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ESSG Ano Lectivo 2009/2010 1 Cidade de Setúbal O topónimo “Setúbal” , desconhecendo- se a sua origem, já existe em “Cetóbriga” (Cetoba ou Cetobra mais designação celta briga para povoação). A exemplo de outras cidades ibéricas e do sul da Europa, o topónimo “Setúbal” pode estar relacionado com o topónimo do rio que banha a povoação, referido pelo geógrafo árabe Edrisi (Muhammad Al-Idrisi), como denominar- se “Xetubre” segundo a tese do Prof. José Hermano Saraiva. Assim o topónimo “Setúbal” e a cidade perdem-se no rasto dos tempos. O Paleolítico Inferior foi a presença mais antiga e foi encontrada em Belverde, entre o estuário do Tejo e a cordilheira da Arrábida, foram recolhidos em Santa Marta de Corroios, Quinta do Peru, Quinta dos Arcos e Basteza da Mó, calhaus achatados que teriam recebido a acção humana. Comunidades de Homo Erectus terão produzido instrumentos simples, polivalentes, construídos por seixos rolados e achatados, com gumes afiados. Existem outros achados de uma época posterior que não deixam dúvidas quanto à presença humana nos terraços do Tejo (concelhos de Alcochete e Montijo) e nas praias da costa sul da Península (concelho de Sesimbra).

História de Setúbal

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Cidade de Setúbal

O topónimo “Setúbal”, desconhecendo-se a sua origem, já existe em “Cetóbriga” (Cetoba ou Cetobra mais designação celta briga para povoação). A exemplo de outras cidades ibéricas e do sul

da Europa, o topónimo “Setúbal” pode estar relacionado com o topónimo do rio que banha a povoação, referido pelo geógrafo árabe Edrisi (Muhammad Al-Idrisi), como denominar-se “Xetubre”

segundo a tese do Prof. José Hermano Saraiva. Assim o topónimo “Setúbal” e a cidade perdem-se no rasto dos tempos.

O Paleolítico Inferior foi a presença mais antiga e foi encontrada em Belverde, entre o estuário do Tejo e a cordilheira da Arrábida, foram recolhidos em Santa Marta de Corroios, Quinta

do Peru, Quinta dos Arcos e Basteza da Mó, calhaus achatados que teriam recebido a acção humana. Comunidades de Homo Erectus terão produzido instrumentos simples, polivalentes, construídos por seixos rolados e achatados, com gumes afiados. Existem outros achados de uma época posterior que

não deixam dúvidas quanto à presença humana nos terraços do Tejo (concelhos de Alcochete e Montijo) e nas praias da costa sul da Península (concelho de Sesimbra).

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O Paleolítico Médio também se encontra bem representado nos terraços do Tejo e nas praias do litoral, onde foram recolhidas ferramentas cuja autoria terá pertencido a comunidades de Homo

Sapiens Neanderhalensis, das quais se destacam as jazidas da gruta da Figueira Brava no concelho de Setúbal.

O Mesolítico é um período que se encontra bem representado no vale do Sado,

tendo as suas margens e afluentes servido de suporte a algumas

comunidades recolectoras, caçadoras e pescadoras, inseridas num meio de grande

produtividade biológica. Os seus povoados (concheiros), dividiam-

se entre o habitat e a necrópole. No Mesolítico final, os grupos humanos do vale do Sado

adoptaram a cerâmica, uma inovação útil à sua economia, que

consistia em recipientes geométricos, decorados por vários motivos. Os estudos

revelam uma ausência de fauna doméstica, havendo

predominância de animais selvagens. Estes achados, aliados ao aspecto das clareiras encontradas, sugerem que a ocupação acontecia no Outono e Inverno. No concelho de Alcácer do Sal foram encontrados espécies de peixes que entrariam no estuário do Sado para a desova, durante os meses de

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Abril, Agosto e de Junho a Setembro. É possível que as comunidades adoptassem um tipo de povoamento de acordo com a possibilidade de exploração dos recursos naturais existentes.

O Neolítico. Os registos de

ocupação humana no território do concelho remontam à pré-história, tendo sido recolhidos, em vários locais, numerosos

vestígios desde o Neolítico. Foi visitada por fenícios, gregos e cartagineses, que vinham

à Ibéria em procura do sal e do estanho, nomeadamente a Alcácer de Sal, sendo então o rio navegável até esta povoação. «A

evolução ocorrida no seio das comunidades mesolíticas tinha-as conduzido a um estágio

de desenvolvimento económico e cultural em que se tornava difícil a assimilação de formas de economia de produção de

alimentos. E tal iria concretizar-se logo que, por alterações ecológicas e (ou) demográficas, rupturas no equilíbrio demográfico-ecológico dos grupos mesolíticos os levassem à produção de alimentos.

Deste modo, os grupos do Neolítico antigos do sul de Portugal e, por conseguinte, do que é hoje o distrito de Setúbal, teriam sido herdeiros dos grupos mesolíticos regionais. Com efeito, o registo arqueológico não revela rupturas significativas na passagem do Mesolítico para o Neolítico. As

comunidades do Neolítico antigas, tais como as suas antecessoras mesolíticas, desenvolveram estratégias de subsistência baseadas na exploração complementar e sazonal dos níveis tróficos mais ricos e de mais fácil acesso de cada um dos diversos ecossistemas que integravam o seu território.

Este sistema económico, baseado ainda em grande parte na caça, na pesca e na recolecção, era agora enriquecido pela prática de formas elementares de produção de alimentos.» No que se refere à

estratégia de povoamento nota-se igualmente uma continuidade entre os dois períodos e os instrumentos em pedra lascada são também testemunhos da ligação existente entre o Mesolítico e o Neolítico, apresentando-se em formatos geométricos. Os utensílios em pedra polida aparecem pela

primeira vez, provavelmente relacionados com a actividade agrícola. O mesmo acontece com os elementos de mós manuais e a cerâmica apresenta-se como um elemento completamente novo.

Na fase mais evoluída do Neolítico surgem a agricultura e a criação de gado, responsável pela emergência da organização tribo-patriarcal. Inaugura-se assim o chamado Neolítico Médio, que tem a sua materialização no fenómeno megalítico. A partir das sepulturas e com a prática do

enterramento colectivo, as estruturas megalíticas adquirem mais complexidade e diversificam-se. Existem exemplos em Palmela (grutas artificiais em Casal do Pardo, quinta do Anjo) e Sesimbra

(Lapa do Fumo e Lapa do Bugio) e correspondem já ao Neolítico Final. Nesta altura dá-se uma revolução tecnológica, com a introdução da tracção animal, inovação que irá aumentar a

produção.

No Calcolítico, os povoados conhecidos na Península revelam preocupações, quase sem excepção, com a

defesa, através da implantação em locais elevados e da construção de fortificações.

Exemplos destes povoados são o Pedrão e da Rotura, na serra de S. Luís. No que se refere à cerâmica, para além de numerosas formas

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decorrentes do Neolítico Final, encontram-se algumas inovações, como os copos e taças com decoração canelada e peças de carácter mágico-religioso.

No povoado da Rotura aparece um elemento novo: vestígios da metalurgia em cobre.

A Idade do Bronze , A Idade do Bronze encontra-se mais

representada a sul da Península de Setúbal, sobretudo no concelho de Sines. No que diz respeito à Península existem

exemplos relevantes do Bronze Final, como o Castelo dos Mouros (concelho de Setúbal), em que o povoado possuía boas condições naturais de defesa, e a sepultura de Roça do

Casal do Meio (concelho de Sesimbra) onde foram encontrados elementos de cariz mediterrânico e materiais

ligados ao mundo atlântico, como as peças de bronze encontradas em Alfarim e Pedreiras, concelho de Sesimbra).

Na Idade do Ferro, «As comunidades do Bronze Final encontram-se, pois, social e culturalmente preparadas para

rapidamente assimilarem as influências orientalizantes veiculadas por navegadores fenícios ocidentais. Assim, em Setúbal (SILVA e SOARES, 1986) e em Alcácer do Sal

(SILVA et alii, 1980-81), sobre níveis dos finais da Idade do Bronze, vão-se formar níveis do século VII ricos em

produtos orientalizantes (…).» Estes povoados, ligados ao comércio, localizam-se a poente e nascente do estuário, numa das mais importantes vias fluviais de penetração no

interior alentejano, donde vinham a maior parte dos produtos comerciais. Entre os dois locais e na margem direita do

estuário do Sado, no sítio de Abul (concelho de Alcácer do Sal), os fenícios montaram uma feitoria. Por outro lado, a norte da Península, na margem esquerda do rio Tejo, em Almada, o período do Bronze Final atingiu grande

desenvolvimento (séculos VII – VI a.C.).

Na Colonização Romana, Os romanos deixaram um importante legado cultural e de organização social que é possível vislumbrar através dos vestígios arqueológicos encontrados por

todo o país, e em particular, na Península de Setúbal. “Um patamar rochoso da encosta de serra de S. Luís (concelho de Setúbal),

defendido por altas escarpas e conhecido pelo nome de Pedrão (SOARES e SILVA, 1973), que durante o Calcolítico havia já sido ocupado, guarda importantes vestígios do período que precede

imediatamente a presença romana. Reflecte, pela sua topografia,

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estruturas defensivas (muralha) e espólio (pontas de lança) o clima de insegurança e instabilidade que se vivia em meados do séc. I a.C. Com efeito, não tinha sido pacífica a ocupação romana da

Península pelos exércitos de Roma. É somente a partir de Augusto que a colonização de inicia de facto.”

A cidade de Cetóbriga dividia-se no que é hoje o Centro Histórico de Setúbal e Tróia. A produção de

preparados de peixe induziu outras indústrias, como a salicultura e o fabrico de ânforas. Entre Setúbal e

Alcácer do Sal. Aquando da ocupação romana, Setúbal experimentou um enorme desenvolvimento. Os romanos instalaram na povoação fábricas de salga de

peixe e fornos para cerâmica que desenvolveram igualmente, encontram-se várias olarias romanas onde

se produzia o vasilhame indispensável ao transporte dos preparados piscícolas. Relativamente ao estuário do

Tejo, Olisipo (nome romano da cidade de

Lisboa) comandava toda actividade aí desenvolvida. Contudo, na margem esquerda surgiram indústrias cuja produção era para

alimentar aquele mercado. O fabrico de salga é conhecido em Cacilhas e olarias onde se

produziam ânforas têm vindo a ser conhecidas em Alcochete e no Seixal.

A queda do Império Romano, as invasões bárbaras, a constante pirataria de

cabotagem causara uma estagnação, senão mesmo desaparecimento da povoação entre os séculos VI e XII. Nomeadamente neste último

século, não existem quaisquer registos da povoação, ‘entalada’ entre a Palmela cristã e a

Alcácer do Sal Árabe. A reconquista dos territórios do sul fez-se com a integração das populações da religião islâmica e

judaica e muitos vestígios permaneceram até aos dias de hoje, como a designação Almada que

provém das palavras árabes Al-Madan (a mina). Aquando do domínio árabe deste território,

procedia-se à exploração do filão de ouro da Adiça, que existia no termo do concelho.

A zona de Almada foi igualmente escolhida pelos árabes para construção de uma fortaleza para defesa e

vigilância das entradas no rio Tejo, desenvolvendo-se a povoação nas suas imediações. Almada, uma das principais praças militares árabes a sul

do Tejo, foi conquistada pelas forças cristãs de D. Afonso Henriques em 1147, ficando posteriormente na

posse dos Cavaleiros de Santiago, por carta assinada por

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D. Sancho I em 1186. Em 1190, este rei outorgou o primeiro foral aos moradores de Almada. No entanto, em 1191, ocorreu uma nova invasão árabe e a praça foi abandonada pelos cavaleiros da

Ordem Militar de Almada, tendo ficado grandemente destruída pela acção das forças árabes.

Da Reconquista Cristã aos finais do

séc. XVI, Alcácer do Sal foi conquistada pelos cristãos em 1217, tendo a povoação de Setúbal

sido incorporada e passado a beneficiar da protecção da Ordem de Santiago, momento a

partir do qual voltou a prosperar. Em Março de 1249, Setúbal recebeu foral, concedido pela Ordem de Santiago, senhora desta região, e

subscrito por D. Paio Peres Correia, Mestre da Ordem de Santiago, e por Gonçalo Peres,

comendador de Mértola. Durante os vários séculos de apagamento da povoação de Setúbal, Palmela e Alcácer do Sal cresceram

em habitantes e importância militar, económica e geográfica, fazendo sucessivas incursões no

termo de Setúbal, ocupando-o. Na primeira metade do séc. XIV a povoação de Setúbal, com uma extensão territorial relativamente

diminuta, teve de afirmar-se, lutando com os concelhos vizinhos de Palmela e de Alcácer do

Sal, já então constituídos, iniciando-se uma contenda entre vizinhos que termina pelo acordo de demarcação de termo próprio em

1343 (reinado de D. Afonso IV), tendo sido construída uma rede de muralhas, que deixam de fora os arrabaldes do Troino e Palhais (bairros antigos). No século que se seguiu, a realeza e a nobreza de

então fixaram residência sazonal em Setúbal. A época dos descobrimentos e conquistas em África trouxe a Setúbal um grande desenvolvimento, tendo D. Afonso V e o seu exército, em 1458, partido do porto de Setúbal à conquista de Alcácer Ceguer. Ao longo do século XV, a vila desenvolveu

diversas actividades económicas, ligadas sobretudo à indústria naval e ao comércio marítimo, tirando rendimentos elevados com os direitos cobrados pela entrada no porto. É dos finais do século XV,

princípios do sec. XVI, período de franco desenvolvimento nacional, que data a construção do Convento de Jesus e da sua Igreja, fundado por Dª. Justa Rodrigues Pereira para albergar a Ordem

franciscana feminina de Santa

Clara, sendo, muito provavelmente, obra

arquitectónica do Mestre Diogo Boitaca, o mesmo que se ocupou do Mosteiro dos

Jerónimos.

As Muralhas de Setúbal, A génese medieval de Setúbal

remonta ao fim da reconquista cristã. A tomada de Palmela aos

almóadas e a doação deste

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castelo aos cavaleiros da Ordem de Santiago, proporcionaram as condições para o

repovoamento de Setúbal (a Cetóbriga da época romana, provavelmente abandonada no século

VI por não oferecer condições de segurança). Em 1249, Setúbal recebeu foral. Nesta data a vila era uma Póvoa de pescadores. Em 1343 o

rei D. Afonso IV ordena que seja demarcado o termo de Setúbal, sendo ainda no século XIV

(entre 1325 e 1375) construída a primeira cinta de muralhas que limitará a vila até finais do século XV quando se iniciam, nos arrabaldes

ocidentais, as obras do Convento de Jesus que marcam a expansão da vila para fora das

muralhas. Pensa-se que esta muralha teria como principal função a protecção da comunidade pescadora dos ataques de piratas norte

africanos. No século XVI, a vila de Setúbal já excedia, a nascente e poente, a muralha construída no século XIV. Durante a crise dinástica de 1580 (na qual Filipe II de Espanha se torna rei de Portugal),

Setúbal toma partido por D. António Prior do Crato, mas é facilmente conquistada a 22 de Julho pelo exército do Duque de Alba, reflectindo a vulnerabilidade das defesas da vila nesta época. Em 1582, Filipe II visita Setúbal e ordena a construção da fortaleza de S. Filipe com o objectivo de defender a

vila e o seu porto de mar. Até 1640, a vila continuou a expandir-se extra-muralhas, assentando a sua defesa na Fortaleza de S. Filipe e na Fortaleza do Outão. A 1 de Dezembro de 1640 é aclamado D.

João IV como novo rei de Portugal. Enquadrado na nova estratégia de defesa, são projectadas novas muralhas para a vila de Setúbal. No projecto, trabalharam grandes nomes da arquitectura militar portuguesa desta época. As obras prolongaram-se durante um longo período (até 1696) e por diversas

vezes o rei D. João IV e o príncipe D. Teodósio deslocaram-se a Setúbal para acompanhar o desenrolar

das mesmas. Para a sua concretização, contribuíram financeiramente os negociantes de sal e a população de Setúbal que teve de suportar novos impostos. Completa,

esta nova cintura de muralhas possuía onze baluartes inteiros e dois meios baluartes. Dos baluartes que ainda

subsistem, destaca-se o de Nossa Senhora da Conceição onde está instalado um aquartelamento militar. Este edifício é constituído por duas partes: o baluarte

propriamente dito e construções mais recentes. No seu pórtico está uma inscrição a partir da qual se fica a saber

que foi concluído em 1696 por ordem do Duque do Cadaval. É igualmente no reinado de D. João II (que tinha Setúbal como cidade predilecta) que se inicia a

construção da Praça do Sapal (hoje Praça de Bocage, ex-líbris da cidade), e a construção de um aqueduto, em

1487, que conduzia a água à vila, obras que foram posteriormente terminadas ou ampliadas por D. Manuel I. Este monarca reformou o foral da vila em 1514, devido

ao progresso e aumento demográfico que Setúbal tinha registado ao longo do último século. O título de "notável villa" é concedido, em 1525, por D. João III. Foi este título que proporcionou a criação,

em 1553, por carta do arcebispo de Lisboa, D. Fernando, de duas novas freguesias, a de São

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Sebastião e a da Anunciada, que se juntaram às já existentes de São Julião e de Santa Maria. Em 1580, a vila tomou posição por D. António Prior do Crato, contra a eventual ocupação do trono

português por Filipe II de Espanha. É então cercada por tropas espanholas do Duque de Alba, sendo esta localidade dois anos depois visitada por Filipe II, o qual deu ordem de construção do Forte de

São Filipe (uma obra de Filippo Terzi). Do séc. XVII à actualidade. No séc. XVII, Setúbal atinge o seu auge de prosperidade

quando o sal assume um papel preponderante como moeda de troca e retribuição da ajuda militar ao

apoio fornecido pelos estados europeus a Portugal durante e após as guerras da Restauração da Independência. Em resposta a este incremento, são construídas após 1640 as novas muralhas de Setúbal, que incluíram novas áreas como a do Troino e Palhais. Esta prosperidade foi interrompida

com o terramoto de 1755, a que se associaram a fúria do mar e do fogo. Foram Grandemente afectadas as freguesias de São Julião e Anunciada. Apenas no Século XIX, Setúbal

conheceu o incremento que havia perdido. Em 1860 chegou o caminho-de-ferro, iniciaram-se também as obras de aterro sobre o rio e a construção da Avenida Luísa Todi.É neste

século que tem início a laboração das primeiras fábricas de conservas de sardinha

em azeite e, em paralelo, foi elevada a cidade por D. Pedro V. Durante séc. XX, o florescimento de Setúbal reflecte-se na

criação de novos espaços urbanísticos: crescimento da Avenida Luísa Todi, parte da

Avenida dos Combatentes e criação dos

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Bairro Salgado, Monarquina de São Nicolau da Conceição, Carmona, do Liceu e Montalvão e no

desenvolvimento das indústrias das conservas, dos adubos, dos cimentos, da pasta de papel, naval e metalomecânica pesada. Setúbal foi elevada, em 1926, a sede de distrito e, em 1975, a sede de diocese.

Adaptado dos sítios: www.wikipedia.pt

www.setubalpeninsuladigital.pt www.costa-azul.rts.pt

Pelo aluno - Rui Tanganhito e Luísa Duarte Novembro de 2009