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Histórico Da Diálise Professora Ana Gabriela Trujilho Cancian COREN - 81310

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Histórico Da Diálise

Professora Ana Gabriela

Trujilho Cancian

COREN - 81310

Pode considerar ter começado em 1830, em 1926 aventurou-se

a utilizar a diálise pela primeira vez no ser humano, quando

apareceu um caso de urémia.

1945 foi o que marcou a sobrevivência do primeiro paciente do

"rim artificial" .

Nos meados dos anos 50 a hemodiálise ainda era considerada

experimental, e fazia-se em meia dúzia de hospitais.

Foi só em 1960 que começou o primeiro doente com IRC a ser

tratado em Hemodiálise regular, uma e duas vezes por semana.

Em 1966, outro grande passo foi dado: CININO e BRESCIA

criaram a fístula artério-venosa interna.

A partir de então o desenvolvimento dos conhecimentos e a

evolução tecnológica tem sofrido um espantoso

desenvolvimento como por exemplo a descoberta do Catéter e

outros até aos dias de hoje.

Benefícios à Humanidade

A necessidade de integrar os

imensos conhecimentos, com

refinadas técnicas de investigação

diagnóstica e o desenvolvimento de

métodos de substituição de função

renal (diálise e transplante) fez

surgir, nos anos de 1950-60, uma

nova especialidade médica, a

Nefrologia.

https://www.youtube.com/wa

tch?v=wNW1S3b439M

Unidade De Diálise

Portaria n 82/GM em 03 de

Janeiro de 2000.

•Todo serviço de diálise deve ser

assistido por uma Comissão de

Controle de Infecção Hospitalar e

seguir as normas e rotinas por ela

estabelecidas, conforme disposto na

Portaria GM/MS n. º 2616, de 12 de

Maio de 1998, ou instrumento legal

que a substitua.

1. Infra - Estrutura Física

A Unidade de Diálise deve possuir:

• Área de registro (arquivo) e recepçãode paciente;

• Sanitários para pacientes de ambos ossexos e adequado aos portadores dedeficiência;

• Consultório médico;

• Sala de recuperação de pacientes;

Sala de tratamento

hemodialítico;

Sala para DPAC;

Sala para DPI,

Requerem iluminação e

ventilação, não podem servir de

passagem ou circulação de

acesso a outro ambiente,

lavatórios exclusivos para a

limpeza e higienização da

fistula.

É obrigatório a existência de

lavatórios (equipe de saúde),

dotados de torneiras com

dispositivos que permitam seu

acionamento sem contato

manual, dispor de anti-séptico e

Recursos adequados para

secagem das mãos.

• Sala de reprocessamento de dialisadores de pacientes não contaminados por vírus de hepatite;

• Sala de reprocessamento de dialisadores de pacientes não contaminados por vírus de hepatite C;

➢reprocessamento de

dialisadores (conjunto de

procedimentos de limpeza,

desinfecção, verificação da

integridade e medição do

volume interno dos capilares,

e do armazenamento dos

dialisadores e das linhas

arteriais e venosas), devem

ser contíguas e de fácil

acesso às salas de

tratamento.

•Posto de enfermagem e serviços;

[devem atender à relação de

01(um) posto de enfermagem

para cada 25 poltronas/leitos

(hemodialítico) e 01(um) posto

para cada 08(oito) na sala de DPI,

possibilitando a observação visual

total das poltronas/leitos].

• Os serviços de diálise(Conjunto funcional e físico destinado a oferecer algumas das modalidades de Diálise para tratamento de pacientes com IRC), deve contar com local apropriado para a guarda de pertences pessoais dos pacientes durante o turno de diálise;

• Sala de utilidades;

• Sala para o tratamento e reservatório de água

tratada para diálise, (submetida a processos

de filtragens, empregada na preparação da

solução dialítica e nas operações de limpeza

da máquina de Hemodiálise e dos

dialisadores. Deve ser ambiente exclusivo,

dispor de acesso facilitado

para sua operação

e manutenção.);

•Depósito de material de limpeza;

•Sala para armazenagem de concentrados,

medicamentos e material médico hospitalar;

•Sanitários para funcionários (ambos os

sexos);

•Copa;

•Sala administrativa;

•Área para guardar macas e cadeiras de

rodas;

•Vestiários de funcionários;

•Área de processamento de roupa

(lavanderia).

Dentre os citados acima são considerados como

opcionais:

Os serviços intra-hospitalares Serviço de

diálise vinculado administrativo e

funcionalmente a um hospital. Podem

compartilhar os seguintes ambientes com outros

setores do hospital, desde que estejam situadas

em local próximo, de fácil acesso e possuam

dimensões compatíveis:

−Área de registro (arquivo) e recepção de

paciente;

−Sanitários um para os pacientes e um para os

funcionários, (ambos os sexos);

−Depósito de material de limpeza;

− Sala de utilidades; (ambiente destinado àlimpeza, desinfecção e guarda dos artigos,instrumental e materiais utilizados naassistência ao paciente);

− Copa;

− Sala administrativa;

− Área para guardar macas e cadeiras derodas;

− Vestiário de funcionários e lavanderia;•As paredes, pisos, tetos e bancadas do serviço

de diálise devem apresentar acabamento liso,resistente, impermeável, lavável e de fácilhigienização.

2. Recursos Humanos do Serviço

de DiáliseOs serviços de Diálise devem possuir comoResponsáveis Técnicos:

• 01(um) médico nefrologista que respondepelos procedimentos e intercorrênciasmédicas;

• 01(um) enfermeiro, especializado emnefrologia, que responde pelosprocedimentos e intercorrências deenfermagem;

Obs: médico e o enfermeiro só podem ser osResponsáveis Técnicos de um serviço dediálise.

Cada serviço de diálise deve ter a ela

vinculada, no mínimo:

− 02(dois) médicos nefrologistas;

− 02(dois) enfermeiros com

treinamento formal em diálise;

− 02(dois) auxiliares ou técnicos de

enfermagem;

− 01(um) funcionário, exclusivo para

serviços de limpeza.

O programa de hemodiálise deve integrar no

mínimo em cada turno os seguintes

profissionais:

−01(um) médico nefrologista para cada 35

pacientes;

−01(um) enfermeiro para cada 35 pacientes;

−01(um) auxiliar ou técnico de enfermagem

para cada 04(quatro) pacientes por turno de

Hemodiálise.

Todos os membros da equipe devem

permanecer no ambiente de realização da

diálise durante o período de duração do

turno.

O programa de Diálise Peritoneal

Ambulatorial Contínua (DPAC) deve ser

integrado por:

−01(um) médico nefrologista

responsável;

−01(um) enfermeiro para cada

50(cinqüenta) pacientes.

O programa de Diálise Peritoneal Intermitente

(DPI) deve ser integrado por:

− 01(um) médico nefrologista durante o dia, 35

pacientes;

− 01(um) médico no período noturno para cada 35

pacientes;

− 01(um) enfermeiro, durante o dia e 01(um) no

período noturno, com treinamento em diálise para

cada 35 pacientes;

− 01(um) auxiliar de enfermagem em todos os

turnos, para cada 02(dois) pacientes, ou para cada

04(quatro), no caso de todos os postos de

atendimento contarem com máquinas para diálise.

Os procedimentos de diálise pediátrica,

abrangem a faixa etária de 0 a 12 anos

completos, devem ser acompanhados

por médicos nefrologistas pediátricos e

terá direito ao acompanhamento de um

membro da família ou de um responsável

durante o atendimento dialítico;

− A proporção de auxiliar ou técnico de

enfermagem deve ser de 01(um) para cada

02(dois) pacientes por turno;

Cada nefrologista pode prestar serviços

em diferentes locais de serviços de diálise

ou em diferentes turnos, desde que sua

responsabilidade não ultrapasse o total de

50(cinqüenta) pacientes inscritos em

programa de tratamento dialítico (forma

de atendimento de pacientes renais

crônicos que necessitam de Diálise de

modo continuado).

O serviço de diálise deve garantir aos

pacientes a assistência profissional de

nutricionista, assistente social, psicólogo ou

psiquiatra, sempre que necessário.

3. EquipamentosTodos os equipamentos em uso no

serviço de diálise devem estar

limpos, em plenas condições de

funcionamento e com todos os

alarmes operando.

O controle da eficácia do processo

de descontaminação do número de

unidades formadoras de colônias, na

solução para diálise colhida na saída

da máquina ao final da sessão. Este

deve ser realizado sempre que

ocorrem manifestações pirogênicas

ou quadros de septicemia nos

pacientes em hemodiálise.

Os equipamentos de hemodiálise devem

estar isolados dos fluidos corporais do

paciente mediante uso de isolador

descartável de pressão.

Os serviços de diálise devem possuir, no

mínimo, 01(uma) máquina de hemodiálise

de reserva, devendo estar pronto para o

uso ou efetivamente em programa de

manutenção.

•Os serviços de diálise devem dispor, em local de fácil

acesso e em plenas condições de funcionamento, os

seguintes materiais e equipamentos para atendimento

de emergência médica:

−Eletrocardiógrafo;

−Carro de emergência composto de monitor cardíaco e

desfibrilador;

−Ventilador pulmonar manual (ambu com reservatório);

−Medicamentos para atendimento de emergências;

−Ponto de oxigênio ou cilindro com carrinho;

−Aspirador portátil;

−Material completo de entubação (tubos

endotraqueais, cânulas, guias e laringoscópio com

jogo completo de lâminas).

A rotina de manutenção preventiva deve

obedecer à periodicidade e ao procedimento

indicado pelos fabricantes, garantindo o seu

funcionamento. Essas atividades de

manutenção, de aferição dos monitores e

alarmes devem ser registradas por escrito,

com identificação do técnico responsável.

As intervenções realizadas, tais como

instalação, manutenção, troca de

componentes e calibração, devem ser

acompanhadas e/ou executadas pelo

responsável técnico pela manutenção,

documentadas e arquivadas.

4.Procedimentos do Serviço de

DiáliseServiço de diálise deve estabelecer, em conjunto

com a Comissão de Controle de Infecção

Hospitalar da Unidade, uma Rotina de

Funcionamento, assinada pelo diretor clínico e

enfermeiro responsável.

Todo serviço de diálise deve manter um prontuário

para cada paciente, com todas as informações

sobre o tratamento dialítico e sua evolução. Os

prontuários devem estar adequadamente

preenchidos, de forma clara e precisa, atualizados,

assinados e datados pelo médico responsável por

cada atendimento.

Todo concentrado químico deve ser mantido

armazenado em local adequado, ao abrigo da

luz, calor e umidade, em boas condições de

ventilação e higiene ambiental, e com

controle do prazo de validade;

Os dialisadores e as linhas arteriais e

venosas podem ser utilizadas, para o mesmo

paciente até 12(doze) vezes, quando

utilizando máquina automática de

reprocessamento que realize teste de

integridade das fibras;

Os dialisadores e as linhas arteriais/venosas

podem ser utilizadas, para o mesmo paciente

até 12(doze) vezes, quando utilizando

máquina automática de reprocessamento que

realize teste de integridade das fibras;

devem ser acondicionados separadamente

em recipientes limpos, desinfectados, com

identificação clara e precisa do nome do

paciente, data da primeira utilização e grupo

de reprocessamento, ou seja, dialisadores de

pacientes sem Hepatite, com Hepatite B ou

C;

•O reuso (utilização de um mesmo dialisador

em nova sessão de Hemodiálise, para o

mesmo paciente, após o seu

reprocessamento) de dialisadores e das linhas

não é permitido para os pacientes portadores

de HIV;

−A utilização de um novo dialisador e linhas

deve ser registrada e assinada pelo

paciente;

É obrigatória a medida do volume interno das

fibras “priming” (determinação do volume

interno dos capilares dos dialisadores) em todos

os dialisadores antes do primeiro uso e após

cada reuso, mantendo-se um registro dos dados

referentes a todos os testes. E devem ser

registrados e assinados pelo responsável pelo

processo, permanecer disponíveis para consulta

dos pacientes. A medida do volume interno das

fibras deve ser feita por técnico treinado;

Todos os funcionários, devem

estar protegidos com

Equipamentos de Proteção

Individual (EPI), ao realizarem

procedimentos nos pacientes,

reprocessarem dialisadores e

linhas ou manipular produtos

químicos. É obrigatória a divisão

do pessoal que manipula

pacientes por salas, a vacinação

contra o vírus de hepatite B para

todo o pessoal susceptível,

equipe de saúde e para o

pessoal que atua nas atividades

de limpeza;

5.Qualidade da Água

A segurança do tratamento dialítico tem

como um de seus determinantes a qualidade

da água empregada no processo de. A água

utilizada na preparação da solução para

diálise nos serviços deve ter a sua qualidade

garantida em todas as etapas do seu

tratamento, mediante o monitoramento dos

parâmetros microbiológicos e físico-

químicos, dos próprios procedimentos de

tratamento.

Independentemente de sua origem ou

tratamento prévio, deve ser inspecionada

pelo técnico responsável. A qualidade da

água é de responsabilidade do diretor

clínico do serviço de diálise ou de

responsável técnico contratado para esta

finalidade. Essa verificação deve ser,

realizada toda vez que ocorrer

manifestações pirogênicas ou quadros de

septicemia nos pacientes.