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ENTREVISTA ALÍCIA SOUSA SORRIR É O MAIS IMPORTANTE CENTRAIS TEMPO BRUMA SECA MIN 13 MAX 18 HUMIDADE 65-90% • CÂMBIOS EURO 10.3 BAHT 0.2 YUAN 1.2 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ SEXTA-FEIRA 28 DE DEZEMBRO DE 2012 ANO XII Nº 2761 PUB PUB ESTUDO DE SATISFAÇÃO Um Governo “mais ou menos” PÁGINA 2 CHINA MERCADO IMOBILIÁRIO Espaço para construir e comprar ÚLTIMA Garantia de qualidade Habitação Pública GDI rejeita crítica de má construção PUB Ter para ler h PAULA CHIZIANE REVISÃO DA LEI DE TERRAS Deputados falam de poucas mudanças PÁGINA 3 Depois da queda de azulejos no edifício Mong Sin, o Governo foi acusado de de descurar a segurança e os acabamentos das habitações públicas. O Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas já veio a terreiro afirmar que o incidente “é um caso pontual ligado à mudança brusca de temperatura” e que a fiscalização está a ser feita devidamente. PÁGINA 6 A OUTRA VOZ DA LITERATURA MOÇAMBICANA SANTA CASA Pedidos de habitação aumentam mas a espera é longa PÁGINA 5

Hoje Macau 28 DEZ 2012 #2761

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Edição do Hoje Macau de 28 de Dezembro de 2012 • Ano X • N.º 2761

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Page 1: Hoje Macau 28 DEZ 2012 #2761

ENTREVISTA ALÍCIA SOUSA

SORRIRÉ O MAIS

IMPORTANTE CENTRAIS

TEMPO BRUMA SECA MIN 13 MAX 18 HUMIDADE 65-90% • CÂMBIOS EURO 10.3 BAHT 0.2 YUAN 1.2

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006 MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • SEXTA-FEIRA 28 DE DEZEMBRO DE 2012 • ANO XII • Nº 2761

PUB

PUB

ESTUDO DE SATISFAÇÃO

Um Governo“mais ou menos”

PÁGINA 2

CHINA MERCADO IMOBILIÁRIO

Espaço para construir e comprar

ÚLTIMA Garantia de qualidadeHabitação Pública GDI rejeita crítica de má construção

PUB

Ter para ler

h• PAULA CHIZIANE

REVISÃO DA LEI DE TERRAS

Deputados falam de poucas mudanças

PÁGINA 3

Depois da queda de azulejos no edifício Mong Sin, o Governo foi acusado de de descurar a segurança e os acabamentos das habitações públicas. O Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas já veio a terreiro afirmar que o incidente “é um caso pontual ligado à mudança brusca de temperatura” e que a fiscalização está a ser feita devidamente. PÁGINA 6

A OUTRA VOZ DA LITERATURA MOÇAMBICANA

SANTA CASA

Pedidosde habitação aumentam masa espera é longa

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GONÇ

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sexta-feira 28.12.2012política2

Cecília [email protected]

A Associação da Nova Vi-são de Macau (ANVM) lançou ontem as con-clusões do seu estudo

sobre a satisfação dos residentes em relação ao trabalho do Governo, nos últimos seis meses. Os resul-tados mostram que 50,75% dos entrevistados só se sentem “mais ou menos” satisfeitos com o tra-balho do Governo e apenas 2,13% estão “muito satisfeitos”. Cerca de 33% estão satisfeitos, mas ainda há 7,89% que não estão satisfeitos e 2,23% que estão mesmo “muito insatisfeitos”. Um pequena porção das pessoas entrevistas considera complicado avaliar o Executivo.

Comparando com último estu-do feito em Junho deste ano, as no-tas dadas ao Chefe do Executivo e aos secretários aumentaram todas,

O Instituto de Promoção do Comércio e do In-

vestimento de Macau (IPIM) e os Serviços do Comér-cio Externo e Cooperação Económica da Província de Guangdong realizaram a 11 de Dezembro de 2012, no L.A. Downtown hotel, em Los Angeles, EUA, e a 14 de Dezembro de 2012, no Sheraton Centre Toronto Hotel, em Toronto, Canadá, dois seminários intitulados “Promoção do Ambiente de Investimento em Guang-dong e Macau e Intercâmbio entre as Indústrias 2012”. A ideia foi continuar o que foi promovido em Seul, Coreia do Sul, a 6 de Dezembro deste ano. O seminário nos Estados Unidos contou com a presença de mais de 200 pessoas, na sua maioria, membros das comunidades política e empresarial da-quele país, enquanto que,

Kwan Tsui Hang preocupada com Portas do EntendimentoA deputada Kwan Tsui Hang está preocupada com a falta de renovação e manutenção das Portas do Entendimento, frisou numa interpelação escrita de ontem. A deputada relembrou que, em 2009, a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes respondeu a uma interpelação sua a afirmar estar a ponderar um plano de manutenção e recuperação daquela zona, mas até agora ainda nada foi feito. “Se o Governo não quer abandonar as Portas do Entendimento, deve garantir a sua manutenção constante e deve-se prevenir ameaças à segurança pública”, frisa na interpelação. Kwan ainda apresenta uma foto do local, onde mostra as quedas de pedras do monumento. - C.L.

Deputada questiona eficiência do grupo que controla preços dos alimentosA deputada Melinda Chan cita uma reportagem do jornal Ou Mun onde refere que o aumento dos preços da carne de vaca já aumentaram 37%, a par de outros preços de produtos alimentares. Melinda Chan diz por isso que não percebe o que faz o grupo de trabalho para o controlo dos preços alimentares criado em Junho e considera que este não cumpre os seus objectivos, ou seja, não baixa os preços dos alimentos. A deputada questionou a eficácia do trabalho e quer uma avaliação do grupo, para explicar bem as suas falhas. - C.L.

Associação lança conclusões sobre o que pensam os residentes dos governantes

Chui com mais votos, Florinda no fim

IPIM promove intercâmbio entre indústrias nos EUA e Canadá

Trocas e baldrocas

Lei de Controlo do Tabagismo com apoio geralDas políticas do Governo mais satisfatórias está a Lei de Controlo do Tabagismo, que ganhou mais apoio dos residentes. Cerca de 63% dizem estar totalmente satisfeitos. As medidas de apoio financeiro a jovens ou estudantes universitários são tidas como das melhoras políticas, a par da implementação de uma via especial para as motas na Ponte Sai Van. A pior é a habitação pública.

no seminário realizado no Canadá, marcaram presença mais de 150 empresários locais. O representante do IPIM, Thomas Ng Iok Fai, Director do Departamento de Apoio ao Investidor daquele organismo, referiu que os EUA são um impor-tante parceiro comercial de Macau, tendo registado um crescimento contínuo nos últimos anos, tanto em termos do volume de im-portações como no número de turistas provenientes daquele país. Salientou que, desde a transição de Macau, em consequência do seu ajustamento da po-lítica de desenvolvimento económico, as empresas americanas encontram-se a participar activamente em projectos de investimento em Macau, especialmente nos sectores hoteleiro, do turismo e do entretenimento,

assim como na constru-ção de infraestruturas para convenções e exposições, passando a desempenhar um papel de grande relevância no processo do crescimento económico de Macau.

Ng incentivou especial-mente as empresas ame-ricanas a aproveitarem as

vantagens proporcionadas por Macau como plataforma para expandirem os seus serviços e produtos para o interior da China, espe-cialmente para os diversos municípios que constituem a Província de Guangdong especialmente os inseridos na Região do Grande Delta do Rio das Pérolas.

No seminário realizado no Canadá, o representante do IPIM fez uma apresen-tação da situação das trocas comerciais entre o Canadá e Macau e frisou que nos últimos anos se verificou um crescimento contínuo no volume de transacções comerciais entre os dois territórios, o qual ascendeu, nos primeiros três trimestres do corrente ano, a 18 milhões de dólares americanos, cor-respondendo a um aumento de 56% face ao período homólogo do ano anterior.

porque não estão satisfeitos com a falta dos aumentos de salário e indicam insatisfação com o desen-volvimento político e a reforma administrativa levada a cabo pela secretária.”

ao Hoje Macau o porquê da baixa nota de Florinda Chan. “Durante a entrevista, cerca de 10% dos en-trevistados que eram funcionários públicos dizem não estar satisfeitos com a sua chefe. Principalmente,

sendo que Chui Sai On conseguiu mesmo alcançar 60,46 pontos em cem, a segunda avaliação mais alta desde o primeiro estudo, em Junho de 2010. Porém, mesmo com todas as notas aumentadas, a secretária para a Administração e Justiça, Florinda Chan, ainda tem a nota mais inferior de todas. Com 50,8 pontos, coloca-se a par de Lau Si Io, secretário para os Transportes e Obras Públicas, que causa insatisfação devido à questão da habitação pública. Cheong U, secretário para os assuntos sociais e cultura, é o que mais agrada à população.

Também os funcionários da Administração dizem que, no ge-ral, a satisfação é maior do que a insatisfação, com uma excepção: Lau Si Io tem menos 19,05%, Florinda Chan conseguiu um valor positivo, mas de apenas 8,03%.

Francis Tam, secretário para

a Economia e Finanças, está em segundo e Cheong Kuok Vá, da tu-tela para a Segurança, em terceiro.

O presidente da ANVM, Li Lue, que também é docente da Administração Pública, explicou

www.hojemacau.com.mo

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GONÇALO LOBO PINHEIRO

3políticasexta-feira 28.12.2012 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

É já no dia 3 de Janeiro que chega às mãos dos de-putados a Lei de Terras. A proposta vai ser apre-

sentada na Assembleia Legislativa (AL), quatro anos depois de ter sido considerada necessária a sua revisão. Entre consultas públicas e muitas interpelações escritas, o diploma parece que vai continuar a causar um aceso debate. Isto, porque a lei revista não traz grandes diferenças, asseguram deputados, e não responde aos pedidos feitos ao longo destes anos.

Um deles, relembrado por diversas vezes pelos membros da bancada democrata, é a concessão de terrenos apenas para os locais. O slogan “terras de Macau para gentes de Macau” não é tido em conta no projecto da nova lei, que o Hoje Macau analisou. A revisão integral da Lei de Terras prevê que os terrenos possam ser atribuídos a pessoas singulares ou colecti-vas “de qualquer nacionalidade”,

Revisão da Lei de Terras apresentada em Janeiro. Deputados consideram não haver mudanças

Excepções que deixam tudo igualrepresentações estabelecidas na RAEM e até entidades estrangeiras de direito público. Isto permite, portanto, que estrangeiros possam adquirir terras, o que para muitos especialistas é um dos factores que conduz à especulação imobiliária.

Uma das maiores controvérsias continua a ser, contudo, o facto de o Chefe do Executivo ser o único que pode decidir tanto o montante do prémio para os terrenos, como as situações de dispensa de concurso público. É que o projecto de lei prevê a obrigatoriedade de concurso públi-co para a adjudicação de terrenos, mas admite excepções – decididas por despacho do líder do Governo. Nos casos em que “a concessão por interesse público favoreça o desen-volvimento social” ou “se destine à construção de habitação própria dos trabalhadores da Administração”, não é necessário o concurso público, bem como em situações em que “os empreendimentos se coadunem com as políticas do Governo”. Resta saber, contudo, se a concessão de terrenos para casinos estará incluída nestas políticas.

A lei permite que haja sempre excepções ao que vem previsto, excepções essas que cabem ao Governo decidir. Basta que o Executivo preveja que, em algum caso, o interesse público fala mais alto e dispense concursos.

A FAVOR DOS OUTROSEste tema é um dos mais polémi-cos desde que a revisão da Lei de Terras foi anunciada, em 2008, devido ao facto de muitos dos lotes serem atribuídos de forma directa e, acusam os deputados, “a preço de saldo”. Os membros do hemi-ciclo consideram que apenas os empresários influentes conseguem ter acesso a concessões e que a ausência de concurso público é um dos principais factores que influencia o alto preço dos imóveis do mercado privado.

Ao que parece, ambos os pro-blemas – a dispensa de concurso e os valores baixos dos prémios - se podem manter. Na revisão da lei, é também previsto que seja o Chefe do Executivo quem decida, através de regulamento administrativo, o

montante do prémio. “Depende da localização do terreno, da finalida-de da concessão, das mais-valias, dos custos suportados ou a suportar e da taxa de inflação”, pode ler--se na proposta de lei. Ng Kuok Cheong ironiza. “Não há quase nenhuma modificação na lei. O Governo não precisa da aprovação da AL para fazer dispensa de con-curso público e isso é uma razão para vender os terrenos a preços baixos”, refere o deputado ao Hoje Macau. “Isto é o que dá fazer leis para proteger os interesses de um determinado grupo. O Governo precisa de proteger esses grupos e, por isso, tem manter o mecanismo de vender terras a preço baixo, o que a lei permite.”

Ho Ion Sang, citado pelo canal chinês da TDM, foi outro dos deputados que considerou que a definição do montante do prémio dos terrenos está longe dos preços de mercado.

RESERVAS PREVISTASUma das vontades dos deputados parece, contudo, ser satisfeita

com a revisão da Lei de Terras. A reserva de terrenos é prevista na lei para a construção de habitação pública, o que há muito vem sendo pedido. Incluídas dentro destas reservas está ainda a construção de condutas de água, estabelecimen-tos de saúde e serviços públicos, conservação de zonas verdes, construção de portos, aeródromos e estradas e “para fins turísticos”. Mais uma vez se desconhece se, neste caso, está incluída a cons-trução de hotéis ou casinos, apesar de o Governo ter admitido mais que uma vez que não vão haver mais casinos nos novos aterros, onde se esperam reservar a maioria dos terrenos. As reservas podem ser levantadas, caso o Chefe do Executivo assim o decida.

O novo projecto de lei prevê ainda concessões gratuitas – a serviços de utilidade pública ou a confissões religiosas – e aumenta as punições para quem ocupe ilegalmente terrenos, que podem ir das 50 mil patacas aos três mi-lhões de patacas, consoante a área do terreno.

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sexta-feira 28.12.2012publicidade4 www.hojemacau.com.mo

ANÚNCIO 【N.º 374/2012】

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares do concurso de habitação económica abaixo indicados, no uso da competência delegada pela alínea 20) do n.º 3 do Despacho n.º 09/IH/2012, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 13, II Série, de 28 de Março de 2012 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro: Nome N.º do Boletim de candidatura HOI WENG FAI 51590 CHEANG WAI KUONG 66947 IP TAK KEI 89402 FOK WENG FAN 117614 Após as verificações deste Instituto, notamos que os representantes dos agregados familiares e/ou os seus cônjuges de candidatos a habitação económica acima mencionados são proprietários de fracção autónoma com finalidade habitacional na Região Administrativa Especial de Macau, desde à data da apresentação da candidatura e até à data de celebração da escritura pública de compra e venda da fracção, pelo que, estes não podem candidatar-se à aquisição de fracção, nos termos do n.º 3 do artigo 14.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica). Tendo este Instituto publicado um anúncio na imprensa de língua chinesa e língua portuguesa, no dia 26 de Novembro de 2012, a solicitar aos interessados acima mencionados para apresentarem por escrito as suas contestações pelos factos acima referidos no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de publicação do referido anúncio, mas não fizeram a entrega das suas contestações dentro do prazo indicado. Nos termos da alínea 2) do n.º 5 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica) e n.º 2 do artigo 16.º do Regulamento de acesso à compra de habitações construídas no regime de contrato de desenvolvimento para a habitação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, revisto pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002, assim como da decisão do despacho do signatário, exarado na Informação n.º 4016/DAHP/DAH/2012, os respectivos representantes dos agregados familiares e/ou os seus cônjuges foram retirados dos agregados familiares e excluídos da lista geral de espera, por não reunirem os requisitos para aquisição de habitação económica. E nos termos dos n.º 21 do Despacho n.º 09/IH/2012, revisto pelo Despacho n.º 20/IH/2012, e artigo 155.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, cabem recurso hierárquico necessário da respectiva decisão administrativa, ao Presidente deste Instituto, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, o recurso hierárquico tem efeito suspensivo.

O Chefe do Departamento de Assuntos de Habitação Pública,

Cheang Sek Lam 17 de Dezembro de 2012

ANÚNCION.º 375/2012

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares do concurso de habitação económica abaixo indicados, no uso da competência delegada pela alínea 20) do n.º 3 do Despacho n.º 09/IH/2012, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 13, II Série, de 28 de Março de 2012 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

Nome N.º do Boletim de candidaturaTANG CHOK LAM 72844CHAN MAN CHENG 76696WONG CHI KIN 105642MAK KIN CHONG 114440

Após as verificações deste Instituto, notamos que os representantes dos agregados familiares do concurso de habitação económica acima mencionados são proprietários de fracção autónoma com finalidade habitacional na Região Administrativa Especial de Macau ou concessionários de terreno do domínio privado da Região Administrativa Especial de Macau, desde à data da apresentação da candidatura e até à data de celebração da escritura pública de compra e venda da fracção, pelo que, este não podem candidatar-se à aquisição de fracção, nos termos do n.º 3 do artigo 14.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica), este Instituto informou-os por meio de ofícios, com os nos 1206290131/DAH, datada de 2 de Julho de 2012, 1208020137/DAH, datada de 7 de Agosto de 2012, 1208030159/DAH, datada de 3 de Agosto de 2012 e 1208030037/DAH, datada de 6 de Agosto de 2012, a solicitar aos interessados acima mencionados para apresentarem por escrito as suas contestações pelos factos acima referidos no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de recepção dos referidos ofícios, entretanto não os fizeram dentro do prazo indicado. Nos termos do n.º 5 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011 e n.º 2 do artigo 16.º do Regulamento de acesso à compra de habitações construídas no regime de contrato de desenvolvimento para a habitação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, revisto pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002, assim como das decisões dos despachos da Chefe do Departamento de Assuntos de Habitação Pública substituta deste Instituto e do signatário, exarados nas Informações n.ºs 2424/DAHP/DAH/2012, 3023/DAHP/DAH/2012, 2593/DAHP/DAH/2012 e 2954/DAHP/DAH/2012, os respectivos representantes dos agregados familiares foram retirados dos agregados familiares e excluídos da lista geral, por não reunirem os requisitos para aquisição de habitação económica. E nos termos do n.º 21 do Despacho n.º 09/IH/2012, revisto pelo Despacho n.º 20/IH/2012, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 25, II Série, de 20 de Junho de 2012 e no artigo 155.º do Código do Procedimento Administrativo, cabem recurso hierárquico necessário da respectiva decisão administrativa, ao Presidente deste Instituto, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúnico, o recurso hierárquico tem efeito suspensivo.

O Chefe do Departamento de Assuntos de Habitação Pública,

Cheang Sek Lam 19 de Dezembro de 2012

DIRECCÇÃO DOS SERVIÇOS DE FINANÇASEDITAL

DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS DO IMPOSTO PROFISSIONALRESPEITANTE AO EXERCÍCIO DE 2012

1. Em conformidade com o disposto no artigo 10.º, n.º 1 do Regulamento do Imposto Profissional, avisam-se todos os contribuintes do 1.º Grupo (assalariados e empregados por conta de outrem) e do 2.º Grupo (profissões liberais e técnicas) – sem contabilidade devidamente organizada – do referido imposto, que deverão entregar, durante os meses de Janeiro e Fevereiro de 2013, na Repartição de Finanças de Macau, em duplicado, uma declaração de rendimentos, conforme o modelo M/5, de todos os rendimentos do trabalho por eles recebidos ou postos à sua disposição no ano antecedente.

2. Ficam dispensados da apresentação da referida declaração os contribuintes do 1.º Grupo cujas remunerações provenham de uma única entidade pagadora.

3. Os contribuintes do 2.º Grupo (profissões liberais e técnicas) – com contabilidade devidamente organizada conforme n.º 1 do artigo 11.º do mesmo Regulamento – deverão entregar, a partir de 1 de Janeiro até 15 de Abril de 2013, na Repartição de Finanças de Macau, uma declaração de rendimentos, conforme o modelo M/5 e o Anexo A, em duplicado, juntamente com os seguintes documentos:

a) Balanços de verificação ou balancetes progressivos do razão geral, antes e depois dos lançamentos de rectificação ou regularização e de apuramento dos resultados do exercício;

b) Mapa modelo M/3 de depreciações e amortizações dos activos fixos tangíveis e intangíveis e mapa modelo M/3 A da discriminação dos elementos alienados a título oneroso e dos abatidos a que se refere a alínea d) do n.º 1 do art.º 13.º do Regulamento do Imposto Complementar de Rendimentos;

c) Mapa modelo M/4 do movimento das provisões a que se refere a alínea e) do n.º 1 do art.º 13.º do Regulamento do Imposto Complementar de Rendimentos;

4. Todas as entidades patronais deverão entregar nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2013, na Repartição de Finanças de Macau, uma relação nominal, em duplicado, conforme o modelo M3/M4, dos assalariados ou empregados a quem, no ano anterior, hajam pago ou atribuído qualquer remuneração ou rendimento.

5. Conforme o Regulamento do Imposto Profissional, a falta de entrega da declaração de rendimentos e das relações nominais dos empregados ou assalariados, ou a inexactidão dos seus elementos , será punida com a multa de 500,00 a 5.000,00 patacas.

6. Os impressos da declaração e das relações nominais são disponíveis no Núcleo do Imposto Profissional do Edifício “Finanças”, no Centro de Atendimento Taipa e no Centro de Serviços da RAEM.

Aos 5 de Dezembro de 2012.

A Directora dos Serviços,Vitória da Conceição

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ANTÓNIO FALCÃO CA

TARI

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5sexta-feira 28.12.2012 www.hojemacau.com.mo sociedade

Andreia Sofia [email protected]

OS elevados preços das rendas praticados no mercado imobiliário estão a fazer com que

cada vez mais pessoas peçam ajuda às instituições de cariz so-cial. Prova disso é a Santa Casa da Misericórdia (SCM) que não tem parado de receber pedidos via telefone de famílias com baixos rendimentos. “Temos recebido regularmente chamadas durante

Oaumento do trânsito em Ma-cau foi um desafio para os

serviços de transportes públicos, considerou a Reolian. A empresa dos autocarros verdes fez ontem o balanço anual do seu desempenho e mostrou dados que indicaram menos eficiência devido ao acu-mular dos carros em Macau. “A Reolian desceu em 11% a sua velocidade comercial este ano, o que reflecte as condições compli-cadas e em constante mudanças das estradas, que impuseram muita pressão na competência do serviço.”

Num comunicado enviado pela própria operadora de autocarros, a Reolian admite que as reformas instauradas a meio do ano – que chegaram em consequência de trágicos e sucessivos acidentes – melhoraram a prestação de ser-viços. “O número de passageiros no terceiro trimestre subiu 15% comparado com o ano passado, resultado de uma maior capaci-dade fruto de mais frequências das carreiras.”

A Reolian apresenta ainda que, em termos de segurança, a taxa de acidentes tem diminuiu, sendo de

Cecília [email protected]

MAIS consumos em casa escondidos dos olhares

públicos, menos consumos por parte dos jovens, mas mais recaídas. Foi este o quadro traçado por Hon Wai, chefe do departamento de prevenção e tratamento da toxicodepen-dência do Instituto de Acção Social (IAS), em entrevista ao Ou Mun Tin Toi, canal chinês da Rádio Macau.

De acordo com os dados do IAS, nos primeiros seis meses do ano houve 40% de consumos em adolescentes com idade inferior a 21 anos, menos 25% face a igual período do ano passado. Já o consumo de ketamina di-minuiu ligeiramente, mas por outro lado subiu 10% no que diz respeito à anfetamina.

Quanto aos consumos do-mésticos, houve um aumento de 8,7% no primeiro semestre deste ano face ao mesmo pe-ríodo do ano passado. Quanto aos consumos em casas de amigos, aumentaram 2,2%.

Na mesma entrevista, Hon Wai recomendou que a nova legislação venha a incluir os novos tipos de drogas sintéticas, mas disse que há novas drogas a surgir com fre-quência, pelo que o processo legislativo “será longo”. “É difícil trabalhar apenas com a lei anti-drogas.

As autoridades vão conti-nuar a reforçar a publicidade e os trabalhos para a educa-ção. O trabalho de combate às drogas pode ser mais fácil se todos nós tivermos conhe-cimento dos efeitos nocivos das drogas.”

Em 2011 a Santa Casa da Misericórdia recebeu 11 pedidos por escrito de pessoas que procuram casa a uma renda acessível. Este ano nenhum pedido chegou, mas isso não significa que a procura tenha parado. “Temos recebido regularmente chamadas durante o ano de pessoas para saberem da disponibilidade de casas”, disse ao Hoje Macau Gisela Nunes, secretária-geral da instituição, que frisa que a lista de espera é grande

SCM “com longa lista de espera” de pessoas à procura de casa

“Os pedidos não estão a diminuir”

o ano de pessoas para saberem da disponibilidade de casas da SCM. Como temos dezenas de pedidos pendentes, desde 2007, normalmente sugerimos que pro-curem outras habitações”, explicou Gisela Nunes, secretária-geral da instituição, ao Hoje Macau.

Quanto aos pedidos feitos por escrito, nenhum foi recebido no corrente ano, enquanto que em 2011 foram apenas seis. Contudo, estes dados não são sinónimo de que as pessoas precisem menos de ajuda. “Os pedidos não estão

a diminuir. Alguns são feitos por escrito, mas há pedidos frequentes por telefone. Mas a lista de espera é longa e dizemos que não vale a pena enviar cartas”, acrescenta a responsável.

No total, a SCM tem 73 mo-radias para alugar, dispostas em quatro edifícios. “As pessoas que estão lá a viver não vão sair porque a renda é baixa e não têm hipóteses de ir para um sitio melhor.”

Por norma, quem procura apoio são famílias com baixos rendimen-tos ou com necessidade de cuidar

de pessoas dependentes. “Apesar de qualquer pessoa com BIR poder pedir casa, damos prioridade às pessoas carenciadas ou a quem tem baixos rendimentos.”

António José de Freitas, prove-dor da SCM, disse ao Hoje Macau que há uma ligação entre estes pedidos e a situação económica em que vivem muitas famílias. “Há pessoas que preferem uma situação mais cómoda e então telefonam, o que é sinónimo de alguma urgência. Sem dúvida que é uma necessidade cada vez

mais premente”, explica ao Hoje Macau. Devido à extensa lista de pessoas à espera de casa, “a médio prazo não há abertura” para novos candidatos, acrescenta o provedor.

SCM NÃO VAI COMPRARMAIS CASASPara já, a SCM não tem quaisquer planos para adquirir mais habitações, por forma a dar resposta aos pedidos. “As pessoas já sabem que a SCM não tem mais casas. Não temos planos por enquanto para comprar moradias, porque isso significa que temos de comprar o prédio inteiro ou casas separadas, e é preciso gestão. Já temos o lar de idosos e a creche, a habitação não é uma prioridade”, explica Gisela Nunes. António José de Freitas diz mesmo que “não há orçamento” dados os valores prati-cados no mercado. “Não se justifica [comprar mais casas]. Não há uma grande necessidade e os preços estão a disparar.”

Muitos dos arrendatários que habitam em casas da SCM fazem--no há muitos anos, numa altura em que a renda era considerada semelhante aos restantes preços praticados no mercado, como frisa a secretária-geral. “Entretanto, as rendas não foram aumentadas durante 20 anos, mas há cerca de 5 anos a SCM decidiu rever as rendas de dois em dois anos, consoante a situação do contrato, a localização ou o estado das casas.”

Trânsito foi desafio para operadoras de autocarros, diz Reolian

Balanços e promessasDroga Mais consumo caseiro

Menos jovens tomam, mas há mais recaídas

menos de quatro por cada cem mil quilómetros. Isto, porque a empre-sa instaurou medidas de melhoria no que diz respeito à segurança, como foi o caso de colocar agentes de segurança nas paragens.

Mas, a operadora de autocar-ros diz não se ficar por aqui e promete mais melhorias para o próximo ano, nomeadamente no que diz respeito à formação dos funcionários. – J.F.

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6 sociedade sexta-feira 28.12.2012www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia [email protected]

OS moradores da habitação social do edifício Mong Sin estão preocu-

pados com a sua segurança, depois de alguns azulejos te-rem caído do prédio onde ha-bitam. Contudo, o Governo voltou ontem a garantir que tudo está a fazer para evitar mais incidentes do género no futuro. “O que podemos dizer é que a qualidade das nossas empreitadas públicas está garantida. Para além dos nossos colegas que fazem a vistoria da empreitada em si, há mais duas entidades. Uma delas, de fiscalização, está a tempo inteiro para ver o método de execução da obra, enquanto o laboratório de engenharia civil que faz vistoria dos materiais colo-cados para garantir as boas condições”, explicou Luís Madeira de Carvalho.

O responsável pela chefia funcional da área de arquitec-tura do Gabinete para o Desen-volvimento de Infra-estruturas (GDI) falou aos jornalistas à margem do lançamento da primeira pedra dos blocos de habitação pública na Ilha

A estrutura sectorial de Macau continua cada

vez mais dependente da ac-tividade do jogo, cujo peso na formação do Produto In-terno Bruto (PIB) continuou a crescer em 2011, indicam dados oficiais ontem divul-gados.

De acordo com os Servi-ços de Estatística e Censos (DSEC), o peso do sector terciário na formação do

É já em Janeiro que o empreiteiro da habitação pública do edifício Mong Sin vai proceder à reparação dos azulejos caídos, sem custos adicionais para o Governo. Luís Madeira de Carvalho, arquitecto do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, diz que se trata de um caso “pontual” ligado à mudança brusca de temperatura

GDI rejeita críticas depois da queda de azulejos no edifício Mong Sin

Com selo de qualidade, dizem

Mais casas públicas na Ilha Verde

Verde [ver caixa]. No inicio de 2013 todas as reparações deverão começar a ser feitas. “Acho que esta situação é pontual, e estamos a actuar face ao que é necessário para garantir a segurança dos moradores, para que as situa-ções se possam minimizar no

futuro. Neste caso particular, aconteceu em poucas habita-ções públicas, é uma situação rara”, disse Luís Madeira de Carvalho.

“Depois do ano novo o empreiteiro irá ao local fazer trabalhos de reparação dos cerâmicos. [O incidente] tem

a ver com a temperatura, que desceu drasticamente, e suspeitamos que seja por causa disso”, explicou o res-ponsável.

SEGURANÇA GARANTIDASegundo o jornal Ou Mun, Tam Sio Ho, directora do

centro da comunidade de Mong Há, onde se situa o edifício, afirmou que há cerca de três meses que os moradores tinham apresen-tado queixas. Mas da parte do GDI a garantia é que a resposta foi imediata. “No mês passado já tínhamos

Peso do sector na formação do PIB de Macau voltou a crescer em 2011

Jogo cada vez mais importante

recebido informações lo-cais de que houve situações de alguns azulejos da parte interior do edifício que se deslocaram da superfície. Imediatamente entrámos em contacto com o emprei-teiro e com as entidades competentes de fiscaliza-ção para verificarem o que se estava a passar. Para além do que caiu pedimos ao empreiteiro para des-montar parte da cerâmica que aparenta não estar em boas condições”.

A segurança, essa, está garantida. “Quando soube-mos disto fizemos logo os trabalhos para que as peças que não caíram e que pode-rão ter algum risco, fossem desmontadas para garantir a segurança das pessoas.”

Diversas personalidades estiveram ontem presentes na cerimónia de lançamento da primeira pedra da habitação pública no bairro da Ilha Verde, nomeadamente os lotes 1 e 2, que irão providenciar um total de 2356 apartamentos, sendo que 1577 são de tipologia T2, 434 T3 e 345 com tipologia T1. Segundo o Instituto da Habitação (IH), os dois edifícios estarão concluídos em 2016 e fazem parte do “lançamento faseado, a curto prazo, dos novos planos de habitações públicas”, feito no seguimento da conclusão das 19 mil fracções. Na calha estão mais empreendimentos residenciais para residentes com baixas capacidades económicas, nas zonas da Estrada Nordeste da Taipa, os lotes E e F do Fai Chi Kei e mais dois lotes na Baía Norte do Fai Chi Kei. No total, estes edifícios deverão fornecer um total de 4 mil apartamentos.

PIB manteve a tendência de aumento, ao passar de 92,6% em 2010 para 93,6% em 2011, devido ao aumento superior a 30% do Valor Acrescentado Bruto.

O crescimento deste in-dicador - que reflecte o con-tributo económico do sector - resultou sobretudo de subi-das no comércio (43,8%), no jogo (40,3%) e nos hotéis e similares (33,6%).

Por ramos de activida-de económica, o peso do jogo correspondia a 44,7%, traduzindo um incremento de 3,6 pontos percentuais, em relação a 2010. O peso

do comércio por grosso e a retalho (7,8%) e dos hotéis e similares (4,8%) cresceu 0,8 e 0,2 pontos percentuais, respectivamente.

Os dados da DSEC apontam para descidas nos restantes ramos de activida-de económica, com o peso do Valor Acrescentado Bruto das actividades imobiliárias a registar uma quebra de 0,6 pontos percentuais relativa-mente a 2010.

O peso do sector se-cundário na formação do PIB situou-se nos 6,4%, tendo descido um ponto percentual, e apesar do Va-

lor Acrescentado Bruto das indústrias transformadoras e da construção ter subido 4,1% e 14,8%, respectiva-mente, ainda foi inferior ao nível do crescimento económico, indica a DSEC.

Em destaque, o peso da construção na formação do PIB, que correspondeu a 4,9% (menos 0,6 pontos per-centuais), bem como o peso da produção e distribuição da electricidade, gás e água (0,8%) e o das indústrias transformadoras (0,7%), am-bos com recuos de 0,2 pontos percentuais em relação a 2010.

Em comunicado, a DSEC

constata que a economia de Macau continuou a crescer em 2011, destacando o au-mento relativamente a 2010 do Valor Acrescentado Bruto (29%), do consumo intermé-dio (35,2%) e remunerações dos empregados em todos os ramos de actividade (16,9%).

No sector do jogo, regis-taram-se subidas no Valor Acrescentado Bruto (40,3%), no consumo intermédio (45%) e nas remunerações dos em-pregados (14,2%), indicam os dados.

As áreas relacionadas com o jogo e o turismo beneficia-

ram, com o Valor Acrescen-tado Bruto do comércio e dos hotéis e similares a reflectirem subidas anuais de 43,8% e 33,6%, respectivamente.

Já a construção passou de uma situação de quebra, em 2010, para uma de crescimen-to em 2011, devido à expansão do investimento público, sen-do que o Valor Acrescentado Bruto das indústrias transfor-madoras também voltou a subir, referem os Serviços de Estatística e Censos.

A estrutura sectorial do PIB é estimada pela óptica de produção que correspondente à soma do Valor Acrescentado Bruto de todos os ramos de acti-vidade económica (o valor de produção bruto menos o consumo intermédio), mais o imposto de produtos. - Lusa

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7sociedadesexta-feira 28.12.2012 www.hojemacau.com.mo

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O Pedido do Projecto de Apoio Financeiro do FDCT para à 1ª vez do ano 2013

(1) Fins O FDCT foi estabelecido por Regulamento Administrativo nº14/2004

da RAEM, publicado no B. O. N° 19 de 10 de Maio, e está sujeito a tutela do Chefe do Executivo. O FDCT visa a concessão de apoio financeiro ao ensino, investigação e a realização de projectos no quadro dos objectivos da política das ciências e da tecnologia da RAEM.

(2) Alvos de Patrocínio(i) Universidades, instituições de ensino superior locais, seus institutos

e centros de investigação e desenvolvimento (I&D);(ii) Laboratórios e outras entidades da RAEM vocacionados para

actividades de I&D científico e tecnológico;(iii) Instituições privadas locais, sem fins lucrativos;(iv) Empresários e empresas comerciais, registadas na RAEM, com

actividades de I&D;(v) Investigadores que desenvolvem actividades de I&D na RAEM.

(3) Projecto de Apoio Financeiro(i) Que contribuam para a generalização e o aprofundamento do

conhecimento científico e tecnológico;(ii) Que contribuam para elevar a produtividade e reforçar a

competitividade das empresas;(iii) Que sejam inovadores no âmbito do desenvolvimento industrial;(iv) Que contribuam para fomentar uma cultura e um ambiente propícios

à inovação e ao desenvolvimento das ciências e da tecnologia;(v) Que promovam a transferência de ciências e da tecnologia,

considerados prioritários para o desenvolvimento social e económico;

(vi) Pedidos de patentes.

(4) Valor de Apoio Financeiro(1) Igual ou inferior quinhentos mil patacas. (MOP$500.000,00)(2) Superior a quinhentos mil patacas. (MOP$500.000,00)

(5) Data do PedidoAlínea (1) do número anterior Todo o anoAlínea (2) do número anterior A partir do dia 2 – Jan. – 2013 até 4 – Mar. – 2013 (O próximo pedido será realizado no dia 2 – Maio – 2013 ao 2 – Julho – 2013)

(6) Forma do PedidoDevolvido o Boletim de Inscrição e os dados de instrução

mencionados no Art° 6 do Chefe do Executivo nº 273 /2004,《Regulamento da Concessão de Apoio Financeiro》, publicado no B. O. N° 47 de 22 de Nov., para o FDCT. Endereço do escritória: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n° 411-417, Edf. “Dynasty Plaza” 9° andar, Macau. Para informações: tel. 28788777; website: www.fdct.gov.mo.

(7) Condições de AutorizaçõesPor despacho do Chefe do Executivo nº 273 /2004, processa o

《Regulamento da Concessão de Apoio Financeiro》.

O Presidente do C. A. do FDCT, Tong Chi Kin 27 / 12 / 2012

AS exportações de Ma-cau aumentaram 19,9%

até Novembro face ao perío-do homólogo de 2011, mas não travaram um agrava-mento do défice da balança comercial de dois dígitos, indicam dados oficiais on-tem divulgados.

Entre Janeiro e Novem-bro, as exportações totali-zaram 7,48 mil milhões de patacas contra importações avaliadas em 64,47 mil mi-lhões de patacas. O défice da balança comercial, por conseguinte, agravou-se 14,9%, atingindo os 56,99 mil milhões de patacas.

Para Hong Kong segui-ram mercadorias no valor de 3,78 mil milhões de patacas - mais 37,4% face aos primeiros 11 meses de 2011 -, ao passo que, para o interior da China as exporta-ções sofreram uma subida de 25,1%, cifrando-se em 1,24 mil milhões de patacas.

Em sentido inverso, as exportações para a União Europeia (UE) caíram 18,2% para 285 milhões de patacas até Novembro, numa quebra que se alargou ao mercado dos Estados Unidos, já que as exportações recuaram 6,5%, fixando-se em 470 milhões de patacas.

Entre os bens exportados nos primeiros 11 meses do ano, destacam-se os produ-tos não têxteis, como máqui-nas, aparelhos e artigos de viagem, que atingiram 6,50 mil milhões de patacas, os quais registaram um aumen-to anual na ordem dos 30%, indicam os Serviços de Es-tatística e Censos (DSEC).

Em contrapartida, a ex-portação de produtos têxteis e vestuário atingiu 975 mi-lhões de patacas, traduzindo uma quebra superior a um quinto (21%).

A reexportação dilatou--se 32,2%, cifrando-se em 5,38 mil milhões de patacas nos primeiros 11 meses do ano, enquanto a exportação doméstica diminuiu 3,3%, correspondendo a 2,09 mil milhões de patacas.

Por outro lado, nos pri-meiros 11 meses, Macau importou do interior da China mercadorias avalia-das em 20,94 mil milhões de patacas - mais 22,6% em termos anuais - e da UE pro-dutos no valor de 15,19 mil

Exportações de Macau sobem 20%para 7,48 mil milhões de patacas

Enviar mais para fora

milhões de patacas, mais 9,1 % relativamente ao mesmo período de 2011.

Do total, foram impor-tados 39,44 mil milhões de patacas em bens de consumo, um número que reflecte uma expansão anual de 14,2%, destacando-se produtos como joalharia em ouro, relógios de pulso ou automóveis e motociclos.

Já o valor importado

de tabaco caiu significati-vamente (40,4%) até No-vembro, fixando-se nos 436 milhões de patacas.

De Janeiro a Novembro, o valor do comércio externo de mercadorias correspon-deu a 71,95 mil milhões de patacas, traduzindo uma subida de 15,9% face aos 62,09 mil milhões de patacas registados em igual período do ano passado. - Lusa

Page 8: Hoje Macau 28 DEZ 2012 #2761

sexta-feira 28.12.2012nacional8

O Governo chinês anunciou esta quarta-feira pre-tender que o siste-

ma básico de saúde chegue a toda a população, que resida em zonas urbanas ou rurais, no ano 2020.

De acordo com o livro branco “Serviços médicos e de saúde na China”, publica-do na quarta-feira, em finais de 2011, 95% dos cidadãos (cerca de 1.300 milhões) já estavam registados em algum dos três programas básicos de seguros médicos promovidos pelo Estado, o que representava mais oito pontos percentuais do que em 2008.

O documento refere que a China vai “continuar a tra-balhar para garantir que cada cidadão tem acesso a serviços médicos e de saúde seguros, eficazes, convenientes e acessíveis

O livro aponta uma melho-ria dos indicadores de saúde da população chinesa, como a esperança média de vida (74,8 anos em 2010), a taxa de mortalidade infantil (baixou de 29,2 crianças em cada mil em 2002 para 12,1 por mil em 2011), ou o número de centros de saúde, que aumentou 18% entre 2003 e 2011.

O Governo reconhece que a China “está ainda muito longe das exigências

da população, bem como dos requisitos que exige o desenvolvimento social e económico” do país.

Neste sentido, o livro recomenda uma “contínua e rápida” incidência nas doen-ças crónicas, principalmente provocadas pela industriali-zação, urbanização e enve-lhecimento da população nos últimos anos.

As autoridades calculam que cerca de 260 milhões de chineses sofrem de algum tipo de doença crónica e que estas são a causa de 85% das mortes em todo o país, além de serem responsáveis por 70% das despesas do sistema de saúde.

Em 2011, a China gastou um total de 5,1% do Produto Interno Bruto com a saúde, ainda longe do Brasil (9%), Japão (9,5%) ou França (11,9%).

Nas conclusões, o docu-mento refere que a saúde da população chinesa “enfrenta várias ameaças nos próximos anos” e que “existem ainda problemas devido à escassez de recursos de qualidade elevada e de distribuição desequilibrada”, numa alusão às diferenças entre as zonas rurais e urbanas e as zonas leste e oeste do país. A região oeste da China está muito menos desenvolvida que a região leste.

China espera que relações entre Rússia e Índia beneficiem a paz na ÁsiaA China espera que as relações entre a Rússia e a Índia possam favorecer a paz e a estabilidade na Ásia e no mundo. As declarações são da porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying, ao responder a questões sobre o negócio de armas entre os dois países. A porta-voz, que falou esta quarta-feira aos jornalistas, salientou que a Rússia e a Índia são dois bons vizinhos da China. Hua Chunying disse que tanto as parcerias da China com a Rússia ou com a Índia têm apresentado um desenvolvimento positivo. Sendo estes países emergentes, os três mantêm uma boa comunicação e coordenação no âmbito do grupo BRICS, concluiu.

Comércio entre a China e a Coreiado Norte triplicou em quatro anosAs trocas comerciais entre a China e a Coreia do Norte quase triplicaram desde 2007, revelam dados ontem publicados pela Coreia do Sul, que realçam a crescente dependência de Pyongyang em relação ao seu aliado. O comércio bilateral aumentou de cerca de 10,48 mil milhões de patacas em 2007 cerca de 40,2 mil milhões de patacas em 2011, segundo os dados das Estatísticas da Coreia, baseados em informações de organizações económicas e comerciais norte-coreanas e estrangeiras, uma vez que a Coreia do Norte não divulga dados económicos oficiais.

Rival do GPS, serviço de navegação chinês começa a operar na ÁsiaUm satélite de navegação chinês, criado para eventualmente competir com o Global Positioning System (GPS), dos Estados Unidos, começou a oferecer os seus serviços para utilizadores asiáticos, de acordo com a agência AP. O porta-voz Ran Chengqi afirmou que o Beidou está a oferecer a partir desta quinta-feira serviços de posicionamento, navegação, tempo e mensagens de texto para utilizadores na região da Ásia-Pacífico. A China espera que o Beidou gere cerca de 494 mil milhões de patacas anuais, em serviços para os sectores de transporte, meteorologia e telecomunicações. O gigante asiático, e em especial as suas Forças Armadas, usa há anos o dominante GPS, dos Estados Unidos. Os chineses temem que Washington possa retirar o sistema do ar num possível conflito ou numa emergência.

China quer sistema de saúde para toda a população em 2020

Esperança média de vida de 74,8 anos em 2010

Transposição de água beneficiará 500 milhões de pessoas na ChinaO dia de ontem assinala o 10.º aniversário do início da construção da maior obra de transposição de água do mundo, que desviará água do sul da China para o norte. Ao longo dos dez anos, os efeitos sociais, económicos e ecológicos têm vindo a evidenciar-se, informa a rádio China. O Projecto de Transposição de Água do Sul ao Norte é uma obra estratégica para aliviar a grave escassez de recursos hídricos no norte da China. O objectivo desta obra é desviar anualmente 44,8 mil milhões de metros cúbicos de água para beneficiar 500 milhões de pessoas, cobrindo uma área de 1,45 milhões de quilómetros quadrados, cerca de 15% do território nacional.

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sexta-feira 28.12.2012 9www.hojemacau.com.mo região

O novo ministro da Indústria japonês, Toshimitsu Motegi, declarou ontem que

o seu Governo vai ordenar a retoma das operações dos re-actores nucleares considerados seguros pela autoridade inde-pendente de regulação nuclear.

Paralelamente, o gover-nante garantiu que as energias renováveis serão utilizadas ao máximo, ao mesmo tempo em que o Japão deverá procurar sempre que possível a pou-pança de recursos naturais. “Os reactores não vão operar enquanto a sua segurança não for confirmada pela autoridade independente de regulação com base em conhecimentos científicos”, explicou o minis-tro do novo governo de direita em conferência de imprensa.

Motegi acrescentou que, “a partir do momento em que se considerar um reactor se-guro, o Governo terá isso em conta e decidirá retomar a sua operação, assumindo as suas responsabilidades”.

Quanto à construção de novos reactores, o governante disse que a decisão será to-mada em função dos estudos

AS forças armadas da Coreia do Sul realizaram quarta-feira exercícios

militares com fogo real em duas ilhas no Mar Amarelo, junto da fronteira com a Coreia do Norte, informou o Exército sul-coreano. “Os exercícios terminaram sem nenhum problema e o Exército da Coreia do Norte não demonstrou até ao momento nenhum movimento fora do normal”, disse o porta-voz do Estado Maior Conjunto do Exército sul-coreano à agência Yonhap.

A infantaria da Armada da Coreia do Sul, segundo a mesma fonte, rea-lizou os exercícios durante duas horas nas ilhas Baengnyeong e Yeonpyong, com vista a testar a sua preparação de combate, e foram disparados obuses e um sistema de lançamento múltiplo de

“rockets”. Centenas de residentes foram previamente retirados de forma voluntá-ria daquelas ilhas, precisou o porta-voz do Estado maior Conjunto.

Este é o quinto exercício militar da Coreia do Sul em 2012, junto à fronteira marítima com o vizinho do Norte, uma zona que tem sido palco de vários conflitos entre os dois países nos últimos anos.

Em Novembro de 2010, cinco pes-soas, duas das quais civis, morreram em resultado de um bombardeamento norte-coreano em Yeonpyeong, oito meses após um naufrágio, junto a Ba-engnyeong, de um navio sul-coreano que Seul atribuiu a um ataque da Coreia do Norte e que provocou a morte de 46 militares.

O novo ministro das Finanças do Japão,

Taro Aso, apontado na quarta-feira pelo primei-ro-ministro eleito, Shinzo Abe, acusou ontem o Banco do Japão de ter sido “insensível” perante o problema da deflação. “O Banco do Japão (BOJ) tem sido insensível face ao problema da defla-ção”, disse Taro Aso ao diário económico Nikkei.

O novo Governo ni-pónico prometeu durante a campanha eleitoral estabilizar a inflação nos dois por cento. Para o responsável pela pasta das Finanças do Japão e também designado vice-primeiro ministro e ministro de Estado

Coreia do Sul pede seis meses de prisão para filha de antigo PresidenteA procuradoria da Coreia do Sul pediu quarta-feira seis meses de prisão para a filha do antigo Presidente Roh Moo-hyun, que acusa de ter comprado um apartamento nos Estados Unidos através de um processo ilícito de troca de divisas. Os procuradores afirmaram que Roh Jeong-yeon adquiriu um apartamento no estado de Nova Jérsia, em 2007. Um ano depois efectuou uma transferência de cerca de 8,5 milhões de patacas sem notificar as autoridades.

Pelo menos cinco pessoas morreram e três estão desaparecidas na região centro das Filipinas devido a uma tempestade tropical, semanas depois de um devastador tufão ter causado mais de mil mortos, informaram as autoridades locais. Três pessoas morreram na ilha de Samar quando uma árvore caiu sobre a sua casa, enquanto as outras vítimas mortais e os desaparecidos foram arrastados pelas águas dos rios que inundaram, indicou o Conselho Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres das Filipinas. Mais de 13 mil pessoas foram

Novo Governo japonês pronto para autorizar a retoma das operações de reactores nucleares

Regresso ao passado

Coreia do Sul realiza exercícios com fogo real junto à sua fronteira

Norte sem resposta

Novo ministro das Finanças acusou Banco doJapão de ser insensível em relação à deflação

Assobiar para o lado

Cinco mortos nas Filipinas devido a tempestade tropical

afectadas pela tempestade, das quais seis mil estão em centros de abrigo criados pelo Governo filipino. A tempestade Wukong deverá também afectar as ilhas Coron, no centro oeste do arquipélago, segundo as autoridades filipinas.

de segurança realizados por especialistas.

O anterior Governo japo-nês, liderado por Yoshihiko Noda, tinha anunciado o seu desejo de por fim à utilização de energia nuclear até 2030, uma perspectiva que não é assumida pelo novo executivo.

Antes de deixar o Governo, Noda autorizou a retoma das operações de dois reactores nucleares na central Oi, os únicos que estão actualmente em funcionamento entre um total de 50 reactores, sendo

que os restantes 48 estão a ser alvo de testes de segurança.

O Partido Liberal Demo-crata de Shinzo Abe considera que o Japão dificilmente pode-rá abandonar a aposta no nu-clear por razões económicas.

Este partido de direita venceu as eleições legislativas antecipadas de 16 de Dezem-bro, apesar de a opinião públi-ca japonesa ser actualmente desfavorável à energia nuclear na sequência do acidente na central de Fukushima, em Março de 2011.

encarregue dos Assuntos Orçamentais, é neces-sária uma mudança de atitude por parte do BOJ e do Governo.

O banco emissor e o Estado “devem começar por mudar a sua atitude de se considerarem infa-líveis” nas suas decisões

políticas, disse Taro Aso, após a ratificação pelo parlamento nipónico de Shinzo Abe como primei-ro-ministro.

Taro Aso, de 72 anos, expressou ainda o desejo de que o BOJ aplique uma política monetária agressiva.

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GONÇALO LOBO PINHEIRO

sexta-feira 28.12.2012www.hojemacau.com.mo10 entrevista

Alícia Sousa, freelance model cabo-verdiana

“Um sorriso é mais importante do que uma beleza”Helder [email protected]

QUANDO tradicio-nalmente deseja-mos um ano próxi-mo melhor do que o presente, esta-

mos a falar do futuro ime-diato. É de futuro que se fala nesta entrevista a uma jovem cabo-verdiana, de Santiago, estudante radicada em Macau, dando os primeiros passos numa eventual carreira de modelo. Por enquanto, a pouco tempo de entrar para o ensino superior, vai aceitando, com sucesso, alguns trabalhos como freelance model, em Macau e através de agências de Hong Kong. Alícia Sousa aceita que beleza pode ser im-portante, mas não é assim tão fundamental, pois “um sorriso pode dar melhor resultado”. Avaliando pessoalmente, a modelo tem razão.

Tem trabalhado em eventos locais e em Hong Kong, muito fotografada, mas ainda não se apresentou em desfiles de moda. Uma opção ou porque ainda não surgiu a oportunidade?Gostaria bastante de participar em desfiles de moda, aprecio muito o trabalho das fashion designers locais, como a Ana Cardoso, por exemplo. A minha altura talvez seja pouco ideal, pois normalmente chamam modelos muito mais altas do que eu. Aqui na Ásia, a maioria das modelos escolhi-das são asiáticas ou ocidentais. As modelos africanas que tanto sucesso obtêm noutras partes do mundo, ainda não consegui-ram obter grande fama aqui. Pessoalmente, sinto que tenho vocação, por isso adorava ter a primeira oportunidade nesse tipo de trabalho, mais não seja para marcar uma certa diferen-ça [risos].

Paralelamente a este sonho, como estudante a pouco tempo de ingressar no en-sino superior, que opção já tomou?Ainda estou um pouco indeci-sa, talvez psicologia criminal. Penso ser muito interessante esse curso. Por outro lado, uma carreira como promotora de eventos também me atrai.

Quando sentiu que tinha vocação para modelo?

Quase desde criança, com 12 ou 13 anos. Gostava muito de tirar fotos a mim mesma, baixar as fotos para um web-site, partilhá-las com amigos e familiares. Todos gostaram e mesmo os familiares incen-tivavam-me à criatividade e a continuar. Ainda guardo essas fotos. E hoje, ainda gosto de tirar fotos a mim própria. Mais tarde, quando cheguei a Macau não conhecia ninguém, tive a ideia de criar o grupo Casting Macau no Facebook, do género do que existe em diferentes partes do mundo. Por exemplo, em Hong Kong existem vários. Ali podem comunicar as modelos e outras profissionais relacionadas com o mundo da moda, dos eventos, ou dos desfiles, que desejam fazer trabalhos ou divulgar as suas actividades, sejam modelos ou maquilhadores, estilistas, promotores de eventos, etc. Vamos a caminho dos 600 “amigos”.

Tem apreciado o seu tra-balho como modelo foto-gráfico?

Gostaria bastante de participar em desfiles de moda, aprecio muito o trabalho das fashion designers locais, como a Ana Cardoso, por exemplo

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11sexta-feira 28.12.2012 www.hojemacau.com.mo entrevista

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Alícia Sousa, freelance model cabo-verdiana

“Um sorriso é mais importante do que uma beleza”

Sim, para além de enriquecer o meu portfólio, e se as fotogra-fias forem publicadas em boas revistas, existe a possibilidade de uma boa agência interessar--se nos meus trabalhos. No entanto, o meu objectivo não é atingir o estrelato, ser extremamente famosa.

Ora essa, porquê?Talvez por ser tímida, por saber da existência de muitos paparazzi e o que eles podem interferir na nossa vida [risos].

Tem algum nome de re-ferência entre as modelos internacionais?A porto-riquenha que vive em Nova Iorque, Joan Smalls. Aprecio muito o seu trabalho e o seu estilo.

Quanto a formação?Sei que é importante a forma-ção mas ainda não a tive de forma organizada. Espero ter essa oportunidade também. Por enquanto vou estudando, vendo com atenção como fa-zem as grandes profissionais, observando como trabalham os fotógrafos, aprendendo

por mim algumas situações como a emotividade na face, a forma de estar, de posar, de chamar a atenção para determinado detalhe. Como já disse, vi com muita atenção os eventos organizados pela Ana Cardoso e pela Nair, também o Macau Cover Girl, e outros. Sou bastante emotiva nas minhas expres-sões faciais, talvez seja uma vantagem, quem sabe.

Naturalmente que gosta de roupa...Vestuário, sapatos, malas, to-dos os adereços próprios. Um dos meus desejos que gostaria de conseguir ver realizado é trabalhar junto das fashion designers, é muito criativo.

Que tipo de roupa gosta de usar no dia-a-dia?No dia-a-dia gosto de roupa discreta, não uso muitas cores no meu vestuário. Aprecio muito o preto e o branco. No trabalho em eventos, depende dos objectivos desses eventos, naturalmente.

É necessário cuidar muito do corpo?É necessário para toda a gen-te, não é? Eu tenho cuidado com a minha pele, com a alimentação, pratico algum desporto... e a dança faz-me bem também.

Como freelance model, aceita que a fotografem em fato de banho ou lingerie?Tudo depende [risos]. Quan-do me contactam para uma sessão fotográfica, questiono sempre em que ambiente serei fotografada, onde, o propósito, quanto tempo irei estar ocupada, quem é o fotógrafo, que tipo de roupa, pagamentos, essas coisas todas.

É frequente as modelos pas-sarem a actrizes de televisão ou mesmo apresentadoras. O que diz?Sei disso. Já uma ocasião fui convidada, através de uma agência de modelos, mas não pormenorizaram nem ainda voltaram a contactar--me. Trabalhar em televisão até gostava, apesar da minha timidez. Teria de receber al-guma formação para perder a ansiedade e enfrentar melhor as câmaras, as luzes, tudo aquilo.

Já pensou em concorrer a Miss?[Risos] Lá está, os concursos de Miss exigem concorrentes mais altas do que eu! Mas penso que irei participar numa competição com algumas semelhanças, no sentido da eleição da modelo para capa de revista.

Numa mulher, beleza é mes-mo fundamental?Beleza é importante, acho que ninguém gosta de ser feio. Mas não é assim tão impor-tante ser muito bonita. A face, a expressão, um sorriso pode ser muito mais importante que uma beleza. No interior de nós, isso sim, devemos guardar e alimentar sempre a nossa parte mais bonita.

O povo cabo-verdiano, para além de outras enormes capacidades artísticas, gosta de cantar e tocar. É também o seu caso?

No meu caso, o que gosto mais mesmo é de dançar. Adoro. Gosto muito de música. A Rihanna, por exemplo, até di-zem que em algumas fotos sou parecida com ela, noutras com a Whitney Houston [risos]. Também gosto imenso dos cantores e cantoras de Cabo Verde, como Cesária Évora ou Márcia. Gosto de todos os tipos de dança, incluindo alguma dança africana moder-na, de dançar livremente, sem obedecer a regras específicas para cada dança.

Nestes poucos anos a residir em Macau, já tem opinião sobre a região?Noto o que toda a gente sabe, que é uma região próspera, rica historicamente, com oportunidades de desenvolver trabalhos. Ganhei várias ami-zades, tenho aqui familiares que me ajudam muito. Enfim, gosto de estar em Macau e espero ter oportunidades

profissionais para mais tarde continuar por cá.

O que mais a entristece?A maldade, a intriga, a pobre-za, a arrogância, as guerras, as crianças necessitadas de tudo e o desemprego.

E o que mais lhe dá alegria?Ver as pessoas felizes, alegres, saber que melhoraram as suas vidas. Gosto de pessoas inte-ligentemente extrovertidas, gosto de praia, de dançar, de ler algumas revistas sobre moda e sobre o que se passa pelo mundo.

O que mais deseja para 2013?Oportunidade de continuar a estudar e ir tendo abertura para trabalhar como modelo. Se op-tar por psicologia criminal, é no sentido de ser útil à sociedade, aos que precisam mais de ser compreendidos. Gostava de co-nhecer França, Itália, Portugal mal conheço pois só lá passei um dia. Desejo que em 2013 haja paz, que Macau progrida em todos os aspectos e, quanto a modelos e a criatividade, que continue a mostrar que aqui se podem realizar eventos de grande qualidade.

Sei que é importante a formação mas ainda não a tive de forma organizada. Espero ter essa oportunidade também

Gostaria bastante de participar em desfiles de moda, aprecio muito o trabalho das fashion designers locais, como a Ana Cardoso, por exemplo

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13sexta-feira 28.12.2012 www.hojemacau.com.mo vida

Cecília [email protected]

OS presentes de Natal embrulha-dos com mais de uma camada

de papel não foram muito amigos do ambiente este ano. Segundo um estudo, a emissão de carbono devido à queima destes resíduos atingiu as 150 toneladas.

A troca de presentes de Natal já é uma acção obri-gatória em Macau, mas o papel de embrulho rasgado é muitas vezes deitado fora,

sem ser reciclado, o que resulta em grandes quanti-dades de resíduos poluentes. Nos últimos anos, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) tem in-citado o público a “reduzir os resíduos a partir da fonte” antes das épocas festivas, reduzindo o uso do papel nos presentes, decorações de Natal e cartões de Natal.

De acordo com as infor-mações da DSPA, Macau tem uma população de cerca de 66 mil pessoas com menos 14 anos, o que significa que se os pais reduzissem o

uso de papel – um por cada presente -, seriam utilizadas menos 66 mil folhas de papel de embrulho, ou seja, cerca de 17,6 toneladas menos de emissões de carbono, o equivalente a mais de 1300 árvores.

Para o presidente da Sociedade Ecológica de Macau, Ho Wai Tim, seria importante que o Governo fortalecesse a divulgação de medidas de protecção ambiental nestas épocas, sugerindo, por exemplo, a utilização de apenas um papel por embrulho.

QUANDO chega a altura de lutar, os primatas como os

chimpanzés costumam abrir a mão para bater. O homem cerra os dedos e a sua derradeira ferramenta de destreza que utiliza no dia-a-dia transforma-se numa arma. Uma equipa de investigadores foi estudar a anatomia do punho e a sua fun-cionalidade no combate para tentar responder a uma questão: Será que a mão também evoluiu para bater? A resposta parece ser afirmativa, de-fendem os cientistas que publicaram os resultados agora na revista Journal of Experimental Biology. “O papel que a agressão teve durante a nossa evolução não foi suficientemente tido em conta”, diz David Carrier da Universidade de Utah, Estados Unidos, líder do estudo. “Há pessoas que não gostam desta ideia, mas é evidente que os grandes símios são um grupo relativamente agressivo, quando comparados com outros mamíferos, com imensas lutas e violência, e isso inclui-nos”, sugere, num comunicado. “Somos os filhos pródigos em relação à violência.”

Para compreender melhor esta questão, os cientistas foram anali-sar a força de um soco e a anatomia da mão. Pediram a dez homens, com idades entre os 22 e os 50 anos e com experiência em artes marciais, para darem socos com o punho fechado e baterem com a mão aberta num saco de boxe.

O saco media a força da estalada e do soco. Os cientistas descobriram que a força máxima exercida pelos dois métodos era semelhante. No entanto, a área que o soco exerce

Nem todos podem chegar lá acima, no topo do mundo. Mas esta vista, com um detalhe inédito, permite aproximar qualquer um do Monte Everest. Não é uma fotografia qualquer, mas uma imagem com cerca de 4000 milhões de pixéis, obtida a partir da fusão de 477 fotografias individuais. O resultado permite tanto ver o assombroso cenário

do Everest (à esquerda) e do Lhotse, o quarto pico mais alto do mundo (à direita), como pequenos detalhes do campo-base que fica ao lado do glaciar de Khumbu – uma verdadeira cidade de tendas coloridas, a cerca de 5400 metros de altitude, onde os alpinistas passam algum tempo antes de completarem a subida. A imagem faz parte do

projecto GlacierWorks, que desde 2007 têm feito expedições aos Himalaias para documentar a evolução dos glaciares – que estão a derreter com o aquecimento global. É possível navegar na imagem em todas as direcções e fazer “zoom” em qualquer ponto. Os quadrados assinalados permitem ver mais imagens de alguns detalhes.

Embrulhos de Natal com mais de uma camada de papel causaram poluição ambiental

Usem apenas um

Equipa de investigadores foi estudar a anatomia do punho e a sua funcionalidade no combate

E se a mão humana também tiver evoluído para bater?a força é um terço da área de uma chapada com a palma aberta. Por isso a força exercida durante um soco naquela área era entre 1,7 e três vezes maior em relação à chapada. “Como há uma pressão maior quan-do se bate com o punho, é provável que se cause um dano maior” nos tecidos, nos ossos, nos olhos ou nos dentes, explica Carrier.

CHIMPANZÉ VERSUS HOMEMAs experiências seguintes avaliaram a anatomia do punho. Um chimpanzé tem um polegar mais curto do que o homem e os outros quatro dedos são mais compridos do que os nossos. Quando tenta fechar a sua mão, como os humanos fazem, o chimpanzé fica com a mão numa forma de do-

nut. Nos humanos, o punho é uma estrutura muito compacta, em que o polegar dá suporte ao indicador e ao dedo do meio.

Os cientistas tentaram avaliar se esta forma, com o apoio do polegar, protegia o resto da mão quando dava socos. A experiência mediu a rigidez dos nós dos dedos, quando a força é transferida dos dedos para o polegar. Para isso, pediram a outros dez ho-mens para darem socos com o punho completamente fechado e com o punho sem o apoio do polegar. Os resultados mostraram que quando o polegar apoia os dedos, a rigidez dos nós dos dedos quadruplica e a força transmitida pelos durante o soco duplica.

Os autores defendem que a mão

poderia ter evoluído para formas diferentes e que algumas estariam adaptadas só para o manusear e outras formas funcionariam bem só para lutar. “No entanto, é pos-sível que só haja uma proporção esquelética correcta que permita as duas funções”, escrevem no artigo.

E notam aqui um paradoxo: “[A mão] é indiscutivelmente a nossa arma anatómica mais importante, usada para ameaçar, bater e em algumas situações matar para resolver um conflito. No entanto, é também a parte do nosso sis-tema muscular e esquelético que produz e utiliza utensílios delica-dos, toca instrumentos musicais, produz arte, transmite intenções e emoções complexas, e nutre.

Em última análise, o significado evolutivo da mão humana talvez se deva à sua capacidade impres-sionante de cumprir duas funções aparentemente incompatíveis, mas intrinsecamente humanas.”

Para Carrier, olhar para uma evolução humana adaptada à agres-são e à violência é, ainda, um tabu. “Há muita resistência para pensar que, a certos níveis, os humanos são por natureza animais violentos. Acho que seria melhor se encarás-semos esta ideia de que temos emo-ções fortes e que, algumas vezes, elas levam-nos a comportamentos violentos. Se tivermos isto em conta somos capazes de prevenir melhor a violência no futuro”, defende, citado pela BBC News.

Uma imagem do Everest como poucos até agora podiam ver

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sexta-feira 28.12.2012cultura14

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FOI a ópera que cunhou o nome de Benjamin Britten como um dos composi-tores do século XX, mas

soube-se agora que “O Rapto de Lucrécia” foi considerada “obs-cena” e censurada antes de chegar aos palcos.

São revelações de uma nova biografia do compositor, da au-toria de Paul Kildea, maestro e especialista na obra de Britten, que vai ser publicada em 2013, ano em que se comemora o centenário do compositor. Os arquivos do Lord Chamberlain’s Office, o gabinete responsável pelo protocolo da Casa Real Britânica e que até 1968 tinha poderes de censura sobre as produções teatrais, revelam como a estreia de “O Rapto de Lucrécia” só foi permitida quando determina-das partes do texto, consideradas sexualmente sugestivas, foram retiradas.

Britten escreveu a ópera em 1946, com libreto de Ronald Duncan. Inspirou-se num poema de Shakespeare sobre o rapto de

Biografia de Benjamin Britten revela que censores cortaram cenas de “O Rapto de Lucrécia”

Luxúria e texto sexualmente sugestivo

uma nobre romana, Lucrécia, pelo príncipe, Tarquínio, o que leva ao suicídio da heroína. Mas, afastan-do-se de Shakespeare, incluiu uma cena em que Lucrécia era cúmplice na aventura sexual com Tarquínio. No original, o Coro masculino cantava: “He takes her hand/And places upon his unsheated sword”, seguido do Coro feminino, “Thus

wounding her with equal lust/A wound only his sword can heal”. A “mão dela na espada desembai-nhada dele”, e a “luxúria” dela como uma ferida que só a espada dele poderia sarar, levaram os censores a compararem “O Rapto de Lucrécia” com “O Amante de Lady Chatterley”, romance de D. H. Lawrence e escândalo em 1928.

Um dos funcionários do Lord Chamberlain’s Office escreveu, e citando o jornal britânico The Telegraph: “Acho que devemos riscar o muito transparente esforço do Coro na página 5 do Acto II de embrulhar uma coisa feia em linguagem bonita. Só é um pouco melhor do que as obscenidades n’ ‘O Amante de Lady Chatter-

ley’.” Para a estreia da ópera, em Glyndebourne, em 1946, Britten substituiu as deixas do Coro por outras mais benignas o que espanta, hoje, Michael Kennedy, crítico de música clássica do Telegraph. “Se tivesse sido numa altura mais tardia da sua carreira, suspeito que tivesse tomado posição firme. Comparar essas deixas com as de Lady Chatterley é ridículo.”

O livro de Paul Kildea onde surgem estas revelações conta também como em 1945 o Lord Chamberlain’s Office aprovou a primeira ópera do compositor, Peter Grimes, sem obrigar a me-xer nela – mas o funcionário não deixou de se pronunciar: “É tudo muito nebuloso e não me atrevo a encontrar o sentido da história nos versos, mas não há ofensa neles ou na produção. A música de Benjamin Britten talvez ajude.”

Benjamin Britten morreu em 1976, aos 63 anos. O seu centenário será marcado em 2013 através de filmes, livros, edições musicais e performances.

www. iacm.gov.mo www. iacm.gov.mo

Aviso1. De acordo com o n° 2 do artigo 2° do Despacho do Chefe do Executivo n° 268/2003, alterado pelos Despachos do Chefe do Executivo nos 267/2004 e 109/2005, os portadores de licenças para cães de estimação, emitidas pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), devem apresentar os seus pedidos de renovação da licença, durante os meses de Janeiro e Fevereiro de 2013. Expirado este prazo, os portadores ficam sujeitos a uma taxa adicional, que variará consoante os períodos, abaixo indicados, em que o tratamento das devidas formalidades se efectue. l De 1 de Março a 30 de Março: 30% da taxa da licença em causa; l De 31 de Março a 29 de Abril: 60% da taxa da licença em causa; l De 30 de Abril a 29 de Maio: 100% da taxa da licença em causa.

2. Caso, após noventa dias, não hajam tratado das formalidades de renovação da licença, as licenças originais serão consideradas caducadas.

3. Documentos comprovativos que é necessário entregar aquando da renovação da licença para cães de estimação do ano 2013: a. Original ou fotocópia da Licença para cães de estimação do ano 2012; b. Certificado válido de vacinação anti-rábica.

4. Horário e local de atendimento: a. Canil Municipal de Macau (Avenida do Almirante Lacerda, Macau) 2ª a 6ª Feira, das 9:00 às 17:00 horas. b. Canil Municipal de Coloane (Estrada de Cheoc Van, Coloane) 2ª Feira, das 10:00 às 15:00 horas. c. Centro de Prestação de Serviços ao Público da Zona Norte (Rua Nova da Areia Preta, no.52, Centro de Serviços da RAEM, R/C, Macau ) 2ª a 6ª Feira, das 9:00 às 18:00 horas. d. Centro de Serviços do IACM (Avenida da Praia Grande, Edf. China Plaza, 2° andar, Macau) 2ª a 6ª Feira, das 9:00 às 18:00 horas. e. Centro de Prestação de Serviços ao Público da Zona Central (Rotunda de Carlos da Maia, Nos .5 e 7, Complexo da Rotunda de Carlos da Maia, 3º andar) 2ª a 6ª Feira, das 9:00 às 18:00 horas. f. Centro de Prestação de Serviços ao Público das Ilhas (Rua da Ponte Negra, Bairro Social da Taipa, n° 75K, Taipa) 2ª a 6ª Feira, das 9:00 às 18:00 horas.

5. Taxa para renovação: MOP220.00 (inclui 10% de imposto de selo)

Aos 07 de Dezembro de 2012.

O Vice-Presidente do Conselho de AdministraçãoLei Wai Nong

AvisoPostos ambulantes para o pedido e renovação de licenças para cães de estimação do ano 2013Faz-se público que, nos termos do n° 7 do artigo 10° do “Código de Posturas Municipais do Concelho de Macau” e do n°

7 do artigo 10° do “Código de Posturas Municipais do Concelho das Ilhas”, é necessário requerer a licença anual para a posse de cães com idade igual ou superior a seis meses. Para facilitar aos donos de cães o tratamento das formalidades nos seus pedidos e renovação de licenças, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais vai instalar postos ambulantes para a apresentação de pedidos e renovação de licenças para cães de estimação nos seguintes locais, durante o horário abaixo mencionado:

Data Horas LocalPenínsula

deMacau

05/01/2013(Sábado) 14:00-19:00 Jardim da Vitória

10/01/2013(5ª Feira) 17:00-19:00 Zona de Lazer do Edf. Lok Yeung Fa Yuen do Fai Chi Kei

11/01/2013(6ª Feira) 17:00-19:00 Zona de Lazer do Edf. Lok Yeung Fa Yuen do Fai Chi Kei

12/01/2013(Sábado) 14:00-19:00 Parque Urbano da Areia Preta

19/01/2013(Sábado) 14:00-19:00 Jardim de Luís Camões

25/01/2013(6ª Feira) 17:00-19:00 Parque Dr. Carlos D’Assumpção

26/01/2013(Sábado) 14:00-19:00 Praça de Ponte e Horta

Taipa 02/02/2013(Sábado) 14:00-19:00 Rotunda do Estádio, na Taipa

16/02/2013(Sábado) 14:00-19:00 Rotunda do Estádio, na Taipa

23/02/2013(Sábado) 14:00-19:00 Rotunda do Estádio, na Taipa

Coloane21/02/2013(5ª Feira) 17:00-19:00 Largo do Presidente António Ramalho Eanes, em Coloane

22/02/2013(6ª Feira) 17:00-19:00 Parque de Hac Sá, em Coloane

De acordo com o n° 1 do artigo 86° da Tabela de Taxas, Tarifas e Preços do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, ficam isentos de pagamento da vacina anti-rábica os cães que estejam registados e licenciados.

Aos 07 de Dezembro de 2012.

O Vice-Presidente do Conselho de AdministraçãoLei Wai Nong

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15culturasexta-feira 28.12.2012 www.hojemacau.com.mo

O artista plástico João Quei-roz, 55 anos, nascido em Lisboa, e o arquitecto Miguel Figueira, 43 anos,

nascido em Coimbra foram distingui-dos com os Prémios da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA). A decisão do júri foi tomada por unanimidade.

Os prémios AICA/SEC/Millen-nium BCP, relativos ao ano passa-do, no valor de cerca de 200 mil patacas são partilhados em partes iguais pelos galardoados, que são distinguidos por serem personali-dades  cujo  percurso  profissional “seja considerado relevante pela

crítica, e cujo trabalho tenha estado particularmente em foco no ano a que diga respeito”.

O júri desta edição, destacou a exposição antológica Silvae, de João Queiroz, patente na Cultur-gest, em Lisboa, entre Outubro de 2010 e Janeiro de 2011.

Considerou que a exposição “foi  a  plena  confirmação  de  um dos percursos mais singulares e consistentes do panorama da arte contemporânea portuguesa das últimas duas décadas”, tal como se lê na justificação da atribuição do prémio.

Sobre Miguel Figueira, ar-

quitecto da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, o júri destacou que “desenvolveu nos últimos anos um trabalho exem-plar” que “demonstra que a prática da arquitectura no quadro público pode melhorar as condições para a comunidade local, mas também lançar programas de impacto glo-bal, como é o caso do Centro de Alto Rendimento de Montemor--o-Velho”. “O entusiasmo e a persistência, aliados ao rigor conceptual e construtivo que o conjunto das suas obras denota, fazem de Miguel Figueira um caso singular”, conclui o júri.

A produtora musical Harmonia anunciou

que irá lançar, em Março de 2013, um álbum iné-dito da cantora Cesária Évora, falecida em De-zembro de 2011.

O álbum póstumo da Cize “ Mãe Carinhosa” é segundo o produtor Djô da Silva, uma compilação de várias músicas grava-das em Cabo Verde e na Europa antes da morte da cantora e que seria a sua homenagem à sua progenitora. “São essen-cialmente mornas e cola-deiras, géneros musicais tradicionais que ajudaram

a fazer o arquipélago co-nhecido pelo mundo fora, e que Cize interpretou grandes compositores ca-bo-verdianos que sempre a acompanharam durante a sua carreira, como Manel d’Novas, Teófilo Chantre e Bitú”, explicou.

“Mãe Carinhosa” é uma produção da Har-monia, mas Djô da Silva prefere não avançar mais pormenores. Entretanto, Djô da Silva revelou que Cesária Évora deixou gravadas músicas em quantidade suficiente para produzir, pelo me-nos, mais dois álbuns.

O anúncio do novo CD da Cize foi feito durante as homenagens que ocorreram no ar-quipélago, para a “Diva dos pés descalços”, no aniversário da sua morte.

No Mindelo, mais de uma centena de popula-res saíram à rua em se-renata para cantarem as músicas eternizadas por Cesária Évora, uma ini-ciativa promovida pelo grupo cívico “Ponto de Fuga” que percorreu as principais artérias da cidade, terminando na casa onde a cantora residia.

“EU sou a Nadine Gordimer e vou ler uma história do

great [fantástico] José Saramago. O título é The Centaur.” É com esta pequena explicação que a Prémio Nobel da Literatura 1991 começa a leitura do conto O Centauro, incluída no livro Objecto Quase (1978) do escri-tor português, Prémio Nobel da Literatura 1998.

São quase 40 minutos de uma fábula que “é uma histó-ria única”, segundo a autora que nasceu em Joanesburgo em 1923 e que no final da sua leitura é entrevistada por Lisa Allardice, editora do Guar-dian Review. Nessa conversa Nadine Gordimer explica as

Filme “Lost in Thailand” factura mais de 840 milhões patacas em 12 diasO filme “Lost in Thailand,” dirigido pelo actor chinês, Xu Zheng, provocou um milagre de bilheteira durante esta quadra festiva e já bateu vários recordes, para além de se tornar um dos temas mais populares nas conversas entre os chineses. Segundo os dados oficiais publicados no dia 24, a receita total do filme já ultrapassou cerca de 840 milhões de patacas em 12 dias e já atraiu mais de 21 milhões de espectadores. Para além disto, com o impulso do Ano Novo, o filme tem grandes possibilidades de ultrapassar as mil milhões de patacas de receitas de bilheteira. O filme Lost in Thailand fez com que o sector cinematográfico revisse a sua posição em relação às produções de baixo investimento. De acordo com alguns analistas, a surpresa provocada pelo mercado poderá vir a aumentar a confiança dos investidores que acreditam que no próximo ano existirão mais filmes deste género.

Prémios AICA 2011 para o artista plástico João Queiroz e para o arquitecto Miguel Figueira

Dois casos singulares

Álbum póstumo a lançar em 2013 revela canções inéditas de Cesária Évora

Cize deixa músicas para mais dois álbuns

Nadine Gordimer lê conto de José Saramago no The Guardian online

Vale “20 romances ou 20 poemas”

razões da sua escolha. Esta gravação pertence a uma série de contos escolhidos por grandes escritores que o jornal britânico The Guar-dian tem estado a publicar na

sua secção online Guardian podcast, desde o dia 21 de Dezembro.

A história de Saramago pela voz de Gordimer está disponível desde esta quarta--feira e fala, nas palavras da escritora sul-africana, de “uma criatura imaginária, algo que é maior e melhor e diferente de um homem”. Este é “o sonho de uma criatura que é metade cavalo, metade homem, com a força física de um cavalo e a complexidade mental de um homem”. Para a autora de Um mundo de estranhos : “há tanto nesta pequena história como em 20 romances ou em 20 poemas”.

João Queiroz

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sexta-feira 28.12.2012desporto16 www.hojemacau.com.mo

Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça, aos 28 de Dezembro de 2012.A Directora, Substª.,

Diana Costa

Aviso Informa-se que a partir do próximo dia 2 de Janeiro do ano 2013, o Segundo Cartório Notarial e as Conservatórias abaixo indicados funcionam nos seguintes locais:Serviço Local de Funcionamento Tel.Segundo CartórioNotarial Ed. Adm.Púb.3º andar 28554460Conservatória doRegisto Predial Ed.Adm.Púb.2º andar 28571550Conservatória doRegisto Civil Ed.Adm.Púb.2º andar 28550110Conservatória dosRegistos Comerciale de Bens Móveis Ed.Adm.Púb.1º andar 28374371

Sérgio [email protected]

DEPOIS da Malásia, China e Singapu-ra, agora é a vez do Reino da Tailândia

se candidatar a um Grande Prémio de Fórmula 1, algo que se deverá materializar-se dentro de um ou dois anos.

A candidatura foi apre-sentada há cerca de seis e tudo indica que será bem aceite, numa altura em que categoria máxima do des-porto motorizado procura novas paragens longe do “velho continente” e dos cir-cuitos habituais. Contudo, os tailandeses terão que esperar mais um ano. “Eles dizem 2014, mas eu digo 2015”, diz Bernie Ecclestone, o octogenário que gere os des-tinos da Fórmula 1, referindo ao Wall Street Journal que o projecto tailandês só deverá ser concretizado dentro de

Países da Ásia na linha da frente para receber a Fórmula 1

Tailândia também se candidatou

dois anos, apesar de consi-derar que o mesmo “é sério e é bom”.

Kanokphand Chulaka-sem, presidente da Autori-

dade dos Desportos da Tai-lândia, também confirmou ao Bangkok Post que “será em 2015 em vez de 2014, como era o nosso plano

inicial. Será uma corrida urbana como Singapura ou Mónaco. E será uma prova nocturna como o Grande Prémio de Singapura”. O dirigente tailandês também deixou claro que a concreti-zação do projecto está ainda dependente da negociação de valores a pagar à Fórmula 1, normalmente montantes bastante elevados e que obri-gam a longas negociações.

De acordo com a im-prensa local, o governo tailandês comprometeu-se a pagar sessenta por cento do valor total. O restante será suportado por empresas privadas, sendo a Red Bull, que tem as suas fundações na Tailândia e tem duas equipas no mundial de Fórmula 1, uma das partes interessadas.

Em 2010, a Red Bull

realizou uma exibição no centro da capital tailandesa, algo que não conseguiu em Macau no ano seguinte, e as manobras do piloto austra-liano Mark Webber chama-ram às ruas de Banguecoque cerca de 100.000 curiosos. A Avenida Ratchadamnoen e Chiang Mai são duas lo-calizações prováveis para o primeiro Grande Prémio de Fórmula 1, sendo a primeira a opção preferencial, devido à largura das ruas à sua volta e o seu posicionamento es-tratégico na vida urbana da capital.

UM PASSO NATURALApesar de ter um nome pou-co pujante na cena desporti-va internacional, a Tailândia - cujo o seu primeiro piloto, e até hoje único piloto a

correr na Fórmula 1, foi o Príncipe Bira na década de sessenta - é um dos países do sudeste asiático onde o automobilismo goza de maior entusiasmo, com competições nacionais ca-pazes de atrair verdadeiras multidões às pistas, a maior parte delas improvisadas em cidades mais pequenas. Este ano, numa demons-tração da sua capacidade para organizar eventos internacionais, o Estádio de Rajamangala, em Bangue-coque, foi palco da “Corrida dos Campeões”, um evento lúdico-desportivo que junta anualmente grandes nomes do automobilismo interna-cional como Sebastien Vet-tel, Michael Schumacher, David Coulthard ou Andy Priaulx.

Para Duarte Alves, o engenheiro macaense que se tem destacado no “Supercar Thailand”, a competição rai-nha do automobilismo local, a chegada da Fórmula 1 “será bastante positiva para o país. Poderá ser um aconteci-mento que permitirá ganhar maior projecção interna-cional a nível económico, turístico e com certeza para aumentar o profissionalismo no desporto em geral”.

Alves explicou ao Hoje Macau que neste momento “há apenas dois circuitos com relevância existentes na Tailândia: Bira, que actualmente não tem infra--estruturas para acolher pro-vas internacionais, e Bang Saen, um circuito citadino com uma infra-estrutura bastante incipiente e prima-ria. No fundo a estratégia de levar a Fórmula 1 pode passar pelo que a Malásia fez nos fins do anos 90, ajudando a afirmar o país no mapa internacional dos desportos motorizados.”

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SALA 1TWILIGHT SAGA: BREAKING DAWN (PART 2) [C]Um filme de: Bill CondonCom: Robert Pattinson, Kristen Stewart, Taylor Lautner14.30, 16.30, 19.30, 21.30

WRECK-IT RALPH [3D] [B](Falado em cantonês)Um filme de: Rich Moore14.15, 16.00, 17.45, 19.30

SALA 2THE HOBBIT: AN UNEXPECTED JOURNEY [3D] [A]Um filme de: Peter JacksonCom: Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage21.15

SALA 3JACK REACHER [C]Um filme de: Christopher McQuarrieCom: Tom Cruise, Robert Duvall, Rosamund Pike, David Oyelowo14.15, 19.30, 21.45

THE HOBBIT: AN UNEXPECTED JOURNEY [3D] [A]Um filme de: Peter JacksonCom: Ian McKellen, Martin Freeman, Richard Armitage16.30

sexta-feira 28.12.2012 17www.hojemacau.com.mo futilidades

[Tele]visão

Sudoku [ ] Cruzadas

[ ] Cinema Cineteatro | PUB

TDM13:00 TDM News - Repetição13:30 Jornal das 24h RTPi14:45 RTPi Directo19:00 TDM Talk Show (Repetição)19:30 Resistirei20:30 Telejornal21:15 Ler + Ler Melhor21:22 Ler + Ler Melhor21:30 Regresso a Sizalinda22:10 A Engraçadinha23:00 TDM News23:30 Portugueses Pelo Mundo00:20 Telejornal – Repetição01:00 RTPi Directo

INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:35 Gala ArtEquestre15:35 AntiCrise16:00 Bom Dia Portugal17:00 Correspondentes 17:35 Tec@Net17:55 Noite de Paz!19:20 A Última Nau20:00 Jornal da Tarde 21:15 O Preço Certo 22:15 Portugal no Coração

30 - ESPN12:30 US Figure Skating Championship14:30 The Open Championship 2012 3rd Round17:30 Len European Short Course Swimming Championships 19:30 (LIVE) Sportscenter Asia 201220:00 Great North City Games 20:30 Football Asia 2012/13 21:00 X Games Los Angeles 22:00 Sportscenter Asia 2012 22:30 AFC Champions League 2012 Semifinal Al Ahli vs. Al lttihad

31 - STAR Sports13:00 The Championships, Wimbledon 201217:00 JK Racing Asia Series Round 1417:30 FIA Asia Pacific Rally Championship 201218:00 FIA F1 World Championship 2012 - Highlights Brazilian Grand Prix 19:30 Wimbledon Official Film 2012 20:30 JK Racing Asia Series Round 1421:00 Game 2012 21:30 (LIVE) Score Tonight 2012 22:00 FIA World Touring Car Championship 2012 - Season Review23:00 Game 2012 23:30 FIA Asia Pacific Rally Championship 2012

40 - FOX Movies12:00 The Muppets13:45 Men In Black15:25 Men In Black Ii16:55 The Beach18:55 The Gre21:00 Pirates Of The Caribbean

41 - HBO12:00 Harry Potter And The Deathly Hallows14:15 It’S Kind Of A Funny Story16:00 Nick Of Time17:30 The Smurfs19:15 Hbo Central19:40 Batman Begins22:00 Transformers00:30 Faster

42 - Cinemax12:15 Fallen14:15 The Last Airbender16:00 The Counterfeit Traitor18:20 The American20:25 The Losers22:00 Hunted23:45 Hunt To Kill

RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA

PORTUGAL • Cyril PedrosaSimon Muchat é um desenhador de banda desenhada que se encontra em plena crise. Depois do êxito do seu primeiro livro, sofre um bloqueio que o impede de voltar a escrever, e que está a destruir tudo: o seu trabalho, a sua vida pessoal, a sua relação, as suas ilusões… Quando tudo parece desmoronar-se e ter perdido o sentido, Simon recebe um convite para se deslocar ao Festival de Banda Desenhada da Sobreda, em Portugal, país do qual a sua família é originária e onde tinha passado vários verões durante a sua infância. Em Portugal e através dos seus cheiros, cores, língua e gentes, descobrirá uma outra forma de existir, de pensar e de ser, uma nova abordagem vital que virá a converter-se numa nova fonte de inspiração, pessoal e profissional.

A CABANA • Wm. Paul YoungA inspiradora história de “A Cabana”, que Wm. Paul Young ori-ginalmente escreveu para os seus filhos, conquistou o coração de milhões de leitores em todo o mundo e tornou-se um enorme fenó-meno literário. Agora, “A Cabana - Reflexões Para Todos os Dias do Ano” dá-lhe a oportunidade de regressar à inesquecível cabana no meio da floresta e encontrar-se novamente com Papá, Sarayu e Jesus. Este livro recupera 365 citações de “A Cabana”, repletas de significado, e junta-lhes novas reflexões de Wm. Paul Young.

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-Cara, rosto. Atar, conciliar. 2-Eleve, erga. Antiga forma de oui. Elogio. 3-Não digas mais (Interj.). Mesa onde se celebra missa. Escândio (s.q.). 4-Afastamo-nos. 5-Conserva de uvas. Arma que difere do punhal por ser mais larga. 6-Espécie de jogo-da-glória. Discurso. 7-O m. q. fouce. Lajeamento onde se trilham os cereais (pl.). 8-Pequeno réptil semelhante à víbora, mas sem escamas, também chamado cobra-de-vidro. 9-Aqui. Artéria do ventrículo esquerdo do coração. Peso bruto (abrev.). 10-Abecedário. Esteja em suor. Tenha confiança. 11-Põe a navegar um navio encalhado. Reduzem a fio.VERTICAIS: 1-Fixou a vista ou a atenção. Navalhas. 2-Cá (Pop.). O espaço percorrido no ar sem pousar. Parte inferior da encosta dos montes. 3-Cério (s.q.). Que se consegue sem grande trabalho. Confronte (abrev.). 4-Impulso que leva a realizar actos difíceis ou perigosos. 5-Planície entre outeiros (Prov.). Reflexão da voz ou de um som (pl.). 6-Tio ou tia (Infant.). Planta aroídea também chamada jarro. 7-Sacerdote do lamaísmo. O que existe ou pode existir. 8-O m. q. rodouça. 9-49 (Rom.). Tártaro. Letra grega correspondente a F. 10-A eles. Cidade da India. Pedra escavada para líquidos. 11-Fragmenta-se, lasca-se. Não ignoram.

HORIZONTAIS: 1-FACE. T. LIAR. 2-ICE. OIL. LOA. 3-TA. ALTAR. SC. 4-O. FUGIMOS. H. 5-UVADA. ADAGA. 6-OCA. ORO. 7-FOICE. EIRAS. 8-A. LICANÇO. A. 9-CA. AORTA. PB. 10-ABC. SUE. FIE. 11-SAFA. M. FIAM.VERTICAIS: 1-FITOU. FACAS. 2-ACA. VOO. ABA. 3-CE. FACIL. CF. 4-E. AUDACIA. A. 5-OLGA. ECOS. 6-TITI. ARUM. 7-LAMA. ENTE. 8-L. RODOIÇA. F. 9-IL. SARRO. FI. 10-AOS. GOA. PIA. 11-RACHA. SABEM.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

Aqui há gatoINFLUÊNCIASA pobre da Florinda Chan continua na mira dos habitantes de Macau, mas não é pelas melhores razões. Diz um estudo da Nova Visão de Macau que a secretária para a Administração e Justiça está em último lugar no top da satisfação dos residentes. Só que, ao que parece, o Chefe do Executivo subiu pontos na consideração. O Lau Si Io, das Obras Públicas e Transportes, é outro que tem eternamente acompanhado Florinda Chan nesta sina. Mas o que me espanta – a mim que sou gato e nada percebo – é porque é que estes dois são o Cristo da Administração. É que é sempre a levar porrada. Eu até percebo que o Cheong U tenha ficado em primeiro lugar. O povo quer é festa e este secretário para os assuntos sociais e cultura sabe fazê-la. Ele joga basquetebol, faz tai-chi e até já foi visto a dançar, agora recentemente no aniversário da RAEM. O homem é simpático, sorri e tal. Mas trabalhar está “queto”. Eu não vejo a saúde a melhorar e a educação anda cheia de problemas. Mas a questão é que os democratas e o Pereira Coutinho neste não batem. Só batem na Florinda e no Lau. E não me venham dizer que as influências não fazem efeito. Ah fazem sim... reflictam lá se estes dois secretários são realmente merecedores de tanta vergastada. Ora um deles vem substituir um ex-governante que foi dentro por corrupção.. logo aí está marcado. A Florinda... bem, a Florinda eu cá acho que é por causa dos casacos que ela usa. Ora digam-me lá... vocês não acham que a culpa dos trabalhos destas áreas não serem feitos é do grande chefe panda e não dos pobres dos coitados dos secretários, que tudo o que fazem é dar a cara? Hmm? Hmm? Vamos lá a reflectir se realmente o nosso ‘big boss’, cara de panda, corpo de panda, no smiles, mudo, calado, cabeça baixa merece tanto pontinho...

Pu Yi

THE HOBBIT: AN UNEXPECTED JOURNEY

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sexta-feira 28.12.2012opinião18 www.hojemacau.com.mo

a outra faceCarlos Morais José

notória a vontade do governo em fazer algo numa área que já bra-dava aos céus, ou seja, um olhar atento para as zonas históricas de Macau, ameaçadas de submersão pelos casinos gigantones. Pedia-se

uma estratégia, um conceito; gritava-se por um conjunto de medidas que garantisse a existência de um núcleo urbano real, para além do plástico do nosso entretenimento. Cultura não é entretenimento, nem espectá-culo; cultura é vivência, é quotidiano, é acção real de pessoas reais, com as suas crenças, os seus hábitos e modos de ser. Mas o governo claramente não tem vocação para levar este assunto demasiado a sério como ele exige.

A renovação das zonas históricas de Ma-cau não é fácil. Exigiria algo que já deveria ter sido feito há vários anos, a saber, um aprofundado estudo sociológico, histórico e demográfico de cada área da cidade, para compreender em profundidade o sentido das futuras intervenções e suas respectivas consequências. Um assunto desta natureza dificilmente pode ser deixado à iniciativa privada, na medida em que, compreensivel-mente, a iniciativa privada não tem o tipo de sensibilidade nem interesse necessários para que a intervenção respeite todos os elementos em presença. Na verdade, a iniciativa privada em Macau, sobretudo a que opera na área do imobiliário, não precisa de avançar para estas zonas da cidade. Tem outras em plena expansão e capazes de proporcionar lucros bem mais consideráveis.

Sem uma análise das condições concretas, rapidamente se amontoarão erros atrás de erros que, mesmo que remendados – e Macau é tão bom a remendar –, não deixarão de causar mossas irremediáveis nas preciosidades que

As declarações dos deputados quando da tentativa de discussão da Lei do Património foram vergonhosas. Ao invés de se preocuparem com o interesse comum, com o interesse desta cidade no futuro, preferem olhar para os interesses privados, nomeadamente, nalguns casos, para as suas carteiras e as dos seus amigos e correligionários. É pena que não possam ser severamente punidos

Faltam as penas

a cidade ainda possui. Claro que a não existir uma estratégia de valorização das pessoas, do factor humano, nos bairros em questão, assis-tiremos a situações de conflito, de desajuste de interesses. Um dos defeitos mais interessantes deste governo é a confusão quase constante que faz entre pedras e pessoas quando se refere ao património, preterindo as segundas, enquanto as primeiras se mantiverem de pé.

Se a inclusão de Macau na lista da UNESCO teve algum sentido positivo, este revelou-se quando o ICM se preocupou em divulgar com alguma intensidade junto da juventude de Macau o património da cidade. Temos de reconhecer que existe hoje um sentido mais autêntico de pertença e iden-tidade, ao qual não está de modo nenhum alheio o facto de Macau ser uma cidade patrimonial com uma história única, quer no seio da China, quer de toda a região. São estas pessoas que hoje têm também de ser consultadas sobre o que esperam da sua

cidade e como pensam agir para a tornar num espaço onde história e contemporaneidade se cruzam sem se abafarem e bem pelo contrário se estimularem.

Contudo, se forem os empreendedores imobiliários a tomarem as rédeas do assunto, bem sabemos o que podemos esperar, bem sabemos o que irremediavelmente vai de-saparecer. Como já desapareceram alguns dos sítios mais charmosos de Macau, como os antigos yam-chá e a barbearia Shanghai. Quando é que o governo perceberá que os modos de fazer e de estar também pertencem ao património de Macau? E que sem eles tudo não passará de uma falsidade bizarra, de uma espécie de reserva tribal destituída de alma nem beleza?

Bem sei que nada disto é fácil de resolver porque se entrecruzam numerosos interesses, mas é precisamente nestas áreas que os gover-nos, pensando no bem comum e nas gerações vindouras, não pode nem tem necessidade de ceder. Compreendemos que falte vocação ao governo para trabalhar estas áreas, mas se se gastaram milhões em várias consultadorias aquando da privatização do Jogo, porque não se hão-de gastar também alguns para perceber melhor o que deve ser feito nesta área? Só assim se poderiam conceber linhas de acção e medidas interessantes, que respeitem a sensibilidade do que está em questão.

As declarações dos deputados quando da tentativa de discussão da Lei do Património foram vergonhosas. Ao invés de se preocupa-rem com o interesse comum, com o interesse desta cidade no futuro, preferem olhar para os interesses privados, nomeadamente, nalguns casos, para as suas carteiras e as dos seus amigos e correligionários. É pena que não possam ser severamente punidos.

É

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Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Leocardo; Maria Alberta Meireles; Mica Costa-grande; Paul Chan Wai Chi; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

19opiniãosexta-feira 28.12.2012 www.hojemacau.com.mo

No mundo contemporâneo ninguém está, de facto, sozinho. Nem o Governo da RAEM, nem os deputados da Assembleia Legislativa, nem os tipos que batem nas mu-lheres como se não houvesse amanhã. Com efeito, já não se pode andar a fingir que se é sem se ser porque ele há muita gente, neste planeta de comunicação global, que está extremamente atenta às leis, às intenções, aos discursos e depois às acções concretas.

Julgavam os senhores de Macau que isto era uma ilha isolada, um quase nada num imenso continente mas a verdade é que hoje existem imensos olhos a verificar o que por aqui se passa e a escrutinar o que aqui é feito. É o caso da ONU. E basta ler a notícia que ontem publicámos sobre as questões dos direitos humanos para perceber que a RAEM vai passar um mau bocado para explicar nos fóruns internacionais alguns dos dislates que por aqui sabem a pato mas que lá fora assumem a dimensão evidente daquilo que são: um disparate.

Bem pode vir a Associação das Mulheres (ex-democráticas) apoiar o Governo e alguns dos deputados sobre a não-lei da Violência Doméstica que tal não evitará a condenação internacional e o manto de opróbrio que em breve nos cobrirá. Bem podem algumas das instituições judiciais tentar torcer a lei, nomeadamente a Básica, que existem por aí, nomeadamente na ONU, pessoas que estão atentas, muito atentas, aos desenvolvimentos políticos deste território que, para o bem e para o mal, é a mais importante cidade--casino do mundo.

Julgariam, por acaso, que ninguém repa-raria? Pois estão tão redondamente engana-dos como redondo é este terceiro planeta a contar do Sol. Na realidade, o que se passará é que Macau não vai sair bem na fotografia a não ser que rapidamente arrepie caminho. Que os compromissos sejam cumpridos e que alguns dos que por aí pululam se esqueçam de si próprios e ponham acima de tudo os interesses da RAEM, da sua população e da República Popular da China.

Não sei se já perceberam que o facto de termos o maior PIB per capita do mundo torna obsceno alguns dos dados constantes neste território. Que a comunidade inter-nacional não deixará passar em claro e se pronunciará de forma negativa acerca do que por aqui, sobretudo, não é feito por causa do interesse de uma micro-minoria. Que, no limite, quem sofrerá é a RPC por admitir no seu seio uma região especial milionária onde existem mais problemas de qualidade de vida que em Zhuhai, Hangzhou ou Cantão.

E, também, onde alguns senhores in-

Orgulhosamente sós?

cartoon por Steff

sistem em não levar para a frente o que Pequim designa como segundo sistema, de modo a dar confiança a Taiwan e ao resto da comunidade internacional. Quando todos os dias vemos a China a dar passos de gigante no bom sentido, assistimos aqui a este estranho marcar passo ou a uns bizarros passos de ganso no sentido errado do século XXI.

Não, Macau não pode viver orgulho-samente só. Enquanto átrio de chineses e judeus, tem sobre si a atenção da ONU e de muitas organizações internacionais que não hesitarão em chamar a atenção para os desmandos, para as odisseias pessoais que tramam esta terra e a sua po-pulação. Não é por acaso que Xi Jingping reforçou a ideia simples de que aqui deve predominar absoluto o segundo sistema. Como também não é por acaso que Wen Jiabao veio, no seu último estertor, des-tacar o papel da RAEM como ponte para os Países Lusófonos. Ouçam-nos e não meditem: obedeçam. Será para o bem de todos nós e da própria RPC. Ou será que por aqui a vã glória de mandar é tanta, as contas bancárias são tão grandes, que estes pequenos mandarins se esquecem de quem realmente são? Esperemos que não.

edi tor ia lCarlos Morais José

Julgariam, por acaso, que ninguém repararia? Pois estão tão redondamente enganados como redondo é este terceiro planeta a contar do Sol. Na realidade, o que se passará é que Macau não vai sair bem na fotografia a não ser que rapidamente arrepie caminho

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sexta-feira 28.12.2012www.hojemacau.com.mo

Maria João BelchiorEm Pequim

A subida da bolsa de Xangai no dia de Natal deu sinais

ao mercado de que ainda há espaço para construir e comprar na China. A maior subida dos últimos cinco meses, acima dos dois pontos percentuais, foi considerado um sinal de optimismo num sector em que há anos se especula sobre uma bolha imobiliária.

Com novas políticas já agendadas para 2013, o governo central tem vindo a repetir que é preciso investir em construção que vá de encontro às necessida-des da classe média-baixa e não apenas no mercado de habitação de luxo. A dúvida sobre de que forma vão as novas políticas entrar em vigor não desmotiva o mercado funcionando, pelo contrário, a seu favor. Para as principais agências imobiliá-rias, as novas políticas podem representar mais oportunidades.

A urbanização de cidades mais longe da costa promete ser o novo mercado de construção e venda, não ameaçado pela alta especulação que caracteriza Pequim, Xangai e Cantão.

A confiança já tinha sido dada pelo primeiro-ministro Wen Jiabao na última Assem-bleia Nacional Popular em Março deste ano. Uma política de apoios a construção que tenha em vista o desenvolvimento longe dos centros tradicionais pretende ir de encontro às neces-sidades do povo. Há dois anos

Ponto altono mercado imobiliário chinês

Optimismo para comprar casa

foram proibidos os anúncios a apartamentos de luxo como forma de dizer que a China não é só um país de gente rica. Uma visão mais de encontro às necessidades reais, e não coor-denada pela bolha do mercado, deve continuar a ser seguida pelo próximo governo que toma posse em Março de 2013.

Segundo a agência Xinhua, o governo está a subsidiar a construção de sete milhões de casas como habitações sociais integradas no actual plano quinquenal que estipula a construção de 36 milhões de casas para famílias de baixos rendimentos. Uma meta que deve ser alcançada em 2015.

Há muito tempo discutida pelo governo central, a política de permissão de residência, ainda ligada por herança mao-ísta ao documento que divide a população entre rural e urbano, vai continuar a ser alterada. Mas a maior facilidade vai ser dada a quem quiser estabelecer-se fora das cidades super-povoadas como Pequim, Xangai e Can-tão. Mudar-se para o interior deve trazer mais vantagens numa estratégia pensada para deslocalizar o desenvolvimen-to. Nas grandes cidades, os trabalhadores migrantes vão continuar a encontrar dificul-dades decorrentes de não serem habitantes nativos. A nível local a especulação deve ser o mais controlada possível e Pequim já enviou sinais de que estará alerta a qualquer tentativa por parte dos governos locais de ig-norar as ordens vindas de cima.

Na capital, em Xangai e Cantão, os preços das casas têm subido a uma média de vinte a trinta por cento cada ano, desde há mais de cinco anos. Um valor muito acima da inflação, assim como do poder de compra da maioria.

O lema de um crescimento eficiente parece estar a entrar no novo léxico do Partido, agora encabeçado pelo líder Xi Jinping. Um desenvolvimento mais igualitário foge da antiga ideia do “enriquecer é glorio-so”. Se nem todos podem ficar ricos, para Pequim chegou a altura de olhar para aqueles que se queixam de ter ficado de fora do desenvolvimento. E aqui, há ainda muito espaço para crescer e o mercado já começou a dar sinais.