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Ficha de Informação/Trabalho de História 8º Ano 2011/2012 Nome: ___________________________________________ Nº _____ Unidade F.3. O Antigo Regime Português na primeira metade do séc. XVIII Um Projeto Modernizador: O Despotismo Pombalino Despotismo esclarecido ou iluminado: última fase do absolutismo, onde o rei é iluminado pela razão. O poder do rei é ilimitado e exercido para bem do povo. O despotismo está associado a uma ideia de progresso, reforma e modernização. Procura-se o reforço da autoridade do estado e a melhoria económica e social, para isso, concebem-se reformas administrativas e jurídicas, dirigindo a economia e orientando a educação. ◊◊◊◊◊◊◊◊ O Reforço do Estado: O Marquês empreendeu uma série de medidas para reforçar o poder do Estado: Reorganização da administração central, criação do Erário Régio (Tribunal de Contas), fiscalizava as cobranças e despesas do Estado de forma a gerir melhor as finanças do país Reformas dos tribunais e do ensino Criação da Intendência Geral da Polícia de Lisboa, esta separou as funções judicias (dos tribunais) das da polícia Criação da Real Mesa Censória, censurava livros e publicações que de alguma forma estavam contra o regime. ◊◊◊◊◊◊◊ A Submissão dos grupos privilegiados: Após um atentado contra D. José I, o Marquês aproveita para tomar uma série de medidas: Retira poder aos grupos privilegiados: Clero e Nobreza Alguns membros da alta nobreza (ex. os Távoras) foram julgados, condenados à morte e os seus bens confiscados Expulsa os Jesuítas (que dominavam a cultura e o ensino) de Portugal

História Despotismo Pombalino

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Marquês de Pombal

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Ficha de Informação/Trabalho de História 8º Ano – 2011/2012

Nome: ___________________________________________ Nº _____

Unidade F.3. – O Antigo Regime Português na primeira

metade do séc. XVIII

Um Projeto Modernizador: O Despotismo Pombalino

Despotismo esclarecido ou iluminado: última fase do absolutismo, onde o rei é

iluminado pela razão.

♦ O poder do rei é ilimitado e exercido para bem do povo.

♦ O despotismo está associado a uma ideia de progresso, reforma e

modernização.

♦ Procura-se o reforço da autoridade do estado e a melhoria económica e

social, para isso, concebem-se reformas administrativas e jurídicas, dirigindo

a economia e orientando a educação.

◊◊◊◊◊◊◊◊

O Reforço do Estado:

O Marquês empreendeu uma série de medidas para reforçar o poder do

Estado:

Reorganização da administração central, criação do Erário Régio

(Tribunal de Contas), fiscalizava as cobranças e despesas do Estado

de forma a gerir melhor as finanças do país

Reformas dos tribunais e do ensino

Criação da Intendência Geral da Polícia de Lisboa, esta separou as

funções judicias (dos tribunais) das da polícia

Criação da Real Mesa Censória, censurava livros e publicações que

de alguma forma estavam contra o regime.

◊◊◊◊◊◊◊

A Submissão dos grupos privilegiados:

Após um atentado contra D. José I, o Marquês aproveita para tomar

uma série de medidas:

Retira poder aos grupos privilegiados: Clero e Nobreza

Alguns membros da alta nobreza (ex. os Távoras) foram julgados,

condenados à morte e os seus bens confiscados

Expulsa os Jesuítas (que dominavam a cultura e o ensino) de Portugal

Confisca os bens dos Jesuítas

◊◊◊◊◊◊◊

Falências das primeiras medidas mercantilistas:

Tratado de Methuen (1703) – permitiu o acesso do vinho português ao

mercado estrangeiro, mas abriu as portas de Portugal aos produtos têxteis

ingleses o que levou à falência das manufaturas portugueses porque eles eram

de melhor qualidade e mais baratos;

Ouro Brasil – grandes remessas deram a ilusão da não necessidade de investir

na economia.

Sinais de Crise da economia portuguesa (final do reinado de D. João V):

Diminuição das remessas de ouro do Brasil

Balança comercial desequilibrada, para a equilibrar era necessário mais

exportações e menos importações

Ingleses dominavam o nosso comércio interno e colonial.

◊◊◊◊◊◊◊

Fomento comercial e manufatureiro:

Regresso às ideias mercantilistas

Controle do comércio através da criação de companhias monopolistas:

Companhia de Grão-Pará e Maranhão, Companhia de Pernambuco e

Paraíba, Companhia da Ásia, fundadas para deter o monopólio do

comercio com o Brasil e o Oriente

Companhia das Pescas do Algarve

Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, que

controlava a produção e o comércio do vinho do Porto

Estas companhias eram constituídas com dinheiro dos acionistas e ficavam

com o ,monopólio do comercio destes produtos.

Fomento da Indústria:

Reorganizou as fábricas reais de lanifícios

Fundou e renovou fábricas de vidros, louças, cutelarias e fundição

Fundou a primeira fábrica de refinação de açúcar

Reorganizou a real fábrica das sedas

Contratou técnicos estrangeiros para melhorarem a produção

Aplicou medidas protecionistas para produtos nacionais –

Protecionismo do Estado

◊◊◊◊◊◊◊

A Promoção da Burguesia:

As medidas de controle dos grupos privilegiados, e de desenvolvimento da

economia favoreceram a burguesia

A burguesia foi estimulada pelo Marquês de Pombal a participar nas

companhias comerciais

Recebeu do Marquês títulos nobiliárquicos

Os cristãos-novos deixaram de ser perseguidos pela Inquisição

Igualdade entre cristãos-velhos e cristãos-novos

Muitos que haviam estudado em universidades estrangeiras veem ocupar cargos

importantes em Portugal

◊◊◊◊◊◊◊

A cidade como imagem do poder: o urbanismo pombalino

Terramoto em 1755

Medidas do Marquês de Pombal para recuperar a cidade:

Enterrar os mortos e socorrer os feridos

Ordenou que todos os palácios e igrejas fossem vigiados, para que

estes não fossem saqueados

Planificou a reconstrução da cidade

A planificação foi entregue ao engenheiro Manuel da Maia e aos arquitetos

Carlos Mardel e Eugénio dos Santos

O novo urbanismo:

Avenidas largas alternando com ruas mais estreitas

Construção de passeios

Distribuição de ofícios por ruas

Instalação de uma rede de esgotos

Construção de casas com a mesma altura e fachadas iguais

Construção com novas técnicas de forma a serem mais resistentes aos

sismos

Construção da praça do comércio

◊◊◊◊◊◊◊

Responde agora às seguintes questões:

1. Situa no tempo o reinado de D. José e o governo do marquês de Pombal.

2. Relaciona o fortalecimento do poder do marquês, com a destruição causada pelo terramoto.

3. Identifica a nova conceção política que inspirou o governo de Pombal.

4. Explica a reação de certos grupos de privilegiados contra Pombal e a política que se lhe seguiu.

5. Enuncia as principais reformas pombalinas.

6. Expõe o caráter mercantilista da política económica pombalina.

7. Enumera as principais companhias criadas por Pombal, identificando a sua dimensão.

8. Explica os objetivos do fomento industrialista pombalino.

9. Caracteriza a arquitetura pombalina e o seu urbanismo.