECFICOS 21 Leia atentamente o trecho a seguir, no qual Paulo Freire descrevea educao bancria: Falar da realidade como algo parado, esttico, compartimentado e bem-comportado, quando no falar ou dissertar sobre algo completamente alheio experincia existencial dos educandos vem sendo, realmente, a suprema inquietao desta educao. Asua irrefreada nsia. Nela, o educador aparece como seu indiscutvel agente, como o seu real sujeito, cuja tarefa indeclinvel encher os educandos dos contedos de sua narrao.Contedos que so retalhos da realidade desconectados da totalidade em que se engendram e em cuja viso ganham significao.

    (Freire, 1987)A partir deste trecho, podemos concluir que, segundo o autor:(A) contedos descontextualizados favorecem uma educao

    libertadora.(B) contedos contextualizados desfavorecem uma educao

    dialgica.(C) contedos descontextualizados favorecem uma educao

    opressora.(D) contedos contextualizados favorecem uma educao

    antilibertadora.(E) contedos descontextualizados desfavorecem a educao

    antidialgica.

    22 Uma teoria educacional se constri a partir de uma concepo domundo, do ser humano e dos processos educacionais. As teoriaseducacionais se efetivam como prticas pedaggicas que revelamos seus princpios gerais e seus temas de interesse. Assinale aalternativa na qual todos os itens correspondempredominantemente s teorias e prticas pedaggicas tradicionais.(A) Metodologia, gnero, raa, representao social e cultura.(B) Didtica, planejamento, poder, ideologia e classe social.(C) Didtica, ensino, avaliao, aprendizagem e multiculturalismo.(D) Metodologia, contedos, ensino, avaliao e planejamento.(E) Planejamento, avaliao, ensino, alteridade e diferena.23 Cipriano Luckesi define aavaliao da aprendizagem como um

    ato amoroso , por considerar que um ato:(A) inclusivo, acolhedor e integrativo.(B) inclusivo, ativo e seletivo.(C) exclusivo, passivo e seletivo.(D) exclusivo, disciplinador e integrativo.(E) diagnstico, inclusivo e seletivo.

    Antes mundo era pequeno Porque Terra era grande Hoje mundo muito grande Porque Terra pequena Do tamanho da antena parabolicamar , volta do mundo, camar -, mundo d volta, camar Antes longe era distante Perto, s quando dava Quando muito, ali defronte E o horizonte acabava Hoje l trs dos montes, den de casa, camar , volta do mundo, camar -, mundo d volta, camar

    Imagine que o trecho da msica Parabolicamar, de Gilberto Gil,tenha sido utilizado, em diversas disciplinas de uma mesma turma,para trabalhar o conceito de globalizao. Esse processo tem umgrande poder estruturador, pois os conceitos, contextos tericos eprocedimentos, dentre outros, enfrentados pelos educandosorganizam-se em unidades mais globais, com estruturasconceituais e metodolgicas compartilhadas pelas diversasdisciplinas. A esse processo chamamos:

    (A) avaliao mediadora. (B) disciplinaridade cruzada.(C) multidisciplinaridade. (D) interdisciplinaridade.(E) metodologia aplicada.

    25 Em relao verificao da aprendizagem dos estudantes, aLei 9394/96 afirma que, para os casos de baixo rendimentoescolar, os estudos de recuperao devem ser:(A) obrigatrios e somente ao final de cada ano letivo.(B) obrigatrios e, preferencialmente, paralelos ao perodo letivo.(C) facultativos e paralelos ao perodo letivo.(D) facultativos e ao final de cada semestre.(E) obrigatrios e ao final de cada trimestre.

    26 A educao para a cidadania requer que questes sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexo dos alunos,buscando um tratamento didtico que contemple sua complexidade e sua dinmica, dando-lhes a mesma importncia das reas convencionais. Com isso o currculo ganha em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais e que novos temas sempre podem ser includos.

    ( MEC, 1998 ) O trecho dos Parmetros Curriculares Nacionais apresentadoacima justifica um trabalho pedaggico nos terceiro e quarto ciclosna perspectiva:(A) do multiculturalismo crtico.(B) dos temas transversais.(C) da justaposio disciplinar.(D) dos contedos hierarquizados.(E) da transposio didtica.

    27 A autora Sandra Corazza defende o planejamento justificando quea ao pedaggica uma forma de poltica cultural que deve serplanejada, posto que tal ao uma interveno intencional. Paraela, importante planejar para poder se contrapor ao currculooficial e ao discurso nico; para atuar de forma contra-hegemnica;para colocar nossos planos em suspeio; para realizar umaprtica reflexiva. A partir dessa perspectiva, o planejamento passaa ser visto como:(A) um registro prvio das intenes que ajudar numa prtica

    reflexiva.(B) um recurso tcnico a ser aprendido nas aulas de didtica.

    (C) um modelo a ser seguido a partir do plano poltico-pedaggicoda escola.(D) uma lista de objetivos a serem enumerados pelo professor.(E) uma necessidade de ordem burocrtica para economizar

    tempo e recursos.

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    5/84

    5

    O modo de o professor trabalhar os contedos em sala de aulaespelha a viso que ele tem da funo social da escola. Zabala nosd um exemplo de como um mesmo contedo (O Isl, sua evoluo e influncia no mundo atual ) pode ser trabalhado deforma distinta por dois professores de uma mesma escola.Alba inicia o tema propondo aos seus alunos a leitura das manchetes de vrios artigos jornalsticos atuais em que aparecem situaes relacionadas com o islamismo. Aps essa leitura, a professora comea a distribuir dois breves artigos entre os grupos

    fixos em que a classe est organizada, para que faam um comentrio que lhes permita realizar um debate. Por sua vez, Borja comea com uma exposio de vrios dos acontecimentos que hoje em dia tm o islamismo como denominador comum. Aps a apresentao da situao atual, enumera os aspectos-chave dos diversos conflitos enquanto os registra na lousa.Ambos os professores trabalham com compromisso e seriedade.Ambos acreditam que esto fazendo o melhor para seusestudantes. No entanto, possivelmente, tm vises distintas dequal seja a funo da educao escolar na sociedade e de comoas pessoas realizam aprendizagens.Marque o binmio que melhor se adequar s situaes de auladescritas acima.(A) Alba considera os conhecimentos prvios de seus estudantes,

    e Borja considera contedos relativos a atitudes eprocedimentos.

    (B) Alba trabalha numa perspectiva construtivista, e Borja trabalhanuma perspectiva sociointeracionista.

    (C) Alba valoriza apenas contedos relativos a atitudes eprocedimentos, e Borja considera contedos relativos a valorese atitudes.

    (D) Alba trabalha numa perspectiva sociointeracionista, e Borjavaloriza contedos factuais e conceituais.

    (E) Alba enfatiza os contedos relativos s atitudes, e Borjaincorpora sua prtica o conceito de aprendizagemsignificativa.

    29 Leia as manchetes a seguir:

    Repetncia zero em busca da nota 10 Escolas da prefeitura devem adotar a aprovao automtica

    na 1 srie para reduzir evaso. (O Globo, janeiro/1999)Censo mostra que repetncia cresceu no Rio

    Segundo o MEC, estado foi o nico do pas em que aumentou o nmero de alunos que no passam de ano.

    (O Globo, junho/2001)

    Vergonha Nacional A repetncia o maior problema da educao brasileira, masparece que pouco se faz para combat-la.

    (Nova Escola, novembro/2000)As manchetes se referem ao grave problema da reprovaoexistente no sistema pblico de ensino. Existem diversasexperincias em curso no pas com o objetivo de eliminar as altastaxas de repetncia e conseqente evaso dos estudantes dasescolas pblicas. Para Esteban e Afonso, a busca da objetividadena avaliao acaba por desconsiderar o processo de aprendizagemdos estudantes. Esses autores justificam uma avaliao maissubjetiva e, s vezes, at intuitiva, sem por isso deixar de serlegtima. Referem-se a uma prtica de avaliao mais coerentecom uma escola e uma sociedade mais democrticas, portanto, auma avaliao:(A) somativa. (B) normativa.(C) formativa. (D) quantitativa.(E) generalista.30 O educador espanhol Fernando Hernndez sugere a organizaodo currculo por projetos de trabalho. Pensando no currculo deuma escola, os projetos de trabalho so uma forma de organizar osconhecimentos escolares. A proposta que inspira os projetos de

    trabalho est vinculada perspectiva do conhecimento:(A) disciplinar e relacional. (B) acadmico e disciplinar.(C) globalizado e disciplinar. (D) interdisciplinar e acadmico.(E) globalizado e relacional.

    Analise as afirmaes a seguir, a respeito do OrientadorPedaggico:I. deve ser tcnico capaz de planejar, organizar e sistematizar o

    projeto pedaggico;II. deve ser reconhecido pela equipe docente como referncia

    para a concretizao do projeto pedaggico;III. deve estabelecer a relao entre a teoria e a prtica, visando a

    um aprofundamento filosfico;

    IV. deve alimentar a discusso aberta entre os professores e aequipe tcnico-pedaggica;V. deve reconhecer a inevitabilidade da diviso do trabalho

    escolar, definindo claramente seu espao de atuao.As afirmativas que melhor definem um Orientador Pedaggicopreocupado com uma prtica coerente com o conceito decompetncia presente nos Parmetros Curriculares Nacionais so:(A) I e II (B) II e III(C) I, II e IV (D) II, III e IV(E) II, IV e V

    32 Todo desenvolvimento verdadeiramente humano significa o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participaes comunitrias e do sentimento de pertencer espcie

    humana.(E. Morin, Os Sete Saberes Necessrios Educao do Futuro , 2000.)

    Considere as aes a seguir:I. promover grupos de estudos sobre temas ligados Ecologia;II. desenvolver projetos pedaggicos interdisciplinares;III. incentivar o trabalho conjunto de alunos e professores;IV. trabalhar de forma integrada Orientao Pedaggica /

    Orientao Educacional / Direo.Quais delas so compatveis com uma viso de educao quetraduza o pensamento de Morin expresso no texto?(A) Somente II e III (B) Somente II e IV(C) Somente III e IV (D) Somente II, III e IV(E) I, II, III e IV

    33 Avaliar um processo que tem por objetivo ajudar o aluno a ir se construindo como pessoa humana, que exige um diagnstico inicial e contnuo de onde se extraem as necessidades da realidade escolar para realizao do processo educativo .Com base no texto acima, podemos dizer que o Conselho deClasse:(A) a etapa final do processo de avaliao.(B) deve ter relao com o processo de avaliao do qual parte.(C) o momento formal de entrega dos registros oficiais dos

    resultados de avaliao. (D) o momento de levantamento das dificuldades dos alunos.(E) deve ser a culminncia de todo o trabalho realizado ao longo

    do perodo.34 Para Philippe Perrenoud, a noo de competncia pode sertraduzida como uma capacidade de agir eficazmente em umdeterminado tipo de situao, apoiada em conhecimentos, massem limitar-se a eles. Para enfrentar uma situao da melhormaneira possvel, deve-se, quase sempre, pr em ao e emsinergia vrios recursos cognitivos complementares, entre os quaisesto os conhecimentos.Analise os princpios abaixo, referentes metodologia de ensino:I. partir da realidade com a finalidade de compreend-la e de

    construir conhecimento capaz de transform-la;II. utilizar o que j se sabe sobre a realidade (contedos), de

    forma organizada e definitiva, para dar seqncia a novasaprendizagens mais complexas;

    III. acentuar a descoberta, a participao grupal, a autonomia e ainiciativa;

    IV. desenvolver a capacidade de perguntar, consultar,

    experimentar e avaliar.Em quais desses princpios deve-se fundamentar uma metodologiade ensino que se ampare na noo de competncia de Perrenoud?(A) Somente III e IV (B) Somente I, II e III(C) Somente I, III e IV (D) Somente II, III e IV(E) I, II, III e IV

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    6/84

    6

    Assinale a proposta de organizao de Conselho de Classe quemelhor contempla a dimenso participativa da ao pedaggica.(A) Avaliao do trabalho docente pelos professores da turma,

    levantamento das necessidades e propostas.(B) Avaliao global da turma, avaliao individual dos alunos,

    levantamento das necessidades e encerramento.(C) Avaliao global da turma, avaliao individual dos alunos e

    concluses.(D) Avaliao do trabalho docente, entrega de notas e conceitos,

    avaliao da turma e propostas.(E) Entrega de notas e conceitos, avaliao individual dos alunos e

    concluses.36 Considere os princpios a seguir, referentes gesto escolar:I. mudana na hierarquia institucional;II. participao da comunidade local nos conselhos escolares;III. participao dos professores no planejamento escolar;IV. diviso do trabalho entre os especialistas.So princpios que contemplam um projeto de gesto democrticaSOMENTE:(A) I e II (B) II e III(C) I, II e IV (D) II, III e IV(E) II, IV e V37 Um dos grandes e eternos problemas a ser enfrentado na escola a falta de disciplina, que alimenta um permanente conflito entrealunos e professores.A falta de entendimento entre alunos e professores, em geralresultado da no correspondncia entre as expectativas de uns eoutros, pode ser pedagogicamente trabalhada se:(A) o Orientador Pedaggico refizer o planejamento visando a

    auxiliar os professores no manejo de classe.(B) forem criadas regras disciplinares claras e sanes severas.(C) houver uma reviso da adequao de contedos e mtodos s

    necessidades psicolgicas e socioculturais das crianas.(D) os alunos forem consultados sobre o que desejam aprender.(E) os professores forem mais tolerantes, e os alunos, menos

    rebeldes.

    Segundo os Parmetros Curriculares Nacionais, a seleo decontedos deve levar em conta sua relevncia social e suacontribuio para o desenvolvimento intelectual do aluno. Assim,na seleo de contedos, a equipe escolar deve considerar:(A) a complexidade dos temas, que devem ser organizados do

    mais simples ao mais complexo.(B) os diferentes assuntos a serem abordados, organizando-os

    segundo sejam mais ou menos necessrios comoprerrequisitos a outros estudos.

    (C) a existncia de uma ordem linear necessria aoestabelecimento de relaes entre as diferentes disciplinas.

    (D) a necessidade de memorizao de fatos e informaes, sem oque no possvel a aquisio de aprendizagens maiscomplexas.

    (E) as capacidades que se pretende desenvolver e a ampla gamade assuntos que podem ser desenvolvidos em cada rea deestudo.

    38 Segundo Libneo, os professores esperam muito da equipetcnico-pedaggica. Isso porque eles enfrentam o problema dasolido, ou seja, a dificuldade de trocar idias com seus colegas ede formar equipes de trabalho.Analise as aes abaixo:I. organizar grupos de estudo;II. incentivar a atitude de pesquisa;III. traar os objetivos gerais do planejamento;IV. acolher as experincias pessoais.So aes compatveis com uma prtica de orientao pedaggicaparticipativa:(A) somente I e II (B) somente I, II e III(C) somente I, II e IV (D) somente II, III e IV(E) I, II, III e IV

    39 Segundo Regina Leite Garcia, a construo de uma escolacompetente deve ter como ponto de partida a investigao coletivasobre o aluno e seu mundo.Assinale a tarefa que especfica de um Orientador Pedaggicocuja prtica inspirada na idia apresentada no texto.(A) Redefinir as prticas docentes em conjunto com os

    professores.(B) Reunir os alunos para que apresentem suas expectativas em

    relao escola.

    (C) Selecionar e ordenar os contedos segundo os interesses dosalunos.(D) Elaborar o planejamento anual da escola junto com os demais

    especialistas.(E) Convocar a comunidade a participar das atividades da escola.

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    7/84

    Orientador Pedagogico

    Portugues (Orientador)

    1-B 2-C 3-E 4-C 5-C 6-C7-E 8-E 9-D 10-A 11-D 12-D 13-D 14-B 15-A 16-E 17-A 18-B 19-C 20-E

    Orientador Pedagogico21-C 22-D 23-A 24-D 25-B 26-B27-A 28-D 29-C 30-E 31-D 32-E 33-B 34-C 35-A 36-* 37-C 38-C 39-A 40-E

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    8/84

    CONCURSO PB LI CO 200 2 PROVA

    PROFESSOR I - CINCIAS

    INSTRUES

    1. Voc receber do fiscal o material descrito abaixo:

    a) uma folha destinada s respostas das questes formuladas na prova;

    b) este caderno com o enunciado das40 questes, sem repetio ou falha,tendo no ttulo o nome do cargo ao qual voc concorre.

    2. Verifique se o material est em ordem, se seunome e seu nmero de inscrioso os que aparecem na Folha de Respostas ; caso contrrio , notifique imediatamente o fiscal .

    3. Ao receber aFolha de Respostas , obrigao do candidato:

    a) conferir seu nome e nmero de inscrio;

    b) leratentamente as instrues no verso daFolha de Respostas ;

    c) assinar o verso daFolha de Respostas .

    4. As questes so identificadas pelo nmero que se situa acima do seuenunciado.

    5. Reserve os 20 (vinte) minutos finais para marcar aFolha de Respostas .

    6. O rascunho no Caderno de Questesno ser levado em considerao .

    7. Quando terminar, entregue aFolha de Respostas ao fiscal.

    8. O tempo disponvel para esta prova ser de3 (trs) horas .

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    9/84

    2

    PORTUGUS A Perigosa Ligao Entre Cultura e Prepotncia

    O fenmeno bastante conhecido: certos pases, com umaforte produo literria e artstica, tendem a exportar as suas obras;outros, de produo mais escassa, tendem a consumir obras defora. Diz Robert Escarpit que mais vale uma literatura medocre

    5 capaz de dialogar com o seu povo que uma boa literatura surda voz daqueles a quem fala e dos quais ela deve ser a expresso. Omesmo autor, entretanto, adverte: Se no se tomam precauespara manter sistematicamente ligaes com o estrangeiro, devem--se temer as conseqncias da consanginidade cultural. E d

    10 como exemplo desta ltima tendncia a Inglaterra, com umagrande produo autnoma, mas pouco aberta s contribuiesvindas de outros centros, o que induz mencionadaconsanginidade cultural, expresso alis muito feliz.

    Robert Escarpit (autor estrangeiro, aqui invocado para15 discutirmos um problema cultural brasileiro) no fala por falar.

    Trata-se de um dos maiores estudiosos, no mundo, dos problemasdo livro. Das citaes acima, depreendemos que um pas deveestimular e valorizar a sua literatura (e, naturalmente, todas assuas expresses artsticas, como a msica, por exemplo); mas que

    20 deve estar aberto s obras vindas de fora. Tanto o ilhamento naprpria cultura como o servilismo a culturas aliengenas redundamem empobrecimento.

    Qual o desejvel, ento? Certo equilbrio entre a contribuiolocal e a recebida de fora; certo discernimento na escolha (na

    25 escolha, digamos, dos livros a editar ou das msicas a gravar). Talno acontece aqui, e em certos campos, como no dos enlatados deTV, a invaso verdadeiramente arrasadora. O brasileiro, hoje,nasce e cresce recebendo pela televiso mensagens de segundaordem, vindas principalmente dos Estados Unidos, todas o que

    30 pior infiltradas de uma publicidade disfarada (ou ostensiva) sobre aquele pas.

    Conclui-se, sem esforo e sem exagero, que, no Brasil,registram-se as duas falhas apontadas: a) h um excesso naimportao de produtos culturais; b) falta discernimento na escolha,

    35 havendo uma preferncia clara, da parte dos empresrios e, emconseqncia, da parte do consumidor na TV, nos livros, namsica por coisas de nvel inferior, pelo lixo cultural da poca.

    Tudo isso verdade, e nocivo, precisando ser discutido e

    combatido, tendo em vista alterar para melhor um quadro to mau.40 Discutido e combatido, eu disse. No disse: proibido. No disse: preciso que o governo corrija isto. No disse: Que venha uma leipara sanear nossa cultura. No disse: Deve-se taxar mais alto oproduto estrangeiro. No penso em qualquer medida repressiva,vinda do alto, para resolver com uma penada problemas culturais,

    45 sempre altamente complexos.Estas notas vm a propsito de um fenmeno que,

    ultimamente, toma corpo no Brasil. Sob a alegao de que a nossacultura est ameaada, h uma tendncia oficial, j concretizadaem atos e rgos, no sentido de purific-la, de nacionaliz-la. Ora,

    50 se acho que realmente h uma proliferao de produtos culturaisordinrios importados, altamente perniciosa, no acho que elapossa ser debelada ou enfrentada com simples proibies ouobrigatoriedades. Isto seria considerar de um ponto de vistaadministrativo um problema cultural . Escolho, entretanto e a

    55 posio me parece no apenas correta, mas lgica, considerar osproblemasculturais de um ponto de vistacultural .Quer dizer: a integridade cultural de um povo faz-se atravs

    das idias. As mudanas culturais durveis se fazem atravs dodebate, do confronto de opinies. perfeitamente possvel, por

    60 exemplo, de um dia para o outro, s se permitir a publicao, nopas, de livros brasileiros; perfeitamente possvel interditartotalmente a emisso, pelas estaes de rdio, de msicaestrangeira; perfeitamente possvel taxar de tal modo o disco e olivro estrangeiro que eles se tornem inacessveis; perfeitamente

    65 vivel impedir que as emissoras de TV introduzam os enlatadosnas suas programaes. Sim, no impraticvel, em nome danossa integridade como povo, das nossas tradies e mesmo soba alegao de combater o uso de drogas psicotrpicas como ofez, pela imprensa, o compositor e maestro Marlos Nobre, para

    70 quem a msica estrangeira (concluso estranha!) induziria a juventude brasileira ao consumo de entorpecentes, transformar opas numa ilha cultural. Mas, em primeiro lugar, tal insulamento noseria de modo algum fecundo e desejvel. Em segundo lugar, qualo valor de tais medidas, se no repousam verdadeiramente num

    75 processo de amadurecimento? Cessado o freio, voltaramos, namelhor das hipteses, mesma situao de antes, sem qualquer

    80

    85

    90

    95

    100

    105

    evoluo verdadeira. Um ser humano no muda e evolui sem quecolabore com isto. Ningum muda defora para dentro . necessrio que algum tome conscincia do seu estado, convena--se da necessidade de mudana e pode ser que com a ajuda deoutros empreenda-a. Nessas condies, uma mudana temsentido. Se um homem, porm, forado a agir diferentemente, seuma fora exterior o dobra, que houve na verdade?Desaparecendo a presso, o indivduo traz consigo os mesmosvcios.

    Com os povos no diferente. Necessrio que os povosadquiram um conscincia nova, que tomem conscincia do quelhes nocivo, e,de dentro para fora , empreendam suas mudanas.

    Isto, evidente, no se faz da noite para o dia. No ser,sequer, o trabalho de uma s gerao. Todos esses fenmenosso rduos e lentos, com idas e vindas, com avanos e recuos.Assim pensamos ns, que reverenciamos a cultura. Difere, nossopensamento, do que julgam os indivduos penetrados da noo deautoridade. Estes, adeptos da fora, esto convencidos de que,obrigando ou proibindo, mudam tudo: tanto os indivduos como ospases.

    Ora, espanta e faz medo que as pessoas ligadas cultura edas quais, por isso mesmo, esperamos, diante de assuntosculturais, uma atitude cultural, venham engrossando as guas decorrentes no culturais com os seus pronunciamentos e atitudes.Como se fossem portadoras de autoridade , e no portadoras decultura . (...)

    Nossa cultura ressente-se de vrias enfermidades e devemoslutar contra elas. Mas lutar atravs do debate, da discusso, deuma tomada de conscincia, de uma mudana interior, lenta, masviva e s. Culturalmente afinal e, tanto quanto possvel, livremente.Nunca mediante o dirigismo, o autoritarismo, a represso.

    (Osman Lins . Do ideal e da glria; problemas inculturais brasileiros ,1977.)

    1 Assinale a afirmativa queNO est de acordo com a ideologiamanifestada pelo autor do texto.(A) O Brasil se ressente de uma poltica cultural sedimentada no

    debate de idias.(B) O nosso pas carece de uma legislao competente que

    preserve e valorize todas as suas expresses culturais.(C) A cultura brasileira em geral falece de melhor distribuio entre

    a contribuio aliengena e a produo nacional.(D) Uma poltica cultural, assentada nos prprios valores culturais,

    deve manter-se aberta s manifestaes universais.(E) As mudanas culturais consistentes devem assentar-se num

    processo de conscientizao da sociedade.2 O texto se estrutura atravs de vrias oposies. Assinale aalternativa cujas expresses NO traduzem uma oposio naconstruo do sentido do texto.(A) produo autnoma X produto estrangeiro(B) consanginidade cultural X culturas aliengenas(C) servilismo X empobrecimento(D) de dentro para fora X autoritarismo(E) ilha cultural X importao de produtos culturais

    3 No enunciado () perfeitamente possvel taxar de tal modo o discoe o livro estrangeiro que eles se tornem inacessveis (L.63-64), huma relao causa/conseqncia. Variando a estrutura doenunciado, assinale a alternativa em que tal relaoNOocorre.(A) Como perfeitamente possvel taxar o disco e o livro

    estrangeiro, eles acabaro tornando-se inacessveis.(B) Em vista de ser perfeitamente possvel taxar o disco e o livro

    estrangeiro, eles acabaro tornando-se inacessveis.(C) A causa de o disco e o livro estrangeiro virem a ser

    inacessveis a possibilidade de serem perfeitamente taxados.(D) Com a possibilidade de taxao do disco e do livro estrangeiro,

    eles acabaro tornando-se inacessveis.(E) Conquanto seja possvel taxar o disco e o livro estrangeiro,

    eles acabaro tornando-se inacessveis.

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    10/84

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    11/84

    4

    14 17 Antes mundo era pequeno Porque Terra era grande Hoje mundo muito grande Porque Terra pequena Do tamanho da antena parabolicamar , volta do mundo, camar -, mundo d volta, camar Antes longe era distante Perto, s quando dava Quando muito, ali defronte E o horizonte acabava Hoje l trs dos montes, den de casa, camar

    Cipriano Luckesi define aavaliao da aprendizagem como um ato amoroso , por considerar que um ato:(A) inclusivo, acolhedor e integrativo.(B) inclusivo, ativo e seletivo.(C) exclusivo, passivo e seletivo.(D) exclusivo, disciplinador e integrativo.(E) diagnstico, inclusivo e seletivo.18 Leia as manchetes a seguir:

    Repetncia zero em busca da nota 10 Escolas da prefeitura devem adotar a aprovao automtica na 1 srie para reduzir evaso.

    , volta do mundo, camar -, mundo d volta, camar

    Imagine que o trecho da msica Parabolicamar, de Gilberto Gil,tenha sido utilizado, em diversas disciplinas de uma mesma turma,para trabalhar o conceito de globalizao. Esse processo tem umgrande poder estruturador, pois os conceitos, contextos tericos eprocedimentos, dentre outros, enfrentados pelos educandosorganizam-se em unidades mais globais, com estruturasconceituais e metodolgicas compartilhadas pelas diversasdisciplinas. A esse processo chamamos:

    (A) avaliao mediadora. (B) disciplinaridade cruzada.(C) multidisciplinaridade. (D) interdisciplinaridade.(E) metodologia aplicada.

    15 Em relao verificao da aprendizagem dos estudantes, aLei 9394/96 afirma que, para os casos de baixo rendimentoescolar, os estudos de recuperao devem ser:(A) obrigatrios e somente ao final de cada ano letivo.(B) obrigatrios e, preferencialmente, paralelos ao perodo letivo.(C) facultativos e paralelos ao perodo letivo.(D) facultativos e ao final de cada semestre.(E) obrigatrios e ao final de cada trimestre.

    16 O modo de o professor trabalhar os contedos em sala de aulaespelha a viso que ele tem da funo social da escola. Zabala nosd um exemplo de como um mesmo contedo (O Isl, sua evoluo e influncia no mundo atual ) pode ser trabalhado deforma distinta por dois professores de uma mesma escola.Alba inicia o tema propondo aos seus alunos a leitura das manchetes de vrios artigos jornalsticos atuais em que aparecem situaes relacionadas com o islamismo. Aps essa leitura, a professora comea a distribuir dois breves artigos entre os grupos fixos em que a classe est organizada, para que faam um comentrio que lhes permita realizar um debate. Por sua vez, Borja comea com uma exposio de vrios dos acontecimentos que hoje em dia tm o islamismo como denominador comum. Aps a apresentao da situao atual, enumera os aspectos-chave dos diversos conflitos enquanto os registra na lousa.

    Ambos os professores trabalham com compromisso e seriedade.Ambos acreditam que esto fazendo o melhor para seusestudantes. No entanto, possivelmente, tm vises distintas dequal seja a funo da educao escolar na sociedade e de comoas pessoas realizam aprendizagens.Marque o binmio que melhor se adequar s situaes de auladescritas acima.(A) Alba considera os conhecimentos prvios de seus estudantes,

    e Borja considera contedos relativos a atitudes eprocedimentos.

    (B) Alba trabalha numa perspectiva construtivista, e Borja trabalhanuma perspectiva sociointeracionista.

    (C) Alba valoriza apenas contedos relativos a atitudes eprocedimentos, e Borja considera contedos relativos a valorese atitudes.

    (D) Alba trabalha numa perspectiva sociointeracionista, e Borjavaloriza contedos factuais e conceituais.

    (E) Alba enfatiza os contedos relativos s atitudes, e Borjaincorpora sua prtica o conceito de aprendizagemsignificativa.

    (O Globo, janeiro/1999)

    Censo mostra que repetncia cresceu no Rio Segundo o MEC, estado foi o nico do pas em que aumentou o nmero de alunos que no passam de ano.

    (O Globo, junho/2001)

    Vergonha Nacional A repetncia o maior problema da educao brasileira, masparece que pouco se faz para combat-la.

    (Nova Escola, novembro/2000)As manchetes se referem ao grave problema da reprovaoexistente no sistema pblico de ensino. Existem diversasexperincias em curso no pas com o objetivo de eliminar as altastaxas de repetncia e conseqente evaso dos estudantes dasescolas pblicas. Para Esteban e Afonso, a busca da objetividadena avaliao acaba por desconsiderar o processo de aprendizagemdos estudantes. Esses autores justificam uma avaliao maissubjetiva e, s vezes, at intuitiva, sem por isso deixar de serlegtima. Referem-se a uma prtica de avaliao mais coerentecom uma escola e uma sociedade mais democrticas, portanto, auma avaliao:(A) somativa. (B) normativa.(C) formativa. (D) quantitativa.(E) generalista.

    19 O educador espanhol Fernando Hernndez sugere a organizaodo currculo por projetos de trabalho. Pensando no currculo deuma escola, os projetos de trabalho so uma forma de organizar osconhecimentos escolares. A proposta que inspira os projetos detrabalho est vinculada perspectiva do conhecimento:(A) disciplinar e relacional. (B) acadmico e disciplinar.(C) globalizado e disciplinar. (D) interdisciplinar e acadmico.(E) globalizado e relacional.

    20 A autora Sandra Corazza defende o planejamento justificando quea ao pedaggica uma forma de poltica cultural que deve serplanejada, posto que tal ao uma interveno intencional. Paraela, importante planejar para poder se contrapor ao currculooficial e ao discurso nico; para atuar de forma contra-hegemnica;para colocar nossos planos em suspeio; para realizar uma

    prtica reflexiva. A partir dessa perspectiva, o planejamento passaa ser visto como:(A) um registro prvio das intenes que ajudar numa prtica

    reflexiva.(B) um recurso tcnico a ser aprendido nas aulas de didtica.(C) um modelo a ser seguido a partir do plano poltico-pedaggico

    da escola.(D) uma lista de objetivos a serem enumerados pelo professor.(E) uma necessidade de ordem burocrtica para economizar

    tempo e recursos.

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    12/84

    5

    CONHECIMENTOS ESPECFICOS 21

    Os quatro esquemas acima foram propostos pelos alunos paramontar um modelo do circuito eltrico parcial de uma supostaresidncia.Considerando que os alunos trabalharam com pilhas (material maisseguro que corrente alternada), lmpadas e fios escolhidos peloprofessor, assinale:(A) se apenas o circuito I for correto.(B) se apenas os circuitos I e II forem corretos.(C) se apenas os circuitos I, II e III forem corretos.(D) se apenas os circuitos III e IV forem corretos.(E) se todos os circuitos forem corretos.

    22

    Um elstico foi esticado em torno de uma caixa de papelo com umburaco no centro, conforme o esquema acima. Dois lpis foraminseridos entre o elstico e a caixa, delimitando um comprimentotil de 40 cm do elstico.Ao vibrar o elstico, o comprimento da onda formada ser de:(A) 10 cm (B) 20 cm(C) 40 cm (D) 80 cm(E) 160 cm

    23 Duzentos mililitros de gua a 10 C foram colocados numcongelador e aps 30 minutos estavam congelados a 10 C.Durante todo o processo a presso foi mantida constante em1 atm. Assinale o grfico que melhor representa o processo.

    (A) (B)

    (C) (D)

    (E)

    24 O controle da produo de sucos digestivos depende, em parte, daao do sistema nervoso. Certos hormnios tm papel relevanteneste controle, como o caso da secretina que estimula aproduo de suco pancretico.A produo do hormnio citado depende:(A) da entrada, no duodeno, do bolo alimentar com pH prximo a 2.(B) da atividade de clulas das ilhotas de Langerhans.(C) da atividade hormonal de clulas da parede gstrica.

    (D) da secreo hormonal de clulas da vescula biliar.(E) do lanamento da bile na regio do duodeno.

    25

    O esquema acima representa parte de um teia ecolgica onde assetas representam o fluxo alimentar. Com relao aos seresparticipantes da teia acima esquematizada, correto afirmar que:(A) lagarto e sabi so onvoros.(B) louva-a-deus consumidor primrio.(C) gavio pode ser consumidor tercirio.(D) lagarto somente consumidor secundrio.(E) r e sabi ocupam o mesmo nicho ecolgico.

    26 Pessoas que sofrem de hipertenso arterial so obrigadas arestringir a ingesto de sal. Isto, associado a medicamentos, facilitaa manuteno da presso sangnea em nveis normais. Quandoocorre a ingesto de alimentos muito salgados, a taxa sangneade sdio aumenta, provocando sede. A correo da concentraosangnea a partir da ingesto de maiores quantidades de guaaumenta o volume de sangue, e, conseqentemente, a presso

    arterial sobe.A normalizao da presso arterial ocorrer:(A) por aumento da produo de aldosterona, que promove a

    reabsoro de sdio do filtrado glomerular renal.(B) por reduo da produo de ADH pelas supra-renais,

    reduzindo o volume de urina.(C) por reduo da produo de aldosterona pelo hipotlamo,

    provocando aumento do volume da urina produzida.(D) por reduo da produo de ADH pelo hipotlamo,

    aumentando a perda urinria de gua.(E) por aumento da produo de ADH pelo hipotlamo, resultando

    em aumento do volume da urina produzida.27 O Estado do Rio de Janeiro vem enfrentando neste ano de 2002uma devastadora epidemia de dengue, com milhares de casos dochamado tipo clssico e centenas de ocorrncias da formahemorrgica da doena. causada por um vrus, transmissvel pormosquitos Aedes aegypti . Enquanto se d uma forte mobilizaono sentido da erradicao do mosquito transmissor dessa perigosavirose, os cientistas aceleraram as pesquisas que visam obteno de uma vacina, que seria, certamente, o mais poderosorecurso para a erradicao da doena.Uma grande dificuldade para a elaborao de uma vacina queesta teria que ser eficaz contra as quatro variedades de vrusexistentes.Uma vacina desenvolvida com sucesso para o combate ao vrus dotipo A no teria eficcia contra os vrus do tipo B porque osanticorpos cuja produo esta vacina induziria:(A) no reconheceriam o ARN do vrus B.

    (B) no reconheceriam o ADN do vrus B.(C) no reconheceriam as protenas do capside do vrus B.(D) seriam destrudos pela capa protica do vrus B.(E) no seriam capazes de destruir o ADN do vrus B.

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    13/84

    6

    28 33

    I II III IV V AnimalAnimalAnimal

    ProtistaProtista

    MoneraMoneraMonera

    PlantaProtista

    ProtistaProtistaProtistaMoneraMonera

    MoneraFungo

    Protista

    FungoFungo

    ProtistaPlanta

    Monera

    PlantaPlanta

    O gs carbnico produzido na respirao celular transportadopara os pulmes de vrias maneiras. Parte se dissolve diretamenteno plasma sangneo e, assim, chega aos pulmes. Outra parcela(26%) associa-se hemoglobina e a outras protenas e, dessemodo, atinge os pulmes. A maior parte (70%) vai para ospulmes, dissolvida no plasma, como ons bicarbonatos (HCO3 ).

    As reaes acima ocorrem:(A) no plasma, sob a ao da enzima anidrase carbnica.(B) sempre dentro das hemcias, onde existe a enzima anidrase

    carbnica.(C) no plasma, ao nvel dos alvolos, por ao da enzima anidrase

    carbnica.

    As lagoas de Jacarepagu, no municpio do Rio de Janeiro,recebem grande carga de esgotos domsticos, ricos em matriaorgnica. A decomposio desse material feita por bactriasaerbias que, em presena de alimento abundante, se multiplicamem grande escala. Por outro lado, a riqueza de nutrientes mineraisna gua, resultante desse processo, acarreta aumento significativonas populaes de Eichhornia crassipes (aguap), uma plantaflutuante.Uma das conseqncias mais importantes desses processos paraa vida dos peixes nessas lagoas :(A) aumento exagerado do fitoplncton, resultando em produo

    maior de gs carbnico.(B) reduo da disponibilidade de O2, por consumo exagerado

    deste gs, e reduo da taxa fotossinttica do fitoplncton, porfalta de luz.

    (D) nas clulas dos diversos tecidos, as quais cedem HCO3 plasma.

    (E) nas clulas dos diversos tecidos, que transferem o HCO3 as hemcias.

    29

    ao

    para

    (C) aumento da taxa de O2 dissolvido na gua, pela atividadefotossinttica dos aguaps, e reduo da matria orgnica parao fitoplncton.

    (D) reduo da oferta de CO2 para o fitoplncton, o que reduz ataxa fotossinttica.

    (E) aumento da concentrao de CO2 dissolvido, resultante da Quando Dona Maria se lembrou da chaleira que havia ficado sobreo fogo, verificou, com grande surpresa, que a gua do seu interiorhavia desaparecido. Isto aconteceu porque as molculas da gua:(A) foram decompostas em O2 e H2.(B) foram decompostas em H e O.(C) foram decompostas em H+ e HO.(D) afastaram-se umas das outras.(E) dilataram-se e ocuparam maior volume.30 gua do mar lmpida uma mistura principalmente de cloreto desdio e gua. Estes dois componentes da gua do mar podem serseparados por:(A) filtrao (B) destilao(C) decantao (D) centrifugao(E) flotao

    31 O tomo de sdio (Na) apresenta 11 prtons e 12 nutrons.O ction Na+ apresenta:

    Prtons Nutrons Eltrons (A) 10 12 11(B) 11 12 10(C) 11 11 11(D) 12 12 11(E) 12 11 11

    32 Num tubo de ensaio foram colocados 2 mL de gua oxigenada(H2O2) e um pequeno pedao de fgado.Imediatamente o lquido comeou a borbulhar e, aps algunsinstantes, foi introduzido, no interior do tubo, um barbante embrasa. Ao entrar em contato com o gs existente no tubo, a brasase inflamou.Com relao experincia acima descrita, correto afirmar que ogs liberado :(A) H2 proveniente da gua oxigenada.(B) H2 misturado a O2.(C) O2 proveniente da gua oxigenada.(D) O2 liberado das clulas do fgado.(E) CO2 resultante da respirao celular.

    atividade respiratria da superpopulao de aguaps.

    34 Num exerccio sobre a variedade dos seres vivos, o professorapresentou, ao alunos, cinco tipos de seres:tipo I pluricelular, nutrio por ingesto;tipo II autotrfico quimiossintetizador;tipo III unicelular, nutrio por ingesto;tipo IV pluricelular, nutrio por absoro;tipo V pluricelular, fotossintetizador.Com tais dados, correto concluir que estes seres pertencem aosseguintes reinos:

    (A)(B)(C)(D)(E)

    35 Mes que apresentam doenas como sfilis, AIDS e rubola geramcrianas que so, de algum modo, tambm afetadas pela doena.Assinale a melhor explicao para este fato.(A) Estas doenas so hereditrias, e os genes responsveis pelas

    mesmas so transmitidos pela me.(B) Os agentes causadores das mutaes que resultam nessas

    doenas passam do sangue da me para o da criana.(C) Os agentes causadores destas doenas passam pela placenta

    e atingem a criana.(D) Hemcias contaminadas, existentes no sangue da me,

    passam para o sangue da criana.(E) Estas doenas so congnitas e hereditrias e, por isso,

    passam de pais para filhos.36 Temperatura em C 0 10 20 30 40 50 60Tempo em segundos 2400 900 450 225 300 1500 6000A tabela acima ilustra os dados de um experimento in vitro capazde verificar a influncia na ao da enzima sacarase (ou invertase)do suco entrico. No experimento, extrato intestinal foi colocado emtubos de ensaio com sacarose. Os tubos ficaram em banho-marianas temperaturas indicadas e mediu-se o tempo, em segundos, ata decomposio completa da sacarose.Analisando os dados da tabela, pode-se corretamente afirmar que:(A) a sacarase digere a sacarose transformando-a em glicose e

    frutose. (B) a sacarase funciona melhor a alta temperatura.

    (C) a sacarase desnaturada pelo calor.(D) a temperatura intestinal de 30 C.(E) o calor hidrolisa a sacarose.

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    14/84

    7

    37 40

    O esquema acima representa, simplificadamente, etapas doprocesso respiratrio celular, em que so mostrados dois caminhosmetablicos possveis, indicados por A e B.A respeito destas duas alternativas metablicas, correto afirmarque o caminho A:(A) s ocorre em clulas muito simples, incapazes de utilizar O2

    livre.(B) ocorre em qualquer clula animal ou vegetal, quando no h

    O2 livre disponvel.(C) ocorre em clulas animais e em algumas bactrias, quando

    no h O2 livre disponvel.(D) ocorre em leveduras e clulas animais, quando no h O2 livre

    disponvel.(E) ocorre em qualquer clula, sempre que no h O2 livre

    disponvel.

    O grfico acima mostra a variao da presso sangnea sobre aparede dos vasos, a partir da aorta. A anlise dos dados expressospermite concluir corretamente que:(A) a presso sangnea alta na chegada do sangue ao lado

    esquerdo do corao.(B) as trocas entre o sangue e os tecidos so mais intensas nas

    paredes submetidas s presses mais altas.(C) as trocas de nutrientes e oxignio por excretas mais intensa

    nas veias cavas, porque nelas o sangue passa maislentamente.

    (D) a presso varia durante a passagem do sangue peloscapilares.

    (E) as veias pulmonares esto submetidas mesma pressoverificada na aorta.

    38 Pastilhas efervescentes, contendo at 2g de cido ascrbico

    (vitamina C), esto disponveis nas farmcias, para venda semqualquer controle mdico. Como a necessidade normal diria decerca de 75 mg, isto sugere que a ingesto desta substncia emgrandes quantidades no oferece qualquer risco. Outras vitaminas,como a vitamina A, podem produzir perigosas alteraesmetablicas quando ingeridas continuamente em doses elevadas.Esse comportamento diferenciado da vitamina A ocorre porque:(A) o excesso excretado na urina causando danos renais.(B) ela no hidrossolvel, sendo o excesso acumulado no fgado.(C) o excesso acumula-se na retina causando cegueira noturna.(D) ela lipossolvel e, por isso, impede a absoro de gorduras.(E) ela lipossolvel e, em excesso, aumenta a atividade das

    enzimas biliares.39

    Os tubos acima esquematizados foram preparados de modo que,nos tubos 1 e 2, o lquido no fundo gua de cal incolor, e, nostubos 3 e 4 gua destilada. O chumao de algodo tem o objetivode impedir que os insetos nos tubos 2 e 3 caiam no lquido.O melhor experimento capaz de permitir aos alunos verificarem,com segurana, que os insetos respiram, deveria conter osseguintes tubos:(A) 1 e 2 (B) 2 e3(C) 1, 2 e 3 (D) 2, 3 e 4(E) 1, 2, 3 e 4

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    15/84

    Professor de Ciencias (5a-8a serie)

    Portugues Geral (5 a 8)

    1-B 2-C 3-E 4-E 5-D 6-A7-D 8-E 9-A 10-B

    Conh. Pedagogicos (5 a 8)11-C 12-D 13-B 14-D 15-B 16-D17-A 18-C 19-E 20-A

    Ciencias (5 a 8)21-B 22-D 23-A 24-A 25-C 26-D27-C 28-B 29-D 30-B 31-B 32-C33-B 34-B 35-C 36-C 37-C 38-B39-A 40-D

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    16/84

    CONCURSO PB LI CO 200 2 PROVA

    PROFESSOR I EDUCAO ARTSTICA

    INSTRUES

    1. Voc receber do fiscal o material descrito abaixo:

    a) uma folha destinada s respostas das questes formuladas na prova;

    b) este caderno com o enunciado das40 questes, sem repetio ou falha,tendo no ttulo o nome do cargo ao qual voc concorre.

    2. Verifique se o material est em ordem, se seunome e seu nmero de inscrioso os que aparecem na Folha de Respostas ; caso contrrio , notifique imediatamente o fiscal .

    3. Ao receber aFolha de Respostas , obrigao do candidato:

    a) conferir seu nome e nmero de inscrio;

    b) leratentamente as instrues no verso daFolha de Respostas ;

    c) assinar o verso daFolha de Respostas .

    4. As questes so identificadas pelo nmero que se situa acima do seuenunciado.

    5. Reserve os 20 (vinte) minutos finais para marcar aFolha de Respostas .

    6. O rascunho no Caderno de Questesno ser levado em considerao .

    7. Quando terminar, entregue aFolha de Respostas ao fiscal.

    8. O tempo disponvel para esta prova ser de3 (trs) horas .

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    17/84

    2

    PORTUGUS A Perigosa Ligao Entre Cultura e Prepotncia

    O fenmeno bastante conhecido: certos pases, com umaforte produo literria e artstica, tendem a exportar as suas obras;outros, de produo mais escassa, tendem a consumir obras defora. Diz Robert Escarpit que mais vale uma literatura medocre

    5 capaz de dialogar com o seu povo que uma boa literatura surda voz daqueles a quem fala e dos quais ela deve ser a expresso. Omesmo autor, entretanto, adverte: Se no se tomam precauespara manter sistematicamente ligaes com o estrangeiro, devem--se temer as conseqncias da consanginidade cultural. E d

    10 como exemplo desta ltima tendncia a Inglaterra, com umagrande produo autnoma, mas pouco aberta s contribuiesvindas de outros centros, o que induz mencionadaconsanginidade cultural, expresso alis muito feliz.

    Robert Escarpit (autor estrangeiro, aqui invocado para15 discutirmos um problema cultural brasileiro) no fala por falar.

    Trata-se de um dos maiores estudiosos, no mundo, dos problemasdo livro. Das citaes acima, depreendemos que um pas deveestimular e valorizar a sua literatura (e, naturalmente, todas assuas expresses artsticas, como a msica, por exemplo); mas que

    20 deve estar aberto s obras vindas de fora. Tanto o ilhamento naprpria cultura como o servilismo a culturas aliengenas redundamem empobrecimento.

    Qual o desejvel, ento? Certo equilbrio entre a contribuiolocal e a recebida de fora; certo discernimento na escolha (na

    25 escolha, digamos, dos livros a editar ou das msicas a gravar). Talno acontece aqui, e em certos campos, como no dos enlatados deTV, a invaso verdadeiramente arrasadora. O brasileiro, hoje,nasce e cresce recebendo pela televiso mensagens de segundaordem, vindas principalmente dos Estados Unidos, todas o que

    30 pior infiltradas de uma publicidade disfarada (ou ostensiva) sobre aquele pas.

    Conclui-se, sem esforo e sem exagero, que, no Brasil,registram-se as duas falhas apontadas: a) h um excesso naimportao de produtos culturais; b) falta discernimento na escolha,

    35 havendo uma preferncia clara, da parte dos empresrios e, emconseqncia, da parte do consumidor na TV, nos livros, namsica por coisas de nvel inferior, pelo lixo cultural da poca.

    Tudo isso verdade, e nocivo, precisando ser discutido e

    combatido, tendo em vista alterar para melhor um quadro to mau.40 Discutido e combatido, eu disse. No disse: proibido. No disse: preciso que o governo corrija isto. No disse: Que venha uma leipara sanear nossa cultura. No disse: Deve-se taxar mais alto oproduto estrangeiro. No penso em qualquer medida repressiva,vinda do alto, para resolver com uma penada problemas culturais,

    45 sempre altamente complexos.Estas notas vm a propsito de um fenmeno que,

    ultimamente, toma corpo no Brasil. Sob a alegao de que a nossacultura est ameaada, h uma tendncia oficial, j concretizadaem atos e rgos, no sentido de purific-la, de nacionaliz-la. Ora,

    50 se acho que realmente h uma proliferao de produtos culturaisordinrios importados, altamente perniciosa, no acho que elapossa ser debelada ou enfrentada com simples proibies ouobrigatoriedades. Isto seria considerar de um ponto de vistaadministrativo um problema cultural . Escolho, entretanto e a

    55 posio me parece no apenas correta, mas lgica, considerar osproblemasculturais de um ponto de vistacultural .Quer dizer: a integridade cultural de um povo faz-se atravs

    das idias. As mudanas culturais durveis se fazem atravs dodebate, do confronto de opinies. perfeitamente possvel, por

    60 exemplo, de um dia para o outro, s se permitir a publicao, nopas, de livros brasileiros; perfeitamente possvel interditartotalmente a emisso, pelas estaes de rdio, de msicaestrangeira; perfeitamente possvel taxar de tal modo o disco e olivro estrangeiro que eles se tornem inacessveis; perfeitamente

    65 vivel impedir que as emissoras de TV introduzam os enlatadosnas suas programaes. Sim, no impraticvel, em nome danossa integridade como povo, das nossas tradies e mesmo soba alegao de combater o uso de drogas psicotrpicas como ofez, pela imprensa, o compositor e maestro Marlos Nobre, para

    70 quem a msica estrangeira (concluso estranha!) induziria a juventude brasileira ao consumo de entorpecentes, transformar opas numa ilha cultural. Mas, em primeiro lugar, tal insulamento noseria de modo algum fecundo e desejvel. Em segundo lugar, qualo valor de tais medidas, se no repousam verdadeiramente num

    75 processo de amadurecimento? Cessado o freio, voltaramos, namelhor das hipteses, mesma situao de antes, sem qualquer

    80

    85

    90

    95

    100

    105

    evoluo verdadeira. Um ser humano no muda e evolui sem quecolabore com isto. Ningum muda defora para dentro . necessrio que algum tome conscincia do seu estado, convena--se da necessidade de mudana e pode ser que com a ajuda deoutros empreenda-a. Nessas condies, uma mudana temsentido. Se um homem, porm, forado a agir diferentemente, seuma fora exterior o dobra, que houve na verdade?Desaparecendo a presso, o indivduo traz consigo os mesmosvcios.

    Com os povos no diferente. Necessrio que os povosadquiram um conscincia nova, que tomem conscincia do quelhes nocivo, e,de dentro para fora , empreendam suas mudanas.

    Isto, evidente, no se faz da noite para o dia. No ser,sequer, o trabalho de uma s gerao. Todos esses fenmenosso rduos e lentos, com idas e vindas, com avanos e recuos.Assim pensamos ns, que reverenciamos a cultura. Difere, nossopensamento, do que julgam os indivduos penetrados da noo deautoridade. Estes, adeptos da fora, esto convencidos de que,obrigando ou proibindo, mudam tudo: tanto os indivduos como ospases.

    Ora, espanta e faz medo que as pessoas ligadas cultura edas quais, por isso mesmo, esperamos, diante de assuntosculturais, uma atitude cultural, venham engrossando as guas decorrentes no culturais com os seus pronunciamentos e atitudes.Como se fossem portadoras de autoridade , e no portadoras decultura . (...)

    Nossa cultura ressente-se de vrias enfermidades e devemoslutar contra elas. Mas lutar atravs do debate, da discusso, deuma tomada de conscincia, de uma mudana interior, lenta, masviva e s. Culturalmente afinal e, tanto quanto possvel, livremente.Nunca mediante o dirigismo, o autoritarismo, a represso.

    (Osman Lins . Do ideal e da glria; problemas inculturais brasileiros ,1977.)

    1 Assinale a afirmativa queNO est de acordo com a ideologiamanifestada pelo autor do texto.(A) O Brasil se ressente de uma poltica cultural sedimentada no

    debate de idias.(B) O nosso pas carece de uma legislao competente que

    preserve e valorize todas as suas expresses culturais.(C) A cultura brasileira em geral falece de melhor distribuio entre

    a contribuio aliengena e a produo nacional.(D) Uma poltica cultural, assentada nos prprios valores culturais,

    deve manter-se aberta s manifestaes universais.(E) As mudanas culturais consistentes devem assentar-se num

    processo de conscientizao da sociedade.2 O texto se estrutura atravs de vrias oposies. Assinale aalternativa cujas expresses NO traduzem uma oposio naconstruo do sentido do texto.(A) produo autnoma X produto estrangeiro(B) consanginidade cultural X culturas aliengenas(C) servilismo X empobrecimento(D) de dentro para fora X autoritarismo(E) ilha cultural X importao de produtos culturais

    3 No enunciado () perfeitamente possvel taxar de tal modo o discoe o livro estrangeiro que eles se tornem inacessveis (L.63-64), huma relao causa/conseqncia. Variando a estrutura doenunciado, assinale a alternativa em que tal relaoNOocorre.(A) Como perfeitamente possvel taxar o disco e o livro

    estrangeiro, eles acabaro tornando-se inacessveis.(B) Em vista de ser perfeitamente possvel taxar o disco e o livro

    estrangeiro, eles acabaro tornando-se inacessveis.(C) A causa de o disco e o livro estrangeiro virem a ser

    inacessveis a possibilidade de serem perfeitamente taxados.(D) Com a possibilidade de taxao do disco e do livro estrangeiro,

    eles acabaro tornando-se inacessveis.(E) Conquanto seja possvel taxar o disco e o livro estrangeiro,

    eles acabaro tornando-se inacessveis.

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    18/84

    3

    4 10 Assinale a alternativa em queNOse justifica adequadamente osentido do tempo verbal em construes ocorrentes no texto.(A) a invaso verdadeiramente arrasadora. (L.27) o presente

    empregado para expressar uma ao habitual.(B) Discutido e combatido, eu disse. (L.40) o pretrito perfeito

    empregado para se reportar a uma ao j realizada.(C) Que venha uma lei para sanear nossa cultura. (L.41-42) o

    presente do subjuntivo empregado para exprimir a vontade dofalante.

    (D) Ningum muda defora para dentro . (L.78) o presenteempregado para traduzir uma ao permanente, maneira deum dogma.

    (E) No ser, sequer, o trabalho de uma s gerao. (L.89-90)o futuro empregado para manifestar a expresso de umapossibilidade.

    5 Assinale a alternativa em queNOocorrem termos coordenadosentre si.(A) Certo equilbrio entre a contribuio local e a recebida de

    fora... (L.23-24)(B) ...mensagens (...) infiltradas de uma publicidade disfarada (ou

    ostensiva) sobre aquele pas. (L.28-31)(C) ...uma preferncia clara (...) por coisas de nvel inferior, pelo

    lixo cultural da poca. (L.35-37)

    Assinale a alternativa em que ocorre uma forma verbal queNOfoiempregada de acordo com a norma culta da lngua.(A) Ele interveio nos debates entre cultura e prepotncia.(B) Se ele se contradizer nos debates, ser frustrante.(C) Se ele se mantiver calmo nos debates, seus argumentos

    prevalecero.(D) Se eles se expuserem nos debates, o conflito de idias ser

    instigante.

    (E) Ele reviu seus apontamentos antes dos debates.CONHECIMENTOS PEDAGGICOS 11 Leia atentamente o trecho a seguir, no qual Paulo Freire descrevea educao bancria: Falar da realidade como algo parado, esttico, compartimentado e bem-comportado, quando no falar ou dissertar sobre algo completamente alheio experincia existencial dos educandos vem sendo, realmente, a suprema inquietao desta educao. Asua irrefreada nsia. Nela, o educador aparece como seu indiscutvel agente, como o seu real sujeito, cuja tarefa indeclinvel encher os educandos dos contedos de sua narrao.Contedos que so retalhos da realidade desconectados da totalidade em que se engendram e em cuja viso ganham significao.

    (D) No penso em qualquer medida repressiva, vinda do alto...(L.43-44)

    (E) Nunca mediante o dirigismo, o autoritarismo, a represso.(L.107)

    6 No texto, o autor emprega a preposio sob em Sob a alegaode que a nossa cultura est ameaada... (L.47-48). Assinale aconstruo em que esta preposio est INCORRETAMENTEutilizada, no lugar de sobre.(A) O papel da inteligncia, sob este aspecto, decisivo.(B) Pus-me sob o jato da ducha.(C) A situao est sob controle.

    (D) nome que aparece sob vrias grafias.(E) Ele tambm passou a ficar sob a mira do chefe.

    7 Assinale a palavra cujo sufixoNOtem o mesmo valor significativoque o de preferncia.(A) lembrana (B) tolerncia(C) traio (D) firmamento(E) represso

    8 Assinale a alternativa em que o emprego da forma verbalNOestde acordo com a norma culta.(A) Boa parte dos produtos culturais de baixa qualidade.(B) Os Estados Unidos exportam filmes de segundo grau.

    (C) Dez anos pouco na histria cultural.(D) O mais so produtos culturais de nvel inferior.(E) Qual das mudanas culturais se processaram?

    9 Assinale a alternativa em que o emprego da forma verbalNOestde acordo com a interpretao a ser dada aos elementosrelacionados por uma conjuno nas frases abaixo.(A) A literatura, bem como qualquer manifestao cultural,

    precisam ser valorizadas.(B) A prepotncia ou o servilismo deve prevalecer?(C) Uma ou outra autoridade ostentava seu poder.(D) O isolamento ou o servilismo cultural ao estrangeiro so

    nocivos.(E) O livro como a msica carecem de incentivo.

    (Freire, 1987) A partir deste trecho, podemos concluir que, segundo o autor:(A) contedos descontextualizados favorecem uma educao

    libertadora.(B) contedos contextualizados desfavorecem uma educao

    dialgica.(C) contedos descontextualizados favorecem uma educao

    opressora.(D) contedos contextualizados favorecem uma educao

    antilibertadora.(E) contedos descontextualizados desfavorecem a educao

    antidialgica.12 Uma teoria educacional se constri a partir de uma concepo domundo, do ser humano e dos processos educacionais. As teoriaseducacionais se efetivam como prticas pedaggicas que revelamos seus princpios gerais e seus temas de interesse. Assinale aalternativa na qual todos os itens correspondempredominantemente s teorias e prticas pedaggicas tradicionais.(A) Metodologia, gnero, raa, representao social e cultura.(B) Didtica, planejamento, poder, ideologia e classe social.(C) Didtica, ensino, avaliao, aprendizagem e multiculturalismo.(D) Metodologia, contedos, ensino, avaliao e planejamento.(E) Planejamento, avaliao, ensino, alteridade e diferena.13 A educao para a cidadania requer que questes sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexo dos alunos,buscando um tratamento didtico que contemple sua complexidade e sua dinmica, dando-lhes a mesma importncia das reas convencionais. Com isso o currculo ganha em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais e que novos temas sempre podem ser includos.

    ( MEC, 1998 ) O trecho dos Parmetros Curriculares Nacionais apresentadoacima justifica um trabalho pedaggico nos terceiro e quarto ciclosna perspectiva:(A) do multiculturalismo crtico.(B) dos temas transversais.(C) da justaposio disciplinar.(D) dos contedos hierarquizados.(E) da transposio didtica.

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    19/84

    4

    14 17 Antes mundo era pequeno Porque Terra era grande Hoje mundo muito grande Porque Terra pequena Do tamanho da antena parabolicamar , volta do mundo, camar -, mundo d volta, camar Antes longe era distante Perto, s quando dava Quando muito, ali defronte E o horizonte acabava Hoje l trs dos montes, den de casa, camar

    Cipriano Luckesi define aavaliao da aprendizagem como um ato amoroso , por considerar que um ato:(A) inclusivo, acolhedor e integrativo.(B) inclusivo, ativo e seletivo.(C) exclusivo, passivo e seletivo.(D) exclusivo, disciplinador e integrativo.(E) diagnstico, inclusivo e seletivo.18 Leia as manchetes a seguir:

    Repetncia zero em busca da nota 10 Escolas da prefeitura devem adotar a aprovao automtica na 1 srie para reduzir evaso.

    , volta do mundo, camar -, mundo d volta, camar

    Imagine que o trecho da msica Parabolicamar, de Gilberto Gil,tenha sido utilizado, em diversas disciplinas de uma mesma turma,para trabalhar o conceito de globalizao. Esse processo tem umgrande poder estruturador, pois os conceitos, contextos tericos eprocedimentos, dentre outros, enfrentados pelos educandosorganizam-se em unidades mais globais, com estruturasconceituais e metodolgicas compartilhadas pelas diversasdisciplinas. A esse processo chamamos:

    (A) avaliao mediadora. (B) disciplinaridade cruzada.(C) multidisciplinaridade. (D) interdisciplinaridade.(E) metodologia aplicada.

    15 Em relao verificao da aprendizagem dos estudantes, aLei 9394/96 afirma que, para os casos de baixo rendimentoescolar, os estudos de recuperao devem ser:(A) obrigatrios e somente ao final de cada ano letivo.(B) obrigatrios e, preferencialmente, paralelos ao perodo letivo.(C) facultativos e paralelos ao perodo letivo.(D) facultativos e ao final de cada semestre.(E) obrigatrios e ao final de cada trimestre.

    16 O modo de o professor trabalhar os contedos em sala de aulaespelha a viso que ele tem da funo social da escola. Zabala nosd um exemplo de como um mesmo contedo (O Isl, sua evoluo e influncia no mundo atual ) pode ser trabalhado deforma distinta por dois professores de uma mesma escola.Alba inicia o tema propondo aos seus alunos a leitura das manchetes de vrios artigos jornalsticos atuais em que aparecem situaes relacionadas com o islamismo. Aps essa leitura, a professora comea a distribuir dois breves artigos entre os grupos fixos em que a classe est organizada, para que faam um comentrio que lhes permita realizar um debate. Por sua vez, Borja comea com uma exposio de vrios dos acontecimentos que hoje em dia tm o islamismo como denominador comum. Aps a apresentao da situao atual, enumera os aspectos-chave dos diversos conflitos enquanto os registra na lousa.

    Ambos os professores trabalham com compromisso e seriedade.Ambos acreditam que esto fazendo o melhor para seusestudantes. No entanto, possivelmente, tm vises distintas dequal seja a funo da educao escolar na sociedade e de comoas pessoas realizam aprendizagens.Marque o binmio que melhor se adequar s situaes de auladescritas acima.(A) Alba considera os conhecimentos prvios de seus estudantes,

    e Borja considera contedos relativos a atitudes eprocedimentos.

    (B) Alba trabalha numa perspectiva construtivista, e Borja trabalhanuma perspectiva sociointeracionista.

    (C) Alba valoriza apenas contedos relativos a atitudes eprocedimentos, e Borja considera contedos relativos a valorese atitudes.

    (D) Alba trabalha numa perspectiva sociointeracionista, e Borjavaloriza contedos factuais e conceituais.

    (E) Alba enfatiza os contedos relativos s atitudes, e Borjaincorpora sua prtica o conceito de aprendizagemsignificativa.

    (O Globo, janeiro/1999)

    Censo mostra que repetncia cresceu no Rio Segundo o MEC, estado foi o nico do pas em que aumentou o nmero de alunos que no passam de ano.

    (O Globo, junho/2001)

    Vergonha Nacional A repetncia o maior problema da educao brasileira, masparece que pouco se faz para combat-la.

    (Nova Escola, novembro/2000)As manchetes se referem ao grave problema da reprovaoexistente no sistema pblico de ensino. Existem diversasexperincias em curso no pas com o objetivo de eliminar as altastaxas de repetncia e conseqente evaso dos estudantes dasescolas pblicas. Para Esteban e Afonso, a busca da objetividadena avaliao acaba por desconsiderar o processo de aprendizagemdos estudantes. Esses autores justificam uma avaliao maissubjetiva e, s vezes, at intuitiva, sem por isso deixar de serlegtima. Referem-se a uma prtica de avaliao mais coerentecom uma escola e uma sociedade mais democrticas, portanto, auma avaliao:(A) somativa. (B) normativa.(C) formativa. (D) quantitativa.(E) generalista.

    19 O educador espanhol Fernando Hernndez sugere a organizaodo currculo por projetos de trabalho. Pensando no currculo deuma escola, os projetos de trabalho so uma forma de organizar osconhecimentos escolares. A proposta que inspira os projetos detrabalho est vinculada perspectiva do conhecimento:(A) disciplinar e relacional. (B) acadmico e disciplinar.(C) globalizado e disciplinar. (D) interdisciplinar e acadmico.(E) globalizado e relacional.

    20 A autora Sandra Corazza defende o planejamento justificando quea ao pedaggica uma forma de poltica cultural que deve serplanejada, posto que tal ao uma interveno intencional. Paraela, importante planejar para poder se contrapor ao currculooficial e ao discurso nico; para atuar de forma contra-hegemnica;para colocar nossos planos em suspeio; para realizar uma

    prtica reflexiva. A partir dessa perspectiva, o planejamento passaa ser visto como:(A) um registro prvio das intenes que ajudar numa prtica

    reflexiva.(B) um recurso tcnico a ser aprendido nas aulas de didtica.(C) um modelo a ser seguido a partir do plano poltico-pedaggico

    da escola.(D) uma lista de objetivos a serem enumerados pelo professor.(E) uma necessidade de ordem burocrtica para economizar

    tempo e recursos.

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    20/84

    5

    CONHECIMENTOS ESPECFICOS 21 Arthur Azevedo, um dos precursores do nosso teatro de revista,deixou inmeras obras, dentre as quais destacam-se burletas eoperetas. So de sua autoria:(A) Amor por anexins e A casa de Orates.(B) A terra das maravilhas e Confidncias.(C) A capital federal e A princesa dos cajueiros.(D) Judas em sbado de aleluia e O novio.(E) Onde canta o sabi e Esta noite choveu prata.22 Considerado o Molire brasileiro, criador da comdia de costumes,escreveu sua primeira pea O juiz de paz na roa. Seu nome :(A) Joo Caetano (B) Joaquim Manuel de Macedo(C) Jos de Alencar (D) Martins Pena(E) Joracy Camargo

    28 Na arte, o novo tempo inaugurado pela era da informtica se definecomo ps-modernidade. A cultura de massa veiculada pelas novastecnologias tornou-se uma mediao entre a percepo, osentimento e a inteligncia do homem com o mundo e com osoutros homens. Fazendo parte do dia-a-dia da escola, essa culturadeve levar o professor de Arte a considerar na sua prxis:(A) a tecnologia como produto do pensamento racional e cientfico

    e a arte como pura emoo e sentimento.(B) as pesquisas rigorosas sobre a linguagem da arte de modo que

    esta no se sinta em inferioridade em relao s cinciassupostamente dotadas de maior rigor conceitual.(C) a arte como capaz de ilustrar os projetos cientficos pela

    quantidade da apresentao esttica.(D) apenas as propostas de trabalho que valorizem a emoo e a

    imaginao, de modo a equilibrar a relao razo/sensibilidade.(E) conceber a arte e a cincia como fazendo parte da complexa

    construo do conhecimento, embora respeitando suasparticularidades respectivas.

    23 Em 1970, o Teatro de Arena de So Paulo apresentou o primeiroespetculo de teatro-jornal (Teatro-Jornal primeira edio).Um dos vrios objetivos desta modalidade :(A) dar nfase veracidade do jornalismo.

    (B) realizar um espetculo artisticamente bem sucedido.(C) permitir ao povo editar o seu prprio jornal.(D) estimular a perfeio jornalstica artesanal.(E) possibilitar ao povo a produo do seu prprio teatro.

    24 A Lei 9.394/96 torna obrigatria a Arte na educao bsica. Algunsconceitos do movimento arte-educao evoluem para novasconcepes e metodologias. Identifique-as.(A) Preponderncia do processo em relao ao produto.(B) Apreciao da obra de arte e sua contextualizao histrica.(C) Liberdade de expresso e sensibilizao espontnea.(D) Polivalncia artstica e criatividade do professor.(E) Concentrao induzida e conhecimento esttico.

    25 A representao exige, do ator, incansvel preparao, que diferede pessoa para pessoa, buscando conhecer a si prprio e quelescom os quais ir contracenar. A fala fator importante nessabusca. Alguns autores dedicaram-se ao assunto, tornando-semundialmente conhecidos e respeitados. Qual deles mais sedestacou?(A) Augusto Boal (B) Fernando Peixoto(C) Grotowski (D) Stanislavski(E) Augusto Rodrigues26 Os jogos dramticos na escola so essenciais na preparao dacriana para o teatro. Para realiz-los, necessrio que:(A) se estimule a criao interior integrando-a ao coletivo.

    (B) o professor faa o jogo juntamente com os alunos.(C) sejam utilizados figurinos especialmente produzidos para o jogo.

    (D) o pblico esteja presente.(E) haja interferncia no uso da maquiagem sem necessidade de

    estar a mesma ligada ao realizada.27 Mamulengo, fantoche, marionete a fio, ttere, sombra, vara,referem-se modalidade de teatro que se realiza necessariamentecom:(A) mscaras ou clichs.(B) iluminao com efeitos especiais.(C) bonecos ou formas animadas.(D) recortes ou colagens.(E) empanadas ou bambolinas.

    29 Em 1910, no Brasil, Eliseu Visconti (1866-1944) j chamava aateno para a importncia da arte decorativa aplicada indstria,a utilizao de novos materiais e novas tecnologias. A aliana entreo valor esttico e a obra utilitria, favorecida pela relao arte-

    indstria, permeava toda a concepo esttica de um novo estilode arte que Visconti introduziu no pas:(A) a Art Dec. (B) a Art Nouveau.(C) o Construtivismo. (D) o Desenho Industrial.(E) a Bauhaus.

    30 A artista plstica de renome internacional, Fayga Ostrower(19202001), nascida na Polnia e naturalizada brasileira, tambmtratou, em livros e artigos, do ensino e da teoria da arte.Dentre os comentrios de crticos de arte transcritos abaixo,assinale aquele que mais se aplica obra da artista.(A) ...a aridez corrosiva da crtica que exige a destruio da pele e

    a exposio em carne viva de seus personagens... (PauloSrgio Duarte)

    (B) ...nos ensaios figurativos, o artista, como um clssico, partepara o esquema de articulao do corpo humano, para ageometria, para o smbolo geomtrico... (Mrio Pedrosa)

    (C) ...como no era um intelectual, pintou a natureza ao seu redor.Figurou os frutos e os objetos sobre a mesa, as flores junto varanda... (Frederico de Morais)

    (D) Foi o primeiro grande artista que introduziu a pintura modernano Brasil. Deixa-nos uma obra sincera, densa, triste esombria... (Mrio Pedrosa)

    (E) Depois de abandonar a figurao para ligar-se aoabstracionismo... define sua obra ao dizer: a gravura amsica de cmera das artes visuais. (Roberto Pontual)

    31 A construo da cidadania fundamental para o processo detransformao social e uma das metas da educao. Nestaperspectiva, o ensino de arte deve considerar que:(A) a cidadania questo tica e independente da arte, que

    questo esttica.(B) a arte participa do conhecimento sensvel, da expresso

    pessoal; a cidadania envolve relaes coletivas.(C) toda questo tica que envolve a cidadania projeto exclusivo

    do rgo oficial responsvel pela poltica educacional.(D) a construo da cidadania e o problema da justia social

    dependem diretamente de uma poltica de distribuio derenda.

    (E) a arte parte do conjunto de manifestaes simblicas, como acincia, as relaes sociais e os sistemas filosficos e ticos deum povo.

  • 7/31/2019 Historia de Caxias 2002 Full

    21/84

    6

    32 Artista desesperadamente solitrio e incompreendido, no limiar daarte moderna, Czanne torna-se uma das matrizes dosmovimentos de vanguarda do sculo XX. Sua obra tardia foi ocatalisador e a justificativa de experincias cubistas que ouviramsua reflexo abaixo transcrita:(A) um quadro essencialmente uma superfcie plana coberta de

    cores dispostas numa certa ordem.(B) preciso tratar a natureza por meio do cilindro, da esfera e do

    cone.(C) um pintor abstrato no recebe sugestes de elementos

    particulares da natureza, mas de sua totalidade.(D) uma vaca, uma mulher (...) so concretas em estado natural,

    mas na pintura so mais ilusrias que um plano, uma linha,uma superfcie.

    (E) No podeis ser bom mestre a menos que tenhais acapacidade de representar a variedade de formas que anatureza produz.

    33 A tentativa de formulao de idias estticas modernas j seesboava na clebre conferncia feita por Mrio de Andrade naSemana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de So Paulo. AnitaMalfati rememora: Mrio no tinha voz para empolgar as massas;sua voz desaparecia no barulho das vaias e gritaria. Resolveu,

    pois, ler sua conferncia na escadaria do saguo...Identifique o nome dessa conferncia.(A) Paulicia desvairada(B) A escrava que no era Isaura(C) Parania ou mistificao(D) Macunama(E) Manifesto Pau Brasil34 Aps ter participado como desenhista da Misso Langsdorff, ErculeFlorence fixa residncia na vila de So Carlos (Campinas), SoPaulo. Suas pesquisas no campo da reproduo grfica, em 1830,antecederam a chegada oficial ao Brasil da tcnica da:(A) litografia (B) tipografia(C) cinematografia (D) serigrafia(E) fotografia35 Criada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao Brasileira de1961, a Educao Musical substituiu o Canto Orfenico na escola,depois de cerca de 30 anos. Entre as conseqncias destamudanaNOse inclui:(A) passou a existir outro enfoque no ensino de msica, que pode

    ser sentida, tocada, danada, alm de cantada.(B) aumentou a procura, pelos professores da rea, por cursos de

    capacitao profissional e livros com novos mtodos econcepes filosficas de educao em arte.

    (C) voltou-se a ateno para o desenvolvimento da percepoauditiva e rtmica, para a expresso corporal e para asocializao das crianas e jovens.

    (D) fortemente sustentadas pela esttica modernista, as aespedaggic