17
OS RKSULTAOOS HlLMAJSÍOiá DA RLVOLUÇÁO INDUSTRIAL, 1750 -1850 A aritmética foi o instrumento fundamental da Revolução In duitnal, vista por seus autores como uma série de comas de somar e subtrair: a diferença de custo entre comprar no mercado mais ba- rato e vender no mais caro, entre o custo da produção e o preço de venda, entre o investimento e o retorno. Para Jeremy Bentham e seus seguidores, os mais ferrenhos defensores desse tipo de raciona- lidade, até a moral e a política prestavam-se a esses cálculos simples. A felicidade era o obetivo das políticas de governo. O prazer de cada homem podia ser expresso (pelo menos em teoria) como uma quan- tidade, da mesma forma que seu sofrimento. Deduzindo-se do prazer o sofrimento, o resultado líquido seria a sua felicidade. Somando-se a felicidade de todos os homens e deduzindo-se a infelicidade, o me - lhor governo seria o que garantisse a felicidade máxima do maior nú- mero de pessoas. A contabilidade da humanidade produziria saldos de débito e crédito, como noa negócios.* O debate a respeito dos resultados- humanos da Revolução In- dustrial ainda não sc libertou inteiramente dessa atitude. Nossa ten- dência ainda é {>crguntar: cia deixou as pes-oas em melhor ou em pior situação? E até que ponto? Para sermos mais precisos, interro- gamo-nos qual foi o volume dc poder aquisitivo, ou bens, serviços e assim por diante, que, o dinheiro pode comprar, que cia proporcionou a que quantidade de indivíduos, supondo-sc que uma dona-de-casa possuidora de uma máquina de lavar roupa esteja em melhor situaçao do que outra, destituída desse eletrodoméstico (o que é razoavel), * Não importa a nosso objetivo que a tentativa real dc aplicar o felicífico” de Bentham implica técnicas matemáticas muito mais at*líin,a(jvd que a aritmética, embora não seja de todo irrelevante o fato dc a teu • ter-se mostrado impossível como desejava Bentham.

Hobsbawm Cap 4 c

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Hobsbawm

Citation preview

  • OS RKSULTAOOS HlLMAJSOi DA RLVOLUO INDUSTRIAL, 1750-1850

    A aritmtica foi o instrumento fundamental da Revoluo In duitnal, vista por seus autores como uma srie de comas de somar e subtrair: a diferena de custo entre comprar no mercado mais ba- rato e vender no mais caro, entre o custo da produo e o preo de venda, entre o investimento e o retorno. Para Jeremy Bentham e seus seguidores, os mais ferrenhos defensores desse tipo de racionalidade, at a moral e a poltica prestavam-se a esses clculos simples. A felicidade era o obetivo das polticas de governo. O prazer de cada homem podia ser expresso (pelo menos em teoria) como uma quantidade, da mesma forma que seu sofrimento. Deduzindo-se do prazer o sofrimento, o resultado lquido seria a sua felicidade. Somando-se a felicidade de todos os homens e deduzindo-se a infelicidade, o melhor governo seria o que garantisse a felicidade mxima do maior nmero de pessoas. A contabilidade da humanidade produziria saldos de dbito e crdito, como noa negcios.*

    O debate a respeito dos resultados- humanos da Revoluo Industrial ainda no sc libertou inteiramente dessa atitude. Nossa tendncia ainda {>crguntar: cia deixou as pes-oas em melhor ou em pior situao? E at que ponto? Para sermos mais precisos, interrogamo-nos qual foi o volume dc poder aquisitivo, ou bens, servios e assim por diante, que, o dinheiro pode comprar, que cia proporcionou a que quantidade de indivduos, supondo-sc que uma dona-de-casa possuidora de uma mquina de lavar roupa esteja em melhor situaao do que outra, destituda desse eletrodomstico (o que razoavel),

    * No importa a nosso objetivo que a tentativa real dc aplicar o felicfico de Bentham implica tcnicas matemticas muito mais at*lin,a(jvd que a aritmtica, embora no seja de todo irrelevante o fato dc a teu ter-se mostrado impossvel como desejava Bentham.

  • mas tambm supondo (a ) que a felicidade individual acumulavo de coisas tais como bens de consumo e (b ) que a dude social ^m stsie na maior acumulao possvel de tais coisas pelo m au* numero possvel de indivduos (o que no verdade) Tak questes sao linpoi',antes inas tambm condoam a equvocos S a b / Sc a Rcvo.uao lndusuia deu a maiona dos britnicos mais ou in c / E bor alimcntaao. vestuano c habitao, em termos absolutos ou rl ativos, interessa, naiuralmeme, a todo historiador. Entretanto, ele

    tera dtuxado de apreender o que a Revoluo Industrial teve de essencial se esquecer que ela no representou um simples processo de adiao e subtrao, mas sim uma mudana social fundamental. Ela transformou a vida dos homens a ponto de torn-las irreconhecveis. Uu, para sermos mais exatos, em suas fases iniciais ela destruiu seus antigos estilos de vida, deixando-os livres para descobrir ou criar outros novos, se soubessem ou pudessem. Contudo, raramente ela lhes

    . indicou como faz-lo.;l Existe, na verdade, uma relao entre a Revoluo Industrial

    como provedora de conforto e como transformadora social. As classescujas vidas sofreram menor transformao foram tambm, normalmente, aquelas que se beneficiaram de maneira mais bvia em termos materiais (e vice-versa), de sua incapacidade de perceber o que estava perturbando os demais, ou de tomar alguma atitude positiva, devia- se no s sua satisfao material, como tambm sua satisfao moral . Ningum mais complacente que um homem rico ou coroado de xito e que tambm se sente vontade num mundo que parece

    1 ter sido construdo com vista a pessoas exatamente como elT]j Assim, salvo para melhor, a aristocracia e os proprietrios da ter

    ra britnicos foram pouqussimo afetados pela industrializao. Suas rendas inflaram com a procura de produtos agrcolas, com a expanso das cidades (em so'os de sua propriedade) e com o desenvolvimento de minas, forjas e estradas de ferro (situadas em suas propriedades ou que passavam por e la s R jE mesmo quando os tempos eram ruins para a agricultura como aconteceu entre 1815 e a dcada de 1830 __ era improvvel que empobrecessem. Sua predominncia social permaneceu intacta; seu poder poltico continuou inalterado no campo, e mesmo no conjunto do pas no se abalou muito, ainda que a partir da dcada de 1830 fossem obrigados a levar em conta as suscetibilidades de uma poderosa e militante classe media de empresrios provincianos. bem possvel que a partir

  • mas tambm supondo (a ) que a felicidade individual cons.ste numa acumulaao de cotsas ta.s co.no bens de consumo e (b ) que a S d dade social cons.ste na maior acumularo possvel de t is co.sas nelo ma.or_ numero possvel de indivduo (o que no verdade. * questes sao miporuinles mas tambm conduzem a equvocos ' .S a f e / se a Revo.uao Indusiiial deu a maioria dos britnicos mais ou'me

  • Se o sc. X V I I I foi uma era gloriosa para a aristocracia, a pu- e j r^e ^ (com o regente e como rei) foi um paraso. Suas ma

    tilhas de galgos entrecruzavam-se nos campos (o moderno traje para caa raposa ainda reflete suas origens, que se situam basicamente na R eg n cia ). Seus faises, protegidos por couteiros e guardas, contra todos que no possussem o equivalente-a 1 0 0 libras anuais de renda, esperavam a battu e .* Suas casas de campo, neoclssicas, multiplicavam-se mais que em qualquer poca, exceto a elizabetana. Como sua economia, ao contrrio de seus hbitos sociais, j estavam ajustadas aos mtodos comerciais da classe mdia, a era do vapor e dos escritrios no trazia grandes problemas de ajustamento espiritual, a menos, talvez, que pertencessem s esferas da pequena fidalguia, ou que suas rendas proviessem da cruel caricatura de uma economia rural que era a Irlan d a . No tinham de deixar de ser feudais, pois h muito haviam deixado de s-lo. No mximo, algum rude baronete do interior enfrentava a nova necessidade de mandar os filhos para uma escola adequada (as novas escolas pblicas foram construdas a partir da dcada de 1840 a fim de civiliz-los, bem como aos filhos dos novos homens de negcios), ou de passar perodos mais freqentes em L ond res. ^"Tgualmente plcida e prspera era a vida dos numerosos para

    sitas'-" cl sociedade aristocrtica rural, tanto a alta como a baixa aquele mundo de funcionrios e fornecedores da nobreza e dos proprietrios de terras, e as profisses** tradicionais, entorpecidas, corruptas e, medida que se processava a Revoluo Industrial, cada vez mais reacionrias. A Igreja e as universidades inglesas pachorrea- vam, acomodadas em suas rendas, privilgios e abusos, protegidas por suas relaes com a nobreza, enquanto viam sua corrupo ser atacada com maior dureza na teoria do que na prticaj Os advogados, e aquilo que passava por ser um funcionalismo publico, eram incorrigveis. provvel que tambm neste caso o velho regime tenha chegado ao auge na dcada que se seguiu s guerras napolenicas; depois delas algumas ondas comearam a se formar na superfcie das guas paradas das catedrais, colgios, tribunais etc. A partir da dcada de 1830 , conheceram mudanas, ainda que brandas (com exceo dos ataques violentos e custicos, embora pouco eficientes, por parte de estranhos ao meio, e dos quais os romances de Charles Dickens so o exemplo mais comum ) . No entanto, o respeitvel clero vitoriano da fictcia Barchester, de Trollope, ainda que muito distante dos vigrios/magistrados hogarthianos da Regncia, era produto de um ajuste cudadosamente moderado, e no de uma ruptura .^Ningum tinha

    * Batida s moitas e bosques para levantar a caa; a prpria caa. (N. do TY> Designao genrica para o Clero, judicirio e medicina. (N. do T.)

    76

  • mais considerao do que eles pelas suscetibilidades de teceles e tra balhadores agrcolas, tanto quanto de procos e cavalheiros, quando se tratava cie introduzi-los num mundo novoTy H!**> Um eleito importante dessa continuidad^ em parte reflexo do

    der estabelecido da velha ciasse dominante, em parte desejo deliberado de no exacerbar as tenses polticas entre os possuidores de riqueza ou influncia loi que as novas classes ascendentes de empresrios encontraram, sua espera, um sistema de vida consagrado. O sucesso no trazia qualquer incerteza, desde que fosse bastante grande para guindar um homem s ileiras da classe s u p e r io rE s s e homem tornava-se ent um gentlem an, sem dvida possuidor de uma casano campo, e taivez terminasse por ser agraciado com um ttulo, uma cadeira no iJariamento (para si mesmo ou para um filho educado em O xford ou Cam bridge), alm de receber um claro e determinado papel social, bua esposa transformava-se numa Lady, instruda em seusdeveres por uma enxurrada de manuais de etiqueta que, a partir da

    - dcada de 1840, comeou a fluir dos prelos. j U homem de negcios ao velho estilo por muito tempo se beneficiarGElesse processo de assimilao, sobretudo o m ercador e o financista e pnncipaimente o mercador envolvido com o comrcio internacional, que continuou a ser o tipo de empresrio mais respeitado e importante mesmo quando

    t as usinas, as fbricas e as fundies j cobriam os cus setentrionais de fumaa e fuligem Tam bm para ele a Revoluo Industrial no acarretou maiores transformaes, exceto, talvez, nas mercadorias que comprava e vendia. Na verdade, como vimos, a Revoluo inseriu-se na poderosa e prspera estrutura de comrcio, em escala mundial, que constitua a base do poder britnico no sc. X V I I I . Econmica e socialmente, as atividades e o status do mercador eram familiares, qual-

    quer que fosse o degrau na escada do sucesso que houvesse subidTl Por intermdio da Revoluo Industrial, os descendentes de Abel Smitlif banqueiro de Nottingham, j se encontravam estabelecidos em funes legislativas rurais, faziam parte do Parlamento e haviam-se casado na pequena nobreza (embora ainda no, como ocorreu ppsteriormen- te, na realeza). Os Glyns j haviam ascendido de passado de um negcio de conservas salgadas em Hatton Garden para uma posio semelhante, os Barings haviam expandido a confeco txtil do West Country, passando para uma atividade que em breve se tornaria uma potncia no comrcio e nas finanas internacionais, e sua asceno social acompanhara a econmica. Pariatos j haviam sido obtidos ou estavam por chegar. Nada mais natural que os outros tipos de homens de negcios como Robert Peei Snior, o industrial do algodao - subissem a mesma escada da riqueza e da honra pblica, no topo a qual acenava o governo ou mesmo (como para o rimo e de Gladstone, o mercador de Liverpool) o posto de primeiro-mi

    77

  • Na verdade, o chamado grupo peelista no Parlamento, no semrnd tero do sc. X I X , representava em grande parte esse grupo deDam lias, assimiladas por uma oiigarcpiia tundana, embora se desaviessem quando se chocavam os interesses econmicos.

    Entretanto, a absoro numa oligarquia aristocrtica s est aberta, por definio, a uma minoria. Nesse caso, a minoria era a dos excepcionalmente ricos ou dos que atuavam em ramos de negcios que haviam adquirido respeitabilidade pela tradio. * A massa de homens, que se elevavam de comeos modestos, embora raramentt miserveis, chegando abastncia, ou que se debatiam para sair das classes trabalhadoras e ingressar nas mdias, era demasiado grande para ser absorvida, e nas tases iniciais de seu avano no se preocupavam com a absoro (embora suas esposas talvez. se mostrassem mais aflitas com relao a esse ponto ) . Cada vez mais consideravam-se como uma classe mdia e no apenas como um escalo intermedirio

    ; na sociedade e a partir de 1830 esse conceito generalizou-se. Rei- t* vindicavam os direitos e os poderes correspondentes^ Ademais

    pnncipaimente quando, como ocorria com freqencia, provinham de estoques no-anglicanos e de regies carentes de uma slida estrutura tradicional aristocrtica , no tinham laos emocionais com o antigo regime. Assim eram os sustentculos da Liga Contra a Lei do Trigo, enraizada no novo mundo comercial de Manchester Henry Ashworth, John Bright de Rochdale (ambos qu akers), Potter do M anchester Guardian , os .Gregs, Bfotherton, o ex-industrial do aigo-

    I do pertencente seita dos Bihle Christians, George Wilson, o fabricante de goma, e o prprio Cobden, que logo trocou sua no muito brilhante carreira no comrcio de algodjo pela funo de idelogo em tempo integral.

    P /Contudo, embora a Revoluo Industrial haja transformado fun- j damenalmente Suas vidas ou as de seus pais transferindo-os j para outras cidades e trazendo novos problemas para eles e para o

    pas, no se pode dizer que suas vidas tenham sido desorganizadas. As mximas singelas da filosofia utilitria e da economia liberai, simplificadas ainda mais nos slogans de seus jornalistas e propagandistas, proporcionava a essas pessoas a orientao de que necessitavam. Se no bastassem, a tica tradicional protestante ou no do empresrio ambicioso e prspero, baseada na parcimnia, no trabalho duro e no puritanismo moral, encarregava-se do resto. As fortalezas do privilgio aristocrtico, da superstio e da corrupo, ainda por serem arrasadas' a fim de permitir livre iniciativa introduzir seu milnio, tambm os impediam ainda de ver as incertezas e os problemas que se desdobravam para alm das muralhas. A t a dcada de

    * O que no ocorrera, por exemplo, com o comrcio varejista e certos tipos de atividade.

  • 1830 no tinham sido obrigados sequer a enfrentar o problema do que fazer com mais dinheiro do que era possvel ser gasto para a obteno da tranquilidade e para reinvestir num negcio em expanso.

    ^C onvinha-lhes o ideal de uma sociedade individualista, uma unidade familiar privada a prover todas as suas necessidades materiais e morais com base num negocio de famlia, pois que eram homens que j no precisavam de tradies. Seus esforos haviam-nos guindado acima da rotina. Eram cies, em certo sentido, sua prpria recompensa, a satisfao da vida, e se isso no bastasse havia sempre o dinheiro, a casa confortvel cada vez mais distante da fumaa da fbrica e do escritrio, a esposa devota e recatada, o crculo familiar, o gozo das viagens, da arte, da cincia e da literatura. Eram bem sucedidos e respeitados. Por mais que denuncieis as classes mdias, dizia o agitador da Liga Contra a Lei do Trigo a uma hostil platia cards ta, no h entre vs um s homem que ganhe meio penny por semana que no anseie por se elevar ao nvel delas.2 Somente o pesadelo da bancarrota e da dvida sacudia por vezes suas vidas, e podemos ainda vislumbr-lo nos romances da poca: a confiana num scio indigno, a crise comercial, a perda da abastana de classe mdia, o mulherio reduzido a uma polida penria, s vezes at mesmo a imigrao pata aquelas lixeiras dos rejeitados e fracassados, as colnias.

    classe mdia vitoriosa e os que aspiravam a essa condio es- tavam contentes. O mesmo no acontecia aos pobres, aos trabalhadores (que, pela prpria essncia, constituam a maioria), cujo mundo e cujo estilo de vida tradicionais tinham sido destrudos pela Revoluo Industrial, sem que fossem substitudos automaticamente por qualquer outra coisa. essa desagregao que forma o cerne da ques-

    --- to dos efeitos sociais da industrializao, j]O , ;Numa sociedade industrial, a mo-de:bra em muitos aspectos diferente da que existe na sociedade pr-industrial. Em primeiro l- gar, formada em maioria absoluta por proletrios, que no possuem qualquer fonte de renda digna de meno alm do salrio em dinheiro que recebem por seu trabalho. J a mo-de-obra pr-indus- trial formada em grande parte por famlias possuidoras de suas prprias propriedades agrcolas, oficinas artesanais etc., ou cujas rendas salariais suplementam ou suplementada por algum acesso direto a meios de produo. Alm disso, cumpre distinguir o proletrio, cujo nico vnculo com seu empregador est no recebimento de salrio em dinheiro, do servo ou dependente pr-industrial, que tem uma relao humana e social muito mais complexa com seu amo, relao essa que implica deveres recprocos, ainda que muito desiguais. A Revoluo Industrial substituiu o servo e o homem pelo

    ' operador ou braq*7~ exceto, naturalmente, o empregado domestico (geralmente mulher), cujo nmero multiplicou para serventia a

    79

  • a

    crescente classe mdia, pois a maneira mais segura de uma pessoa A % claramente acima dos trabalhadores estava em da p r p r i . * * * * oar mo-de-obra.* . pte'Oi Em segundo lugar, o trabalho indusUtal e principaWnt- trabalho numa fbrica mecanizada impe unia regularidade 1 rotina e uma monotonia totalmente diferente dos ritmos pr ind triais de trabalho, que dependem da variao das estaes e , tempo, da multiplicidade de tarefas em ocupaes no afetadas np] diviso racional do trabalho, pelos caprichos de outros seres humanos ou de animais, e at mesmo pelo desejo de se divertir em vez de trabalhar.; As coisas se passavam assim mesmo no trabalho remunerado qualificado pr-industrial, como o dos artesos jornaleiros, cujo gosto incorrigvel de s comear a semana de trabalho na tera-feira ( Santa Segunda-Feira ) levava seus patres ao d e s e s p e r o in d s tria trs consigo a tirania do relgio, a mquina que regulam tempo,~ e a complexa e cuidadosamente prevista interao dos processos: f i mensurao da vida no em estaes (acerto de trabalho at a Festa^ de So Miguel, ou at a Quaresma) ou mesmo em semanas e dias, mas em minutos, e acima de tudo, uma regularidade mecanizada de trabalho que se choca no s com a tradio mas tambm com todas as inclinaes de uma populao ainda no condicionada para ela.E como os homens no assimilavam espontaneamente esses novos costumes, tinham de ser forados por disciplina e multas, por leis de Senhor e Servo como aquela de 1823 que os ameaava com priso por quebra de contrato (aos patres cabia apenas multas) e por salrios to baixos que somente a labuta incessante e ininterrupta os fazia ganhar o suficiente para sobreviver, sem prover o dinheiro que os afastasse do trabalho por mais tempo que o necessrio para comer, dormir e como se tratava de um pas cristo orar no Dia dp Senhor.

    lu8ar, na era industrial o trabalho passou a ser realizado cada vez mais no ambiente sem precedentes da grande cidade, e isso a despeito do fato de a mais antiquada das revolues industriais efetuar grande parte de suas atividades em vilas industrializadas L i i mjne r S tece^ es> fabricantes de pregos e correntes e outros trabalhadores especializados^ Em 1750 s existiam duas cidades na Gra- Bretanha com mais de 5 0 .0 0 0 habitantes Londres e Edinburgo; in n n n r! i !\ haVla e em 1851 > 29 , inclusive nove com mais dV^ ^ 00 i habltanteS^ Nessa poca havia mais britnicos morando ^cidades do que no campo, e quase um tero da populao total

    m em eT um sTmoles^n80^ 5 f raba>hadores no ficaram reduzidas que paga^m o S e n ^ Ulr Salf ia1 com * cios servos de estrada d ' de segurana, possibilidades ^ t * l ? g ^ ' * * * *

    80

  • se em cortios superlotados e lgubres, cujo aspecto bastava para enregelar o corao do observador. A civilizao faz seus milagres e o homem civilizado e quase levado de volta selvajaria, escreveu o grande liberal francs De Tocquevilie a respeito de Manchester. 3 Tampouco se tratava simplesmente da concentrao no planejada da- queles que construam essas cidades com base na utilidade no lucro

    ^financeiro, que Charles Dickens pintou em sua famosa descrio de C oketow n, e que construam fileiras interminveis de casas e armazns, que abriam canais e pavimentavam ruas, mas que no edificavam fontes nem praas pblicas, passeios e parques e, s vezes, nem mesmo igrejas. (A companhia que construiu a nova cidade ferroviria de Crewe permitia magnanimamente a seus habitantes que utilizassem uma rotunda para locomotivas como templo, de vez em quando. ) Aps 1848 as cidades comearam a ganhar esses equipamentos pblicos,mas nas primeiras geraes da industrializao praticamente careciam deles, a menos que, por sorte, herdassem do passado tradies de obras pblicas gratuitas ou espaos abertos. Quando no estavam a trabalhar, os pobres passavam a vida em filas de casebres ou casas de cmodos, em estalagens improvisadas e baratas ou em capelas da mesma espcie, nicos lembretes a recordarem que o homem n5n Qf rnntpnfi em viver SO de PO.

    habitantes pobres a cidade nao

    81

  • apenas uma tva lira

    n n l m , , , , | , SIM x , hlsii0 J ; , socjulade

    ; * Z > t * ^ J S 5 f ' , w " " r *1 n 1 "' v|ualU> luK-'' " , '1'1 ' 1-V|Vrit-iiun, nem a tnuliSo nem a

    ' v luavja p.tu u tipo de unuponaincnio exigido por uma eco- nonua eapitaliM.i O tub.illu.lnr pr-uidustrial reagia a incentivos

    1-Ucua.s, na medula em que desejava ganhar o sulicicnte para gozar .qu ilo que era tulo como o eonlorto pertinente ao nvel social qUC a u> apivunera smia lo, mas al mesmo suas idias acerca de con- oiro eiam^dctermmadas pelo passado e estavam limitadas por aquilo

    que tosse apropriado a algum de sua posio ou, no mximo, da posis ao imediatamente superior. f Se ganhasse mais que a ninharia que considerava suticiente, poderia como os irlandeses imigrantes, desespero da racionalidade burguesa gast-lo em lazer, cm festas e em lcool. Sua simples ignorncia material da melhor maneira de viver numa cidade, ou de como comer a comida industrializada (to diferente da comida rural), poderia na verdade tornar sua pobreza por do que precisava ser . Ou seja, do que pevieria ser se ele no fosse o tipo de pessoa que inevitavelmente era.lEsse conflito entre a economia moral do passado e a racionalidade econmica do presente capitalista manifestava-se com clareza mpar na rea da previdncia social. A concepo tradicional, que ainda sobrevivia, deformada, em todas as classes da sociedade rural e nas relaes internas dos grupos da classe trabalhadora, era a de que um homem tinha o direito de ganhar a vida e que, se incapaz disso, o direito de ser mantido vivo por sua comunidade. A concepo dos economistas liberais de classe mdia era a de que os homens tinham a obrigao de aceitar os empregos que o mercado oferecesse, qualquer que fosse o lugar ou a remunerao, e que, atravs da poupana e do seguro, individual ou coletivo, o homem racional se protegeria contra os infortnios, a velhice ou a doena. Admitia-se que no se podia permitir que o resduo de indigentes viesse a morrer de fome, mas a estes no se deveria dar mais que o mnimo absoluto desde que fosse menos que o salano mais baixo oferecido no mercado e nas condies mais desestimulantesVA Lei dos Pobres destinava-se no tanto a ajudar os infelizes quanto a estigmatizar os confessos fracassos da sociedade.; Segundo a concepo da classe mdia, as Sociedades de Amigos representavam formas racionais de seguro. Essa concepo, entretanto, chocava-se frontalmente com a da classe operria, que tambm as tomava literaimente como comunidades de amigos num deserto dc indivduos, que gastavam com naturalidade seu dinheiro tambm em reunies sociais, festividades e em rituais c fantasias a que eram to dadas os Oddfcllows, Forestcrs e as outras Ordens

    82

  • que surgiram por touo o norte depois de 1815. Da mesma forma s f i r a i s e velonos irraciomlmente dispendiosos em que insistiam os trabalhadores, como tributo tradicional aos mortos e reafirmao comunitria dos vivos, eram incompreensveis para uma classe mdia que observava que aqueles que apreciavam essas coisas eram muitas vezes incapazes de pag-las. No entanto, o primeiro benefcio pagopor um sindicato ou por uma sociedade de amigos era quase invariavelmente o auxlio- funeral.

    , ^ medida em que a segurana social dependia dos esforos dos prprios trabalhadores, ela tendia, por conseguinte, a ser economicamente ineficiente pelos padres da classe mdia; na medida em que dependia de seus governantes, que determinavam a pouca assistncia pblica que existia, ela constitua mais uma fonte de degradao e opresso do que um meio de socorro material. Poucos estatutos foram mais desumanos que a Lei dos Pobres de 1834, que tornava qualquer socorro social menos elegvel que o mais baixo salrio vigente, confinava-o a centros de trabalho com caractersticas de peni- tenciril separando peia fora maridos, mulheres e filhos, a fim de castigFos pobres por sua indigncia e desencoraj-los da perigosa tentao de procriar novos miserveis. A lei nunca foi inteiramente aplicvel, pois onde os pobres tinham fora resistiram a seus extremos, e com o tempo eia se tornou um pouco menos rigorosa. No entanto, ela constituiu a base para a previdncia social inglesa at as vsperas da I Guerra Mundial, e as experincias de infncia de Char- lie Chaplin atestam que ela no havia mudado muito desde que Oliver Tivist, de Dickens, exprimiu o horror popular por aquela monstruo-

    , sidade legal na dcada de 1830.* E por essa poca na verdade, at a dcada de 1850 pelo menos 10 % da populao inglesa era formada de indigentes.

    At certo ponto como ocorreu com o mercador e o industrial da Gergia a experincia do passado no era to irrelevante como poderia ter sido num pas que saltasse de forma mais radical e direta do pr-industrialismo para uma era industrial moderna. E assim acon-

    ^ teceu, de fato, na Irlanda ou nas Elighlands da EscociaT^Dc certa forma, a Gr-Bretanha semi-industrial dos scs. X V II e X V III preparou^ antecipou a era industrial do sc. X IX . Por exemplo, a instituio fundamental de defesa da classe trabalhadora, o sindicato, ja estava em gestao no sc. X V III , em parte na forma assistematica, mas nem por isso ineficiente, de peridica barganha coletiva por tumulto \ (como ocorria entre embarcadios, mineiros, teceles e tri- cotadofs), em parte nas muito mais estveis sociedades de ofcio de diaristas qualificados, que s vezes apresentavam frouxos liames na-

    * Na Esccia, a Lei dos Pobres era um pouco diferente. Ver Cap. 15

    83

  • industrializao, mas que ainda nao passara por uma revoluo. par certos trabalhadores, cujas condies ainda no se haviam alterado fundamentalmente lembramos outra vez marinheiros e mineiros __as velhas tradies ainda b astav am os marujos viram multiplicar suascanes a respeito das novas experiencias do sec. X IX , como a pesca

    - baleia nas costas da Groenlndia, mas eram canes tradicionais Um grupo importante chegara mesmo a aceitar, e at aplaudir, a indstria, a cincia e q progresso (excluindo, porm, o capitalismo). Esse grupo era o dos artesos ou mecnicos, dotados de qualificao, percia, independncia e educao, que no viam grande distino entre eles prprios e aqueles membros de classes semelhantes que preferiam tornar-se empresrios ou permanecer como pequenos proprietrios rurais ou pequenos lojistas a classe de homens que tinha um p em cada um dos lados da fronteira entre as classes trabalhadora e m dia.* Os artesos eram os lderes ideolgicos e or-

    - ganizacionais naturais entre os trabalhadores pobre?,/ os primeiros do Radicalismo (e, mais tarde, das primeiras verses'cfo socialismo owe- nistas), das discusses e da educao superior para o povo atravs dos M echanics Institutes, dos H alls o f Science e de grande nmero de clubes, sociedades e editores e impressores livre-pensadores , o ncleo de sindicatos e movimentos jacobinos, cartistas e

    . outras associaes progressistas ,O s tumultos dos trabalhadores agrcolas contavam com o apoio dos remendes e construtores de aldeia; nas cidades, pequenos grupos de teceles manuais, estampadores, alfaiates e, s vezes, alguns poucos pequenos negociantes e lojistas, proporcionaram continuidade poltica de liderana esquerda at o declnio do cartismo, se no mais tarde H o stis ao capitalismo, tinham como caracterstica formular ideologias que no propugnavam simplesmente a volta a uma tradio idealizada, mas que aspirava a uma sociedade justa que seria tambm progressista do ponto de vista tcnico. Acima de tudo, representavam o ideal de liberdade e independn-

    - cia numa epoca em que tudo conspirava para degradar o trabalhoT]

    84

  • Ainda assim, ludo islo n'm j , ' _o problema do trabalhador. A mdustriazacin ^ansitria* Para de teeeles manuais e incoiadores u hmS j, _ ^^ P^ cou o nmeroTerminadas estas, ela os destruiu por lenta eu gUC11,as. naPolemcas- , 1830, c o m u n iw m i l u S ^ rabalhadores de IXmfermIine dramoronaram em meio iT m o r a

    l d, paUpCUZ;lao t a emigrao. Trabalhadores qualificados eram i ? ad0> a C0IU1a ,de dlanstas espoliados, como no mobilirio lon-

    i1K T ? , i 4UJn ?0brevivcram aos terremotos econmicos das dcadas de 18pQ e 1840, nao se podia mais esperar que desempenhassem um papel social tao grande numa economia em que a fbrica

    eixara de ser exceo regional para se tornar a regra. As tradies pie-industnais no podiam manter-se tona diante da mr inevitavelmente crescente da sociedade industrial. Em Lancashire podemos observar, depois de 1840, o desaparecimento das velhas formas de passar os feriados as quermesses, as competies de luta, as brigas de galo e o aulamento de ces contra touros. E a dcada de 1840 marca tambm o fim da era em que a cano folclrica constituiu a principal forma musical dos trabalhadores industriais. Tambm morreram os grandes movimentos sociais desse perodo do luddismo ao cartismo. Tinham sido movimentos nutridos no s pelas dificuldades extremas da poca, como tambm pela fora desses mtodos mais antigos de ao dos pobrei^ Passariam mais quarenta anos antes que a classe trabalhadora britnica criasse novas formas de lutar e de viver.

    A essas tenses qualitativas que afligiam os trabalhadores pobres das primeiras geraes do industrialismo, devemos acrescentar as tenses quantitativas sua pobreza material. Os historiadores tm debatido acaloradamente se essa pobreza aumentou ou no, mas o simples fato de se poder fazer a p"ergunta j fornece uma resposta sombria, pois ningum afirmar com seriedade que as condies se agravam quando evidentemente isso no acontece, como na dcada de1 9 5 0 ,* -

    claro que no se discute o fato de que, relativamente, os pobres empobreceram ainda mais, apenas porque o pais e suas classes rica e mdia obviamente enriqueceram. No momento exato em que os pobres se viam com seus recursos esgotados em comeos e meados da dcada de 1840 a classe mdia no tinha mais onde pr dinheiro investindo capitais furiosamente nas estradas de ferroe gastando at no mais poder nos suntuosos apetrechos domsticos exi-

    * Na verdade em tais perodos, as grandes reas da pobreza existente ten-

    os primeiros censos sociais os revelaram a uma ceados da dcada de 1960. redescoberta semelhante ocorreu no comeo e em

    85

  • Mios na Utatuir IM'UsM o d IHM, l, m IWlt , , ,U;,,Ul>imctp.s paLuuuu.s que ,v pn p.uax .uu |mw luq-h duvics Uv> mute

    \ Alem

  • maior catstrofe humana do sr y t y _ i do).*t~A mesma sorte abateu-se sn W 6 , clua

  • Ne-ULiVjfo

    o pais: em l S l l - O , em i o i ?, em 1826, em iro ,cm 1838-42, em 1843-44, era 1846-48. Nas reas agrcolas2& '5 ceoas, espontneas e, na medida em que seus objetivos cheev ^

    _ se? definidos, de natureza quase inteiramente econmica^ Um*! a " amotinados em Fens assim se expressou em 1816: EisnS aqui e

    tre a Terra e o Cu, e que Deus tenha pena de mim. Preferia perde a vida a ir para casa como estou. Quero po e terei po. 5 E m 18l(,r em todos os condados do leste, em 1822 em East Anglia, em 1830 en toda a regio entre Kent e Dorset, Somerset e Lincoln, em 1843.44 novamente nas Midlands de leste e nos condados de leste, as mquinas debulhadoras eram quebradas, e as medas quernadas de noite

    c* enquanto os homens pediam um mnimo para viver.{'Nas reas industriais e urbanas, aps 1813, a intranqilidade econmica e social combinou-se geralmente com uma ideologia e com um programa poltico especficos radical-democrtico ou mesmo cooperativo (ou, como diramos hoje, socialista), ainda que nos primeiros grandes movimentos de agitao de 1811-13 os ludditas-de East Midlands e Yorkshire quebrassem suas mquinas sem qualquer programa especfico de reforma e revoluo poltica. As fases de nfase na agitao poltica e sindicalista tendiam a se alternar, sendo que as primeiras normalmente contavam com muito maior apoio popular: o componente poltico predominou em 1815-19, 1829-32, e sobretudo na era cartista (1838- 4 8 ) , enquanto a organizao industrial teve preponderncia no comeo da dcada de 1820 e em 1833-38. .Contudo, mais ou menos a partir de 1830 todos esses movimentos tornaram-se mais consciente e caracteristicamente proletrios. As agitaes de 1829-35 assistiram ao crescimento da idia dos sindicatos gerais e de sua arma final, que poderia ser utilizada para fins polticos, a greve geral, e o cartismo repousava firmemente sobre a fundao da conscincia de classe trabalhadora, e na medida em que antecipava qualquer mtodo real de alcanar suas metas, colocava suas esperanas numa greve geral ou, como se dizia ento, num Ms Sagrado. Essencialmente, porm, o que mantinha coesos todos esses movimentos, ou que o revivificava aps suas peridicas derrotas e desintegraes, era a insatisfao universal de homens que se sentiam famintos numa sociedade podre de rica, escravizados num pas que se orgulhava de sua liberdade, procurando po e esperana e s recebendo em troca pedras e angstia.

    E no teriam suas justificativas? Um oficial prussiano, que viajou a Manchester em 1814, passara um julgamento moderadamente animador: -;:= -

    De longe pode-se observar a nuvem de vapor de carvo. As casas acham-se enegrecidas por ela. O rio que passa por Manchester to cheio de detritos de corantes que se assemelha

    88

  • U.k, .lo i nmuni o . Todo o .uul,-., dc melancolia. No bs-tante, pot locia parte veem se pessoas ocupadas, felizesmill idas, ( isso da novo alento ao observador

    e bem

    Nas dcadas de 18,M)_ e__ 1^40, nenhum visitante de Manchester se detinha a -1 alar de habitantes felizes e hem nutridos. Natureza humana esmigalhada, defraudada, oprimida e esmagada, lanada em lragmentos sangienios por toda a face da sociedade, escreveu o norte- americano Colman em .1845, falando sobre Manchester . A cada dia dc minha vida agradeo aos Cus no ser um pobre com famlia na In g laterra . 7 Ser surpreendente que a primeira gerao de trabalhadores pobres da Gr-Bretanha industrial examinasse os resultdos do capitalismo c os rejeitasse?

    N O T A S

    1 Ver Sugestes para Leitura, principalmentc 4 (E . P. Thompson, F. E n gels, Ni. Sm elscr), Nota 1, Cap. 2 (K. Polanyi). Com relao aos argumentos sobre nvel de vida , ver tambm E. J. Hobsbawn, Labouring Men (1964) e Phyllis Deane, The First industrial Revolution (1965). Com relao no* movimentos trabalhistas, ver Cole c Postgate (Sugestes para Leitura, 2), A. Briggs (ed .), Chartist Studies (1959). Sobre as condies sociais, consultar E. Chadwick, Report on the Sanitary Conditions of the Labouring Population, ed. M. W. Flinn (1965), A. Briggs, Victorian Cities (1963). Ver tambemfiguras 12 e 16. , 0

    N. McCord, The Anti-Corn Law League (1958), pgs. 5 7-58. a a . de Tocqueville. Jorneys to England and Ireland, ed. .1. P. Mayer, (lV5bLpgs. 107-108. . . 1 in 1 1 1-I Canon Parkinson, citado cm Briggs, Victorian Cities, pags. 110-111.r, William Dawson de Upwcll, citado em A. J. Peacock, Bread or Blood

    i;19Ribriken-Kommissarius. maio de 1814 tver nota 2, Cap. M.7 Citado cm Briggs, op. ei'., pg. 12.