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Ano XLIII • Nº 2255 • quarta-feira, 10 de setembro de 2014 • 50¢ • www.portuguesetimes.com Taunton 508-828-2992 Advogada Gayle A. deMello Madeira • Assuntos domésticos • Acidentes de automóvel • Acidentes de trabalho • Defesa criminal • Testamentos e Escrituras — Consulta inicial grátis — Providence 401-861-2444 Axis Advisors Daniel da Ponte President & Chief Compliance Officer 401-441-5111 Wealth Management Financial Planning Insurance Planning GOLD STAR REALTY Guiomar Silveira 508-998-1888 PORTUGUESE TIMES PORTUGUESE TIMES MONIZ Insurance Combinação de seguros de casa e carro c/grandes descontos 995-8789 Advogado Joseph F. deMello Taunton 508-824-9112 N.Bedford 508-991-3311 F. River 508-676-1700 The Castelo Group ERA Castelo Real Estate, Inc. Castelo Insurance Agency, Inc. Castle Mortgage Brokerage, Inc. José S. Castelo presidente Joseph Castelo NMLS 19243 MA Broker Lic. MB1271 508-995-6291 (ext. 22) SOCIAL SECURITY DISABILITY Falamos Português • Hablamos Español • No ta fala Creole de Cabo Verde 508-588-9490 JOEL H. SCHWARTZ, P.C. Advogados 197 Warren Avenue E. Providence, RI SEGUROS (401) 438-0111 Joseph Paiva CARDOSO TRAVEL 120 Ives St., Providence, RI 02906 XMAS SHOW NEW YORK 15 e 22 de Novembro 401-421-0111 EXCURSÕES DE 1 DIA • Cruzeiros • Passagens aéreas • Excursões • Viagens de núpcias www.cardosotravel.com Homenagem a Luciano da Silva Luciano da Silva foi evocado sexta-feira em Bristol, vila de Rhode Island onde exerceu largos anos medicina e dinamizou a sua atividade de investigador histórico (a teoria da origem portuguesa da Pedra de Dighton e a nacionalidade portuguesa de Cristovão Colombo), e ativista comunitário (Federação Luso-Americana, Aca- demia do Bacalhau e muitas outras iniciativas). Com a presença do administrador de Bristol, António Teixeira, e da vice-cônsul de Portugal em Providence, Márcia Sousa, foi descerrado no Mosaico Parque um busto de Luciano da Silva, da escultora Cynthia Whalen Nelson. • 06 Os netos de Luciano da Silva junto do busto do avô. Nascido em Cavião, em Vale do Cambra, a 5 de setembro de 1926, o dr. Luciano da Silva veio para os Estados Unidos com os pais no fim da II Guerra Mundial e viveu em New York, onde seu pai foi capitão da marinha mercante. Amigos da Terceira em festa As Festas de São Vicente de Paulo nos Amigos da Terceira foram este ano dedicadas aos Cantadores ao Desafio e no final do cortejo houve distribuição de massa sovada. • 11 Mais de 5.500 eleitores de Fall River querem revogação do mandato do mayor Will Flanagan O conselheiro municipal Jasiel Correia acusa Flanagan de tentar intimidá-lo para não assinar petição requerendo a revogação do mandato • 03 Conferência sobre o Ensino de Português O Departamento de Português da UMASS Dartmouth realiza a sua 11.ª conferência anual de Ensino da Língua Portuguesa dia 19 na Star Store, 715 Purchase Street, New Bedford, com a participação do professor José Pascoal, da Universidade de Lisboa. P.A.P.A em festa A Portuguese American Police Association celebra 20 anos no próximo dia 20, no Clube dos Pescadores, em New Bedford. • 04

Homenagem a Luciano da Silva

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Page 1: Homenagem a Luciano da Silva

Ano XLIII • Nº 2255 • quarta-feira, 10 de setembro de 2014 • 50¢ • www.portuguesetimes.com

Taunton508-828-2992

Advogada

Gayle A. deMelloMadeira

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Homenagem a Luciano da Silva

Luciano da Silva foi evocado sexta-feira em Bristol, vilade Rhode Island onde exerceu largos anos medicina edinamizou a sua atividade de investigador histórico (ateoria da origem portuguesa da Pedra de Dighton e anacionalidade portuguesa de Cristovão Colombo), eativista comunitário (Federação Luso-Americana, Aca-demia do Bacalhau e muitas outras iniciativas). Com apresença do administrador de Bristol, António Teixeira,e da vice-cônsul de Portugal em Providence, MárciaSousa, foi descerrado no Mosaico Parque um busto deLuciano da Silva, da escultora Cynthia Whalen Nelson.

• 06

Os netos de Luciano da Silva junto do busto do avô.Nascido em Cavião, em Vale do Cambra, a 5 de setembrode 1926, o dr. Luciano da Silva veio para os EstadosUnidos com os pais no fim da II Guerra Mundial e viveuem New York, onde seu pai foi capitão da marinhamercante.

Amigos da Terceira em festa

As Festas de São Vicente de Paulo nos Amigos da Terceira foram este anodedicadas aos Cantadores ao Desafio e no final do cortejo houve distribuiçãode massa sovada. • 11

Mais de 5.500 eleitoresde Fall River queremrevogação do mandatodo mayor Will Flanagan

O conselheiro municipalJasiel Correia acusaFlanagan de tentarintimidá-lo para nãoassinar petição requerendoa revogação do mandato

• 03

Conferênciasobre o Ensinode PortuguêsO Departamento dePortuguês da UMASSDartmouth realiza a sua11.ª conferência anualde Ensino da LínguaPortuguesa dia 19na Star Store, 715Purchase Street, NewBedford, com aparticipação doprofessor José Pascoal, daUniversidade de Lisboa.

P.A.P.A em festaA Portuguese AmericanPolice Association celebra20 anos no próximo dia20, no Clube dosPescadores, em NewBedford. • 04

Page 2: Homenagem a Luciano da Silva

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Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Comunidades 03

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Conselheiro municipal Jasiel Correia acusa Flanagan de tentarintimidá-lo para não assinar petição requerendo a revogaçãodo mandato do mayor de Fall River

Mais de 5.500 eleitores de FallRiver querem a revogação domandato do mayor Flanagan

O grupo de Fall River que pretende levar por diante oprocesso de “recall” (revogação) do mandato do mayorWill Flanagan entregou dia 2 de setembro o último lotede assinaturas e apresentou um total de mais de 5.500assinaturas, o dobro do número de 2.459 assinaturaslegalmente necessárias.

Mas o advogado Preston Halperin, que representaFlanagan, entregou uma carta alegando que segunda-feira,1 de setembro, Dia do Trabalho, era o último dia do prazolegal de 20 dias para apresentação de assinaturas, o quedeixaria em causa as últimas assinaturas entregues.

A carta foi dirigida ao escrivão municipal, AlisonBouchard, que em declarações ao jornal Herald News,considerou 2 de setembro a data adequada,

Flanagan não poderá iniciar nenhum movimento jurídicoenquanto o órgão da Justiça Eleitoral não verificar todasas 5.500 assinaturas, um processo retardado pelas eleiçõesprimárias da passada terça-feira. Elizabeth Câmara disseque a sua equipa está a trabalhar nas certificações, masainda não sabe quando concluirá o processo.

Em declarações ao jornalHerald News, JasielCorreia III, 22 anos,conselheiro municipal deFall River, disse que omayor Will Flanagantentou intimidá-lo usandotáticas de intimidação queenvolveram uma arma, doisdias depois dele terassinado a petição pararevogação do mandato domayor, mas Flanagan nega.

De acordo com Correia,dia 14 de agosto Flanagantelefonou-lhe pouco antesdas 11h00 da noite para seencontrarem noBoondocks, um bar naWater St.. SegundoCorreia, Flanagan estavano carro estacionado juntoao bar e entrou no veículo,onde se encontrava TommyGosselin, um empresáriolocal. Flanagan conduziu ocarro por várias ruasexpressando o seudesapontamento pelo factode Correia ter assinado apetição e insistiu para queele entrasse em contatocom o Herald Newsdizendo ter sido intimidadopelos organizadores darecolha de assinaturas,especialmente JordanSilvia, um antigo polícia.

Segundo Correia, a dadaaltura Gosselin observouque “era perigoso lá fora”e Flanagan apontou umaarma que tinha no carrodizendo nunca sair de casasem ela e que, se Correiaestivesse interessado,poderia conseguir-lhelicença de porte de arma.

Flanagan admitiu aojornal o encontro comCorreia naquela noite masnegou tê-lo intimidado ouameaçado. Reconheceuque tinha uma arma àcintura, mas que não puxouda arma.

Segundo Correia, opasseio noturno duroucerca de uma hora e umquarto e a dada alturaentrou também no carro oconselheiro municipal Paul

DaSilva, que se sentou aolado de Gosselin.

Na sequência dasacusações de Jasiel CorreiaII, a maioria dos seuscolegas do ConselhoMunicipal manifestou-lheo seu apoio na reunião desegunda-feira.

“Acho que se asalegações são verdadeiras,e a história de Jasiel écredível, não tenhonenhuma razão paraduvidar que não seja, enesse caso o mayor deveriarenunciar”, disse oconselheiro RaymondMitchell, acrescentandoque o gabinete do promotorde justiça devia investigaro incidente.

A conselheira LindaPereira felicitou o seucolega por denunciar oincidente e disse que apolícia devia investigar ocaso e Flanagan deviaentregar a arma “para asegurança de todos,inclusive ele próprio”.

O presidente do Con-selho Municipal, JosephCâmara, confirmou queCorreia lhe falara doencontro com o mayor eaconselhou-o a encontrar-se com o chefe de polícia

Daniel S. Racine e queCorreia lhe pedira para oacompanhar.

Paul DaSilva confirmouter estado no carro deFlanagan e ter ouvido aconversa sobre a assinaturada petição e uma arma, masdisse não ter visto armanenhuma.

O chefe de polícia DanielS. Racine diz ter informadoCorreia das suas opções,mas o conselheiro dissesegunda-feira que não templanos de apresentar umaqueixa-crime.

Will Flanagan disse quetem um revólver Smith &Wesson calibre .380 quecomprou logo após aobtenção da licença deporte de arma de fogo emfevereiro de 2013.

Jasiel Correia IIIWill Flanagan

Desmantelada uma operação dejogo ilegal no Bristol Sports Club

Desmantelada uma operação ilegal de jogo no BristolSports Club, o clube português de Bristol. Depois de doismeses de investigações, agentes da Polícia do Estado deRhode Island e da polícia municipal realizaram dia 3 desetembro uma rusga na sede do clube, situada em 416Wood Street, e confiscaram cinco slot machines e cercade $11.000.

Foram detidos três indivíduos sem incidentes, que foramacusados de jogo ilegal e já estão em liberdade sob fiança.

As máquinas estavam no segundo andar, num quartocom porta em que era necessário um código de acessopara entrar. Os comprovantes dos prémios eram pagos nobar do clube, no andar térreo.

A polícia encontrou recibos de apostas e livros decontabilidade.

Promotor de justiça especial parao processo de Michelle Hodgson

Um promotor de justiça especial terá “autonomia total”no processo de Michelle L. Hodgson, filha de ThomasHodgson, xerife do Condado de Bristol, que é acusada deintimidação de testemunhas, e o gabinete do promotor dejustiça do Condado de Bristol, Samuel Sutter, não teránenhum envolvimento no caso, segundo foi anunciado porGregg Miliote, porta-voz de Sutter.

O promotor de justiça especial será William Connolly,de Boston, ex-promotor federal e municipal que será pagoa $100 por hora enquanto trabalhar no caso, de acordocom Miliote.

Connolly foi chamado a investigar o caso para evitaruma eventual “aparência de conflito de interesses devidoao relacionamento pessoal e profissional” entre Sutter eo xerife, acrescentou Miliote.

Michelle Hodgson, 29 anos, residente em New Bedford,declarou-se inocente de uma perturbação da ordem públicaocorrida às primeiras horas da madrugada de 2 de agostoà porta do Jalice Cafe, na Acushnet Avenue, em NewBedford e durante a qual sete pessoas foram feridas a tiro.Segundo a polícia, quando foi detida, Michelle terá dito aum agente polícial que era filha do xerife e que ele perderiao trabalho.

Michelle Hodgson deverá comparecer no TribunalDistrital de New Bedford dia 29 de outubro.

Joseph Lopes foi atropeladoquando andava de bicicleta

Joseph Lopes, presidentedo Conselho Municipal deNew Berdford, foi atrope-lado na manhã do dia 6quando andava de bicicletaem Fairhaven e sofreufratura num ombro e algunsferimentos na cabeça.

Inicialmente deu entradano Hospital de São Lucas,em New Bedford, e depoisfoi transferido para o BethIsrael Deaconess MedicalCenter, em Boston, masteve alta no dia seguinte.

Lopes, conselheiro doBairro 6, não usavacapacete, imprevidênciaque ele próprio reconhece.

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Page 4: Homenagem a Luciano da Silva

04 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

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A Portuguese AmericanPolice Association(P.A.P.A.) leva a efeito afesta do seu 20.º aniversáriodia 20 de setembro, tendopor palco o Clube dosPescadores, em New Bed-ford.

Trata-se do banqueteanual daquela associaçãode polícias luso-ame-ricanos e que se destina,como todos os anos, aangariar fundos para bolsasde estudo.

A festa consta de jantarcom a seguinte ementa:sopa, salada, carne assada,

filetes de peixe, sobremesae café, tudo acompanhadocom vinho e cerveja. Osbilhetes podem ser adqui-ridos ligando para 774-263-8564.

A Portuguese AmericanPolice Association, Massa-chusetts Lodge II, surgiuem 1994, com origem nasua homóloga Lodge 1, deNewark, NJ. É constituídopor polícias luso-ameri-canos de Massachusetts,com espírito solidário,

envolvendo-se em inicia-tivas de bem fazer, sobre-tudo organizações despor-tivas da região.

No seu programa debolsas de estudo, a P.A.P.A.já distribuiu ao longo dosanos cerca de $60.000 parajovens estudantes quepretendem prosseguir osseus estudos em uni-versidades.

Outra das campanhas daP.A.P.A. tem sido por alturado Thanksgiving, em que

são distribuídos perus parafamílias carenciadas daregião. Neste Thanksgivinga organização pretenderecolher cerca de 100 perusa serem distribuídos porfamílias necessitadas, omesmo acontecendo porocasião do Natal, com adistribuição de cabazes aosmais necessitados.

A Portuguese AmericanPolice Association tematualmente como presi-dente Russell Marques.

Em New Bedford

Conferência sobre Ensinoda Língua Portuguesa

O Departamento de Por-tuguês da Universidade deMassachusetts Dartmouthrealiza a sua 11.ª confe-rência anual de Ensino daLíngua Portuguesa, dia 19,sexta-feira, no campus uni-versitário em New Bedford(Star Store, 715 PurchaseStreet). O orador principalé o professor José Pascoal,da Universidade de Lisboa,que apresentará, na parte damanhã, formação teórica,seguida, na parte da tarde,por exemplos práticos.Integram ainda a confe-rência professores quelecionam em escolas pú-blicas e que partilharão as

suas experiências de ensi-no da língua portuguesa.

O evento tem o apoio daCEPE-USA (Coordenaçãodo Ensino de Portuguêsnos Estados Unidos),Camões Instituto daCooperação e da Língua,Lidel Edições Técnicas,Departamento de Portu-guês da UMass Dartmouthe Centro de Cultura eEstudos Portugueses.

É necessário inscriçãoprévia e para fazê-lo oupara mais informaçõescontacte a professoraGláucia Silva através dotelefone 508-999-8271 [email protected].

Mulher acusasindicato dediscriminação

Uma mulher acusa aLocal 4 da União deOperadores de Máquinas,de New Bedford, dediscriminação por não teraprovado a sua transfe-rência.

Kim Alves, operadora deguindastes originalmentede New Bedford e que viviacom a sua parceira emRhode Island até sedivorciarem no anopassado, diz que desdenovembro de 2013 tentouduas vezes transferir-se daLocal 57 para a Local 4,mas o pedido foi negado.Contudo, em igual períodoquatro homens foramtransferidos.

Em 11 de agosto, Alvesapresentou queixa naComissão contra a Dis-criminação de Massa-chusetts alegando que ospedidos têm sido inde-feridos devido à sua raça (énegra), sexo e orientaçãosexual.

As ruas de New Bedford vão ficarmais iluminadas

Teve início a mudança das lâmpadas de iluminaçãopública em New Bedford, incluindo luzes de tráfego eque ficará concluído no final do ano.

Os trabalhos começaram na Brock Avenue, frente aoHazelwood Park. No total serão instaladas10.000 lâm-padas LED, que produzem uma luz mais brilhante.

A iluminação pública custa à cidade cerca de 7 milhõesde dólares anualmente, mas com as novas lâmpadas haveráuma poupança da ordem dos $550.000.

A mudança das lâmpadas custa 4,2 milhões de dólares,mas a concessionária do fornecimento de eletricidade,NSTAR, contribuirá com 1,2 milhões.

A expansão das pistas do AeroportoT.F. Green permitirá a aterragemde aviões de maior porte

O secretário dos Transportes, Anthony Fox, o senadorfederal Jack Reed e o governador de Rhode Island LincolnChafee, foram algumas das individualidades presentes nacerimónia que assinalou formalmente o início dos tra-balhos de prolongamento das pistas do Aeroporto T.F.Green, em Warwick, embora as obras já tenham começadohá algumas semanas. Em 2011, depois de dez anos deestudos envolvendo autoridades estaduais e federais, oConselho Municipal de Warwick aprovou o prolonga-mento para sul da pista 5-23, que ficará com um compri-mento total 8.700 pés. Maior pista permitirá a aterragemde maiores aviões e no próximo verão a Condor Airlinescomeçará a operar de Warwick para Frankfurt, naAlemanha. Os trabalhos estão orçados em cerca de $100milhões, comparticipados pela Administração Obama.

Page 5: Homenagem a Luciano da Silva

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Fenómeno da naturezaLino Vassalo, natural de Mirandela, Bragança eresidente em New Bedford há 26 anos, passa o seutempo livre, já na reforma, a cultivar uma pequenahorta na sua residência, onde fomos encontrarfeijão, salsa, tomate, pepino, cebola, repolho, etc.,não esquecendo a latada de vinha com suculentasuvas, tão característico do quintal de um português.O senhor Vassalo, que trabalhou durante váriosanos na AFC Cable e outras fábricas da região,contatou o Portuguese Times para que pudésse-mos mostrar aos nossos leitores um fenómeno danatureza: dois ou três pés de feijão com bagensenormes de 25 polegadas.Dá para uma grande feijoada...

18ª Gala da PALCUS dia 10 deoutubro em Washington, DCConvite à participação

A PALCUS – Portuguese American Leadership Councilof the United States, realiza dia 10 de Outubro a sua 18ªGala Anual. Nela tomarão parte f iguras destacadasportuguesas, luso-americanas e americanas, como senadoresde Massachusetts e Rhode Island, Califórnia, o embaixadorde Portugal em Washington e o presidente do GovernoRegional dos Açores, Vasco Cordeiro.

No jantar serão reconhecidos e homegeados váriosmembros das comunidades luso-americanas que se têmdestacado nos mais diversos sectores da vida professional,social, política e cultural. Serão também atribuídas bolsasde estudos a estudantes luso-americanos.

Haverá ainda a actuação do fadista Carlos M. da Fonseca.O evento terá lugar na Oxon Hill Manor, em Oxon Hill,

Maryland, com uma recepção às 7pm e o jantar com inícioàs 8 horas da noite.

A comunidade portuguesa é convidada a participar e osinteressadas em reservar bilhetes devem contactar osecretariado da PALCUS: Elisabete Martins (telephone202.466.4664), ou por e-mail: [email protected]

Podem ainda ser contactados o presidente da PALCUS,Fernando G. Rosa (860-614-8614) ou o coordenador geraldo evento, Manuel R. Geraldo: 917-882-7961, e-mail:[email protected]

Câmbio - Euro/Dólar*

03 set: $1€ = $1.300USD

04 set: $1€ = $1.300USD

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Se gosta de maçãs, dê umasaltada à Dartmouth Orchards

Brian Medeiros é agri-cultor de terceira geração eesta é a sua época maisatarefada, a colheita dasmacãs na DartmouthOrchards, 515 Old Westport,Dartmouth. É altura daapanha das maçãs e apropriedade da famíliaMedeiros tem cerca de 2.000árvores com maçãs de váriasvariedades, (McIntosh, RedDelicious, Cortland eMacoun), prontas a seremapanhadas.

A apanha da maça, abertaao público, é aos f ins desemana e prolonga-se até aof inal de setembro e nafazenda estão expostospickles e cidra de fabricopróprio. “Somos um dospoucos lugares na NovaInglaterra, onde bebemos

cidra fresca não pasteurizadae sem conservantes”, dizMedeiros.

Os preços das maçãs paracolheita não são f ixos evariam consoante a safra.

Além da DartmouthOrchard na Old WestportRoad, a família possui aPocasset Orchards, Old FallRiver Road, ambas emDartmouth.

Morreu o homem que se imoloupelo fogo frente à casa danamorada em Somerset

Keith James Medeiros,42 anos, o indivíduo deSwansea que se tinhaimolado pelo fogo devidoa problemas domésticosfaleceu dia 4 de setembrono Rhode Island Hospital,em Providence, em conse-quência das queimadurassofridas na parte superiordo corpo.

Dia 29 de agosto, Me-deiros ajoelhou-se na relvado jardim da casa da ex-namorada na AnthonyStreet, em Somerset e, comuma vasilha, encharcou-sede gasolina e acendeu umfósforo.

Foi prontamente socor-rido por vizinhos com umextintor de incêndios e pelapolícia chamada ao localpelo facto da ex-namoradater requerido uma ordemdo tribunal que impediaMedeiros de se aproximardela.

Segundo Scott Jepson,chefe dos bombeiros,Medeiros sofreu queima-duras de segundo e deterceiro grau em mais de 35por cento do corpo, sobre-tudo no rosto, orelhas, peitoe membros superiores.

Deu entrada no RhodeIsland Hospital em estadocrítico e faleceu na passadaquinta-feira.

Keith Medeiros era técni-co numa empresa decomunicações e instrutorde tae kwon, uma artemarcial. Deixa duas filhas,Rebeca, com a ex-esposaChristine Medeiros, eAbby, com Rose Lamarre;e ainda um filho, Kallum,com Yamilca Diaz. Deixaainda quatro irmãos,Michael, Brian, Mark, eScott; dois meio-irmãos,Joseph e Jennifer HuppHupp; uma madrasta,Elaine Medeiros e váriossobrinhos e sobrinhas. Erafilho de Catol Ramos e deLouis Medeiros, jáfalecidos.

O funeral, a cargo daSilva-Faria Funeral Home,realiza-se hoje, 10 desetembro em Fall River.

A terrível auto-imolaçãode Keith Medeiros foinotícia nacional, tal comoo suicídio de um homem de51 anos que se decapitoupublicamente dia 1 de se-tembro, às 09:35 da manhãna Longfellow Avenue, nobairro do Bronx, na cidadede New York.

Tomas Rivera amarrouuma corrente em volta dopescoço e depois a umposte, entrou no seu HondaCRV e acelerou, fazendocom que a sua cabeça fossearrancada.

Keith Medeiros

Page 6: Homenagem a Luciano da Silva

06 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

CCCCCOMUNIDADESOMUNIDADESOMUNIDADESOMUNIDADESOMUNIDADES

Augusto PessoaAugusto PessoaAugusto PessoaAugusto PessoaAugusto PessoaRepórter

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Os drs. Steven Santos e LeonelLemos têm o prazer de informar

que continuam a servir acomunidade portuguesa nestes

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A imortalização deum grande homemManuel Luciano da Silvao médico, o historiadoro autor, o humanitário

• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

Luciano da Silva foiimortalizado. Um busto foierguido em sua honra. Avila de Bristol que sempreo amou, e que ele sempresoube corresponder,preservar e projetar, passoua sua obra à posteridade.Muitos são chamados. Maspoucos os escolhidos.Luciano da Silva, foi umdesses poucos.

Médico, historiador,humanitário, são as trêsfacetas que o vão mantereternamente vivo entre acomunidade.

Presentes entre cerca deuma centena de pessoas,f iguras luso-americanasque dignif icam aquelapitoresca e hospitaleira,vila de Rhode Island:Anthony Teixeira,administrador (mayor) davila; Josué Canário, chefedo Departamento daPolícia. Entre conselheirosmunicipais, contava-se apresidente Mary Parella,

que se juntou ao ato e tevepalavras de elogio aohomenageado.

Ainda entre os presentesRogério Medina, antigovice-cônsul de Portugal emProvidence, amigo pessoaldo homeageado. Amigoque interrompeu as fériaspara estar presente nahomenagem. Regressandono mesmo dia deixou a suapresença imortalizadanesta reportagem.

“Foi um homem,extraordionário. Ummédico, um português, um

humanitário. Seguiu aquiloem que acreditou e viu oseu trabalho projetado nasétima arte. Portugal e osportugueses têm para comele uma dádiva eterna degratidão, que agora ficouimortalizada num busto emsua homenagem.

Para quê mais palavras?Como Luciano da Silva, sóLuciano da Silva”, foramas palavras de RogérioMedina, antigo vice-cônsulde Portugal em Providence.

Leonel Teixeira, antigochanceler e também, vice-

O busto que imortaliza a obra, o percurso domédico, historiador, autor e humanitário: ManuelLuciano da Silva e que foi erguido na tarde dapassada sexta-feira no Mosaic Park, em Bristol, nasproximidades da centenária igreja de Santa Isabel.

António Teixeira, administrador da vila de Bristol, ladeado pelo antigo vice-cônsulRogério Medina e a atual detentora do cargo, Márcia Sousa.

Os padres Luís Dutra e Richard Narciso, da igreja de Santa Isabel, Bristol, que tomaramparte na homenagem ao antigo paroquiano e apoiante Manuel Luciano da Silva, vendo-se ainda na foto Márcia Sousa, vice-cônsul de Portugal em Providence.

Frederico Pacheco, o mentor da iniciativa, que levou àinauguração de um busto em honra de Manuel Lucianoda Silva, com a escultora Cynthia Whalen Nelson.

Frederico Pacheco ladeado pelos antigos vice-cônsules de Portugal em Providence,Rogério Medina e Leonel Teixeira e atual detentora do cargo, Márcia Sousa.

Page 7: Homenagem a Luciano da Silva

Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Comunidades 07

Quem era Manuel Luciano da SilvaManuel Luciano da Silva, médicoData de nascimento : 5 de Setembro de 1926Local de nascimento: Cavião, Vila de CambraRadicado nos EUA : desde 1946EDUCAÇÃO ACADÉMICA:- Completou o liceu no Colégio de Oliveira de Azeméis.- Em 1952 obteve o bacharelato em Ciências Biológicas naUniversidade de New York.- Regressa a Portugal em 1957 termina o curso médico naUniversidade de Coimbra- Em 1858 regressa aos EUA e faz o internato no Saint Luke’sHospital em New Bedford.- Em 1960 concluiu a especialização em medicina interna na LaheyClinic de Boston- Em 1963 foi membro sócio do Centro Médico do condado deBristol,RI- Fez parte do corpo clínico do Roger Williams Medical Center- Foi director médico (21 anos) do Rhode Island Veteran’s Homeem Bristol,RI- Médico chefe da União Portuguesa ContinentalINVESTIGAÇÃOAliado à prática da medicina com os mais elevados elogios eaceitação o dr. Luciano da Silva dedicou parte do seu tempo livreà investigação histórica das inscrições da Pedra de Dighton,gravadas por Miguel Corte Real em 1511. Demonstrou, compesquisas originais, que a primeira colónia europeia na NovaInglaterra era portuguesa. Tem escrito muitos artigos em portu-guês e inglês sobre o assunto e publicados na América, Brasil ePortugal. Realizou mais de 330 conferências sobre o assunto.- Publicou o livro “Portuguese Pilgrims and Dighton Rockesgotado desde 1976.COMUNICAÇÃO SOCIAL- Em 1970 iniciou o programa televisivo “Portuguese Around Us”,transmitido durante 25 anos pelo Canal 6 de New Bedford.Presentemente é produzido pela Canal 52 de Bristol.- Fez vários programas médicos de rádio e televisão.Publicações- Em 1971 publicou o livro “Portuguese Pilgrims and DightonRock”.- Em 1973 publicou o livro “Pioneiros Portugueses e a Pedra deDighton”- Em 1987 publicou o livro “As verdadeiras Antilhas e NovaEscócia”- Em 1989 publicou o livro “Colombo 100% Português”.- Em 1991 publicou o livro “ Os poderes religiosos e mitológicoscontido no nome de Cristóvão Cólon”.- Em 1992 publicou “O Para Alexandre VI e Cristóvão Cólon”- Em 1993 descobriu que a primeira raínha de Bristol era 100%portuguesa- Em 1984 publicou o livro “ A Electricidade do Amor”DISTINÇÕES- Em 1967 foi homenageado “Homem do Ano” pelo Clube dosSete Castelos- Em 1985 foi homenageado “A Família do Ano” da UniãoPortuguesa Continental- Em 1971 foi homenageado “Homem do Ano” pelo InstitutoInternacional de RI- Em 1983 foi homenageado “ A Familia do Ano” da UPC (sucursaln.º 54 Teófilo Braga).- Em 1993 recebe o “XII Prémio Peter Francisco” da UniãoPoruguesa Continental- Em 1998 recebe a distinção “Honoris Causa” da centenáriaorganização D. Luis FilipePassagem à reforma- A 12 de Outubro de 1998 reformou-se da prática clinica queexerceu durante mais de 35 anos no Centro Médico de Bristolmantendo no entanto a sua meritória actividade comunitária emprol dos costumes, tradicões e língua portuguesa, sem esquecero valor histórica que tem dado a presença portuguesa nos EUA.De uma amabilidade extrema, trata as coisas pelo seu próprionome sendo sempre bem aceite e respeitado na comunidade.

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Na qualidade de grandeamigo do dr. Luciano daSilva quero congratular a

comissão responsável pelobusto erguido em suamemória e inauguradona passada sexta-feira

em Bristol

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Tel. 508-672-9104O Restaurante Lusitano junta-se à homenagem

póstuma ao Dr. Luciano da Silva, aquandodo descerramento do busto

em sua homenagem.

Uma das suas heranças foi aACADEMIA DO BACALHAU

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cônsul de Portugal emProvidence, af irmou:“Quando cheguei aos EUA,já lá vão 34 anos, e naminha presença por estasparagens, tive oportuni-dade de ouvir que Lucianoda Silva era o mais des-tacado e valoroso portu-guês pelos EUA. Contro-versa ou não, esta af ir-mação era dirigida a umportuguês que tive honrasde conhecer pessoalmente.E quer se queira admitir ounão era sem dúvida umapessoa altamente infor-mada, instruída e profun-damente conhecedora dacultura e descobrimentos.Tudo o que fez foi paracolocar o nome de Portugalno lugar a que achava terdireito. A obra que deixoufoi impressionante e queculmina, com uma e muitobem merecida estátua que

Busto erguido em memória de Manuel Luciano da Silva(Continuação da página anterior)

foi descerrada em Bristol avila que ele amava e que orecordará eternamente”,disse Leonel Teixeira, vice-cônsul de Portugal emProvidence, recentementepassado à situação dereforma.

E mais recentementeMárcia Sousa, vice-cônsuldaquela representação dogoverno português nacapital de Rhode Island,também afirmou:

“Sim, porque afinal Lu-ciano da Silva, tambémpassou pela presença con-sular nos EUA, mais pro-priamente como amanu-ense no Consulado emNew York.

“Para além da sua ativi-dade médica, que exerceude uma forma extraor-dinária, durante mais de 50anos, o dr. Manuel da Silvadeixou uma vasta e im-

portante obra, a par de umavida inteira dedicada àcomunidade, à medicina eà história, e sobretudo àdivulgação da importânciados portugueses na históriada humanidade”.

E Marcia Sousa acres-centou: “De certeza de quecada um de nós tem algo arecordar do dr. Luciano daSilva, uma palavra amiga,

um conselho médico, umgesto carinhoso, algo quenos fará sempre recordar. Eaté mesmo aqueles que jánão tiveram oportunidadede o conhecer pessoal-mente, irão sempre ouvirfalar nele e conhecê-loatravés da vasta obra quenos deixa”, sublinhou Már-cia Sousa, vice-cônsul dePortugal em Providence.

O busto foi colocado noParque Mosaico, umainiciativa de RobertoMedeiros, então fazendoparte do elenco diretivo dacâmara da Lagoa. Aquelemunicípio mandou umcalceteiro propositada-mente a Bristol, cujo tra-balho se retrata na caravelasurgida a branco na calcetapreta.

Foi este cenário querecebeu o busto de Lucia-no da Silva, que lá noassento eterno onde subiu,se memórias desta vida seconsentem, deve estarorgulhoso, pela homena-gem. Como eles nos diziamuita vez. “Nunca vou

deixar de defender os meuspontos de vista. Sei queincomodo muita gente.Mas vou continuar”, disse-nos Luciano da Silva, maisdo que uma vez. Simporque, como já andamoshá uns anitos por aqui,ouvimos diretamente, nestecaso específico do home-nageado. E é disso quedamos conta.

“O patrício (como elesnos chamava, dado sermosde regiões muito próxi-mas), não sei como con-segue desenvolver o tra-balho que faz. Mas,continue. Se deixa de fazerreportagem, a comunidade

(Continua na página seguinte)

Dourado. Reúne entre 60 a70 pessoas chegando a

atingir as 100. Opresidente é Antonio

Teixeira, administrador davila de Bristol.

Frederico Pacheco dirigindo-se aos presentes duranteo ato de homenagem ao falecido médico Manuel Lucianoda Silva.

A homenagem prestada pela LALIS ao dr. Manuel Lu-ciano da Silva durante a parada do 4 de julho em Bristol.

O saudoso dr. Luciano da Silva junto ao monumento dosveteranos nos Amigos da Terceira, Pawtucket.

Page 8: Homenagem a Luciano da Silva

08 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

fica sem voz”.E esta voz com que tenho

o prazer de imortalizar aobra, os feitos, as distin-ções daquela ilustre figuraque será eternamentereconhecido pela comu-nidade.

Não foi por acaso que apresença do governoportuguês ali esteve. Foisim pelo reconhecimento aum grande homem e à obraque legou à posteoridade,como uma das mais rele-vantes f iguras que sepautou pela defesa dapresença lusa por estasparagens. Possivelmenteserá dos portugueses querecebeu mais distinções econdecorações, enalte-cendo o seu notável tra-balho. Recebeu tudo o quehavia para receber. E talcomo acima se refere,muitos gostariam de ter umcurrículo desta enverga-dura, mas só nunca oconseguiram, porque nomeio de tudo isto existia ohomem, o humanitário, opai de família. O homemque deixava a sua obra falarpor si. O homem que sedirigia ao colega de me-dicina como ao maissimples dos mortais, com amesma amabilidade. Aestes últimos, que reconhe-cia a falta de instrução,fazia-o com a linguagemque eles percebiam.

Se Luciano da Silvarecebeu esta homenagem atítulo póstumo, no ano de1995 foi galardoado ereconhecido, quando noapogeu da sua carreiramédica, de historiador e dehumanitário, com o PeterFrancisco Award, instituídopela União PortuguesaContinental, hoje divisãoda Luso American LifeInsurance, que lhe foientregue durante uma gala

Manuel Luciano da Silva homenageado em Bristol(Continuação da página anterior)

no Viking Hotel, em New-port, RI.

Realçando o valor dacondecoração, podemosacrescentar que a primeiraindividualidade a recebertal distinção foi senadorJohn F. Kennedy no ano de1959, e que mais tarde viriaa ser presidente dos EUA,contando-se ainda o car-deal Humberto SousaMedeiros, arcebispo deBoston e que foi distin-guido em 1975. No ano de1980 o galardão seriaatribuído a Claiborne Pell,senador federal de RhodeIsland e que mantinharelações muito próximascom a comunidade portu-guesa. Seu pai foi embai-xador dos EUA em Por-tugal.

No ano de 2005 a dis-tinção recaiu no saudosoJosé Figueiredo, distintoprofessor universitário emais uma das relevantesfiguras lusas que tivemosentre nós, onde foi presi-dente da União PortuguesaContinental e no vice-presidente emeritus Fran-cisco Mendonça.

Como se vê, a UniãoPortuguesa Continentalreconheceu o grande ho-mem e médico que foidaquela prestigiosa orga-nização, quando este eranotícia pelos seus trabalhosde investigação e princi-palmente de grande hu-manitário.

No ano de 2013 a LusoAmerican Life Insurance,divisão da União Portu-guesa Continental, prestoumais uma homenagem aLuciano da Silva, atravésde um carro alegórico nafamosa parada do 4 dejulho, que foi classificado“o melhor em parada”. Ahomenagem foi presen-ciada por milhares de

pessoas.Frederico Pacheco foi o

impulsionador desta ho-menagem a título póstumo,concluída na passada sexta-feira, com o descerramentodo busto daquela presti-giante f igura da comu-nidade.

Traçou o perf il domédico, historiador, autor ehumanitário. Todos osoradores teceram os maisvivos elogios ao homena-geado.

“Para além da sua ati-vidade profissional, dei-xou-nos uma grande eimportante obra. Por estemotivo, foi alvo de inú-meras e valiosas distin-

ções”, disse Márcia Sousa,vice-cônsul de Portugal emProvidence.

A concluir a cerimónia,que teve obviamente apresença da viúva, filhos enetos, usaria da palavra,Frederico Pacheco, queenalteceu os valores quetornaram Luciano da Silva,um caso, direi único, emtermos de comunidade.“Era um homem incrível.Um médico com umsentimento incomparável.Podemos resumir a suaobra nas quatro palavrasque estão gravadas nopedestal em que assenta oseu busto.

Médico, historiador,autor, humanitário. Cadauma destas palavras temum significado profundo eelucidativo na vida deLuciano da Silva, cujamemória perdurará parasempre, no seio da comu-nidade”, disse FredericoPacheco.

“Cynthia Whallen Nel-son foi escultora do bustoe a pedra onde assentou éda Riverside Stone, de JackAfonso. Uma pedra espe-cial que poderá enfrentarsem entrar em decom-posição, as diferençasclimatéricas desta região”,acrescentou FredericoPacheco.

Tudo isto se pode tra-duzir parafraseando “OsLusiadas”: “E aqueles quepor obras valorosas, se vãoda lei da morte libertando”.

Assim o cantou Camões

e que nós oportunamentefomos buscar, dado ser amelhor forma de ilustrar ahomenagem ao saudosoLuciano da Silva.

O busto erguido em suamemória imortaliza a obrade uma das figuras maisproeminentes que a co-munidade conheceu nosúltimos tempos. O legadoque nos deixou fala daforma como viu, sentiu eviveu a sua comunidade.

E foi por este motivo queaquele homem do povo,vindo do povo, que nuncaabandonou, não obstante aposição de relevo alcan-

çado lá do assento eternoonde subiu, viu o seu povoreunido em tarde quente ehúmida, para lhe prestarmais uma homenagempóstuma e esta paraimortalizar a sua f iguranum busto.

Na posição e obrigaçãoque temos de preservar eprojetar acontecimentosdeste calibre, que enalte-cem, dignif icam, quali-ficam e imortalizam ho-mens que congregam em sias qualidade que devemreger o ser humano, passa-mos à posterioridade esteacontecimento.

Manuel Luciano da Silva ladeado por Craig Mello, prémioNobel da Medicina e pelo senador Marc Pacheco.

Manuel Luciano da Silva com um grupo de alunos visi-tantes dos Açores aquando dos 500 anos das cele-brações da chegada dos açorianos a esta região.

Manuel Luciano da Silvacom a Cruz de Cristo comque foi galardoado porparte da UPC/LALIS 1995.

Manuel Luciano da Silva com a professora Maria Líndia.

O dr. Manuel Luciano da Silva com o dr. Steven Tegu,dr. Nelson Martins e Frederico Pacheco, “Amigos daPedra de Dighton”, teoria de que Luciano da Silva foiacérrimo defensor.

Page 9: Homenagem a Luciano da Silva

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Continuamos a apoiar as festasde Nossa Senhora de Fátima

em Ludlow, pelo impactoque merecem junto

da comunidade!

A Cova da Iria da comunidade portuguesa nos EUA voltou aatrair milhares de pessoas ao Santuário de Fátima em Ludlow• Mau tempo impediu conclusão da missa campal e da procissão de velas, participada e assistida pormilhares de pessoas

• FOTOS E REPORTAGEM DE AUGUSTO PESSOA

O Santuário de Nossa Se-nhora de Fátima em Lud-low, continua a ser o pontode convergência de milha-res de devotos, da Virgemque apareceu aos três pas-torinhos na Cova da Iria.

Sendo um desses milha-res, deixamos Cumberland,RI, após concluída a pro-cissão, também em honrada Virgem de Fátima.

As festas em honra deNossa Senhora de Fátimaem Ludlow equiparam-seem termos de adesão àsGrandes Festas do EspíritoSanto da Nova Inglaterra,em Fall River, às celebra-ções do Dia de Portugal/ RI

(WaterFire) em Providen-ce, as festas de São Joãodo Clube Juventude Lusita-na, Cumberland, as festasdo Santíssimo Sacramentoem New Bedford, motivode encontro de grandesmultidões.

Mas com as duas compo-nentes, religioso e popular,as festas de Nossa Senhorade Fátima, são únicas.

O santuário de Nossa Se-nhora de Fátima em Lud-low pode considerar-se aimagem mais fidedigna daCova da Iria na diáspora.

São milhares de pessoasque anualmente ali conver-gem, um número que tendea crescer.

A comunidade de Lud-low não sendo muito gran-de, tal como nos dizia oproprietario do restauranteTony & Penny: “Os portu-gueses aqui, são muitoconcretizadores. Há cida-des com larga percentagemde portugueses e que nãodispõem de tantas inicia-tivas comunitárias, como

temos por aqui. Mercea-rias, pastelarias, charcuta-rias, restaurantes, lojas debebidas. E todas elas redo-bram o negócio de vendanos dias de festas. O sábadode manhã é dedicado àscompras. E vai de encher oscarros, com o chouriço eoutros produtos famosos deLudlow”, disse o proprietá-rio daquele restaurante, queelogiou João Salema, em-presário de Dunkin Donuts,dizendo que “tem sido umgrande apoiante das festase da igreja de Nossa Se-nhora de Fátima”.

São excursões organiza-das pelas associações daNova Inglaterra que aliconvergem, principalmenteno domingo das festas, paratomar parte na majestosaprocissão que transformatodo o espaço do santuárioe as ruas circunvizinhas,num autêntico mar degente. A noite é iluminadapor milhares de velas, queos crentes transportam emadoração à Virgem.

Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Comunidades 09

(Continua na página seguinte)

Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Ludlow.

Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Ludlow

O padre Victor Oliveira comunicava aos presentes oencerramento das festividades devido à chuva.

Um grupo de fiéis proveniente do Women & InfantsHospital de Providence, Rhode Island.

As más condições atmosféricas como se pode ver pelafoto acima acabariam por impedir o final da missacampal, assim como a procissão de velas de domingoque atrai milhares de pessoas.Na foto abaixo, a cruz onde são queimadas as velas.

Page 10: Homenagem a Luciano da Silva

Se bem que a aderênciafosse na ordem dos mi-lhares de pessoas, um fortetemporal que caiu sobreaquela área, durante amissa, obrigou a que estafosse interrompida e aprocissão fosse cancelada.Não era só a chuva, masuma forte trovoada, queabateu sobre o santuário, oque levou a polícia a pedirpara abandonar o local, queé povoado de árvores e que

Festa de Nossa Senhora de Fátima em Ludlow

podem atrair as faíscas. Podiam-se ver-se pelas

chapas de matrículas doscarros, os que vêm dosestados de Connecticut,New Jersey, Pennsylvania,New York, Flórida, numaromagem que já faz partedo calendário comunitário.

Do ponto mais alto dosantuário onde esta a ca-pela, local de celebração damissa campal, desfruta-seuma imagem magníf icados milhares de pessoasque ali acorrem para tomarparte na solene eucaristiaque antecede a procissão.

Simplesmente impres-sionante.

Mas as 30 mil pessoasregistaram-se num só dia,com os restantes dias dosfestejos a movimentarnúmero idêntico ou supe-rior.

O santuário mariano deLudlow bem se podeconsiderar a Meca dosportugueses devotos daVirgem Maria.

O crente ou mesmo o quevai pela curiosidade de vercomo é, para contar, comofoi, depara com uma igrejamoderna, que convida a

entrar.Um conjunto de sete

naves sendo a central amaior de acesso à portaprincipal do templo, sãoencimadas pela torresineira, cujo toque convidaao retiro e oração. O altartem por fundo a imagem doPai irradiando luz comfiguras de anjos povoandoo espaço azul. Mais abaixouma réplica da última ceia.Ladeiam todo este conjuntode grande beleza e ima-ginação uma imagem daaparição da Virgem Mariae do lado contrário umconjunto de raios apanha-dos nas mãos por dois anjosnum simbolismo do Espí-rito Santo. O resguardo en-tre o coro e a parte de baixoda igreja é mais uma obrade arte de apurado artista.O azulejo prolifera e recriaa basílica de Fátima la-deada pela irmã Lucia eJacinta. Francisco é relem-brado numa foto ao lado docoro, sem, esquecer o papaJoão XXIII.

Mas há mais. O santuárioem sucalcos mostra na baseo formato de uma cruz nochão em cimento, que

gradualmente vai enchendocom o copo de vidro ondearde a chama da esperançada vida do crente a quem asaúde tem sido adversa. Emfrente e já na direção dacapela um brilhante con-junto escultório, mostra ostrês pastorinhos em ado-ração à Virgem Mãe. Oscrentes têm local para seajoelharem e oferecer assuas orações à padroeira daigreja portuguesa deLudlow.

Um pouco sobre a direitaestá o fontenário de SantoAntónio e onde uma vezmais está patente a arte doajulejo.

No topo está a capelinhaonde anualmente é celebra-

da a missa campal. Masuma missa campal quereúne 30 mil pessoas. Umamultidão que faz do san-tuário de Nossa Senhora deFátima em Ludlow, aréplica mais fidedgna daCova da Iria em 13 deMaio.

Não será por acaso que aUnião Portuguesa Benefi-cênte de Pawtucket, oCranston Portuguese Club,a irmandade do Bom Jesusde Rabo de Peixe, ali levamanualmente dois e trêsautocarros.

Aqui temos mais umaréplica da Cova da Iria,onde as pessoas se fazemacompanhar de farnéis,quando ali vão em pere-grinação nos dias 12 e 13de Maio e cada ano.

Mas já que falamos emfarníis, estes são motivo dereunião familiar pelosrelvados do santuário emLudlow. Há mesmo quemlevante pequenas tendas,que dão para proteger dosol ou mesmo de algumchuvisco, chuva torrencialno domingo, dia 31, sob aqual é estendido o farnel deonde todos comem.

10 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

(Continuação da página anterior)

Fiéis rezando no Santuário de Fátima em Ludlow.

Agostinho Cabral, presidente da União PortuguesaBeneficente junto à cruz de velas no Santuário de NossaSenhora de Fátima em Ludlow.

O casal Silva de Lowell devotos de Nossa Senhora deFátima no Santuário em Ludlow.

As fotos acima e ao lado em baixo documentam ointerior da igreja de Nossa Senhora de Fátima emLudlow que recebeu, uma vez mais, milhares depessoas durante as cerimónias em honra daVirgem Maria. Estas cerimónias atraem crentes dosestados de Rhode Island, Massachusetts,Conneticut, New Jersey, Nova Iorque e mesmoFlórida. Estas festas são as que mais se aproximamda iniciativa semelhante na Cova da Iria em Fátima,onde a se registaram as aparições aos trêspastorinhos, imagem que também é preservada evenerada em Ludlow.

Passagem da solene eucarístia, na foto em cima, quandoa chuva já se fazia sentir torrencialmente, tal como sepode comprovar pelas senhoras que se abrigavamdebaixo dos guarda-chuvas, na foto em baixo.

Page 11: Homenagem a Luciano da Silva

Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Comunidades 11

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“Homenagem aos Cantadores de Improviso”foi o tema das festas de São Vicente de Paulodos Amigos da Terceira rodeadas do maior êxito• FOTOS E TEXTO DE AUGUSTO PESSOA

Os Amigos da Terceirasão o reduto mais si-gnificativo dos costumes etradições açorianas, comespecial incidência da ilhade Jesus.

O passado fim de semanafoi disto um exemplo, commais uma edição das festasem honra de São Vicente dePaulo.

O tema foi “Homenagemaos Cantadores de Im-proviso”, que movimen-taria algumas centenas depessoas, que esta coisa depoder ver ao vivo JoãoLeonel, “O Retornado”, emterras americanas nãoacontece todos os dias. Mascomo um mal (neste casoum bem) nunca vem só,com o célebre “Retornado”veio José Esteves, ambosda ilha Terceira. De SãoMiguel vieram PauloMiranda, “O Chiquinho”, eVictor Ponte. Daqui do péda porta veio o celebrePapoila, que não seamedrontou com os nomessonantes a seu lado.

Para completar o grupo

das cantorias esteve aindaJoão Branco e AlbertoSousa.

O “home” colocou-se embicos de pés e dizem os

entendidos que se “de-fendeu” muito bem e“atacou” ainda melhor.Mais ou menos picado acantoria agradou. Oumelhor agradaram. Poisque foi quinta, sexta,sábado em pleno cortejoetnográfico e domingo, empalco e sob calor abrasador.Vejam o programa“Comunidade em Foco”,pelas 9:00 de sábado epodem ali ver passar daspalavras à imagem.

A imagem, a foto, otexto, a reportagem dasfestas de São Vicente dePaulo, são preservadas eprojetadas, graças ao

Portuguese Times ePortuguese Channel, quecaso contrário seria umtrabalho e um êxitoresumido ao local doacontecimento.

E é isto que Victor Santos

espera. Ver o seu trabalhoà frente de uma numerosaequipa, preservado eprojetado.

A sexta-feira teve cortejoda rainha, acompanhadopela filarmónica do Chino,

Califórnia. Sem esquecer amarcha das festas, que feza sua estreia perantemilhares de pessoas, nasGrandes Festas do EspíritoSanto em Fall River e esta

Cantadores ao desafio transportaram o andor com aimagem de São Vicente de Paulo.

Um dos bonitos carros de bois que desfilaram no cortejo etnográfico do bodo de leitedos Amigos da Terceira em Pawtucket.

(Continua na página seguinte)

A simpatia e tradição distribuída nos Amigos da Terceiraem Pawtucket.

As marchas populares da União Portuguesa Beneficente tomaram parte no cortejoetnográfico do bodo de leite dos Amigos da Terceira.

Page 12: Homenagem a Luciano da Silva

12 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

acompanhada pela BandaNova Aliança de SantoAntónio de Pawtucket.

O arraial foi abrilhantadopelos “Irmãos Severino”,vindos da ilha de São Jorge.

O sábado cantou bemalto o poder de iniciativadas gentes dos Amigos daTerceira. Um vistoso ecolorido cortejo etnográ-fico atraiu algumas cen-tenas de pessoas ao ca-minho, para verem desfilarum conjunto de usos ecostumes.

Mas antes do cortejoetnográfico do Bodo deLeite, e pelas 8:30 damanhã teve lugar no salãonobre dos Amigos daTerceira um colóquio sobrecantadores de improviso.Acontecimento único porestas paragens, como aliásjá o havia sido o colóquiosobre o carnaval. LiduinoBorba foi o orador prin-cipal, com alguns livros

publicados sobre aqueletema. Mário Costa falousobre a Turlu e o Charrua,sobre os quais tambémescreveu um livro.

O cortejo etnográf icoteve passagens muito cu-riosas, desde a Tasca, doClube Recreativo e Cultu-ral do Warren, até aos

carros de bois, com as suascoloridas cangas.

O grupo Cantares da Ilhado Sol, do Centro Culturalde Santa Maria, EastProvidence, também seassociou com todo o seutradicionalimo à festa dosAmigos da Terceira.

E chegou o domingo.

Houve missa e procissão decoroação. A banda do Chi-no, Califórnia e a BandaNova Aliança de SantoAntónio de Pawtucketabrilhantaram o cortejoreligioso. Pela tarde houveconcerto e cantoria.

Festa de S.Vicente de Paulo(Continuação da página anterior)

(Mais fotos na página 14)

A rainha durante o cortejo de sexta-feira realizado emsua honra.

Na foto ao lado, o andor com a imagem de Santa Isabelsaindo da sede do Centro Comunitário Amigos daTerceira em Pawtucket.

A banda do Clube Juventude Lusitana, Cumberland.

Matthew Silva com Dulce Matos durante o desfile damarcha popular dos Amigos da Terceira.

Hélio Melo e esposa, ativo elemento comunitário da área de Boston deliciando-secom os petiscos bem à portuguesa no arraial dos Amigos da Terceira.

Victor Santos faz entregade uma placa ao cantadorde improviso, José Plá-cido, durante o colóquiorealizado na manhã desábado.

Um elemento da banda de Chino

O grupo das marchas dos Amigos da Terceira em frente à sede.

Page 13: Homenagem a Luciano da Silva

Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Comunidades 13

Saudamos a comissão organizadora das Grandes Festasdo Espírito Santo da Nova Inglaterra pelo sucesso

das festividades em Fall River!

Irmandade do Espírito Santo do Piconas Grandes Festas em Fall River

As fotos documentam a representação da Irmandade doEspírito Santo do Pico, de New Bedford, no cortejoetnográfico e procissão de coroação das Grandes Festasdo Espírito Santo da Nova Inglaterra em Fall River.

O casal José e Dulce Matos na procissão de coroação.

José e Dulce Matos durante o cortejo etnográfico dobodo de leite das Grandes Festas do Espírito Santo daNova Inglaterra.

O casal Lemos

Na foto abaixo, a presi-dente Dulce Matos e res-tantes corpos diretivos daIrmandade do EspíritoSanto do Pico, NB.

Page 14: Homenagem a Luciano da Silva

14 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

37.ª CONFRATERNIZAÇÃOMANGUALDENSE

05 de Outubro de 2014

Clube Juventude LusitanaCumberland, RI

Hora Social: Meio-diaAlmoço: 2:00 PMEMENTA: • Sopa • Salada • Filetes com Arrozde Tomate • Morcela • Torresmos • VegetaisA MEIO DA TARDE: Caldo Verde e Queijo da Serra

Convidados de honra:

JOÃO AZEVEDOPresidente da Câmara Municipal

de Mangualde... e mais surpresas!!!

ENTRETENIMENTO

MARTINHOBAPTISTA

&

SPEED LIMITPara bilhetes contactar:

Albano Saraiva (401) 724-8230 • Jack Costa (401-996-4242)• José Costa (401-728-5516) • Adrião Costa (401-744-5599)• Celeste (401-935-7906)

Confraternização de naturais da ilha do Picoem Cranston a 18 de outubro

Tem lugar a 18 de ou-tubro de 2014 a Confra-ternização Picoense, quetem por palco o CranstonPortuguese Club, Cranston.

Este convívio anual temmovimentado os naturaisda ilha do Pico que aliconvergem para o encontroamigo e familiar.

É aguardada a presença

dos três presidentes dascâmaras municipais da ilhado Pico, no que se antevêde um grande encontroregional.

O elenco diretivo, estáconstituido por:

Manuel Faria (508) 336-4992; Bernardette Amaral(401) 724-1017; ManuelAndrade (401)465-7552

Manuel Ferreira (401) 438-3439; Manuel Goulart(401) 253-8858; FlaminioAndrade (508) 838-7917Manuel Xavier (401) 434-7131 Ernesto Oliveira(401) 359-3535 MarioGoulart (508) 336-3374Celestino Vieira (401) 438-1149 Antero Bettencourt(401) 270- 7875

Festa de SãoVicente dePaulo dosAmigos daTerceira emPawtucket

O carro alegórico do Clube Recreativo de Warren

A abertura do desfile com o grupo de veteranos dasForças Armadas de Taunton.

Na foto acima, Albert Sousa com Victor Santos. Na fotoacima à direita, Mário Costa falando sobre Turlu eCharrua durante o colóquio sobre cantorias ao desafio.Na foto à direita, João Leonel, “O Retornado” exibindoum livro que Eduino Borba escreveu sobre este cantadorterceirense.

Page 15: Homenagem a Luciano da Silva

Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Publicidade 15

SÁBADO, 04 DE OUTUBRO 2014 — NEW BEDFORD SPORTS CLUB — NEW BEDFORD, MA

XXII CONVÍVIO DE NATURAIS E AMIGOS DOCONCELHO DA RIBEIRA GRANDE, S. MIGUEL

Bilhetes à venda:NEW BEDFORD

North End StereoNew Bedford Sports

FALL RIVERPacheco Insurance

CAMBRIDGEPiques Travel

AgencyEAST PROVIDENCE

Gaipo’s Meat Market

...ou ainda atravésde qualquer membro

da comissãoorganizadora

6:00 PMCocktail

7:00 PMJantar

Ementa de estilo familiar• Sopa • Salada

• Filetes de peixe• Carne assada c/batatas

• Vinho, refrigerantescafé e sobremesa

MúsicaAIRES FERREIRA

Bilhetes: $30 para adultos • $15 para crianças até 12 anos

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1337 Cambridge Str., Cambridge, MA(617) 491-3405

• Ferramentas • Tintas • Escadotes• Janelas • Materiais de construção• Eléctrico • Canalização• Reparações em portas e janelas• Papel decorativo

Saudamos e convidamos os naturais daRibeira Grande a tomarem parte no convívio!

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Conhecemos o mundobem... e Portugal melhordo que ninguém!

LIBERAL BAPTISTAgerente

1158 Cambridge StreetCambridge, MA

(617) 876-7217

LIVEIRA SHIPPINGTransportamos:

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para Açores c/10 dias de viagemEm colaboração com a Atlantic Shipping para Cabo Verde

Temos espaço em contentores para a Figueira da Foz, Lisboa, Matosinhos,Leiria, Oliveira do Bairro, Santa Joana, Aveiro e Vila Nova de Tazem

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Tel. (508) 675-9532 — 1-800-722-1178

ALEXANDRE GAUDÊNCIOPresidente da Câmara Municipal

da Ribeira Grande

Homenagemao Imigrante do Ano

ÁLVAROSILVA

Natural da Lombada Maia

e residentena Califórnia

Presença de umarepresentação dos

Bombeiros Voluntáriosda Ribeira Grande

Page 16: Homenagem a Luciano da Silva

Dunkin DonutsPlainville, MA

Carlos Santos

Saudamos os naturais de VilaFranca do Campo, S. Miguel

com votos dos maiores sucessospara o 22.º convívio

X X I I C O N V Í V I O D O S N A T U R A I SX X I I C O N V Í V I O D O S N A T U R A I SD E V I L A F R A N C A D O C A M P OD E V I L A F R A N C A D O C A M P O

S á b a d o , 0 4 d e o u t u b r oS á b a d o , 0 4 d e o u t u b r oWhite’s of Westport — 6:00 PM-MEIA NOITE

Convidado de honra

Ricardo

Rodrigues

Presidente

da Câmara

Municipal de

Vila Franca

do Campo

Homenagem a

ARMANDO FONTES

Futebolista profissional natural de Vila Franca doCampo e que durante oito épocas (1978-1986)

representou o Sporting de Braga.Iniciou a sua carreira ao serviço do

Desportivo de Vila Franca, levando a popularequipa de “Os Pretos” a sagrar-se, pela primeira

e única vez campeã de S. Miguel.

Para reserva de bilhetes contactar:Rhode Island — José Mota (401-722-1486)Somerville/Cambridge — José Machado (617-718-7049)Taunton — Lídia Furtado (508-822-2511)Fall River — Eduardo Fanfa (774-488-9118)

16 Publicidade PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Page 17: Homenagem a Luciano da Silva

166 Central St., P.O. Box 427, Hudson, MA 01749 (978) 562-3495

Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Publicidade 17

10.º CONVÍVIO DOSAMIGOS DE SANTO ESPÍRITO

Ilha de Santa Maria

SÁBADO, 11 DE OUTUBRO, 2014“Riverview” Clube Português de Hudson

13 Port Street, Hudson, MA6:00 PM-MEIA NOITE — 6:30 - jantar com ementa variada

Admissão: $25 (adultos — Crianças (6-12 anos): $12

Convidados de honra

Irmãos Antónioe José Frias

Presidente e vice-presidente

da S&F CONCRETE

Música até à meia-noiteGRUPO DE CANTARES “OS CAGARROS”

de Cambridge, Ontário, CanadáGRUPO DE NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS

de Hudson, MA

Page 18: Homenagem a Luciano da Silva

18 Comunidades PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

BEIRA ALTARESTAURANTE

826 Plymouth Ave., Fall River, MA

(508) 672-2921

• Bom ambiente• Boa música• Boa comida• Muita alegria

apresenta

Os melhores pratos da cozinha portuguesa• Caldo Verde • Sopa Alentejana • Ameijoas à Espanhola• Ameijoas à Bulhão Pato • Camarão à Moçambique• Paelha à Valenciana • Mariscada à casa• Lagosta à Beira Alta • Bacalhau cozido/assado• Espadarte Grelhado • Pargo no Forno • Bife à casa• Bife à Portuguesa • Costeleta de vaca assada/grelhada• Lombo de Porco assado • Carne de Porco à Alentejana• Espetada à Madeirense, etc....SOBREMESAS:Arroz Doce • Pudim Flan • Leite Creme • Salada de Fruta• Bolo de Queijo • Tiramissu, etc....

Amplo e modernosalão para

banquetes até400 pessoas e todo

o tipo de festa

ZÉAMARO

10, 11 e 12de Outubro

QUIMBARREIROS

29 e 30de Novembro

O bustoerguido emhomenagemao dr.Luciano daSilvailustrehistoriadorautor egrandehumanitárioque acomunidadeimortalizoucom omonumentono ParqueMosaico, emBristol.

Na qualidade de grande amigo do dr. Luciano da Silva saudamosa comissão responsável pelo busto erguido em sua memória

e inaugurado na passada sexta-feira em Bristol.A Academia do Bacalhau também se reúne no restaurante

Beira Alta com bacalhau gratinado

Page 19: Homenagem a Luciano da Silva

Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Portugal 19

ÁGUEDA. Guarda-chuvas “por cima de uma rua” na baixada cidade no âmbito da exposição de arte “Projeto Guarda-chuvas no céu”; dia 3. Foto (em baixo) tirada por José Coelho/Lusa

ALCÁCER DO SAL. A Junta de Freguesia do Torrãoatribuiu mais um incentivo à natalidade. Por cada bebé quenasce na freguesia, a junta atribui 250 euros. Desde janeirodeste ano já foram atribuídos cinco apoios.

BAIÃO. Os passeios que a Câmara oferece anualmenteaos idosos do concelho registam este ano 1.440 inscritos.Divididos por três grupos as deslocações reúnem idosos deAncede, Ribadouro, Santa Leocádia, Mesquinhata, Grilo eGôve. Na terça-feira, serão contemplados os idosos deCampelo, Ovil, Loivos do Monte, Valadares, Santa Cruz doDouro, São Tomé de Covelas, Viariz, Santa Marinha doZêzere, Frende, Tresouras, Loivos da Ribeira, Teixeira,Teixeiró e Gestaçô. O destino final dos passeios é a regiãodo Minho, com paragens no Santuário de Santa Quitéria, emFelgueiras, onde vai ser celebrada uma missa, e nossantuários do Bom Jesus e Sameiro. Os grupos rumarãodepois a Viana do Castelo, para visita ao Santuário de SantaLuzia e ao parque da cidade.

CASTRO MARIM. Em pleno século XXI, há meia centenade povoações serranas deste concelho algarvio que aindanão dispõem de água domiciliária tratada e onde oabastecimento é feito através de fontanários públicos ou furosdos próprios habitantes, mas onde nos últimos anos asdificuldades de abastecimento têm sido cada vez maiores. Asituação espera-se que fique resolvida o mais breve possívelcom o arranque de obras de intervenção para dotar essaspopulações de água canalizada.

MATOSINHOS. “Os Hospitalários no Caminho deSantiago” regressam a Leça do Balio, entre 11 e 14 desetembro, sendo esta nona edição da feira medieval ondese reconstitui os dias do casamento do rei D. Fernando eDona Leonor. O casamento, em 1372, entre rei D. Fernandoe Dona Leonor Telles, que aconteceu no Mosteiro de Leçado Balio, dá o mote para a feira medieval, que abre comrecriação histórica do anúncio da visitação do reposteiro-morde D. Fernando ao mosteiro e termina com a encenação dopolémico matrimónio.

REDONDO. Um curro de touros da ganadaria MurteiraGrave vai ser lidado por ocasião da tradicional corrida detouros, a realizar no Coliseu de Redondo, no dia 05 deoutubro. O espetáculo taurino está integrado na tradicionalFeira de São Francisco da vila de Redondo.

TORRES VEDRAS. Um comboio embateu, dia 01, numautomóvel na linha ferroviária do Oeste, (foto em baixo tiradapor Carlos Barroso/Lusa) causando ferimentos ligeiros nocondutor, depois de este ultrapassar o sinal vermelho dapassagem de nível com guarda, no Ramalhal, Casal daParódia.

Processo Face Oculta

Tribunal condenou 11 arguidos com prisão efetivaincluindo José Penedos e Armando Vara

Arguidos aguardam na sala de audiência pelo início daleitura do acórdão do caso “Face Oculta”.

Foto: Paulo Novais/Lusa

O Tribunal de Aveiro condenou sexta-feira, a penas deprisão todos os arguidos do processo “Face Oculta”, masapenas 11 irão cumprir penas de prisão efetiva, incluindoo ex-ministro Armando Vara e o ex-presidente da RENJosé Penedos.

Armando Vara foi condenado a uma pena única de cincoanos de prisão efetiva, em cúmulo jurídico, por três crimesde tráfico de influência de que estava acusado.

O coletivo de juízes deu como provado que o antigoministro e ex-vice-presidente do BCP recebeu 25 mil eu-ros do sucateiro Manuel Godinho, o principal arguido nocaso, como compensação pelas diligências por siempreendidas e a empreender, a favor das suas empresas.

A mesma pena foi aplicada ao ex-presidente da REN(Redes Energéticas Nacionais) José Penedos, que erasuspeito de ter transmitido informações privilegiadas aoseu filho, Paulo Penedos, para favorecer Manuel Godinhonos negócios com a empresa.

A pena mais gravosa (17 anos e meio de prisão) foiaplicada a Manuel Godinho, que foi condenado por 49crimes de associação criminosa, corrupção, tráfico deinfluência, furto qualif icado, burla, falsif icação eperturbação de arrematação pública, resultando em 87anos e 10 meses a soma das penas parcelares.

Dos restantes oito arguidos, que faziam parte da “redetentacular” de Manuel Godinho, apenas o sobrinho dosucateiro foi condenado com uma pena de prisão efectiva(cinco anos e seis meses).

O tribunal condenou ainda outros seis arguidos (SilvaCorreia, Manuel Guiomar, Paiva Nunes, João Tavares,Manuel Gomes e Afonso Costa) a penas de prisão efetivaque variam entre os quatro anos e meio e os seis anos emeio.

Todos os restantes arguidos foram condenados compenas suspensas, condicionadas ao pagamento de quantiasentre os três mil e os 25 mil euros a instituições de

solidariedade social, na área da sua residência.As defesas dos principais arguidos manifestaram

intenção de recorrer do acórdão condenatório.O processo “Face Oculta”, que começou a ser julgado

há quase três anos, está relacionado com uma alegada redede corrupção que teria como objetivo o favorecimento dogrupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho, nosnegócios com empresas do setor empresarial do Estado eprivadas.

O Ministério Público (MP) acusou 36 arguidos,incluindo duas empresas, de centenas de crimes de burla,branqueamento de capitais, corrupção e tráf ico deinfluências.

Nas alegações finais, o MP tinha pedido a condenaçãode todos os acusados, defendendo a aplicação de penas deprisão efetivas para 16 arguidos, incluindo Armando Vara,José Penedos, Paulo Penedos e Manuel Godinho, e penassuspensas para os restantes.

Todos os advogados de defesa tinham pedido aabsolvição dos arguidos por insuficiência de provas.

Incêndios em PortugalOs incêndios florestais consumiram este ano 11.745

hectares, cerca de 10 vezes menos do que a área ardidaem igual período de 2013, divulgou o Instituto daConservação da Natureza e das Floretas (ICNF).

Entre 01 de janeiro e 31 de agosto, os fogos provocaram11.745 hectares de área ardida, enquanto no mesmoperíodo do ano passado já tinham sido consumidos pelaschamas 123.371 hectares. As ocorrências de incêndio dimi-nuíram para metade este ano, tendo-se registado 6.406fogos florestais entre 01 de janeiro e 31 de agosto, menos53 por cento do que no mesmo período de 2013.

Detido dono de hospedariado Porto por alegado homicídioe ocultação de cadáver

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou sexta-feira a detençãodo dono de uma hospedaria no centro do Porto porsuspeitas de ter matado um hóspede, em fevereiro, cujocadáver foi recolhido na quarta-feira da semana passadana arrecadação daquela unidade.

O detido, de 52 anos, é suspeito da autoria dos crimesde homicídio qualificado e de ocultação de cadáver.

O caso ocorreu em fevereiro numa hospedaria na ruado Loureiro, “na sequência de uma discussão relativa auma dívida de hospedagem que envolveu o arguido e avítima”, que ali se encontrava hospedada.

Défice com medidasextraordinárias pode alcançar10% do PIB

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO)admite que o défice orçamental este ano, em contabilidadenacional, pode alcançar os 10% do PIB, ao incluir o totalde medidas extraordinárias, como a recapitalização doNovo Banco.

Segundo o parecer da UTAO ao segundo orçamentoretificativo do ano, a que a agência Lusa teve acesso, “odéfice orçamental subjacente ao segundo orçamentoretificativo de 2014 pode alcançar 10% do PIB”, seconsideradas “todas as operações com relevância”.

Os técnicos da UTAO afirmam que “a confirmar-se aclassificação do reforço do capital do Novo Banco comouma transferência de capital em contas nacionais, asoperações de natureza extraordinária contribuem paraagravar o défice em 5,9 pontos percentuais do PIB”.

Colheita de uva na região Tejodeve produzir 50 milhõesde litros de vinho

A Comissão Vitivinícola da Região do Tejo (CVR Tejo)calcula que a colheita de uva deste ano seja suficiente paraproduzir cerca de 50 milhões de litros de vinho.

Segundo o diretor geral da CVR Tejo, João Silvestre, “amelhoria da qualidade é uma preocupação constante dosprodutores que são os responsáveis pelo prestígioalcançado pelos vinhos da região nos últimos anos e onosso papel é aumentar a penetração e notoriedade a nívelnacional e internacional”.

A CVR Tejo considera ainda que este desempenho irámanter fortes as exportações e a afirmação da marca‘Wines of Portugal’.

Os vinhos do Tejo atingiram nos primeiros seis mesesdo ano o número recorde de 189 medalhas em concursosnacionais e internacionais, contra as 142 de 2013, nomesmo período.

Ao todo foram distinguidos 123 vinhos tintos da regiãoTejo, 63 brancos e três rosés, num total de três medalhasde excelência, cinco de grande ouro, 57 de ouro, 80 deprata e 44 de bronze.

A região dos vinhos do Tejo é composta por um total de17 mil hectares, que produzem, anualmente cerca de 550mil hectolitros.

Os três maiores mercados da região foram, em 2013,Angola, Suécia e China.

IPO/Porto fez mais de dois miltransplantes de medula ósseaem 25 anos

O Serviço de Transplantação de Medula Óssea (STMO)do Instituto Português de Oncologia do Porto (inauguradoa 12 de outubro de 1988) celebrou sexta-feira os 25 anosdo primeiro transplante, realizado num doente que aindaestá vivo.

Este serviço completou recentemente dois miltransplantes, com uma taxa de sucesso que ronda os 90%.

Page 20: Homenagem a Luciano da Silva

20 Açores/Madeira PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Açorianos nos EUA querem participarnas eleições da Assembleia Regional

Os açorianos que vivem nos Estados Unidos queremparticipar nas eleições legislativas regionais, afirmaramos responsáveis das duas principais organizações de luso-americanos.

Tanto o presidente da Organização Nacional de Luso-Americanos (NOPA), Francisco Semião, como opresidente da Portuguese American Leadership Councilof the US (PALCUS), Fernando Rosa, referiram que sãocontactados por pessoas com esta reivindicação.

“Há pessoas que nos contactam, queixando-se, mas ainiciativa deve partir do Estado português, que devefacilitar o processo eleitoral”, defendeu Fernando Rosa àagência Lusa.

Os açorianos da diáspora podem votar nas eleiçõeslegislativas nacionais, mas estão impedidos pelaConstituição de participar no escrutínio que determina acomposição da Assembleia Legislativa dos Açores.

Calcula-se existirem três vezes mais açorianos a viverfora da região do que os atuais cerca de 250 mil habitantes.

A grande maioria desta diáspora reside nos EstadosUnidos, sobretudo em Massachusetts e Califórnia.

“Acredito que todo o cidadão deve ter o direito de votare participar nas escolhas do seu país. Pertence ao paísencontrar uma maneira de incluir esses cidadãos, mesmoquando estão longe do seu território natal”, disse FranciscoSemião à agência Lusa.

Na sua opinião, “os políticos têm uma obrigação paracom os cidadãos da diáspora” e “o direito de votar é vitalpara as comunidades, dando-lhes um sentido mais fortede identidade e poder, e, ao mesmo tempo, responsabilizaos políticos.”

A questão é antiga, mas foi lembrada este verão pelo

antigo presidente do Assembleia Regional Guilherme ReisLeite.

“Há um equívoco nas nossas instituições políticas,quando os deputados que estão na Assembleia LegislativaRegional defendem que são os legítimos representantesdo povo açoriano. Não são, porque o povo açoriano não éapenas o que reside nas ilhas”, defendeu o político, durantea Universidade de Verão promovida pelo Instituto Açorianode Estudos Europeus e Relações Internacionais (IAEERI).

À agência Lusa, Reis Leite disse que, “neste momento,quem vota são os portugueses residentes nas ilhas, o povoaçoriano não tem personalidade política e não pode votarcomo tal”.

Para alterar esta situação, que se repete na Madeira, seriapreciso uma revisão constitucional, mas Reis Leite diz quea questão “tem sido empurrada da revisão do EstatutoPolítico-Administrativo da região para a revisão daConstituição e, por isso, nunca avançou.”

“A nossa assembleia tem um equilibro muito frágil, asmaiorias são sempre muito reduzidas, e isto podia fazer adiferença. Os partidos do arco da governação não estãointeressados. Não há vontade política”, explicou orepresentante.

Para Reis Leite, o que esta na base deste problema é quea Constituição “considera a região autónoma como umacircunscrição territorial, não como uma verdadeiraautonomia” e que isso impede a participação democráticade milhares de açorianos.

“É uma opção política, que não reconhece a existênciade uma forma especial de ser português, o ser açoriano, enega direitos políticos a este povo”, concluiu Reis Leite.

Lusa

Ilhas Desertas recebem DiplomaEuropeu para Áreas Protegidas

Eladio Fernandez-Galiano, responsável pelo Ambienteno Conselho da Europa, entrega a Alberto JoãoJardim, presidente do governo regional da Madeira,o Diploma Europeu para as Áreas Protegidas àReserva Natural das Ilhas Desertas em cerimóniarealizada na Quinta da Vigia, Funchal.

Foto: Homem de Gouveia/Lusa

O mais alto responsável do Conselho da Europa naárea da Biodiversidade e Ambiente, Eladio Fernandez-Galiano, disse que a Reserva Natural das Ilhas Desertas,na Madeira, é “uma das joias da coroa da naturezaeuropeia”.

Eladio Fernandez-Galiano entregou na quinta-feiraà região o Diploma Europeu para as Áreas Protegidasdo Conselho da Europa às ilhas Desertas, referiu, ainda,que o arquipélago tem de mostrar que continuará aproteger a reserva durante os cinco anos em que vigoraa distinção.

O responsável indicou como fatores “extraor-dinários” considerados para atribuição da distinção “osendemismos que têm as ilhas Desertas e, em particular,todo o trabalho que foi feito para recuperar o lobo-marinho”.

“Estou certo de que a Madeira continuará a defendere a preservar as ilhas Desertas”, que “são um êxito”,declarou.

As ilhas Desertas, na Madeira, são consideradas um“paraíso” de mamíferos como a foca-monge ou o lobo-marinho e de aves como a freira do Bugio ou a alma-negra.

O Diploma Europeu para as Áreas Protegidas é umgalardão atribuído pelo Comité de Ministros doConselho da Europa desde 1965 e visa distinguir “asáreas protegidas de excecional importância europeiapara a preservação da diversidade biológica, geológica,cultural e paisagística que sejam alvo de uma gestãoefetuada de forma exemplar”.

Até agora, em Portugal, a única reserva com estadistinção era a das ilhas Selvagens, também na RegiãoAutónoma da Madeira.

Em todo o mundo, apenas 75 locais, distribuídos por28 países, têm esta distinção.

A Reserva Natural das Ilhas Desertas localiza-se asudeste da ilha da Madeira e é composta por três ilhas(Ilhéu Chão, Deserta Grande e Bugio) e ilhéusadjacentes e por toda a área marinha envolvente até àbatimétrica dos 100 metros. As ilhas distam 12 milhasnáuticas da Ponta de São Lourenço, extremo daMadeira.

A reserva tem uma área total de 12.586 hectares.

Distinção europeia para as Ilhas Desertas, arquipélagoda Madeira.

Base das Lajes volta a contratar trabalhadores portuguesesOs lugares deixados vagos pelos trabalhadores portu-

gueses na Base das Lajes, Terceira, nos últimos dois anosvão voltar a ser preenchidos.

Os postos dos trabalhadores portugueses que saíam pormorte, invalidez, limite de idade ou opção do trabalhador,nos últimos dois anos, não estavam a ser substituídos, tendoem conta a intenção dos EUA de reduzirem sua presençamilitar na base.

Pelas contas da Comissão Representativa dos Trabalha-dores (CRT), a base das Lajes perdeu mais de 70% dosseus trabalhadores civis norte-americanos, devido aoprevisível processo de redução da presença militar. Aindefinição do processo, a contratação por prazos maiscurtos e a proibição de deslocação de famílias está a reduzira procura dos civis norte-americanos pelos postos na ilhaTerceira.

Os EUA anunciaram a intenção de reduzir no ano pas-sado o contingente que têm nas Lajes, em mais de 400militares e 500 familiares, mas a decisão tem sido adiadadevido a várias iniciativas legislativas.

Tal como aconteceu em 2013, o Senado norte-americanodeve votar este mês a Lei de Apropriações de Defesa e oOrçamento das Forças Armadas, duas propostas legislati-vas que adiam novamente a redução do contingente dosEUA nas Lajes.

Segundo a Lei de Apropriações de Defesa (em inglês,Defense Appropriations Bill) da Câmara dos Representan-

tes, “nenhum dos fundos disponibilizados por este atopodem ser usados pelo secretário da Força Aérea parareduzir a estrutura” na base açoriana.

Quanto ao Orçamento das Forças Armadas (em inglês,FY15 National Defense Authorization Act), incluilinguagem que adia qualquer redução na base até 30 diasdepois da divulgação do Relatório de Consolidação deEstruturas Europeias, que está em preparação e devia tersido divulgado em junho.

Para além destas duas iniciativas, está ainda a aguardardiscussão a proposta legislativa ‘Africa Counter TerrorismInitiative Act’, subscrita por 40 congressistas e que sugeredeslocar as forças do comando norte-americano para aÁfrica (AFRICOM) da Alemanha para o territóriocontinental dos Estados Unidos, transformando as Lajesna sua única base avançada.

As últimas informações a que a comissão de trabalha-dores das Lajes teve acesso indicam que o estudo sobre asbases norte-americanas na Europa deverá ser entregue àsautoridades “até ao fim do mês de setembro”.

No entanto, João Ormonde, representante dos trabalha-dores portugueses na base das Lajes salientou que a decisão“não tem de seguir as recomendações do estudo”, alegandoque espera que sejam tidas em conta, mais do que ascaracterísticas miliares, as relações bilaterais entre Portugale os EUA. “Temos ainda algumas expetativas”, sublinhouJoão Ormonde.

Raio fere várias pessoas e mataum cão na ilha do Pico

Um grupo de pessoas foi surpreendido, segunda-feira,na ilha do Pico por um raio que provocou queimadurasem várias delas, uma paragem cardíaca num homem e amorte de um cão.

O grupo de pessoas, que integra o “Cantinho das Terras”,coletividade local que promove todos os anos uma subidaà montanha do Pico, preparava-se para fazer uma foto defamília na zona do Topo, concelho das Lajes, quando foisurpreendido por um raio que as projetou no solo.

O elemento que sofreu a paragem cardíaca foi socorridono local por uma médica, que integrava o grupo, encon-trando-se bem. Já o cão que transportava ao colo morreu.

O comandante dos bombeiros referiu que a operação deresgate do grupo foi “complicada”, uma vez que avegetação no local do acidente era densa. O nevoeiro echuva que se faziam sentir no local também dificultaramo resgate do grupo.

Bolas de Berlim chegam às praiasde São Miguel

As típicas bolas de Berlim chegaram este verão às praiasda ilha de São Miguel, uma iniciativa da empresáriaCatarina Ferreira, que aguardou dois meses pela licençapara poder vender este doce.

A empresária, a residir há alguns anos nos Açores,cresceu na zona da Nazaré e habituou-se a comer bolas deBerlim durante o verão na praia, uma tradição habitualnos areais do continente que decidiu importar agora paraSão Miguel. O primeiro dia de vendas do doce “correumuito bem”, na praia de Santa Bárbara, na cidade daRibeira Grande, durante a semana em que se realizou oSATA Azores Pro, com a elite mundial do surf.

Catarina Ferreira, que utiliza a receita das bolas deBerlim de Alcobaça, que têm “massa mais fofa e o cremeé feito com ovos”, adiantou que as bolas são vendidas numatradicional cesta de verga, com apoio de um carro, quefica estacionado junto à praia.

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Eurico Mendes

Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Portuguese Beat 21

MELTING POTFernando dos Santos publica históriados portugueses em New JerseyCom 542 páginas e o título óbvio de Os Portugueses emNew Jersey, é posto à venda quarta-feira, dia 17 desetembro, o primeiro livro contendo a história eestórias da presença portuguesa neste estado.O volume é o resultado de quatro anos de investigaçãopróxima e de um longo acompanhamento dacomunidade portuguesa desse estado por parte doautor, Fernando dos Santos, que durante mais de trêsdécadas foi chefe da redação do bissemanário Luso-Americano, publicado em Newark, NJ.O aparecimento do livro coincide também com apassagem dos 75 anos de publicação continua (1939-2014) daquele jornal que surgiu em Newark em 1928,mas que, por algum tempo, sucumbiu à granderecessãoeconómica dosanos seguintes,mas foi relançadopelo madeirenseVasco Jardim,quando trocouFall River porNewark.Para além dosprimeiros dias dapresençaportuguesa emNew Jersey graçasaos contatoscomerciais doséculo 18 entre avizinha Filadélfiae portosportugueses e,posteriormente, pelos atrativos comerciais e industriaisda também próxima cidade de New York, o autor refereainda a história das principais comunidadesportuguesas de New Jersey, das suas instituições, dassuas empresas e do seu envolvimento político ao nívelde municípios, condados e do estado.A título de “introdução”, o autor dedica neste livrouma centena de páginas a pioneiros portugueses emterritório hoje americano bem como às emigraçõesmaciças e pioneiras de portugueses para o Hawaii,Nova Inglaterra e Califórnia. No início do livro, o autorexplica a longa introdução com a necessidade de osleitores, ao verem a árvore – a presença portuguesa emNew Jersey – entenderem melhor toda a floresta.Como complemento ao seu estudo sobre a presençaportuguesa em New Jersey, o autor sintetiza também aintervenção política de luso-americanos noutros 17estados da União americana (Alasca, Arizona,Califórnia, Colorado, Connecticut, Flórida, Geórgia,Hawaii, Luisiana, Maryland, Massachusetts, NovaIorque, Novo México, Pensilvânia, Rhode Island,Carolina do Sul e Virginia) e ao nível do governofederal.Em relação a Massachusetts, adiantando os nomes, olivro refere, por exemplo, que o primeiro legisladorestatal luso-americano foi eleito em novembro de 1928e o primeiro senador estatal dez anos depois. Em NewBedford, o primeiro vereador luso-americano foi eleitoem 1895, depois de duas tentativas frustradas. FallRiver, onde o primeiro vereador luso-americano foieleito em dezembro de 1930, só elegeria um legisladorestatal luso-americano a representar essa área emnovembro de 1944.O projecto político para colocar um luso-americano deMassachusetts na Câmara dos Representantes federal,em Washington, continua por concluir, mas recua a1947 a primeira candidatura nesse sentido, a de JacintoDinis.No estado de Rhode Island seria Leonard Sylvia, deLittle Compton, o primeiro luso-americano a entrar naCâmara dos Representantes estatal (1937-1940) e nosenado (1941-1958). O primeiro vereador luso-americano no estado de Rhode Island poderá ter sidoMateus Garcia Moitoso, eleito em 1926 em Bristol enatural de Capelo, na ilha açoriana do Faial.O livro contém ainda inúmeras referências e tabelasestatísticas sobre a emigração portuguesa para osEstados Unidos recorrendo, do lado americano, queraos censos populacionais quer às publicações doHomeland Security Department e, do lado de Portugal,ao Instituto Nacional de Estatística.Anteriormente, Fernando dos Santos publicou doislivros-reportagem. Um sobre Os Portugueses no Hawaii(1996) e ainda um outro resultado da sua permanênciaentre os índios Ianomamis, Macuxis Wapichanas naAmazónia brasileira (1994).O livro pode ser adquirido na livraria do Luso-Americano (http://www.lusoamericano.com/bookstore), em 88 Ferry St., Newark, NJ, 07105 ouencomendado através [email protected] ou tel. 973-589-4600($39.95+$4.13 se houver porte postal).

Otelo dá aula na UMass DartmouthO Centro de Estudos e Cultura Portuguesa da University

of Massachusetts Dartmouth convidou Otelo Saraiva deCarvalho para duas palestras, a 24 de setembro, às 06h00,no Museu Baleeiro de New Bedford e a 25, às 05h30, naBiblioteca Claire T. Carney, UMass Dartmouth.

Segundo João Paraskeva, director do centro, a ideia éque tanto americanos como portugueses residentes emMassachusetts conheçam a lendária figura do homem queplaneou o 25 de Abril de 1974, o golpe militar que pôstermo a 48 anos de ditadura em Portugal.

Otelo e eu fomos contemporâneos na guerra de Angola(1961-63) e possivelmente, tanto quanto era possível umoficial do quadro cruzar-se com um sargento miliciano,cruzámo-nos se por acaso ele andou pelo Ucua, PedraVerde, Quitexe, Zalala e Cólua. Ou então e mais provável,pelas almoçaradas na Amazónia ou noitadas na Tamarda ilha de Luanda. Contudo, só vim a saber da existênciade Otelo depois do 25 de Abril e nem sequer foi nosprimeiros dias. Otelo faz-me lembrar outro oficial que

conheci em 1961 e ainda mais revolucionário que ele,embora não conste que tenha feito parte do Movimentodas Forças Armadas. Refiro-me ao coronel ArmandoMaçanita, que conheci em Luanda apresentado por amigocomum já ele era um ídolo da soldadesca, emboravilipendiado pelos camaradas e superiores pelas maneiras(“à Maçanita”) pouco ortodoxas de fazer as coisas. Pasme-se, em plena guerra Maçanita era acusado de gastarmunições a mais.

Maçanita comandou o Batalhão de Caçadores 96 que,em fins de julho de 61, recebeu ordens para chegar aNambuangongo, vila transformada em quartel-general dosguerrilheiros da UPA. Perdeu quatro homens nessaoperação e, ao princípio da tarde de 9 de agosto de 1961,quando está finalmente às portas de Nambuangongo,recebe pela rádio uma comunicação do quartel-generalde Luanda dizendo-lhe para não entrar porque iriamlançar pára-quedistas com a missão de ocupar a vila. Aresposta de Maçanita deixou os tipos do Estado-Maiorgelados: “Quem entra ali sou eu. E se lançarem pára-quedistas vou tomá-los como inimigos, porque não sei sesão portugueses”, desligou o rádio para não receber maismensagens, entrou em Nambuangongo e na história.

Tiraram o comando do batalhão e Maçanita foi mandadoregressar a Lisboa para responder no Tribunal Militar,acusado de 13 crimes, entre os quais ter mantido relaçõessexuais com uma negra chamada Madalena. Mas noMinistério do Exército um brigadeiro mais inteligenterasgou o processo e Maçanita prosseguiu a carreira, masnão passou de coronel, talvez devido ao episódio que ocelebrizou. Tal como Maçanita, Otelo também tem umjeito particular de fazer as coisas (“à Otelo”) e aindarecentemente levantou-se um pé de vento no Portugalpolítico por ter dito que faz falta um novo Salazar parameter as coisas na ordem e que “um novo 25 de Abril énecessário”.

Ccomo a maioria dos portugueses, Otelo está frustradocom o rumo que o país tomou, onde os ricos estão cadavez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, o Portugaldos BES, BcP, BPN e BPP. Só a classe política, para não seprivar das suas mordomias, parece não querer mudanças,mas o país está a saque. Qualquer português media-namente informado sabe que em Portugal caiu a ditadura,mas não houve propriamente revolução e que isso nãovai lá só com cantigas do Zeca Afonso e slogans de “povounido jamais será vencido”.

No fundo, o 25 de Abril foi a revolução possível nopaís possível. Durante três semanas, Otelo escreveu oplano do golpe militar em 26 folhas A4 e depois dirigiuas operações a partir do posto de comando instalado noQuartel da Pontinha, mas o salazarismo caiu foi de podre.Os rebeldes não dispararam um só tiro e as únicas vítimasmortais foram quatro indivíduos que se manifestavamfrente à sede da Pide em Lisboa e foram abatidos poragentes daquela polícia política. Entre as vítimas, JoséGuilherme Rego Arruda, 20 anos, natural de São Miguel,estudante em Lisboa e com toda a família em Fall River.

Otelo ainda quis voltar à vida de professor na AcademiaMilitar, mas tornara-se o rosto do 25 de Abril e nos mesesseguintes passou de capitão a general graduado, foinomeado comandante da Região Militar de Lisboa e doComando Operacional do Continente, o COPCON, eintegrou o Conselho da Revolução. Era considerado pelaimprensa internacional “o homem mais poderoso dePortugal”. Foi candidato à Presidência da República em1976 e 1980 pela extrema-esquerda, e fundou um partido

de efémera existência, a Frente de Unidade Popular.Apareceu envolvido na organização terrorista ForçasPopulares 25 de Abril (mais conhecidas como FP-25),foi submetido a um longo e complexo processo judiciale condenado a 18 anos de prisão, dos quais cumpriucinco, entre 1984 e 1989.

Nesse período, por iniciativa da professora univer-sitária Shirley Washington, surgiu nos EUA um mo-vimento lutando pela sua libertação, mas na sequênciade sucessivos recursos judiciais e de uma amnistiaparlamentar em 1996, o processo viria a ser consideradoextinto em 2003, sem sentença condenatória.

O 25 de Abril não foi só obra dele, mas Otelo continuasendo o mais acusado dos protagonistas, por vezes atépor antigos camaradas de armas. Os detratores acusam-no de ter dado a independência às colónias, mas esque-cem que quando a independência da Guiné foi procla-mada já o PAIGC a tinha declarado e era reconhecida pormais de 80 países.

Acusam-no de servir o salazarismo por ter sidoinstrutor da Legião Portuguesa para fazer uns trocos aofim-de-semana e até de ter sido da Mocidade Portuguesa,num tempo em que todos os estudantes cantavam“rasgões, clareiras, abrindo” e “querer, querer e lá vamos”.No fundo, o que alguns não lhe perdoam foi ter derrubadoo salazarismo.

Em 1975, Otelo visitou Cuba, avistou-se com FidelCastro e mais tarde escreveu: “Se tivesse a cultura livreirae um curso de Direito que me permitisse ter a visão clarado que é este país turbilhão, podia ser o Fidel Castro daEuropa”. Se já temos o Alberto João, precioso democratahá 36 anos presidente da Madeira, não era impossíveltermos um Fidel em Portugal, pois como se sabe é tambémpaís de bananas, mas Otelo é mais militar do que político.

Frank Carlucci, embaixador dos EUA em Lisboadurante o chamado PREC (Processo Revolucionário emCurso), conta nas suas memórias que no dia 15 de marçode 1975 houve uma tentativa de golpe de direita, Otelofoi à televisão e disse que o embaixador americano estavapor trás da tentativa de golpe e não tinha intenção de oproteger.

“Eu peguei no telefone, liguei para Otelo e disse-lheque o seu trabalho era proteger o embaixador americanoe, para minha surpresa, ele enviou algumas tropas paraminha casa. Eu estava sempre nervoso sem saber seestavam lá para me proteger ou com algum outropropósito, mas ficaram lá até o Departamento de Estadome enviar um monte de seguranças”, recorda Carlucci.

O sentido do dever militar sobrepôs-se ao político eOtelo mandou proteger o diplomata americano. Talveztenha tido conhecimento de que naqueles dias o presi-dente Gerald Ford apostara no PS e em Mário Soarescomo antídoto para o avanço do PCP e, segundo ohistoriador Kenneth Maxwell, a CIA depositava todos osmeses nas contas do PS entre dois e dez milhões dedólares.

Segundo filho de um funcionário dos CTT e de umaempregada dos caminhos-de-ferro de origem goesa, OteloNuno Romão Saraiva de Carvalho nasceu em LourençoMarques (hoje Maputo) a 31 de agosto de 1936 numacasa mandada construir pelo avô materno, José ValenteRomão, ex-capitão do Exército. Devido a um forte ataquede paludismo, foi mandado para Lisboa, para casa doavô paterno, Otelo Augusto Fernandes de Carvalho, umalentejano de Moura que trocara o emprego nos Correiospor uma ruinosa carreira teatral e influenciou fortementeo neto. Aos 15 anos, Otelo regressou a Lourenço Marquessonhando ser ator, mas não conseguiu convencer o pai adeixá-lo vir estudar para a famosa academia novaiorquinaActor’s Studio e, por pressões do avô materno, acaboupor ingressar na Academia Militar e seguir outros rumos.

Já publicou um livro, “Alvorada em Abril”, as suasmemórias da história portuguesa contemporânea, que foium best seller e mereceu elogios dos mais insuspeitosquadrantes pelo valor documental. Agora está a escreverum livro sobre o turbulento “Verão quente” de 1975 etem participado em palestras e conferências emestabelecimentos de ensino superior e secundário.

Já reformado como tenente-coronel (todos os seuscolegas de curso foram promovidos a generais), Otelo ésócio de um barco de pesca e um armazém frigorífico emAngola, em sociedade com Mouta Liz, que também esteveligado às FP-25.

Aos 78 anos, tem mais com que se entreter do que apolítica e, embora a vida privada seja sagrada, não resistoem referir um pormenor que compõe o retrato de Otelo eé revelado na biografia “Otelo, o Revolucionário deAbril”, de Paulo Moura.

Otelo divide o coração - e a semana – entre duasmulheres, Maria Dina Afonso Alambre e Maria FilomenaMorais. De segunda a quinta-feira, vive com Filomena,funcionária prisional divorciada por quem se apaixonouquando esteve preso na cadeia de Caxias em 1984. Desexta a domingo está com Dina, com quem casou em 1960e de quem tem um filho e uma filha. Otelo assume asituação com calma e naturalidade e, talvez mais do queos segredos da Revolução dos Cravos, muitos americanosestejam interessados em saber como é que um tipoconsegue aturar 2 mulheres, quando só uma já não é fácil.

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22 Crónica PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

RRRRREPIQUESEPIQUESEPIQUESEPIQUESEPIQUES DADADADADA S S S S SAUDADEAUDADEAUDADEAUDADEAUDADE

Ferreira Moreno

AAAAASSSSS P P P P PALAVRASALAVRASALAVRASALAVRASALAVRAS DODODODODO J J J J JOÃOOÃOOÃOOÃOOÃO

João Gago da Câmara

DDDDDOOOOO T T T T TEMPOEMPOEMPOEMPOEMPO EEEEE DOSDOSDOSDOSDOS H H H H HOMENSOMENSOMENSOMENSOMENS

Manuel Calado

Recordando memórias de covas (1)

Cova, essencialmente, significa uma abertura, esca-vação ou cavidade feita na terra p’ra fins diversos,prestando-se igualmente p’ra enterrar os mortos. Daí,certamente, a popular expressão “estar co’os pés na covaou p’rà cova”, aludindo a uma pessoa muito velha ou jámoribunda. Nos Açores, antigamente, cova aplicava-sea crateras de extintos vulcões e a grutas ou furnas à beira-mar.

Gaspar Frutuoso, no Livro IV das Saudades da Terra,mencionou um certo indivíduo de nome Lopo dasCôrtes, “que morava na Ribeira Grande às Covas delongo do mar, junto ao Porto de Santa Iria”, (Pg. 239,Ed. 1998), e ainda o Pico da Cova de origem vulcânica,situado perto da então vila ribeiragrandense e descritona página 208 nestes têrmos:

“O Pico da Cova, por uma que tem, por onde emoutro tempo arrebentou, o qual nome pode ser comuma quase todos os picos desta ilha e não só a este, poisquase todos têm covas e arrebentaram já em outrostempos não sabidos, nem vistos.”

Na ilha do Faial, segundo a respetiva narrativa deFrutuoso no Livro VI das Saudades, encontrava-se noPorto Pim a Cova do Frade, ou seja, um monte p’raonde se havia transferido o mosteiro dos franciscanos,originalmente situado na Praia do Almoxarife. Essemosteiro, eventualmente, mudou-se p’ra uma terceiralocalidade, impossível de identificação neste momentovisto estar incompleto o texto primitivo.

No entanto, é fácil adivinhar ter sido mudado maisabaixo, ao longo do mar, uma vez que da porta domosteiro os frades pescavam com seus caniços, e quandoo mar estava bravo entrava na horta dos religiosos. (Pg.102, Ed. 1998).

Curiosamente, cova do ladrão é uma expressãoantiquíssima significando a depressão entre o pescoço ea nuca. Nos anos em que frequentei o Seminário d’Angra(1946-1955), essa espaçosa cova ou caldeira era maisconhecida por Cratera do Monte Brasil, p’ra onde osseminaristas, amiudadas vezes, se encaminhavampassando o dia a jogar futebol. A cratera servia, também,de recinto p’ra manobras militares dos soldados aquar-telados no Castelo, bem como de lugar aprazível derecreio p’ra romarias e touradas à corda.

O processo árabe de abrir covas, em determinadosterrenos de tufo, p’ra nelas guardar cereais, e que chegouaos nossos dias com o nome de matamorras, era jáconhecido e largamente empregado no tempo de GasparFrutuoso, como o próprio cronista deixou dito, porexemplo, a respeito da ilha de Santa Maria:

“E assim são os granéis de toda a ilha, que depoisfizeram em covas onde acham aquele tufo. E cada covaleva dois até dez moios de trigo, conforme e como asquerem fazer, em que o têm todo o ano, e quem nãoencontrar põe-se a risco de o perder, como muitas vezesse perde. Nas quais covas só se guarda o que se há-decomer e não o que fica p’ra semear, por se não danar, oqual têm fora em granéis ou em sacos, até ao tempo dasementeira.” (Saudades, Livro III, Pg. 6, Ed. 1998).

Logo adiante, ainda em Santa Maria, Frutuoso fezreferência aos Covões, “que são umas terras que têmuns vales como covas, e por isso lhe chamaram Covões,que estão ao pé da serra e do mato.” Na ilha Terceira hánotícia de lugares desabitados com a designação deCovões (covas grandes), particularmente em SãoSebastião, Posto Santo, Terra Chã e Feteira.

Constitui um fato histórico que tanto nos Açores,como na Madeira e Porto Santo, os primeiros povoa-dores usaram covas p’rá guarda e conservação dos cereais.Presentemente vem-me à lembrança o Alto das Covasem Angra, onde estiveram localizados celeiros subter-râneos p’ra armazenar o trigo à moda mourisca.

No dizer de Augusto Gomes, “estas covas tinham aforma de grandes cisternas, e recebiam o trigo depoisde debulhado e devidamente limpo. Depois de cheias erevestidas com palha, eram então cobertas com terra,conservando-se assim o trigo por cinco, seis ou maisanos, sem se deteriorar. As covas usadas pelos terceirensestinham a forma circular, e não só serviam p’ra arrecadaro trigo, como também defendê-lo da cobiça doscorsários.” (Filósofos da Rua, Pg. 233, Ed. 1984).

A fechar, quadras de Fernando Pessoa:

Fiz uma cova na areia,P’ra enterrar minha mágoa;Passou por ela o mar todo,Nunca o mar encheu de água.

Teu nome escrevi na areia,Mesmo à beirinhas do mar;Vi as ondas vir pulando,P’ró teu nome beijar.

O jesuíta terceirense padre António Cordeiro (1641-1722), na sua “História Insulana” (Pg. 264, Ed. 1981),ao descrever o Monte Brasil em Angra do Heroísmo,referiu-se a uma profunda caldeira ali existente, “comose a tal caldeira fosse a cova do ladrão desta horrendacabeça, e o fundo desta cova tem mais dum moio deterra de semeadura e frutífera.”

Quando é o tempo do trigo,É o tempo de trigar.A verdade é um postigo,A quem ninguém vem falar.

O moinho que mói trigo,Mexe-o o vento ou a água.Mas o que tenho comigo,Mexe-o apenas a mágoa.

A senhora russa

Sata Internacional. Oito horas. Voo Lisboa - Terceira,um voo que começou há uns dias atrás. Sendo supostoser na segunda-feira, houve que adiar. Passou entãopara quinta à tarde. Voltei, todavia, a adiar para quintaà noite, pois faltava ir almoçar descansadamente aoPinóquio, umas amêijoas à bulhão pato, que, comosempre, são de comer e chorar por mais. O vinhobranco atravessou-se e também uma mulher russa quealmoçava com o seu adolescentíssimo filho na mesaao lado. O rapaz tinha para aí uns dezanove anos eteclava arduamente num telemóvel, deixando a mãelivre para passear os olhos azuis pelas mesas daesplanada. Foi então que, no meio de um caloradensado pelo vinho branco, o meu comparsa dasgastronomias se esticou um pouco para a esquerda,

sobre a mesa, na direção da senhora e lhe perguntouse eram noruegueses. Ela, que não, que eram russos.Por graça, suponho, pois estava muito risonha, diz-lhe que eu pensara que eles eram árabes. O quê?Protestei. Ela não pareceu importar-se com a supostaconfusão. E assim começou um diálogo entre todos.Sugeri ao meu amigo de mesa para avançar com oassunto ucraniano. Os olhos dela varriam a nossa mesa,passavam por mim e iam até ele, e defendia Putin, aanexação da Ucrânia..., um referendo feito aosucranianos que queriam quase todos ser russos,excetuando os fascistas... E a Rússia, que era um paísriquíssimo, sem dívidas, ao contrário dos americanos,que devem as guedelhas... Por fim, as fotos... A casadela, grande quanto baste, um porche vermelho àporta, e um cão, o seu cão, recolhido da rua, a passearnas verduras de um jardim. E que ainda tinha um“flat” na cidade. Perdi a noção do tempo e perdi oavião, mas ficou-me a certeza de que a senhora, emborauma simpatia, andaria na babuja de Putin, ou teriaalto cargo no partido que o suporta. Só pode!

Guardião das Flores

Informo os amigos de que tenho um novo emprego.Não paga em dinheiro mas em satisfação interior. Eos interiores também precisam de ser satisfeitos eapaziguados. E que o diga o meu PÁ da Galileia, queé especializado no assunto. Este emprego obriga-mea encher e carregar três regadores de água por dia. Eno fim, parar e falar com dez plantas que eu adoteicomo minhas, e admirar o progresso que as coitadasestão fazendo, quando estavam emagrecidas e conde-nadas a morrer aos poucos. Mas, depois do trata-mento com a água milagrosa, vejo-as sorrir para mim,mostrando-me, orgulhosas, os pequeninos botões quevão abrir e mostrar as suas cores, na festa das “Despe-didas de Outono”, o nome que minha mãe lhes dava,quando floriam no seu pequeno jardim, em volta dopoço do quintal. Aqui dão pelo nome de Mums.

Estes dez vasos de Mums foram plantados em voltade uma campa, no Cemitério Rural, bem aconche-gadas, com terra própria, num trabalho verdadeira-mente profissional. O nome de todos os familiaresali sepultados, é “Woodhouse”, nome que significa,casa de madeira, sem dúvida de ascendência inglesa.Mas, os seus netos ou bisnetos, fazem questão decuidar da jazida dos seus antepassados. Porém, oumoram longe ou os seus afazeres não lhes permitemvisitas atempadas, a grande quantidade de flores queali plantam na primavera, se não chove comfrequência, secam em pouco tempo. E eu que ali passocom frequência ficava incomodado com o espetáculode decadência e morte das pobres flores, mas nãoqueria interferir com o que não me pertencia.

Até que alguém veio, limpou as flores mortas,trouxe terra nova e plantou dez vasos de Mums emvolta da pedra tumular. As plantas mantiveram-sebonitas e alegres por alguns dias, mas a chuva nãoveio com frequência e as plantas foram emurchecendoe, pelo menos duas parece que não vou conseguirsalvá-las. Felizmente, as restantes estão ganhandonovo vigor e mostram já os pequeninos botões comque irão despedir-se do outono. E assim, quase semquerer, adoptei aqueles seres vivos, como autênticosfilhos da minha maneira de estar no mundo. E agora,não posso esquecer a obrigação diária de dar de bebera quem tem sede. E esta é uma das virtudes aconse-lhadas pelo meu PÁ da Galileia. E eu posso ouvi-LOdizer-me ao ouvido, quando transporto os trêsregadores de água diários: —“Fazes bem, Manel, emte interessares pelas coisas da terra e da vida. Porquesem vida nada existe. Nem terra, nem céu, neminferno, nem Deus nem o Diabo. O Pai não meencomendou este sermão, mas é assim que eu sinto.E o que eu sinto, tu também sentes, porque somosirmãos.”

— A vida seria uma coisa linda, PÁ, se não existisseo micróbio da fé exagerada, o fanatismo diabólico,que neste preciso momento está ameaçando o mundo— disse eu. O terrorista é um ser de fé autêntica,sincera e violenta. Ele mata, fere e degola os infelizesCristãos que lhe caiem nas mãos. E TU sabes, PÁ,que os antigos cavaleiros das Cruzadas um dia tam-bém fizeram o mesmo em Teu nome. Tu aconselhavaso amor e o perdão e o voltar a outra face, mas os teuscavaleiros meteram os pés pelas mãos e estragaramtudo. E agora, as gentes do outro lado, estão-nospagando na mesma moeda. Desculpa, mas isto é umraio de vida bastante complicada.

Palavras, só palavrasAs palavras não têm vozAs palavras não são nada“As palavras somos nós”.

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Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Crónica 23

RRRRREGRESSOEGRESSOEGRESSOEGRESSOEGRESSO AAAAA C C C C CASAASAASAASAASA

Um Diário açoriano de

Joel S. Neto

(Continua na página seguinte)

ANTERO DE QUENTAL(18 Abril,1842 – 11 Setembro, 1891)

– imigrante com o passaporte da liberdade (*)

MMMMMEMORANDUMEMORANDUMEMORANDUMEMORANDUMEMORANDUM

João-Luís de Medeiros

O mês de Setembro costuma ser uma boa época paravindimar ideias. Não é costume meu recitar discursosfúnebres alusivos ao derradeiro episódio da via-sacraanteriana. É tão gratificante imaginar (acreditar) quepoetas como Antero de Quental não desaparecem noslabirintos da morte – simplesmente emigram para outrasórbitas siderais...

Aquando do primeiro centenário da sua morte(Setembro, 1991), tive a alegria de ver aceite a sugestãopara congregar as associações do nosso grupo étnico naparticipação duma sessão cultural comemorativa daefeméride. Naquela época, houve quem me avisasse deque tamanha ‘teimosia’ cultural não era transplantávelna seara étnica da nossa laboriosa comunidade. Perantetal desmotivação, tomei a resolução (porventura, dis-cutível) de adoptar a velha táctica popular: “paraconversas loucas orelhas moucas”.

Recordo que tive a boa sorte de então contar com acooperação de associações interessadas no sucesso daexperiência: Ateneu Luso-Americano; AssociaçãoCultural Lusitânia; Sociedade Cultural Açoriana; SER-Jobs for Progress; Centro Cultural Português; o antigoCentro de Cultura Portuguesa da UMass/Dartmouth,sem olvidar a imprensa, rádio locais e até algunsrestaurantes da área.

Apesar da modéstia da iniciativa não prometervisibilidade garantida aos membros mais egotistas daconfraria académica, a sessão pública foi visitada poralgumas destacadas personalidades das Letras & Artesda área. Houve gente que compareceu, talvez ‘tocada’pela justificada curiosidade do evento. Durante a sessão

foram apresentados breves comentários àcerca da inquie-tação espiritual do poeta, sobretudo dedicados à hono-rabilidade cívica do filósofo-poeta; houve ainda tempopara a leitura de vários sonetos, designadamente: À VirgemSantíssima; Na Mão de Deus; A um Poeta...

No final, ficámos com a sensação de que o “terrenoétnico” ficara cavado de fresco para futuras sessões maiscondizentes com o perfil do apostolado social anteriano...sem descurar o exemplo das mais salientes figuras artísticasda diáspora açor-lusitana...

.../...

Sugerir uma breve reflexão colectiva para falar da vida& obra de Antero de Quental, na data precisa da suamorte, poderia à primeira vista gerar um sentimentoestranho àquelas pessoas menos avisadas da universalidadeartístico-filosófica do bardo micaelense. Nessas circuns-tâncias, houve que cultivar o cuidado em conciliar o perfildo mensageiro com a especificidade da mensagem: “.../... Ergue-te, pois, soldado do Futuro / E dos raios de luzdo sonho puro / Sonhador, faze espada de combate...”

...//...

Na ânsia de traduzir, na linguagem do humanismosocialista, algumas das perplexidades do percurso inte-lectual anteriano, a minha geração foi alertada (comalguma precocidade circunstancial) para o fervor revo-lucionário inspirado no ‘Complexo de Ícaro da Geraçãode 70’. Seja-nos permitido relembrar que, nos últimos50 anos, temos procurado merecer a proximidade com assuas doridas interrogações: o filósofo-poeta coloca-noscomo viventes de dois mundos contraditórios: um darelatividade e da contigência; outro, onde domina oabsoluto e actuam os atributos da virtude e do eterno.

No primeiro, tudo é efémero e não tem em si a suacausa; no segundo, há a promessa da constância e da esta-bilidade, ou seja, ‘a conveniência de sacrificar a satisfação

do que é passageiro ao que não é.”Em Junho, 1891 (cerca de três meses antes do fatídico

gesto que interrompeu a sua extraordinária existência)o poeta desabafava em carta a Oliveira Martins estesdizeres tão refrescados de actualidade: “... tenho estra-nhado, mais do que suponha, a mudança de clima: éverdade que esta quadra do ano é a pior aqui, e aospróprios da terra oiço queixarem-se da depressão fisioló-gica produzida por este ar de estufa (.../...) pelasconversas que tenho tido com vários dos meus visitantesvejo que o espírito separatista tem aqui diminuído, oque explico pelo facto da prosperidade actual da ilha.De resto, ninguém aqui faz ideia da gravidade da criseporque a nação está passando...”

(*) breves excertos do texto incluído no livro “Canteiro da Memória”(o autor não aderiu ao recente ‘acordo ortográfico’).

Ai lhiouvuade

Terra Chã, 12 de Agosto de 2014Leio sobre a importação da base de dados do videojogo

Football Manager pela ProZone, empresa inglesa quefornece informação a vários clubes da Premier League,e logo me ocorre perguntar: só agora?

Conheço homens para quem o futebol verdadeiro éo do FM há pelo menos dez anos. Aliás: conheçohomens e mulheres para quem a vida inteira é a de umecrã, de computador ou de televisão, há vinte.

De que revolução vêm agora a ProZone, o FootballManager e a Premier League gabar-se?

No futuro, haveremos até de fazer sexo assim, cadaum com o computador à frente e uns fios ligados àcabeça, a espancar as sinapses. E, mesmo nessa altura,não poderemos reclamar grande vantagem: SandraBullock e Stallone andaram nisso logo nos anos 90.

De resto, vejo aqui imensas potencialidades.Está bem: o Manchester United, o Real Madrid e

mais meia dúzia de clubes ainda dão dinheiro. Masquanto aos outros é só prejuízo, das primeiras divisõesaté às distritais – e, pelo meio, ainda temos que levarcom agentes ambiciosos, árbitros aldrabões e dias de

chuva.A minha pergunta é: para quê, se há, ao redor do planeta,

tantos garotos dispostos a introduzir no sistema fichas defutebolistas e, depois, meia dúzia de programadoresbastam para transformar isso tudo num campeonato porsemana, sem que tenhamos de levar com meses inteirosde Aroucas-Penafiéis para só ficarmos a conhecer ocampeão em Maio?

Importem lá mas é o resto, algoritmo de resultadosincluído, e acabem com isto de vez. E agora deixo-vos,que tenho de ir ali fazer o meu jogging diário. Compreium comando novo – desta vez nem o Carlos Lopes meapanha.

Terra Chã, 14 de Agosto de 2014Escrevo para vários jornais, tenho perfil e página no

Facebook, conta no Twitter e até um blog. Gosto deconversar, digo coisas sem pensar e, aliás, mudofrequentemente de opinião sobre aquilo que escrevoporque, tendo pensado cinco vezes, gostaria de ter pensadouma última vez ainda. A reflexão que se impõe é tantopara mim como para os meus colegas do espaço mediáticoou o leitor.

Mas impõe-se uma reflexão.Morreram esta semana dois grandes actores de cinema,

uma excelente crítica literária e uma das tutelas da televisão(e da comunicação social) em Portugal – o homem quecriou a TSF, lançou a SIC Notícias e operou mais umasérie de revoluções das quais nem temos consciência. O

país chorou-os a todos de modo mais ou menos igual,como se com todos eles tivesse o mesmo tipo deintimidade – e as televisões, como aliás os jornais,limitaram-se em várias circunstâncias a fazer (escrevoantes da torrente dedicada a Emídio Rangel, mas atendência vem de trás) um eco acrítico dessas lágrimas.

Todos dizemos tolices nos nossos Facebooks. E talveztodos permitamos, com maior ou menor regularidade,que as tolices que dizemos no Facebook contaminem onosso trabalho. Mas a folia com que neste momento sebrinca ao epitáfio, nas redes sociais como nacomunicação social, com cada português, amador oumesmo profissional, na ânsia de ser autor do primeiroRIP, e depois da elegia mais sentida, é reflexo de umasociedade ligeira, inculta e irresponsável, se nãodesprovida de emoções.

Vejo, oiço e leio notícias, reportagens e perfis em quesó falta o smiley tristonho ou a expressão: “Comopudeste morrer? Não te perdoo!” Entre isso e um “lol”não vai grande distância. O silêncio seria melhorhomenagem.

Terra Chã, 17 de Agosto de 2014António Costa, candidato à liderança do PS, visitou-

nos para nos chamar “um exemplo de governação”. Umamão lava a outra, não é assim?

Os Açores têm o maior ritmo de crescimento dodesemprego a nível nacional. Têm o maior índice de

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24 Crónica PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

NNNNNASASASASAS D D D D DUASUASUASUASUAS M M M M MARGENSARGENSARGENSARGENSARGENS

Vamberto Freitas

Memórias do que nunca vivemos

Tão abundantes eram as notícias sobre Lisboa em 1940 e1941, que inevitavelmente se catapultaram das histórias

dos jornais e dos artigos das revistas para o cinema e aliteratura.

Ronald Weber, Passagem Para Lisboa

Não foi um verão normal, este de 2014. Por entre todasas incertezas da vida num protectorado pertencente a umaEuropa determinada em não se consertar, a humidade dasilhas ia-nos afogando em águas vivas e quentes, e nasangústias de cada cidadão que não consegue perceber oque dele ou dela é esperado, para além de sofrer os humoresdos “mercados” vários que o escravizam no dia-a-dia, ouna incerteza de um horizonte cada vez mais afastado enebuloso. A morte andou à solta, já não poupa ninguém,as guerras agora são sempre totais, os civis, incluindocrianças, velhos e doentes, não têm outro estatuto quenão o de fazerem parte do “inimigo”. Não foi só em Gazaou no “Califado” mortífero bem ao lado. A Europa e aEuroásia mostram os dentes novamente numa continui-dade histórica que torna o continente, nas palavras decertos historiadores, “selvagem”, nessa luta perpétua porterritório vital e em nome de identidades imaginárias, adoença também deflagrada em África trazendo-nos todosos dias às nossas salas os suplícios de quem nos pede ajudae esperança. Enquanto esperamos pelo Nada anunciadopor todos os poderes à nossa volta, um olhar ao passado,longínquo ou recente, não nos traz qualquer ponto deluz, só nos avisa que sempre foi assim, ou pior. Eis aquium optimista, repetindo o dito popular – poderia ser piorainda, como já o foi em épocas que permanecem namemória de alguns que estão vivos, e sofreramdirectamente esses tempos de fogo e inferno.

Não faço, nunca fiz, leituras ditas de verão. Olho aquiao amontoado de livros na minha secretária e só vejo osque me esperam desde há meses, organizados por temasou questões teóricas. Um deles li e sublinhei: PassagemPara Lisboa: A vida boémia e clandestina dos refugiados daEuropa nazi, do escritor americano Ronald Weber, que jáleccionou em universidades portuguesas sob programasespeciais de intercâmbio, especializado em certa literaturado seu país (Hemingway’s Art of Non-Fiction e The Mid-western Ascendency in American Writing), publicando aindanalgumas das mais selectivas revistas literárias universitáriasnorte-americanas. Como se sabe, Lisboa virou modaascendente entre milhões de turistas letrados e menosletrados, fazendo parecer que a publicidade negativa dosúltimos anos, quanto a questões económicas e financeiras,despertou a curiosidade dos vizinhos europeus e de outrosvindos de bem mais longe. Lisboa, devemos lembrar, foisempre muito mais do que uma antiga capital de entradae saída para o resto do continente. especialmente duranteos repetidos tempos de grandes guerras, das tentativas semfim de subjugar todos os seus povos a um só poder. Lisboafascina os estrangeiros pela sua habilidade de se colocartanto no centro das atenções de todos como na periferiados acontecimentos que abalam o resto do mundo. A IIGuerra Mundial continua a ser analisada e interpretadapor um grande número de historiadores e escritores emgeral, palco privilegiado que foi da guerra silenciosa daspalavras e conspirações. Cidade-refúgio por excelência,estranhamente os beligerantes continentais quase queassinam um protocolo declarando e garantindo Lisboacomo centro de sobrevivência e ameno espectáculohumano. Por entre uma população a viver miseravelmentesob a ditadura salazarista mas livre do holocausto no outrolado da sua porta, por entre os milhares de judeus emfuga rumo a uma América então relutantemente em-penhada na salvação dos perseguidos, por entre os tiposde gabardina e óculos escuros que viraram arquétipos nocinema e na literatura e se encarregavam de tentar desco-dificar as intenções dos inimigos das suas pátrias, Lisboatornava-se, como escreveria nas suas memórias o jornalistae historiador americano William Shirer (The Rise and Fallof the Third Reich), o último lugar onde as luzes aindabrilhavam, o último lugar no infeliz continente europeuonde a humanidade ainda conservava todos os seus velhoshábitos de bem-estar e convivência. Não é pouco, isto

que fascina alguns dos melhores escritores ocidentais:escrevem, vindos do norte, sobre a alegria de voltar a veruma cidade iluminada ou a tristeza, na sua partida, aosaber que era o último reduto de esperança fugido doblitzkrieg em curso no resto da Europa. Ando a ler estasnarrativas “lisboetas” há algum tempo como quem quersaber como sobreviveram, aqui ao longe ou de perto, osseus pais e outros conterrâneos a estas conflagrações semlimites. Lisboa começava a ser representada nas artes emgeral – cinema e literatura, especialmente – desde o inícioda guerra, o tal ponto luz, de intriga e sobrevivência nooutro lado do inferno despoletado por todos os demóniosda História. A lista, num volume como este Passagem ParaLisboa, é longa de mais, creio que o autor não deixa defora um único artigo ou ensaio de jornal e revista do seupaís, um único conto ou romance na cidade inspirados elocalizados, um único filme ou canção, muito para alémdo mais famoso espião saído do Estoril, o 007 ao serviçod Sua Majestade, imaginado por Ian Fleming, que andava,ele próprio, à volta das mesas de jogo do Hotel Royal aouvir sorreitaramente as conversas dos seus pares. Esta éuma narrativa fluente e construída em volta dos maissignificantes acontecimentos e figuras que passaram porLisboa naqueles anos, ou que influíram decididamenteno rumo final da guerra.

“De Hollywood, – escreve Ronald Weber no mesmopasso de que tirei a epígrafe deste texto, e num capítulosignificantemente intitulado ‘O Centro do UniversoOcidental’, ou seja, Lisboa – no verão de 1941, surgiuUma Noite em Lisboa, uma comédia romântica ligeira,em que os apaixonados em tempo de guerra, interpretadospor Fred MacMurray e Madeleine Carroll, escapavam àLondres bombardeada para um breve interlúdio de paz eabundância em Lisboa, para acabarem por se encontrarno meio de uma rede de espionagem nazi. Em Casablanca,que surgiu mais tarde no mesmo ano, Paul Henreid eIngred Bergman limitavam-se a descolar em direção aLisboa no final, mas mesmo isso só por si – e a grave vozdo narrador no início – poderá ter dado um maior desta-que internacional à rota de Lisboa que todos os anterioresrelatos impressos. Um uso mais substancial, emboraigualmente oblíquo, do tempo de guerra em Lisboa surgiuem ‘The Little Door’, um conto do escritor e crítico MarkSchorer, na The New Yorker, em Setembro de 1941. Aqui,tudo acontece na paz e segurança da América, com o fre-nético gargalo de refugiados de Liaboa como uma presençadistante, mas, contudo, profundamente obsessiva”.

Ninguém lê ou pensa o passado num vácuo intelectuale geográfico – interessa-me sobremaneira nestas narrativasa palavra “Açores”, a sorte dos meus nesses “temposescuros”, parafraseando Hannah Arendt. Acontece que lide seguida a grande biografia Salazar, de Filipe Ribeirode Meneses, e reconfirmo tudo o que encontrei nestas enoutras páginas escritas por autores estrangeiros sobreLisboa durante e depois da II Guerra Mundial – as ilhasaçorianas estiveram sempre no centro de todas asmovimentações secretas ou em aberto quanto ao papelde Portugal na resolução dos grandes conflitos europeuse mundiais. Não é um arquipélago tratado como interessemeramente colateral em tempo de guerra, e mesmo paz –é o centro de toda a diplomacia e valorização do nossopaís na resolução dos grandes problemas conflituosos destee dos outros continentes atlânticos a norte e a sul. Webervolta relembrar-nos que teriam sido os Açores a razão quelevaria ou não Portugal a ser invadido, esmagado eocupado pelo Eixo, particularmente nos últimos dois anosda guerra. Caso sofressem essa sorte, os aliados, comotodos sabem, não confiavam na sua própria capacidadepara defender o nosso país, e já treinavam forças secretasna sabotagem e na resistência, mudando todo o governoda república para os Açores, caso estas ilhas não sofressemuma invasão hitleriana antes da sua chegada.

Dado toda esta história pouco conhecida entre nós, forados habituais e reduzidos círculos académicos e depouquíssima influência política no nosso país, a leituradesta e de outras narrativas por quem nos governa naactualidade ajudaria a perceber melhor o valor que umapequena terra teve e poderá ter sempre num futuro aindaimprevisível. Pelo menos respeitariam um pouco mais asreivindicações mínimas que o povo açoriano tem feito nasua história mais recente.

__________ Ronald Weber, Passagem Para Lisboa: A vida boémia e clandestina

dos refugiados da Europa nazi, Clube do Autor, Lisboa, 2012.

Ai lhiouvuade(Continuação da página anterior)

usufruto do Rendimento Social de Inserção. Sãonúmero 1 nos rankings lusitanos de insucesso escolar,abandono escolar e analfabetismo, mais nos dealcoolismo, violência doméstica, abuso sexual, gravidezna adolescência.

Isto quanto a dados estatísticos. Depois, há a matériamenos facilmente quantificável, mas talvez maisevidente ainda: o nepotismo, a ausência de coorde-nação económica, a irrelevante produção de riqueza,a total dependência de subsídios, subvenções eexpedientes, o uso da máquina do Estado com fins (esegundo calendários) eleitorais. E, claro: as contaspúblicas de rastos (mil milhões de euros de dívida sóna Saúde), mas devidamente camufladas por esse ovode Colombo das estratégias de perpetuação no poderque é a desorçamentação através da figura da empresapública regional.

Haveria toda a conveniência em não exportarmoseste modelo para lado nenhum, muito menos para opaís. E, no entanto, trata-se de um exemplo de gover-nação para ele, diz Costa.

Carlos César há-de ajudá-lo a chegar à presidênciado PS e depois há-de ser ministro também. Entretanto,os açorianos hão-de continuar a distanciar-se dos níveisde desenvolvimento humano portugueses, mesmoesses pelas ruas da amargura – mas com a coroa deglória de, aparentemente, constituírem um exemplo,o que aliás permitirá Lisboa continuar a fazer vistagrossa ao que aqui se vai passando.

Os Açores são uma terra maravilhosa, de gentemaravilhosa e, aliás, com uma série de outras coisasmaravilhosas ainda. Nenhuma delas é a governação.Quanto ao mais, somos um exemplo, de facto. Masde paciência.

Terra Chã, 18 de Agosto de 2014Um tipo aproxima-se da recta final de um livro em

que vem trabalhando há quase três anos, começa enfima vislumbrar os últimos quilómetros de uma maratonaque lhe tem custando tanto a percorrer quanto ésuposto custar quando os livros têm significado –exausto e instável quando está com as mãos no teclado,cheio de culpa e tão instável como antes quando sepermite levantá-las por umas horas –, e de repentecomo que não quer acabá-lo. Algo dentro dele o travae o convida ao desleixo e o desafia a ir gozar a vida, oque quer que isso seja. É o momento mais difícil detodos, talvez. Chega a apetecer-lhe o regresso doInverno, como se os elementos em fúria pudessem aomenos tornar a existência um pouco mais tangível.Há uma intimidade connosco próprios, enquantoescrevemos, que está para além da realização de terescrito. Chamamos-lhe dor, à falta de melhor palavra.E por que não há-de ser isso o gozar da vida – issomesmo que, ao fazê-lo, não queremos afinal que acabe?

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Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Crónica 25

DDDDDIAIAIAIAIA-----CRÓNICASCRÓNICASCRÓNICASCRÓNICASCRÓNICAS

Onésimo Teotónio Almeida

Lembranças de Cabo Verde (2)Ilha do Fogo, prima do Pico

2 de AgostoO erguer da cama, no último dia da Brava, foi às 5 da

matina para apanharmos o Fast Ferry que supostamenterumaria à ilha do Fogo pelas 7 e no entanto só largouàs 10:30.

Em S. Filipe, reencontrámos o sr. Emílio, que nosfora recomendado já em Santiago. Eu queria alugarcarro, mas dissuadiram-me, pois seria melhor contratarum guia local para o passeio ao vulcão. Acabei confor-mando-me. O sr. Emílio delegou a tarefa no filho, oJúnior, de 21 anos.

Afinal a estrada está magnífica e, ao contrário dasoutras ilhas, muito bem assinalada e eu poderia de factoter vindo por minha conta e entregue à liberdade dedesbravar terreno livremente. Há vantagens neste mo-delo, porém. O nosso guia herdou do pai o fino trato,a simpatia e a vontade de mostrar a sua ilha sem no-laimpor.

Sobe-se até ao cimo da cratera (1700 metros de alti-tude), sem nunca se avistar o cimo da montanha. Eleaparece-nos de surpresa quando atingimos o topo, comose à Vista do Rei das Sete Cidades. Entramos numa chã(a Chã das Caldeiras) rodeada de uma cumeeira emtoda a volta e, em frente, emergindo dela, ergue-se umsoberbo cone, grandioso, imponente na sua forma ele-

gante, e sobretudo impondo respeito pelo vigor vulcânicoda lava, da jorra (o nosso cascalho ou bagacina) e dospedregulhos, tudo com sinais vivos de erupções nada afas-tadas no tempo (a última, no pico pequeno, em meadosde noventa).

Para além da beleza geométrica do triângulo, é aimensidão e o relevo da cratera que impressionam. Porestranho que pareça, o cone não dá a impressão de chegaraos 1100 metros que tem sobre os 1,700 em que assenta(mais do que o dobro das cumeeiras das Sete Cidades),embora o total ultrapasse em 500 a altitude do nosso Pico.A distância do mar, porém, acrescida da neblina que oremete ainda para mais longe, não colabora na sensaçãode altitude em que estamos.

Há um pequeno povoado de pouco mais de mil pessoas.Uma escola, duas adegas produtoras de vinho (visitámosa do famoso Chã branco, de que ficámos fiéis devotos(por incrível que pareça há vinhas – ou pés de videiradispersos – no meio da imensa pedraria), uma igrejinha,um campo de futebol com um piso de jorra (pobresjoelhos dos jogadores quando aterram) e até dois modestosrestaurantes. Escolhemos um numa casa particular ecomemos praticamente na cozinha. A pequenada brincaà nossa volta, locais entram e saem com grande à vontade,saúdam sempre os presentes, mangam com a cozinheira,brincam com as crianças. Alguns deles são guias e vêmacompanhados de turistas chegados de uma escalada àmontanha, que tem de ser feita logo às seis da manhã(quatro horas de subida e duas de descida). Mais tarde éimpossível por causa do calor. Para mais, lá em cima ochão é quente. Com o sol a pino, seria de fritar.

A montanha está sempre toda descoberta. Dizem-me

que permanece assim. Aqui nunca há nuvens. É comoa paisagem da Madeira: igual de manhã à noite. Paraobtermos nuances, há que viajar pela cratera em cata deângulos novos, porque as cores estão já lá todas naspedras, não advêm da luz que as banha, nem se desdo-bram em matizes. Por isso este Fuji Yama é isto queaqui está, vigoroso, hercúleo, mas impávido e sereno. Esem as poses de trombudo ou irado, nem os caprichosdo seu primo Pico, dos Açores, que nos irrita fazendonegaças e encobrindo-se, mas também nos delicia como seu strip-tease da roupagem de nuvens, por vezes comtantas camadas quantas as saias das mulheres da Nazarée por isso matizam a luz do sol à medida que se desnudaou se cobre. (Vim a saber depois de escrever esta notaque Victor Hugo Forjaz refere-se também ao Fogo comoprimo do Pico.)

Uma outra diferença é a ausência do acentuado perfildo pico salientando-se sobre a ilha por causa dasdimensões da cratera. O todo da sua altitude apenas deum determinado ângulo da ilha parece obter-se (nãotenho evidência empírica directa mas já vi muitos postaise fotos na Internet) e só o captei do avião. A silhueta damontanha não consegue, porém, a imponente elegânciada sua coongénere açoriana. O portento do cenário doFogo disfruta-se é na sua cratera, uma festa para os olhos,um mergulho num interior da terra desventrado e atorrar ao sol. E não a apreciei por inteiro porque serianecessário pernoitar. Já tínhamos organizado a viagemquando soubémos dessa possibilidade. Fica essa vontadeacrescentada ao já assente desejo de voltar.

— In Jornal de Letras

NNNNNOTASOTASOTASOTASOTAS S S S S SOLTASOLTASOLTASOLTASOLTAS. F. F. F. F. FOLHASOLHASOLHASOLHASOLHAS C C C C CAÍDASAÍDASAÍDASAÍDASAÍDAS

Rogério Oliveira

Entrando em “seara alheia” caça e caçadores

Em um destes últimos dias, neste fim de Primavera, iniciode Verão, passados na varanda do meu apartamento, aqui emGaia, virado para uma Rotunda, recheada de arvoredo, e, deuma movimentada circulação de viaturas, por razões que a razãodesconhece, levei os meus pensamentos e memórias para “searaalheia”, lembrando-me de velhos caçadores e algumas peripéciasligadas á tão popular atividade da caça. Nunca fui adepto, muitomenos praticante da “caça” no terreno. No prato, era outracoisa. Nunca cedi os meus “talheres” a ninguém!!!

Outros entretenimentos me seduziam, até porque a ativi-dade da caça tinha as suas despesas. A caça foi e será um des-porto ou uma atividade física muito praticada na Ilha Verde.Tinha os seus regulamentos, períodos de defeso, sítios proibidos,praticantes entusiastas e “viciados” na matéria. O inicio oficialda caça - de qualquer espécie venatória - era uma festa. É que,para além de contribuir para “matar o vício”, a uma “valentecaçada”, seguia-se um “suculento repasto” regado com o melhorvinho da Região, dentro de uma salutar confraternização,“aquecida” com uma apetitosa cavaqueira sobre a vida alheia!!!

A espécie mais batida era o coelho bravo, mas também secaçava, galinholas, codornizes e outras espécies.

Cedo fui tendo conhecimento de peripécias relacionadas coma caça, pela simples razão de ter um vizinho famoso e sabedorcaçador e popularíssima figura da sociedade local, o saudososenhor Manuel Inácio de Melo (MIM) que tinha sido, na sua“alegre juventude”, companheiro dos meus tios.

Com a idade de 9 ou 10 anos, frequentava a residência doSenhor Melo, por intermédio de um dos seus filhos, o PauloMelo (conhecido entre os amigos pelo Paulinho), meucompanheiro na instrução primária e primeiros anos do Liceu.Nos tempos de folga ia a casa do Paulinho para brincar e “curtir”o tempo. Numa dessas visitas reparei, com curiosidade, numagaiola em cimento e com grades em ferro. Desejoso de ver e desaber, aproximei-me, e, com espanto, viu uns bichinhos que,na minha infantil ideia, parecia-me da família dos ratos. Umpouco maiores, é certo, mas com os “olhos espantados e des-confiados como o rato”. Para tirar dúvidas, chamei o Paulinhoque me elucidou, de que, não eram ratos mas sim, FURÕES,que o pai utilizava na caça aos coelhos. Se algumas dúvidastinha esclarecido, outras continuavam na minha ânsia de sabermais alguma coisa sobre caça.

Numa determinada tarde, e depois de regressar dos seusafazeres profissionais, tive a sorte de encontrar o senhor Meloque me tratava por “Oliveirinha”, apelido de família que, coma sua bonomia habitual e ao saber das minhas dúvidas, procurou,pela rama, esclarecer-me sobre aspetos basilares da atividade dacaça, da qual era fervoroso adepto e praticante. Informaçõesligeiras, dada a minha pouca idade. Disse-me que os furõeseram necessários na caça, principalmente na caça ao coelhobravo que vivia, normalmente, em “covas”. Os coelhos tinhamas suas defesas, conheciam o terreno como ninguém, poispodiam refugiar-se nas profundezas da terra. Os furões eram“ensinados”.

Colocados no terreno, iam com os seus “guizos” penduradosao pescoço, para identificação, à procura do inimigo coelho,entrando nas suas “propriedades”. Muitas vezes, dizia, que, paraum experimentado caçador, bastava um bom furão e um bomcompanheiro para fazer uma caçada substancial. Os terrenosescolhidos variavam, por diversas circunstâncias, de acordo comas opiniões dos mais sabedores, era escolhido, por vezes, oTamujal, o biscoito da Ferraria ou, ainda, iam para os Furadosdo Pereiro a partir da fonte da Pedra Aguda onde existia umafonte de fresca água. Os sítios preferidos eram diversificados ealterados por diferentes motivos. Onde se sabia que existia “caçagrossa”, lá estávamos nós!! Caçadores que pisavam o risco, porfalta de ética, eram apelidados de “caçarretas”, muitas vezes,por falta de conhecimentos venatórios ou mau uso daespingarda. As tarefas eram divididas. O senhor Melo tratavados furões. Os cuidados com os necessários cães estavam a cargode outros caçadores, pois era preciso muita paciência, tempodisponível e algum saber para treinar os ditos. Ciência de umexperimentado caçador. Eram os “cães de parar” como se diziana gíria da caça.

Lembro-me de o senhor Melo me ter dito que não ia sozinhoà caça. Tinha as suas “equipas”, os seus companheiros e velhos“camaradas”. Falou-me no Antoninho Sapateiro, no JoaquimPadeiro moradores na Arquinha, num Sargento Soares, quejulgo morador na Rua Nova (Padre Serrão), no Dr. CarlosBettencourt, do Senhor Horácio da Silveira (das ourivesariasA.Frazão e Horsil), no Senhor Herculano Garcia, do H.Vaultier,do Senhor José Jácome Correia, funcionário da Firma EngºLuis Gomes e, muitas vezes, o José Raposo, ferrenho adeptodo Marítimo da Calheta e funcionário do extinto Fundo deDesemprego. Nem sempre “alinhavam” todos. A equipa era“constituída” de acordo com as disponibilidades de cada um,como nas “equipas de futebol”, hoje jogam uns, amanhã outros!!

Dizia-me, ainda, com a sua graça peculiar que a “caça era umvício”, um divertimento e uma atividade física engraçada e

descontraída. Fonte de sinceras amizades. Contavam os diasque os separavam do domingo seguinte. O “defeso” era maçador,por isso, a abertura da caça era uma “festa”, como festa era aorganização do “cabaz/merenda” – para conforto do estomago,a meio da tarefa, e de um merecido descanso - no qual nãopodia faltar o velho garrafão de vinho do melhor e, se possíveluma garrafa de “escolhida” aguardente – queima gargantas -para suavizar as fortes molhadelas provenientes da chuva.

Anos mais tarde, funcionário dos Serviços Florestais, tiveconhecimento, que a atividade da caça, tinha os seus regula-mentos. Exigia licenças para caçar e de uso e porte de armas.Existia uma “Comissão Venatória”, como entidade reguladorae nomeada oficialmente, constituída por elementos oficiais ecaçadores escolhidos entre os seus pares. Um dos caçadores maisestudiosos dos regulamentos em vigor, e, por isso, elementoquase permanente na Comissão, era o credenciado caçador,Senhor José Rocha funcionário da Moaçor.

Nunca presenciei a partida de uma caravana, com destino àcaça, chefiada pelo Senhor Melo, pela simples razão de que eralevada a efeito às primeiras horas da madrugada, de forma aque pudessem chegar, aos sítios combinados, bem cedo, afimde conquistar terreno. Já o mesmo não se pode dizer das “che-gadas”, ao fim da tarde. Era uma “barulheira” dos diabos lá naRua, com a chegada da “carripana”, com os caçadores em“algazarra”, satisfeitos pela boa caçada feita ,comprovada pelasdezenas de coelhos pendurados nas grades da viatura de serviço.

Embora nunca tivesse feito parte de qualquer equipa de caça,nem muito menos presenciado qualquer atividade, já muitosanos depois, tive como colega de emprego, o velho amigo LuísFortuna de Oliveira (Luis Brás) - hoje empresário nos EUA -que foi, durante alguns anos, caçador dedicado, formandoequipa com, entre outros, o João Manuel Raposo (músico daOrquestra Teófilo Frazão) e um vizinho da sua Fajã, Sales denome e funcionário da Firma R.G.Santos, como cabeças decartaz. Outro “inveterado” caçador (estava na massa do sangue)era o Dr. Francisco Bettencourt que, na qualidade de advogadolá da Empresa, aproveitava a sua ida lá, diariamente, para umatroca de conversa com o Luis Brás sobre as “suas caçadas” e ofuncionamento da Comissão Venatória em exercício, nemsempre, a deliberar no melhor sentido ou “conveniência”.

Destes conhecimentos e conversas, “beneficiei”, durantealguns anos, visto que o Luis Brás, no fim da época, dispensavae recolhia, algumas codornizes, que eram entregues na “Co-mercial” onde era preparado um “suculento jantar” entreamigos.

Concluindo, nunca fui caçador no terreno, mas nãodispensava uma boa “caçada no prato”!!!

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ZÉ DA CHICA

GAZETILHA

26 Gazetilha PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Há 40 anos

Reticências... • Ferreira Moreno

Se eu pudesse e fosse bafejadopelo poder Divino!...Senhor, sou tão pecador,Mas, se me desses um diaO poder, uma magiaDe eu poder ajudar,Ter algo ao meu dispor,P’ra fazer a paz na TerraE acabar com a guerra,Ensinando o verbo Amar!

Eu sei senhor, este signoNão o tem nenhum humano,Mas, eu vivo neste engano,No meu querer ajudar,Sabendo que não sou digno.Mas ao ver tanta pobreza,Sinto um pesar, a tristeza,Uma ânsia de lutar!...

Eu vejo tanta cobiça,Esta ânsia da riqueza,A ganância, a vilezaCom que tudo se alcança,Gostava de impor justiça,Eliminando o subornoQue nos traz tanto transtornoE cada vez mais avança!

Sabemos bem qu’a riqueza,Somente a alguns cobreE tem de haver rico e pobre,Ou a mão d’obra parava.Tudo rico era tristezaToda a gente endinheirada,Ninguém mais fazia nada,O mundo paralisava!

É o pobre, o braço forte,Tem que ser mais respeitado,Ter um justo ordenado,Para que possa viver,Seguir também o seu norte.Com uma vida decente,Ganhando o suficientePara se poder suster!

Duma maneira tristonha,O pobre trabalhador,Anda sempre de favor,(Não o mestre encartado!)Ser pobre não é vergonha,Mas o não ter um centavo,É uma espécie de escravo.Assim como um pau mandado!

Mas, se tal poder tivesse,Com a vontade que tenhoSeria o meu empenhoPôr um fim à poluição,Para que o povo tivesseUm ar puro, saudável,Se tornasse responsável,Por sua conservação!...

É um mal tão nauseabundo,Que dá cabo da saúde,Nos tira a nossa virtude,Com doenças incuráveis,Continua em todo o mundo,Sem que haja algum revés,Saindo das chaminés,À mercê de irresponsáveis.

E não há que descartar!...Há quanto tempo se avisa,Que uma mudança é precisa,Mesmo vagarosamente?!Já deu tempo de trocar!A ciência tem na mãoTod’esta resolução,Basta somente ir em frente!

Que o mundo não acobarde,Eles tentam sua vasa,Puxando a sardinha à brasa.E não se faz nada novo.Depressa, ou pode ser tarde,Para o caso resolverE agora, quem vai sofrer?Sempre os mesmos... é o povo!

Eles andam indiferentes,São nossos os sacrifíciosE depois, os benefícios,Só cabem aos magnatas,Que de nada estão carentes.Mas sempre a amealhar,Dinheiro que nem sei contar,Só conto somas baratas!

Os senhores do oiro negro,Com força no seu dinheiro,Governam o mundo inteiro,Com lucro na poluição.Só não vê quem está cegoE mesmo assim pelo tatoVai ver onde está o gato,Aonde nasce a questão!...

P.S.É tudo um sonho!...Quanto ao Zé, ao fim ao cabo,Como é que ele acode,Se ele quer, mas não podeLevantar de qualquer modoUma gata pelo rabo.Até porque ele teme,Fazer força, porque geme,Enfraquece o corpo todo!

Gostava de ter magia,Com tal poder e firmeza,Matava a fome à pobreza,Chamada envergonhada.Juntava a burguesiaPara que unissem as mãos,Ajudando os seus irmãos.Que vivem boca calada!...

A pobreza envergonhada,Que não encontra trabalhoE ninguém lhe quebra o galho,Nem sabem quanto agoniaSofrendo pela calada,Com vergonha de pedir,Sem nada p’ra se suprirNa vida do dia a dia!...

Há ricos que muito ajudam,Sem dizerem o que fazemSua consciência trazemCalma sobre este sentido.P’ra outros, as coisas mudam,São os senhores dos dinheiros,Em tudo são os primeiros,Os pobres são esquecidos!...

Mas, eu sou quem dizer ousa:Tudo que aqui vai dito,É o que eu acredito!Mas, quem sabe s’eu pudesse,Fazia a mesma coisaQue quem tem dinheiro a rodos,Passando por tudo e todosComo sozinho eu vivesse!

Quem não tem,sempre lamenta,Quando tem...ninguém lheaguenta!...

Cardeal Medeirosnos Açores

Na sua edição nº 132, de 6 de setembro de 1973,Portuguese Times publicou um suplemento sobre avisita do arcebispo de Boston, cardeal Humberto deSousa Medeiros, à terra natal,ilha de São Miguel, Acores.

A deslocação do primeiroaçoriano nomeado bispo nosEUA foi acompanhada pelodiretor do jornal, AntónioAlberto Costa e pelofotógrafo António Cordeiro.O empresário JosepohFernandes, o advogadoEdmundo Dinis, o bancárioJoseph Faria e o bispoemérito de Fall River, D.Jaime Connolly, foramalgumas das individualidades que acompanharam ocardeal nesta romagen de saudade.

O FBI deteve em Detroit Alexandru Patrascu,funcionário do governo da Roménia, e um engenheiroda Ford, John Akfirat, que foram acusados de roubarsegredos industriais sobre um processo de fabricaçãode vidro que seriam por $250.000 à empresa vidreiraportuguesa Covina.

DESCOBERTA no vale do rio Zambeze, emMoçambique, uma pequena tribo, os Wadoma, cujamaioria dos elementos tem apenas dois dedos muitodesenvolvidos em cada pé, em disposição muitosemelhante às avestruzes. O isolamento da tribo e oscasamentos consaguíneos devem ter contribuído paratornar hereditária esta deformidade.

O GENERAL António de Spínola solicitou aexoneração do cargo de governador geral e comandantechefe das forças armadas na Guiné e para o substituiro governo português nomeou o general José Manuelde Bettencourt Conceição Rodrigues.

REALIZOU-SE em San Jose, Califórnia, ocongresso anual da Federação Fraternal LusoAmericana, cuja direção para 1973/74 passou a serpresidida por Joe A. Mattos.

“TENHO dedicado o melhor do meu esforço àproteção da indústria piscatória de New Bedford”,disse o congressista Gerry Studds, do 12º Distrito deMassachusetts, numa entrevista ao PT.

ERRAR é próprio do homem, mas admiti-lo já épróprio de um super-homem...

CADA vez que cometemos um erro,uma coisa boaé a alegria que isso causa aos nossos inimigos...

UMA pessoa pode tentar, falhar e ser umdesapontado, mas se nunca tiver tentado será umtolo...

SABE que a maioria dos acidentes de viação sãocausados por engarrafamentos, masengarramentos dos automibilistas e não dasestradas...

LEMBRE-SE sempre que o alcoól é um líquidobom para preservar quase tudo, menos a vida dosautomobilistas...

MADRUGAR compensa, você pode chegar maiscedo à igreja na missa dominical e conseguir umbom lugar nos bancos das traseiras...

DEVEMOS agradecer a Deus não só as coisa boasque recebemos, mas sobretudo as más coisas quenão tivemos...

PARA ser imortal, um sermão não precisa sereterno...

NUNCA devemos ficar de braços cruzadosquando Jesus morreu de braços abertos...

“ A renúncia é a libertação. Não querer é poder”.Fernando Pessoa (1888-1935), poeta português em “O

Livro do Desassossego”, de Bernardo Soares

“Ninguém desenvolverá alguma vez as faculdadesda sua inteligência se, pelo menos, não intercalaralguns momentos de solidão na sua vida”. ‘

Thomas de Quincey (1785-1859), escritor britânico.

“Há três categorias de homens: a) os que contam asua história; b) os que não a contam; c) os que não atêm”.

Max Aub (1902-72), escritor espanhol.

“Os acasos só favorecem os espíritos preparados”.Louis Pasteur (1822-95), biólogo francês.

“O Cristianismo foi a Revolução do mundo antigo;a Revolução não é mais do que o Cristianismo domundo moderno”.

Antero de Quental (1842-1891), no fecho das ConferênciasDemocráticas, Casino Lisbonense, Maio de 1871.

“Uma criança educada apenas na escola é umacriança sem educação”.

Jorge Sanataya (1863-1952), poeta e filósofo espanhol.

“A diferença entre a moral e a política está no factode, para a moral, o homem ser um fim, enquanto paraa política é um meio”.

Pio Baroja (1872-1956), escritor espanhol.

Pensamentos

Page 27: Homenagem a Luciano da Silva

O advogado Gonçalo Rego apresenta esta coluna como um serviçopúblico para responder a perguntas legais e fornecer informações deinteresse geral. A resolução própria de questões depende de muitosfactores, incluindo variantes factuais e estaduais. Por esta razão, aintenção desta coluna não é prestar aconselhamento legal sobreassuntos específicos, mas sim proporcionar uma visão geral sobrequestões legais e jurídicas de interesse público. Se tiver algumapergunta sobre questões legais e jurídicas que gostaria de veresclarecida nesta coluna, escreva para Portuguese Times — O Leitore Lei — P.O. Box 61288, New Bedford, MA 02740-0288, ou telefone para(508) 678-3400 e fale, em português, com o advogado Gonçalo Rego.

OLEITOR

E ALEI

ADVOGADO GONÇALO REGO

SAÚDE

Presidente da Fundação Professor Fernando de Pádua e do InstitutoNacional de Cardiologia Preventiva — R. Dr. Nicolau de Betencourt nº45 - 1050-078 Lisboa - Tel: 21 791 01 66; Fax: 21 791 01 69 • E-mail:[email protected] / Site: www.fundacaofernandopadua.pt • www.incp.pt

Doutor Fernando PáduaCardiologista

PORTUGUÊS AO RAIO X

Luciana GraçaProf.ª de Português,

Latim e Grego

Nesta rubrica, a cargo da Prof.ª Luciana Graça,esclarecem-se dúvidas sobre o uso da línguaportuguesa.

Luciana Graça é doutorada em Didática pelaUniversidade de Aveiro - onde também se licenciouem Português, Latim e Grego -, sendo, atualmente,investigadora de pós-doutoramento no Centro de In-vestigação «Didática e Tecnologia na Formação deFormadores». Colaborou, em secções semelhantes aesta, em vários jornais portugueses, como o Jornal deNotícias e o Jornal da Bairrada.

Acrescer, pedir… Como funcionam?

Trazemos aqui mais dois recorrentes erros, a pedidoainda de um nosso estimado Leitor. Acrescer, pedir… Eagora? Qual a construção que deve ser utilizada, em cadacaso?..

E, obviamente, uma semana fantástica!...

Casos:• «Acresce-se ainda o facto de não haver nos paísesárabes uma cultura de liberdade política e de princípiosde soberania popular […].» (Diário de Notícias em linha,2011-02-25-02);• «Acresce ainda o facto de Portugal ter destruído […] oensino técnico, não tendo conseguido […] reparar essafalta.» (sítio «Base Dados Ramiro», 2011-03-26);• «A ministra do Trabalho […] pediu […] aos portugueses[…] para lutarem contra uma “depressão colectiva”.»

P. — O meu pai, que trabalha na construção civil, caiue feriu o pescoço e as costas. Já fez duas cirurgias. Estáa recolher os benefícios do seguro de acidentes (workers’compensation). Recebemos uma cópia de um relatórioque OSHA preparou sobre o acidente. Parece queencontraram uma série de violações cometidas pelaempresa onde trabalha. Na verdade, foi emitida umamulta substancial à empresa. O meu pai tem direito arecurso adicional, além dos benefícios do seguro dotrabalhador, tendo em conta os resultados da OSHA?

R. — Há uma seção na lei que não permite que umindivíduo ferido registe uma queixa diretamente contrao seu empregador. Esta não é uma ação judicial contrao empregador, mas sim um pedido de benefícios, paraalém dos que já está a receber da empresa através doseguro de acidentes para os trabalhadores. A leiestabelece que, quando um acidente acontece e asprovas revelam que o empregador foi negligente, entãouma queixa pode ser feita sob esta seção da lei. Aevidência tem que revelar que a conduta do empregadoré mais do que negligência simples. É quase condutacriminosa e tem que ser negligência grave para que oempregado possa ser bem sucedido na prossecuçãodeste tipo de reivindicação. Violações OSHA podemser usadas como evidência de negligência grave porparte do empregador. Sugiro que o seu pai consulte umadvogado com experiência nesta área do direito para verse pode ou não intentar este tipo de ação.

(Sábado em linha, 2011-04-15);• «Ministra do Trabalho pede aos portugueses que lutemcontra “depressão colectiva”» (Sábado em linha, 2011-04-15-04).

Comentário:• «acresce» (e não «acresce-se»): i) o verbo «acrescer»pode significar, designadamente, «aumentar» e «juntar-se»; ii) o verbo «acrescer» não se usa em conjugaçãoreflexa; iii) logo, nos casos acima apresentados,deveríamos ter «acresce ainda o facto de»;• «pedir que» (e não «pedir para»): i) «pedir» é umverbo transitivo (ou seja, pede um complemento direto);ii) o complemento direto pode ser um nome ou umaexpressão nominal («pedi um pastel»), um pronome(«pedi isso») ou uma oração completiva («pedi que medessem isso»); iii) a oração completiva, que funcionacomo complemento direto de «pedir», é introduzida pelaconjunção «que» – e não «para»! –, se o sujeito da oraçãosubordinada (nos casos acima apresentados, «osportugueses») não for o mesmo do da oração subordinante(também nos casos acima apresentados, «a Ministra); iv)logo, deveríamos encontrar «pediu aos portugueses quelutem» e «pede aos portugueses que lutem».

Em síntese:• «acresce-se» X• «acresce» V• «pediu/pede para» X• «pediu/pede que» V

✞NECROLOGIAAgosto e setembro 2014✞

Paciente: Senhor Doutor, às vezes dói-me o coração -será que tive um enfarte?

Médico: Bom dia! Então não faz a coisa por menos?Logo um enfarte?! Olhe que um enfarte do miocárdio éuma coisa muito séria: deve-se ao entupimento de umaartéria do coração1 e provoca uma dor tremenda, um pesoou ardor no meio do peito, suores, agonia e, às vezes,até vómitos e síncope2!!! Longe vá o agoiro!

Mas então diga-me lá, o que é que se passa? Onde, equando, é que essa dor lhe apareceu?

Paciente: Em boa verdade, não sei bem, mas de há 3ou 4 meses para cá comecei a estranhar que, ao andarou ao subir uma escada, me sentia mais cansado e comuma dorzinha cá dentro e uma sensação de aperto aquino meio do peito! E, às vezes, a dor até vinha para opescoço e para o braço esquerdo. E como o meu Paiteve um enfarte do miocárdio, quando tinha 50 anos,comecei logo a pensar nos “enta”3, o melhor é ir aomédico!

Médico: Fez bem, porque estas doenças do coraçãomuitas vezes passam dos pais para os filhos, umas vezesporque herdam o colesterol a mais ou a tendência para ahipertensão, outras porque os hábitos e tipos dealimentação errados (com gorduras, sal, carne e doces amais, e fruta, vegetais e peixe a menos) também passamde pais para filhos e, com eles, a obesidade, a diabetes ea hipertensão arterial, sem esquecer que talvez fumassemlá em casa. E, então, aparecem as mesmas doenças nosfilhos.

Por essas e por outras é que estou sempre a dizer, apropósito e a despropósito, que os check-up4 devemser feitos desde os sub-20 (dos zero aos dezanove anos),embora com muito mais razão depois dos 20 ou 30,quando, parecendo 100% saudáveis5, podem já ter,avançada, uma doença silenciosa (hipertensão, cicatrizde enfarte, colesterol a mais ou diabetes). Por isso, ficoadmirado por só me aparecer aos quarenta, e só depoisde ter queixas.

Paciente: O senhor Doutor está a querer dizer-me queestou mesmo doente??

Médico: Não estou ainda a dizer, mas desconfio. Sabeque a sua descrição é de facto sugestiva do que chamamosangina de peito, isto é, uma dor ou ardor, aperto oupeso, no meio do peito (por detrás do osso do esterno),

que pode irradiar para o pescoço e/ou braço esquerdo eque aparece com o esforço, o andar depressa, subir, ouaté andar contra o vento, sobretudo se estiver frio! Ador atenua-se ou desaparece se parar um pouco, ou puser,por debaixo da língua, um comprimido vasodilatador6.

Os casos de dor mais à esquerda ou só no braço, rela-cionados com ansiedade ou nervosismo podem ser sóisso mesmo, um sinal de ansiedade; e as dores nosmesmos locais pela posição no trabalho, ou mesmo aovoltar-se na cama, são mais frequentemente de causamuscular ou osteo-articular ou até de refluxo de sucogástrico para o esófago (hérnia do estômago pelo hiatoesofágico - “hérnia do hiato”).

No seu caso, na maneira como aparece e até com casosna família, a suspeita é grande. Vamos fazer-lhe umeletrocardiograma e este poderá já ter alterações queajudem ao diagnóstico.

- 15 minutos depois -

Médico: Parabéns, observando o seu eletrocardio-grama vemos que ele é inteiramente normal, emrepouso.

Paciente: Ai que bom, senhor Doutor, vinha com tantomedo!!!

Médico: Pois é, é bom sinal no sentido em que, setem doença das artérias coronárias, ela ainda não alterouo ECG em repouso. Às vezes, encontramos “logo àprimeira” sinais eletrocardiográficos de um enfarteantigo, outras vezes só umas ligeiras alterações, suspeitasou inespecíficas, e noutras (como é o seu caso) o ECGpode ser normal. Sabe o que devemos fazer a seguirpara esclarecer o seu problema?

Conversas no meu consultórioV - Às vezes dói-me o coraçãoSERÁ QUE TIVE UM ENFARTE?

(Continua)

1Artérias chamadas coronárias, por se disporem à volta docoração, como se fosse uma coroa.

2Note-se que nos Estados Unidos, onde a doença é maisfrequente, um em cada 4 ou 5 enfartes é silencioso, isto é, apessoa tem isquémia no coração: falta de irrigação por uma oumais artérias coronárias doentes - as que alimentam o coração -mas não tem dor. Sobretudo se são diabéticos ou têm mais idade.Muitos são descobertos por ECG de rotina.

3As décadas acabadas em “enta”, isto é, os quarenta anos eseguintes até aos noventa! Muitos enfartes são descobertos porum ECG de rotina, por exemplo, na medicina do trabalho, ouantes de uma operação.

4Revisão e exames médicos mais ou menos gerais e completos.

5Dantes, pensava-se que o colesterol normal era 240, por teremestudado uma dezenas de americanos normais, na casa dos 20.O que acontece é que os americanos comem todas as manhãsbacon and eggs (2 ovos e presunto, fritos em manteiga!). Assim,quando os marines que morriam de tiro na guerra da Coreiaforam autopsiados, descobriu-se que, afinal, metade já tinha asartérias coronárias muito doentes, sem sentirem nem saberemde nada.

6Nitroglicerina - rapidamente absorvida pelas veias sub-linguais, entra diretamente na circulação e, ao dilatar as artériascoronárias, faz desaparecer a dor em 1 ou 2 minutos. Se a dorcomeça a melhorar só pelos 10 ou 15 minutos, não é efeito doremédio, é por sugestão ou por ter parado, e até pode não serangina de peito o que tem.

Pedro M. Raposo, 44, Providence; dia 23. Natural dePonta Delgada, Açores, deixa a mãe Olivia M. (Melo)Raposo; irmãos Maria, Joseph e Manuel Raposo; tios esobrinhos.

Lucinda Silveira, 52, Taunton; dia 01. Natural dasFlores, era filha de Orlando e Lucinda (Palmira) Silveira.Deixa, ainda, os irmãos José e Armando Silveira; tios;sobrinhos e primos.

Angelo M. Furtado, 64, Fall River; dia 01. Natural dePonta Graça, S. Miguel, era casado com Maria Helena(DaCosta). Deixa, ainda, os filhos Helena, Flávio, Berverlye Michelle Furtado; netos e sobrinhos.

Maria (Silva) Vaz, 84, Pawtucket; dia 01. Natural deVidemonte, era casada com Américo R. Vaz. Deixa osfilhos Raul, Maria e Robert Vaz e Maria Oliveira; netos;bisnetos e irmã.

Deolinda P. (Braga) Loura, 87, Hudson; dia 03. Naturalde Santa Maria, era viúva de Manuel A. Loura. Deixa osfilhos Tony e John Loura, Arménia Câmara e FátimaMonteiro; netos; bisnetos e sobrinhos.

Álvaro F. Reis, 73, New Bedford; dia 03. Natural doRecife (Brasil) residiu nos Ginetes, S. Miguel. Era casadocom Maria (Costa) Reis. Deixa, ainda, os filhos EusébioF. Reis e Madeline F. Faria; netos; irmãs e sobrinhos.

Abel R. Correia, 64, Milford; dia 04. Natural deValdegas, era casado com Maria (DaCosta) Correia.Deixa, ainda, filhos, netos; irmãs e sobrinhos.

Manuel P. Chora, 80, Fall River; dia 04. Natural daLagoa, S. Miguel, era casado com Eduarda (Ponte)Chora. Deixa, ainda, as filhas Manuel Correiro, AnaRamos, Grace Chora-Santos e Helena Piccerelli; netos;bisneta; irmãs e sobrinhos.

Adelino F. Simas, 81, New Bedford; dia 05. Natural deÁgua de Alto, S. Miguel, era casado com Rosalina(Medeiros) Simas. Deixa, ainda, os filhos Victor M., JoeF. e Paul G. Simas; netos e sobrinhos.

Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Informação Útil 27

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28 Telenovela/Horóscopos PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

GÉMEOS - 21 MAI - 20 JUN

CARNEIRO - 21 MAR - 20 ABR

LEÃO - 23 JUL - 22 AGO

CAPRICÓRNIO - 22 DEZ-19 JAN

TOURO - 21 ABR - 20 MAI

PEIXES - 19 FEV - 20 MAR

AQUÁRIO - 20 JAN - 18 FEV

VIRGEM - 23 AGO - 22 SET

BALANÇA - 23 SET - 22 OUT

ESCORPIÃO - 23 OUT - 21 NOV

SAGITÁRIO - 22 NOV - 21 DEZ

CARANGUEJO - 21 JUN - 22 JUL

Salve Jorge (A Guerreira) -140 capítulosCAPÍTULO Nº 086 – 15 de setembro

Morena, ao chegar ao hotel que Heloísa indicara, vê Lívia,e a chama, por sorte Almir consegue impedi-la de se fazerouvir por Lívia. Morena e Zyah estranham o compor-tamento de Almir durante a viagem. Tartan explica a Cyla,que também não entende muito bem a história de Morena,que acha que o homem por trás de Morena seria Mustafa.Lívia traça novos planos para deixar a boate com novovisual. Élcio chega a Istambul para a competição, e trazRachel como acompanhante, e quando chegam ao hotel,ela vê Wanda entrando em seu quarto, para desesperodela. Rachel, vai até ao quarto de Lívia e diz que avistaraWanda, e que precisa avisar Heloísa. Morena e Zyah sãocolocados em um apartamento de hotel e são proibidosde deixar o local até que Heloísa chegue. Heloísa chegaem Istambul. Berna conta à Deborah a história da adoçãode Aisha. Ayla procura Cyla para saber de Zyah, mastambém não consegue notícias dele, e quando seencaminha para casa, encontra Bianca e Maytê na feirade roupas. Wanda e Lívia se dirigem ao hotel, e veemHeloísa de longe, e concluem que ela esteja em Istambulpara investigar a boate. Lívia se vê sem saída, e quandopensa em usar a injeção letal em Rachel, Élcio chega eadia seus planos. Rachel liga para Leonor e consegue otelefone de Heloísa, para que possa lhe avisar doparadeiro de Wanda. Zyah tenta sair do apartamento eentra em luta corporal com Almir, mas é dominado porHeloísa que chega a tempo de evitar uma tragédia.Morena se emociona ao ver Helo, e já começam a traçarplanos para desbaratar a quadrilha de Wanda e Russo.

CAPÍTULO Nº 087 – 16 de setembroBianca leva Maytê até o restaurante de Cyla para queconheça o lugar, e Tartan diz a elas que Zyah fugira comuma brasileira. Heloísa explica para Morena, por que nãopode prender Wanda e sua turma, e Morena fica um poucofrustrada. Heloísa descobre que Zyah conheceu Russo eque Mustafa comprara Morena, para livra-la da dívida coma boate. Wanda decide adiar sua viagem para Capadócia.Morena leva Almir e Heloísa ao lugar da boate. Mustafa eBerna discutem, e ele acaba falando tudo o queacontecera entre ele e Morena. Bianca decide andar debalão e acaba vendo Zyah, mas não conversam, pois Eleestava em outro balão, levando uma turma de turistas.Zyah chega em casa e briga com Ayla, que não acreditaque estava em Istambul, e sim na Capadócia com Bianca.Heloísa diz a Morena que assim que ela embarcar, elesvão mudar para um apartamento, e não hotel, por sermais seguro. Rachel consegue falar com Helo, e recebeorientações de não enfrentar Wanda, pois se trata de umapessoa perigosa. Delzuite briga em plena rua do Morrodo alemão, por que Lurdinha saíra do castigo que suamãe lhe aplicara, por conta do envolvimento com umsujeito mal falado. Junior diz a Lucimar que vira sua mãe,e que ela disse não estar morta, para alívio de Delzuite,que ficara impressionada, pensando que Junior tivera vistouma assombração. Stenio liga para Heloísa dizendo termandado o dinheiro para a fiança de Pepeu, e acabambrigando, como sempre. Russo diz a Irina que quer mudaro visual da boate, para acomodar Shows, e assim acabarcom a fama de bordel. Lívia se encontra com Wanda noestacionamento do hotel, mas no meio da conversa édescoberta por Rachel, que diz que irá denunciá-la paraHeloísa, assim que Rachel deixa o estacionamento e tentadizer a Helo, pelo telefone, quem é a chefe da quadrilha,Lívia lhe aplica uma injeção letal, ocasionando sua morte.

CAPÍTULO Nº 088 – 17 de setembroLívia sai do elevador, deixando Rachel morta. Drika discutecom Heloísa, dizendo que ela não dá a atenção necessáriaque ela gostaria de ter de sua mãe, e Helo, tenta falarcom Rachel, pois a chamada fora interrompida. Lívia daentrevista juntamente com Élcio quando hóspedes achamRachel, caída no elevador, logo vira um tumulto, compessoas correndo, Élcio corre até o elevador, e constataque é Rachel que está caída ali, morta, Lívia grita, e odesespero toma conta de Élcio. Russo, nervoso, pedenotícias de Lívia, mas Irina não as tem, e aproveita parair com Wanda, pois temem uma invasão pela polícia.Russo vê Heloísa chegando de taxi ao hotel e volta paraboate. Após falar com Ricardo, que a orienta parar deacusar Lívia, para não levantar suspeitas, Heloísa pededesculpas a ela e a convida para conhecer um local emque gosta muito de passear. Wanda e Irina chegam àCapadócia e vão até o restaurante de Cyla, mas aindaestava fechado, só abrindo a noite. Bianca confessa aMaytê que está apaixonado por Zyah e que irá procura-loe lhe dizer isso. Ayla procura indícios de que Biancaestivera na caverna e como não encontrou nada, Zyah achama para ir pra casa em meio a brincadeiras, se beijamna entrada da caverna, e Bianca observa de longe,frustrando seus planos com ele. Lívia diz á Russo quetem eliminar Heloísa nessa noite, por que ela estáatrapalhando seus negócios com o tráfico. Théo encontrauma foto sua com Morena e fica triste, para desconten-tamento de Érica. Morena se imagina entregando o filho

de Théo em seus braços. Heloísa encaminha Morena paraCapadócia, para que fique sob proteção policial, e juntocom Almir, que seguirá seus passos, como seu familiar.Stenio e Haroldo contam a Leonor sobre a morte deRachel, e todos não acreditam na história de overdosepor drogas. Morena chega ao restaurante de Cyla eapresenta Almir como seu parente. Wanda, surpresa, ficasabendo que Lívia envenenara Rachel no elevador, e suachefa promete se livrar da delegada nessa noite.

CAPÍTULO Nº 089 – 18 de setembroWanda e Irina pensam que Heloísa fora morta a mandode Lívia, comemoram sem saber que Heloísa está a salvo.Lívia ordena Russo que vá ao lugar marcado e acabecom a vida de Heloísa. Heloísa se encaminha para o lugarcombinado com Lívia, esperando que eles mordam a isca.Heloísa chega ao local e se posiciona, para o encontro,mas Russo, prepara a arma e desfere vários tiros emHeloísa, que cai. Heloísa, escondida presencia toda acena, e obtém a confirmação que fora Lívia que mandaraRusso. Irina e Wanda vão ao restaurante de Cyla, semdesconfiar que é o esconderijo de Morena, que sem sabercorre perigo, mas Almir tira uma foto das duas e mandapara Heloísa. Théo pensa em Morena. Russo e Líviacomemoram a morte da delegada, sem saber que foraum plano para desmascará-los, mas quando Lívia voltaao saguão, onde Élcio continua a dar entrevistas, Líviavê Heloísa entrando no hotel e fica apavorada, pois agoraHeloísa terá a confirmação de que ela é a Chefe daorganização. Volta ao quarto e diz a Russo que Helocontinua viva, para surpresa de Russo, que diz ter dadovários tiros. Heloísa, de volta ao Brasil, é recepcionadapor Stenio. Na Polícia Federal, Heloísa discute comRicardo a possibilidade da Lívia ter participado do crimede Jéssica, pois fora idêntico ao de Rachel. Lucimar sofreainda mais com a perda de sua filha, quando Junior dizque sua mãe voltará e que ela não está morta. Morenacomeça a sentir dores, indicando que o bebê está próximo,e Cyla lhe dá uma folga, comenta sobre Wanda e Irinasem saber que são inimigas de Morena. Théo diz a Ciroque Lívia está apaixonada por ele e que aproveitará essaoportunidade para se vingar dela. Começa a competiçãode Hipismo e Théo promete vitória. Chega o resultado doexame de DNA, e como já esperava, o resultado énegativo, sendo assim, o corpo que chegara não é o deMorena. Heloísa conversa com Joyce sobre o exame,quando recebe a foto enviada por Almir, mostrando Wandae Irina no restaurante em, que Morena está escondida.

CAPÍTULO Nº 090 – 19 de setembroComeça a disputa de Hipismo, entre Théo e Élcio, no final,Théo fica com o primeiro lugar. Théo diz a Ciro que iráaproveitar o fato de Lívia parecer estar apaixonada porele, e que colocará seu lado cafajeste para poder se vingarde seu desafeto. Lívia diz a Élcio que terá que treiná-lomais, para que se torne mais profissional. Bianca diz aZyah que está completamente apaixonada por ele,esperando que ele cairia em seus braços, mas isso nãoacontece, pois diz ele que o tempo passou e que estácasado agora, mas ela diz que irá se estabelecer naCapadócia, então vai até o restaurante de Cyla, e pedepara que ela a deixe dançar, para entreter seus clientes,e Cyla acaba aceitando. Morena chama Demir para ser opadrinho de seu filho. Maytê tenta tirar da cabeça deBianca a ideia dela morar na Capadócia. Lívia vai aoquarto de Théo para chama-lo para um coquetel que elaestá organizando para homenagear Élcio, e acaba caindonos braços de Théo. Irina chega à boate e fica sabendoque Rosângela trouxe mais uma encomenda que seguirápara Itália. Drika, como é chamado o gay que fará shows,discute com Rosângela, dizendo ter um contrato, ondeficaria em uma apart hotel, mas Waleska lhe explica queele caíra em uma armadilha, e que foi traficado paraIstambul. Théo diz a Ciro que conseguira seu intuito, eque tem Lívia em suas mãos, deixando seu amigocontente. Quando Théo vai até o apartamento de Lívia,para continuarem seu romance, enquanto ela prepara umabebida, ele faz uma busca em sua bolsa, encontrandouma seringa, que Lívia diz ser para misturar hidratante,para surpresa de Théo, que nunca vira esse procedimento.Ricardo diz a Heloísa que não poderá segurar por muitotempo o resultado do exame de DNA feito no corpo quepensam ser de Morena, e Heloísa diz que não háproblema, pois até acontecer isso, Morena já estará beminstalada em seu novo esconderijo em Istambul. Aídainsiste com Nunes para não desmarcarem o casamento,mesmo tendo a morte de Rachel ainda tão próxima, masela se diz sozinha e desamparada, conseguindo assim,fazer com que ele diga sim, para sua completa alegria.Ayla, Zyah e Sarila degustam um delicioso Kebab, quandoTamar chega e conta que Bianca, a estrangeira irá morarna Capadócia, e que trabalhará no restaurante de Cyla,para ira de Ayla e Sarila, que o proíbem de ir lá. Morenaacorda com a Música que vem do salão, e decide daruma olhada em Bianca dançando, mas ela avista Wandasentada do outro lado do salão, então volta a seu quarto.

Carta Dominante: OLouco, que significaExcentricidade.

Amor: Deverá começar apensar mais em si. Viva opresente com confiança!

Saúde: O seu corpo precisa dedescanso, faça o que ele lhepede. Dinheiro: Evite serprecipitado no que toca à gestãodos seus rendimentos.

Pensamento positivo: Euacredito nos meus sonhos!

Números da Sorte: 17, 23, 45,2, 19, 40

Dia mais favorável: segunda-feira

Carta Dominante: 4de Espadas: Inquieta-ção, Agitação.

Amor: Clima romântico esentimental na relação afetiva.

Saúde: Atravessa uma fase denervosismo e stress. Aprenda aperdoar-se a si próprio!

Dinheiro: Não arrisque emnegócios que não lhe ofereçamgarantias. Seja prudente.

Pensamento positivo: Sousincero, e isso tranquiliza o meucoração.

Números da Sorte: 49, 15, 39,22, 1, 30

Dia mais favorável: sábado

Carta Dominante: AEstrela: Proteção, Luz.

Amor: Afaste-se darotina com a pessoa amada. Optepor fazer aquela viagem hámuito planeada.

Saúde: Fase de fadiga exces-siva. Descanse mais.

Dinheiro: Não se esforcedemasiado, pense mais em si.

Pensamento positivo: Acredi-to que há uma estrela que olhapor mim!

Números da Sorte: 21, 30, 25,11, 5, 32

Dia mais favorável: quinta-feira

Carta Dominante: 2de Copas: Amor.

Amor: Clima de gran-de harmonia familiar e amorosa,mas seja mais compreensivo.

Saúde: Poderá sofrer destress. Calma. Preocupe-se comaquilo que pensa sobre si pró-prio, faça uma limpeza interior.

Dinheiro: Terá de controlaresse seu instinto materialista.

Pensamento positivo: Dedico-me às pessoas que amo.

Números da Sorte: 12, 41, 20,36, 4, 17

Dia mais favorável: quarta-feira

Carta Dominante: ARoda da Fortuna: Sorteem movimento.

Amor: Não se intrometa emrelações alheias pois poderá sermal interpretado.

Saúde: Fase equilibrada.Dinheiro: Capacidades de

concentração poderão trazer-lhealguns bons resultados.

Pensamento positivo: Acre-dito que a vida me traz surpre-sas maravilhosas.

Números da Sorte: 12, 4, 32,47, 19, 7

Dia mais favorável: 6.ª feira

Carta Dominante: ÁsEspadas: Sucesso.

Amor: Dê mais de siaos outros e deixe de se preocu-par com as pequenas atribula-ções diárias.

Saúde: Pratique exercíciofísico suave para relaxar.

Dinheiro: Deixe os seusinvestimentos darem frutos.

Pensamento positivo: Osucesso espera por mim, porqueeu mereço!

Números da Sorte: 33, 20, 4,36, 19, 1

Dia mais favorável: domingo

Carta Dominante: 4 deOuros: Projetos

Amor: É provável queatravesse um período um poucoconturbado.

Saúde: Não abuse! Poderáficar exausto.

Dinheiro: Partilhe as suasideias com os colegas detrabalho.

Pensamento positivo: Acre-dito nos meus projetos, sei quemereço ser bem sucedido!

Números da Sorte: 20, 47, 6,23, 45, 9

Dia mais favorável: segunda-feira

Carta Dominante:Rainha de Ouros: Am-bição, Poder

Amor: Aproveite bem todos osmomentos a dois.

Saúde: Poderá sentir algumafadiga física.

Dinheiro: Conserve todos osseus bens materiais com zelo ecuidado.

Pensamento positivo: Mostroao Mundo toda a luz que existeem mim.

Números da Sorte: 24, 17, 46,31, 9, 11

Dia mais favorável: terça-feira

Carta Dominante: ATemperança: Equilí-brio.

Amor: Faça um jantar especiale romântico para a sua cara-metade.

Saúde: Aceite os erros dosoutros e os seus.

Dinheiro: Poderá sersurpreendido por uma fatura quenão esperava.

Pensamento positivo: Procuroagir com equilíbrio em todas assituações.

Números da Sorte: 41, 23, 47,36, 21, 27

Dia mais favorável: 2.ª feira

Carta Dominante: 8de Paus: Rapidez

Amor: Se partilhar osseus problemas com alguém emquem confie verá que se sentirábem mais leve.

Saúde: Seja paciente quandoos outros não correspondem àssuas expectativas.

Dinheiro: Período em que teráuma boa segurança financeira.

Pensamento positivo: Cons-truo o meu caminho com otimis-mo e sinceridade!

Números da Sorte: 22, 17, 36,40, 9, 25

Dia mais favorável: 5.ª feira

Carta Dominante: ATorre: Convicções Erra-das, Colapso.

Amor: Organize um jantarpara juntar os seus amigos.

Saúde: Momento calmo e sempreocupações.

Dinheiro: Não haverá nenhu-ma alteração significativa.

Pensamento positivo: TenhoFé em todos os momentos, masprincipalmente nos que meparecem ser mais difíceis.

Números da Sorte: 14, 19, 23,46, 2, 42

Dia mais favorável: 6.ªfeira

Carta Dominante: OEremita, que significaProcura, Solidão.

Amor: Deixe de lado asmágoas e perdoe o seu próximo.

Saúde: Problemas memória.Dinheiro: Continue a saber

gerir bem o seu dinheiro paranão deixar o barco afundar-se.

Pensamento positivo: Nãosofro por antecipação, o quetiver de ser, será!

Números da Sorte: 20, 13, 4,26, 7, 10

Dia mais favorável: sábado

Page 29: Homenagem a Luciano da Silva

QUINTA-FEIRA, 11 SET

18:00 -TELEJORNAL

18:30 - TELENOVELA

19:30 - ESPAÇO MUSICAL

20:00 - VARIEDADES

20:30 - A GUERREIRA*

21:30 - BOA NOVA VIDA

22:00 - AGENDA

22:10 - TELEJORNAL (R)

SEXTA-FEIRA, 12 SET

18:00 - TELEJORNAL

18:30 - TELENOVELA

19:30 - VARIEDADES

20:30 - A GUERREIRA*

21:30 - BOA NOVA VIDA

22:00 - AGENDA

22:10 - TELEJORNAL

SÁBADO, 13 SET

19:00 - FIM DE SEMANA

20:00 - TELEDISCO

21:00 - COMUNIDADE

EM FOCO

22:00 - VARIEDADES

DOMINGO, 14 SET

14:00 - A GUERREIRA*

OS EPISÓDIOS DA SEMANA

19:00 - MISSA DOMINICAL

20:00 - TELEDESPORTO

20:45 - VARIEDADES

Programação do Portuguese Channel

SEGUNDA, 15 SET

18:00 - TELEJORNAL

18:30 - TELENOVELA

20:00 - VARIEDADES

20:30 - A GUERREIRA*

21:30 - BOA NOVA VIDA

22:00 - TELEJORNAL (R)

TERÇA-FEIRA, 16 SET

18:00 - TELEJORNAL

18:30 TELENOVELA

19:30 - TELEDISCO

20:30 - A GUERREIRA*

21:30 - BOA NOVA VIDA22:00 - AGENDA

22:05 - TELEJORNAL

QUARTA-FEIRA, 17 SET

18:00 - TELEJORNAL

18:30 - TELENOVELA

19:30 - VOCÊ E A LEI/

DAQUI E DA GENTE

20:00 - VARIEDADES

20:30 - A GUERREIRA*

21:30 - BOA NOVA VIDA

22:00 - AGENDA

22:10- TELEJORNAL (R).

Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Artes/Espetáculos 29

* SALVE JORGE

Toda a programação

é repetida depois da

meia-noite e na manhã

do dia seguinte.

TOP 10“Cantinho

da Amizade”de Maria de Lourdes

As canções e os artistasmais votados desta semana

Podem votar aos sábados ou domingos

1.º Irmãos Justino ......................................... Na Praia

2.º Jeremias Macedo .............................. O meu Amor

3.º Chico Ávila .......................... Mais que teu Amigo

4.º Catarina Avelar ...... Saudade, Silêncio e Sombra

5.º Jorge Silva ............................................. Ana Maria

6.º Jorge Ferreira ............................................. Tiroliro

7.º José Nazário ....................................... Louco por ti

8.º Luís Neves .......................................... Viver a Vida

9.º Maurício Morais .......................... Dizer eu te amo

10.º Nélia ................................................. Estrela nova

Kátia Guerreiro convidada de Alcione em Lisboa

Mariza vence prémio Womex 2014A fadista Mariza venceu o prémio Womex 2014, anunciou a organização,que considerou que a artista alcançou “novos patamares artísticos” dentrodeste género músical.“Desde a edição do seu primeiro álbum, há 13 anos,Mariza tornou-se conhecida como o expoente máximo vivo do Fado, bemcomo a artista mais visionária e inovadora no estilo. Ela criou o seu própriosom, que é igual nas tabernas de Lisboa ou nas mais prestigiadas salas deespectáculo no Mundo, e é tanto uma estrela em Portugal como no seio dacomunidade da World Music”, lê-se no comunicado da Womex, que anunciao prémio. A organização do prémio acrescenta que Mariza venceu ogalardão 2014 “por ter trazido o estilo para novos níveis de reconhecimentointernacional e por alcançar novos patamares artísticos dentro do género”.

A fadista Kátia Guerreiroé a convidada de Alcione,no espetáculo da artistabrasileira, em Lisboa, noTeatro Tivoli, no próximodia 23.

A cantora e trompetistabrasileira Alcione regressaa Portugal, para a apresen-tação do seu mais recentetrabalho, “Eterna Alegria”,com atuações agendadaspara os palcos da Casa daMúsica, no Porto, e doTeatro Tivoli, em Lisboa.

Para a abertura dos con-certos, a artista convidouSacundeia, “um grupo desamba formado por músi-

cos brasileiros residentesem Portugal”, compostopor Iro Borges, Beto Souza,Betinho Mateus, PauloAraújo, Eron Santos eDerek Viana, que trazemvoz, percussão, cavaqui-nho, baixo, “gaita” e umviolão de sete cordas, ao

espectáculo.A artista, que conta com

27 discos de ouro, cincodiscos de platina e umdisco de dupla platina noseu palmarés, tem osconcertos agendados paraos próximos dias 20 (Porto)e 23 (Lisboa).

AlcioneKátia Guerreiro

O músico argentino Gustavo Cerati morreu quinta-feira, aos 55 anos, depois de permanecer em comaquatro anos devido a um acidente cerebrovascular.A notícia da morte do músico, ex-líder do grupo derock Soda Stereo, ainda não foi confirmadaoficialmente pela família, mas tomou conta dosnoticiários na Argentina, onde o artista é veneradocomo um dos grandes expoentes musicais.Gustavo Cerati deixa dois filhos, Benito, de 21 anos,e Lisa, de 18, frutos de seu casamento com CeciliaAmenábar, modelo, atriz e DJ chilena.

Ator BrontisJodorowskyem Lisboa paraapresentarnovo filme

O ator Brontis Jodo-rowsky vai estar em Lis-boa, para apresentar onovo filme do pai, Ale-jandro Jodorowsky, “LaDanza de la Realidad”,em estreia nacional noFestival Internacional deCinema de Terror de Lis-boa (MOTELx), quecomeça hoje.

O ator, de 52 anos, queinterpreta agora o papeldo seu próprio pai nestalonga-metragem auto-biográfica, estará presen-te no festival para aestreia do filme que, deacordo com o programa,será exibido dia 14.

Outra novidade dofestival é a exibição, nosábado, no Largo de SãoCarlos, em Lisboa, dofilme “Gremlins”, de JoeDante, para assinalar ostrinta anos do aniversáriodos pequenos monstros,criados em 1984.

Lusa

Rock in Rio-USA em Las VegasCerca de 30 mil bilhetes já foram reservados para o Rock

in Rio -USA. O festival realiza-se em Las Vegas nos dias8, 9, 15 e 16 de maio de 2015.

Roberta Medina, presidente do Rock in Rio, diz que “ofenómeno verificado na pré-venda de bilhetes para a últimaedição do Rock in Rio Brasil pode voltar a repetir-se. Os80 mil bilhetes que, em 2013, disponibilizámos em pré-venda esgotaram em apenas 52 minutos e antes de termosanunciado qualquer banda”.

Das 30 mil reservas já efetuadas via internet, os norte-americanos lideram o ranking, seguidos de perto pelosbrasileiros e pelos ingleses. Contam-se, ainda, reservasefetuadas por fãsdo Rock in Rio naAustrália, Méxi-co, Alemanha eArgentina.

Cerca de 50países já efetua-ram reservas paraa primeira ediçãodo Rock in Rio -USA.

Sting e Al Greenhomenageadospelo KennedyCenter

Sting e Al Green estãoentre as personalidades quevão receber este ano ahomenagem do KennedyCenter, o maior prémionorte-americano dedicadoàs artes.

Além dos dois cantores,a lista de premiados incluios atores Tom Hanks e LilyTomlin e a bailarina PatriciaMcBride.

Os cinco artistas rece-berão seus prémios na festade gala que contará com apresença do presidenteBarack Obama, e suaesposa, Michelle, a 7 dedezembro.

Músico Renato Bettencourtleva sons da viola da terrados Açores à Holanda

O músico Renato Bettencourt leva à Holanda, no finalde setembro, os sons da viola da terra, instrumentotradicional dos Açores, num concerto que surgiu do convitede um holandês residente na ilha de S. Jorge.

Renato Bettencourt explicou à agência Lusa que o convitepara atuar na Holanda foi feito por Pieter Adriaans, que emconjunto com outros holandeses amantes dos Açoresorganizaram um fim de semana tipicamente açorianonaquele país e onde, além da música, haverá declamaçãode poemas de Vitorino Nemésio e gastronomia das ilhas.

Apesar de estar ligado aos instrumentos de corda desde ainfância, Renato Bettencourt confessou só ter começado atocar viola da terra há cerca de um ano.

“Nasci numa família que tocava vários instrumentos decorda. Comecei de pequeno a tocar violino, depois passeipara o bandolim e violão. Por isso, foi mais fácil depoispegar na viola da terra” disse o músico açoriano, queatualmente toca com uma viola da terra feita por medidanas Flores, com o seu nome gravado no tampo e em formade “b”, em homenagem à família Bettencourt.

Segundo disse, no concerto da Holanda deverá atuar comuma nova viola da terra feita na ilha de S. Jorge, com umformato mais tradicional.

A viola da terra, que produz um som característico devidoao encordoamento de 12 cordas, também é conhecida comoviola de arame ou viola de dois corações, sendo semelhanteao violão, mas de dimensões mais pequenas. Uma das suascaracterísticas é a abertura ou boca da viola ser constituídapor dois corações, com as pontas em sentidos opostos eunidos numa lágrima, que simboliza a saudade e a ligaçãoentre os açorianos que emigram e aqueles que ficam nasilhas.

“Cada ilha tem a sua maneira própria de tocar. Comeceia desenvolver a técnica que usamos cá em S. Jorge. Ouvios mais antigos a tocar. É um instrumento que é nosso. Éúnico. É verdadeiramente açoriano”, frisou RenatoBettencourt.

A viola da terra, que durante anos caiu em desuso, voltoua estar na moda, com jovens interessados em aprender atocar este instrumento tradicional quer nas escolas demúsica criadas para o efeito, quer nas aulas doConservatório Regional de Ponta Delgada.

Page 30: Homenagem a Luciano da Silva

30 Desporto PORTUGUESE TIMES Quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Afonso Costa

OPINIÃO

Passo atrás?...A Paulo Bento pedia-se remodelações e a res-

posta foi uma revolução completa. Tão in(com-pleta) que às tantas andávamos por ali a adivinharquem era este ou aquele jogador ou então apergunta inevitável: aquele gajo joga mesmo àbola?

Sim, alguns daqueles jogadores podem prometermuito mas a questão de fundo será saber se algumavez vão dar alguma coisa. Para já, muitos delesnão mereceram, longe disso, a chamada do trei-nador nacional.

A derrota caseira frente ao Águia dos Arrifes(perdão! – Albânia) é, mais do que um escândalo,uma desgraça nacional, se é que os portugueses

de lá merecem ser mais pena-lizados do que têm sido por go-vernantes levianos e presun-çosos. Mas, como se trata de fu-tebol, há que esquecer depressae realizar que, afinal, aquilo quese passou no Mundial do Brasilnão foi um acaso do destino,mas sim o pôr a nú e a crú asnossas reais fragilidades.

Já disse mil e uma vez que nãotemos poder de escolha e aconstante aposta dos principais

clubes portugueses em avançados estrangeirosmais complica a questão. Daí a dizer que é naturalperder com uma equipa como a Albânia vai ummilhar de quilómetros de distância. Paulo Bentoestá fóra de contexto, já perdeu o fio à meada e asua continuidade na frente do pelotão poderesultar em prejuízos maiores.

Como tenho muito que fazer no meu quintal nãovou falar mais do nosso “all star team”.

Mas vou falar do Nani, que esta semana teve odescaramento de afirmar que o ter regressado aoSporting não significava ter dado um passo atrás.

Não sei o que este rapazinho tem na cabeça masque não deve ser muito inteligente, lá isso não.Pior do que ter sido dispensado do ManchesterUnited foi o facto de ter estado uma infinidadede tempo no mercado e não ter aparecido compra-dor. Refiro-me, obviamente, a um comprador denome, já que o United queria realizar dinheirocom a venda do internacional português, quiçáainda sua propriedade.

Qualquer jogador que jogue em equipas do topdo futebol inglês ou espanhol e se veja forçado aregressar ao futebol português dá um passo atrás.Tão simples ou tão cruel como isso.

Por essa de dar um passo atrás, um dia destesencontrei um amigalhaço na Portugália, que meperguntou: “onde é que tens andado?” Expliquei-lhe que andava pelas reformas e que o meu quintalestava precisado de uma lavagem completa. Riu-se, fez-me lembrar os princípios da vida e entãorimos os dois.

E para aqueles que não sabem, estou nomeadopara o homem sacho do ano, coisa que não édescoberta para mim, uma vez que tio AgostinhoCabral foi campeão da modalidade dez anosconsecutivos. Back in Santo António, claro está.

Os números falam por si: 428 pepinos colhidos,233 tomates, uma arroba de batata, 3 cestos defeijão verde, 58 pés de couve - Rabo de Peixe Style,112 pés de alface variada e mais e mais e mais.Por estas e por outras digo que não dei passo atrás,não senhor. Tal como dizia filosoficamente fa-lando tio Agostinho – estás com o passo ao pé dacova. Entra demónio p’ràí!...

Benfica resgata passes dos atletas no BenficaStars Fund por 29 milhões de euros

O Benfica readquiriu a totalidade dos direitoseconómicos de futebolistas como os argentinos NicolasGaitán e Franco Jara ou o português Rúben Amorim,que estavam parcialmente cedidos ao Benfica StarsFund, fundo que termina atividade no final do mês.

Em comunicado enviado ao regulador do mercado devalores mobiliários, a CMVM, a SAD do Benficainformou ter investido um valor superior a 28,9 milhõesde euros para adquirir 85 por cento das unidades departicipação do Benfica Stars Fund – Fundo Especialde Investimento Mobiliário Fechado.

“Tendo em consideração que o referido Fundoterminará a sua atividade a 30 de Setembro do correnteano, e que o referido fecho implicará a distribuição departe dos direitos económicos dos atletas detidos peloFundo por terceiras entidades, existe um interesseestratégico por parte da Sociedade em recuperar osreferidos direitos económicos, de forma a evitar a suadispersão”, informou o Benfica SAD na mesma nota.

Assim, a SAD “encarnada” passa a deter a totalidadedas unidades de participação do fundo.

De acordo com a informação disponibilizada no site

da CMVM, à data de 31 de julho último, o valor líquidoglobal do Benfica Stars Fund ascende a mais de 26,78milhões de euros, “o qual inclui diversos ativos epassivos, cujo montante líquido equivale a 21,70milhões de euros”.

Além deste valor líquido, o fundo englobava umacarteira de jogadores valorizada em 5,07 milhões eurose composta por: 40 por cento do passe do brasileiroAirton, 20 por cento do sérvio Filip Djuricic, 10 porcento do argentino Franco Jara e 15 por cento de NicolasGaitán, 30 por cento do uruguaio Maxi Pereira, 25 porcento do português Nélson Oliveira e 50 por cento deRúben Amorim, 25 por cento do sérvio MiralemSulejmani e 20 por cento do uruguaio Urretaviscaya.

“Com esta aquisição, a Benfica SAD passou a controlara totalidade dos direitos económicos dos atletas quecompunham a carteira de jogadores do Benfica StarsFund a 31 de Julho de 2014, à exceção dos atletas NélsonOliveira, relativamente ao qual só controla 70 por centodos direitos económicos, e Urretaviscaya, que rescindiuo contrato de trabalho desportivo no passado dia 01 desetembro”, conclui a entidade “encarnada”.

Acidente em rali que matou3 pessoas vai ser investigadopelo Ministério Público

O acidente que matou domingo 3 pessoas durante o 1ºRali Sprint de Guimarães vai ser investigado pelo Minis-tério Público, adiantou no local a GNR, mas a organizaçãoda prova garante que estavam cumpridos todos os critériosde segurança. O responsável da sala de situação da GNR,capitão Adelino Silva, apontou ser “ainda prematuro”apontar culpas no acidente, que além de três mortos,provocou ainda dois feridos graves e três ligeiros.

As circunstâncias nas quais se deu o despiste não sãoainda claras havendo mesmo informações contraditóriasquanto ao local onde estavam as 8 pessoas vítimas desteacidente. O segundo comandante dos Bombeiros Volun-tários de Guimarães, Joaquim Oliveira, apontou que asvítimas estariam num talude quando foram colhidas.

EURO2016

Portugal desinspirado e ineficazperde com Albânia

Portugal entrou com pé esquerdo na qualificação parao Euro2016 de futebol, com uma surpreendente derrotapor 1-0, frente a Albânia, numa partida em que acaboupor merecer o ruidoso coro de assobios com queterminou o jogo.

Um golo de Balaj, no início da segunda parte, castigouos lusos por um jogo de parca inspiração e inexistentecapacidade de finalização, que tornou ainda maisrelevante a ausência do lesionado Cristiano Ronaldo.

Depois da pobre exibição, que valeu a Paulo Bentomuitos lenços brancos agitados nas bancadas, Portugalvê a sua margem de erro para esta fase de qualificaçãodiminuir substancialmente, tendo a seguir um teste defogo, na visita à Dinamarca.

Da tão propalada renovação que muitos clamavam aPaulo Bento para a equipa nacional, no primeiro jogoapós a desilusão do Mundial do Brasil, o selecionadorintroduziu algumas alterações no seu habitual “onze”,deixando Miguel Veloso e Raul Meireles no banco eapostando em William Carvalho e André Gomes paraas manobras da intermediária. A mexida deu um poucomais de solidez ao meio campo nacional, mas retirou-lhe alguma criatividade que se repercutiu naprodutividade da frente de ataque, na qual a ausênciade Cristiano Ronaldo foi bem evidente.

As crónicas dificuldades na finalização da “equipadas quinas” vieram ao de cima desde os instantesiniciais. Os lusos não sentiram dificuldades em assumira iniciativa de jogo, mas nos momentos cruciais, emfrente à baliza albanesa, nunca tiveram a inspiraçãonecessária.

Ainda antes do quarto de hora, Nani, que surgiu comocapitão na ausência de CR7, espelhou isso mesmo, nãoconseguindo ser eficaz no desvio após passe de JoãoMoutinho.

O número de 17 de Portugal foi, ao longo do jogo, umdos mais inconformados, mas faltou-lhe companhia àaltura na frente de ataque. Éder foi quase sempreanulado pelos albaneses e Vieirinha, além de um rematede cabeça, perdeu-se em deambulações inconsequentes.

Além da desinspiração de Portugal, a Albâniajustificava o arrastar nulo com uma postura defensivairrepreensível e uma atitude aguerrida, que, mesmosendo inconsequente no ataque, conseguiu manter oempate até ao intervalo.

Paulo Bento tentou imprimir maior dinâmica naequipa no regresso do descanso, apostando em IvanCavaleiro para o lugar de Vieirinha.

No entanto, acabou por ser Albânia, número 67 do“ranking” da FIFA, a entrar melhor na etapacomplementar. Depois uma primeira ameaça, com umcruzamento venenoso, Balaj, na jogada seguinte, “gelou”o municipal de Aveiro com um remate pleno deoportunidade aproveitando a displicência dos centraisportugueses, que hesitaram na marcação ao avançadoalbanês.

Com o estádio incrédulo, Paulo Bento não demorou atentar inverter o inusitado resultado, lançado, primeiro

Ricardo Horta para o lugar de William Carvalho e, maistarde, abdicando do central Ricardo Costa rendido porMiguel Veloso.

Face às mexidass e perante o natural recuo doadversário, Portugal intensificou a pressão sobreAlbânia. Nani tentou de todas as formas chegar aoempate, nomeadamente numa cabeçada desastrada emposição provilegiada (76), mas foi o estreante RicardoHorta, pouco antes, quem esteve mais perto de marcarcom um remate de longe devolvido pela quina da baliza(70).

Com o avançar do cronómetro as investidas lusasdeixavam de ter coerência que se impunha para seresumirem em desesperadas tentativas de inverter adesvantagem, não raras vezes travadas por uma barreirade voluntariosos albaneses.

Fábio Coentrão e Ricardo Horta ainda tentaram in-verter o desastre com remates de longe, mas com umapontaria condizente à pálida exibição lusa, que terminouo jogo debaixo de um coro de assobios e com lençosbrancos para Paulo Bento.

Na foto acima, Nani tenta o remate perante a oposiçãode um defesa da Albânia.

I LIGA - 4.ª jornadaSexta-feira, 12 de setembro

V. Setúbal-Benfica (3:30 PM, SporTV/RTPi)

Sábado, 13 de setembroArouca-Sp. Braga (1:00 PM, SporTV)

Sporting-Belenenses (3:15 PM, SporTV)Moreirense-Rio Ave (11:00 AM)

Domingo, 14 de setembroV. Guimarães-FC Porto (Meio-dia, SporTV)

Boavista-Académica (11:00 AM)Estoril Praia-Nacional (2:15 PM, SporTV)

Paços Ferreira-Gil Vicente (Meio-dia)Marítimo-Penafiel (11:00 AM)

Page 31: Homenagem a Luciano da Silva

Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 PORTUGUESE TIMES Desporto/Classificados 31

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Endereço

Localidade

Estado Zip Code Tel

Nãoescreva

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Favorcortar pelotracejado

✁✁

1. Belenenses - MarítimoResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

2. Penafiel - V. SetúbalResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

3. Nacional - Sp. BragaResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

4. Académica - EstorilResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

5. Gil Vicente - SportingResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

6. FC Porto - BoavistaResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

7. Benfica - MoreirenseResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

8. Rio Ave - AroucaResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

9. V. Guimarães - Paços FerreiraResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

10. Farense - PortimonenseResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

11. Leixões - TrofenseResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

12. Oriental - OlhanenseResultado ao intervalo ...................................................

Resultado final ...............................................................

Total de golos .................................................................

PALPITES - 12ª EdiçãoI LIGA

V. Setúbalx

Benfica

Sportingx

Belenenses

0-2 2-0

1-2 3-1

0-1 1-1

1-2 2-0

0-1 1-0

0-2 2-0

0-2 1-0

15

15

14

13

13

11

10

10

10

09

Classi-fica-ção

JoãoSoares

Emp. fabril

RuiHenriques

Mecânico

DinaPires

Ag, Seguros

1-2 1-1

08 1-1

1-1

0-2

0-1

0-1

1-2

1-2

AroucaX

Sp. Braga

Guimarãesx

FC Porto

1-1

2-1

1-2

0-1

1-1

0-11-2

0-1 1-1

FernandoBenevides

Industrial

0-1 1-0 1-1 0-2

0-2 2-1 1-2 0-1

1-2 2-0 1-1 0-1

0-2 2-0 1-1 0-1

2-01-209 1-20-1

08

VictorMendesDetective

CarlosMoraisEmp. bar

HermanMelo

Comerciante

Terryda PonteEmpregadacomercial

JoãoBarbosaEmpregadoComercial

ElísioCastro

Moses Brown

José MariaRego

Empresário

ErmelindaZito

Professora

RicardoFariasLocutor

Palpites da SemanaFernando Benevides e JoséMaria Rego partilham comando

José Maria Rego, sportinguista ferrenho e queacredita que este ano o seu Sporting será campeão,foi o vencedor semanal, ao conseguir a pontuaçãomáxima de cinco pontos, tendo assim direito àgalinha do Mr. Chicken, propriedade de RogérioMarabuto. JM Rego tem até ao dia 17 de setembropara levantar a sua galinha.

Com os cinco pontos conseguidos neste concurso,JMR é agora, a par com Fernando Benevides, outroferrenho adepto do clube de Alvalade, líder daclassificação, com 15 pontos cada, ultrapassandoassim na tabela classificativa João Soares, que é agoraterceiro, com menos um ponto que os dois primeirose Elísio Castro, com 13 pontos, os mesmos que temJoão Barbosa.

Ermelinda Zito e Rui Henriques, de Rhode Island,novos concorrentes de “Palpites da Semana”,subiram na tabela, mercê dos quatros pontos cadaconquistados e no fundo da tabela estão agoraRicardo Farias, o popular apresentador do Portu-guese Channel e da Rádio Voz do Emigrante, quetem que lutar (acertar) mais para fugir dos últimoslugares e Herman Melo, o antigo avançado do Bris-tol Sports, nos tempos áureos do futebol local,nomeadamente da Luso American Soccer Associa-tion (LASA). Ambos têm oito pontos cada. DinaPires, vencedora da última edição, desceu na tabela,agora com nove pontos.

Mas, atenção, a procissão ainda vai no adro!

II LigaJogo em atraso da 3.ª jornada:

V. Guimarães B – Leixões ............................................. 3-3Jogos em atraso da 4.ª jornada:

Ac. Viseu – Trofense ..................................................... 2-0U. Madeira – Portimonense .......................................... 0-1

Jogo antecipado da 7.ª jornada:Tondela – Feirense ........................................................ 1-0

Programa da 6.ª Jornada:- Sexta-feira, 12 set:

Atlético - Académico de Viseu, 16:00Sporting de Braga B – Trofense, 18:30

- Sábado, 13 set:Oliveirense – Tondela, 15:00

Leixões - Desportivo das Aves, 16:00Oriental - Benfica B, 16:00

Marítimo B - Beira-Mar, 16:00Sporting B – Portimonense, 16:00

União da Madeira - Vitória de Guimarães B, 16:00Feirense – Freamunde, 17:00

Santa Clara – Olhanense, 17:00 (horas de Lisboa)Farense - FC Porto B, 19:00

- Domingo, 14 set:Sporting da Covilhã - Desp. Chaves, 11:15 (Sport TV)

Concurso 04 do Totochuto

Carlos Melo ascende ao primeiro lugarApós contabilização dos resultados do concurso 4

do Totochuto, referente à 1ª jornada de qualificaçãodo Campeonato Europa 2016, o concorrente CarlosMelo encontra-se em primeiro lugar, com 46 pontos,seguido por Alfredo Moniz, com 44 pontos e por DáliaMoço, com 43 pontos, na segunda e terceira posição,respetivamente.

Concurso SemanalO vencedor do concurso semanal foi o concorrente

Carlos Melo e que fica habilitado a uma refeição grátisno Inner Bay Restaurant - 1339 Cove Rd. em NewBedford.

Classificação GeralMelo, Carlos M............. 46Moniz, Alfredo ............. 44Moço, Dalia .................. 43Leandres, José .............. 42Pereira, Felisberto ....... 41Alves, Amaro ............... 39Braga, Norberto ........... 39Oliveira, António ......... 39Almeida, Pedro ............ 38Lourenço, Luis ............. 35Peixoto, Daniel C. ........ 35Quirino, Alex ............... 35Braga, Mena ................. 34Couto, John................... 34Lourenço, José A. ......... 34Baptista, João ............... 33Ferreira, Ana ............... 33Fragata, Hilário ........... 33Ferreira, Gilda ............. 32Ferreira, Natacha ........ 32Raposo, Élio ................. 32Bonito, Higinio ............. 31Ferreira, Paul ............... 31Gaipo, Ildeberto T. ....... 31Sousa, Fernando L. ...... 31

Braga, Joseph ............... 30Ferreira, Alexandra..... 30Ferreira, Odilardo ....... 30Romano, Fernando ...... 30Simões, Emanuel ......... 30Caldeira, Antonino ...... 29Cruz, Manuel ............... 29Quirino, Maria L. ......... 29Ferreira, José C. ........... 28Jesus, Antonio de ......... 27Lima, Dennis ................ 27Romano, Mariana ........ 27Costa, Domingos G....... 26Justa, António F. .......... 26Pacheco, Tiago ............. 26Moço, Guilherme ......... 25Moniz, Maria ............... 25Vasco, José .................... 23Rocha, José M. ............. 22Terra, John ................... 22Maciel, Rui ................... 21Serodeo, Carlos ............ 21Soares, Humberto ........ 20Cabral, António B. ....... 18Joaquim, Artur ............. 12Araújo, Walter ............... 7

Page 32: Homenagem a Luciano da Silva

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